Psicologiacriminal (1)

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Trabalho elaborado por: Carlos Rocha Nª3 Inês Ferreira Nª7


A criminalidade é um tema presente no nosso quotidiano e que por vezes vem ao nosso encontro. De um modo geral a criminalidade tem vindo a aumentar. É com o objetivo de nos proteger que foi desenvolvido dentro da área da psicologia aplicada, uma vertente que procura compreender a mente do criminoso de maneira a prever e evitar comportamentos criminosos e o próprio crime.


Este ramo da Psicologia dedica-se às situações que se apresentam sobretudo nos tribunais e que envolvem o contexto das leis. Desse modo, na psicologia criminal, são tratados todos os casos psicológicos que podem surgir em contexto de tribunal.


A Psicologia Criminal é o estudo dos comportamentos, pensamentos, intenções e reações dos criminosos. Consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos ao serviço do direito.

Dedica-se à proteção da sociedade e à defesa dos direitos do cidadão, através da perspetiva psicológica. Dedica-se ao estudo do comportamento criminoso.


Uma grande parte da psicologia criminal, conhecida como ‘’criminal profiling’’ começou em 1940, quando os E.U.A. criaram um Departamento de Serviços Estratégicos, no qual foi encarregue ao psiquiatra William L. Langer ’s a difícil tarefa de elaborar um perfil de Adolf Hitler. Após a 2ª Guerra Mundial o psicólogo britânico Lionel Haward, enquanto trabalhava para a Royal Air Force, elaborou uma lista de características que os criminosos de guerra nazi podiam exibir


Em 1950 o psiquiatra James A. Brussel elaborou um perfil preciso de um bombista que tinha aterrorizado Nova Iorque. Esta ciência nasceu da necessidade de legislação apropriada para os casos dos indivíduos considerados doentes mentais e que tenham cometido atos criminosos, pequenos ou graves delitos.


Clinicamente, tenta construir o percurso de vida do indivíduo criminoso e todos os processos psicológicos que o possam ter conduzido à criminalidade, tentando descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim se pode partir à descoberta da solução. A psicologia criminal realiza estudos psicológicos de alguns dos tipos mais comuns de delinquentes e dos criminosos em geral, como por exemplo, dos psicopatas que ficaram na história.

A psicologia criminal consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos em diversas atividades relacionadas à aplicação das leis, como disputas judiciais pela guarda de crianças, homicídios, crimes sexuais, entre outras.


A atividade do psicólogo criminal desenvolve-se nas instituições direta ou indiretamente relacionadas com o crime (estabelecimentos prisionais, tribunais, centros de custódia de menores, estruturas policiais e outras.) Um psicólogo formado nesta área tem que dominar os conhecimentos que dizem respeito à psicologia em si, e também os conhecimentos referentes às leis civis e criminais. Deve ser um bom clínico e possuir um conhecimento pormenorizado da psicopatologia.


Avaliar: -Falsas memórias em depoimentos de testemunhas; -Situações de stress dos agentes da polícia e dos guardas prisionais; -O tratamento dos reclusos nos estabelecimentos prisionais;


Prestar apoio: -

Na seleção e formação de pessoal e guardas prisionais; -Aos reclusos em situação de liberdade condicional ; -Às vítimas de violência doméstica, de abusos sexuais e de outras formas coação e violência; -À polícia na definição de perfis psicológicos que ajudem à identificação e captura de criminosos e na investigação de crimes. Fazer diagnósticos e proposta de terapia a reclusos que apresentam alterações comportamentais; Participar num diagnóstico da imputabilidade de um acusado; Testemunhar em tribunal, como especialista;


Em Portugal ainda não existem programas de intervenção de psicólogos criminais em todas as áreas em que podem intervir. Contudo, estes profissionais estão presentes em Tribunais, Instituto Nacional de Medicina Legal, estabelecimentos prisionais, centros de apoio à vitima ou ao criminoso, segurança social, entre outros.


Os psicólogos criminais que queiram trabalhar na área da delineação de perfis criminosos e da investigação criminal, devem candidatar-se no Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Forenses e receberem formação para ser inspetores, mas nunca esquecendo que em Portugal não há registos de assassinos em série e por isso poucos perfis a traçar.


Quanto aos E.U.A. e o que vemos na série CSI; nem tudo é como parece e apesar de nos E.U.A os psicólogos criminais intervirem em áreas nas quais em Portugal ainda não intervém, são raros os que fazem investigação criminal; são uma raridade psicólogos criminais ou forenses a trabalhar em laboratórios forenses, sendo por isso na maior parte das vezes, tal como em Portugal os próprios polícias a fazer a recolha das provas


O QUE É A SÍNDROME DE ESTOCOLMO?

Estocolmo é um estado psicológico em que a vítima de um sequestro cria laços afectivos com o seu. Este síndrome surge a partir de tentativas por parte da vítima de se identificar com o seu raptor. Esta “solidariedade” muitas vezes tornar-se numa relação de cumplicidade, chegando muitas vezes as vítimas a defender os seus sequestradores ou mesmo a ajudá-los a fugir à lei.



Em Agosto de 2006 chegou aos mass media a história de Natasha Kampusch, sequestrada aos 10 anos quando ia para a escola e que viveu durante 8 anos fechada numa cave por Wolfgang Priklopil, seu raptor. Natasha fugiu do seu raptor, que se suicidou momentos depois de se aperceber da fuga da jovem. Natasha afirmou que Wolfgang fazia parte da sua vida e que a sua morte não era necessária, defendendo, assim, o seu raptor . 19. Disse ainda não ter perdido nada da sua juventude, pois assim poupou ter começado a fumar, beber e ter falsos amigos. Declarou ainda ter tido relações sexuais com o sequestrador, mas não ter sido forçada a nada.


Um outro caso mais antigo de síndrome de Estocolmo foi o de Patrícia Hearst que nos anos 70 foi raptada por um grupo de terroristas americanos que se chamavam Symbionese Liberation Army (SLA). Anos mais tarde foi apresentada uma mensagem gravada com Patrícia Hearst onde ela empunhava uma metralhadora. Na mensagem Patrícia dizia ter adoptado o nome de “Tania” e se ter juntado aos SLA. 21. Mais tarde 5 membros do grupo incluindo “Tania” foram vistos numa gravação a assaltar um banco. Só mais tarde todos os membros foram apanhados, mas até então Patrícia sempre lhes deu “cobertura” e protecção.


A psicologia aplicada, neste caso a psicologia criminal tem grande importância na captura, compreensão de quem comete os crimes, e porque o faz, auxiliam os reclusos a reintegrarem-se na sociedade, ajudam as vitimas dos crimes ao nível psíquico, contribuindo deste modo para uma redução significativa na taxa de criminalidade e uma vida social mais segura


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