Revista GF+ Edição nº 109 | Fevereiro 2016

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Sumário

MÁQUINAS X O tradicional especial Máquinas, chega a sua décima edição. Te convidamos para entrar em nossa nave e viajar de volta ao passado. Ou seria, ao futuro? Já vimos muita coisa acontecer em nosso mercado, e contamos tudo pra você. E vai continuar sendo assim! Senta que lá vem história! Aperte os cintos e leia o que nossos “Dinossauros” da comunicação visual trouxeram pra você!

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EDITORIAIS E EXPEDIENTE

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Suas Impressões

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PRÊMIO BUREAU CRIATIVO Conheça os últimos finalistas, muita emoção na reta final do premiação

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GF INFORMA AKAD Novajet UV FRT3116 com cabeças Ricoh Gen5, traz robustez e capacidade industrial


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EDITORIAL Expediente Fevereiro 2016 | Ano 10 – nº 110

Editora/Diretora Luciana Cristina Andrade editora@grandesformatos.com Atendimento ao leitor +55 (41) 3023-4979 Atendimento e Cursos capacitacao@grandesformatos.com

Luciana Andrade Editora editora@grandesformatos.com

Anúncios atendimento@grandesformatos.com comercial@grandesformatos.com Editorial

Queridos leitores Como é bom começar o ano tendo histórias para contar! Tenho certeza de que todos vocês tem ótimas histórias de mercado e da sua vida profissional! Particularmente tenho um habito que me ajuda desde que comecei profissionalmente: ler, ler, ler...leio muito! Não é a toa que quando decidi abrir um negócio fosse uma Revista! Histórias de vencedores me motivam nos momentos de insegurança. Histórias com finais felizes me fazem acreditar que tudo acabará bem...enfim..como décima edição MAQUINAS no momento de traçar a pauta desta edição a ideia de contar histórias foi “fulminante”! Ouvimos centenas e centenas de “historias” nas pesquisas para alinhar os números desta edição, traçamos este panorama de mercado exatamente conforme ouvimos e tabulamos, espero que seja MUITO útil! A matéria de capa nos traz 25 anos de histórias... desde as primeiras impressões em transferência térmica para fazer um banner! Veja também os últimos finalistas para os troféus do Prêmio 2016!!! Parabéns a eles! Foi uma grande batalha! Neste cenário de incertezas de um pais sem responsabilidade governamental, acredito que nada melhor para as nossas empresas do que nos inspirarmos e nos “segurarmos” em iniciativas que so quem faz comunicação visual (que batizei de DESIGN VISUAL) sabe. Temos sempre soluções para tudo quando queremos conquistar um cliente. 2016 não será diferente..queremos e VAMOS melhorar este mercado! A GF trará uma novidade incrível em março (aniversário de 10 anos!!) Um grande abraço 6

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faleconosco@grandesformatos.com Administrativo/Financeiro financeiro@grandesformatos.com Criação criacao@grandesformatos.com Projeto e desenvolvimento gráfico Paolo Malorgio Studio paolo.malorgio@gmail.com

A Revista GF é publicada 11 vezes ao ano pela GF Editoração Ltda

fevereiro de 2016 GF Editoração LTDA

Todos os direitos reservados . A reprodução total ou parcial deste material é permitida mediante autorização prévia expressa pela GF Editoração Ltda e desde que tenha citada a fonte. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista. Os informes técnicos são de caráter informativo, não são comercializados e a revista é imparcial, não prevalecendo nenhum fabricante em detrimento de outro. Os anúncios são de total responsabilidade dos anunciantes.

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SuAS imPrESSõES

comentários

DA EDIÇÃO DE DEZEMBRO

“Ótimo meio de informação da área. Esclarecedora e informativa!” Luis mayeR - Planet Plac Comunicação Visual Porto Alegre/RS

“Empresa de conteúdo, dinâmica, traz matérias importantes e de conhecimento coletivo, onde podemos perceber vários pontos de vista e abordagens do setor.” tiago FeRRaResi Da siLva - Topcolors Biguaçu/SP

“É uma revista extremamente útil e necessária para o segmento.” JaiRo castRo - Mídia Vitrine - Bacarena/PA

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envie suas sugestões, comentários e críticas: www.facebook.com/revistagf Twitter: twitter.com/revistaGF siga a gF no twitter!

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* Em razão do espaço ou compreensão, os textos podem ser resumidos ou editados

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Os jurados Humberto Domenighi é Application Development Specialist da 3M, jurado Ouro

Grace Kelly é Supervisora de Marketing da Canon/Océ, jurada Diamante

Alexandre Keese é Diretor da Fespa Brasil, jurado Platinum

David Pachón é Presidente da Print LAT, jurado Ouro

Luiz Rocha Junior é Diretor Comercial da Formas Comunicação Visual, jurado Técnico

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Carlos Henrique é Gerente de Vendas América Latina da EFI, jurado Ouro

Eduardo Souza é Gerente de Marketing América Latina da AGFA, jurado Prata

Paulo Hübner, é Diretor de Marketing da VinilSul, jurado Ouro

Anderson Clayton é Business Development Officer da Roland DG, jurado Prata

Rodrigo Bardini é Gerente de Produtos EFI, da Alphaprint, jurado Ouro

Marcelo Chagas é Gerente de Vendas e Técnico da SAinternational, jurado Prata


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Instalado em um Pub de aproximadamente 50 m², foram utilizados adesivo vinil fosco, adesivo vinil recortado eletronicamente, e adesivo de vinil jateado para vidros. Com três colaboradores envolvidos, foram cinco dias úteis no total, para entrega do projeto. Seis horas para aplicar em todo o pub. “Projeto considerado grau médio de dificuldade considerando-se a aplicação de adesivo no teto”, segundo ficha técnica do projeto finalista.

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CATEGoriA

Projetos internos Quem garantiu seu lugar na final da categoria Projetos internos, foi a DtP – iDeias que ganham viDa, de Campos Elísios, SP. O projeto finalista “Ambientação Redes Drogão Super”, foi realizado em 40 lojas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Entre criação e execução foram 50 horas de trabalho para os 20 funcionários envolvidos. Utilizando vinil branco com impressão digital, impressão UV e acrílico, a equipe levou 9 meses para concluir a ambientação, uma média de 05 lojas por mês.

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“Por se tratar de um projeto para aplicação de nova identidade visual em lojas já construídas e montadas, cada loja tem uma dimensão diferente, quantidade diferente de prateleiras, gôndolas e vitrines. Neste caso, o grau de dificuldade é grande, pois é necessária uma visita técnica com equipes de projeto e instalação em cada loja, para tomada de medidas, contagem de mobiliários, verificação e análise de prateleiras e produtos exibidos em cada compartimento, setorização da loja; para que seja feita uma adequação do projeto

respeitando as especificações de cada loja. O projeto é todo adequado e adaptado para atender as particulariedades de cada loja, sem perder a criação da agência e padronização do manual de identidade visual solicitado pelo cliente, respeitandose e mantendo o padrão de qualidade de impressão, produção e cor, para todas as lojas da rede”, grau de dificuldade segundo ficha técnica do projeto finalista.


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CATEGoriA

Projetos externos o grupo gaúcho Dca garantiu vaga na final com o PRoJeto PoP centeR.

A instalação foi feita na Avenida e utilizou Leds, ACM, aço carbono, alumínio e adesivos. Com oito funcionários envolvidos, o trabalho levou 60 horas para ser confeccionado, e 12 para ser instalado. “Projeto de caráter bem complicado, pois tínhamos apenas 10 dias , sendo dividido entre projeto, execução e instalação, essa extremamente complicada, pois tínhamos apenas 2 dias, com horários reduzidos, em uma avenida movimentada da cidade.

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Sem poder parar mais que uma pista por vez, e trabalhando somente a madrugada. Além disso, tinha que ser desmontável, para se usar em vários anos e que fosse componível, para trocar poucas peças de um ano para outro. Trabalho realizado em altura, com guincho articulado e equipe de rapel. Sem margem para erros em função das autorizações escassas de tempo” grau de dificuldade segundo ficha técnica do projeto finalista.


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CATEGoriA

Projetos Diferenciados De Curitiba-Pr, a F9 iDentiDaDe visuaL, marcou presença na final da Categoria Projetos Diferenciados, com o Projeto “tÚneL JoÃo tuRin – casa coR 2015”

Utilizando Clipso (revestimento importado, indicado para tetos e paredes que aceita impressão), foram 60m² e 40 horas de trabalho para concluir o projeto da arquiteta Yara Mendes para a Mostra Casa Cor 2015. Com impressão UV e acabamento em mesa de corte, 9 funcionários participaram da execução do trabalho. “O Túnel João Turin, exposto na Casa Cor 2015, foi produzido em tecido especial Clipso, que possui um sistema único de

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fixação, com acabamentos perfeitos e harmoniosos, dando ao projeto toda a solisticação que o ambiente requer. O projeto de iluminação foi um espetáculo à parte, também criado especificamente para o evento. As lâmpadas em LED contornaram todos os módulos do hexágono, dando ao visitante um efeito único ao passar no local. Iniciamos o trabalho fazendo a montagem de toda a parte de iluminação, apenas para esta fase foram 2 dias de montagem no local para

adaptação dos pontos necessários em todo o contorno do hexágono que formaria então o túnel. Após a parte elétrica finalizada, fixamos os perfis próprios para o sistema Clipso. No total foram 150 metros lineares de perfis, e então iniciamos o tencionamento das faixas em tecido especial, aproximadamente mais 3 dias de trabalho.” grau de dificuldade segundo ficha técnica do projeto finalista.





CAPA

MÁQUINAS a eVoLUção da imPRessão digiTaL em 25 ANOS

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Da redação

A edição de máquinas deste ano está de tirar o fôlego. Decidimos ir além dos números e da tradicional tabela. Chamamos para um “Café com Prosa”, aqueles, com todo respeito, “dinossauros” da impressão digital. Mais que isso, aqueles com solvente nas veias, que sabem contar a história da impressão digital, com toda a emoção e seriedade que ela merece. Vamos contar como tudo começou, e falar claro sobre a evolução da impressão digital, pela ótica de quem viu nosso mercado nascer. E quem vai abrir este especial, é a Editora Chefe deste veículo, pessoa simplesmente apaixonada por este mercado.

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ErA UMA VEZ...

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por Luciana Andrade Em meados do ano de 1998, eu, que trabalhava como supervisora educacional de uma escola em Curitiba (pois tinha formação pedagógica) sentia que poderia fazer mais, querer mais, enfim, não estava completa. Na época, já ajudava meu futuro marido aos trabalhos que ele desenvolvia no mercado de comunicação visual, e isto foi me instigando. Foi então que recebi um grande desafio: trabalhar em uma empresa de comunicação visual, como “Relações Públicas” (F9 – em Curitiba). Sabendo muito pouco sobre o segmento, aceitei o desafio e então a paixão pela impressão foi a primeira vista! Na época a F9 acabava de adquirir uma impressora solvente, uma das únicas no Sul (uma Vutek 3360), era muito “glamour” pois até então as impressões eram feitas na tecnologia eletrostática (por termotransferência!). Com muito amor por este universo aprendi muito com os grandes mestres que tive a honra de ter! Foi impossível não “mergulhar de cabeça” no comercial. Um vendedor de comunicação visual era e é: Um vendedor de SONHOS! Um agente de TRANSFORMAÇÃO!

Como eu atendia também pessoas que terceirizavam conosco pude acompanhar o nascimento de muitas empresas com equipamentos próprios. E, mesmo “perdendo um cliente” ficava imensamente feliz por eles, vibrava junto! E assim, por amizade com muitas empresas, sempre estava ajudando a encontrar alguma solução diferente, suprimentos novos no Brasil, enfim, adorava ser “consultora” destes relacionamentos criados. Vendíamos a R$100,00 em média o m² impresso! Muitos de vocês devem lembrar destes ótimos tempos! Porém, tínhamos poucas soluções para materiais internos, pois os equipamentos com 360 DPI não davam resolução suficiente! Então usávamos muita impressão em “gloss paper” (em impressora a base d´água), sem nenhuma resistência a utilização externa, porém ficavam lindos (e eram materiais de alto valor agregado!). Tínhamos também uma impressão “jato de cera”, mas era muito cara, com operacional difícil, enfim, um tanto inviável! Quase não vendíamos nada para PDV. Maioria eram materiais em recorte de vinil ou gloss. As impressões eram para outdoors, envelopamentos e tudo voltado ao externo (chamados de grandes formatos,

gigantografia ou ainda quadricromia!) O tempo foi passando e as oportunidades no mercado aumentando! Era uma “febre” de utilização de impressão! Para mim faltava algo, faltava informação focada, não tínhamos uma fonte de busca de informações especifica! Na época, o mercado serigráfico também estava a todo vapor e as publicações que existiam no Brasil eram mais voltadas à serigrafia. De tanto buscar informações com fornecedores, muitas vezes internacionais, a vontade de passar isto adiante veio à tona e em 2005 a Revista Grandes Formatos nascia, com foco mais estratégico do que técnico (as empresas precisavam de referencial estratégico focado!). O primeiro exemplar foi veiculado em março de 2006! Por isto esta edição MAQUINAS X é de tanta importância. São 10 anos publicando anualmente este especial que todos utilizam como referência! Contar a história das tecnologias foi a inspiração que nos moveu para fazer deste especial algo diferente, além dos números que serão apresentados!

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Com VoCÊS o PrimEiro NArrADor DESTA hiSTóriA: EVANDo ABrEu, SóCio CriADor DA CriATA ESTAmPAriA.

IMprESSÃo DIGItAL, orA DIrEIS... por Evando Abreu Para falar de impressão digital, preciso voltar um pouco no tempo. Minha irmã ganhou uma máquina de escrever, uma Lettera 22 da Olivetti e aos 14 anos de idade aprendi a datilografar, com todos os dedos e não “catando milho”. Por conta desta “habilidade” fui contratado por concurso, onde datilografia era imprescindível, pelo Bradesco, depois UFMG e aos 17 iniciei minha carreira como empreendedor. Ali nascia a MONDA – Montagens Datilográficas. Pelo nome nota-se que éramos muito criativos naquela época! Comecei a frequentar a Imprensa da UFMG, levando os originais que fazia em casa por

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encomenda e foi onde conheci as impressoras tipográficas de leque da Heidelberg, os Linotipos para composição tipográfica e me apaixonei pelas artes gráficas. MONDA era um quebra galho que inventei para fazer bicos dentro da UFMG. Em casa virava noites datilografando teses de mestrado, de doutorado, livros e relatórios da UFMG e cobrava por página ou lauda. Em pouco tempo comprei uma “Composer” da IBM e a coisa ficou mais séria, pois já era um equipamento com “valor por letra”, ou seja, cada letra ocupava um determinado espaço e tinham corpos de letras diferenciados. Aprendi a diagramar, calcular por antecipação a finalização de uma linha, parágrafo, página. A IBM lançou novos equipamentos com memória interna e externa através de cartões magnéticos. Ali iniciou-se a composição digital. Com o advento das fotocompositoras em papéis fotográficos e fotoletras, encerrou-se a era dos Linotipos e também das Composers IBM. Criamos a Compoart, empresa voltada exclusivamente para fotocomposição em sistemas MCS, que eram sistemas dedicados, com comandos tipo o HTML atual para se formatar textos. Era programação mesmo. Corpo de letra era um comando, largura de linha, tipo de fonte, outros. Depois que terminava a digitação com todos estes comandos, mandava-se “fotografar” em rolo de papel fotográfico, em um equipamento de saída on line. Somente após “revelado” é que poderia ver se tudo deu certo. Um anúncio demorava horas entre a composição, envio por fax, retorno da revisão da agência e do cliente para a fotocomposição final. Este material retornava para a agência de publicidade que fazia a montagem, indicava fotos, aplicação de retículas ou bendays e mandava para as empresas de Fotolito, Jornais, Revistas. Era muito trabalhoso, mas gratificante. Os criativos da época se esmeravam na escolha das fontes de letras que deveriam combinar com cada tipo de anúncio. As preocupações, que hoje não existem, chegavam ao cúmulo de se verificar as distâncias entre letras e não raras vezes, pediam para aproximar uma vogal posterior a letra T para ficar embaixo dela. Preciosismo sem fim, mas os anúncios ficavam perfeitos. Em pouco tempo surgiu o Macintosh, os softwares como Ventura, Page Maker, Quark X Press, Photoshop, FreeHand, enfim, a linguagem post script e a nossa vida virou um inferno! E olha que ainda nem tinha o Corel Draw! A nossa migração para a era da linguagem post script foi feita com muito investimento

de dinheiro e tempo. Queríamos ser os primeiros a produzir filme totalmente digital, sem o uso dos scanners convencionais para captura de fotos e cromos. Adquirimos o primeiro Scanner Hell totalmente digital, mas era tudo muito demorado, os sofwares, rips e até os Macintosh ainda não tinham a performance desejada. Lembro-me de que fizemos uma capa para uma campanha da Disretmia que demorou quase uma semana. Escaneamos o Cromo da capa do disco Abbey Road, retiramos os Beatles e colocamos quatro modelos atravessando aquela rua. Hoje você faz isso em menos de uma hora. Naquela época, tínhamos um FX da Macintosh, Photoshop 1.4, salvo engano, com pouquíssimos recursos. Após alguns minutos de trabalho, recortando, acrescentando, tinha que mandar gravar, para não perder todo o trabalho, caso o Mac ou o programava resolvesse travar. Esta gravação por etapa demorava mais de hora, dependendo do tamanho do arquivo. Depois tudo melhorou, os equipamentos de Ripagem, a linguagem post script, os softwares, equipamentos de saída em filme, enfim, tudo ficou muito fácil.

imPrESSÃo DiGiTAL Tudo isso proporcionou o nascimento da impressão digital. O fotolito convencional já havia acabado e o digital já não era mais tão necessário, pois já se grava diretamente em chapa, sem intermediário. Como muitos, migramos do fotolito para comunicação visual na impressão de pequenos, médios e grandes formatos. A Xerox foi uma das pioneiras naquela época, com impressoras eletrostáticas, mas seus equipamentos não corresponderam às necessidades e ao que parece não era realmente o foco daquela empresa. Muitos dos nossos companheiros nesta área foram filhos da Xerox, o que nos inclui, claro. Para quem não conhece, as impressoras eletrostáticas imprimiam em papel prétratado extremamente caros, depois fazia-se a transferência para as mídias como lonas e adesivos por calandragem. Não raras vezes, algo acontecia e a transferência ficava com marcas e tinha-se que repetir tudo. Por incrível que possa parecer, este passado, de uma certa forma voltou, com as impressões em sublimação para tecido. Só que é uma forma bem mais fácil e confiável de se trabalhar. Sublimação têxtil foi o segmento que mais cresceu nos últimos anos. Depois da geração eletrostática chegaram as impressoras que imprimiram diretamente nas mídias. Nesta época, juntamente com o Paulo Rufino, já

tínhamos o Studio Alfa no Rio. Fomos um dos primeiros a adquirir a Vutek de alta resolução no Rio e os pioneiros com a primeira máquina de impressão em rígidos e em qualquer tipo de materiais, como madeira, papel corrugado, vidro, com tinta UV. Foi o período em que crescemos muito e vimos muito dos nossos companheiros seguirem o mesmo caminho.

imPrESSÃo TÊXTiL Assim como muitos tenho orgulho de ter participado de todas estas etapas. Atualmente mais voltados para impressão têxtil para uso em vestuário, publicidade, cenografia e decoração. Para isso adquirimos equipamentos para impressão em sublimação para poliéster e também outro tipo de equipamento para impressão direta em fibras naturais. Assim como ocorreu no início com as impressoras de solvente, eco solvente e UV, estas impressoras estão passando por uma grande revolução tecnológica. Até pouco tempo, os equipamentos têxteis imprimiam com a velocidade média de 30 metros lineares por hora. Agora a exigência, neste setor, são de equipamentos com velocidades bem acima disso. Em termos de qualidade, qualquer impressora, de qualquer marca, já atingiu o que se necessita para perto, média ou longa distância.

o que realmente vai determinar o nosso ganho em termos de equipamento é a velocidade, aliada à qualidade e confiabilidade técnica. Nos tornamos gráficas industriais e temos que produzir quantidade com qualidade para qualquer finalidade.

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como é bom obter conhecimento com quem realmente sabe né? As feras continuam por aqui. Agora, nosso amigo VINIcIUS tIMI, Administrador técnico da empresa printer Expert, e coordenador e instrutor técnico do GF centro de capacitação conta mais sobre a história do nosso mercado.

A história que vou contar é sob o meu ponto de vista e de como eu comecei na área da comunicação visual. Porque para mim a minha história está entrelaçada com os acontecimentos que foram se seguindo. Tudo começou após eu ter conhecido uma empresa chamada Arte Traço que pertencia a dois jovens chamados Emerson Vendramel e Luíz Claudio. Eles se instalaram no mesmo prédio em que eu tinha meu escritório aqui na Rua XV De Novembro no centro de Curitiba. Eu precisava de uma logomarca e eles se ofereceram para fazê-la. Mal sabia eu que ali estava sendo selado meu futuro e que as coisas nunca mais seriam como antes. Passado algum tempo a Arte Traço se mudou e se instalou dentro de outra empresa chamada Magirus que ficava bem em frente à recém-inaugurada Rua 24 Horas. Um dia alguém veio até o meu escritório e solicitou que eu fizesse uma visita à empresa deles para resolver alguns problemas dos seus computadores. Esta pessoa era o Emerson da Arte Traço, pois, nesta época meu ramo de atividade era a área de informática e redes. Fui e resolvi os problemas de rede da Arte Traço e neste mesmo dia fui apresentado

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ao dono da Magirus, o Sr. Gilberto, que, vim a saber mais tarde, fora o responsável pela profissionalização da área de serigrafia aqui em Curitiba. o tempo passou e comecei a prestar serviço também para a Magirus cuidando da sua rede de computadores. Mas o interessante é que sempre que eu ia lá me chamava a atenção uma máquina que cortava uma espécie de plástico adesivo que eu ficava observando e sentia uma grande vontade de lidar com aquele equipamento. O próprio Emerson sugeriu em várias oportunidades que eu deveria prestar manutenção neles, mas infelizmente eu sempre era informado de que apenas engenheiros formados na fábrica poderiam realizar este tipo de trabalho. Nesta época a Magirus era distribuidora dos plotters de recorte da Roland. Algum tempo depois a Roland realizou um evento chamado de Sign Curitiba, e então surgiu a oportunidade de instalar e configurar os equipamentos Roland para a Magirus, mas nada de lidar neles tecnicamente. Sendo assim eu seguia a minha vida e continuava a prestar assistência aos computadores de meus clientes, até que um dia um deles de uma determinada empresa pediu para que eu instalasse um plotter de recorte, e olha só era igualzinha as que a Magirus vendia, só que não havia sido comprada em um revendedor autorizado. Acontece que a pessoa que havia vendido a plotter não sabia instalar, o cliente então menos ainda. E para complicar um pouco mais, eles não conseguiam comprar o programa para usar com a plotter pois, por não ter sido comprador em um revendedor

autorizado era proibido a venda dos programas de corte pelos mesmos. entretanto nesta ocasião a serilon revendia um programa diferente do que era originalmente instalado nos plotters de recorte Roland que era o SignLab. Na verdade, a Serilon revendia o Casmate que era produzido pela Israelense Scanvec. O cliente foi então na Serilon e falou que precisava de um programa para sua plotter Roland sem entrar em maiores detalhes e acabou comprando o CASmate Basic, mesmo tendo sido informado por outros de que este não funcionaria na Roland. Agora lá estava eu diante de um equipamento no qual eu nunca havia lidado, não conhecia seu funcionamento, não sabia nada sobre o seu programa ou seus protocolos de comunicação. Mas resumindo a história 2 horas depois a plotter funcionava perfeitamente com o CASmate. O interessante desta história é que eu não fazia ideia de toda a história que acontecia por detrás da compra deste equipamento. Assim os dias foram passando a vida de técnico em computadores foi ficando cada dia mais difícil pois, já não compensava mais consertar computadores. Afinal qualquer um espetava uma placa de vídeo no computador e já saía anunciando no jornal que era técnico em informática. Mas a gota d’água para que eu decidisse que realmente não queria mais trabalhar nesta área aconteceu quando uma amiga minha pediu para que eu fosse à casa dela consertar o seu computador. Cobrei o valor de R$35,00 a hora (claro que a moeda não era o Real e pra ser sincero nem me lembro qual era nesta ocasião).


Enquanto eu fazia a manutenção em um “super 386” com 4MB de memória RAM e removia os vírus que a infestavam aquela cpu eu era obrigado a ficar o tempo todo ouvindo da minha amiga que aquele serviço poderia ter saído para ela por R$9,00 pois, ela tinha um outro amigo e este estava começando e cobraria R$9,00 a hora. Ela me incomodou tanto com a história dos R$9,00 que disse a ela que não se preocupasse, pois, a hora técnica seria de R$9,00. Ela me disse, sério? E deu um sorriso. Sim eu falei, fechei minha mala de ferramentas e falei: Chama seu amigo. Ela nunca mais falou comigo depois disto. mas como precisava sobreviver continuei a prestar serviço de informática por mais algum tempo. Desta forma eu continuava a prestar assistência na rede de computadores da Arte Traço e um dia chegando lá havia um plotter de recorte, mas esta era diferente dos modelos da Roland que eu conhecia, era grande e preta, empunha respeito só em olhar. Claro que devo esclarecer que a Roland naquela época assim como hoje um equipamento da melhor qualidade e que muitas delas ainda estão sendo utilizadas devido a sua robustez e precisão. Mas aquele plotter era diferente era mais rápida, era maior, mas tinha um problema, não funcionava. Então Emerson me apresentou a um dos sócios da Serilon chamado Valdecir. Emerson disse que eu iria conseguir consertar o plotter. Então Valdecir pediu para que eu fizesse a manutenção dele. Eu havia instalado a Roland, mas concertar este tipo de equipamento me parecia estar além dos meus conhecimentos. Mas, depositaram tanta confiança em meu trabalho que acabei por abrir a plotter e descobri que o flat cable do cabeçote estava totalmente desligado. A máquina tinha acabado de chegar da importação e viera com este defeito de fábrica. Reconectado o flat o cabeçote começou a funcionar e eu virei por assim dizer “o cara”. Aliás não adiantou em nada explicar que o defeito era simples e que não era para tanto. De qualquer forma marquei um ponto na Serilon. No sábado da semana seguinte passei na arte Traço para ver como estavam os computadores. Ao chegar lá havia uma tensão no ar. Quando cheguei dois clientes

de Criciúma/SC estavam lá para receber o treinamento no mesmo plotter que eu havia consertado e que era uma Summagraphics e o seu programa o CAS mate. Só que quem iria ministrar este treinamento era uma sócia do Emerson e que infelizmente por motivos particulares não pode ir lá naquele dia. Então os olhos do Emerson e do Valdecir se voltaram para mim. Esta era uma daquelas situações que você fica meio sem saber o que fazer, já conhecia um pouco do CASmate por ter feito a instalação da Roland do meu cliente, mas a Summa era totalmente desconhecida para mim e para piorar as coisas ainda teria de instalar o programa no computador do cliente. Bom, acabei aceitando fazer o serviço. Mas quando instalei o programa ele não rodava. Verificando os requisitos do programa observei que ele necessita de uma placa de vídeo de no mínimo 256 cores que eram as mais tops da época. E a do cliente era só de 16 cores. Sim, isto um dia existiu. Pedi ao cliente comprar outra placa e ele a princípio duvidou de que este era o problema, mas foi e comprou. Troquei a placa e bingo, o programa rodou maravilhosamente bem. Enquanto o cliente foi comprar a placa procurei me familiarizar com a plotter e após a instalação do programa consegui configurar a porta serial e ministrar o treinamento. O cliente ficou feliz, saiu com seu computador e a plotter que ele havia comprado funcionando, Valdecir ficou feliz que não perdeu a venda e Emerson ficou feliz porque ao me indicar também assumiu parte da responsabilidade pelo que ia acontecer. E eu fiquei feliz por ter conseguido deixar todo mundo contente apesar de não ter ganho um único centavo para isto. Existe um ditado que diz que Deus escreve certo por linhas tortas. Passaram-se alguns dias e ao chegar para revisar a rede de computadores da Arte Traço, Valdecir me chamou e me disse: Bichão (ela chamava todo mundo assim) vou te mandar para os Estados Unidos para receber um treinamento sobre a plotter de Recorte Summagraphics. Eu respondi ok, e fui embora. Achei aquilo maluquice, afinal quem manda um desconhecido para os Estados Unidos? Achei que aquilo era apenas conversa e não dei maior importância ao assunto. Deveria ter dado... Eu sempre visitava a Arte Traço aos sábados e no da semana seguinte ao chegar alguém pediu que antes de eu subir para o primeiro

andar fosse falar com Valdecir em sua sala. Ok eu pensei.

Entrei e encontrei Valdecir com um sorriso no rosto, ele estava feliz, então o cumprimentei da mesma forma, comum sorriso quando ele me perguntou se eu já estava com o passaporte e o visto. como eu não lembrava da conversa que havíamos tido disse que não e perguntei o porquê. Ele então tirou um pequeno maço de dinheiro amassado na sua gaveta, uma carta de recomendação e as passagens já emitidas em meu nome. (a arte Traço tinha

o meu cadastro e por isto ele já tinha todos os meus dados), suei frio pois, então caiu a ficha por assim dizer, ele afinal estava falando sério e o que eu faria? Disse ale que estava providenciando e saí correndo. Fui primeiro na Polícia Federal e consegui dar entrada em meu passaporte. Ficou que para minha alegria ficou pronto naquela mesma semana. E agora como fazer com o visto? Me lembro que eu tinha dinheiro apenas para a passagem de ida e da volta para São Paulo e para a alimentação. Viajei em uma terça-feira à noite e cheguei na quarta de manhã. As 7:00 eu estava enfrentando uma fila quilométrica diante do consulado americano. Nesta ocasião o mais interessante era que ninguém falava nada positivo. As pessoas que estavam na fila ficavam a todo momento inventando histórias para forçar os que estavam à sua frente desistirem. Alguns falavam que era preciso ir até o centro de São Paulo para comprar um determinado formulário, outros diziam que se estivesse vestindo um certo tipo de roupa não seria aceito entre outras bobagens.

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Havia por exemplo um homem que estava um pouco mais à minha frente e que chegara de BMW e celular, duas coisas que só milionários possuíam e que ficava dizendo o tempo todo que havia viajado o mundo todo e que para ele era fácil conseguir o visto, mas para quem nunca havia viajado eles não iriam conceder e assim por diante. Após mais de 2 horas debaixo do sol escaldante finalmente entramos no pátio do consulado cuja situação só foi amenizada pela marquise que nos protegia do sol. E quanto aos formulários? Adivinhem tudo o precisávamos, claro, era fornecido pelo próprio consulado. Quando finalmente entramos na área dos guichês um a um dos que estavam à minha frente foram sendo recusados não importando quantos documentos apresentassem, inclusive o homem que se gabava de ter viajado o mundo todo. A esta altura a minha vontade era a de ir embora, pois, me sentia como estando perdendo meu tempo. Aliás não só eu, mas as pessoas atrás de mim também estavam querendo desistir. Mas chegou a minha vez e eu não tinha nada de documentos, apenas meu contrato social e a carta de apresentação da Serilon. Na minha inocência e verdadeiro apavoramento removi o grampo que fixava as páginas do contrato social e fui dando uma a uma as folhas do contrato, pois, na minha cabeça daria a entender que eu tinha bastante documentos. A senhora que era uma americana e que estava me atendendo leu calmamente todo o contrato social, cinco folhas ao todo levando vários minutos para isto, entre pausar para tomar uma xícara de café e comer um pedaço de bolo. Finalmente me perguntou o que eu iria fazer no EUA, e eu disse que iria participar de um treinamento. Então o senhor sabe falar bem o inglês me perguntou: nem uma palavra eu respondi. Mas então o senhor vai ter uma grande dificuldade para entender este treinamento. Eu respondi: o treinamento vai ser em espanhol (Alguém havia me passado esta informação), há então o senhor fala bem o espanhol: alguma coisa eu respondi, há uma certa similaridade entre o espanhol e o português. Ela se levantou tomou outra xícara de café, comeu outro pedaço de bolo. Ao retornar falou: então o senhor vai ter uma grande dificuldade lá. Mas o que o senhor vai fazer lá mesmo? 34

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Bem esta conversa se estender por mais de 30 minutos, a mesma pergunta, xícara de café, bolo. A situação foi ficando cada vez mais irritante e eu estava pronto para dizer a ela que se não queria conceder o visto tudo bem, mas que parece de me tratar feito um palhaço. Finalmente ela fez uma longa pausa e me perguntou: o que o senhor vai fazer lá mesmo? Nesta hora mudei de estratégia e respondi: a senhora sabe o que é um plotter de recorte? Se parece com uma impressora só que corta letras e desenhos no vinil. Minha empolgação foi tanta na explicação que ela ficou parada ali só ouvindo. Eu vou lá para aprender a consertar, prossegui, pois, a empresa que está me enviando vai começar a importar e precisa de alguém para fazer o suporte técnico aqui no Brasil. Se não houver ninguém a empresa americana não vai poder vender os equipamentos. Por fim ela falou: Sim, mas o senhor não fala inglês e não sabe bem o espanhol, vai ter muitas dificuldades. Minha senhora, eu respondi, se este treinamento fosse em japonês eu iria e voltaria qualificado. Ela olhou para mim. Pegou um carimbo e carimbou o meu formulário. Pensei “recusado”, mas quando olhei estava Aceito. Ela me olhou pela última vez e disse que eu deveria me dirigir ao primeiro andar e pagar uma taxa no City Bank e balançando a cabeça ainda ouvi ela dizer mais uma vez, vai ter grandes dificuldades. Eu mal podia acreditar, e as pessoas atrás de mim não acreditavam. Acho até que depois disto os ânimos deles foram renovados. Paguei a taxa e perguntei a moça do guichê do City Bank se agora era só vir buscar o passaporte, e ela para a minha frustração me falou que eu deveria voltar na quinta feira seguinte para buscar o passaporte mas caso houvesse uma folha branca dentro dele eu teria de retornar 15 dias depois para uma nova entrevista. Caiu o mundo, eu tinha passagem comprada para sábado da semana seguinte e se a tal folha estive no meu passaporte? Não tendo outro jeito, retornei para Curitiba, trabalhei pois, precisava de dinheiro para estes outros gastos e voltei na quinta-feira seguinte. Nova fila, mas um pouco mais rápida desta vez. Quando chegou a minha vez lá estava uma imensa caixa cheia de passaportes e todos com o papel branco dentro deles.

Confesso que vi todos os meus esforços caírem por terra. O atendente brasileiro perguntou o meu nome e começou a procurar o meu passaporte, ele o localizou e parecendo meio incrédulo me falou, alguém lá em cima gosta muito de você: porque? Eu perguntei. Porque o seu passaporte é o único que não possuí o papel para a nova entrevista. Senhor Vinícius disse ele: tenha uma ótima viagem. Eu não queria acreditar. Agradecia a Deus a todo instante. Voltei mais uma vez para Curitiba, e na sexta-feira fui até a Serilon para pegar os itens de viagem e no sábado lá estava eu viajando rumo aos Estados Unidos. Lá ocorreram muitas coisas interessantes (inclusive quase me casei), mas o mais importante é que me qualifiquei e retornei pronto para atender a Serilon. Mas o que tudo isto tem a ver com a história das impressoras digitais? Neste período a Serilon estiva tendo um grande êxito na venda de plotter de recorte, mas Valdecir que sempre foi o homem visionário dentro da Serilon percebia que precisava investir em outro formato de equipamento que era os das impressoras digitais que pudessem imprimir sobre substratos sem tratamento e para uso externo. Neste período apenas grandes bureaus possuíam as grandes e caras impressoras digitais e na sua maioria eram as eletrostáticas da Xerox. Valdecir então visitou uma feira no EUA e acabou por adquirir um plotter de impressão da Calcomp americana que era a então proprietária da marca Belga Summagraphics. Esta foi a primeira tentativa de se ter um equipamento menor e mais barato para uso externo. Esta impressora usava tecnologia de cartuchos HP e na verdade nunca conseguimos fazê-la funcionar. A fábrica dizia que éramos nós que não tínhamos capacidade de trabalhar com ela, mas na verdade um mês depois a Calcomp recolheu todas as impressoras vendidas no mundo porque nenhuma funcionava. Passado mais algum tempo Valdecir viaja novamente para visitar uma feira nos EUA e ao retornar traz com ele um pequeno plotter de recorte chamada New Star da empresa coreana Dilli. Eu posso dizer que gostei dela de imediato, seu design era simples, mas bem elaborado, mas ao ligá-la tivemos a maior decepção. Seu corte era sofrível pois, não possuía


qualquer precisão. A esta altura Valdecir e eu já fazíamos uma boa dupla ele arrumava por assim dizer “as encrencas” e eu tinha de fazê-las funcionar. Mas eu havia gostado do plotter New Star e estava convencido que os coreanos seriam capazes de resolver os problemas. Sendo assim Valdecir pediu para que eu ficasse em contato com eles e que fosse relatando tudo o que precisava ser melhorado, e assim foi feito. Trinta dias depois, recebemos um senhor coreano que eu pensava ser um técnico e que para minha surpresa era o vendedor internacional da Dilli o senhor Johnny Kim. Ele me ensinou muito, desmontou aquele plotter inteiro, me explicou seu funcionamento e como conserta-la em caso de problemas. Enfim percebi que para os coreanos o vendedor não era apenas o cara que saia falando pelos cotovelos por aí, prometendo lucro fácil, ou apenas preocupado com a sua comissão no final do mês, ele realmente conhecia do equipamento, sabia usá-lo e consertá-lo. Fizemos então uma grande amizade que nos foi mutuamente útil. No ano seguinte, e estamos falando do ano de 1996, a Dilli visualizou o mercado americano, mas seu nome de equipamentos New Star era oriental demais. Devemos lembrar que nesta época os equipamentos japoneses já eram considerados de alta qualidade, mas os coreanos eram conhecidos como lixo asiático. A china ainda não produzia nada em termos de equipamentos. Por este motivo seu nome Dilli foi alterado para Digital Groupp Corporation - DGI. Ano em que também lançaram a sua primeira impressora digital chamada de Rex 62. Cabe dizer que um pouco antes de a DGI lançar a sua impressora a Anagraph lançou uma impressora chamada de Ana SpectrumJet que fazia uso de cabeças Xaar 360DPI. A Serilon também comprou uma impressora destas e eu tive o privilégio de receber o seu treinamento na Califórnia e conhecer o Dr. Honda que me recebeu muito bem. Na verdade, alguns funcionários da Anagraph ao saberem que eu era brasileiro me perguntavam porque queríamos comprar aquela impressora? Era para imprimir em cipó? O Dr, Honda não ficou nada contente com esta situação e fez com que me ensinassem mais do que aos outros. Infelizmente esta impressora foi fracasso. Mas Valdecir não desistia da ideia de ter

uma impressora que pudesse ser distribuída a custo baixo, pois, ele sabia que o principal não era a venda dos equipamentos, mas sim os consumíveis que eram as tintas e as mídias pois, segundo um cálculo para cada cliente que comprasse uma impressora o valor de outras três seriam consumidos em consumíveis. Era um grande negócio. Sendo assim em março de 1996 chegou a primeira DGI Rex 62. Eu na minha inexperiência pedi 15 dias para aprender a trabalhar com ela. Na verdade, ela chegou em uma segunda-feira na parte da manhã, e às 14:00 ela estava montada. As 18:00 haviam 18 clientes vendo a impressora em uma sala que mal cabiam eu e ela. Na terça feira de manhã ela seguia para Blumenau para ser instalada na Rede Signs. Assim foi instalada a primeira impressora usando tinta solvente para uso externo de médio formato. Ali foi o início da maratona com as impressoras. Nesta ocasião subimos com esta impressora que pesava quase meia tonelada por uma escada caracol. O sistema elétrico não possuía aterramento pois, não se fazia Ideia da sua importância. A climatização era feita com a janela aberta e a exaustão com uma ventoinha fixada nesta mesma janela. Há sim se a máquina funcionava? Sim e não. Funcionava parava, e o ciclo recomeçava. Havia muito para se aprender. Entre os muitos problemas que tínhamos se somavam software RIP de péssima qualidade, a falta de conhecimento sobre perfis de cores, tintas feitas sem qualquer critério, etc. assim começaram os problemas e para cada um tínhamos de encontrar uma solução. Passamos então a entender a importância do aterramento e mudamos a instalação para um padrão correto. Mudamos o RIP que vinha da coreia para o Photo Print da Amiable (Que hoje é a SAI Internacional), aprendemos o que eram os perfis de cores e a sua importância. Entretanto precisávamos de estabilizar a tensão de entrada, mas não existiam estabilizadores ou no-breaks que suportassem a carga da impressora. Então o cliente de Blumenau da Rede Signs, Jean, mandou fabricar o estabilizador. Hoje na verdade quando vejo as facilidades que temos creio que a maioria nem imagina por tudo que passamos naqueles dias. Na verdade, eram emoções em cima de emoções. Só para dar uma ideia as cabeças de impressão precisavam ser limpas e para

isto tínhamos de remover as mangueiras das cabeças todos os dias ou sempre que elas entupiam, e elas sempre entupiam. Assim as mangueiras apresentavam entradas de ar constantemente. Era um pesadelo. Um dia Valdecir chegou para mim e disse, “Timi precisamos resolver isto”, e juntos sentamos e desenhamos um sistema de limpeza automático. Enviamos o projeto para a DGI que o analisou e que nos disse seria muito caro para implantar naquele momento, mas que eles baseados em nosso projeto, iriam fazer um sistema semiautomático. E assim foi feito, e funcionou tão bem que até hoje ele é utilizado nas impressoras DGI e em quase todas as demais marcas e modelos fabricados mundo afora. até este momento a dgi reinava no mercado brasileiro, cada cliente que comprava a primeira máquina, em menos de três meses comprava a segunda. E apesar das dificuldades técnicas o mercado ia bem para nós. Então o inevitável aconteceu, a China acordou e começou a tentar copiar a DGI, me lembro que em uma feira em Seul havia um stand cujo fabricante havia feito um clone da DGI Rex 62, mas enquanto as Rex 62 era muito bem construída a chinesa tinha as peças cortadas a mão e não funcionava. Assim logo em seguida a esta feira começaram a aparece novos fabricantes chineses. No Brasil a primeira concorrente da DGI foi a Liyú, vendida aqui com o nome de Compact Solven. Estas impressoras fizeram sucesso pois eram rápidas e apesar de serem malfeitas eram confiáveis. Hoje elas ainda estão presentes no mercado, porém agora já consolidadas. Neste período a Serilon passava por grandes mudanças e ocorreu a sua divisão tendo sido criada a Multi Signs. Assim sendo a Serilon continuou com a distribuição da DGI mas a Multi Sign buscava outra marca para ser distribuída. Assim surgiram as opções da Infiniti que era uma impressora muito ruim, mas que atualmente acabou se consolidando com outros nomes, sendo a base das impressoras da SID, da Orion entre outras. Nesta época a Multi Signs começou a importar e distribuir as impressoras coreanas da Flora. Foi neste período que me desliguei da Multi Signs que então mudava de nome para Word Signs e posteriormente par WS. Estas impressoras se mostraram ao longo do R E V I S TA G F • Fe v e r e i r o 2 0 1 6

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tempo confiáveis e acabaram por produzir equipamentos de outros grandes fabricantes. Neste meio tempo surgiu uma fábrica na Coréia chamada de JHF, estas eram terríveis, simplesmente não funcionavam, mas possuíam uma vantagem tinham no Brasil o apoio de pessoas que queriam que elas funcionassem e tinham conhecimento e dinheiro para isto. Hoje este grupo não vende mais JHF mas passaram a produzir a Ampla, impressora que leva o mesmo nome da empresa e que está bem consolidada no mercado nacional e internacional. É claro que depois de tudo isto o mercado chinês abraçou a causa das impressoras digitais e hoje temos uma verdadeira festa de marcas e modelos de impressoras. Assim sendo desde que saímos das grandes e caras impressoras eletroestáticas que custavam milhões, até chegarmos nos dias de hoje aonde é possível comprar uma impressora por apenas alguns milhares de Reais posso afirmar que existe uma grande história por trás disto.

Existiram pessoas que dedicaram muito tempo e energia. Existiram pessoas que perderam casamentos, ficaram longe de filhos, mas que por amarem o que estavam fazendo mesmo quando às vezes nem sabiam ao certo do que se tratava e para aonde este mercado estava indo. Estas pessoas fizeram este mercado. Hoje está tudo mais fácil, e vejo jovens impressores e técnicos entrando cada dia mais neste mercado e fico feliz se de alguma forma também pude participar nesta história. Que por favor me perdoem aqueles que de muitas formas participaram neste processo, mas cujos nomes ou feitos não foram aqui mencionados. Espero um dia poder contar a história toda em detalhes. Mas o que posso afirmar é que se o mercado brasileiro e mundial precisa reconhecer que se ele existe é por que um homem um dia decidiu que ele era viável e trabalhou muito para isto. E foi em cima deste homem que este mercado se consolidou, mesmo aqueles que de alguma forma tiveram participação precisam reconhecer que tudo começou com ele e quero de coração agradecer não somente por ele ter acreditado no trabalho, mas por ter enfrentado todos os “nãos” que você ouviu, todos os “não vai dar certo” que a ele falaram. Foi por tua crença firme de seguir em frente com os seus sonhos que hoje temos um mercado forte. Você foi o responsável. Obrigado Valdecir Cunha por ter como você mesmo disse um dia: que o sucesso de um homem se deve não a grandes acertos, mas pelas pequenas decisões certas que toma todos os dias.

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Muitos fabricantes renomados em nosso mercado também têm muito para contar, o que nos dá a ideia de num futuro próximo, escrever um Livro sobre a história da Impressão Digital! Eles também contribuíram para nosso especial! impressoras da China, modelo Vista da marca JHF, por entender que em sua maioria o mercado buscava equipamentos de custo mais acessível do que os disponíveis na época. Naquele tempo, geralmente eram os médios e grandes bureaus que tinham condições de adquirir uma impressora jato de tinta de grandes formatos, e os pequenos tinham que terceirizar a impressão de seus materiais. No começo de 2009, percebemos que aqueles mesmos clientes pequenos, que no passado adquiriram sua primeira impressora JHF, depois as impressoras TARGA fabricadas no Brasil, também estavam crescendo de forma acelerada, e isso demandava deles uma ampliação de sua capacidade de produção e de ainda maior qualidade de impressão. Foi ele: André Kovesi (da Akad) que vendeu em 1991 a primeira impressora jato de tinta colorida de grande formato instalada no Brasil, abrindo as portas para um novo mercado com inúmeras aplicações. Há mais de 27 anos no mercado, eles ainda investem muito na prestação de serviço para dezenas de milhares de clientes que adquiriram e adquirem seus equipamentos, principalmente serviços de treinamento, suporte e manutenção. “Nas feiras e eventos do mercado temos experiências muito gratificantes, ao reencontramos clientes que começaram à muito anos com apenas um plotter de recorte, equipamento muito simples, e hoje possuem um significativo parque de equipamento e se tornaram empresários de grande sucesso. Ficamos muito realizados de poder participar deste desenvolvimento pessoal e econômica que é tão importante para o Brasil. Isto nos desafia a continuar sempre buscando soluções e novos produtos para nossos clientes parceiros.” André Kovesi, Diretor Comercial da Akad

Uma fábrica no Brasil!!! A Ampla revenda de equipamentos JHF foi oficialmente fundada em Junho de 2004. A identificação desta necessidade no mercado de comunicação visual não ocorreu por acaso, já que os fundadores da Ampla possuem um longo histórico dentro da indústria gráfica. Em 2004 a Ampla iniciou importando

A tecnologia Largamente utilizadas às impressoras jato de tinta fazem parte de nossa vida profissional e pessoal, se tornaram para muitos o significado de impressão. Estas impressoras trabalham com uma primorosa combinação entre tinta, cartucho, sistema de tinta, mídia, mecanismo de manuseio de papel e tecnologias de processamento de imagem, tudo baseado em cabeças de impressão da tecnologia piezoelétrica.

A história Tudo começou no final dos anos 70, quando a empresa atual detentora da marca, iniciou a pesquisa sobre o uso do efeito piezoelétrico para impressão, sendo lançada somente 14 anos depois, precisamente em Outubro de 1984, a primeira impressora com a tecnologia piezoelétrica para suas cabeças de impressão. Neste momento o mundo da impressão ganhava um novo capítulo, sem ainda saber o quanto esta tecnologia seria utilizada pelas novas gerações. Buscando sempre a aperfeiçoar a tecnologia em 1990, uma equipe foi criada com a missão de desenvolver uma cabeça de impressão que ultrapassasse as tecnologias a laser e jato de tinta de impressão térmica, tanto em custo quanto em qualidade e, ainda, com a possibilidade de imprimir com mais velocidade. O resultado foi uma nova cabeça de impressão de piezoelétrico, que ganhou como marca o nome “Micro Piezo”, sendo lançada em março de 1993 ao mercado. Esta tecnologia foi à base para as futuras gerações de impressoras jato de tinta.

Como trabalha A tecnologia Micro Piezo trabalha onde o volume de tinta ejetada a partir do bico pode ser controlado com precisão através da variação da carga elétrica aplicada aos elementos piezoelétrico. O que possibilita que a cabeça de impressão injete gotas de tinta de tamanhos diferentes, porém com extrema exatidão. Hoje esta tecnologia está em sua sétima geração, com precisão de injeção e qualidade final do material cada vez melhor. Entendendo a evolução da tecnologia by Anderson Clayton... A origem, para iniciar uma história é importante explicar onde nasceu esta tecnologia, afinal ela será a personagem principal do texto. Micro Piezo é uma tecnologia criada por uma empresa do mercado de impressão e teve sua origem em 1970. Para tornar a leitura agradável e facilitar a compreensão do leitor dividimos a matéria em etapas onde será explicado o que é a tecnologia, a história, como trabalha e suas vantagens.

Vantagens Versatilidade: O grande diferencial desta tecnologia, o que a torna distinta das demais de jato de tinta térmico, é o grande número de tintas que podem ser utilizadas, ampliando com isto as áreas para uso, como têxtil, sinalização externa e rótulos de embalagens. Durabilidade: As cabeças de impressão são duráveis, o que possibilitam uma operação segura durante a vida útil do equipamento. Qualidade: A tecnologia Micro Piezo comporta o controle das gotas de tinta de até cinco tamanhos, proporcionando mais nitidez nas impressões. Velocidade: Impressão rápida de imagens

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O mercado analisadas e superadas. E os fabricantes investiram em pesquisas para solucionar as limitações dessa tecnologia, melhorando a qualidade da tinta e consequentemente pontos como; aderência, brilho e flexibilidade, além de novas cores e primes (promotores de aderência) para aumentar a gama de aplicações em materiais mais complexos como cerâmica, madeira e acrílico. Problemas como entupimento das cabeças também evoluíram consideravelmente. A velocidade de impressão aumentou consideravelmente depois de 2012, com o aumento da oferta de novos equipamentos industriais UV de alto volume. A partir de 2014, focou-se muito no workflow, o que permitiu que as empresas gerenciassem melhor sua produção, integrando diferentes departamentos produtivos, desde a preparação do arquivo, impressão acabamento e distribuição.

E hoje?

por Ricardo Pi

A chegada da tecnologia UV no Brasil e seu desenvolvimento Em 2003, tivemos a instalação da primeira máquina UV no Brasil. Ainda assim, era uma máquina cara, e sua tecnologia ainda estava em desenvolvimento. Por exemplo, a impressão era fosca e a tinta não era flexível, ou seja, se aplicada numa mídia dobrável, ela ‘quebrava’. As cabeças de impressão, devido às tintas serem solvente, sempre entupiam ou se danificavam em virtude da reflexão da luz, que fazia com que a tinta secasse na cabeça de impressão. Em 2005, as empresas de pequeno e médio porte já tinham impressoras solventes e começavam a fazer frente aos grandes bureaus. Estes, por sua vez, começavam a entender que era necessário fazer coisas novas, projetos especiais, não apenas impressão, afinal isso estava se tornando commoditie. Com esse novo cenário, as grandes empresas começavam a olhar com mais atenção para tecnologia UV, a qual prometia a possibilidade de imprimir em praticamente qualquer tipo de substratos. Em 2007, veio a Lei Cidade Limpa, que motivou o investimento em mídias indoor e PDV, dando um “empurrão” à tecnologia digital inkjet UV. Isto porque, nos casos de mídias indoor ou de valor agregado, a qualidade é essencial. Essa Lei foi o grande divisor de águas e obrigou as empresas que possuíam condições a investir em novas tecnologias. Em 2009, novas opções de máquinas planas digitais UV chegaram ao Brasil, o que era uma novidade por aqui. Nos anos seguintes, com o aumento da procura por máquinas UVs, as limitações precisaram ser

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Além da qualidade e dos benefícios que já citei, há outros detalhes que farão a diferença no futuro. Cito, por exemplo, a tinta. Algumas tintas UV são totalmente livres de componentes voláteis, o que as tornam mais amigáveis ao meio ambiente e permite melhor performance; creio que isso será um dos fatores que guiará a opção pela tecnologia num futuro próximo. Também há diferenciais como uso de novas cores, novos opcionais, processos de integração personalizados para atender diversas necessidades produtivas, permitindo interligar equipamentos diferentes para se ter uma impressão mais inteligente; não podemos esquecer, ainda, o aumento de velocidade, fator essencial para acelerar a migração do analógico para o digital. Novas aplicações devem ser incorporadas, como as para embalagens. Por muito tempo, esses eram mercados que não investiam em tecnologia UV porque a tinta não era adequada a alimentos e brinquedos, por exemplo. Isso vem mudando.

Acredito que, em um futuro próximo, as empresas de impressão analógica como; offset, flexografia e serigrafia, que não migraram para o digital serão pressionadas a fazer, ou a investir em algum tipo de tecnologia que abranja esse tipo de aplicação. Aquelas empresas que não migrarem, serão cada vez menos competitivas diante das que possuem tecnologia digital e podem acabar saindo do mercado.


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IMprESSÃo EM tEcIDoS

por Edson Agostinho Nosso bate papo de hoje é sobre Sublimação e o seu significado é bem simples: capacidade que alguns corantes possuem de passar do estado Sólido para o estado Gasoso sem passar pelo estado Líquido utilizando-se calor em torno de 190°C. Fui muito direto? Acho que sim né? Aliás, isso você já sabe. Então vamos recorrer à história e deixar este assunto bem mais interessante. O processo de sublimação foi descoberto na França em 1957 por um francês chamado Noël de Plasse. Muito utilizado e em constante desenvolvimento, os processos de sublimação conhecidos eram convencionais e não envolviam tecnologia eletrônica até o início dos anos 70. Em meados deste mesmo ano, surge o primeiro computador “integrado” com uma impressora “sublimática”, que foi desenvolvido por Wes Hoekstra como uma aplicação do seu trabalho de processamento de imagens no laboratório na Jet Propulsion em Pasadena (California, EUA) Wes Hoekstra foi então considerado o “pai” da sublimação como processo de impressão digital. (via computador) Seu trabalho deu

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início ao desenvolvimento a outro projeto chamado sublimação eletrostática no início dos anos 80. inicialmente a impressão por sublimação eletrostática só era viável se aplicado para produzir uma grande quantidade de impressões, devido ao seu alto custo de preparação e equipamentos. Mas mesmo assim este tipo de impressão foi se tornando cada vez mais utilizada e com o tempo passou a ser mais acessível (mais barata). Diante dessa nova forma de impressão, começaram a se fazer cilindros com tintas sublimáticas e até toners, permitindo que impressoras a laser fossem capazes de imprimir com tintas sublimáticas, porém apenas com uma cor, ou com poucas cores. Com o tempo foram surgindo novas impressoras lasers coloridas capazes de produzir imagens transferíveis eletrostaticamente. No início da era da “computação moderna”, quando as impressoras matriciais eram a tecnologia predominante, algumas fitas especiais eram “impregnadas” com algumas partículas sublimáveis para enfim dar início ao processo de Termo Transferência Monocromática. Com a introdução das impressoras jato de tinta coloridas nos anos 90, tintas sublimáticas foram formuladas para trabalhar com vários modelos de impressoras de escritório, tornando possível para qualquer pessoa criar transferências por sublimação sem a necessidade de investir em equipamentos caros. Usando uma impressora relativamente barata e com poucas adaptações, um computador e uma prensa térmica, qualquer pessoa podia produzir impressões coloridas rapidamente. Como resultado final vimos uma rápida conversão de processos de impressão analógicos para digitais e a transição de um mundo de produção em massa para um mundo de customização e personalização. Em 1998, com a chegada de fabricantes de plotters no Brasil, eu comecei a conhecer mais sobre o mundo da impressão DYE, mas já com um olho no mercado de DYE SUBLIMATION. Em 2002, com o boom das impressões Solvente para o mercado de comunicação visual, muitos deixaram o mundo DYE e

se dedicaram integralmente à febre da época, onde se podia vender lonas, vinis, tintas e máquinas a preços atraentes aos fornecedores. Por sua vez, o mercado gráfico aderia ao crescimento da sublimação e investia pesado no Off-Set sublimático. Aproveitando o gancho, as chamadas gráficas rápidas aderiam de vez ao mercado de comunicação visual e o volume de trabalho crescia alucinadamente. Com bases sólidas na comunicação visual, mas sem perder o foco na sublimação, vi nascer uma linha de equipamentos que iria ser a precursora do mercado de impressão digital têxtil no Brasil e também a pioneira no mercado de sublimação. Em 2005, com oportunidades batendo por todos os lados, tive a grande chance de conhecer o cliente que até hoje é conhecido como o “Pai” da sublimação no mercado de comunicação visual e por minha sorte, até é tenho o prazer de tê-lo como meu cliente. Com esta visão e experiência, entendendo as necessidades do mercado, em 2007 nascia a Fix Impressoras, uma empresa especializada em impressão digital têxtil e com um vasto conhecimento em sublimação. A maioria dos clientes da época viam dificuldades em papéis de sublimação, tintas que causavam problemas, tecidos que aceitassem sublimação, calandras e prensas que fossem estáveis e a Fix foi atrás de aprender tudo isso, para então iniciar seus trabalhos como empresa consultora para o mercado de sublimação.

resumindo, vimos as tecnologias de sublimação crescer mais em 10 anos do que em 50 e para comparar vamos analisar esses dados: em 2005, as impressoras digitais tinham velocidades médias de 25 metros quadrados por hora e passados apenas 10 anos, falamos hoje de equipamentos que vão de 200 a 4000 metros quadrados por hora imprimindo digitalmente. O que aprendemos ao longo desses anos todos? Aprendemos que a tecnologia sempre vai dar um jeito de evoluir independente do processo envolvido ser ou não evolutivo. E assim termino por aqui essa fantástica história sobre a sublimação, deixando registrado um pouco do que aprendi, um pouco do que vivi e um pouco do que construí.


E SEGUNDo A cAroL, DA MEtALNoX: Localizada em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, a Metalnox iniciou suas atividades em 1982. Começou sua trajetória fabricando calhas de chuva e peças especiais para as residências e empresas da cidade e região. Desde o início das atividades, a empresa comandada pelo empresário João Pereira, estava focada na inovação e visualizava a necessidade da fabricação de novos produtos para poder expandir seus negócios. Em 1986, após a aquisição de uma pequena fábrica de máquinas têxteis, a Metalnox iniciou a fabricação de máquinas em aço inox, para tinturarias. Seguindo seu perfil de expansão, a empresa incorporou novos produtos a sua linha. A Metalnox passou a fabricar mesas térmicas e Polimerizadeiras para estamparia. Ao completar 10 anos de existência a fábrica de calhas foi vendida e a empresa passou a dedicar-se exclusivamente a fabricação de equipamentos direcionados a estamparia. Para atender a forte necessidade do mercado têxtil, em meados da década de 2000, a Metalnox precisou adequar suas linhas de equipamentos, desenvolvendo e fabricando equipamentos exclusivos para o processo de sublimação. A técnica de sublimação, em alta no mercado, fez com que a empresa adequasse também os tamanhos das formas térmicas das suas linhas de equipamentos, tanto automáticos quanto manuais. A aspiração por desenvolver e fabricar impressoras digitais veio através da própria evolução natural do segmento têxtil com o surgimento de novas tecnologias para estamparia e por desejo de completar o processo industrial do cliente, entregando a solução completa desde sua impressão até a estampa no tecido. A Metalnox se torna então a primeira empresa da América Latina e a terceira do mundo a desenvolver e fabricar uma impressora digital para estampa direta em tecido a nível industrial.

SUcESSo DA LÁtEX As impressões sem cheiro e a secagem instantânea são mais algumas das características que fizeram a tecnologia se destacar na época. Enquanto com impressoras à base de solvente era necessário aguardar a evaporação do solvente para poder laminar ou instalar um impresso, com a tecnologia Látex bastava tirá-lo da máquina e seguir para a laminação ou instalação. Como o recomendável pelos fabricantes de vinil é aguardar pelo menos 24 horas para que haja a evaporação completa do solvente nas impressões solvente, com HP Látex era possível diminuir o prazo em pelo menos um dia, permitindo entregar o serviço antes ao cliente final. E o fato das impressões látex não possuírem cheiro permitia que fossem instaladas em qualquer ambiente imediatamente após a impressão.

Entre 2012 e 2013, mais de quatro anos depois da HP ter lançado a tecnologia Látex no mercado, dois fabricantes de equipamentos com solvente lançaram suas primeiras máquinas com tecnologia látex. Um sinal de que outros fabricantes também estavam enxergando a tendência de mercado por tecnologias limpas e percebendo a diminuição da aquisição de equipamentos com tecnologia solvente, principalmente em países com regulações ambientais mais rígidas. Hoje, oito anos depois de sua introdução, a tecnologia HP Látex encontra-se em sua terceira geração de impressoras e possui oito equipamentos disponíveis em seu portfólio.

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DE VoLtA pArA o FUtUro

FLÁvio hiRata, Engenheiro Eletrônico, Físico e Mentor de Novas Ideias, dá seu toque especial para finalizar nosso especial Caramba! Na pressa, deixei para fazer isso na hora de almoço, e esqueci.. Restam somente 30% de carga nas baterias do carro. Meu HCMSi, Home&Car Manager System avisa: - Queijo vencido na geladeira. (já ouviram falar na internet “das coisas”? Pois é...) “Cerva” gelada pra relaxar sexta à noite...já era. Acabou. Pior ainda: Cotas mensais - o cálculo é diário, e a tarifa triplica se a “cota” estourar no final do mês - estão “ estouradas” em 15%. Água e energia elétrica, para o período de 12 dias excederam meu limite em 15%. Acho que vou comprar mais células fotovoltaicas.... Por enquanto, o jeito é tomar banho de goteira,

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e economizar ainda mais energia elétrica. Mas, pelo menos semana que vem, dou uma relaxada: Carnaval! Mas hoje, terei que enfrentar transito “zoado” e mercado lotado. A caminho de casa, paradão no trânsito, aproveito pra assistir o desfile das Escolas de Samba Shangai: Não imaginava que os “chinas” tinham tanto samba no pé! Imagem, seria um outdoor, mas o termo é inadequado. Gigante, holográfica, projetada no céu em 3D por 3 drones (RGB) sincronizados. Lasers projetam as imagens, a dinâmica e sensação de dimensão espacial, infinita são sensacionais! Se quiser ouvir o áudio, é só “logar” no CIC - Car Info Center e curtir a imagem no céu e sonzão surround no “carango”. Poxa, esse negócio de Outdoor 3D é mesmo bem legal. Incrível mesmo é lembrar que até 2015 existiam painéis tipo “ billboard” com leds e até mesmo, lampadinhas. E, inacreditável, painéis impressos em lonas vinílicas! Quanta energia elétrica consumiam! E quanto material de difícil reciclagem, lona vinílica - PVC com fios de poliéster eram produzidos. Pesquisei o assunto pois sou especialista e EO - Energy Optimization - e verifiquei que somente na Rede CarreMart, cada loja tinha em média 60 telas planas. Cada uma consumindo 0.20 watt por centímetro quadrado. Cerca de 100 watts por tela de 40 polegadas, isso as de baixo consumo. 6.000 watts no minimo, por loja, dia e noite noite e dia! Menos mal, instalaram nas lojas, células fotovoltaicas - o custo caiu 400% em relação a 2015 - para ajudar, mas finalmente, “caíram” na real: Descobriram

que imagens impressas em papel são o canal! Simples, Baratas e de altíssima qualidade visual. 100% reciclável. Trocas diárias, até imediatas graças a novos sistemas de instalação super leves e simples. Apenas 20 watt para imprimir uma folha tamanho cartaz! E, quem diria, como a décadas atrás, cartazistas! Mais gente trabalhando, um trabalho legal e bonito de fazer. Bom, estou no carro, a caminho de casa. O rastreador do CarreMart já me detectou, privacidade tá complicada. Levaram anos, mas aprenderam como usar o tal do “big data”. Sabem onde moro, onde trabalho, quanto gasto, o que consumo, onde almoço, onde janto, onde quero ir nas férias, o que como, quais lojas frequento, quem são meus amigos. Privacidade foi pro ralo. Mas, por outro lado, sinto-me vigiado, mas seguro. Será que vale a pena ser assim invadido, para sentir se mais seguro? Quem sabe, um dia desligo tudo e vou morar no meio do mato, e sem sinal!!! Seja lá como for, o CarreMart “sabe” que estou próximo da loja. “Sabem” que estou de geladeira vazia e com pouca bateria no carro. Então, já avisam no meu CIC - Car Info Center: - “Promoção Especial Personalizada! Reabasteça sua geladeira e despensa e ganhe 1.000 watts de carga para seu carro.” Gostei! Vou nessa! E entro no CarreMart, apesar de sentir me um mero “ cookie” na mão de um super “BigBrother”. Voltando ao presente, ooops, ao passado da história recente de nosso mercado. Ano: 1998. Nomes / marcas que lembro e considero referenciais: NovaJet Encad, Mimaki JV7, Tektronix Phaser, HP 5.000/10.000. Impossível lembrar e citar todos e tantos pioneiros, mas lembro bem de alguns, que irei citar: Andre Kovesi, AKAD. NovaJet e HP Tuca Telles, ALLSIGNS. Mimaki, recorte e


printers com Orange e Green e printers HP. Wilson Matheus, DIGIGRAF. Tektronix Phaser e hP Eu, na CAS Suprimentos com Tektronix Phaser. A mídia impressa: Papel. A tinta: Base agua (cera na Phaser) OK, ok, haviam problemas: Cor baixa, dispersão da tinta, amolecimento do papel, baixas velocidades, a baixa resistência à agua, filme de laminação, mas papel e água são bem “eco e green”, correto? Só que as palavras ECO, Green e Sustentabilidade ainda estavam em “gestação”. Quero fazer dois destaques : Impressora Michelangelo é o primeiro: Eram compostas por 1 quadro XY, grande, coisas de alguns metros na horizontal e vertical, cabeçotes de impressão tipo micro aerógrafos, resolução não lembro bem, acho uns 20 ou 30 dpi. Encostava-se a impressora na superfície a ser impressa e imprimia! Os cabeçotes eram micro aerógrafos, não cabeças piezoelétricas. Já já contarei a vocês um pouco sobre o surgimento das “ piezos”. Tuca, Allsigns tinha uma Michelangelo (tecnologia japonesa) em SP, alí na Lapa. Durst, Lambda também tiveram seu grande momento, e são meu segundo destaque. Em que pesem as limitações de largura do papel filme, e a necessidade de pós processamento químico, são ainda hoje referência em qualidade de impressão. Camera Press, Fusão, Fostosfera, IBIZA, entre outras Empresas líderes foram pioneiras. Lembro também da Laborgraf, que usava equipamento similar, de outro fabricante, cujo nome eu esqueci... E, por favor, os que omiti, ou misturei, me perdoem, nada intencional. Ivan Minguini, pioneiro na área de foto impressão em comunicação Visual sabe tudo a respeito das Lambda. Continuando: Micro aerógrafos. Eletrostáticas. A tecnologia de Grandes Formatos evolui e com ela, começa a “virada” na Mídia Exterior.

Anos 1995 até 2000. Uma vez mais, e certamente pecando por algumas omissões, quero citar Empresas e Marcas relevantes neste processo. Xerox, Vutek e SignTech foram as referências. Recordo agora, algumas empresas, estruturando já com perfil de Bureau de Grandes Formatos Bureau Bandeirante (NeoBand) , Plamarc em SP.Em Curitiba , F9, com uma eletrostática, Cromax e Macromidia. No Rio, a Rotative Color. Em Brasília, o nome me escapou, mas tiveram grande importância neste mercado. Talvez alguns se recordem da MMT. E, cito também a MegaArtes. Que tal uma impressora para grandes formatos, a tambor, desenvolvida com exclusividade para a MMT, e que mais parecia uma roda gigante de tão grande? Foi o que a MMT, possivelmente a maior Empresa de Mídia Exterior do mundo naquele momento, trouxe para o Brasil. O fabricante “segredo” era a Gerber, sim a Gerber, aquela pioneira das plotters de recorte com remalina. Essa tal remalina era uma perfuração nas bordas, tipo formulário contínuo mas patenteada pela Gerber. Aqui, vendeu pouco, lá fora, muito. É meus caros, os gringos são muito bons em ter ideias melhores e ainda em ganhar muito dinheiro com elas. De novo, perdoem, mas poxa, meu acesso de memória é em fita magnética, demora um pouco. A partir de 1998 - 2000, aí sim, começa a grande “virada”. Piezoelétricas chegam com força. 200 DPI, logo em seguida, 360 DPI reais! Maior resolução, e velocidades bem maiores. Fabricantes nacionais de adesivos, papeis, lonas, investem e se posicionam. E as tintas solventes chegam junto com as “ piezo”, trazendo implicações boas (simples) e ruins (vapores pesados) desta tecnologia, que evoluiu e permanece até hoje. Algumas Marcas/Produtos referenciais deste momento: SignTech, Vutek, Arizona, NUR. Perdoem a “ escapada” do roteiro proposto. Mas, você e os leitores da GF vão perceber que existem razões para esta Volta ao Futuro. A primeira delas é que temos 5 sentidos. Mas, a maioria das mensagens e estímulos nos chegam pela visão. Então, aconteça o que acontecer, sejam

quais forem as mídias e tecnologias, nosso segmento, Comunicação Visual continuará existindo e crescendo. A segunda razão é a busca por materiais e processos cada vez mais verdes. Papel é uma mídia reciclavel, abundante e barata. E, a água, sabemos é o solvente universal. Zero toxidade, barata em relação a seu valor inestimável. Acho que um certo “dejavu” caberia muito bem, por isso, dei esta ênfase à impressão digital de cartazes em papel. Faltou contar mais sobre Serigrafia em Grandes Formatos, mas é um capítulo à parte. A intenção aqui foi de informar, lembrar tecnologias e pioneiros corajosos, vencedores de muitas lutas. E, trazer uma reflexão sobre o que aconteceu a muitas empresas ao longo de, digamos, duas décadas.

por enquanto, vou concluir dizendo que para nos prepararmos para o futuro e vivermos melhor o nosso presente são necessários: Humildade para aprender com as lições do passado, pés no presente, coração nas necessidades das pessoas, olhar para o futuro. E, fica este registro: No uso destas então novas tecnologias, nós brasileiros estivemos “na ponta”. Equipamentos, Bureaus (Birôs se preferirem) trabalhando muito e bem. E, conheci empresas, muitas ao longo destes anos, nos EUA, México, Venezuela, Colômbia, Argentina, Chile, Uruguai, Alemanha, Holanda, Áustria, Itália e até na Eslováquia. No que diz respeito à qualidade, estamos, ou pelo menos estivemos, antes do mergulho catastrófico pelo qual estamos passando, fomos “ pau a pau”, ou melhor que a maioria delas. Siempre adelante! E um ótimo 2016 a todos nós.

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méDia De FuncionÁRios

8 por empresa Foco PRinciPaL cV tradicional

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rEGIÃo NortE EQuiPAmENToS iNSTALADoS

2 por empresa micropiezo 1 por empresa uV 2% mesas de corte 29%

Piezoeletricos

Latex 5%

iNTENÇÃo DE ComPrA

40% uV 10% mesas de corte 34% micropiezo


rEGIÃo cENtrooEStE

méDia De FuncionÁRios

9 por empresa

EQuiPAmENToS iNSTALADoS Piezoeletricos micropiezo uV

2 por empresa

cV tradicional

2 por empresa

30%

mesas de corte Latex

Foco PRinciPaL

20%

iNTENÇÃo DE ComPrA

80%

micropiezo uV

10%

30%

mesas de corte

30% R E V I S TA G F • Fe v e r e i r o 2 0 1 6

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rEGIÃo NorDEStE EQuiPAmENToS iNSTALADoS Piezoeletricos micropiezo uV

2,5 por empresa

3 por empresa

14%

mesas de corte Latex

40%

11%

17 por empresa Foco PRinciPaL cV tradicional Fe v e r e i r o 2 0 1 6 • r E V i S TA G F

14% micropiezo 21% uV 26% mesas de corte 17% Latex 24% Piezoeletricos

méDia De FuncionÁRios

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iNTENÇÃo DE ComPrA


rEGIÃo SUDEStE

EQuiPAmENToS iNSTALADoS Piezoeletricos micropiezo uV

1 por empresa

2 por empresa iNTENÇÃo DE ComPrA

49%

mesas de corte Latex

26%

77%

micropiezo uV

31%

34%

mesas de corte

41%

méDia De FuncionÁRios

11 por empresa Foco PRinciPaL PdV-decoração

R E V I S TA G F • Fe v e r e i r o 2 0 1 6

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rEGIÃo SUL EQuiPAmENToS iNSTALADoS Piezoeletricos micropiezo uV

2 por empresa

1 por empresa

39%

mesas de corte

Gostou da matéria? Dê a sua opinião! Envie suas impressões sobre esta matéria para faleconosco@grandesformatos.com, com seu nome, empresa, Cidade e Estado, ou ligue para: (41) 3023-4979

Latex

28%

iNTENÇÃo DE ComPrA micropiezo uV

36%

41%

mesas de corte twitter.com/revistaGF Facebook.com/revistagf

67%

Latex

25%

39%

méDia De FuncionÁRios

18 por empresa Foco PRinciPaL cV tradicional-PDV


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Akad apresenta a Novajet UV FRT3116

Impressora de Grande Formato conta com cabeças Ricoh Gen5 A impressora de grande formato modelo Novajet UV FRT3116 é mais uma novidade trazida pela AKAD para completar seu portfólio de equipamentos com robustez e capacidade industrial. A Novajet UV FRT3116 é um equipamento com alimentação de base plana (cama plana) ou de rolo a rolo, com nível de qualidade da impressão ajustável, possui modos de impressão desde 600 dpi X 600 dpi a 600 dpi X 900 dpi. O tamanho máximo de impressão de materiais rígidos é de 3,1 m por 1,6 m ou mídias flexíveis em bobinas de até 2,5 m de largura (largura útil de impressão nas bobinas também de 2,5 m), pode-se imprimir a uma velocidade de 40 m²/h – no modo 600 dpi X 600 dpi com 4 cabeças Ricoh Gen5. Este modelo de impressora

continua a oferecer a mesma equação encontrada nos demais modelos da linha Novajet UV, ou seja, alta capacidade a um custo competitivo. O equipamento UV FRT3116 oferece a possibilidade de configuração com 4 ou até 7 cabeças de impressão, esta escolha deve ser feita pelo cliente no momento da compra. Dependendo do número de cabeças de impressão, o equipamento trabalha com 4 cores (CMYK) ou 6 cores (CMYK LcLm), opcionalmente branco e verniz, a temperatura e voltagem das cabeças de impressão pode ser controladas via software. A espessura do material rígido a ser impresso pode variar de 1 mm a 100 mm, e a tecnologia de impressão é piezo elétrica com sistema de cura por lâmpadas UV. Essa impressora também dispõe de reservatório de tinta que pode ser reabastecido durante o processo de impressão.

A Novajet UV FRT3116 pode realizar impressões variadas em diferentes tipos de materiais, como: vidro,

acrílico, chapa de espuma de PVC, cerâmica, painéis com compostos a base de alumínio, placas corrugadas, metais, madeira, MDF, papéis de parede, vinil, tela e couro. Dependendo do material, não há necessidade de tratamento especial dessas superfícies – recomendamos sempre testar antes para ver quais materiais precisam de pré-tratamento e ou pós-tratamento. Os consultores especializados da AKAD podem fornecer mais informações sobre esse equipamento e suas possíveis aplicações em diferentes nichos de mercado.

Contato 3829-7700 | akad.com.br info@akad.com.br Fonte: Akad

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