Opet & Mercado - Quem Vê Mais Longe? (2009)

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ENTREVISTA ASTRONAUTA MARCOS PONTES, DE BAURU AO ESPAÇO

& OPETMERCADO Publicação do Grupo Opet | O mercado em debate | Segundo semestre 2009 | Ano VII N0 13 | Circulação dirigida | www.opet.com.br

O verde da linha branca A família Jetson e o futuro Acredite! Reuniões funcionam

QUALIFICAÇÃO

Quem vê mais longe?

Opet Placement REÚNE TALENTOS E EMPREGADORES



PROGRAMA OPET PARA TODOS


EDITORIAL QUEM SOMOS

Educação e Qualificação abrem portas A constatação da falta de qualificação de mão de obra para o preenchimento de vagas em alguns segmentos do mercado de trabalho definiu a pauta principal desta 13ª edição da revista Opet&Mercado. A realidade que deixa de fora muitos profissionais que buscam uma melhor colocação e a lacuna com o não preenchimento da vaga, afeta a economia e o sistema educacional como um todo.Em pesquisa divulgada no fim do mês de setembro, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou em suas conclusões que somente educação não é suficiente para conseguir um emprego. A qualificação é o fator decisivo para a ocupação de uma vaga. Outra constatação do Instituto foi que a expansão da escolaridade está sendo maior que a criação de empregos.Ainda dentro deste tema, ouvimos professoras da “casa”. Tania Setti e Cristiamari Carvalho Feitosa falaram sobre a relação ensino e mercado de trabalho, e como a Opet alia estes dois segmentos em sua política de ensino.Um dos caminhos é a Opet Placement, a agência de orientação, colocação profissional e desenvolvimento de carreira. E um dos alunos formados na instituição fala sobre a orientação que recebeu e como conseguiu se destacar quando disputou vaga no setor de Recursos Humanos, em um dos grandes hotéis de Curitiba.Para saber como está a situação do ensino no Paraná, levantamos informações nas secretariais estaduais da Educação, e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. E ainda o perfil do trabalhador paranaense junto ao Sistema Nacional de Empregos (Sine) – Agência do Trabalhador, também sob a tutela do estado.Mas nesta edição também quisemos vôos mais altos. Nosso entrevistado é o astronauta brasileiro Marcos Pontes, que fala da preparação que precisou para chegar à Estação Espacial Internacional, sua vida entre Houston (EUA) e o Brasil, e que ele nunca deixou o programa espacial brasileiro. Pontes fala também sobre as alterações que o organismo sofre no espaço e as conseqüências quando chega-se na Terra. A empresa escolhida para esta edição da revista Opet&Mercado foi a Electrolux, pioneira no desenvolvimento de produtos que minimizam os efeitos danosos ao meio ambiente. A Electrolux, por exemplo, foi a primeira empresa a colocar no mercado o refrigerador livre de gás CFC. E hoje sua linha branca consome de 40% a 50% menos energia que os produzidos há 10 anos.Não deixe de ler as notas rápidas do Zoom e as dicas nas páginas de Capacitação. Boa leitura! 4 OPET&MERCADO SEGUNDO SEMESTRE 2009

Ano VII Número 13 SEGUNDO SEMESTRE 2009 GRUPO EDUCACIONAL OPET Diretor Presidente

José Antônio Karam Superintendente Educacional

Adriana Veríssimo Karam Koleski Superintendente de Marketing e Negócios Corporativos

Cristina Swiatovski Diretor-Geral do Ensino Superior das Faculdades Opet

Francisco Sardo Diretor Geral da Editora Opet

Maurício Emerson Nunes Gerente de Marketing Corporativo

Teodoro Luiz Pereira Neto Sede Rebouças Avenida Getúlio Vargas, 902 CEP 80230.030 Curitiba, Paraná Telefone (41) 3028-2002 Sede Centro Cívico Rua Nilo Peçanha, 1635 CEP 80520.000 Curitiba, Paraná Telefone (41) 3028-2800 Sede Portão Rua Isaac Guelmann, 4387 (Rápida Centro-Bairro) CEP 81050.0300 Curitiba, Paraná Telefone (41) 3085-4500 Central de Atendimento Telefone (41) 3028-2828

OPET&MERCADO Jornalista responsável Heidi Motomura (DRT 2651-PR) imprensa@opet.com.br Reportagem e edição de textos Marialda Gonçalves Pereira Projeto gráfico e diagramação Flávio Costa Ilustrações Theo Cordeiro, Odyr Bernardi Editoração Ayrton Tartuce Correia Opet&Mercado é uma publicação do Departamento de Marketing Corporativo. Artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do Grupo Educacional Opet. Tiragem 10.000 exemplares

w w w. o p e t . c o m . b r


ÍNDICE NESTA EDIÇÃO

10 ENTREVISTA O primeiro astronauta brasileiro conta como é a formação de quem sonha conquistar o espaço. E o que aprendeu lá no alto.

28 CIDADANIA Diretora dos Colégios Opet

ARTIGOS ATITUDE 18

ensina: escola forma caráter dos estudantes e deixa ensinamentos para toda a vida.

Você quer escravidão na segurança ou risco na independência?

GESTÃO

Como a feira do emprego resultou em 2.275 carteiras assinadas.

INICIATIVA 20

14 REPORTAGEM Qualificação é indispensável para conquistar e manter o posto de trabalho. É o que dizem o mercado e as pesquisas.

24 Da reciclagem de resíduos a ELECTROLUX

eletrodomésticos que consomem menos água e energia, empresa reduz impacto ambiental.

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A escola deve ser um apoio para formação profissional, afirma a gestora do Colégio Opet Rebouças.

32 Bom desempenho escolar e análise TALENTOS

do perfil colocam candidatos em vagas certas, com ganhos para empregador e empregado.

EDUCAÇÃO 22 Educadores e escola como escada para ascensão profissional

SEÇÕES ZOOM

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Para iniciar a leitura: notas, curiosidades, frases, números.

CAPACITAÇÃO 36

26 TECNOLOGIA 34 EMPREGO Presidente da Assespro-PR mostra SINE PR mostra evolução da como a Tecnologia da Informação pode (e deve) ser usada para acelerar o desenvolvimento.

qualificação da mão-de-obra no Paraná. E revela o descompasso entre a formação e a demanda.

Do currículo às reuniões, como sobreviver no mundo corporativo

ANIMAL BUSINESS 38 Aventuras e humor na selva corporativa, no traço de Odyr

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P R I M E I R A S . N O TA S

Gincana solidária no Rebouças Um belo exemplo de solidariedade dos alunos marcou a Festa Julina do Colégio Opet Rebouças. Por intermédio da gincana solidária, um dos atrativos do arraial, estudantes divididos em 10 equipes arrecadaram mais de 12 mil fraldas descartáveis, lotes de papel higiênico e outros produtos de higiene e limpeza. Os donativos foram entregues para instituições de caridade: Lar Cresbe, Centro Ildefonso Correia, Lar Antonia, Primeira Igreja Batista e Albergue São João Batista. A festa teve a presença de alunos, professores, funcionários, além do corpo diretivo.

Solidariedade: material arrecadado pelos estudantes

Laboratório de Informática do Campus Portão

Campus Portão em plena atividade O Portão, o mais novo entre os Campus das Faculdades Opet, está em plena atividade. As instalações passam por reformas e estão mais bonitas, confortáveis e funcionais. Entre as transformações, o prédio ganhou fachada nova, o laboratório de informática já está equipado com novos computadores e os alunos podem consultar o acervo da nova biblioteca, que ficou

Palestra com o astronauta Os Colégios Opet promoveram em 28 de outubro palestra com o Engenheiro Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro. O evento foi no Centro de Convenções de Curitiba. Pontes falou sobre “Desenvolvimento Pessoal – Como descobrir e utilizar todo seu potencial para o sucesso pessoal e profissional”. O ingresso para a palestra, aberta ao público, foi um quilo de alimento não perecível. Pontes é Embaixador Mundial do Ensino Profissionalizante e Diretor Técnico Espacial do Instituto Nacional para o Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico. Participou de estudos e missões espaciais para a NASA. (Leia entrevista com o astronauta na página 10)

bastante aconchegante. A cantina também já entrou em atividade. O Campus Portão abriga acadêmicos dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Marketing, Gestão da Produção Industrial e Logística. E também cursos de Pós-Graduação: MBA Gestão Empresarial e MBA Executivo em Gestão Estratégica de Pessoas – RH.

Bolsa de estudo para servidor

Luiz Zaganski faz a matrícula para estudar na Opet: crescimento profissional

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O servidor público Luiz Fernando Zaganski já está matriculado no curso superior de Gestão da Produção Industrial nas Faculdades Opet. Ele participou do Programa de Escolarização da Escola de Governo e ganhou bolsa de estudos integral, por intermédio do Instituto Opet Educação e Cidadania. “Estou muito satisfeito pela oportunidade. O curso na Opet vai me propiciar crescimento pessoal e profissional”, disse Zaganski. O Programa de Escolarização foi criado em 2005 para oportunizar a servidores públicos estaduais acesso ou continuidade dos estudos em nível Fundamental e Médio. É desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual da Educação, que disponibiliza os profissionais e a matriz curricular . A modalidade é presencial e atende servidores, de acordo com a demanda, em diferentes locais.


ENTRE ASPAS

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O importante da educação não é formar apenas um mercado de trabalho, mas formar também uma nação capaz de pensar. JOSÉ ARTHUR GIANNOTTI Filósofo

EmDestaque

NA PONTA DO LÁPIS

440

R$ milhões

É quanto o Ministério do Turismo pretende investir para capacitar profissionais do setor nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Mais de 306 mil trabalhadores, empresários e gestores serão qualificados. Jantar festivo homenageou atletas e equipe técnica campeãs

Projeto Integra fideliza clientes

MEC credencia EAD Opet

Num ambiente bem descontraído, colaboradores das áreas Editorial, Comercial e de Relacionamento da Editora Opet participaram, em junho, no Auditório da Sede Centro Cívico, do lançamento do Projeto Integra. O Integra é um Customer Relationship Management (CRM, programa de gerenciamento de ações com clientes ), que tem o objetivo de aumentar o poder de captação, retenção e fidelização dos clientes, segundo explicou a superintendente de Marketing e Negócios Corporativos do Grupo Opet, professora Cristina Swiatovski. A superintendente Educacional, professora Adriana Karam Koleski, elogiou e desejou sucesso na implantação do projeto de CRM.

Foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) – Portaria nº 418, o credenciamento para o funcionamento da Graduação e Pós-Graduação Opet. São 15 pólos distribuídos no território nacional aptos a entrar em operação. O MEC autorizou também o funcionamento dos cursos de Pedagogia e Gestão Comercial. O coordenador do Projeto de EAD da Opet, professor Luiz Alberto Vivan, explica que agora é o momento de planejar a oferta do vestibular, preparação dos professores e capacitação administrativa e acadêmica da rede de pólos. Também serão ofertados 3 cursos de pós-graduação: Gestão Pública, Gestão Empresarial e Especialização em Formação de Docente.

Vestibular de Verão: 28 de novembro Até 27 de novembro, as Faculdades Opet estão com inscrições abertas para o Vestibular Tradicional de Verão 2010. As provas serão no dia 28 de novembro. As Faculdades dispõem de cursos superiores nas modalidades Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia, com duração a partir de dois anos. Opet por 1 Dia — A instituição oferece, nas semanas que antecedem o vestibular, o evento Opet por 1 Dia. No encontro, coordenadores e professores a apresentam aos estudantes uma visão geral de cada curso, área de atuação, mercado e perspectivas profissionais. Os participantes recebem um kit Opet e podem se inscrever no vestibular com desconto de 50% na taxa de inscrição. Funcionários e dependentes de instituições conveniadas têm isenção da taxa de inscrição, independentemente de par-

ticiparem do evento. As inscrições para o Vestibular de Verão podem ser feitas pelo site www.opet.com.br, pela Central de Atendimento (telefone 41 3028 2828) e nos Campus das Faculdades Opet: Centro Cívico — Rua Nilo Peçanha, 1635, próximo do Hiper Condor. Rebouças — Avenida Getúlio Vargas, 902, próximo do Shopping Estação. Portão — Rua Isaac Guelmann (rápida centro–bairro), 4387, próximo do Hospital do Trabalhador.

Meninas campeãs do Jocop’s O time de futebol feminino categoria A (15 a 17 anos) do Colégio Opet Centro Cívico sagrou-se campeão dos 56º Jogos Colegiais do Paraná (Jocop’s), em julho. Em partida no estádio Moacir Tomelin, em São José dos Pinhais, as atletas venceram a equipe do C. E. Caetano Munhoz da Rocha, de Paranaguá, por 1 a 0. A equipe foi dirigida por Sandro Mendes e Luiza Montingelli. A promoção dos Jogos foi da Secretaria da Educação e Paraná Esporte. A disputa envolveu oito mil atletas de escolas públicas e particulares em 12 modalidades esportivas. Para celebrar a conquista, a direção do Colégio e o Marketing Corporativo Opet ofereceram um jantar festivo para atletas e familiares. Além da Direção e Equipe de Esportes, prestigiaram o evento o diretorpresidente do Grupo Educacional Opet, professor José Antonio Karam, e as professoras Adriana karam Koleski e Cristina Swiatovski, respectivamente superintendente Educacional e superintendente de Marketing e Negócios Corporativos do Grupo Opet. Vencedoras — Amanda Bastos, Sara Costa, Bruna Dietrich, Emanuelli Hecht, Nedindaye Rasmussen, Fabielly Barbosa, Géssica Silva, Victoria Gomes, Tabata Abreu, Wendlys Max, Sheila Guimarães, Roberta Manfrinato, Caroline Romão, Mariana Ferreira, Flavia Bueno, Isabella Cristina Hecke e Thaymara Silva Joaquim.

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Curiosidades!

Gastronomia amplia parcerias A AC Alimentos é a mais recente parceira do curso superior de Gastronomia das Faculdades Opet. Ela fornece mensalmente produtos da linha Leve Supreme para as aulas práticas realizadas na Cozinha Experimental. A contrapartida da Opet é disponibilizar espaços nos três Campus (Centro Cívico, Rebouças e Portão) sempre que a empresa realizar lançamentos de produtos. Os maiores beneficiados são os alunos, que têm à disposição matérias-primas de alta qualidade para o preparo de alimentos. A empresa comercializa, além da Leve Supreme, linhas de massas e biscoitos da Todeschini e Tia Anastácia. Entre os produtos fornecidos para a Opet estão massas temperadas e integrais, biscoitos e cookies. Mais parcerias — Outros importantes parceiros do curso de Gastronomia da Opet são o Frigorífico Bertim e a Electrolux. O Bertim fornece carne bovina para as aulas práticas e a Electrolux forneceu equipamentos para a Cozinha Experimental. AC Alimentos fornece produtos para aulas práticas

GRÉCIA Se precisar fazer sinal para um táxi, abrir os cinco dedos é considerado gesto ofensivo se a palma da mão estiver para fora; mantenha-a para baixo com os dedos fechados.

Etiqueta pelo mundo CAMBOJA Nunca toque ou passe algo sobre a cabeça de um cambojano. Ela é considerada sagrada. CHINA Evite acenar ou apontar os pauzinhos, colocá-los verticalmente em uma tigela de arroz ou batucá-los. São ações consideradas extremamente rudes. CINGAPURA Se você planeja dar um presente, sempre dê para a empresa; um presente para uma pessoa é considerado suborno.

MALÁSIA Se receber um convite de um associado de negócios, responda por escrito. Evite usar a mão esquerda, considerada impura. REPÚBLICA DOMINICANA Quando falar com alguém, não manter um bom contato com os olhos pode ser interpretado como falta de interesse.

EGITO Mostrar a sola do pé ou cruzar as pernas enquanto estiver sentado é um insulto. Nunca use o polegar para cima, considerado gesto obsceno. FILIPINAS Nunca se refira à anfitriã de um evento como “hostess”, cuja tradução é prostituta. FRANÇA Permaneça calmo, educado e cortês durante encontros de negócios. Nunca pareça excessivamente amistoso. Isso pode ser interpretado como suspeito. Não faça perguntas pessoais.

VOCÊ SABIA? TRÂNSITO

NPJ fica no Capão da Imbuia

JAPÃO Nunca escreve em um cartão de visita ou o coloque no bolso de trás. É desrespeitoso. Segure o cartão com ambas as mãos e leia-o cuidadosamente. É educado pedir desculpas freqüentes nas conversas.

A primeira lei de trânsito foi promulgada em 1836 na Inglaterra. A Lei da Bandeira Vermelha limitava a velocidade do veículo em 10 km/hora. Além disso, na frente do veículo deveria ir alguém com uma bandeira vermelha para alertar os pedestres. A rua mais estreita do mundo fica em Praga, capital da República Tcheca. É tão estreita que só passa uma pessoa de cada vez. Por isso, há semáforos para pedestres nas extremidades, acionados manualmente sempre que alguém deseja passar pela rua. Outra curiosidade: os meios de transporte mais seguros são a escada rolante, o avião e o elevador.

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ÍNDIA Evite dar presentes feitos de couro, porque muitos hindus são vegetarianos e consideram as vacas sagradas, tenha isto em mente ao levar clientes indianos a restaurantes. Piscar é visto como um gesto sexual. Sue Fox, autora de Business Etiquette for Dummies


EmDestaque Opet sediou quarta edição do Consulpar O Centro de Pós-Graduação Opet apoiou a quarta edição do Consulpar – Encontro de Desenvolvimento e Negócios de Consultores do Paraná, promoção da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH/PR), em agosto. O evento aconteceu nas dependências do Campus Centro Cívico, em Curitiba. O encontro teve como tema “Cenários, desafios e tendências para o consultor”. A programação incluiu talk show com Artur Grynbaum, presidente de O Boticário, e Marcel Malczewski, diretor-presidente da Bematech. “A próxima onda na área de consultoria é saber fazer a leitura dos novos cenários globais, ou seja: pensar fora da ‘caixinha’”, afirmou Grynbaum. Para Maczewski, “a grande onda para os consultores é mirar nas pequenas e médias empresas e não só nas grandes organizações”. O Consulpar foi aberto a consultores de RH, além de profissionais de consultoria em áreas como marketing, vendas, finanças, jurídica e imobiliária. (Da esq. para a dir.) Artur Grynbaum, presidente de O Boticário, Sônia Gurgel, presidente da ABRH-PR, professor José Antonio Karam, diretor-presidente do Grupo Opet, e Marcel Malczewski, diretor-presidente da Bematech


ENTREVISTA MARCOS PONTES

DE BAURU PARA A ÓRBITA DA TERRA O PRIMEIRO ASTRONAUTA BRASILEIRO CONTA COMO É A FORMAÇÃO DE QUEM SONHA CONQUISTAR O ESPAÇO. E O QUE APRENDEU LÁ NO ALTO Desde criança, Marcos Pontes sonhava em voar. Não importava como. O importante era “ter asas”. No quintal da casa de madeira na periferia de Bauru (SP), ele usava o que tinha à disposição (árvores, chuva, terra e imaginação) para somar aos poucos brinquedos comprados pelo pai, servente do Instituto Brasileiro do Café. O menino cresceu, estudou, investiu em conhecimento, morou fora Brasil e um dia descobriu que poderia ser astronauta. O primeiro astronauta brasileiro. Participou de simulações e meses de treinamento na NASA (sigla em inglês para National Aeronautics and Space Administration; a Agência Especial norte-americana). Do lançamento à órbita, demorou nove minutos e dois dias (34 órbitas) para se aproximar da estação espacial. Comida, só desidratada e enlatada, e o banho se resumia a toalhas molhadas. Quando perguntado por que deixou o programa espacial brasileiro, ri, mas ao mesmo tempo não compreende de onde saiu essa informação. Desde 1998, mora em Houston (EUA), a serviço do Programa Espacial Brasileiro como liaison (representante técnico) e, na função civil de astronauta, aguardando ser escalado para a segunda missão espacial pela AEB. Com sua experiência, Marcos Pontes acumula em sua vida profissional qualificações como piloto de combate, engenheiro aeronáutico, Diretor Técnico do Instituto Nacional de Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico, Professor convidado da USP-SC (Engenharia Aeronáutica) e Embaixador no Brasil da Fundação FIRST. Perguntado se mudou alguma coisa antes e depois de entrar em órbita, ele responde que sim. “Antes eu pensava em levar a bandeira do Brasil ao espaço. Agora cumpri a minha missão. E outra coisa: em órbita o coração bate mais lento”. Pontes respondeu as perguntas de Opet&Mercado, por e-mail, de sua casa, em Houston.

Como o sonho virou profissão? Aos 14 anos, eu era eletricista aprendiz da Rede Ferroviária Federal e aluno do Senai. Foi quando notei a importância de assumir responsabilidade sobre todas as decisões de vida e seus resultados. Mais tarde entrei para a Academia da Força Aérea, como piloto militar operacional, e depois fiz o vestibular do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). Fiz mestrado em engenharia de sistemas e comecei o doutorado na mesma área. O Brasil entrou no programa da Estação Espacial Internacional (ISS) em 1997. Eu estava fazendo mestrado/doutorado nos Estados Unidos e em maio de 1998 meu irmão avisou do Edital de Concurso Público, aberto aos brasileiros que tivessem os requisitos pedidos pela Agência Espacial Brasileira (AEB). Os testes foram iguais aos da NASA porque o Brasil participa dessa cooperação através da Agência Espacial Americana e, do ponto de vista dos outros parceiros, eu sou considerado do “core” de astronautas da NASA, mas com nacionalidade brasileira. Fui selecionado por um colegiado composto pela AEB, NASA, Academia Brasileira de Ciências, e outras tantas instituições do setor de C&T. Em junho de 1998 representei o Brasil em missão oficial da AEB para o Governo do Brasil, assumindo a função civil de astronauta e deixando as funções militares de piloto da Força Aérea. Atualmente moro em Houston, a serviço do Programa Espacial. Como ainda não há missão escalada e eu já tenho o treinamento técnico-operacional necessário para o vôo, eu não fico 100% do meu tempo em Houston, como na fase antes da Missão Centenário. Assim, passo uma semana por mês em Houston e três semanas no Brasil e em outros países executando funções de consultor técnico para projetos espaciais do nosso programa brasileiro, sendo Diretor de Espaço do Instituto Nacional de Desenvol-

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vimento Espacial e Aeronáutico, pesquisador convidado do Instituto de Estudos Avançados na USP em São Carlos, Professor convidado da USP em São Carlos para a montagem de um curso público de engenharia aeroespacial (recursos humanos para o programa espacial), palestrante, coach, embaixador mundial da WorldSkills International para formação profissional e embaixador no Brasil da Fundação FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Tecnology) para motivação de alunos para ciência e tecnologia através da robótica. Como reagiu quando soube que havia sido escolhido para tripular o vôo? Sorri e aceitei. Isso aconteceu em 2005, quando a AEB me chamou e disse que, devido ao acidente do Columbia em 2003 e a decisão do governo brasileiro em fazer a primeira missão espacial do país em 2006, eu deveria me apresentar na Rússia (parceiro majoritário do programa da Estação Espacial Internacional - ISS) para treinamento e vôo com o Soyuz (espaçonave russa). Eu tive seis meses para conhecer os sistemas, mas devido ao meu treinamento de oito anos no ônibus espacial, os técnicos acreditaram que eu seria capaz de fazer o exercício em tempo recorde e cumprir a missão satisfatoriamente. Além disso, durante os três primeiros meses do treinamento em Star City, aprendi o idioma russo. Como foi a preparação para a viagem? Dieta especial, preparação física...Na verdade, a função de astronauta exige cérebro e não músculos. O “treinamento” é técnico-operacional e psicológico. O treinamento como cosmonauta profissional incluía 10 horas de aula por dia, inclusive sábados e feriados...[CONTINUA na pág. 12 ]


É possível comparar as ações no espaço, o comportamento humano, com as operações das empresas.

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ENTREVISTA MARCOS PONTES

...simuladores, treinamento de trabalho em zero g (sem gravidade) a bordo de aeronave em vôo parabólico, sobrevivências e exames médicos constantes. A preparação física é onde relaxamos a mente, é a parte mais fácil e compreende três sessões de uma hora de academia por semana. Não há dieta especial, apenas comida normal e duas semanas de comida espacial para escolher cardápio e verificar alguma reação adversa do corpo. Qual a principal orientação técnica para um astronauta? Não errar! Da preparação para a decolagem até chegar à órbita temos uma pilha de 50 centímetros de altura de check-lists de procedimentos, quase todos com procedimentos críticos que, caso não executados, podem levar à explosão do veículo. Que mudanças físicas uma pessoa sente no espaço? Demora uns três dias para o corpo se adaptar à microgravidade. No início há muito desconforto como dor de cabeça, nariz escorrendo, alta pressão intra-ocular, congestionamento nasal, visão turva, desorientação espacial, ânsia de vômito, alterações de pressão, redistribuição de líquidos de forma irregular no corpo, constipação, arritmia cardíaca, perda de memória de curta duração etc. Isso melhora com o tempo, dependendo da pessoa. Ao longo da missão temos perda de massa muscular acentuada, principalmente nos membros inferiores, perda de densidade óssea, exposição acentuada à radiação, exposição prolongada a ruído intenso (os sistemas da ISS) etc. Quando voltei da missão, fiquei com algumas sequelas (não impeditivas para o segundo vôo) como hemorragia no ouvido, alterações hormonais e lesão no joelho esquerdo. Como fica o sono, altera muito? Sim. O fato de termos 16 “nascer do sol” a cada 24 horas (uma órbita da ISS em torno da Terra tem 1,5 hora) altera o ritmo natural do organismo. Além disso, o trabalho intenso de 18 horas por dia na montagem e manutenção de sistemas da espaçonave e experimentos, faz com que fiquemos muito ligados, não permitindo um descanso completo nas seis horas de descanso por “dia”. Para termos noção de tempo usamos sempre os relógios de bordo como referência única. Na sua avaliação, qual a importância dessas viagens? As missões espaciais têm importância fundamental no desenvolvimento de novos materiais e remédios assim como o conheci-

Descobri o que realmente interessa. Vi a grandeza de algumas pessoas e a insignificância de outras.

mento de ciências que geram tecnologias que, por sua vez, resultam em produtos. Em números simples, para cada dólar investido em pesquisa espacial, retornam 5 dólares em desenvolvimento social através dos resultados do conhecimento adquirido. A fronteira do espaço é o desafio que impulsiona o desenvolvimento do homem no seu sonho primário de saber de onde veio e para onde vai, deixando no seu esforço um rastro de conhecimento e produtos para a qualidade de vida de bilhões de almas que assistem em espanto o que a atitude e a determinação do ser humano é capaz de fazer. Que experiências e resultados foram obtidos durante o vôo? Oito experimentos brasileiros se somaram aos 82 presentes na ISS naquele período. A descrição dos experimentos é extensa demais para colocarmos aqui, mas estão no site da AEB (www.aeb.gov.br) ou no meu (www.marcospontes.com.br), assim como os nomes dos cientistas brasileiros que foram extremamente elogiados no exterior (aqui no Brasil ninguém se lembrou deles) pelo seu trabalho e qualidade dos experimentos. Em resumo, tínhamos dois experimentos tecnológicos (desenvolvimento de produto), quatro científicos (desenvolvimento de conhecimento), e dois educacionais (desenvolvimento do futuro do programa - jovens). Os dois tecnológicos, da UFSC eram a respeito de controle de temperatura e resfriamento de satélites (coisa que o Brasil tinha sempre que importar, a qualquer preço pedido). Hoje não temos mais que importar esse produto, na verdade podemos exportá-lo. Além disso, fazemos isso a uma fração do preço (milhões) que pagávamos e ainda, como spinoff (resultado, derivado), o mesmo sistema usado para controle de temperatura de fornos industriais e padarias gerando empresas e empregos. Só esses experimentos pagaram várias vezes o investimento feito pela AEB.

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Por que dizem que o senhor saiu do programa espacial brasileiro? Acho engraçada essa questão, que volta e meia aparece! Na verdade, isso tudo é uma tremenda bobagem criada por alguns críticos que queriam lucrar com polêmicas infundadas. Essa informação foi usada na época em que a FAB me transferiu para a reserva militar e o fato de muita gente ignorar que a carreira de astronauta é CIVIL e não militar. Quando a FAB me transferiu para a reserva, em 2006, fez exatamente o que é feito em todos os países com os astronautas de origem militar. Por que decidiu fazer palestras? Todos os astronautas fazem palestras como parte das suas funções didáticas, motivando pessoas e divulgando o programa espacial. Somos formalmente treinados para isso. Essa é uma das atividades de grande importância para o programa espacial. Comecei, por acaso, em 2006, após toda a divulgação que os críticos fizeram em torno das bobagens citadas na questão anterior. Com toda a divulgação de que eu havia “me tornado um palestrante” as empresas viram que “estava chegando” no mercado de palestras um profissional com conhecimentos únicos e com grande experiência que seria extremamente valoroso para as suas atividades. Aí passaram a me convidar para palestras e me pagar por isso. Assim, ganhei mais uma atividade profissional. A maioria das perguntas é voltada para questões técnicas como a comparação entre operações no espaço e operações nas empresas (segurança, risco, gerenciamento de projetos, planejamento, controle) e questões do comportamento humano (desenvolvimento pessoal). O quer mudou na sua vida após a viagem ao espaço? Encontrei respostas e descobri o que realmente interessa, o que é importante como ser humano. Vi a grandeza de algumas pessoas e a insignificância de outras. Note que isso não tem nada a ver com o que fazem (títulos, poder) ou com o que têm (dinheiro). Tem a ver com o que são: seres humanos. Curiosidade de todos: como é o banheiro da estação espacial? Há patentes e o direcionamento dos detritos orgânicos é feito por sucção no duto de entrada do vaso (sólido e líquidos). Os detritos são armazenados em recipientes próprios e enviados para destruição (queima a mais de 3000 graus) a bordo dos módulos de carga, na reentrada na atmosfera.



REPORTAGEM DE CAPA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

A PORTA DA FRENTE DO MERCADO DE TRABALHO Educação é condição necessária para o acesso a um melhor posto de trabalho, mas não é necessariamente suficiente para isso. Estudos mostram que cada vez mais é necessário ter qualificação profissional M

uitas pessoas acreditam que escolaridade é igual à qualificação, e se prendem ao fato de terem concluído um curso técnico ou superior como se fosse a garantia (nem sempre encontrada) de boa colocação no mercado de trabalho. Cada vez mais o mercado mostra um abismo entre os dois conceitos. De acordo com um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no fim de setembro de 2009, o ritmo de expansão da escolaridade no Brasil tem sido maior que o de criação de empregos. Mas é bom lembrar que escolaridade é diferente de qualificação, que significa adaptação das habilidades a um determinado posto de trabalho. O levantamento mostrou que os desempregados mais humildes tendem a ter maior dificuldade de conseguirem vaga no mercado de trabalho, mesmo tendo mais escolaridade.

“Podemos concluir que a educação é condição necessária para o acesso a um melhor posto de trabalho, mas não é necessariamente suficiente para isso. Bens primários não geram empregos de qualidade e o Brasil precisa ter mais qualidade nas vagas geradas, na busca por produtos com maior valor agregado”, disse o presidente do Ipea, Márcio Pochmann. A maior parte dos desempregados registrados em julho (56,1%) frequentou a escola durante 11 ou mais anos. Em comparação ao mesmo mês em 2002, o número de desempregados com igual tempo de escolaridade era 35,6% Em julho de 2005, o índice aumentou para 45,8% e, em 2007, para 49,8%. O Ipea considera pobre o indivíduo cuja renda mensal per capita da família é de no máximo meio salário mínimo. Os pesquisadores do Instituto concluíram que, em primeiro lugar, exis-

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te preconceito em relação às pessoas de origem humilde. Há também a questão do racismo. Com relação à distribuição pessoal de renda, em julho de 2009, o estudo mostrou que os 20% mais pobres respondiam por 40,4% das pessoas que estavam desempregadas no País, enquanto os 20% mais ricos correspondiam a 5,2% do total de desempregados. Cerca de 80% dos desempregados estão concentrados entre as pessoas de até 40 anos de idade. Segundo o estudo, 59,9% dos desempregados tinham idade entre 21 e 40 anos, e 23% com até 20 anos.

A REALIDADE DO MERCADO A pesquisa foi feita nas seis principais regiões metropolitanas que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representam 25% da população bra-


sileira: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife. Saindo da análise econômica entre vagas e escolaridade no país e entrando diretamente na relação do sistema de ensino do Paraná e a formação profissional, vê-se que o estado, por exemplo, não acompanha diretamente as demandas do mercado de trabalho. Isso acontece porque a política pública de educação define que esta proposta minimizaria o processo formativo dos alunos. A Chefe do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação, Sandra Regina de Oliveira Garcia, diz que a diretriz da pasta busca atender as expectativas do mundo do trabalho. “O processo formativo deve ser superior às demandas restritas do mercado, possibilitando ao jovem a continuidade dos estudos e ou a sua inserção no trabalho”. A Secretaria não tem processo sistematizado de acompanhamento de egressos. Cada colégio faz o seu acompanhamento. Os dados mostram que parte dos alunos busca a continuidade de formação em cursos de nível superior. Mas, segundo Sandra Garcia, esta não é a realidade porque a maioria dos alunos entra no mercado de trabalho apenas com esta formação.

O CURRÍCULO E O NOVO OLHAR Em relação aos cursos técnicos, a Secretaria determina que os currículos sejam construídos de forma coletiva, envolvendo professores de todos os colégios que ofertarão os cursos. Leva-se em conta as demandas do setor produtivo e dos trabalhadores do estado. A maior parte dos cursos oferecidos pelo estado tem previsão de estágios no qual o aluno faz a relação direta do co-

nhecimento científico-tecnológico com a prática de cada profissão, levando para a sala de aula a relação teoria / prática. “Isto possibilita um novo olhar para o currículo na sua constante reelaboração e atualização. O mercado busca uma formação e a escola tem a responsabilidade de ouvi-lo, para ampliar a formação de nossos jovens, para que sejam trabalhadores emancipados”, afirma Sandra. Desde 2003, a secretaria da Educação dá outro tratamento à Educação Profissional. Em cima de dados do Ipardes é feita uma análise de como é cada região e o que o Governo do Estado e os Municípios vem projetando para o desenvolvimento das mesmas.

EXPANSÃO PROFISSIONAL A partir destes dados é planejada a expansão da Educação Profissional em cada região. “A Secretaria não consegue atender todas as necessidades, mas tem avançado em relação a este atendimento, ampliando a oferta e criando novos cursos”, disse a Chefe do Departamento. Atualmente, são ofertados nas escolas públicas 37 cursos diferentes e a partir de 2010 serão criados outros 51 cursos de acordo com eixos tecnológicos (ambiente, saúde, lazer, segurança, comunicação, produção alimentícia, infraestrutura, gestão e negócios, produção cultural, controle e processos industriais). A ampliação da oferta será possível porque, além dos investimentos do Governo do Estado, a Secretaria também receberá recursos do Programa Brasil Profissionalizado, do Governo Federal. Sandra Garcia afirma que em relação aos investimentos, a Secretaria conseguiu para este ano (2009), através do plano de expansão apresentado ao MEC, R$ 126 milhões que estão sendo aplicados em ampliação de colégios existentes, na construção de mais 10 colégios técnicos [CONTINUA na pág. 16 ]

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REPORTAGEM DE CAPA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

90% das pessoas que buscam emprego no SINE não têm curso superior (nos municípios de Fazenda Rio Grande, Almirante Tamandaré, Cianorte, Terra Roxa, Ibaiti, Assaí, Francisco Beltrão, Laranjeiras, Manoel Ribas e Pitanga), na aquisição de laboratórios e de acervo bibliográfico. Ainda sem planejamento fechado, os técnicos da secretaria prevêem receber em 2010, mais R$100 milhões para a segunda etapa do convênio.

A REALIDADE DO MERCADO Todos os alunos que buscam a escola pública podem participar do processo de classificação para os cursos atuais e os que entraram na grade a partir do próximo ano. Como a procura é superior às vagas existentes, a secretaria faz uma seleção e um dos critérios é o da renda familiar (tem prioridade o aluno com menor poder aquisitivo).

De acordo com os últimos resultados da avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação (INEP/MEC), o nível dos acadêmicos do Paraná é considerado de bom para ótimo. O desempenho das Instituições Estaduais de Ensino Superior do Paraná é avaliado como extremamente satisfatório, de acordo com o Índice Geral de Cursos 2008, divulgado em 31 de agosto de 2009 pelo Inep / MEC. Duas estaduais do Paraná estão entre as cinco universidades estaduais melhores avaliadas do Brasil. “Estou muito orgulhosa com os resultados das nossas IES”, afirmou a secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, ao conhecer a pontuação das instituições.

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ENSINO SUPERIOR NO PARANÁ O estado tem seis universidades e sete faculdades estaduais, com 85 mil alunos matriculados. As Instituições Estaduais de Ensino Superior do Paraná têm 258 cursos reconhecidos pelo MEC e contam com cerca de 7 mil professores. 80% deles são mestres e doutores. O Paraná tem 183 instituições de ensino superior públicas e privadas. Desse total, 54 estão situadas na capital e 129 no interior. Dessas 183 instituições, 22 (12,02%) são públicas e 161 (71,58%), privadas. Entre as 22 públicas, duas são federais (9,09%), 17 (77,27%) são estaduais e três (13,64%), municipais. Entre as 161 instituições privadas, 131 são particulares e 30 são comunitárias, confessionais ou filantrópicas.


Responsabilidade Social Vestibular Propet concede bolsas de estudo

Participação dos candidatos mostrou sucesso do Vestibular Propet

Foi sucesso absoluto o Vestibular PrOpet (Programa Opet para Todos) realizado na tarde de sábado, 14 de novembro, no Campus Rebouças das Faculdades Opet. O comparecimento de candidatos ao Processo Seletivo foi maciço e as provas foram realizadas na total normalidade. O PrOpet, iniciativa de responsabilidade social do Instituto Opet Educação e Cidadania, oferece Bolsas de Estudos com desconto de até 50% nas mensalidades, para estudar nas Faculdades Opet. Participaram do Processo Seletivo os estudantes que concluíram o Ensino Médio em 2008 ou estiver concluindo agora em 2009. Critério – O critério para concessão da Bolsa é a ordem de aprovação no Vestibular Propet e a análise socioeconômica familiar. As Faculdades Opet ofertam cursos superiores em Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia, com duração a partir de dois anos.


ARTIGOS ATITUDE

EMPREENDEDOR OU EMPREGADO? Você quer escravidão na segurança ou risco na independência? Depende de planejamento, esforço e paciência

JERÔNIMO MENDES ADMINISTRADOR, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E PALESTRANTE

Se você confia em si mesmo, faz sacrifícios, toma decisões com facilidade , fareja oportunidades, tem energia de sobra e está disposto a liderar pelo exemplo, um futuro promissor o aguarda

U ma das características marcantes no empreendedor bem-sucedido é a capacidade de reação às dificuldades e a facilidade em conviver com a ambiguidade, o que permite participar de muitas atividades ao mesmo tempo, ainda que não tenham uma idéia formada a respeito de como as coisas se comportarão no futuro. De acordo com Amar Bidhé, professor e pesquisador da Columbia University, a tolerância à ambiguidade implica seguir em frente com poucas informações, pouco capital e até mesmo sem idéias inovadoras. Na minha percepção, os legítimos empreendedores adotam basicamente uma das conclusões obtidas durante a pesquisa realizada por Collins & Porras (1998) e publicadas em Feitas para Durar, livro obrigatório para quem deseja se aventurar no complexo mundo dos negócios: “A criação da empresa é a coisa mais importante.” Todavia, empreendedores por natureza apresentam muita percepção, controle de si mesmos e sabem vender um produto, um serviço ou uma idéia, tanto para seus clientes quanto para seus investidores. Diferente dos empreendedores, os empregados oscilam constantemente entre a pseudo-segurança proporcionada pelo emprego formal e o eterno desejo de ser o “dono do próprio nariz”. Seguem algumas regras estabelecidas com o advento da Revolução Industrial e consolidadas no início do século passado com a Escola da Administração Científica do Trabalho, liderada por Frederi-

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ck Taylor, nos Estados Unidos, e Henry Fayol, na França. O deslocamento inevitável da força de trabalho, do campo para as cidades, provocou uma completa mudança nos hábitos de trabalho, criou uma nova natureza humana e acelerou a corrida pelo progresso a qualquer custo. Imagine o impacto proporcionado pela mudança radical de atividade ou função – carpinteiros, ferreiros, pintores, escultores, agricultores – em troca de confinamento em locais escuros, sem ventilação adequada, sob temperatura elevada e jornada de trabalho de 10 a 14 horas por dia. Para os pensadores daquela época, a ausência de sazonalidade, a mudança de hábitos e a divisão das funções e do trabalho — um só lugar, um só trabalho, uma só coisa — criariam uma relativa independência da agricultura e, por certo, o homem teria trabalho o ano todo, o tempo todo, a vida toda. As máquinas mudariam o mundo e, por conseqüência, uma nova sociedade seria criada — mais ativa, mais humana, mais produtiva. Era mais do que uma simples questão de sobrevivência. O futuro da humanidade estava em jogo. Em geral, os filhos da Revolução Industrial tornaram-se adeptos da cultura da “devoção” a uma única organização ou instituição, a exemplo do que ocorreu no Brasil a partir da década de 1970, com os investimentos do governo direcionados para o crescimento econômico e com o surgimento de grandes obras que criaram o “Mito do Pai-Patrão” e

amealharam milhares de profissionais dispostos a investir na carreira pública e a morrer dentro dela, se necessário. Dentre tantas conseqüências negativas da Revolução Industrial, as demandas de elevado esforço — impostas pelos métodos e sistemas de racionalização do trabalho, pelo estudo dos tempos e movimentos e, principalmente, pelo controle acirrado da produtividade — aceleraram o progresso das nações ao mesmo tempo em que transformaram seres humanos em autômatos sujeitos ao tempo produtivo do relógio. Isso foi bem retratado por Charles Chaplin em Tempos Modernos, em 1930, e por Babbitt, personagem do escritor Sinclair Lewis, homem de negócios que vivia num mundo de mentira e aparências. Isso fez algum sentido até a metade da década de 1990 quando as empresas passaram a enfrentar o fenômeno da globalização e os mercados sofreram uma completa reviravolta. As oportunidades surgiram na mesma proporção das dificuldades, a concorrência tornou-se mais acirrada, as margem de lucro foram reduzidas drasticamente e o número de vagas proporcionadas pelos empregos formais continuou minguando. Apesar das inúmeras possibilidades que se abriram por conta da evolução tecnológica dos últimos cinquenta anos, ainda vivemos numa so-


ciedade que busca freneticamente a opção da suposta segurança proporcionada pelo mercado formal de trabalho. Decorridos mais de 200 anos do início da Revolução Industrial, a maioria das pessoas ainda prefere “a escravidão na segurança ao risco na independência”, de acordo com as palavras do grande filósofo francês Emmanuel Mounier, o pai do personalismo. Significa dizer que, embora a opção empreendedora seja vista como um grande ideal de vida e realização, o trabalho formal continua sendo a opção da maioria das pessoas ao redor do mundo. Esse fator está diretamente relacionado com a cultura onde estamos inseridos, o ambiente onde fomos criados e, não menos importante, a história pessoal de cada ser humano. Até há pouco tempo, as pessoas ainda procuravam seguir a profissão sonhada por seus pais e avós.

Penso que, para uma boa parte dos profissionais, o trabalho formal não consegue suprir além da escala básica da hierarquia das necessidades humanas, identificada pelo psicólogo Abraham Maslow: alimentação, moradia, emprego, renda e vestuário. Portanto, seus dilemas não serão solucionados pelo trabalho puro e simples, mas pelas conquistas a partir do trabalho. A contradição aqui é que até a segunda metade do século 18, a força de trabalho norte-americana era composta por mais de 80% de legítimos empreendedores. Nesse caso, a maioria absoluta era empreendedora por herança passada de pai para filho. Entretanto, embora isso proporcionasse ao cidadão comum uma atividade profissional, não proporcionava liberdade de escolha. Infelizmente, a Revolução Industrial não conseguiu solucionar um dos maiores dilemas da nossa sociedade: a geração de postos de trabalho de maneira proporcional ao crescimento da população economicamente ativa do planeta. Ao contrário, em meio ao progresso surgiram as demissões em massa, as doenças decorrentes do elevado esforço requerido pelas indústrias e escritórios, das condições precárias do ambiente de trabalho, da ausência de férias, da necessidade recorrente de multiplicação do capital, dos interesses econômicos acima dos interesses

sociais, da concentração da riqueza e ampliação da pobreza. Diante disso, algumas questões continuam intrigando milhões de pessoas ao redor do mundo, principalmente jovens que buscam um lugar ao sol no mercado de trabalho: empreendedor ou empregado? É possível substituir a escravidão na segurança pelo risco na independência? Vale a pena o esforço? E se o negócio não der certo? E se o mercado mudar? E se eu perder tudo que investi? Nossa mente é traidora e cheia de dúvidas. Não alimente a menor dúvida sobre isso. Existe luz no fim do túnel. Os holofotes estão por toda parte, prontos para iluminar o caminho de quem dá a cara para bater em troca de uma vida mais desafiadora e, em princípio, mais próspera, onde os sentidos de contribuição e de realização são importantes, desde que tenham um mínimo de planejamento. Empreender também é uma questão de escolha, de determinação e de persistência. Para encontrar sua própria luz, o candidato a empreendedor deve ter em mente as seguintes questões: Empreender é o sonho que pode virar realidade. Vai depender de esforço, planejamento, ousadia, fé, paciência e, principalmente, de posicionamento. Você nunca será um excelente empreendedor se dividir sua energia entre ser empregado ou ser o “dono do seu próprio nariz”. As

duas coisas raramente combinam. Decida o quer você quer e não hesite, siga em frente. Você não precisa de uma boa idéia, mas de posicionamento. Empreender é uma nova chance de sucesso. Você já tentou de tudo, galgou alguns degraus na escada corporativa, mas o mundo continua batendo nas suas costas. Você não pode vacilar um minuto, pois há sempre alguém querendo fazer o dobro do que você faz pela metade do salário. Portanto, empreender é a grande chance de mudar a realidade que você não consegue na empresa onde trabalha. Empreender é uma alternativa para utilizar a sua própria vocação. O que você veio fazer no mundo? O que realmente gostaria de fazer pelo resto de vida? Com o que você se identifica? Não importa sua especialidade. Quando você se torna um expert no assunto, sempre haverá alguém disposto a comprar sua idéia, serviço ou conhecimento. Uma nova maneira de encarar o trabalho. De acordo com Domenico de Masi, sociólogo italiano e autor de O Ócio Criativo, em poucos anos seremos 7,2 bilhões de habitantes no mundo para apenas 400 milhões de postos de trabalho. Haverá muito trabalho, mas os postos formais de trabalho serão muito disputados. Você está disposto a abrir mãos dos benefícios temporários do emprego formal em troca de possíveis benefícios permanentes de um futuro incerto? Por fim, se você confia em si mesmo, consegue fazer sacrifícios, sabe lidar com imprevistos, toma decisões com facilidade e rapidez, fareja oportunidades, tem energia de sobra e está disposto a liderar pelo exemplo, um futuro promissor o aguarda. Portanto, quanto mais cedo você definir essa questão, melhor: ser empreendedor ou ser empregado? Você pode ser bem-sucedido nas duas áreas. O sucesso dependerá basicamente do seu posicionamento e da quantidade de esforço onde quer que você esteja. Pense nisso e seja feliz!

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ARTIGOS INICIATIVA

O EMPREGO QUE SE ENCONTRA NA FEIRA Experiência inédita reuniu empresas e profissionais em praça no centro de Curitiba. Resultado: 2.275 carteiras assinadas

JORGE BERNARDI SECRETÁRIO MUNICIPAL DO TRABALHO E EMPREGO DE CURITIBA, MESTRE EM GESTÃO URBANA, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

A feira ganhou enormes barracas brancas e um tapete azul. Ofereciam empregos com salários de até R$ 6 mil. Algo diferenciado na paisagem. Mais de 64 mil pessoas compareceram

Ao acordar, em 1º de maio de 2009, olhei pela janela, para ver o clima. Fiquei preocupado. Chovia fino e havia nuvens carregadas. Tocou o telefone. O exvereador e radialista Jotapê queria uma entrevista sobre a “1ª Feira do Emprego e da Capacitação Profissional de Curitiba”, que eu organizei para os dias 1º e 2 de maio, pela Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego. Ele perguntou: Haverá espaço para todos na Feira do Emprego? Deve ir uma multidão, previa. Respondi que sim e que havia barracas para as instituições expositoras e espaço com conforto para quem fosse à feira, a partir das 9h daquela manhã, na Praça Osório. Pensei: Jotapê está exagerando. Com este tempo não vai ninguém! Cheguei antes das 8h e deparei com uma enorme fila. Mais de 1.000 pessoas protegiam-se da chuva ao redor do Edifício

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Garcez. Chegava cada vez mais gente, de todas as direções. Quase 10 mil pessoas circulavam entre as barracas logo na abertura. Nas horas seguintes uma multidão de pessoas percorreu os estandes em uma série de barracas muito bem organizadas pela Prefeitura de Curitiba. As empresas de recursos humanos mal davam conta de cadastrar e inscrever todos os interessados nas vagas disponíveis. Algumas foram obrigadas a deixar os computadores e passaram a distribuir fichas de inscrição. As agências de emprego informam que há muitas vagas disponíveis, mas que faltam profissionais qualificados para ocupálas. Decidi então acrescentar ao esboço da feira uma parte dedicada à capacitação profissional e convidamos diversas instituições de ensino.A feira ganhou enormes barracas brancas e um tapete azul no piso. Era algo di-

ferenciado na paisagem urbana. Ocupamos mais de 300 metros de extensão ao longo da praça Osório e parte da Boca Maldita. Cobrimos 2.000 metros quadrados a um custo de apenas 62.000 reais, muito menos do que gastaríamos com uma festa. Os números finais apontam que mais de 64.000 pessoas compareceram à feira. Mais de 8.000 se inscreveram em cursos técnicos ou superiores e de pós-graduação. Apenas nos primeiros 15 dias após o evento, recebemos registros de que 2.275 pessoas conquistaram empregos com carteira assinada. Esses números ajudaram para que Curitiba tivesse um saldo positivo de 2.420 empregos formais em maio. Foi o melhor índice do ano na capital paranaense, representando quase metade das vagas criadas no período nos estados do Sul. O resultado foi indiscutível. Atribuo muito do sucesso da feira às 87 empresas e instituições de ensino e de capacitação profissional que acreditaram na proposta, entre eles o Grupo Educacional Opet. Estavam disponíveis todo tipo de vagas. De postos em chão de fábrica até vagas para gerentes e salários de até R$ 6 mil. A forma diferente e pró-ativa de comemorar o Dia do Trabalho, trouxe uma série de comentários entusiastas. O cônsul da Argentina em Curitiba, Hector Vivacqua, disse que o 1º de Maio em Curitiba foi o melhor que assistiu entre vários países, por ter sido propositivo e inovador. Sete cidades manifestaram interesse em promover feiras do emprego semelhantes: Cuiabá, Natal, Santos, Joinville, Itajaí, Mauá e Barracão. Isso demonstra que criamos uma alternativa excelente para proporcionar o encontro de quem busca emprego com quem procura profissionais qualificados para suas empresas. Em outubro, organizamos uma nova feira, desta vez para atender pessoas com deficiência. Mas isso é motivo para outro artigo.



ARTIGOS EDUCAÇÃO

QUALIFICAÇÃO E O PAPEL DA ESCOLA Só depois que os educadores aceitarem seu papel de agentes de transformação teremos a escola que será escada de ascensão social

ADEMAR BATISTA PEREIRA PRESIDENTE DO SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS PARTICULARES DE ENSINO DO PARANÁ

Estamos desenvolvendo uma geração de jovens que acredita que o mundo se limita ao ter, ao prazer imediato, à superficialidade da vida, ao saber fast food, descartável

Todas as empresas vivem um grande dilema: como contratar e onde buscar profissionais qualificados para que aconteçam as melhorias cada vez mais exigidas pelos consumidores. Em todos os níveis profissionais, existe uma grande defasagem entre os conhecimentos aprendidos na escola e as exigências e necessidades do mercado. Há uma grande busca por profissionais, especialmente nas funções técnicas ou que necessitam de conhecimentos técnicos e, especialmente, pessoas que consigam analisar um problema e buscar entre as diversas possibilidades a solução. No Brasil, qualquer empresa que precisar de um eletricista, encanador, técnico de aquecedor ou telefone, jardineiro, técnico em equipamentos a gás, técnico em computador, um bom atendente, entre outros, terá muitos problemas para contratar e, certamente, terá que contratar alguém e treinar. Onde está o problema? Em minha opinião, o problema está localizado em duas grandes deficiências, conforme analiso a seguir. As famílias, quando colocam seus filhos na escola, em sua maioria buscam dar aos poucos filhos as oportunidades que não tiveram e, na maioria dos casos, não deixam o filho passar pelas dificuldades que tiveram. Então, colocam na escola e esperam que, se ele estudar, terá todas as condições que a família não teve. O engano começa aí, pois os adultos, na ânsia de não deixar o filho sofrer, passar e até saber das dificuldades, não

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preparam a criança para a dureza da vida, pois convenhamos, a vida adulta é dura. A escola que deveria preparar, moldar, “gentificar” a criança, na maioria das vezes não consegue nem fazer o básico, que é ensinar a ler, escrever e fazer contas. A grande falta que temos em termos de qualificação profissional não está nem tanto na falta de conhecimentos ou de acesso aos conhecimentos, mas na falta que os nossos jovens têm de conhecimento da vida real, da falta que têm de perceber a importância do trabalho para todo ser humano ser feliz. E isso é culpa dos adultos, que têm a responsabilidade de mostrar o caminho para essas crianças e jovens. Aqueles que percebem a importância da qualificação e as exigências que o mercado de trabalho necessita terão sucesso, o problema é que uma minoria tem essa percepção. A grande

maioria dos nossos jovens pensa que os adultos estão a seu serviço. Estamos desenvolvendo uma geração de jovens que acredita que o mundo se limita ao ter, ao prazer imediato, à superficialidade da vida, ao saber “fast food”, descartável. A educação tem um papel determinante na qualidade dos nossos profissionais, mas, quando falo educação, me refiro ao sentido mais amplo dessa palavra, não apenas ao papel da escola de educar, mas como a preparação que todos precisamos para enfrentar a vida adulta e produtiva. A escola tem uma grande parte nesse papel. Acredito que só teremos sucesso na educação da nossa futura geração quando a escola entender que não pode ser confundida com um clube, que não deve ser legal, agradável e só prazerosa, mas que faz parte de sua missão como última trincheira da sociedade, a que limita, tem regras, horários, respeito, valores e que enquadra os alunos e as famílias. Somente depois que os educadores (que são os maiores envolvidos na escola) aceitarem seu papel de agentes de transformação, exigirem e se fizerem respeitar pelo exemplo e pela defesa intransigente do seu saber, teremos a escola que será a escada de ascensão social. O mundo moderno, com o acesso instantâneo as informações, mas com pouca ou nenhuma transformação dessas informações, exige que tenhamos a necessidade de estar sempre aprendendo, estudando, buscando aprimoramento. O que tínhamos há poucos anos, em que o profissional terminava o ensino médio técnico e podia exercer aquela profissão por toda a vida, não mais é possível. Nos tempos atuais, temos que estudar por toda a vida e, mesmo assim, corremos o risco de não atender as expectativas do mercado e não conseguir preencher aquela vaga. Temos muitas vagas disponíveis, mesmo com tantos desempregados.



EMPRESAS ELECTROLUX

A LINHA BRANCA ESTÁ MAIS VERDE Da reciclagem de resíduos a eletrodomésticos que consomem menos água e energia, a Electrolux reduz o impacto ambiental e conquista o consumidor Se você trocou seus eletrodomésticos nos últimos 10 anos, saiba que é um grande amigo do Meio Ambiente. Como? Vamos usar o exemplo de uma lavadora de roupas com capacidade para seis quilos. No final da década passada, este eletrodoméstico consumia 22 litros de água por quilo de roupa lavada. Agora, o consumo é de 15 litros. Parece pouco, mas não é. Tendo como base este modelo de lavadora e considerando uma operação por dia, a economia nestes 10 anos é de 153.300 litros de água tratada que você deixou de usar em casa. O cálculo é da Coordenação Ambiental Corporativa da Electrolux e reflete a linha de pensamento da empresa na preservação do Meio Ambiente. Há tempo esta prática foi adotada pela Electrolux nos países onde atua e no Brasil desde 1996, com a aquisição da marca Prosdócimo. São cinco unidades fabris (duas em Curitiba, duas em São Carlos e uma em Manaus) e um Centro de Distribuição de fogões e lavadoras (São Carlos, SP), numa área de 25 mil metros quadrados. A maior parte da produção das unidades brasileiras atende a demanda interna, mas 10% da produção é exportada para a América Latina. A Electrolux tem no Brasil 6 mil funcionários. O coordenador ambiental corporativo da Electrolux, Luís Carlos Machado, diz que as unidades fabris da empresa no Brasil têm em média 90% de seus resíduos reciclados, incluindo reuso, compostagem e coprocessa-

O cliente se sente respeitado porque está comprando um produto de qualidade, que gasta menos luz e água

Luís Carlos Machado Coordenador ambiental mento em indústria cimenteira. Os 10% restantes ainda não são reciclados por falta de tecnologia disponível no Brasil. “A Electrolux conta com um modelo de gestão totalmente focado à redução do impacto ambiental. Acreditamos que nossas ações podem servir de exemplo para outras empresas a encontrarem seus caminhos. Nossas unidades industriais consomem menos energia, água, entre outros insumos, para produzirem seus produtos. Isto faz com que nosso impacto ambiental seja menor a cada dia, buscando um desenvolvimento sustentável”, afirma Machado. Avanços — A equipe de desenvolvimento de produtos faz análises específicas do meio ambiente, nos quais todos os dados do novo artigo são analisados, quanto ao seu impacto ambiental e se este pode ser minimizado ou anulado se possível. Em 1993, a Electrolux lançou o primeiro refrigerador livre de gás

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CFC e hoje os refrigeradores da marca consomem de 40% a 50% menos energia que os produzidos há 10 anos. Para o consumidor, além do design moderno, os produtos que consomem menos energia elétrica e menos consumo de água passam a ser atrativos. “O cliente se sente respeitado porque está comprando um produto de qualidade, que gasta menos luz e água. A companhia desenvolve produtos que facilitam a vida dos consumidores e, ao mesmo tempo, diminuam o impacto à natureza em seu uso e descarte”, diz Machado. Dentro da linha de novas pesquisas, a empresa estuda reaproveitar eletrodomésticos usados. De acordo com Machado, quando a política nacional de resíduos sólidos estiver aprovada no Congresso Nacional, a Electrolux fará da mesma forma como já é feito na Europa. “É importante que isto esteja definido em uma política, para que todas as responsabilidades envolvidas (fabricantes, consumidores, revendedores e governo) fiquem claras, para que o custo deste processo seja o menor possível para as partes envolvidas”. Parte dos recursos proveniente da venda da linha branca da companhia é direcionada para pesquisas com consumidoras. Esta é a principal ferramenta para estudar e conhecer as necessidades e desejos das consumidoras brasileiras. O resultado permite que a empresa desenvolva produtos que só são produzidos após 70% de aprovação em pesquisas com os consumidores.

Linha de produção da Electrolu


Divulgação

ux: 90% dos resíduos reciclados

CAPACITAÇÃO NA SALA DE AULA

DATAS PRODUTOS

Investindo no talento

A geladeira ficou na memória

Os números que mostram a eficiência dos eletrodomésticos produzidos pela Electrolux são a ponta de uma política de gestão que investe nos talentos. São subsídios oferecidos pela companhia exclusivamente para os níveis técnico pós-médio e especializações. A gerente de Recursos Humanos da Electrolux, Tânia Maranha, enfatiza que a empresa direciona esforços para prover capacitação, atualização e desenvolvimento integral, pessoal e profissional para funcionários nos diversos estágios de carreira. Segundo ela, há programas para todos os colaboradores, subsidiados parcial ou integralmente pela empresa. “O gestor é o incentivador, facilitador e co-responsável por este processo, devendo avaliar e conceder oportunidades que atendam às expectativas dos funcionários e as necessidades características do negócio”, afirma, lembrando que, em contrapartida, a empresa espera o engajamento do funcionário ao aprimoramento oferecido. Cursos — Para atender as necessidades de aprimoramento dos funcionários num tema específico, a Electrolux promove cursos de curta duração subsidiados integralmente pela empresa. Há também a Escola de Manufatura e Logística, criada em 2003, para atender os funcionários das áreas operacionais. Atualmente são oferecidos 16 módulos de qualificação que tratam de temas como orçamento familiar, políticas e programas internos da empresa e palestras motivacionais. Os funcionários têm ainda a possibilidade de cursos de idiomas (subsidiados em até 70% para os que usam o idioma em suas atividades), cursos técnicos pós-médio (subsidiado em até 65% para os de nível operacional), e pós-graduação, mestrado e doutorado (subsidiado em até 70% para as áreas técnicas e administrativas). Entre os cursos oferecidos a gestores, para o aprimoramento das competências essenciais necessárias às estratégias de negócios, estão: The Electrolux Leader – Criado em 2003 é o primeiro nível na escala de desenvolvimento de lideranças. O programa reforça o estilo da Companhia, apresenta informações sobre o Grupo, ferramentas de gestão e assuntos relacionados diretamente ao exercício de liderança. Gestão de Pessoas – Lançado em 2007, o programa destinado a gestores aprofunda o conhecimento do papel gerencial e ferramentas de Gestão de Pessoas. International Leader – Amplia os níveis de competência de liderança e comunicação, reforça a cultura da Companhia e aprofunda o conhecimento sobre gerenciamento de equipes complexas e remotas. Electrolux Executive Development – Lançado em 2009 é um programa internacional destinado a executivos da empresa com o propósito de estabelecer uma abordagem global que sustente o desenvolvimento de pessoas e execução estratégica em todos os países onde a Electrolux atua.

Há produtos lançados no mercado brasileiro que estão, até hoje, na memória do consumidor e do varejo. 2000 Refrigeradores com dispensador de latas. 2002 Dispensador externo de água. 2004 Primeiro fogão com duplo forno da América Latina. 2006 Precursora no lançamento de lavadoras com função Lava Tênis e sistema de reaproveitamento de água. 2006 Linha completa de eletrodomésticos voltados ao segmento Premium, como a linha Electrolux ICON, composta por refrigerador side by side, lavadora de louças, forno de parede com sistema Wave Touch, cooktop vitrocerâmico, cooktop a gás, coifa de ilha, coifa de parede e adega. 2006 Sistema de cozimento por indução para o Brasil, com o lançamento de mais um item da linha ICON, o Cooktop por Indução. 2007 Lançamento do Cooktop Portátil por Indução. 2008 Lançamento da lavadora Turbo Acqua Jet, com sistema de lavagem que economiza 40% de água, a família Turbo Economia, com função que permite reaproveitar a água da lavagem das roupas, e a lava-louça Blue Touch, com função ECO, que auxilia na economia de água.

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Mauro Sorgenfrei: “A Tecnologia da Informação deve ser usada de forma ética”

TECNOLOGIA A SEU SERVIÇO Presidente da Assespro-PR mostra como a Tecnologia da Informação pode (e deve) ser usada para acelerar o desenvolvimento 26 OPET&MERCADO SEGUNDO SEMESTRE 2009

Opet&Mercado

TECNOLOGIA ASSESPRO Desde meados desta década, a Tecnologia da Informação tem se tornado um fator estratégico para a competitividade das empresas. Os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) são crescentes e por conta disso, a cada ano, a direção das empresas aumenta a exigência com relação aos retornos dessa área. Com o intuito de mostrar este retorno e alinhar a TI ao negócio, as empresas estão tomando iniciativas relacionadas à “Governança de TI”. Por Governança de TI, entenda-se o conjunto de práticas e mecanismos que permite gerenciar, controlar e usar a TI de modo a criar valor para a empresa e permitir que decisões estratégicas sejam tomadas de forma consistente. Como exemplo destas práticas e mecanismos podem ser citados o Cobit, ITIL, Normas ISO, BSC, PMI, CMMi e MPS.br. Em empresas de grande porte é mais fácil identificar o alinhamento da TI com o estratégico, com uma Governança de TI estruturada. Nas médias e pequenas, a TI ainda está um tanto difusa dentro da estrutura corporativa. “Percebemos indicativos de domínio valor da TI, com o objetivo de melhorar os custos dos investimentos. Por isso é crescente o investimento de grandes fornecedores de TI no mercado SMB (small-medium business)”, diz o diretor presidente da regional Paraná da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia e Informação, o empresário Mauro Sorgenfrei, com 23 anos de experiência na área de TI e Telecom. As estimativas mostram que existem atualmente cerca de 1.400 empresas paranaenses ligadas aos setores de Tecnologia da Informação, gerando 12 mil posições de trabalho. Estado modelo — O empresário afirma que o Paraná é referência em qualidade em TI e cita como exemplo um projeto desenvolvido aqui e inédito no país pela quantidade de empresas participantes. É o projeto “Rumo ao CMMI / MPS.br”, que preten-


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Para uma vida melhor Mauro Sorgenfrei tem 44 anos e, no currículo, empresas como Banco Real, Sanepar, GVT e Sofhar. Como empresário, liderou por 10 anos a paranaense CEO Tecnologia, especializada em Segurança de Informações. Não acredita em demissões com o avanço da tecnologia, muito menos na dependência tecnológica da família Jetson (desenho animado dos anos 1960). Acredita, sim, na capacidade de mobilização da Assespro - PR, da qual é diretor-presidente.

Os Jetsons: só ficção

Como a Assespro/PR forma o Banco de Talentos? Através de convênios com as instituições de ensino nas quais existem cursos técnicos e de graduação na área de TI. Também são feitas ações em feiras e encontros, de forma a divulgar nosso site (bancodetalentos.assespropr.org.br), que está sendo redesenhado para ser um portal de oportunidades para profissionais e empresas .

Quem recebe o selo ou o Prêmio Assespro? Há metas a serem cumpridas para recebê-lo? O Prêmio divide-se em duas categorias, Serviço e Produto. O primeiro foi criado para empresas que se destacam pela inovação, qualidade e funcionalidade de seus serviços. Já o de Produto foi criado para reconhecer, premiar e incentivar as soluções de TI desenvolvidas pelas empresas associadas que, além de se destacar pela inovação, qualidade e funcionalidade, trazem ganhos de competitividade, produtividade e rentabilidade às empresas usuárias. São os associados que votam nas empresas inscritas.

PING PONG MAURO SORGENFREI

Quais os próximos planos da Assespro Paraná para seus associados? As propostas da gestão 2009-2010 estão em nosso site. Porém, destaco a constante integração entre empresas e o mercado; identificar e viabilizar a necessidade das empresas associadas referente à capacitação de seus colaboradores; fomentar iniciativas que visem a equalização da oferta e demanda de profissionais; apoiar a estruturação de núcleos de Inovação Tecnológica em Software, integrando empresas associadas, instituições e academia.

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de implantar a metodologia CMMI (Capability Maturity Model Integration) em 12 empresas de software de Curitiba. O CMMI é um manual de melhores práticas para gerenciar o desenvolvimento, a aquisição e a manutenção de produtos e serviços de software. Neste mesmo projeto, 31 outras empresas do estado estão implementando o modelo MPS.br, metodologia que nasceu com base no modelo do CMMI e nas normas ISO/IEC, mais voltado à realidade da cultura e do mercado brasileiro. “É importante discutir com todos os atores envolvidos quais as dificuldades que restringem a aplicação das leis de Inovação e do Bem. É necessário propor instrumentos legais complementares para o aperfeiçoamento de dispositivos dessas leis e aumentar o incentivo e fomento à pesquisa. É um trabalho não somente para as grandes empresas, mas, principalmente, nas pequenas e médias, que têm dificuldade de acesso a fomento”, diz Sorgenfrei. Estrutura — Para Sorgenfrei, o estado pode obter ainda mais destaque nacional na área. Ele pontua como meio eficiente para que isso aconteça a cooperação estratégica entre os seis APL de TI criados nas principais regiões do estado, em 2008. A Rede é um fórum que reúne as lideranças de Curitiba, Maringá, Londrina, Oeste, Sudoeste e Campos Gerais, e promove a discussão estratégica sobre a indústria de software e serviços de TI do Paraná e a aproximação de empresas, instituições de ensino e entidades públicas e entidades de apoio.

É o conjunto de práticas e mecanismos que permite usar a TI para criar valor para a empresa

Qualificação — A Assespro / PR está estruturando ações de parceria comercial e a adoção de programas que incentivem as empresas a investir na imagem. Sorgenfrei afirma que o empresariado do setor entendeu melhor o papel das faculdades no processo produtivo e parou de cobrar insistentemente a formação técnica, que é a maior carência. “Para ser um programador não é necessário ter diploma de graduação, basta uma boa capacitação técnica. E para as faculdades fica a função de pensar a TI, formar bons engenheiros de software, gerentes de projeto e outros requisitos em áreas afins”. O que o setor organizado de TI, por meio de suas entidades representativas, sendo a Assespro uma das líderes, quer lutar é pela criação e implantação de uma estratégia nacional de longo prazo para o desenvolvimento e uso da TI. “Queremos uma política estruturada para atingirmos nossos objetivos. Não adianta o Governo citar o setor de TI como vetor estratégico de desenvolvimento, quando na prática, não temos políticas agressivas e estruturadas de incentivo significativo ao setor. Essas medidas passam por questões tributárias, trabalhistas, fiscais, capacitação técnica e línguas e fomento à inovação para empresas de todos os portes”, afirma Sorgenfrei. E à medida em que a sociedade avança e muda padrões, a TI também cria novas rotas de desenvolvimento, ou por elas são induzidas. Portanto, o emprego da TI é dinâmico. O que hoje é ponta, amanhã é obsoleto, exigindo novos procedimentos, novos conceitos e mudança de atitudes para inovar, e assim aumentando sua empregabilidade. “Porém a TI é amoral, fria e, por isso, é importante destacar que o seu emprego deve ser sempre de forma ética e profícua. É triste ver pessoas usando essa poderosa ferramenta na prática de pedofilia, fraudes, bullying, que certamente são exemplos do uso equivocado da tecnologia.”

GOVERNANÇA DE TI

O futuro é a dependência tecnológica total, algo como os Jetsons? Dizer que a dependência será total é exagerado. Porém, há uma constante necessidade de o ser humano criar, produzir instrumentos, usando conhecimento científico para melhorar, aprimorar seu processo de interação com a natureza e com os demais seres humanos. É nesse sentido, da busca de uma melhor qualidade de vida, que acredito que iremos depender da tecnologia. SEGUNDO SEMESTRE 2009 OPET&MERCADO 27


EDUCAÇÃO ENTREVISTA

LIÇÕES DE CIDADANIA Diretora dos Colégios Opet ensina: escola forma caráter e deixa ensinamentos para toda a vida

A escola assume cada vez mais papéis que eram responsabilidade da família. Precisamos estar abertos para dividir reflexões

” * Bullying

Violência física ou psicológica praticada por um indivíduo (bully: “valentão”) ou grupo para intimidar ou agredir outro incapaz de se defender

A diretora geral de educação básica dos colégios Opet, Tania Regina Fontoura Setti, formada em Pedagogia e diretora escolar nos últimos 26 anos, é referência quando o tema é gestão administrativa, supervisão pedagógica e orientação educacional. Como ponto inicial da conversa, ela diz que a linha mestra do trabalho pedagógico da Opet é o de promover o conhecimento voltado para o dia a dia do aluno, estabelecendo uma relação entre a escola e a vida, o trabalho e a consciência social. Para aprofundar o tema desta edição, que é educação e qualificação profissional, Tania Setti recebeu Opet&Mercado e falou também sobre a política educacional da Opet e quais os papéis que a escola tem, atualmente, na vida dos alunos e de suas famílias.

educacional como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Prova Brasil, como exemplos. A partir dos resultados obtidos, as escolas terão indicadores sobre a qualidade do ensino que oferece e os resultados atingidos por seus alunos, ou seja, a formação adequada deles.

Escolas formam alunos corretamente? Primeiro devemos analisar em que contexto cada escola está e quais objetivos são definidos para a formação de seus alunos. Não acredito em fórmulas ou receitas prontas que definam uma escola de qualidade. No entanto, temos indicadores que nos levam a resultados eficientes quanto à formação dos alunos.

Faltam dados para as escolas preparem os alunos para o vestibular e, depois, para o mercado? O aprendizado acontece a partir de elementos significativos do cotidiano, que fundamentam a construção da consciência científica e social dos estudantes. A escola deve oportunizar desafios, questionamentos e orientações que impulsionam esse aprendizado. Em cenários socioeconômicos cada vez mais dinâmicos, devemos qualificar cada vez mais nossos professores para que possam interagir e trabalhar com o aluno. No caso do Ensino Médio, os professores têm, entre outras funções, a de preparar os alunos para os vestibulares, assim como para os desafios de um mercado de trabalho cada vez mais exigente.

E como medir? A escola deve cumprir seu papel na formação priorizando os aspectos sociais, políticos e culturais. São muito importantes também os resultados classificatórios de seus alunos em provas de vestibulares, avaliação

De que forma a Opet trabalha a formação de seus alunos? Buscando desenvolver a interiorização e a exteriorização de conceitos éticos e de cidadania. Com a assistência dos professores, os alunos vivenciam e

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colocam em prática suas capacidades de interferir na realidade, criando e construindo projetos que visam a cooperação e a real transformação do meio em que vivem. Todos os projetos apresentados por nossos alunos têm como objetivo desenvolver habilidades interdisciplinares e colocar em prática a iniciação à pesquisa cientifica. Para a realização dos projetos — Seminar, Orgulho Opet, Viver Opet, Mostra do Conhecimento, Mostra Literária, Oficina de Artes, Teatro, Olimpet, Grêmio, Simplesmente Brincar entre outros —, os alunos fazem visitas pedagógicas e técnicas, passeios, experiências e estudos de casos. Neste processo, eles coletam dados e subsídios para o desenvolvimento de suas tarefas e, ao mesmo tempo, trabalham várias áreas do conhecimento, integradas ao Projeto Pedagógico do Colégio. Como a Opet prepara o aluno? A linha mestra do trabalho pedagógico é promover o conhecimento voltado para o dia-a-dia do aluno, estabelecendo uma relação entre a escola e a vida, entre o trabalho e a consciência social. Nosso trabalho está direcionado para estimular o exercício da cidadania, para o desenvolvimento de habilidades interdisciplinares e para prepará-los, não somente para as principais provas de avaliação educacional, mas também para um mercado cada vez mais competitivo. Quais itens são valorizados nesta formação? Matriz curricular, formação de professores, aulas que trabalham dados do dia a dia dos alunos? Todos. A educação é um processo integral. A busca por uma escola de qualidade começa com uma proposta pedagógica que deve ter suas metas e objetivos claramente definidos. Definimos a matriz curricular que atenderá


Opet&Mercado

Semi-Extensivo e o Intensivão, todos destinados a preparação para os vestibulares e provas de avaliação educacional (Enem). Para 2010, teremos a oferta de novos cursos técnicos na Unidade Rebouças.

Tania Setti: “A escola deve oportunizar desafios que impulsionem o aprendizado”

as necessidades de diferentes áreas do conhecimento. Neste processo, desenvolvemos planos de capacitação para professores e equipes pedagógicas ao longo de todo o ano letivo, uma vez que o propósito dos professores Opet é o de criar desafios, questionamentos e orientações que impulsionam o aprendizado. Os professores oferecem para os nossos alunos, uma grande diversidade metodológica — contextualização, problematização, experimentação, produção escrita —, para que, desta forma, se construa um aprendizado significativo.

Sob sua administração ocorreram mudanças na condução da educação na estrutura da escola? As mudanças acontecem sempre. A gestão dos processos, sejam eles administrativos ou pedagógicos, só tem sentido quando está direcionada para a qualidade do ensino e da aprendizagem. Implementar o projeto político pedagógico, revisar a organização do currículo, atrelar nossas ações e objetivos educacionais ao momento histórico em que vivemos são algumas das tarefas que deve-

mos dividir com todos os envolvidos no processo educativo. Outras mudanças implantadas atendem o cumprimento de determinações dos órgãos oficiais, incluindo as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Espanhol. Entre os objetivos da gestão administrativa educacional, buscamos a unificação de nossas unidades escolares e, certamente, o crescimento e a capacitação do nosso corpo docente, diretores e equipes pedagógicas dos Colégios Opet. Neste segundo semestre de 2009 foram ofertados os Cursos Preparatórios para o Enem, o

Um assunto em debate no meio educacional é o bullying*. As escolas estão preparadas para lidar com o universo externo dos alunos como conflitos familiares, drogas, sexualidade e violência? Mesmo a escola sendo um dos principais agentes de mudança, que prioriza o respeito, a cooperação e a boa convivência de sua comunidade escolar, ela não está livre da violência e de sofrer atos de violência e vandalismo. Todas as escolas, públicas ou privadas, sofrem com diferentes tipos de violência. Um deles é o intercâmbio digital (internet), que para alguns passou a ser ferramenta de constrangimento moral. Outro é o bullying que afeta emocionalmente colegas e professores, não esquecendo da sexualidade precoce, entre outros problemas. A violência, na sua grande maioria, tem origem no uso de drogas e álcool, e cresce a cada dia, tornando a escola um dos grandes focos de ataques. A falta de limites e os atos agressivos desses alunos precisam ser contidos e, para isso, a família deve estar comprometida em assumir suas responsabilidades. Não podemos buscar soluções trabalhando de forma isolada, pois sabemos que nesses casos as relações sociais se estabelecem e se entrelaçam com os conflitos familiares. A escola assume cada vez mais papéis que eram de responsabilidade da família. Para estabelecermos uma parceria entre a escola e a família, precisamos estar abertos para dividir reflexões, trocar informações e outras ações que ajudem o aluno em seu pleno desenvolvimento social, intelectual e profissional.

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EDUCAÇÃO GESTÃO

ATENTA AO MERCADO Escola deve ser apoio para formação profissional, afirma gestora de ensino do Colégio Opet Uma das grandes dificuldades das instituições de ensino no Brasil: não foram criadas para uma população trabalhadora, mas para a elite. A observação é da Gestora de Ensino do Colégio Opet (unidade Rebouças), Cristiamari Carvalho Feitosa, ao analisar o nível de preparação das instituições na formação de alunos para o mercado de trabalho. O Brasil tem dificuldades para preencher vagas no mercado de trabalho que exijam qualificação profissional. A Educação Básica brasileira é focada na preparação para o Ensino Superior, o que fragiliza a preparação para o trabalho. No País, somente 10% dos alunos matriculados estudam a Educação Profissional de Nível Médio (Ensino Técnico), enquanto em países desenvolvidos o índice chega a 65%. A estrutura brasileira de ensino não é centrada no mercado de trabalho, que cada vez mais exige escolaridade e qualificação. Há 14 anos no quadro docente da Opet, Cristiamari afirma que a origem das instituições de ensino no Brasil, para as elites, é um dos principais motivos de as escolas terem dificuldades na aproximação com o mercado de trabalho. “A educação básica teria que dar um suporte maior para formar futuros trabalhadores, até mesmo para a escolha de uma profissão. Espero que a mudança no vestibular e a reformulação do ensino médio possam aproximar os jovens, que não escolheram o curso técnico no ensi-

no médio, a ter acesso a uma formação para o mundo de trabalho”, disse Cristiamari. Esse distanciamento é uma questão histórica e cultural, pois a educação no Brasil foi criada “dos muros da escola para dentro” e, dificilmente, são trabalhados com os alunos assuntos que acontecem para além deste limite. O desafio de mudar esse paradigma é uma das atribuições do gestor educacional. É preciso formar professores com sustentação teórica, mas também com vivência prática , que deve ser desenvolvida com seus alunos. Levar a realidade para a sala de aula é fator motivacional para o educando e a garantia de diminuição da evasão escolar, tanto na educação básica como no ensino superior. Função — Atualmente, o Gestor Educacional tem como principal atribuição o planejamento pedagógico, financeiro e organizacional de sua segmentação de ensino. Ele deve cumprir com as políticas e diretrizes da empresa, e principalmente, cumprir metas dos índices de qualidade de ensino exigidos pela instituição. Para isso deve elaborar anualmente um plano de ação, junto com sua equipe e colocar em prática todas as propostas elaboradas no plano. “Esse é o nosso grande diferencial porque inicialmente tínhamos uma escola menor, somente com Educação Básica. Hoje, a Opet é composta por três unidades, com oferta de Educação Básica e Superior, e é preciso descentralizar o processo de

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gestão”, afirma. No longo caminho para alcançar a eficiência, o setor educacional conta com várias referências de qualidade. A escola deve ter metas definidas para seus índices internos e externos. A qualidade de ensino tem que ser acompanhada pelo desempenho de estudantes e docentes da instituição. O importante é o Gestor Educacional traçar estas metas com sua equipe e ter um ótimo plano de ação, consistente para a escola atingir os índices qualidade desejados. Perfil — Como Gestora de Ensino da Unidade Rebouças (que oferece Ensino Médio e Ensino Médio Técnico), Cristiamari Feitosa diz que eles recebem muitos alunos que terminaram o Ensino Fundamental em outras escolas, e que desta forma é muito importante que eles sejam acolhidos com o alicerce da identidade pedagógica. Todas as ações devem ter o objetivo de desenvolver o ser humano para cidadania plena, com direitos e deveres. “Temos

um grupo de alunos que chamamos de Escola de Líderes, que nos ajuda a fortalecer nossos princípios e valores educacionais. Esta é fortaleza da instituição, ter alunos comprometidos com a nossa identidade.” O aluno que faz estágio a partir da segunda série do Ensino Médio Técnico e com 16 anos, passa a ser um grande aliado na política de Educação Profissional, porque ele passa a ter mais interesse nas aulas das disciplinas técnicas. Avaliações feitas com estes alunos mostram que eles melhoram a conduta, participam ativamente das aulas, consegue criar vínculos da sua aprendizagem teórica e percebem a necessidade da teoria para desempenhar suas atribuições no estágio. Até mesmo a relação com o professor fica melhor. O aluno começa a perceber que o professor é o apoio para a formação profissional, e que as simulações feitas em sala são fundamentais para o sucesso dele (aluno) no mercado de trabalho.


ADOLESCENTES O COMPORTAMENTO, ONTEM E HOJE

A hora difícil da decisão Cristiamari Carvalho Feitosa trabalha desde os 17 anos. Antes mesmo de entrar na universidade, ela já tinha alguma experiência profissional, e isso a ajudou a valorizar a formação. Uma das certezas que tinha na época, era de que a carreira profissional dependeria da aprendizagem e do desempenho no banco escolar. Formada em Química Industrial (PUC PR), lecionou Química, de 1994 a 2004, em escolas públicas e particulares. Em 2001 fez a primeira pós-graduação em Gestão de Processos Pedagógicos e, em 2005, um MBA em Gestão Educacional. Acostumada a lidar diariamente com adolescentes, nestes 14 anos de tra-

As relações interpessoais são mais superficiais. E as escolas têm de lidar com um novo contexto tecnológico balho na Opet afirma que pouca coisa mudou no comportamento dos alunos na faixa etária dos 14 aos 17. “É uma fase muito difícil, pois estão formando seu escopo de adulto, devem tomar decisões para sua profissão e se preparar

para processos de seleção.Neste período, os graus de responsabilidade e de pró-atividade que se exigem deste estudante são elevados e dificilmente pais e professores têm o retorno desejado. “Não há muita diferença na característica do aluno há 14 anos. Temos sim, uma nova geração que possui acesso rápido à tecnologia, que se comunica de forma digital com as pessoas e com o mundo. As relações interpessoais são mais superficiais, eles têm dificuldades com vínculos e, geralmente, a família e a escola não sabem lidar com este novo contexto tecnológico e suas relações com as pessoas que convivem”, afirma.

COLÉGIO OPET • O colégio Opet foi fundado em 1986, com endereço na Av. Iguaçu, 755, Curitiba. Atualmente é denominado de Unidade Rebouças. • Em 2009 são 580 alunos no Ensino Médio e Ensino Médio Técnico. São estudantes que encerraram o Ensino Fundamental em instituições públicas e privadas e buscam a antecipação do conhecimento profissional no Ensino Médio. Os alunos estão na faixa etária de 4 a 18 anos. Cerca de 60% dos egressos estão no mercado de trabalho na área de formação técnica.


ORIENTAÇÃO VALE MAIS QUE MILHÃO Bom desempenho escolar e análise precisa do perfil colocam candidatos em vagas certas, com ganhos para empregador e empregado Determinação. Assim se resume o comportamento do exaluno da Opet Manoel Helvécio Pereira, formado em Gestão de RH, em 2008. Orientado pela equipe da Opet Placement, ele começou a trabalhar, em abril de 2008, como assistente no Hotel Del Rey, no centro de Curitiba, e um ano após a contratação passou à gerência de RH. Aos 23 anos, ele comanda 36 funcionários e acha pouco. “Adoro o que faço, mas quero mais”, diz o recém-formado que tem na hierarquia do hotel, acima do cargo que ocupa, apenas o gerente geral e o diretor da empresa. Este é apenas um dos exemplos bem sucedidos do trabalho da Opet Placement, a agência de orientação, colocação profissional e desenvolvimento de carreira do Grupo Educacional Opet. Em 2009 participam do programa 500 empresas conveniadas. Cerca de 160 alunos estão em estágio e há 40 vagas em aberto no banco de dados da agência. Com uma nova estrutura de gestão, sob a coordenação do professor Ronaldo Rangel, a Opet Placement reforçou a equipe com uma pedagoga e duas tecnólogas em Recursos Humanos (nas unidades Rebouças e Centro Cívico), e ampliou o horário de atendimento, permitindo cobrir os três turnos de alunos interessados (das 8h às 21h). Os alunos da unidade do Portão serão atendidos conforme a demanda. “Nossa filosofia de trabalho está baseada na constante busca da melhoria, tanto no volume de encaminhamentos ao mercado de trabalho de nossos

É um caminho para a colocação profissional, um canal de relacionamento e de movimentação no mercado

Ronaldo Rangel Coordenador Opet Placement

alunos e ex-alunos, como na qualidade deste serviço”, diz Rangel. Os números de empresas conveniadas e de vagas ofertadas são dinâmicos e a nova coordenação da agência acredita que eles podem crescer substancialmente até o fim deste ano em virtude de novas parcerias e do trabalho de todos os interessados. Meta — A Opet Placement possui metas qualitativas e quantitativas muito claras. Por isso, o campo de atuação está dividido em dois grandes segmentos. O primeiro, e mais conhecido, é o Placement, propriamente dito. É a colocação ou recolocação profissional, atendendo os alunos desde o Ensino Médio até a pós-graduação, tanto em caráter de estágio acadêmico como emprego efetivo. O segundo campo é o do desenvolvimento profissional voltado para a colocação profissional, por meio de cursos, palestras e workshops. Entre as inovações

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da agência de orientação está a retomada da conhecida e bem sucedida Escola de Líderes. Rangel diz que para isso serão usadas as ferramentas de comunicação da Opet, como a revista Opet&Mercado e as demais ferramentas eletrônicas da instituição de ensino. “Atenderemos com a mesma atenção nossos exalunos. Para tanto, faremos o máximo para desenvolver as redes de relacionamento entre todos os interessados neste processo: instituição Opet, alunos, ex-alunos, comunidade acadêmica e mercado de trabalho”. Outro desafio da atual coordenação é o de tornar a Opet Placement reconhecida por 100% dos professores e alunos da instituição até o fim de 2009. Orientação — Assim como Manoel Pereira, outros jovens encontraram o caminho profissional através das facilidades apresentadas pela Opet Placement. “Sei da competência da Opet. Eles traçam o perfil certo para cada indicação. É uma junção de mérito e estudo. Seria mais difícil encontrar estágio sem a ajuda da agência”, afirma Manoel. Desde que assumiu o cargo de gerente, ele contratou outros dois funcionários indicados pela Opet Placement. A atuação de Manoel é motivo de orgulho para a equipe da agência de orientação. Além de ter sido um aluno exemplar, Manoel implantou mudanças na administração do hotel logo que assumiu e que, em menos de um ano, apresentaram resultados. Como exemplo, ele promoveu treinamento motivacio-

nal, o que diminuiu a rotatividade dos funcionários e aumentou o engajamento deles nos serviços diários para os quais foram contratados. Isso melhorou o serviço e atendimento do hotel. Ele também aumentou o valor do vale refeição e ampliou o número de funcionários com plano de saúde. Na próxima etapa administrativa, Manoel Pereira quer implantar uma pesquisa de satisfação. “É motivo de orgulho para nós porque um exaluno hoje está bem colocado no mercado e em pouquíssimo tempo assumiu funções importantes e se tornou líder do grupo que comanda”, diz Rangel. O coordenador complementa e diz que considera fundamental a participação da Placement na definição das vagas e no encaminhamento dos alunos, feito de acordo com o perfil da oferta e da procura. Segundo Rangel, a Opet Placement tem o papel de ligar o profissional qualificado ou em processo de qualificação na instituição de ensino com o mercado de trabalho real. “Consideramos que nossa atuação neste sentido tem muito a desenvolver. Uma de nossas novas estratégias é apresentarmos nas próximas edições de Opet&Mercado os dados estatísticos deste desenvolvimento.” A Opet Placement pode ser o caminho mais “curto” e “rápido” para a colocação profissional, bem como um importante canal de rede de relacionamento corporativo, favorecendo a entrada ou mesmo movimentação no mercado de trabalho. Rangel afirma ainda que o modelo da Opet Placement apresenta resultados altamente positivos porque está muito mais alinhado com o mercado de trabalho, do que o atendimento oferecido por outras instituições. Ele reforça que a agência do grupo Opet tem uma visão moderna e empreendedora, sem perder o cunho acadêmico, a conduta ética e o trato humanista das questões.

Opet&Mercado

TALENTOS OPET PLACEMENT


... de concessão de crédito para pessoas físicas do banco HSBC: experiência interna Manoel Pereira, formado em Gestão de RH na Opet, em seu trabalho no Hotel Del Rey: “Quero mais na carreira”

O QUE É COMO FUNCIONA A OPET PLACEMENT ○

O emprego chega antes da formatura A Opet Placement é uma agência de orientação, colocação profissional e desenvolvimento de carreira que oferece programas que preparam e encaminham alunos para o mercado de trabalho. Isso acontece por intermédio de agências de empregos e agentes integradores, como é o caso do Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR). Além da indicação de oportunidades, a Opet Placement orienta o aluno sobre como preparar um currículo e como se comportar em entrevista de emprego e dinâ-

mica de grupo. A agência também acompanha a trajetória profissional do aluno. As empresas conveniadas passam a contar com estagiários, trainees e profissionais preparados para o trabalho descrito na vaga ofertada. Uma das características da Opet é que a maioria dos alunos já está inserida no mercado de trabalho e no mundo dos negócios antes mesmo de se formar, o que facilita a discussão de casos reais, aumenta a praticidade das aulas e fortalece a formação da rede de relacionamento (network).

Do bom currículo ao marketing pessoal Técnica de comunicação e ética profissional Palestras e dinâmicas de grupo com os alunos Eventos de aproximação com o mercado Programa de estágios voluntários escolacomunidade

Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR), com postos de atendimento nas Faculdades Opet. Treinamentos para empresas e alunos-candidatos Autoconhecimento e desenvolvimento profissional Motivação e marketing pessoal

Entrevistas, currículos

Ofertas de vagas para estágios

Convênio com o Centro de

Convênios com empresas

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EMPREGO SINE

PERFIL DE QUEM BUSCA TRABALHO Números do SINE PR mostram evolução da qualificação da mão-de-obra no Paraná. E revelam o descompasso entre a formação e a demanda ÂNGELA DE FÁTIMA GRANDE CARTENS

A criação do Sistema Nacional de Emprego, no Brasil, foi em 1975, tendo sua primeira unidade instalada na cidade de Joinville, em Santa Catarina. No Paraná, em 1977, foi criada a sua primeira unidade na cidade de Curitiba, coincidindo com o fim do “Milagre Econômico”, marcado pelas mais altas taxas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) registradas no país. Na época, o governo, por meio do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento) partiu do pressuposto de que o desemprego seria superado por meio do ajustes na oferta e demanda do mercado de trabalho. Este pressuposto fundamentava-se na alegação de que, o dinamismo da economia brasileira estaria gerando um número suficiente de empregos, em face de um mercado de trabalho agora mais abrangente e complexo. Assim, o Sistema Nacional de Emprego no Paraná nasceu num contexto de desenvolvimento econômico e social, que determinou a ênfase principal nos processos de intermediação de mão-de-obra, como solução ao desemprego friccional. Atualmente, o SINE/PR tem em sua rede 245 unidades de atendimento com os programas de intermediação de mão de obra, seguro-desemprego, qualificação profissional, geração de trabalho e renda e ações de microcrédito, além de alguns serviços especializados como o

A IDADE DOS TRABALHADORES Distribuição dos trabalhadores inscritos Sine PR por faixa etária Faixa Etária Até 18 anos 19 a 24 anos 25 a 30 anos 31a 36 anos 37 a 42 anos 43 a 48 anos 49 a 54 anos Acima de 55 anos

2006 77.551 224.817 172.610 123.601 92.101 59.482 32.379 16.949

% 9.7 28.12 21.59 15.46 11.52 7.44 4.05 2.12

2007 66.892 205.091 158.289 107.853 79.857 52.074 28.067 14.247

% 9.39 28.79 22.22 15.14 11.21 7.31 3.34 2.00

2008 59.652 168.664 133.089 91.495 66.815 44.483 24.499 13.243

% 9.91 28.02 22.11 15.20 11.10 7.39 4.07 2.20

A ESCOLARIDADE DE QUEM BUSCA TRABALHO Distribuição dos trabalhadores inscritos Sine PR segundo escolaridade Escolaridade Analfabeto Alfabetizado Primário Incompleto Primário Completo I Grau Incompleto I Grau Completo II Grau Incompleto II Grau Completo Superior Incompleto Superior Completo

2006 3.438 5.515 37.416 63.719 119.604 98.737 122.882 267590 44.612 35.977

% 0.43 0.94 4.68 7.97 14.96 12.35 15.37 33.22 5.58 4.50

2007 2.921 6.483 30.632 52.003 107.568 90.471 112.697 241.493 39.608 28.495

% 0.41 0.91 4.30 7.30 15.10 12.70 15.82 33.90 5.56 4.00

2008 2.287 5.297 26.124 41.895 90.231 70.367 93.180 206.044 37.621 28.893

% 0.38 0.88 4.34 6.96 14.99 11.69 15.48 34.23 6.25 4.80

% 73.18 4.43 19.65 0.06 0.45 2.23

2008 443.390 27.027 114.610 482 3.431 13.002

% 73.66 4.49 19.04 0.08 0.57 2.16

DISTRIBUIÇÃO ÉTNICA Os trabalhadores inscritos no Sine PR por cor/raça Raça Brancos Pardos Negros Índios Amarelo Não Informado

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2006 587.865 33.579 154.461 400 4.157 19.028

% 73.53 4.20 19.32 0.05 0.52 2.28

2007 521.312 31.558 139.981 427 3.206 15.886


LENDO NÚMEROS

O diploma que faz falta

Opet&Mercado

A escolaridade merece uma atenção especial e o gráfico revela dados interessantes:

Ângela de Fátima Grande Cartens é coordenadora de Intermediação de Mão-de-Obra da Secretaria Estadual de Trabalho do Paraná

PPD - Programa de Apoio à Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho e CPA — Central de Profissional Autônomo. Os dados apresentados no primeiro gáfico retratam os perfil dos trabalhadores inscritos nas 245 (duzentos e quarenta e cinco) unidades do Sistema Público de Emprego,Trabalho e Renda nos anos de 2006, 2007 e 2008. Como se pode observar, o perfil dos trabalhadores inscritos nas unidades de atendimento ao trabalhador no SPTER, no Paraná, seguem a mesma tendência, como revela a série histórica em análise, ou seja, do total de trabalhadores inscritos, há uma maior concentração daqueles que estão na faixa etária entre 19 e 24 anos de idade, com aproximadamente 29%, do universo total dos inscritos, ocorrendo um ligeiro decréscimo

desta faixa etária no ano de 2008, em torno de 0,77%. Como revela o gráfico 1, no ano de 2008 ocorreu um acréscimo dos trabalhadores inscritos com idade superior a 49 anos, com uma variação de 0,73% em relação ao ano de 2007, e de apenas, 0,02% em relação ao ano de 2006. As demais faixas etárias seguem numa tendência estável. Esta ligeira tendência observada no perfil etário dos trabalhadores colocados, deslocando-se para aqueles que estão com idade superior a 49 anos, pode refletir o aumento na expectativa de vida dos brasileiros. Estes se mantêm produtivos por mais tempo e vem revertendo uma situação considerada inaceitável há cinco anos, quando os trabalhadores com mais de 40 anos tinham dificuldades de ingressar e manter no mercado de trabalho.

Em relação ao nível de escolaridade, há um maior número de inscritos, daqueles que possuem o Ensino Médio completo, registrando um percentual médio de 33,78% no decorrer dos anos em análise. Houve uma melhora daqueles que estão cursando o Ensino Médio no ano de 2007, saindo de 15,37% para 15,82%, porém houve um decréscimo de 0,34 % no ano de 2008, em relação ao ano de 2007, contudo permanece, com um índice de 0,11% acima do ano de 2006. Como revelam os dados do gráfico, há predominância dos trabalhadores da raça branca, com uma média de 73,45%, registrada nos 3 últimos anos, seguidos da raça negra com um percentual médio de 19,34%, no período em análise. Este dado, não caracteriza indícios de discriminação, mas revela o perfil racial da população paranaense.

a) O perfil dos trabalhadores está além da demanda do mercado de trabalho, quando se trata de trabalhadores de baixa escolaridade. 0,41% dos candidatos são analfabetos enquanto 5,14% das vagas aceitam analfabetos. 0,83% dos candidatos são alfabetizados enquanto 10,13% das vagas aceitam trabalhadores alfabetizados. 4,50% dos candidatos possuem primário incompleto enquanto 5,77% das vagas exigem trabalhadores com primário incompleto. b) O perfil dos trabalhadores está além da demanda do mercado de trabalho, quando se trata de trabalhadores de média escolaridade, a saber: 21,76 % das vagas exigem um nível de escolaridade entre primário completo a 1º grau completo, enquanto 34,90% dos candidatos este nível de escolaridade. 49,01% dos candidatos tem segundo grau incompleto ou completo, enquanto, 20,99% das vagas demandam este nível de escolaridade. 0,67% das vagas ofertadas, exigem nível superior incompleto, enquanto 6,20% dos trabalhadores cadastrados têm nível superior incompleto. c) O perfil dos trabalhadores está aquém da demanda do mercado quando se trata de trabalhadores com nível superior, a saber: 14,13% das vagas exigem nível superior completo e somente 5,07% dos candidatos possuem este nível de escolaridade.

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CAPACITAÇÃO CARREIRA

MANUAL DE

SOBREVIVÊNCIA NO MUNDO CORPORATIVO Saber se expressar faz a diferença Verdade. Alguns verbos ajudam a expressar ação, comprometimento e qualidades nos candidatos. Não exagere, use o que tem relação com suas habilidades e experiências: administrar, analisar, aumentar, avaliar, colaborar, construir, controlar, coordenar, criar, eliminar, simplificar, cultivar, dirigir, gerar, empreender, expandir, maximizar, melhorar, manter, motivar, mudar, negociar, organizar, otimizar, planejar, prever, reduzir, projetar, promover, racionalizar.

Mitos sobre o currículo Barulho não prova nada. Uma galinha bota um ovo e cacareja como se tivesse botado um asteróide. Mark Twain, escritor (EUA) O currículo deve ser extenso Falso. Ninguém mais tem tempo para ler centenas de currículos extensos, maçantes e complexos. Tópicos facilitam a leitura Verdade. Quando o número de currículos é grande, o entrevistador dá atenção aos de leitura fácil. Escrito a mão é mais valorizado Falso. Em tempos de informatização e internet, vale a facilidade de leitura e rápida compreensão.

O que vale é a originalidade Falso. Apenas nas áreas criativas (publicidade, design etc), um formato mais arrojado é diferencial positivo. Na maioria dos casos, simplicidade e sobriedade devem prevalecer. Um currículo para todas as ocasiões Falso. Elabore currículo de acordo com cargo e perfil da empresa. Mencione a pretensão salarial Depende. Mencione se for solicitada, salário deve ser tratado na entrevista. Anexe foto, fotocópias e referências Falso. Foto somente se for solicitada. Deixe para mostrar diplomas, certificados e cartas de referência na entrevista. E somente se isso for ajudar.

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• Mapeie fatores críticos de sucesso. Sem eles, tudo será em vão. • Priorize o importante, sempre haverá um momento em que será necessário fazer escolhas. • Busque participação de todos. Substitua posturas solitárias por solidárias. • Seja idealista realista. Sonhe, mas com os pés perto do chão. • Não desanime, pense positivo, pois o sucesso é construído em cima de dificuldades. • Não espere alcançar um grande objetivo para reconhecer o esforço coletivo. Para manter a equipe motivada, é decisivo ir celebrando pequenos avanços. • Faça revisões periódicas e os necessários ajustes. Planos que não podem ser mudados jamais devem ser implantados.

É melhor entregar pessoalmente Depende. Envie conforme a solicitação, geralmente pelo correio ou por e-mail.

Atitudes para chegar lá

Sem drama para falar

Quem escolhe não decidir, já tomou uma decisão. Provavelmente a pior decisão. Neil Peart, músico (Canadá)

Falar sem pensar é atirar sem mirar. Ditado popular

Não é fácil, mas é possível. Para ser bem-sucedido é preciso disciplina, organização, planejamento, objetividade, persistência, solidariredade e compartilhamento. No mundo corporativo não há espaço para atuações solitárias. • Defina claramente objetivos. O universo só conspira a favor de quem sabe aonde quer chegar. • Faça um cronograma. Tempo e recursos são preciosos.

Falar em público assusta, mas não é dificuldade restrita a tímidos. Gente experiente também “treme na base”. Com treino e organização, você também conseguirá passar o recado. Saber se comunicar e falar em público é fundamental para turbinar a carreira . Para o professor Reinaldo Polito, especialista na área, algumas dicas ajudam: Aborde temas que, de fato, domina. Quem conhece bem o assunto fica menos dependente de roteiros e recursos audiovi-


suais. Saiba bem o que você vai dizer. Se o texto não estiver bem assimilado, pode ocorrer esquecimento. Procure saber antecipadamente o perfil da platéia. A linguagem do orador ou apresentador deve estar em sintonia intelectual e técnica com os ouvintes. Aja com naturalidade e espontaneidade. Assim, eventuais erros e falhas terão baixa percepção da platéia e não afetarão a qualidade da apresentação. É importante que a credibilidade do palestrante seja assegurada já no início da apresentação, o que é possível agindo de forma natural e espontânea. Leve um roteiro escrito com os principais passos de apresentação. Dá mais segurança. Se tiver de ler um discurso, cole a folha de papel numa cartolina. Se as mãos tremerem, o público não perceberá. Quando acontecer o temido branco, não se desespere. Repita a última frase para tentar lembrar a seqüência. Se este recurso falhar, diga que mais à frente voltará ao assunto. Antes de fazer sua apresentação, reúna pessoas próximas e treine. Também exercite respostas a possíveis perguntas para não se surpreender.

Reuniões que funcionam Aqueles que vivem reclamando que elas são um martírio interminável, saibam que “reuniões podem funcionar”. Se você, no cargo que ocupa, tem o poder de convocar e dirigir reuniões, experimente fazer o seguinte: ANTES DA REUNIÃO • Na convocação, informe a pauta a ser tratada e a duração da reunião. Todos devem saber o quê e com quem irão discutir, e assim poderem se preparar para a reunião. Encontro de no máximo 60 min., o que antecipadamente acalmará aqueles que “não são muito chegados a reuniões”. • Só convoque quem tem, de

fato, poder de decisão e reais condições de contribuir. Pesquisas mostram que 30% dos participantes não têm relação direta com o assunto a ser tratado. ABERTURA DA REUNIÃO • Comece rigorosamente no horário, independentemente do número de presentes. A maioria chega atrasada porque, de um modo geral, já sabe que as reuniões não começam no horário planejado. • Enfatize para todos que a duração é de, no máximo, 60 minutos. Se o assunto não pode ser tratado em uma hora, então não é caso para reunião. Busque alternativas, como grupos de trabalho, força-tarefa etc. • Reforce o que já foi informado na convocação, isto é, serão tratados apenas os assuntos que estão na pauta. Isto criará disciplina no grupo e tornará as reuniões mais focadas e objetivas. • Deixe claro que o objetivo é discutir os assuntos pautados e buscar soluções com esta única reunião. E que apenas excepcionalmente poderão ocorrer outros encontros para tratar dos mesmos temas. Reuniões são pródigas em gerar filhotes, por isso é importante cortar logo o mal pela raiz.

Reuniões são indispensáveis quando não se quer decidir nada

John Kenneth Galbraith Economista (EUA)

• Informe que, no máximo, até o dia seguinte será enviada ata relatando o que ficou decidido e as providências a serem tomadas. Isto permitirá que todo participem ativamente da reunião, em vez de priorizarem as anotações ou ficarem plugados em seus notebooks. DURANTE A REUNIÃO • Ouça e dê espaço para sugestões e diferentes pontos de vista. Fuja da tentação de monopolizar a discussão e evite inibir a participação dos mais tímidos. E fique de olho nos “alpinistas corporativos”, certos tipos pernósticos que aprovei-

tam para gargantear e teorizar, para tentar impressionar, buscar visibilidade e ganhar notoriedade. • Saiba administrar os conflitos. Encontros assim são palco para gente exibicionista e arena (como os circos romanos) onde alguns participantes procuram esgrimir divergências pessoais. • Após a discussão de cada item da agenda, deixe claro o que ficou decidido e encerre a discussão. É comum não ficar claro o que foi aprovado, motivando alguns participantes a retomarem o assunto. DEPOIS DA REUNIÃO • Envie a ata da reunião e as informações adicionais (se for o caso) para todos os participantes e demais envolvidos nas questões tratadas. Assim, ninguém poderá alegar, mais tarde, falta de clareza e definições, pretexto para não fazer aquilo que precisa ser feito. • Fique atento e monitore a execução do que ficou decidido na reunião. Uma imersão no mundo corporativo mostra que, após as reuniões, os ânimos de todos tendem a esfriar se não houver uma percepção de que as ações estão sendo monitoradas e serão cobradas.

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ANIMAL BUSINESS ODYR

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