Revista Têxtil House 2ª

Page 1

EM D AG

Revista profissional de artigos têxteis para casa

TA E

00 20.P0LARES M

EXE

Uma publicação Grafite I Divisão Editorial

TIR Ano II – nº 2 – Março 2012

ÇÃO DI

ES

2ª Têxtil House Fair Mercado prepara-se para a feira que acontece de 19 a 22 de agosto, no Anhembi Governo age para retomar o crescimento do setor têxtil Artigos sustentáveis abrem as portas para a exportação


Cama, Mesa e Banho

Colchões e Travesseiros

Aromatizantes

Cortinas e Acessórios

Tapetes e Carpetes

Tecidos e revestimentos para decoração

Tendência e Moda


A FEIRA CERTA, NA DATA CERTA E NO LUGAR CERTO • Única feira profissional e dirigida do setor têxtil realizada em são Paulo, capital dos negócios da América Latina • em quatro dias, reúne a cadeia produtiva do setor têxtil, aproximando pessoas, desenvolvendo negócios, realizando vendas e gerando lucro • Visitação de compradores profissionais: mais de 15.000 CnPJs de todos os estados brasileiros, oriundos de mais de 860 cidades e de mais de 20 países • 70% dos expositores da primeira feira já confirmaram sua participação na próxima Têxtil House Fair em agosto de 2012

Faça parte você também da mais qualificada reunião da cadeia produtiva do setor de artigos têxteis para casa.

Venha para a 2ª Têxtil House Fair! 19 a 22 de agosto de 2012 no Anhembi - São Paulo / SP

Informações - departamento Comercial Tel.: (11) 2105-7000 / atendimento@grafitefeiras.com.br / www.grafitefeiras.com.br

Realização e Promoção

Apoio

No dia 22/8, o credenciamento será encerrado às 15 horas.

Ação Social

Pavilhão

Associada

Este material poderá ser alterado pela promotora sem aviso prévio. O visitante isenta a Grafite Feiras e Promoções por quaisquer vícios ou falhas decorrentes dos expositores e demais prestadores de serviços.


editorial

Foto: Windsor M. Borges

O mercado de artigos têxteis deverá sentir, nos próximos meses, os impactos das medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no final do ano passado, para garantir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado interno e a retomada do crescimento desse setor. A estratégia do governo consiste em taxar os produtos importados pelo peso e não mais sobre o seu valor. Outro fato que terá uma influência cada vez maior nos negócios desse segmento são as obras da Copa do Mundo e da Olimpíada. Um estudo feito pela Ernst & Young e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o PIB do setor têxtil brasileiro deverá crescer 3,12% até 2014, um impacto de R$ 580,47 milhões, que irão parar, principalmente, nas contas de micro e pequenas empresas. Além de tudo isso, muitos empreendimentos residenciais estão sendo entregues pelas construtoras, dando lugar a uma gigantesca demanda pelos produtos de decoração de interiores, incluindo roupas de cama, mesa e banho, tapetes, cortinas, tecidos e revestimentos de parede, entre outros itens. Isso e muito mais, você poderá conferir na matéria da seção “Panorama.” Já a matéria “Moda casa sustentável, tipo exportação” expõe a importância da tendência eco-fashion e fala dos caminhos para reverter a queda brusca nas exportações dos produtos têxteis brasileiros que, de 2010 para 2011, foi de 47% em volume financeiro no segmento casa.

Tarso Jordão, Presidente da Grafite Feiras

Os problemas existem, motivados, em grande parte, por fatores globais. Mas o setor, junto com o governo, está se mobilizando para encontrar os caminhos da recuperação e do crescimento. Não podemos deixar de dizer que a Grafite Feiras e Promoções integra essa “força-tarefa”, por assim dizer, ao lançar a Têxtil House Fair, em 2011. A feira, realizada em São Paulo, estreou com um grande sucesso e já é a mais importante plataforma de negócios de artigos têxteis para a casa do país. A segunda edição irá acontecer de 19 a 22 de agosto de 2012, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Trata-se de uma oportunidade única para expositores e compradores profissionais. Aproveite bem sua revista!

4 Têxtil House - nº 2


Jogos de Cama - Colchas - Edredons - Mantas Capas de Almofadas - Futtons

100 95 75

25

Tel: (11) 3311-4870 comercial@niazitex.com.br - www.niazitex.com.br Revista 003 te��

a��ei�a� � �e �e�e���� �e 2011 15�02��1

5 0


sumário

Revista profissional de artigos têxteis para casa Uma publicação Grafite | Divisão Editorial Março 2012 - Ano II - no 2 Editor Tarso Jordão GERENTE DE MERCADO Andrea J. Carrasco PRODUÇÃO EDITORIAL Mega Texto Ltda. E-mail: megatexto@globo.com REDAÇÃO Valéria Gasperini (MTB 23.767) REVISÃO Jane G. Aspergis REPÓRTERES Sandra Scigliano, Marcelo Salton Schleder e Maria Claudia Araujo Perassoli APOIO EDITORIAL Juliana Aguiar (MTB 40.776) DIAGRAMAÇÃO Roberto Maciel FOTOS Windsor M. Borges, Danilo Máximo Divulgação e Shutterstock PRODUÇÃO GRÁFICA Márcia Soares da Costa IMPRESSÃO CLY PARA ANUNCIAR Ligue: (+55 11) 2105-7000 Vendas Nacional: atendimento@grafitefeiras.com.br Vendas Internacional: Edson Oliveira sales@grafitefeiras.com.br ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO Envie e-mail com dados completos e ramo de atividade para: grafite@grafitefeiras.com.br INFORMAÇÕES Serviço de Atendimento ao Cliente Tel.: (+55 11) 2105-7000 atendimento@grafitefeiras.com.br ADMINISTRAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Grafite Feiras e Promoções | Divisão Editorial Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1830 -13º andar Torre 2 - 04543-900 - São Paulo / SP - Brasil TÊXTIL HOUSE – ANO II – EDIÇÃO Nº 2 A revista TÊXTIL HOUSE é uma publicação da Grafite Feiras e Promoções – Divisão Editorial. Distribuição gratuita para lojas e magazines especializados no Brasil e na América do Sul. Os pedidos de exemplares estão sujeitos à disponibilidade de estoque. Os direitos autorais estão reservados à Grafite Feiras e Promoções Ltda. A reprodução total ou parcial de artigos e reportagens é permitida desde que citada a fonte. VISITE NOSSO SITE

www.grafitefeiras.com.br

6 Têxtil House - nº 2

8 10 12 20 22 24 28 30 32 34 36 37 38

ESPECIAL

ARTIGO

PANORAMA

TENDÊNCIA

CAPA

FEIRAS E NEGÓCIOS

ENTREVISTA

NOTÍCIAS DO SETOR

HISTÓRIA DE UMA MARCA

VITRINE

DICAS DA CIDADE

AGENDA

ARTIGO


Grafite completa 32 anos

Varejo reflete as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas

Cenário positivo para 2012 para o setor têxtil

Revestimento em vinil, lavável, com muitas padronagens são o grande hit nas paredes

Moda casa sustentável, tipo exportação

Mercado aguarda a 2ª Têxtil House Fair

A designer têxtil Nina Ferrari fala de seu trabalho, inspirações e preferências dos brasileiros

As novidades do setor têxtil

Teka está há 85 anos nos lares brasileiros Grupo Marlene (antiga Marlene Enxovais) aposta em vitrines despojadas Opções de lazer em São Paulo

Calendário de feiras As novas tendências do setor de cama e mesa no Brasil

ERRATA Na primeira edição da revista Têxtil House (julho/2011), a matéria “Tecidos têm moderno parque fabril” informa que a Corttex possui sede em Campinas (SP), quando o correto é que a empresa está sediada em Americana (SP).

Nossa capa: Shutterstock

Têxtil House - nº 2

7


Especial

G

rafite completa 32 anos

Em mais de três décadas de atuação, a empresa realiza três feiras, publica quatro revistas especializadas e organiza dois prêmios

A Grafite Feiras e Promoções possui forte presença no mercado de eventos de negócios devido à imponência e importância de suas feiras que, a cada ano, recebem quase 80 mil compradores profissionais, provenientes de todas as partes do mundo, atraídos pelas ótimas oportunidades para abastecer suas lojas com produtos inovadores e competitivos. A história da Grafite teve início em 1980, com a fundação do Gift Trade Center. O negócio abrigava um showroom permanente, de 40 empresas de presentes, destinado a atender aos lojistas do setor. Então, oito anos mais tarde, é criada a Laço, com o objetivo de editar o Anuário Brasileiro de Presentes. Posteriormente, a companhia lança a revista Presente e passa a promover a feira Gift Fair. Em 1992, surge a Grafite Editora Ltda, após um desligamento societário da Laço. O nome do empreendimento deriva do mineral utilizado na fabricação do lápis e faz alusão a sua primeira publicação, a revista Gemas, Joias e Relógios. A expansão da empresa nos anos seguintes acompanhou o crescimento do setor de presentes em todo o país. A confiança do mercado – tanto dos visitantes, quanto dos expositores – resulta do fato de que a Grafite contabiliza 32 anos de experiência na promoção dos melhores encontros de negócios da América Latina, sempre na cidade de São Paulo, maior centro de turismo de negócios da região. “A satisfação dos expositores é tudo o que um promotor mais quer. Feira é como escola de samba: trabalhamos o ano inteiro para quatro dias de exposição. Quando a escola convence o público, o sucesso é garantido”,

8 Têxtil House - nº 2

compara o diretor-presidente da Grafite Feiras e Promoções, Tarso Jordão. A empresa promove as feiras House & Gift Fair, Christmas Fair e, desde 2011, a Têxtil House Fair, especializada em artigos têxteis para casa. A Grafite se autodefine como uma empresa de mídia, o que explica sua atuação sistêmica. Além das feiras, também publica quatro revistas: HG Casa, Christmas News, HG Made in Brazil e, agora, a novíssima Têxtil House. A empresa também promove importantes prêmios, como a etapa brasileira do gia (Global Innovator Award), que contempla os melhores varejistas de produtos para casa do mundo, e o Prêmio House & Gift de Design, que está em sua 13ª edição e tem como objetivo incentivar a criação de produtos inovadores para o lar. Todas essas iniciativas refletem uma promotora ousada e comprometida com o desenvolvimento organizado e sustentável do mercado como um todo, trazendo reconhecimento internacional. Prova disso é que a Grafite Feiras e Promoções é a única empresa brasileira a possuir o selo da UFI (the Global Association of the Exhibition Industry). Em visita à Grafite, o diretor da UFI, Paul Woodward, disse que “o Brasil está se tornando cada vez mais importante no cenário internacional de negócios. Feiras são um canal facilitador desse processo e os eventos organizados pelos membros da UFI devem ter um perfil particularmente elevado. Além disso, grande parte do mundo está aprendendo a entender o Brasil e sua forma de fazer negócios. Então, podemos prever uma reputação cada vez maior para as empresas como a Grafite.”



artigo

V

arejo reflete as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas Por Hyppólito Neves

De todas as atividades, o varejo é a que mais reflete as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas por lidar diretamente com o consumidor final. E dele recebe as informações sobre os produtos e serviços que oferece, repassando-as aos seus fornecedores, seja na forma de pesquisa, nas reposições ou, então, pelas liquidações não programadas. Além de atender às necessidades do público, dando subsídios à indústria

10 Têxtil House - nº 2

para o aperfeiçoamento de seus produtos, o varejo é o primeiro a sentir as tendências que estão se esboçando, percebendo os indícios de mudanças que virão. Os grandes números mostram a sua participação na economia - são cerca de 1,5 milhão de empresas e mais de sete milhões de empregos. Mais de dez por cento desses empregos são em shoppings, e quase 70% nas lojas que não chegam a ter 20 colaboradores.


Os pequenos negócios são, portanto, os maiores empregadores. E o varejo, representando 12% do PIB, mostra o lado econômico. Por outro lado, pelos quase 450 shoppings e suas mais de 80.000 lojas franqueadas, temos a indicação de como o varejo está tornando o Brasil cada vez mais igual. A expansão dos shoppings nas praças intermediárias e as novas filiais das grandes redes mostram o estado de arte do varejo. O shopping para os jovens é a pracinha do coreto para os mais velhos, ou seja, onde as coisas acontecem. Se 40% visitam o shopping por lazer e 65% dizem aprender o que está na moda olhando as vitrines, pode-se avaliar o seu papel social na formação de hábitos de consumo e na maneira de sentir, pensar e agir; a identificação cultural num quase continente que somos. Ao abrirem filiais no Interior, as redes nacionais primam por levar os últimos avanços em arquitetura, lay-out e visual merchandising, pois já enriqueceram seu know-how com as filiais mais antigas. Isso é natural. Se temos mais de 700.000 atendentes nos shoppings, podemos avaliar sua influência na maneira de verem o varejo, suas múltiplas facetas, principalmente pelo fato de os concorrentes serem vizinhos, já que são alocados por setores. É uma geração de jovens em seu primeiro emprego, com oportunidade de carreira nesse importante segmento da economia. Sua formação profissional, para que continuem crescendo, deve ser motivo de preocupação para reduzirmos a rotatividade existente. Sendo o primeiro emprego, eles vêem como apenas um período provisório na sua formação e, na verdade, sua especialização poderá contribuir muito para o desenvolvimento do varejo. Mudanças econômicas, como a expansão da agropecuária, nas chamadas fronteiras agrícolas, ou a criação de 77% dos novos empregos no Interior com a instalação de novas indústrias, fazem parte dos planos estratégicos do varejo. E as redes nacionais, ao se instalarem nas praças menores, estimulam a concorrência local a procurar se atualizar. Todos acabam ganhando. Também há mudanças sociais que devem ser levadas em consideração como, por exemplo, o aumento da idade. Hoje, somos uma nação que conta com 9% de cidadãos com mais de 65 anos, mas daqui a 30 anos teremos 29%. Os desafios para atendê-los não são pequenos. Já estamos adotando muitas medidas e todas levam à consciência da importância do comportamento comunitário. Isso é louvável. Uma das mais importantes funções do varejo é a de promover e ensinar o uso de tecnologia; vemos isso na expansão do telefone celular com 103 unidades para cada grupo de 100 brasileiros. E na esteira dele já está vindo o smartphone, que modificará radicalmente o comportamento do consumidor. O varejo sem loja, com o número de internautas perto de 32 milhões, cresceu de ½ bilhão em 2001 para quase 19 bilhões em 2010; 38 vezes. E, agora, com o smartphone teremos a combinação da informação on-line com a loja tradicional. O consumidor tem no seu arquivo os preços das outras lojas quando estiver visitando a atual. Não é um consumidor, é um negociador. Os catálogos on-line e as páginas na internet estão ampliando a capacidade das empresas de varejo, cujo exemplo mais significativo é o desempenho das Lojas Americanas que vendeu, em 2010, nas suas lojas físicas, R$ 6.628 milhões e, pela internet, R$ 5.382,2. A internet está mudando velhos hábitos, como aquele de procurar livros empoeirados num dos 38 sebos no centro velho de São Paulo. Hoje, no site “estante virtual”, podemos visitar, sem sair de casa, 1.684 dessas lojas, que têm catalogados 24 milhões de títulos. Mas, sem dúvida, as grandes mudanças estão ocorrendo graças à estabilidade da moeda. O consumidor ganha memória dos preços, compara e decide. Contato hneves@uol.com.br www.hyppolitoneves.com.br

Têxtil House - nº 2

11


pa n o r a m a

C

enário positivo para 2012

O otimismo está no ar. Governo adota medidas para tornar produtos têxteis brasileiros mais competitivos

Por Sandra Scigliano

O setor têxtil ganhou, no final de 2011, uma notícia que pode ser um divisor de águas para toda a cadeia produtiva. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou mudanças no atual regime de tributação aduaneira. Em vez de cobrar o imposto sobre o valor da mercadoria (ad valorem), as importações serão taxadas com base no peso dos produtos (ad rem). O objetivo, segundo o ministro, é coibir as importações predatórias, principalmente da China. Enquanto não chega a bonança - a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) divulgou um déficit de 20 mil empregos em 2011, para este ano, está previsto um crescimento de 1,5% em volume de produção, além de um faturamento de aproximadamente US$ 63 milhões, o que faz o setor permanecer estável. Correndo em paralelo estão as empresas de materiais de acabamento e de decoração. Depois do boom imobiliário dos últimos anos, uma grande parte dos imóveis residenciais e comerciais está sendo entregue e, com isso, chega a demanda pelos itens decorativos. Soma-se o fato das obras para a Copa e Olimpíada estarem a todo vapor. De acordo com o estudo intitulado “Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014”, feito em parceria entre a Ernst & Young e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o PIB do setor têxtil brasileiro deverá crescer 3,12% até 2014, em virtude da realização do evento. O impacto estimado é de R$ 580,47 milhões. Quem mais se beneficiará com tudo isso serão as micro e pequenas empresas. O cenário é, sim, animador. “2012 será um difícil ano bom”, profetiza Carlos Alexandre Döhler, diretor comercial da Döhler. Com cerca de 80% de sua produção voltada para os artigos de cama, mesa e banho, a empresa também fabrica cortinas e tecidos para decoração.

roupão, da Lepper

12 Têxtil House - nº 2


C M B ama

A Döhler acaba de inaugurar um centro de distribuição na Flórida (Estados Unidos) a fim de vender diretamente para o lojista, eliminando o distribuidor. Além disso, iniciará a construção de uma nova tecelagem, que exigiu um aporte de R$ 12 milhões. “Em, no máximo, cinco anos, pretendemos aumentar a produção de 1.200 para 2 mil toneladas/mês”, conta o diretor. Atualmente, a Döhler exporta 7% da sua produção para a América do Norte, Ásia, Europa e América do Sul – esta última, com 60% do volume. Também com uma boa perspectiva para o ano encontra-se a Teka. Recentemente, a empresa passou por uma total reavaliação do seu portfólio para atender os mais variados estilos de vida e públicos, com o objetivo de estar presente em todos os segmentos e continuar mantendo sua posição de

Carlos Alexandre döhler, diretor comercial da döhler

esa

anho

top of mind. Após significativos investimentos, que vêm acontecendo desde 2008, as melhorias neste ano serão em processos, além da capacitação do capital humano. “A competitividade é a maior dos últimos quatro anos, portanto, daremos continuidade ao plano de segmentação das equipes comerciais, com a abertura de novos canais de venda. Assim, conseguiremos atingir o mercado como um todo”, explica o vice-presidente, Marcello Stewers. Grandes investimentos também estão previstos na Lepper. De acordo com a vice-presidente, Gabriela de Loyola, as atenções estarão voltadas ao desenvolvimento da equipe, passando pela prospecção de fornecimento até chegar ao cliente. Na operação fabril, a empresa irá investir na automatização da confecção e nos processos de acabamento.

Toalha de mesa Profilene da coleção Hotelaria 2012, da Teka

Têxtil House - nº 2

13


pa n o r a m a

C

ortinas

A exigência do consumidor atrelada à nova classe média, e sua crescente demanda, tem feito o mercado de cortinas e acessórios crescer. De acordo com Marco Tulio Ferro, gerente de desenvolvimento da Belchior, a empresa exporta desde 2004 e, atualmente, as atenções estão nos países do BRIC. “Acreditamos neste novo ‘fenômeno mundial’, apesar de priorizarmos o mercado interno”, conta. Em relação às tendências de tecidos, a Marka Têxtil aponta algumas novidades: os tecidos com blackout já aplicado, tais como o suede e a microfibra. Em breve, a empresa irá expandir a sua produção: “nossa maior preocupação é com a logística de atendimento para os mercados mais tradicionais. Além disso, pretendemos ampliar a atuação em casas tradicionais de venda de materiais de construção. Com isso, esperamos crescer 25% em relação a 2011”, diz Marcelo Freire Antonelli, sócio-diretor da empresa. Em expansão também está a VR Acessórios para Decoração, que abrirá uma filial de mais de 4 mil m2 no interior do Paraná para estar presente em todos os estados brasileiros: “para isso, acompanhamos as tendências do mercado nacional e internacional”, afirma o diretor Rodrigo Valezio. Já no segmento de cortinas para box, o cenário também é positivo. Estamos crescendo e a construção civil é a responsável por parte disso, além do aumento do interesse do consumidor”, afirma Sandro de Siqueira, gerente comercial da Bella Casa. Segundo ele, isso acontece devido a praticidade do produto, sua diversidade de cores e design arrojado. “Sem contar a durabilidade e qualidade das cortinas, que são exigências do consumidor e onde a empresa está focada neste ano para atingir a meta de 28,5% de crescimento”.

Cortina Amsterdam, da Belchior

14 Têxtil House - nº 2


Marco Tulio Ferro, gerente de desenvolvimento da Belchior

Ponteiras e suportes, da Belchior

Cortina Linea, da Belchior

TĂŞxtil House - nÂş 2

15


pa n o r a m a

T

apetes

O segmento de tapetes conta hoje com aproximadamente 120 empresas e 6 mil trabalhadores, e o crescimento previsto é de 11% para os próximos cinco anos; já os fabricantes de carpetes esperam que a produção aumente 8% no mesmo período. A concorrência é acirrada e, por conta disso, a maioria das empresas busca se destacar pela diferenciação de sua linha de produtos. A Inylbra, por exemplo, corre atrás de novidades em texturas, cores e formatos inusitados, que Melissa Bellati, gerente de Marketing, diz ser uma tendência mundial. Já Célio Belarmino Tiburcio, gerente da Niazitex, importadora de tapetes industrializados, ressalta que se diferencia da concorrência pela quantidade de novidades que apresenta ao mercado anualmente, “estamos em fase de crescimento”, comemora.

exposição de tapetes da Buchara

16 Têxtil House - nº 2


Produtos niazitex

Produtos inylbra

TĂŞxtil House - nÂş 2

17


pa n o r a m a

T

ecidos

A velocidade das novidades dos tecidos de decoração é enorme. Neste segmento, um dos que mais cresce e se desenvolve no Brasil, a inovação pode ser sinônimo de uma maior clientela. É desta forma que a Corttex se destaca no segmento, sempre atenta às atualizações de produtos. Para este ano, Roseli Alves Cervelati, gerente de produtos, desenvolvimento e vendas da empresa, afirma que os linhos, os estampados e os veludos em diversas texturas permanecem em alta. Além disso, os tons neutros mesclados com detalhes em cores mais fortes são uma grande aposta da empresa. “Já nos produtos lisos, a grande tendência está nas diferentes texturas que imitam jacquard, pele, pedras em forma de estampas ou processos de tingimento”, comenta. Para manter-se atual e pronta para enfrentar a concorrência, a Corttex investe em maquinário e equipamentos para diferenciação de produtos. Já em relação às exportações, o Mercosul é o grande alvo. Roseli afirma que os volumes vêm crescendo ano a ano e que a expectativa para 2012 é manter o ritmo, segundo ela “mesmo com as taxas do dólar, que acabam tornando os preços dos produtos nacionais pouco competitivos”, ressalta. Coleção Home design, da Corttex

Compradora analisa coleção Casa Cobertores, da Corttex

18 Têxtil House - nº 2


A

romatizantes

No segmento de aromatizantes, as tendências são os frutais e os secos com base doce, que trabalham os sentidos gustativos. “Assim como a moda, o setor de perfumaria também acompanha tendências. Baseado nisso, irão ressurgir o aromas considerados “gourmand”, que fizeram sucesso nos anos 80 e 90”, diz a diretora administrativa da Bálsamo Geraes Cosméticos, Alana Brehsan. Novas linhas serão disponibilizadas pela empresa durante este ano, que farão

com que a Bálsamo Geraes aumente o seu mix de produtos e, desta forma, consiga atender novos nichos de mercado. Outra novidade, de acordo com Alana, é a presença mais forte da marca nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Desta forma, pretende dobrar o seu faturamento neste ano. “Contrataremos mais representantes, focaremos no pós-venda e vamos também oferecer treinamentos sobre os nossos produtos”, finaliza.

Produtos da smell Aromas

Produtos da Bálsamo Geraes Cosméticos

Têxtil House - nº 2

19


tendência

A

hora do vinil

Práticos, bonitos e duráveis, os revestimentos vinílicos para parede fazem sucesso entre os profissionais de decoração e arquitetura de interiores. As vendas devem crescer 15% ao ano até 2014 Por Marcelo Salton Schleder

Os revestimentos vinílicos estão em alta. Mais resistentes e com qualidade superior aos papéis de parede tradicionais, eles conquistaram a preferência de pessoas interessadas em dar um toque particular na decoração de ambientes. Com criatividade, é possível tornar um cômodo mais aconchegante sem cair na mesmice. Criados há mais de 2 mil anos, na China, os papéis de parede reúnem hoje o que há de mais moderno em tecnologia. O modelo mais avançado é o revestimento vinílico, produzido em tela de algodão revestida em PVC. A composição possibilita maior resistência e durabilidade. Única fabricante de revestimentos vinílicos no Brasil, a Bobinex produz o material há 15 anos. De acordo com Camila Ciantelli, da área de marketing da empresa, a procura pelo item é cada vez maior. “Até 2014, a previsão de crescimento nas vendas é de 15% ao ano”, projeta. Entre os principais compradores aparece o setor hoteleiro, em rápida expansão devido à realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no país. O sucesso do revestimento Além de versáteis, os revestimentos vinílicos oferecem ao consumidor um tempo de vida útil mínimo de três anos, superior aos papéis de parede tradicionais. Porém, se a manutenção for adequada, esse período pode até triplicar. Outra vantagem é a facilidade de limpeza: basta um pano úmido e sabão neutro para remover a sujeira. O revestimento vinílico é indicado para ambientes com grande circulação de

Daniela Zaffari, arquiteta

20 Têxtil House - nº 2


pessoas, já que possui propriedades antifúngica e antibacteriana. O tratamento da superfície garante a coloração por mais tempo e a resistência contra arranhões. Além disso, o material é livre de riscos à saúde, pois não é tóxico, corrosivo e poluente, nem capaz de propagar o fogo. Os consumidores precisam ser orientados na hora da compra de que a aplicação é fácil, mas para garantir a fixação com sucesso, alguns requisitos são necessários. É preciso que as paredes estejam livres de mofo, rachaduras, imperfeições e umidade – caso contrário, o papel ganhará manchas escuras e irá descolar em pouco tempo. A melhor base é a massa corrida ou o látex, e recomenda-se evitar o uso sobre local com pintura a óleo. Superfícies firmes e porosas ajudam na fixação, pois facilitam a absorção do adesivo. A experiência dos decoradores As texturas e cores das paredes são capazes de mudar as características de um ambiente e o estado de espírito das pessoas. Com a finalidade principal de decoração, os papéis de parede oferecem possibilidades quase infinitas. Em 2012, as cores pastel e neutras devem dominar as peças destinadas aos ambientes de grande circulação de pessoas. Porém, para os interiores de residências, as estampas florais, listras e cores de fundo forte, como o cobre e o vinho, figuram na maior parte das coleções no mercado. Não há receita para o uso: tudo depende do lugar e do estilo do decorador. A arquiteta Ligia Botta, por exemplo, acredita que os revestimentos vinílicos são indicados para banheiros por serem mais duráveis e impermeáveis do que um

Coleção Harmonia, da Bobinex

Coleção Harmonia, da Bobinex

papel de parede comum. “É mais apropriado para um ambiente úmido, mas não de contato direto e constante com a água, como no box”, diz. Ligia destaca a durabilidade do vinil e alerta que é necessário ter muito cuidado na escolha da estampa dos papéis de parede. “Eles são mais duráveis do que as pessoas costumam imaginar. Dão espaço para a criatividade, por isso, é preciso fugir do lugar-comum, não ficar preso às opções do catálogo”, explica. Para demonstrar a riqueza de alternativas, ela cita um de seus trabalhos, em que usou o recurso para fazer a transição de cores de dois ambientes, interligados por uma escada. “Ficou interessantíssimo”, avalia. A arquiteta Daniela Zaffari usou revestimentos em vinil pela primeira vez há dois anos e aprovou o efeito. “Trouxe uma linguagem diferente para o cômodo. É um recurso acessível, personalizado e fácil de utilizar”, ressalta. Desde então, ela tem aproveitado os papéis de parede em projetos de dormitórios, com boa aceitação dos clientes. De acordo com Daniela, a facilidade de limpeza do revestimento vinílico é um dos principais fatores de satisfação dos consumidores. “Como o material não tem orifícios, não costuma juntar poeira nem ácaros”, comenta. Para a arquiteta, os projetos com papéis de parede facilitam o desenho de ambientes, já que os efeitos podem ser sentidos desde o processo de criação no computador. “Isso permite visualizar a ideia de forma muito próxima do resultado final. Dá mais realismo.” Produto de alta qualidade, o revestimento vinílico ganha cada vez mais a preferência de profissionais de decoração e dos consumidores. Para Camila, o sucesso não é reflexo da moda, mas da praticidade e da relação custo e benefício. “É com certeza um produto que veio para ficar”, declara. Têxtil House - nº 2

21


c a pa

M

oda casa sustentável, tipo exportação

A indústria brasileira de artigos têxteis para casa investe em tecnologias de produção limpa, com a redução de resíduos e o reuso de recursos naturais para atender a demanda eco-fashion Por Marcelo Salton Schleder

com maior tempo de vida útil. No mundo globalizado, o acompanhamento das tendências e padrões internacionais significa estar um passo à frente da concorrência. Ciente dessa realidade, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) criaram, no ano 2000, o Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira (Texbrasil), com a meta de auxiliar as empresas interessadas em vender seus produtos no exterior. Para o diretor-executivo da entidade, Rafael Cervone Netto, o mercado têxtil reflete o interesse em temas ligados ao meio ambiente. “Começamos a perceber um movimento - não só dos consumidores, mas também das empresas do setor - em busca do desenvolvimento de produtos de melhor qualidade, com alto valor agregado, tanto na questão de matéria-prima como envolvendo mais elementos criativos. Ao mesmo tempo em que respeitam o meio ambiente, são sustentáveis economicamente”, afirma. Jeans Brasil - Linha Sofisticata - Toalhas Atlântica

Rafael Cervone Netto, diretor-executivo do Programa Texbrasil

Assegurar a preservação da natureza para as futuras gerações através do uso responsável dos recursos naturais. Esse conceito, que antes da virada do milênio era preocupação exclusiva de ecologistas e de pessoas adeptas a um estilo de vida alternativo, hoje se tornou um referencial para a indústria. No setor têxtil, a sustentabilidade se traduz de diversas formas: a troca de matérias-primas e procedimentos por outros menos nocivos ao meio ambiente, o reaproveitamento de objetos reciclados e a produção de itens

22 Têxtil House - nº 2


Cobertor Samsara, da Etruria

Com a crise financeira nos mercados dos Estados Unidos e da Europa, uma fatia considerável dos consumidores passou a buscar produtos de menor custo. Porém, a recuperação econômica, mesmo que lenta, impulsionou o retorno da tendência eco-fashion, principalmente em razão de investimentos em novos materiais e tecnologias, design e sustentabilidade. Para atender a essa demanda, a indústria brasileira de artigos têxteis para casa ampliou os investimentos em tecnologias de produção limpa, com a redução de resíduos e o reuso de recursos naturais. O Brasil possui em seu território a totalidade dos segmentos produtivos do setor, das fibras ao design, característica que facilita o desenvolvimento de matérias-primas e amplia a competitividade. “São pouquíssimas as nações que detém o know-how de todos os elos da cadeia como acontece aqui. A mão de obra é bastante criativa e consegue trabalhar com diferentes estilos, tendências e ambientes.”, ressalta Rafael Cervone Netto.

Queda nas Exportações Informações do Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira, divulgado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) em 2011, apontam que existem 1.360 empresas têxteis dedicadas a produtos para casa. No Texbrasil, a atividade representa 21 das 256 companhias participantes do órgão. Por iniciativa dos gestores do programa, as ações até 2014 irão focar em inovação, design e sustentabilidade. A meta é reforçar a competitividade dos produtos brasileiros por meio da aproximação com valores intrínsecos da população, como o respeito à natureza e a busca pela renovação. A decisão é considerada fundamental para estancar a queda nas exportações. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as vendas do setor têxtil ao exterior totalizaram US$ 1,421 bilhão nos últimos doze meses, uma redução de 1,5% em comparação com o ano anterior. No setor de artigos têxteis para casa, a diminuição das exportações é ainda maior. Em 2007, os negócios em mercados estrangeiros somavam US$ 366 milhões, contra apenas US$ 121 milhões no último ano. De 2010 para 2011, a queda em volume atingiu 56%, enquanto em valores a redução foi de 47%. Na avaliação de Cervone Netto, “isso acontece devido ao câmbio, à queda do consumo dos mercados da Europa e dos Estados Unidos e, especialmente, pelo crescimento do consumo do mercado interno”, mas ele alerta que, devido às novas estratégias das empresas, há uma expectativa de recuperação do mercado. O principal destino dos produtos têxteis para casa fabricados no Brasil é a América do Sul. No último ano, a região foi responsável por 76% dos valores das exportações do setor. No ranking por países, a Argentina figura como a principal compradora, seguida dos Estados Unidos. Porém, é neste último que o declínio nas vendas apresentou dados alarmantes. De 2010 para 2011, a crise econômico-financeira causou a diminuição dos valores de negócios em 87%. O cenário é de queda, contudo, há produtos que registraram alta nas exportações. Estão nessa relação os tapetes e revestimentos de feltro para o piso, com exceção dos tufados e flocados, e a fabricação de edredons, almofadas, pufes e travesseiros. De acordo com dados da Global Trade Information Services (GTIS), a China lidera o mercado internacional de artigos têxteis para casa, com 46% do total das exportações mundiais em 2010, acompanhada da Índia, Bélgica e Turquia. Têxtil House - nº 2

23


feiras e negócios

M

ercado aguarda a 2ª Têxtil House Fair

Após o grande sucesso da primeira edição, realizada em São Paulo, maior polo de negócios da América Latina, a feira prepara suas novidades para 2012

Compradores profissionais de produtos têxteis para a casa, de todos os estados brasileiros e também de outros países, já estão se programando para visitar 2ª Têxtil House Fair, que será realizada nos dias 19, 20, 21 e 22 de agosto de 2012, no Pavilhão de Exposições do parque Anhembi, em São Paulo. A expectativa geral é de que, este ano, a feira seja ainda melhor, já que estreou em 2011 com um grande sucesso, proporcionando um ótimo ambiente de negócios para varejistas e expositores do setor. Anelise Podgaietzky, da loja Espaço Interno Móveis, localizada em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, explica porque estará na Têxtil House Fair em agosto deste ano: “O bom da feira especializada em produtos têxteis para casa é que fica bonita e organizada visualmente. De minha parte, venho mais focada no que preciso e nas tendências do momento.”

Eduardo Monteiro, da loja In Casa Interiores

24 Têxtil House - nº 2

Ana Maria Martins, da loja Divino Espaço, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, diz ter feito ótimos negócios no ano passado e que espera repetir a experiência este ano. “A Têxtil House Fair é maravilhosa, com muitas coisas diferentes, além de nos dar opções para escolher os produtos têxteis de maneira focada e com tranquilidade. Ficou muito mais fácil para realizar as minhas compras. Com certeza, estarei lá em 2012.” Com tantas novidades, houve quem investiu mais do que o previsto na compra de enxovais durante a feira. É o caso de Gaspar Oliveira, da rede Casa e Mania, com quatro lojas em Belo Horizonte, Minas Gerais. “O contato com novos fornecedores nos permite ampliar o mix de produtos da loja. Comprei principalmente cortinas e gastei muito, até mais do que eu previa, porque tinha muitos artigos interessantes. Estarei aqui, novamente, nas próximas edições.

Fabiana Lombardi e Michele Bressam, da loja Homeware


Quem não veio, perdeu. A Feira vale muito a pena”, garante o lojista mineiro. Atraído pela diversidade, Jader Medeiros, da loja Lucia Variedades, especializada em cama, mesa e banho, localizada em Divinópolis, Minas Gerais, vai visitar a Têxtil House Fair novamente em 2012. “Fizemos vários negócios com as empresas de enxoval em 2011 e acreditamos que as próximas edições terão uma variedade ainda maior de fornecedores”. Eduardo Monteiro, da loja In Casa Interiores, de Porto Velho, Rondônia, é da mesma opinião. “A Têxtil House Fair oferece produtos variados e bonitos. Fechei muitos negócios na feira e pretendo voltar”, afirma o lojista. A realização da feira no Anhembi agradou compradores, como Antônio Acioly, da loja Dom Acioly Decorações, de Aracaju, Sergipe. “Ficou muito melhor porque tem mais espaço, o que permite uma melhor exposição dos produtos. Eu aprovo a mudança e voltarei em 2012, com toda certeza”, garante o empresário. “Com espaço, os produtos são bem expostos e a feira oferece mais conforto aos visitantes”, como comenta Fabiana Lombardi, da loja Life Homeware, criada há um ano e meio, que comercializa enxovais e

pijamas, na capital paulista. “Gostamos muito da feira, que é tranquila para visitar. Não sendo tumultuada, fica mais gostoso de trabalhar e escolher os produtos.” Expositores garantem seus lugares Fornecedores do Brasil e do mundo já estão reservando seus estandes para participar da 2ª Têxtil House Fair. São indústrias, confecções, importadoras e distribuidoras do setor de cama, mesa e banho, tapetes, cortinas, tecidos e outros segmentos do mercado têxtil para casa, de grande, médio e pequeno portes que, satisfeitas com os resultados de 2011, já preparam suas novidades que serão lançadas este ano. “O Brasil precisa dessa feira! Era essencial que São Paulo, com toda sua infraestrutura hoteleira e de transportes, abrigasse uma feira do setor, que precisava desse profissionalismo”, defende Alberto Henrique Ouchana, diretor da Portogallo Moda & Casa, exemplificando a opinião dos compradores. “Tenho certeza de que a segunda edição vai ser melhor ainda, já que terá aperfeiçoamentos”, raciocina o empresário.

Têxtil House - nº 2

25


feiras e negócios

Artigos da Juma Confecções

Oswaldo de Moraes, da Juma Confecções, de Ibitinga, interior de São Paulo, acredita que a mostra veio na hora certa, quando o mercado mais precisa. “A Têxtil House Fair representou um sopro de esperança para o setor têxtil brasileiro, que enfrenta a concorrência do Oriente e a gangorra que foi a crise mundial de algodão durante todo o ano passado”, diz. A aprovação da Têxtil House Fair pode ser traduzida nos seguintes números: dentre as empresas confirmadas até agora, 85% participaram da primeira edição e 15% vão participar pela primeira vez, neste ano. “A ideia é prospectar novos expositores, mantendo o equilíbrio e a representatividade de cada subsegmento: enxoval, tapetes e carpetes, tecidos de decoração e revestimento,

cortinas e acessórios, colchões e travesseiros e aromatizadores da casa”, explica Daniel Jordão, diretor da Grafite Feiras e Promoções. “Feira é, antes de tudo, relacionamento, exposição de produto, mídia e uma ferramenta fundamental do marketing, com profissionalismo e direção”, afirma Tarso Jordão, diretor-presidente da Grafite, opinião compartilhada pela maioria dos expositores, como Edivaldo Figueira, da Branyl Cortinas. “Feira de negócios é essencialmente um tempo-espaço de lançamentos, de apresentações e de relacionamento com os clientes. É marketing aplicado. Nesse sentido, a Têxtil House Fair é sucesso absoluto”, afirma.

estande da Branyl na 1ª Têxtil House Fair

Serviço Para participar como expositor da 2ª Têxtil House Fair, a empresa interessada deve entrar em contato com a Grafite Feiras e Promoções: atendimento@grafitefeiras.com.br Tel.: +55 11 2105-7000 ou preencher o formulário no link: www.grafitefeiras.com.br/sitenovo/textil-house/exponha.html

26 Têxtil House - nº 2


Têxtil House - nº 2

27


e n t r e v i s ta

A

vida em estampas

A designer têxtil Nina Ferrari fala sobre seu trabalho, inspirações e o que o brasileiro gosta nas estampas Entrevista a Maria Claudia Araújo Perassolli

estamparias pré-determinados pelo fabricante. Aliar a criação com a técnica faz com que qualquer ideia se torne uma bela estampa. Quais as suas influências na hora de criar os produtos? A natureza, a cidade, a arquitetura, a arte e tudo aquilo que está presente em nossa vida cotidiana vira inspiração em um processo criativo. Quando tenho que desenhar um floral, presto atenção nas árvores, flores e plantas da cidade. Quando o desenho é geométrico, a arquitetura e as calçadas viram referência, tudo depende do estilo da estampa. Referências visuais estão por todos os lados, elas fazem parte do contexto visual da nossa vida, é preciso prestar atenção nelas. Quando se olha atentamente para isso tudo, qualquer uma delas pode ser um grande objeto de inspiração.

Nina Ferrari, designer têxtil

Um designer têxtil tem o desafio de transformar uma ideia ou um conceito em um belo desenho, que agrade o consumidor e que esteja dentro dos padrões de estamparia do fabricante. Esse é o trabalho de Nina Ferrari, que gosta de trazer tudo o que está presente na vida cotidiana para as suas estampas. Formada em Design de Interiores pela Faculdade Belas Artes, com especialização em Design de Superfície, Nina começou a trabalhar com estampas em 2006 e passou pelas marcas Colcci, Cavalera, Dalutex e Triton. Atualmente, é colaboradora na Coteminas desenvolvendo estampas para as linhas de cama, mesa e banho, além de manter projetos pessoais. Nina conversou com a Têxtil House sobre seu processo criativo, o mercado de estamparias e as principais tendências. Como é o trabalho de um designer têxtil? O trabalho de um designer têxtil é transformar uma ideia, uma criação, um conceito em um desenho possível e realizável dentro dos padrões de

28 Têxtil House - nº 2

O que não pode faltar em uma coleção assinada por você? Procuro sempre ficar atenta ao movimento que meus desenhos ganham quando os desenvolvo. A composição que é feita, o peso do desenho, a linguagem definida em relação à ideia original, a boa combinação de cores, entre outros critérios que fazem com que o desenho final fique agradável aos olhos e que crie uma identificação com o consumidor. O que é preciso analisar na hora de lançar uma linha de cama, mesa e banho? Primeiramente, é preciso saber o público-alvo e analisar as tendências desse segmento de mercado. Existe um estudo de marketing e mercado antes de se criar qualquer coisa, para que o desenvolvimento seja focado. A partir daí, tendências de design, arquitetura e moda são estudadas para que os novos desenhos façam parte do contexto atual, de modo que as pessoas se sintam identificadas. Quais as principais tendências em estampas e tecidos? Acho que a principal tendência é a busca da beleza e da sensação de conforto que estampas e tecidos podem trazer ao ambiente doméstico. Tecidos agradáveis ao toque, estampas orgânicas, delicadas, vivas, que


enchem os olhos são características que buscamos cada vez mais quando pensamos em comprar uma roupa de cama ou uma tolha de banho/mesa. Passamos muito tempo fora de nossas casas, portanto, a casa é o refúgio onde queremos nos sentir confortáveis e aconchegantes, satisfazendo os sentidos da visão e do tato num produto só.

Como é a sazonalidade dentro deste mercado? São lançadas duas coleções ao ano, seguindo as estações verão e inverno. Há também pequenas coleções, com menos desenhos, lançadas ao longo do ano, para que novidades sempre estejam presentes nas lojas e pontos de venda.

Como é o mercado têxtil brasileiro? O Brasil está na lista dos 10 principais mercados mundiais da indústria têxtil, bem como entre os maiores parques fabris do planeta. É também o segundo principal fornecedor de índigo, o terceiro de malha e está entre os cinco principais países produtores de confecção (dados da ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Esses são dados que transparecem nas vendas e no setor de cama, mesa e banho. O público espera por novidade, algo que sempre foi particular da moda e agora não é mais. Esse mercado se mostra promissor e crescendo constantemente ao longo dos anos.

O que deve ser visto no inverno em materiais novos e estampas? Muitas vezes, o mesmo material pode ser utilizado, no caso o fio de algodão, mas pode ser trabalhado de outra forma. As tramas do tecido podem ser mais fechadas, fazendo com que ele se torne mais pesado, além de misturas de fios para obter um novo tecido, com um novo toque. As estampas geralmente têm um peso diferente, podem ser mais escuras e maiores, mais cheias e mais pesadas, sempre no intuito de aquecer o ambiente.

O que o brasileiro prefere na linha de cama, mesa e banho: flores, listras ou liso? O público B/C prefere padrões mais vivos, com motivos maiores que, às vezes, independe do tema do desenho, até porque existe uma grande mistura de estilos numa mesma estampa. Isso faz com que esse padrão de preferência esteja cada vez mais diluído perante tantas opções que o consumidor tem hoje em dia no mercado. Já o público A/B prefere padrões sutis e muitas vezes sem desenho. Mas percebo que os florais sempre foram tradicionais desse segmento, e acredito que ele ainda seja uma preferência.

Como a tecnologia influencia a criação de novas estampas e produtos? A tecnologia cria uma nova linguagem e possibilita novos tipos de execução da estampa, influenciando a criação. Na estamparia digital, por exemplo, não é necessária uma preocupação com espessuras de traço do desenho, quantidade de cores e linguagem do desenho. Isso faz com que uma estampa resulte em ricos detalhes e cores, e que a criação seja mais livre tanto na ideia quanto nos detalhes técnicos que apareceriam na estamparia convencional. A tecnologia cria novos estilos de estampas, novas linguagem, formas e tendências.

Trabalho de Nina Ferrari para Coteminas

Têxtil House - nº 2

29


notícias do setor

Tapete de garrafa PET O Tapete ECO é produzido pela Santa Mônica com garrafas PET recicladas que, se deixadas no meio ambiente, levariam cerca de 400 anos para se decompor. O resultado é um tapete antialérgico, antiestático, antichamas e que respeita a natureza. www.smonica.com.br

Perfumaria da casa A Aromas e Cia possui uma variedade de difusores de aromas e velas perfumadas para aromatizar todos os ambientes da casa: bolinhas e sachês para closets; sabonetes, sais e óleos para banhos; difusores, desodorizantes, sachês de gavetas e de geladeira, entre outros produtos. www.aromaecia.com.br

Inspiradíssimo Com inspiração étnica, lindas mandalas bordadas à mão sobre fundo cru ou índigo blue compõem a coleção de tecidos Oregon, importada dos Estados Unidos. Em 100% algodão, a novidade é da Donatelli Tecidos. www.donatelli.com.br

30 Têxtil House - nº 2


Primavera no sofá A loja virtual MO.D lança almofadas florais, em algodão e veludo, para combinar com a estação. A MO.D também acaba de inaugurar um showroom no bairro Higienópolis, em São Paulo, cujo atendimento acontece com hora marcada. www.lojamod.com.br

Edredon ecológico Com o lançamento da Coleção Malha Eco, a Altemburg Store dá sua contribuição ao meio ambiente. As peças são produzidas com 50% de fios de algodão e 50% de fios de garrafas PET. Disponível nos tamanhos solteiro, casal, queen e king. www.altenburg.com.br/store Têxtil House - nº 2

31


história de uma marca

T

eka: há 85 anos nos lares brasileiros

A marca, que começou como uma fábrica de acolchoado, hoje possui uma linha completa de cama, mesa e banho

Por Maria Claudia Araújo Perassolli

Fachada da fábrica da Teka em Blumenau (SC)

Ao completar 85 anos, a Teka relembra sua história até se tornar uma das mais tradicionais marcas brasileiras em produtos para cama, mesa e banho – desde o começo, com uma fábrica no sul do país, até os dias de hoje, em que comporta quatro unidades fabris, que produzem mais de seis mil peças por mês e onde trabalham 3.500 pessoas. Nesse caminho, a marca foi ampliando suas linhas de produtos e hoje oferece soluções para toda casa. “A tecnologia, aliada à grande estrutura TEKA e ao esforço de seus colaboradores, permite a fabricação dos mais variados artigos para o lar, e de produtos para toda a família, que os acompanham desde o nascimento”, afirma Marcello Stewers, vice-presidente da Teka. E para 2012, os planos são de crescimento com foco na ampliação das coleções em mais de 20%.

32 Têxtil House - nº 2

História A indústria começou em 1926 quando o imigrante alemão Paul Fritz Kuehnrich abriu em Blumenau (SC) sua fábrica de acolchoados. No ano seguinte, a empresa passou a confeccionar camisas de tricoline com tecidos comprados de terceiros. Já em 1931, Paul Fritz conseguiu comprar dois teares usados, com os quais passou a produzir o tecido utilizado em sua confecção. Em 1941, a Teka efetuou sua primeira exportação e, aos poucos, introduziu a tecelagem, fiação e confecção em seu processo de produção. Seis anos depois, a empresa possuía uma fábrica verticalizada e autossuficiente na produção de produtos de cama, mesa, banho, vestuário e decoração. Hoje, a marca conta com quatro unidades fabris: em Blumenau e Indaial (SC) e


Itapira e Artur Nogueira (SP), sendo uma das marcas mais lembradas pelos brasileiros neste segmento. “A Teka completou 85 anos solidificando sua vocação de empresa inovadora, comprometida com a qualidade de seus produtos e em constante evolução. Adaptou-se às mudanças deste longo período buscando como missão sempre encantar os lares brasileiros”, complementa Marcello. Produtos Para atingir o gosto dos consumidores, a Teka procura as tendências e segmentos do mundo da moda e cria seus produtos atendendo aos mais variados estilos de vida e comportamento. Dentro deste conceito, ela subdividiu suas coleções em três temas: Dream, em que, por meio dos acessórios, laços e fitas, são apresentadas nas linhas de produtos as estampas florais no tom pastel em azuis, rosas e liláses; a Casual é formada por coleções em tons que atenuam o ambiente, coordenando com formas retas e simplificando a decoração; e a Innovation, para ambientes estilizados conforme tendências modernas. Divididas para três grandes segmentos: a Linha Lar oferece artigos para casa disponíveis no varejo nacional; Profiline disponibiliza para hotéis, pousadas e hospitais produtos personalizados e exclusivos; e a Linha Exportação, que atende às características do mercado mundial, as coleções apresentam linhas de produtos com cores fortes e vibrantes, estampas entre o clássico e o contemporâneo. A marca oferece produtos para toda a casa: são toalhas de banho, toalhas de praia, jogos de cama, edredom, cobre leito, tapetes, cortinas, mantas, roupões, toalhas de mesa e panos de copa, além de uma linha infantil completa, com personagens como o Piu Piu, Pernalonga, Tom e Jerry e Smilinguido. Em suas coleções na linha cama, a Teka trabalha com as mais diversas construções de tecidos e tamanhos: 100% algodão, percal com fios penteados, mistos em algodão com poliéster. Os artigos são evidenciados, principalmente nos percais de 180, 200 e 300 fios. Já a linha banho tem toalhas em diversas gramaturas e altura de felpas, com barras trabalhadas e várias opções de cores.

Tecnologia Durante esses 85 anos, a marca procurou o investimento em tecnologia para trazer mais durabilidade para os tecidos e conforto para os consumidores. Entre os tratamentos aplicados nos produtos da marca estão o que permite maior resistência ao tecido nas lavagens a cloro; e o que facilita a retirada de manchas em toalhas de mesa. A empresa conta ainda com o conceito de Nanotecnologia em alguns produtos, como toalhas de banho e de rosto, proporcionando maior maciez aos artigos. Os tecidos impermeáveis também ganham espaço - ideais para o segmento de hotelaria, bloqueiam a passagem de líquidos e facilitam a remoção de manchas e outros líquidos nas lavagens. A linha infantil recebeu atenção especial, com acabamento antimicrobiano capaz de inibir a proliferação dos ácaros e fungos causadores de alergias e odores desagradáveis. Preocupação com o meio ambiente Com a certificação alemã Öko-tex Standard 100, a TEKA assume a importância da sustentabilidade em seu processo produtivo, garantido que seus produtos são feitos em processos que não prejudicam o meio ambiente e não causam danos à saúde dos consumidores. Além disso, há também a preocupação com as instalações fabris. A Teka possui estações de tratamento de efluentes líquidos e gasosos, e mantém um programa para reciclagem e redução de resíduos no processo produtivo, e destino adequado para todos os resíduos sólidos gerados na empresa. Sendo assim, praticamente tudo é reciclado: bombas e fragmentos de plástico, tambores, metais, óleos lubrificantes, combustíveis, papel, papelão, sobras de fiação e tecelagem, lâmpadas, cartuchos de impressoras, pilhas e baterias. Com todas essas ações, a Teka chegou aos 85 anos consolidada na linha de produtos para cama, mesa e banho, com fábricas modernas, ações que mostram sua preocupação com o futuro do planeta e, principalmente, conquistando os lares brasileiros. “Percebemos que o carinho pela marca passa de geração para geração nos mais diversos públicos”, finaliza Marcello.

Têxtil House - nº 2

33


vitrine

V

itrines que fazem a diferença

Grupo Marlene aposta em vitrines de visual mais despojado e confortável para apresentar seus produtos de cama, mesa e banho

Por Maria Claudia Araújo Perassolli

De uma única loja, em 1989, no bairro Tatuapé, na capital paulista, para oito pontos de venda espalhados por São Paulo, em 2012, além de uma loja virtual e um departamento de televendas que atende todo o país: esse é o caminho que comprova o sucesso do grupo Marlene, que comercializa produtos para cama, mesa e banho. Apesar de sua primeira loja física ser do final dos anos 1980, sua história já havia começado há mais de uma década, quando Marlene Soares, dona de casa dedicada à família, resolveu entrar em um projeto novo e motivador: revender para as amigas produtos de cama, mesa e banho. O atendimento personalizado e produtos bons a um preço justo ajudaram a alavancar o negócio. Hoje, a Marlene busca sempre por novas tendências, visando a qualidade, moda e bom gosto, apresentando aos seus clientes produtos com design próprio e exclusivo, além de uma linha importada da Itália e outra com o nome da marca. O resultado está no crescimento do grupo em lojas físicas e também on-line, e nos planos para 2012 que incluem abrir vendas para franquias. Mas para continuar crescendo e manter o relacionamento entre a marca Marlene e o público potencial, ela também aposta em importantes ferramentas, como sua revista trimestral e o cuidado com a apresentação de seus produtos nas vitrines das lojas. As vitrines Para atingir seu público - mulheres modernas que buscam beleza, inovação e qualidade, que gostam de renovar e redecorar suas casas – o grupo Marlene possui uma equipe própria para trabalhar as vitrines de suas unidades no Tatuapé, Alto da Boa Vista, Santana, Oscar Freire, Shopping Anália Franco, Shopping Vila Olímpia, Vila Nova Conceição e Shopping São Caetano. “Hoje, as vitrines precisam ter um conceito por trás da exposição, precisam ser associadas instantaneamente com o posicionamento da marca”, afirma a CEO do Grupo Marlene, Wilma Tavares. Por isso, o grupo tem uma equipe interna, formada por consultoras de vendas responsáveis pela montagem e troca da vitrine. “Elas são treinadas para fazer um look mais despojado e confortável, sempre adicionando produtos de diferentes coleções que combinem entre si.”

34 Têxtil House - nº 2


A montagem da vitrine depende da coleção vigente e das cores da estação, mas tem a cama sempre como o elemento principal. “O foco central é a cama, porque possui uma composição mais complexa. Já o restante dos produtos é integrado à decoração da cama para que haja uma harmonia, e a vitrine se torne mais agradável ao olhar”, complementa Wilma. Depois, os produtos mais simples são dispostos em prateleiras ao fundo e, na base da vitrine, ficam os tapetes. Os produtos são expostos na ordem das coleções, dando prioridade aos recém-lançados. “Muitas vezes, optamos por montar a vitrine utilizando uma coleção específica, assim conseguimos harmonizar todas as peças mostrando as possíveis combinações que temos”. Já a troca da vitrine depende da localização da loja – nas de rua, podem ser

variadas semanalmente, pois a diversidade de pessoas que circulam é maior; enquanto nos shoppings o público variante é menor, o que pode acarretar em duas trocas por semana ou mais. E para chamar cada vez mais a atenção dos clientes, a Marlene aposta em criatividade. Um exemplo disso foi a associação de moda com enxoval em uma campanha publicitária em que as modelos usavam roupas com as estampas da marca. Outro recurso importante é a tecnologia, como na vitrine montada para o Fashion Night Out, em que as lojas da sofisticada rua Oscar Freire ficam abertas ao público até a meia-noite. Na vitrine interativa foi colocado um telão de LED com imagens das coleções e música de fundo. “Essa estratégia provocou uma aglomeração de pessoas curiosas na frente da loja, o que gerou maior atenção e grande exposição para a marca”, finaliza Wilma.

Vitrine Marlene Enxovais do Shopping Park São Caetano

Têxtil House - nº 2

35


DICAS DA CIDADE

A Figueira Rubaiyat O restaurante possui um exuberante ambiente, com amplo salão localizado debaixo da frondosa árvore que dá nome à casa. Entre os pratos principais, estão as carnes grelhadas na brasa em versões como o filé mignon do pedreiro marinado em alecrim e azeite de oliva, a Tirita Brangus com baked potato e bacon crocante e o Baby beef com batatas soufflée. O restaurante também oferece carnes vindas da Argentina, Austrália e do Uruguai, em cortes como bife de chorizo, picanha, maminha e baby beef. Todas as quartas-feiras e sábados, serve um buffet completo de feijoada. R. Haddock Lobo, 1738 - Jardim Paulista. Funciona de segunda à quinta das 12h à 0h30/ sextas e sábados das 12h às 1h/ domingos e feriados das 12h à 0h. Tel.: (11) 3087-1399 www.rubaiyat.com.br/restaurantes/figueira-rubaiyat Figueira Rubaiyat

Melograno A grande sensação deste bar e forneria fica por conta da didática carta de cervejas, com mais de 160 rótulos. Ela é dividida por país de origem, tipo e subtipo - com o complemento explicativo de cada um deles – além do teor alcoólico. O local oferece o projeto Universidade da Cerveja, que conta com eventos especiais preparados para os amantes da bebida, que incluem palestras, degustações de novas marcas e rótulos exclusivos. No cardápio, deliciosos paninis e petiscos preparados em forno à lenha. Rua Aspicuelta, 436 – Vila Madalena. Funciona de segunda a quinta, das 18 à 0h/ sextas e sábados, das 18 à 1h/ domingos, das 16 às 22h. Tel.: (11) 3031-2921 www.melograno.com.br Melograno

Octavio Café & Bistrô De acordo com avaliação da Organização Internacional do Café, o Octavio obteve os melhores índices em aspecto, torração, aroma, corpo, acidez, doçura, conceito e bebida para a estrela da casa, o café. Além disso, em seu interior, existe uma rampa que interage com o visitante e mostra informações sobre o café. Além disso, a casa conta com uma sala de videoconferência e poltronas para relaxar. Outra opção são as mesas que reconhecem a presença e exibem imagens do lugar onde o café é plantado. O Octavio também oferece menus para o café da manhã, comidinhas, almoço, happy hour e jantar. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.996 - Jd. Paulistano. Tel.: (11) 3074-0110. Funciona de segunda a sexta, das 7h45 às 0h/ sábados das 9h às 0h e domingos e feriados das 9h às 23h. www.octaviocafe.com

36 Têxtil House - nº 2


Eu, Tu, Eles Bar Instalado na esquina das avenidas Faria Lima e Cidade Jardim, o Eu Tu Eles é um bar com uma proposta bem ao gosto do brasileiro: batidas, cervejas e churrasco, em um clima descontraído e informal, com ar simples. Entre as bebidas, vale experimentar as batidas, como as de kiwi e açaí, além de caipirinhas como a de uva com hortelã. Para beliscar, o bar oferece uma série de petiscos na grelha, como a especial linguiça de Maracaju, original do Mato Grosso do Sul, feita com carne bovina, e temperos e parrillas como as encontradas no Uruguai e Argentina. Av. Faria Lima, 2.902, Itaim Bibi. Funciona de terça às sextas-feiras, a partir das 18h, aos sábados e domingos, a partir das 16h. Tel.: (11) 3071-4535 www.eutuelesbar.com.br Eu, Tu, Eles Bar

Boogie Disco Com 11 anos de atividade, a boate se destaca entre as casas de flashback em São Paulo, já que se dedica ao som dos anos 70, 80 e 90, tornando-se alvo da faixa etária dos 30 aos 45 anos. Além da pista de dança, com um globo espelhado e iluminação colorida e cheia de pirotecnia, a Boogie conta com um lounge bar, separado do restaurante por um espelho d´água. No mezanino, encontram-se o camarote e a área vip, que se transformam em uma pista de dança privativa, com sistema de som e luz integrado à pista principal. Rua Alvorada, 515 - Vila Olímpia. Funciona de quinta à sábado, a partir das 22h. Tel.: (11) 3168-8872 www.boogie.com.br Boogie Disco

A

genda

17 a 22 de abril de 2012 Salão Internacional de Complementos de Decoração – Milão, Itália O salão integra a Feira Internacional do Móvel de Milão e inclui uma variedade de acessórios, objetos, ornamentos e tecidos para casa. 19 a 22 de agosto de 2012 2ª Têxtil House Fair – São Paulo, Brasil Organizada pela Grafite Feiras e Promoções, a feira profissional de artigos têxteis para casa reúne os segmentos de cama, mesa e banho, cortinas, tapetes, tecidos para decoração, colchões, travesseiros e perfumaria para casa. Será no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi.

9 a 12 de janeiro de 2013 Heimtextil – Frankfurt, Alemanha Feira internacional de decoração de interiores e artigos têxteis de decoração, incluindo cama, mesa e banho, tecidos decorativos, almofadas, colchões, travesseiros, entre outros. 12 a 15 de janeiro de 2013 Domotex - Hannover, Alemanha Feira internacional de tapetes, carpetes, revestimentos e outros acabamentos para piso e parede. Têxtil House - nº 2

37


artigo

A

s novas tendências do setor de cama e mesa no Brasil Por Rafael Almeida

Quem não se lembra da expressão “fazer o enxoval”, quando as mães ansiosas faziam as compras dos produtos de casa, pensando no futuro casamento das filhas, muitas vezes quando estas nem noivo tinham? As avós, muitas vezes, compravam as primeiras peças dos enxovais das netas para o aniversário de 12,13 anos. E pensar que eu já trabalhava na Casa Almeida nesta época! Lembro-me bem como era: enchíamos o balcão de mercadorias, servíamos às clientes que, sentadas, pediam para ver os produtos, sempre clássicos. Naquela época, a praxe era o “jogo do dia” (nunca entendi porque não se chamava o jogo da noite, já que era usado na noite de núpcias...), lençóis de percal, normalmente brancos e bordados. Além dos jogos de cama, outras peças compunham o enxoval: edredom “Sonoleve” (lembram dele?), mantas xadrezes, cobertores de lã ou de acrílico (só para os mais modernos), toalhas de mesa devorée. Para o dia a dia, jogos de cama de tergal, que eram de ótima qualidade, apesar de fazerem bolinha depois de algum tempo de uso. Jogos em percal ou supercal Lapa eram o máximo; lençóis para hóspedes da García, em tecido de algodão fio tinto, que nunca acabavam; o Termocel que foi o avô da manta de microfibra. Eu poderia ficar até amanhã relembrando produtos que marcaram uma época. Mas por que esses produtos fizeram tanto sucesso? Porque, naquela época, o consumidor procurava qualidade e durabilidade. Afinal, o enxoval deveria ser como os casamentos: durar a vida inteira. Bem, nem preciso falar que as coisas mudaram, não é mesmo? Nosso contexto é outro em todas as esferas. E, quando pensamos nos produtos

38 Têxtil House - nº 2

de cama, mesa e banho, podemos apontar um fator como um marco da transformação no nosso setor. Como a queda do muro de Berlim marcou o fim de uma era, a queda da colcha decorativa marcou o fim de outra. Brincadeiras à parte, vocês lembram-se da época em que nos quartos havia esta peça que cobria os lençóis e cobertores? A colcha decorativa, como o nome já dizia, tinha por função compor a decoração do quarto, juntamente com o bandô da cortina, o estofado da poltrona. Portanto, tudo o que estava embaixo, na cama, ficava escondido. E podia ser “atemporal”, sem qualquer relação com as tendências de moda. Inclusive, os produtos em si, mantas e lençóis, podiam ser totalmente “desconjuntados”, já que não eram vistos a não ser por alguém com muito sono. Novamente, o que importava era o toque do tecido e a durabilidade. As colchas decorativas também vinham com seus acessórios, sempre combinando entre si: porta-travesseiros, rolos, almofadas. Eram tempos de fartura de espaço nos quartos e de mão de obra nas casas. Agora, vocês já pensaram como seria complicado tudo isso nos tempos de hoje? Onde guardaríamos tantos acessórios, rolo, rolinho, almofadas e tal, nos quartos de hoje? Nem debaixo da cama poderíamos guardar já que hoje ela é tipo “americana”. Sem falar na falta de tempo e de mão de obra doméstica para lavar, passar, engomar. Vivemos na época da praticidade, da rapidez, do fast-tudo. É uma nova ordem social que encapsula as pessoas das cidades grandes em apartamentos com quartos cada vez menores, mas com áreas sociais cada vez maiores. Ao mesmo tempo, podemos observar como, cada vez mais, o consumidor passa a investir em sua casa, já que, devido à violência reinante por aí, esta passa a ser seu porto-seguro. Completando o perfil deste novo cidadão, a informação está a um pulsar de uma tecla. Assim é o consumidor atual: com pouco tempo para as tarefas domésticas, muitas vezes sem ajuda de uma empregada diarista, com muita informação acessível, morando em boas casas com quartos pequenos, antenado com as tendências de moda e decoração e com um estilo de vida. Ufa! Percebem o desafio que temos no setor? Que produto criar para atender cada vez melhor as demandas dessas pessoas? Que soluções daremos, de qualidade e preço acessível, para atingir um número cada vez maior de clientes em potencial? Como respeitar os diferentes estilos de vida que cada consumidor tem, fazendo produtos que se encaixem em suas aspirações? Este é o nosso desafio, caro leitor. Vamos continuar este bate-bola discutindo um pouco mais os novos caminhos da cama, mesa e banho. Não percam os próximos capítulos! Contato www.camesa.com.br


Têxtil House - nº 2

39


40 Têxtil House - nº 2


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.