Revista comemorativa do CTISM: 50 anos de história e memória

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Revista Comemorativa


Editorial A edição da Revista do Cinquentenário tem o

É importante salientar que a revista apresenta,

propósito de demonstrar o avanço do Colégio

também, depoimentos de ex-diretores, ex-professo-

Técnico Industrial de Santa Maria – CTISM nos

res e ex-alunos, que atestam a evolução ocorrida

últimos vinte anos, em complementação àquela

nas áreas educacional e tecnológica e testemu-

editada por ocasião de seus trinta anos.

nham o esforço dedicado na busca permanente do

Esta publicação representa uma das ações pro-

cumprimento da sua missão "Promover a educação

postas pela comissão encarregada de estabelecer

profissional, desenvolvendo conhecimento humano

e coordenar a execução de todas as atividades

e tecnológico", sem desviar de sua essência de

comemorativas do Cinquentenário do CTISM.

instituição pública e gratuita que promove a edu-

A Revista do Cinquentenário é composta por seis seções, onde são apresentadas informações e

cação profissional de qualidade, para atender as demandas do mundo do trabalho.

dados que demonstram o expressivo crescimento

Como forma de reconhecimento, fica registrado

do CTISM, ocasionado pela implantação de novos

o agradecimento a todos que fizeram parte da

cursos: técnicos de nível médio, presenciais e a

construção desta publicação: comissão do cin-

distância, graduação e pós-graduação. Assim

quentenário, comissão editorial, equipe EaD e a

sendo, demandou o aumento da infraestrutura

comunidade do CTISM, formada por estudantes,

e da capacidade de atendimento, resultando no

pais, ex-servidores, docentes e técnicos adminis-

aumento da área construída, do número de profes-

trativos em educação que fizeram e fazem parte

sores e de técnico administrativos em educação,

desta história.

de laboratórios, de acervo bibliográfico, etc.

Comissão Editorial

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Revista Comemorativa


Expediente Presidente da República Federativa do Brasil Michel Miguel Elias Temer Lulia Ministério da Educação – MEC José Mendonça Bezerra Filho Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC Eline Neves Braga Nascimento Universidade Federal de Santa Maria – UFSM Reitor Paulo Afonso Burmann Vice-reitor Paulo Bayard Dias Gonçalves Colégio Técnico Industrial de Santa Maria – CTISM Diretor Luciano Caldeira Vilanova Vice-diretor Marcelo Freitas da Silva Núcleo de Educação a Distância – CTISM Coordenador Paulo Roberto Colusso Coordenadora adjunta Erika Goellner Coordenação de Conteúdo Mariglei Severo Maraschin Comissão do Cinquentenário Amauri Almeida Catia Vanessa Villanova Soares Daltro Augusto Campanher de Souza Diego Russowsky Marçal Erika Goellner Fábio Dotto Machado Franciele de Lima Machado Gladis Borim Jonas Carniel de Macedo Luciano Caldeira Vilanova

Marcel Santos Jacques Marcos Daniel Zancan Mariglei Severo Maraschin Miguel Bauermann Brasil Milena Ganasini Paulo Jivago Capre Rojas Lima de Lima Rossano Villagram Dias Comissão Editorial Alessandro de Franceschi Amauri Almeida Catia Vanessa Villanova Soares Diego Russowsky Marçal Emanuelle Shaiane da Rosa Erika Goellner Fábio Dotto Machado Franciele de Lima Machado Gladis Borim Luciano Caldeira Vilanova Marcel Santos Jacques Marcos Daniel Zancan Rossano Villagram Dias Colaboradores César Augusto Robaina Filho Lucila Pereira Morin Lizandra Falcão Gonçalves Raquel Bevilaqua Rozieli Bovolini Silveira

Revisão Amauri Almeida Erika Goellner Gladis Borim Mariglei Severo Maraschin Fotografia Leonardo Lira Araujo Marcel Santos Jacques Marcos Cargnin Matheus Cargnin Acervo fotográfico do CTISM Ilustração Marcel Santos Jacques Gráficos Morgana Confortin Gestão Editorial Emanuelle Shaiane da Rosa Projeto Gráfico e Diagramação Emanuelle Shaiane da Rosa CTISM 50: revista comemorativa do cinquentenário, desenvolvida como Trabalho de Conclusão de Curso como Projeto Experiemental apresentado ao Curso de Comunicação Social – Produção Editorial, do Departamento de Ciências da Comunicação – Centro de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS).

Revisão Textual Nilza Mara Pereira Felipe Freitag Saigon Quevedo

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Sumário Editorial 5 Expediente 7 Sumário 8 50 anos do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria 11 CTISM 50 anos de excelência em Educação 15 Eles(as) fizeram história 22 CTISM em números

25

Colegiado fazendo história

29

CURSOS 32 Formação em dobro: Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio 33 Curso Técnicos Integrados e o que dizem os Egressos na oferta de Educação de Jovens e Adultos 39 PROEJA: 10 anos do CTISM

39

Cursos Técnicos Subsequentes: tradição e formação profissional para o mundo do trabalho 40

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Revista Comemorativa


Curso Técnicos Subsequentes e o que dizem os Egressos 41 Curso Superiores e o que dizem os Egressos 43 A Educação a distância NEaD CTISM: 10 anos de história Formação para o trabalho e a pesquisa tecnológica 48 Cursos Superiores de Técnologia Programa de Pós-graduação Mestrado Acadêmico em Educação Profissional e Tecnológica

50

Infraestrutura 53 Lembranças e impressões 65 Um pouco da história do CTISM por dois dos professores mais antigos 65 Quem brilha lá, passou por aqui! Ex-diretores do Planetário da UFSM: egressos do CTISM

73

Egressos do CTISM que se tornaram professores 77 Ontem nossos alunos. Hoje nossos professores. 77 CINQUENTENÁRIO 91 CTISM comemora meio século de vida 91 Concurso de crônicas e poesias 98 Crônicas e Poesias 104 9


Imagem: Construção do CTISM, década de 60. Fonte: Acervo fotográfico UFSM

Imagem: Fachada atual do Colégio Fonte: Acervo fotográfico UFSM.

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Revista Comemorativa


50 anos

do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria Prof. Luciano Caldeira Vilanova

“Todo início de uma instituição é difícil, especialmente quando não há parâmetros na região.

Em maio de 1966, o Reitor José Mariano da Rocha Filho chamou-me ao seu Gabinete. Como na ocasião estava substituindo a Diretora da Faculdade Imaculada Conceição (FIC), pensei que fosse assunto atinente à Faculdade. Entrei no Gabinete e fiquei meio perplexo quando me falou em Colégio Industrial, e eu seria o

Diretor; que providenciasse o seu funcionamento o quanto antes e tomasse todas as providências para isso. Como eu invocasse que não era a minha área na Universidade, ele logo me disse que precisava de um educador, e não de um técnico. Depois de muitos prós e contras saí do Gabinete com o encargo de fazer funcionar o Colégio Técnico Industrial.” Mário Guagliotto – Primeiro Diretor do CTISM Revista comemorativa 30 anos, p.4 Nestes cinquenta anos de existência do

ainda se mantêm e fazem parte da gestão

O segundo, a preocupação do Reitor, à época,

nosso Colégio Técnico Industrial de Santa

diária no CTISM. O que diria o prof. Guagliotto

de assegurar educadores à frente do CTISM.

Maria, ao analisarmos o depoimento do prof.

se fosse hoje chamado a esta direção?

Em relação ao primeiro aspecto, ou seja,

Mário Guagliotto sobre a sua fundação, obser-

Dois aspectos são muito importantes em

o desafio de fazer funcionar o Colégio Indus-

vamos que suas palavras são ainda muito

seu relato. O primeiro, trata da complexidade

trial, continua sendo uma árdua e gratificante

atuais. Os desafios elencados em seu artigo,

de fazer funcionar tal estrutura e a sua res-

tarefa. Muito mais complexa que na sua fun-

por ocasião da comemoração dos 30 anos,

ponsabilidade como gestor daquele projeto.

dação, pois a estrutura do CTISM continua a

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nos desafiar. Nossos cursos que, no início,

nistrativos. Atualmente, em relação a esse

forma de congregar nossa comunidade, cons-

eram os Cursos Técnicos em Mecânica e

aspecto, nossa preocupação continua sendo

truir uma identidade institucional e olhar com

Eletrotécnica, hoje são em número de 19.

a mesma: buscamos a melhor gestão dos

segurança para nosso futuro? Nossos ques-

Atuamos agora, além dos cursos técnicos

espaços para bem acomodar nossas salas

tionamentos são retóricos, pois acreditamos

de nível básico da educação, também nos

de aulas e laboratórios, de forma a garantir

que também ele teria seguido este caminho,

cursos de educação superior de graduação

condições necessárias para nossas atividades

sem nunca, é claro, esquecer nossa história e

e pós-graduação. Cobrimos, assim, todos os

de ensino. Os espaços administrativos e de

nossas paixões. Com essa intenção, nos anos

níveis previstos para a educação profissional.

manutenção da infraestrutura vêm sendo

que antecederam a este cinquentenário, é que

Com uma estrutura distribuída em uma

constantemente reestruturados, sempre de

propusemos à comunidade do CTISM que

área física de mais de 11.000 m² e um orça-

forma a melhor atender as necessidades da

descobrisse a sua identidade, definisse seus

mento anual de aproximadamente 3 milhões

comunidade acadêmica em suas atividades

valores e determinasse uma visão de futuro a

de reais, podemos comparar a nossa comu-

e ao seu melhor convívio.

ser conquistada. Acreditamos que essa seria

nidade acadêmica e nosso orçamento a uma pequena cidade de nossa região.

Homem da cultura e da ciência e sabedor de que o colégio seria erguido por pessoas,

uma boa forma de continuar fazendo desta uma grande e reconhecida Escola.

É provável que nosso primeiro Diretor não

como teria nosso diretor reagido frente a esse

Para a pequena comunidade acadêmica, à

imaginasse a grandeza do CTISM em seus

atual desafio? É possível que tivesse procu-

época da fundação, nosso Diretor ainda se pre-

50 anos. Em seu artigo, demonstrou preo-

rado uma ferramenta administrativa como a

ocupou em construir um Regimento Interno,

cupação com a estrutura física das salas de

construção de um Plano de Desenvolvimento

peça jurídica que ordenaria o funcionamento

aula, dos laboratórios e dos espaços admi-

Institucional? Teria acreditado ser essa uma

e o convívio desta comunidade. Neste ano de

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Revista Comemorativa


comemorações, a mesma preocupação nos

trou grande preocupação nesta fase e afirmou

o objetivo da unidade que nascia era o de

apreende, de forma que, nos últimos anos,

ter sido este o “ponto nevrálgico”. Avaliando

formar profissionais técnicos, os quais têm

nossa comunidade empenha-se em moderni-

suas escolhas, hoje podemos afirmar que

grande e fundamental importância no mundo

zar nosso Regimento Interno, buscando um

nosso primeiro gestor obteve muito êxito em

do trabalho. Atualmente, continuamos traba-

ordenamento jurídico que garanta a efetivi-

suas opções, enquanto pode fazê-las.

lhando para que se entenda que a educação

dade da nossa filosofia institucional, ou seja, a

Nos dias atuais, ao cruzarmos a linha dos

profissional no Brasil é uma forma diferente

de “Construir e compartilhar o conhecimento

50 anos de existência, nossos profissionais

da educação tradicional. Nossos objetivos e

humano e tecnológico”.

passaram a ser selecionados por rigorosos

nossos métodos de aprendizagem são dis-

O segundo aspecto que o Prof. Guagliotto

processos seletivos e podemos ainda garantir

tintos e seguimos uma tendência mundial

relata refere-se à preocupação do Prof. José

que nosso conjunto de Docentes e Técnicos

ao acrescentar uma descoberta de vocação

Mariano da Rocha Filho com a linha de forma-

Administrativos em Educação são detentores

à formação de nossos estudantes.

ção que deveria ser oferecida pelo CTISM. Ao

de apreciável capacidade técnica e de ensino.

optar por um educador como primeiro Dire-

Nosso trabalho tem sido reconhecido tanto

tor da nova unidade que surgia, demonstrou

dentro como fora de nossa Universidade e

acreditar na educação profissional com um

nossos alunos têm demonstrado nível téc-

sentido muito mais amplo. Assim, a escolha

nico de qualificação comparável às maiores

dos primeiros profissionais para o início do

escolas e universidades brasileiras.

projeto foi pautada pelo comprometimento

Ao concluir seu relato, o Prof. Guagliotto

destes com a causa. Em seu relato, demons-

descreve a dificuldade de fazer entender que

INSTITUCIONAL

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Imagem: CTISM, década de 60. Fonte: Acervo fotográfico UFSM

Imagem: Fachada do CTISM, decada de 60??? Fonte: Acervo fotográfico UFSM.

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CTISM 50 anos

de excelência em Educação Amauri Almeida, Cátia Vanessa Villanova Soares e Franciele de Lima Machado

O Colégio Técnico Industrial de Santa Maria – CTISM – é uma unidade universi-

região, bem como todo o país, vivia na segunda

Trabalho e, em 1994, o curso Técnico em Ele-

metade da década de 1960.

tromecânica. Já em 1998, o CTISM ofereceu,

tária vinculada à UFSM e subordinada à

Os cursos integrados de Eletrotécnica e

pela primeira vez, a modalidade de Ensino

Coordenadoria de Educação Básica, Técnica

Mecânica são oferecidos há cinquenta anos

Médio desvinculada da formação profissional.

e Tecnológica (CEBTT) da UFSM e tem por

na instituição e foram, ao longo dessa trajetó-

A partir de 2002, foi criado o curso Técnico

missão “Promover a educação profissional,

ria, redimensionados para outras modalidades

em Automação Industrial e nos anos de 2002

desenvolvendo conhecimento humano e

e turnos. Vale ressaltar que o CTISM foi um

e 2003 foram ofertadas, em parceria com o

tecnológico", fundamentando-se em valores

dos pioneiros na oferta de cursos técnicos

curso de Enfermagem e o Hospital Universitá-

como “Respeito, ética, responsabilidade, com-

noturnos no país, viabilizando o acesso dos

rio da UFSM, duas edições do curso Técnico

prometimento, igualdade, sustentabilidade e

alunos trabalhadores à educação profissio-

em Enfermagem, para capacitar servidores da

solidariedade”.

nal. O primeiro curso noturno ofertado pelo

UFSM que possuíam Ensino Médio e cursos

O CTISM iniciou suas atividades em 04

colégio, no ano de 1978, foi o curso Técnico

de Auxiliar de Enfermagem.

de abril de 1967, quando o reitor da UFSM

em Eletrotécnica, na forma subsequente ao

A partir de 2007, com nova legislação

era o Professor José Mariano da Rocha Filho.

Ensino Médio. Nove anos depois, em 1987, na

vigente aprovada em 2006, optou-se por retor-

Os primeiros cursos ofertados foram os de

mesma modalidade subsequente, começou

nar à modalidade de ensino médio integrado à

Eletrotécnica e Mecânica integrados ao Ensino

a ser ofertado o curso Técnico em Mecânica.

formação profissional para os cursos Técnicos

Médio. Com esses cursos, buscava-se formar

Na década de noventa, o CTISM passou

mão de obra qualificada para atender o pro-

a expandir a oferta de cursos subsequentes:

Também no ano de 2007, o CTISM, atra-

cesso de desenvolvimento industrial que a

em 1992, o curso Técnico de Segurança no

vés do Programa Nacional de Integração da

INSTITUCIONAL

de Eletrotécnica e Mecânica.

15


“Durante seus 50 anos de história, o Colégio Técnico Industrial de Santa Maria formou, aproximadamente, 3.000 técnicos.”

Educação Profissional com a Educação Básica

dores técnico-administrativos, construção de

na Modalidade de Educação de Jovens e Adul-

novos espaços físicos, aquisição de equipa-

tos (PROEJA), passou a oferecer o curso Téc-

mentos e novas tecnologias para melhoria

nico de Eletromecânica integrado ao Ensino

de laboratórios, biblioteca setorial e outros

Médio na modalidade Educação de Jovens e

espaços de ensino aprendizagem.

Adultos. Esse curso, através de uma política

Com isso, foi possível a implantação

pedagógica de integração entre a educação

de dois cursos superiores: curso superior

básica e o ensino técnico, objetiva formar

de Tecnologia em Fabricação Mecânica e

cidadãos, capacitando-os para o exercício

curso superior de Tecnologia em Redes de

profissional, além de proporcionar a (re)inclu-

Computadores. Também foi criado o curso

são social.

Técnico de Automação Industrial, na moda-

No mesmo ano, o CTISM adere ao Pro-

lidade Educação a Distância (EaD).

grama de Apoio a Planos de Reestruturação e

Na perspectiva de expandir a oferta de

Expansão das Universidades Federais (REUNI)

cursos técnicos na área de altas tecnologias,

e ao Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil

em março de 2010, o CTISM deu início ao

No mesmo ano, com a adesão do CTISM

(e-Tec Brasil), instituídos pelo governo fede-

curso Técnico em Eletrônica e mais recen-

ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino

ral, cujo principal objetivo foi a ampliação do

temente, em 2012, na modalidade Educação

Técnico e Emprego (PRONATEC), instituído

acesso e a permanência na educação supe-

a Distância (EaD), o curso de Segurança do

pela Lei 12.513/2011, o CTISM passou a ofertar

rior e técnica de nível médio. A partir desses

Trabalho. Assim, ampliaram-se as opções de

cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC),

programas, houve um aumento significativo

qualificação profissional para a comunidade

no âmbito da Bolsa-Formação, a integrantes

do número de vagas ofertadas, bem como,

de Santa Maria e Região.

de Unidades Militares de Santa Maria e, em

expansão do quadro de professores e servi-

16

2013, ao público-alvo do Centro de Referência

Revista Comemorativa


conhecimento, capacitando-os para a docência e para a pesquisa na área da Educação Profissional e Tecnológica, considerando suas interfaces com os diferentes níveis e modalidades da educação. Em setembro de 2016, foi criado o curso superior de Tecnologia em Eletrônica Industrial, tendo início de suas atividades no primeiro semestre de 2017. Atualmente, o CTISM conta com quatro cursos técnicos integrados ao Ensino Médio: Eletrotécnica, Mecânica, Informática para Internet e Eletromecânica, esse último na modalidade PROEJA. Conta também com Imagem: Modernização dos laboratórios do CTISM

de Assistência Social (CRAS) de Ivorá, RS. Com

os estudantes da região.

seis cursos técnicos subsequentes ao Ensino Médio: Eletrônica, Eletrotécnica, Eletrome-

essa ação, o CTISM vem contribuindo para a

Em junho de 2014, foi criado o Programa

cânica, Mecânica, Segurança no Trabalho

(re)inserção de jovens no mundo do trabalho.

de Pós-Graduação em Educação Profissio-

e Automação Industrial. O Colégio conta

A partir de 2014, o CTISM passou a contar

nal e Tecnológica – Mestrado, o qual iniciou

também com quatro cursos na modalidade

com dois novos cursos: Técnico em Informá-

suas atividades no 2º semestre de 2015. Esse

Educação a Distância – Informática para

tica para Internet, integrado ao Ensino Médio, e

programa visa dar continuidade à formação

Internet, Mecânica, Segurança no Trabalho

Técnico subsequente em Soldagem, os quais

científica de profissionais graduados em nível

e Automação Industrial, três cursos superiores

ampliam a opção de profissionalização para

superior provenientes de diversas áreas do

de tecnologia: Fabricação Mecânica, Redes

INSTITUCIONAL

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“Diante da ampliação dos cursos, foi necessária também a expansão de sua estrutura física e tecnológica.”

de Computadores e Eletrônica Industrial e um

cado por uma trajetória de muito sucesso em

estágios, concluindo, assim, sua formação

curso de pós-graduação em Educação Pro-

relação à formação de profissionais prepa-

técnica. No Rio Grande do Sul, as regiões Sul,

fissional e Tecnológica – nível de mestrado.

rados para atenderem às suas expectativas

Central, Noroeste e metropolitana de Porto

Durante seus 50 anos de história, o Colégio

pessoais e às demandadas pelo mercado

Alegre, bem como os Estados do Paraná e

Técnico Industrial de Santa Maria formou,

de trabalho. O colégio também é procurado

de Santa Catarina concentram a maioria das

aproximadamente, 3.000 técnicos.

e reconhecido pela atenção dedicada ao

empresas que acolhem estagiários do CTISM.

Diante da ampliação dos cursos, foi neces-

desenvolvimento de seus estudantes e pelo

Grande parcela dos técnicos formados pelo

sária também a expansão de sua estrutura

fornecimento de suporte necessário para que

colégio é contratada pelas empresas onde

física e tecnológica. Hoje, o CTISM conta com

eles tenham condições de prosseguir seus

realizam seus estágios. As indústrias metal

sete prédios e trinta e sete laboratórios moder-

estudos, devido à boa qualidade educacional

mecânica, alimentícia, moveleira, de geração,

nos e bem equipados, para que seus alunos

e pedagógica oferecida por essa unidade de

transmissão e distribuição de energia elétrica,

vivenciem a prática e saibam trabalhar com

ensino.

telecomunicações e telefonia. Estes saõ

os equipamentos que encontrarão à frente,

O CTISM é a única Instituição Federal de

atraidos também para as áreas de ensino,

para que se sintam preparados a integrar o

formação técnica industrial na região Cen-

pesquisa e extensão universitária são as que

mundo do trabalho. Toda essa infraestrutura é

tral do Estado e por ser comprometida com

mais absorvem os egressos do colégio.

conduzida por oitenta e oito servidores docen-

o desenvolvimento e aperfeiçoamento de bons

De acordo com Luiz Alberto Wagner Pinto

tes e quarenta técnicos administrativos em

profissionais, sempre contou com uma forte

Junior, ex-aluno do CTISM, e diretor da HCC

educação.

e ampla rede de parceiros que recebem os

Engenharia Elétrica, empresa que há dez

estudantes para que possam realizar seus

anos recebe alunos desse estabelecimento

Historicamente, o CTISM tem sido mar-

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Revista Comemorativa


Imagem: Seminário com aposentados 3 – Marcel Jacques – data 4.10.2016

de ensino para realizarem seus estágios,

sificada pelo processo de globalização, que

a rede de corporações que acolhem seus

há um grande percentual de efetivação dos

exige continuamente a formação de novos

estagiários, visando a um acompanhamento

profissionais encaminhados pelo CTISM. Ele

perfis de profissionais. Com vistas a seguir

próximo das tendências e das demandas de

destaca que esse fato é verificado em função

oferecendo formação profissional qualificada,

mercado.

da grande rapidez com que os estagiários

colaborativa e propositiva, o CTISM se reestru-

Deste modo, agregar conhecimento e

se adaptam ao trabalho, considerando-a

turou e modernizou sua infraestrutura e suas

propiciar que indivíduos se tornem sujeitos

como fruto da qualidade técnica que os

bases de ensino, reformulando os currículos de

capacitados e realizados profissionalmente

alunos apresentam, aliada ao nível de ama-

seus cursos antigos e ofertando novos cursos.

faz parte do anseio dessa unidade, bem como

durecimento pessoal possibilitado pela

Para manter sua posição de destaque na

participar da trajetória de vida de muitas

Educação Profissional e Tecnológica, o Colé-

outras gerações de alunos que vivenciarão

Desde sua inauguração, o colégio viven-

gio Técnico Industrial de Santa Maria almeja

e que construirão a história dos próximos 50

ciou uma grande transformação na realidade

estreitar e fortalecer os laços com empresas

anos do CTISM.

tecnológica e mercadológica, a qual foi inten-

parceiras, assim como pretende expandir

parceria bem sucedida colégio-empresa.

INSTITUCIONAL

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Revista Comemorativa


INSTITUCIONAL

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Eles(as)

fizeram história

Servidores que construíram e constroem a história dos 50 anos do CTISM

Adalgisa da Silva Flores

Carlos Roberto Cauduro

Edison Freitas Santos

Adão Antonio Pillar Damasceno

Carmem Elisete Gabbi

Edson Hikaro Aseka

Adriano Cavalheiro Marchesan

Carmen Maria da Rosa Silva

Eduardo Bonnuncielli Marafiga

Adriano Peres de Morais

Catia Vanessa Villanova Soares

Elani do Socorro F. P. Stuart

Alda de Melo Machado

Celita Fernandes Martins

Élen Henriques Lages

Aldrei Augustus Alfaroi Bastos

Cesar Augusto Schmidt

Eleusa de Vasconcellos Favarin

Alessandro de Franceschi

Cesar Augusto Serafini Immich

Erika Goellner

Alexsandra Matos Romio

Claiton Pereira Colvero

Ernesto Marques da Anunciação Serra

Alysson Raniere Seidel

Claudio Renato Fialho Cirio

Fabio Dotto Machado

Amauri Almeida

Claudio Rodrigues do Nascimento

Fabio Teixeira Franciscato

Anderson Pereira Colvero

Claudio Weissheimer Roth

Fanor Vasconcelos Quadros

Andrei Espig Pozzobon

Cleusa Gularte Castro

Fernando Mariano Bayer

Anilo Jose Wathier

Cristiano Jose Scheuer

Fernando Negrini

Armando Perico

Cristiano Souza de Lima

Flavio Thomaz Fernandes Paim

Augusto Pio Benedetti

Dalcione Luiz Comin Weber

Franciele de Lima Machado

Bruno Rezende Laranjeira

Danize Aparecida Rizzetti

Francisberto Sebastião Bezerra

Carina Petry Lima Brackmann

Diego Russowsky Marcal

Frank Gonzatti

Carlos Benetti

Douglas Camponogara

Fredi Zancan Ferrigolo

22

Revista Comemorativa


Gilberto Melchiors

Joao Alberto Bender II

Leandro Isaias Lucca

Gilda Maria da Silva Benedetti

Joao Manoel Roratto

Leandro Roggia

Gilmar Fernando Vogel

Joao Paulo Vizzotto

Leandro Silveira Ferreira

Gisele Jacques Holzschuh

Jonas Roberto Tibola

Leila Maria Araújo Santos

Gladis Borim

Jonathan Cardozo Maciel

Lelio Lopes Baron

Guilherme Dhein

Jonson Pavão Dornelles

Lidiane Bittencourt Barroso

Guilherme Lopes Weis

José Abilio Lima de Freitas

Liniane Medianeira Cassol

Guilherme Piegas Koslovski

Jose Alberto Brizolla Bastos

Loni Elisete Manica

Hallan Solon de Oliveira Klein

Jose Carlos Lorentz Aita

Luana Palma

Indianara Sulzbach Schmid

Jose Tibirica Corim

Lucas Teixeira

Iolanda Carmen Noal Calil

Josiane Pacheco Menezes

Luciano Caldeira Vilanova

Ione de Oliveira Pilla

Júlia Gattermann de Barros

Luciano Retzlaff

Ivan Zolin

Juliano Fontoura Kazienko

Lucy Salete Trevisan

Ivanise Nunes Pereira

Juraci Diniz

Luiz Carlos Albiero

Iza Neuza Bonilla Teixeira

Jussara Terezinha D’Avila

Luiz Renato Carlin

Jacqueline Myanaki

Jussie Pettine Santos

Maikel Guerra Bathaglini

Jaiser Tapia

Kenner Xavier

Mara Lucia Cogo

Jander Clerici Wegner

Lairane Rekovvsky

Marcelo Freitas da Silva

INSTITUCIONAL

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Marcelo Tadiello Moraes

Nisiael de Oliveira Kaufman

Sarita Ivanisa Muller de Freitas

Marcia Daniele Scherer Cipriani

Olinto Cesar Bassi de Araujo

Saul Azzolin Bonaldo

Marcia Henke

Orieta Skrebsky Ramos

Sergio Adalberto Pavani

Marco Aurélio da Fontoura Gonçalves

Orlando de Lima Cavalheiro

Sergio Terra Nunes

Marco Aurélio Garcia Bandeira

Paulo Cesar Rech

Sidney Gularte Von Oncay

Marcos Daniel Zancan

Paulo Jivago Capre

Simone Regina Ceolin

Maria de Fatima Ferraz Nascimento

Paulo Ricardo Alves Reginatto

Sonia da Costa

Maria do Carmo Colvero Machado

Paulo Roberto da Costa

Sonia Maria Ferro Benetti

Maria Ines Hercolani Alegretti

Pedro André Pires Machado

Sonia Zwetsch Tonini

Maria Inez Both Bolzan

Rafael Adaime Pinto

Susana da Silveira Gonçalves

Maria Isabel Riambau Jahnke Mariotto

Raquel Bevilaqua

Suziane Bopp Antonello

Maria Nita Falcão da Silva

Raul Dalla Lana

Tatiana Grasser

Mariglei Severo Maraschin

Regina Lucia Zamberlan Ayub

Tatiani Elenusa de Oliveira Rodrigues

Mario Reginaldo Fialho Dorneles

Rejane Rataeski Moraes da Silva

Teresinha Elizabet Portella Ximenes

Maristela Andrea Teichmann Bazzan

Renato Machado

Thendric Beck Martins

Maritana Mello Bevilacqua

Renato Preigschadt de Azevedo

Tiago Antonio Rizzetti

Mauro Tavares Menegas

Ricardo Denti

Valci Jeusse Cureau

Melina de Azevedo Mello

Ricardo Dias Coelho

Valdemar Bertagnolli

Miguel Angelo Schuch

Rodrigo Cardozo Fuentes

Valdir Bolico Araujo

Miguel Augusto Bauermann Brasil

Rogerio Correa Turchetti

Vera Lucia Borges Ligorio de Barros

Miguel Guilherme Antonello

Rogerio Malta Branco

Vera Lucia Trindade

Milene Vania Kloss

Rojas Lima de Lima

Viviane Catia Kohler

Moacir Eckhardt

Romario Mauricio Urbanetto Nogueira

Viviane Terezinha Sebalhos Dal Molin

Moacir Luiz Casarin

Rosalina Loreto Peres

Volnir Frederico Bueno Kanopf

Murilo Cervi

Rosamari Piaia

Wagner Bernardes Zimmermann

Nara de Fatima Quadros da Silveira

Roselene Moreira Gomes Pommer

Walter Priesnitz Filho

Nara Suzana Bopp

Rui Manuel Cruse

Walter Souza Cabistani

Nelson Lionidas Flores Marafiga

Rute Terezinha Faverzani Magnago

William Lemos Bevilaqua

Neverton Hofstadler Peixoto

Saigon Quevedo

Zeferino Gilberto da Silva

Nirvan Hofstadler Peixoto

Sámara Pereira Palazuelos Rodrigues

Zilmar Barbosa da Costa

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Revista Comemorativa


CTISM

em números Diego Marçal Fonte de dados: Secretaria Escolar – CTISM

A trajetória da evoluição do CTISM pode ser vferificada no levantamento dos dados registrados nos documentos oficiais do colégio. Sendo assim, nesta página, são apresentados os dados relativos a número de professores, técnicos administrativos, cursos e alunos matriculados possuem uma comparação em relação ao ano de 1997. Os números mostram um crescimento significativo do Colégio nos últimos vinte anos. Em 1997, eram ofertados apenas quatro cursos técnicos, já no ano de 2017, são ofertados onze cursos técnicos de nível médio presenciais, distribuídos nas seguintes modalidades: integrado ao ensino

mesmo ocorreu com o número de alunos: de

comparando os anos de 1997 e 2017. Através

médio e subsequente, quatro cursos técnicos

292 para 1284 matriculados. Toda esta estru-

dele, evidencia-se o crescimento do colégio

a distância, três cursos superiores de tecno-

tura organizada em 7 prédios, 37 laboratórios

ao longo destes 20 anos, em consequência

logia e um curso de mestrado acadêmico.

em uma área construída de 11.806,25 m². O

da oferta de um maior número de cursos.

Com um número maior de cursos, o CTISM

Gráfico 1 revela uma visão geral do Colégio

O número de alunos matriculados no

também aumentou o número de professores,

Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM),

CTISM, como mostra o Gráfico 2, cresceu

passando de 33 para 88, técnicos administra-

dos seus recursos humanos, professores e

exponencialmente entre os anos 1997 e 2017.

tivos em educação eram 13 e hoje são 40. O

técnicos administrativos, e cursos ofertados,

Naquele ano havia apenas 292, já no ano do

INSTITUCIONAL

25


cinquentenário há 1284, representando um

tecnologia que o CTISM oferece. O número

titulação (especialização e mestrado) do que

acréscimo de 340 % em número de matrículas.

baixo no curso de Tecnologia em Eletrônica

o máximo exigido, ensino superior completo,

O número de alunos matriculados nos

Industrial deve-se ao fato de que o mesmo teve

para ingresso na UFSM. Isso mostra que o

cursos técnicos de nível médio do CTISM está

sua primeira turma ingressando no primeiro

Colégio possui uma equipe de trabalho bem

distribuído conforme o Gráfico 3, tanto no de

semestre de 2017. Já, a maior quantidade no

qualificada e que vem buscando a atualização

1997 quanto em 2017. Nota-se que o número

curso de Redes de Computadores é explicada

dos conhecimentos.

mantém-se quase o mesmo ao longo dos anos

pelo duplo ingresso em cada ano: uma turma

O Gráfico 6 mostra a titulação dos pro-

nos cursos que já existiam, diminuindo um

no primeiro semestre e outra no segundo. Além

fessores que atuavam no CTISM em 1997 e

pouco nos cursos de Mecânica e Eletrotéc-

dos alunos nos cursos Técnicos e Tecnólogos,

que atuam no presente ano, 2017. Percebe-

nica subsequentes. Os cursos integrados ao

há 45 alunos matriculados no Mestrado Acadê-

-se que o grau de escolaridade dos docentes

ensino médio possuem um maior número de

mico em Educação Profissional e Tecnológica.

do Colégio aumentou significativamente. Há

matriculados, em relação aos subsequentes,

A escolaridade dos técnicos administra-

duas décadas, dentre os 30 professores, o

pois há três turmas em aula para cada curso,

tivos em educação que atuam no CTISM é

Colégio não possuía nenhum com doutorado

uma em cada ano do ensino médio.

exposta no Gráfico 5. Nota-se que em um total

e, aproximadamente, 50 % tinha ensino supe-

O Gráfico 4 traz o número de alunos

de 40, aproximadamente 25 % possuem ensino

rior completo ou habilitação legal equivalente.

matriculados nos três cursos superiores de

superior completo. Além disso, 50% tem maior

Atualmente, contando com 89 docentes, em

26

Revista Comemorativa


torno de 45 % são mestres e 45 %, tem doutorado . *Em 1997, havia mais três professores substitutos, porém não obtivemos a escolaridade dos mesmos.

INSTITUCIONAL

27


28


Colegiado

fazendo história O Conselho Diretor é o órgão deliberativo, normativo

Unidade; diretores dos departamentos; coordenadores

e consultivo para assuntos didáticos, administrativos e

de cada curso existente na unidade; representação dos

disciplinares do CTISM. É constituído pelos seguintes

docentes; representação dos técnico-administrativos em

membros (conforme Estatuto da UFSM): Diretor da

educação; representação do corpo discente.

Luciano Caldeira Vilanova

Rafael Adaime Pinto

Alessandro de Franceschi

Diretor do Colégio Técnico Indusrial

Departamento de Ensino

Departamento Técnico

Amauri Almeida

Marco Aurelio Garcia Bandeira

Leandro Roggia

Departamento Administrativo

Departamento de Relações Empresariais e Comunitárias

Curso Técnico em Automação Industrial Subsequente

29


Fredi Zancan Ferrigolo

Adriano Peres de Moraes

Gilmar Fernando Vogel

Curso Técnico em Eletromecânica Subsequente

Curso Técnico em Eletrotécnica Subsequente

Curso Técnico em Mecânica Subsequente

Alexsandra Matos Romio

Josiane Pacheco Menezes

Pedro André Peres Machado

Curso Técnico em Eletromecânica PROEJA

Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado

Curso Técnico em Mecânica Integrado

Álysson Ranieri Seidel

Fábio Teixeira Franciscatto

José Abílio Lima de Freitas

Curso Técnico em Eletrônica Subsequente

Curso Técnico em Informática para Internet Integrado

Curso Técnico em Segurança do Trabalho Subsequente

30

Revista Comemorativa


Valdir Bólico Araújo

Murilo Cervi

Douglas Camponogara

Curso Técnico em Soldagem Subsequente

Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores

Curso Superior de Tecnologia em Eletrônica Industrial

Carlos Roberto Cauduro

Leila Maria Araújo Santos

Mario Reginaldo Fialho Dornelles

Curso Superior de Tecnologia em Fabricação Mecânica

Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica

Corpo docente

Mauro Tavares Menegas

Marcia Daniele Scherer Cipriani

Isadora de Seixas e Souza Barrios

Corpo docente

Servidores Técnico Administrativos em Educação

Corpo discente

INSTITUCIONAL

31


CURSOS Formação em dobro: Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio PROEJA: 10 anos do CTISM na oferta de Educação de Jovens e Adultos Cursos Técnicos Subsequentes: tradição e formação profissional para o mundo do trabalho A Educação a Distânica: 10 anos de história Cursos Superiores de Técnologia: formação para o trabalho e a pesquisa tecnológica Programa de Pós-graduação: mestrado acadêmico em Educação Profisional e Técnologica

32

Revista Comemorativa


Formação em dobro:

Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio Augusto Pio Benedetti; Fábio Teixeira Franciscato; Jacqueline Myanaki; Josiane Pacheco Menezes; Raquel Bevilaqua

O crescimento do CTISM, principalmente

A articulação entre a formação geral e a

do senso crítico e da responsabilidade social,

nos últimos 10 anos, veio acompanhado de

educação profissional, tal como preconiza o

na medida que os conteúdos dessas disci-

novas instalações físicas, reformas e moderni-

Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE),

plinas permitem a construção da identidade

zação de laboratórios, dentre outras melhorias.

do Ministério da Educação, já preparou para

coletiva, das identidades territoriais e culturais,

Nesse contexto, os três Cursos Técnicos Inte-

o mundo do trabalho centenas de profissio-

ampliando a compreensão dos processos

grados ao Ensino Médio do CTISM, Mecânica,

nais formados pelo CTISM nos últimos anos.

sociais e o papel dos alunos-cidadãos junto

Eletrotécnica e Informática para Internet, têm

Desde 2007, nos cursos Técnicos Integrados

às instituições sociais, econômicas e políticas.

se destacado entre os cursos que apresentam

de Mecânica e Eletrotécnica, o Colégio tem

Nas ciências naturais (Física, Biologia

o maior percentual de alunos concluintes,

ofertado anualmente cerca de 30 vagas por

e Química) e Matemática, os educandos

segundo Diagnóstico Quantitativo, realizado

curso. A partir de 2014, o CTISM passou a

mergulham no mundo das ciências, cuja

pela Comissão de Permanência e Êxito do

ofertar mais 30 vagas para o curso de Infor-

interdisciplinaridade permite a compreensão

CTISM, em 2015.

mática para Internet.

sistêmica dos fenômenos e da evolução da

Os baixíssimos índices de evasão e desli-

Nos três cursos, cerca de 55 % da carga

vida, a organização, quantificação e codifica-

gamento verificados nos Cursos Integrados,

horária são dedicadas à formação científica

ção desses fenômenos. Os estudantes têm

somados aos elevados índices de aprovação

e humanística. São momentos em que os

ainda a oportunidade de experienciar e experi-

dos formandos desses cursos nos exames

estudantes desenvolvem habilidades e com-

mentar situações-problemas nos laboratórios

de seleção da UFSM e de outras universida-

petências para o pleno exercício da cidadania.

de Química e Biologia, por exemplo.

des e faculdades da região, são indicativos

Os componentes curriculares das ciências

Nos componentes curriculares da área

da eficiente formação ofertada nos Cursos

humanas como Geografia, História, Filosofia e

de linguagens (Língua Portuguesa, Literatura,

Técnicos Integrados.

Sociologia contribuem para o desenvolvimento

Língua Inglesa, Língua Espanhola, Artes e

INSTITUCIONAL

33


Educação Física), os alunos são instigados

apenas cotidianos, mas também profissionais.

a formação integral do jovem em consonância

a desenvolver o pensamento reflexivo e o

A partir de 2016, a comunidade escolar tem

com as necessidades do mundo do trabalho.

senso crítico em relação ao uso da linguagem

contado não apenas com o Laboratório de

Tal formação pressupõe uma educação

nas mais diversas manifestações culturais

Linguagens (LabLínguas CTISM), mas também

orientada para o desenvolvimento de uma

e práticas sociais. As múltiplas linguagens

com o Laboratório Didático Poliesportivo.

cidadania crítica e participativa. Nesse sen-

– escrita, oral, imagética, gestual, etc. – e a

A repetida premiação de alunos do CTISM

tido, inúmeras atividades didático-pedagó-

sua inter-relação nos mais variados tipos de

em concursos de poesia e redação e seu

gicas buscam fomentar atitudes proativas,

textos e contextos socioculturais constituem o

evidente amadurecimento gradual após o

instigando os estudantes a construir um

objeto de ensino e aprendizagem privilegiado

ingresso nos cursos integrados, demonstra

pensamento reflexivo e gerar conhecimentos.

nas aulas de linguagens.

a competente formação recebida e que, indubi-

Além disso, para que alunos e alunas possam ampliar seus conhecimentos e práticas

tavelmente, também contribui para a formação e atuação técnica específica.

de linguagens, desde 2014, o CTISM oferece

Os cursos integrados são oferecidos com

cursos de inglês e espanhol pelo programa

o objetivo de oportunizar aos estudantes a

e-Tec Idiomas Sem Fronteiras, contando com

possibilidade de realizar simultaneamente a

mais de 1.500 estudantes matriculados em

formação técnico-científica, que lhes garante

duas edições de ambos os cursos. Em 2015,

a certificação de Ensino Médio, aliada à qua-

o CTISM tornou-se um centro aplicador do

lificação técnico-profissionalizante. Baseada

exame internacional TOEIC (Test of English

nos princípios da contextualidade, interdisci-

for International Communication), ferramenta

plinaridade e flexibilidade, a base curricular é

importante para medir o nível de proficiência

composta por componentes que possibilitam

dos estudantes em inglês em contextos não

a construção de conhecimentos e contemplam

34

Revista Comemorativa


Curso Técnicos Integrados

e o que dizem os Egressos O egresso do curso Técnico em Mecânica

numa indústria metalúrgica e atualmente atua

Integrado ao Ensino Médio é capaz de desen-

como projetista de máquinas: “Atualmente,

volver atividades de planejamento, controle e

sou projetista de máquinas e desenho várias

execução dos processos de manutenção de

máquinas conforme o desejo do cliente. Além

máquinas e equipamentos. Outra habilidade

disso, nosso trabalho requer um certo conhe-

envolve a utilização de máquinas e ferramentas

cimento em PCP (Planejamento e Controle de

tanto manuais quanto automatizadas para

Produção), e a partir disso desenvolver rela-

fabricação de peças, controle de qualidade e

tórios em programas de MRP (Planejamento

custos. Para o desenvolvimento dessas capa-

das Necessidades de Materiais). Na minha

cidades, o curso conta com laboratórios que

empresa, o essencial é saber desenhar, porém,

promovem um aprendizado teórico-prático e

como projetista, nós estamos envolvidos do

que tem marcado a formação desses jovens,

início ao fim do processo, desde o setor de

como afirma Rubens J. Facco Filho (formado

vendas até a expedição de nossas máquinas”.

em Mecânica em 2012): “Tive muita afinidade

Já Rubens Facco estagiou em uma

com as disciplinas de Desenho Técnico

empresa de engenharia e segue trabalhando

Industrial, Usinagem e Comando Numéricos

na mesma empresa onde conseguiu uma

Computadorizados (CNC)”.

colocação como programador de máquinas:

Para quem se forma e segue carreira na

“(...) atualmente, trabalho como programador

área de Mecânica, as disciplinas técnicas dão

de máquinas. Além disso, atuo na formula-

o suporte para atuação em diversas áreas e em

ção de roteiros de fabricação das peças.”

alunos seguem estudando e aperfeiçoando-se

empresas de pequeno, médio e grande porte.

Além das possibilidades de colocação no mer-

em cursos de nível superior, principalmente na

Keyla Molina realizou o estágio de final de curso

cado de trabalho na área de Mecânica, muitos

área de Engenharia Mecânica.

INSTITUCIONAL

Foto: Laboratório CNC do CTISM

35

Rubens J. Facco Filho


O curso Integrado em Eletrotécnica está

alunos, a referência à qualidade do ensino

reverberando alguns dos princípios da educa-

direcionado para uma formação efetiva na

ofertado pelo CTISM, conforme a opinião

ção ofertada pelo Colégio. Jhonatan lembra

área de energia elétrica e seus sistemas. Visa

do agora graduando em Engenharia Elétrica

do tempo que passou no CTISM e que, por

capacitar profissionais nas áreas de geração,

(UFSM), Jhonatan Cassol: “O curso é muito

conta de uma convivência prolongada com

transmissão e distribuição de energia a fim

bom e recomendo aos alunos que aproveitem

professores e colegas, acabou formando “uma

de suprir a demanda por parte das empresas

ao máximo o espaço de aprendizagem que o

segunda família”, e destaca que as relações

que compõem o sistema elétrico de potên-

CTISM proporciona, mas, principalmente, o

baseadas na confiança e no companheirismo

cia. A habilitação em Eletrotécnica propicia

conhecimento.”

com os colegas lhe marcaram muito. Jéssica

o desenvolvimento de ações relacionadas à

Dentre diversos aspectos que contribuem

recorda que foram muitos os ensinamentos

concepção, especificação, projeto, implemen-

para uma avaliação positiva do curso entre

que o CTISM lhe proporcionou, e ressalta que

tação, avaliação, suporte e manutenção de

os egressos, destaca-se a possibilidade de

os que mais lhe marcaram estão relaciona-

sistemas elétricos.

aplicação do saber conceitual a uma ativi-

dos a “uma melhor administração do tempo,

Além das habilidades teórico-práticas de

dade prática. Jéssica Barrios, aluna egressa

organização com os estudos, foco nas res-

formação técnica, são também oferecidas

do curso, destaca a importância da disciplina

ponsabilidades (...) e a ser muito persistente

estratégias de trabalho que desenvolvam a

de Instalação e Manutenção Elétrica. Segundo

na luta pelos ideais.”

capacidade empreendedora do aluno, capa-

ela, essa disciplina ajudou-a a “(...) associar

citando-o a detectar e/ou criar oportunidades

com maior facilidade a teoria com a prática,

que alavanquem seu crescimento pessoal e

visto que pude aplicar em casa muitos dos

profissional.

meus conhecimentos adquiridos em aula.”

Os princípios subjacentes ao curso podem

Além da qualidade, alunos egressos do

ser observados na fala de alunos egressos que

curso também fazem referência aos valores

foram entrevistados. É comum, entre esses

que construíram ao longo de sua formação,

36

Revista Comemorativa


O curso Técnico em Informática para Inter-

vimento de um perfil profissional diferenciado e

O curso ainda fornece contato com empre-

net Integrado ao Ensino Médio, por meio de sua

ainda mais valorizado no mercado de trabalho

sas e especialistas da área, visitas técnica,

ampla formação técnica, tem como objetivo

por meio da integração da área Tecnológica

viagens de estudo e, na semana acadêmica

capacitar profissionais aptos a planejar, ana-

com noções de Empreendedorismo. Para a

de informática (InfoWeek), proporciona a inte-

lisar, desenvolver, avaliar, manter e fazer uso

aluna Andriele PacheFerigolo, “(...) apesar das

gração entre as turmas por meio de palestras,

de tecnologias empregadas em aplicações

dificuldades que enfrentamos ao longo do

minicursos, jogos e desafios computacionais.

para web, utilizando o paradigma da orientação

curso, o final foi sempre recompensador e

Após a conclusão do curso, o profissio-

a objetos. Dentre as disciplinas técnicas do

gratificante. É um curso que passa a surpre-

nal poderá atuar de forma autônoma ou em

curso, estão a Lógica de Programação, Lingua-

ender e estimula nossa lógica muito além da

empresas de diferentes portes, liderando ou

gens de Programação, Banco de Dados, Pro-

programação.”

integrando equipes de planejamento, criação,

jeto de Software, Interface Homem-Máquina,

Os docentes da área técnica seguem uma

produção e implementação de soluções web

Sistemas de Gestão de Conteúdos e Redes

metodologia atual e inovadora, baseada na

dinâmicas e interativas. É nesse contexto

de Computadores. Muitos alunos corroboram

aprendizagem por projetos, colocando o aluno

que alunos como Fernando Vedoin Garcia e

a qualidade da formação técnica do curso,

em contato com condições reais de trabalho

Ricardo Cunha pretendem atuar. Fernando

como, por exemplo, o aluno Walther Fraga

e, assim, estimulando seu interesse pelos

garante: “(...) pretendo trabalhar em startups,

Pedrozo, o qual se sente qualificado e capaz

estudos. Isso tem implicações na realidade

na área de desenvolvimento web”, e Ricardo

de atuar no mercado de trabalho: “(...) com

dos alunos, como afirma o aluno Felipe Cechin

pretende “(...) fundar uma empresa na área da

o aprendizado adquirido por intermédio das

Mello: “Participar de projetos contribuiu para

Informática, já que o mercado possui muita

disciplinas técnicas, pude me qualificar, me

melhorar minha responsabilidade e compro-

demanda e poucas empresas especializadas”.

tornando um técnico capaz de atuar no mer-

metimento, além de aumentar os conheci-

A qualidade do ensino dos três cursos

cado de trabalho.”

mentos que eu já tinha e que pude adquirir

técnicos integrados transparece nos depoi-

durante o tempo no Colégio.”

mentos de egressos do CTISM.

O curso também contribui para o desenvol-

INSTITUCIONAL

37


Comemoração 10 anos do PROEJA

38

Revista Comemorativa


PROEJA: 10 anos do CTISM na oferta de Educação de Jovens e Adultos Aline Seeger; Alexsandra Matos Romio; Mariglei Severo Maraschin .

O curso de Eletromecânica PROEJA

da educação de jovens e adultos, busca-se

truir, com os alunos e professores, reflexões

começa sua história em 2008 e já conta com

conhecer a realidade dos estudantes e as difi-

sobre o curso, abrindo momentos para rodas de

diversos profissionais formados, atuando no

culdades e percalços que muitos deles passam

conversa, experiências dos formados, palestras

mercado de trabalho. Para que os mesmos não

para chegar ao colégio. Dessa forma, além

de empresas, mostras culturais e muito mais.

percam contato com a instituição, o colégio

do contato com os estudantes, a instituição

No ano de 2017, nacionalmente, houve

convida-os, todos os anos, a voltarem para

incentiva seus estudantes a usufruir de toda

comemorações aos 10 anos do PROEJA e

participar de oficinas e rodas de conversa com

a infraestrutura da UFSM e auxilia com bolsas

o CTISM realizou atividades com seus estu-

os novos estudantes.

de assistência estudantil.

dantes e professores procurando resgatar a

Assim, o curso busca, de uma forma

Todos os anos, o PROEJA desenvolve um

inovadora, a profissionalização de jovens e

evento chamado DIÁLOGOS, que busca cons-

história do curso e a integração entre servidores e estudantes.

adultos em eletromecânica, proporcionando uma melhora na carreira e, também, o término do ensino médio, o qual, por algum motivo, não pode ser concluído em período regular. No CTISM, formam-se profissionais de nível médio, capacitados para trabalhar nas indústrias e companhias que envolvem a área. Nos últimos anos, propuseram-se projetos de apoio pedagógico em todas as disciplinas, buscando, assim, suprir as dificuldades encontradas durante o curso. Devido à especificidade INSTITUCIONAL

39


Cursos Técnicos Subsequentes:

tradição e formação profissional para o mundo do trabalho Mariglei Severo Maraschin

O Colégio Técnico Industrial de Santa Maria – CTISM oferece diferentes cursos na

formação para o trabalho nas mais diferentes

quentes destinados ao público que já concluiu

áreas profissionais.

o Ensino Médio. Os cursos são ofertados no

modalidade subsequente ao Ensino Médio

Os cursos subsequentes foram criados

contribuindo para que estudantes e traba-

em 1978, com o Curso Técnico em Eletrotéc-

lhadores construam sua formação na área

nica. Desde esta data, vem ampliando a oferta,

industrial. Esses cursos possibilitam uma

contando, atualmente, com sete cursos subse-

40

noturno, excetuando o curso de Eletrônica que funciona no turno da tarde.


Curso Técnicos Subsequentes

e o que dizem os Egressos Bianca Bassan Aita Fazul formou-se no

Para Bianca, "a mecânica é um mundo de

curso Técnico em Mecânica subsequente no

possibilidades, podendo atuar em diversas

ano de 2016 e afirma que no curso apren-

áreas, como projetos, chão de fábrica,

deu que "além de manter sempre o respeito,

gestão, manutenção, vendas ou até mesmo

seja com as pessoas ou com as máquinas,

ser funcionário público. O curso nos ensina

devemos sempre trabalhar em equipe, uns

como trabalhar em grupo e como isso pode

ajudando aos outros. Ser responsável com as

ser importante fora da sala de aula. De certa

decisões tomadas e manter a pontualidade.”

forma, ele é nossa segunda casa.”

Logo após terminar o curso Bianca iniciou o estágio e o curso de Tecnólogo em Fabricação Mecânica. Atualmente a estudante faz estágio no laboratório de CNC situado no CTISM, realiza pesquisas para usinagem de polímeros e fibra de carbono e auxilia nas atividades feitas em laboratório e confecção de materiais para as aulas.

INSTITUCIONAL

41


“ “ “

Durante o curso técnico que realizei no CTISM, descobri o gosto e a paixão pela Eletrônica. Esse período foi de grandes experiências, conhecimento e também de preocupação, pois o perfil que o

mercado procurava e procura costuma ser masculino em sua maioria, e este foi um grande medo durante o curso, mas nem por isso desisti, bem pelo contrário, doei-me, sempre oferecendo o melhor. Hoje, vejo que tudo isso valeu muito a pena e agradeço pela oportunidade de fazer o curso no CTISM. Hoje, atuo na profissão que escolhi, trabalho como técnica de manutenção no Grupo RBS, e busco, a cada dia, mais conhecimentos e continuo me doando ao que faço, pois amo o meu trabalho". Letícia Facco – Técnico em Eletrônica

No mês de março de 2015, estava ingressando no curso Técnico em Segurança do Trabalho do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM), escola técnica vinculada à Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM), curso esse tão sonhado desde o ano de 2000, quando eu havia tentado

Letícia Facco Técica em Eletrônica pelo CTISM

entrar, mas sem sucesso. No início, foi difícil: quando o professor começou com as aulas de introdução aos processos industriais, a classificação das ligas metálicas, tratamentos térmicos e termoquímicos e processo de usinagem, ficava olhando pra ele, sem entender nada, com muita vontade de chorar. Pensei: "Não vou conseguir, esse curso é muito complicado". Mas logo entendi o que era a segurança do trabalho e qual o papel do Técnico em Segurança nessa atividade tão complexa. Nunca trabalhamos sozinhos, também não vivemos sozinhos, sempre precisamos de alguém para

conversar, trocar ideias, aprender, ensinar e respeitar cada pessoa, porque todo ser humano é diferente um do outro, em seu pensar, no seu comportamento, sua cultura, mas somos iguais perante Deus. Com todo este aprendizado que adquiri com professores do CTISM nas diversas disciplinas do curso, aprendi a amar essa profissão de Técnico em Segurança do Trabalho. E ao fazer o estágio na empresa Simões e Alves Treinamentos, minha paixão foi à primeira vista, logo vi que seria esse meu caminho: Ser Instrutora Técnica. E graças a Deus, hoje, faço parte da equipe da empresa, com muito orgulho e satisfação. Quero agradecer todos os professores, direção e meus colegas do curso, que sempre me ajudaram. Meus familiares, amigos e meus filhos, que me apoiaram e acreditaram que poderia chegar a conquistar mais um sonho. Cristiane Martini – Técnica em Segurança do Trabalho Cristiane Martini Técnica em Segurança do Trabalho pelo CTISM

42

Revista Comemorativa


“ “

A formação que obtive no CTISM foi o alicerce e o principal motivador para a busca contínua de aperfeiçoamento técnico e pessoal. Concluí os cursos técnicos em Eletrotécnica e

Automação Industrial, ambos subsequentes, que proporcionaram ótimas experiências, principalmente no aspecto técnico prático. Desde a conclusão dos cursos até os dias atuais, trabalho em um grupo de pesquisa junto com dois dos professores do CTISM, há cerca de cinco anos, onde tive a oportunidade de conviver com a pesquisa de energias renováveis, que propiciaram a pratica de diversos conhecimentos passados nos cursos e a aquisição de novos. Os cursos, pelas suas excelências, fomentaram o interesse e a busca de especialização nestas áreas, e atualmente estou concluindo o curso de Engenharia de Controle e Automação, da UFSM, e buscando ingressar no mestrado. Graças a oportunidade e da qualidade inquestionável do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria pude traçar uma meta profissional, a qual estou seguindo com grande entusiasmo, e acredito ser uma caminhada bem diferente se não houvesse passado pela família CTISM." Diogo Franchi– Técnico em Automação Industrial

Curso Superiores

e o que dizem os Egressos

O professor William Lemos Bevilaqua, 25 anos, ingressou no curso de Fabricação Mecânica no ano

de 2010, concluindo-o no ano de 2014. O professor escolheu o curso porque oferecia disciplinas teóricas e práticas na área de fabricação. Durante o curso, participou de atividades de iniciação cientifica no laboratório de motores e metalografia e da equipe ECOCTISM. Para o professor, os conhecimentos do curso foram muito úteis, principalmente na pós-graduação.

INSTITUCIONAL

William Lemos Bevilaqua

Foto: Laboratório de Transformação de Polímeros

43


A Educação a distância

NEaD CTISM: 10 anos de história Juliana Prestes de Oliveira; Marcel Santos Jaques e Erika Goellner

Instigados pela oportunidade de disponi-

Westphalen vagas para 11 cursos técnicos

bilizar cursos profissionalizantes a distância,

(pós-médio), em 23 polos do Rio Grande do

Além desses cursos, durante estes 10 anos

oferecida pelo Ministério da Educação (MEC),

Sul (Agudo, Alegrete, Bagé, Cachoeira do Sul,

de existência, foram ofertadas 2650 vagas em

através da Secretaria de Educação Profissio-

Canguçu, Constantina, Cruz Alta, Faxinal do

6 cursos, sendo 850 vagas nos cursos técnicos

nal e Tecnológica (SETEC), pertencente ao

Soturno, Palmeira das Missões, Planalto,

subsequentes na modalidade de educação a

sistema Rede e-Tec Brasil, nasce, em 2007,

Restinga Seca, Ronda Alta, Sagrada Família,

distância em Automação Industrial, Informá-

o Núcleo de Educação a Distância (NEaD),

Santa Maria, Santana do Livramento, Santo

tica para Internet, Mecânica e Segurança do

do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria

Ântonio da Patrulha, São Borja, São Fran-

Trabalho e 1800 vagas em cursos FIC através

(CTISM).

cisco de Paula, São João do Polêsine, São

do e-Tec Idiomas Sem Fronteiras, nos cursos

Desde então, o NEaD CTISM, coordenado

Lourenço do Sul, São Sepé, Tapejara, Trindade

de espanhol e inglês.

pelo professor Paulo Roberto Colusso, busca

do Sul). As vagas foram distribuídas entre os

Para que isso se efetivasse e ainda

desenvolver e proporcionar Cursos Técnico

cursos: Automação Industrial, Informática

se efetive, o NEaD conta com uma equipe

Profissionalizantes Pós-médio e FIC (Forma-

para Internet, Mecânica, e Segurança no Tra-

multidisciplinar qualificada, que auxilia na

ção Inicial e Continuada), da rede de Insti-

balho, no CTISM; Cooperativismo, Fruticultura

preparação de materiais didáticos, mate-

tuições Federais de Educação Profissional

e Manutenção e Suporte em Informática no

riais gráficos e audiovisuais, e realiza pes-

e Tecnológica, nas modalidades presencial

Politécnico; e Agroindústria e Informática para

quisa, desenvolvimento e capacitação nas

e a distância.

a Internet no Colégio Agrícola de Frederico

seguintes linhas temáticas, coordenadas por

Foram postos à disposição da popula-

Westphalen. Também foram ofertadas, pelo

professores-pesquisadores: Ambiente Virtual

ção em geral, por meio do CTISM, do Colégio

CTISM, vagas para os cursos FIC (Formação

de Ensino-Aprendizagem (AVEA) e Recursos

Politécnico e o Colégio Agrícola de Frederico

Inicial e Continuada) em Espanhol e Inglês da

de Tecnologias Educacionais e Atividades de

44

Rede e-Tec Idiomas Sem Fronteiras.

Revista Comemorativa


Imagem: Turma de formandos do curso de Automação Industrial, no polo de Santa Maria Fonte: NEaD CTISM

Estudo (videoaulas). Essa equipe é composta

A equipe multidisciplinar do NEaD CTISM

formatação, revisão técnica, revisão linguís-

por profissionais de diversas áreas (Letras,

atua na função de orientação didático-peda-

tica, ilustração, diagramação e revisão final.

Produção editorial, Mecânica, Informática,

gógica, durante o processo de elaboração

No entanto, atua em permanente interação

Fruticultura, Segurança do trabalho, Desenho

e implementação de recursos e atividades

e diálogo entre si. Visa também dar suporte

industrial, entre outros), ocupando a função de

mediadas pelo Moodle, suporte tecnológico,

e cooperar com as unidades de ensino, no

professores (formadores, autores e revisores),

revisão e produção dos materiais didáticos,

intuito de manter e desenvolver a excelên-

designers, revisores linguísticos, revisores

midiáticos e impressos e demais projetos

cia acadêmica a distância no AVEA, sempre

pedagógicos, diagramadores, programadores

desenvolvidos pela equipe. A equipe mul-

oferecendo para os professores a produção

gráficos, técnico em informática, técnicos em

tidisciplinar possui suas particularidades

e execução de materiais didáticos, objetos

assuntos educacionais, em audiovisual e de

e trabalhos específicos para a elaboração

de aprendizagem, impressos, audiovisuais,

gestão administrativa e tutores presenciais

do material didático: recepção do material,

jogos educacionais, videoaulas, tutoriais e

e a distância.

revisão pedagógica, verificação de plágio,

demais formatos solicitados. Além desses

CURSOS

45


Imagem: Equipe de design e ilustração, no NEaD/CTISM (2013). Fonte: NEaD CTISM

serviços, o NEaD CTISM também disponibiliza

MG), Instituto Federal do Ceará (Juazeiro do

sobre o Plano de Desenvolvimento Institu-

à comunidade acadêmica da Universidade

Norte/CE), Instituto Federal de Goiás (Inhu-

cional (PDI); materiais de divulgação dos 50

Federal de Santa Maria (UFSM) o Estúdio

mas/GO), Instituto Federal do Pará (Belém/

anos do CTISM; produção de documentários,

SAB, que viabiliza a produção de videoaulas,

PA) e Instituto Federal de Rondônia (Porto

materiais de divulgação para projetos aca-

apoio técnico para produção de vídeos para os

Velho/RO). A produção dos materiais didáticos

dêmicos dentro da UFSM, como o Fórmula

demais centros da UFSM, bem como materiais

inclui a criação de objetos de aprendizagem

UFSM, Galderios, Eco CTISM e Aero design;

audiovisuais diversos.

multimídia, como infográficos, vídeos e

apoio na produção de materiais informativos

Nestes 10 anos de trajetória foram acom-

áudios, que apoiam os ambientes de ensino

e de campanhas para o Hospital Universitário

panhados, desenvolvidos e validados mais

e aprendizagem dos cursos oferecidos pela

de Santa Maria (HUSM); suporte para bancas

de 160 materiais didáticos para os cursos

Rede e-Tec Brasil.

de concurso, mestrado, doutorado e eventos

técnicos a distância das seguintes Institui-

Nosso trabalho não se limitou apenas ao

ções de ensino: CTISM, Colégio Politécnico,

mencionado. Também foram desenvolvidas

Desde seu início até os dias atuais, o

Colégio Agrícola de Frederico Westphalen

atividades voltadas para o atendimento de

Núcleo mantém parceria com outros cen-

(Frederico Westphalen/RS) da UFSM, Insti-

demandas de cursos, centros e grupos de

tros, realizando pesquisas, como o Núcleo

tuto Federal Sul-Rio-Grandense (Pelotas/RS),

pesquisa e extensão da instituição, como:

de Pesquisa e Produção de Conteúdo para

Instituto Federal de Pernambuco (Recife/PE),

desenvolvimento de campanhas, marcas,

Plataformas Digitais (NPC) do curso de

Instituto Federal Minas Gerais (Ouro Preto/

cartilhas informativas sobre a dengue; vídeos

Desenho Industrial da UFSM e o Grupo de

46

diversos.

Revista Comemorativa


Pesquisa Científica em Educação a Distância (PCEADIS/CNPq) da Universidade Federal de

a Distância, não só me trouxe experiência profissional,

Santa Catarina.

mas também me colocou em um universo de múltiplos

Ademais, o NEaD contribui com a produção

conhecimentos e com pessoas ligadas a uma área que

de materiais gráficos e audiovisuais para cam-

jamais imaginei trabalhar, ou que faria parte por tanto

panhas realizadas pelo CTISM. Dentre elas o

tempo: a Educação.

Vídeo Institucional do CTISM; Campanha dos Aula inaugural do curso a distância de Automação Industrial, no CTISM (2011). Fonte: NEaD CTISM

“Minha experiência como ilustrador, no Núcleo de Educação

As diversas técnicas e os diversos saberes adquiridos por

Processos Seletivos dos cursos a distância e

meio do design, interligados pelas diversas disciplinas e conteúdos, mostraram-

presenciais; Campanha de Conscientização

-me que um trabalho como este exige uma grande responsabilidade. Que a

Socioambiental; videoaulas; sinalização dos

comunicação, por meio de imagens, se tornou um verdadeiro trabalho em equipe,

prédios novos do CTISM; peças gráficas para

fazendo com que eu conhecesse e trabalhasse com pessoas incríveis.

eventos multidisciplinares promovidos pela instituição (Projeto Talian, LabLínguas, Compartilhando Saberes...). Além de participar do

Fico feliz por esta década de trabalho e de “amizade” com o NEaD CTISM, e por integrar este grupo de pessoas sensacionais!” Marcel Santos Jacques

2º e do 3º Concurso Universitário de Curta-Metragem “Luz, Câmera e Educação Fiscal”, promovido pelo Programa Municipal de EduCapacitação para docentes e tutores - 2014 Fonte: NEaD CTISM

cação Fiscal (PMEF), conquistando o 1º e o 3º

Automação Industrial, foi importante para o meu aprimora-

lugar, respectivamente.

mento profissional. Aprendi que, com a utilização de um

Dessa forma, o NEaD CTISM contribui para

Ambiente Virtual de Aprendizagem, é possível mediar as

ampliar as opções de qualificação profissional

informações entre alunos e professores, superando a

na educação técnica profissional e tecnológica,

dificuldade da distância. Que a utilização de ferramentas

não só para a comunidade de Santa Maria e

de aprendizagem auxilia no processo de ensino-aprendizagem,

região, mas também para todo o país.

criando uma "ponte" entre as atividades do curso e os estudantes, e as aulas

Vejamos agora a perspectiva daqueles que fizeram parte do NEaD CTISM, falando sobre as suas vivências, enquanto membros da equipe Laboratório Móvel NEaD/CTISM (2012). Fonte: NEaD CTISM

INSTITUCIONAL

“A experiência como tutor a distância, do Curso Técnico em

presenciais, nos polos, se tornam um complemento viável à formação do aluno, principalmente em relação ao uso de equipamento relacionados com a área." Miguel Guilherme Antonello

multidisciplinar:

47


Cursos Superiores de Tecnologia e

Formação para o trabalho e a pesquisa tecnológica Mariglei Severo Maraschin a partir do material disponibilizado pelos coordenadores dos cursos e Projeto Político Pedagógico

Os Cursos Superiores de Tecnologia

de fabricação, atuando no desenvolvimento

desempenho; a configuração de serviços de

promovem a formação de profissionais

e na melhoria de produtos, de processos e na

rede e de sistema de comunicação de dados.

especializados, os quais recebem o título de

gestão de projetos, aliando competências das

Na atuação desse profissional, são exigidos

Tecnólogo. São cursos que possuem uma

áreas de gestão, qualidade e controle ambien-

conhecimentos de instalações elétricas, teste

duração média de três anos, possuindo um

tal. Exerce suas atividades em empresas do

físico e lógico de redes, normas de instalações

currículo objetivo e claramente voltado às

ramo metal-mecânico, incluindo indústrias

e utilização de instrumentos de medição e

práticas do mundo do trabalho, permitindo

manufatureiras e ferramentarias, podendo

segurança.

a rápida inserção do profissional em setores

ainda atuar em institutos e centros de pes-

O tecnólogo em Eletrônica Idustrial surgiu

nos quais haja a utilização de tecnologias.

quisa, órgãos governamentais e de forma

apartir da crescente busca das indústrias por

autônoma.

sistemas autônomos de produção e da neces-

O CTISM presenciou várias mudanças ao longo de seus 50 anos de história. Sendo

O Tecnólogo em Redes de Computadores

sidade do domínio tecnológico de uma grande

assim, nos anos de 2008/2009 na esteira de

é o profissional que elabora, implanta, geren-

diversidade de equipamentos eletrônicos e

dar suporte para a aprendizagem de novas

cia e mantém projetos lógicos e físicos de

novas tecnologias. Assim, em dezembro de

tecnologias, a instituição implantou os cur-

redes de computadores locais e de longa

2014, professores da área eletroeletrônica do

sos superiores em Tecnologia de Fabricação

distância. São áreas de desempenho desse

CTISM reuniram-se para discutir a proposta

Mecânica e Redes de Computadores.

profissional a conectividade entre sistemas

de um curso superior de tecnologia na área.

O Tecnólogo em Fabricação Mecânica é

heterogêneos; o diagnóstico e a solução de

Então, foi definida uma comissão res-

o profissional capaz de planejar, implantar,

problemas relacionados à comunicação de

ponsável por realizar um estudo técnico

controlar e gerenciar os diversos processos

dados; a segurança de redes; a avaliação de

pedagógico sobre a criação do Curso Supe-

48

Revista Comemorativa


Imagem: Modernização dos laboratórios do CTISM

rior de Tecnologia em Eletrônica Industrial e

trônica Industrial forma profissionais com

e de aviões, gráficas, têxteis, químicas, meta-

apresentá-la à Direção do CTISM. Verificada

competências para projetar circuitos eletrô-

lúrgicas e de informática. Nos ambientes de

a viabilidade e necessidade da criação deste

nicos; planejar e supervisionar a instalação

produção, manutenção, laboratórios e centros

curso, iniciou-se o processo de elaboração do

e manutenção de sistemas e dispositivos

de desenvolvimento e pesquisa.

Projeto Pedagógico do Curso.

eletrônicos utilizados na indústria; controlar

Na perspectiva de atender a demanda

Em 2017, ano do cinquentenário do CTISM,

a qualidade de produção de máquinas e dispo-

crescente por porfissionais especializados,

inicia a oferta de vagas para o Curso Superior

sitivos eletrônicos; realizar vistorias, perícias,

o CTISM inova ao criar cursos tecnológicos,

de Tecnologia em Eletrônica Industrial, por

avaliações, elaboração de laudo e parecer

nas áreas de Fabricação Mecânica, Rede de

entender que estará contribuindo para a ele-

técnico em sua área de formação. Dentre as

Computadores e Eletrônica Industrial prepa-

vação da qualidade dos serviços prestados à

diversas atividades, o egresso do curso pode

rando profissionais para o mundo do trabalho

população nessa área da atividade econômica.

atuar em empresas de equipamentos eletrôni-

e pesquisa tecnológica.

O Curso Superior de Tecnologia em Ele-

cos ou elétricos, montadoras automobilísticas

INSTITUCIONAL

49


Programa de Pós-graduação

Mestrado Acadêmico em Educação Profissional e Tecnológica Leila Maria Araújo Santos

O processo de criação do Programa de

grama dessa natureza, em especial entre os

posição, ocorreu a inclusão de professores do

Pós-Graduação em Educação Profissional e

egressos do Programa Especial de Graduação

Centro de Educação da UFSM e do Instituto

Tecnológica teve início em meados do ano

(PEG), entre os servidores técnico-administrati-

Federal Farroupilha, no corpo de professores

de 2012, quando um grupo de professores

vos da UFSM e do Instituto Federal Farroupilha

permanentes do curso de mestrado, tendo

do Programa Especial de Graduação para a

e entre os professores das redes públicas de

em vista seus campos de atuação e de for-

Formação de Professores para a Educação

Educação Básica (municipal e estadual).

mação profissional em educação profissional

Profissional (Curso de graduação criado na

Em 2013, com a intensificação das dis-

Universidade Federal de Santa Maria em 2009,

cussões, com o amadurecimento da proposta

A proposta, encaminhada em dezembro

por meio do Programa de Reestruturação e

e com sugestões da Pró-reitora de Pós-Gra-

de 2013, foi aprovada em 29 de abril de 2015,

Expansão das Universidades Federais (REUNI),

duação da UFSM, decidiu-se pela elaboração

recebendo nota 4 da CAPES (Coordenação de

em parceria entre o Centro de Educação, o Colé-

e pelo encaminhamento de um projeto que

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

gio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM),

contemplasse a temática Educação Profis-

do Ministério da Educação (MEC), sendo o

o Centro de Ciências Rurais (CCR)) reuniu-se

sional e Tecnológica em nível de Mestrado

único curso de Mestrado em Educação Profis-

para discutir a viabilidade da apresentação

Acadêmico (Stricto Sensu).

sional e Tecnológica do sul do Brasil. O refe-

de uma proposta desse nível aos colegiados

e tecnológica.

Com isto, buscou-se agregar, às discus-

rido projeto insere-se na área Interdisciplinar

sões, integrantes comprometidos com a educa-

– Câmara Temática II: Sociais & Humanidades

Na época, havia consenso entre o grupo

ção profissional que pudessem contribuir para

(CAPES), e está lotado no Colégio Técnico

sobre a existência de uma significativa

a qualificação da proposta inicial da criação

Industrial de Santa Maria.

demanda pública para a criação de um pro-

de um curso de mestrado. A partir dessa dis-

institucionais competentes.

50

Revista Comemorativa


O objetivo prioritário desse Mestrado

estrito de profissionais de diversas áreas

de conhecimento e de pesquisa, aplicados

em Educação Profissional e Tecnológica é

para a atuação em Educação Profissional e

no campo de estudo das políticas públicas e

contribuir para a elevação da qualidade cien-

Tecnológica, considerando suas inter-relações

privadas, da formação docente, da inserção

tífica, didática e pedagógica da educação

com a Educação Básica, em espaços esco-

das tecnologias e das práticas específicas

profissional através da ampliação do saber

lares e não escolares, por meio da produção

para a Educação Profissional.

INSTITUCIONAL

51


Por Bianca Pereira Kemerich (Informática para Internet)

Por Andriele Pache Ferigolo (Informática para Internet)

Parabéns, CTISM! Que venham muitos anos de ensinamentos

Obrigada, CTISM, pelos ensinamentos que adquiri. Que a ins-

e inovação na educação. Foi ótimo estudar neste colégio,

tituição possa evoluir ainda mais e continue a formar, além de

onde amadureci e criei responsabilidade devido à cobrança

técnicos, jovens maduros e responsáveis para a vida.

dos excelentes professores que se dedicam todos os dias para ajudar seus alunos. Obrigada, CTISM!

Pedro André Venturini (Aluno da primeira turma de formandos) Olha, ser aluno foi muito bom, porque aqui aprendi aquilo que, em Por Jhonatan Cassol (Eletrotécnica)

outras escolas, seria mais difícil. Consegui, aqui, nesse período

Que o CTISM consiga manter um oferecimento de ensino com

que estudei, ganhar muita teoria e essa teoria ajudou muito na

a qualidade encontrada até o cinquentenário, além de seguir

minha vida profissional. Foi muito bom.

ampliando a sua gama de cursos.

Por Jéssica Barrios (Eletrotécnica)

Por Keyla Molina (Mecânica)

Feliz aniversário, CTISM!!! Continue a transformar e oportunizar

Ao colégio, eu desejo que continue formando profissionais tão capacitados

cada vez mais vagas para todos os alunos(as) e passar todos

quanto já formou, que cada vez mais possa ser exemplo de grandes

ensinamentos e conhecimentos para todos que ingressaram e

conquistas e vitórias. Que seus alunos possam sempre se orgulhar da

ainda vão ingressar nessa maravilhosa escola, e continue fazendo

instituição e que os quadros que estampam suas paredes não sejam

desse lugar nossa segunda casa com toda atenção e dedicação

feitos apenas de fotos, mas sim de pessoas que foram capacitadas para

que você tem para com as pessoas que frequentam esse lugar.

encarar uma vida profissional com todo conhecimento que o CTISM assim ensinou, honrando o nome da instituição e o nome dos nossos professores. Só tenho a agradecer por cada ensinamento dado, foi e sempre

Por Rubens José Facco Filho (Mecânica)

será essencial em minha vida. Parabéns, CTISM, pelos seus 50 anos!

CTISM e colaboradores, muito obrigado pelo aprendizado, momentos vividos, amigos adquiridos.

52

Revista Comemorativa


Infraestrutura

Um futuro de experimentações O CTISM possui uma área total construída de 11.860,25 m², distribuída em sete (07) prédios. Grande parte dessa área foi edificada para atender a demanda originada pela criação sistemática de novos cursos ao longo destas últimas décadas. Isso ocasionou o aumento no número de salas de aulas, de salas administrativas, de laboratórios, assim como a criação de um auditório, de uma biblioteca, de um ginásio poliesportivo, de um estúdio e de novos laboratórios.

INSTITUCIONAL

53


Biblioteca A biblioteca do CTISM – Professora

dos cursos ofertados. Atualmente contém

A biblioteca setorial do CTISM integra

Nara Bopp está localizada no Prédio 5 e

2.259 títulos e 5.221 itens, 22 títulos de

o sistema de bibliotecas da UFSM e está

foi criada no ano de 1989. O espaço vem

periódicos com 501 fascículos registrados,

vinculada a biblioteca central.

promovendo uma constante ampliação no

17 títulos de folhetos, 22 títulos de CD-ROMs

seu acervo, disponibilizando livros nas áreas

com 42 itens, 185 DVDs e 7 CDs.

54

Revista Comemorativa


Ginásio poliesportivo O ginásio poliesportivo está localizado

o Colégio Politécnico e possibilitou a

nas imediações do Centro de Educação

realização de atividades físicas, esportivas

Física e Desportos e foi inaugurado em

e recreativas para alunos e servidores de

2016. Foi construído em parceria com

ambas as unidades.

INSTITUCIONAL

55


Estúdio O Estúdio SAB – Produções Educacionais para a realização de filmagens, videoaulas,

Além de uma estação meteorológica com

Sérgio de Assis Brasil está localizado no Prédio cobertura de eventos e demais atividades afins. medição de temperatura, umidade, pressão 05 E e foi inaugurado no ano do cinquentenário

É um prédio autosustentável que possue atmoferica e velocidade do vento e também em

do colégio. É o espaço de produção audiovisual painéis solares para geração de energia elétrica seu espaço externo um painel retroiluminado da Coodenação de Técnologias de Ensino do e reutilização da água da chuva nos vasos conforme o período. CTISM. Disponibiliza equipamentos modernos sanitários e rega dos jardins.

56

Revista Comemorativa


Núcleo de Educação a Distância O NEAD está localizado no Prédio

a distância atuem no desenvolvimento de

didáticos para os cursos técnicos a distância

5 e iniciou suas atividades em 2007,

cursos profissionalizantes nas modalidades

em diversos Institutos Federais do Brasil.

permitindo que professores (formadores,

presencial e a distância. Nesse núcleo,

autores e revisores), tutores presenciais e

são desenvolvidos e validados materiais

INSTITUCIONAL

57


Laboratório de Manutenção em Informática Também chado de LAMI, está localizado

área de informática a todas as unidades

consistem no diagnóstico, no reparo e/ou

no Prédio 5C e durante vários anos, vem

que compõem a estrutura organizacional

encaminhamento dos equipamentos ligados

prestando serviços de manutenção na

da UFSM. Os serviços disponibilizados

à área da Informática.

58

Revista Comemorativa


Laboratórios

o ensino na prática

No ano de 1997, o CTISM apresentava, em sua estrutura física, 15 laboratórios. Passados 20 anos, o CTISM dispõe de 37 laboratórios, compreendendo as áreas de Mecânica, Elétrica, Eletrônica, Informática e Ensino Básico. está localizado no Prédio 5C e durante vários anos, vem prestando serviços de manutenção na área de informática a todas as unidades que compõem a estrutura organizacional da UFSM. Os serviços disponibilizados pelo LAMI consistem no diagnóstico, no reparo e/ou encaminhamento dos equipamentos ligados à área da Informática.

Imagem: Laboratório de Ajustagem - 2017

Área de Mecânica

Concentra suas atividades nos cursos Técnicos de Mecânica, Soldagem, Automação e

Eletromecânica e no curso Superior de Fabricação Mecânica, totalizando 13 laboratórios.

Laboratórios da área de Mecânica Laboratório de Máquinas Ferramentas Laboratório de Soldagem e Preparação de Juntas Laboratório de Ajustagem Laboratório de Metalografia Laboratório de Metrologia Laboratório de Motores de Combustão Interna Laboratório de Pneumática Laboratório de Automação Insdustrial - CLP / Hidráulica e Pneumática Laboratório de Refrigeração Laboratório de Transformação de Polimeros Laboratório de Técnologias CAx - CAD/CAE/CAM/CNC e Prototipagem Rápida Laboratório de Usinagem Laboratório de CNC - Comandos Numérico Computadorizado Fonte: CTISM.

INSTITUCIONAL

59


Imagem: Laboratório de Segurança do Trabalho - 2017

Imagem: Laboratório de Eletrônica – 2017

Área de Elétrica/Eletrônica

Área de Segurança do Trabalho

Os laboratórios têm suas atividades focadas nos cursos Técnicos na área de

Localizado no Prédio 5C, sala 101, esse laboratório promove aulas que atendem os alunos

Eletrotécnica, Automação, Eletrônica e Eletromecânica e no curso Superior em Eletrônica

do Curso de Segurança do Trabalho, envolvendo os conteúdos de higiene ocupacional, de

Industrial, contemplando um total de 10 laboratórios.

instrumentação, de trabalho em altura, de combate a incêndios, de ambientes confinados

Laboratórios da área de Elétrica /Eletrônica

e de ergonomia.

Laboratório de Acionamentos Laboratório de Automação Insdustrial - CLP e Instrumentação Industrial Laboratório de Sistemas Elétricos de Potência e Proteção Laboratório de Eletrônica Básica Laboratório de Eletrônica Digital Laboratório P&D em Eletrônica Laboratório de Protótipos e Eletônica em Potência Laboratório de Instalações Eletricas Laboratório de Máquinas Elétricas Laboratório de Manutenção Elétrica Fonte: CTISM.

60

Revista Comemorativa


Imagem: Laboratório de Infromática - 2017

Imagem: Laboratório de Redes de Computadores - 2017

Área de Redes de Computadores

Área de Informática

Localizados nos prédios 5 C e 5D os laboratórios concentram as suas atividades

Os laboratórios estão localizados no prédio 5 e tem por objetivo atender a todos

relacionadas ao curso Superior de Redes de Computadores e ao curso técnico de

os cursos ofertados pelo CTISM, permitindo a utilização de diversos programas

Informática para Internet, contemplando um total de 05 laboratórios.

na área da informática, CAD, CAM, simuladores, elétrica e eletrônica. Além disso o

Laboratórios da área de Redes

primeiro laboratório de Informática foi construído em 1988.

Laboratório de Redes de Computadores Laboratório de Eletrônica e Telecom Laboratório de Programação de Sistemas Operacionais A Laboratório de Programação de Sistemas Operacionais B Laboratório de Hardware Fonte: CTISM.

INSTITUCIONAL

61


Laboratório de Linguagens O LabLínguas, localizado no prédio 5, sala

Espaço este, pensado para o desenvol-

conceitos teóricos trabalhados em sala de aula.

208 foi criado no ano do cinquentenário e surge

vimento de atividades práticas na área das

Por assim tem como sua missão educar para

como um local destinado a promover, divulgar e

linguagens, envolvendo, entre outras coisas,

a diversidade linguística e cultural na contem-

aprimorar o conhecimento teórico/prático espe-

dinâmicas de conversação, rodas de debates,

poraneidade, agregando também projetos de

cificamente nos idiomas de inglês e espanhol.

atividades de vídeo e áudio. Nele, reforçam-se

ensino, pesquisa e extensão.

62

Revista Comemorativa


Laboratório de Biologia O Laboratório de Biologia (Lab Bio) está

diversas atividades voltadas aos estudantes dos

no Lab Bio, são desenvolvidos vários projetos

localizado no prédio 5, sala 127, do CTISM e

cursos Técnicos Integrados diurno e noturno.

nas áreas de ecologia, gestão de resíduos,

foi inaugurado em 2010. O Lab Bio conta com

Além disso, o Lab Bio também se constitui num

revitalização, microbiologia, microscopia e

equipamentos, mobiliário e espaço físico

espaço para a realização de projetos de pesquisa

ainda na criação de jogos digitais voltados à

adequados para a realização de aulas práticas e

de Graduação e Pós-Graduação. Atualmente,

Educação Ambiental.

INSTITUCIONAL

63


Laboratório de Química O Laboratório de Química localiza-se no prédio

espaço diferenciado a fim de enriquecer o processo de

da instituição. Atualmente, o laboratório de Química

5, sala 138, do CTISM e foi inaugurado na década de

ensino-aprendizagem, vinculando os conhecimentos da

atende aos alunos dos cursos integrados tanto nas

1980, sendo um laboratório pioneiro no atendimento às

Química com os conhecimentos das áreas técnicas dos

aulas práticas de Química quanto no desenvolvimento de

práticas das disciplinas básicas dos cursos integrados.

cursos ofertados, assim como, um espaço de pesquisa

projetos de conscientização ambiental, como a produção

O objetivo da instalação do laboratório foi promover um

dos processos químicos que atendam as demandas

de sabão e biodiesel a partir de óleos residuais.

64

Revista Comemorativa


Lembranças e impressões

Um pouco da história do CTISM por dois dos professores mais antigos

Para contar um pouco da história do CTISM, a professora Mariglei Severo Maraschin recebeu os professores João Paulo Vizzoto (já aposentado e um dos primeiros professores da instituição) e o professor Claudio Nascimento (ex-diretor e ainda no exercício da docência) para uma agradável e interessante entrevista. Confira.

Mariglei: Bom dia, professores. Ao que parece, a

pouco, fui convidado pelo Prof. Colusso para dar

história de vida de vocês se confunde com a história

aula no EaD. Mas como exigia a assinatura de um

do CTISM. Como tudo começou?

contrato e eu sempre fui muito responsável com meus

Vizzotto: Eu considero o Colégio Industrial a minha casa, porque eu vivi grande parte da minha vida aqui

compromissos, optei por não, para poder viajar um pouco e aproveitar, enfim, a aposentadoria.

dentro. Comecei em março de 1970 na cadeira de

Quando começamos aqui, em 1970, a escola era

Mecânica, da parte de Usinagem. Antigamente, não

bem pobre e nem orçamento tinha. Vivia em função de

tínhamos uma disciplina definida. Quando faltava

migalhas do curso de Engenharia e do Colégio Agrícola.

professor, nós o substituíamos. Depois eu assumi a

Na época, nem salário recebíamos, ganhávamos por

cadeira de Usinagem e permaneci até o final. Trabalhei

hora de aula ministrada. Em 1971, fui o primeiro

aqui até 1994. Naquela época, era permitido fazer

professor a receber salário. A gente pegou uma

concurso e regressar à escola. Foi o que eu fiz: passei

época difícil. Nós éramos 36 pessoas, contando os

dois anos fora, fiz concurso novamente e voltei em

administrativos, cultura geral, cultura técnica, e todo

1996. A partir daí foram mais 15 anos de trabalho.

mundo pegava junto, todo mundo assumia, todo mundo

Também, dei muitos cursos do PRONATEC aqui dentro da Escola, posterior à aposentadoria. Há

INSTITUCIONAL

trabalhava. Nas férias, nós vivíamos aqui dentro, nós praticamente tirávamos 1 mês de férias

Imagem: Professores Claudio Nascimento e João Paulo Vizzoto se cumprimentando. Fonte: Acervo fotográfico CTISM.

65


É muito gratificante enxergar o que a escola era há 30, 40 anos e o que é hoje, porque, nessa evolução, nessa melhoria através de projetos, através das direções que se sucederam, através do pessoal que foi chegando à escola, que foi concursado, tivemos a oportunidade de ver a escola sair de um mimeógrafo, que muitos não conhecem, né?

e o resto nós ficávamos aqui dentro. Nós éramos

Com o tempo, o colégio foi evoluindo, evoluindo

chão, chão de aula e chão de laboratório. E dia e

pau para toda obra, transportávamos laboratório de

e, hoje, o colégio tem essa intensidade. Eu peguei

noite, né Vizzoto? A gente trabalhava 28 horas, 32

um lado para o outro, para poder instalar e poder

fases ruins... Entretanto, veio a fase da fartura,

horas ou 36 horas.

trabalhar. Eu lembro que eu dava aula de mecânica.

diversos equipamentos foram adquiridos, o colégio

Nesse tempo que atuo no CTISM, inicialmente

Eu ia nas salas das usinas mecânicas e pedia sucata

foi crescendo e hoje é uma das escolas mais bem

tive envolvimento com a seção dos docentes da

para eles, como uma mola, uma ponta de eixo... E

equipadas do Brasil.

escola técnica, a ADETI, onde o Vizzoto foi presidente

o que acontecia? Nós trazíamos esse material e

Cláudio – Eu ingressei oficialmente na escola

e esteve sempre ligado. Tive um envolvimento forte

projetávamos o trabalho em função do material que

em 1989, como professor substituto e, ainda em

também com a fundação do SINASEFE nos anos 90.

nós ganhávamos. Às vezes, até vaquinha fazíamos.

1988, tive a oportunidade de conhecê-la e realizar

Passei pela coordenação do curso de eletrotécnica

E tem mais uma particularidade: nossa escola

estágio através do programa de formação de

e pela direção do Departamento de Relações

foi criada com um carinho todo especial pelo Doutor

professores, que hoje é o PEG. Na época, o chamado

Empresariais e Comunitárias. Depois, Conselho

Mariano, ele gostava da escola como gostava da menina

esquema 1, e, por intermédio de um professor de

do Ensino de Extensão Universitário e na Comissão

dos olhos dele. À tardinha, ele saía da reitoria e parava

engenharia, consegui fazer um estágio. Assim

Permanente de Pessoal Docente, onde trabalhei

o carro aqui na frente, não falava com ninguém. Descia,

começa minha história dentro do colégio.

muito tempo. Também, tive a experiência de passar

dava uma volta aqui por dentro, caminhava, caminhava

Anteriormente, eu já era servidor da

pela direção e vice-direção. É muito gratificante

e depois voltava, pegava o carro e ia embora. Basta

Universidade, desde julho de 1982, no hospital

enxergar o que a escola era há 30, 40 anos e o que

dizer que, depois, os filhos deles foram nossos alunos.

veterinário. Então, tive um trabalho de base muito

é hoje, porque, nessa evolução, nessa melhoria

forte, porque, naquela época, o Vizzoto sabe melhor

através de projetos, através das direções que se

que eu, nas questões de horas-aula, trabalho de

sucederam, através do pessoal que foi chegando à

66

Revista Comemorativa


escola, que foi concursado, tivemos a oportunidade de ver a escola sair de um mimeógrafo, que muitos não conhecem, né? Passamos de um mimeógrafo para uma impressora 3D. Então, é claro que até chegar a essa etapa foram diversos passos, diversos lances de escadas que fomos subindo através de projetos, Imagem: Professor João Paulo Vizzoto operando um torno mecânico.

através do trabalho das direções, das equipes

Fonte: Acervo fotográfico CTISM.

diretivas. Outra coisa muito forte na escola sempre foi o entrelaçamento entre os estudantes, o vínculo

Vizzoto – Eu considero uma trajetória muito

afetivo deles com o CTISM e com os servidores.

linda. Apesar de começar pequena, tínhamos

Basicamente, em 10 anos, tivemos uma grande

um crédito muito grande dentro das empresas,

Vizzoto – Então, todos passaram pela

melhoria em prédios, equipamentos, e eu arrisco

os alunos eram muito bem preparados, saíam

gente e temos a grata satisfação de ver como

dizer que, no mínimo, 80 vagas foram criadas

e davam conta. Foi aí que o colégio começou a

cresceram, deram-se bem e estão aí. Quer dizer

para os servidores do CTISM. Quanto ao número

crescer. Eu vejo a minha trajetória aqui dentro como

que alguma coisa de bom a gente fez para que

de estudantes, saímos de 600 vagas para, hoje,

uma trajetória dentro de uma família, porque eu

eles chegassem aí.

aproximadamente, 2500, com cursos superiores

me sinto ainda muito vinculado ao colégio, já que

Claudio – Nesse meio campo, essa visão que o

e agora com mestrado em educação profissional.

grande parte dos professores, como o professor

Vizzoto comentou, da ligação, dessa forte ligação

Mariglei – Como vocês definem a trajetória de

Luciano, o Marcelo, o Pavani, entre outros, foram

do CTISM com o meio empresarial, já que aqui era

vocês no CTISM?

INSTITUCIONAL

Mariglei – Temos 29 ex-alunos que são professores atualmente.

meus alunos.

67


visitas de uma semana inteira. Nós saíamos daqui a

Outra coisa que eu considero fundamental no CTISM

São Paulo, íamos a Santa Catarina e Paraná, fazendo

é a questão dos cursos noturnos que, desde 1998,

visitas. Uma vez quando visitávamos a WEG, um

vêm possibilitando que a comunidade, não só daqui,

dos donos nos fez o seguinte elogio: “Tu estás de

mas a comunidade regional tenha, também, essas

parabéns, e pode dizer lá na sua direção que todos

oportunidades.

os alunos que se formarem podem vir aqui para nossa empresa. Serão recebidos de braços abertos”.

Vizzoto – É porque, antes, aqui, não era permitido ministrar aulas à noite.

Claudio – O Vizzoto comentou outra coisa

Claudio – Tanto que, quando eu comecei a

importante na escola, essa questão da família.

lecionar, a gente vinha de carro. Claro que Camobi

No início, eram poucas pessoas trabalhando.

30 anos atrás não era nada perto do que é hoje.

O núcleo era realmente pequeno se comparado

Não tinha restaurantes, banco e tudo mais que

uma escola técnica, mas a gente que é da área da

a hoje, quando temos aproximadamente 120

movimenta uma localidade. A gente tinha muito

educação tem que saber mediar a questão tecno-

servidores. Acontece que o pessoal tinha que fazer

medo de sair daqui. Então, geralmente, levava de

lógica e a questão pedagógica. Mas nós temos

tudo, e isso tornava o trabalho gratificante no sentido

carona 1, 2 ou 3 pessoas junto para não ir sozinho,

essa relação com o meio. A gente era recebido pelo

daquele envolvimento que existia na época.

era tudo descampado, era estrada só. Há situações

Imagem: Alunos em visitas técnicas. Fonte: Acervo fotográfico CTISM.

grupo WEG, Itaipu, enfim, empresas aqui de perto,

E é importante lembrar dentro do histórico

da região sul. Nós éramos recebidos de braços

da escola, o Vizzoto sabe melhor que eu, claro, o

abertos e isso nos dava uma tranquilidade e uma

colégio foi criado num período do regime militar,

Mariglei – É verdade que o professor Mariano

vontade de superar o que fosse.

ele tinha determinadas situações de trabalho de

comprou uma frota de ônibus para trazer os

Vizzoto – Eu viajava muito, levando os alunos

orientação nessa mensagem de manter o mercado

professores?

a visitas técnicas. Naquela época, tínhamos a

aquecido em Santa Maria, mas a relação que a

programação de 3 a 4 viagens ao ano, inclusive

escola tem com Santa Maria é muito importante.

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que, ao longo da história, parecem brincadeira, mas a gente viveu tudo isso.

Revista Comemorativa


Vizzoto – É verdade, e essa era uma das

porque, não acabando, ele conseguiria verba para

o estudante vinculado e evitar evasão através de

dificuldades, o transporte. Não havia empresas de

continuar. Esses prédios que estão aí eram sem

programas, através de grupos de estudos, através

ônibus em Santa Maria que fizessem esse trajeto.

reboco por fora, não tinha nada. Depois é que foram

da biblioteca, laboratórios e da participação efetiva

Então ele comprou uma frota muito grande de

finalizados.

dos servidores e dos professores juntos a esses

ônibus, os quais trafegavam intensamente entre

Tempos atrás, eu vim receber uma medalha lá

grupos. Manter esse pessoal com interesse no

no gabinete do Vice-Reitor, no prédio da reitoria. Olhei

estudo, com foco, digamos assim, no aprendizado

Mariglei – Só para os professores?

para fora e me apavorei e disse assim: “Barbaridade,

e no conhecimento, porque a gente sabe que o

Vizzoto – Professores, funcionários e alunos,

hein?”. Era o Felipe ainda o reitor, aí ele disse: Mas tu

mundo está mudando muito rapidamente e aí está

todos. É que a universidade não era o que é hoje,

não viu nada, tem mais de 70 prédios em construção.

o exemplo das tecnologias da própria universidade,

não era tão grande. Para terem uma ideia, há alguns

Só no CTISM foram 7.

do crescimento que houve dentro da universidade

o centro de Santa Maria e Camobi.

anos podia chegar a hora que chegasse que tinha

Mariglei – Diante da história, de todas essas

estacionamento aqui na frente do colégio. Hoje,

questões que vocês nos colocaram, quais os

Uma vez, eu quase tomei uma surra porque

você chega aqui e não tem. O mesmo ocorre no

maiores desafios da educação profissional hoje no

estava trabalhando em um computador e o professor

campus inteiro. E as obras da universidade eram

CTISM?

não deixava, ele abriu uma exceção porque

um terror, porque o professor Mariano sempre se

Claudio – Eu diria que uma delas, além da

preocupou com uma coisa, edificar e não acabar,

questão da inclusão, que se fala muito, é manter

INSTITUCIONAL

e nosso aqui do CTISM.

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eu era formado em engenharia e fazia formação

Vizzoto – Uns dos grandes desafios da escola

Vizzoto – É, realmente. Quando eles vão lá,

pedagógica. Hoje os tempos são outros e é claro

e essa já era uma grande preocupação antes de eu

a primeira coisa que os professores perguntam:

que os alunos do diurno têm uma condição mais

sair, é formar técnicos que queiram trabalhar como

“Quem é que é do Colégio Técnico Industrial?” “Eu”.

favorável, pois normalmente moram com a família

técnicos. Então, a escola está se tornando apenas

“Então tá, tu vai me ajudar."

e não trabalham. Já à noite é outra realidade. Nós

um trampolim. Naquela época, logo no início do

nem vamos falar do PROEJA, que a gente vivenciou

CTISM, você não podia fazer vestibular ou curso

aqui. É uma realidade difícil que as pessoas passam,

superior se tivesse estudado aqui, eles fizeram uma

Vizzoto – O que eu desejo é que o CTISM con-

a necessidade do aprendizado para superar aquela

cláusula lá que você tinha que ter, não lembro bem,

tinue em progresso, trabalhando, fazendo o que ele

linha que delimita a condição de acesso mínimo

acho que era o estágio. Para quem dá aula em labo-

vem fazendo e bem feito: preparando esses meninos

às coisas. O pai ou a mãe estão aqui em aula e

ratório, hoje, é um sofrimento quando o pessoal não

para vida com toda a dedicação. Esse é o meu

os filhos estão em casa ou com alguém que está

quer aprender. Você quer que o aluno se dedique,

maior desejo e que eu gostaria que continuasse,

cuidando, a questão do transporte, de como chegar

que o aluno vá botar a mão na massa, que ele vá

vendo essa evolução do Colégio. Muitos alunos

à escola, superar o aprendizado que ele não teve

tentar fazer uma pesquisa e ver o porquê de cada

da escola são empresários lá fora. E é isso que a

antes. Temos também a questão dos cursos tec-

coisa. Então, eu acho que esse seria um desafio

gente quer, que o Colégio faça isso, que venham

nólogos hoje, cursos superiores em tecnologia que

muito grande de fazer com que esses alunos voltassem

mais empreendedores, mais alunos e que tenham

são cursos que têm uma diferenciação em relação

um pouco às bases que tínhamos uns anos atrás.

sucesso na vida, porque para o professor, não

à graduação tradicional. E lá na outra ponta, nós

Mariglei – Há relatos de alunos do integrado que,

temos o desafio do mestrado. São várias frentes

através de projetos junto à Engenharia, dão aula para

que a escola lida hoje.

os formandos em engenharia.

70

Mariglei – Para finalizar, qual a mensagem que vocês deixam para os 50 anos do CTISM?

existe maior pagamento do que ver o seu aluno vencendo na vida. Claudio – Faço as palavras do Vizzoto as

Revista Comemorativa


mesmas minhas. Dentro dessas relações, de toda a

do país. As pessoas têm perspectivas de futuro e eu

a valorização e o conhecimento da história. Para

comunidade escolar, dos servidores, dos estudantes,

acho que nesse futuro o Colégio Técnico Industrial

aqueles que estão chegando agora e para os que

todos eles unidos de forma que a escola profissional

se encaixa perfeitamente.

chegarão, fica aqui um registro da trajetória da

técnica industrial de Santa Maria obtenha êxito sempre, preenchendo a condição de vivência dessa fase dos estudantes, que eles estão formando, muitas vezes, seu caráter, aquela escolarização

Mariglei – Eles sentem uma identidade com a escola, ficam aqui o dia inteiro, até a noite. Claudio – Exatamente. Uma identidade, um

prestados na área educacional. Em nome da família CTISM, o nosso muito obrigado.

vínculo afetivo, emocional...

necessária, através do exemplo dos profissionais,

Vizzotto – É uma família. Às vezes, eles ficam

dos professores e dos servidores. Que eles possam

mais tempo com a gente do que com os próprios pais.

ganhar o mundo, porque hoje não dá mais pra dizer

Mariglei – Bem, queria agradecer a vocês por

o que vai acontecer dali adiante. Hoje está aqui,

essa esclarecedora entrevista sobre a história de

amanhã pode estar no estado de São Paulo ou fora

nosso colégio e ressaltar o quanto é importante

INSTITUCIONAL

nossa escola nesses 50 anos de relevantes serviços

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Revista Comemorativa


Quem brilha lá, passou por aqui! Ex-diretores do Planetário da UFSM: egressos do CTISM

Por Mariglei Severo Maraschin

Francisco Mariano da Rocha e Felipe Stefanelo, engenheiros mecânicos da UFSM, são ex-alunos do CTISM e, ex-diretores do planetário da nossa universidade. Para contarem um pouco desta trajetória, o diretor do CTISM, Luciano Caldeira Vilanova, convidou-os para um bate-papo informal. A seguir, trechos desta conversa.

Como foi ser aluno do Colégio Industrial? Estudar no Colégio Industrial foi um pedido do meu pai. Eu entrei justamente no ano que ele estava saindo. Estudei entre os anos de 1974 a 1976. No primeiro semestre de 1977, eu fiz o estágio no NUMA. O colégio industrial tem uma influência na nossa vida porque ele carrega desde o início da sua criação a ideia de empreendedorismo que foi lançada pelo Marianinho lá nos anos 60. Eu fico feliz que a direção siga com esse trabalho, justamente porque há uma união da turma muito grande, formando realmente cabeças e não só fazendo com que as pessoas cumpram uma grade curricular. Os professores tinham que trabalhar nessa parte de moldar o caráter, porque são crianças em desenvolvimento, jovens que dali vão partir para uma vida profissional. Então, é muito interessante isso. [...] Todos contribuíram na nossa formação numa linha de vida.

Como era a relação do professor Mariano da Rocha com o colégio? O que eu sei é o seguinte: No sonho dele de expansão do ensino superior, ele sempre pensou na parte técnica junto. Então, se você pegar aquele desenho, aquele projeto feito, o primeiro projeto da universidade de Santa Maria, o da maquete em 1959, ele, já ali tinha o Colégio Agrícola e o Colégio Técnico Industrial. As faculdades que ele pensava eram as faculdades diretamente ligadas com a necessidade da população local. Então, aí entraram as Ciências Contábeis, o Direito, a Medicina a Farmácia e as Engenharias. E depois Agronomia e Veterinária. Isso era o

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Francisco Mariano da Rocha formado em Engenharia Mecânica, Mestre em Engenharia Mecânica, Engenheiro Mecânico da UFSM

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Depois ele se entusiasmou muito, no início dos anos 60, já colocando a parte de Música. Mas vocês podem ver que essa parte inicial sai dele. E se vocês acharem a fotografia do lançamento da placa que indicava a construção do Colégio Técnico Industrial o piazinho, daquele tamanho, que estava ali, sou eu. Eu estava tanto nesse dia quanto no lançamento da pedra fundamental da própria universidade. Mas ele realmente gostava quando falavam do Colégio Técnico. Quando eu falava. "Ah, eu fiz o Ginásio aqui no Maneco, então vou seguir aqui“ ele respondia “não, de jeito nenhum, tu vais fazer lá no CTI”. Logo retruquei e ele disse “não, tu vais fazer, aquilo foi idealizado por mim, tu já vais ter um ideal do que que é, de quais são os ideais que a nossa universidade quer, os nossos princípios”. Então, quer dizer, que a formação essa, que hoje é finalmente pensada pelos governos, ele tinha essa ideia nos anos 60, já tinha uma ideia dessa importância. Como a sua formação no CTISM, influenciou no trabalho que desenvolve na UFSM? Quando me formei em 66, fiz o estágio... Aliás, fiz dois estágios: fiz um estágio na Massey Ferguson, em Porto Alegre, e um estágio, de quatro meses, aqui no Núcleo de Manutenção (NUMA ). E passavam chamando no NUMA porque o Planetário não tinha quem desse manutenção para o conserto de pequenas coisas. Numa dessas vindas, teve aqui um técnico que dava manutenção pra todo o Planetário. Cobrava horrores da Universidade pra fazer cada serviço. E eu fiquei de ajudante dele. "Não, eu ajudo", e peguei muita coisa pra aprender. Aprendi com ele, vamos dizer assim. Aí eu saí. E em 1979, quando eu fiz o concurso pra técnico na Universidade, eu fui alocado novamente para o NUMA. Mas aí foi aquele negócio, eu já chegava e já chamavam, e aí disseram imediatamente "não, tu não vai pro NUMA coisa nenhuma, tu vai para o Planetário". E fui transferido para o Planetário. Em pouco tempo, ficaram dois técnicos que sabiam fazer a manutenção da aparelhagem no Brasil inteiro. Eram só dois: era eu em Santa Maria e o Ary em POA. E aí, depois, fui trabalhando, trabalhando e há uns anos, eu conheci o Felipe. Conversando com ele, disse: "Ah, eu fiz o Colégio Técnico". E eu... "bah, mas fez o Colégio Técnico, esse cara tem que ser bom". Aí depois: "Fiz Engenharia Mecânica", e eu digo "Não, mas para aí, o que é que tu tá fazendo aqui na PRAE?". Aí eu fui lá e foi uma luta pra trazer ele. E aí o Felipe vai contar um pouco.

Lançamento da placa de contrução do CTISM. A frente diretor Jiacomo Fontana (1967), reitor José Mariano da Rocha Filho e seu filho Francisco Mariano da Rocha. Fonte: Acervo fotográfico CTISM.

Deixe para nós e para as futuras gerações, uma mensagem em homenagem aos 50 anos do CTISM:

Olha, pessoal... O Colégio Industrial nasceu de uma ideia, na época, quase revolucionária pra nossa região. Já havia esses modelos em outras partes do mundo, mas não com esses ideais que foram colocados aqui. Esse ideal de amor ao trabalho, de amor ao que tu vai fazer depois, de formação de cabeças, de formação de como vocês devem se comportar na vida profissional e terem amor ao trabalho e amor à equipe. Não percam nunca isso. O Brasil precisa muito de vocês.

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Como foi a experiência de estudar no CTISM?

Eu entrei no colégio com 14 anos, muito curioso, querendo saber como era uma coisa como era outra coisa. Entrei no curso técnico em mecânica junto ao ensino médio. Então era tudo ligado, tínhamos as disciplinas do ensino médio e do ensino técnico. Era muito curioso, queria saber das coisas. No CTISM pude entender o funcionamento de muitas coisas, muitas máquinas, muitos equipamentos. Mais do que só entender o funcionamento, eu achava legal poder desenhar e criar, poder fabricar peças ou componentes, coisas que eu levo até hoje como lembranças. Além da formação técnica, acho que foi muito importante, naquela época, um certo rigor que tinham com a gente, que marcou nossa vida, a parte comportamental, de como tinha que agir, a postura diante da situações, pois eles no preparavam para o mercado de trabalho: “Olha, logo mais vocês vão estar no mercado de trabalho, vocês tem que ter uma forma de agir, uma postura, roupas que condizem ou não com uma oficina”. Então, isso tudo agregou para a gente. Outra coisa que me marcou é que tínhamos aulas de manhã e à tarde e às vezes trabalhos extras à noite. Eu tive que reaprender a estudar, aprender a estudar prestando o máximo de atenção na aula, pois não tinha tempo fora da aula. Então, se eu quisesse ir bem nas provas, teria que prestar atenção. A gente passava mais tempo dentro do colégio do que na nossa casa com a nossa família, então aquela turma era nossa família. A gente ficava tão próximo dos professores. Dos colegas de classe mais ainda. Então, era uma família mesmo.

Felipe Stefanelo formado em Engenharia Mecânica, Especialista em MBA Gestão de Negócios, Assistente em Administração UFSM

Como a sua formação no CTISM influenciou no trabalho que desenvolve na UFSM?

Eu entrei na universidade como servidor técnico administrativo em 2008, na Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE). Trabalhei por lá por uns 5 anos e alguns meses no setor de bolsas da PRAE e um pouco na secretaria da PRAE. Logo que eu cheguei lá, o Francisco me chamou com uma lista de bolsistas dele do planetário e ele sempre querendo "Ah, mas teu lugar é o planetário. Lá tem coisa pra ti. Pela tua formação, digamos, há coisas pra mexer lá no Planetário". O Planetário ainda funcionava nessa época com o projetor antigo, totalmente eletromecânico, cheio de peças, engrenagens e coisas. Então ele disse assim: “Não, teu lugar é lá”. Digamos assim, demorou alguns anos pra gente conseguir essa troca e eu vir para o planetário. Quando cheguei, Já estava em funcionamento o projetor digital. Mas tudo começou lá em 2008, 2009, logo que cheguei na PRAE. O Francisco já estava de olho em alguém pra vir aqui ajudar no Planetário.

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Deixe para nós e para as futuras gerações, uma mensagem em homenagem aos 50 anos do CTISM: Quero fazer um agradecimento, primeiramente. Agradecer ao nosso fundador. Graças a ele, meu pai e eu pudemos estudar nessa Universidade. Muito obrigado ao Dr. Mariano, aos meus professores do Colégio e aos servidores que, tanto lutaram para nos passar as coisas boas, e nos ensinar o que eles sabiam, o que eles aprenderam. Então, fazer primeiramente um agradecimento a todo esse pessoal, que contribuiu muito com o que eu sou hoje. Eu devo a eles! E a mensagem que eu tenho para os alunos atuais é assim: vocês estão numa escola maravilhosa, dentro de uma universidade que tem potencialidades muito grandes. Aproveitem esse tempo de vocês aqui dentro, ele passa muito rápido. Se envolvam além das aulas de vocês. Se vocês tiverem oportunidade, envolvam-se em projetos. O conhecimento está aqui na universidade à disposição de vocês. Basta vocês irem atrás, incomodarem os professores, digamos assim... "se agarrem nos professores" e busquem tudo que está à disposição de vocês aqui. Aproveitem esse tempo. São poucos, digamos, na sociedade brasileira, pensando em Brasil como um todo, que têm essa oportunidade que nós tivemos e que vocês estão tendo agora.

Felipe Stefanelo, Francisco Mariano da Rocha e Luciano Caldeira Villanova. Fonte: Acervo fotográfico CTISM.

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Ontem nossos alunos. Hoje nossos professores. Egressos do CTISM que se tornaram professores Entrevista por Mariglei Severo Maraschin

Junto às Ações do Cinquentenário do colégio, ocorridas em outubro, alunos do CTISM e que hoje são professores da instituição, foram convidados a gravarem vídeos relembrando suas trajetórias. A seguir, apresentamos os docentes que participaram deste momento ímpar na comemoração dos 50 anos do CTISM.

Como foi ser aluno do CTISM? Ser aluno do CTISM foi uma experiência gratificante, porque o Colégio Industrial permitiu e oportunizou duas grandes decisões na minha vida. Primeiro, saímos do ensino médio sem saber o que queremos da vida. Eu entrei no Colégio Industrial, no curso Técnico em Eletromecânica, em 1994, e logo me identifiquei com essa área, prosseguindo, depois, com os estudos na área de Engenharia Elétrica. A segunda grande decisão da minha vida foi ser educador nessa mesma área de Educação Profissional e Tecnológica. Então, foi extremamente gratificante e importante para as decisões que eu teria que tomar no futuro.

Como é ser professor do CTISM? Gratificante. Voltar à escola onde fui aluno alguns anos antes é uma experiência muito gratificante. O Colégio Industrial, desde quando aluno, e agora também como professor, distinguese de outras instituições de ensino. Eu considero o Colégio Industrial como uma grande família, onde tu te sentes em casa. A proximidade nas relações entre professores, alunos, TAEs cria um ambiente fraterno, um ambiente muito interessante.

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Marcos Daniel Zancan

Ex-aluno (1994-1996), diretor de ensino (2010-2017) e professor da área de eletroeletrônica do CTISM.

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Quais as mudanças que você observou neste tempo em que foi aluno e agora professor? Mudanças em todos os aspectos, tecnologicamente falando. A tecnologia avança muito rápido, então muitas coisas evoluíram. Houve muitas mudanças entre aluno e professor. E continuam mudando. A gente tem que estar sempre se aprimorando. Também mudanças de infraestrutura e espaço físico. O Colégio cresceu muito nos últimos anos, então não tem nem como comparar com o tamanho da época em que eu era aluno.

Qual é a sua visão sobre o crescimento do Colégio? Foi um crescimento muito interessante, porque a tecnologia na educação profissional e tecnológica precisava de muito investimento, de atenção e de dedicação. E isso aconteceu nos últimos anos, então penso que esse crescimento veio num bom momento. Precisamos agora trabalhar para a valorização da educação profissional e tecnológica, a valorização dos profissionais da área, que não são, muitas vezes, vistos com o devido prestígio.

Quais os maiores desafios da educação profissional no CTISM? São muitos. Manter-se constantemente atualizado tecnicamente e valorizar seus profissionais. Nós nos tornarmos uma escola de excelência na educação profissional e tecnológica e temos que manter este patamar na área industrial. Esses são nossos maiores desafios.

Que mensagem você deixa para os 50 anos do CTISM? Fico feliz de poder participar de duas grandes comemorações da escola: os 30 anos, que foi um evento similar a este de agora, como aluno. Agora, estou participando como professor. Então, faço parte dessa história. Gostaria de parabenizar a todos que construíram, que montaram essa estrutura e que fizeram desta a base que o colégio é hoje. A construção do Colégio é um conjunto de ações desde a sua fundação, há 50 anos, até agora. Então, gostaria de parabenizar a todos que fizeram parte dessa história.

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Como foi ser aluno do CTISM? Ser aluno do CTISM foi muito importante para minha formação. Iniciei no CTISM como aluno em 1986, como aluno curso integrado em Eletrotécnica. E o fato do CTISM estar dentro da Universidade, desperta no estudante que chega nesta Instituição, também um sentido de comunidade universitária. Eu me senti, nesse período, muito motivado; o conhecimento técnico que é produzido no CTISM teve um significado muito importante para mim, me possibilitou, logo após a minha formação formal dentro da escola, a conhecer o mundo do trabalho, pude fazer meu estágio supervisionado na companhia de energia elétrica do estado. Isso contribuiu de uma forma muito positiva, e eu tenho certeza que não encontraria isso em outra escola ou outra instituição aqui em Santa Maria que não fosse o CTISM. Mais adiante, inclusive, juntamente com outros colegas que se formaram no mesmo período, partimos para o trabalho, com uma empresa, com microempresa, trabalhando na área de eletricidade. Foi um período muito enriquecedor e que contribuiu com a escolha para um curso superior dentro da área, e continuar ali meus estudos dentro da própria Universidade.

Como é ser professor do CTISM?

Ser professor do CTISM foi uma segunda etapa, ou melhor, uma terceira etapa da minha caminhada. Depois de ter passado pelo CTISM como aluno, passei à formação na área de Engenharia Elétrica, aperfeiçoamento, pós-graduação, mestrado na área de Eletroeletrônica, um curso de formação de professor. E, ali, eu percebi que estava preparado, e que desejava também seguir a minha carreira como professor. Tive a oportunidade de fazer um concurso em 1997 e aí iniciei minha carreira como professor no CTISM. Hoje eu tenho colegas professores, doutores, que foram meus alunos. O tempo passa e a gente não percebe o quanto a estrada passou, os caminhos passaram, o tempo passou, e as experiências e a vontade de fazer um bom trabalho, e contribuir pra que a Instituição cresça e se desenvolva, tem que ser algo também que deve se renovar a cada dia, a cada momento.

Rodrigo Cardozo Fuentes

Ex-aluno . Atual professor da área de Eletroeletrônica e ex-diretor.

Quais as mudanças que você observou enquanto era estudante e, agora, professor? Era uma escola de espaços extremamente modestos, os professores também vinham de uma formação mais prática. Então, toda a formação visava a um trabalho mais focado na prática dentro daquele contexto, daquele período. Na década de 90, já como professor, no final da década, nós percebemos que a Instituição, como toda a Universidade, sofria muito, em função das políticas econômicas e educativas daquele período. Foram períodos difíceis, foram períodos que nós vivenciamos com muita restrição, com muitas dificuldades. E a escola permanecia praticamente com pouquíssimas alterações na sua estrutura, mas se percebia no contexto do mundo do trabalho, no contexto das tecnologias, que mudanças estavam acontecendo. E que, se a instituição não passasse por um período de reforma, seja dos seus currículos, seja dos

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seus espaços físicos, seja da formação dos seus docentes, a Instituição iria ficar num patamar ou num tipo de formação que não atenderia mais o que a sociedade esperava. E nesse sentido, foi muito importante os anos 2000, as mudanças das políticas, a afirmação de políticas voltadas pra educação profissional. Então, a gente percebe que, nos últimos anos, a execução de um plano nacional voltado para o incentivo à educação profissional possibilitou uma mudança mais radical no cenário do Colégio Técnico Industrial e do ensino profissional no Brasil, como um todo. A gente vê isso hoje: o professor chega qualificado na escola, ele já tem que ter uma formação de nível de pós-graduação, ele tem que perceber, estando dentro da Universidade, ele tem que perceber o ensino, a pesquisa e a extensão como atividades dele.

Já que você mencionou a questão do crescimento do Colégio... O Colégio, nesses últimos anos, é que, realmente, teve um movimento forte de crescimento, ações como o PROEJA, que é praticamente uma novidade, um ensino para jovens e adultos envolvendo também a formação profissional, a educação a distância entrando na educação profissional. Diversas ações foram realizadas pelo CTISM em relação à educação a distância, os cursos superiores de tecnologia. O CTISM passa a ingressar com esses cursos no cômputo total de matrículas da Universidade, nas matrículas de ensino superior, e isso foi possibilitando o aumento do número de professores, o aumento no número de matrículas. Uma diversidade muito grande de cursos, os cursos tradicionais integrados, os cursos subsequentes noturnos, os cursos superiores de tecnologia, a EJA integrada ao ensino profissional, o mestrado. O último movimento que foi feito, o mestrado em educação profissional, então focado na área que é a educação profissional, e o CTISM com esses 50 anos, possibilita a ele um conhecimento histórico da educação profissional. Isso é muito importante, são pouquíssimos cursos que se têm no Brasil, praticamente o nosso é o segundo curso que se tem no Brasil ao ofertar um mestrado dentro da área de educação profissional.

Quais os maiores desafios do CTISM para a educação profissional? Os desafios são sempre relacionados àquilo que também transcorre na sociedade. O desafio é ela conseguir acompanhar o que está acontecendo em todo o cenário externo: as qualificações de seus servidores, a qualificação profissional, a aplicação das tecnologias, a aplicação consciente e crítica das tecnologias. Esses são questionamentos que devem ser feitos internamente na instituição e projetar o futuro, o desenvolvimento profissional em função dessas demandas e dessas questões que são muito pertinentes na nossa sociedade.

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Que mensagem você deixa para os 50 anos do CTISM? A principal mensagem é de agradecimento. Parabéns ao CTISM pelos 50 anos, por todo esse trabalho envolvido nesses 50 anos, e a todas aquelas pessoas que iniciaram o CTISM dentro de uma universidade, ao fundador da Universidade, parabéns por essa visão, pela capacidade de perceber a importância de uma escola de formação profissional de nível médio dentro do campus de uma universidade. Parabéns ao CTISM, parabéns àquelas pessoas que passaram pelo CTISM e ajudaram-no a construir. O CTISM é de todos nós! Que venham mais 50 anos, com muita alegria e muito progresso para a nossa sociedade.

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Como foi ser aluna do CTISM? Ser aluna do CTISM foi como uma grande dádiva! Ali tivemos uma formação que nos serviu para a vida toda. Comecei como servidora da Universidade, depois fui ser professora do CTISM e ali me aposentei. O CTISM me proporcionou uma vida digna junto à minha família. Então, o colégio industrial foi tudo de bom em nossas vidas.

Como foi ser professora do CTISM? De início foi muito difícil, pois eu era muito jovem, tanto que tinha alunos que eu chamava de senhor, porque eram bem mais velhos que eu. Mas foi muito gratificante e me ajudou bastante. Entrei sem experiência alguma na área do magistério, mas como eu tinha feito o curso técnico, fui convidada a lecionar. Ali eu me realizei como pessoa, realizei-me como profissional e fiz grandes amizades dentro do CTISM.

Quais as mudanças que observou nesse tempo em que foi estudante, e depois professora, e, agora, voltando como aposentada? Bom, não dá pra enumerar as mudanças, de tantas que ocorreram. Fiquei radiante hoje de ter visto tanta tecnologia. Inclusive, o CTISM está sendo administrado por ex-alunos meus. Então, como o Marcelo e o Luciano também foram excelentes alunos e estão na frente de uma coisa muito linda, eu acho que eles estão tendo muita luz no caminho para construir o Industrial e fazer dele essa grandeza que hoje vemos. Não tem comparação o que cresceu do que a gente lembra, do que era, e do que é hoje.

Cleusa Gularte Castro

Ex-aluna da primeira turma do CTISM (19671969) e ex-professora. Atualmente, encontrase aposentada.

Qual sua visão sobre o crescimento do Colégio? Eu acho que o CTISM cresceu em número de cursos, em número de professores, de funcionários. Tornou-se uma escola moderna, uma escola de referência, e eu me orgulho muito de dizer agora, como o reitor falou, e o Luciano falou várias vezes hoje, das bases do colégio industrial. Eu talvez tenha sido um tijolinho muito pequeno nas bases do Colégio Industrial, mas eu também tenho certeza que esse tijolinho contribuiu para chegar onde nós estamos.

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Foi uma grande satisfação a possibilidade de estudar na Universidade. Particularmente, tive a oportunidade de ser aluno duas vezes do CTISM: uma no curso técnico em Mecânica e outra no curso técnico em Eletromecânica.

Como está sendo ser professor do CTISM? É uma troca em relação a tudo que eu aprendi. Ontem aluno; hoje professor. Mas é um orgulho muito grande. Era algo que eu não esperava profissionalmente, atuar como professor. Mas com o tempo, descobri ser esta uma vocação e hoje eu me sinto extremamente realizado por estar trabalhando na Instituição, no CTISM.

Quais as mudanças que observou enquanto aluno e agora como professor? Alessandro de Franceschi

Ex-aluno do CTISM e, agora, professor da área de Segurança do Trabalho e Mecânica. Diretor do Departamento Técnico (2014-2017)

Sem dúvida nenhuma, a mudança estrutural – e isso aí a gente não pode deixar de falar – é um crescimento fantástico. O número de pessoas que estão trabalhando, o número de exalunos que hoje são professores ou técnicos administrativos. Também, a parte do crescimento do conhecimento, não só no curso técnico, mas temos, hoje, a questão do próprio mestrado, que faz parte da Instituição. Quer dizer, o avanço que teve em relação ao ensino é notável. Hoje, nós estamos com EAD em várias cidades, em vários polos e disponibilizamos inúmeros cursos para a comunidade em geral.

Qual a sua visão sobre o crescimento do Colégio? É uma necessidade para atender a demanda e, nesse sentido, tenho certeza que o colégio está fazendo sua parte. Não há dúvida nenhuma que nós estamos preparados para novos desafios.

Quais são os maiores desafios da educação profissional no CTISM? Eu acredito que é estarmos sempre preparados para mudanças, principalmente as questões externas, ou seja, não só em relação ao ensino, mas especificamente em relação às questões técnicas que possam ocorrer devido a várias mudanças de contextualização, principalmente na

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parte tecnológica. Nós temos sempre que estar atualizados e focados nas questões de mercado, de equipamentos e da própria educação, ou seja, fazermos o que tem que ser feito para sempre atender a demanda.

Gostaríamos que deixasse uma mensagem para os 50 anos do CTISM. Nós, nesses 50 anos, devemos reconhecer tudo o que já foi feito pelos professores e servidores que por aqui já passaram e deixaram valiosas contribuições, tanto no ensino, quanto nas relações pessoais. Que nós possamos, dentro do nosso tempo, ainda como docentes, colaborarmos com a nossa instituição e deixarmos um valoroso legado. E que os próximos 50 anos sejam promissores, não só para o CTISM, como também para a nossa UFSM.

Imagem: Formatura da aluno Alessandro de Franceschi - Formatura em Eletrotécnica (1990). Fonte: Acervo fotográfico CTISM.

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Como foi ser aluno do CTISM? Foram tempos muito importantes para minha formação profissional e, consequentemente, para minha vida. No colégio, tive a formação que me proporcionou, por 23 anos, ser eletrotécnico de uma companhia, ter meus filhos, minha casa, e tudo que eu conquistei nesses 20 e poucos anos. Então, para mim, foi muito importante essa formação de eletrotécnico na época.

Como está sendo ser professor do CTISM? Ser professor do CTISM foi uma experiência também muito gratificante, pois eu utilizei a prática que eu adquiri numa empresa de eletricidade onde trabalhei com eletricidade fina e produção de sistemas, em redes e em outros equipamentos de proteção, enfim. E isso me proporcionou essa importante experiência que um professor deve ter pra instruir seus alunos. Isso foi muito bom.

É interessante que você conseguiu sair, trabalhar fora e trazer os conhecimentos da empresa. Paulo Roberto Colusso

Ex-aluno do CTISM e, hoje, professor do Colégio da área de Eletrotécnica, coordenador da rede e-Tec da UFSM, diretor do NTE (2016)

Exatamente. E em uma época em que o colégio não tinha muito conhecimento desta área, que era a de potência, da eletricidade de potência, e eu pude trazer e contribuir muito com o colégio em outra formação que não se tinha.

Quais as mudanças que você observou nesse tempo em que foi estudante e, hoje, professor? Hoje, é claro, as tecnologias educacionais estão muito presentes, o professor tem que se atualizar e eu noto que todos nós ganhamos em utilizar essas novas tecnologias. Hoje, temos muitos softwares e tecnologias que podem auxiliar a formação dos alunos, que é isso que também eles querem.

Qual a sua visão sobre o crescimento do Colégio? A visão sobre o crescimento do ensino profissional é uma coisa que não tem como parar. A gente necessita muito de técnico, há muita formação em ensino superior, mas o nosso país, como ele está em estágio inicial de crescimento, precisa da mão de obra qualificada, que possa fazer com que esse conhecimento seja aplicado, seja utilizado pelas empresas.

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Na sua visão, quais os maiores desafios da educação profissional no CTISM? O maior desafio da educação profissional no CTISM é utilizar o que se tem do passado e transpor isso para o futuro. Por quê? A gente hoje tem outros cursos de tecnólogos e de mestrado, mas a gente não pode esquecer as práticas que foram a origem do Colégio, que foram o que deu a notoriedade que o Colégio tem nas empresas. Formamos técnicos que são disputados no mercado de trabalho, isso a gente não pode dissociar. Temos que estar sempre acompanhando o que foi feito no passado.

Gostaríamos que deixasse uma mensagem para os 50 anos do CTISM. Eu tenho o maior orgulho de estar participando desse momento, assim como eu participei também, e ganhei uma medalha dos 50 anos da Universidade, que também eu trago no peito isso como uma grande homenagem que me foi prestada. E agora, nos 50 anos do CTISM, eu, como professor, já há bastante tempo, e como profissional, e como também, na educação a distância, a gente fez uma grande trajetória. Começamos com um curso e hoje temos oito, em processos que envolveram toda a instituição. Então, eu só quero que continue essa história, e que sejamos cada vez mais gratificados por isso. Eu me sinto terminantemente gratificado por pertencer ao CTISM e estar vivenciando esse momento dos 50 anos.

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Como foi ser aluno do CTISM? Iniciei meus estudos no Colégio Técnico em 2002 e concluí, em 2003, o curso de Eletrotécnica. Foi um curso muito importante na minha carreira profissional, justamente por ser o primeiro curso que eu fiz na área de atuação que estou hoje. O ponto principal, que eu vejo como de mais importante, foi o foco do curso técnico ser prático. De todos os cursos que eu fiz, foi o que teve mais esse foco prático, então me ajudou muito no entendimento das questões da automação e da eletrotécnica.

Como é ser professor no CTISM hoje?

Fredi Zancan Ferrigolo

Ex-aluno do CTISM e, hoje, professor do Colégio da área de Eletrotécnica.

Quando eu passei no concurso para ser professor do Colégio Técnico, eu fechei o ciclo que já havia sido planejado há bastante tempo, desde quando cursei Eletrotécnica. Depois, veio a Engenharia, o curso de formação de professores e eu sempre tive o foco de voltar para o Colégio Técnico como professor, pois, durante o período que estive aqui como aluno, eu gostava bastante do ambiente de trabalho, dos professores, de tudo que é feito no Colégio Técnico. Então, quando eu consegui ingressar como professor no Colégio Técnico, foi uma satisfação muito grande, porque eu consegui fechar um ciclo que já vinha planejando há bastante tempo.

Quais as mudanças que você observou enquanto estudante e, agora, enquanto professor? Exatamente. E em uma época em que o colégio não tinha muito conhecimento desta área, que era a de potência, da eletricidade de potência, e eu pude trazer e contribuir muito com o colégio em outra formação que não se tinha. Principalmente na expansão. Ampliou o número de alunos, o número de professores, técnicos administrativos e os laboratórios também. Na minha época, não eram tantos e, hoje, a gente tem laboratórios praticamente para todas as disciplinas, professores especializados em praticamente todas as áreas, com mestrados e doutorados. Então, acho que é bem importante toda essa formação para o CTISM.

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Qual a sua visão sobre o crescimento do Colégio? Acho a expansão muito importante, pois possibilita um maior número de vagas e, consequentemente, um maior atendimento à sociedade. Então, um maior número de alunos pode, hoje, ingressar no Colégio Técnico. Em anos anteriores, tínhamos eletrotécnica e mecânica e hoje há muitos outros cursos com uma possibilidade de ingresso em diferentes cursos. Claro que toda essa expansão tem que vir junto com uma organização. A expansão aconteceu de forma rápida. Em poucos anos, de trinta e poucos professores e técnicos administrativos, passamos para cento e poucos técnicos e professores. Então, a direção e todas as próximas direções terão que trabalhar para manter a qualidade.

Quais os maiores desafios da educação profissional no CTISM? Acredito que seria a valorização dos profissionais, professores, técnicos administrativos, dos alunos também. A busca por novos laboratórios, novos equipamentos, busca por projetos e investimentos também fazem parte deste desafio.

Deixe uma mensagem para os 50 Anos do CTISM: Eu gostaria de parabenizar todos os professores e técnicos administrativos que fizeram a história desses 50 anos. Parabenizar, também, os professores atuais e a direção atual por essa iniciativa de fazer todas essas ações que estão acontecendo para valorizar os 50 anos de história do Colégio Técnico.

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CINQUENTENÁRIO

CTISM comemora meio século de vida O Cinquentenário do CTISM foi comemorado intensamente tanto no colégio quanto fora dele. Para marcar o aniversário, foram organizados diversos eventos que envolveram alunos, professores, servidores técnico-administrativos, bem como diversos setores da UFSM e da comunidade santa-mariense. O ápice das celebrações ocorreu com o jantar-baile promovido no exato dia do aniversário de 50 anos: 4 de abril. Além de contar com diversas autoridades, o evento reuniu cerca de 260 pessoas. No dia seguinte, foi a vez dos alunos festejarem com um show recheado de atrações musicais. Também, dezenas de atividades fizeram parte das comemorações nos meses anteriores e também nos meses que se seguiram. O lançamento das festividades ocorreu sete meses antes do aniversário, com o lançamento do selo comemorativo dos 50 anos do CTISM. O objetivo da comissão organizadora é totalizar 50 ações na programação do Cinquentenário (as ações ainda não haviam sido concluídas na data de fechamento desta revista).

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Jantar O prestígio do CTISM marcou o jantar-baile do

Gabinete do Reitor, empresários, vereadores e líderes

no qual afirmou que a grandeza atual do CTISM é

Cinquentenário. Realizado no salão Bianco Nero,

sindicais, além do diretor Luciano Caldeira Vilanova,

consequência das ações de todas as pessoas que

o evento teve excelente gastronomia e decoração

do vice-diretor Marcelo Freitas da Silva e de dezenas

passaram por ele.

especialmente pensada para a comemoração da

de professores e servidores técnico-administrativos

data. Entre os mais de 260 convidados, estiveram

do CTISM, entre ativos e aposentados.

Após o cerimonial, os convidados fizeram um brinde ao CTISM com taças personalizadas

presentes o Prefeito Jorge Pozzobom, o Presidente

A solenidade teve início com a apresentação

com o selo do Cinquentenário. Em seguida,

da Câmara de Vereadores Admar Pozzobom, o Reitor

do cocumetário produzido pelo NTE, que mostrou

iniciou-se o jantar e, por volta da meia-noite, o salão

Paulo Afonso Burmann e o Vice-reitor Paulo Bayard.

em depoimento e imagem a tragetório do CTISM

transformou-se em pista de dança.

Outrossim, participaram do jantar a professora

nestes cinquênta anos.

Sônia da Costa representante do Ministério da

Em seu discurso, o diretor apresentou um

Ciencia, Técnologia e Inovação (MCTI), o General

resumo das sucessivas fases da história da escola,

Giovany Carrião de Freitas, comandante da 6ª

bem como lembrou que o colégio havia atravessado

Brigada de Infantaria Blindada; o vice-presidente

“diversos governos, planos econômicos, mudanças

da Cacism, Leonardo Kozoroski Veiga e o Presidente

de legislações”.

do Sindicato das Empresas Metalúrgicas Mecânicas

Na sequência, o Prefeito Pozzobom, em breve

e de Material Elétrico de Santa Maria, Julio Kirchhof.

pronunciamento, ressaltou o “papel fundamental” do

As presenças incluíram, ainda, pró-reitores,

CTISM para Santa Maria. O reitor Burmann encerrou

chefes de centros e órgãos da UFSM, membros do

a cerimônia de abertura do jantar com um discurso

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Festa Show Na tarde seguinte ao jantar, no dia 5 o CTISM

brindes, como livros, agendas, camisetas e taças

promoveu a festa do Cinquentenário destinada aos

com o selo do 50º aniversário do CTISM. A banda

alunos. O evento, no estacionamento do prédio

Sagarock foi a última atração do evento.

principal, teve música, jogos e brindes. Participaram d afesta estudantes do colégio, professores e servidores técnico-administrativos do CTISM, além de visitantes de outros centros da UFSM. A festa iniciou com show de talentos organizado pelos alunos do diretório acadêmico (DACTI). Na sequência os presentes participaram do Point Atlântida, promovido pela rádio Atlântida e comandada pelo comunicador Fabiano Oliveira. Com música ao vivo e um game que contou com dois times de alunos. A festa prosseguiu com um show da banda Isabela, Vitor e Manuca, além de apresentações do grupo de dança Lamed. Durante o evento, alunos que postavam fotos da festa no Facebook ganharam

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AÇÕES

do Cinquentenário Lançamento do selo 24/8/2016 O Cinquentenário do CTISM teve a sua primeira celebração quando o selo do Cinquentenário foi descerrado pelo reitor Paulo Afonso Burmann, o vice-reitor Paulo Bayard, o diretor Luciano Caldeira Vilanova e o vice-diretor Marcelo Freitas da Silva. Ao puxarem uma cortina, eles revelaram um adesivo do selo no vidro frontal direito do colégio. Além do descerramento e do pronunciamento das autoridades, o evento incluiu uma sessão de ginástica laboral. O criador do selo, o designer Marcel Jacques, explicou os significados dos elementos que compõem a marca. “Esse arco representa os 50 anos, lá do passado, parando na frente do CTISM”, disse ele. O arco significa também o pertencimento do colégio à UFSM.

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Concurso de crônicas e poesias

Mateada Farroupilha

15/12/2016

22/9/2016

O Concurso Literário instigou alunos e

As comemorações do Cinquentenário incluíram

servidores a produzirem textos com o tema “Minha

uma mateada em ocasião da Semana Farroupilha.

vida no CTISM”. A ação teve o objetivo de estimular

Na metade de cada turno de aulas daquele dia, a

a produção literária pelos estudantes e fortalecer

comunidade escolar ficou liberada para aproveitar

seus laços com o colégio. Leia os textos vencedores

o chimarrão e a música tradicional gaúcha.

na seção “Crônicas e Poesias”.

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Seminário de integração de servidores e aposentados 4/10/2016 Exatamente seis meses antes da data do Cinquentenário, um encontro no CTISM reuniu 13 servidores aposentados, os servidores ativos mais antigos e os ativos que foram alunos. Fez-se presente, também, o ex-aluno Pedro Venturini, da primeira turma de Eletrotécnica da escola. Os servidores tiveram um momento de descontração, de reencontro e de conversas animadas. Risos e abraços não faltaram também. As expressões eram, em geral, de muita alegria. Os participantes do encontro foram guiados em um tour pelo CTISM e pela UFSM, para que os aposentados vissem as mudanças que ocorreram desde que deixaram o colégio. Em seguida, foram recepcionados pelo reitor Paulo Afonso Burmann para um coffee break no Espaço Multiuso da universidade.

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Inauguração do Ginásio

Visita ao Lar das Vovózinhas

Novo site

1/12/2016

21/12/2016

6/2/2017

O Ginásio Poliesportivo do CTISM e do Colégio

Trinta estudantes participaram de uma visita ao

Foi lançada uma nova versão do site do CTISM,

Politécnico da UFSM foi inaugurado oficialmente

Lar das Vovozinhas, instituição filantrópica de Santa

que foi atualizado e teve mais informações incluídas.

com uma solenidade na qual discursaram

Maria, na tarde de 21 de dezembro. Durante a visita,

O portal passou a seguir a identidade visual padrão

autoridades, entre elas o reitor Paulo Afonso

foram entregues donativos arrecadados no CTISM.

dos sites da UFSM. Na página inicial, foram inseridos

Burmann. As autoridades descerraram a placa oficial

No encontro, as idosas do Lar ganharam atenção,

slides com imagens sobre atividades do colégio e

do ginásio. Após a cerimônia, foi feito um minuto

carinho e brincadeiras dos alunos e professoras

um espaço para a publicação de editais, além de

de silêncio em homenagem às vítimas do acidente

que acompanharam a visita.

um calendário onde ficam concentrados todos os

aéreo que matou 71 integrantes da Chapecoense.

tipos de eventos relacionados ao CTISM.

Com um chute em uma bola de futsal, o reitor, simbolicamente, solenizou a abertura do ginásio. Teve início, então, uma partida amistosa de futsal em que um time formado por servidores do CTISM jogou contra uma equipe do Politécnico. Depois, estudantes dos colégios se enfrentaram.

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Rádio Universidade Documentário no CTISM

Mesa sobre Empreendedorismo

4/4/2017

4/4/2017

17/4/2017

A Rádio Universidade teve uma programação

O NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional) da

Três ex-alunos do CTISM debateram

especial sobre o CTISM na manhã do aniversário

UFSM produziu um documentário em comemoração

experiências de empreendedorismo em um

de 50 anos do colégio. Os programas Redação

aos 50 anos do CTISM. O curta-metragem CTISM

evento organizado em parceria com a Liga de

Aberta e Campus da Gente foram apresentados

50 Anos foi lançado e reproduzido no jantar do

Empreendedorismo i9. A mesa foi assistida pelos

ao vivo da sala da Direção. Foram entrevistados

Cinquentenário. Além do depoimento do reitor Paulo

alunos de último ano dos cursos subsequentes.

o diretor Luciano Caldeira Vilanova, o vice-diretor

Afonso Burmann, o filme contém depoimentos de

Marcelo Freitas da Silva, o ex-diretor Anilo José

nove pessoas que foram estudantes do CTISM.

Wathier e professores do CTISM, que falaram sobre

Alguns se tornaram, mais tarde, professores. Os

o Cinquentenário e os projetos desenvolvidos no

entrevistados contam a história da escola, suas

colégio.

experiências e aprendizados.

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Homenagem na Restauração de Câmara de Vereadores painel

Inauguração do Escritório EcoAgile no Técnoparque

18/4/2017

11/5/2017

26/5/2017

A Câmara de Vereadores de Santa Maria teve

O painel que ilustra o hall de entrada do prédio

O Escritório de Projetos EcoAgile inaugurou

uma sessão em homenagem aos 50 anos do CTISM.

principal do CTISM, de autoria do artista plástico

uma nova sede no Santa Maria Tecnoparque com

Em discurso, o vereador Manoel Badke homenageou

Juan Amoretti, foi restaurado pelo próprio pintor no

a presença de autoridades do Exército, da UFSM

o colégio. Ao dirigir-se ao diretor Luciano Caldeira

mês seguinte ao 50º aniversário do colégio. Foi a

e do CTISM. Entre as funções que o EcoAgile

Vilanova, pediu que ele levasse, junto aos alunos

primeira renovação da obra, desde 1992, ano em

desempenha no Tecnoparque, segundo o próprio

e seus funcionários do CTISM, o reconhecimento

que o CTISM fez 25 anos.

Escritório, estão “fortalecer e ampliar parcerias

do parlamento de Santa Maria. O vereador abriu

com instituições públicas e privadas” e “intensificar

espaço, durante sua fala, para a exibição do

e qualificar a elaboração de projetos de ensino,

documentário CTISM 50 Anos. Os vereadores

pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional”.

aprovaram, por unanimidade, uma moção que

O EcoAgile se autodefine como “uma equipe que

parabeniza o colégio, requerida pelo vereador João

coordena a criação e a gestão ágil de projetos (de

Kaus. Luciano aproveitou a oportunidade e abordou

ensino, de pesquisa e de extensão), operando,

o processo de criação do CTISM e sua trajetória.

continuamente, na promoção de suporte às funções

Alunos e servidores acompanharam a sessão nas

de liderança e de treinamento de equipes”.

galerias da Câmara.

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Quadro em Homenagem aos seus

Inauguração do Estúdio SAB

20/7/2017

4/4/2017

O vereador Manoel Badke entregou um quadro

adhiahdohaoidjajppd

em homenagem aos 50 anos do CTISM durante uma

adkopakdkoásd

reunião da Comissão do Cinquentenário. O objeto faz referência à sessão da Câmara de Vereadores que homenageou o CTISM em abril. Além do quadro, o vereador presenteou o colégio com um DVD que contém a gravação da sessão na Câmara.

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Crônicas e Poesias O Concurso Literário CTISM é um evento que busca inspirar a comunidade escolar a produzir seus próprios textos e compartilhá-los com os demais leitores, fomentando uma cultura de leitura e autoria de textos. No ano de 2016, o concurso teve por foco os gêneros textuais crônica e poesia, e girou em torno da temática do cinquentenário do Colégio. O concurso contou com a participação de estudantes e servidores do CTISM. Cada texto submetido foi avaliado por uma banca constituída por professoras do CTISM e do Politécnico, com formação na área de Literatura. A avaliação dos textos foi feita às cegas para garantir a integridade do processo avaliativo. A seguir os textos vencedores do concurso:

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Paredes vivas e suas histórias Lembro-me do primeiro dia de aula. A primeira vez que entrei no colégio me perdi, pois os corredores pareciam um labirinto de paredes repletas de quadros de ex-alunos, reitores, diretores, professores ali pendurados, me olhando. Eram tantas feições diferentes que pensei que nunca iria me acostumar com aquela situação, mas, passadas duas semanas, já faziam parte da minha rotina acadêmica. Com o tempo, consegui conhecer melhor aquelas galerias. Percebi que todos aqueles olhares pendurados estavam interligados de alguma forma. Um ano tinha se passado e as paredes e seus quadros continuavam crescendo de tal maneira que, às vezes, me assustavam. Até que um dia, caminhando pelos corredores, determinados olhares me imobilizaram: eram diferentes dos outros, pois eram olhares que eu tinha passado a conhecer. Rostos familiares que, de uma certa forma, me projetavam para momentos futuros. Quanto mais os observava, mais mudavam de forma. Já não eram mais apenas fotos estáticas, tinham se tornado reflexos de imagens que mudavam constantemente. Reflexos estes que muito cedo se imortalizariam nas paredes daqueles corredores que originalmente me pareciam um labirinto de feições desconhecidas me observando, mas que, num futuro próximo, se tornariam galerias de uma grande exposição. Uma exposição de imagens retratando pessoas que, de diferentes maneiras, têm construído o colégio e que continuarão escrevendo a sua história até o momento em que não haverá mais paredes. Autora: Shaliny Denardi Vattathara , estudante do Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio, Turma 431

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Colégio escola que faz e diz fala de montagem

será com sentimento da máquina educada

uma técnica

conhecimento de si para vida que fundamental interseção chama a filosofia a tecnologia

a educação cidadão Autor: Ivan Zolin, docente do CTISM

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Encontre a sua música “Quem acredita sempre alcança”, assim diz a música, e eu também. Quando iniciei minha jornada profissional, não tinha ideia aonde iria chegar. A única certeza que tinha era aonde eu queria chegar. Minha jornada profissional começou quando não queria começar. Formei-me professora, mas fui trabalhar atrás de um balcão. Estava cansada dos livros. Com o tempo, percebi que não podia ficar longe deles. Foi aí que as portas para iniciar na profissão que escolhi abriram-se e, então, nunca mais se fecharam. Desde pequena, os corredores do CTISM eram a extensão do pátio de casa. Sem nunca imaginar que um dia me tornaria professora, muito escrevia nos quadros negros do colégio, corria pelos corredores, brincava de “esconde-esconde” nos laboratórios. Tenho lembranças, em especial, do Laboratório de Mecânica, que me fascinava. O cheiro ardido de metal misturado com os óleos das máquinas, nas quais não podia mexer, mostravam-me um mundo estranho e gigante. Os professores, colegas de minha mãe, que pela década de 80 era professora de Português, acolhiam-me com carinho e atenção. Sentia-me bem aqui nesta escola desde muito cedo. Alguns dos professores de hoje passaram pelas mãos carinhosas da Narinha. “Acorda, Narinha bonita! Levanta, vem fazer o café” era a música que nos acordava em algumas serenatas pela madrugada, cantadas pelos alunos durante as festas de formatura. Às vezes, a porta não podia ser aberta... Não porque ela não quisesse receber seus alunos, aos quais há tanto tempo se dedicava por horas e horas preparando textos e trabalhos que me atraíam pela disposição diferenciada com a qual os elaborava, mas sim porque um casamento doentio e machista a impedia de realizar suas próprias vontades. Naquele dia, um girassol foi colocado na porta

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para dizer que eles estiveram ali e que a admiravam e a respeitavam pela pessoa que ela era. O girassol ficou na lembrança assim como todos os momentos que vivi no CTISM: um estágio como professora de matemática que, por dois anos consecutivos, tive a oportunidade de realizar, e hoje a vida me apresenta ex-alunos como colegas. Sim, quem acredita sempre alcança. Eu não tinha pressa. Sabia que um dia estaria aqui. Nem que fosse no fim de minha jornada profissional. Aconteceu antes. Muito antes do que eu imaginava. E hoje posso dizer que cheguei aonde sempre quis chegar. Onde sempre quis estar. É no CTISM que quero permanecer e dar o melhor de mim. O CTISM, personificado em ex-professores, colegas, alunos e ex-alunos, amigos que conquistei, faz parte da minha história, assim como a fé, a dedicação, a persistência e a paciência. A música deu certo para mim... E a sua? Autora: Suziane Bopp Antonello, docente do CTISM

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