Cartografia

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REPRESENTAÇÃO DA TERRA (PROJEÇÕES) Representar o planeta Terra, que é uma esfera, em uma mapa, uma figura plana, inevitavelmente gera distorções . Por isso, nenhum mapa será perfeito, todos terão alguma deformação. A solução para este problema foi a criação de vários tipos de projeção cartográfica, algumas com viés ideológico (que tornam a Europa como centro do mundo, por exemplo, ou que exageram no tamanho dos países do Hemisfério Norte, relegando à insignificância os países do Hemisfério Sul ).


Esta projeção por exemplo, usada nas escolas japonesas, não pode ser considerada errada. Por que a Europa sempre no centro do mundo?


E o que há de errado em representar a Terra como no mapa ao lado? Se o planeta está solto no espaço, não existe o “norte” e o “sul”; ou seja, a Eurásia e América do Norte poderiam perfeitamente pertencer ao Hemisfério Sul. Mas os mapas que utilizamos foram confeccionados por europeus, refletindo o domínio cultural e econômico do continente (pelo menos até o século XX). Logo, a Europa tem que ficar ao norte, para dar a impressão de que é superior a nós aqui “embaixo”


HÁ 3 TIPOS DE PROJEÇÃO CARTOGRÁFICA CILÍNDRICA CÔNICA AZIMUTAL (PLANA)



TIPOS DE PROJEÇÃO CILÍNDRICA CONFORMES- preservam as formas dos territórios, mas distorcem as áreas EQUIVALENTES- preservam as áreas, mas distorcem as formas dos territórios EQUIDISTANTES- preservam as distâncias entre os lugares AFILÁTICAS- deformam tanto as áreas quanto as formas dos territórios


HÁ 3 TIPOS DE PROJEÇÃO PROJEÇÃO

CILÍNDRICA

CÔNICA

EQÜIDISTANTE


Um exemplo de projeção cilíndrica conforme é a de Mercator (século XVI), que distorce a realidade pois, apesar de manter a forma dos continentes, faz com que as áreas de altas latitudes pareçam bem maiores do que as área de baixa latitude. A Groenlândia, por exemplo, fica bem maior que o Brasil. O continente europeu também atinge um tamanho desproporcionalmente maior, o que confere um viés políticoideológico ao mapa, dando a impressão de que a Europa é muito mais importante que os outros continentes. É a mais usada na navegação por deixar o contorno dos continentes bem


Outra projeção cilíndrica famosa é a de Peters (1970), que é do tipo cilíndrica equivalente Essa projeção mantém as proporções de área entre os países, mas deforma as medidas do ângulo e, consequentemente, o contorno dos continentes




Projeção cônica – em vez de envolver a Terra por um cilindro, essa projeção envolve a Terra por um cone imaginário. Ideal para representar áreas de altas e médias latitudes.


Projeção azimutal ou planaé obtida colocando-se o plano rente à esfera. Quando o centro é um dos polos, é chamada azimutal polar, muito útil para representar estas áreas geladas. Nas projeções azimutais, os meridianos se apresentam como linhas divergentes e as paralelas, como círculos concêntricos. As distorções aumentam a partir do centro.





ANAMORFOSE Em Geografia usamos essa técnica para representar cartograficamente temas e visualizá-los de forma diferente da habitual. A superfície de cada território cartografado vai variar proporcionalmente segundo a variável, como por exemplo: a população, o PIB, a exportação de produtos manufaturados, a mortalidade, etc. A análise comparativa torna-se, assim, evidente.



A anamorfose no mapa superior demonstra os estados mais industrializados dos EUA. Compare-o com o mapa polĂ­tico, na parte inferior.


A anamorfose superior representa os maiores PIBs do mundo, e a inferior, os paĂ­ses mais populosos.


ANAMORFOSE DO PIB MUNDIAL

Anamorfose da população mundial (acima) e de investimentos em pesquisa (abaixo)






COORDENADAS GEOGRÁFICAS LATITUDE É a distância de qualquer ponto da Terra em relação ao Equador.

LONGITUDE É a distância de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich


A latitude varia de 0º (Linha do Equador) até 90º N ou 90º S; já a longitude varia de 0º (Greenwich) até 180º (Oeste – W ou Leste – E).





LATITUDE


LONGITUDE




FUSOS HORÁRIOS Entre os meridianos o Homem realizou um cálculo delimitando áreas que são chamadas FUSOS HORÁRIOS, de 15° cada um, totalizando 24 fusos no planeta. A cada um destes fusos há o acréscimo de 1 hora, se formos de oeste para leste, ou o decréscimo, se viermos de leste para oeste. Afinal, a Terra gira de oeste para leste.




MAS DE ONDE SURGIU ESTE NÚMERO, OU SEJA, POR QUE 15°? Como a Terra é redonda (360º) e a Terra leva 24 horas em sua rotação, os fusos são de 15? Em 15º (360° divididos por 24 horas resultam em 15°)


É importante ressaltar que as linhas dos fusos não coincidem com os meridianos. A 7º Oeste de Greenwich e 7º Leste a hora é a mesma . Com a LID acontece o mesmo processo.


LID-Linha Internacional da Data Nesta linha (que não é a mesma da longitude 180°) ocorre um fato curioso. Enquanto de um lado dela (Nova Zelândia) são, por exemplo, 14 horas do dia 10 de janeiro, do outro lado a hora é a mesma... Mas o dia é diferente (09 de janeiro); são 24 horas de diferença entre locais tão próximos!


FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL Brasília está a 45º O de GMT (Greenwich Meridian Time), por isto está 3 horas atrasada com relação à Londres. O Brasil tem três fusos horários (o de Brasília, o de parte do Norte e do Centro-Oeste e o das ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha.

Realmente...O ACRE NÃO EXISTE!



ISOLINHAS São linhas que, num mapa, unem lugares de mesmas características. As linhas que unem locais com mesma temperatura, por exemplo, são chamadas de ISOTERMAS.


ISOTERMAS NO VERテグ BRASILEIRO


Há outros exemplos de isolinhas: ISOIETAS-unem locais de mesmo índice pluviométrico (índice de chuvas) ISOÍGRAS-unem locais de mesma umidade relativa do ar ISÓBARAS-unem locais de mesma pressão atmosférica ISÓBATAS –unem locias de mesma profundidade submarina

ISOIETAS NO CENTRO -OESTE


ISOIETAS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO DURANTE O VERÃO



As ISOÍPSAS são as linhas que unem, num mapa, locais de mesma altitude, demonstrando como é o relevo (topografia) do lugar. São também chamadas CURVAS DE NÍVEL . Num mapa, se estas linhas estiverem muita próximas umas das outras (ou seja, se a amplitude entre elas for pequena), significa que o local é bastante íngreme (acidentado). Se elas estiverem distantes entre si, significa que o local é aplainado


Através das curvas de nível podemos desenhar o perfil topográfico de um lugar, ou seja, podemos saber a forma da superfície do terreno. Basta desenharmos um gráfico xy; no eixo Y lançamos as altitudes, e no eixo x cada ponto em que a reta AB passa sobre a curva.


PLANTIO SEGUINDO AS CURVAS DE NÍVEL

Esta prática agrícola evita a erosão do solo.


Repare que neste mapa a altitude mínima é 100 metros, e a máxima, 200.As linhas localizadas entre estas curvas (ou seja, aquelas sem numeração) representam rios.


Abaixo, duas paisagens diferentes.Repare que a paisagem à direita é mais íngreme (as curvas estão mais próximas)








Observando a figura abaixo, determine a direção do rio principal.

Observando o esquema abaixo, diga qual o morro é mais íngreme, o do Oriente ou do Ocidente? E qual deles tem o litoral mais escarpado?


ESCALA CARTOGRÁFICA Escala é a relação matemática que indica quantas vezes as dimensões reais do terreno representado são maiores que as dimensões representadas no mapa.


Há dois tipos de escala: Numérica pode ser em forma de fração (1/50 000) ou em forma de proporção (1:50 000) Isso indica que um cm no mapa corresponde a 50 000 cm nas dimensões reais, ou seja, 0,5 km.

Gráfica nos dá diretamente o valor de cada centímetro do mapa à quilometragem correspondente na realidade. No exemplo ao lado, 1 cm no mapa corresponde a 0,5 km na dimensão real.


ESCALA

GRANDE Até 1:250.000

MÉDIA PEQUENA De 1:250.000 até 1.000.000 A partir de 1:1.000.000


Quanto maior a escala, mais detalhes ĂŠ possĂ­vel ver em um mapa (lembre-se que quanto maior o denominador, menor a escala).







Note que quanto maior a escala, mais detalhes vemos em um mapa, como ruas e avenidas.







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