Demografia: Conceitos e Teorias
• Taxa de Natalidade (TN)
Relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e o número de habitantes. No Brasil é de 22‰
A Taxa de Natalidade vem caindo no Brasil graças a fatores como: - Urbanização crescente do país, que promoveu mudanças de costumes (casamentos mais tardios, menor influência do catolicismo, maior custo de vida, elevação do nível cultural, principalmente entre as mulheres); - Maior participação da mulher no mercado de trabalho; - Maior disseminação de métodos anticoncepcionais.
• Taxa de Mortalidade (TM)
Relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes. No Brasil a TM é de 7 %o A taxa de mortalidade infantil considera apenas o número de crianças mortas antes de completar um ano de vida para cada mil crianças nascidas vivas em um ano. No Brasil essa taxa é de 24 %o
• Taxa de Fecundidade ( ou de fertilidade)
Número de nascimentos por mil mulheres em idade de procriar (15 aos 49 anos); no Brasil essa taxa é de 2 filhos por mulher, e continua em queda.
• Crescimento Natural ou Vegetativo
Diferença entre a Taxa de Natalidade e a Taxa de Mortalidade. No Brasil o crescimento vegetativo é de 1,63 %, elevado ainda para os padrões internacionais, mas caindo a cada ano. CV = TN – TM A maioria dos países desenvolvidos já apresenta taxas de crescimento vegetativo negativas, cujas conseqüências são a carência de mão-de-obra e a falência do sistema de previdência social, obrigando a contratação do imigrante.
PIRÂMIDE ETÁRIA
Brasil – Evolução Demográfica • O recenseamento é feito a cada dez anos pelo IBGE (criado no Governo Vargas, em 1938). • O primeiro censo data de 1872, resultado de pesquisa nas igrejas católicas, emissoras das certidões de´nascimento, casamento e óbito na época. Foram contabilizados, de maneira rudimentar, 9 milhões de habitantes.
Brasil: Crescimento Populacional (1872-2000) Ano
População Absoluta
1872
9 930 478
1890
14 333 915
1900
17 438 434
1920
30 635 605
1940
41 236 315
1950
51 944 397
1960
70 119 071
1970
93 139 037
1980
119 070 865
1991
146 155 502
2000
169 544 443
1872
1890
1900
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1991
2000
Taxas de Natalidade e Mortalidade por 1000 habitantes PerĂodos
Natalidade
Mortalidade
CV
1872-1890
46,5
30,2
16,3
1891-1900
46
27,8
18,2
1901-1920
45
26,4
18,6
1921-1940
44
25,3
18,7
1941-1950
43,5
19,7
23,8
1951-1960
44
15
29
1961-1970
37,7
9,4
28,3
1971-1980
33
8,1
24,9
1981-1991
26,8
7,9
18,9
1992-2000
24,1
7,8
16,3
2,99
2,89
2,39
2,48 1,93
1950
1960
1970
1980
1991
1,63
2000
MIGRAÇÕES INTERNAS
No Sul a colonização teve como base a pequena e média propriedade agrícola
Etnias Brasileiras – O Branco • Corresponde à metade da população brasileira, sendo portuguesa a maior influência na miscigenação brasileira. • A partir do século XIX o imperador D. Pedro II, com o objetivo de atrair braços para a cafeicultura em substituição ao negro e com uma política implícita de “clareamento” da sociedade, incentivou a imigração européia e oriental, subsidiando-lhes as passagens, além de dar lotes de terra na Região Sul do país, pois o governo argentino não disfarçava suas ambições em anexar a região, que era pouco populosa.
• As áreas de Caxias do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Bento Gonçalves abrigaram muitos alemães e italianos
• Rio do Sul, Blumenau, São José e Itajaí abrigaram os alemães; em Criciúma ficaram os italianos.
• A região de Ponta Grossa, Campo Largo, Castro e Curitiba abrigou os eslavos
Etnias Brasileiras – O Branco • Depois do português e do negro (imigração forçada), o italiano foi o grupo que chegou em maior número ao Brasil, seguido pelo espanhol, germânico (alemão e austríaco) e japonês; em menor quantidade vieram os eslavos (poloneses, russos, ucranianos, checos e servocroatas), turcos, árabes, armênios e judeus. • Mais recentemente (após os anos 1960) chegaram os coreanos, chineses e sulamericanos.
FATORES DA IMIGRAÇÃO BRASILEIRA • INTERNOS • Ocupação estratégica da Região Sul • Extinção do tráfico negreiro • Expansão da cafeicultura
• EXTERNOS • Guerras • Perseguição política e religiosa • Escassez de terras • Desemprego • Fome • Excedente demográfico
Propaganda de Emigração no Japão
PORTO DE SANTOS e Embarque para S茫o Paulo (Hospedaria do Imigrante-Mo贸ca)
• Os italianos e japoneses concentraram-se no Oeste Paulista, área de expansão da cafeicultura; • A cidade de São Paulo também recebeu muitos italianos (que foram os operários de nossa nascente indústria) e japoneses (que ocuparam principalmente as antigas áreas periféricas, onde praticavam a horticultura) • Outra área de grande concentração de japoneses foi o Vale do Ribeira (Cultivo de chá e banana), Vale médio do Amazonas (juta) e Zona Bragantina(PA), com o cultivo da pimenta-do-reino.
MĂŁo-de-obra operĂĄria na Barra Funda
Etnias Brasileiras – O Negro • Segundo o IBGE, 7% da população é negra, e 42% é parda, totalizando 49% dos brasileiros. • Os dois principais grupos africanos trazidos para o Brasil foram os bantos (sul da África) e sudaneses (região do Golfo da Guiné). • A miscigenação brasileira dá a falsa sensação de vivermos em uma democracia racial, com iguais oportunidades para todos; não é o que mostram as estatísticas que se relacionam aos negros.
Crise mundial de 1929 • Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, o mundo entrou em uma crise terrível e o Brasil sentiu o impacto na cafeicultura, não precisando mais de mãode-obra.
• A 2ª Guerra Mundial interrompe o fluxo para o Brasil, já que os principais países que enviavam imigrantes para o Brasil (Itália, Alemanha e Japão) tornaram-se nossos inimigos (Eixo)
TEORIAS POPULACIONAIS
• MALTHUSIANISMO (1798) • O pastor anglicano Tomas Malthus, preocupado com o aumento da pobreza na Inglaterra pelo imenso êxodo rural decorrente da Revolução Industrial, publicou seu “ENSAIO SOBRE A POPULAÇÃO”, já que era formado em economia.
• Dois fundamentos da Teoria Malthusiana: • -Enquanto a população cresceria em progressão geométrica (2, 4, 8, 16,32), a produção de alimentos cresceria em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10), já que havia um limite de terras aráveis no planeta.
• O segundo fundamento era a defesa de guerras , epidemias e desastres naturais como reguladores demográficos, já que evitariam uma explosão demográfica principalmente com relação ao número de pobres.
• Sendo pastor anglicano, Malthus era contra métodos anticoncepcionais. Portanto, para o controle populacional, sugeriu a abstinência sexual e o casamento tardio entre os pobres, para que só fizessem sexo tardiamente, tendo assim menos filhos. • Logicamente, esta ideia de Malthus, ou seja, a abstinência sexual, não atraiu muitos adeptos
• A Teoria malthusiana fracassou principalmente por outro motivo: os avanços tecnológicos na agricultura (principalmente a Revolução Verde em 1960) fizeram com que a produção de alimentos superasse percentualmente o crescimento populacional... A fome ocorre graças à má distribuição.
TEORIA NEOMALTHUSIANA (1945)
• Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a população voltou a crescer de forma preocupante. Alguns resolveram ressuscitar as teorias alarmistas de Malthus, daí o nome Malthusianos. Eles disseram que a explosão se daria principalmente nos países subdesenvolvidos.
• Porém, eles se diferiram de Malthus em dois pontos: não repetiram que a produção agrícola seria menor que a explosão demográfica, e não pregaram a abstinência sexual, mas sim o planejamento familiar como método anticoncepcional.Caberia ao governo dos países realizar campanhas de estímulo.
• Esta teoria também fracassou porque até nos países subdesenvolvidos a taxa de fertilidade caiu.
TEORIA REFORMISTA (1960)
A pílula surgida nos anos 60 ajudou a mulher a viver sua vida sexual sem o medo da gravidez indesejada.
• Essa teoria demográfica pregou que a melhor maneira de diminuir as taxas de natalidade seria investindo em educação. Quanto mais instruído fosse um país, menor seria a taxa de fecundidade. Assim, a educação traria desenvolvimento e menos filhos
• Conclusão principal: todos os países só diminuíram suas taxas de natalidade após investimentos maciços em educação.
• MEUS QUERIDOS ALUNOS, TENHAM UM BOM DIA!!