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Putin admite que sanções podem prejudicar a economia da Rússia

Admissão vindo do líder russo é rara; presidente insistiu repetidamente que a economia do país continua resiliente

Opresidente Vladimir Putin admitiu que as sanções ocidentais destinadas a privar o Kremlin de fundos para a invasão da Ucrânia podem ser um golpe para a economia da Rússia.

“As restrições ilegítimas impostas à economia russa podem de fato ter um impacto negativo sobre ela no médio prazo”, disse Putin em comentários televisionados nessa quarta-feira (29), relatados pela agência de notícias estatal TASS.

É uma admissão rara do líder russo, que insistiu repetidamente que a economia da Rússia continua resiliente e que as sanções prejudicaram os países ocidentais ao aumentar a in lação e os preços da energia.

Putin disse que a economia da Rússia vem crescendo desde julho, em parte graças a laços mais fortes com “países do leste e do sul”, provavelmente referindo-se à China e alguns países africanos. Ele também enfatizou a importância da demanda doméstica para a economia, dizendo que ela está se tornando o principal motor do crescimento.

A economia da Rússia mostrou uma resiliência surpreendente a sanções sem precedentes impostas pelo Ocidente, incluindo uma proibição da União Europeia à maioria das importações de produtos petrolíferos. Estimativas preliminares do governo russo mostram que a produção econômica encolheu 2,1% no ano passado – uma contração mais limitada do que muitos economistas previram inicialmente.

A receita do governo russo caiu 35% em janeiro em comparação com o ano anterior, enquan-

Cinco pessoas foram presas pelo incêndio em um centro de detenção de migrantes na cidade mexicana de Ciudad Juárez, fronteira com os Estados Unidos, que deixou 39 mortos e 27 feridos na segunda-feira, informou nesta quinta-feira (30) a Procuradoria-Geral.

“Já foram executados cinco” mandados de prisão, disse a procuradora especializada em Direitos Humanos, Sara Irene Herrerías, em uma coletiva de imprensa na qual foi detalhado que os mortos eram 18 guatemaltecos, sete salvadorenhos, sete venezuelanos, seis hondurenhos e um colombiano.

“No decorrer do dia, será realizada a audiência de imputação e vinculação, o que signi ica que já foram colocados à disposição do juiz”, acrescen- tou. Herrerías explicou que um juiz emitiu um total de seis ordens de captura contra três funcionários do Instituto Nacional de Migração (INM), dois seguranças privados e um migrante que teria iniciado o incêndio, acusados de homicídio doloso e lesões. No entanto, não especi icou quem foram os detidos.

Na mesma coletiva, a secretária de Segurança Pública, Rosa Icela Rodríguez, revelou a nacionalidade das vítimas fatais e disse que os feridos são cinco salvadorenhos, 10 guatemaltecos, oito hondurenhos e cinco venezuelanos. Destes, apenas um recebeu alta hospitalar.

Rodríguez anunciou que o governo está avaliando a ajuda que fornecerá às famílias das vítimas, ao mesmo tempo em que iniciou um processo administrativo para revogar o contrato e impor uma multa à empresa responsável pela segurança do local. to os gastos aumentaram 59%, levando a um dé icit orçamentário de cerca de 1.761 bilhões de rublos (US$ 23,3 bilhões)

O incêndio nas instalações do INM começou na noite de segunda-feira, depois que pelo menos um migrante colocou fogo em colchões durante um protesto contra uma possível deportação, segundo as autoridades.

O Banco Mundial e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) preveem contrações de 3,3% e 5,6%, respectivamente, em 2023. O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que o crescimento da Rússia permaneça estável este ano, mas que a economia encolha pelo menos 7% a médio prazo.

Em resposta à agressão da Rússia na Ucrânia, os países ocidentais anunciaram mais de 11.300 sanções desde a invasão de fevereiro de 2022 e congelaram cerca de US$ 300 bilhões das reservas estrangeiras da Rússia.

Um oligarca russo sem rodeios, Oleg Deripaska, disse no início deste mês que a Rússia pode icar sem dinheiro já no ano que vem.

Separadamente, o banco austríaco Raiffeisen Bank International disse, nesta quinta-feira (30), que pretende vender ou desmembrar seus negócios na Rússia. Em comunicado, o banco quali icou as condições de mercado no país de “altamente complexas” e disse estar “comprometendo-se a reduzir ainda mais a atividade comercial” por lá.

O Raiffeisenbank Russia teve lucro de pouco mais de US$ 2 bilhões no ano passado. Mas devido a regras locais estritas, a Raiffeisen não pode tirar nenhum lucro de seus negócios russos fora do país.

Hanna Ziady/CNN

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