Opet & Mercado n32

Page 1

www.opet.com.br

mercado

&

Publicação do Grupo Opet | Curitiba, Paraná | Número 23 | Ano XII | Circulação dirigida

NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO Mariana Smolka, criadora do #CuritibaCool, conta como suas referências a levaram do universo do Instagram para lugares e possibilidades que ela nem imaginava


Grandes transformações não têm hora nem data para acontecer. Colégio - Faculdade - Pós-Graduação Ensino a Distância - Opetwork - Editora - Gráfica - Instituto opet.com.br


O que se aprende hoje transforma o amanh達.


Editorial

Ano XII| Número 23 | 2015 GRUPO EDUCACIONAL OPET Diretor-Presidente

José Antonio Karam

José Antonio Karam Presidente Grupo Educacional Opet

Em tempos de transformações econômicas no país, o mercado de comunicação é um dos que mais passa por mudanças. Há alguns anos, vemos os jornais impressos precisando se reinventar, tanto no conteúdo como no formato. A cada dia também surgem ‘novos concorrentes’, sejam sites, blogs, mídias sociais, tv por demanda e tudo mais que a tecnologia pode proporcionar.

Diante desse cenário desafiador, a revista Opet & Mercado conversou com diversos profissionais para saber quais são as novas formas de comunicação que estão se mostrando efetivas, tanto para o público final como para os clientes que desejam mostrar seus produtos e serviços. Apresentamos um panorama de como está o mercado paranaense para quem trabalha ou deseja ingressar nas áreas do jornalismo, publicidade, marketing e webdesign. Por outro lado, também paramos para ouvir profissionais de destaque que estão nesse mercado há bastante tempo. Trazemos a história e o ponto de vista profissional do jornalista Sandro Dal Piccolo, editor-chefe na Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e da apresentadora de rádio, Maria Rafart, que está no ar há 12 anos ininterruptos. Nessa edição, você confere ainda uma entrevista com a pesquisadora de tendências, Mariana Smolka. Ela é a responsável pela criação do perfil do Instagram Curitiba Cool, e conta como uma hashtag alavancou a sua carreira.

Boa leitura!

Superintendente Educacional Adriana Veríssimo Karam Koleski Superintendente Editorial Cristina Swiatovski Diretora de Operações Daniele Veríssimo Karam Sede Rebouças (Centro) Avenida Getúlio Vargas, 892 CEP 80230.030 Curitiba, Paraná Sede Centro Cívico Rua Nilo Peçanha, 1635 CEP 80520.000 Curitiba, Paraná Central de Atendimento Telefone (41) 3028-2828

Opet&Mercado

Revista editada pela Editora Inventa Ltda – CNPJ: 11.870.080/0001-52 Rua Comendador Araújo, 534 sala 4 – Centro – Curitiba/PR Gerente de Mercado

Dani Moro

Jornalista responsável Marília Bobato (DRT/PR 6828) marilia@iemecomunicacao.com.br Reportagem e edição de textos: IEME Comunicação Conteúdo:

Adriana Brum, Jéssica Amaral e Marília Bobato Fotografia de capa:

Geísa Borrelli

Diagramação:

D-lab

Impressão: Gráfica Radial Opet&Mercado é uma publicação do Departamento de Mercado. Artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do Grupo Educacional Opet.

www.opet.com.br Tiragem 10.000 exemplares


10

Follow me Blogueiras curitibanas dão exemplo de profissionalismo e mostram que manter um blog vai muito além de falar de moda ou maquiagem

14 Entrevista

Mariana Smolka, criadora do perfil do Instagram Curitiba Cool

18

28

Guia da Comunicação Paranaense

Seleção

Dicas de quem entende

Que comunicador o mercado quer? 20, 21 – Jornalismo 22, 23 – Publicidade 24, 25 – Webdesign (Produção Multimídia) 26, 27 – Marketing

30

Firmes e Fortes

32

Mediador de talentos Curitiba concentra mais de 19 mil empresas da economia criativa e o objetivo é se tornar referência nacional no assunto

34 Artigo

Como cuidar da sua carreira?, por Júlio Bonrruquer Neto

36 Artigo

O Profissional de Mídia, por Laci Gemene Redua

Entenda como os veículos de comunicação tradicionais se aliaram a internet e as redes sociais para atrair ainda mais o público

38 Artigo

A importância das mídias programáticas, por Pedro Lima


ZOOM

Com informações do 1pg.com.br

Prêmio GRPCom de Criação

O Prêmio GRPCOM de Criação divulgou os vencedores da 7ª edição em evento que reuniu cerca de 350 pessoas do mercado publicitário paranaense, entre agências, anunciantes e produtoras. Foram entregues os prêmios Televisão Curitiba, Televisão Regional, Rádio, Jornal, Digital e Responsabilidade Social, além da grande surpresa deste ano: Agência do Ano. A curitibana Candy Shop foi a grande vencedora conquistando os prêmios Agência do Ano, os Grand Prix Televisão Regional e Rádio e mais três ouros, três pratas e dois bronzes em diversas categorias. A Heads venceu o Grand Prix Televisão Curitiba com a campanha para a Unimed Curitiba, faturou ainda dois ouros, três pratas e um bronze. A Terremoto levou um ouro, uma prata e o Grand Prix Jornal, com peças para a Ecovia. Também foram premiadas as agências Tif Comunicação, Bronx Comunicação, Taste, OpusMúltipla, Master Comunicação e Giacometti. Este ano, o prêmio contou com a participação de 99 agências de todas as regiões do estado, totalizando 650 peças inscritas. Concorreram materiais veiculados no período de 16 de agosto de 2014 e 28 de agosto de 2015 nas mídias do GRPCOM.

6

mercado

&

Prêmio Colunistas Paraná 2015

Já estão encerradas as inscrições para o Prêmio Colunistas Paraná 2015, realizado pela Abracomp (Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda) e promovido pelo Espaço de Marketing. A premiação, voltada a destacar empresas, profissionais e projetos de propaganda, internet, marketing promocional, marketing direto e design é a mais antiga do estado e chega, neste ano, à sua 40ª edição. Concorrem trabalhos realizados por empresas de comunicação de todo o Paraná, entre setembro de 2014 a setembro de 2015. As categorias são: Mídias Integradas, Filme, Rádio, Mídia Impressa, Mídia Exterior, Digital, Técnica, Promo, Marketing Direto, Design, Mídia e Inovação. Os trabalhos que receberem medalha de ouro na edição regional serão inscritos automaticamente no Prêmio Colunistas Brasil 2015 e concorrerão com peças, ações e cases criados por agências de todo o país. Vamos ficar na torcida!

GAZETA DO POVO jornais divulga números positivos

A Gazeta do Povo Jornais lançou nova campanha criada pela TheGetz para comunicar os números positivos alcançados no primeiro semestre de 2015. A unidade de negócios, que faz parte do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), engloba as versões impressa e digital dos jornais Gazeta do Povo, Tribuna, Jornal de Londrina e os sites do Paraná Online, Sempre Família e o Enkontra.com. Os produtos online incrementaram sua audiência em 61%, recebendo 7,4 milhões de visitantes únicos. Por isso, a campanha destaca que nunca se leu tanto jornal. “Os números da audiência vêm para provar isso. É o conteúdo dos veículos de comunicação que movimenta as redes sociais e os ambientes de discussão em casa ou na rua”, afirma Axeu Beluca, diretor de marketing da Gazeta do Povo Jornais.


Vencedores do Best Mídia 2015

Foi realizada no dia 1º de setembro, no Central Hall, em Curitiba, a entrega da 5ª edição do Prêmio Best Mídia, promovido pelo Grupo de Mídia Paraná. Durante o evento foram revelados e premiados os profissionais de agências e veículos que se destacaram durante o ano, e também cases de mídia, em 10 categorias. Os profissionais que receberam troféus foram: Profissional de Mídia do Ano – Thatiana Almeida (Master); Profissional Revelação do Ano – Barbara Oliveira (G/PAC); Profissional de Atendimento de Veículo do Ano – Rafael Seiler (Outfront Media); e Profissional de OPEC de Veículo do Ano – Lena Vivi (Rede Massa). Na premiação de cases, o destaque ficou com a OpusMúltipla Ideias que Funcionam, que conquistou troféus em seis categorias e também o Grand Prix, com projetos desenvolvidos para O Boticário. Também foram premiadas as agências Mirum, Heads Propaganda, Master Comunicação e G/PAC Comunicação Integrada, com um troféu cada.

Top de Marketing ADVB-PR 2015

Há mais de 50 anos, a ADVB-PR (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Seção Paraná) atua para o desenvolvimento da atividade empresarial paranaense, valorizando os profissionais e empresas do Estado por meio do intercâmbio de conhecimento, experiências e ideias entre associados e profissionais de expressão nacional e internacional. A fim de premiar e reconhecer as empresas que se destacaram em seus segmentos, utilizando estratégias e ferramentas de marketing para a divulgação de produtos e serviços, realiza o Top de Marketing 2015, que este ano tem duas novas categorias: Agronegócio e Digital. Além das duas novas categorias, a entidade premiará outras dez: Comunicação, Educação e Ensino, Hotelaria, Indústria, Mercado Imobiliário, Saúde, Serviços, Turismo e Cultura, Varejo, Veículos e Mercado Automobilístico. O trabalho que obtiver o maior número de pontos na avaliação dos jurados, levando-se em conta a estratégia mais bem sucedida e o melhor resultado, receberá o “Grand Prix”. A entrega desse troféu é o ponto alto da noite, que tem ainda o “Prêmio Personalidade”, entregue aos executivos e empreendedores de maior destaque no Estado. A festa de premiação, considerada o “Oscar do Marketing Paranaense”, será realizada no dia 25 de novembro.

“Vai dar rolo” divulga finalistas da categoria estudante A terceira edição do concurso de roteiros Vai dar Rolo, promovido pela produtora Easy Filmes, divulgou o short list da categoria Estudante que, neste ano, tem como tema e entidade beneficiada o Centro de Ação Voluntária de Curitiba (CAV). Cinco roteiros foram selecionados como finalistas: “Abrindo portas”, de Patricia Aparecida Hoça (Universidade Positivo). “Pequenos Gestos, Grandes Mudanças”, de Ester Maria de Oliveira Carmo Rodrigues Silva (Universidade Tuiuti do Paraná). “Seres transformadores”, de Wagner Gonçalves da Silva (Universidade Positivo). “Sua Vida Inteira”, de Felipe Ferreira de Jesus (Universidade Tuiuti do Paraná – Pós-Graduação). “Tempo”, de Fernando Martins Almeida (Universidade Positivo) A categoria foi avaliada por um júri composto por Rodolfo Amaral, diretor executivo de criação da CCZ*WOW; Alexandre Poloni, diretor de criação da Bronx Comunicação; Cláudio “Ceará” Erwin, diretor de criação da Verbal Comunicação; e Thiago Biazetto, sócio-diretor da Tif Brand Refresh e presidente do Clube de Criatividade do Paraná (CCPR). Três roteiros serão premiados na categoria Estudantes, e os vencedores ganharão um estágio em uma agência de publicidade em São Paulo (1º lugar); estágio em agência de publicidade de Curitiba (2º lugar); e um curso na Redhook School (3º Lugar). O resultado será anunciado na cerimônia de premiação e lançamento do vídeo do vencedor da categoria Profissional. mercado 7

&


COM O MERCADO Alunos encaminhados pela Opetplacement para o mercado de trabalho:

Nome | Adriano Tavares Babino
 Curso| Administração
 EMPRESA| HDS Sistemas de Energia

Nome| Alison Henrique de Sousa Curso| Publicidade e Propaganda
 EMPRESA| Explay Web Design

Nome | Francisco Alfredo
 Curso| Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas
 EMPRESA| Liaisontec Consultoria e Desenvolvimento Empresarial Ltda ME

Nome| Geslaine Cristina Galdino dos Santos Curso| Pedagogia EMPRESA| Centro de Educação Infantil Sherwood

8

mercado

&


Nome | Ian Cláudio Sluzarz Bono 
 Curso| Direito
 EMPRESA| Tribunal de Justiça do Estado do Paraná

Nome| Jéssica Koppen Curso| Administração EMPRESA| Grupo Opet

Fotos: Divulgação Opet

Nome |João Rafael Boumer
 Curso| Engenharia da Produção
 EMPRESA| Companhia Providência Indústria e Comércio

Nome| Vanessa de Almeida Rodrigues Curso|Ciências Contábeis EMPRESA| Tribunal de Contas do Estado do Paraná

mercado 9

&


Tendências

Follow me

Blogueiras curitibanas dão exemplo de profissionalismo e mostram que manter um blog vai muito além de falar de moda ou maquiagem

Thais Marques, Marina Fabri e Sabrina Olivetti

@coisasdediva www.coisasdediva.com.br Quem faz: as amigas Sabrina Olivetti, Marina Fabri e Thais Marques. Como surgiu o blog: Há sete anos as amigas tiveram a ideia de levar para a rede uma extensão das conversas que elas já tinham com outras amigas sobre maquiagem e beleza, e sempre acontecia com trocas de links de blogs e videos no Youtube. Com o blog no ar e a cada dia mais conhecido, elas passaram a trocar informações com mulheres de todo o Brasil e até do exterior. Destaque: Em 2014, o blog curitibano constou no ranking do Signature9, entre os blogs mais influentes do mundo. Sobre o que falam atualmente: Com o passar dos anos, muito mais que falar sobre maquiagem e produtos de beleza, as blogueiras do Coisas de Diva começaram a fazer posts mais intimista e empoderadores das mulheres. Marcas anunciantes: Carefree, Natura, Quem disse, Berenice?, Lupo e Unilever, são anunciantes do blog somente no último semestre. Para Sabrina Olivetti, as marcas procuram o Coisas de Divas pela credibilidade, pelo fato de ele ser feito por pessoas reais que dão o aval sobre seus produtos e ações. 10

mercado

&

Muito mais do que ter uma carinha bonita, tirar fotos e participar de eventos, para ser uma blogueira de sucesso é preciso ter estratégia, rotina de trabalho, paciência e seguir mais uma série de quesitos. Para as blogueiras que já conquistaram um público fiel e muita credibilidade, a hora é de colher os frutos. Em Curitiba, três blogs ganharam o mundo, são eles: Coisas de Diva, Tudo Orna e Keep Calm and DIY. A seguir, a revista Opet & Mercado conta a história desses três modelos de negócios do universo digital que deram certo.

Como chegaram lá: Para alcancar esse patamar foi preciso muito investimento, persistência e trabalho. “Tenho plena consciência da minha responsabilidade com as leitoras e sou bastante cuidadosa nas minhas resenhas. Sei que se elogiar demais algum produto caro, posso fazer as meninas comprarem ou desejarem algo que vai além das possibilidades delas. Por isso sempre dou opções mais em conta e cuido com o que digo, mas sempre sendo extremamente sincera”, revela Sabrina. Diferencial: Elas acreditam que o maior diferencial do blog é o foco no leitor e em fazer resenhas sinceras, mesmo que isso não agrade ao fabricante ou ao lojista. “No ano passado, 100% dos leitores afirmaram confiar em nossas opiniões. Acredito que essa credibilidade é o maior bem do Coisas de Diva”, diz Sabrina. Rotina de trabalho: Atualmente, Sabrina, Marina e Thais se dedicam exclusivamente ao blog. Isso só foi possível após quatro anos que elas passaram tirando dinheiro do bolso para manter o Coisas de Diva. Sabrina mantem um escritório em casa e tenta seguir o horário comercial. “Ao contrário do que as pessoas costumam pensar sobre blogueiras, nosso trabalho é bem mais produção e pesquisa de conteúdo em frente do computador do que eventos e viagens relacionados ao assunto”, revela.


@tudoorna www.tudoorna.com.br Quem faz: as irmãs Barbara, Débora e Julia Alcântara. Como surgiu o blog: começou há cinco anos para elas compartilharem looks e com foco mais em moda. Na época, marcas de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que queriam se promover em Curitiba, começaram a procurar as irmãs e este foi o início para o blog se tornar uma oportunidade de negócios. Sobre o que falam atualmente: Com o tempo, o cenário do blog foi mudando e o gosto do público também, que foi se interessando mais pelo lifestyle das irmãs. “Percebemos que eles querem algo mais pessoal, saber o que vestimos, lugares que frequentamos e isso passou a ser tendência”, conta Débora. Assim, elas passaram a falar de diversos assuntos no blog: como montar uma casa, como é o cotidiano do casal, como é fazer um intercâmbio. Todos assuntos relacionados a rotina de cada uma delas. Diferencial: para as irmãs ter um blog é empreender, principalmente para quem deseja trabalhar com grandes marcas. Tem que investir tempo e dinheiro, ter persistência, e enfrentar a parte burocrática, como qualquer empresa. E, o principal, tem que ter credibilidade.

As irmãs Julia, Débora e Barbara Alcântara

Visão empreendedora: as irmãs responsáveis pelo Tudo Orna aproveitaram a experiência com o blog para profissionalizar esse mercado em Curitiba. Há cerca de três anos, elas encabeçaram a criação do Fashion Sul, uma rede de blogs profissionais. “Acredito que todo profissional autônomo e freelance tem suas dificuldades, seu momento de fazer portfólio, aceitar permuta, mas quem deseja crescer precisa profissionalizar, abrir empresa, montar uma tabela de preços, fazer

o comercial. No Fashion Sul damos esse auxílio burocrático às demais blogueiras”, explica Débora. Além do blog: Há dois anos, as irmãs lançaram uma marca de bolsas, a ORNA, que projeta Curitiba para o mundo. Em agosto desse ano, elas também lançaram um aplicativo de fotos para o Instagram, o TOgrid que faz recorte de imagens para mosaico.

mercado 11

&


Jessica Belcost

@keepcalmdiy www.keepcalmdiy.com Quem faz: Jessica Belcost. Como surgiu o blog: Ela começou sua aventura no mundo virtual com um canal no Youtube em 2011. No ano seguinte surgiu o blog, como um complemento do canal. Quais assuntos trata: Jessica sempre gostou de fazer as coisas sozinha e acompanhava alguns vídeos de meninas de fora do Brasil. “Elas falavam bastante sobre moda, beleza, DIY (tutoriais de faça você mesmo) e, foi, então, que eu decidi compartilhar o que eu sabia também”, revela. Público: Hoje, os acessos vão muito além de Curitiba. São fãs que estão em todo o Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, na faixa etária entre 17 e 30 anos. 12

mercado

&

Marcas anunciantes: Dove, O Boticário e Eudora fazem ações em conjunto com a blogueira que também já trabalhou com marcas de outros segmentos, como Lipton e Pernambucanas. Para selecionar quem serão os anunciantes dos canais ela leva em consideração aquelas com as quais ela se identifica. “As marcas devem ser aquelas que eu uso ou gosto e recomendo. Na minha opinião, esse é um dos principais diferenciais de uma blogueira para uma pessoa que faz propaganda formal na televisão, por exemplo. No nosso caso o relacionamento com o leitor é maior, então há envolvimento”, diz. Ensinando a ser blogueira: Com toda a experiência adquirida ao

longo desses anos, Jessica decidiu lançar o curso “Como ser uma blogueira profissional?”. Ela já dava dicas para blogueiras em começo de carreira e descobriu a possibilidade de fazer isso online. “Achei que seria a melhor forma de atingir um maior número de pessoas que eu poderia ajudar. A procura está sendo muito legal, já foram muitos cursos vendidos e várias pessoas me retornaram dizendo que gostaram e estão botando em prática minhas dicas”, comemora.


O que se aprende hoje transforma o amanhã.

No Colégio Opet, a principal matéria é transformar alunos em cidadãos. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, os alunos aprendem mais que as lições de cada disciplina, aprendem a serem cidadãos preparados para transformar o futuro. opet.com.br


Entrevista

#MarianaCool Mariana Smolka, criadora do #curitibacool, conta como suas referências a levaram do universo do Instagram para lugares e possibilidades que ela nem imaginava 14

mercado

&

Criadora do perfil do Instagram Curitiba Cool, Mariana Smolka se define profissionalmente como uma pesquisadora de tendências. Meiga, simples e ao mesmo tempo super antenada, a curitibana vem ganhando cada vez mais visibilidade (e seguidores) seja pelo seu perfil profissional ou pessoal. Aos 27 anos, ela já acumula no currículo workshops sobre tendências, consultoria para perfils profissionais de Instagram e até uma entrevista para o programa Manhattan Connection. Paralelamente ao trabalho, ela percebeu que muitos seguidores do Curitiba Cool passaram a se interessar também pela Mariana, o que ela lê, faz, onde vai e como é seu estilo de vida. Tudo isso, você confere na entrevista a seguir.


Foto: Geísa Borrelli

Opet & Mercado - O Curitiba Cool nasceu de um freelancer que você fez para monitorar as tendências da cidade e acabou se tornando um projeto muito maior. Como você vê a dimensão que ele tomou? Mariana Smolka: Em abril de 2013, recebi uma proposta de uma empresa de fora onde eu teria que monitorar tendências que estavam acontecendo em Curitiba. Como sabia que não ia conseguir descobrir tudo sozinha, resolvi criar a conta do Curitiba Cool com a ideia de que as pessoas postassem o que estava rolando na cidade através da hashtag #curitibacool, como fotos de movimentos sociais e culturais na cidade, exemplos de ações no varejo, prestação de serviços e etc. Não era um projeto ou algo planejado, fiz sem pensar. No primeiro mês foi um susto, consegui 1 mil seguidores. E, fui recebendo várias fotos da cidade e até hoje recebo. O trabalho acabou, mas a hashtag continua e, hoje, dedico grande parte do meu tempo para o Curitiba Cool. O perfil me abriu muitas portas. Aos poucos as pessoas começaram a me chamar para entrevistas e palestras e foram vendo qual é o meu trabalho, que não é só ficar escolhendo fotos aleatórias. Que é mais que foto, é tendência. Fiquei feliz pela valorização da minha profissão que é tão nova. Inspirado no Curitiba Cool, a empresa que me contratou para esse trabalho de pesquisa sobre Curitiba, também criou uma hashtag para descobrir tendências e me pediram dicas de como fazer, coisa que nunca imaginei que poderia acontecer. Opet & Mercado - Por causa do Curitiba Cool, você também foi convidada para participar do programa de TV Manhattan Connection. Como foi essa experiência? Mariana Smolka: Coisas que o mundo virtual nos proporcionam. A produtora do programa me segue no Instagram e segue também o Curitiba Cool. Um dia, ela me enviou um email falando que queria saber mais sobre o meu trabalho e me convidou para participar do programa que é gravado em Nova Iorque, foi em agosto de 2014. Como se Nova Iorque fosse aqui do lado (risos)! Eu fiquei super feliz, contei para ela que era muito fã do programa, que até participei de uma promoção que eles fizeram. E, o convite ficou em aberto. Até que no final do ano passado, recebi um convite de uma amiga dos meus pais que estava com um filho morando em NY, e ela perguntou se eu queria passar o ano novo lá, assim, no total acaso. Claro que eu aceitei! Tive que vender a metade das minhas coisas para ir, como eu sempre faço (risos). Eu cheguei lá e no dia seguinte participei do programa falando de dicas de cultura, arte, do Curitiba Cool.

Aí acabei passando o ano novo na casa da produtora, foi muito legal. O Curitiba Cool que me proporcionou isso. Opet & Mercado - Existe um movimento de valorização do que é local. Por exemplo, temos as mídias sociais da Prefeitura de Curitiba que acabaram virando um case de sucesso. O Curitiba Cool deu certo porque faz parte desse movimento? Mariana Smolka: Curitiba está bem nesse momento de trazer coisas novas e a resposta do público é que as pessoas querem isso. Acho que foi por isso que o Curitiba Cool funcionou, vi que podia ser uma oportunidade de descobrir coisas pela cidade para o meu trabalho.

“Quero mostrar que o Curitiba Cool trata sobre tendências.” Há três anos é possível que não teria dado certo. Sei também que se o Facebook da Prefeitura não tivesse bombado, talvez eu não teria entrado nessa leva. É uma confluência essa valorização do que é local. Opet & Mercado - O Curitiba Cool também vai as ruas ou fica apenas no Instagram? Mariana Smolka: O Curitiba Cool tomou várias frentes, as coisas foram acontecendo naturalmente. Recentemente, fiz com o pessoal do Curitiblogando (rede colaborativa e organizada de blogueiros de viagem e turismo de Curitiba) um tour pela cidade passando pelo Centro, pelas ruas São Francisco e a Prudente de mercado 15

&


Mariana Smolka, 27 anos, pesquisadora de tendências

“Por aqui, vemos um movimento que a gente não via antes. É a economia criativa acontecendo com novas marcas surgindo a toda hora, com as feirinhas de produtos orgânicos, alternativos.”

Moraes mostrando o que tinha de novo. Agora, está acontecendo o ID Fashion (outubro/2015) e o Curitiba Cool foi convidado para ser patrocinador desse evento, para trazer uma curadoria das ruas de Curitiba para o evento. Opet & Mercado - Para você qual é a “cara” dessa Curitiba antenada nas tendências? Mariana Smolka: Acho que no momento é a Rua Prudente de Moraes que está com muitos lugares legais, cafés, restaurantes, casa de chá. Uma região onde está surgindo muitas coisas bacanas, e é uma rua que ainda dá para andar com tranquilidade a pé. Opet & Mercado - Quais são seus planos profissionais? Mariana Smolka: Meu sonho é voltar para Londres onde fiz minha especialização. Lá acontecem as coisas mais inovadoras e diferentes do mundo. Para quem trabalha 16

mercado

&

com isso como eu o desejo é voltar. Morei em Londres em 2006 quando fiz o meu primeiro intercâmbio, voltei pra Curitiba para fazer faculdade, mas sempre pensando em voltar para Londres e fui para lá fazer o curso de coolhunting e outros. Muita coisa que eu vi lá nessa época senti que poderiam vir para Curitiba como tendência. Opet & Mercado - Além de Londres, quais outras cidades você acha que ditam tendências? Mariana Smolka: Londres, Berlin, cidades nórdicas como Copenhagen (Dinamarca), Helsinki (Finlândia), que não têm problemas relacionados a educação e segurança, então as pessoas estão muito abertas a novidades. No Brasil, eu diria que São Paulo e Rio de Janeiro estão nesse caminho. Curitiba ainda está se abrindo para isso. Por aqui, vemos um movimento que a gente não via antes.

É a economia criativa acontecendo com novas marcas surgindo a toda hora, com as feirinhas de produtos orgânicos, alternativos. Acho que é um movimento que não vai ser passageiro. Deu um boom de coisas novas na cidade. As pessoas estão saindo mais de casa, passeando mais, ocupando as ruas. O número de feiras, eventos e de shows ao ar livre cresceu e sempre estão lotados. É uma tendência muito evidente. Opet & Mercado - Além do Instagram, quais outras mídias sociais você costuma usar? Mariana Smolka: No Instagram mantenho o perfil do Curitiba Cool. Tenho também um blog pessoal, o Comely Fields. Uso o Snapchat onde posto coisas mais aleatórias, que eu gosto, como dicas de livros, arte, design. E, uso o Pinterest que eu costumo dizer que é a minha bolha. Meu sonho é morar no meu Pinterest (risos).


O que se aprende hoje transforma o amanhã.

PósOpet. Saber não é o bastante, é preciso saber fazer. PósOpet. Cursos presenciais e a distância, com professores atuantes no mercado de trabalho, para ajudar você a colocar em prática o conhecimento. opet.com.br


Guia

Que comunicador o mercado quer? Abrangente, a área da Comunicação exige, desde sempre, um profissional atento às constantes mudanças de comportamentos da sociedade. Mas, em tempos de tecnologia digital e mundo virtual, a necessidade de um profissional que compreenda os novos hábitos sociais e como eles impactam diretamente no modo de produção seja do Jornalismo, da Assessoria de Imprensa, do Marketing, da Propaganda ou do Webdesign é ainda maior. “O profissional que está no mercado tem de acompanhar o que acontece no mundo, se informar sobre o mundo dos negócios e tecnologia. Saber que tem formação em Humanas, mas cada vez mais precisa se interessar pelas Exatas. Se não acompanhar essas coisas, perde o cliente. Não é preciso ser um expert em tecnologia, mas tem de entender como fazer a Comunicação com essas ferramentas. Saber mapear como se pode usar o WhatsApp, por exemplo, entender que se o Facebook cair em desgraça, como aconteceu com o Orkut, vai aparecer outra ferramenta e como usá-la a seu favor”, destaca o presidente executivo da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), Carlos Carvalho. O conselho vale para profissionais de todos os segmentos e especialidades da Comunicação, seja novato ou veterano no mercado. E como se mostrar um profissional ainda mais necessário ao mercado? Em qualquer área de atuação, sai em vantagem quem decide antes, desde a formação acadêmica, em qual segmento – agências ou grandes corporações - tem mais afinidade para atuar. Isso porque essas duas opções investem em perfis distintos para montar suas equipes. Em geral, agências costumam valorizam currículos com experiências mais diversificadas, enquanto as grandes corporações querem o trabalho mais especializado para cada posto. A diretora executiva da agência de Recursos Humanos A Priori, Paola Schubert, revela que grandes corporações do segmento ou que pretendem reforçar seu departamento de Comunicação tendem a optar por quem se especialize em sua área de atuação. “Os gestores das empresas estão superesclarecidos sobre 18

mercado

&

o que querem para preencher cada vaga e cada vez menos abrem oportunidades para testar potenciais talentos. Avaliam capacidades técnicas e pessoais que atendam o que precisam”, diz. Por isso, prossegue, é importante que as pessoas valorizem suas escolhas desde o primeiro estágio. “É cada vez mais papel da faculdade conscientizar seus alunos para a escolha certa do estágio. Não é mais só uma oportunidade de conhecer várias áreas e depois escolher qual seguir. A estabilidade, para ter tempo de aprender e se desenvolver em determinada área de atuação é muito valorizada. Depois de optar por uma área de atuação no mercado, é mais difícil mudar”, destaca Paola. Quem planeja atuar em uma agência de Comunicação – seja full service ou especializada -, Carlos Carvalho explica que a tendência desse nicho é haver uma pulverização da variedade de tarefas e tipos de clientes atendidos. “Antes, as agências tinham de falar pelo cliente só com a imprensa e outras mídias; agora, também com entidades governamentais, ONGs, sócios, públicos-alvo cada vez mais diversificados, segmentado por vários interesses e buscando informação em várias mídias. Então, as agências têm de entender de muitos assuntos e saber como vender isso da melhor forma para ao público final do seu cliente”, diz. Para esse campo, o profissional tem de ter, além de bom conhecimento em Comunicação, agregar outros interesses, como por exemplo, planejamento estratégico ou psicologia do consumo, atualizar-se sobre as relações e regulamentações governamentais que influenciam diretamente nos negócios de seus clientes. “É preciso mostrar-se um indivíduo em constante aperfeiçoamento. E isso não quer dizer apenas fazer cursos. Boas leituras de livros e portais, bons contatos são formas de fazer isso”, recomenda Carvalho. Paola lembra outro quesito visto com essencial para todos os profissionais, independente do segmento: o segundo idioma. “O inglês é fundamental, entra como diferencial, assim como quem tem experiência com trabalho com mídias sociais”, acrescenta.


Confira questões pontuais que facilitam a (re)colocação no mercado de Comunicação:

“O profissional que está no mercado tem de acompanhar o que acontece no mundo, se informar sobre o mundo dos negócios e tecnologia. Saber que tem formação em Humanas, mas cada vez mais precisa se interessar pelas Exatas.” Carlos Carvalho PRESIDENTE EXECUTIVO DA ABRACOM.

• Parece controverso, mas em processos seletivos para ingressar em empresas, profissionais de Comunicação não raro tropeçam justamente na... comunicação! Tanto nas entrevistas pessoais quanto nas dinâmicas em grupo, deixam de se preparar. É importante para esses momentos que se estude o próprio currículo, destaque as atividades que já desempenharam anteriormente, com exemplos concretos; estruture a justificativa para mudança de empresa, valorize contatos com clientes; • Apesar de ser uma área em que muitas vagas surgem por indicações, manter um currículo bem organizado segue como uma tarefa essencial. No documento, deve-se destacar não só onde atuou, mas quais atividades exerceu, de forma mais detalhada. Nos campos de cursos de aperfeiçoamento, é importante destacar o número de horas cursadas. • Invista no estudo de línguas estrangeiras. O segundo idioma é essencial e outros são vistos com bons olhos. Mas atenção para a norma culta do Português: muitos profissionais perdem boas oportunidades por pecarem na produção de texto, seja por erros de gramática ou pela falta de coerência na hora de organizar a redação. • Não raro, as dinâmicas de avaliação propõem tarefas a partir de um case. Por exemplo: em webdesign pode-se pedir a criação de um aplicativo para celular ou um plano de comunicação para uma vaga em assessoria de imprensa. Prepare-se. • Mantenha-se sempre em atualização, não só sobre o que acontece na sua área de conhecimento, mas também nas que interessam às empresas que você gostaria de fazer parte e os clientes delas.

“Os gestores das empresas estão superesclarecidos sobre o que querem para preencher cada vaga e cada vez menos abrem oportunidades para testar potenciais talentos.” Paola Shuber

• Aprender sobre novas ferramentas digitais é sempre útil. Em jornalismo, o Jornalismo de Dados é cada vez mais essencial na produção de pautas; entender de SEO (Search Engine Optimization, a otimização de uma página ou site para ser posicionado em sites de busca) ajuda na edição para ajudar na audiência do material produzido. Fontes: Carlos Carvalho, presidente executivo da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (ABRACOM); Paola Schubert diretora executiva da agência de Recursos Humanos A Priori.

DIRETORA DO RH A PRIORI.

mercado 19

&


Jornalismo

Foto: Henry Milleo

Jornalismo reinventado

Leonardo Mendes Jr

Foram séculos de soberania da imprensa escrita, desde que Gutemberg surgiu com a ideia de usar tipos móveis para montar as chapas de impressão, o que possibilitou a produção de jornais em escala indústria a partir da Idade Média. Uma revolução, sem dúvida. Mas, com o mundo contemporâneo às voltas com bytes, em que não se vira páginas e sim rola a tela, o Jornalismo Impresso chegou a um momento de reinvenção. Com o mundo digital cada vez mais presente na vida das pessoas, o modo de fazer notícia mudou completamente. Jornalistas descobrem novos rumos para manter o interesse do leitor e assessores de imprensa aprendem novos meios de se relacionar com seus clientes e a mídia. “Os desafios são múltiplos. O principal é fazer parte dessa reinvenção sob duas óticas. A primeira, é captar como ela está se desenrolando nas demais áreas e trazer para as nossas páginas digitais e impressas. A outra ótica é a de também se reinventar constantemente”, analisa o diretor de redação do jornal Gazeta do Povo, Leonardo Mendes Jr. De acordo com ele, um veículo de imprensa não pode ser apenas um observador e um narrador dessa transformação. “Ele precisa se transformar no mesmo ritmo.” 20

mercado

&

Grande parte dessa transformação passa pelos leitores do meio digital que ganha novos adeptos a cada dia. Os acessos ao site da Gazeta do Povo tiveram um crescimento de 61% comparando o primeiro semestre de 2014 com o de 2015. “O leitor que já nos acompanhava no impresso também nos segue no digital porque vê nesse ambiente a personalidade que nos caracteriza no jornal. Cada vez mais temos incorporado - primeiramente nas opiniões, mas também na matéria - temas de repercussão mais global. Isso atrai leitores de outros estados. E tanto o nosso conteúdo de estilo de vida como nossa postura no Facebook, tratando o relacionamento como uma forma de comunicação tão importante como distribuir conteúdo, trazem um público mais jovem, mais eclético, que, em tese, não teria identificação com aquele velho estereótipo da Gazeta e de outros jornais tradicionais”, acredita Mendes Jr.
 Diante desse panorama, partir de dezembro de 2015, o modelo impresso da Gazeta também vai passar por mudanças. “Isso atinge o conteúdo, que se pretende mais analítico, abrangente e voltado para o futuro. Atinge formatos - teremos a edição passando para o Berliner e novidades no desenho do site para 2016. E atinge a área comercial. Então teremos pacotes muito


Financiamento

“Um veículo de imprensa não pode ser apenas um observador e um narrador dessa transformação. Ele precisa se transformar no mesmo ritmo.” Leonardo Mendes Jr. diretor de redação da Gazeta do Povo.

atraentes que oferecem espaço aos anunciantes tanto no impresso como no digital, porque da mesma forma que nós estamos nos dois ambientes, nossos anunciantes também querem e precisam estar”, completa o diretor de redação. Para acompanhar esse ritmo, as assessorias de imprensa também se renovam para manter seus clientes alinhados com o discurso midiático. A atualização dos assessores e o interesse em acompanhar as novidades, as novas mídias sociais, o universo de vídeos e os novos formadores de opinião é constante. “O grande desafio é o planejamento nesse universo tão grande de possibilidades, identificando quais os canais de relacionamento e quais as estratégias mais adequadas para cada cliente. É preciso entender e saber como trabalhar com todas essas novidades, sem deixar de seguir o que publicam as mídias tradicionais, como jornais, rádio, TV e revistas”, destaca Tais Mainardes, sócia diretora da IEME Comunicação, agência que há dez anos presta serviços de assessoria de imprensa em Curitiba.

Manter a qualidade do jornalismo, com autonomia, e ao mesmo tempo agregar novos serviços, ou gerenciar uma assessoria de imprensa sempre atualizada e ainda ter lucro é uma equação matemática que as empresas de Comunicação estão se desdobrando em resolver. Recentemente foi criada uma nova área dentro do jornal, o Gazeta do Povo Branded Content (GPBC), atuante em três linhas: os projetos, que são temas que editorialmente já programados pela redação para os quais se busca patrocínios; os especiais publicitários, editado pela empresa a partir de material produzido por jornalistas free lancer a partir de demandas do cliente; e os conteúdos patrocinados, em que cabe ao jornal a publicação. “A lógica é oferecer ao meio empresarial uma forma diferente de se comunicar, sem ser pelo formato de um anúncio clássico ou uma campanha. Esses formatos são eficientes para determinado tipo de conteúdo. Outros, pela complexidade ou amplitude, exigem um tratamento mais extenso e as empresas não tinham como dividir isso sem ser no próprio espaço ou sem entrar no fluxo normal de pautas enviadas para avaliação editorial. O Branded Content oferece esse caminho”, destaca Mendes Jr. As assessorias de imprensa, por sua vez, ampliam sua atuação, diversificando serviços. “Empresários que buscam a ferramenta para gestão de crise e, em tempo de mídias sociais, isso tem se tornado cada vez mais comum. Assim, muitas assessorias, incluindo a IEME Comunicação, passaram a assumir as mídias sociais dos clientes”, exemplifica Tais.

Foto: Geísa Borrelli

“O grande desafio é o planejamento nesse universo tão grande de possibilidades, identificando quais os canais de relacionamento e quais as estratégias mais adequadas para cada cliente.” Tais Mainardes, sócia diretora da IEME Comunicação.

Tais Mainardes mercado 21

&


Publicidade

Thiago Biazetto

Novas vozes e novos rumos NA publicidade Televisão ou site? Outdoor ou mídia social? Anunciar em veículos off line ou on line? Por que insistir no “ou” quando o atual momento na publicidade permite pensar no “e”? Sim, a evolução da internet e sua expansão para além do computador – smartphones e tablets – permite chegar ao público em novos formatos. O que trouxe aos publicitários a possibilidade de ampliar sua cartela de clientes – aqueles com um orçamento não tão robusto – e exigiu que se reforçasse a reflexão sobre como conduzir as agências.

22

mercado

&

O sócio diretor de desenvolvimento da agência especializada em marketing digital Agência 110, Felipe Marriot, destaca que o investimento em publicidade no mundo virtual é democrático. “Vemos as empresas ganhando voz, visto que não foca só nas grandes empresas como no off line, que tem maior custo. Há muitas estratégias no on line para um mesmo orçamento, ao contrário da mídia off line, onde cada veículo já define seus custos para anunciar”, diz. Sim, a atuação on line é mais possível para empresas menores e isso anima pequenos e médios empreendedores a buscar meios de exibir suas marcas, concorda o diretor criativo estratégico da agência Tif e presidente do Clube de Criatividade do Paraná, Thiago Biazetto. Mas ele ressalva que nem sempre é a estratégia que terá maior impacto. “Problema não é estar bem posicionado na internet, problema é não estar posicionado na internet. A audiência virou uma coisa muito disputada, todo mundo gera conteúdo, mas a conversão não é muito alta. A televisão ainda é um tiro muito certeiro para se chegar ao público. Na agência, fazemos um planejamento direcionando o investimento do nosso cliente pela taxa de conversão que ele precisa”, conta.


O futuro

Tantas possibilidades exigem olhar atento das agências de publicidade e rápidas ações para acompanhar as constantes mudanças que a tecnologia faz refletir em novos hábitos de consumo do público. “Muda muita coisa todo dia, desde um formato de anúncio no Facebook, mas as agências mudaram muito pouco, funcionam como há 50 anos. Nosso mercado da propaganda está passando por uma mudança muito grande, em que o modelo das agências tem de se ajustar, ser repensado, por conta do on line”, avalia Biazetto. Ele diz acreditar que a tendência é de, mais que campanhas publicitárias, as agências estreitarem o relacionamento com seus clientes, em atuações mais personalizadas, ampliando a significância das marcas no mercado. “Elas são o mais importante. Na prática, a publicidade não inventa nada, as marcas já estão lá, nosso papel é ajustar os detalhes para ressaltar o que têm de melhor”, pontua. Biazetto aposta que um novo modelo para as agências de publicidade é atuarem como consultoras do conceito dessas marcas. “Hoje, na Tif, fazemos uma atuação full service. Já é complicado para o cliente pensar separadamente se vai investir em publicidade off line ou on line. E o que a gente faz melhor é uma consultoria de imagem. O caminho é que o publicitário vire mais um consultor do que um resolvedor de problemas em grande quantidade”, projeta.

“Vemos as empresas ganhando voz, visto que não foca só nas grandes empresas como no off line, que tem maior custo. Há muitas estratégias no on line para um mesmo orçamento, ao contrário da mídia off line, onde cada veículo já define seus custos para anunciar.” Felipe Marriot Agência 110.

Tendências na publicidade digital Content Marketing, ou Marketing de Conteúdo, é a estratégia que promete ser a próxima tendência nas ações de publicidade on line. “Promete” em solo brasileiro, visto que em outros países já se trata de uma ação bastante aplicada para reforçar a presença das marcas perante o público. Mas no Brasil, o marketing de conteúdo ainda é discreto e usado não sem certa dose de receio sobre a eficácia dos resultados. Felipe Marriot, da Agência 110, conta que essa cautela sobre o “novo” é comum entre os clientes que investem em publicidade digital. “Todos querem estar um passo a frente, mas quando chega uma estratégia nova, os empresários se fecham. Nós, que estamos sempre em busca de atualização tentamos defender o uso, então, primeiro temos de educar o mercado, mostrar como e onde funcionou o que propomos”, conta.

No caso do Content Marketing, trata-se de um conceito simples: cria-se um conteúdo, que não seja ligado diretamente à marca, para gerar uma audiência segmentada. Uma vez formado esse público, passa-se a fazer ações com fins comerciais. Por exemplo, uma escola cria uma fanpage sobre dicas para melhor fixar o conteúdo de várias disciplinas, ao invés de falar dos serviços que oferece. Marriot vê ainda a intensificação do contato das empresas com seus clientes via mídias sociais, não só mais como espaços de divulgação das marcas. “O grande exemplo é a fanpage da Prefeitura de Curitiba, que se tornou o principal canal de comunicação da prefeitura”, exemplifica.

mercado 23

&


Foto: Geísa Borrelli

Webdesign (Produção Multimídia)

Gil Freitas

A sutileza da criatividade em bytes “Hoje, o foco é no mobile. Todo mundo está o tempo todo com o telefone celular nas mãos, ou com o tablet. Em casa, cada vez menos as pessoas têm usado o desktop.” Gil Freitas, diretor geral da Aliens Design.

24

mercado

&

No filme ‘A Origem’, de 2010, a trama do diretor Chris Nolan mostra uma ficção científica em que se pode invadir sonhos e roubar informações do inconsciente das pessoas. Nela é preciso contar com quem crie mundos verossímeis à realidade para que a invasão seja bem-sucedida. É a função do Arquiteto, papel de Ariadne, interpretado pela atriz Ellen Page. Em sua primeira experiência com esse tipo de criação virtual, Ariadne desafia as leis da física e dobra um trecho da cidade sobre si mesma. Sem a intenção de furtar sonhos, mas sim tornar real o que ainda está só na imaginação, o webdesign faz algo parecido que os Arquitetos de A Origem: cria, novos mundos. Como ferramentas, tem cores, formas, texturas, ilusões de ótica que elas podem causar ao olho humano, tudo construído a partir de linguagem de computação com a ajuda de softwares. O resultado é a combinação de criatividade com o uso de programas que transformam bytes em uma infinidade de novas possibilidades de comunicar. Mas que não têm valor algum se não tiverem uma funcionalidade. O webdesign tem sido essencial para garantir o sucesso da construção de sites, de ferramentas pedagógicas e uma série de projetos na tela do computador.


E além dela, visto que foi o tempo que a programação era feita pensada na visualização para os computadores desktop. “O que tem de ser levado em consideração na hora de criar, em primeiro lugar, é a acessibilidade e a funcionabilidade. Temos de oferecer acesso fácil, intuitivo e que seja útil. Em cima desses dois conceitos, acrescentamos a criatividade. Hoje, o foco é no mobile. Todo mundo está o tempo todo com o telefone celular nas mãos, ou com o tablet. Em casa, cada vez menos as pessoas têm usado o desktop. Tanto que hoje a programação dos sites é feita pensando primeiramente o formato para o mobile, depois o computador”, destaca o diretor geral da Aliens Design, Gilberto Matos Teixeira de Freitas. O designer e sócio proprietário da Lumen Design, Silvio Silva Junior, complementa ao dizer que a criatividade tem de estar presente em cada projeto realizado. Para ele, “ser criativo” não significa apresentar grandes inovações, mas ser capaz de inserir a inovação necessária para cada trabalho. “O designer é visto como um ‘resolvedor’ de problemas, de ser alguém capaz de encontrar a melhor solução. É um processo movido à curiosidade. Temos de buscar uma solução para um problema dado e ter muito cuidado para não ter uma solução em busca de um problema ,ou seja, propor para o cliente o uso de uma ferramenta, um software, só porque já sabemos como usar”, diz. Silva Junior enfatiza que o trabalho com o webdesign cada vez mais permite uma atuação global: o profissional pode buscar clientes além de seus limites, divisas e fronteiras. “A gente viu o mercado mudar muito... E tem muita gente bacana trabalhando em Curitiba, um pólo de profissionais reconhecido no Brasil inteiro, boas escolas na cidade. Essas tecnologias, a impressão em 3D, o aumento das rede sociais dão essa possibilidade de trabalhar para o mundo inteiro, Não há limites”, fala. Se há uma divisão, é na forma de conceber o trabalho: entre fazer um design autoral e o focado na solução para o cliente, que exige entender as tendências do mercado. O webdesign estáo muito mais ligado ao segundo tipo. Um exemplo é a expansão da atuação dos profissionais para o campo dos aplicativos para smatphones. “é uma tendência muito forte, trazendo muita coisa para além do desktop e além do webdesign. O que também obriga a profissionalização de muita gente que ainda atua informalmente. Além do quê, cria um vínculo mais estreito com o cliente, visto que esses aplicativos precisam sempre de atualização, para satisfazerem as necessidades do público”, destaca Freitas.

Outro serviço que ele vê com grande potencial para os webdesigners são os motion graphics, ou seja, os filmes totalmente feitos com o uso de softwares, criando imagens com movimento. A grande vantagem para os clientes é a versatilidade de uso – podem exibi-los em diferentes plataformas e situações, com maior atrativos do que materiais sem animação, como encartes. “São úteis para vídeo educativos, por exemplo. A educação é uma área com muito potencial para esse tipo de criação. Ensinar com sons e movimento, música, locução e leva a um aprendizado muito mais efetivo”, aposta Freitas.

Silvio Silva Junior

“O designer é visto como um ‘resolvedor’ de problemas, de ser alguém capaz de encontrar a melhor solução. É um processo movido à curiosidade.” Silvio Silva Junior, sócio proprietário da Lumen Design.

mercado 25

&


Marketing

Ronie Pires

Onde os bons ventos sopram

26

mercado

&

A palavra “crise” tem origem grega e significa um momento de decisão, de mudança súbita, em que há dois desfechos possíveis: o sucesso ou o fracasso. No mundo do Marketing, essa acepção da palavra funciona como um dínamo: se a crise aparece, como agora, hora de trabalha ainda mais e arriscar. A lógica é simples: enquanto a maioria se assusta e se retrai, à espera de calmaria, quem se aventura tem muito mais chances de sobressair, fortalecido no mercado. Não à toa, o atual momento valorizou ainda mais o profissional de Marketing, afirma o presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil no Paraná (ADVB-PR), Ronie Pires. “Em um cenário de retração da economia como este, um profissional da nossa área comprometido com o trabalho pode ser a diferença entre uma marca não superar esse momento ou fazer passar para um momento ainda melhor quando a turbulência passar”, sentencia. Ele explica que durante a crise cada empresa precisa encontrar a melhor fórmula custo-benefício para expor sua marca. A pior estratégia diz, é congelar a verba destinada para o Marketing como se isso fosse resultar em economia. Afinal, para os profissionais da área, é quase um mantra: “Marketing não é custo, é investimento; Marketing não é custo, é investimento”.


“Em um cenário de retração da economia como este, um profissional da nossa área comprometido com o trabalho pode ser a diferença entre uma marca não superar esse momento ou fazer passar para um momento ainda melhor quando a turbulência passar.” Ronie Pires, presidente da ADVB-PR.

Não é difícil entender qual é a linha de raciocínio. “Quem vê o Marketing como gasto, perde visibilidade e vai sair menor da crise. Há quem concentre em ações focadas em um único tipo de veículo de comunicação, estratégia que tem lá suas contra-indicações, e quem pense novas estratégias que geram custos-benefícios possíveis para manter ou avançar nas suas ações de Marketing, ganhando espaço de quem se escondeu”, explica Pires. Na prática, porém, o grande desafio é justamente fazer seus clientes adotarem essa postura de atrevimento frente ao mercado. “Se você não arriscar, menor o seu retorno. Os empresários precisam tentar coisas novas e confiar mais no trabalho das agências que contratam para exibir suas marcas. Estamos em um período que está todo mundo se garantindo com a mesmice. O clichê só vai trazer como resultado o clichê. Parece mais seguro, mas não é. As marcas que mais investem e arriscam, têm os melhores resultado”, fala o presidente do Clube de Criatividade do Paraná (CCPR) e diretor da Associação Brasileira de Propaganda, Thiago Biazetto, também diretor criativo-estratégico da agência Tif. Ronie Pires também vê essa timidez dos empresários. “Falta certa maturidade, que tem várias causas. Uma delas está no profissional da empresa que negocia com a agência de marketing, que limita o poder de criação das agências; também vejo as agências se esforçando para entregar, mas já acostumadas com esse modelo”, diz. A seu favor, o Marketing tem espaço e potencial para se desenvolver de sobra. Tanto por causa do surgimento de novas plataformas onde converter melhor para cada marca quanto pelos bons profissio-

nais à disposição do mercado. Pires, que há um ano assumiu a direção de mercado da RICTV Record em Curitiba, depois de ter ocupado o cargo de executivo de contas na Rede Brasil Sul (RBS) e Rede Transamérica de Rádio, e ser diretor de mercado nacional no GRPCOM por 14 anos, destaca que Curitiba tem formado muitos profissionais de Marketing e Comunicação talentosos e percebe avanços na relação com os clientes. “A gente avança, temos clientes cada vez mais preparados, agências mais profissionais, uma certa democratização da mídia”, enumera. Além disso, os profissionais estão descobrindo novas estratégias para personalizar cada vez mais o trabalho ofertado a cada marca. Um exemplo é o aumento das ações que provocam o público a acompanhar e interagir com as marcas em mais de um veículo de comunicação. “Particularmente, acredito que esse conceito multiplataforma veio para ficar”, avalia Pires. O que ainda é preciso desvendar é o que funciona melhor para cada cliente. “Há muita empolgação sobre uma plataforma, menos sobre outras e não se pode esquecer que os públicos convertem em mais de uma plataforma. Quem vê televisão, hoje vê, do modo tradicional, no tablet ou no telefone celular. É preciso produzir para eles, não para satisfazer o gosto pessoal”, aponta.

“Se você não arriscar, menor o seu retorno. Os empresários precisam tentar coisas novas e confiar mais no trabalho das agências que contratam para exibir suas marcas.” Thiago Biazetto, diretor criativo-estratégico da agência Tif.

mercado 27

&


Seleção

Dicas de quem entende Confira as indicações de livros dos professores de Comunicação Social das Faculdades Opet e boa leitura. Os 8Ps do Marketing Digital

“Sem dúvidas a abordagem do best seller “Os 8Ps do Marketing Digital” é empolgante. Sabe aquele livro de mais de 900 páginas que você lê sem se cansar? Conrado Adolpho faz isso perfeitamente. A impressão que tive na primeira vez foi a de estar conversando com o autor, há muita troca de experiência, exemplos reais e abordagens significativas. O mais interessante do livro é o pós livro, como o meio digital acaba ficando desatualizado rapidamente e o tempo para se escrever um livro e publicar é muito demorado, o autor cria vídeoconferência com seus seguidores, posts em seu blog e o contato direto. O autor é acessível e sempre responde seus leitores. É o livro que qualquer profissional de marketing e comunicação não deve deixar de ler.”

Rodrigo Mocellin

Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas “Entender como age o subconsciente, qual sua participação em nossas tomadas de decisão, em nossos atos e em nossa rotina de maneira clara e inteligível a qualquer pessoa. Essa é a proposta do livro “Subliminar: como o inconsciente influencia nossas vidas”. Escrito pelo físico Leonard Mlodinow, o livro leva o leitor de maneira tangível de conhecermos nosso inconsciente. Por que escolhemos um caminho, selecionamos nossos pares? E o que tanto chamou atenção no ambiente para decidirmos ficar ou sair dele. Questões simples, respostas automáticas que nos parecem ser mais conscientes do que realmente são. Para estudantes de comunicação são um convite a rever todas as correntes da Teoria da Comunicação.”

Mauro Alessandro Bruno Pinto

O Livro do Sabe-tudo - 365 Leituras Diárias Para Estimular Sua Mente “O Livro do Sabe-tudo - 365 Leituras Diárias Para Estimular Sua Mente - de Noah D. Oppenheim e David S. Kidder trata sobre autoajuda e reflexão, comunicação e linguística. Já a obra Publicitar - Uma Nova Visão da Publicidade é um livro diferente, sobre o mundo da Publicidade como geradora de mensagens de vendas eficientes para públicos selecionados. O livro de João José Werzbitzki é uma nova visão, mais ampla, do trabalho e da vida das pessoas que trabalham com Publicidade.”

Kal Gelbecke

28

mercado

&


O que se aprende hoje transforma o amanhã.

EAD Opet. Distância não é nada para quem quer chegar longe. Educação a Distância Opet. Cursos com a mesma qualidade presencial para você transformar seu amanhã, estudando no seu tempo, a qualquer hora e em qualquer lugar. opet.com.br


Rádio e TV

FIRMES

e fortes

Entenda como os veículos de comunicação tradicionais se aliaram a internet e as redes sociais para atrair ainda mais o público

Em tempos de internet e mídias sociais despontando entre pessoas de diferentes idades, a televisão e o rádio ainda são os veículos de comunicação mais utilizados e mais confiáveis pelos brasileiros, de acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015. No país, o número de ouvintes de rádio aumentou em 9% de 2014 para esse ano, sendo que 30% da população escuta rádio. Para se manter no topo, os veículos mais tradicionais aproveitam as novas tecnologias para aumentar a interatividade com o seu público e manter a audiência. A fim de entender o impacto que a TV aberta e a rádio ainda têm na vida da população, a revista Opet & Mercado conversou com dois grandes comunicadores, a apresentadora Maria Rafart e o jornalista Sandro Dal Piccolo, conforme você lê a seguir.

Comunicadora por acaso

“Hoje temos uma participação maior de ouvintes, as pessoas estão mais conectadas...” Maria Rafart, apresentadora do programa Light News.

30

mercado

&

Formada em Direito e Psicologia, Maria Rafart iniciou sua carreira como radialista por acaso. Em 1998, ela lançou um livro sobre divórcio e o divulgou na imprensa. Como o livro foi um sucesso de vendas, Maria fez diversas entrevistas para TVs, rádios e veículos impressos. “Fiquei muito nervosa quando participei pela primeira vez de uma entrevista de rádio, mas como era um tema que eu conhecia e havia muita participação de ouvintes no ar, comecei a responder e me senti muito confortável”, lembra. Posteriormente, surgiram outras oportunidades de entrevistas e como já demonstrava boa desenvoltura e domínio de diversos assuntos, Maria Rafart começou a ser chamada com frequência para participar como comentarista, até ter seu próprio programa. Há 12 anos ininterruptos no ar, a apresentadora comanda o programa Light News, atualmente na Rádio Transamérica Light. Ela acredita que as novas tecnologias só contribuíram com o rádio, aproximando e incentivando a participação do público. “Hoje as pessoas estão mais conectadas. Antigamente o SMS era muito caro e mudou muito nossa intertextualidade. A participação massiva dos nossos ouvintes também determina as mudanças dos próprios temas do programa”, explica. Para Maria Rafart esse fenômeno se deve ao fato do veículo ser um dos poucos meios que podem ser associados a outras atividades. “O rádio é o único meio que você pode associar a outras tecnologias, você consegue ouvir e trabalhar, ouvir e dirigir, ouvir e estar conectado a internet”, complementa.


TV E RÁDIO NO BRASIL:

Foto: Geísa Borrelli

• A TV é o meio de comunicação predominante; • 95% da população assistem TV; • Os brasileiros passam 4h31 por dia expostos ao televisor, de segunda a sexta, e 4h14 nos finais de semana; • O rádio é o segundo meio de comunicação mais utilizado no país; • De 2014 para 2015 o uso do rádio teve uma queda de 6% (de 61% para 55%); • 30% da população afirmam escutar rádio diariamente. Fonte: Guia de Mídia 2015 – SECOM > http://goo.gl/pLUh4I

Jornalista por paixão e vocação O jornalista Sandro Dal Piccolo, editor-chefe na Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e apresentador do telejornal Paraná TV 2ª edição, já soma 30 anos de profissão. Ele iniciou a carreira em 1985, na TV Coroados em Londrina, depois de uma rápida passagem pelo jornal Folha de Londrina. Foram dez anos até se mudar para Curitiba, onde já vive há 20 anos. “Na época o jornal impresso tinha muito prestígio, mas achei que na TV poderia fazer uma carreira também. Meu sonho era trabalhar no caderno cultural, gosto até hoje”, lembra. Mesmo ainda jovem, Dal Piccolo acompanhou muitas mudanças na forma de trabalhar. Dentre os aparatos do início de carreira tinham câmeras de vídeos grandes, gravador, máquina de escrever e o computador ainda era ferramenta de luxo. Na época, o contato entre o público e o veículo de comunicação era por telefone ou carta. Hoje, as informações estão mais acessíveis e ágeis. “Nesse sentido, as novas tecnologias foram fundamentais para atrair o público e fazer com que ele continuasse assistindo TV”, acredita o jornalista. Ele percebe que a interação da internet com a TV é muito benéfica e trouxe mudanças significativas no comportamento do telespectador. “Hoje, a TV é uma via de mão-dupla. Antigamente, nós éramos apenas assistidos. Hoje nós somos assistidos, comentados, julgados, respondidos e avaliados. Há uma interação com as mensagens que respondemos”, afirma Dal Piccolo.

“O profissional de jornalismo tem que estar preparado para trabalhar quando todo mundo está curtindo. Nós trabalhamos para a sociedade. Não é glamour, é muita ralação.” Sandro Dal Piccolo, editor-chefe da RPC.

mercado 31

&


MEDIADOR

de talentos

Curitiba concentra mais de 19 mil empresas da economia criativa e o objetivo é se tornar referência nacional no assunto

“O mais importante na economia criativa é criar empreendimentos significativos.... Então se o criativo ficar isolado é como tivéssemos uma floresta de bonsais” Gina Paladino, presidente da Agência Curitiba

32

mercado

&

A criatividade e o consumo sempre estiveram ligados, seja na compra de uma roupa, ao assistir uma peça de teatro ou até mesmo ao ler uma revista, como esta. E para ser um criativo não é necessário ser um gênio. Basta ter talento e visão empreendedora. O termo “economia criativa” significa transformar uma ideia em um negócio lucrativo, com o objetivo de gerar trabalho e renda. É também um conjunto de setores ligados a criatividade, fundamentais para se obter diferenciais de competitividade. As vantagens de trabalhar nas áreas em que a economia criativa atua é que o serviço depende exclusivamente do talento de quem executa e não do capital ou porte da empresa. Em 2013, a Agência Curitiba, responsável em promover o desenvolvimento econômico e tecnológico de Curitiba, mapeou e identificou os segmentos da economia criativa na capital. No total, foram identificados mais de 19 mil estabelecimentos formais da economia criativa na cidade. De acordo com a presidente da Agência Curitiba, Gina Paladino, o mapeamento surgiu como uma forma de identificar onde existia maior concentração de economia criativa na cidade. O trabalho foi inspirado nas grandes metrópoles e foram realizados vários estudos


econômicos, financeiros e técnicos para entender o perfil desta economia local. O trabalho identificou que a economia criativa está espalhada em vários bairros, alguns inimagináveis, como Água Verde, Boqueirão, Cajuru, CIC, Uberaba, entre outros. Segundo a presidente, neste primeiro momento a Agência Curitiba está desenvolvendo o mercado audiovisual. Algumas empresas que já fazem parte do projeto são Tecnokena e Moro Produções. “O audiovisual é o que está melhor organizado estruturalmente até o momento. Como ele é um setor muito promissor, nos conseguimos juntar o público e o privado e fazer um plano durante 6 meses, com horizonte em 2020, com uma série de iniciativas e ações para tornar esse segmento maior e com mais velocidade”, afirma. Posteriormente será ampliado para outros setores como design, arquitetura e moda. Expor, compartilhar e dialogar são as recomendações de Gina Paladino para os interessados em exibir

ideias e produtos inovadores. Para ela, se o profissional altamente criativo não expor seu talento, seja por meios físicos, virtuais ou através de coworking, não irá multiplicar as possibilidades de criação de uma ideia ou um produto. “O mais importante na economia criativa é criar empreendimentos significativos, que tenham impacto no ponto de vista econômico para a cidade. Então se o criativo ficar isolado é como tivéssemos uma floresta de bonsais”, ressalta. Gina acredita que o principal problema da economia criativa é a informalidade. O número de estabelecimentos criativos na cidade pode ser o dobro do registrado atualmente. “Existe uma proporção muito grande na informalidade. As pessoas são autônomas, freelances e os dados que temos são apenas da economia formal”, diz. Para o futuro, ela afirma que o objetivo é transformar a cidade em um modelo de referência nacional em economia criativa e que existem quatro itens que torna a cidade atrativa, são eles: proximidade da cidade de São Paulo, custo de vida, qualidade de vida e conectividade boa e barata. “O objetivo é reter os talentos e atrair outros de distintas partes dos país”, afirma.

10 principais bairros que concentram estabelecimentos criativos em Curitiba 1. Centro (2.603) 2. Água Verde (1.021) 3. Portão (668) 4. Batel (658) 5. Boqueirão (628) 6. Cajuru (580) 7. Bigorrilho (492) 8. Rebouças (486) 9. CIC (482) Fonte: Agência Curitiba

Fatos e dados De acordo com levantamento realizado pela Agência Curitiba, a cidade de Curitiba é a quarta na escala de geração de riquezas da indústria criativa (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte lideram a lista de capitais mais criativas). Com um custo de vida mais barato que nas principais capitais do país, a cidade tem identificado 12 nichos relevante de economia criativa, que são: Propaganda, Arquitetura, Artes e Antiguidades, Artesanato, Design, Moda, Audiovisual, Software de lazer, Artes Performáticas, Editoração, Games, Televisão e Rádio. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o crescimento anual do mercado criativo deve girar entre 10% a 20% nos próximos anos em todo o mundo. Nas indústrias criativas os salários são superiores da média nacional. A remuneração média de um profissional é R$ 2,7 mil, já a de um profissional criativo é de R$ 3,6 mil.

mercado 33

&


Artigo

Júlio Bonrruquer Neto

VP & Partner da Beyond Executive Search

Como cuidar da sua carreira? Num mundo que se transforma cada vez mais rápido, o conceito de carreira ideal também tem evoluído. A passagem das gerações e advento de tecnologia faz com que velhos conceitos já não respondam ao anseio dos mais novos e forçam uma ampliação das opções e alternativas dentro do mundo do trabalho. O sonho de trabalhar a vida toda dentro de uma mesma empresa e se aposentar por lá, desejo comum nos anos 80, deu espaço à ascensão do mercado financeiro e os milionários bônus dos yuppies de Wall Street na década seguinte. Nos anos subsequentes, as expatriações e carreiras internacionais nas multinacionais se tornaram o objeto de desejo dos melhores talentos. Finalmente, com o crescimento do empreendedorismo, a onda de startups se tornou a tendência e tem seduzido um número cada vez maior de jovens a investir em seus negócios e sonhos. A economia compartilhada também é um fator importante para entendermos o futuro do conceito de carreira. De qualquer maneira, seja como funcionário, como co-worker, como empreendedor ou qualquer outra forma de colaboração, a trajetória profissional de cada um é o que chamamos de carreira. 34

mercado

&

O que todas elas têm em comum é que uma carreira é, antes de tudo, um organismo vivo. Por esta razão, precisa de cuidados específicos para que possa se desenvolver, crescer e frutificar. Esta analogia, apesar de simplória, transmite claramente o tipo de cuidados que cada pessoa precisa ter com sua trajetória profissional. Com este pano de fundo, segue o guia-básico de saúde profissional que sugiro depois de anos de experiência: Resultados: Não importa qual a sua área de atuação, o aspecto mais importante pelo qual você será avaliado é o resultado que você é capaz de entregar. Monitorar de perto como está a performance é uma das atividades mais importantes para cuidar bem da carreira. Pessoas que têm plena consciência disso são capazes de ter autocrítica e saber onde precisam melhorar e ajustar o seu grau de expectativa quanto à possíveis promoções e novos desafios.

Educação Continuada:

Educação é o alimento básico de uma carreira bem-sucedida. Pela velocidade com que o ambiente de negócios vem se transformando, o preparo acadêmico e técnico torna-se ainda mais fundamental. Uma recente pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que a titulação média de CEOs abaixo de 45 anos é 5 diplomas. Procurar novos conhecimentos técnicos e também relacionados a negócios e finanças é uma maneira de ampliar horizontes e expandir possibilidades.

Networking: Um dos maiores ativos de um profissional, a rede de contatos é um suporte fundamental para o bom desenvolvimento de uma carreira. Ter uma rede qualificada e ampla traz a oportunidade de contar com a expertise e as opiniões de outras pessoas quando à frente de uma situação complexa. Ao mesmo tempo, abre uma série de oportunidades baseadas no conhecimento e confiança. Cerca de 47% das contratações feitas no Brasil tem influência das redes de relacionamento. Desenvolvimento de Liderança: Líderes são capazes

de energizar e orquestrar pessoas para que elas atinjam resultados acima da média. Desenvolver sua compreensão e habilidades nesta área fazem com que as pessoas a seu redor produzam mais. Esta é uma característica fundamental para times de alto desempenho e carreiras de sucesso. A possibilidade de se ter a responsabilidade de gerir um time, um projeto ou uma empresa é cada vez maior conforme avançamos na carreira, estar preparado para isto é muito importante para ampliar sua saúde profissional. Por fim, como sua própria saúde, cuidar da carreira é um compromisso pessoal. Não é algo que se pode terceirizar ou passar a responsabilidade para outra pessoa. Você pode até procurar a ajuda de especialistas, mas ninguém mais pode ter hábitos saudáveis por você. Muita saúde e muito sucesso!


O que se aprende hoje transforma o amanhã.

Opetwork, Escola de Profissões. O aprendizado de hoje, útil no trabalho amanhã. • Iniciação, qualificação e formação profissional rápida. • Cursos técnicos nas áreas de indústria e informática. opet.com.br


Artigo

Laci Gemene Redua

Coordenadora dos cursos de Comunicação Social das Faculdades Opet

O Profissional de Mídia Quando iniciei minha carreira como profissional de mídia, em 1986, escutava muito: “vocês só fazem um ‘X’ no mapa e compram a mídia mãe!” - para vocês que não são dessa geração, “mídia mãe” era colocar o comercial no Jornal Nacional e na novela das oito. Naquela época, porém, já usávamos pesquisa para escolher a melhor programação para o cliente. Com o passar dos anos, isso foi mudando e o mídia passou a ser escutado dentro das agências e a ser devidamente valorizado. Naquela época, para ser um bom profissional de mídia o principal era ter competência para elaborar um eficiente plano de divulgação e habilidade para negociar os melhores acordos possíveis com os veículos de comunicação. Essas qualidades não perderam importância, mas as mudanças provocadas pela tecnologia afetaram o modo como nos relacionamos com os meios de comunicação - houve uma evolução no perfil desse profissional. Para ser mídia nos dias de hoje não basta ser publicitário, é necessário ter uma visão estratégica e ser focado em negócios e em trazer resultados tangíveis e mensuráveis para o anunciante. É preciso ter domínio das plataformas de tecnologia 36

mercado

&

disponíveis no mercado, ser curioso e cultivar um perfil conciliador para harmonizar as tensões naturais que surgem nos processos de negociação; é preciso ser muito criativo, aprender rápido e entender como as pessoas interagem com a tecnologia; por fim, ter conhecimento amplo das opções de mídia e saber em que situações utilizá-las. Conhecer em profundidade o negócio do anunciante e o consumidor dos produtos deste anunciante, além de gerenciar com sabedoria a verba do cliente, investindo-a como se o dinheiro fosse seu.

“Para ser mídia nos dias de hoje não basta ser publicitário, é necessário ter uma visão estratégica e ser focado em negócios e em trazer resultados tangíveis e mensuráveis para o anunciante.” Quanto mais próximo do cliente o mídia estiver, mais adequado será o seu plano. Nos últimos anos, todos os departamentos das agências evoluíram, mas o de mídia avançou mais em relação ao aspecto técnico. Ele tem participado cada vez mais no negócio do cliente com uma visão mais aprofundada, contribuindo muito mais nas decisões do planejamento e criação.

A complexidade que o mercado de comunicação adquiriu nos últimos anos traz desafios para a formação dos profissionais de mídia - sejam eles novos talentos ou, mesmo, aqueles que já atuam e precisam se reciclar para acompanhar as transformações do mercado. O desafio desse profissional é sempre pensar no todo e integrar em todos os processos de comunicação de marketing buscando sempre o seu público alvo, baseando suas decisões em dados e não no próprio instinto. Hoje, as possibilidades para a carreira do profissional de mídia são muito mais ricas do que em 1986, daí a “natural” escassez desse profissional. Podemos olhar isso como uma crise ou como uma oportunidade. Eu, particularmente, vejo com bons olhos. O cenário abre caminhos aos novos (e bons) profissionais, ao mesmo tempo em que exige a reinvenção de velhos hábitos. E essa renovação é preciosa demais para ser ignorada. O futuro exige união entre técnica, tecnologia e vontade de experimentar. Por isso mesmo, acredito que nunca foi tão oportuno escolher a área de mídia como um caminho na comunicação, porém, nunca foi tão difícil formar esse profissional. Meu conselho para quem quer entrar e permanecer nesse mercado é: aprenda, estude e compartilhe. Não estará no mercado quem não estudar e não será líder quem não compartilhar. É um caminho simples? Não! Mas, acredite, é tremendamente compensador.


O que se aprende hoje transforma o amanhã.

Futuro é só um verbo para quem precisa fazer acontecer agora. Faculdades Opet. Cursos de Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia para transformar o seu amanhã. opet.com.br


Artigo

Pedro Lima

é sócio-diretor de Search Engine e Social Media Marketing da Agência 110 Inteligência Digital.

A importância

das midias programáticas Desde a revolução industrial, o homem vem buscando formas de ser mais produtivo, utilizando menos recursos. São inúmeros os exemplos que podemos dar nesse sentido. Há alguns anos precisávamos contratar um agente de viagens para reservar um quarto de hotel. Hoje em dia fazemos uma reserva com poucos cliques, através de plataformas que facilitam nosso dia-a-dia. O mesmo acontece com a forma como chamamos um táxi ou como nos comunicamos nos smartphones. E se eu te disser que, em um momento de crise como o que vivemos, existe uma nova tecnologia de compra de mídia que automatiza processos e otimiza recursos, além de ser mais assertiva?

O QUE É?

Mídia programática, como o próprio nome sugere, é uma forma programada de negociar espaços de mídia, utilizando-se de uma ferramenta. Quem já comprou mídia sabe da grande dificuldade que é mapear o público-alvo, selecionar os canais mais propícios, negociar com os publishers (sites que contém espaços para publicidade) a ponto de conse38

mercado

&

guir a melhor oferta, executar, mensurar e apresentar os resultados de todas a campanhas. Mídia programática é a evolução desse processo manual para algo automatizado, que permite uma maior escalabilidade e um menor esforço operacional humano.

POR QUE É IMPORTANTE?

Através da automatização de tarefas que antes eram feitas manualmente, a mídia programática torna o processo de compra de mídia mais justa e eficiente, uma vez que com mais assertividade na entrega da campanha para o target estabelecido, a rentabilidade aumenta e diminuem os custos de conversão (CPC, CPA, CPL, CPV, ROI etc). A segmentação é feita de três formas distintas. É possível segmentar a campanha de forma contextual (através de mais de duas mil categorias disponíveis), pelo perfil do público (com inúmeras opções de caracterização como sexo, idade, classe social ou escolaridade) e por retargeting (usuários mapeados ao visitar determinado site). Cada uma delas pode ser utilizada na estratégia de modo a atingir o público-alvo da forma mais eficiente possível.

COMO FUNCIONA?

Através de algoritmos poderosos, a ferramenta utiliza um processo chamado de real time bidding (RTB), em que anunciantes distintos disputam um determinado inven-

tário do publisher por meio de um leilão em tempo real. A compra desses espaços é feita por meio de plataformas chamadas de DSPs (demand-side plataform), que utilizam os dados disponibilizados pelos advertisers (agências ou clientes) para alcançar o perfil de público desejado pelos anunciantes, onde quer que eles estejam. Ao automatizar operações e otimizações, o RTB permite melhorar consideravelmente o ROI (retorno sobre o investimento).

PANORAMA

Segundo o IAB Brasil, uma pesquisa feita pela ExchangeWire - em parceria com a OpenX e intitulada “Perceptions, implications, and the future of online marketplace quality in programmatic advertising”, afirma que 95% dos profissionais do mercado acreditam que a mídia programática oferece maior valor ao investimento realizado no digital e que 84% dos entrevistados aumentariam ainda mais o volume investido em mídia programática. Apesar de ainda estar crescendo no Brasil, 2015 é o ano da compra de mídia programática. Nos Estados Unidos, grandes publishers e anunciantes já aderiram a esse novo modelo e, de acordo com dados do eMarketer, a mídia programática vai corresponder a cerca de 45% da mídia display do país nesse ano. Em 2014, foram gerados em torno de $10 bilhões em negócios.


AS SOLUÇÕES PARA MUDAR O MUNDO PODEM ESTAR EM SUAS MÃOS. Para que os alunos de sua escola construam um mundo melhor, a Editora Opet reuniu pedagogos, especialistas, artistas e gestores conectados com a mais moderna tecnologia de ensino. O trabalho dessa equipe se traduz em materiais didáticos, paradidáticos, projetos especiais e plataformas virtuais presentes em escolas de todo o Brasil. Compreensão, carinho, conteúdo, emoção: cabe tudo isso e muito mais em nossas páginas.

Material Didático da Primeira Infância ao Ensino Médio Assessoria Pedagógica Fundamentação Pedagógica Marketing Educacional Eventos Educacionais Opet Virtual Materiais Especiais

editoraopet.com.br facebook.com/editora.opet.3 0800 41 0034



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.