Cultura Brasileira Informativo
Subcomissão Permanente sobre Fontes de Recursos para Incentivo à Cultura Ano 01 - Nº 03 - Brasília, Agosto de 2015
Ampliação e desburocratização dos Pontos de Cultura Instituída há um ano pela Lei 13.018/14, mas regulamentada apenas em abril deste ano, a Política Nacional de Cultura Viva ainda enfrenta dificuldades para avançar no processo de desburocratização e ampliação do seu principal instrumento, os chamados Pontos de Cultura. Esses foram alguns dos desafios apontados na audiência pública da Subcomissão Permanente Sobre Fontes de Recursos para Incentivo à Cultura, a qual o deputado Giuseppe Vecci (PSDB/GO) preside.
Vecci elencou uma série de fontes de financiamento já existente e apresentou novos subsídios específicos para a área que precisam ser regulamentados. Para o tucano, mesmo diante dos mecanismos atuais de financiamento (Tesouro, PAC, Lei Rouanet, Vale Cultura, emendas parlamentares, recursos estaduais do ICMS, o Pró-Cult do BNDES e da iniciativa privada), outras fontes precisam de regulamentação. Entre elas estão a do Pré-Sal, das loterias, PEC’s.
Foto: Ascom
Foto: Ascom
Emendas Parlamentares
Vale-Cultura
O deputado Cabuçu Borges (PMDB/AP), relator da Subcomissão, expôs a preocupação de como as emendas podem ser aplicadas de forma efetiva para a cultura. “Os parlamentares precisam de garantia de que os projetos cheguem lá na ponta para que os artistas se sintam prestigiados”, explicou. Em relação ao questionamento do deputado Cabuçu, o secretário-executivo do MinC, João Brant, assumiu compromisso de ampliar e melhorar o fluxo dentro do Ministério.
A audiência tratou também de estratégias de ampliação do Vale-Cultura. De acordo com Carlos Paiva, o programa é o mais recente do MinC e está ganhando musculatura. “É um programa muito querido pelo ministério porque ele é voltado diretamente para o cidadão, que necessariamente não é um artista, mas quer usufruir do meio cultural”. O secretário explicou que o órgão pretende trabalhar uma nova campanha do programa para que ele evolua na velocidade esperada.
Pró-Cultura: Democratização dos recursos *Agência Câmara
O deputado Cabuçu Borges, relator da subcomissão, afirma que a Lei Rouanet, de incentivo à cultura, precisa ser reavaliada para conseguir ampliar os beneficiados, e não atender os mesmos demandantes. Todos os anos, segundo o parlamentar, o governo federal recebe cerca de 100 projetos, mas somente 20 são aprovados. “Você raramente acessa os recursos da Lei Rouanet, que
é antidemocrática porque privilegia poucos projetos e às vezes apenas abrange parte da grande mídia e não o artista de rua que não tem a mesma ascensão”, afirma. “O Pró-Cultura será uma espécie de fundo com distribuição proporcional de recursos aos estados”, por este motivo o parlamentar afirmou que é preciso celeridade na tramitação do PLC 93/2014 no Senado Federal.
Foto: Agência Câmara