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Escritas
Escritas Por 9ºB
Vou falar um pouco sobre o coronavírus, Pois é um assunto muito divulgado E ainda não há um antivírus Que alguém tenha inventado.
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Isto é uma coisa muito grave E há pessoas que não têm noção, Umas trancam-se na cave E outras vão para ao pé da multidão.
Mas há algo que não consigo perceber, É o facto de comprarem papel-higiénico, E não alguma coisa para comer.
E, para terminar, um pequeno conselho: Fica em casa e não saias da tua zona Isto claro, se não quiseres apanhar corona.
Gabriel Pereira
Escrevo hoje um pouco, Em vez de ir ao cinema. Tenho estado a dar em louca Por estar de quarentena.
Estes dias parecem um dilema, Até estendo a toalha no quintal Em vez de estendê-la na praia do Carvalhal.
Escrevo hoje um pouco, Em vez de estar com os meus amigos. Mas sei que assim não corro o perigo De dar de cara com o inimigo.
Andreea Andronic
Este vírus chegou Sem ninguém esperar, Mandou-nos para casa, Sem tempo de pensar.
Deixaram-nos confinados Mais tempo do que alguém iria imaginar, Já passaram três meses E não vejo a hora de isto acabar.
Dizem por aí Que a vacina está a chegar. Será daqui a um ano Ou estão-nos a enganar?
Ouvi dizer que em setembro A escola vai começar. Não vejo a hora de saber Se isso se vai realizar.
Bem, malta, Por agora já chega, Tristezas não pagam dívidas E esta é uma certeza.
Fiquem alegres Que isto tudo irá passar, No mês de setembro Devemo-nos reencontrar.
Luísa Mendes
Escritas
INFÂNCIA
-Eduardo, avisa-me quando o balde estiver cheio, ok? E eu, como sempre, não respondi nada, o que a minha mãe aceitou como um sim. Passaram alguns minutos e, após ver milhentos episódios de um desenho animado qualquer, começou a dar-me uma vontade enorme de comer qualquer coisa; para isso tinha que levantar-me, o que para mim era considerado uma tarefa impossível, mas eu sabia que na vida temos que fazer sacrifícios. No momento em que me levanto e coloco os pés no chão, eu senti os meus sapatos todos molhados. -Oh não, esqueci-me completamente de avisar a minha mãe sobre o balde! Eu entrei em pânico e decidi desligar a torneira e correr o mais depressa possível para a casa da minha avó, porque na altura éramos vizinhos. Quando cheguei a casa da minha avó, nem deixei que ela me cumprimentasse e disse logo: -Avó, leva-me para o parque, por favor! E a minha avó, sem perguntar porquê, levou-me logo lá. No momento em que entrei no parque, senti-me seguro, mas eu sabia que este sentimento de segurança não duraria por muito tempo. Enquanto eu baloiçava no baloiço, avistei uma figura de uma mulher a andar na minha mesma direção, percebi que era a minha mãe e ela parecia zangada, e muito. Entrei em pânico. Quando a minha mãe chegou ao parque, começou a gritar comigo, e agora, enquanto escrevo, compreendo totalmente a razão pela qual a minha mãe fez isso. Desde esse horrível dia, aprendi que tenho que prestar mais atenção ao que está ao meu redor (o que ainda hoje não está a dar resultado nenhum) e também descobri o que era e como se sente um puxão de orelhas.