Africa

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テ:RICA


ASPECTOS FÍSICOS

O relevo predominante é o planáltico, já que o continente tem relevo antigo, bastante desgastado pela erosão. Destacam-se poucas cordilheiras como os Montes Atlas, no noroeste.


No Leste Africano está surgindo uma falha geológica decorrente da separação tectônica; o continente está se rachando em duas partes, dando origem a um grande vale tectônico, o Rift Valley, e a vulcões como o Quilimanjaro (ponto culminante do continente, com 5.895 m).


• Kilimanjaro e Rift Valley


• Esta falha geológica originou também profundos lagos tectônicos no leste do continente, como o Vitória, o Tanganica e o Niassa.


LAGOS TECTテ年ICOS AFRICANOS


LAGO VITÓRIA

• LAGO TANGANICA


tanganica


LAGO NIASSA


A África abriga o maior deserto do mundo, o Saara, com 8 milhões de km². A área de transição entre o Saara e a savana africana é chamada SAHEL, cuja vegetação é a estepe (gramínea)


• No deserto do Saara surgem eventualmente os oásis, áreas de vegetação isolada no meio do deserto, por estar próxima a uma fonte de água.


• Povos Beduínos


TUAREGUES (dir.) e BERBERES (esq.)


• O desmatamento em consequência da agropecuária está fazendo com que o Sahel seja cada vez mais engolido pelas areias do Saara, que avançam em média 6 metros anuais. A desertificação é o principal problema ambiental local, sendo os países do Sahel os mais pobres do mundo (Mauritânia, Máli, Níger, Chade, Sudão, Etiópia, Somália e Eritréia).


• No sul do continente temos os desertos de Kalahari e da Namíbia, formados pela aridez ocasionada pela ação da Corrente Fria de Benguela, que aumenta a condensação sobre o oceano, fazendo com que as massas de ar cheguem secas ao continente, formando estes desertos.



• A África é chamada “continente espelho” porque os mesmos climas encontrados acima da linha do Equador (parte setentrional do continente) repetem-se abaixo da Linha (parte meridional)


• Em decorrência da grande variação climática, o continente africano apresenta as mais diversas formas de vegetação, como a floresta equatorial nas áreas próximas ao Equador, de clima quente e chuvoso


• Nas áreas de clima tropical típico (quente com seis meses de chuva no verão e seis de estiagem no inverno) encontramos as savanas



• MAGREB-nome que se dá ao conjunto de três países: Argélia, Tunísia e Marrocos, que tem em comum a religião muçulmana, etnia árabe, ocorrência da Cordilheira do Atlas, clima mediterrâne, vegetação de maquis e garrigues (arbustos) e cultivo de produtos mediterrâneos (azeitona, uva e cítricos)


• O continente possui uma rede hidrográfica pobre, principalmente porque há grandes áreas áridas. Destaca-se o Nilo, maior rio da África.


Cairo


Rio Níger


RIO CONGO



RIO ZAMBEZE




As potências européias, principalmente França e Inglaterra, entre dominaram (1800 e 1960), o continente africano em busca de suas riquezas naturais. Para facilitar seu domínio, criaram fronteiras artificiais entre os países, ou seja, não respeitaram as diferenças étnicas, separando tribos amigas ou juntando tribos inimigas sob um mesmo território. Era a teoria do “dividir para dominar”.


• Se fossem respeitadas as fronteiras étnicas, o continente africano teria esta configuração de países.


A partir de 1960, as nações africanas começaram a lutar pela independência, e os países europeus se retiraram do continente. Como há séculos etnias rivais estavam sob o mesmo território, ódios tribais vieram à tona, o que explica as intermináveis guerras civis étnico e/ou religiosas.Repare como as fronteiras entre os países são retinhas, demonstrando sua artificialidade. Estas guerras civis contribuem para a fome que assola o continente.









ATÉ OS GORILAS SÃO VÍTIMAS DAS GUERRAS ÉTNICAS, POIS SÃO USADOS EM PRÁTICAS DE TIRO AO ALVO PELOS GUERRILHEIROS.


O MASSACRE DE DARFUR LIMPEZA ÉTNICA NO SUDÃO


A etnia de agricultores residente na região de Darfur, oeste do Sudão (maior país da África), insatisfeita com a pouca atenção recebida do governo central em detrimento dos pastores do país, iniciou protestos que culminaram em uma resposta amarga por parte desse governo central na capital, Cartum: foram enviados grupos de extermínio para a região, iniciando uma guerra étnica com a morte de 200 mil pessoas, além de 2,5 milhões de refugiados, que se abrigaram no Chade, país vizinho.


• O massacre dos moradores de Darfur pelo governo sudanês não atrai a devida atenção do mundo, por tratar-se de região pobre, sem qualquer importância geopolítica para os países ricos.






GUERRA CIVIL NA SOMÁLIA (ANOS 1990)


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Além das guerras intermináveis, os países são cleptocracias, governadas na maioria das vezes por ditadores que se perpetuam no poder, destacando-se:

Idi Amin Dadá, em Uganda; Hosni Mubaraki, no Egito; Muamar Kadafi, na Líbia Robert Mugabe, no Zimbábwe, que atingiu a inflação de 100.000% ao ano (o dinheiro gasto para comprar uma mansão em janeiro será suficiente apenas para comprar uma lata de óleo em dezembro)




ASPECTOS HUMANOS • A área acima do Saara é denominada ÁFRICA BRANCA (ou África dos árabes, já que predomina a etnia árabe, e não a negra, como no restante do continente); já do Saara para o sul denominamos ÁFRICA NEGRA.


ECONOMIA AFRICANA •

A África é riquíssima em recursos naturais como terras férteis, madeira e, principalmente, recursos minerais, sendo o extrativismo mineral a principal atividade econômica. Observando-se as ferrovias, por exemplo, percebe-se que foram feitas não para integrar e desenvolver o continente, mas sim para escoar suas matérias-primas.


Destacam-se o diamante (África do Sul como maior exportador mundial, além de Serra Leoa, Namíbia e Angola), ouro (África do Sul maior exportador mundial), urânio (Níger), fosfato (Marrocos) e o petróleo (Argélia, Líbia, Nigéria e Gabão, pertencentes à OPEP, além de Egito, Angola e Sudão). Infelizmente são as companhias estrangeiras que compartilham com as pequenas elites locais essas riquezas, também usadas por grupos locais para comprar armas para as guerras étnicas.




Com relação à agricultura, os colonizadores introduziram o sistema de plantation (latifúndio, monocultura, exportação e mão-de-obra escrava ou barata), tomando para si as melhores terras, ainda hoje nas mãos das grandes empresas estrangeiras, que cultivam produtos para a exportação (cacau, café, amendoim, castanha-de-caju, palma). As poucas terras restantes são ocupadas pela agricultura extensiva (atrasada, na base da enxada e do arado animal e sem uso de fertilizantes, com baixa produtividade) e a de subsistência (próprio consumo).


Alguns países africanos como Gana, Costa do Marfim e Nigéria estão entre os maiores produtores de cacau.


• O amendoim também é importante, destacando-se Senegal.O Egito destacase no algodão, considerado o melhor do mundo.



Plantação de seringueira na Libéria

Plantação de chá no Quênia


Plantação de abacaxi no Senegal

Plantação de dendê na Nigéria


A indústria, à exceção da África do Sul e algumas específicas (têxtil no Egito e petroquímicas na Nigéria), é inexistente no continente, que não possui mercado consumidor expressivo, mão-de-obra qualificada, infra-estrutura (energia, estradas, telecomunicações, aeroportos, ferrovias, portos) e ainda é assolado pelas constantes guerras.



A África do Sul começou a ser colonizada pelos “bôeres” (holandeses) no século XVIII. Para dominar os nativos, no século XIX instituíram um sistema racista em que os negros eram alijados de seus direitos, como não poder ser proprietário de terras, votar ou ocupar cargos públicos. Este sistema segregacionista foi chamado Apartheid.


• No final do século XIX os ingleses chegaram no país, atraídos pelas descobertas de ouro e diamante pelos bôeres. Mais fortes, os britânicos expulsaram os holandeses para o norte na Guerra dos Bôeres (1889). Porém, mantiveram o apartheid, inclusive oficializando-o na Constituição Nacional, em 1948.


• O Aparthaid chegou ao absurdo de declarar como crime sexo entre negros e brancos, criar banheiros somente para brancos ou tornar a maioria das praias como exclusivas para brancos.


• O apartheid não era somente contra o negro, mas também contra o indiano, grande parcela da população sulafricana (20%), pois exerciam os cargos de profissionais liberais (advogados, professores, contadores, etc), que eram proibidos aos negros e sem interesse aos brancos.


• A ONU, indignada com o regime racista oficial sulafricano, decretou sanções culturais e comerciais ao país, que ficou proibido, por exemplo, de participar de competições esportivas internacionais e realizar comércio. O regime começou a se abalar quando, em 1990, libertou o ativista negro Nelson Mandela, preso na década de 1960 por subversão. Permaneceu na cadeia por 27 anos.



• Libertado, Mandela se candidatou a presidente pelo partido CNA (Congresso Nacional Africano); como a maioria da população é negra (70%), foi o grande vencedor da eleição, substituindo o presidente Frederik De Klerk.



• A base da economia sulafricana é a diversificada indústria e o extrativismo mineral, destacando-se o ouro e o diamante (maior produtor mundial) e o carvão mineral.


• Cidade do Cabo, capital do país


• Johanesburgo, principal centro financeiro da à frica do Sul.


โ ข Pretรณria, capital do Poder Legislativo


• As grandes altitudes do país são chamadas DRAKENSBERG


• O turismo (safáris) é importante fonte de divisas




• Ex-colônia portuguesa, como ANGOLA Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau, Angola sofreu com a guerra civil (19762002) entre os grupos UNITA (União Nacional pela Independência Total de Angola) e FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), apoiados pelos EUA, e o MPLA (Movimento pela Libertação de Angola), apoiado pela URSS e por Cuba.Morreram 500.000 pessoas.



• Oficialmente socialista durante o período da Guerra Fria (1945-1990), o país tenta se reconstruir após a Guerra Civil, baseado em suas ricas reservas de petróleo e diamante, além dos férteis solos (grande produtora de café, por exemplo).



CABINDA • O movimento separatista na Província de Cabinda, riquíssima em petróleo, é um dos principais desafios para o governo angolano.



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