Grãos Brasil 105

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Linha Pós-Colheita BEQUISA. Com ela você não armazena só grãos, armazena lucros! Na hora de tratar seus grãos armazenados você já sabe com quem contar. A Linha Pós-Colheita Bequisa tem a combinação para o sucesso de qualquer armazenagem: alto controle de qualidade, ótima relação custo-benefício e eficácia contra os insetos. Armazene com a Linha Pós-Colheita Bequisa e comprove o resultado.

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ADVERTÊNCIA: Proteção à saúde Humana, Animal e ao Meio Ambiente. Esse produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita ou faça-o a quem não souber ler. Aplique somente as doses recomendadas. Mantenha afastadas das áreas de aplicação, crianças, pessoas desprotegidas e animais domésticos. Não coma, não beba e não fume durante o manuseio do produto. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Informe-se sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Primeiros Socorros e demais informações, vide o rótulo, bula e a receita. Evite a contaminação ambiental, preserve a natureza. Não lave as embalagens ou equipamentos em lagos, fontes, rios e demais corpos d'água. Não reutilize as embalagens vazias. Descarte corretamente as embalagens e restos ou sobras de produtos. Periculosidade ambiental e demais informações, vide o rótulo, a bula e a embalagem. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO E SIGA CORRETAMENTE AS INSTRUÇÕES RECEBIDAS. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. Endereço: Av. Antônio Bernardo, 3.950 - Parque Industrial Imigrantes - São Vicente / S.P. CEP: 11349-380 - Tel: +55 13 3565-1208 - faleconosco@bequisa.com - www.bequisa.com.br


Selecionadoras ópticas para sementes: Algodão, Milho, Soja, Feijões e Girassol.

Innovations for a better world.


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EDITORIAL

Caros Amigos e Leitores Ano XVIII • nº 105

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2020

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Diretor Executivo Domingo Yanucci

Colaboradores Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Victoria Yanucci

Matriz Brasil Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 991626522 / 3304 6522 E-mail: graosbr@gmail.com br.graosbrasil@gmail.com diretoria@graosbrasil.com.br Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Conselho Editor Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale

Com grande alegria chegamos a vocês com esta última edição do ano da pandemia. Nosso setor é imprescindível para a economia, demostrando seu potencial e se superando cada vez mais, brindando-nos com uma nova colheita recorde. Sem dúvidas apesar da eficiente tecnologia que os produtores brasileiros implementam, o tempo e clima brindou uma grande ajuda. Sabemos que o crescimento produtivo é o que vai a marcar nosso século, por isso o ramo da pós-colheita deve estar bem preparado pois de nada adianta uma grande produção se não pode ser armazenada e conservada em bom estado. Isso significa capacitar, atualizar e profissionalizar nossos times e paralelamente incorporar tecnologia de automatização que nos permita instrumentar cada vez com maiores ênfases o SMC (Sistema de Monitoramento, Amostragem e Controle) em tempo real. Este deve ser nosso trabalho permanentemente. Sabemos que o mais importante para a pós-colheita de grãos e sementes é o time de trabalho, sua qualidade humana e técnica. Vemos por exemplo um secador, com uma capacidade horaria de 80 t/h para eliminar 4%. O secador significa um investimento de R$700.000, em meio dia gasta R$19.000 e é responsável de R$1.000.000 em mercadoria. Isto só em meio dia de trabalho…………………, é para reflexionar não acha? Sim, a pós-colheita é o negócio de milhões de centavos, onde existem dezenas de pequenos detalhes que nos podem ajudar a ganhar ou perder eficiência. Agradecemos as instituições e empresas que apóiam a difusão da melhor tecnologia de pós-colheita de grãos e sementes e especialmente aos assinantes da revista impressa que permite gerar um vínculo tão especial entre os que compartilhamos da especialidade. Desejamos a vocês umas felizes festas e as melhores das colheitas. Que Deus abençoe suas famílias e trabalhos. Um forte abraço.

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Domingo Yanucci Diretor Executivo

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SUMÁRIO

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04 ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO, CHAVES PARA O SUCESSO – Eng. Domingo Yanucci 07 HERMETICIDADE – Eng. Shlomo Navarro y Hagit Navarro 16 SARK, Armazenagem e Conservação de grãos 4.0 – Garten 18 SEMENTES DE GIRASSOL, Testes rápidos para monitorar a qualidade durante o armazenamento – Carina Gallo y Miriam Arango 26 OCRATOXINA A (OTA) – Flavio A. Lazzari, PhD 29 SETOR DO TRIGO DEBATE EXPECTATIVAS E PREVÊ DIFICULDADES PARA 2021 – Abitrigo 32 COMO REDUZIR AS PERDAS NAS PÓS-COLHEITA COM O SISTEMA RR 500 ECO - Hard 34 A PANDEMIA E AS PERSPECTIVAS DE MERCADO PARA 2021 – Osvaldo J. Pedreiro 38 Utilíssimas 39 CoolSeed News 40 Não só de pão... Críticas e Sugestões: diretoria@graosbrasil.com.br NOSSOS ANUNCIANTES

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TECNOLOGIA

ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO, CHAVES PARA O SUCESSO A pós-colheita de grãos é constituída por várias etapas, o acondicionamento, o frete, o armazenamento, etc.

Eng. Domingo Yanucci Consulgran / Granos / Grãos Brasil diretoria@graosbrasil.com.br

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Quanto mais cedo secarmos melhor, quanto mais cedo chegar a carga, melhor, e é justamente a prática do armazenamento, que envolve tempo, que podemos definir, entre certos parâmetros, alongando ou encurtando. Sabemos que a agricultura em grande escala é viável, porque existe a possibilidade de conservar e armazenar, caso contrário não faria sentido produzir. A agricultura começou em regiões onde era particularmente difícil de produzir, mas fácil de conservar. Produzimos algo que terá de ser "consumido" ao longo de muitos meses, às vezes um ano ou mais. Ao longo dessas décadas, pudemos ver como a tecnologia de armazenamento evoluiu. Nas antigas cooperativas vemos os silos de alvenaria, depois os silos de chapa com estrutura interna, os grandes graneleiros de milhares de toneladas, depois os silos de chapas metálicas modernas com estrutura externa e melhores sistemas de monitoramento, manuseio, com aeração ou resfriamento artificial, e mais recentemente os silos bolsa desenvolvidos na Argentina, os silos de secagem e os silos de chapas gigantescas de mais de 10.000 t., silos de piso plano, piso de cone elevado e podemos continuar a listar várias alternativas que foram utilizadas para armazenamento e preservação nos últimos 50 anos.


TECNOLOGIA Trabalhando sempre com o TEMPO, principal fator que afeta a pós-colheita, variável tão importante que nem aparecia nas antigas publicações da especialidade. São vários os motivos que nos levam a definir os tempos de armazenamento. Para listar alguns: • A nova colheita está chegando e não tenho espaço. • Devo vender pelo menos uma parte para financiar o novo plantio. • Preciso de dinheiro para cumprir compromissos (dívidas), investimentos, etc. • Existe o risco de perder qualidade é melhor vender. • Os preços vão melhorar mais tarde, é melhor esperar. • Melhor os grãos em minha posse do que o dinheiro no banco. • Preciso desse grão para fazer uma boa mistura. • Os barcos dos compradores já estão chegando. • Melhor segregação é desejável, silos devem ser esvaziados. • Tenho que aproveitar os meses de frete mais baratos.

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• Devo partir na data em que as estradas estiverem transitáveis. • É preciso aproveitar a disponibilidade da indústria para moagem. • O moinho está pagando muito bem por esse grão especial. A lista pode continuar porque existem várias situações em diferentes países, grãos e realidades comerciais.

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Hoje devemos levar em conta vários aspectos, que são fundamentais para definir o depósito: Tamanho - Número - Tipo de piso - Tipo de grão É muito comum se perguntar qual deles me convém, um de 4000t ou 2 de 2000t cada, e não há uma resposta certa, depende de cada empresa. Claro, volumes menores são mais fáceis de manusear, classificar, monitorar, etc. Até o século anterior parecia suficiente ter uma boa termometria, hoje sabemos que também é recomendado que cabos que informem umidade, concentração de gás, qualidade (UR e temperatura) do ar servido, sistemas automáticos de aeração e na maioria dos regiões de América sistemas de refrigeração. Trabalhamos muito para melhorar as saídas de ar dos depósitos, aos poucos as fábricas foram sendo mais generosas com o número e tamanho dos exaustores. Hoje sabemos que é fundamental favorecer a passagem do ar, evitar a condensação nos tetos e as consequentes brotações. Para grandes armazéns, o descarregamento por gravidade é muito interessante, pois aumenta significativamente os pontos de carregamento e a velocidade de despacho. Obviamente, o silo deve ser projetado para tolerar as forças da descarga não central. O uso de caçambas sem fundo, bem como o reforço da estrutura são fundamentais. No século passado os espalhadores eram praticamente desconhecidos, lembro que sempre proclamamos que 90% do aquecimento tem origem no coração do depósito, devido ao fenômeno da segregação e sem dúvida um bom espalhador deixa de ser um acessório para ser um equipamento essencial, no tudo para tempos de armazenamento médio ou longo.

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Sabemos que é fundamental ter bons depósitos (quanti e qualitativamente falando) para evitar vender em momentos inoportunos, simplesmente por obrigação. Os países bem-sucedidos no manejo de grãos possuem uma alta capacidade de armazenamento com base em sua produção. Outros simplesmente deixam o grão no solo a céu aberto e arcam com custos altíssimos. Custos em qualidade e quantidade, além de gastos exuberantes. Devemos avançar para uma melhor organização do armazenamento e conservação, atendendo as necessidades temporais e espaciais de cada região e utilizando tecnologia eficiente, utilizando SMC (Sistema de monitoramento, amostragem e controle). Sem descuidar que todo armazem de grãos tende a crescer, portanto sua expansibilidade é imprescindível, assim como as demais bases do projeto: Flexibilidade - Simultaneidade - Capacidade corretiva - Segurança e higiene e custos operacionais.


TECNOLOGIA

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HERMETICIDADE A importância da pressão a vapor na preservação da qualidade dos produtos armazenados em condições impermeáveis a gás

Eng. Shlomo Navarro Green Storage Ltd snavarro@013.net

Hagit Navarro Green Storage Ltd

O armazenamento hermético é um tipo modificado de atmosfera (AM) que pode ser aplicado para proteção de commodities. Este método aproveita estruturas suficientemente seladas (herméticas) que permitem que insetos e outros organismos aeróbicos do produto armazenado em AM esgote O2 e aumente as concentrações de CO2 através do metabolismo respiratório (Navarro, 2006). Os produtos alimentícios secos podem ser armazenados por longos períodos, desde que não haja infestação de insetos e sua atividade hídrica seja baixa o suficiente para evitar o crescimento microbiano. No entanto, as perdas quantitativas e qualitativas ainda ocorrem em armazéns arejados. As perdas qualitativas, por exemplo, podem incluir alterações na aparência física, mudança de cor, perda de sabor, degradação nutricional devido à oxidação e aumento de ácidos graxos livres, presença de insetos ou seus fragmentos, contaminação de fungos ou presença de micotoxinas. Se o teor de umidade permanecer baixo o suficiente, os insetos e a perda de qualidade continuam a ser a principal preocupação para a preservação da qualidade dos produtos agrícolas duráveis (Navarro e Donahaye, 2005). Embora no armazenamento hermético, a maior ênfase é colocada no controle de pragas de insetos, para preservação da qualidade é suficiente para manter a pressão de vapor na estrutura selada. A pressão do vapor é uma das características menos pesquisadas de armazenamento hermético. É a tendência de manter dentro da estrutura hermética substâncias que têm a capacidade de vaporizar. Tal volatilidade está diretamente relacionada com a pressão de vapor de uma substância. Em química e física, a volatilidade é a tendência de vaporização www.graosbrasil.com.br


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de uma substância. A volatilidade está diretamente relacionada com a pressão de vapor de uma substância. A uma determinada temperatura, uma substância com maior pressão de vapor vaporiza mais facilmente do que uma substância com menor pressão de vapor. De acordo com Weast (1987) "a pressão do vapor é a pressão exercida quando um sólido ou líquido está em equilíbrio com seu próprio vapor. A pressão do vapor é uma função da substância e da temperatura." Pressão de vapor ou pressão de vapor de equilíbrio é "a pressão exercida por um vapor em equilíbrio termodinâmico com suas fases condensadas (sólidas ou líquidas) a uma certa temperatura em um sistema fechado" (Wikipedia Steam Pressure 2018). A pressão de vapor de equilíbrio é uma indicação da taxa de evaporação de um líquido. Relaciona-se com a tendência das partículas de escapar líquidas (ou sólidas). Uma substância com alta pressão de vapor a temperaturas normais é frequentemente chamada de volátil. A pressão de vapor presente na superfície de um líquido é conhecida como pressão de vapor. À medida que a temperatura de um líquido aumenta, a energia cinética de suas moléculas também aumenta o número de moléculas que são transformadas em vapor, aumentando a pressão de vapor. Existem muitos exemplos de produtos voláteis que tornam o aroma, o sabor e o sabor especiais. Por exemplo, em especiarias e bebidas como cacau e café, a volatilidade é particularmente importante porque o sabor e o aroma são influenciados por certos compostos que são relativamente voláteis. A retenção desses voláteis durante o período de tempo de armazenamento não foi possível no armazenamento aerado, mas o armazenamento hermético deu excelentes resultados. Preservar a qualidade em condições herméticas continua sendo um aspecto que merece mais atenção. Este trabalho enfatiza esse aspecto do armazenamento hermético na capacidade de preservação da qualidade de substâncias voláteis que são emitidas por produtos. O objetivo desta apresentação foi explorar a importância da pressão a vapor na preservação da qualidade dos produtos armazenados em condições de gás impermeável. Materiais e métodos A- Provas laboratoriais Fonte de especiarias: As especiarias foram recentemente importadas de Bangladesh de uma empresa interessada em explorar os efeitos do vácuo e outros métodos de armazenamento na preservação da qualidade das especiarias. As especiarias selecionadas para o teste foram: sementes de cominho (Vijayanand et al., 2001), pimentão (Duman, 2010), sementes de coentro (Bandoni et al., 1998) e rizomas de cúrcuma (Goyal e Korla, 1993). Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

Amostras de especiarias: Antes do teste, foram colhidas cinco amostras de cada tempero. Os tamanhos da amostra foram: 100g de sementes de cominho, 100g de rizomas de cúrcuma, 100g de sementes de coentro e 50g de chilli pods. Amostras experimentais foram mantidas em uma sala a 27 ± 2oC e 65oC ± 5% de umidade relativa (H. R.) por 120 dias. Umidade relativa: A umidade relativa do equilíbrio (URE) dos temperos foi testada utilizando-se o modelo Defensor® Novasina, na Suíça, com sensor de caixa em MBRK-3. Os valores de equilíbrio do U.R. expressos neste documento como percentuais são equivalentes aos valores decimais em termos de atividade hídrica (aw) que é a relação entre a pressão do vapor de água no produto agrícola e a pressão do vapor de água pura na mesma temperatura. Os testes foram realizados em 26,0 - 26,3ºC. A URE de sementes de cominho foi de 52,2%, as de pimentão foram 43,3%; as sementes de coentro, 44,5% e as rizomas de cúrcuma, 75,4%. Condições de armazenamento de especiarias: 1. Controle contínuo do fluxo de ar: Um saco de serapilheira foi preenchido com uma amostra do tempero provado. Cada saco foi então inserido em um recipiente de vidro separado de 500ml (para vagens de pimenta usamos um recipiente de vidro de 1000ml). Um tubo plástico foi então inserido a partir do topo do recipiente e colocado na parte inferior sob o saco de arroto. O tubo de plástico foi então conectado a uma pequena bomba de ar de aquário que permitiu que o ar fluísse através do saco para um fluxo de ar de 350 ml/min. O recipiente de vidro permaneceu aberto no topo durante todo o teste. 2. Armazenamento hermético: Cada uma das especiarias testadas foi selada em um frasco de vidro de 1.000ml separadamente. As garrafas foram hermeticamente fechadas durante toda a duração do teste. 3. c- Atmosfera com alto teor de CO2 (90% a 100%): cada um dos temperos analisados foi selado em um frasco de vidro de 750 ml separadamente. Os frascos foram saturadas com CO2 a 100% inserido através de um selante de borracha no cabo do frasco. As concentrações de CO2 foram periodicamente examinadas (uma vez por semana) e corrigidas quando necessário para ajustá-las às concentraçõesde CO2 acima de 90%. 4. Vazio: Cada uma das especiarias testadas foi selada em um recipiente de vidro a vácuo de 500 m l. A pressão no recipiente foi inicialmente reduzida para 6,5 mmHg de pressão absoluta. A pressão era periodicamente examinada (uma vez por semana) e permanecia abaixo de 25 mmHg. Pressões acima de 25mm foram registradas em algumas amostras devido à


TECNOLOGIA dificuldade de manter a baixa pressão. Essas pressões foram imediatamente corrigidas à pressão do alvo. 5. Saco de burlap sem aeração (também usado como controle): Cada saco foi preenchido com o tempero provado. Todos os sacos de burlap foram colocados em prateleiras, expostos à temperatura ambiente e umidade. Teste de qualidade: Após 120 dias de armazenamento, todas as especiarias tratadas foram removidas de seus recipientes experimentais e colocadas em um recipiente coberto com uma placa de Petri de plástico. Os tratamentos receberam uma pontuação de 1 a 5 para aroma e cor 1 (cor escura ou outros defeitos) representam os mais pobres e 5 o melhor aroma e cor (cor vermelha brilhante sem defeitos). Para esses testes, foi solicitado a avaliação sensorial para 15 indivíduos (6 mulheres e 9 homens) do Departamento de Produtos Armazenados da Organização de Pesquisa Agrícola de Israel. Apenas os pórmo foram pontuados em termos de mudança de cor e acrimonia pelo cheiro. As comparações para todos os pares foram analisadas utilizando-se o método de teste Tukey-Kramer HSD (diferença significativa honesta) (SAS, 2014) B- Testes de campo Os dois testes de campo seguintes foram realizados por empresas comerciais que comercializam

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chili. Os resultados dos testes relatados aos autores não foram completos, mas foram apoiados pela descrição dos dados disponíveis dos testes e fotografias tiradas durante e no final dos ensaios. Teste de Campo 1: HAJISONS realizou uma série de testes em Kunri no distrito de Umar Kot na província de Sindh, Paquistão, durante o período de 7 meses entre 3 e 9 de dezembro de 2016 e 5 de julho de 2017. A área tem inverno enevoado (novembro-fevereiro) com poucas perturbações ocidentais causando chuva; agradável primavera (fevereiro-abril); verão (abril - junho) com poeira, tempestades e períodos de ondas de calor e chuvas de monção (julho - agosto). O mês mais quente é junho, onde as temperaturas máximas médias normalmente excedem 40ºC. O mês mais frio é janeiro com uma alta média de 19,8ºC. O chilli seco foi armazenado em sacos de juta que serviram como controle e comparados com sacos impermeáveis GrainPro dentro de casa. Teste de Campo 2: A segunda série de testes de demonstração foi realizada nas instalações da Olam Agro India Limited no distrito de Guntur, Andhra Pradesh, Índia. O teste durou seis meses. O clima em Guntur é tropical. A temperatura média é quente o ano todo. A temperatura média anual é de 28,5ºC. Os testes foram realizados pelo Sr. Madhu Nagaraj e pelo Sr. Hari Babu. A prática era armazenar a RCP seca (pimenta vermelha) (pimenta

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vermelha) inteira. No entanto, este método requer muito espaço em uma instalação de armazenamento ou durante o transporte. Foi recomendado testar o armazenamento de RCP seca em forma de pó para maximizar a capacidade de armazenamento e transporte. Vários parâmetros foram medidos mensalmente durante 6 meses de armazenamento, incluindo peso, umidade, cor, pungência e aflatoxinas.

de CO2 não mostrou diferenças significativas em relação ao armazenamento hermético, mas tinha para aqueles armazenados sob vácuo. Em ambos, o armazenamento em burlap bags ou fluxo de ar apresentou o pior desempenho em comparação com outros tratamentos. O armazenamento a vácuo deu melhores resultados seguidos de armazenamento hermético e alto teor de CO2.

Resultados de testes de campo: Resultados Teste de campo 1: Os resultados dos testes são Resultados dos testes de labotórios: Os resultados do teste às cegas são mostrados mostrados na Tabela 3, que deu uma boa indicação na Tabela 1 indicando que o fluxo de ar e o contro- da capacidade de preservação da qualidade dos pile de burlap deram os resultados mais ruins com mentões secos após 7 meses de armazenamento. pontuações abaixo de 2. Para testes de aroma, os Neste caso, os parâmetros de qualidade de premelhores resultados foram obtidos após 120 dias servação de cores, coceira, frescor, conservação de sob armazenamento hermético e vazio. Embora o umidade e peso das frutas foram bem preservados alto teor de CO2 proporcionasse melhor preserva- no armazenamento hermético em comparação ção em relação aos controles, ainda era inferior ao com a menor qualidade observada em pimentão hermético e ao vácuo. O objetivo de fornecer fluxo armazenado em sacos de burlap. Teste de campo 2: Os pesos de pimentão inteide ar ativo no controle era demonstrar que a aeração para eliminar voláteis aromáticos seria mais ro e pó (RCP) permaneceram constantes durante o eficaz do que o controle estático sem aeração em período de armazenamento de 6 meses. Para ACP um saco de burlap. O fato de que o fluxo de ar pro- armazenada no Cocoon Indoor, o teor de umidade porcionou melhores resultados do que o saco de para RCP completo manteve-se estável em 7,15%, burlap pode indicar que os frascos onde o fluxo de enquanto não foram observadas alterações no teor ar de 350ml/min foi exposto não foram suficiente- de umidade para o pó de CPR. Para CPRs complemente arejadas em comparação com as voláteis tos armazenados em SuperGrainBags (GBS), observou-se flutuação de umidade levando em conta que evaporaram dos sacos de burlap. O teste de comparação estatística para todos o analisador de umidade utilizado e o teor de umios pares que usam HSD Tukey-Kramer mostrou dade não uniforme dos lotes de RCP armazenados. que não houve diferença significativa para todas O Cocoon Indoor e o SGB foram projetados para as especiarias de armazenamento armazenadas a evitar que a umidade entre durante o armazenavácuo ou herméticas. O armazenamento sob um mento, mantendo a umidade do produto armazealto teor de CO2 também não mostrou diferenças nado. É imprescindível que os produtos agrícolas significativas com o armazenamento a vácuo ou devidamente secos sejam secos e armazenados armazenamento hermético, exTabela 1 - Testes cegos (média ± SE) para aroma de especiarias armazenados por 120 dias a cluindo rizomas de cúrcuma. Em 27oC e 65% U.R. ambos, saco de burlap e o armazenamento de fluxo de ar apresentaram o pior desempenho em comparação com os outros tratamentos. O armazenamento a vácuo deu melhores resultados seguidos de armazenamento hermético e alto teor de CO2. Tabla 2 mostra os resultados obtidos usandoum teste cego para a diferença de cor de pimenta. Testes estatísticos de Tabela 2 - Testes cegos (Média ± SE) para a cor e pungência de vagens de pimenta armazenao comparação para todos os pares das almacenadas por 120 dias a 27 Cº e 65%U.R. usando HSD Tukey-Kramer mostraram que não havia diferença significativa na cor das cápsulas de chilli armazenadas a vácuo ou herméticas. Isso mesmo que o vacío tenha melhores resultados. O armazenamento com alto teor Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020


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em umidade segura para inibir o Tabela 3 - Resultados registrados no final do período de armazenamento de chilli seco em sacos herméticos GrainPro e sacos de burlap em Haji Sons, Paquistão, após 7 meses. crescimento do molde e, assim, impedir a produção de aflatoxinas ou micotoxinas. No caso da RCP, um teor final de umidade de aproximadamente 8% é ideal, pois um conteúdo superior a 11% permite que o cresça e menos de 4% causa perda excessiva de cor. O acritude inicial de RCP total e em pó medido em unidades de calor foi comparável às unidades de calor retiradas toxinas durante o armazenamento. Na discussão da RCP armazenadas por 6 meses. A pungência de acima, a umidade é evitada ao usar SGB e Cocoon especiarias é causada por vários compostos, como Indoor, inibindo assim moldes mantendo umidade capsaicina para RCP, que são voláteis. Em um sis- segura para RCP seca durante o armazenamento. tema de gás como GBS e Cocoon Indoor, esses Quando os moldes são inibidos, a produção de mivoláteis criam um equilíbrio dentro do armazena- cotoxinas, incluindo aflatoxinas, também é prevemento, prendendo esses compostos e, assim, pre- nida. servando a acridade da RCP. Durante o teste, foram armazenadas RCP secas Observou-se que a cor de toda a RCP e pó di- inteiras e pó. A capacidade de GBS foi maximizada minuiu durante o período de armazenamento. pelo armazenamento de RCP em pó (ou seja, 40kg/ Pigmento de coloração de pimentão é um carote- SGB) em comparação com o armazenamento total noide sensível à luz. Pigmentos carotenoides se de- de RCP (ou seja, 8kg/SGB). Vários parâmetros fogradam quando expostos à luz, por isso armazenar ram testados, incluindo umidade, cor, coceira, peso RCP em salas frias ou salas escuras tem uma baixa e aflatoxinas. Durante 6 meses de armazenamento, taxa de perda de cor. Durante o teste em Olam, a esses parâmetros medidos a partir de RCP em pó instalação foi colocada ao ar livre, pois não havia e inteiro foram comparáveis. Além disso, observouespaço suficiente dentro. Embora as CPRs tenham -se que a cor era melhor ao armazenar pó de cpR sido colocadas em sacos de polipropileno tecidos, em comparação com a RCP completa. juntamente com GBS e Cocoon Indoor, a luz ainda poderia penetrar na bateria e causar uma mudança de cor na RCP. Luz e oxigênio contribuíram para a taxa de perda de cor. A degradação de cores das CPRs completas foi mais evidente em comparação com a RCP em pó, pois é menos compacta e permite que mais luz entre na pilha. Inicialmente, foram observadas aflatoxinas de RCP em 0,5 ppm até 6 meses, exceto pelo segundo mês para RCP em pó e o terceiro mês para RCP completa em GBS. Essas flutuações na leitura podem ser decorrentes de limitações do método de análise de aflatoxinas. O GBS e o Cocoon Indoor foram eficazes na prevenção da produção de aflaDiscução A umidade ambiental é um fator abiótico do ar em torno do produto. Dentro do espaço de armazenamento confinado, a umidade das mercadorias tende a atingir o equilíbrio com a umidade do ar intergranular. Sua maior influência está nos moldes, que começam a se desenvolver na umidade do ar intergranular superior a 65% (Navarro e Donahaye, 2005). Microrganismos são o fator biótico composto por moldes, leveduras e bactérias. Eles estão universalmente presentes no grão, mas são inativos quando a umidade relativa do equilíbrio é inferior a 65%. Quando se fala em atividade de microflora e preservação da qualidade do produto, é mais signiwww.graosbrasil.com.br


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ficativo considerar o teor de umidade doambiente intergranular ou a umidade relativa do equilíbrio (URE) correspondente ao teor de umidade de um determinado produto. Isso porque vários tipos de produtos podem ter conteúdo de umidade diferente no mesmo URE. A atividade microfloral e a suscetibilidade do produto à deterioração se correlacionam com o URE. Um termo adicional frequentemente usado na microbiologia alimentar é "atividade hídrica". A atividade da água (aw) e hre são numericamente equivalentes, mas o URE é expresso em percentagem e w como decímico de URE, portanto, para w 0,8 x 80% URE (Lacey et al. 1980). Condições favoráveis ocorrem quando o teor de umidade do produto ou a umidade relativa da atmosfera intergranular sobe acima de um certo limiar. Em geral, esse limiar é considerado em torno de 75% de UR (chamado de umidade relativa crítica) ou o teor de umidade de equilíbrio correspondente do produto (por exemplo, para trigo é de cerca de 14%), muitas vezes referido como conteúdo crítico de umidade. Além desse limiar, a microflora ativa e começa a crescer, acompanhada de respiração ativa, liberação de calor metabólico e água. Em condições de umidade ou umidade acima desse nível, a deterioração aumenta a uma taxa exponencial. A disponibilidade de água no ambiente alimentar é um fator vital que determina tanto os tipos de bactérias ou fungos capazes de crescer quanto a taxa em que eles podem crescer. Geralmente é medido em termos de atividade hídrica e é uma função do teor de umidade dos alimentos. As bactérias crescem melhor em atividades aquáticas próximas à unidade e não crescerão com uma atividade aquática inferior a aproximadamente 0,95. As leveduras ocupam uma faixa intermediária e crescerão com atividades aquáticas tão

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baixas quanto 0,85. Os fungos são mais resistentes ao efeito das condições secas, embora a grande maioria seja inibida por atividades hídricas abaixo de 0,70, muito poucas espécies mostrarão algum crescimento com uma atividade hídrica tão baixa quanto 0,65 (Lacey et al. 1980). Foram realizados testes em diversas condições climáticas para observar a preservação do produto em condições herméticas. Outros parâmetros de qualidade como infestação de insetos, recuperação de moagem, picos de arroz, grãos amarelos, germinação e perda de peso foram relatados, alterações no teor de umidade do armazenamento hermético e não impermeável do arrozal (Navarro et al, 1997). Como resultado, eles relatam pilhas de capacidades de arroz que variam de 13,4 a 31,9 toneladas que foram armazenadas ao ar livre em gabinetes flexíveis por 78 a 183 dias. A qualidade do arroz foi comparada com três pilhas de controle (5,3 a 5,6 toneladas de capacidade) mantidas sob telas ao ar livre por 78 a 117 dias. Os ensaios foram realizados no complexo NAPHIRE, Nueva Ecija, Filipinas (Navarro et al., 1997). Houve uma tendência real para um aumento do teor de umidade nas duas pilhas de controle durante a estação chuvosa e para uma diminuição do teor de umidade na pilha de controle armazenada durante a estação seca. Não foram observadas alterações significativas nas oito pilhas herméticas e dois silos. Estes testes de campo indicaram que as alterações no teor de umidade e no peso dos grãos mudaram apenas ligeiramente dentro de baterias e silos devido ao armazenamento hermético. Lane e Woloshuk (2017) estudaram pequenos sacos herméticos (50 e 100kg de capacidade) usados por agricultores familiares em vários países africanos como uma solução de baixo custo para evitar perdas de armazenamento de insetos. Em seu estudo, eles compararam os efeitos da temperatura ambiente e da umidade relativa em dois lugares (Indiana e Arkansas) em milho seco (14% de teor de umidade) em sacos de polipropileno tecidos e sacos de armazenamento de cultura melhorados purdue (PICS). Os resultados indicaram que os sacos PICS impediram a penetração de umidade durante o período de armazenamento de três meses. Em contrapartida, o milho em sacos tecidos aumentou no teor de umidade. O trabalho de Lane e Woloshuk (2017) é uma indicação adicional de que o armazenamento hermético permite que o vapor de água expresso como umidade em seu trabalho seja mantido. Eles concluíram que os sacos herméticos PICS são eficazes no bloqueio dos efeitos das flutuações de umidade externas, bem como a disseminação de fungos para grãos não infectados. Quanto mais volátil o composto, mais rápido ele vaporizará. É por isso que a temperatura da fabricação de café é tão importante; permite a extração


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TECNOLOGIA

rápida e adequada de componentes não voláteis, preservando os voláteis. A extração de expresso é alguns graus menor do que a do café pingando. A pressão ajuda a extrair mais sólidos dissolvidos totais (SDTs) a uma temperatura mais baixa, mantendo componentes voláteis. SDT é uma medida do conteúdo combinado de todas as substâncias orgânicas e inorgânicas contidas em um líquido em forma molecular, ionizada ou microgranular suspensa. Geralmente, a definição operacional é que os sólidos devem ser pequenos o suficiente para sobreviver à filtragem através de um filtro de poros de dois micrômetros (tamanho nominal ou menor) (Wikipedia, SDT,2018). Ribeiro et al. (2011) avaliou as qualidades físicas, químicas e sensoriais dos grãos de café verde (Coffea arábica L.) durante o armazenamento em diferentes tipos de embalagens. O café era armazenado em um armazém no Brasil. Os tratamentos consistiam em dois tipos de embalagens (sacos grandes herméticos com injeção de até 60% de CO2 em atmosfera controlada; sacos similares, mas sem injeção de CO2 em atmosfera modificada). O armazenamento de grãos de café verde nessas condições foi viável durante um período de 12 meses. O café embalado em sacos grandes manteve sua qualidade e mostrou uma intensificação da coloração verde dos grãos durante o armazenamento. A análise sensorial dos grãos de café armazenados em ambiente controlado mostrou que a posição amostral média rendeu as melhores classificações. Os resultados de Ribeiro, et al. (2011), eles demostraram que a técnica de armazenamento comprovada pode potencialmente aumentar a eficácia da preservação da qualidade sensorial dos grãos de café. Em outro estudo, Borém et al. (2013) validou comercialmente os efeitos de uma atmosfera artificial na cor, sabor e aroma de grãos de café verdes armazenados após 12 meses. Os cafés foram avaliados por um painel sensorial composto por 13 degustadores certificados pela Specialty Coffee Association of America e que atuam comercialmente em diversas regiões produtoras de café do Brasil. A avaliação consistiu em big-bags herméticos com e sem injeção de CO2. Dois tratamentos adicionais serviram como controles: sacos de juta e sacos GrainPro. Os produtosforam avaliados qualitativamente por seus atributos de qualidade de cor e bebida, incluindo sua fragrância, doçura, acidez, paladar, corpo e sabor. Os grãos embalados em big-bags herméticos cominjeção de CO2 mantiveram uma classificação especial de café. Recipientes impermeáveis retêm a cor inicial dos grãos de café. O armazenamento de café em recipientes herméticos preservou os aromas desejáveis do café. Nesses estudos Borém et al, (2013) mostraram que sabores e aromas indesejáveis predominavam em cafés embalados em sacos de juta. Em todos Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

esses estudos de café, a preservação da qualidade em condições de vedação, o tempo de vácuo, o armazenamento herméticoou atmosferas modificadas assistidas por CO2 podem ser mantidas seladas para que a fuga dosvoláteis do café acasala suas qualidades organolépticas. Não temos um método atual para avaliar a pressão de vapor de voláteis em matérias-primas. No entanto, todos esses estudos estão em consonância com o entendimento básico de que os armazéns hermeticamente fechados mantêm a pressão de vapor dos voláteis, permitindo uma melhor preservação da qualidade das commodities. Enquanto em todos os armazenamentos aerados testados, a perda de voláteis devido à sua pressão de vapor que deveria ter sido mantida, foi acompanhada pela perda de qualidade. Portanto, as conclusões desses estudos levam à compreensão para a preservação da qualidade das especiarias e bebidas, o método preferido de armazenamento deve ser o armazenamento hermeticamente lacrado. Pesquisas adicionais de apoio sobre a preservação da qualidade do armazenamento hermético devem ser conduzidas como um benefício adicional para o controle de insetos. Reconhecimentos Agradecemos ao Dr. Simcha Finkelman e à Sra. Miriam Rindner da Organização de Pesquisa Agrícola de Israel por realizarem os testes relatados neste manuscrito e o Sr. Tom deBruin da GrainPro por fornecerem evidências de campo sobre a conservação de especiarias em condições herméticas. Madhu Nagaraj e Hari Babu da Olam Agro India Limited para os resultados de testes de campo na Índia, e o Sr. Ishtiaque para testes de campo HAJISONS no distrito de Kiunri: Umar Kot do Paquistão para os resultados de testes de campo em Lahore, Paquistão.


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INFORME EMPRESARIAL

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SEMENTES

SEMENTES DE GIRASSOL

Testes rápidos para monitorar a qualidade durante o armazenamento

Carina Gallo

Lab. de Sementes INTA Oliveros gallo.carina@inta.gob.ar

Miriam Arango

Lab. de Sementes INTA Oliveros arango.miriam@inta.gob.ar Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

A preservação da qualidade alcançada no lote de produção para o campo deve ser o principal objetivo em todas as empresas de sementes. A partir do momento da colheita, através de todas as etapas do condicionamento e durante o armazenamento, ocorre inevitavelmente uma diminuição na qualidade fisiológica das sementes associadas à deterioração natural. É por essa razão que todos os esforços colocados na conservação não são em vão na manutenção de padrões de qualidade ideais. A velocidade com que ocorre a perda de qualidade dependerá de fatores intrínsecos e extrínsecos, incluindo limpeza lotes, estado sanitário, estado fisiológico, temperatura das sementes e teor de umidade. É sabido que sementes limpas, secas, saudáveis e frescas são mais propensas a serem preservadas por mais tempo, pois nessas condições a atividade metabólica delas diminui e, portanto, sua taxa respiratória é baixa. Por outro lado, no ambiente de armazenamento, as condições de alta temperatura, a alta umidade relativa do ar e a presença de pragas são os principais fatores externos que podem aumentar a taxa de deterioração das sementes com a consequente perda de qualidade. Durante o período de armazenagem, é importante que sejam realizadas verificações das condições ambientais do armazém e amostragem periódica para registro do estado dos lotes. Isso muitas vezes permite que o controle das sementes detecte uma possível diminuição da qualidade e, ao mesmo tempo, identifique as causas. Essa detecção permitirá que as medidas corretivas relevantes sejam aplicadas para evitar maiores perdas de qualidade. É por isso que o Monitoramento e Os Testes de Controle de Qualidade desempenham um papel fundamental durante o armazenamento e podem ser realizados realizando análises frequentes de sementes em laboratórios credenciados. Essas análises incluem aquelas que visam


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SEMENTES

o valor vigor do lote e identifica danos. Por essa razão, o teste é considerado muito valioso para o uso rotineiro no monitoramento da qualidade das sementes armazenadas, pois permite que ações corretivas sejam realizadas no armazenamento, se necessário. O Teste Topográfico do Tetrazolio é uma análise bioquímica e de coloração dos tecidos de sementes quando enzimas respiratórias reagem com a solução de sal de tetrazolio. Como resultado dessa reação de redução do óxido, os tecidos podem adquirir cores diferentes que estão associadas ao estado respiratório do tecido. Assim, essa coloração rosa indica tecidos viáveis e vigorosos, a coloração vermelha está associada à deterioração dos tecidos e esses tecidos brancos correspondem a áreas mortas. Portanto, dependendo desse padrão de cor e de outras características como turgor tecidual, presença de dano, localização, extensão e profundidade, o analista treinado pode reconhecer a condição de viabilidade e vigor das sementes em um determinado momento no período de armazenamento. É um teste muito versátil, pois pode ser aplicado a todas as espécies, porém, em sementes de algumas culturas como girassol, soja, ervilhas, lentilhas, grão de bico, pode ser identificado o fator causando as lesõesnos tecidos seminais. Danos de natureza diferente, como picadas de insetos, danos causados pelo meio ambiente e também lesões causadas por máquinas podem ser vistas em sementes de girassol. Para obter o máximo de informações possível no Teste Topográfico de Tetrazolio, o Laboratório de Sementes INTA Oliveros desenvolveu um padrão de viabilidade e níveis de vigor para fazer uma identificação mais precisa da condição fisiológica dos lotes de sementes de girassol (Figura 1). Este padrão permite que as sementes Figura 1 - Níveis de vibilidade e vigor para sementes de girassol. Fonte INTA EEE Oliveros, viáveis sejam separadas em três Argentina grupos, pois nem todas as sementes vivas são iguais e podem ter danos de magnitude variada. Esta classificação das sementes de acordo com seu nível de viabilidade permite descrever com mais precisão a composição do lote de sementes de acordo com o estado respiratório dos tecidos. Além disso, permite ter informações mais detalhadas no momento da seleção do lote ou explicar problemas de perda de qualidade das sementes durante o armazenamento. Na classificação das sementes de acordo com seu nível de viabilidade e seu vigor, determinado pelo INTA Oliveros consiste

determinar a dinâmica dos atributos fisiológicos, como viabilidade, germinação e vigor em sementes armazenadas. Embora todos os atributos mencionados passem por alterações durante o armazenamento, a condição de vigor é o primeiro atributo fisiológico que manifesta uma redução, seguida pela capacidade de germinar e, por último, o lote de sementes será reduzido em viabilidade. Portanto, detectar alterações no vigor das sementes armazenadas no tempo é uma ferramenta preventiva para prevenir ou minimizar perdas futuras de qualidade em termos de germinação e viabilidade. Para entender a dinâmica da condição de vigor dos lotes híbridos de girassol armazenados, os laboratórios de sementes possuem ferramentas para estimar o vigor dos lotes de sementes de girassol para que possam fazer um diagnóstico preciso do estado de qualidade. Nesta nota citaremos o Levantamento do Tetrazolium, Primeiro Teste de Contagem e Teste de Condutividade Elétrica. O Teste Topográfico tetrazolio é uma ferramenta útil para estimar a viabilidade e vigor dos lotes de sementes durante o armazenamento. Este teste fornece informações sobre o estado respiratório dos tecidos de sementes e, dependendo desta observação, é inferida a capacidade dos tecidos de sementes de germinar e produzir mudas com potencial para se desenvolver em mudas adultas. No caso específico deste teste, falamos de "inferência de qualidade" já que de acordo com o estado de deterioração dos tecidos o analista faz uma estimativa de qual será o comportamento das sementes no momento da germinação sem ver o desenvolvimento de mudas. Uma das vantagens mais interessantes do Teste Topográfico tetrazólio é sua velocidade, pois os resultados são alcançados em 24 horas. Além disso, a mesma análise obtém o valor de viabilidade,

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SEMENTES nos seguintes níveis: Sementes viáveis e de alto vigor: Aquelas sementes que não têm nenhum dano, os tecidos seminais são observados turvas, firmes, brilhantes e com coloração rosa pálida uniforme. Essas sementes têm potencial para germinar em uma ampla gama de condições ambientais e produzir mudas com capacidade de se desenvolver em plantas adultas. Sementes consideradas de alto vigor são mais propensas a serem estabelecidas com sucesso no suporte inicial da cultura quando as condições no campo não são favoráveis. São consideradas sementes de alto desempenho durante o armazenamento, pois podem manter sua qualidade sem grandes alterações durante este período. Sementes viáveis com defeitos moderados e Vigor Médio: Sementes com áreas danificadas de pouca magnitude em diferentes estruturas considerado não essencial para a produção de uma muda normal. Em alguns casos, dano não afeta a capacidade de se estabelecer no campo nem para ser mantido em armazenamento, desde que sejam danos superficiais e desprê-los que não comprometam a integridade física de qualquer estrutura seminal. Sementes viáveis com defeitos graves e não vigorosos: a viabilidade das sementes de girassol encontra seu limite nas sementes que têm gran-

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des áreas danificadas que podem ser profundas e são a extremidade superior dos ladrões. Neste caso, as sementes não serão comprometidas com sua capacidade de germinar em condições favoráveis. No entanto, esses danos afetam a condição de vigor das sementes e, portanto, condições adversas de plantio podem ocorrer na germinação e estabelecimento de mudas no campo. O mesmo efeito tem danos superficiais e/ou pequenos quando localizados em áreas próximas ou acima do eixo embrionário. As sementes com essas características podem germinar adequadamente apenas em condições favoráveis e/ou serem mantidas por curtos períodos de tempo apenas sob condições adequadas de baixa temperatura e baixa umidade relativa para evitar a progressão da deterioração do tecido. O radícula e a plúmula, compostos do primeiro par de folhas que protegem o meristema apical, são estruturas seminais essenciais para o desenvolvimento de uma muda sem defeitos ou com pequenos defeitos. Apenas danos superficiais e menores podem ser permitidos em algumas dessas estruturas. Por outro lado, os cotilédones, que são grandes estruturas em girassol, e podem compensar a perda de tecido, podem ser admitidos a presença de danos extensos e profundos em sua extremidade superior ou danos extensos, mas superficiais, afe-

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SEMENTES

tando um único cotilédone. No entanto, a área dos cotilédones ao redor da plumula deve estar em boas condições pelo menos um dos cotilédone para garantir a passagem de substâncias de reserva para o eixo embrionário durante o processo de germinação. Sementes não viáveis: estas são as sementes que têm os danos mais graves. Esses danos podem causar falhas no processo de germinação ou na produção de mudas com anormalidades que impedirão seu estabelecimento no suporte inicial da cultura. As sementes que compõem esse nível não são adequadas para o plantio. Os danos presentes nestas sementes são extensos, profundos e podem estar localizados cotiledones e/ou eixo embrionário. Para evitar que sementes viáveis com defeitos graves percam qualidade e para compor o nível de Sementes Não Viáveis é necessário para condições extremas de armazenamento e encurtar o tempo entre as análises. É importante lembrar que os danos presentes nos tecidos são dinâmicos, ou seja, ao longo do tempo de armazenamento e dependendo das condições ambientais, esses danos mudarão. As áreas deterioradas evoluirão para áreas mortas e, portanto, as sementes podem diminuir de nível durante o armazenamento. Com as melhores condições ambientais fornecidas ao lote durante o armazenamento, o avanço natural da deterioração pode ser mantido ou desacelerado. Agrupar as sementes nos níveis de viabilidade e vigor descritos permite obter informações valiosas para o diagnóstico de qualidade dos lotes de girassol. Dessa forma, você pode conhecer o estado fisiológico real das sementes que compõem muito, uma vez que a porcentagem de sementes de cada nível pode ser muito variável entre lotes que têm o mesmo valor final de viabilidade e vigor. Ter essas informações na pré-colheita e pós-colheita imediata é uma ferramenta valiosa ao separar lotes por qualidades, decidindo o manuseio diferencial e os

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destinos. O analista treinado pode identificar claramente danos às sementes de girassol. Assim, as lesões causadas pelo estilo dos percevejos são caracterizadas por uma textura áspera, semelhante a uma rolha, e geralmente são áreas deprimidas de forma circular. Como o percevejo pica as sementes de forma errática, os danos nos percevejos podem ser encontrados em diferentes lugares e pode haver mais de uma mordida. Tecidos danificados por picadas de percevejos estão mortos e, portanto, são brancos. O inseto para alimentar introduz o estilete, injeta saliva tóxica, dilui o conteúdo celular e depois as absorve, desta forma os restos mortos das células que não serão tingidos com a solução de tetrazolium permanecem na semente. No entanto, é comum encontrar tecidos danificados por picadas de percevejo com colorações cinza, verde e/ou marrom devido à colonização de tecidos mortos por fungos e/ou leveduras transportadas na estilete percevejo (Figura 2).

Figura 2 - Danos causados pelo casca percevejo picado: a)tecido cinza danificado e colonizado por fungos; b)Morto deprimido branco. Fonte INTA Oliveros Argentina

As máquinas impactam as sementes de girassol e causam danos que são vistos como cortes acentuados nos tecidos e podem ter magnitude diferente. Os danos mecânicos são erráticos, assim como os danos nos percevejos e, portanto, podem


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ser encontrados em qualquer lugar da semente, dependendo de onde a máquina atingiu a semente (Figura 3). As sementes de girassol são na verdade frutos, chamadas cipsela e, portanto, têm maior proteção contra danos dessa natureza em comparação com as sementes em si de Fabáceos como soja ou ervilha. No entanto, é possível observar os tecidos danificados pelo maquinário de forma clara e inferir o efeito deste dano na viabilidade e vigor.

Figura 4 - Sementes de girassol com danos ambientais: a) sementes viáveis com defeitos graves que apresentem danos ambientais extensos e superficiais na área longitudinal de cotilédone; b) sementes não viáveis com danos ambientais que afetam toda a área da radícula e de ligação do radícula com os cotilédones. FONTE INTA Oliveros, Argentina.

Figura 3 - Sementes com dano mecânico marcado: a) Corte extensivo na área central de uma semente no viável; b) pequeno corte localizado na área de cotiledon juno com eixo embriário. FONTE INTA Oliveros, Argentina.

O ambiente de produção estressante causa danos às sementes de girassol que são caracterizadas como áreas de tecidos vermelhos intensos deteriorados que serão então transformados em tecidos brancos mortos (Figura 4). A origem deste dano é causada por pressões exercidas pelas paredes da fruta sobre os cotilédones. Os períodos de secagem e hidratação aos quais as sementes de girassol são submetidas no capítulo geram forças de contração e expansão sobre os cotilédones e o eixo embrionário. A deterioração presente nos tecidos seminal é dinâmica e a taxa em que essa deterioração progride nas sementes armazenadas dependerá das condições de armazenamento e do teor de umida-

de das sementes na entrada do armazenamento. É importante notar que o resultado de qualquer análise é uma foto de quando tal análise foi realizada. Por isso, é essencial fazer avaliações a partir do pós-colheita imediata para ter tempo zero da qualidade do lote e, em seguida, fazer análises periódicas para controlar a evolução da qualidade do lote ao longo do tempo e, desta forma, fazer diagnósticos, propor mudanças e planejar despachos. Outro teste rápido que podemos usar no laboratório de sementes é o Primeiro Teste de Contagem. Consiste em contar as mudas normais emergidas em condições laboratoriais ideais para a espécie antes da contagem final de germinação. No caso específico do girassol, essa contagem é realizada no prazo de 4 dias após o plantio. Portanto, essa avaliação de germinação precoce permite determinar a taxa de germinação dos lotes, uma vez que, dependendo do nível de deterioração destes, o início da germinação pode variar ao longo do tempo. Desta forma, os lotes de sementes que possuem altos valores de inação de germesno Primeiro Teste de Contagem são considerados lotes vigorosos. Esse valor de germinação é composto

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SEMENTES

pelo percentual de mudas que não apresentam danos a nenhuma de suas estruturas e mudas que apresentam danos menores que não representam qualquer impedimento ao seu crescimento e desenvolvimento até a planta adulta. A Primeira Contagem um teste rápido e econômico, pois não precisa de equipamentos especiais ou produtos químicos para sua execução. Além disso, é simples de realizar em laboratório e preciso, pois faz parte do Teste de Germinação que é suficientemente padronizado no mundo. Por outro lado, requer apenas a avaliação das mudas normais pelo analista. Este teste permite realizar um ranking de lotes de acordo com sua capacidade de iniciar o processo de germinação imediatamente após o plantio, qualidade muito importante no nível agronômico. Realizar este teste durante o armazenamento de lotes de girassol permite identificar a perda de vigor de forma muito simples e precisa. Outro teste que pode ser usado para monitorar a qualidade das sementes de girassol durante o armazenamento é o Teste de Condutividade Elétrica Masal. Esta técnica permite estimar o vigor das sementes por inferência do estado das membranas que revesem as células de sementes. Este teste baseia-se no uso de equipamentos específicos que medem a condutividade elétrica da solução onde as sementes estão submersas. As sementes que têm a maior deterioração, perdem a permeabilidade de suas membranas celulares e liberam os solutos médios de incubação, estas últimas têm a capacidade de conduzir a corrente elétrica. À medida que a deterioração das sementes progride, a quantidade de substâncias liberadas é maior e, portanto, altos valores de condutividade indicam baixo vigor. Desta forma, você pode acompanhar a dinâmica do vigor durante o período de armazenamento de cada lote específico e também classificar os lotes de acordo com seu comportamento durante o armazenamento. É um teste rápido, o resultado é obtido em 24 horas, é fácil de realizar, não requer pessoal altamente treinado e também Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

é econômico, pois não requer insumos ou equipamentos muito caros. Além disso, é um teste que produz resultados muito precisos porque a inferência do estado das membranas é realizada pela medição de substâncias liberadas pelas sementes utilizando equipamentos e, portanto, quaisquer fatores de subjetividade são eliminados no momento da análise (Figura 5). Como os resultados do Teste de Condutividade Elétrica são expressos nas unidades de medição de condutividade elétrica (microsiemens: S), é necessário interpretar este resultado corretamente para não superestimar ou subestimar a qualidade do lote de sementes. É por essa razão que surge a necessidade de associar valores de condutividade à qualidade das sementes. Szemruch, et al. (2015) trabalhou na implementação de faixas para determinar o vigor das sementes de girassol. Há uma relação geral entre perda de germinação e vigor, os autores mencionados sugerem faixas de condutividade elétrica para alto vigor (menos de 70µS. cm-1. g-1),vigor intermediário (entre 70 e 110µS.cm-1.g.g-1) e sob vigor desementes (maior que 110µS.cm-1. g-1 e até 160µS.cm-1.g-1). Essas faixas permitem classificar lotes de sementes de girassol de acordo com seu vigor durante o armazenamento (Figura 6).

Figura 5 - . Medição da condutividade elétrica em sementes de girassol utilizando um conductímetro de mesa. Fonte: Cyntia Szemruch, Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade de Lomas de Zamora, Argentina.

Figura 6 - Relação entre germinação e condutividade elétrica e faixas de vigor propostas para sementes de girassol. Fonte: Cyntia Szemruch, Faculdade de Ciancias Agrárias da Universidade de Lomas de Zamora, Argentina.


SEMENTES

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Como descrito acima, cada um dos testes de vigor tem sua própria base fisiológica, ou seja, que cada teste avalia e mede características diferentes do lote de sementes, como o estado respiratório dos tecidos, a velocidade para germinar e emergir e o estado das membranas celulares. Portanto, é claro que não há um único teste para estimar o vigor das sementes, mas pelo contrário há várias opções para escolher. Este fato permite que o monitoramento de qualidade durante o armazenamento seja realizado através do uso de diversas técnicas laboratoriais. Dependendo do que fora exposto, é possível utilizar testes adicionais e complementares para germinação para obter mais informações nesses lotes que apresentam problemas de qualidade ou requerem um monitoramento mais rigoroso. A diversidade de testes de vigor existentes permite que as empresas tenham mais ferramentas para detectar perdas de qualidade durante o armazenamento a tempo. É apenas uma questão de saber quais informações cada teste fornece e como interpretar corretamente os resultados dos testes para tomar decisões certas no momento certo.


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MICOTOXINAS

OCRATOXINA A (OTA)

Flavio A. Lazzari, PhD Eng. Agrônomo/Fitopatologista flaviolazzari@gmail.com

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O nome desta micotoxina é derivado do Aspergillus ochraceus (OTA = Ochraceus Toxin A), é uma substância natural muito tóxica produzida por fungos do gênero Aspergillus e Penicillium. A Ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina muito potente que afeta os rins e o fígado de pessoas, aves, cães e suínos, que são espécies bastante sensíveis à presença de OTA nos alimentos. Suspeita-se que OTA provoca câncer no trato urinário e nos rins de pessoas em certas regiões do mundo devido, principalmente, à dieta alimentar. A OTA tem sido encontrada em vários tipos de grãos e subprodutos, rações, leite, carnes e derivados. Destacam-se o amendoim, arroz, aveia, cacau, café verde, castanha-do-Pará, centeio, cevada, ervilha, feijão, frutas secas, milho, sorgo, e diversos produtos de origem animal. A OTA é mais provável de ser encontrada quando a colheita é realizada em condições climáticas desfavoráveis, com chuvas e alta umidade, demora na secagem, secagem incompleta e armazenamento inadequado de forma que o teor de umidade dos grãos esteja acima de 16%; possibilitando que espécies dos gêneros Aspergillus e Penicillium infectem as sementes e/ou grãos rapidamente. Assim, alimentos e rações que contenham esses tipos de grãos podem apresentar riscos aos consumidores, sejam pessoas ou animais domésticos. A literatura especializada não menciona soja e farelo de soja. Mas, isso não quer dizer que não possa ocorrer infecção e produção de OTA nestes produtos. Os fungos produtores de OTA estão distribuídos no meio ambiente sendo encontrados em todas as partes do mundo. A ocorrência


MICOTOXINAS da toxina tem sido observada em vários países da Europa, EUA e Canadá em níveis variando de 5 a 27.570 ppb. Fungos Produtores A OTA é produzida por Aspergillus ochraceus, Aspergillus alutaceus, Aspergillus alliaceuse, principalmente, em climas quentes e por Penicillium viridicatum e Penicillium verrucosum em climas temperados. São produzidas 3 toxinas Ocratoxina A, B e C. A Ocratoxina A, é a mais tóxica, mais prevalente e tem se mostrado uma potente neurotoxina para muitas espécies animais. Estes fungos saprofíticos produzem a OTA em condições de alta umidade e temperatura (25oC). O controle do TU e temperatura destes produtos durante a secagem e o armazenamento é a forma mais adequada de impedir o desenvolvimento fúngico e a produção de OTA. Produtos de Maior Risco de Contaminação Neste artigo, daremos ênfase ao processo de produção de OTA em cafés devido à sua importância econômica e nas alternativas para reduzir os riscos de contaminação na pós-colheita para o consumidor interno e externo. A forma tradicional como os grãos de café são colhidos e secos deixa a massa dos grãos em situação de alto risco para que ocorra a colonização, infecção fúngica e produção das toxinas de Aspergillus ochraceus, Penicillium viridicatum e P. verrucosum. Esses fungos requerem um teor de umidade na faixa de 18-22%, temperatura ótima de 12-24 °C e tempo de desenvolvimento de 7 a 14 dias. A secagem de café em terreiros é um processo lento e deixa a massa de grãos de café sujeito a uma série de problemas. Na Figura 1 são apresentados os estágios de maturidade do grão de café e seu conteúdo de água. A Figura 2 mostra café danificado por fungos, embolorado, mofado. Essa contaminação depende das condições ambientais, da colheita do grão, operacionais e do armazenamento.

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Figura 2 - Café mofado e contaminado com OTA.

dos naturalmente com os esporos dos fungos produtores da OTA. Chuvas durante a colheita aumentam os problemas de contaminação. Grãos caídos no chão deveriam ser ensacados em separado e secos o mais rápido possível. • Secagem – A Fase Mais Crítica: A transição de café úmido (65-60%) para café totalmente seco (12,5-12,0%) é demorada e o grão fica exposto, favorecendo a infecção e o crescimento dos fungos e a produção das toxinas, uma vez que os níveis médios de umidade no grão de café na faixa aproximada de 18-24% favorecem muito o desenvolvimento fúngico. Na secagem em terreiro a massa de grãos de café espalhada depende da intensidade da radiação solar e fica sujeita às condições climáticas: chuvas repentinas, orvalho e o tempo encoberto que reduz a radiação, tornando a secagem no terreiro demorada e desuniforme. Mais os riscos de contaminações por sujidades leves e pesadas. Quanto mais demorado for a secagem natural (ao sol) maior será a proliferação de fungos e riscos de contaminações por toxinas. Diferentes grãos de café terão diferentes teores de umidade, e os grãos mais úmidos sustentarão a infecção e a produção de milhões de esporos que irão colonizar e infectar outros grãos. Esse período de tempo, em dias ou semanas, desde a colheita até que a massa de grãos de café esteja uniformemente seca nos obriga a sugerir, obrigatoriamente, a adoção de tecnologias de secagem artificial de café úmido. A secagem rápida, bem conduzida e o resfriamento do café representam ganhos ex-

Medidas para a Redução da Contaminação de Café por OTA: • Práticas Culturais: A intera- Figura 1 - O grão de café – estágios de maturidade e conteúdo de água (%). Foto: Eng. Edio Paul ção da planta com os fungos toxicogênicos é algo muito difícil de evitar, pois os fungos produtores de OTA ocorrem no solo ao redor das raízes do cafeeiro. Os esporos contaminam as flores e os grãos. • Forma de Colheita: Durante a colheita os grãos catados do chão já estão inoculawww.graosbrasil.com.br


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MICOTOXINAS pressivos de qualidade e de valor devido à sua pontuação mais alta, normalmente acima de 80 pontos. A perda de poucos pontos devido à qualidade definida pela bebida, significa uma redução significativa no preço a ser recebido por saca. • Armazenamento: O “grão de café verde” pode ficar armazenado por semanas ou meses desde que seu TU% esteja abaixo do valor máximo considerado crítico que é 12-12,5%. As condições inadequadas de armazenamento permitem o aumento da umidade na massa de grãos deixando a mesma muito vulnerável ao crescimento fúngico, pois os esporos estão sempre presentes, apenas aguardando condições de umidade para se desenvolverem. Sugere-se armazenar café natural (sem beneficiamento) a temperaturas mais baixas ao redor de 13-15°C. Uma forma bastante eficiente de controlar as condições que irão inibir o desenvolvimento de fungos na massa de grãos de café, é o resfriamento do produto a granel em silos pequenos ou médios, ou o armazenamento em big-bags em armazéns climatizados.

Tolerâncias A Tabela 1 apresenta tolerâncias para diferentes tipos de grão de café. A agência americana FDA (Food and Drug Administration) estabelece níveis entre 10-12 ppb para produtos e subprodutos destinadas ao consumo humano e animal devido ao alto potencial de problemas de saúde e econômicos. Algumas Agências Internacionais têm estabelecido limites regulatórios entre 5-50 ppb. A União Europeia enquadra a Ocratoxina A, como de Alto Risco, e é enquadrada em regulação específica. Para café estabelece limites de 5- 10 ppb. Países produtores de café precisam adaptar-se às regulações específicas e adotar medidas preventivas visando melhorar principalmente o sistema de secagem e armazenagem de café. A OTA pode ser encontrada associada a outras toxinas produzidas por espécies de Aspergillus, Penicillium e Fusarium, apresentado um efeito sinérgico.

carnes e produtos e subprodutos industrializados derivados de frango e suínos. A exposição humana ocorre de maneira indireta, pela ingestão de carnes e/ou derivados de origem animal e/ou diretamente pela ingestão de alimentos de origem vegetal contaminados. • Suspeita-se que provoca câncer do trato urinário e dos rins; • Europeus têm OTA em seu sangue pelo consumo de pão integral e especialmente de produtos feitos à base de carnes, órgãos e sangue de suínos. • Provoca doença típica nos rins comum na Romênia, Bulgária e ex- Ioguslávia. • Pode ser encontrada na cerveja devido ao seu efeito “carry over”. A qualidade da cevada e do malte é importante para evitar sua presença no produto final. Concluindo, a intoxicação de humanos e animais domésticos por OTA causa uma série de transtornos à saúde, podendo levar a óbito em função da dosagem e outras complicações. Assim sendo, a melhor medida é evitar que a contaminação do produto ocorra já no início do processo de colheita e secagem, uma vez que o excesso de umidade, temperaturas altas e o tempo de secagem favorecem o desenvolvimento de fungos e consequentemente a produção desta toxina. Para o café, que é um produto de consumo elevado e de grande valor na exportação, dispõe-se da tecnologia para a secagem artificial e o armazenamento climatizado.

Sintomas de Intoxicação Esta toxina é primeiramente nefrotóxica, mas também hepatotóxica. As pesTabela 1 - Limites regulatórios máximos de Ocratoxina A (OTA) em cafés. soas, os suínos e as aves são as espécies mais suscetíveis, e o órgão mais afetado é o rim seguido do fígado. O efeito “carry-over” da Ocratoxina A é preocupante, i.é., a toxina pode ser transferida para o sangue, leite, fígado, rins, Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020


ABRITRIGO

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Setor do trigo debate expectativas e prevê dificuldades para 2021 Congresso virtual apresentou o cenário do grão no Brasil e mundo, além dos gargalos da cadeia O segundo painel do evento tratou da gestão da indústria do trigo, com a apresentação de estratégias para que as empresas do setor atinjam seus objetivos

Em um formato inédito, a Abitrigo promoveu, na manhã de 25 de novembro, a 27ª edição do Congresso Internacional da Indústria do Trigo, que neste ano, por conta da pandemia, foi online e gratuita. “Pela primeira vez, a Abitrigo promove seu congresso de maneira virtual, uma experiência nova, em um ano que foi totalmente atípico. A pandemia afetou a vida de todos: empresas e consumidores. Nós nos reunimos hoje para fazer um balanço sobre a situação dos mercados internacional e nacional e debater as expectativas para 2021”, declarou o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, durante a cerimônia de abertura. “Estamos passando por um período de grande transformação, saindo do mundo analógico e acessando o mundo digital. Nossos mercados enfrentam grandes mudanças e trazer para o debate as estruturas industriais e comerciais do trigo, neste momento, é de extrema importância para todo o setor”, ressaltou o Deputado Federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira. Com o tema central “Mudanças Recentes e o Futuro”, o evento debateu questões relevantes para toda a cadeia do trigo no Brasil e no mundo, por meio da participação de importantes players do setor.

Convidada para fazer a palestra inaugural do evento, a economista, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics e professora da SAIS/John Hopkins University Washington, Monica de Bolle apresentou um panorama do atual cenário geopolítico mundial, abordando as perspectivas econômicas e sociais, com destaque para os impactos no Brasil. “O ano de 2020 foi um período muito difícil, mas chega ao fim de uma forma mais auspiciosa do que esperávamos, com a sinalização de vacinas com resultados promissores. Entretanto, estamos vivenciando, em alguns países, sinais claros de uma segunda onda, que também chegará ao Brasil”, destacou. “Neste momento, o melhor é trabalhar com um cenário de melhora, mas com cautela. A vacina vai chegar, mas ainda teremos pela frente um processo longo e lento, pois o Brasil é um país muito grande e com diferentes desafios em cada uma de suas regiões”, acrescentou. A dinâmica do mercado do trigo O primeiro painel do evento reuniu representantes da cadeia do trigo para debater a dinâmica do mercado, destacando os desafios do setor. Trazendo uma visão do cenário internacional do grão, o presidente honorário da European Flour Millers, www.graosbrasil.com.br


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Bernard Valluis, afirmou que a demanda mundial do trigo será atendida, pelo volume estimado de produção, até o ano de 2029. “A pandemia da Covid-19 não teve um grande efeito a curto prazo no mercado do trigo. Nossa projeção é que teremos uma produção suficiente, mesmo com a previsão de crescimento da população mundial.”, analisou Valluis. “Na escala de produção e exportação, os países que assumirão o topo do ranking serão Rússia, União Europeia, Estados Unidos e Ucrânia”, acrescentou. O diretor comercial da Coamo Agroindustrial Cooperativa, Rogério Trannin de Mello, destacou as particularidades do trigo nacional, ressaltando a competitividade, principalmente pela boa qualidade do cereal. “Temos um trigo de excelente qualidade no Brasil, mas o maior desafio no aumento do volume de produção é a concorrência com o milho da segunda safra, que ainda rende maior lucratividade ao produtor. Aumentar as áreas de trigo ainda é uma escolha do agricultor, que acaba por optar pela cultura que lhe é mais atraente financeiramente”, explicou. Trazendo a visão da indústria moageira, o executivo do Negócio Trigo da Bunge, Edson Csipai ressaltou que o preço de venda do trigo é um dos principais pontos de atenção do setor neste ano, que tendem a se manter na próxima safra, tendo em vista os cenário econômico mundial e o movimento de retenção dos estoques por parte dos produtores. “Enfrentamos um desafio muito grande na indústria moageira brasileira, que viu seus custos aumentarem 60%, mas que ainda não foram repassados ao mercado consumidor. Outro tema sensível é a questão do trigo transgênico, que enfrenta uma alta rejeição por parte do consumidor, o que leva os moinhos a não comprar esse produto”. Ainda no debate sobre o mercado, o presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga – ANUT, Luiz Henrique Baldez contribuiu com informações sobre a logística no Brasil. “Quando verificamos que na média o custo brasileiro representa cerca de 26% do produto e nos países da OCDE apenas 9%, podemos afirmar que temos uma diferença competitiva ainda muito grande.”, destacou referindo-se aos países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. “A solução desse problema será a longo prazo com políticas estaduais e estáveis”. A gestão na indústria do trigo O segundo painel do evento tratou da gestão da indústria do trigo, com a apresentação de estratégias para que as empresas do setor atinjam seus objetivos e resultados, com uma visão eficiente dos processos do momento em que o cereal chega aos moinhos até o consumidor final. Em um depoimento gravado exclusivamente Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

Presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa durante a abertura do Congresso

para o evento, o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, elencou os principais pontos de atenção para o sucesso de uma empresa, destacando as pessoas como um dos ativos mais importantes do negócio. “As pessoas são a parte mais importante de qualquer estratégia. Todos os colaboradores assinam um contrato de trabalho quando entram na empresa, mas o mais importante é o ‘contrato emocional’, pois ele é voluntário e individual. É esse ‘contrato’ que fornece a energia que movimenta a empresa, que faz as pessoas se comprometerem com o objetivo da companhia, buscando inovar e se dedicar para atingir as metas”. O Global Principal Application Scientist, Enzymes DuPont Health & Bioscience, Eduardo Pimentel Junior enfatizou que um plano de gestão eficiente é aquele que coloca as pessoas como um ponto de grande importância, possibilitando que elas se qualifiquem e se atualizem, preparando-as para inovar. “A indústria moageira é um setor que carrega os selos de artesanal e tradicional, mas é necessário sair da zona de conforto do tradicional e abrir espaço para a inovação. Esse processo deve ser marcado por um começo, mas a companhia precisa entender que inovar deve ser um movimento contínuo”, salientou. Focado no cenário moageiro nacional, o presidente da J. Macedo, José Honório Tofoli, destacou a grande diferença entre os moinhos, no campo financeiro, que se reflete diretamente no mercado de farinha de trigo no país. “Temos que mudar paradigmas no setor e aceitar que o nosso problema está na gestão. O mercado está para todos, mas é preciso focar na gestão dos nossos negócios, traçando metas e objetivos a serem alcançados e pa-


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rar de continuar aceitando que temos que vender barato”. Finalizando as apresentações do painel, a diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria – CNI, Mônica Messenberg analisou os impactos das ações dos governos na atividade empresarial. “Temos observado que o Brasil está entre os três níveis piores de competitividade, ou seja, aspectos como financiamento, tributação, logística e ambiente de negócios têm contribuído para que tenhamos uma dificuldade maior para que nossas empresas sejam competitivas, dentro e fora do Brasil. É necessário reduzir a burocracia e a tributação para que possamos nos tornar mais competitivos”. O evento foi encerrado pelo presidente do conselho deliberativo da Abitrigo, João Carlos Veríssimo, que exaltou os conteúdos apresentados ao longo da manhã. “Focamos, ao longo das discussões deste Congresso, em apresentar informações suficientes para tornar as empresas do setor cada vez mais sólidas e rentáveis. Somente empresas rentáveis e com boa geração de caixa podem fazer com que o mercado mude e que possamos implantar todas as inovações que os nossos clientes exigem”, declarou Veríssimo.

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TECNOLOGIA

COMO REDUZIR AS PERDAS NAS PÓSCOLHEITA COM O SISTEMA RR 500 ECO

Anualmente, são perdidos 10% da colheita de grãos principalmente pelo armazenamento e transporte, prejuízo que poderia ser evitado

O Brasil se destaca como um dos maiores produtores mundiais de grãos. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve ter uma produção de 268,7 milhões de toneladas na safra de 2020/21, volume 4,2% maior que o recorde da safra anterior. O levantamento aponta que a área cultivada também deve ter um crescimento de 1,3%, o que corresponde a 879,5 mil hectares a mais. Com esses números, ficou ainda mais evidente a importância de investir em um sistema de armazenagem eficiente, capaz de contribuir para valorização da colheita. Isso porque a armazenagem pode ser um fator estratégico para manter a qualidade dos grãos depois de colhidos, o que permite uma maior autonomia na hora da comercialização. Pois, é possível estocar a produção e vende-la quando os preços estão melhores, o que contribui para um aumento dos lucros do produtor. Em algumas regiões brasileiras, é possível até mesmo maximizar o uso da área e do maquinário com a plantação de uma terceira safra, o que somente é viável com a existência de um armazém. Porém, mesmo um país relevante mundialmenRevista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

te na produção de grãos como o Brasil, sofre perdas elevadas de pós-colheita, principalmente durante o transporte e o armazenamento. Estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Food and Agriculture Organization (FAO/ ONU) apontam que 10% de toda a produção anual é perdida desde a colheita até o escoamento final. Entre as principais causas de perda de pós-colheita de grãos estão ataques por insetos, ácaros, pássaros, roedores, fungos e bactérias. Nessa porcentagem, não estão contabilizadas as perdas qualitativas, responsáveis pelo comprometimento do uso de todos os grãos produzidos ou a classificação para outro uso de menor valor agregado. No caso do trigo, por exemplo, um inseto vivo em um lote pode desqualificar a comercialização como um todo. Outro problema é quando há a depreciação no valor da venda por causa da germinação precoce do grão, situação derivada da entrada indesejada de umidade no silo. Para evitar esse problema, os produtores empregam medidas para reduzir as perdas pós-colheita e uma delas é o investimento em uma vedação de qualidade tanto do telhado, quanto da base do silo.


TECNOLOGIA No mercado atualmente, há diversos tipos de impermeabilizantes que podem ser utilizados para este fim. Entretanto, especialistas alertam para ter cuidado na hora da escolha do produto, uma vez que ele ficará exposto à ações do tempo e uma falha pode significar a perda de toda uma colheita. Segundo o engenheiro Pedro Cardoso, especialista em impermeabilização do Grupo Hard, mais do que o custo do material, fatores como durabilidade e facilidade de aplicação devem ser considerados na hora da escolha. “Como o impermeabilizante ficará exposto, é fundamental que ele tenha resistência ao tempo (raios UV). Pois, um produto de qualidade diminui a frequência das manutenções, oferecendo em longo prazo um melhor custo e benefício”, explica. “Se for um produto fácil de aplicar, além de um menor número de manutenções, elas serão mais rápidas e eficientes, o que representa um salto de produtividade”. Para o especialista, o Impermeabilizante Hard RR 500 ECO Telhado é a solução que melhor atende à todas essas demandas. Além dos aditivos anti UVB na composição, a membrana líquida com base na tecnologia hibrida não dilui em água, assegurando uma vedação completamente estanque. Essa característica é um diferencial também na hora da aplicação, porque como ele cura em contato com a umidade, a manutenção não corre o risco de ser perdida mesmo em meio a chuva. Além disso, a vida útil do substrato pode aumentar em até 15 anos, pois estará protegido contra a corrosão e infiltrações.

Como é um produto de fácil aplicação, há um salto de produtividade também. “O RR 500 ECO foi pensado para garantir uma aplicabilidade rápida e extremamente prática. Por isso, ele já vem pronto para o uso e tem os menores tempos de cura final, 48 horas, e entre demãos, duas horas. Com isso, é possível fazer mais em menos tempo”, afirma Cardoso. Seu rendimento varia se for aplicado com pincel, rolo ou sistema airless, mas uma lata de 4kg pode impermeabilizar até 8m², considerando as duas demãos recomendadas do produto. Outro benefício dessa solução e que pode até gerar uma economia futura é a sua refletância tér-

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mica. Como reflete até 89% dos raios solares, há uma redução do uso do sistema de ventilação, diminuindo custos sem prejudicar o conforto térmico que o ambiente necessita. Um exemplo disso é uma aplicação feita em um silo no Mato Grosso do Sul, onde a redução de temperatura chegou a 25%.

Em resumo, um silo bem vedado com produtos de qualidade pode ser a diferença entre uma safra perdida e grãos da melhor qualidade para comercialização e consumo. “A melhor dica é pesquisar e optar por produtos que irão contribuir para a durabilidade de toda a estrutura. Ter por trás dessa solução uma empresa sólida e preocupada com a qualidade de seus produtos, como o Grupo Hard, irá fazer toda a diferença”, conclui o engenheiro.

Com 35 anos de história, a Hard é líder no segmento de fixação para construções metálicas no Brasil e especialista no desenvolvimento, fabricação e comercialização de soluções inovadoras. As linhas de produtos Hard cumprem normas de qualidade nacionais e internacionais – como a certificação FM Approved, pioneira no Brasil. Mas, acima de tudo, a Hard é sinônimo de solução completa em um só lugar, qualidade comprovada e alto níveis de estoque com 100% de rastreabilidade.

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COMÉRCIO

A PANDEMIA E AS PERSPECTIVAS DE MERCADO PARA 2021

O ano de 2020 foi marcado pela pandemia provocada pelo Coronavirus – batizado de COVID-19 – e a devastação através do mundo todo foi terrivelmente prejudicial para todos os segmentos da sociedade. Começando pela morte de milhões de pessoas ao redor do planeta, as suas consequências trouxeram outras complicações que vamos tentar enumerar pelo menos as principais: a) O isolamento social decretado para tentar inibir a proliferação do vírus foi parcialmente positivo, mas insuficiente para eliminar o problema; b) A luta contra um vírus totalmente novo e com o sistema mundial de saúde mal estruturado para enfrentar uma pandemia desse porte não evitou tantas perdas humanas como nunca visto; c) Paralelamente à evolução da pandemia, viu-se um sistema climático irregular que teve e ainda vai ter influência na produtividade dos alimentos em todos os continentes; d) Não devemos deixar de mencionar que, com o isolamento social, o consumo de alimentos aumentou consideravelmente, o que provocou uma alta excepcional nos preços finais dos produtos, em especial os de consumo básico tais como milho e soja que estão diretamente ligados à alimentação humana seja direta ou Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

Oswaldro J. Pedreiro Novo Horizonte - Assessoria e Consultoria contato@nhassessoria.com.br


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36 COMÉRCIO

através da ração destinada aos animais; Além dos pontos mencionados temos vários outros itens a serem considerados e que são consequências naturais da evolução dos preços das principais commodities agrícolas, onde teremos a especulação financeira que por si só se aproveita das variações para auferir lucros exorbitantes, cujo segmento alcança lucros muito acima do que conseguem os pobres produtores que se dedicam a enfrentar com muito sacrifício as intempéries e a má vontade das autoridades em respaldá-los nos momentos mais difíceis. Essa história não é um fato novo, todo ano temos praticamente a mesma situação e com certeza vai continuar “ad eternum”, obrigando cada segmento a buscar suas próprias soluções para tentar sobreviver. Como resultado de tudo o que acabamos de ressaltar, vimos os preços das principais commodities alcançar níveis de preços jamais vistos, surpreendendo até os mais experts em análise comportamental de mercados tão expressivos como são as commodities agrícolas. Ainda não sabemos o tamanho do ESTRAGO, mas podemos antever seríssimos problemas para o setor de avicultura e suinocultura, onde já se nota aqui e ali a redução de plantéis para tentar amenizar os prejuízos causados pelos altos preços dos insumos para ração de cada setor, pois nem todos os setores reagiram proporcionalmente aos novos níveis de preço e não conseguiram nem vão conseguir equilibrar pois o reajuste nos preços finais de seus produtos nunca obedecem uma proporção ideal e saudável. Vejam os senhores que em momento algum tivemos coragem de mencionar valores individuais para os produtos que estamos analisando, pois, o ano de 2020 marcou um comportamento bem regional para os preços dos produtos, não permitindo qualquer margem de acréscimo para que se possa mover um produto do ponto A para o ponto B (com raríssimas exceções), tendo que consumir regionalmente o que se produziu principalmente Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

no Brasil. Ao ponto de uma saca de milho ofertada no MT praticamente se equivale ao preço que os compradores indicam em SP, ainda mais adicionando os custos de logística e impostos que inviabilizam as negociações. É certo que os produtores em sua maioria estão vindo de bons resultados auferidos em 2019, assim puderam segurar seus estoques provocando maiores reajustes nos preços durante boa parte do ano de 2020. Atualmente, e depois de muita pressão por parte dos compradores, o mercado em final de novembro começou a registrar consideráveis baixas nos preços dessas commodities, estagnando em alguns momentos as negociações até que cada componente do sistema se ajustasse à nova realidade, e podemos dizer que neste início de Dezembro de 2020 os preços desses produtos (soja e milho principalmente) registram redução de preços acima de R$10 e até R$15 reais por saca!... Há comentários no mercado de que o ano de 2021 será um ano de preços altos devido à falta de estoques remanescentes para enfrentar a entressafra até que novas colheitas aconteçam, o que de certa forma assusta só de pensar no que pode vir a acontecer com os preços. Temos observado que as primeiras indicações de preços para o ano safra 2020/2021 mostram uma redução acima de R$40 reais a saca para soja especificamente, mas também sabemos que boa parte da produção da nova safra já foi comercializada a preços bem inferiores aos que foram praticados nos últimos meses; então seria interessante avaliar como ficarão esses contratos firmados antecipadamente a níveis bem inferiores que os atuais. Imagino que vamos ter uma guerra judicial a ser implementada por um bom período à frente, e quem tiver barba que as ponha de molho para não sentir arder em seu rosto!... Desejo a todos um final de ano repleto de bênçãos e que Deus nos proteja desse vírus!... FELIZ 2021 A TODOS!


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PARADA EM FÁBRICAS DE PROCESSAMENTO DE GRÃOS BUENOS AIRES, ARGENTINA - A atividade parou no dia 3 de dezembro em várias fábricas de processamento de grãos ao norte de Rosário, Argentina, devido a uma greve que começou na madrugada, disse a câmara de britagem do CIARA, segundo a Reuters. O sindicato dos trabalhadores de sementes oleaginosas SOEA está buscando pagamentos de bônus por trabalhar durante a pandemia do coronavírus (COVID-19). Inicialmente, o grupo disse que a paralisação duraria 24 horas, mas depois disse que duraria mais. Os trabalhadores fizeram uma greve em outubro pelo mesmo problema. Os membros do sindicato devem se reunir em 5 de dezembro para decidir sobre o próximo passo, disse a SOEA. “As fábricas de San Lorenzo estão paradas”, disse à Reuters Gustavo Idígoras, presidente da CIARA, que representa as principais esmagadoras. Em Puerto General San Martín e Timbúes, os sindicalistas da SOEA trabalhavam em meio período. Cargill, COFCO International, Terminal 6, uma joint venture entre a Bunge e a AGD local, e a Buyatti da Argentina têm unidades de britagem em San Lorenzo, com capacidade de processamento diário de 35.000 toneladas. Fuente: World Grain

PRODUTOS AGROPECUÁRIOS RESPONDEM POR 21% DA MOVIMENTAÇÃO DOS PORTOS A participação dos produtos agropecuários na movimentação de cargas nos portos brasileiros passou de 16% em 2019 para 21% em 2020, apesar das medidas de enfrentamento da pandemia de COVID-19. Até o mês passado, a circulação de produtos agropecuários chegou a 175 milhões de toneladas. Os dados se referem aos primeiros dez meses dos dois anos. Nesse período, a movimentação total de cargas nos portos brasileiros foi de 850 milhões de toneladas. Essa quantidade é 3,7% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. As informações formam as análises compiladas no Boletim Logístico, divulgado essa semana pela Conab. Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020

IPEA MOSTRA PIB AGROPECUÁRIO COM PROJEÇÕES DE SAFRA DA CONAB O Produto Interno Bruto (PIB) para o setor agropecuário deve crescer 1,5% neste mês de novembro e ter um crescimento de 1,2% para o próximo ano, menor do que os 2% que haviam sido projetados em outubro. Calculados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os números da nova perspectiva de PIB foram avaliados com base nas projeções de safra da Conab, além dos prognósticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do próprio Ipea. MARANHÃO – MILHO CHEGA PARA ATENDER CADASTRADOS NO ProVB Novos carregamentos com mais 1.340 toneladas de milho foram disponibilizados no Maranhão esta semana pela Conab. O produto servirá para atender criadores cadastrados no Programa de Vendas em Balcão (ProVB), que disponibiliza milho para venda a pequenos criadores que utilizam na ração animal. O produto está disponível nas unidades armazenadoras da Companhia em São Luís (840 t) e Imperatriz (500 t). GRANOS 138 JÁ CHEGOU! Uma nova edição da Granos, prima irmão da Grãos Brasil já esta disponiveis para toda América. Emtre outras materias se presenta: VISÃO GERAL DO MERCADO EXTERNO DE SORGO - ANÁLISE DA QUALIDADE DE SEMENTES EM UM NOVO CENÁRIO TECNOLÓGICO - MELHORIA DO PERFIL NUTRICIONAL DO PÃO ATRAVÉS DA FARINHA DE LUPINO - ABSORÇÃO DE FOSFINA NA MERCADORIA - CÂMARAS DE GÁS EFICAZ E SEGURA - IMPACTO DO POMBO DOMÉSTICO NA INDÚSTRIA ALIMENTAR e outras seçoes fixas. Os interesados podem solicitar a revista digital a consulgran@ gmail.com


COOLSEED NEWS 39

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NÃO SÓ DE PÃO...

A ERA DO VIRUS Este texto é para trazer esperança num momento apocalíptico. Dificilmente, o ano de 2020 será esquecido, pois desde o início do mês de Março enfrentamos uma realidade muito cruel, assustadora, cheia de incertezas e totalmente nova. Mas, isso não significa que precisamos ficar paralisados pelo medo. Essa pandemia do Corona Vírus – COVID-19 tem causado impactos tão amplos em toda a atividade humana, que fogem à imaginação mais criativa dos escritores de livros e produtores de filmes de ficção ou de terror. Muitos estão colocando sua esperança na vacina que começará a ser aplicada brevemente, ou mesmo antes do Natal. Pegou o mundo completamente despreparado para seus efeitos e vem colocando os governos de joelhos, por medo ou na esperança de uma intervenção Divina. A vida que considerávamos normal não mais existirá. Virou de ponta cabeça a forma com que pensamos, nos relacionamos, trabalhamos, ou viajamos. O “Home Office”, que já era praticado por poucos desde o início da década de 90, tornou-se regra geral. Além da crise na saúde física e emocional, econômica, educacional, comercial, e nos relacionamentos, etc. sem precedentes, o rastro de destruição do vírus agora atinge a falta de alimentos e um aumento da violência em certas regiões do mundo. Temos consciência que o agronegócio e o armazenamento de grãos tem um papel importante neste momento de crise para garantir a segurança alimentar mundial. O que queremos? A volta às coisas simples da vida, a redução da velocidade frenética de nossas vidas, saltar da correia transportadora da insanidade, retirar o foco de coisas que não têm o poder para nos fazer felizes e nem livres financeiramente. Neste contexto de pandemia, o Editorial da Grãos Brasil tem 2 perguntas para você: 1. Qual é o Seu Plano a Curto, Médio e Longo Prazo Neste Mundo? 1.1. Se For Para “Ser Feliz” Obedecer à Primeira e Mais Importante Lei de Deus: “Amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento” e a segunda, igualmente importante, “Amar o teu próximo como a ti mesmo”. Viver uma vida simples que inclui o marido amar sua esposa, esposa respeitar seu marido, perdoar problemas de relacionamento, não provocar seus filhos, obedecer a seus pais. Ao fazermos tudo isso no dia-a-dia, podemos ter altos e baixos, reveses inevitáveis, problemas, mas, nunca, nunca permitir que esses pequenos ou grandes problemas diários nos desviem do nosso Plano a Longo Prazo que é Amar a Deus momento-a-momento e o próximo como a mim mesmo. 1.2. Qual é o Seu Plano Para Ser Livre Financeiramente? Obedecer à Primeira e Mais Importante Lei da Economia: “Viver com Menos do que Ganha”. Viver com menos do que se ganha torna possível a liberdade financeira. Há um meio simples para ter uma vida financeira equilibrada: começa com um bom planejamento, passa pela disciplina no uso dos recursos, viver com discrição, e ser fiel na construção de suas reservas financeiras. Contar com ganhos de loteria ou herança deixa nosso Plano de Liberdade financeira muito frágil. A Equipe Editorial da Grãos Brasil deseja a todos sucesso na implementação do Plano a Longo Prazo Para ser Feliz e Para Ser Livre Financeiramente. Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020




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