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Dossier temático "A Minha Rua"

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Escritas

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maio de 2021 | 24.ª Edição

Grand’olhar

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Dossier Temático

A Minha Rua

Trabalhos realizados no âmbito da disciplina de Sociologia do 12º ano.

A minha rua é uma rua com histo ria. É um O lotéaménto ém si, pélo qué mé foi dito, é sí tio pélo qual passo todos os dias. Por mé- récénté é na o ha muitas diférénças fí sicas do nos importa ncia qué lhé dé no méu dia-a- antés para o agora. dia, a vérdadé é qué vér a minha rua é comu- A minha rua diféré das démais, porqué, a nicar com os méus vizinhos tém sido, ao lon- méu vér, acaba por sér muito mais qué uma go dos méus 17 anos dé vida, parté da minha simplés rua. O bom ambiénté é a boa rélaça o rotina. o qué tém vindo a sér construí da ao longo A minha rua situa-sé no Bairro das dos anos éntré praticaménté todos os qué Amoréiras, qué fica a aqui moram na o é algo assim ta o comum. No cérca dé 3km do qué toca a vida ém comunidadé, a éntréajucéntro da vila dé da é a caractérí stica qué mais sé déstaca na Fonté: A pro pria Gra ndola. “Rua minha rua. Houvé, uma véz, ém minha casa

Francisco dé Paula Fraya o um probléma com as canalizaço és da a gua é Météllo” é o séu nomé é pérténcé a um ja éra rélativaménté tardé para récorrér a capita o-mor dé ordénanças dé Gra ndola qué um profissional, o méu pai, com a urgé ncia vivéu éntré os anos dé 1767 é 1828. As da situaça o, décidiu pédir ajuda a um vizinordénanças constituí ram o éscala o ho é graças a élé o assunto résolvéu-sé. Ésté térritorial das forças militarés dé Portugal é apénas um dos inu méros éxémplos qué éntré o sé culo XVI é o princí pio do sé culo podéria dar. XIX é foram priméiraménté impléméntadas Considéro a minha rua moviméntada. Logo por D. Manuél I. Os oficiais das ordénanças cédo, trocam-sé os éram désignados pélas ca maras municipais “bons-dias” habituais até 1707, ano ém qué os capita és-morés dé quém sé cruza dé passam a sér éscolhidos pélos govérnadorés saí da para o émprégo. das armas. As ordénanças acabaram por sér A méio da manha sa o as carrinhas dé vénda éxtintas no ano dé 1823, na séqué ncia da ambulanté as protagonistas da rua, ouvémcriaça o da Guarda Nacional, qué dépois da sé as buzinas é saém as vizinhas mais idosas implantaça o da répu blica déu origém a para comprar o pa o do dia. Po é-sé na Guarda Nacional Républicana. convérsa, géralménté ésta o pérto da janéla Francisco dé Paula Fraya o Météllo vivéu do méu quarto é acordo a ouvir as num édifí cio localizado na Rua Vaz Pontés, novidadés qué trocam éntré si. Diria qué sa o qué é considérado uma das mais quasé como um déspértador para mim. A importantés casas nobrés da vila dé tardé, quando volto a casa, é hora dé ir Gra ndola. Foi uma résidé ncia dé famí lias da passéar o méu ca o é, énquanto ando péla govérnança local é Francisco dé Paula rua, vou cumpriméntando os démais déstacou-sé énquanto propriéta rio por tér vizinhos: uns a chégar, outros a régar as mandado colocar na fachada do édifí cio o plantas, outros, tal como éu a passéar os brasa o qué lhé foi outorgado ém 1780. séus animais, outros simplésménté a Como éu référi, a minha ruaé uma rua com convérsa. histo ria, mas com histo ria para mim é ém Ésté éspaço funciona ésséncialménté como térmos da jornada qué aqui ténho passado. dormito rio séndo qué na o sé éstabélécé

Fonté: A pro pria

comé rcio ou qualquér outro sérviço aqui, alé m da vénda ambulanté qué référi. A minha rua tém um grandé significado para mim. Foi néla qué fiz as priméiras amizadés qué acrédito lévar para o résto da vida. Tinha éu 7 anos quando por um Fonté: A pro pria éspréitar éntré os muros conhéci duas vizinhas qué viviam a uma casa dé dista ncia dé mim. Ém pouco témpo torna mo-nos insépara véis é considéro qué a minha casa ja éra délas é vicé-vérsa. As mélhorés mémo rias qué guardo da minha rua sa o dos dias (é noités) qué passa vamos a brincar, a corrér, a andar dé bicicléta, étc. Por mais banal qué na altura parécéssé, hojé ém dia pércébo a félicidadé qué isso mé trazia. Réflétir sobré a minha rua foi algo qué nunca tinha féito, mas qué mé féz tér outra pérspétiva sobré a mésma é sobré a forma como as péssoas qué nos rodéiam té m influé ncia na nossa réalidadé social.

Joana de Matos Dias Nunes, 12.ºC

A minha rua

“Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.”

Alberto Caeiro

Nome do bairro: Bairro da Tirana Nome da Rua: Rua General Humberto Delgado (nome dado em homenagem ao militar português da Força Aérea, Humberto da Silva Delgado, que corporizou o principal movimento de tentativa de derrube do regime salazarista. Ficou popularmente conhecido como “General sem Medo”)

O méu nomé é Catarina,é para falar da minha rua ténho dé falar um pouco da minha vida, pois as duas compléméntam-sé. Ha 56 anos atra s nascéu o méu pai, a sua casa éra numa péquéna aldéia conhécida como “Bairro da Tirana”.

Porque se chama Bairro da Tirana?

Falar do Bairro da Tirana é també m falar dé um morador, o sénhor Ju lio Palma, é da histo ria dé um réstauranté. A priméira propriéta ria é bisavo do Sr. Ju lio chamava-sé Adélaidé Tirana. Naquéla é poca éra normal atribuí rém o nomé dos propriéta rios a s fazéndas.

Como começou o restaurante “O Cruzamento”?

O Sr. Ju lio Palma résolvéu aqui abrir uma tasca com a licénça qué éxistia dé uma outra qué o séu pai tinha no bairro do Isaí as. Mais tardé,é por motivos dé zanga familiar, é qué o Sr. Ju lio foi régistar a sua Tasca na Ca mara Municipal dé Gra ndola. Apo s légalizada passou a chamar-sé “Tasca Popular”. Tudo coméçou com uma tasca, ondé sé véndia pétro léo, péças ém vérga é loiças dé barro, é éxistia ainda uma adéga. Mais tardé abriu també m uma mércéaria, das poucas qué éxistiam na zona. Véndia-sé um pouco dé tudo, na adéga fazia-sé o vinho é provavam-sé uns pétiscos féitos péla propriéta ria,

sérvidos numas mésas corridas qué la éxistiam. Éra aqui també m qué as péssoas vinham buscar o corréio. Muitas vézés a propriéta ria lia é éscrévia as cartas porqué alguns dos habitantés na o sabiam lér ném éscrévér. Éra assim qué sabiam notí cias dos séus familiarés, muitos délés émigrados na França. Aqui a élétricidadé qué éxistia éra conséguida atravé s dé um gérador qué funcionava a gasolina. Para a tasca, o Sr. Ju lio comprou a priméira télévisa o aqui da zona. Vinham péssoas dos montés pro ximos é da aldéia para vérém télévisa o. Os homéns gostavam dé ficar até tardé a jogar a s cartas é a bébér. Quando ja ia péla noité fora, o Sr. Ju lio désligava o gérador é dizia qué ja na o tinha gasolina para qué os cliéntés fossém émbora. As bébidas éram colocadas déntro dé um saco dé rédé é postas no intérior dé um poço, para assim sé véndérém fréscas. Alguns anos mais tardé, é ja com mais algum dinhéiro, os propriéta rios coméçaram a fazér algumas modificaço és. No sí tio ondé éxistia a adéga féz-sé uma sala é assim coméçaram a véndér mais uns pétiscos. Aprovéitaram també m o éspaço éxtérior éxisténté a frénté da adéga, colocando as mésas corridas qué ja éxistiam débaixo dé umas parréiras, ondé a tardé as péssoas vindas do trabalho gostavam dé lanchar. Da tasca féz um café é aos poucos foi conséguindo mais cliéntéla. Mudou o nomé para “Café -réstauranté, O Cruzaménto” qué ainda hojé sé manté m. Acéitou, ém prol dos vizinhos, qué fossé aqui instalado o priméiro téléfoné pu blico déntro do séu café , ondé as péssoas das rédondézas vinham téléfonar é récébér chamadas dos séus familiarés. Comprou també m o priméiro aparélho dé médir a ténsa o a qué os vizinhos récorriam quando précisavam. No café , trabalhava també m a D. Cida lia, qué éra a résponsa vél pélo aparélho é énsinava a s péssoas mézinhas para baixar ou lévantar a ténsa o artérial, é bénzia, ainda, do “golpé dé sol”. Mais tardé, com a ajuda da patroa, a D. Cida lia tornou-sé cozinhéira é invéntora dé muitos pratos ainda hojé sérvidos no réstauranté. Postériorménté, o Sr. Ju lio décidiu voltar a fazér obras é acréscéntou uma sala, mas mantévé as parréiras porqué as péssoas gostavam dé comér la débaixo. Passado algum témpo, modificou dé novo a sala, tirando as parréiras é ficando apénas com o poço

Fonte: A própria qué éxistia na rua, fazéndo assim a sala qué ainda hojé éxisté. Foi, assim, um homém qué conséguiu dé alguma forma ajudar os vizinhos é dar moviménto a aldéia, ainda hojé conhécida como “Bairro da Tirana”. Os vizinhos quiséram homénagéa -lo é criaram uma travéssa com o séu nomé.

O que torna a minha rua especial?

O qué torna a minha rua diférénté das démais,é é por isso qué tém um significado muito éspécial para mim,é a libérdadé qué ésta nos da . Séndo a casa da minha infa ncia, sa o va rias as mémo rias é récordaço és qué ténho para contar é qué dificilménté mé iréi ésquécér, tais como: quando tinha pouco mais dé dois anos, abri uma porta com uma féchadura qué até os adultos tinham dificuldadé ém abrir é fui para o méio da rua. Os méus pais

éstavam muito préocupados, até qué um vizinho mé éncontrou é lévou-mé dé volta para casa. Outras histo rias posso contar, a priméira acontécéu por volta dos méus 5/6 anos quando éu é o méu irma o décidimos ir viajar, dando voltas péla aldéia num carrinho élé trico qué tí nhamos, sém dizér nada aos nossos pais. A ségunda quando résolvi tirar uma mélancia razoavélménté grandé do frigorí fico é déixéi-a cair é, como é facilménté imagina vél, a casa ficou uma “chafurdicé”. Como é ramos péquénos é na o quérí amos assumir as résponsabilidadés, éu é o méu irma o fugimos péla aldéia fingindo qué ésta vamos numa sé rié policial.

A arte na minha rua

O tipo dé arté qué a minha rua albérga é algo ru stico é simplés (casas tipicaménté aléntéjanas, pintadas dé branco é com barras azuis ou amarélas). Contudo, a acumulaça o dé lixo féita, fréquéntéménté, sai da harmonia do bairro. Isto acontécé dévido ao pouco intéréssé da Ca mara dé Gra ndola para com péquénas localidadés fora do céntro da vila, ém réalizar a récolha dé lixo sémanalménté é ausé ncia dé varrédorés ou carros vassoura.

Funções da minha rua

A rua na o é déstinada ao comé rcio local (éxcluindo o réstauranté), podé dizér-sé qué a sua funça o principal é a dé dormito rio, vistoqué os habitantés qué néla vivém é ainda trabalham, na o o fazém na aldéia. A maior parté dos habitantés da aldéia é populaça o idosa, é por isso passa muito témpo déntro dé casa ou péla rua. É uma rua éstréita, colorida é féita dé histo rias das péssoas, péssoas éssas qué també m fazém parté da histo ria da aldéia, uma aldéia ém qué as palavras “libérdadé” é “émpatia” na o passam déspércébidas. No contéxto da comunidadé é das rélaço és sociais, désénvolvé-sé uma ligaça o dé famí lia. É com facilidadé qué comunicamos uns com os outros é téntamos ajudar naquilo qué podémos. Sa o va rios os moméntos ém qué a éssa éntréajuda é sémpré bémvinda: quando algum vizinho analfabéto précisa dé ajuda para lér uma carta ou ésta com problémas dé intérféré ncia nas rédés dé comunicaça o, ou até quando précisamos dé coéntros ou salsa, ou como acontécéu quando coloquéi uma bola no nariz é tivé dé ir para as urgé ncias com a minha ma é, qué na o téndo mais ningué m ém casa para ficar com o méu irma o,déixou-o com os vizinhos da frénté. Ém rélaça o a atividadés conjuntas, ém datas comémorativas como o dia das bruxas, todas as crianças é jovéns do bairro juntamsé é batém dé porta ém porta péla aldéia. No dia 1 dé maio, tí nhamos a tradiça o dé ir para o campo, comémorando assim o Dia do Trabalhador. Para términar, déixo aqui o antés é o dépois da minha rua, séndo a priméira foto tirada pélo méu pai é a ségunda por mim, 37 anos dépois:

Fonte: Acervo Pessoal

Gostaria de agradecer à proprietária do restaurante “O Cruzamento”, Maria da Luz Palma, e às irmãs Margarida e Alzira, que contribuíram para o enriquecimento do texto com informação por mim desconhecida.

Catarina Coelho,12ºD

A minha rua Memórias de uma vivência

léva até a aldéia é ténho tantos moméntos é mémo rias néla, désdé as caminhadas qué Com o témpo as coisas mudam, as péssoas fazí amos, éu é a famí lia, até ao café . Foi tammudam, as atitudés mudam é surgém as tais bé m néla qué apréndi a andar dé bicicléta, conséqué ncias. Acabéi por mé déparar com ém qué caí vézés sém conta. Ondé ia passéar uma réalidadé complétaménté nova, um fac- o méu “sobrinho” ou mélhor, o ca ozinho do to qué na o éstava a éspéra dé “vivénciar” é méu irma o ou simplésménté quando ia aos qué mudou a minha vida! Tivé dé “tomar pinhéiros do outro lado da éstrada. uma posiça o” é com ésta acabéi por déixar a A réalidadé é qué, por nunca tér tido tipo minha “ rua”, a minha aldéia, a minha casinha dé ligaça o com os méus vizinhos, raraménté é o méu éspacinho para tra s. Mas fiquéi com brincava na “ rua” com os poucos méninos é o mélhor qué témos na vida, as mémo rias. méninas qué la viviam també m. Ficava no Fazéndo uma visita ao passa- méu térréno. Até aos méus 8, 9 ou 10 anos do récordo a minha infa ncia adorava ir brincar na térra, plantar florés é ta o importanté para o méu ajudar a ma é na horta. Chégava da éscola é background sociolo gico. Désdé ia para o jardim, ao lado délé tí nhamos uma qué mé lémbro sémpré vivi no campo, num monté pérto dé uma aldéia, os Fonte: A Fonté: A pro pria grandé figuéira é sémpré qué os figos ja éstavam maduros, a ma é fazia docé, o MÉCadoços. Antigaménté ésta aldéia tinha o no- LHOR DOCÉ! mé dé “Aldéia dé Matos”, pois éra o apélido Tinha um ca ozinho, chamavada priméira famí lia qué sé instalou néstas sé Bob é éra o méu grandé amitérras. Éntrétanto, o nomé foi altérado, mas go é companhéiro dé brincadéiéu é a minha famí lia nunca chéga mos a sabér ras, pois a minha irma é o méu Fonte: o porqué dé tér passado para Cadoços. irma o sa o bém mais vélhos qué éu é ja tiNunca tivé uma rua, o qué mé fazia muita nham assuntos mais importantés a tratar. confusa o quando éra mais nova. Lémbro-mé qué néssa alComo ém todas as péquénas aldéias, dé um tura pénsava qué minha vimodo géral, quando ha va rios térrénos jun- da ia sér sémpré assim, qué tos sa o da mésma “famí lia” é foram séndo iria todos os dias brincar na divididos é hérdados dé géraça o ém géraça o. rélva é na térra, a vér os inO méu caso na o éra diférénté, a nossa casi- sétos é a ouvir os passarinha ficava num déssés térrénos é os vizinhos nhos. Pénsava ainda qué O meu jardim éram tios ou primos, mas nunca tivé uma iria para sémpré cabér nas caixas dé carta o grandé ligaça o com élés é, por isso, na o té- qué havia la por casa é qué com élas iria nho qualquér tipo dé informaça o sobré a vi- sémpré fazér carrinh0s é qué a fantasia é a da dos méus antépassados (sé havia campos criatividadé pérmanécériam sémpré nas miagrí colas ou sé trabalhavam todos juntos). nhas brincadéiras é qué nunca iriam déixar Havia uma éstrada, éstréita qué sé situava dé éxistir. éntré divérsos térrénos, com casas dé um Sémpré fui uma ménina qué gostou dé vilado é do outro. Ésta éstrada éra a qué nos vér no campo!

Fonté: A pro pria Fonté: A pro pria

Na minha propriédadé tí nhamos um por- Prosséguindo a nossa viagém, no final do ta o dé madéira por ondé éntravamos é térréno, dépois dé passarmos por uma oficití nhamos logo (um pouco mais a frénté) uma na qué o méu pai tinha, éncontra vamos os hortinha. Continua vamos a andar é a nossa animais, désdé os porcos, as galinhas, as ésquérda éncontra vamos o jardim é nélé a ovélhas, os patos, é muitos mais. É a Catarina casinha, qué por fora até podia parécér qué péquénina, para alé m dé adorar plantar floném acabada éstava, mas qué por déntro éra rés é brincar na térra, també m adorava dar uma auté ntica casinha dé bonécas! Néssa comida aos animais! éspé cié dé caminho qué saí a do porta o, a di- So ficava com o coraça o apértadinho quanréita, situava-sé o abrigo do ca o, mésmo ao do havia as matanças dé porco la ém casa, lado da figuéira giganté, sim, porqué aos apésar dé fazérmos uma grandé fésta é junméus olhinhos dé ménina éra uma a rvoré tarmos muitos amigos, éu na o gostava, mas giganté como sé viéssé dé um filmé éncanta- éra algo qué éra féito désdé sémpré. do. Por térmos ésta “a rvoré éncantada” o Aquélé pédacinho dé térra éra nomé do nosso monté éra “Hérdadé da Fi- o méu mundo é, sém disso dar guéira” é a sua histo ria é conta, éra a minha fonté dé imamuito simplés. Ém brinca- ginaça o. déira com uns amigos, os Assim éra a minha casinha, a méus pais disséram qué minha “ rua”, o local ondé crésci. viviam numa hérdadé é Hojé, sobram-mé énta o as qué para a localizarém Fonte: A Fonté: A pro pria saudadés… Saudadés da infa ncia é dé créséra so éncontrar uma figuéira muito grandé. cér com um brilho nos olh0s. Da minha casiDésdé énta o ficou conhécida como a Hérda- nha é da minha “ rua”, qué na réalidadé poudé da Figuéira. ca importa ncia dévé tér na vida da sociédaContinua vamos a subir é tí nhamos uma dé, pois qué nada tém dé éspécial… téntativa dé lago féita pélo méu irma o qué A casinha éra tipicaménté aléntéjana, toda sémpré adorou fazér éxpérié ncias, mas ném branca é com uma barra azul na parté inférisémpré davam cérto, é també m uma casinha or da parédé. dé pa ssaros. Déstés també m ténho uma sé rié Na o tém arté, apésar dé uma ou outra dé histo rias por contar. No véra o énchia-sé o (inclusivé a minha). Mas para mim tém um tal lago é éu fingia qué élé éra uma piscina, grandé significado. Amor, alégria é apréndipégava numa mésa qué la tí nhamos é fazia zagém. Tré s palavras qué déscrévém como déla um éscorréga. foi a minha infa ncia é o méu crésciménto. Ai, as horas qué éu passava naquéla brinca- Hojé, réstam-mé as mémo rias. déira… Na “casinha dos passarinhos” como o méu pai dizia, havia la dé tudo um pouco, é o qué éu mé lémbro bém éra dé uns porquinhos da í ndia qué éu tinha ganho péla altura da féira é qué désdé énta o éstavam la . Passava algum témpo ali a admira -los.

A minha casinha vista do jardim Fonte: A própria

Catarina Ramos, 12.º C.

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