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Capítulo 1 - Período arqueológico
- C A P Í T U L O I Período arqueológico
OS PRIMEIROS ABRIGOS NO TERRITÓRIO hoje chamado de Brasil foram realizados por grupos caçadorescoletores nômades, que abrigavam-se principalmente em cavernas. Os registros dessas populações nas regiões estudadas datam de até 12.000 anos atrás.
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BACIA DO ATLÂNTICO SUDESTE
O mapa da bacia do atlântico sudeste se encontra no site da agência nacional de águas e saneamento básico, existem também os mapas das bacias hidrográficas para cada estado da federação. Dentre os rios da bacia, pode-se destacar: Rio Suaçuí Grande, Rio Doce, Rio Manhuaçu, Rio Itapemirim, Rio Itabapoana, Rio Pomba, Rio Macaé, Rio Paraíba do Sul, Rio Paraitinga e Rio Paraibuna, Rio Ribeira do Igauapé e Rio Pardo.
Mapa dos principais rios
desenho por Luisa Quintal, através do mapa da Agência Nacional das águas e saneamento básico
ARQUEOLOGIA
O território composto por essa bacia é habitado há muito tempo, uma evidência deste fato é o registro do fóssil humano mais antigo da América. Sobre o patrimônio arqueológico da região sudeste, em 2021, existem sítios arqueológicos a serem preservados, assim como remanescentes indígenas e quilombolas.
MAPA ETNO HISTÓRICO
Antes do início do processo de colonização a bacia do Atlântico Sudeste já era (e ainda é povoada) por grupos como Masacari, Tupinaki, Pataso, Malali, Puris, Tamoyo, Guarani, Puri, Coroados, Tupinambá, Kaiguá, Kaingang, Kayapó, Yiporok, Naknyanuk, Bakué, Araná, Etwét, dentre outros grupos originários. A partir do processo de colonização somado a diáspora de pessoas do continente afriacano escravizadas, começa a se constituir a população que hoje habita essa região da hidrográfica.
Mapa-Etno Histórico de Curt Nimuendajú
IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
NEM FALA NEM ENTENDIMENTO
“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. ” (DE CAMINHA, 1500)
ABRIGO ITAPARICA
A tradição mais comum de caçadores e coletores do Rio Tocantins é a tradição Itaparica, que se abrigavam em cavernas. Baseado em: Bueno. Desenho de Mariana Lamenza
FERRAMENTAS LÍTICAS
Vestígios encontrados no sítio Serrinha, da tradição Itaparica. Baseado em: Bueno. Desenho de Mariana Lamenza
Representação de como seria uma ocupação de um grupo de caçadores-coletores na Gruta do Diogo.
Desenho de Amanda Reis a partir de foto de CALAÇA (2021).
ZÉ GABIROBA
Dentre os mais de 1400 sítios arqueológicos de Goiás, os localizados na cidade de Serranópolis se destacam. Os vestígios indicam uma ocupação de grutas por grupos caçadores-coletores de cerca de 11000 anos. Um desses sítios é a Gruta do Diogo, onde foram encontrados pinturas, gravações e um fóssil masculino (Homo sapiens-sapiens) de mesma datação, chamado de “Homem da Serra do Cafezal” ou “Zé Gabiroba” . Essas descobertas colocam a região como um dos locais das ocupações mais antigas do Cerrado.
Representação de caçadores-coletores em um abrigo de pedra.
Colagem digital de Giulia Sgarbi.
PANTANAL RUPESTRE
A região hoje conhecida como Pantanal nem sempre foi habitada. Os primeiros grupos humanos que nele chegaram eram caçadores-coletores pré-históricos, antes mesmo da ocupação indígena. A ação milenar da erosão permitiu que surgissem concavidades naturais, que foram exploradas pelo homem pré-histórico como sua forma de abrigo, além de outras funções: nas paredes dessas “casas-de-pedra” , os caçadores-coletores registravam sua cultura, por meio de pinturas e gravuras, essas últimas, chamadas de petroglifos.