Desejar um Demônio- Elizabeth Hoyt

Page 1


Desejar um Demônio Elizabeth Hoyt A Lenda dos Quatro Soldados – 4 Mantido em cativeiro durante sete anos após a Guerra Franco-Indígena, Reynaud St. Aubyn escapa e volta para casa. Assustador em sua aparência e tatuado, doente com febre Reynaud volta para casa, exigindo seus direitos como herdeiro. Mas ele foi declarado morto, e tio de Beatrice Corning é o novo duque. Beatrice amou Reynaud desde que ela viu seu retrato, mas o homem de verdade é muito mais fascinante. Enquanto ela cuida dele, Beatrice percebe que Reynaud está longe de ser uma besta. Ele é um homem com uma missão: encontrar a pessoa que traiu o seu regimento. Reynaud é cativado por Beatrice, uma dama que não tem medo tanto de sua aparência como seu temperamento. Embora ela esteja com seu tio, ela promete ajudar Reynaud a descobrir a verdade e, no final, reivindicar os seus direitos ao título, mesmo que signifique arriscar sua reputação e sua vida para ganhar seu amor. Traduzido e Revisado do Inglês Envio do arquivo: Δίĸɳ Revisão Inicial: Ângela Revisão Final: Cris Reinbold Formatação: Cleusa Imagem: Élica Talionis Comentário Ângela: E a saga dos Quatro Soldados chega ao fim, e que final delicioso, pois, além de um tórrido, sensual e quente romance, temos a reunião dos outros soldados, e suas respectivas exuberantes e inteligentes companheiras, para finalmente desvendarem o porquê da traição sofrida por seu regimento e revelando o informante traidor... Gostei bastante deste desfecho e desejo boa leitura aos seguidores desses soldados gostosos!!!!


01 Fora dos Bosques... As pessoas olhavam enquanto caminhava pelas ruas civilizadas de Boston. Elas se esgueiravam para longe nervosas, tomando cuidado para não encontrarem seus olhos. Ele era, obviamente, selvagem, cru, com violência reprimida, e possivelmente um louco. Ele não deu a mínima para o que elas pensavam. Ele estava muito ocupado contendo os arrepios de mal-estar que atormentavam seu corpo. Ele não esteve em torno de tantas pessoas nos últimos anos, sete anos para ser mais preciso. O barulho era alto em seus ouvidos carruagens chacoalhando, pessoas falando e gritando, e o clip-clop dos cascos de cavalos ferrados. O movimento de tantos corpos ofuscava seus olhos, fazendo com que ele começasse a sentir os ataques de fantasmas, não dando espaço para descansar seus olhos. Ele parou por um momento, tentando fazer com que seus sentidos ficassem sob controle, mas um soldado passando empurrou seu ombro. Ele girou a faca já desembainhada, um grunhido em seus lábios. Os olhos do soldado se arregalaram e ele afastou as mãos levantadas antes de se virar e correr. —Maldito sapo francês... —alguém murmurou. Ele girou, buscando o alto-falante, mas tudo o que via eram rostos brancos, hostis ou com medo, todos eles estranhos e estrangeiros. Só que não estava certo. Eles não eram estrangeiros e ele não era francês. Ele piscou e embainhou a faca, inalando fundo para se firmar. Ele estava perto, tão perto. Ele apenas precisava conter seus demônios por um pouco mais de tempo. Ele abaixou a cabeça e continuou. Meses de caminhada o levaram até ali, a chamada civilização. Ele viveu num jogo onde que animais ele poderia caçar, que frutas e raízes poderiam comer em que forragem poderia dormir. Andou através da chuva e do calor abrasador. Escondeu-se dos índios e dos franceses, e daqueles que ele simplesmente não conseguia identificar. Ele saiu da mata sete dias atrás e ainda não estava acostumado com a falta de cobertura ao seu redor. Ainda assim ele andou. Ele sacrificou muito sangue, as pessoas que ele amava, e sua própria honra para chegar aqui. Ele podia sentir o cheiro do sal do oceano agora, junto com o fedor de peixe podre. Em um minuto o porto entrou em vista. Navios altos sentando âncora, e ele podia ouvir os gritos das gaivotas. Seu coração começou a bater mais rápido. Tão perto. Tão perto. Ele não tinha dinheiro ou influência aqui. As roupas nas suas costas estavam irregulares, seus mocassins eram usados, e ele estava esquelético por falta de comida e da longa caminhada. Mas ele iria navegar em um navio com destino a Inglaterra, mesmo que ele tivesse que esfregar os conveses para pagar a sua passagem. Ele era Reynaud St. Aubyn, o Visconde De Hope, e por Deus ou pelo diabo, ele estava indo para casa.


02 Através de um oceano... O navio balançou violentamente, sacudindo pelo oceano como um touro jogando fora as pulgas, e Jenkins murmurou orações que subiam em um grito no escuro. Armadilha do demônio, Wilton o cozinheiro rosnou. Jenkins não parecia ouvir. Sua voz era alta e histérica agora, implorando a Deus, aos anjos, e vários santos para salvá-lo de uma sepultura no mar. Reynaud fecharam os olhos, puxando o cobertor imundo sobre seus ombros, enquanto ele estava deitado em sua rede, balançando. Metade dos homens estavam fracos por uma febre, ele estava terrivelmente frio, e as orações de Jenkins eram verdadeiramente irritantes. O navio podia muito bem ir para o fundo do mar nesta tempestade, mas ele duvidava muito que a Deus ou a qualquer Santo importasse. O barulho da quebra terrível veio de cima, e o primeiro companheiro, o imediato, chamado Capô, abriu a porta. —O mastro principal está saindo do lugar! Todo mundo no convés! Reynaud caiu de sua rede, juntamente com todos os outros homens na sala, lutando para tirar os sapatos. Ele se dirigiu para a porta, quando Jenkins gritou atrás dele. —Não, Deus, não! Jenkins estava gritando. Ele era um homem franzino, um americano, em seu caminho para visitar um tio em Londres com a vaga promessa de algum tipo de aprendizado. Por um momento, Reynaud sentiu pena do homem. Então, Capô sacudiu Jenkins. —Cada um de vocês vai sangrar até ao convés, se vocês quiserem viver para verem o amanhecer! Reynaud correu pelo corredor e saiu pela porta para o convés. A noite era negra com a tempestade, a única luz era a das lanternas balançando descontroladamente. Ele foi imediatamente encharcado até os ossos pela chuva picando, até mesmo por uma onda que passou sobre o arco. —Francês! Dê uma mão aqui! —o marinheiro chamando Capô gritou na direção do vento. Reynaud tropeçou em direção a ele, deslizando sobre o deck molhado. Capô estava preparado, usando todo o seu peso para prender uma corda presa ao mastro principal. Reynaud agarrou a corda acima das mãos do outro homem e puxou com força. —Tem que baixar as velas, —Capô disse ofegante —senão elas puxarão a todos nós para a água! Reynaud assinou um contrato para fazer parte da tripulação, na posição humilde de ajudante de cozinheiro, mas ele descobriu que em uma crise todos ajudavam em um navio. As velas acima deles já estavam, em sua maioria, abaixadas, mas soltaram livres em uma das extremidades, chicoteando ao vento. O mastro estava inclinando perigosamente, o impulso das velas tremulantes pesava para baixo. O navio rodou, inclinando-se, até mais ainda agora, tanto que Reynaud tinha certeza de que iria virar. O companheiro Capô estava xingando e dando ordens aos homens à esquerda e direita. —Hold rápido! Segure rápido... você puxe com mais força... ajudem sangrentos inúteis! A água do mar e da chuva pungentes inundava em seus olhos e um arrepio acumulou em seu estado. Reynaud, de repente, estava ao mesmo tempo frio e ardente. Ele agarrou a corda, sentindo a pele rasgando em suas palmas. O navio balançou e de repente se endireitou. Ao mesmo tempo, houve um terrível grito e Jenkins deslizando sobre a plataforma e caiu no mar. Por um momento Reynaud apenas ficou olhou para o lugar onde o homem caiu. Então, Capô inclinou-se e gritou em seu ouvido. —Sempre cobicei seu cachimbo de fumar. Jesus. Ele estava em um covil de ladrões. Reynaud se concentrou em segurar a corda, puxando severamente. Ele tinha que mostrar nenhuma fraqueza, ou iriam cair em cima dele como lobos. Ele não deixaria isso acontecer. Ele não iria sucumbir à tempestade, à febre, ou aos predadores no navio. O que acontecia era que ele estava voltando para casa.


03 Inglaterra... Londres era um miasma marrom e cinza, Reynaud pensou vagamente quando ele olhou por cima do ombro e viu as docas. Ele puxou com toda a força os remos do pequeno barco a remos, mas ainda pegou e deslizou por cima das ondas. —Sente-se mal, Francês? —perguntou Capô com solicitude falsa atrás dele. Reynaud ignorou. Para subir para sua isca só precisava mostrar fraqueza, e ele poderia pagar muito mal por isso. Ele estava quase lá, quase em casa. Seu coração batia em um turbilhão muito rápido, um sinal da doença de que ele se recuperou recentemente. Durante os dias em que ele ficou em sua rede balançando, a mão permaneceu sobre a faca desembainhada, alucinando ataques noturnos. Quando Reynaud tinha finalmente se sentido bem o suficiente para subir, exceto Capô que tinha uma nova cicatriz no queixo, um dos outros marinheiros tinha a barra de sua manga cobrindo o vazio. Nem todos os ataques foram pesadelos, parecia. Eles ancoraram o barco e Reynaud saltou em terra tão agilmente quanto podia. Seus músculos doíam, seus ossos doíam, e ele podia sentir o suor brotando ao longo de sua fina linha das costas, mas ele estava em solo inglês, como no passado. —Você precisa de alguma ajuda? —perguntou Hood. Reynaud balançou a cabeça negativamente, andando rapidamente ao longo do cais. A casa na cidade de seu pai estava no West End de Londres, naturalmente, e ele teria que chegar até lá a pé. Ele não tinha nada em seu nome, além das roupas nas costas e a faca pendurado ao seu lado. O tempo vacilou e passou sem ser percebido, enquanto ele cambaleava. Quando em seguida Reynaud estava consciente novamente, percebeu que alguém o seguia. A área em que ele estava era muito pobre. Um mendigo tombou por uma porta, observando-o enquanto ele tropeçava passando. Era o mendigo uma miragem? Passos corria na direção dele, e Reynaud virou, com a faca na mão. Ele apoiou os pés afastados, jogando a cabeça para trás e rosnando. Dois jovens vieram em sua direção, mas vacilaram, seus olhos se arregalaram ao ver a expressão em seu rosto. —Encontre alguma outra presa. —Reynaud rosnou, e eles se espalharam. O sol estava em cima agora. Reynaud continuou, com os pés arrastando, a faca na mão. Pessoas que ele não reconhecia fizeram um amplo espaço ao seu redor. Ele caminhou e caminhou durante horas e, de repente, miraculosamente, a casa de seu pai estava diante dele. Ele apertou seus olhos, olhando firme, se perguntando se ele estava sonhando. Mas a porta com a aldrava de bronze em forma de cabeça de leão ainda estava lá. Ele abaixou a faca ao seu lado e subiu os degraus de sua casa. Ele estava respirando pesadamente, o suor arrefeceu pelas costas, e a própria porta vacilou diante de seus olhos. Reynaud cerrou os dentes e bateu. Ele não entraria em colapso agora, tão perto de seu objetivo. Apenas alguns minutos mais e ele iria ver seu pai. Ele estaria em casa. A porta se abriu para revelar o rosto de um mordomo estranho. Os lábios do homem se enrolaram enquanto ele olhava a Reynaud de cima para baixo. Ele começou a fechar a porta. Reynaud bateu a palma da mão contra a porta, impedindo-a de se fechar. —Eu sou Reynaud St. Aubyn, Visconde De Hope. Leve-me ao meu pai.


PRÓLOGO Era uma vez, em um país sem um nome, um soldado que estava viajando para casa depois da guerra. Ele marchou muitos quilômetros com três amigos, mas em uma encruzilhada, cada um escolheu um caminho diferente e continuou, enquanto o nosso soldado parou para tirar uma pedra de seu sapato. Agora, ele se sentia sozinho. O soldado colocou o sapato de volta, mas ele ainda não estava interessado em continuar sua jornada. Ele esteve muitos anos distantes por causa da guerra, e ele sabia que ninguém esperava por ele em casa. Aqueles que poderiam ter recebido e festejado o seu regresso há muito tempo morreram. E se não tivessem, ele não tinha certeza de que iriam reconhecer o homem em que ele se tornou ao longo dos anos. Quando um homem vai para a guerra, ele nunca volta à mesma coisa. Medo e desejo, a coragem e a perda, morte e tédio, foi todo o trabalho dele ultimamente, minuto a minuto, dia a dia, ano a ano, até que, no final, ele estava totalmente mudado, uma distorção para o bem, ou para mal, do homem que ele era uma vez. Assim, o nosso soldado se sentou em uma pedra e contemplava essas coisas quando uma brisa soprou friamente contra suas bochechas. Ao seu lado estava uma grande espada, e foi em homenagem a esta espada que ele foi nomeado. Assim, ele foi chamado Longa Espada... De Longa Espada, o guerreiro

CAPÍTULO 01 A espada de Longa Espada era bastante extraordinária, não só por ser pesada, afiada e mortal, mas também porque poderia ser usada apenas pelo próprio Longa Espada... De Longa Espada, o guerreiro Londres, Inglaterra Outubro de 1765 Poucos eventos são tão chatos como um chá político. A anfitriã de um assunto tão social é muitas v ezes descontroladamente desejosa de algo, qualquer coisa que ocorresse para seu lado, de modo a torná-lo mais emocionante. Embora, talvez, um homem quase morto cambaleando para o chá fosse um pouco emocionante demais, refletia Beatrice Corning mais tarde. Até pouco antes da entrada impressionante do homem morto, as coisas foram, como de costume, para uma festa de chá. O que queria dizer que foi bastante maçante. Beatrice escolheu o salão azul, que era, sem surpresa, azul. A calma, o repousante azul maçante. Pilastras brancas cobriam as paredes, subindo para o teto com arabescos pouco discretos em seus topos. Mesas e cadeiras foram espalhadas aqui e ali, e uma mesa oval estava no centro da sala com um vaso de fina porcelana com um enorme arranjo de margaridas. Havia os refrescos, inclusive pão branco cortado em fatias finas com manteiga, alémpequenos bolos, rosa pálido. Beatrice discutia a inclusão de tortas de framboesa, pensando que, pelo menos, poderiam ser coloridas, mas tio Reggie, o Conde de Blanchard para todos os outros, rejeitaram a ideia. Beatrice suspirou. Tio Reggie era um velho querido, mas ele gostava de contar tostões. Que foi também por isso que o vinho foi diluído para uma cor rosa anêmico, e o chá era tão fraco que poderia fazer aparecer o pequeno pagode azul na parte inferior de cada xícara de chá. Ela olhou através da sala onde seu tio estava de pé, com as pernas arqueadas, gordo, se preparando, com as mãos nos quadris, para discutir acaloradamente com Lord Hasselthorpe. Pelo menos ele não foi provar os bolos, e ela observara cuidadosamente para se certificar de que sua taça de vinho foi preenchida uma única vez. A força da ira de tio Reggie fez sua peruca deslizar torta. Beatrice sentiu um puxão de sorriso apaixonado em seus lábios. Oh, querido. Ela apontou para um dos lacaios, deu o seu prato, e começou lentamente a andar, enrolando a sua maneira através do quarto, para colocar seu tio em uma forma impecável novamente. Quando estava apenas a um quarto do caminho para seu objetivo, ela foi interrompida por um leve toque no cotovelo e um sussurro conspiratório. —Não olhe agora, mas Sua Graça está realizando sua famosa imitação de um bacalhau com raiva. Beatrice se virou e olhou para os olhos cintilantes castanho avermelhado de Lottie Graham. Ela era apenas um pouquinho mais alta do que um metro e meio, gordinha e de cabelos escuros, e a inocência de seu rosto redondo e sardento era totalmente desmentida pela nitidez da sua inteligência. —Ele não está. —Beatrice murmurou, e então fez uma careta quando ela casualmente olhou. Lottie estava completamente certa, como era habitual, pois o Duque de Lister, de fato, parecia um peixe enfurecido. —Além disso, o que pode fazer um bacalhau ficar com raiva de qualquer maneira?


—Exatamente. —respondeu Lottie, como se tivesse marcado o seu ponto. —Eu não gosto desse homem... eu nunca confio nele, e isso é totalmente além de sua política também. —Shh... —Beatrice assobiou. Elas estavam sozinhas, mas havia vários grupos de cavalheiros próximos que poderiam ouvir se eles quisessem. Uma vez que cada homem na sala era um Tory convicto, convinha que as senhoras escondessem suas inclinações Whig. —Oh, relaxe, Beatrice, querida. —disse Lottie —Mesmo que um desses bons senhores apreendessem ouvir o que eu estou dizendo, nenhum deles tem a imaginação para perceber que pode haver um ou dois pensamentos em nossas cabeças, especialmente se esse pensamento não estiver de acordo com o deles. —Nem mesmo o Sr. Graham? Ambas as senhoras se viraram para olhar para um homem jovem e bonito, com uma peruca branca de neve no canto da sala. Suas bochechas estavam rosadas, os olhos brilhantes, e ele estavam em linha reta e forte enquanto entretinha aos homens com uma história. —Especialmente Nate. —Lottie disse, franzindo a testa para o marido. Beatrice inclinou a cabeça em direção da sua amiga. —Mas eu pensei que você estava fazendo progressos em trazê-lo para o nosso lado! —Eu estava errada. —Lottie disse levemente —Quando outro Tory tomar a palavra, Nate não o interromperá, mesmo se ele concordar com suas opiniões ou não. Ele é tão firme em sua posição como um salgueiro em um vento forte. Não, eu estou com muito medo que ele vá votar contra o projeto de lei do Sr. Wheaton para fornecer pensão aos soldados aposentados do exército de Sua Majestade. Beatrice mordeu o lábio. O tom de Lottie era quase irreverente, mas sabia que a outra mulher estava decepcionada. —Eu sinto muito. Lottie encolheu os ombros. —É estranho, mas eu me veria mais desiludida por um marido que tivesse seus pontos de vista facilmente persuadidos, do que seria por um cujas opiniões fossem totalmente opostas, mas apaixonadamente realizadas. Isso não é quixotesco em mim? —Não, isso só mostra o seu próprio sentimento e personalidade fortes. —Beatrice segurou no braço de Lottie. —Além disso, eu não iria desistir do Sr. Graham ainda. Ele a ama, você sabe. —Oh, eu sei. —Lottie examinou uma bandeja de bolos cor-de-rosa em cima da mesa nas proximidades. —Isso é o que faz a coisa toda muito trágica. —ela colocou um pedaço de bolo em sua boca. —Mmm. Estes são muito melhores do que parecem. —Lottie... —Beatrice protestou, meio rindo. —Bem, é verdade. São esses próprios bolinhos Tory que eu teria pensado que tinham gosto de poeira, mas eles têm um lindo toque de rosa. —ela tomou outro bolo e comeu —Você percebeu que a peruca do Sr. Blanchard está torta, não é? —Sim. —Beatrice suspirou —Eu estava no meu caminho para arruma-la quando você me assaltou. —Mmm. Você vai ter que enfrentar o peixe velho, então. Beatrice viu que o Duque de Lister se juntou ao seu tio e ao Sr. Hasselthorpe num cantinho. —Encantador. Mas eu ainda preciso ir salvar a peruca do pobre tio Reggie. —Você tem uma alma corajosa. —disse Lottie —Eu vou ficar aqui e guardar os bolos. —Covarde. —Beatrice murmurou. Ela tinha um sorriso em seus lábios quando começou novamente a caminhar para o círculo onde estava seu tio. Lottie estava certa, é claro. Os senhores que se reuniram no salão de recepção de seu tio eram os expoentes do Partido Tory. Mas nem todos se sentavam na Câmara dos Lords, mas havia plebeus aqui também, como Nathan Graham. Eles ficariam todos indignados se descobrissem que ela arquitetava todos os pensamentos políticos contrários a eles, e muito mais aqueles que corriam contra seu tio. Geralmente ela mantinha esses pensamentos para si mesma, mas a questão de uma pensão justa para os soldados veteranos era um assunto demasiado importante para se negligenciar. Beatrice viu em primeira mão o que um ferimento de guerra poderia fazer para um homem, e como ele pode afetá-lo por muitos anos depois que ele deixasse o exército de Sua Majestade. Não, era simplesmente... A porta do salão azul foi arremessada violentamente, provocando rachaduras na parede. Cada cabeça na sala virou para olhar para o homem que estava lá. Ele era alto, com ombros impossivelmente largos que encheram a porta. Ele usava algum tipo de perneiras de couro macio e camisa reta sob um casaco azul brilhante. Longos cabelos negros vagueavam descontroladamente pelas costas, e uma grossa barba cobria quase totalmente suas bochechas magras. Uma cruz de ferro pendia de uma orelha, e uma enorme faca desembainhada pendurava em uma corda na cintura. Ele tinha os olhos de um homem morto há muito tempo. —Mas que diabo... —Tio Reggie começou. Mas o homem falava sobre ele, com a voz profunda e enferrujada. —Où est mon père?[1] Ele estava olhando diretamente para Beatrice, como se mais ninguém na sala existisse. Ela estava congelada, hipnotizada e confusa, com uma mão em cima da mesa oval. Não podia ser... Ele avançou para ela, seu passo firme, arrogante e impaciente. —J'insiste sur le fait de voir mon père![2]


—Eu... eu não sei onde está seu pai. —Beatrice gaguejou. Seu longo passo estava diminuindo o espaço entre eles. Ele estava quase em cima dela. Ninguém estava fazendo nada, e ela esqueceu todas as suas aulas de francês. —Por favor, eu não sei... Mas ele já estava em cima dela, suas mãos grandes estendidas tentando chegar até ela. Beatrice estremeceu, ela não podia ajudá-lo. Era como se o próprio diabo tivesse vindo para ela, aqui em sua própria casa, neste chá chato de todas as semanas. E então ele cambaleou. Uma mão marrom agarrou a mesa, como se para se firmar, mas a mesinha não estava preparada para a tarefa. Ele a levou com ele quando caiu de joelhos. O vaso de flores caiu no chão seu lado em uma confusão de pétalas, água e cacos de vidro. Seu olhar assim zangado ainda estava trancado com o dela, quando ele caiu no tapete. Em seguida, seus olhos negros reviraram em sua cabeça, e ele caiu. Alguém gritou. —Meu Deus! Beatrice, está tudo bem, minha querida? Onde está o meu mordomo? Beatrice ouviu tio Reggie atrás dela, mas ela já estava de joelhos ao lado do homem caído, sem se importar com a água derramada do vaso. Hesitante, tocou seus lábios e sentiu o roçar de sua respiração. Ainda vivo, então. Graças a Deus! Ela tomou sua cabeça pesada entre as palmas das mãos e colocou-a no colo para que ela pudesse olhar para o seu rosto mais de perto, e prendeu a respiração. O homem foi tatuado. Três pássaros de rapina estilizados voaram sobre seu olho direito, selvagem como na natureza. Seus olhos negros de comandante estavam fechados, mas as sobrancelhas eram pesadas e um pouco serradas, como se ele desaprovasse algo mesmo enquanto inconsciente. Sua barba não aparada estava com pelo menos dois centímetros de comprimento, mas ela observou sua boca abaixo, absurdamente elegante. Os lábios eram firmes, o superior com um grande arco, muito sensual. —Minha querida, por favor, se afaste desse... dessa coisa. —disse tio Reggie. Ele colocou a mão em seu braço, pedindo para se levantar. —Os lacaios não podem tirá-lo da casa até que você se mova. —Eles não podem levá-lo. —Beatrice disse, ainda olhando para o rosto impassível. —Minha querida... Ela olhou para cima. Tio Reggie era tão querido, mesmo quando estava com o rosto vermelho de impaciência. Isso poderia muito bem matá-lo. E para ela, o que isso significaria? —Ele é o Visconde De Hope. Tio Reggie piscou. —O quê? —O Visconde De Hope. E ambos se viraram para olhar para o retrato perto da porta. Era de um homem jovem e bonito, o ex-herdeiro do condado. O homem cuja morte tornou possível para tio Reggie se tornar o Conde de Blanchard. Sombrio, olhos e cabelos pretos, olhar de pálpebras pesadas os olhando do retrato. Ela olhou de volta para o homem vivo. Seus olhos estavam fechados, mas ela lembrava bem. Pretos, com raiva e brilhantes, eles eram idênticos aos olhos do retrato. O coração de Beatrice congelou maravilhada. Reynaud St. Aubyn, Visconde De Hope, o verdadeiro Conde de Blanchard, estava vivo. Richard Maddock, Sr. Hasselthorpe, observou quando os lacaios do Conde de Blanchard levantaram o inconsciente lunático de onde ele caiu no chão da sala de estar. Como o homem havia passado pelo mordomo e pelos lacaios até a sala era uma incógnita. O Conde deveria cuidar melhor de seus convidados, pois a sala estava cheia com a elite Tory, pelo amor de Deus! —Idiota condenado! —o Duque de Lister rosnou ao seu lado, colocando voz aos seus próprios pensamentos. —Blanchard deveria ter contratado guardas extras, se a casa não era segura. Hasselthorpe resmungou, tomando seu abominável e aguado vinho. Os lacaios estavam quase na porta agora, obviamente, trabalhando pesado sob o peso do louco selvagem. O Conde e sua sobrinha foram arrastando os lacaios, falando em voz baixa. Blanchard lançou um olhar para ele, e Hasselthorpe levantou uma sobrancelha de desaprovação. O Conde olhou rapidamente para longe. Blanchard podia ser maior na classificação hierárquica, mas a influência política de Hasselthorpe era maior, fato que Hasselthorpe geralmente tinha o cuidado de usar levemente. Blanchard era, juntamente com o Duque de Lister, seu maior aliado no Parlamento. Hasselthorpe estava de olho no lugar do Primeiro-Ministro, e com o apoio de Lister e Blanchard, ele esperava ocupá-lo no próximo ano. Se tudo corresse de acordo com seus planos. A pequena procissão saiu da sala, e Hasselthorpe voltou seu olhar para os convidados, franzindo a testa ligeiramente. As pessoas mais próximas de onde o homem havia caído formavam pequenos nós, falando baixo, em murmúrios excitados. Alguma coisa estava acontecendo. Podia-se assistir a ondulação de uma notícia se espalhando através da multidão. Quando ele olhava para cada novo grupo de cavalheiros, encontrava sobrancelhas e cabeças, ornadas com perucas, inclinando-se juntas. O jovem Nathan Graham estava em um grupo fofocando nas proximidades. Graham fora recentemente eleito para a Câmara dos Comuns, um homem ambicioso quanto à riqueza para fazer sua aspiração, e com os ingredientes de um grande orador. Ele era um homem jovem para se assistir de perto, e talvez conveniente para o seu próprio uso. Graham rompeu com o círculo e


caminhou para onde Hasselthorpe e Lister estavam em um canto da sala. —Dizem que é o Visconde De Hope. Hasselthorpe piscou, confuso. —Quem? —Aquele homem! —Graham apontou para o local onde a empregada estava limpando o vaso quebrado. A mente de Hasselthorpe momentaneamente congelou em choque. —Impossível. —Lister rosnou —O De Hope já morreu há sete anos. —Por que eles acham que é o De Hope? —Hasselthorpe perguntou em voz baixa. Graham deu de ombros. —Há uma semelhança, senhor. Eu estava perto o suficiente para estudar o rosto do homem quando ele entrou na sala. Os olhos são... bem, a única palavra é que é extraordinário. —Os olhos, extraordinários ou não, dificilmente são prova suficiente para ressuscitar um homem morto. —afirmou Lister. Lister tinha motivos para falar com autoridade plena. Ele era um homem grande, alto, com uma barriga em declive, e ele tinha uma presença inegável. Lister era também um dos homens mais poderosos da Inglaterra. Era natural, portanto, que quando ele falasse, os homens tivessem o cuidado de ouvir. —Sim, Sua Graça. —Graham fez uma pequena reverência ao Duque. —Mas ele estava perguntando por seu pai. —Graham não tinha necessidade de adicionar que eles estavam na residência do Conde de Blanchard. —Ridículo. —Lister hesitou, então disse, mais baixo —Se for Hope, então Blanchard só perdeu o título. —E ele olhou significativamente para Hasselthorpe. Se Blanchard perdesse o título, ele já não se sentaria na Câmara dos Lords. Eles perderiam um aliado crucial. Hasselthorpe franziu o cenho, virando-se para o retrato em tamanho natural pendurado perto da porta. De Hope foi um jovem, talvez apenas em seu vigésimo ano, quando posou para ele. A pintura mostrava um jovem rindo, bochechas rosadas e brancas, imaculadas, olhos negros alegres e claros. Se o louco era De Hope, ele sofreu uma mudança de proporções monumentais. Hasselthorpe voltou-se para os outros homens e sorriu sombriamente. —Um louco não pode destituir Blanchard. E em qualquer caso, ninguém provou que ele é De Hope. Não há motivo para alarme. —Hasselthorpe tomou um gole de vinho, aparentemente frio e composto, enquanto que por dentro ele reconheceu o final inacabado de sua sentença. Não havia nenhum motivo para alarme... ainda. Precisou quatro lacaios para levantar o Visconde De Hope do chão, e até agora eles cambaleavam sob seu peso. Beatrice observou os homens com cuidado, pois ela e seu tio, que arrastou atrás de si, estavam preocupados que pudessem deixá-lo cair. Ela convenceu tio Reggie para levar o homem inconsciente para um quarto sem uso, apesar de seu tio estar longe de se sentir feliz com o assunto. Tio Reggie inicialmente teve em mente para jogá-lo na rua. Ela tomou uma posição mais cautelosa, não só de caridade cristã, mas também de preocupação miudinho, pois se este era o Visconde De Hope, eles dificilmente ajudariam seu caso ao jogá-lo para fora. Os lacaios cambalearam para fora do salão com o seu fardo. De Hope estava mais fino e magro do que em seu retrato, mas ele ainda era um homem muito alto, mais de um e oitenta, Beatrice estimava. Ela estremeceu. Felizmente, ele não recuperou a consciência depois de encará-la tão maldosamente. Caso contrário, ela não tinha certeza de que teria sido capaz de movê-lo apesar de tudo. —O Visconde De Hope está morto. —tio Reggie murmurou enquanto trotava ao seu lado. Ele não soava como se acreditasse em seu próprio protesto. —Morto nestes sete anos! —Por favor, tio, não deixe que o seu temperamento aflore. —Beatrice disse ansiosamente. Ele odiava ser lembrado, mas tio Reggie teve um ataque de apoplexia no mês passado, um ataque que absolutamente a aterrorizou. —Lembre-se do que o médico disse. —Oh, maldição! Estou tão em forma como um violino, apesar do que pensa aquele charlatão. —Tio Reggie disse bravamente. —Eu sei que você tem um coração mole, minha querida, mas esse não pode ser De Hope. Três homens juraram que o viram morrer, assassinado por aqueles selvagens nas colônias americanas. Um deles era o Visconde De Vale, seu amigo desde a infância! —Bem, eles estavam obviamente errados. —Beatrice murmurou. Ela franziu a testa quando os lacaios ofegantes subiam as amplas escadas em carvalho escuro à frente deles. Os quartos estavam todos no terceiro andar da casa da cidade. —Cuidado com a cabeça! —Sim, senhorita. —George, o lacaio mais velho, respondeu. —Se esse for De Hope, então ele perdeu o juízo. —Tio Reggie bufou quando eles chegaram ao salão superior. —Ele estava delirando em francês, de qualquer modo. Sobre o seu pai! E eu sei absolutamente que o último Conde morreu há cinco anos. Participei de seu próprio funeral. Você não vai me convencer que o velho Conde está vivo, também. —Sim, tio. —respondeu Beatrice —Mas eu não acredito que o Visconde saiba que seu pai está morto. —ela sentiu uma pontada pelo homem inconsciente. Onde havia Lord Hope estado todos esses anos? Como ele conseguiu todas essas tatuagens estranhas? E por que ele não sabia que seu pai falecera? Querido Deus, talvez seu tio estivesse certo. Talvez a mente do Visconde estivesse quebrada. Tio Reggie deu voz aos seus pensamentos terríveis. —O homem é louco, isso está claro. Delirante. E pode atacá-la. Eu digo, você não deveria ir se deitar, minha querida? Eu posso enviar ao seu quarto alguns desses doces de limão que você


gosta tanto, não importa o custo. —Isso é muito gentil de sua parte, tio, mas ele não vai chegar perto o suficiente para colocar as mãos em mim. —Beatrice murmurou. —Não foi por falta de tentar! —Tio Reggie olhou com desaprovação, quando os lacaios transportaram o Visconde para o quarto escarlate. Era apenas o segundo mais agradável quarto de hóspedes, e por um momento Beatrice tinha uma pontada de dúvida. Se este fosse o Visconde De Hope, então certamente ele merecia o primeiro quarto, o mais agradável para esse convidado? Ou era um ponto discutível, pois, se ele era o Sr. Hope, então ele realmente não deveria estar no quarto do Conde, em que, naturalmente, tio Reggie dormia? Beatrice balançou a cabeça. A coisa toda era muito complicada para as palavras, e, em qualquer caso, o quarto escarlate teria que bastar por agora. —O homem deveria estar em um hospício. —Tio Reggie estava dizendo. —Pode matar a todos em nosso sono quando ele acordar. Se ele acordar. —Eu duvido que ele vá fazer tal coisa. —Beatrice disse com firmeza, ignorando tanto o tom esperançoso de seu tio em suas últimas palavras como seu próprio mal-estar. —Certamente é apenas a febre. Ele estava queimando quando toquei seu rosto. —Suponho que eu vou ter que enviar um médico. —Tio Reggie fez uma careta para Lord De Hope. —E pagar por isso eu mesmo. —Seria a coisa cristã a fazer. —Beatrice murmurou. Ela observava ansiosamente enquanto os lacaios baixavam De Hope para a cama. Ele não se moveu ou fez qualquer som desde o seu colapso. Ele estava morrendo? Tio Reggie resmungou. —E eu vou ter que explicar isso para os meus convidados de alguma forma. Fadado estar sendo fofocado sobre isso neste exato momento. Estaremos sendo falados pela cidade, tem a minha palavra. —Sim, tio. —Beatrice disse suavemente —Eu posso supervisionar aqui se você quiser assistir aos nossos convidados. —Não demore muito tempo, e não fique muito perto do corrupto. Sem contar o que ele poderia fazer se ele acordasse de repente. —Tio Reggie olhou para o homem inconsciente antes de ir saindo do quarto. —Eu não vou sair. —Beatrice virou-se para os lacaios que esperavam. —George, por favor, veja que um médico seja chamado, no caso do Conde se distrair e esquecer o assunto. —ou pensar melhor sobre o custo, ela mentalmente acrescentou. —Sim, senhorita. —George foi para a porta. —Oh, e me envie a Sra. Callahan, por favor, George? —Beatrice franziu o cenho para o homem barbudo e pálido na cama. Ele estava se movendo sem parar, como se fosse acordar. – A Sra. Callahan sempre parece saber o que fazer. —Sim, senhorita. —George saiu correndo do quarto. Beatrice olhou para os restantes três lacaios. —Um de vocês precisa ir dizer ao cozinheiro para aquecer um pouco de água, brandy, e... Mas, naquele momento, os olhos negros de De Hope se abriram. O movimento foi tão repentino, seu olhar tão intenso, que Beatrice guinchou como uma tola e saltou para trás. Ela se endireitou e, sentindo-se um pouco envergonhada por sua pequena falha feminina, correu para frente quando Lord Hope começou a levantar. —Não, não, meu senhor! Você deve permanecer na cama. Você está doente. —ela tocou seu ombro, empurrando-o suavemente, mas com firmeza. E de repente ela foi tomada por um turbilhão. Lord De Hope violentamente a agarrou, empurrando para cima da cama e caiu em cima dela. Ele podia ser magro, mas Beatrice sentiu como se um saco de tijolos houvesse pousado em seu peito. Ela engasgou por ar e olhou para os olhos pretos que olhavam para ela malevolamente, há apenas alguns centímetros de distância. Ele estava tão perto que ela podia contar cada cílio escuro individualmente. Tão perto que ela sentiu a pressão dolorosa que a faca horrível fazia em seu lado. Ela tentou pressionar a mão contra seu peito, pois ela não conseguia respirar! Mas ele pegou sua mão, esmagando-o em sua própria, enquanto ele rosnava: — J'insiste sur le fait[3]... Ele foi cortado quando Henry, um dos lacaios, bateu na cabeça com um ferro usado para aquecer a cama. Lord Hope caiu, batendo com a cabeça pesada para o seio de Beatrice. Por um momento, ela estava com medo de sufocar por completo. Em seguida, Henry o puxou de cima dela. Ela deu um suspiro trêmulo e ficou com as pernas trêmulas, virando-se para olhar para seu paciente inconsciente na cama. Sua cabeça pendia, seus penetrantes olhos negros estavam velados agora. Será que ele realmente iria machucá-la? Ele parecia tão mal, fora de si, demente, mesmo. O que, em nome de Deus, aconteceu? Ela esfregou sua mão ferida, engolindo em seco quando ela recuperou a compostura. George voltou e olhou chocado quando Henry explicou o que aconteceu. —Mesmo assim, você não devia ter batido nele com tanta força. —Beatrice repreendeu Henry. —Ele estava machucando você, menina! —Henry parecia teimoso. Ela passou a mão trêmula pelo cabelo, verificando se o seu penteado ainda estava no lugar. —Sim, bem, na verdade não viria a isso, embora eu admita por um momento que estava com medo. Obrigada, Henry. Desculpe-me, eu ainda estou um pouco desconcertada. —ela mordeu o lábio, olhando para Lord De Hope novamente


—George, eu acho que seria prudente colocar um guarda na porta do Visconde. Dia e noite, lembre-se. —Sim, acho necessário. —respondeu George resistente. —É para seu próprio bem, assim como o nosso. —Beatrice murmurou —E eu tenho certeza que ele vai ficar bem, uma vez que se recupere desta doença. —os lacaios trocaram olhares incertos. Beatrice colocou um pouco mais força em sua voz para encobrir a sua própria preocupação. —Eu ficaria grata se o Conde de Blanchard não ouvisse sobre este incidente. —Sim, senhorita. —respondeu George por todos os lacaios, embora ele ainda parecesse duvidoso. A Sra. Callahan chegou naquele momento, apressando-se para o quarto. —O que é tudo isso que incomoda, então, senhorita? Hurley disse que há um cavalheiro que está em colapso. —Sr. Hurley está certo. —Beatrice fez um gesto para o homem na cama. Ela virou-se para a governanta ansiosamente, quando um pensamento ocorreu. —Você o reconhece? —Ele? —a Sra. Callahan torceu o nariz —Não posso dizer que o conheça, senhorita. O cavalheiro está muito peludo, não é? —Diz ser o Visconde De Hope. —Henry afirmou com satisfação. —Quem? —a Sra. Callahan o olhou. —O mesmo do retrato da pintura. —Henry esclareceu —Perdoe-me, senhorita. —Não, Henry, tudo bem. —Beatrice respondeu —Você conhecia ou já viu Lord Hope antes da morte do velho Conde? —Sinto muito, não fiz. —disse a Sra. Callahan – Sua imagem veio no retrato quando seu tio foi nomeado Conde, se você se lembra. —Oh, isso é certo. —disse Beatrice decepcionada. —Praticamente toda a equipe foi mudada, —a Sra. Callahan continuou —e os que ficaram da época... bom, eles se foram agora. Já faz cinco anos, depois de tudo, que o velho Conde morreu. —Sim, eu sei, mas eu esperava que sim. —como eles podiam dizer com certeza quem o homem era até que alguém que tivesse realmente conhecido De Hope pudesse identificá-lo? Beatrice balançou a cabeça. —Bem, isso não importa no momento de qualquer maneira. Não importa quem ele é, é nosso dever cuidar deste homem. Beatrice ordenou suas tropas e deu suas atribuições, após o momento em que ela se consultou com o médico do tio Reggie não se esqueceu de enviar para ela, depois de entreter a todos, ter supervisionado a execução do mingau, e planejado uma escala de enfermagem, enquanto o chá político durou. Beatrice deixou Lord Hope, se ele era de fato quem era sob os olhos de águia de Henry, e desceu as escadas para o salão azul. Ele agora estava vazio. Apenas a umidade da mancha no tapete dava qualquer evidência dos acontecimentos dramáticos de algumas horas antes. Beatrice olhou para a mancha por um momento antes de se virar e, inevitavelmente, ficar de frente para o retrato do Visconde De Hope. Ele parecia tão jovem, tão despreocupado! Ela se aproximou, puxada, como sempre, por alguma força de atração que ela não podia resistir. Ela tinha dezenove anos quando ela viu pela primeira vez o retrato. À noite em que ela chegou a Mansão Blanchard com seu tio, o novo Conde de Blanchard, era muito tarde. Foi mostrado um quarto, mas a emoção de uma nova casa, a longa viagem de carruagem, e a própria Londres causando um sono difícil de escapar. Ela ficou acordada durante meia hora ou mais, antes de puxar uma capa, envolver-se nela e descer as escadas. Lembrou-se de espreitar para dentro da biblioteca, examinando os livros, arrastando-se pelos corredores, e, de alguma forma, inevitavelmente, fatalmente, ela acabou aqui neste salão. Aqui, onde ela estava agora, apenas há um instante diante do retrato do Visconde De Hope. Então, como agora, eram seus olhos risonhos que encantaram em seu primeiro olhar. Um pouco enrugado, cheio de malícia e humor perverso. Sua boca meio de lado, ampla, com a curva sensual lentamente voltada para cima do lábio superior. Seu cabelo era preto como tinta, cortado em linha reta, em volta dos ombros, a partir de uma ampla testa. Ele descansava em uma pose contra uma árvore, descontraído, uma arma pousada casualmente através da curva de um braço, dois spaniels ofegantes em adoração, olhando para aquele rosto. Quem poderia culpá-los? Ela provavelmente adotou a mesma expressão quando ela o viu pela primeira vez. Talvez ela ainda o fizesse. Ela passou inúmeras noites olhando para ele como nesta primeira, sonhando com um homem que iria ver dentro dela e amá-la só por si. Na noite do seu vigésimo aniversário, ela se arrastou até aqui, sentindo-se animada e à beira de algo maravilhoso. A primeira vez que ela foi beijada, ela veio até aqui para contemplar seus sentimentos. Engraçado como agora ela não conseguia se lembrar de muito do rosto do rapaz cujos lábios foram tão inabilmente conhecidos os seus. E quando Jeremy voltou, quebrado e destruído depois da guerra, ela também veio aqui. Beatrice deu uma última olhada nesses olhos de ébano perversos e virou de lado. Durante cinco longos anos, ela sonhou sobre um homem pintado, uma coisa de sonhos e fantasia. E agora o homem de carne, osso e sangue estava a apenas dois andares acima dela. A questão era, sob o cabelo e a barba, sob a sujeira e a loucura, ele era o mesmo homem que posou para este retrato há tanto tempo?

Capítulo 02


Agora o Rei dos Duendes estava muito invejoso de Longa Espada, com sua espada mágica, pois gnomos nunca estão satisfeitos com o que eles já têm. Enquanto o crepúsculo começava a cair, o Rei dos Duendes apareceu diante de Longa Espada, envolto em um rico manto de veludo. Ele curvou-se e disse: —Bom senhor tem trinta moedas de ouro nesta bolsa que vou dar para você em troca de sua espada. —Eu não quero ofender, senhor, mas eu não vou negociar com a minha espada. Longa Espada respondeu. E o Rei dos Duendes estreitou os olhos... De Longa Espada, o guerreiro Seus olhos castanhos olharam através de uma máscara de sangue, sem brilho e sem vida. Para ele era tarde demais. Reynaud St. Aubyn, Visconde De Hope, acordou com o coração batendo forte e rápido, mas ele não fez nenhum movimento, nenhum sinal exterior de que ele estava consciente. Ele ainda estava relaxado, continuava a respirar calmamente enquanto ele avaliava ao seu redor. Seus braços estavam ao seu lado, de modo que os deixou fora da corda que, geralmente, usavam para prendê-lo no chão. Um erro da parte deles. Ele espera em silêncio até que eles estivessem dormindo, e então ele reuniu a faca, o cobertor esfarrapado, e a carne seca que acumulou e enterrou ao lado da tenda. Desta vez, ele estaria longe quando acordassem. Desta vez... Mas algo não estava certo. Ele inalou cuidadosamente e cheirava... a pão? Ele abriu os olhos ardidos e seu mundo girou vertiginosamente, preso entre o passado e o presente. Por um momento, ele pensou em se lançar sobre suas costas e, em seguida, tudo se estabilizou. Ele reconheceu o quarto. Reynaud piscou com perplexidade. O quarto escarlate. Na casa de seu pai. Havia a janela de batente alto, envolta em veludo vermelho que desapareceu, deixando entrar luz do sol brilhante. As paredes eram forradas de madeira escura, e uma única pintura pequena de rosas exageradas ornamentava a parede perto da janela. Abaixo estava à poltrona estofada Tudor, que sua mãe odiava, mas que seu pai a proibiu de jogar fora, porque foi dito que o velho Henry VIII tinha se sentado nela. Mamãe a baniu aqui no ano antes de morrer, e o pai nunca teve coração para movê-la depois. O casaco azul de Reynaud estava do outro lado da cadeira, cuidadosamente dobrado. E ao lado da cama, em uma pequena mesa, havia dois pães e um copo de água. Ele olhou fixamente para a comida por um momento, esperando que ela desaparecesse. Sonharam muitos sonhos com pão, vinho e carne, os sonhos que desapareciam ao acordar, para que ele tomasse essa abundância no valor nominal de imediato. Como os pães ainda estavam lá, um momento depois, ele avançou sobre eles, seus dedos esqueléticos arranhando no prato. Ele agarrou um dos pães e rasgou-o em pedaços, empurrando-os em sua boca. Mastigando secamente, ele olhou em volta. Ele estava deitado em uma cama antiga, feita por um ancestral próximo. Seus pés batiam nas paredes do final, emaranhados nos lençóis escarlate, mas era uma cama. Ele tocou a colcha bordada sobre o peito, meio que esperando que ela se dissolvesse em delírio. Ele não dormiu em uma cama em mais de sete anos, e a sensação era estranha. Ele usou peles para se envolver e um chão de terra compacta. Erva seca se tivesse sorte. A colcha de seda era suave sob seus dedos, o pano fino arranhado pela pele áspera e as calosidades. Ele teve que acreditar na evidência. Ele estava em casa. O sucesso passou através dele. Meses de obstinada viagem, a maioria a pé, sem dinheiro, amigos ou influência. Estas últimas semanas de febre miserável e purga, o medo de que ele fosse derrotado tão perto do objetivo. Tudo. Finalmente. Ele chegou a casa. Reynaud se esticou para o copo de água, fazendo uma careta. Cada músculo de seu corpo doía. Sua mão tremia tanto que um pouco da água derramava sobre sua camisa, mas ele ainda engoliu o suficiente para empurrar o pão. Ele se contorceu sob a colcha, puxando-se para trás como um homem velho, e descobriu que ainda estava vestido com suas calças e camisa. Alguém tirou seus mocassins, no entanto. Ele olhou em volta procurando por eles, em pânico, pois eles eram seus únicos sapatos, então os viu sob a cadeira Tudor, onde seu casaco descansando dobrado. Cuidadosamente, ele avançou o seu caminho até a borda da cama e se levantou, ofegante. Droga! Onde estava sua faca? Ele estava fraco demais para se defender sem ela. Ele descobriu onde estava e usou o penico, em seguida, fez o seu caminho para a cadeira Tudor. Sob o casaco azul estav a a sua faca. Ele segurou-a na mão direita, e com o familiar cabo de chifre gasto tornou-se instantaneamente mais calmo. Descalço, ele caminhou de volta para a mesa de cabeceira e embolsou o pão restante, então ele foi até a porta, movendo-se silenciosamente, embora o esforço extra causasse uma onda de suor ao longo de seu couro cabeludo. Sete anos de cativeiro ensinaram a não tomar nada como garantido. Assim, ele não se surpreendeu ao encontrar um lacaio de libré parado no corredor, fora de seu quarto. Ele ficou, no entanto, um pouco assustado quando o homem moveu-se para impedir a sua saída. Reynaud levantou uma sobrancelha e deu ao lacaio um olhar que nos últimos sete anos havia feito outros homens alcançarem as armas. Esse menino nunca teve que lutar por comida ou sua vida, apesar de tudo. Ele não reconheceu o perigo, mesmo quando ele olhou em sua cara. —Eu não devo deixá-lo sair, senhor. —disse o lacaio. —Sors de mon chemin[4]. —Reynaud estalou. O lacaio arregalou os olhos para ele, e levou um momento para Reynaud


perceber que ele falou em francês, à língua que ele usou na maior parte durante os últimos sete anos. – Ridículo... —ele murmurou, as palavras inglesas estranhas em sua língua. —Eu sou Lord De Hope. Deixe-me passar. —A senhorita Corning afirma que deve ficar aqui mesmo. —o lacaio respondeu, olhando para a faca. O menino engoliu em seco. —Ela me deu ordens estritas. Reynaud apertou a faca na mão e partiu contra o lacaio, com a intenção de movê-lo do caminho. —Quem diabos são a senhorita Corning? —Eu... — veio uma voz feminina do outro lado do lacaio. Reynaud fez uma pausa. A voz era baixa , doce e extremamente culta. Ele não ouviu falar o Inglês nesse tom em muito, muito tempo. E a voz... Ela poderia mover montanhas e matar os homens com essa voz. Poderia esquecer o que ele tinha lutado tanto tempo para conseguir. Era mais do que atraente aquela voz, era a própria vida. Um deslizar de menina olhou ao redor do lacaio. —Ou eu sou eu? Eu nunca me lembro, não é? Reynaud fez uma careta. Ela não era o que ele esperava de forma alguma. Ela era de estatura média, com cabelos dourados e pele clara e uma expressão agradável. Seus olhos estavam arregalados e cinzentos. Ela era um tipo muito comum de inglesa, o que a fazia exótica. Não, isso não estava certo. Ele oscilou onde ele estava, tentando limpar sua mente. Era só que ele ainda não estava acostumado com a visão de uma mulher branca e loira. Uma mulher inglesa. —Quem é você? —ele exigiu. Suas sobrancelhas castanho claro subiram. —Eu pensei que expliquei a você. Perdoe-me. Eu sou Beatrice Corning. Como você está? —e ela fez uma reverência como se eles estivessem no salão mais formal. Maldição se ele ia se curvar, ele estava instável em seus pés como estava. Ele começou a avançar novamente, com a intenção de contornar o pivete. – Eu sou Lord De Hope. Onde está meu... Mas ela tocou em seu braço, e o contato o congelou. A imagem selvagem de sua forma arredondada deitad a debaixo dele, enquanto ele apertava seu comprimento em sua suavidade, encheu sua cabeça. Isso não podia ser uma verdadeira memória, ele sabia. Ele ainda estava delirando? Seu corpo parecia conhecer o dela. —Você já esteve doente... —ela dizia, falando devagar e com firmeza, como se ele fosse uma criança pequena ou um idiota da aldeia. —Eu... —ele começou, mas ela estava empurrando-o, levando-o inexoravelmente para trás, e a única maneira de continuar para frente seria empurrá-la para trás e, talvez, machucá-la. Todo seu ser recuou com o pensamento. Então, lentamente, suavemente, ela manobrou-o para o quarto escarlate até que ele estava olhando para ela de novo ao lado da cama. Quem era essa mulher? —Quem é você? —repetiu ele. Suas sobrancelhas franziram. – Você não pode se lembrar? Eu já disse. Sou Beatrice... —Corning. —ele terminou por ela, impaciente —Sim, eu entendo. O que eu não entendo é por que você está na casa de meu pai. Uma expressão cautelosa atravessou seu rosto, tão depressa que quase pensou que ele imaginou. Mas ele não fez. Ela estava escondendo alguma coisa dele, e os seus sentidos foram colocados em estado de alerta. Ele olhou inquieto pelo quarto. Ele estava encurralado aqui, se um inimigo atacasse. Ele teria que lutar todo o seu caminho até a porta, e não havia muito espaço para manobrar. —Eu moro aqui com meu tio. —ela disse suavemente, como se ela pressentisse seus pensamentos. —Você pode me dizer onde você esteve? O que aconteceu com você? —Não. – seus olhos castanhos olhavam através de uma máscara de sangue, sem brilho e sem vida. Ele balançou a cabeça violentamente, banindo os fantasmas. —Não! —Está tudo bem. —seus olhos cinzentos se arregalaram em alarme —Você não tem que me dizer. Agora, se você simplesmente se deitar novamente... —Quem é seu tio? —ele podia sentir algum perigo iminente levantando os cabelos na parte de trás do pescoço. Ela fechou os olhos e, em seguida, olhou para ele com franqueza. —Meu tio é Reginald St. Aubyn, o Conde de Blanchard. Ele segurou a faca com mais força. —O quê? —Eu sinto muito. —disse ela —Você precisa se deitar. Ele segurou seu braço. —O que você disse? Sua língua rosa correu para fora para lamber os lábios, e ele percebeu que, absurdamente, cheirava a flores. —Seu pai morreu há cinco anos. —disse ela – Você, pensávamos que estivesse morto, assim, então, meu tio reivindicou o título. Não estava em casa, então, pensou amargamente. Não em casa depois de tudo. —Bem, isso deve ter sido estranho. —disse Lottie, com sua franqueza habitual, na tarde seguinte. —Foi simplesmente terrível. —Beatrice suspirou —Ele não tinha ideia, é claro, que seu pai estava morto, e lá estava ele segurando aquela enorme faca. Eu estava muito nervosa, meio que esperando que ele fizesse algo violento, mas ao invés disso ele se tornou muito, muito tranquilo, o que foi quase pior.


Beatrice franziu a testa, lembrando-se da ponta de simpatia que a atravessou no silêncio de Lord De Hope. Ela não deveria sentir simpatia por um homem que pode tirar de tio Reggie seu título e sua casa, mas lá estava ele. Ela não podia deixar de sentir a dor por sua perda. Ela tomou um gole de chá. Lottie sempre teve esse chá bom e forte o que era, talvez, por que ela tinha o hábito de chamar todo o círculo Graham em sua casa todas as tardes de terça-feira, para chá e fofoca. A sala de estar privada de Lottie era tão elegante, decorada em profundo rosa e um tipo de verde acinzentado que se poderia pensar fosse chato, mas era na verdade o complemento perfeito para o rosa. Lottie era extraordinariamente boa com cores, e sempre parecia tão inteligente que, às vezes, Beatrice se perguntava se ela comprou Pan, seu pequeno Lulu da Pomerânia branco, só porque ele parecia assim tão inteligente. Beatrice olhou para o pequeno cão, deitado como um tapete de pele em miniatura em seus pés, alerta para a possibilidade de migalhas de biscoito ou bolo. —Os senhores tranquilos são os quais você tem que tomar cuidado. —Lottie afirmou quando criteriosamente adicionado um pequeno torrão de açúcar ao chá. Demorou um segundo para Beatrice lembrar o fio da conversa. Então ela disse: —Bem, ele não foi muito tranquilo quando apareceu pela primeira vez. —Não, na verdade. —Lottie disse contente —Pensei que ele fosse estrangulá-la. —Você parece bastante entusiasmada com a perspectiva. —Beatrice disse severamente. —Ela me daria um conto para jantares fora em um ano ou mais, você tem que admitir. —Lottie respondeu com nenhum traço de vergonha. Ela tomou um gole de chá, torceu o nariz, e acrescentou mais um minúsculo torrão de açúcar. —Não, já faz três dias, e eu não ouvi mais nada, mesmo a história do Conde perdido explodindo em seu pequeno chá político. —Tio Reggie disse que seria o assunto da cidade. —Beatrice disse tristemente. —E pela primeira vez ele está certo. —Lottie tentou um pequeno gole de seu chá de novo, e deve ter achado agradável, porque ela sorriu e reservou sua xícara. —Agora me diga: é ele ou não é ele verdadeiramente Lord Hope? —Eu acho que ele deve ser. —disse Beatrice lentamente, escolhendo um biscoito da bandeja na pequena mesa entre eles. Pan levantou a cabeça e seguiu a mão quando ela transferiu a massa para seu prato. —Mas até agora ninguém que realmente o conhecia desde antes da guerra o viu. Lottie olhou por cima da seleção de seu próprio biscoito. —Como ninguém? Ele tem uma irmã, não é? —Nas colônias. —Beatrice deu uma pequena mordida em seu biscoito e disse algo indistintamente —Há uma tia mas ela está em algum lugar no exterior. Seu mordomo foi um tanto vago. E tio Reggie disse que conheceu Lord De Hope, mas o Visconde era um menino de dez anos ou mais na época, por isso não ajuda. —Bem, então, o que acontece com os amigos? —perguntou Lottie. —Ele ainda está muito doente para sair. —Beatrice mordeu o lábio. Ela tomou todos os seus poderes de persuasão para manter Lord De Hope no quarto escarlate esta manhã. —Enviamos uma mensagem para o homem que disse ter testemunhado morte do Visconde De Hope, Lord Vale. —E então? Beatrice encolheu os ombros. —Ele está em sua propriedade rural. Podem passar dias antes que ele possa vir. —Bem! Em seguida, você deve simplesmente ter que brincar de enfermeira para um perversamente belo homem, mesmo que ele tenha muito, muito cabelo no momento, que é tanto um Conde há muito perdido ou um canalha escuro que poderia pôr em perigo a sua virtude. Devo dizer que eu estou terrivelmente ciumenta. Beatrice olhou para o Pan, que descobriu um pedaço caído de açúcar perto de sua cadeira. As palavras de Lottie a fizeram pensar no corpo do Visconde, e em como muito pesado era. Como ela, por um pequeno segundo, quase temeu por sua vida. —Beatrice? Oh, querida... —Lottie estava sentada muito ereta, com o nariz praticamente se contraindo. Beatrice afetado um olhar despreocupado disse. —Sim? —Você não me diga sim, Beatrice Rosemary Corning. Você soa como se manteiga derrete sse em sua boca! O que aconteceu? Beatrice estremeceu. —Bem, ele estava um tanto delirante na primeira tarde... —Si... siim? —E quando o levaram para um dos quartos... —Alguma coisa aconteceu no quarto? —Isso realmente não foi culpa dele... —Oh, meu Deus! —Mas de alguma forma ele me puxou para a cama e ele caiu também... —Beatrice olhou para o rosto animado de Lottie e fechou os olhos muito firmes antes de dizer: —Em cima de mim. —houve um pequeno silêncio. Beatrice espiou. Lottie foi arregalando os olhos para ela e pareceu milagrosamente muda. —Nada aconteceu, realmente. —disse Beatrice um pouco fraca. —Nada! —Lottie encontrou seu poder de discurso para cercar e gritar. —Você estava se comprometendo! —Não, eu não estava. Os lacaios estavam lá. —Serviçais não contam! —Lottie disse, e levantou-se para agarrar vigorosamente no cordão da campainha.


—Claro que lacaios contam. —disse Beatrice —Havia três deles. O que você está fazendo? —Tocando para pedir mais chá. —Lottie olhou criticamente para a bandeja de chá demolida. —Nós vamos precisar de outro bule e um novo prato de biscoitos, também, eu acho. Beatrice olhou para suas mãos. —A coisa é... —Sim? Beatrice respirou fundo e olhou para a amiga, de repente, sóbria. —Ele estava bastante assustador, Lottie. Lottie se sentou reta novamente, apertando os lábios bonitos. —Ele machucou você? —Não. Pelo menos, —Beatrice balançou a cabeça —por um momento eu não conseguia respirar. Mas isso não era nada. Era o olhar em seus olhos. Como se ele não se importasse de me matar. —ela torceu o nariz —Você deve me achar uma idiota. —Claro que não, querida. —Lottie mordeu o lábio —Tem certeza de que ele é seguro para ter na casa de seu tio? —Eu não sei. —Beatrice admitiu —Mas o que mais podemos fazer? Se jogá-lo na rua e ele for o Conde, seremos julgados mais severamente. Ele pode intentar uma ação criminal contra meu tio. Eu tomei a precaução de postar guardas em sua porta. —Isso parece sábio. —Lottie ainda parecia perturbada —Você já pensou o que vai fazer se ele for o Conde? A empregada entrou naquele momento, distraindo Lottie e economizando Beatrice de ter que responder a sua amiga. A verdade era que seu peito começou a apertar em uma espécie de pânico, de uma maneira aguda, quando pensava o que o futuro podia trazer. Se o homem no quarto escarlate fosse o Visconde De Hope, e se ele conseguisse tomar de volta seu título, tanto ela quanto tio Reggie estariam fora de sua casa. Eles perderiam as propriedades e dinheiro a que eles se acostumaram nos últimos cinco anos, e que agravaria o estado de saúde de tio Reggie terrivelmente. O que tal situação faria com ele? Ele podia protestar contra o ataque de apoplexia que ele teve, e que não era nada, mas ela viu o seu rosto branco e suado, e a maneira como ele demorou a recuperar o fôlego. Apenas a lembrança à fez pressionar a mão ao peito. Meu Deus, ela não podia perder tio Reggie também. E ela realmente não queria discutir o assunto no momento. Então, quando Lottie se jogou de volta no seu requintado branco e rosa listrado sofá e olhou para ela com expectativa, Beatrice sorriu e disse: —Eu pensei que estávamos discutindo sobre o Sr. Graham e o projeto de aposentadoria dos veteranos hoje. Eu tive algumas ideias para o Sr. Wheaton, e gostaria de ter outra reunião secreta antes da votação. —Oh, nada de Nate e de conta de veteranos. —Lottie puxou uma almofada de seda com borlas de ouro no colo e a abraçou. —Estou farta de política e de maridos também. A empregada se apressou de volta com uma bandeja carregada naquele minuto. Beatrice olhou para sua amiga e como as coisas, como o chá fresco, eram arranjadas. Lottie sempre falava despreocupadamente, mas Beatrice estava começando a temer que algo estivesse realmente errado entre ela e Lord Graham. Eles tiveram um casamento elegante, é claro. Nathan Graham era o herdeiro de uma família rica, bastante nova, enquanto Lottie vinha de um nome antigo, mas empobrecida. Deles foi uma união eminentemente prática, mas Beatrice pensou que foi um jogo de amor, bem, pelo menos por parte de Lottie. Se ela tivesse estado errado? A empregada se apressou a sair, e Beatrice disse suavemente: —Lottie... Sua amiga estava servindo o chá, seu olhar resolutamente fixos no bule de chá na mão. —Você ouviu como Lady Hasselthorpe cortou Lady Hunt mortalmente no musical do Fothering’s ontem? Ouvi especulação de que Lord Hasselthorpe sinaliza com desaprovação de Lord Hunt, mas não podemos deixar de pensar se Lady Hasselthorpe o fez inteiramente acidentalmente. Ela é como uma pateta. Lottie estendeu uma xícara de chá cheia, e talvez fosse sua imaginação, mas Beatrice pensou ter visto um olhar suplicante nos olhos da amiga. E o que ela poderia fazer? Ela era uma moça que atingiu a idade madura de vinte e quatro anos sem nunca receber uma oferta de casamento. O que ela sabia sobre os assuntos do coração, afinal? Beatrice suspirou silenciosamente e pegou a xícara de chá. —E como é que Lady Hunt respondeu? O problema com o casamento, Lottie Graham refletia, era que havia uma diferença entre o que se sonhou sobre como seria o estado matrimonial e, bem, a realidade dele. Lottie se sentou em seu sofá - Wallace and Sons, comprado no ano passado por uma soma que foi um verdadeiro escândalo e olhou para o resfriamento de seu chá. Ela viu Beatrice se encaminhar para a porta depois de balbuciar para sua melhor amiga no mundo um agradecimento pela sólida meia hora. A pobre Beatrice deve ter se arrependido, de coração, por ter vindo para o chá semanal. Lottie suspirou e pegou o último biscoito do prato, desintegrando-o entre os dedos. O querido Pan veio sentar-se ao lado de suas saias, com seu rostinho de raposa sorrindo para ela. —Não é bom para você, então, muitos doces. —Lottie murmurou, mas ela deu um pouco de biscoito para ele de qualquer maneira. Ele delicadamente tomou o deleite entre seus dentinhos afiados e postou-se com seu prêmio sob a poltrona francesa dourada. Lottie caiu no sofá, colocando seu braço cansado ao longo das costas. Talvez ela tenha esperado demais. Talvez fosse m fantasias de menina que ela deveria ter superado há muito tempo. Talvez todos os casamentos, mesmo os melhores, como o de sua própria mãe e pai, finalmente se estabelecessem na sombria indiferença, e ela estivesse simplesmente sendo uma tola


como Lady Hasselthorpe. Annie, a chefe das empregadas de baixo, entrou para recolher as coisas do chá. Ela olhou para Lottie e disse, hesitante: —Será que vai haver mais alguma coisa, madame? Oh, Deus, até mesmo os funcionários sentiam isso. Lottie se endireitou um pouco, tentando um olhar sereno. —Não, isso é tudo. —Sim, madame. —Annie fez uma reverência – A cozinheira estava querendo saber se haverá um ou dois para o jantar hoje à noite? —Só um. —Lottie murmurou, e virou o rosto. Annie saiu do quarto em silêncio. Ela sentou-se ali, envolta no sofá, por algum tempo, com pensamentos selvagens, até que a porta se abriu novamente um pouco mais tarde. Nate caminhou e depois parou. —Oh, desculpe! Não quis incomodá-la. Eu não sabia que havia alguém aqui. Com a voz de Nate, Pan saiu de debaixo da poltrona e empinou-se para que ele o acariciasse. Pan adorou Nate desde o início. Lottie torceu o nariz para seu animal de estimação e, em seguida disse, de modo descuidadamente, para Nate: —Eu não sabia que você estaria em casa para o jantar. Eu disse à cozinheira que haveria apenas um. —Está tudo bem. —Nate endireitou Pan e deu um dos seus grandes e fáceis sorrisos, o sorriso que fez pela primeira vez seu coração acelerar. —Eu vou jantar com Collins e Rupert esta noite. Eu só parei para ver se eu deixei aquele panfleto Whig aqui. Rupert está interessado em vê-lo. Ah. Aqui está. —Nate foi até uma mesa no canto, onde estava uma pilha confusa de papéis variados, pegando o panfleto com satisfação evidente. Ele voltou para a porta, absortos no panfleto, e apenas como um adendo ele olhou para cima quando estava prestes a sair. Ele franziu a testa, uma vez, vagamente para Lottie. —Eu digo que está tudo bem, não é? Quero dizer, de jantar fora com Collins e Rupert? Eu pensei que você fosse assistir a algum outro evento social, quando eu fiz o plano. Lottie levantou a sobrancelha e disse arrogantemente: —Oh, não me importo. Eu estou... Mas ela estava falando às suas costas. —Bom, muito bom. Sabia que você ia entender. —e ele já estava fora da porta, com seu nariz enterrado naquele panfleto miserável. Lottie soltou um suspiro e jogou uma pequena almofada na porta, fazendo Pan pular e latir. —Casados há dois anos, e ele está mais interessado em jantar com um casal de velhos chatos do que comigo! —Pan pulou no sofá ao lado dela o que era estritamente proibido fazer e a lambeu no nariz. Ao que Lottie explodiu em lágrimas. Vinte e quatro anos e nunca sequer uma proposta. O pensamento se repetia na cabeça de Beatrice todo o caminho para casa, num desagradável cântico. Ela nunca colocou seu estado de não casada em termos contundentes antes. Onde passou o tempo? Não era como se ela passasse seus dias sonhando acordada sobre isso, esperando para começar uma vida a dois quando o cavalheiro certo finalmente se apresentasse. Não, ela levava uma vida agitada, uma vida plena, ela lembrou a si mesma, embora um pouco defensivamente. Porque tio Reggie ficou viúvo nos últimos dez anos, ela praticamente cresceu aprendendo a ser anfitriã para ele. E enquanto chás políticos, jantares, festas em casa, e o baile anual podem ser um pouco chatos, eles foram bastante trabalho para gerenciar. Para ser justa, ela foi cortejada. Apenas na última primavera, Sr. Matthew Horn parecia muito interessado antes que ele desse um tiro na própria cabeça, pobre homem. E ela uma vez chegou muito perto de uma proposta de casamento. Sr. Freddy Finch o segundo filho de um Conde, não menos foi arrojado e divertido, e beijo-a tão docemente. Ele a acompanhou durante a maior parte de uma temporada há vários anos. Ela havia desfrutado de seus passeios gostado de Freddy mas não, como ela finalmente percebeu, de alguma forma especial. Ela estava feliz em ir com ele em um passeio de carro, mas se tivesse que cancelar por algum motivo, ela ficava apenas um pouco decepcionada. Ela poderia ter vivido com sua própria complacência, mas suspeitava que as emoções de Freddy não fossem mais enredadas do que as suas próprias, e ela não poderia viver com isso em um casamento. Quando ela casasse se ela se casasse ela desejava um cavalheiro que estivesse descontroladamente, apaixonadamente apaixonado por ela. Um homem que nunca iria abandonála. Então ela rompeu isso com Freddy, não de qualquer maneira dramática, mas simplesmente por vê-lo cada vez menos frequentemente e, eventualmente, se afastando. Ela esteve certa em sua avaliação do apego emocional também, porque não teve uma única vez que Freddy protestou de seu afastamento. Um ano depois, ele se casou com Guinevere Crestwood, uma senhora bastante simples que dirigia uma reunião para o chá como uma campanha militar. Ela estava com ciúmes? Beatrice olhou para fora da janela do carro enquanto examinava os seus sentimentos, tomando cuidado para ser bastante honesta consigo mesma, porque ela desprezava o autoengano. Ela balançou a cabeça. Não, ela poderia honestamente dizer que não estava com ciúmes da nova Sra. Finch, mesmo que suas crianças fossem bastante adoráveis. As crianças adoráveis podem crescer até terem enormes dentes caninos como Guinevere por um lado, e por outro, bem, Freddy era engraçado, charmoso e muito bonito, mas ele nunca esteve apaixonado por Beatrice. Talvez Freddy tivesse caído apaixonado por Guinevere, mas Beatrice duvidava bastante disso. E esse era o ponto crucial da questão, não era? Nenhum dos senhores com quem ela foi conduzida em carros, e dançou, e


caminhou, estiveram interessados nela com toda a profundidade real do sentimento. Eles elogiaram seus vestidos, sorriram enquanto dançavam com ela, mas nunca realmente viram a mulher por trás da fachada. Talvez um casamento sem paixão fosse suficiente para Guinevere Crestwood, mas não era o suficiente para ela. Lembrou-se agora, voltando para casa, a partir de um novelo, um ano ou mais atrás, e, vagabundeando pela sala de estar azul, simplesmente ficar olhando para o retrato de Lord De Hope. Ele parecia vivo com paixão. Próximo a ele mesmo que em uma achatada e plana imagem pintada todos os outros senhores que ela conhecia desbotavam-se como transparentes fantasmas. Ele era assim mais real, mesmo quando ela pensou que ele estivesse morto a muito tempo, do que aqueles senhores de carne, ossos e sangue que há acompanharam poucas horas antes. Talvez essa fosse à verdadeira razão pela qual ela ainda era uma donzela de vinte e quatro anos: ela estava esperando por um homem tão apaixonado quanto ela sonhou com Lord De Hope. Mas ele era aquele homem? A carruagem parou diante da casa Blanchard da cidade, e Beatrice desceu os degraus com a ajuda de um lacaio. Normalmente, neste momento, ela se reunia com a cozinheira para a sua consulta semanal sobre menus. Mas hoje ela foi direto para a cozinha e pediu para ter uma bandeja preparada e informou a cozinheira de sua mudança de planos. Em seguida, ela subiu as escadas para o terceiro andar para o quarto escarlate, com a bandeja nas mãos. George, o lacaio postado do lado de fora do quarto escarlate, acenou para ela enquanto ela se aproximava. —Posso levar a bandeja para você, senhorita? —Obrigado, George, mas eu acredito que posso lidar com isso. —ela olhou preocupada para a porta —Como ele está? George coçou a cabeça. —Enfadado, senhorita, se você não se importar que diga isso. Não gostou da empregada que veio para cuidar do fogo da lareira. E estava gritando com ela algo terrível na língua francesa ou assim penso eu. Eu mesmo não falo a língua. Beatrice franziu os lábios e balançou a cabeça. —Você pode bater para mim? —Certamente, senhorita. —George bateu na porta. —Entre. —disse Hope. George abriu a porta e Beatrice espiou dentro. O Visconde estava sentado na grande cama, vestindo uma camisola solta e escrevendo em um caderno em seu colo. A faca estava fora das cobertas perto de seu quadril direito. Ele parecia composto suficiente agora, pelo menos, e ela exalou um suspiro agradecido. Suas bochechas já não tinha o rubor agitado que tiveram nos últimos dois dias, apesar de seu rosto ainda estar bem magro. Seus longos cabelos foram trançados em uma trança apertada, mas sua mandíbula ainda estava coberta pela barba negra e espessa. Os dois primeiros botões de sua camisa de dormir foram deixados abertos, e alguns fios de cabelos escuros estavam revelados, enrolando contra o pano branco como a neve. Por um momento, Beatrice manteve seu olhar fixo na visão. —Veio para cuidar de mim, prima Beatrice? —ele murmurou, e ela lançou seu olhar para cima. Inteligentes olhos negros encontraram os dela. —Eu venho trazendo um pouco de chá e bolinhos. —disse ela com sarcasmo —E você não precisa soar tão sarcástico. Você assustou a maioria das empregadas domésticas, e George disse que gritou com um só esta manhã. —Ela não bateu. —ele assistiu enquanto ela entrava e colocava a bandeja sobre uma mesa ao lado da cama. —Isso não é uma razão para assustá-la. Ele desviou o olhar, irritado. —Eu não gosto de pessoas no meu quarto. Ela não deveria ter entrado sem permissão. Ela olhou para ele, sua voz abrandando. —Os funcionários são treinados para não baterem. Eu acho que você vai ter que se acostumar com isso. Mas até que você o faça, eu vou avisá-los para baterem à sua porta. Ele deu de ombros, pegando um bolinho na bandeja. Ele empurrou a metade em sua boca de maneira rude. Ela suspirou e puxou uma cadeira ao lado da cama, sentando nela. —Você parece faminto. Ele fez uma pausa no ato de pegar outro bolinho. —Você obviamente nunca teve que comer biscoitos bichados e cerveja estragada a bordo de um navio. —ele mordeu o outro bolinho, com seus olhos negros olhando para ela em tom desafiador. Ela olhou calmamente, escondendo o tremor de desconforto ao seu olhar. Seus olhos eram selvagens, como um lobo faminto. —Não, eu nunca fui a bordo de um navio. Será que você navegou para casa recentemente? Ele olhou para longe, em silêncio, comendo o resto do segundo bolinho. Por um momento, ela pensou que ele não fosse responder. Então, ele disse amargamente: —Eu tomei uma posição como assistente de cozinheiro. Não que houvesse muita comida para cozinhar. Ela olhou para ele com admiração. Que restrição fez o filho de um Conde tomar tal trabalho? – A partir de qual lugar você navegou? Ele fez uma careta e, em seguida, olhou para ela maliciosamente através dos cílios pretos. —Você sabe, eu não me lembro de ter uma prima Beatrice. Obviamente, ele não tinha a intenção de responder a ela. Beatrice reprimiu um suspiro de frustração. —Isso é porque eu não sou sua prima. Pelo menos não pelo sangue. Ele poderia ter lançado sua pergunta como uma diversão, mas agora ele levantou sua cabeça com atenção. – Explique.


Ele pôs de lado o seu caderno, e toda a sua atenção estava concentrada nela, fazendo-a se sentir um pouco autoconsciente. Beatrice se levantou e se ocupou em servir o chá enquanto falava. —Minha mãe era irmã da esposa de tio Reggie, minha tia Maria. Minha mãe morreu quando eu nasci, e eu tinha cinco anos quando meu pai morreu. Tia Maria e Tio Reggie acolheramme. —Uma história triste. —disse ele ironicamente. —Não. —Beatrice balançou a cabeça, entregando uma xícara de chá sem leite, mas com grande quantidade de açúcar. —Não realmente. Eu sempre fui amada, sempre recebi cuidados, primeiro pelo meu pai, depois pelo tio Reggie e tia Maria. Eles não tinham seus próprios filhos, por isso eles me trataram como fariam com uma filha, talvez até melhor. Tio Reggie tem sido maravilhoso para mim. —ela olhou para ele com sinceridade —Ele é um bom homem. —Então talvez eu devesse abandonar o meu título e deixar tio Reggie mantê-lo. —sua voz era sarcástica. —Você não precisa se expressar assim. —ela respondeu com dignidade. —Não deveria? —ele a estudou como se ele não conseguia fazê-lo de fora. —Não. Não há necessidade. Esta é a nossa casa agora... —E eu suponho que devo ter pena de vocês por isso? Abaixar meus braços e fazer a paz? Ela inalou para controlar seu temperamento. —Meu tio é velho. Ele não... —O meu título, minhas terras, meu dinheiro, minha maldita vida foram roubados de mim, minha senhora. —disse ele, levantando a voz a cada palavra —Você pensa que me importa nem um pouco seu tio? Ela arregalou os olhos. Ele estava tão zangado, tão determinado. Onde estava o menino sorridente da pintura? Teria desaparecido completamente? – Todos pensavam que você estava morto. Ninguém tem intenção de roubar o título de você. —Suas intenções não importam para mim. —disse ele —Eu me ocupo apenas com o resultado. Eu tenho sido privado do que é meu por direito. Eu não tenho casa. —Mas tio Reggie não é culpado. —ela gritou, perdendo seu autocontrole. —Eu só estou tentando explicar que isso não é uma guerra. Podemos ser civilizado sobre... Ele atirou a xícara contra a parede e, em seguida, bateu seu braço em um abrupto gesto violento sobre a mesa. Beatrice foi forçada a saltar para fora do caminho, como a bandeja, o prato e o bule cheio com chá quente quando tudo caiu no chão perto de onde ela estava de pé. —Como você se atreve? —ela perguntou, olhando primeiro para a bagunça no chão e, em seguida, para o selvagem na cama. —Como você se atreve? Seus olhos negros queimavam tão ferozmente que ela sentiu o calor na pele. —Se você não acha que esta é uma guerra, madame, —disse ele em voz baixa —então você é ainda mais ingênua do que eu pensava. Beatrice colocou as mãos nos quadris e se inclinou para frente, sua voz tremendo de raiva. —Talvez eu seja ingênua. Talvez seja boba e feminina e... e tolice pensar que podíamos resolver as coisas ainda difíceis de uma forma civilizada. Mas eu prefiro ser uma tola completa que um homem sarcástico desagradável, tão perdido na amargura que se esqueceu de sua própria humanidade! Ela se virou para varrer do quarto, mas sua saída dramática foi destruída quando ele pegou seu pulso. Ele empurrou, e, pego de equilíbrio, ela caiu para trás contra a cama, transversalmente em seu colo. Ela suspirou e olhou para cima. Para dentro de ardentes olhos negros. Ele se inclinou tão perto que ela sentiu sua respiração em seus lábios. Os músculos da perna se deslocaram sob seu quadril, lembrando-a de sua posição precária. Suas mãos apertaram seus braços, segurando-a prisioneira. —Eu posso ser realmente um homem desagradável, amargo e sarcástico, madame, mas deixe-me assegurar que a minha humanidade está mais do que intacta. A respiração de Beatrice parou como um coelho apanhado em aberto perante um lobo. Ela podia sentir o calor de seu corpo vindo em ondas. Seus seios estavam quase pressionados contra seu peito, e para piorar as coisas, aquele olhar negro cintilante desceu para sua boca. Enquanto ela o observava, seus lábios entreabertos e suas pálpebras caíram quando ele resmungou baixinho: —E eu vou usar todos os meios à minha disposição para vencer essa guerra. Então, ela estava hipnotizada pela perversa intenção que via em seus olhos, e ela começou a se mover quando a porta do quarto se abriu. Lord Hope abruptamente liberou seus braços. Ele estava olhando por trás para o intruso. Por um segundo fugaz, ela pensou ter visto algo parecido com alegria em seu rosto, mas tão de repente desapareceu que talvez ela tivesse se enganado. Em qualquer caso, tanto o seu rosto com sua voz eram de pedra quando ele falou. —Renshaw.

Capítulo 03


—Venha, senhor... —gritou o Rei dos Duendes —Eu vou dar cinquenta moedas de ouro pela espada. Diga-me que você vai concordar. —Temo que eu não possa. —respondeu Longa Espada. —Então, certamente você vai se separar dela por cem moedas de ouro? É apenas uma velha e enferrujada espada, e você pode comprar mais vinte iguais a mesma ou melhores por esse preço. Neste momento Longa Espada riu. —Senhor, eu não vou vender minha espada por qualquer preço designado, e eu vou te dizer o porquê: renunciar a esta espada iria custar minha própria vida, porque ela e eu estamos unidos magicamente. —Ah, se esse é o caso, —disse astuciosamente o Rei dos Duendes —você vai me vender uma mecha de seu cabelo por um centavo? De Longa Espada, o guerreiro Durante sete anos, Reynaud pensou sobre o que ele iria dizer e como ele iria se sentir quando visse Jasper Renshaw novamente. As perguntas que ele faria, as explicações que ele demandaria. E agora, agora que o momento estava ali, ele procurou dentro de si mesmo e sentiu... nada. —É Vale agora. —o homem de pé ao lado da porta, disse. Seu rosto estava um pouco mais revestido, com os olhos um pouco mais melancólicos, mas por outro lado ele era o mesmo homem com quem Reynaud brincou quando menino. O mesmo homem com quem ele comprou uma comissão. O mesmo homem que ele considerava seu melhor amigo. O homem que o deixou para morrer em uma terra estrangeira selvagem. —Você conseguiu o título, então? —Reynaud perguntou. Vale assentiu. Ele ainda estava de pé ao lado da porta, de chapéu na mão. Ele olhou para Reynaud, como se tentasse decifrar os pensamentos de um animal selvagem. A senhorita Corning se endireitou de onde ele a puxou para seu colo. Sua atenção ia dele para Vale que ele tinha quase se esquecido de sua presença. Ele tentou agarrar sua mão, mas era tarde demais. Ela se afastou da cama e foi além de seu alcance. Ele teria que esperar por outro momento em que ela pudesse pisar despreocupadamente perto novamente. Ela limpou a garganta. —Eu acredito que nós nos encontramos uma vez em uma das festas no jardim de sua mãe, Lord Vale. O olhar de Vale lançou-se para ela, e ele piscou diante e um largo sorriso se espalhou por seu rosto. Ele se curvou de maneira extravagante. —Perdoe-me, gentil senhorita. Você é? —Minha prima, senhorita Corning. —Reynaud rosnou. Não era preciso dizer a Vale que a conexão não era de sangue ele iria fazer a reclamação que poderia. As sobrancelhas grossas de Vale subiram. —Eu nunca soube que você tinha uma prima. Reynaud sorriu levemente. —Ela foi recém descoberta. A senhorita Corning olhou entre os homens, suas sobrancelhas franzidas, claramente confusa. – Eu devo enviar o chá? —Sim, por favor. —disse Vale, ao mesmo tempo em que Reynaud balançou a cabeça —Não. Vale olhou para ele, seu sorriso desapareceu. A senhorita Corning limpou a garganta novamente. —Bem, eu acho... ah, sim, eu acho que vou deixar vocês dois a sós. Deve haver muitas coisas que vocês gostariam de conversar. Ela caminhou até a porta onde estava Vale , se esticou e sussurrou: —Só não fique demasiado tempo. Ele está muito doente. Vale assentiu com a cabeça, segurando a porta para ela e, em seguida, fechando-a suavemente depois que ela saiu. Ele se virou para olhar para Reynaud. Que retrucou: —Eu não sou um inválido. —Você está doente? —Eu peguei uma febre durante a viagem de navio. Não é nada. Vale ergueu as sobrancelhas, mas não fez nenhum comentário sobre isso. Em vez disso, perguntou: —O que aconteceu? Reynaud sorriu ironicamente. —Eu acho que eu deveria estar fazendo essa pergunta a você. Vale desviou o olhar, seu rosto empalidecendo. —Eu pensei todos nós pensamos que você estivesse morto. —Eu não estava. —Reynaud cuspiu fora as palavras, seus incisivos afiados fechados com força. Lembrou-se do cheiro de carne queimada. As amarras cortando em seus braços. De marchar nu através de novas nevascas. Seus olhos castanhos olharam através de uma máscara de sangue... Ele balançou a cabeça uma vez, nitidamente, perseguindo os fantasmas de sua mente, com foco no homem que estava diante dele. Sua mão se moveu para o punho de sua faca. Vale viu seu movimento com cautela. —Eu nunca teria deixado você se eu soubesse que você vivia. —No entanto, permanece o fato de que eu estava vivo e que você me deixou. —Sinto muito. Eu... – a boca de Vale se apertou. Ele olhou para o tapete sob seus pés. —Eu vi você morrer, Reynaud.


Por um momento, os demônios tagarelavam no cérebro de Reynaud, sussurrando sobre traição. Ele viu claramente a careta que um moribundo fazia ao ser queimado vivo. Então, com um esforço, empurrou para trás a imagem e as vozes loucas. —O que aconteceu no acampamento Wyandot? —ele perguntou. —Depois que eles levaram embora, você quer dizer? —Vale não esperou pela resposta, mas suspirou profundamente. – Eles nos amarraram a estacas e torturaram os outros homens Munroe, Horn, Growe, e Coleman. Eles mataram Coleman. Reynaud assentiu. Ele viu como os inimigos tanto brancos como nativos foram tratados pelos índios que os capturaram. Vale inalou fundo , como se estivesse se preparando. —Então, após a morte de Coleman no segundo dia, os índios nos levaram ao local onde eles estavam queimando um homem na fogueira. Eles nos disseram que era você. Ele vestia seu casaco, tinha o cabelo preto. Eu pensei que ele era você. Todos nós pensamos que ele era você. —Vale olhou para cima, encontrando o olhar de Reynaud com os olhos turquesa assombrados. —Seu rosto já desapareceu. Enegrecido e queimado pelas chamas. Reynaud desviou o olhar. A parte r azoável de sua mente sabia que Vale e os outros não tiveram escolha. Eles acreditaram que estava morto por causa da evidência esmagadora. Qualquer homem em sã consciência acreditaria no mesmo quando confrontado com o que viram e ouviram. E ainda... E ainda a besta em seu núcleo recusou a explicação. Ele foi abandonado, deixado por aqueles por quem ele arriscou a vida e a integridade física. Deixado por aqueles que ele chamou seus amigos. —Passou quase mais quinze dias antes que Sam Hartley trouxesse de volta um grupo de resgate para nos resgatar. —Vale disse calmamente —Você estava no acampamento indígena todo o tempo? Reynaud balançou a cabeça, olhando sua mão esquerda achatar contra a colcha, observando distraidamente o contraste de sua pele marrom contra o tecido branco. Sua mão era fina, os tendões se destacando claramente na parte de trás. —Como está minha irmã, Emeline? Ele ouviu Vale suspirar, como se frustrado. —Emeline. Emeline está muito bem. Ela se casou novamente agora, você sabe. Com Samuel Hartley. A cabeça de Reynaud se ergueu, seus olhos se estreitando. —Cabo Hartley? O rastreador? Vale sorriu. —O mesmo, embora ele não seja mais um humilde cabo. Ele fez sua fortuna com importação e exportação de mercadorias das colônias. —A senhorita Corning me disse que ela se casou com um colonial, mas eu não percebi que era Hartley. —mesmo que Hartley fosse rico agora, Emeline casou abaixo de sua posição. Ela era a filha de um Conde. O que ela possuiria? —Ele veio para Londres há um ano pelos negócios, e por outros assuntos, e rapidamente roubou o coração de sua irmã, eu acho. Reynaud ponderou essa informação, sua mente girando em confusão e raiva. Emeline mudou muito nos últimos sete anos? Ou eram suas lembranças infectadas? Deformadas pelo tempo e por tudo o que foi feito com ele? —O que aconteceu, Reynaud? —Vale perguntou suavemente —Como você escapou da morte no acampamento indígena? A cabeça de Reynaud se ergueu. Ele olhou para seu ex-amigo. —Você realmente se importa? —Sim. —Vale parecia desnorteado —Sim, claro. —Vale olhou para ele como se espera ndo pela história, mas Reynaud seria condenado se rasgasse sua alma para ele. Finalmente Vale desviou o olhar. —Ah. Bem, eu estou feliz, muito feliz, que você esteja de volta são e salvo. Reynaud assentiu. —É isso? —O quê? —É isso? —Reynaud enunciou. Ele estava cansado e precisava dormir, caramba, mas ele não deixaria o outro homem saber disso. —Você já terminou o que veio fazer? A cabeça de Vale estalou para trás, como se tivesse sido cortada no queixo. Então, ele ampliou sua postura, endireitou os ombros e ergueu a cabeça. Um amplo sorriso, surgiu espalhado por seus lábios. —Não é bem assim. —Reynaud ergueu as sobrancelhas. —Eu também queria falar com você sobre o traidor. —Vale disse suavemente. Reynaud balançou a cabeça. —Traidor...? —O homem que nos traiu aos índios em Spinner’s Falls... —disse Vale , quando um rugido começou nos ouvidos de Reynaud, que quase se afogou em suas últimas palavras. —Um traidor com uma mãe francesa. Beatrice ouviu o estrondo enquanto subia as escadas com outra bandeja de chá e biscoitos. Ela fez uma pausa na escadaria, olhando cegamente para o andar de cima. Se fosse um acidente? A estatueta Chinesa ou um relógio caindo da cornija? O pensamento era cheio de esperança, mas ela acelerou seus passos, curvando para o corredor superior quando o segundo acidente atingiu. Oh, querido. Soou um pouco como se Lord Hope e Lord Vale p udessem estar matando um ao outro. No final do corredor, a porta do quarto de Lord De Hope se abriu e o Visconde De Vale saiu pisando forte, com raiva, mas graças a Deus ainda estava intacto. —Não acho que isso acabou, Reynaud. —ele bramou —Dane-se, eu estarei de volta. —ele enfiou seu tricórnio[5] na cabeça, se virou e viu Beatrice. Um olhar tímido momentaneamente atravessou seu rosto. Em seguida, ele assentiu. —Perdão,


madame. Você pode não querer ir até lá no momento. Ele não está apto para uma companhia civilizada. Ela olhou para a porta do quarto escarlate e, em seguida, voltou a olhar Lord Vale. Ao se aproximar, viu com horr or que uma marca vermelha marcava seu queixo. Como se alguém tivesse batido nele. —O que aconteceu? —ela perguntou. Ele balançou a cabeça. —Ele não é o homem que eu conhecia. Suas emoções são... extremas. Selvagem. Por favor, tenha cuidado. Lord Vale se curvou graciosamente e, em seguida, passou por ela e desceu as escadas. Beatrice o viu desaparecer antes de olhar para a bandeja ainda em suas mãos. O chá derramou um pouco, manchando a toalhinha de linho cobrindo o fundo da bandeja. Ela poderia voltar para a cozinha e obter que uma das empregadas estabelecesse uma nova bandeja e, talvez, fazer a garota entregá-la também. Só que seria covardia. Não era de seu feitio enviar servas em lugares que ela mesma tinha medo de se aventurar. Ela olhou para o corredor. A porta do quarto de Lord De Hope ainda estava aberta. Ele estava lá sozinho. Ela endireitou os ombros e marchou para a porta aberta. —Eu trouxe um pouco mais de chá e biscoitos. —ela anunciou bruscamente quando entrou pelo quarto —Eu pensei que você poderia efetivamente beber dessa vez. Lord Hope estava deitado na cama, virado para a parede, e no começo ela pensou que ele poderia estar dormindo, idiota com essa noção depois do distúrbio de antes. Ele não se virou. —Saia. —Você parece estar sob uma má interpretação... – ela disse em tom de conversa. Ela começou a depositar a bandeja sobre a mesinha ao lado da cama, mas haviam cacos espalhados em arco ao redor da mesa, composta pelo que uma vez foi um relógio de porcelana chinesa feio, e um par correspondente de vasinhos de cerâmica. Adicionados como foram às coisas do chá anterior, que ela levara antes da visita de Lord Vale, e que estava começando a ser uma pilha bastante considerável. Ela se virou para uma mesa perto da janela bem fora do alcance da cama. —Sobre o que você está tagarelando? —De Hope murmurou. —Hmm? – a mesinha já estava ocupada por um vaso e um candelabro de bronze, e Beatrice teve que manobrar a bandeja de chá com cuidado para evitar outro derramamento. —O equívoco que você disse que eu tinha. —De Hope rosnou com uma voz irritada. —Ah. — com a bandeja resolvida, Beatrice olhou para ele e sorriu, apesar dele ainda estar de costas para ela. —Você parece pensar que eu sou um dos serventes. —houve um silêncio da cama enquanto Beatrice serviu o chá. Talvez ele estivesse coberto de vergonha pela descompostura. —Você me faz continuar trazendo seu chá. Ou talvez não. Chá é muito fortificante, eu acho, especialmente quando a pessoa se sente sob pressão. —ela adicionou mais açúcar para o chá ela notou que ele parecia gostar de seu chá muito doce e levou a xícara de chá até a cama. —Mas isso não significa que eu goste de ser tratada com tais tons ácidos. Ele ainda enfrentava a parede. Ela hesitou por um momento, a xícara representava incerteza na sua mão, então ela colocou cuidadosamente sobre a mesinha. Era uma xícara feia, com uma decoração laranja e preta representando uma ponte meio torta, mas ainda assim... Ela não gostaria de ver a porcelana chinesa esmagada. —Você gostaria de um pouco de chá? —ela perguntou. Um ombro grande se encolheu, mas, por outro lado, ele não se mexeu ou se virou. O que havia acontecido entre ele e Lord Vale? —Ele vai aquecer o seu espírito... —ela sussurrou.


Ele bufou. – Disso eu duvido. —Bem... —ela alisou suas saias —Eu vou deixar você, então. —Não faça isso. Essas únicas palavras soaram tão baixas que ela quase as perdeu. Ela olhou para ele. Ele não se moveu, e ela não tinha certeza do que fazer. O que ele desejava. Seu braço estava fora da coberta, e ela deu um passo à frente e estendeu sua mão. Era totalmente inadequado, mas, por alguma razão, parecia certo. Ela tocou sua mão, grande e quente. Lentamente, ela enterrou os dedos em sua mão até que ele a agarrou com sua própria. Ele apertou seus dedos delicadamente. Ela sentiu um ponto de calor começar em seu peito, espalhando-se gradualmente como uma poça de água morna até que seu corpo inteiro estava iluminado por dentro e ela identificou o sentimento. Felicidade. Ele a fazia descontroladamente, inadequadamente feliz com apenas o aperto de seus dedos, e ela sabia que devia ter cuidado com este sentimento. Ser cautelosa com ele. E então ele falou, baixo. —Ele pensa que sou um traidor. Seu coração parou. —O que você quer dizer? Ele se virou então, finalmente, seu rosto era uma máscara, os olhos sombreados, mas ele não soltou sua mão. —Você sabe que o nosso regimento, a Vigésima Oitava Infantaria, foi massacrada nas colônias? —Sim. —o massacre era de conhecimento comum uma das piores tragédias da guerra. —Vale diz que alguém deu a nossa posição. Que fo mos traídos para os franceses e seus aliados indígenas por um homem de dentro das fileiras do nosso regimento. Beatrice engoliu em seco. Como é terrível saber que muitos morreram por causa da traição de uma pessoa. E o conhecimento de um traidor seria ainda mais terrível para Lord Hope. De alguma forma, ela ainda não tinha certeza de como e realmente ela estava morrendo de vontade de perguntar seus sete anos perdidos estavam ligados a Spinner’s Falls e a tragédia de lá. Tudo isso passou por sua mente, mas Beatrice apenas disse: —Eu sinto muito. —Você não entende. —ele puxou sua mão para dar ênfase —O traidor tinha uma mãe francesa. Vale acha que eu sou o traidor. —Mas... mas isso é bobagem. —Beatrice exclamou sem pensar —Quero dizer, não é a parte da mãe francesa que faz sentido, eu suponho —mas que alguém poderia pensar que você é um traidor... que... que não está certo depois de tudo. —ele não disse nada, apenas apertou sua mão novamente. —Eu pensei, —Beatrice disse cautelosamente —que Lord Vale era seu amigo? —Como eu. Mas isso foi há sete anos, e eu temo que eu já não saiba quem é o homem. —Foi por isso que você o atingiu? —ela perguntou. Ele deu de ombros. Beatrice estremeceu com a confirmação de seus medos. Lembrou-se do aviso de Lord Vale no corredor: Tenha cuidado . Ainda assim, ela molhou os lábios e disse: —Eu penso que quem realmente sabe disso é você, e você percebe que você não tem isso dentro de você para ser um traidor. —Mas, então, você não me conhece. —finalmente, ele deixou sua mão cair, e o calor começou a escapar de seu corpo com a perda de contato. —Você não me conhece absolutamente. Beatrice inalou lentamente. —Você está certo. Eu não o conheço. —ela foi pegar a bandeja de chá e se encaminhou para a porta —Mas, então, talvez a culpa por isso não seja totalmente minha. Ela fechou a porta suavemente atrás de si. Embora Beatrice visitasse Jeremy Oates pelo menos uma vez por semana, e, mais frequentemente duas ou três vezes, seu mordomo, Putley, sempre fingia que não a conhecia. —Quem devo dizer que está chamando? —Putley perguntou no início da tarde do dia seguinte, seus arregalados olhos olhando para ela no que parecia estarrecida surpresa. —Senhorita Beatrice Corning. —Beatrice respondeu como sempre fazia, reprimindo um desejo de chamá-lo por um nome... Putley só estava fazendo seu trabalho. Bem, pelo menos essa era a explicação mais caridosa, e Beatrice tentou ser caridosa o quando podia. —Muito bem, senhorita. —Putley entoou —Você vai esperar na sala de estar enquanto eu vou verificar se o Sr. Oates está em casa? A caridade era uma coisa, a adesão ridículo para formar outra. Sr. Oates nunca estava em qualquer lugar, mas em casa. Beatrice revirou os olhos. —Sim, Putley. Mostrou a segunda melhor sala de estar, uma sala mofada com muito pouca luz e uma super abundância de móveis pesados, escuros. Ela usou o tempo de espera até o retorno de Putley para se recompuser. Beatrice ainda estava um pouco alterada por sua discussão com Lord Hope, e ela se sentiu ligeiramente culpada depois que ela saiu do quarto. Afinal de contas, pode uma senhora colocar um cavalheiro completamente tão para baixo quando ele está acamado, e acabou de ter uma briga com seu melhor amigo, a quem não viu em quase sete anos? Ela não estava sendo apenas um pouco malvada? Mas, novamente, ele foi tão desagradável com ela. Ela sabia que ele devia estar frustrado, furioso mesmo por tudo o que aconteceu desde seu retorno à Inglaterra, mas na verdade, ele devia usá-la como seu bode expiatório? Putley voltou naquele momento com a notícia de que Jeremy iria de fato vê-la, e Beatrice o seguiu, desaprovando as costas


do mordomo, subindo os dois lances de escada até o quarto de Jeremy. —Senhorita Beatrice Corning para vê-lo, senhor. —Putley falou. Beatrice empurrou o mordomo para fora do quarto. Já era o suficiente. Ela mirou um sorriso deslumbrante em Putley e disse com firmeza: —Isso é tudo. O mordomo roncou baixinho, mas deixou o quarto, fechando a porta atrás dele. —Ele está ficando pior, você sabe. —Beatrice caminhou até a janela e empurrou para os lados as cortinas. A luz, por vezes, feria os olhos de Jeremy, mas isso não podia ser bom para ele, se deitar em um quarto escuro no meio do dia, também. —Eu tento pensar nisso como um elogio. —Jeremy falou lentamente da cama. Sua voz estava mais fraca do que da última vez que ela visitou. Ela respirou fundo e se colocou um largo sorriso antes de voltar ao redor. A cama dominava a área, cercad a por escombros de uma enfermaria. Duas mesas estavam ao alcance da cama, suas superfícies cobertas com pequenas garrafas, caixas de pomada, livros, canetas e tinta, ataduras e óculos. Uma cadeira de madeira velha estava em um lado, um fio de seda enrolado em torno das costas, as extremidades jogadas no assento. Às vezes, Jeremy achava mais fácil para os lacaios amarrá-lo à cadeira quando ele se sentava diante da lareira. —Afinal de contas, —Jeremy disse —Putley deve ter alguma confiança na minha capacidade de arrebatar, se ele desaprova tanto as suas visitas. —Ou talvez ele seja simplesmente um idiota. —disse Beatrice quando ela puxou uma cadeira de pelúcia perto da cama. Havia um cheiro acre perto da cama, uma combinação de urina e outro fluídos corporais de nocivas emissões mas ela teve o cuidado de manter o rosto agradável. Quando Jeremy chegou primeiro em casa, depois da guerra no continente há cinco anos, ele ficou horrorizado com o cheiro do quarto dos doentes. Ela não tinha certeza agora se ele se acostumara com os odores e os ignorava, ou se ele simplesmente já não os cheirava, mas, em qualquer caso, ela não iria ferir seus sentimentos chamando a atenção para eles. —Trouxe os jornais de notícias e alguns panfletos que meu lacaio adquiriu para mim. —Beatrice começou dizendo, enquanto ela retirava os papéis de um saco macio. —Oh, não, não. —disse Jeremy. Sua voz estava arreliando, mesmo em seu estado debilitado. Ela olhou para cima para encontrar seus claros olhos azuis. Jeremy tinha os olhos mais bonitos que qualquer pessoa que ela conhecia, fosse homem ou mulher. Eles eram uma verdadeira luz azul, a cor do céu na primavera. Nenhuma outra cor turvava suas profundezas. Ele era ou foi, um homem muito bonito. Seu cabelo era de um castanho dourado, com o rosto aberto e alegre, mas os estragos da sua doença colocaram linhas de dor ao redor de sua boca e olhos. A mãe de Jeremy foi uma amiga de longa data de tia Maria, então Beatriz e Jeremy praticamente cresceram nos bolsos um do outro. Ele a conhecia como ninguém o fazia nem mesmo Lottie. Quando ela olhava nos olhos de Jeremy, às vezes sentia que esses olhos azuis viam diretamente atrás da máscara alegre que ela colocasse em sua presença, direto ao poço de tristeza por ele em seu interior. Ela desviou o olhar, para baixo, para a colcha de sua cama. Para o lugar, de fato, onde suas pernas deveriam ter estado. —O que...? —Não finja inocência comigo, Beatrice Corning. —disse ele com o mesmo sorriso que ele tinha aos oito anos de idade. —Eu posso ser um inválido, mas ainda tenho minhas fontes de fofocas, e elas estão alvoroçados com a notícia do retorno de seu Visconde. Beatrice franziu o nariz. —Ele não é meu Visconde. Jeremy inclinou a cabeça contra os travesseiros. Normalmente, ele estava sentado ereto por esta altura na parte da tarde, mas hoje ele estava deitado de costas. Beatrice sentiu um frisson de medo retorcendo através de seus sinais vitais. Ele estava pior? —Eu não posso pensar que outro Visconde ele poderia ser se não o seu. —Ele brincou —Não é este o mesmo homem cuja juventude bonita está no retrato em sua sala de estar? Eu assisti você sonhar sobre essa coisa por anos. Beatrice torceu os dedos de culpa. —Eu era tão óbvia assim? —Só para mim, querida. —Jeremy respondeu com carinho —Só para mim. —Oh, Jeremy, eu sou uma idiota! —Bem, sim, mas um adorável, você tem que admitir. Beatrice suspirou tristemente. —É só que ele não é nada do que eu pensei que ele seria assim. Bem, se eu pensasse sobre ele ainda estar vivo, o que é claro que eu não fiz, porque todos nós pensamos que ele morreu. —O quê? Ele é feio? —Jeremy tinha suas feições contorcidas em uma grotesca carranca. —Nããão, embora ele tenha uma barba e o cabelo terrivelmente longo no momento. —As barbas são nojentas. —Não em capitães de navios. —Beatrice protestou. —Especialmente em capitães de navios. —Jeremy disse severamente —Não há nenhum ponto em tentar fazer exceções. É preciso ser firme sobre o assunto. —Com certeza. —Beatrice acenou com a mão —Mas, acredite, a barba é de menos no caso do Visconde De Hope. Ele


tem tatuagens. —Escandaloso. —Jeremy respirava prazer. Bandeiras de cor elevada estavam flamejantes em suas bochechas. —Estou superexcitando você. —Beatrice franziu a testa. —De jeito nenhum. —respondeu ele. —Mas mesmo se você estivesse, eu te imploro para ir em frente. Estou aqui todos os dias, durante todo o dia e noite, Bea, querida. Preciso do entusiasmo. Então, diga-me. Qual é o verdadeiro problema com o Lord Hope? Ele pode ter uma barba espessa e ser tatuado com âncoras e cobras, mas eu não acho que isso é o que mais está incomodando. —Pássaros estilizados. —Beatrice disse distraidamente. —O quê? —As tatuagens são aves um pouco estranhas, três delas, ao redor de seu olho direito. O que poderia ter acontecido para têlas colocado lá? —Eu não tenho a menor ideia. —É que ele é tão amargo, Jeremy. —ela explodiu —Ele é ... ele é positivamente odioso às vezes, como se o que aconteceu com ele tivesse cauterizado sua própria alma. Jeremy ficou em silêncio por um momento, então ele disse: —Eu sinto muito. Ele estava na guerra, não era? Nas colônias? —Beatrice assentiu. Ele suspirou e disse lentamente: —É difícil explicar a alguém que nunca tenha experimentado, mas a guerra e as coisas que acontecem na guerra, as coisas que se é forçado a ver e fazer às vezes... bem, eles mudar um homem. Deixa mais duro, se ele tem alguma sensibilidade, depois de tudo. —Você está certo, é claro. —disse ela, torcendo as mãos —Mas parece mais do que isso, de alguma forma. Oh, eu gostaria de saber o que ele vem fazendo nos últimos sete anos! Jeremy deu um meio sorriso. —Fosse o que fosse, duvido que o seu saber sobre sua história vá mudar alguma coisa sobre ele agora. Beatrice olhou para ele, para seus queridos olhos demais perceptivos. —Eu sou uma idiota, não é? Esperando por um príncipe romântico, por um homem que eu conhecia apenas de um retrato pintado. —Talvez. —ele admitiu – Mas, se não fosse por sonhos românticos, a vida seria terrivelmente aborrecida, você não acha? Ela torceu o nariz para ele. —Você sempre sabe exatamente o que dizer, Jeremy, querido. —Sim, eu sei. —disse ele complacentemente —Agora, diga-me: será que ele vai levar o título de seu tio? —Acho que ele deve. —Beatrice franziu o cenho para as mãos entrelaçadas, sentindo o peito apertar. —Ainda esta manhã, o Visconde Vale veio visitá-lo e, apesar de argumentar , eu não acho que não deve haver mais dúvida de que ele é, de fato, o Visconde De Hope. —E se ele for? Ela olhou para ele, perguntando se ele sabia o pânico que a perspectiva provocava. – Nós vamos perder a casa e tudo mais. —Você sempre pode vir morar comigo. —ele brincou. Ela sorriu, mas seus lábios tremiam. —Tio Reggie só poderia ter outro ataque de apoplexia. —Ele é mais resistente do que você dá crédito. —ele disse suavemente. Ela mordeu o lábio, nem mesmo fingindo sorrir agora. —Mas se ele ficar doente, se alguma coisa acontecer com ele... Oh, Jeremy, eu só não sei o que eu faria. —ela apertou as mãos em seu peito, esfregando a constrição. —Vai dar certo no final, Bea, querida. —disse Jeremy suavemente —Não adianta se preocupar. —Eu sei. —ela suspirou, e tentou parecer alegre para ele —Tio Reggie tinha um compromisso esta manhã com os seus advogados. Ele voltou pouco antes de eu sair. —Hmm. Isso vai ser uma bagunça. Se seu tio não apenas entregar o título, espero que eles tenham de apresentar o seu caso ao parlamento. —Jeremy parecia alegre —Eu me pergunto se haverá socos em Westminster? —Você não precisa soar tão feliz com a perspectiva. – Beatrice o repreendeu. —Oh, eu não vejo porque não. São coisas como esta que fazem a aristocracia inglesa muito divertida. —apesar de suas palavras, Jeremy terminou com um suspiro. Sua mão em cima da colcha, enrolada em um punho apertado, os nós dos dedos brancos. Beatrice começou a levantar de sua cadeira. —Você está com dor? —Não, não. Não se aflija, Bea, querida. —Jeremy respirou fundo, e ela sabia que ele estava com dor, mesmo que ele negasse. Seu rosto foi um pouco para o cinza, para alterar as sempre presentes bandeiras de cor avermelhadas em suas bochechas. —Aqui, deixe-me ajudá-lo a se sentar de modo que você possa tomar um pouco de água. —Droga, Bea. —Agora, não faça barulho, Jeremy, querido. —ela disse suavemente, mas com firmeza enquanto segurava em seus ombros e o ajudava a se sentar. O calor irradiava dele em ondas. —Eu ganhei esse direito, eu acho. —Então você o tem. —ele suspirou.


Ela despejou água em um pequeno copo e estendeu-o para ele. Ele bebeu um pouco e devolveu a taça. —Você já pensou o que significaria se De Hope se tornar o Conde de Blanchard? Ela colocou a taça sobre uma das mesas lotadas, franzindo a testa. —Eu disse a você, tio Reggie e eu vamos ter que sair da casa de cidade... —Sim, mas além disso, Bea. —Jeremy acenou de lado para sua perda de uma casa —Ele iria substituir o seu tio Reggie na Câmara dos Lords. Beatrice lentamente afundou em seu assento. —Lord Hasselthorpe perderia a votação. —E, o mais importante, podemos ganhar um aliado. —disse Jeremy com significado —Você sabe quais são as inclinações políticas de De Hope? —Eu não tenho a menor ideia. —Seu pai era um Tory. —Jeremy refletiu. —Oh, então ele provavelmente é, também. —disse Beatrice, desapontada. —Filhos nem sempre seguem os passos políticos de seus pais. Se De Hope votar a favor do projeto de lei do Sr. Wheaton, podemos vencer na votação. — uma alta cor avermelhada se espalhou pelo rosto de Jeremy em sua excitação, então agora ele brilhava como se estivesse sendo consumido por um fogo interior. —Meus homens os soldados que serviram e lutaram tão corajosamente sob minhas ordens iriam obter a pensão que eles merecem. —Eu vou descobrir para que lado ele se incline politicamente. Talvez eu possa convencê-lo a vir para nosso lado. —Beatrice sorriu, tentando compartilhar o entusiasmo de Jeremy, mas por dentro ela estava duvidosa. Lord Hope parecia focado exclusivamente em seus próprios negócios. Ela nada viu até o momento para fazê-la pensar que ele iria cuidar, de uma forma ou de outra, de soldados comuns. Cinco dias de um leito de doente fizeram Reynaud terrivelmente inquieto. Chato como foram às visitas regulares de Srta. Corning para o quarto dele ela parecia pensar que o normal era simplesmente entrar sem perguntar primeiro se ele queria a sua companhia mas o fato era que ele tinha se acostumado com ela. Usando de provocação para discutir com ela. E onde estava a mulher hoje? Ele não viu nem sua sombra. Reynaud arrastou-se da cama, vestiu o velho casaco azul, e pegou sua faca antes abrindo a porta de seu quarto. Um jovem lacaio estava estacionado do lado de fora do quarto presumivelmente para impedi-lo de correr furiosamente por sua própria casa. Reynaud olhou para o companheiro. —Chame à senhorita Corning... Eu gostaria de falar com ela. Ele começou a fechar a porta, mas o homem disse: —Não posso. Reynaud fez uma pausa. —O quê? —Não é possível. —disse o lacaio —Ela não está aqui. —Então, quando é que se espera a volta dela? O lacaio recuou nervosamente antes de travar a si mesmo e alisar sua roupa. —Não muito tempo, eu espero, mas não posso dizer com certeza. Ela está visitando Sr. Oates, e às vezes ela fica lá um bom tempo. —Quem — Reynaud perguntou suavemente —é o Sr. Oates? —Sr. Jeremy Oates, que é —disse o homem, tornando-se falador —de Suffolk Oates. Família com um pouco de dinheiro, ou assim me disseram. Ele e a Srta. Corning se conhecem há muito, muito tempo, e ela gosta de visitá-lo três ou quatro vezes por semana. —Então ele é um cavalheiro envelhecido? —perguntou Reynaud. O criado coçou a cabeça. —Não penso assim. Um jovem, bonito cavalheiro, então eu ouvi. Ocorreu a Reynaud neste ponto que, embora ele tivesse visto à senhorita Corning todos os dias desde o seu retorno à Inglaterra, ele na verdade não sabia muito sobre a mulher. Este Oates era um adequado cavalheiro inglês, um namorado? Ou um noivo? O pensamento estimulou uma parte primitiva, e ele proferiu abruptamente a pergunta seguinte. —Ela está comprometida com ele? —Ainda não. —respondeu o lacaio, piscando alegremente —Mas não pode ser por muito tempo, possivelmente, se ela o visita com tanta frequência? Claro, há a questão de ser... Mas Reynaud não estava mais ouvindo. Ele empurrou a bunda para o lado e começou a descer as escadas. —Oy! —o lacaio chamando atrás dele —Onde você está indo? —Receber a senhorita Corning na porta. —Reynaud rosnou. Suas pernas estavam mais frágeis do que ele percebeu, o que só o deixou mais irritado. Ele agarrou o corrimão com uma mão enquanto descia lentamente. Movia-se como um maldito homem velho. —Eu não deveria deixá-lo sair do seu quarto. —disse o lacaio, de repente, ao lado dele. Ele pegou o cotovelo de Reynaud para ajudá-lo, e tão fraco Reynaud estava que ele nem sequer protestou contra a familiaridade.


—Quem mandou você me manter no meu quarto? —Reynaud exigiu. —A senhorita Corning. Ela estava preocupada que você pudesse se machucar. —o lacaio olhou para os lados —Não acho que eu possa levá-lo de voltar, não é meu Lord? —Não. —respondeu Reynaud brevemente. Ele estava ofegante, caramba. Apenas um mês atrás, ele andou o dia todo sem cansar, e agora ele arquejava ao descer uma maldita escadaria! —Não penso também. —disse o homem tratando o assunto com naturalidade. Ele não disse mais nada até que eles chegaram ao hall de entrada. —Você gostaria de um pouco de água, meu Lord, enquanto você espera? —Por favor. —Reynaud encostou-se à parede até que o homem desapareceu na direção da cozinha. Então ele foi para as portas da frente e as puxou. O vento prendeu sua respiração quando ele saiu e empreendeu passos. O dia estava cinzento e frio, o inverno estava espalhando suas asas em Londres. Não haveria neve no chão ao norte do Lago Michigan agora, e os ursos estariam gordos e lentos, se preparando para o seu sono hibernal de inverno. Lembrou-se de como Gaho adorava comer carne de urso frita em sua própria gordura. Ela sorriu quando ele trouxe uma porca recém morta ou um javali, as rugas em seu rosto marrom aprofundando, seus olhos quase desaparecendo em sua felicidade. Por um momento, sua antiga vida e seu presente se fundiram e vacilaram na frente de seus olhos, e ele se esqueceu de onde estava. De quem ele era. Em seguida, a carruagem Blanchard parou em frente da casa da cidade. O lacaio saltou para baixo e ajustou os degraus. Reynaud endireitou-se e começou a caminhar para o transporte. A porta se abriu e Srta. Corning desceu os degraus. Suas sobrancelhas franziram juntas quando o viu. —O que você está fazendo fora da cama? —Eu vim recebê-la. —Reynaud disse, com a voz dura —Onde você estava? Ela ignorou a pergunta. —Eu não posso acreditar que você seja tão tolo para ficar aqui fora no frio. Você deve entrar de uma vez. Arthur, —ela acenou para o lacaio do transporte —por favor, pegue Lord Hope em... —Eu não vou ser levado para parte alguma. —Reynaud disse com calma mortal. O lacaio da carruagem deu uma olhada para ele e encontrou um interesse consumido em manter a passo. —Eu não sou uma criança ou um imbecil para ser cuidado. Repito, onde você esteve? —Então você deve me permitir ajudá-lo a entrar. —a senhorita Corning rejeitou sua raiva crescente com um aceno de sua mão. Ele agarrou seus braços, fazendo ela e sua sentença final pararem com um guincho. —Responda-me! Algo verde brilhante queimava dentro de seus olhos, um brilho surpreendente de vontade de ferro. —Por que eu deveria responder para você? —Porque sim! —sua visão estava toda concentrada nos seus olhos, cinza cintilante e verde prado misturados. A combinação era absolutamente fascinante. Ela olhou para ele e disse, baixinho: —E, de qualquer maneira, por que você se importa com onde eu estive? Ele enfrentou a captura, a tortura e a perspectiva iminente de sua própria morte por anos a fio, mas pela vida dele, ele não tinha ideia de como responder a este pequeno pedaço de menina. Então, talvez fosse melhor que o tiro fosse disparado assim, naquele momento.

Capítulo 04 Longa Espada não consegui encontrar nenhuma razão para este estranho poder querer uma mecha de seu cabelo, mesmo que por um centavo, mas ele também podia ver nenhum risco para si mesmo. Então, pensando com humor no outro homem, ele tomou sua grande espada, cortou uma mecha de seu cabelo, e a deu para o Rei dos Duendes. O Rei dos Duendes sorriu e estendeu um único centavo. Mas no momento em que Longa Espada agarrou a moeda, a terra se abriu em uma enorme rachadura por baixo. A terra engoliu tanto Longa Espada como sua espada, e ele caiu muito, muito abaixo, até que ele aterrissou no Reino dos Duendes. Lá, ele olhou para cima e viu o Rei dos Duendes jogar fora a sua rica capa de veludo. Agora, estavam revelados seus olhos laranja brilhantes, lisos cabelos verde, e longas presas amarelas. —Quem é você? – Longa Espada perguntou chorando. —Eu sou o Rei dos Duendes. —respondeu o outro —Quando você aceitou minha moeda por sua mecha de cabelo, você se vendeu ao meu poder. Porque, se eu não posso ter a espada sozinha, então eu vou ter você e a espada...


De Longa Espada, o guerreiro Cercado. O inimigo de ambos os lados, disparando a partir de posições ocultas, seus homens gritando quando eles foram apanhados. Ele não podia formar uma linha de defesa, não poderia reunir as suas tropas. Eles estavam todo o indo para morrer se ele... —O segundo tiro foi disparado. Reynaud encontrou-se no chão contra a carruagem, com o doce e quente corpo de Srta. Corning debaixo dele. Seus olhos cinza olhavam para os seus, não mais verdes, com raiva, mas só aterrorizados. E os gritos —os gritos estavam todos ao seu redor. —Descendes![6] —Reynaud rugiu para um soldado sentado na carruagem olhando estupidamente ao redor. —Formar uma linha de defesa! —O que... —começou a senhorita Corning. Mas ele ignorou. Um homem foi atingido e estava se contorcendo no topo das escadas da casa da cidade, o sangue manchando a pedra branca. Era o jovem soldado, aquele que andou com ele. Caramba. Era o seu homem. E ele ainda estava exposto. —Fique com a Srta. Corning. —ele ordenou a um soldado por perto. O soldado da carruagem finalmente desceu e ficou ao lado deles também. Onde estava o sargento? Onde estavam os outros oficiais? Todos estariam mortos aqui no aberto, presos entre o fogo cruzado. As têmporas de Reynaud latejavam de dor, seu coração trovejava. Ele tinha que salvar seus homens. —Você entendeu? —ele gritou para o soldado perto dele. O soldado piscou para ele, aturdido. Reynaud tomou o homem pelos ombros e sacudiu-o. —Fique com Srta. Corning. Eu estou contando com você. Algo no rosto do soldado se iluminou. Seu olhar fixo em Reynaud, como sempre fazia, e ele concordou. —Sim, meu Lord. —Bom rapaz. —Reynaud olhou para o soldado caído nos degraus, calculando a distância. Fazia pelo menos um minuto desde o último tiro. Estariam os índios ainda à espreita na floresta? Ou eles se arrastaram para longe de novo, silenciosos como fantasmas? —O que você vai fazer? – perguntou à senhorita Corning. Reynaud olhou em seus olhos cinzentos claros. —Pegue o meu homem. Fique aqui. Tome isso. —ele apertou o punho de sua faca na palma da mão —Não se mexa até eu mandar. E ele a beijou duro, sentindo vida dele e dela correndo em suas veias. Querido Deus, ele tinha que levá-la para longe daqui. Ele levantou-se antes que ela pudesse expressar seu protesto e correu para a escada, mantendo a parte superior do corpo abaixada. Ele fez uma pausa, apenas o tempo suficiente para soldado dar um longo gemido, para agarrar o homem sob os braços. O menino gritou quando Reynaud o puxou para a porta da frente, um som alto e animal, um grito de agonia primitiva. Assim, muitos estavam em agonia. Assim, muitos foram mortos. E todos tão jovens. A terceira bala atingiu a moldura da porta quando Reynaud puxou seu homem através dela, com lascas de madeira explodindo contra sua bochecha. Reynaud estava ofegante, mas o rapaz estava fora da linha de fogo, pelo menos. O desgraçado não podia matá-lo novamente, não poderia raspar seu couro cabeludo enquanto ele estava morrendo. Seus olhos castanhos olhavam através de uma máscara de sangue, sem brilho e sem vida. Reynaud balançou a cabeça, desejando que ele pudesse pensar em meio à dor cega. Alguma coisa... alguma coisa não estava certa. —O que é isso? —Reginald St. Aubyn, o Conde ladrão, gritou, com o rosto vermelho. Ele partiu para a porta. Reynaud levantou o braço, impedindo seu caminho. —Atirador nos bosques. Não vá para fora. St. Aubyn sacudiu a cabeça para trás, olhando para ele como se ele fosse louco. – Sobre o que você está balbuciando? —Eu não tenho tempo para isso. —Reynaud rosnou —Há um atirador, homem. —Mas... mas, minha sobrinha está lá fora! —Ela está a salvo no momento, protegida pelo transporte. Reynaud avaliou a multidão de soldados reunidos pela comoção no hall de entrada. Exceto... exceto que não se pareciam com soldados. Alguma coisa estava errada. Sua cabeça estava dividida com a dor, e ele não tinha tempo para descobrir isso agora. Suas costas se arrepiaram com o conhecimento de que os índios ainda estavam lá fora, esperando. O rapaz ferido gemeu aos seus pés. —Você. —ele apontou para o mais velho deles —Existem armas na casa? Pistolas de duelo, armas para captura de pássaros, rifles de caça? O homem piscou e prestou atenção. —Há algumas pistolas de duelo no escritório de sua senhoria. —Bom. Vá pegá-las. —O homem se virou e correu pela passagem de volta ao corredor. —Vocês d uas, —Reynaud indicou duas mulheres servas arrumadeiras —busquem alguns panos limpos, roupa de cama, alguma coisa que possamos usar para curativos. —Sim, senhor. —elas saíram sem dizer uma palavra. Reynaud virou-se para o menino ferido, mas foi suspenso por uma mão em seu braço. —Agora, olhe aqui, —disse St. Aubyn —eu não vou deixar meus servos serem comandados por um lunático. Esta é a minha casa. Você não pode simplesmente...


Reynaud girou e no mesmo movimento elevou o homem mais velho pela garganta e o empurrou contra a parede. Ele olhou nos olhos castanhos lacrimejantes, que de repente se arregalaram, e se inclinou para falar bem perto: —Minha casa, meus homens. —ele respirou no rosto do outro homem —Ajude-me ou fique fora do meu caminho, eu não me importo, mas nunca questione a minha autoridade de novo, e jamais coloque as mãos em mim. —não havia dúvida em sua voz. St. Aubyn engoliu em seco e acenou com sua cabeça. —Bom. —Reynaud o deixou ir e olhou para o sargento. —Olhe para fora da porta, rapidamente, e verifique se a Srta. Corning e os outros ainda estão perto da carruagem. —Sim, meu Lord. Reynaud se ajoelhou ao lado do homem ferido. O rosto do rapaz estava gorduroso com suor, seus olhos se estreitavam pela dor. A ferida estava em seu quadril esquerdo. Reynaud tirou o casaco e encontrou a pequena faca fina que guardava no bolso. Então ele embrulhou o casaco e colocou-o sob a cabeça do menino. —Estou morrendo, meu Lord? — o rapaz sussurrou. —Não, absolutamente. —Reynaud abriu um corte nas calças do menino, da cintura ao joelho, e espalhou o tecido ensanguentado. —Qual é o seu nome? —Henry, meu Lord. —o rapaz engoliu em seco —Henry Carter. —Eu não gosto que meus homens morram, Henry. —disse Reynaud. Não havia nenhum orifício de saída. A bala teria que ser extraída do quadril do rapaz uma operação complicada, pois às vezes o quadril sangrava muito. —Você entendeu? —Sim, meu Lord. —as sobrancelhas do menino se levantaram interrogativamente. —Então você não vai morrer. —Reynaud afirmou com determinação. O garoto balançou a cabeça, seu rosto suavizando. —Sim, meu Lord. —As pistolas, senhor. —o soldado mais velho estava de volta, ofegante, com uma caixa plana em suas mãos. Reynaud ruborizou. —Bom homem. As mulheres voltaram, bem como com os lençóis, e uma imediatamente se ajoelhou e começou a enfaixar Henry. —Eu pedi para a cozinheira enviar um médico, meu Lord. Espero que esteja certo. Cozinheira? Aquela sensação de que algo não estava certo fez sua cabeça girar novamente, mas Reynaud manteve o rosto calmo. Um oficial nunca mostra medo em batalha. —Muito inteligente. —Reynaud acenou para a mulher, e uma onda de prazer se espalhou sobre o rosto liso. Virou-se para o sargento. —O que está acontecendo lá fora? O sargento se ergueu da fenda da porta. – A s enhorita Corning ainda está perto da carruagem, meu Lord, junto com o cocheiro e dois lacaios. Uma pequena multidão se reuniu em toda a rua, mas para além disso, parece apenas como habitual. —Bom. E o seu nome? O sargento jogou os ombros para trás. —Hurley, meu Lord. Reynaud assentiu. Ele colocou a caixa das pistolas de duelo em uma mesa lateral e abriu-a. As pistolas dentro pareciam ser da época de seu avô, mas elas foram devidamente oleadas e conservadas. Reynaud tirou-as para fora, para verificar se elas estavam carregados, e deu um passo para a porta. —Mantenha-se afastado da porta. —ele instruiu o sargento —Os índios ainda podem estar lá fora. —Querido Deus, ele é insano. —St. Aubyn murmurou. Reynaud ignorou e saiu pela porta. A rua estava estranhamente calma ou talvez ela simplesmente parecesse assim após o caos do tiroteio. Reynaud não parou, mas correu rapidamente abaixado e caiu no chão perto da senhorita Corning, que estava quase debaixo da carruagem. —Está tudo bem? —ele perguntou. —Sim. Muito. —ela franziu a testa e tocou um dedo em seu rosto —Você está sangrando. —Não importa. —ele pegou sua mão e lambeu o sangue de seu dedo, fazendo com que seus olhos cinzentos ampliassem —Você ainda tem a minha faca? —Sim. —ela mostrou a faca, escondida entre as dobras de suas saias. —Boa menina. —ele olhou para os soldados... só que agora eles eram um cocheiro e dois lacaios. Reynaud piscou ferozmente. Concentre-se. —Você viu de onde os tiros estavam vindo? O cocheiro meneou a cabeça, mas um dos lacaios, um sujeito alto, com um dente da frente faltando, disse: —Uma carruagem negra se afastou muito rápido, logo depois que Henry foi arrastado para dentro da casa, meu senhor. Eu acho que os tiros podem ter vindo de dentro da carruagem. Reynaud assentiu. —Isso faz sentido. Mas nós vamos dar à senhorita Corning todas as precauções para o caso. Sr. Coachman, por favor, vá primeiro. Vou seguir com a senhorita Corning enquanto os lacaios vêm atrás. —ele entregou uma das pistolas para o lacaio que falou —Não atire, mas certifique-se que qualquer observador possa ver que você está armado. O homem acenou com a cabeça, e Reynaud corou com sua pequena comitiva. Ele colocou um braço sobre a senhorita Corning, cobrindo o máximo de seu corpo como podia. —Vá. O cocheiro correu para os degraus, e Reynaud seguiu com a senhorita Corning, terrivelmente ciente de como eles estavam expostos. Sua forma ao lado dele era quente, pequena e delicada. Pareceu demorar alguns minutos, mas eles estavam dentro da


casa novamente em segundos. Não houve mais tiros disparados, e Reynaud bateu a porta atrás de si. —Querido Deus. —a senhorita Corning estava olhando para Henry, o soldado ferido. Mas ele não era um soldado, Reynaud percebeu tudo de uma vez. Henry era o lacaio que estava guardando a porta de seu quarto. Sua cabeça girava enquanto a bile queimava borbulhando em sua garganta. O sargento era o mordomo, as mulheres as empregadas domésticas, e não havia soldados, apenas lacaios olhando para ele com cautela. E os índios? Em Londres? Reynaud balançou a cabeça, sentindo como se seu cérebro fosse explodir a partir da dor. Querido Deus, talvez ele estivesse louco. Beatrice inclinou-se sobre um pequeno livro de oração, escolhido pela encadernação. Ela achou mais fácil pensar quando suas mãos estavam ocupadas. Então, depois de Henry ter sido visto e atendido, depois de Lord De Hope haver se retirado para seu quarto, depois que ela acalmou os servos e os mandou de volta ao trabalho, depois que tudo foi resolvido e restaurado a ordem em sua casa, ela se retirou aqui para o seu próprio quarto, para contemplar os acontecimentos desta tarde. Contudo, ela não chegou a quaisquer conclusões definitivas quando uma batida soou em sua porta. Ela suspirou e esperou por um segundo toque. —Beatrice? Era a voz de tio Reggie, o que era estranho, porque ele quase nunca a visitou em seu quarto, mas este foi um dia muito estranho. Ela colocou o livro sobre a mesinha, ela ajeitou as flores no vaso e se levantou da cadeira para deixá-lo entrar. —Eu queria ter certeza de que estava ilesa, minha querida. – ele disse, uma vez que entrou. Ele olhou vagamente ao redor do quarto. Beatrice sentiu uma pontada de remorso. Com toda a emoção e agitação do tiroteio, ela não teve a chance de falar com seu tio. —Eu estou bem, nem mesmo um arranhão. E você? Como você se sente? —Oh, nada pode ferir um homem velho como eu. —ele vociferou —Claro, que o impostor quis me bater contra a parede um pouco. —ele olhou para ela sob as sobrancelhas, como se esperasse dela uma reação. Beatrice franziu a testa. —Ele fez o que? Mas por quê? —Arrogância sangrenta, se você me perguntar. —seu tio respondeu com veemência —Ele estava delirando sobre os índios na floresta ou no bosque. Começou a organizar os servos e me disse para sair do caminho. Eu acho que o homem é louco. —Ele me salvou. —Beatrice olhou para seus chinelos. A sanidade de Lord Hope era o assunto com o qual ela lutou quando tio Reggie a interrompeu. —Talvez ele só estivesse apenas confuso com a rapidez dos acontecimentos. Talvez ele falasse apressado quando falou dos índios. —Ou talvez ele seja louco. —a voz de tio Reggie suavizou seu olhar —Eu sei que ele salvou sua vida, e não ache que eu não sou grato ao bastardo que arriscou sua vida por você. Mas é seguro tê-lo em casa? E se ele acordar um dia e decidir que eu sou um índio ou você? —Ele parece sensato de maneira diferente. —Será que é, Bea? —Sim. A maior parte das vezes, em todo caso. —Beatrice se sentou na cadeira diante de sua mesa de trabalho e mordeu o lábio. —Eu não acredito que ele queira realmente machucar a mim ou a você, tio, não importa o seu estado de espírito. —Uma ova. Eu não sei se eu compartilho o seu otimismo. —tio Reggie vagueava e olhou para seu trabalho —Ah, você começou um novo projeto. O que é isso? —O livro de oração antigo da tia Maria. Ele gentilmente passou um dedo sobre o livro desmontado. —Lembro-me bem de como ela costumava levá-lo para a igreja na província. Ele pertencia a sua ta tara avó, você sabe. —Eu me lembro dela me dizendo isso. —Beatrice disse suavemente —A capa foi muito usada, a coluna rachou, e as páginas foram se soltando da costura. Pensei recosturá-lo e, em seguida, encaderná-lo com um couro suave em azul. Vai ficar bom como novo. Ele acenou com a cabeça. —Ela teria gostado disso. É bom você tomar esses cuidados com as coisas dela. Beatrice olhou para suas mãos, lembrando os bondosos olhos azuis da tia Mary, da suavidade de seu rosto, e da forma como ela costumava rir a plenos pulmões. Sua família nunca mais foi à mesma sem ela. Desde a morte da tia Maria, tio Reggie se tornou um homem menos bem humorado, mais propenso a julgamentos rápidos, menos capaz de compreender ou simpatizar com as intenções de outras pessoas. —Eu gosto dele. —disse ela —Eu só queria que ela estivesse aqui para ver o resultado. —É como eu, querida, assim como eu. —ele deu um tapinha nas páginas mais uma vez e, em seguida, afastou-se de sua mesa. —Eu acho que você deve mandá-lo embora, Bea, para sua segurança. Ela suspirou, sabendo que voltaram ao assunto de Lord Hope. —Ele não representa qualquer perigo para mim. —Bea... —tio Reggie disse suavemente —Eu sei que você gosta de colocar as coisas em ordem, mas algumas coisas não podem ser corrigidas, e eu estou com medo de ter um homem selvagem conosco. Beatrice pressionou os lábios com teimosia. —Eu acho que devemos considerar como ele vai parecer, se o jogarmos para


fora da casa Blanchard e ele recuperar o título. Ele não vai olhar favoravelmente para nós. Tio Reggie endureceu. —Ele não vai conseguir o título, eu não vou deixar. —Mas, tio... —Não, eu estou firme sobre isto Bea. – ele disse com a severidade que raramente mostrava a ela —Eu não vou deixar que um louco tirasse a nossa casa de nós. Jurei a sua tia Maria que eu providenciar sustento e conforto corretamente para você, e pretendo fazê-lo. Eu vou concordar em deixá-lo ficar aqui, mas só para que eu possa manter um olho nele e reunir provas de que ele não está apto para o título. —e com isso, ele fechou a porta do quarto com firmeza. Beatrice olhou para o livro de orações da tia Maria. Se ela não fizesse algo, em breve haveria o derramamento de sangue na casa dela. Tio Reggie era inflexível, mas talvez ela pudesse fazer Lord Hope ver que seu tio era apenas um velho teimoso. —Tio Reggie não poderia ter enviado alguém para matá-lo. —a senhorita Corning disse pela terceira ou quarta vez, possivelmente. —Eu estou dizendo que você não o conhece. Ele é realmente a coisa mais doce que se possa imaginar. —Talvez para você, —respondeu Reynaud enquanto ele afiava sua longa faca —mas você não é a única deslocando de um título e dinheiro, que ele acha que são dele. —ele examinou-a por sob as sobrancelhas. Será que ela achava que ele é um louco? Ela estava com medo de estar em sua companhia? O que ela pensou de suas ações, poucas horas antes? Mas, apesar de sua vigilância, tudo o que ele viu foi à irritação no rosto da senhorita Corning. —Você não está me ouvindo. —ela andou a partir da janela de seu quarto até onde ele se sentou na beirada da cama, e ficou de pé diante dele, braços cruzados, como um cozinheiro repreendendo o filho do açougueiro. —Mesmo que tio Reggie quisesse matá-lo o que, como eu continuo dizendo, ele nunca iria e não seria estúpido o suficiente para encenar um assassinato na frente de sua própria casa. —Minha casa. —Reynaud rosnou. Ela estava discursando com ele pela última meia hora e não mostrava sinais de parar. —Você, —a senhorita Corning afirmou com os dentes cerrados —é impossível. —Não, eu estou certo. —respondeu ele —E você simplesmente não quer reconhecer o fato de que seu tio pode não ser quase tão doce quanto você pensa. —Eu... —ela começou de novo, seu tom de voz indicando que ela poderia muito bem continuar o argumento até o Juízo Final. Mas Reynaud teve o suficiente. Ele jogou de lado a pedra de amolar a faca e se levantou da cama, quase na cara dela. —Além disso, se você realmente me considera impossível, você nunca teria me beijado. Ela deslizou para trás, e ele sentiu uma lança de raiva disparar através dele. Ela não devia ter medo dele. Isto não estava certo. Então, seus lábios exuberantes se separaram no que parecia ser ultraje. Por um momento ela não podia falar, e então ela explodiu: —Foi você quem me beijou! Ele deu um passo em sua direção. Ela deu um passo para trás. Ele andou silenciosamente pelo quarto, esperando pelo medo surgir em seus olhos escuros. Ela não percebeu que ele berrara, lá fora, naquele lugar da carruagem? Ela não sabia que ele era louco? Ele se inclinou sobre ela, inclinando-se até que os fios de cabelo perto da orelha roçaram seus lábios, inalando o aroma de doces flores inglesas. —Você devolveu o beijo, não pense que eu não percebi. E ela tinha. Seus lábios macios abriram debaixo dos dele por apenas uma fração de segundo antes que ele se virasse e corresse em direção ao lacaio ferido. Aquele beijo estaria queimando em sua memória para sempre. Ele inclinou a cabeça e olhou em seus olhos. Ao invés de estarem escuros, com medo, eles estavam tiritando com faíscas verdes. —Eu pensei que você estava prestes a morrer! Menina tola. —Diga isso a si mesma se alivia sua sensibilidade delicada, —ele murmurou —mas a verdade de fato é que: Você. Me. Beijou. —Que coisa mais arrogante de se dizer. —ela sussurrou. —Admitido. —ele inalou. Sua pele cheirava a feminino e limpeza, com a sugestão de um sabão florido que as mulheres indígenas nunca tiveram. Era um aroma nostálgico para ele, evocando a memória de outras mulheres civilizadas que uma vez conheceram —sua mãe, sua irmã, desprezando as jovens garotas que ele acompanhou aos bailes há muito tempo atrás. Ela cheirava a própria Inglaterra, e, por alguma razão, ele achou a ideia insuportavelmente excitante e ao mesmo tempo absolutamente assustadora. Ela não tinha defendido contra ele. Ele não pertencia ao seu mundo. —Mas você gostou do beijo? —E se eu tivesse? —ela sussurrou. Ele roçou os lábios —suavemente, delicadamente —contra sua mandíbula. —Então eu tenho pena de você. Você deve ria sair correndo e gritando de mim. Você não pode ver o monstro que eu sou? Ela olhou para ele com bravos olhos cinzentos claros. —Você não é um monstro. Ele fechou os olhos, não querendo ver seu rosto, não querendo tirar proveito dessa pureza. —Você não me conhece. Você não sabe o que eu já fiz. —Então me diga. —disse ela com urgência —O que aconteceu nas colônias? Onde você esteve por sete anos?


—Não. – seus olhos castanhos olhavam através de uma máscara de sangue. Para ele era tarde demais. Ele se afastou, com medo que ela visse os demônios rindo por trás de seus olhos. —Por que não? —ela chamou — Por que você não pode me dizer? Eu nunca conseguirei entender até eu ter ouvido o que aconteceu com você. —Não seja ridícula. —ele retrucou —Não há nenhuma necessidade que você me entenda. Ela jogou as mãos no ar. —Você é impossível! —E estamos de volta onde começamos. —ele suspirou. Ela franziu a testa, seus olhos cinzentos faiscavam com desagrado enquanto ela batia um pé pequeno. —Muito bem. —disse ela, finalmente —Eu vou deixar de lado a questão de seu passado por enquanto, mas você não pode ignorar o fato de que alguém tentou matá-lo hoje. —Eu não estou. —ele se virou e recolheu a faca, a pedra de amolar, e o pedaço de couro que ele estava usando para afiar a faca. —Eu não acho que isso seja da sua conta. —Como é que pode não ser da minha conta? —ela exigiu —Eu estava lá. Eu vi que o terceiro tiro. Os dois primeiros podem ter sido aleatórios, mas o terceiro foi definitivamente destinado a você. —E mais uma vez, eu digo que isso não é sua ocupação. —ele arrumava a pedra de amolar e o couro no topo de uma cômoda, mas ele pendurou a faca em sua cintura. Ele a tinha por sete longos anos, a usou para matar veados e urso, e uma vez, anos atrás, ele matou um homem com ela. A faca não era um amigo ele não tinha nenhuma ligação emocional com ela mas ela serviu bem, e ele se sentia mais seguro, mais inteiro, com ela ao seu lado. Ele olhou curiosamente para Srta. Corning, ainda de pé ao lado da cama no quarto. —Por que você persiste? —Porque eu me importo, —disse ela —não importa o quanto você tente me manter no comprimento do braço, eu ainda não posso ajudar, mas cuido. E porque eu sou a única que pode levá-lo a entender que tio Reggie não teve nada a ver com o tiroteio. Pense: se não foi tio Reggie, então alguém tentou matá-lo. —E quem você acha que pode ser? —Eu não sei. —ela abraçou sua cintura e estremeceu – E você? Ele franziu o cenho para o topo da cômoda. Considerou apenas uma bacia e um jarro de água nada como o rico mobiliário que esteve em seus velhos quartos nesta casa. Mas em seguida, novamente estava ricamente decorados em comparação com as cabanas em que ele viveu por muitos anos. Por um breve momento, ele se sentiu tonto com a substituição. Ele pertencia a qualquer lugar ainda? Os demônios avançaram para assumir o controle. Então ele sacudiu a cabeça, empurrando de volta. —Vale disse que esteve investigando o traidor por um ano. Ele está obcecado com a pesquisa. E ele disse que o traidor tinha uma mãe francesa. Minha mãe era francesa. —Será que Lord Vale o teria matado, se ele pensasse que você é o traidor? Reynaud lembrou o homem que ele conheceu, um homem risonho, um amigo para todos que encontrava. Aquele Vale nunca teria feito uma coisa dessas, mas, novamente, qual Vale ele seria depois do passado. Será que Vale iria matá-lo se achasse que ele traiu o regimento em Spinner’s Falls? Um homem pode mudar em muitos aspectos, em sete anos, mas Vale poderia se transformar em um assassino de amigos? —Não. —ele respondeu à sua própria pergunta silenciosa —Não, Jasper nunca faria isso. —Então, quem faria? —ela perguntou em voz baixa —Se outro dos sobreviventes do massacre pensasse que você fosse o traidor, ele iria matá-lo? —Eu não sei. —ele franziu a testa, pensando, e então balançou a cabeça em frustração —Eu não sei nem mesmo quem sobreviveu ao massacre além de Vale e um homem chamado Samuel Hartley. —Droga! Ele desejou que pudesse chamar ao Vale por ajuda, mas depois de ontem à tarde, parecia impossível. —Eu não sei em quem confiar. —ele olhou para ela, a plena compreensão clareando em cima dele. —Eu não tenho certeza se existe alguém em quem posso confiar. —Dizem que a bala passou a poucos centímetros de seu rosto. —o Duque de Lister falou pausadamente, segurando uma taça de vinho entre suas grandes mãos pálidas. —Pelo menos foi perto. Blanchard fez uma careta. —Havia sangue em sua bochecha. Embora eu ache que foi a partir de uma lasca de madeira que o golpeou. —Pena que não foi mais perto. —Hasselthorpe disse enquanto ele rodava o vinho na taça. O líquido cor de vinho era tão escuro que era quase preto. Gostaria de um copo de sangue. Ele a colocou sobre a mesa ao lado de sua cadeira com aversão repentina. —Se a bala esmagasse seu crânio, você, Lord Blanchard, não teria risco de perder seu título. Blanchard, previsivelmente, engasgou com o vinho. Hasselthorpe assistiu-o com um sorriso brincando em sua boca. Eles estavam sentados à sua mesa de jantar, e as mulheres se retiraram para a sala de estar para o seu chá. Logo eles teriam que se juntar a elas, e ele teria que se colocar junto a Adriana e sua conversa incrivelmente estúpida. Sua esposa de vinte e alguns anos, foi considerada como uma grande beleza quando ela surgiu, e os anos fizeram muito pouco para diminuir sua linda forma. Infelizmente, eles não fez nada para iluminar


sua mente, também. Adriana foi à única decisão emocional que ele tomou na vida assumida de controlador de jogos calculista, e ele estava pagando por esta desde então. —Ele foi corajoso o suficiente. —Blanchard murmurou a contragosto —Tendo a minha sobrinha na rua ele correu o risco de sua própria vida. Mas o caçador pensava que ele estava lutando contra os índios. Lister se agitou. —Índios? O que, os selvagens nas colônias? —Isso é o que ele estava falando a respeito. —disse Blanchard. Ele olhou de Hasselthorpe a Lister, com seus olhos calculistas. —Eu acho que ele é louco. —Louco... —Hasselthorpe murmurou —E se ele é louco, ele certamente não pode receber o título. É isso que faz parte de seus planos? —Blanchard sacudiu um único aceno de cabeça. —Isso não é ruim. —disse Hasselthorpe —E isso evita que você tenha que matar o homem, também. —Você está insinuando que eu estava por trás do atentado contra a vida de Lord Hope? —Blanchard balbuciou. —Nem um pouco. —disse Hasselthorpe sem problemas. Ele estava ciente de que Lister os assistia sob seus olhos encapuzados. —Só apontando um fato. Uma história que todo homem inteligente em Londres vai pensar sem dúvida incluindo até mesmo Lord Hope. —Malditos seus olhos. —Blanchard sussurrou. Seu rosto estava branco. Lister riu. —Não se preocupe sobre ele, meu Lord. Afinal de contas, o atirador desapareceu. Assim, pouco importa quem tentou matar o perdido Lord Hope. Hasselthorpe ergueu o copo aos lábios, murmurando baixinho: —Não, a menos que ele tente novamente. —Eu não entendo os cavalheiros. —Beatrice anunciou um dia depois quando ela e Lottie passeavam pelo showroom vasto no armazém de Godfrey & Sons fabricantes de móveis. Ela apertou os olhos em desaprovação para vários cavalheiros em toda a sala que parecia estar disputando as atenções de uma bela garota ruiva, e o mais alto demonstrando que poderia levantar uma cadeira de pelúcia de pesada aparência acima de sua cabeça. —Eu não posso entender por que Lord Hope me beijou ontem e, em seguida, me acusou de beijá-lo. —Homens são um enigma. —Lottie respondeu gravemente —Eles são. Beatrice hesitou, depois disse baixinho: —Ele parecia confuso... durante o tiroteio. Lottie olhou para ela. —Confuso? Beatrice fez uma careta. —Ele estava falando sobre índios, formando uma linha de defesa. —Bom Deus. —Lottie olhou preocupada —Será que ele sabia onde ele estava? —Eu não sei. —Beatrice franziu a testa, lembrando os minutos amontoados ao lado da carruagem. Seu coração parou quando ela percebeu que Lord Hope estava prestes a correr para o exterior para socorrer Henry o lacaio. —Eu... eu não acho também. —Mas isso é uma loucura. —Lottie sussurrou com horror. —Eu sei. —Beatrice murmurou —E eu tenho medo que tio Reggie vá usá-lo contra Lord Hope para manter o título. Lottie olhou para ela. —Mas se ele é louco... Bea, querida, certamente não é melhor que ele não herde o título? —A questão é mais complicada do que isso. —Beatrice fechou os olhos por um momento —Lord Hope parece perfeitamente bem e hostil a maior parte do tempo. Pode um homem ser privado de seu título por causa de um momento de confusão? Lottie inclinou a cabeça, parecendo cética. Beatrice apressou-se. —E ainda há mais a considerar. Se Lord Hope alcançar o título, ele pode dar seu voto no parlamento e lançá-lo a favor do projeto de lei de Sr. Wheaton. —Eu sou tão a favor do projeto de lei do Sr. Wheaton quanto você, —Lottie disse —mas eu não sei se eu quero que ele passe à sua custa. —Se isso fosse só por mim, eu não penso que me importaria. —disse Beatrice —Eu sabia que seria difícil viver em circunstâncias reduzidas na província depois de estar em Londres por todos estes anos, mas eu acho que não seria tão ruim. É tio Reggie que me preocupa. Estou realmente com medo de que perder o título de Conde poderá matá-lo. —ela apertou sua mão no peito para aliviar a dor lá. —Não há nenhuma maneira de que todos possam ganhar, não é? —Lottie disse sombriamente. —Eu não estou com medo. —respondeu Beatrice. Caminharam em silêncio por um momento antes de dizer: —A coisa toda foi terrível, Lottie. O pobre Henry estava bastante embebido em seu próprio sangue, tio Reggie estava gritando, os servos estavam em polvorosa, e Lord Hope estava caminhando em volta com uma pistola de duelo, parecendo que queria matar alguém. Então, duas horas depois, ele diz que eu o beijei quando claramente ele me beijou. E até certo ponto, eu nem acho que ele goste de mim. Lottie pigarreou delicadamente. —Bem, para ser absolutamente correto, ele não tem que gostar de você para querer beijála. —Beatrice olhou para ela, chocada. —Sinto muito, mas isto é. —Lottie deu de ombros e disse inteiramente muito inocentemente: —Claro que, de modo geral, a senhora gosta do cavalheiro quando eles se beijam. —Beatrice apertou os


lábios, embora ela soubesse que seu rosto estava esquentando. Lottie pigarreou. —E você? Gosta de Lord Hope, é isso? —Como eu poderia gostar dele? —perguntou Beatrice —Ele é mal-humorado e sarcástico e possivelmente louco. —E ainda assim você o beijou. —Lottie lembrou. —Ele me beijou. —disse Beatrice automaticamente —É que ele tem uma maneira tão intensa de me olhar, como se eu fosse o único outro ser humano no mundo. Ele é tão cheio de paixão. —Lottie levantou as sobrancelhas. —Eu estou me explicando mal. —disse Beatrice. Ela pensou por um momento. —É como se a única música que ninguém nunca ouvisse falar fosse o silvo de um centavo. Seria, provavelmente, e acho que está tudo bem, que a música fosse uma coisa bastante boa, mas nada muito especial. Mas como se assistiria então a uma das sinfonias de Sr. Handel? Você vê? Seria esmagadora mente belo, estranho e complexo, e tão absolutamente convincente. —Eu acho que eu entendo. —Lottie murmurou. Suas sobrancelhas franzidas. Do outro lado da sala, um dos cavalheiros calculou mal o peso da cadeira e deixou-a cair. A cadeira se quebrou no chão, os outros senhores se dobravam de tanto rir, e a dama de companhia da jovem acompanhou-a para fora do showroom, repreendendo-a por todo o caminho. O proprietário correu para a cena de sua mercadoria destruída. Beatrice balançou a cabeça. —Eu nunca vou entender os homens. —Ouça, minha cara. —disse Lottie —Você sabe o que meu marido fez esta manhã? —Não. —Beatrice balançou a cabeça —Mas eu realmente não... —Eu vou dizer. —disse Lottie sem levar em conta a resposta da amiga —Ele desceu para o café, comeu três ovos, metade de um bife de pernil, quatro pedaços de torradas e um bule de chá. Beatrice piscou. – Isso me parece um monte de comida. Lottie acenou com a mão, irritada. —Seu café da manhã habitual. —Oh... —Beatrice franziu a testa —Então, por que... —Ele não disse uma palavra para mim o tempo todo! Em vez disso, ele se ocupou da leitura de sua correspondência e resmungando sobre os escândalos do jornal. E assinale isto ele saiu da sala sem me oferecer adeus. E, quando ele voltou um minuto depois, você sabe o que ele fez? —Eu não tenho a menor ideia. —Ele caminhou até o aparador, pegou outro pedaço de torrada, e caminhou direto por mim, de novo, sem falar! —Ah. —Beatrice estremeceu —Talvez ele tivesse negócios importantes em sua mente. Lottie arqueou uma sobrancelha. —Ou talvez ele seja simplesmente um tolo. Beatrice não estava certa do que dizer, assim, por um momento, ela ficou em silêncio. Ambas as senhoras perambularam lentamente pela sala lotada e pararam em um consenso silencioso diante de uma mesa lateral inteiramente coberta de dourado brocado. —Isso, —Lottie disse com consideração —é a coisa mais feia que eu já vi. —Isto é, não é? É quase como se o fabricante tivesse uma aversão mórbida por mesas laterais. —Beatrice inclinou a cabeça, examinando a mesa. —Fui visitar Jeremy ontem. —Como ele está? —Não muito bem. —ela sentiu o rápido olhar de Lottie —É muito importante que nós aprovemos o projeto de lei de Sr. Wheaton. Os soldados que se beneficiariam com este projeto de lei são muitos, talvez milhares de homens, e alguns desses homens serviram sob as ordens de Jeremy. Ele fala tão apaixonadamente sobre esse projeto de lei. Eu sei que isso faria um bem imensurável, que os veteranos tenham uma melhor aposentadoria. —Eu tenho certeza que faria, querida. Eu tenho certeza que faria... —Lottie disse gentilmente. —Ele simplesmente... —Beatrice teve que parar um momento e engolir antes que ela pudesse continuar, então ela disse com mais firmeza: —Ele simplesmente precisa de uma razão para... para viver, Lottie. Eu me preocupo com ele, eu faço. —Claro que você faz. —Sr. e Sra. Oates o deixam sozinho naquele quarto por mais tempo a cada vez. —Beatrice balançou a cabeça. A reação dos Oates aos ferimentos horríveis de seu filho quando ele voltou para casa foi uma fonte de preocupação para ela. —Desistiram dele, eu acho. —Sinto muito, querida. —Eles olharam para ele quando ele voltou, —Beatrice sussurrou —e era como se ele já estivesse morto. Como se ele não significasse nada para eles, a menos que ele estivesse totalmente inteiro e bem. Eles agora se voltaram para o irmão de Jeremy, Alfred, e o tratam como se ele fosse o herdeiro, ao invés de Jeremy. —Beatrice olhou para a amiga, e desta vez ela não conseguia segurar as lágrimas que nadavam em seus olhos —E essa horrível Frances Cunningham! Eu ainda fico com raiva quando eu penso como ela o jogou fora quando ele voltou. É tão vergonhoso. —Que pena, não é, que ninguém a condenou por sua crueldade. —Lottie disse, pensativa —Mas, então, ele perdeu as pernas e não era esperado que vivesse. —Ela poderia ter, pelo menos, esperado até que ele estivesse fora da enfermaria. —Beatrice murmurou sombriamente —E ela está casada agora. Você sabia? Com um Baronete!


—O gordo, e velho Baronete. —Lottie disse com satisfação —Ou então foi o que ouvi. Talvez ela tenha recebido merecidamente justiça depois de tudo. —Hum. —Beatrice olhou um momento ao brocado. Um dos cantos da mesa mais próxima dela parecia muito com um velho gordo com problemas digestivos. Talvez Frances Cunningham tivesse conseguido o que ela merecia. —Mas você entende, não é, como é importante que esta lei seja aprovada agora, não depois de um ou dois anos? —Sim, eu faço. —Lottie ligou seu braço com o de Beatrice, e eles começaram a caminhar novamente. —Você é tão boa . Muito melhor do que eu. —Você quer que este projeto de lei seja aprovado também. —Mas o meu interesse é teórico. —um leve sorriso curvou a boca larga de Lottie – Eu acho que apenas agora os homens que serviram durante anos em condições deploráveis, às vezes tem uma compensação justa. Você, minha querida Beatrice, acredita com uma paixão. Você se ressente por essas criaturas infelizes, quase tanto quanto você sente por Jeremy. —Talvez. —disse Beatrice —Mas, no final, é por Jeremy que eu sinto mais. —Exatamente. É por isso que estou tão preocupada. —Seja sobre isso? Lottie parou e segurou suas mãos. —Eu não quero que você se decepcione... —Beatrice virou o rosto para o outro lado, mas mesmo assim, ela não poderia escapar do final da sentença de Lottie. —... se o projeto de lei não for aprovado a tempo.

Capítulo 05 Bem, Longa Espada não gostou dessa sucessão de eventos, da sagacidade, mas a barganha de um bom negócio para o Rei dos Duendes, uma vez impressionado, é muito difícil de quebrar. Assim, ele foi obrigado a trabalhar para o Rei dos Duendes, e era um trabalho sujo, na verdade, eu posso dizer! Ele nunca viu o sol, ele nunca ouviu o riso, e ele nunca sentiu uma brisa fresca no rosto dele, pois, o Reino dos Duendes, como você já deve ter entendido, é um lugar horrível. Mas a pior parte para Longa Espada foi o reconhecimento de que o mestre que serviu e as coisas que fez foi uma afronta a Deus e ao próprio céu. Devido a isso, a cada ano Longa Espada ia até o seu mestre, curvado em um joelho, e implorava para ser aliviado da sua servidão horrível. E a cada ano o Rei dos Duendes se recusou a deixar Longa Espada ir... Do Longa Espada, o guerreiro —Ridículo que eu não posso tocar em qualquer dinheiro dos Blanchard. —Reynaud rosnou um dia depois. Ele andava pela pequena sala de estar da lareira para a janela, sentindo-se como um lobo selvagem enjaulado. —Como vou pagar meus advogados sem fundos? —Você não pode culpar ao tio Reggie por estar relutante em pagar por sua própria expulsão. —disse Srta. Corning. Ela se sentou serenamente perto do pequeno fogo, tomando um pouco de seu chá infernal. —Ha! Se ele pensa que vai me parar, ele vai ficar muito decepcionado. —Reynaud replicou – Eu já fiz uma petição ao parlamento para formar uma comissão especial para analisar o meu caso. A senhorita Corning pousou sua xícara com cuidado. —Já? Eu não tinha ideia. Reynaud bufou. —Se fosse amanhã, não seria breve o suficiente para mim. Depois que eu provar a minha identidade, não conseguiram manter o título longe de mim. A senhorita Corning franziu a testa, brincando com sua xícara de chá. As sobrancelhas de Reynaud franziram juntas. —Você não acredita em mim? —É só que... E se... —ela balançou a cabeça lentamente. —E se o quê?


—E se ele disser que você é louco? —ela disse rapidamente, e olhou para ele. Reynaud arregalou os olhos. Insanidade era um dos poucos motivos que um homem podia ser preterido a um título. —Você tem a informação de que ele o fará? —Foi apenas uma coisa que ele disse de passagem. —ela abaixou a cabeça, escondendo seus olhos cinzentos dele. Reynaud franziu o cenho, se perguntando o que seu tio realmente disse. Ele sentiu o suor frio começar a escorrer na linha fina das suas costas. Você nunca vai ser um bom inglês, novamente, os demônios em sua mente gritavam. Você nunca vai pertencer a este lugar. Reynaud fechou suas mãos, lutando contra as vozes. —Você se sente bem? – perguntou à senhorita Corning. —Tudo bem. —Reynaud estalou —Eu estou bem. Seus olhos cinza pareciam perturbados. —Talvez se eu falar com tio Reggie, ele poderia estar disposto a emprestar algum do seu dinheiro para comprar roupas novas e tal... —Meu dinheiro. —Reynaud rosnou. Ela estava jogando um osso, e ambos sabiam disso. Porra, que seu tio fosse para o inferno. Ele abriu a cortina para espiar fora. Três andares abaixo, uma carruagem se escondia em frente à casa da cidade. Provavelmente, um dos aliados políticos de St. Aubyn vindo chamar. —Sim, bem, seu dinheiro ou dinheiro de tio Reggie, permanece o fato de que ele é o único no controle. —a senhorita Corning observou —Não faria mal ao seu caso ser mais civilizado com ele, especialmente desde que você esteja hospedado em sua casa. —Minha casa. Eu tenho todo o direito de viver em minha casa, e eu vou ser condenado antes de arrastar-me até o homem. —Reynaud deixou cair à cortina. A senhorita Corning revirou os olhos. —Eu não disse se arrastar, eu disse ser mais... —Civilizado, eu sei. —ele andou em direção a ela. Ela estava com um visual extraordinariamente bonito esta manhã em um vestido verde, que compensava o rosa pálido de seu rosto e fazia seus olhos brilharem como diamantes. – A única pessoa que eu estou interessado em ser civilizado com é você. Ela fez uma pausa, sua xícara de chá a meio caminho de seus lábios, e olhou para ele com cautela. Bom. Ela o levou longe demais para voltar como era. Eles estavam em um quarto sozinhos, pelo amor de Deus, e ele passou os últimos sete anos em uma sociedade onde as relações entre um homem e uma mulher eram muito mais fundamentais. Na verdade... Mas seus pensamentos foram interrompidos por um lacaio aparecendo na porta. —Você tem um visitante, meu senhor. E o homem se afastou para revelar uma visão. Uma senhora idosa estava ali, com as costas eretas, com o cabelo branco como a neve puxado em um coque severo na coroa de sua cabeça, seus olhos azuis penetrantes já estreitados em desaprovação. Reynaud não a viu em sete anos, e por um momento ele temia perder seu autocontrole. Ele reconhecia as covardes lágrimas, lágrimas terríveis que estavam perto da superfície. Então, ela falou: —Tiens[7]! Tal crescimento horrível de cabelo no seu rosto, meu sobrinho! Estou inteiramente repelida. É este, então, o modo dos cavalheiros se vestirem nas colônias? Eu não acredito nisso, não, eu não! Ele foi até ela e pegou suas mãos, beijando-a carinhosamente no rosto, apesar de seu murmúrio de desgosto. —Eu estou contente de vê-la, Tante[8] Cristelle. —Ah tá! Eu não acho que você possa ver com todo este cabelo. – ela estendeu a mão para a azul escova de cabelo e penteou o que estava caindo no rosto. Seu toque, ao contrário de suas palavras, era gentil. Então sua mão caiu. —E quem é essa criança aqui? Você perdeu muito da civilização que você aprendeu estar sozinho com uma mulher em uma casa respeitável? Reynaud se virou, divertido, para ver que a senhorita Corning levantou de sua cadeira e olhava Tante Cristelle com cautela. —Esta é uma prima minha, Srta. Beatrice Corning. Senhorita Corning, minha tia, Srta. Cristelle Molyneux. A Srta. Corning fez uma reverência a Tante Cristelle, e esta, se ocupando de seu espelho disse: —Eu não me lembro de um primo chamado Corning na família de minha irmã. —Eu sou sobrinha de Lord Blanchard. —disse a Srta. Corning. Os olhos de Tante Cristelle escureceram. —C'est ridicule[9]! Meu sobrinho não tem uma sobrinha, apenas um sobrinho, e ele ainda não tem 10 anos de idade. Reynaud pigarreou, sentindo vontade de rir pela primeira vez desde que pôs os pés em solo Inglês. —Ela quis dizer do atual Conde de Blanchard, Tante. A velha senhora fungou. —O pretendente ao título. Eu vejo. A Srta. Corning parecia cautelosa. —Hum... talvez eu possa trazer um pouco de chá? Reynaud teria preferido café ou brandy, mas, desde que a senhorita Corning parecia estar obcecada por chá, ele apenas balançou a cabeça concordando. Ela deslizou para fora da sala, e ele observou-a ir. —Aquela é muito encantadora... —Tante Cristelle observou —Não bonita, mas ela tem como um ar de graça com ela. —De fato. —Reynaud olhou para sua tia — Você mencionou minha irmã. Ela está bem?


—Você não sabe? —suas sobrancelhas encaixaram em desaprovação —Será que você não perguntou? —Eu perguntei, —Reynaud respondeu enquanto ele a conduziu a uma cadeira —Mas ninguém sabe dela, assim como você, Tante. — Hum... —disse Tante Cristelle enquanto, empertigadamente, se abaixava para a cadeira — Então eu vou lhe dizer. Você sabe que sua irmã ficou viúva logo após o seu desaparecimento... Reynaud assentiu. —Certo, a Srta. Corning tinha me dito. — ele foi olhar pela janela novamente. Londres não mudou muito desde a sua ausência, mas tudo. Tudo. —Bom. —disse Tante Cristelle —Então, no ano passado, ela se casou com um rústico, um homem das colônias, da Nova Inglaterra. Seu nome é Samuel Hartley. —De quem eu ouvi falar bem. —respondeu ele. Era estranho pensar que Emeline estava agora casada com um homem que Reynaud conheceu no exército um Colonial. Mais uma vez, ele sentiu aquela sensação nauseante que seu mundo estava em movimento, passado e presente contraditórios, em guerra por sua alma. Tante Cristelle continuou. —Ela levou a si mesma para viver com seu marido longe, num país estrangeiro, na cidade de Boston. Eu não sei se tal ação foi sábia de sua parte, mas você sabe como sua irmã é. Ela pode ser uma mula bastante teimosa quando ela quer. —E o meu sobrinho, Daniel? —Petite[10] Daniel está bem e forte. Naturalmente, sua mãe o levou para morar com ela na América. Reynaud meditou sobre isso. Irônico que ele estava agora mais distante de sua irmã do que esteve antes que ele viajasse para a Inglaterra. Ele teria atrasado seu retorno se soubesse que ela estava na Nova Inglaterra? Ele não tinha certeza. A necessidade de recuperar sua vida anterior suas terras e título o conduziu por sete longos anos. Tinha de fato o mantido vivo e sadio durante os dias e noites intermináveis de seu cativeiro. Nada, nem mesmo o amor por uma irmã, poderia impedir de seu objetivo. —Onde você estava, Reynaud? —Tante Cristelle perguntou suavemente. Ele balançou a cabeça, fechando os olhos. Como ele poderia dizer a ela, esta aristocrata delicadamente criada, o que foi feito com ele? Depois de um momento, ouviu-a suspirar. —Bien[11]. Não há necessidade de falar sobre isso, se você não quiser. Naquele instante, ele se virou. Tante Cristelle estava olhando para ele com paciência. Ela era a irmã mais velha de sua falecida mãe. Ambas as mulheres cresceram em Paris, e ela imigrou para a Inglaterra no casamento de sua mãe. Tante Cristelle estava em sua sétima década de vida, mas tirando isso, seus olhos azuis eram afiados, sua mente uma das mais claras que ele já conheceu. —Eu pretendo pegar meu título de volta, Tante. — disse ele. Ela assentiu com a cabeça uma vez. — Naturalement[12]. —Eu pedi ao parlamento para formar uma comissão especial para ouvir o meu caso. Quando ele for convocado, eu vou ter que comparecer perante a comissão em Westmi nster e defender o meu caso. O Conde atual vai apresentar o seu lado ao mesmo tempo. Tante fungou. —Este usurpador não vai deixar seu título roubado ir tão facilmente, né? —Não. —Reynaud disse severamente —Ele vai segurá-lo por tanto tempo quanto puder, eu tenho certeza. E ele pode pedir para manter o título, alegando que eu sou louco. —Louco? —as sobrancelhas finas da velha senhora se levantaram. Reynaud desviou seu olhar. —Eu estava delirando de febre quando cheguei. Tenho medo pois havia uma sala cheia de pessoas para testemunhar meu furioso delírio como um lunático. —E isso é tudo? Reynaud fez uma careta, desconfortável. —Houve um... incidente ontem. Eu fui baleado no... —Mon dieu[13]! Ele dispensou a sua preocupação. —Não foi nada terrível. Mas eu me esqueci de mim mesmo de alguma forma. Eu pensei que estava no campo de batalha de novo. Silêncio. Então Tante Cristelle respirou fundo. —Ah. Lamentável. Vamos precisar de bons advogados e homens de negóc ios para combater o usurpador. Reynaud olhou para cima, a esperança fazendo-o se sentir de repente fraco. —Então você vai me ajudar. —Mais oui[14]. —Tante Cristelle fez uma careta —E se você pensava o contrário? Reynaud a ajudou a ficar de pé, sentindo os ossos frágeis de seu braço debaixo de sua mão. —Não, mas este tem sido um tempo muito longo desde que eu teve um aliado. Ela sacudiu as saias para arrumá-las. —Temos que planejar uma batalha, eu acho. Vou procurar estes advogados, porque


eu tenho mantido a propriedade de Petite Daniel, enquanto ele peregrina nas colônias, e, desse modo, fazer muitos contatos. E você, você deve fazer a barba. —A barba? — as sobrancelhas de Reynaud subiram em diversão. Tante Cristelle assentiu bruscamente. —Mas claro, fazer a barba, e você também vai precisar de roupas novas, a peruca adequada, e os sapatos elegantes. Pois você deve recuperar o aspecto do milord Inglês tão aborrecido, você não deve? Desse modo vamos confundir os nossos inimigos com sua própria placidez. Reynaud apertou sua mandíbula. Ele odiava pedir, mas ele se forçou a. —Eu não tenho dinheiro, Tante. Ela assentiu, não surpresa. —Eu vou dar o que você precisar, e quando você se tornar o Conde novamente, você deve me pagar de volta, sim? —Sim. Claro. —Reynaud se inclinou sobre sua mão —Eu não posso dizer, Tante, como estou aliviado de ter você do meu lado. —Ah tá! —a velha mulher fez um som de desprezo —Você não perdeu o seu charme, já vejo, debaixo desta floresta sobre seu rosto. Mas marque isso, sobrinho: fazer a barba e cortar o cabelo é apenas parte do que você vai precisar para se transformar em um cavalheiro inglês respeitável. Reynaud fez uma careta. —O que mais você acha que eu preciso? Fale e eu vou comprá-lo. —Ah, mas isso é uma coisa que não pode ser comprado. Para isso, você vai precisar de todo o seu charme. —ela se virou para a porta e olhou-o nos olhos, seu olhar uniforme e solene. —Uma esposa é o que você precisa. Uma mulher inglesa de boa família. Qual o homem que pode ser louco com um doce, não muito bonita esposa ao seu lado? Obtenha uma criança como esta e você estará a meio caminho de recuperar o seu título. O dia seguinte amanheceu claro e ensolarado. Depois de fazer a sua toalete, Beatrice decidiu deliberar com a cozinheira. Ela estava descendo as escadas até a sala da frente, quando ouviu vozes masculinas. Beatrice parou no patamar e olhou por cima do corrimão para a sala abaixo. Lá estava o mordomo, dois lacaios, e um cavalheiro que ela não sabia mas parecia, pelo menos na parte de trás de alguma forma familiar. Ela continuou descendo as escadas devagar, olhando para o homem. Ele usava uma peruca branca recentemente empoada e um casaco preto de um excelente corte, bordado sobre os punhos em fio de prata e verde. O mordomo estava dizendo algo para ele, mas o estranho deve ter percebido seu olhar. Ele se virou. E ela congelou nas escadas. Era Lord Hope, mas um Lord Hope transformado. Foi-se a barba espessa. Sua mandíbula estava barbeada, revelando o queixo quadrado e os planos duros de seu rosto. Ele deve ter cortado o cabelo muito perto de sua cabeça, porque a bela peruca que ele usava estava bem enrolada, empoada e cabia perfeitamente. Sob o veludo preto de seu casaco, o colete era de brocado de prata e verde, e rendas caiam em seus pulsos. Ele estava a epítome de um fino cavalheiro de Londres, e Beatrice poderia ter sentido uma pontada de arrependimento pelo homem a quem ela cuidou na última semana, não fosse por duas coisas. Em primeiro lugar, a partir de sua orelha esquerda, a cruz de ferro preta ainda pendia, primitiva e civilizada ao lado da perfeição de sua peruca branca. E segundo, os três pássaros tatuados ainda circulavam seu olho direito, tão permanente quanto à cor de ébano do próprio olho. Ele usava as armadilhas da civilização, mas ninguém, nem mesmo um tolo o confundiria com qualquer coisa, como uma fina camada que cobre o selvagem mais abaixo. Ele se curvou para ela, uma perna estendida, o braço descendo com ironia. —Sta. Corning. —Lord Hope. —ela recuperou um pouco de sua autocontrole agora e terminou sua descida das escadas —Você já sofreu a mais notável mudança. Ele deu de ombros. —Para lutar contra os demônios, é preciso assumir a aparência de um demônio. Ela olhou para ele. —Eu não tenho certeza se entendi o que isso significa. —Não importa. —ele desviou o olhar, e como qualquer outro homem, ela poderia ter pensado que ele estava incerto. —Eu vou visitar a minha tia esta manhã. Gostaria de me acompanhar? Foi um convite civilizado, e ela sim queria saber o que ele estava pretendendo com essa transformação repentina, mas ela mordeu o lábio. Era seguro? Sua hesitação durou uma fração de segundo demasiado longo. Sua expressão agradável virou uma carranca. —Você tem medo de mim, Srta. Corning? —Nem um pouco. —ela ergueu o queixo, desafiando-o a chamá-la sobre sua pequena mentira. —Então você não vai se importar de uma simples percurso pela cidade. —Por que ele queria que ela o acompanhasse? Ela olhou para ele, tentando decifrar suas motivações. —Venha, Srta. Corning, — ele resmungou baixinho —um simples sim ou não se você vai. —Sim, obrigada. —disse ela — Com uma condição. —E qual é? —seus olhos se estreitaram ameaçadoramente com suas palavras. Ela respirou fundo. —Eu vou se você for me dizer alguma coisa sobre onde você esteve nos últimos sete anos. Seu rosto escureceu, e por um momento ela pensou que ele iria se virar e deixá-la no corredor. Então, ele acenou com a cabeça uma vez, rapidamente. —Feito. Vá buscar o seu xale.


Ela subiu as escadas correndo, antes que pudesse mudar de ideia. Mas quando ela voltou para o corredor, Lord Hope não estava lá. Por um momento, a decepção a varreu. E se ele tivesse estado apenas brincando com ela? Então George, o lacaio, disse: —E voltou para ver Henry, senhorita. Disse que não seria mais que um minuto. —Oh. —Beatrice respirou, firmando seus nervos — Oh, bem, nesse caso, eu vou chamá-lo de Henry por mim mesma. Os empregados dormiam sob os beirais, é claro, muito acima da casa. Mas porque Henry era um grande e forte rapaz, e porque precisava de cuidados de enfermagem, uma enxerga[15] foi colocada para ele em um canto da cozinha da casa. Um biombo velho foi encontrado e colocado na frente da enxerga de Henry para quando ele quisesse privacidade, mas quando ela entrou na cozinha, Beatrice viu que foi posto de lado. Lord Hope estava agachado perto da enxerga, conversando em voz baixa ali com o lacaio. Beatrice parou justamente dentro da porta da cozinha. Ela não podia ver seu rosto às costas de Lord Hope estavam de frente para ela mas o rosto de Henry estava tão iluminado como se um deus tivesse vindo visitá-lo. Parecia um momento íntimo de alguma forma mesmo que os principais envolvidos estivessem cercados pela azáfama da cozinha e ela não queria se intrometer. Então, ela se esticou e assistiu. Lord Hope falava com Henry olhou-o atentamente. Ela se lembrou de agora de como Lord Hope chamou os lacaios, confundindo-os com soldados. Mesmo assim, mesmo enquanto ela sabia que ele estava no meio de algum delírio estranho, ela viu sua preocupação. Seu verdadeiro cuidado para com seus homens. Ela pressionou os dedos trêmulos nos lábios em silêncio. Apenas quando ela decidiu que estava totalmente autocentrada, justamente quando ela temia que ele não passasse de um louco, agora ele tinha que mostrar este lado nobre de si mesmo? Querido Deus, como ela poderia ficar ao lado de tio contra tal homem? O Visconde murmurou algo mais, se inclinou um pouco mais para o lacaio, e colocou a mão no ombro de Henry. Com um aceno final, ele se levantou. Virou-se e a viu. Beatrice abaixou sua mão, sorrindo brilhantemente. —Eu sinto muito, eu só queria ter um momento... —disse ele enquanto se aproximava. Ele a olhou com curiosidade. —Não há nenhum problema. — ela inclinou a cabeça para olhar para ele, ainda deslumbrada com a brancura de sua peruca, e a aspereza de suas tatuagens. —Henry parecia contente em vê-lo. Ele franziu a testa, olhando para trás em direção à enxerga de Henry. —Eu notei nos meus tempos de exército que, por vezes, isso fez uma grande diferença. —O que faz? —Visitando os feridos. —ele elevou seu braço para ela, e ela colocou seus dedos na manga de seu casaco preto enquanto eles deixaram a cozinha, muito consciente do músculo duro sob o tecido. —Sentando e conversando com um homem prostrado. Alegra o espírito do homem, eu acho. O faz perceber que ele é necessário neste mundo. Que os outros esperam por sua recuperação. —Será que os outros oficiais visitavam seus homens feridos também? —ela perguntou quando eles chegaram à sala da frente. —Alguns visitavam. Não muitos. —ele a ajudou a subir no transporte que esperava e, em seguida, subiu para se sentar na sua frente. —Eu sempre pensei que era uma pena que mais oficiais não percebiam a eficácia de visitar seus homens feridos. — ele bateu no teto para sinalizar ao motorista que eles estavam prontos. —Talvez eles não fossem tão compassivo como você. —ela disse suavemente. Ele parecia irritado. —A compaixão não tem nada a ver com isso. É dever de um oficial de cuidar de seus homens. Eles estão a seu cargo, sob sua responsabilidade. Beatrice olhou para ele com admiração. Dever pode ser um motivo diferente da compaixão, mas o resultado era o mesmo. Houve um olhar de espanto no rosto de Henry quando Lord Hope falou com ele. Então, também, se Lord Hope se preocupava tanto por um lacaio que ele mal conhecia, mas que ele considerava um dos seus homens, o quanto ele não se importava igualmente com os homens que realmente serviram no exército de Sua Majestade? Ela lambeu os lábios. ̶ Ouvi dizer que muitos homens que já serviram no exército de Sua Majestade ficam bastante desamparados quando eles saem. Ele olhou para ela com curiosidade. —Onde você ouviu isso? Eu não acho que seja uma conversa diária de uma senhora. —Oh, aqui e ali. —ela deu de ombros, tentando parecer despreocupada. —Eu também ouvi dizer que alguns membros do parlamento estão pensando em apresentar um projeto de lei que assegure aos veteranos uma pensão justa. Ele bufou. —Isso vai ter uma morte rápida. Não são muitos que preferem ver os fundos do país irem para outro lugar. —Mas se membros suficientes a apoiarem... —Eles não vão. —ele balançou a cabeça —Ninguém se preocupa com o soldado comum. Por que você acha que eles são pagos tão mal? Beatrice mordeu o lábio, sem saber como convencê-lo da sua causa. —Se você se tornar o Conde, você vai se sentar na Câmara dos Lords e... —Eu não tenho tempo para pensar em sentar na Câmara dos Lords agora. —ele fez uma careta e balançou a cabeça —Eu


tenho que concentrar toda a minha mente, meu tempo, minha energia na obtenção de meu título. Uma vez que a ponte seja atravessada, então eu vou contemplar o emaranhado político, e não antes disso. O coração de Beatrice afundou. No momento em que ele decidir se envolver na política, pode ser tarde demais para o projeto de lei de Sr. Wheaton. Muito tarde para Jeremy. Ela mordeu o lábio, olhando para fora da janela da carruagem que junto retumbava. Como, então, ela poderia convencer Lord Hope que Sr. Wheaton precisava de sua ajuda para aprovar o projeto de lei agora? Se apenas ela soubesse por que ele tomou as decisões que tomou por que ele estava tão obcecado em recuperar a posse do título. Ela se endireitou e se virou para ele com determinação. Era ainda mais importante do que nunca descobrir o que aconteceu com ele nos últimos sete anos. O que o tornou o homem que era hoje. Reynard observava a Srta. Corning por baixo das pálpebras cerradas. Ela se sentou empertigada no banco em frente a ele, mordiscando o cheio lábio inferior. O que passava por sua pequena e rápida mente? E por que ela levantara o parlamento sobre todas as coisas? Seu tio era um político perspicaz. Talvez ela apenas quisesse saber se ele se interessava por política, uma vez que ele alcançasse o título. Tornar-se como seu tio. Ele franziu a testa. Isso não era provável que acontecesse. Ele podia estar usando uma peruca e roupas adequadas, mas ele nunca se contentaria inteiramente com a vida do inglês complacente. Seu tempo nas colônias o mudou, o deformado. Ele não era mais o aristocrata inglês adequado que deixou Londres há sete anos. Talvez fosse isso que a incomodava agora. Talvez ela vi sse através das armadilhas da civilização para o homem que ele realmente era. Por vezes, ele a pegava olhando para ele com uma curiosidade inquietante, como um cervo farejando o ar, consciente do perigo, mas sem conhecimento do esconderijo do lobo nas árvores atrás dela. Ele virou a cabeça para olhar cegamente para fora da janela da carruagem. Sua tia o aconselhou a encontrar uma esposa inglesa de boa família. Bem, não era exatamente o que a Srta. Corning era? Acima de qualquer suspeita, uma donzela da família de seu inimigo? Ela era perfeita para o papel de esposa. Ele empurrou de lado a parte primitiva de si mesmo que exultou com o pensamento de uma mulher em especial que pertencesse a ele. Em vez disso, ele começou a colocar em ordem seus planos. Um ano atrás, ele teria simplesmente a levaria em um ataque. Agora ele deveria cortejá-la nas maneiras inglesas, o que significava ganhar o favor da senhora. Em frente a ele, ela limpou a garganta com um pequeno som delicado. Ele olhou para ela. Ela sorriu, determinada e bonita, por baixo de um chapéu de abas ridiculamente largas. —Eu acredito que você me fez uma promessa, meu senhor Lord? Ele inclinou a cabeça, embora seu pulso acelerasse. Claro que ela não iria esquecer o seu acordo. E, de fato suas próximas palavras solidificaram seu pensamento. —Eu sei que não é da minha conta, mas você poderia dizer onde estava todos esses anos? Ele olhou para ela em silêncio, lutando para não espancá-la com palavras ásperas, desdenhosas. A cor rosa surgiu em suas bochechas, mas ela sustentou seu olhar, mesmo quando ela ergueu o queixo para cima. — Por favor. Coragem seria um trunfo na mãe de seus filhos. —Este é o seu negócio. —disse ele — Eu estava nas colônias norte-americanas. —Sim, eu sei, —disse ela suavemente — mas onde? E por quê? Você perdeu sua memória? Quem era você? Já ouvi casos estranhos de homens feridos esquecendo quem e o que eles eram. —Não. Eu sempre soube quem eu era. — olhou para ela, tão protegido do mundo. Será que tais coisas, seu conto iria chocá-la? Provocar repulsa? Mas ela pediu. — Fui capturado pelos índios. —Realmente! —seus olhos cinzentos se arregalaram —Mas, certamente, você não ficou com eles durante sete anos? —Eu fiquei. — ele hesitou. O assunto não era aquele que ele sempre quis frequentar novamente nesta vida, mas a expressão no rosto de Srta. Corning era arrebatador. Othello não cortejou sua Desdemona assim? Se falar dos contos sangrentos de guerra ganharia os favores dela, ele faria isso, não importava a dor para si mesmo. Seus olhos castanhos olhavam através de uma máscara de sangue. Mesmo que rasgasse sua alma em duas. —Eu não tinha escolha. Eu estava escravizado. Beatrice prendeu a respiração ao ouvir a palavra escravizado. O carro chocou-se contra uma esquina, empurrando-a contra o lado, mas sua mente pouco registrou, presa como estava com o pensamento do orgulhoso Lord Hope na escravidão. O próprio pensamento era uma abominação. —Foi lá que você fez isso? —ela acenou para suas tatuagens de pássaros. Ele levantou a mão para delineá-los. —Sim. —Conte-me. —disse ela simplesmente. A mão dele caiu. —Você já ouviu falar sobre o massacre em Spinner’s Falls. Não era uma pergunta, mas ela respondeu assim mesmo. —Houve uma emboscada. A maior parte do regimento foi morta. Ele acenou com a cabeça, seu rosto virado para a janela, que de alguma forma ela sabia que ele não via nada do que se passava lá fora. — Nós estávamos marchando pela floresta de Quebec para Fort Edward. A trilha era estreita, e os homens foram obrigados a andar em fila única. O regimento tornou-se esgotado. Também condenadamente esgotado. Ela viu quando um músculo pulsou em sua mandíbula. Ele não estava gostando de contar esta história, mas ele estava fazendo isso de qualquer maneira.


Ele inalou. —Eu estava cavalgando até o nosso coronel, para dizer que pensava que nós deveríamos parar e deixar a extremidade da coluna chegar até a cabeça da linha, quando os índios atacaram. — seus lábios estavam firmemente apertados, e por um momento ela pensou que ele não iria continuar, mas depois ele olhou para ela, com seus olhos negros desesperados — Nós não poderíamos formar uma linha de defesa. Meus homens estavam sendo apanhados antes que eles pudessem se reunir. Os índios atiravam de ambos os lados da trilha, escondidos entre as árvores. Meus homens estavam gritando e caindo, e então o meu coronel foi retirado de seu cavalo. —ele olhou cegamente para suas mãos —Eles o escalpelaram ali. Meus homens estavam todos morrendo a minha volta, gritando e sendo escalpelados. — seus dedos se flexionaram até os punhos — Meu cavalo pegou uma bala e caiu. Consegui saltar livre, mas eu estava cercado. Eu não lembro o que aconteceu então eu acho que foi atingido na cabeça mas quando me dei conta do que me rodava novamente, nós estávamos marcharam até o acampamento indígena. O francês nos deu aos seus aliados como espólios de guerra. —Querido Deus... — Beatrice respirou, sentindo-se mal do estômago. Quão terrível para Lord Hope foi perder os seus homens desta forma. Quão impotente ele deve ter se sentido. Ele estava olhando para fora da janela novamente e não fez nenhum indício de que ele a ouviu falar. —Depois que montamos o acampamento, eu estava separado dos outros pelo índio que me capturou. Seu nome era Sastaretsi. Ele me deixou nu, pegou minhas roupas e as jogou de lado, e me deu apenas um fino cobertor, infestados de pulgas, para me cobrir com ele. Então Sastaretsi marchou pela floresta comigo durante seis semanas. No momento em que nós chegamos a sua aldeia, eu estava andando com os pés descalços pela grama com crosta de gelo. Ele fez uma pausa, lembrando-se desse tempo terrível, e Beatrice ficou em silêncio, esperando. —Todo esse tempo... — ele sussurrou —Todo esse tempo, eu planejava sobre como matar Sastaretsi. Mas minhas mãos estavam amarradas com tanta força na minha frente que a carne inchou sob as tiras de couro. Ele arrancou minhas unhas de minhas mãos para que eu não pudesse usar até mesmo a sua fraca força para arranhar meus laços soltos. E à noite ele amarrava minhas mãos a uma estaca cravada no solo. Eu estava enfraquecido por causa do frio e da falta de alimentação. Eu acho que eu poderia ter morrido naquela floresta sem fim se nós não tivéssemos cruzado com um caçador francês e seu filho. O homem falava um pouco do dialeto e parecia ter pena de mim, porque ele me deu uma camisa velha e um par de polainas. Essas polainas e a camisa me salvaram. Ele ficou em silêncio novamente, e desta vez Beatrice sabia que ele não quis ir em frente. —Mas por quê? — ela finalmente desabafou — Por que Sastaretsi fez tudo isso com você? Ele olhou para ela então, e seus olhos estavam inexpressivos, como se ele estivesse morto. —Porque ele queria me queimar na fogueira quando chegasse à sua aldeia.

Capítulo 06 Agora, uma ampulheta gigante fica na sala do trono do Rei dos Duendes, com suas areias fluindo infinitamente até que o próprio tempo deve parar. Por meio desta, os duendes marcam o tempo na sua terra sem sol nas profundezas da terra. Aconteceu que um ano, quando Longa Espada foi para pedir por sua liberdade, o Rei dos Duendes estava particularmente de bom humor, tendo acabado de derrotar nesse dia um grande príncipe em batalha. O Rei dos Duendes olhou para a ampulheta e, em seguida, disse a Longa Espada: —Você me serviu bem durante sete anos, meu escravo. Devido a isso, vou fazer com você uma barganha... Longa Espada abaixou a cabeça, pois sabia muito bem que um acordo com o Rei dos Duendes se adaptava apenas ao Rei dos Duendes. —Você pode andar na terra acima por um ano. — disse o Rei dos Duendes —Marque você, apenas um ano. Ao final desse tempo, se você tiver encontrado uma alma cristã que voluntariamente queira tomar o seu lugar na terra dos duendes, então você deve estar livre e eu não devo incomodá-lo mais. ̶ E se eu não conseguir? —perguntou Longa Espada. O Rei dos Duendes sorriu. —Então você deve me servir por toda a eternidade... De Longa Espada, o guerreiro Lottie Graham tomou um gole de vinho, olhando para o marido sobre a borda do copo. Nathan estava absorto em seus pensamentos esta noite, a sua ampla testa ligeiramente enrugada, seus olhos azuis vagos e desfocados. Ela largou o copo de vinho com precisão e disse: —Nós recebemos um convite para um baile organizado pela Srta. Molyneux hoje. —houve uma pausa que se estendeu por mais de um momento que ela pensou que depois de tudo ele não iria responder. Então Nate piscou. —Quem? —Srta. Cristelle Molyneux. —Lottie cortou o pato assado no prato. —Ela é a tia Reynaud de St. Aubyn do lado de sua mãe. Eu penso que ela planeja reintroduzi-lo na sociedade. Em todo caso, o convite foi enviado em escandalosamente curto prazo ela planejou o baile para esta quinta-feira.


—Parece estúpido planejá-lo em tão pouco tempo. —disse Nate — Alguém irá comparecer, eu me pergunto? —Oh, ela não terá nenhum problema para encher o salão. —Lottie espetou um pedaço de pato, mas, em seguida, devolveu-o de volta no prato. Seu apetite hoje parecia inexistente. —Todo mundo vai querer ver o misterioso Conde louco. Nate franziu a testa. —Ele ainda não é um Conde. —Mas, certamente, não é apenas uma questão de tempo? —Lottie girou sua taça de vinho. —Só um idiota pensaria isso. Lottie sentiu lágrimas brotarem em seus olhos. Ela olhou para seu colo. —Eu sinto muito que você me acha uma tola. —Você sabe que não é isso que eu quis dizer. —sua voz estava viva, impaciente. Houve um tempo no passado, antes que eles se casassem, quando ela franzido levemente suas sobrancelhas iria levá-lo a oferecer profusas desculpas. Uma vez, ele enviou um arranjo de flores tão grande que tomou dois lacaios para trazê-lo para dentro de casa. Tudo porque ele não foi capaz de levá-la para um passeio em um dia que choveu. Agora, ele pensava que ela era tola. —Isto vai ter uma comissão parlamentar especial, eu acredito, —Nate estava falando enquanto ela pensava essas coisas sombrias —para decidir se este homem é realmente St. Aubyn, e se ele é, o adequado Conde de Blanchard. Isso, pelo menos, é a opinião de muitos dos eruditos parlamentares. Não houve um caso como este em memória viva, e muitos estão bastante interessados nas implicações legais. —Eles estão? —Lottie murmurou. Ela perdeu o interesse na conversa, enquanto o marido finalmente se engajava nele. Foi sempre assim seu casamento? —De qualquer modo, eu pensei que seria bom assistir ao baile. Está obrigado a ter tudo da melhor fofoca do ano. Ela olhou para cima a tempo de pegar o olhar de irritação que atravessou seu rosto. —Eu sei que se manter em dia com o mais recente escândalo é vital para você, querida, —disse ele —mas verdadeiramente existem outras coisas de importância no mundo, você sabe. Houve um curto, terrível silêncio. —Primeiro eu sou uma tola e agora estou interessada apenas em fofocas. —Lottie disse muito claramente, porque ela estava segurando as lágrimas com toda a sua vontade. —Eu começo a me perguntar, senhor, por que se casou comigo de qualquer modo. —Agora, Lottie, você sabe que eu não quis dizer isso dessa maneira. —respondeu ele, e nem se incomodou em tentar esconder a ponta de irritação em sua voz. —De que maneira você quis dizer isso, Nathan? Ele balançou a cabeça, um homem sensato assolado por uma mulher louca. —Você está exausta. —Eu não estou. —disse Lottie, as lágrimas começando a transbordar, extenuada. Ele suspirou, empurrou a cadeira para trás da mesa e se levantou. —Essa conversa é inútil. Eu vou deixá-la consigo mesma até que você tenha mais uma vez recuperou seus sentidos. Boa noite, senhora. E ele saiu. Ela ficou lá na sala de jantar, ofegando e tremendo e completamente humilhada. Isto foi à gota d'água. —Ele está muito magoado, Jeremy. —Beatrice disse enquanto andava de janela muito drapejada de Jeremy até sua cama. —Você não tem ideia. Ele me contou apenas uma fração do que ele experimentou nas colônias, e isso era tudo que eu podia fazer para não gritar em voz alta. Como ele pode sobreviver a tais horrores? E ainda assim ele é incrivelmente forte, incrivelmente determinado. É como se ele estivesse expulsando de sua alma qualquer que seja a suavidade que possa já ter sentido. Ele tem queimado endurecido. —Ele parece muito interessante. —disse Jeremy. Beatrice olhou para ele. —Eu nunca conheci um cavalheiro como ele em toda a minha vida. —O que Lord Hope parece agora que ele transformou a si mesmo? —Ele é alto, com ombros muito largos e traja uma espécie de brilho distante a maior parte do tempo. Ele é bastante intimidante e um pouco selvagem na aparência, na verdade. —Mas você disse que ele cortou a barba e os cabelos, vestiu uma peruca e outros apetrechos civilizados. Ele parece bastante normal para mim. —disse Jeremy da cama. Essa era a melhor parte sobre Jeremy, ele sempre tinha um interesse em seus pensamentos e problemas, não importando quão trivial. —Ele pode usar o mesmo tipo de roupa que os outros senhores, mas eles se encaixam a ele de forma diferente de alguma forma. —Beatrice pegou uma garrafa verde alta a partir das provisões de medicamentos de Jeremy e olhou para o líquido escuro dentro antes de devolvê-lo aos seus irmãos. —E ele ainda está usando brinco, como eu falei. As tatuagens que ele não pode remover, mas por que você acha que ele não tirou o brinco? —Eu não tenho a menor ideia. —Jeremy respondeu com evidente prazer — Eu gostaria de ser capaz de encontrá-lo, no entanto. Beatrice virou-se e olhou para ele. Jeremy estava sentado na cama hoje. Ela afofou os travesseiros para ele e o ajudou a se


sentar mais alto. Suas bochechas ainda estavam vermelhas, os olhos muito brilhantes, mas ela imaginava que ele estava um pouco melhor do que da última vez que ela o viu. Pelo menos ela esperava que sim. —Talvez eu possa trazê-lo por aqui algum dia. —disse ela. Ele desviou o olhar. —Não, Bea. Ela piscou. —Por que não já? Seus olhos se encontraram e, por um momento todas as diversões deixaram seu rosto. Seus olhos azuis estavam extraordinariamente severos, quase frios, e ela se perguntou em um flash de compreensão que isso era como ele se parecia no campo de batalha quando ele conduziu seus homens. Então, sua expressão se suavizou um pouco. —Você sabe porquê. Ela fez uma careta, porque ela sabia porquê. —Você é muito sensível à sua lesão. Muitos homens v oltam para casa sem um braço ou uma perna, ou mesmo um olho, e alguém continua a vê-los em bailes e eventos. Ninguém os destaca, exceto para dizer o quanto são corajosos. —Isso não é o que disse Frances. —Olhos de Jeremy estavam velhos e tristes. Ela mordeu o lábio. —Frances era uma tola completa e absoluta, e, francamente, eu acho que você foi salvo de anos de conversa insípida sobre o seu café da manhã, quando ela cancelou seu noivado. Ele riu, felizmente, mas isso provocou a tosse, e ela teve que se apressar mais e oferecer um copo de água. —De qualquer modo, — ele engasgou quando podia respirar novamente —eu não vou ser sair em público novamente. Você sabe disso. —Mas por quê? —ela se ajoelhou ao lado da cama em um banquinho almofadado para que seu rosto estivesse mais perto do dele sobre o travesseiro —Eu sei que você tem medo dos olhares dos outros, Jeremy querido, mas você deve sair deste quarto. Você vive como se já est ivesse nas profundezas da terra em um caixão. Você não está. Você vive e respira e ri, e eu quero que você seja feliz. Ele pegou sua mão, e era como ser tomado por chamas. —É preciso dois criados apenas para levantar-me para a cadeira para que eu possa me sentar perto do fogo. A última vez que tentaram me levar para baixo pelas escadas, um dos lacaios tropeçou e quase me derrubou. —ele fechou seus olhos azuis brilhantes, estremecendo como se sentisse dor — Eu sei que você me acha um covarde, mas eu não posso encarar isso de novo. Ela fechou os olhos também, porque ela sentia como se estivesse perdendo-o, seu amigo mais antigo e mais caro. Nos últimos cinco anos, desde o seu regresso da guerra no continente, ela sabia que ele estava escorregando lentamente para longe dela. Toda vez que o vi, ele estava um pouco mais distante, um pouco mais além de seu alcance. Logo, ela não seria capaz de tocá-lo de algum modo. —Vamos nos casar. —Beatrice apertou as mãos em torno das dele, colocando de lado seus próprios desejos por seu medo desesperado por ele. —Jeremy querido, por que não nós? Depois nós poderíamos comprar uma pequena casa e vivermos juntos, você e eu. Nós não precisamos que muitos servos, apenas um cozinheiro e algumas criadas e lacaios, e nenhum mordomo arrogante para incomodar. Isso não seria maravilhoso? —Oh, seria de fato, querida Bea. — os olhos de Jeremy estavam muito gentil agora —Mas eu temo que não fosse funcionar. Você gostaria de ter crianças um dia, e eu tenho estabelecido em meu coração me casar com uma moça de cabelos negros, talvez com olhos verdes. —Você iria quebrar meu coração p or uma senhora de olhos verdes que você nem conhece? —Beatrice riu pela metade, sufocando as lágrimas. —Eu nunca soube que me classifico tão baixo em sua opinião, senhor. —Você se classifica acima dos próprios anjos, minha querida Bea. —Jeremy riu de volta —Mas todos nós devemos ter sonhos. E meu sonho é que um dia você vai estar rodeada por sua própria família. Ela curvou sua cabeça para isso, como ela podia responder? Com os olhos de sua mente, Beatrice, também, se viu sentada no meio de uma multidão de crianças. Mas quando ela imaginou o pai, não era o rosto de Jeremy que viu mas o do Visconde Hope. —Você vai me dizer o que aconteceu quando você chegou ao acampamento de Sastaretsi? ̶ Beatrice perguntou tardiamente na manhã seguinte. Ela acompanhou Lord Hope em uma expedição de compras na Bond Street, esperando por uma oportunidade para perguntar sobre seu passado novamente. Sua tia estava planejando um grande baile no dia seguinte para reintroduzi-lo para a sociedade, e havia muitos itens de última hora para comprar, incluindo calçados de dança para ele. Mas o mais importante, pelo menos para ela, é que ela queria ouvir o resto da história. —Eu pensei que você tivesse esquecido o assunto agora. — ele replicou. Fazia quase uma semana desde que ele contou a história da marcha para o acampamento indígena. Durante esse tempo, ela quase não o vi, pois ele estava tão ocupado conversando com sua tia e fazendo outras coisas mais misteriosas. Ele desaparecia antes dela levantar-se para o café da manhã e às vezes não voltava a reaparecer na Casa Blanchard até depois do jantar ou mais tarde. Isso significava que os seus caminhos e de tio Reggie raramente se cruzavam, o que era bom, mas também significava que ela perdeu sua companhia sarcástica ao longo da última semana. —Não. —ela murmurou baixinho —Eu duvido que alguma vez eu vá esquecer o que você me disse.


—Então por que me faz continuar? — ele perguntou quase com raiva —Não é o suficiente que eu tenha que ter essas imagens na minha mente? Por que você deve compartilhá-las também? —Porque eu quero. —disse ela simplesmente. Ela não conseguia explicar melhor do que isso. Ela queria saber o que ele atravessou, e essa necessidade era mais do que simples curiosidade. Ele olhou para ela com curiosidade. — Eu não entendo. —Bom. —ela disse com satisfação. Ele resmungou sobre o que poderia ter sido uma risada. Ela se virou para olhá-lo com desconfiança, mas seu rosto tornouse sério quando ele inalou. — Quando chegamos ao acampamento indígena, Sastaretsi engraxou meu rosto com carvão para significar que eu estava para morrer. Ele amarrou uma corda em volta do meu pescoço e me levou para dentro da aldeia em triunfo. Ele gritou quando nós chagamos para deixar que os outros soubessem que ele trouxe para casa um cativo. —Como é aterrorizante. — Beatrice estremeceu. —Sim. É destinado a ser aterrorizante para o cativeiro. Eu foi conduzido para o desafio... —Lord Hope estava dizendo quando eles chegaram a uma poça de água de aparência suja na rua. Era muito grande, e Beatrice estava olhando para ela incerta quando ele a agarrou pela cintura e simplesmente a ergueu sobre ele. —Oh! —ela chiou. Ele parou por um momento, do outro lado da poça, segurando-a no ar, sem qualquer sinal visível de tensão. — Meu Lord! Ele inclinou a cabeça, estudando seu rosto ligeiramente acima dele. —Sim? Ela sentiu sua respiração fraca, muito consciente de suas grandes mãos em sua cintura e o brilho em seus olhos negros. —Você deveria me colocar para baixo. —Beatrice assobiou —As pessoas estão olhando. —e de fato elas estavam. Um grupo de senhoras riu nervosamente por trás das mãos enluvadas, e um condutor de uma carruagem de aluguel riu quando ele passou. —São eles? —ele perguntou distraído. —Lord Hope! Mas ele a estava baixando para o chão, como se nada tivesse acontecido. Realmente! Ele não deu qualquer aviso. Será que ele queria ser visto como louco? Ela deu uma olhada para ele e limpou a garganta. — Qual era o desafio? —A maneira desagradável de acolher prisioneiros em um acampamento de índios. —ele estendeu o braço para ela, e ela colocou os dedos enluvados cerimoniosamente em sua manga. —Todos os habitantes da aldeia formam duas linhas, e o cativo deve correr entre eles. —Isso não parece muito ruim. Ele olhou para ela, as tatuagens de aves decorando sua pele morena, a cruz de ferro balançando de sua orelha. Parecia um pirata. —Eles batem e chutam o cativo enquanto ele corria. —Ah. —ela engoliu em seco —E quando ele chega ao fim da linha, o que acontece então? —Depende... —disse ele, guiando-a em torno de um grupo de senhoras ansiosamente espreitando em uma vitrine. —Se o cativeiro for uma criança ou um jovem, às vezes ele é adotado pela tribo indígena. —E, se ele for mais velho. —ela sussurrou, temendo a resposta. —Então, na maioria das vezes ele é torturado e morto. Ela inalou bruscamente. Ele disse isso com naturalidade, como se não importasse. —Você foi... —ela engoliu em seco. Como ela poderia perguntar? Mas ela tinha que saber. A experiência, não importa va o quanto poderia ser terrível e quem ele era. —Você foi... —Eu não fui torturado. —seus lábios estavam apertados enquanto ele olhava para frente —Não em seguida, de qualquer maneira. Súbitas lágrimas correram por seus olhos. Não, parte dela chorava por dentro. Não ele. Não este homem. Ela sabia de que isso acontecia, mas ouvir isso de seus lábios foi devastador. Por eles terem magoado envergonhado este homem rasgou uma parte da sua alma. Sentia-se subitamente mais velha. Esgotada com o conhecimento. —O que aconteceu em vez disso? —ela perguntou em voz baixa. —Gaho me salvou. —disse ele. —Quem é Gaho? E como ele o salvou? —Ela. Ela parou e olhou para ele, ignorando os murmúrios dos outros pedestres que foram forçados a passarem ao seu redor. —Uma senhora indígena o salvou? Ele sorriu para seu rosto, fazendo com que as aves se dobrasse como se tivessem levantado voo. —Sim. Uma poderosa senhora indiana me salvou. Ela possuía mais peles, mais panelas, e mais escravos do que qualquer outro naquela aldeia. Você pode até chamá-la de uma princesa. —Uma ova. —ela olhou para frente e começou a andar, mas foi incapaz de manter a pergunta para longe de seus lábios. — Ela era bonita? —Muito. —ela sentiu o sussurro de sua respiração contra seu ouvido quanto ele se inclinou para provocá-la. —Para uma mulher em sua sexta década de vida.


—Ah... —ela empinou o nariz no ar, sentindo-se irracionalmente aliviada —Bem, como essa Gaho salvou-o? —Parece que Sastaretsi tinha uma reputação muito ruim. Um ano antes, ele matou um dos escravos favoritos de Gaho em uma discussão. Gaho era uma mulher sábia. Ela sabia que Sastaretsi tinha muito pouco em seu nome, então ela esperou seu tempo até que ele adquiriu algo que ela poderia exigir em reembolso pela perda de seu escravo, eu. —E o que ela fez com você? —O que você acha, Srta. Corning? —sua boca larga e sensual se torceu, curvando-se para baixo com ironia. — Eu era o filho de um Conde, um Capitão do exército de Sua Majestade, e eu me tornei escravo de uma velha índia. É isso que você queria ouvir? Que eu estava reduzido ao mais baixo dos baixos nesse acampamento indígena? — ele parou na rua, mas ninguém murmurou enquanto a multidão dava um amplo espaço. Lord Hope podia estar vestido como um aristocrata, mas sua expressão era selvagem no momento. Beatrice tinha um desejo covarde de fugir, mas ela se manteve firme, inclinando o queixo para ele, prendendo seus olhos negros selvagens enquanto ela disse: —Não. Não, eu nunca desejei ouvir que você foi humilhado. Ele se inclinou sobre ela, grande e intimidador. — Então por que persiste em perguntar? —Porque eu preciso saber. —disse ela, baixo e rapidamente̶ Eu preciso saber tudo o que aconteceu com você, tudo o que você experimentou naquele lugar. Eu preciso saber porque você é o homem que você se tornou. —Por quê? —seus olhos negros se arregalaram com a confusão — Por quê? E tudo o que ela podia sussurrar era: —Eu só preciso... — porque ela não podia admitir, até para si mesma, o porquê. Reynard levou homens para a batalha, enfrentou um desafio indígena sem vacilar, sofreu sete anos como escravo de seu inimigo e sobreviveu. Tudo isso ele fez sem um sopro de medo. Portanto, era simplesmente impossível que ele se sentisse nervoso e inseguro com o pensamento de um baile. No entanto, por impossível que parecesse, aqui estava ele andando pelo corredor, enquanto esperava pela Srta. Corning para descer as escadas. Reynaud parou e respirou fundo. Ele era filho de um Conde. Ele participou de inúmeros bailes antes de sua captura nas Colônias. Este rastejante sentimento que ele tinha que ele já não pertencia à sociedade londrina, que ele seria denunciado e repudiado era ridículo. Ele deu de ombros em seu casaco novo, torcendo sua cabeça prestes a soltar os músculos de seu pescoço. Sua nova peruca estava impecável, ele sabia ele contratou um valet competente com o dinheiro emprestado por sua tia mas ainda parecia estranho em sua cabeça. Quando ele viveu com os índios, a única coisa com a qual ele cobriu a cabeça foi com um cobertor, apenas quando os invernos eram especialmente frio. Ele usou uma longa trança de cabelo, e suas roupas eram uma camisa, bombachas, perneiras e mocassins todos os materiais macios, bem usados e confortáveis. Agora ele tinha uma peruca coçando em sua cabeça recém tosquiada, um pano na metade do pescoço estrangulando, e sentia seus novos sapatos de dança apertados. Porque então os chamados homens civilizados devem escolher para se vestir... —Pensei que você foi para aquele maldito baile por agora... —uma voz masculina disse atrás dele. Reynaud girou, se agachando, a faca já em sua mão direita. St. Aubyn começou a recuar. —Tenha cuidado... —o usurpador choramingou — Poderia machucar alguém com essa faca. —Não, a menos que eu queria. —Reynaud disse enquanto se endireitava. Seu coração batia de forma irregular. Ele deslizou a faca de volta para dentro da bainha que ele fez especialmente e olhou para cima da escada. A Srta. Corning estava atrasada. — E eu estou esperando por sua sobrinha, se você quer saber. —O que você quer dizer, esperando? —o rosto de St. Aubyn obscureceu. —Quero dizer, — Reynaud enunciou claramente —que eu pretendo acompanhar a Srta. Corning até o baile dado por minha tia. —Bobagem! — o velho balbuciou —Se alguém vai acompanhar Beatrice, que seja eu. Reynaud arqueou uma sobrancelha. —Eu não sabia que você estava participando do baile. —St. Aubyn foi convidado, é claro, mas a partir de sua carência de comentários na última semana, Reynaud pensou por sua vez que o outro homem havia jogado o convite fora. Aparentemente, não. —É claro que eu vou estar presente. Acha que eu deixaria um papagaio como você me expulsar? Reynaud deu um passo mais perto de outro homem para que ele pairasse sobre ele. —Quando estiver na posse de meu Título, eu vou ter muito prazer em, pessoalmente, joga-lo desta casa. O rosto de St. Aubyn estava quase apoplético. —Seu Título! Seu Título! Você nunca vai vê-lo, senhor! —Eu já defini a data para apelar o meu caso perante a comissão parlamentar. —Reynaud lentamente sorriu enquanto observava todo a cor drenar do rosto do homem mais velho. A boca de St. Aubyn se torceu. —Eles vão dar uma olhada em você e negar o Título. Você é louco, e todos em Londres sabem disso. Só tem que olhar essas tatuagens e... Mas algo havia se partido em Reynaud. Ele avançou, agarrando o pescoço do homem mais velho e batendo contra a parede. O rosto do usurpador ficou roxo, o cheiro azedo de medo exalando para fora, e então, de repente os olhos cor de groselha de St. Aubyn se moveram, olhando para trás de Reynaud. Ao mesmo tempo, pequenos punhos bateram em suas costas. —Deixe-o ir! Deixe-o ir! — a Srta. Corning choramingou.


Reynaud mostrou seus dentes para St. Aubyn e depois recuou, libertando o homem. Imediatamente a Srta. Corning voou para seu tio. —Você está bem? —Eu estou bem... —o velho começou. Mas ela virou para Reynaud com uma fúria vingativa. —Como você ousa? O que poderia possivelmente possuir você para maltratá-lo assim? Reynaud levantou as mãos em sinal de rendição. Ele sabia melhor do que ninguém que calar era o melhor caminho para sair desta situação. Mas então ele realmente olhou para a Srta. Corning. Ela usava um vestido de cor bronze ardente que fazia sua pele cremosa positivamente brilhar. O corpete era baixo e quadrado, e seus seios estavam pressionados em dois montes tentadores. —Ahem... — seu olhar pego se elevou ao seu aguçado murmúrio. Os seios da Srta. Corning podiam ser convidativos, mas sua expressão não era nada. —Você não tinha o direito de pôr as mãos sobre tio Reggie. Ele está doente... —Beatrice! —seu tio protestou, olhando envergonhado. —É a verdade e ele precisa saber disso. —ela estava com as mãos nos quadris e olhava para Reynaud. —Tio Reggie teve um ataque de apoplexia há pouco mais de um mês atrás. Você poderia tê-lo matado justamente agora. Prometa-me que você nunca mais vai pôr as mãos nele novamente. Reynaud olhou para o homem mais velho, que não estava parecendo particularmente grato pela interferência de sua sobrinha. —Lord Hope. —ela se aproximou e colocou uma mão enluvada sobre seu peito, olhando para seu rosto. —Prometa-me, meu Lord. Ele pegou sua mão e, segurando seu olhar, lentamente levantou-a aos lábios. —Como você quiser. —ele soprou sobre os nós de seus dedos. Ela corou e pegou de volta sua mão. Reynaud sorriu. Mas St. Aubyn não era estava tão interessado em evitar a discórdia. —Certamente você não quer dizer que acompanhará este... Este indivíduo arrogante ao baile, Beatrice? A Srta. Corning hesitou, mas em seguida, jogou os ombros para trás e se virou para seu tio. —Eu receio que vá. —Mas, minha querida, se eu soubesse que você queria ir a essa baile, eu poderia ter acompanhado você. —Eu sei, tio Reggie, querido. ̶ ela colocou a mão no braço do velho. —Você sempre foi muito atencioso por me levar para qualquer divertimento que eu imaginava. Mas você vê, Lord Hope pediu-me para ir a esse baile, e eu quero ir com ele. St. Aubyn sacudiu a mão grosseiramente. —É essa a sua escolha, então, menina? Ele? Porque eu vou dizer agora, haverá uma escolha a ser feita: ele ou eu. Você não pode ter as duas coisas. A mão da Srta. Corning caiu ao seu lado, mas seu olhar era firme e inabalável em seu tio. Pela primeira vez, Reynaud percebeu que havia uma espécie de força lá sob sua doce maneira. —Talvez eu tenha que fazer uma escolha um dia. Mas esse não é o meu desejo, de verdade. Você não pode ver isso? —Seus desejos não contam nisso, moça. Lembre-se disso. —ele balançou um dedo em seu rosto —E não se esqueça de quem manteve um teto sobre sua cabeça nesses dezenove anos. Se eu soubesse como ingrata você seria pelo cuidado que eu manifestei... —Chega! —Reynaud avançou para o homem. —Não. —a Srta. Corning colocou a mão no braço de Reynaud agora, mas ao contrário de seu tio, ele não iria magoar seus sentimentos por sacudi-la. St. Aubyn olhou para sua mão, e seus lábios se torceram. Então ele se virou abruptamente e pisou firme subiu as escadas. — Ele não tem o direito de falar com você assim. —Reynaud resmungou baixinho. —Ele tem todo o direito. —ela se virou para olhar para ele, mas, apesar de seu olhar ser firme, seus olhos cinzentos brilhavam com lágrimas. —Ele está perfeitamente certo, ele providenciou um lar e amor para mim por 19 anos. E eu feri seus sentimentos. Reynaud tomou sua mão e as moveu mais para cima em seu braço para que ele pudesse escoltá-la à carruagem. —No entanto, eu não o quero agindo com respeito a você do jeito que ele fez. Você precisa de um xale? —Eu pedi a minha empregada para colocar um xale no carro, e não tente mudar de assunto. Não é o seu dever me defender do meu tio. Ele parou ao lado dos degraus da carruagem, forçando-a a parar também. —Se eu escolher defendê-la de seu tio ou de qualquer outra pessoa eu condenadamente bem o farei com vontade, com ou sem a sua permissão, senhora. ̶ Meu Deus, como muito primitivo você é. —disse ela —Você vai me ajudar a entrar na carruagem, ou você vai me manter aqui, proclamando o seu direito de me proteger até eu congelar? Ele franziu o cenho, mas cada resposta que ele poderia pensar o fazia parecer um idiota, então ele simplesmente levou-a para dentro da carruagem sem dizer uma palavra. A porta se fechou atrás dele, e em um momento os cavalos partiram para


frente. Ele olhou para a Srta. Corning, que puxou um xale fino sobre seus ombros. —Esse vestido fica bem em você. Ela sorriu, rápida e brilhante. —Muito obrigada, meu Lord. Ele projetou sobre outra coisa para dizer, mas não conseguiu pensar em alguma coisa. Ele estava fora de prática na arte da conversa leve, afinal de contas. A maioria de sua s discussões nos últimos sete anos foi preenchida com o tema de alimentos onde podia haver caça e se não houvesse carne suficiente para alimentar o pequeno bando de Gaho para o inverno. A Srta. Corning foi quem quebrou o silêncio. —Você vai me contar sobre suas experiências no acampamento indígena? Ele ficou em silêncio por um momento, relutante em continuar a história. Estava tudo em seu passado de qualquer maneira. Não era melhor esquecer? Para que trazer à tona a fome e a tortura, as noites deitado e acordado longe de casa e da família, cheio de medo de que ele nunca veria a Inglaterra de novo... certamente não havia necessidade de fazer com que tudo ganhasse vida novamente? —Por favor. —ela sussurrou, e ele sentiu a essência de flores inglesas seu cheiro. Por que ela exigia isso dele? Ela nem sequer parecia conhecer a si mesma. E ainda assim ele se sentiu obrigado a responder a sua demanda. Mesmo que isso significasse rasgar uma ferida ainda fresca. —Mais tarde. —o brilho da lanterna do transporte iluminou seu rosto e seus ombros, mas deixou o resto da moça na escuridão, dando um ar de mistério. Reynaud sentiu uma agitação mexendo em sua barriga abaixo da vista. Se contasse a sua miserável história a trazia para mais perto, valia a pena. Ele esticou as pernas para que elas roçassem as saias volumosas do vestido. —Eu vou contar tudo sobre a vida em uma aldeia indígena, sobre caçar veados e guaxinim, e até mesmo sobre o tempo em que eu lutei com um urso adulto. —Oh! —seus lindos olhos cinzentos arregalaram-se de emoção. Sorriu. —Mas não hoje à noite. Há muito pouco tempo antes de chegar à casa da minha tia. —Oh. —seu lábio inferior formou um biquinho charmoso. Ele observou o lábio, cheio, brilhava a luz da carruagem. Ele queria mordê-lo. —Você me provoca assim, meu Lord. —disse em voz baixa, e sua voz parecia capturá-lo. Ele olhou em seus olhos, grandes e inocentes, mas com uma centelha feminina que não era inocente em tudo. —Eu? E você gosta de ser provocada, Srta. Corning? Seus cílios abaixaram. —Eu penso... Sim, eu gosto da provocação. Enquanto não for muito prolongada. Seu sorriso aumentou, próprio de um lobo. —É um desafio? Ela deu uma olhada para ele. —Talvez. Reynaud inclinou-se à frente, alçando todo o transporte balançando, e escovou seus dedos contra sua bochecha. Tão suave. Tão quente. Ela permaneceu muito quieta. Ele inalou profundamente e sentou-se reto novamente. —Eu vivi muito tempo longe da civilização. Eu tenho medo de ter esquecido as sutilezas do flerte. Eu não quero assusta-la. Ela lambeu os lábios, e seus olhos desceram para sua boca. Ele observou esse movimento, de luxuria ascendendo, enquanto ela disse: —Eu... eu não me assusto tão facilmente com tudo isso, meu Lord. E eu nunca fui particularmente apaixonada pelos artifícios do flerte. Seu coração se acelerou com suas palavras sussurradas, seus músculos tensos para saltar sobre a presa. Minha, uma parte dele desprovida de civilização gritou. Minha. O que ele poderia ter feito a seguir, ele não tinha certeza, mas a carruagem estremeceu e deu uma parada. Ele respirou fundo e se endireitou, aliviando os ombros tensos. Olhando para fora, ele podia ver que eles estavam em frente à casa de sua tia. Ele se voltou para a Srta. Corning e estendeu a mão. —Vamos? Ela olhou para sua mão uma fração de segundo antes de tomá-la. E ele escondeu um sorriso. Em breve, muito em breve, ele tomaria o que era seu, mas agora ele tinha que enfrentar os horrores de um baile de Londres.

Capítulo 07 Bem, esta era uma barganha terrível, na verdade! Mas Longa Espada olhou dentro dos olhos incandescentes alaranjados do Rei dos Duendes e soube que se ele alguma vez quisesse ver o sol de novo, ele não tinha escolha. Ele acenou com a cabeça uma vez. Com seu assentimento, um grande vento levantou-o, girando e varrendo o alto, para o alto, até que de repente ele foi despejado duramente na terra, empoeirado. Longa Espada abriu os olhos e viu o sol pela primeira vez em sete anos. A brisa roçou sua bochecha. Ele tinha acabado de ressuscitar e agarrado sua espada quando ele ouviu um rugido atrás dele. Longa Espada se virou e viu a mulher mais bonita do mundo... nas garras de um dragão gigante... De Longa Espada, o guerreiro


Mademoiselle[16] Molyneux teve apenas um pouco mais de uma semana para planejar o baile em homenagem lord Hope, mas naquela pouco tempo ela criou uma maravilha. Beatrice estava profundamente impressionada para não olhar enquanto o Visconde a levava para o grande salão. Três enormes lustres penduravam do teto, brilhando como estrelas em miniatura. Ao longo de toda uma parede, espelhos altos estavam cobertos com guirlandas de flores de seda e ouro, e uma grande pirâmide de flores escondia os músicos em um canto. —Como está maravilhoso! —exclamou Beatrice —Sua tia deve ser mágica para ter efetuado semelhante decoração encantadora do salão tão cedo. —Eu não ficaria surpreso. —Lord Hope murmurou —Eu sempre pensei que Tante Cristelle tinha poderes para além de um mero mortal. Beatrice olhou para ele com ar divertido. Seu corpo se enrijeceu ao lado dela quando eles entraram no magnífico salão de baile, e as cabeças se viraram na direção a eles. As pessoas estavam olhando e sussurrando por trás dos leques. Mesmo assim, ele parecia estar relaxando um pouco, mas ele manuseava a faca em sua cintura. —Será que ela sempre viveu nesta casa da cidade consigo mesma? —ela perguntou. —O quê? —sua voz estava distraída enquanto olhava através do salão, mas então ele olhou para ela. —Não. Na verdade, esta casa pertence a minha irmã, ou melhor, ao seu filho. —Seu filho? —Sim. Ele é Lord Eddings herdou o título de seu pai. Quando minha irmã, Emeline, casou-se novamente e se estabeleceu nas colônias com seu novo marido, Tante Cristelle concordou em ficar aqui e ajudar a gerir a propriedade. Beatrice colocou a mão em sua manga. – Então você deve sentir muita falta de sua irmã. —Eu penso nela todos os dias. Uma expressão de tristeza súbita cruzou suas feições, nítida e fugaz e ainda assim empolgante porque ele tão raramente mostrava qualquer uma das emoções mais suaves. Ela se inclinou mais perto dele, atraída pela sua emoção, apesar da multidão em torno deles. —Hope... —uma voz masculina falou lentamente atrás deles. Beatrice olhou para cima para ver os olhos azul-turquesa do Visconde Vale observando-a com curiosidade. Ele t inha uma contusão azulada em seu queixo. Ao seu lado estava sua esposa, uma alta, magra senhora muito tranquila, com o rosto levemente divertido. Ela sentiu os músculos do braço de Lord Hope flexionarem sob seus dedos, mas seu rosto não revelava nada. —Vale. Lord Vale inclinou a cabeça. —Pena que você raspou aqueles bigodes. Deram um ar bastante bíblico. Os lábios de Lord Hope se contraíram. —Desculpe desapontá-lo. —Não. —Lord Vale disse despreocupadamente —Eu suponho que você deva vestir o traje local, como o resto de nós. A senhora ao lado dele suspirou. —Vale, —disse ela —você vai me apresentar, ou você continuará a trocar insultos com Lord Hope pelo resto da noite? —Eu imploro seu perdão, minha senhora esposa. —Lord Vale virou-se e estendeu a mão para sua senhora, que colocou os dedos nos dele. —Permitam-me apresentar Reynaud St. Aubyn, Visconde De Hope e sem dúvida espero que em breve o verdadeiro Conde de Blanchard? Hope, esta é a minha senhora esposa, Melisande Renshaw, Viscondessa Vale. A senhora fez uma reverência imponente quando Lord Hope se inclinou sobre sua mão. —É uma honra, minha senhora, mas nós já nos conhecemos, eu acho. Você não era uma querida amiga e vizinha de minha irmã, Emeline? As bochechas pálidas de Lady Vale coraram delicadamente. – De fato, meu Lord. Passei muitas tardes felizes na propriedade Blanchard em Suffolk. Eu sei que sua irmã vai ficar muito contente em saber que você está bem. A notícia de sua morte foi um golpe terrível para ela. Lord Hope endureceu, mas ele apenas acenou com a cabeça para Lady Vale. —E esta, —continuou Lord Vale —é prima de Hope, Srta. Corning, que conhecemos na última primavera na festa de jardim de minha mãe. —Como é que você está, minha senhora? —Beatrice murmurou enquanto ela se afundava em uma reverência. Quando se levantou, viu que a senhora e seu marido pareciam estar trocando algum tipo de comunicação silenciosa. Lady Vale sorriu e se virou para Beatrice. —Gostaria de dar uma volta comigo, Srta. Corning, e admirar as belas decorações da Srta. Molyneux? Vale diz que devemos celeb rar um baile em nossa própria casa em breve, e eu ficaria muito grata por sua opinião. —É claro. —disse Beatrice. Os senhores estavam aparentemente educados, mas havia uma tensão em suas posições. Obviamente Lord Vale queria falar com Lord Hope sozinho. Lady Vale deu o braço a Beatrice, e elas começaram a lenta perambulação pelo salão. —Você sempre fez sua casa em Londres, Srta. Corning? —perguntou Lady Vale. —Eu moro com meu tio, madame, em Blanchard House. —Beatrice lançou um rápido olhar por cima do ombro. Lord Vale estava conversando intensamente com Lord Hope, mas pelo menos eles não estavam indo a socos. Ela olhou para frente novamente. —Essa casa é onde Lord Hope está hospedado no momento também.


—Oh. Isso deve ser interessante... —Lady Vale murmurou. —Sim, isto certamente é. Eu acredito que Lord Hope permanece por pura contrariedade. —Beatrice olhou para a companheira. —Você o conheceu quando ele era um menino? —Ele estava geralmente na escola quando eu visitava a propriedade rural Blanchard, mas, sim, ele era um menino, não bem um homem. Lembro-me que Emeline e eu ainda não tínhamos saído para festas quando ele comprou a sua comissão no exército. —Como ele era? Lady Vale ficou em silêncio por um momento, enquanto elas fizeram um amplo arco. Elas chegaram a uma sala lateral, e ela perguntou: —Você se importa? Eu preferivelmente antipatizo com multidões. —De jeito nenhum. —respondeu Beatrice. Depois do brilho do salão, a iluminação do corredor estava à surdina. Altos retratos cobriam as paredes. Alguns outros convidados derivavam aqui e ali, mas eles estavam distantes o suficiente para não ouvir a conversa. —Você perguntou sobre Lord Hope... —começou Lady Vale —eu não o vi muitas vezes quando eu era jovem, mas eu lembro ter um pouco de medo dele. —Sério? Lady Vale assentiu. —Ele era muito bonito, mesmo então. Mas havia mais. Ele era o jovem herdeiro ao trono, por assim dizer. Ele quase parecia ter um brilho dourado sobre ele. Beatrice baixou a cabeça, contemplando esta informação enquanto caminhavam. O que uma perdição, ao ter sido feito um escravo, deve ter sido para um homem com um brilho dourado. Quanto muito humilhante deve ter sido para o orgulhoso Lord Hope afundar tão baixo. Elas vieram até um retrato de altura de um homem com uma armadura no estilo do século passado, e Lady Vale parou. Ela inclinou a cabeça, estudando a pintura. —O cabelo dele é muito extravagante, não é? Beatrice olhou para a pintura e sorriu. O cavalheiro tinha cachos escuros abundantes pendurados em ambos os lados de seu rosto. —E ele é orgulhoso dele, não é? —De fato. Elas ficaram em silêncio por um momento. Então Beatrice disse: —Há um retrato de Lord Hope que paira na sala de estar de Blanchard House. Ele sempre esteve lá, desde que eu cheguei quando tinha dezenove anos. Eu acho que deve ter sido pintado quando ele tinha aproximadamente a idade que você fala. Ele está tão bonito e parece tão alegre. Eu costumava pensar que ele estava escondendo um pensamento malicioso quando ele foi pintado. Confesso que passei horas olhando para aquele quadro. É algo que me fascinou. —ela sentiu Lady Vale virar e olhar para ela e sabia que estava corando —Você deve me achar uma idiota. —Nem um pouco. —a outra senhora disse gentilmente —Meramente uma romântica. —Mas você vê, desde o retorno de Lord Hope... —ela teve que fazer uma pausa e engolir, pois sua garganta apertou —ele foi capturado e mantido cativo pelos índios. Você sabia? —Não, eu não. —a outra mulher murmurou. Beatrice balançou a cabeça, respirando fundo. —Eu não vejo mais nada daquele rapaz nele o rapaz rindo na pintura. As coisas que aconteceram com ele nas Colônias eram e foram tão terríveis que elas o transformaram. Ele está triste agora. Decidido apenas em recuperar seu título. É como se ele tivesse esquecido quem era antes, como se tivesse esquecido como aproveitar a vida. Lady Vale suspirou. —Meu marido estava na guerra também. Ele é bastante alegre do lado de fora, mas por dentro há feridas, acredite em mim. Beatrice pensou nisso. —Mas Lord Vale parece mais livre de alguma forma. Ele está feliz, não é? —Eu acho que sim. —Lady Vale sorriu, um sorriso secreto —Mas você compreender que Lord Vale voltou das Colônias quase sete anos atrás, enquanto Lord Hope só agora voltou para casa. Você deve conceder tempo, eu acho. —Eu suponho que sim. —disse Beatrice em dúvida. Era verdade que Lord Hope ainda estava se adaptando ao seu retorno, mas o tempo realmente iria curá-lo? Será que ele se tornaria mais alegre, ou a sua experiência o queimou tão profundamente que ele foi mudado para sempre? Ela pensou em outra coisa. —Lord Vale realmente pensa que foi Lord Hope que traiu o seu regimento?


—O quê? Beatrice virou-se para olhar para Lady Vale. O corredor estava escuro, mas os olhos da senhora parecia m intrigados. —Lord Hope disse que quando seu marido veio visitá-lo na semana passada, Lord Vale o acusou de ser o traidor que traiu o seu regimento em Spinner’s Falls. —Certamente que não! —Eu garanto. Lady Vale suspirou. —Senhores, por vezes, não parecem serem capazes de se expressarem corretamente, e devo admitir que o meu marido, mesmo ele gostando de falar, nem sempre é eficaz na comunicação. Ele nunca pensou que Lord Hope pudesse ser o traidor. —Sério? —alívio a percorreu. —Sim. —Lady Vale di sse com certeza —Mas o problema é, se Lord Hope obteve a noção de que meu marido desconfia dele, pode ser um pouco difícil de dissipar o pensamento. —Oh, querida. —Beatrice murmurou —Senhores podem ser tão estúpidos às vezes, eles não podem? E se eles não puderem resolver isso? A outra senhora olhou seriamente. —Então eu temo que possa ser o fim de sua longa amizade. —E Deus sabe que Lord Hope precisa muito de um amigo agora. —Beatrice sussurrou. —Tenha cuidado! —Reynaud rosnou —Eu vivi muito tempo longe da sociedade. Eu já não me incomodo de gritar com um homem que me insulta. —Quando foi que eu o insultei? —Vale assobiou —Foi você quem me bateu, homem! Eles ainda estavam quase no meio do salão do baile maldito, e se falavam muito alto, eles arriscavam fazer uma cena. Ele já era objeto de análise curiosa. Se ele perdesse o controle aqui, no meio do baile de sua tia, ele faria um dano irreparável para a sua causa. Suor frio deslizou por suas costas, mas Reynaud ainda mostrou os dentes em uma paródia de um sorriso. —Bati porque você teve a ousadia condenável de me acusar de trair o nosso regimento. —Eu não fiz. —Você certamente o fez. —Eu fiz... —Vale se interrompeu para respirar com força pelas narinas —Nós somos como garotos quase chegando às mais doces vias de fato. —Huh. —Reynaud resmungou, desviando o olhar. Ele sentiu uma vontade inexplicável de embaralhar seus pés. Por um momento, os dois homens ficaram em silêncio, a vibração da multidão subindo em torno deles. Vale riu baixinho. —Lembra quando roubamos as tortas de morango da cozinheira na casa de meu pai? Reynaud levantou uma sobrancelha. —Eu lembro. Fomos pegos e chicoteados. —O que nunca teria acontecido se você não tivesse decidido que deveríamos nos esconder no pombal. —Absurdo. – os lábios de Reynaud se contraíram —Teria sido um esconderijo perfeito se não tivesse rido e assustado todas as pombas, que deram a nossa posição para quem estava fora. —Pelo menos nós devoramos as tortas antes que eles nos descobrissem. —Vale suspirou —Eu nunca quis acusá-lo, Reynaud. Reynaud acenou com a cabeça uma vez, secamente. —O que você quis dizer, então? —Venha comigo. —Reynaud levantou uma sobrancelha diante da ordem, mas entrou em sintonia com seu amigo de infância, sem protesto. —Ouvi dizer que houve uma tentativa contra sua vida na semana passada. —Vale disse em voz baixa. —Alguém atirou em mim, com certeza. —Reynaud fez uma careta – A Srta. Corning estava na linha de fogo. —Negligente. —Insensato. —Reynaud corrigido severamente —Quando eu encontrá-lo, eu vou matá-lo. —A Srta. Corning significa muito para você? —ele sentiu o olhar curioso de Vale. —Sim. —o conhecimento solidificado enquanto ele dizia. Beatrice Corning significava muito para ele o quanto ele não tinha certeza. Mas ele sabia que queria mantê-la perto. Queria mantê-la segura. —É mesmo? —Vale disse, pensativo —E será que a senhora sabe disso? —Isso é da sua conta? Vale tossiu como se cobrindo uma risada, e Reynaud se virou para encará-lo. O Visconde ergueu a mão conciliadora. —Não quero ofender, mas a senhora é extremamente apropriada e você... bem... Reynaud franziu a testa para o chão. Vale estava certo. A Srta. Corning era tudo o que havia de bom em uma senhora inglesa. Tudo, na verdade, que ele já não era. Talvez fosse por isso que a sua voz estava aguda, quando ele disse: —Eu vou deixar você saber quando eu quiser a sua opinião. —Sem dúvida. — a voz de Vale estava seca —E estou ansioso por esse dia, mas, entretanto, temos outros assuntos para discutir. Você sabia que Hasselthorpe foi baleado no verão passado? —Não, eu não sabia. —Reynaud olhou para o lado da sala, onde Lord Hasselthorpe estava com seus companheiros habituais. O Duque de Lister, Nathan Graham, e, é claro, St. Aubyn, o pretendente, estavam ao redor dele, todos eles olhando


um pouco azedos. —Você acha que está relacionado? —Eu não sei. —Vale ponderou —Hasselthorpe foi baleado no braço, e não foi um grave ferimento no meu entender. Ele parece que está inteiramente recuperado. Ele estava cavalgando pelo Hyde Park, quando foi baleado. O atirador nunca foi encontrado. Parece estranho. —Hasselthorpe tem aspirações a ser primeiro-ministro. —Reynaud apontou – É possível que tenha sido simplesmente um assassinato político que deu errado. —Claro, claro. —Vale murmurou —Mas eu não posso deixar de notar que ele foi baleado logo depois que eu tentei falar com ele sobre Spinner’s Falls. Reynaud parou e olhou para a Vale. —Sério? —Sim. —Vale olhou em volta do salão —Eu digo, você sabe onde minha senhora esposa e sua Srta. Corning devem estar agora? —Elas entraram na galeria de retratos. —Reynaud acenou com a cabeça em direção ao corredor que levava para fora do salão —Você acha que Hasselthorpe sabe alguma coisa sobre esse negócio? —Talvez. —Vale começou a andar novamente, e Reynaud seguiu seu passo. —Ou talvez alguém simplesmente ache que ele sabe. Ou a coisa toda não está relacionada a todos os envolvidos e eu estou apenas perseguindo unicórnios. Reynaud resmungou. Vale podia gostar de bancar o simplório, mas ele conheceu o homem desde a infância e não se deixou enganar. Vale era um dos homens mais inteligentes que conhecia. —Pensei a princípio que o atentado contra mim devia ter sido obra de Reginald St. Aubyn. —E agora? —A Srta. Corning apontou que ele teria que ser um imbecil para tentar me matar no seu próprio degrau da frente. —Ah... —Se a tentativa contra mim está ligada ao assassinato de Lord Hasselthorpe, então ele tem algo a ver com Spinner’s Falls. —Reynaud disse, pensativo —Mas o quê? —Eu penso que você sabe alguma coisa. —disse Vale. Reynaud parou, olhando para o outro homem ressabiadamente. —O que você quer dizer? Vale levantou as palmas das mãos. —Eu não estou acusando de nada. Eu só acho que você deve ter algumas informações sobre o traidor, que nós não tenhamos considerado. Reynaud fez uma careta. —Eu fui separado de vocês no acampamento indígena e nunca vi de novo até o outro dia. O que eu poderia saber que você não? —Eu não sei. —Vale encolheu os ombros —Mas eu acho que nós devemos nos reunir com Munroe e relatar nossas lembranças individuais. —Munroe sobreviveu ao campo? —as sobrancelhas de Reynaud se ergueram. Ele não pensou no naturalista em anos. —Sim, mas ele está marcado. —Vale desviou o olhar —Ele perdeu um olho nesse acampamento, Reynaud. Reynaud fez uma careta. Ele sabia bem qual destino tinham os cativos dos indígenas. Sete anos de sua vida foram perdidos, e agora parecia que era tudo porque alguém, um deles próprios os traiu em Spinner’s Falls. —Então, vamos nos reunir com Munroe e colocar toda essa coisa a limpo. —disse ele com decisão —Vamos encontrar o desgraçado e nos certificar que ele seja enforcado. —Ele já definiu uma data para defender seu caso perante a comissão parlamentar. —Lord Blanchard sussurrou a notícia como se o vaso de planta por trás deles pudesse ter ouvidos. Lister levantou uma sobrancelha, parecendo entediado como sempre, enquanto inspecionava o salão lotado. —Você está surpreso? O rosto de Blanchard estava avermelhado —Você não precisa soar tão afetado. Se St. Aubyn obtiver o meu título, suas carreiras políticas estarão bem lançadas à incerteza. Lister encolheu os ombros, embora seu rosto tivesse virado pedra. —Chega, meus senhores. —Hasselthorpe disse suavemente —Lutar entre nós não servirá a nossa causa. —Bem, então o que fazer? —Blanchard estava olhando mal-humorado —Nenhum de vocês ofereceu seu apoio para mim. Eu estou sozinho mesmo minha sobrinha se voltou contra mim. Hope a está cortejando, o filho da puta. —Ele está? —Hasselthorpe virou-se para olhar para Hope, que estava andando com Vale sobre o perímetro do salão —Um estratagema inteligente. Se ele tiver uma esposa, ele pode dissipar esses rumores de insanidade. Um homem sempre parece mais estável com uma mulher ao seu lado. —De fato. —Lister falou pausadamente —Você não concorda, Graham? Nathan Graham piscou. Ele estava olhando para os seus pés como se estivesse perdido em pensamentos. —O quê? —Eu disse, a esposa faz a carreira do homem. —disse Lister —Você não concorda? O belo rosto de Graham estava corado. Havia rumores flutuando sobre o baile desta noite que ele havia discutiu com sua esposa. Ele respondeu firmemente o suficiente, no entanto. —Naturalmente. Os olhos de Lister estreitaram, como se ele farejasse sangue.


Hasselthorpe franziu os lábios. —Eu não viu um evento tão cheio de luminares da nossa sociedade, há algum tempo. Lister virou-se para ele, uma ponta de perplexidade em seus olhos. Hasselthorpe sorriu. —Eu confesso, eu admiro a coragem de Srta. Molyneux. —O que você quer dizer? —perguntou Blanchard. Hasselthorpe encolheu os ombros. —Só que, se seu sobrinho tiver um ataque de loucura em tal local, toda a sociedade vai ver. O jovem Graham foi o primeiro a entender. Seu rosto ficou branco enquanto ele arremessava uma olhada lord Hope do outro lado da sala. Lister abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido por Adriana, que veio flutuando sobre a terra para o lado de Hasselthorpe. Ela usava um vestido amarelo e lavanda pálido e parecia nada mais do que particularmente uma borboleta frívola. —Querido... —ela cantarolou —Oh, vem deixar em off suas discussões políticas e dance comigo. Tenho certeza de que estes senhores não vão se importar se você der um pouco de atenção a sua esposa. —e ela piscou seus olhos para Lister, Blanchard, e Graham. Lister, que estava de olho na expansão suave de seus seios expostos, fez uma reverência. —Não, minha senhora. —Aí, você vê! Sua Graça deu sua permissão. —Adriana fez uma reverência animadamente. Hasselthorpe suspirou. Se ele protestasse, Adriana faria apenas persuadir e bajular de forma cada vez mais irritante até que ele seria forçado a ceder ou fazer uma cena. —Muito bem. Se vocês me dão licença, cavalheiros? Os outros se curvaram enquanto sua esposa se agarrava a ele e o arrastava para a pista de dança. —Eu pensei que o jovem Bankforth fosse acompanhar você a respeito das danças esta noite. —ele murmurou. Ela riu, tão alegre quanto uma menina na sala de aula, ao invés de uma mulher em seu quadragésimo ano. —Eu o esgotei, coitado. Além disso, —ela manobrou-o para a posição adequada —você sabe o quanto você adora dançar! Hasselthorpe suspirou novamente. Ele detestava dançar, e ele o disse assim a Adriana em muitas ocasiões. Por alguma razão, ela preferiu pensar que ele estava brincando quando ele protestou. Ou talvez seu cérebro fosse pequeno demais para conservar as informações por qualquer período de tempo. Hasselthorpe olhou por cima da cabeça de sua esposa enquanto ele esperava que a música começasse e viu Blanchard disparando punhais ao olhar do outro lado da sala. Não foi difícil encontrar o objeto de seu olhar Lord Hope estava fazendo o seu caminho até a Srta. Corning, que estava sentada em um canto com Lady Graham. Ele olhou para Blanchard. Se olhares pudessem matar, Lord Hope estaria deitado sangrando no chão. Interessante. Parecia que o ódio de Blanchard por Hope era pessoal. Era uma maravilha o que uma animosidade tão intensa poderia levar um homem a fazer. —Agora me diga. —Beatrice disse um pouco mais tarde —O que era tão urgente que você precisava me puxar para longe de Lady Vale? —Eu queria que você ouvisse isso de mim. —Lottie disse solenemente. Eles se sentaram juntas ao lado do salão de baile em um sofá de seda dourada. Uma estátua de um deus grego de um lado e um vaso de plantas do outro dando uma dose de privacidade. —Suas maneiras são terrivelmente secretas. —disse Beatrice. Seus olhos baixaram para a barriga da amiga. Poderia ser... ? —Eu deixei Nathan. O olhar de Beatrice se arregalou. —Mas por quê? —ela olhou para Lottie com preocupação desnorteado. —Eu pensei que você amasse o Sr. Graham. —Eu amo. —disse Lottie —Claro que sim. Mas isso só faz com que seja muito pior. —Eu não vejo como. Lottie suspirou, e pela primeira vez, Beatrice viu que sua amiga estava realmente cansada. Havia fracos semicírculos malva abaixo de seus olhos, e ela apertava as mãos como se para controlar um tremor. – Eu o amo, e eu acho que ele ainda me ama, mas ele não se importa. Eu... eu sou uma coisa para ele, Bea. —Eu não tenho certeza se entendi o que você quer dizer, querida. Você pode explicar isso para mim? —Oh! —Lottie levantou as mãos de seu colo e fechou os punhos. —Oh, isto é tão difícil de articular. Beatrice colocou a mão em torno de um dos punhos de Lottie. —Estou ouvindo... Lottie inalado e fechou os olhos. —É como se eu fosse uma das coisas que ele tem ou possui. Ele tem uma carruagem, ele tem um mordomo, ele tem uma casa na cidade, e ele tem uma esposa. Eu preencho uma posição, por assim dizer, e ele pode me amar, em algum lugar abaixo de seu cotidiano exterior, mas eu poderia ser qualquer uma, Bea. —ela abriu os olhos e olhou para sua amiga com algo muito parecido com desespero —Eu poderia ser Regina Rockford ou Pamela Thistlewaite ou aquela garota que se casou com o Conde italiano. —Meredith Brightwell. —Beatrice murmurou. Ela sempre teve uma melhor memória para nomes que Lottie. —Sim, —disse Lottie —qualquer uma delas. Eu cumpro um... um espaço em sua vida, nada mais. Se eu morresse, ele iria chorar e, em seguida, sair e encontrar outra para preencher esse espaço novamente. —Certamente não. —Beatrice murmurou, não sem estar um pouco chocada. Era isso realmente o que o casamento


representava? Será que o amor e os elogios e o cortejar realmente não duravam? —Acredite em mim, é tudo verdade. —Lottie enxugou os olhos com um pulso —Eu não poderia levar mais isso. Eu posso ser ingênua, mas eu quero ser amada, amada por mim mesma e não pela posição que eu mantenho então eu o deixei. Beatrice engoliu em seco, olhando para a mão ainda apertada com a de Lottie. —Onde você está morando? —Na casa do papai. —disse Lottie —Ele não está satisfeito e mamãe está preocupada com o escândalo, mas vão me deixar ficar. —Mas... —Beatrice franziu a testa —O que você vai fazer? —Eu não sei. —Lottie riu, mas o som foi apanhado e ela se acalmou. —Talvez eu venha a ser escandalosa e tome um amante. —ela não parecia particularmente animada com a ideia. Beatrice olhou para todo o salão. A minueto começou, e os casais foram dançando graciosamente na pista de dança. Ela podia ver Lord Hope fazer o seu caminho em direção a elas, e seu coração deu uma espécie de pulo em seu peito. E para além dele, de repente, claro, estava o Sr. Graham Nate olhando melancolicamente para elas. —Talvez você possa tentar falar com ele. —mesmo quando ela disse isso, ela sabia que a sugestão foi irremediavelmente inadequada. Lottie deu um sorriso cansado. —Eu tentei. Não funcionou. —Eu sinto muito. —disse Beatrice, impotente —Eu sinto muito. Ela sentou-se com Lottie, sem dizer nada e vendo como Lord Hope se aproximava delas. Ela se sentia culpada, porque mesmo sabendo que toda a vida de Lottie estava num tumulto e que sua amiga estava profundamente magoada, ela ainda se alegrou com sua visão. Lord Hope parecia tão forte, levantava-se tão reto. Ele ainda estava muito magro, mas seu rosto começou a se preencher um pouco, as bochechas e os olhos já não estavam tão ocos. Ele era bonito, de uma espécie de forma assustadora, mesmo com a expressão sombria que habitualmente usava, e ela não podia ajudar com a alegria que sentia ao vêlo. Ele continuou cortando implacavelmente no meio da multidão, até que ele estava diante delas. Ele fez uma reverência. —Ladies. —Meu Lord. —disse Beatrice segurando o fôlego. Ele olhou para os dançarinos. —Esta dança vai acabar logo, eu acho. Posso ter a honra da próxima, Srta. Corning? —Eu... eu estou lisonjeada, claro. —Beatrice mordeu o lábio —Mas eu realmente acho que não... —Vá em frente, Bea. —Lottie se endireitou com a abordagem de Lord Hope, e agora ela sorria largamente. —Realmente. Eu desejava mesmo ver você dançar. Beatrice se virou para olhar nos olhos de sua amiga. Tristeza ainda espreitava lá, embora Lottie estivesse determinada a aparentar como se nada estivesse errado. —Você tem certeza? Lottie assentiu com firmeza. —Sim, com certeza. Beatrice estendeu sua mão, e Lord Hope a tomou. Ele olhou para Lottie e disse com um sorriso torto: —Obrigado. Então, ele estava levando Beatrice no meio da multidão, seus ombros largos e forte ao lado dela. Eles foram para a pista de dança e fizeram uma pausa quando a música terminou com um floreio. Os dançarinos fizeram uma reverência e se curvaram para seus parceiros e depois se desviaram da pista de dança. Beatrice e Lord Hope assumiram as suas posições, esperando pacientemente que a música comece novamente. Ela esgueirou um olhar para ele, de pé ao seu lado. Ele parecia preocupado. Ela limpou a garganta. —Sua discussão com Lord Vale correu bem? —Sim. —a música começou e os passos da dança levou-os para longe um do outro por um momento. Lord Hope estava franzindo a testa ferozmente quando se aproximaram novamente. —Por que você pergunta? —Ele é seu amigo. —respondeu ela, e então disse, mais baixo —Eu me preocupo com você. Eles andavam distantes agora. Um cavalheiro nas proximidades tropeçou e se empurrou contra Lord Hope. Ele congelou e olhou firme para o homem, mas depois pareceu recuperar a si mesmo. Quando eles se reuniram novamente, ela sussurrou: —Você está se sentindo bem? —É claro. —ele respondeu, um pouco alto demais. Cabeças se viraram. Ele regulou o passo para perto enquanto ela estava de pé, e mesmo que fosse parte da dança, ela sentiu como se um grande predador rondasse em torno dela. Então, algo terrível aconteceu. O mesmo homem que antes havia tropeçado e empurrado o Lord esbarrou nele novamente, desta vez muito mais forte, empurrando Lord Hope um passo. Lord Hope girou sobre o homem, tirando sua enorme faca debaixo de seu casaco. Os bailarinos nas proximidades cambalearam para uma parada. Uma mulher gritou. O homem ficou branco, retrocedendo com as mãos levantadas. —Eu... eu digo, eu estou terrivelmente arrependido! —O que você quer dizer com isso? —Lord Hope exigiu —Você deliberadamente veio para mim. Beatrice começou a avançar. —Meu Lord... Mas Lord Hope agarrou outro homem pelo pescoço. —Responde-me! Querido Deus, e se ele tivesse enlouquecido novamente? Senhores foram empurrando suas damas atrás deles, e a multidão


foi se afastando, deixando um grande espaço aberto no meio da pista de dança. —Reynaud... —Beatrice disse suavemente. Ela tocou o braço que segurava a faca levantada. —Reynaud, deixe o homem ir embora. Ele fez uma pausa ao som de seu nome em seus lábios, e então ele virou a cabeça, seus olhos negros inexpressivos e assustadores. Beatrice engoliu em seco e sussurrou: —Reynaud, por favor. Lord Hope deixou o homem ir tão abruptamente que ele cambaleou. —Vamos embora. —com a mão livre, Lord Hope agarrou o braço de Beatrice e começou a rebocá-la no meio da multidão. Ele ainda segurava a faca nua na outra mão. E, enquanto iam, a massa de pessoas que se separara antes deles, teve alguns meio caindo em sua pressa de fugir de Lord Hope. Em cada rosto que passou, Beatrice viu a mesma expressão. Medo.

Capítulo 08 Longa Espada levantou sua espada poderosa. O dragão rugiu novamente e soprou as chamas marcantes para ele. Mas Longa Espada viveu sete longos anos no reino dos duendes, e o fogo já não era uma coisa que ele temia. Ele pulou através da explosão e balançou sua espada dura, dirigindo-a entre os olhos do dragão. A grande fera cambaleou e caiu morta, mas quando ela fez isso, largou a mulher mais bonita do mundo. Longa Espada viu que a moça seria esmagada nas rochas abaixo, e ele correu para pegá-la em seus braços fortes. A mulher se agarrou a seus ombros largos e olhou para ele com olhos da cor do mar. —Você salvou minha vida, gentil cavaleiro, e por isso dou a minha gratidão. Mas se você for salvar a vida de meu pai, o rei, eu darei a minha mão em casamento... De Longa Espada, o guerreiro Beatrice levantou-se cedo na manhã seguinte, chamando a empregada para se vestir rapidamente em simples vestido um azul e branco listrado. Ela tomou o café da manhã sozinha, tanto tio Reggie como Lord Hope pareciam estar ainda na cama e, em seguida, em um impulso, ela pediu o transporte. Era muito cedo para fazer visitas sociais, mas ela sabia que Jeremy muitas vezes tinha problemas para dormir, e gostava de ter companhia quando ele estava acordado na parte da manhã. E, além disso, ela precisava conversar com alguém sobre os acontecimentos da noite anterior. Foi assim que, uma meia hora mais tarde, depois de discutir sua passagem com o odioso Putley Putley, Beatrice estava servindo chá para Jeremy e ela mesma. —O que você vestiu? —ele perguntou enquanto ela cuidadosamente colocou a xícara de chá em suas mãos. Ela a preencheu apenas parcialmente cheia e estava sentado contra dois travesseiros, mas seus dedos tremiam, e ela estava preocupada que ele pudesse derramar o chá quente em si mesmo. —O meu vestido bronze. —ela respondeu, mexendo rico creme em sua xícara. – Você lembra , eu mostrei o padrão e uma amostra do material no verão passado antes de eu fazê-lo? —A seda que tinha uma espécie de brilho? —em sua homenagem, ele sorriu —Me lembra da forma como o conhaque brilha em um copo quando você o segura contra a luz. —ele tomou um gole de chá e colocou a cabeça para trás contra os travesseiros, os olhos fechados. —Você deve ter ficado bonita. Ela riu. —Eu acho que eu parecia muito bem. Ele abriu um olho. —Tão modesta como sempre. O que Lord Hope achou? Ela olhou para sua xícara, demasiado autoconsciente para encontrar seu olhar inteligente. —Ele disse que o vestido calhava bem a mim. —Não é um homem demasiado eloquente, então. —Jeremy disse secamente. —Talvez não, mas eu gostei do elogio. —Ah. Ela colocou a xícara cuidadosamente de volta no pires em seu colo. —Houve um pouco de... uma má cena no baile. Jeremy endireitou. —E então? Beatrice franziu o nariz, ainda olhando para a xícara de chá. —Um cavalheiro esbarrou em Lord Hope na pista de dança e ele reagiu mal. —Com quem estava dançando Lord Hope? Ela bufou um suspiro. —Comigo, se você quer saber. —Oh, eu entendo. —disse Jeremy com prazer —E o que exatamente quer dizer com má? —Ele tirou sua faca, ele sempre carrega uma longa faca com ele e ele, hum, a ondulou ao redor, eu estava com medo. Enquanto mantinha presa a garganta do outro cavalheiro. —Beatrice fechou os olhos com a lembrança. Houve uma pausa e, em seguida, Jeremy disse: —Oh, eu gostaria de ter estado lá. Os olhos de Beatrice se abriram. —Jeremy!


—Bem, eu gostaria. —disse ele, sem nenhum traço de remorso —Parece como uma boa alegre confusão. E depois Lord Hope não foi jogado para fora do salão de baile? —O baile era de sua tia. —Beatrice lembrou —Então, eu não acho que ele teria sido, na verdade, expulso da casa, mas não importa muito desde que saímos depois disso. —Ah, ele levou você junto com ele, não é? —Ele o fez. —ela hesitou, e então disse em voz baixa: —Ele não falou nada durante todo o caminho para casa. Você deveria ter visto a maneira como todos olharam para ele, Jeremy. Como se Lord Hope fosse um animal perigoso. —Ele é? —Jeremy perguntou em voz baixa —Perigoso, eu quero dizer? —Não. —ela balançou a cabeça e, em seguida, admitiu: —Bem, não é perigoso para mim, eu acho. —Você tem certeza, Bea? Ela mordeu o lábio, olhando para Jeremy, impotente. —Ele não me machucaria. Na verdade ele não faria. —Espero que não, Beatrice, querida. —Jeremy colocou a cabeça para trás contra o travesseiro, parecendo cansado. —Eu odiaria que ele a machucasse de alguma forma. Havia uma pergunta na voz de Jeremy. Ela podia sentir seus olhos sobre ela enquanto bebia seu chá, mas ela não queria compartilhar isso, nem mesmo com Jeremy. Suas emoções eram algo especial, algo mole dentro dela, muito delicadas para a luz do dia. Ela se levantou e pegou a xícara vazia de suas mãos, colocando-a de lado quando ele indicou que não queria mais. Quando ela se sentou novamente, ela disse: —Lottie me disse ontem à noite que ela deixou o Sr. Graham. —Provavelmente, um amante da briga. Ela estará de volta dentro de uma semana, marque minhas palavras. —Eu não penso assim. —disse Beatrice lentamente – Ela parecia subjugada de alguma forma, não com toda a sua habitual alegria própria. Ela olhou para cima para ver os olhos de Jeremy fechados, seu rosto repuxado. Ela pousou a xícara e levantou-se, mas, como se soubesse que ela estava olhando, ele abriu os olhos. Ele piscou os olhos e franziu a testa. —Eu não pensou que Nate Graham era um mau tipo. Ele tomou uma amante e a ostentava contra ela? Beatrice hesitou, mas depois decidiu jogar para frente e fingir que não viu esse momento de fraqueza. —Lottie não disse que havia outra mulher. Eu não acho que há uma, na verdade. Ela disse que Graham a levava como garantida, que qualquer mulher faria bem como ela o papel de sua esposa. Confesso que estou... —Desiludida? —Jeremy perguntou suavemente. Ela assentiu com a cabeça, muda. —Os homens podem ser muito decepcionantes, eu receio. —disse Jeremy —Nós somos mais como coisas de barro, tropeçando sobre os sentimentos daqueles que para nós são queridos. É por isso que nós dependemos tanto da compaixão de vocês, senhoras, pois se vocês alguma vez perderem a sua pena, ofendendo-se, e nos abandonando em massa, estaríamos completamente perdidos, você sabe. Beatrice sorriu para sua brincadeira. —Você não ia gostar disso, querido Jeremy. —Ah, mas nós dois sabemos que eu não sou muito parecido com os outros homens, também, querida Bea. —ele respondeu suavemente. Antes que ela pudesse responder, el e continuou. —Você discutiu sobre o projeto de lei dos veteranos com Lord Hope? —Bem, eu comecei. —disse ela lentamente. —E então? Ela balançou a cabeça. —Ele está com a intenção de reconquistar seu título e não pode considerar outras questões no momento. —Ah. —Jeremy olhou para sua xícara de chá, franzindo a testa. Beatrice apressou-se em dizer: —Ele falou muito de seus homens os soldados que ele levou na batalha e isso me deixa um pouco otimista de que ele seja simpático à nossa causa. O problema é convencê-lo a agir, eu acho. Eu ainda não descobri como exatamente fazer isso. —Ele soa um pouco egoísta. —Jeremy murmurou. —Eu não acho que ele seja. —disse Beatrice lentamente —Não realmente. É que ele está tão focado em recuperar o que está perdido, que parece não haver espaço para qualquer outra coisa agora. —Hmm. Acho que todos nós tentamos voltar à vida que deixamos para trás quando voltamos para casa, nós, antigos soldados. —a voz de Jeremy foi ficando mais fraca —O problema é que algumas coisas não podem ser recuperadas, uma vez perdidas. Eu me pergunto se ele percebeu isso também? —Eu não sei. —Em qualquer caso, você deve falar com ele em breve. O projeto de lei vai aparecer perante o Parlamento no próximo mês. Nosso tempo está cada vez mais curto, tão curto. —Jeremy fechou os olhos novamente quando ele se inclinou contra os travesseiros.


Ela mordeu o lábio. —Você está cansado. Tenho que ir. —Não, não. —ele abriu os olhos, tão azuis e claros contra o branco de seu travesseiro —Eu adoro a sua presença, você sabe. —Oh, Jeremy. —disse ela, tocada o suficiente para que sua garganta inchasse. – Eu... Algo bateu ruidosamente na sala de baixo. Ela olhou para a porta fechada do quarto. —O que...? A gritaria vinha de baixo, avançando mais enquanto uma voz masculina gritava: —Eu vou vê-la, dane-se seus olhos! Saia do meu caminho! Pareceu muito como Lord Hope. Beatrice meio se levantou da cadeira. —Eu não posso acreditar que ele iria... As vozes estavam avançando perto rapidamente. Se ela não fizesse alguma coisa, ele ia estourar dentro do quarto. Beatrice correu para o corredor, fechando a porta do quarto de Jeremy firmemente atrás dela. Subindo as escadas, parecendo um touro, o rosto de Lord Hope estava sombrio. Putley o seguia, vários passos atrás, sua peruca perdida, seu rosto assustado enquanto ele pleiteava com o Visconde. —O que você pensa que está fazendo? —ela exigiu. —Descobrindo o seu amante. —ele rosnou enquanto caminhava na direção dela. —Eu não tenho um amante! Ele deu um passo ao redor dela para chegar até a porta, e ela impediu seu movimento. —Vá para casa. —ela sussurrou —Você está fazendo de si mesmo um tremendo idiota. —Trouxe-o consigo, senhorita. —Putley cantou em algum lugar atrás Lord Hope. —Você cale a boca, Putley! —Beatrice gritou, em seguida, chiou porque Lord Hope eliminou a barreira, bastando pegá-la e movê-la para o lado. —Oh, não! Mas já era tarde demais. Ele abriu a porta, invadiu o quarto, e então parou, bloqueando sua visão. Ela ouviu uma risada sem fôlego de Jeremy. —Lord Hope, eu presumo? —Caramba! —disse o Visconde. —Oh, saia do caminho! —Beatrice empurrou com força seu bem grande e estúpido corpo para trás. Ele gentilmente se moveu para o lado. Ela correu por trás dele. —Jeremy, você está bem? —Muito bem. —ele disse, sua cor elevada e febril —Não tive tanta emoção nos últimos anos. —E isso não é bom para você. —ela pegou sua mão e se virou para encarar Lord Hope, ainda de pé perto da porta. O homem nem sequer teve a dissidência de parecer envergonhado. —O que você acha que está fazendo aqui? —Eu disse, —ele casualmente chutou a porta que se fechou atrás dele —descobrindo-a em um ninho de amor. Parece que eu poderia estar enganado. —Poderia estar? —ela fechou a mão livre e a colocou em seu quadril —Você tem sido um completo e absoluto idiota e ter insultado a ambos, Jeremy e eu. Obviamente que não somos amantes... —Não há nada de óbvio sobre isso. —ele rosnou, olhando para os restos das pernas de Jeremy debaixo das cobertas —Conheço homens que perderam suas pernas, mas não seus... —Não seja nojento! —ela estava gritando agora, mas isto estava completamente fora de seu controle. Como ele se atrevia? Que espécie de mulher ele pensava que era ela? Ele a humilhou! Atrás dela, Jeremy estava fazendo sons de asfixia, e ela se virou rapidamente, alarmada. Ele estava tentando segurar grandes gargalhadas e não estava conseguindo muito bem. —Oh, não você, também. —disse ela, completamente exasperada, mesmo quando ela serviu um copo de água. —Obrigado, querida. —disse Jeremy —E eu sinto muito. Neste momento, eu sinto que eu devo pedir desculpas por todo o meu sexo. —Você deveria. —ela resmungou —Você é podre no âmago, todos vocês. —Sim, eu sei. —disse ele com humildade —Você é simplesmente uma santa por aturar a todos nós. Mas eu tenho uma benção para pedir a você, querida. —O que seria essa? —ela perguntou, não muito graciosamente. —Você se importaria terrivelmente em ir e ver as penas eriçadas de Putley? Eu sei que é uma tarefa cansativa, mas eu prefiro não tê-lo tagarelando com meus pais sobre este assunto. —Oh, tudo bem. —ela olhou para Lord Hope —Mas eu vou ter que deixá-lo aqui com ele. —Eu sei. —Jeremy adotou uma expressão angelical que não enganou nem por um momento. —Eu prefiro esperar para ter uma conversa com o Visconde. —Hum. —disse ela. Ela se aproximou de Lord Hope até que eles estavam quase queixo com queixo embora ela tivesse que se esticar para trás e enfiou o dedo indicador no peito dele. —Ohh. —disse Lord Hope. —Se você colocar um dedo sobre ele, —ela sussurrou em seu rosto —ou super excitá-lo de qualquer maneira, eu vou


rasgar esse brinco bobo fora de sua orelha direita. Atrás dela, Jeremy entrou em gargalhadas, mas ela não se incomodou em olhar para ele de novo. Ela bateu a porta atrás de si e saiu como um furacão em busca de Putley. Homens! Reynard esfregou a marca onde a Srta. Corning tentou com seu dedo indicador furar ao meio de seus peito. —Peço desculpas. —Não é a mim que precisa pedir desculpas. —o homem na cama disse, ainda rindo —Eu vou dar uma dica: suas flores favoritas são os lírios do vale. —Eles são? —Reynaud olhou para a porta especulativamente. Ele não levou a uma mulher flores em eras, mas a situação podia muito bem exigir o método formal inglês de processar a paz com uma senhora. No momento, porém, ele tinha outros assuntos para resolver. Ele se voltou para o homem na cama. —Feridas de batalha? —Arrancadas por um tiro de canhão em Emsdorf no continente. —disse Oates. Sua cor era anormalmente elevada, como se ele estivesse febril. – Por volta dos anos sessenta. Reynaud assentiu. Ele caminhou até a mesa repleta de frascos de medicamentos de todas as formas e tamanhos. Não havia um remédio no mundo que pudesse colocar as pernas de um homem de volta uma vez perdidas. —Ela disse que eu estava com o 28° Regimento de Infantaria nas Colônias? —Ela disse. —ele colocou a cabeça para trás contra o travesseiro como se exausto. —Eu estava na 15° Light Dragoons XV. Muito mais arrojado do que um soldado de infantaria até, é claro, levar um tiro e cair de um cavalo. —Batalha nunca é tão romântico como se pensa. —disse Reynaud. Lembrou-se bem de seu romantismo pueril sobre o exército. Ele morreu rápido sobre a realidade da comida podre, dos oficiais incompetentes e do tédio. Sua primeira escaramuça destruiu o pouco que ainda sobreviveu da ilusão. —Nosso regimento era recém-formado, —disse Oates —e que ainda não viu a ação. Muitos dos homens eram alfaiates de Londres que estiveram em greve e tiveram que participar. Nós nunca tivemos uma chance. —Vocês foram derrotados lá? Oates sorriu amargamente. —Oh, não. Ganhamos o dia. Cento e vinte e cinco homens mortos apenas em meu regimento, mais de uma centena de cavalos mortos, mas vencemos a batalha. Eu caí na nossa segunda carga. —Eu sinto muito. Oates encolheu os ombros. —Você sabe tão bem quanto eu sobre os salários de guerra talvez mais do que eu. —Eu não vou debater o assunto. Eu vim para algo completamente diferente. —Reynaud se sentou na cadeira que estava ao lado da cama. —O que você é para ela? O outro homem arqueou as sobrancelhas como se estivesse se divertindo. —Eu sou Jeremy Oates, a propósito. Não havia nada contra isso, mas podia furar sua mão. —Reynaud St. Aubyn. Oates pegou sua mão e apertou-a, olhando em seus olhos, como se procurasse alguma coisa. Seus dedos eram tão finos como galhos. —Prazer em conhecê-lo. —o estranho era que ele parecia sincero. Reynaud tomou de volta sua mão. —Minha pergunta? Oates deu um meio sorriso, seus olhos se fecharam enquanto ele estava deitado contra os travesseiros. —Amigos de infância. Joguei de esconde-esconde com ela na sala de estar da minha família, ajudei com suas aulas de geografia, acompanhei-a até o seu primeiro baile. Reynaud sentiu uma sacudida em algum lugar na região de seu peito com as palavras do outro homem. Talvez fosse os efeitos colaterais prolongados de um cutucão afiado, mas ele pensou bastante que isto poderia ser ciúme em vez disso. Ciúme. Ele nunca sentiu essa emoção antes. Na verdade, ele estava enfurecido esta manhã ao saber que a Srta. Corning já saiu para visitar seu misterioso namorado. Ele veio aqui uma vez com a intenção de enfrentá-los e bater no outro homem se necessário, mas ele não parou para examinar suas emoções. Minha, seu instinto disse, e por isso ele agiu sobre isto sem pensar. A compreensão agora de que sua reação foi emocional era um choque desagradável. —Você a ama? —ele perguntou. —Sim. —Oates disse simplesmente —Com todo o meu coração. Mas não é, creio eu, da maneira que você quer dizer. Reynaud deslocou-se na cadeira, desconfortável com sua necessidade de saber exatamente o que o outro queria dizer. —Explique. Oates sorriu e Reynaud vi que ele foi um homem bonito antes que a doença tivesse esculpido linhas de sofrimento em seu rosto. —Beatrice é mais querida do que qualquer irmã de sangue poderia ser para mim. Reynaud estreitou os olhos. O homem podia dizer que sua relação com a Srta. Corning era fraternal, mas ela não estava de fato aparentada. Como, então, poderia a sua amizade ser tão inocente como ele alegava? —Então você não teria se casado com ela, mesmo que isso não tivesse acontecido. —ele empurrou o queixo para as pernas em falta do outro homem. A maioria teria se ofendido, mas Oates apenas sorriu. —Não. Embora Beatrice tenha trazido à tona a ideia de casamento


para mim mais do que uma vez. Isso foi um choque desagradável. Reynaud se endireitou. —O quê? E o sorriso de Oates se ampliou, fazendo-o perceber que ele mordeu a isca. —Que jogo você está jogando? —Reynaud rosnou. —Um jogo de vida e morte, amor e ódio. —Oates respondeu suavemente. —Você está balbuciando. —Não. —o sorriso desapareceu abruptamente —Eu estou completamente sério. Você vai cuidar dela. —O quê? —Reynaud fez uma careta. Às vezes inválidos ficam confusos com a dor e os medicamentos que tomam para mascará-la. Estava Oates flutuante em algum entorpecimento induzido por drogas? —Prometa que vai cuidar dela. —disse o outro homem, e embora sua voz estivesse fraca, seu tom de voz segurou o fantasma de comando de um bom policial. —Beatrice é uma mulher especial, alguém para ser valorizada por si mesma. Ela usa uma máscara de praticidade, mas por baixo ela é uma romântica e propensa a desgostos. Não quebre seu coração. Não vou perguntar se você a ama eu duvido que você conheça a si mesmo mas me prometa que vai cuidar dela. Veja que ela seja feliz todos os dias de sua vida. Estabeleça a sua própria vida por ela se for necessário. Prometa. E de repente Reynaud compreendeu. Suas emoções o cegaram para a realidade que estava na frente dele. Ele viu esse olhar nos olhos de outros homens antes, e ele sabia condenadamente bem o que isso significava. Então ele disse de forma simples e sincera: —Eu juro por tudo que me é querido que eu fosse cuidar dela, mantê-la segura, e fazer o meu condenadamente melhor para fazê-la feliz. Oates assentiu. —Eu não posso pedir nada mais. Obrigado. Como ele se atreveu? Beatrice abriu a porta da frente da casa de Jeremy e saiu para mal respirar o ar fresco que precisava. Ela já intimidou Putley a manter silêncio sobre a violenta invasão da casa por Lord Hope, mas ela ainda estava lidando com sua própria reação a suas suspeitas. E de que maneira as suspeitas eram terríveis! Insultuosa tanto para Jeremy como para ela mesma. Quando ela já deu motivos para pensar que ela era uma devassa? E como ele pensou que poderia simplesmente invadir e ditar a ela, ela não sabia. Beatrice bateu seus pés, tanto para se aquecer como para enfatizar sua própria raiva. Havia três homens vadiando na rua abaixo dois companheiros esqueléticos em casacos marrons esfarrapadas e um homem mais alto com casaco na cor preta. O homem mais alto virou-se para olhar para o som sapateando. Seu olho direito rolou para o canto do encaixe, revelando horrivelmente por sua vez a membrana branca do globo ocular. Ela olhou rapidamente para longe do homem pobre. Ela deveria voltar para dentro, mas ela ainda estava com raiva. Ela queria estar composta na próxima vez que visse Lord Hope no melhor para dizer exatamente o que pensava dele. Um carrinho de cerveja passou, chacoalhando sobre os paralelepípedos, e um dos homens vagabundeando gritou algo para o motorista. Atrás dela, a porta se abriu tão rápido que ela quase caiu de costas dentro da casa. Em vez disso, mãos fortes a seguraram. —Eu estive procurando por você por toda a casa. —disse Lord Hope —O que você está fazendo aqui fora? Ela tentou se afastar, mas ele a segurou firme em seus braços. —Eu queria um pouco de ar. Ele olhou para ela incrédulo, e ela não pôde deixar de notar o quanto os cílios estavam grossos sobre seus olhos negros. —No frio? —Acho que é muito refrescante. —disse ela, puxando seus braços novamente —Posso ter a minha pessoa de volta? —Não. —ele murmurou, virando-se para guiá-la a descer as escadas, sua mão ainda segurando um de seus braços. —O quê? —ela exigiu. —Eu não vou deixar você ir. —disse ele —Nunca. —Isso não é engraçado. —Não era para ser. —disse ele loucamente enquanto eles chegaram à rua —Onde está a maldita carruagem? —Virando a esquina não há espaço para ele parar aqui. Você está brincando comigo sobre não me deixar ir? —Eu não faço piadas. —Essa é a coisa mais ridícula que eu já ouvi. —disse ela, alto demais por sua vez —Todo mundo faz piadas, mesmo as pessoas sem senso de humor como você. Puxou o braço que ele ainda segurava, fazendo-a colidir contra seu peito. Rígido. —Eu garanto —ele rosnou em seu rosto – que... Mas algo estranho aconteceu em seguida. Ela sentiu um empurrão por trás, um choque afiado em seu lado. As mãos de Lord Hope apertaram dolorosamente em seus braços, e ela viu que ele estava olhando mortalmente por cima de seu ombro. —O que... —ela começou. Mas ele a empurrou para trás e atrás dele, em direção das escadas da casa enquanto ele tomava sua grande faca debaixo de seu casaco. —Fique aqui dentro! E ela viu, horrivelmente, que os três homens vadios estavam avançando para ele. Seu líder, o homem com o olho faltando, tinha uma faca na mão, e havia sangue na lâmina. Beatrice gritou. —Fique dentro! —Lord Hope gritou novamente, e se lançou para o líder.


O grande homem ergueu a faca ensanguentada para atacar o Visconde. Mas Lord Hope pegou seu pulso, parando o golpe, assim como ele cortou a barriga do homem. O líder segurou sua barriga e pulou para trás, sua camisa e colete em tiras. Um segundo homem, sem chapéu e careca, passou os braços sobre Lord Hope por trás, prendendo seus braços. O homem forte sorriu e avançou para atacar novamente. O Visconde grunhiu e puxou seu braço esquerdo livre na hora certa, bloqueando a faca com o braço. A lâmina da faca cortou a manga da camisa, e sangue espirrou em um arco fino através da rua. Beatrice cobriu a boca e se sentou de repente nos degraus da casa. Pontos pretos nadavam na frente de seus olhos. Um homem gritou e ela olhou para cima. O homem careca caiu no chão e estava segurando seu lado ensanguentado. Lord Hope estava lutando com o líder de novo, enquanto o terceiro homem levantou o punhal nas costas do Visconde. Beatrice tentou gritar um aviso, mas não conseguiu. Era como se ela estivesse em um pesadelo. Sua garganta trabalhou, mas nenhum som saiu. Ela só podia assistir com horror. A faca desceu, mas o líder tropeçou para trás sob o ataque feroz de Lord Hope, trazendo o Visconde com ele, e a faca se perdeu. Lord Hope de repente se virou, arrastando o líder com ele, e empurrou o homem para o atacante atrás dele. Os dois homens caíram no chão em um emaranhado de pernas e braços. O líder estava sangrando de um corte terrível na cabeça, e sua orelha parecia estar balançando. Lord Hope se endireitou e avançou sobre os homens caídos, com uma intenção, passo mortal, como um lobo avistando uma lebre ferida. Ele usava um sorriso guerreiro enquanto ele avançava, selvagem e alegre. Sua grande faca estava levantada, a lâmina sangrenta agora, também. Seus dentes arreganhados eram brancos contra sua pele morena. Os homens no chão pareciam mais civilizados do que ele. E então tão repentinamente quanto começou, tudo estava acabado. O homem gordo e seu comparsa misturados entre seus pés, pegaram o terceiro homem com o lado sangrando em seus braços, e baixaram ao outro lado da rua, quase debaixo do nariz de uma parelha de cavalos que puxavam um carrinho pesado. O motorista berrou do abuso. Lord Hope deu um passo correndo como se tentado a dar perseguição, mas então ele parou. Ele embainhou a faca com um olhar de nojo. Ele se virou para ela, sua expressão ainda selvagem, mas tudo o que Beatrice podia ver era sua mão esquerda, pingando sangue no chão. —Por que você não entrou na casa? —ele exigiu. Ela olhou aturdida. —O quê? —Eu dei uma ordem. Por que diabos você não a seguiu? Seu ferimento era tudo em que ela podia pensar. Ela levantou sua própria mão direita para pegar a dele. Mas algo estava errado. Sua mão já estava sangrando. —Beatrice! Ela franziu a testa para sua mão, confusa. —Oh, o sangue. E então o mundo fez um giro vertiginoso, e ela não sabia mais nada.

Capítulo 09 —Eu sou a Princesa Serenity. —a dama disse quando Longa Espada a colocou sobre seus pés. —Meu pai é o rei desta terra, mas tem uma bruxa malvada que vive nas montanhas perto aqui. A bruxa disse ao meu pai que se ele não pagar um tributo anual, ela iria destruí-lo e a este reino. Meu pai pagou o tributo do ano passado, mas este ano ele se recusou. A bruxa mandou aquele dragão para roubar o meu pai e trazê-lo para ela. Quando eu andava com um grupo de cavaleiros para resgatar o meu pai, o dragão veio e matou todos que tentaram me salvar. – A Princesa Serenity colocou uma pequena mão branca no braço de Longa Espada —A bruxa vai matar o meu pai, no dia seguinte, se eu não resgatá-lo. Você vai me ajudar? – Longa Espada olhou para o dragão morto, para a branca mão em sua manga, e para dentro da Princesa Serenity dos olhos azul-mar, mas ele decidiu sobre a sua resposta antes até dela ter falado. —Eu vou ajudá-la... De Longa Espada, o guerreiro —Beatrice! —Reynaud gritou novamente, embora ele soubesse que ela não podia ouvir. Ela desmaiou, caindo para o lado esquerdo na escada. Na palma da mão manchada de sangue do seu lado direito e foi revelada, e a visão o encheu de um terror irracional. E ele viu muito mais sangue na batalha viu feridas horríveis, homens sem braços ou pernas, corpos despedaçados e nunca perdeu sua compostura. No entanto, suas mãos tremiam quando ele a alcançou. Ela era tão leve quanto uma criança quando ele a ergueu em seus braços. Ele sentiu o tecido molhado contra seus dedos o sangue estava encharcado suas saias também e por um momento ele congelou, com medo de que ela estivesse morrendo. Seus escuros olhos castanhos olhavam através de uma máscara de sangue, embrutecido e sem brilho. Ele foi tarde demais. Não. Não, esta mulher não podia morrer. Ele não permitiria isso. Elementos agarraram contra seu peito e se virou para onde ela disse que o carro estava à espera. Não confiava nessa área


os atacantes, quem quer que fossem, sabiam que ele estaria aqui. Ele precisava levá-la para longe. Necessário levá-la para sua própria casa. Lá poderia protegê-la e cuidar dela, e ela estaria a salvo. Ele correu casas passando casas, seu coração batendo em seu peito. Ela gemeu e agarrou o colete, mas não abriu seus olhos. Ali! Ele viu a carruagem de Blanchard quando ele virou uma esquina e correu em sua direção gritando uma ordem para o cocheiro. Ele viu os olhos do homem arregalados, o rosto assustado do lacaio, e saltou para dentro da carruagem sem diminuir seu passo. —Vá! —ele gritou, e a carruagem cambaleou em movimento, o cocheiro blasfemando aos cavalos. Ele a manteve em seu colo e olhou para seu rosto. Este estava branco como farinha, tão pálida que pequenas sardas que ele nunca notou antes se destacaram em suas bochechas. Oh, Deus, não deixe que isso aconteça. Ele tirou uma mecha de cabelo de seus olhos, mas sua mão estava sangrando, e ele só conseguiu enrubescer sua testa. Droga. Ele precisava ver o quão ruim era à ferida. Reynaud alcançou debaixo do casaco e tirou a faca. O carro balançava enquanto eles viraram uma esquina, e ele se fortaleceu com os pés e cotovelos. Cuidadosamente, ele cortou através do vestido, espartilho e camisa, de baixo em seu quadril para a parte superior do corpete, tanto na parte de trás como na frente. Ele puxou o tecido longe e viu o ferimento. Era um corte de cinco centímetros do seu lado direito justo para as costas, cru e feio contra a extensão de sua pele pálida suave. Os assassinos foram apontando para ele e a pegaram seu lugar enquanto ele a segurava na frente de si mesmo, um inadvertido escudo. O sangue fresco fluiu vermelho claro e brilhante da ferida. O tecido prendeu, e ele reabriu a ferida quando ele o puxou para longe. Ele praguejou baixinho e cortou uma faixa de suas anáguas, fez um chumaço e o pressionou contra a ferida. Ele passou o outro braço sobre seus ombros e a segurou perto de si, com a cabeça sob seu queixo. Ela era tão suave, tão pequena em seus braços, e ele podia sentir o sangue molhar o curativo amassado, molhando seus dedos. —Vamos lá. —ele sussurrou. Lá fora, casas e lojas passavam por perto. Eles estavam fazendo um bom tempo, mas eles ainda não estavam em sua casa da cidade. O cocheiro gritou alguma coisa, e todo o carro balançou muito. Reynaud deslizou pelo assento, colidindo com o lado da carruagem dolorosamente, tentando amortecer o movimento com seu corpo. Beatrice gemeu. —Droga. Droga. Droga. —ele acariciou justo o cabelo com a mão que a segurava e pressionou sua boca aberta contra sua testa, sussurrando: —Se mantenha firme. Apenas mantenha-se firme. A carruagem parou, e ele estava com Beatrice em seus braços antes que o lacaio tivesse a porta totalmente aberta. —Vire de costas. —ele agarrou ao homem boquiaberto. Reynaud saiu da carruagem, consciente de que Beatrice estava quase nua da cintura para cima. Ele saltou as escadas da entrada da casa, enquanto o mordomo abria a porta. —Envie um médico. – ele disse encarando o mordomo —E eu vou precisar de água quente e panos limpos no quarto da Srta. Corning ao mesmo tempo. Ele começou a subir as escadas, mas foi bloqueado por St. Aubyn descendo. —Beatrice! —rosto naturalmente vermelho do homem mais velho empalideceu —O que você fez com a minha sobrinha? —Ela foi esfaqueada. —Reynaud respondeu secamente. Apenas a preocupação na voz do outro homem o impediu de empurrá-lo para o lado. —Não por mim. —Meu Deus! —Deixe-me passar. St. Aubyn caiu para trás, e Reynaud ultrapassou-o, subindo os degraus o mais rápido possível. O quarto de Beatrice era dois andares acima. Ele podia ouvir seu tio ofegante atrás dele. No momento em que ele chegou ao seu quarto, à porta estava aberta e sua empregada estava voltando da cama. —Senhor, tem piedade... —a mulher murmurou. Ela era de aparência tipo capataz, pequena, ruiva e resistente. —Sua senhora foi esfaqueada. —Reynaud disse a ela —Ajude-me a tirar seu vestido fora. —Agora, olhe aqui! —St. Aubyn balbuciou da porta —Você não pode fazer isso! —Ela está sangrando. —disse Reynaud, baixa e intensamente —Eu posso segurar a bandagem enquanto a empregada trabalha. Ou você prefere preservar a modéstia de sua sobrinha e deixá-la sangrar até a morte? St. Aubyn engoliu em seco, mas não disse nada, com os olhos fixos no rosto de Beatrice. Reynaud acenou para a empregada, e St. Aubyn se virou com um murmúrio e fechou a porta quando ela começou a tirar fora o vestido de Beatrice. Um cavalheiro teria desviou os olhos, mas Reynaud não era um cavalheiro já há algum tempo. Ele observou enquanto a empregada desnudava Beatrice. Seus seios eram altos e redondos, os mamilos de um rosa bonito. A empregada tirou o vestido por suas pernas, e ele olhou com possessão para o triângulo feminino, tão vulnerável, tão doce, repleto de pelos dourados escuro. Esta era a sua mulher, e ele não conseguiu protegê-la. A empregada puxou as cobertas sobre os seios de Beatrice e um braço, deixando-a do lado direito nua para que ele pudesse pressionar o pano agora encharcado contra o ferimento. —Onde está o maldito médico. —ele rosnou. Nenhum som veio dos lábios de Beatrice enquanto a empregada a movia. Ela


dormia profundamente. —Reforce o fogo na lareira. —ele ordenou a empregada. —Sim, meu senhor. —ela correu para a lareira e amontoou brasas sobre as brasas de lá. —Qual é o seu nome? —ele perguntou quando ela voltou para a cama, tanto para se distrair como mais alguma coisa. —Quick, meu senhor. —disse ela. —Há quanto tempo você está com sua senhora? —sua mente estava correndo em círculos, como um rato preso em uma jarra de vidro. Onde estava o médico? Quanto sangue ela teria perdido? Estava o sangramento estancado? —Oito anos, meu senhor. —respondeu rápido —Eu estive com a Srta. Corning desde que ela saiu. —Há muito tempo, então. —disse ele, distraído. Ele colocou a palma de sua mão contra o rosto de Beatrice. Ainda quente. Ainda vivo. —Sim, meu senhor. —a empregada sussurrou —Ela é uma patroa tão gentil. A porta se abriu e vários lacaios entraram com panos e água quente. Um deles era Henry, olhando sombrio para a visão de sua patroa inconsciente. —Será que o médico foi chamado? —Reynaud perguntou a ele. —Sim, meu Lord. —respondeu ele —Logo de cara e foi enviado urgente e Lord Blanchard desceu para esperar por ele. Reynaud assentiu. —Traga um pano novo aqui. —Será que ela vai ficar bem, meu senhor? —Henry perguntou quando deu o pano. —Deus, eu espero que sim. —respondeu Reynaud. Ele substituiu o pedaço rasgado do saiote pelo pano limpo. A ferida estava apenas escorrendo agora. Isso, pelo menos, era bom. Ele fechou os olhos. Se ele ainda acreditasse na oração, ele estaria de joelhos agora. A comoção nas escadas o fez levantar a cabeça. Um homem alto e magro, com uma peruca cinza entrou no quarto, seguido de perto por St. Aubyn. O médico deu uma olhada abrangente em Beatrice e, em seguida, virou-se para Reynaud. —Como ela está? —Ela não acordou de seu desmaio. —disse Reynaud —Mas o sangramento está desacelerando. —Bom. Muito bom. Uma facada, me foi dito? —o médico se aproximou —Posso? Reynaud soltou o curativo, o médico o levantou, fazendo murmúrios de aprovação. —Sim. Sim, eu vejo. Apenas um poucos centímetros e não é profundo, eu acho. Bom. Vamos fechá-la enquanto ela ainda dorme. Traga-me a água. Este último pedido foi dito a Henry, que trouxe uma bacia por cima. Reynaud levantou-se para dar lugar ao médico, sentindo-se extraordinariamente inútil. O médico salpicou água sobre a ferida e limpou o sangue. —É preciso fazer a costura. —ele pegou uma agulha já esterilizada de sua bolsa. —Você pode segurar as bordas juntas? —ele perguntou a empregada. Ela empalideceu. —Eu vou fazer isso. —Reynaud murmurou. Ele gentilmente apertou a ferida fechada. —Ah. Bom. —o médico inseriu a agulha na carne de Beatrice. Reynaud fez uma careta quando o sangue jorrou fresco em torno da picada da agulha. Beatrice gemeu. – Depressa. —ele sussurrou ao médico. Vê-la com dor iria desfazer ele agora. —A pressa deixa resíduos. —murmurou o médico, puxando cuidadosamente o fio sangrento completamente. Ele colocou o segundo ponto, movendo-se deliberadamente. —Cristo! —St. Aubyn murmurou. Reynaud olhou para cima. O rosto do usurpador estava pastoso, e pela primeira vez ele sentiu pena do homem, St. Aubyn parecia doente de preocupação por sua sobrinha. Reynaud olhou novamente para onde a agulha do médico estava cutucando a carne tenra. —Não há necessidade de muitos aqui. Todos vocês vão, exceto para o Conde e Quick. Pés se arrastaram até a porta. —Só mais um para fechá-lo completamente. —disse o médico. Beatrice gemeu novamente. —Você pode segurar seus ombros? —Reynaud disse firmemente para a empregada —Não deixe que se movimente. —Sim, meu Lord. —ela foi até a cabeceira da cama.


O médico deu um nó, lentamente e com cuidado. Reynaud franziu a testa e com as mãos, em silêncio, pedindo para se apressar. —Isto está feito. —disse o médico finalmente, e cortou o fio. —Graças a Deus. —Reynaud sentiu uma gota de suor deslizar pelo seu rosto. —Nós vamos fazer um curativo, —disse o médico rapidamente —e em seguida, ele está nas mãos de Deus. Reynaud balançou a cabeça e se levantou, observando de perto como o médico fazia exatamente isso. Ele sacou uma garrafa de alguma poção de sua bolsa, deu instruções para administrar o medicamento quando a paciente acordasse, e então deixou o quarto tão abruptamente como chegou. O usurpador seguiu para fora do quarto, provavelmente para acompanhá-lo até a porta, e Reynaud virou-se para Quick. —Vamos deixá-la confortável. A empregada acenou com a cabeça e trouxe uma nova bacia de água. Ela limpou e secou a área ao redor do curativo enquanto Reynaud gentilmente enxugava o rosto de Beatrice com um pano limpo. Ela ainda não acordou, e ele franziu o cenho enquanto tirava as fivelas de seu cabelo e penteava seus louros cachos sobre o travesseiro de linho. Pelo menos ela não parecia como se ela estivesse com alguma dor. —Ela está tão confortável como ela pode estar, meu Lord. —disse Quick —Eu vou ficar aqui se... —Não. —ele disse rapidamente, interrompendo-a —Eu vou ficar. Deixe-nos, por favor. A empregada o olhou incerta, por um momento, mas quando Reynaud olhou para ela, ela fez uma reverência e saiu do quarto, fechando a porta atrás dela. Reynaud desembainhou a faca e colocou-o em cima da mesa-de-cabeceira. Ele tirou a peruca e colocou sobre uma cadeira. Então ele tirou as botas e subiu na cama. Com cuidado, com ternura, ele trouxe Beatrice para ele, seu lado ileso contra ele enquanto ele estava deitado. Ele afastou seu cabelo do rosto, sentindo-se impotente. Toda a sua força, toda a sua determinação, não importava nem um pouco aqui. Cabia a Beatrice e a força que ela tinha. —Acorda, amor... —ele sussurrou em seu cabelo —Deus, por favor, acorde. Havia algo quente contra seu lado. Grande e quente e, oh! muito bom para deitar ao lado. Beatrice se deslocou um pouco, com a intenção de enterrar o nariz no calor, mas algo cutucou profundo em seu lado direito. – Ouch. —Não se mova. —seus olhos se abriram com a voz profunda e, por um momento, ela simplesmente olhou para os olhos negros enquadrados pelas grossas pestanas pretas. Ele tinha esses cílios bonitos, que quase provocava ciúmes. Por que um homem devia ter... Sua mente paralisou sobre o pensamento e, então, cuidadosamente refez seus passos. Um homem... Beatrice piscou para Lord Hope. —O que você está fazendo na minha cama? —Cuidando de você. As palavras eram suaves, mas seu rosto não era. Ela estudou-o preguiçosamente, muito cansada de alguma forma para se levantar. Ele tirou a sua peruca, e seu cabelo na cabeça tosquiada era quase do mesmo tamanho que a barba no queixo. Esta era elegante e plana contra sua cabeça. Ela queria tocá-lo, para ver se o cabelo era suave ou espinhoso. Os três pássaros voavam sobre seu olho direito, todos semelhantes, mas todos um pouco diferentes. E seus olhos de meia-noite assistiam-na de volta, as sobrancelhas franzidas como se com preocupação. —Por que você precisa cuidar de mim? —ela sussurrou. —Você se machucou, —disse ele —e foi minha culpa. —Como? —Havia três assassinos fora da casa de Jeremy Oates. Ela se lembrou de agora do homem com a bandagem no olho e dos outros dois homens menores, vadiando. —Por quê? Por que eles estavam lá? —Para me matar. —disse ele severamente. Ela estendeu a mão e tocou uma das tatuagens de aves perto de seu olho. —Por que é que alguém está tentando mata-lo? Você sabe? Ele fechou os olhos ao toque dela. —Não, eu não sei. Vale acha que é alguém do nosso passado. —Eu não entendo. – ela disse e deixou cair sua mão. —Eu também não. —ele abriu os olhos, que estavam em chamas pretas. —Tudo o que sei é que é minha culpa que você esteja ferida. Ela franziu a testa, ainda confusa. —Mas por que isto é culpa sua? —Eu falhei protegê-la. —disse ele. Ela ergueu as sobrancelhas assombrosamente. —Esse é o seu trabalho? Proteger-me? —Sim. —disse ele —É. E ele abaixou a cabeça muito lentamente em sua direção. Ela o viu se aproximando, as aves ficando cada vez mais perto, e ela pensou Ele vai me beijar. E então ele beijou.


Seus lábios eram muito mais suave do que ela teria pensado, e eles se moveram sobre os dela suavemente, mas com firmeza. Ele a beijou uma vez antes, mas esse tempo foi tão rápido que ela mal teve tempo para assimilar as sensações. Desta vez, ela podia. Suas bochechas eriçadas arranharam as dela, mas ela não se importava. Ela estava presa na sensação de sua boca, o cheiro de seu pescoço quente e masculino e o som de sua respiração vindo mais rápido enquanto ele a beijava. Ele passou sua língua preguiçosamente sobre os lábios, e ela ficou tão encantada que os separou, deixando-o entrar. Ele surgiu em sua boca, saboreando do homem, e ela gemeu, baixinho, só um pouco, mas foi o suficiente para ele recuar para trás. —Eu estou te machucando. —disse ele, franzindo o cenho. —Não. —ela respondeu, mas já era tarde demais. Ele rolou para fora da cama, levando consigo todo o seu glorioso calor e a sua boca mágica. Beatrice fez beicinho. —Vou enviar sua empregada . —disse ele, enquanto calçava suas botas —Você gostaria de alguma coisa? Chá? Algum caldo? —Eu gostaria de um pouco de chá. —ela respondeu. Ela olhou para a janela, mas as cortinas estavam puxadas. —Que horas são? —Quase noite. —disse ele —Você dormiu o dia todo. —Eu fiz? —como era estranho se lembrar da manhã e depois nada até o anoitecer. O pensamento correu em seu cérebro. —Você se machucou! Ele se virou para olhar para ela. —O quê? —Seu braço. Eu vi um dos homens cortar seu braço. —Isto? —ele empurrou a manga de seu casaco para revelar uma camisa rasgada e manchada de ferrugem. —Sim, isso! —ela estava lutando para se sentar agora —Por que você não viu isso? Ele a empurrou suavemente de volta para baixo. —Porque isto não é para qualquer preocupação. —Talvez não para você... —Silêncio. —seu olhar estava bastante feroz. —Você já teve um dia estressante, e sua ferida deve doer. D escanse agora e eu vou vir vê-la quando você estiver devidamente vestida. Ele saiu do quarto com maestria. Devidamente vestida? Beatrice franziu as sobrancelhas e só então percebeu que ela não tinha uma peça de roupa por baixo das cobertas. Oh, meu Deus. Já passava das dez pelo tempo que Reynaud levou para chegar à casa de Vale e começar a bater na porta. Era muito cedo para Vale ter retornado se ele estava em um evento social, tarde demais para ele estar recebendo, se ele fo sse passar uma noite rara em casa. Reynaud bateu de qualquer maneira. Vale era o seu único aliado, tanto quanto ele podia ver, e sse era o momento em que ele precisava de um aliado. A porta se abriu para revelar o rosto de um mordomo em desaprovação, cuja expressão só modificou um pouco quando viu que era um cavalheiro batendo. —Senhor? Reynaud empurrou os ombros ao passar pelo homem. Dane-se se ele ficaria no degrau como um mendigo. — Esta é a casa do Visconde Vale? As sobrancelhas do mordomo abaixaram. —Lord e Lady Vale não estão recebendo esta noite. Talvez se você... —Eu não vou voltar amanhã. – Reynaud o interrompeu —Ou você vai acordá-lo aonde quer que seja, ou eu vou acordá-lo por mim mesmo. O mordomo ergueu-se e bufou. —Se você puder esperar na sala de estar, meu senhor... Reynaud caminhou até a sala indicada e passou os próximos dez minutos andando de um lado para o outro. Ele estava prestes a desistir e ir ele mesmo encontrar Vale quando a porta se abriu. Vale entrou, bocejando e se envolvendo no meio de um robe. —Tanto quanto eu estou feliz que você tenha voltado dos mortos, meu velho, eu realmente devo insistir que eu reservo minhas noites em casa para minha esposa. —Isso é importante. —Também é a harmonia conjugal. —Vale foi até uma bandeja com uma garrafa e copos. Ele ergueu a garrafa. —Brandy? —Beatrice foi esfaqueada esta manhã. Vale fez uma pausa, a garrafa ainda em sua mão. —Beatrice? Reynaud acenou com uma mão impaciente. —Srta. Corning. Ela ficou no caminho de uma tentativa de assassinato contra mim. —Bom Deus! —Vale disse suavemente —Ela está bem? —Ela desmaiou e sangrava bastante em profusão. —murmurou Reynaud. A imagem da pele macia de Beatrice violada ainda estava fresca em sua mente. —Mas ela acordou apenas uma hora atrás e parecia estar em seu juízo perfeito. —Graças a Deus! —Vale derramou um pouco de conhaque em um copo e tomou um gole. —E quanto estreitamente perto de você está à prima Beatrice?


Reynaud deu uma olhada. —Não tão perto. —Fico feliz em ouvir isso. —Vale caiu em uma cadeira acolchoada —Eu espero que ela se recupere totalmente para que você possa, em seguida, propor casamento a ela. Porque eu te digo agora, matrimônio realmente é um estado abençoado, apreciado por todos os homens de bom senso e a meio caminho adequado das habilidades de quarto. —Obrigado por esse pensamento edificante. —Reynaud rosnou. Vale acenou com o copo. —Não foi nada. Eu pergunto, você não se esqueceu de como tratar uma mulher na cama, não é? —Oh, pelo amor de Deus! —Você esteve fora da sociedade refinada por anos e anos. Eu poderia dar algumas dicas, se você precisar delas. Os olhos de Reynaud se estreitaram. – Isto vindo do homem que eu tive que salvar de uma prostituta irada quando tínhamos dezessete anos? —Meu Deus, eu esqueci o incidente. —Eu não tinha. —Reynaud murmurou —Ela tinha um grande brutamontes como cafetão. —Sim, bem, seu argumento foi com fato de que eu me recusei a pagar o triplo de seu preço quando seu cafetão apareceu, não com minhas habilidades de cama. —Vale ressal tou —Mesmo aos dezessete anos, eu poderia ter mostrado a você um truque ou dois... —Jasper! —Reynaud rosnou em advertência. Vale escondeu um sorriso em seu copo e depois ficou sério quando ele o abaixou. —Quem eram os assassinos? Reynaud se jogou em uma cadeira. —Três bandidos, não muito hábeis nisso, eu acho. Eles eram liderados por um homem com uma pronunciada e uma bandana no rosto. —É mesmo? —Vale inclinou a cabeça para trás para olhar para o teto —Será que ele tem outras características interessantes que podem fazê-lo reconhecível? —Alto, rápido e sabia como usar uma faca. —Reynaud encolheu os ombros —Não há muito mais, eu estou com medo. —A cor do seu cabelo? —Marrom. —Ah. —Vale pensou por um momento —Vou enviar outra carta para Munroe. Precisamos dele aqui. Reynaud fez uma careta. —Você acha que o ataque contra mim de alguma forma está relacionado com o que aconteceu há sete anos? —Eu acho. —Por quê? —Olhe aqui. —Vale sento u à frente em sua cadeira, não mais como aristocrata preguiçoso, mas um homem de intensa inteligência. —Eu pensei que iria bater num beco sem saída para encontrar o traidor de Spinner’s Falls. E então você chega a casa, e no espaço de pouco mais de uma semana, duas tentativas foram feitas contra a sua vida. Isto é extraordinário! —Fico feliz em trazer um pouco de alegria. —Reynaud murmurou. Vale ignorou o sarcasmo. —Estou mais convencido do que nunca que você tem informações importantes de modo que exponham o traidor ou o tornem vulnerável de alguma forma. —Então você inteiramente abandona a ideia de que St. Aubyn esteja por trás dos ataques? —Reynaud já havia chegado a esta conclusão, mas ele queria ouvir os pensamentos de Vale. O outro homem sacudiu a cabeça. —Blanchard é um fanfarrão pomposo, mas ele tem inteligência suficiente para não fazer uma tentativa contra sua vida. Além disso, eu sei que você não gosta do homem, mas ele nunca me pareceu tão completamente desprovido de moral para contratar um assassino. Reynaud fez uma careta. —Isso é... —Além disso, por que Blanchard arriscaria te matar quando você deu a tal linda forragem de fofocas na outra noite? Reynaud virou para encarar o amigo. —Eu compreendo. —Vale encolheu os ombros —Mas você tem que admitir que suas travessuras na pista de dança não fizeram nada para ajudar a sua causa. —Estamos falando de Blanchard... Vale acenou com a mão, interrompendo-o. —Blanchard não é o ponto. Estamos chegando mais perto do traidor de Spinner’s Falls. Como eu não estou certo, mas temos que estar, a julgar por esses ataques contra você. Se conseguirmos trazer Munroe aqui e colocarmos nossas cabeças juntas, talvez possamos resolver isto de uma vez por todas. —Muito bem. —Reynaud disse lentamente —Mas talvez devêssemos enviar um mensageiro. Um cavaleiro iria chegar à Escócia antes que o correio. Ou você prefere ir sozinho? —Vamos enviar um mensageiro com uma carta. —Vale pulou e foi remexer em uma mesa, como se tivesse a intenção de escrever a carta naquele momento. —Quando isso acontece, eu não quero sair de Londres no momento. Reynaud olhou para ele interrogativamente e ficou surpreso ao ver um leve rubor subir ao rosto de seu velho amigo. —Minha esposa é, ah, está esperando o sexto Visconde Vale. —o outro homem murmurou —Ou talvez apenas uma honrosa senhorita não que eu me importo nem um pouco em ambos os casos. Eu só quero um bebê com todos os seus dedos e


que não se pareça muito com seu pai. Reynaud sorriu. —Parabéns, cara! —Sim, bem. —Vale pigarreou —Ela está um pouco nervosa sobre a coisa toda, então estamos mantendo o assunto em sigilo enquanto podemos. Você entende? —É claro. —Reynaud fez uma careta. Melisande parecia saudável o suficiente, mas muitas coisas podem dar errado em uma gravidez. —E, enquanto isso, —Vale disse como se feliz por deixar o assunto —enquanto esperamos por Munroe, eu acho que seria prudente fazer algumas perguntas a respeito de seus atacantes. Londres é um lugar enorme, mas não pode ter muitos assassinos com bandanas para contratar. —Obrigado. —disse Reynaud, e pela primeira vez em muitos, muitos anos, sentiu como se um amigo estivesse em suas costas. Agora, ele só poderia manter Beatrice segura. —Conte-me uma história. —disse Beatrice. Ela estava na cama no quarto dia de deitar na cama para descansar e ela estava entediada além da razão. Ela usava um vestido de dia confortável e se sentou contra os travesseiros, mas ela estava definitivamente confinada a sua cama. —Que tipo de história? —Lord Hope disse isso distraidamente. Ele estava em uma cadeira ao lado da cama, supostamente para fazer companhia, mas ele tinha uma pilha de papéis de seus advogados, e ele os estava lendo ao invés disso. —Você poderia me contar sobre a primeira vez que fez amor com uma mulher. —disse ela em tom de conversa. Houve uma pausa, durante a qual ela estava certa de que ele não a ouviu falar, e então ele olhou para cima. Seus olhos negros brilhavam, e agora ela sabia que ele a ouviu falar. —Você ainda está se recuperando, então eu acho que nós podemos querer reservar a história particular para outro momento. —Como é decepcionante. —disse ela, olhando timidamente. Ele limpou a garganta. —Talvez algo pode diverti-la. —Assim como? Ele deu de ombros. —Gostaria de ouvir sobre a vida militar? Ou o que Vale e eu fazíamos na sala de aula? Ela inclinou a cabeça. —Eu adoraria ouvir sobre essas histórias em algum momento. Mas agora eu estou querendo saber sobre o seu tempo com os índios. Ele olhou para seus papéis, uma pequena carranca entre as sobrancelhas. —Eu já disse: Eu fui capturado e feito um escravo. Não há muito mais o que falar. Ela estudou-o, ciente de que seria educado deixar passar o assunto. A história de como ele foi capturado e levado para o acampamento indígena era angustiante. Ele, obviamente, não queria falar sobre seu cativeiro. Mas ela também sabia de alguma forma, sem explicação lógica que ele estava mentindo. Havia mais, muito mais, em sua história. Pena de sete anos inteiros. O tempo durante o qual ele se transformou a partir do menino rindo no retrato ao homem duro diante dela. Ela precisava ouvir o que aconteceu, e talvez ele precisasse de alguma forma dizer. —Por favor? —ela perguntou em voz baixa. Por um momento, ela tinha certeza que ele ia se negar. Em seguida, ele atirou os papéis para baixo. —Muito bem. —Obrigada. Ele olhou para o espaço por um tempo. Então ele piscou os olhos e disse: —Sim, bem. Gaho me queria, porque ela precisava de outro caçador para sua família. Devo explicar que alguns índios têm uma tradição interessante. Eles levam prisioneiros de guerra ou ataques e os colocam cerimonialmente em sua família. Por isso, tomei a posição que um filho teria preenchido na família de Gaho. —Então, ela era sua mãe adotiva? —Apenas em teoria. — a boca de Reynaud se torceu —Eu era, para todos os efeitos práticos, um escravo. —Oh. —novamente ela pensou que deve ter sido um terrível golpe para seu orgulho, ir de ser um Visconde e um oficial do exército de Sua Majestade a ser considerado como um escravo. —Ela me tratou muito bem. —ele estava olhando cegamente para fora da janela de seu quarto —Certamente melhor do que às vezes tratamos nossos prisioneiros de guerra. E, claro, eu estava feliz de não ter sido executado. Mas, no final, eu era um escravo, sem controle sobre a minha própria vida. Por um momento ele ficou quieto. —Quais eram os seus deveres? —ela perguntou. —Caçador. —ele olhou para ela, sua boca torcida —Eu descobri depois de um tempo que ao mesmo tempo a aldeia foi muito maior, mas a tribo foi dizimada pela febre, alguns anos antes. Onde antes havia muitos homens capazes de fornecer carne durante o inverno, agora havia apenas um punhado. Eu saí com o marido de Gaho, outro homem mais velho que chamávamos tio, e Sastaretsi. Ela estremeceu. —Isso deve ter sido horrível, ter que caçar com o homem que tinha a intenção de matá-lo.


—Eu assisti a minha volta o tempo todo. —E se você tentasse escapar? Ele olhou para seus papéis. —Eu pensava em fugir constantemente. Todas as noites, quando eles amarravam minhas mãos e me prendiam ao chão, pensava nas maneiras que eu poderia praticar em nós. Minhas unhas cresceram de volta, mas logo percebi que eu não seria capaz de sobreviver por muito tempo por mim mesmo. Não no auge do inverno, quando a carne era escassa e toda a aldeia estava em perigo de morrer de fome. Esse país é vasto e selvagem. A neve pode chegar tão profundo quanto o peito de um homem. Eu estava a centenas de quilômetros em território mantido francês. Beatrice estremeceu. —Parece brutal. Ele acenou com a cabeça. —Era tão frio que meus cílios congelaram quando fomos caçar. —O que você caçava? —Tudo o que nós poderíamos encontrar. —disse ele —Veado, guaxinim, esquilos, urso... —Urso. —ela torceu o nariz —Você não o comeu, não é? Ele riu. —Leva algum tempo para se acostumar, mas, sim... A porta se abriu, interrompendo-o. Quick entrou com uma bandeja de chá. —Aqui está uma coisa para você, menina. —ela colocou a bandeja ao lado da cama —Ah, e um recado para você, meu Lord. Ela entregou um pedaço de papel dobrado de Lord Hope. Beatrice observou-o enquanto ela tomava uma xícara de chá de Quick. Lord Hope franziu as sobrancelhas enquanto lia, e então ele amassou o papel e jogou-o no fogo. —Não más notícias, espero. —disse ela levemente. —Não. Nada para você se preocupar. —ele se levantou de sua cadeira —Na verdade, você devia estar descansando agora. Eu estarei fora resolvendo sobre alguns negócios. —Estive descansando por quatro dias... —ela falou para as costas largas. Ele apenas sorriu por cima do ombro e fechou a porta atrás de si. —Estou cansada de deitar na cama. —ela se queixou com Quick. —Sim, senhorita, mas Lord Hope disse quanto você deve ficar lá, mais um ou dois dias. —Quando todo mundo começar a ouvi-lo? —Beatrice murmurou infantilmente. Mas Quick considerou a pergunta solenemente. —Acho que desde quando ele assumiu a responsabilidade de Henry depois que ele foi ferido, senhorita. E então ele parecia saber exatamente o que fazer quando você está ferido. —a empregada encolheu os ombros —Eu sei que ele não é oficialmente o Conde ainda, senhorita, mas é difícil não tratá-lo dessa forma. —Ele parece ter caído naturalmente no papel. —Beatrice murmurou. Na última semana, Lord Hope supervisionou seus cuidados médicos. Além disso, a partir do que ela podia dizer pelas cartas que ele leu e as conversas que ela ouviu entre os servos, ele parecia estar recebendo relatórios das várias propriedades e participações Blanchard. Relatórios que normalmente iriam para seu tio. Ela não viu tio Reggie desde a manhã depois de ter sido atacada, e agora ela se perguntava um tanto culpada como ele estava passando. Não importava o quanto tio Reggie protestou, tudo estava mudando para ele. Devia ser difícil para ele. Ainda mais difícil já que ele parecia ter a ideia de que ela estava apenas do lado de Lord Hope. Se dependesse dela, ela estaria de ambos os lados... se ao menos eles a deixassem. Beatrice suspirou. Ela estava cansada de deitar na cama, cansada de só ouvir falar de novidades e eventos em vez de vivêlos. —Eu vou me levantar. Quick parecia alarmada. – Lord Hope disse... —Lord Hope não é o meu mestre. —Beatrice disse arrogantemente, e jogou as cobertas de lado – Tenha a carruagem pronta de volta. Quarenta e cinco minutos mais tarde, ela estava rodando por Londres no caminho para a casa de Jeremy. Ela não o viu desde o ataque, e ela estava começando a ficar um pouco preocupada. Lottie enviou uma nota a cada dia e um adorável buquê de flores, mas Beatrice não recebeu nenhuma palavra de Jeremy. Ele teria ouvido falar que ela foi ferida? No momento em que o carro parou em frente da casa de Jeremy, o céu escureceu, ameaçando chuva. Beatrice saiu do carro e correu até os degraus da casa e bateu à porta. Ela olhou para as nuvens negras em cima enquanto ela esperava, desejando que Putley se apressasse. Quando, finalmente, ele abriu a porta, ela se fez passar por ele, dizendo: —Boa tarde, Putley. Eu não vou ficar muito tempo. —Um momento, senhorita. —o mordomo engasgou. —Oh, realmente, Putley, depois de todo esse tempo, você não pode pelo menos fingir que me conhece? —ela sorriu para ele, mas, em seguida, seu sorriso caiu de seu rosto tão completamente como se nunca tivesse estado ali. O rosto do mordomo estava cinza. —O que é isso? —ela sussurrou. —Sinto muito. —disse ele, e pela primeira vez ele se desculpou. Que só fez aumentar o pânico em seu peito. —Não. Deixe-me entrar. Deixe-me vê-lo.


—Eu não posso, senhorita. —disse o velho mordomo —Sr. Oates está morto. Morto e enterrado.

Capítulo 10 O cavalo da Princesa Serenity foi morto, e Longa Espada não tinha nenhum, então eles foram forçados a partir para o covil da bruxa a pé. Durante todo aquele dia eles andaram e, apesar da princesa ser pequena e leve, ela nunca vacilou. Ao cair da noite, eles chegaram ao pé da montanha onde a bruxa morava. No escuro, guiados apenas pela luz pálida da lua, eles escalaram a grande montanha negra. Animais estranhos se agitavam nas sombras, e os pássaros tristes choravam no escuro, mas Longa Espada e a princesa persistiram. E quando a primeira luz do amanhecer alcançou o cume da montanha, eles estavam em pé diante do castelo da bruxa... De Longa Espada, o guerreiro —O que quer dizer, ela foi para fora? —Reynaud ralhou com o mordomo. Ele estava na sala da frente, tendo acabado de voltar de sua reunião de negócios. O homem se encolheu, mas se manteve bravamente firme o suficiente. – A Srta. Corning disse que ia visitar o Sr. Oates, meu senhor. —Droga! —Reynaud se virou e correu para a porta da frente, jogando-a para abrir. O cavalariço estava conduzindo seu cavalo para o estábulo. —Oy! Traga-o de volta aqui! O menino olhou para cima, assustado, mas levou o grande baio de volta. Reynaud saltou os degraus e montou no cavalo, empurrando o cavalo castrado em um trote. Ele viu a nota apenas esta tarde, sentado com ela em seu quarto. Jeremy Oates morreu dois dias antes. Por que os pais de Oates levaram tanto tempo para escrever a nota lacônica, ele não tinha ideia. Ele sabia que deveria sentir vergonha por ler as cartas de Beatrice, mas ele queria protegê-la, enquanto ela estava se recuperando daquela facada terrível. Ele tinha a intenção de dar a notícia da morte de seu amigo gentilmente. Segurá-la enquanto ela chorava. Maldição! Agora, seu plano para amortecer o golpe estava em ruínas. Ele forçou o cavalo em um galope perigosamente rápido, desviando de carrinhos e pedestres. Cinco minutos mais tarde, quando ele virou a esquina para a rua de Oates, a primeira coisa que viu foi Beatrice, de pé no alto da escada da casa, parecendo uma criança abandonada. Ele pulou do cavalo e jogou as rédeas para um dos lacaios de sua carruagem. Então ele subiu lentamente as escadas. Uma grossa gota de chuva caiu, depois duas, depois um dilúvio desabou. Eles ficaram imediatamente encharcados. Ele tomou delicadamente seu braço. —Volte para casa, Beatrice. Ela olhou para ele, a água escorrendo pelo seu rosto como lágrimas. —Ele está morto. —Eu sei. —ele murmurou. —Como? —perguntou ela —Como ele pode estar morto? Eu só o vi no outro dia, e ele estava bem. —Venha para casa. —ele começou levando-a para descer os degraus —Você ainda está mal. —Não! —ela puxou seu braço de repente e o surpreendeu o suficiente para retirá-lo de suas mãos. —Não! Eu quero vê-lo. Talvez eles estejam errados. Eles dificilmente olham para ele de qualquer modo. Talvez ele esteja apenas... apenas... —ela arrastou para longe, olhando ao redor freneticamente —Eu quero vê-lo. —ela começou a voltar e subir as escadas. Ele veio rapidamente atrás dela e a pegou. —Você precisa ir para casa. —Não! —ela agitou os braços e se bateu de propósito ou acidentalmente, era difícil dizer. —Deixe-me ir! Deixe-me vêlo! Ele não tentou argumentar com ela. Ao contrário, ele desceu os degraus de chuva escorregadias e a levou para o carro. – Casa! —ele gritou para o cocheiro antes de baixar dentro do veículo. O lacaio bateu a porta atrás deles, e o carro saiu em movimento. Ele passou os braços sobre ela para conter seus movimentos para que ela não puxasse os pontos fora de sua ferida, mas ela parou de se debater. Arfando, um profundo soluço sacudiu seu peito. Ele deitou sua bochecha contra seu cabelo molhado. —Eu sinto muito. —Não é justo. —ela engasgou. —Não, não é. —Ele era tão jovem. —Sim. Ele murmurou em seu cabelo, acariciando seu rosto, o ombro, e deixou-a soluçar contra ele. Sua dor era descontrolada, infantil e selvagem e sem beleza, e essa emoção crua despertou algo dentro dele. Esta mulher era real. Ele podia nunca mais ser o tipo de cavalheiro inglês civilizado que ela merecia, mas ela era exatamente o que ele queria. O que ele precisava. Ela era quente e carinhosa, e ela estava em casa. Ele a desejava. Então, quando o carro finalmente parou em frente de Blanchard House sua casa e ele tomou-a nos braços e levou-a subindo os degraus e entrou em casa, como seus antepassados, com suas noivas. Ele passou o mordomo, os lacaios, e as


empregadas domésticas, e todos caíram para trás, abrindo caminho para ele e seu prêmio. —Ninguém nos perturbe. —disse ele, em seguida, subiu as escadas para o quarto dela. O quarto principal, o utilizado por seu pai e todos os Condes de Blanchard antes dele, teria sido melhor para o que ele pretendia mas o usurpador o estava usando e não importava de qualquer maneira. Isto era apenas entre os dois e mais ninguém. Ele chegou ao quarto e entrou, sua empregada estava lá, pontilhada pelo guarda-roupa. —Deixem-nos. —disse ele, e ela fez. Ele colocou Beatrice suavemente ao lado da cama. Ela tinha o rosto ainda enterrado em seu ombro e estava mole como uma boneca de pano. —Não... —ela disse fracamente, embora o que ela ainda protestasse ele não tinha ideia. Ela provavelmente não o sabia, também. —Você está molhada. —disse ele suavemente —Eu preciso secá-la. Ela ficou sem protestar quando ele desamarrou o sutiã e espartilho, tirando o tecido molhado do seu corpo. O fez desapaixonadamente. Era importante aquecê-la e se certificar de que ela não tinha reaberto a ferida. Quando ela estava nua, ele pegou um pano do guarda-roupa e esfregou todo o seu excesso, secando o que estava molhado. Sua pele era branca e pêssego, uma superfície lisa, bonita em toda extensão. Ele tirou as presilhas de seu cabelo e secouos com a toalha, observando como os fios de ouro de seda enrolavam contra seus dedos. Quando isso foi feito, ele molhou um canto do pano na bacia sobre a cômoda e lavou seu rosto. Suas bochechas estavam avermelhadas, as pálpebras e os lábios inchados, e ele sabia que ela não estava tão bonita, mas seu pênis não se importava. Ele esteve ereto desde que ele entrou no quarto. Finalmente, ele puxou a colcha de sua cama e, pegando-a, deitou-a na cama e puxou os lençóis sobre ela para mantê-la aquecida. Foi só depois que ele tirou o casaco e começou a desabotoar o colete que suas sobrancelhas franziram. —O que —ela disse suavemente —você está fazendo? Seu peito estava ferido. Seu coração e pulmões e seios, todos eles machucavam a cada respiração que ela dava. Ela sentiu como se uma parte de seu mundo tivesse quebrado e caído, para nunca mais ser recuperado novamente. Jeremy estava morto. Morto, e ela não tinha sequer conhecimento até Putley ter soltou a notícia. Ela não deveria ter sabido? Ela não deveria ter sentido seu falecimento em alguma parte fundamental de si mesma? Ela recuou a partir do pensamento, a partir da mágoa esmagadora, e olhou para Lord Hope. De alguma forma, ele a levou para seus aposentos e a despiu. Ela devia estar escandalizada, mas ela não tinha a vontade de estar. E agora... e agora ele parecia estar tirando sua própria roupa. Ela olhou para ele, apenas um pouco curiosa. —O que você está fazendo? —Me despindo. —disse ele, e certamente fazia sentido, porque ele estava. Ele tirou o colete e a camisa, e ela observava, detalhadamente. Seus braços eram fortes e queimados de sol. Teria ele usado uma camisa quando ele viveu com os índios? Ele desabotoou a abertura de sua calça, e ela o viu tirar aquela fora também. Suas roupas íntimas formavam uma tenda sobre suas partes masculinas, e em qualquer outro momento, ela estaria muito interessada na vista, mas neste momento ela sentia... nada. Ou pelo menos quase nada. —Mas por quê? —perguntou ela, e até mesmo em seu estado de tristeza, ela sabia que sua voz soava como uma criança pequena. —Por quê? —ele perguntou enquanto tirava os sapatos e as meias. —Por que você está se despindo? —Porque eu pretendo me deitar com você. —ele disse, e tirou a roupa de baixo. Bem, isso certamente era algo que ela não viu antes. Seu pênis se levantou orgulhosamente como um soldado, grosso e redondo e quase num vermelho púrpura, principalmente na cabeça. Ela piscou os olhos. Então, ele estava caminhando em direção a ela, uma parte dele mesmo balançando a cada passo, e ele entrou na cama com ela. Ele a abraçou e ela se sentiu tão quente. Tão quente que ele era como um forno e ela suspirou um pouco com o quão bom era sentir seu duro corpo quente contra sua pele fria. Ela olhou para ele, tão perto, seus olhos negros a apenas alguns centímetros dos seus próprios, e disse: —Ele está morto e eu nunca vou esquecê-lo. —Sim, eu sei. —ele respondeu. —Eu quero morrer também. Seus olhos endureceram. —Eu não vou deixar você. E ele a beijou. Sua boca estava quente, também, e desta vez ele não esperou, mas enfiou a língua em sua boca. Ela gemeu um pouco com a sensação. Ele tinha gosto de água da chuva e sal, e de repente ela não conseguia pensar em nada melhor para provar. Ela agarrou seu ombro e sentiu sua pele nua, masculina, e ela cravou as unhas dentro. Se ela não tinha permissão para morrer, então ela iria viver e esquecer o resto do mundo, por agora. Neste momento, só havia os dois, juntos nesta cama aconchegante. Ele passou os dedos pelo seu cabelo, segurando a parte de trás de sua cabeça, segurando-a enquanto explorava sua boca


com a língua. Ele correu para dentro e depois para fora até que ela o pegou e o chupou, e ele fez um som de aprovação. Ele rolou, então, subindo em cima, e ela sentiu o roçar de seu pelo do peito contra seus seios, fazendo cócegas e estimulando. Ela fez um som profundo em sua garganta, e ele ergueu a cabeça. —Estou machucando você? —Não. —ela tentou puxá-lo de volta para beijá-la, mas ele ainda se segurava, resistindo a ela. —Você tem certeza? —Sim. —ela disse que, irritada, porque ela perdeu seus beijos. Parecia que ele estava simplesmente brincando com ela. Então ele se moveu, se deslocando de modo que uma de suas pernas começou a separar as dela. Seus olhos voaram para os dele, e ela viu o canto de sua boca erguer num capricho. —Você tem certeza? —Si-im. —disse ela, mas ela estava distraída, sentindo a inserção lenta da coxa entre as dela. Suas pernas se abriram, admitindo-o, mas ele não parou por aí. Ele continuou pressionando até que sua coxa empurrava até o ápice de suas coxas, até que ele se enterrou contra sua carne feminina, e ela se dividia aberta para ele. Seus olhos se arregalaram. Os olhos dele baixaram, os pássaros tatuados olhando selvagens e pagãos. – Isto não a machuca? —ele perguntou gentilmente. —Não... oh! —ela engasgou porque ele se deslocou e pressionou, e de alguma forma a combinação foi simplesmente divina. —Faça isso de novo. —ela exigiu. Ele sorriu, os dentes brancos contra sua pele caramelo. —Como minha senhora ordenar. E ele a beijou enquanto ele a pressionava com sua coxa. Ela abriu a boca, querendo provar tudo, querendo experimentar tudo o que ele podia mostrar a ela. Quando em seguida, ele pressionou para baixo, ela empurrou-se, esfregando-se contra ele, torcendo e empurrando. Ela queria... mais... Muito mais. Ela separou sua boca e olhou-o no rosto. —Coloque-o em mim. Ele não fingiu choque. —Ainda não. —Mas por que não? —ela abriu suas pernas num convite. Ela podia sentir aquela parte dele, pressionando contra sua coxa. —Não é o que vem a seguir? Não é isso que você quer? —Ainda não. —disse ele loucamente, e colocou sua boca contra ela novamente. Mas desta vez ele não ficou parado lá. Ele acariciou-a com a boca aberta, com os lábios macios, então ele arrastou para baixo sobre sua garganta. Ele lambeu a inclinação superior do seu seio e, em seguida, tomou seu mamilo na boca. Ela engasgou. Esse pequeno ponto inflamou de prazer, cada chupada forte causava uma atração que repuxava em seu centro. Ela arqueou, apertando a cabeça, sentindo seu curto cabelo sob as palmas das mãos. Ele se mexeu, lambendo seu caminho para o outro seio, e provou do outro mamilo também. Ao mesmo tempo, sua coxa ainda pressionava contra o centro. Ela arqueou-se. —Oh, por favor, agora. —Ainda não. —ele sussurrou, sua respiração soprando sobre a pele molhada do mamilo sensível. Ele ergueu-se sobre os braços esticados e trouxe suas duas pernas entre as dela. Ela estava bem abertas agora, ansiosa e esperando a conclusão inevitável disso. Mas ela não veio. Ele estendeu a mão para se posicionar, colocando seu pênis contra suas dobras molhadas. Em seguida, ele desceu um pouco, pressionando-se contra o seu ponto mais sensível. Ela se contorceu, ofegante, sob ele. —O que você está fazendo? Seu rosto estava sombrio, o brinco de cruz brilhando fracamente na quina de sua mandíbula. —Estou preparando você. Ela olhou para ele com os olhos semicerrados. —Eu estou preparada. Seus lábios se curvaram, não exatamente sorrindo. —Ainda não. Ele se inclinou e pegou o lábio inferior entre seus dentes, mordendo suavemente enquanto ele balançava contra ela. E algo queimava lá embaixo. Uma chama brilhando e queimando, crescendo constantemente, espalhando através de sua barriga, ameaçando queimar fora de controle. —Pare! —ela gritou, mas sua voz foi abafada sob seus lábios. Ele abriu a boca sobre ela e engoliu todo o seu gemido de êxtase. —Agora. —disse ele, quando ele levantou a cabeça —Agora é hora. Ponha-me onde você quer que eu esteja. Ele pegou sua mão e levou-a entre seus corpos, orientando-a para sua dura carne escorregadia. Ele envolveu seus dedos ao redor de seu calor e, em seguida, tirou a mão. Ele olhou para ela. —Cabe a você. Ela piscou. —Mas eu não sei... —Você quer? —gotas de suor se destacaram em seu lábio superior. Ela percebeu que ele estava se segurando muito ainda. Ela lambeu os lábios. —Sim. —Então, —ele a cutucou com seus quadris, seu comprimento deslizando por entre seus dedos, os olhos semicerrados —faça. Então, ela o guiou até onde ela achava que ele deveria estar, sentindo a largura da cabeça de seu pênis escorregadio por entre suas dobras, perguntando se isso era totalmente possível. Ela olhou para ele, dentro do preto, seus olhos intensos, e por


uma fração de segundo pensou que ela devia ter perdido a cabeça. Então, ele se inclinou e beijou a testa. —Você tem certeza? E esse pedaço de ternura a decidiu. —Sim. Ele não foi gentil. Ele não tentou ir devagar. Ele se empurrou dentro dela, de forma rápida e violentamente, e todo o seu corpo arqueou com a dor. Queimando. Lacrimejando. Algo não estava certo. Ela apertou as mãos contra seu peito. —Não. Ele olhou para ela, seu rosto repuxado, os pássaros voando sobre o seu olho direito, ferozes e selvagens tatuados, e ele não parecia mais terno. Ele parecia um conquistador. —Tarde demais. Você é minha agora. — e ele retirou seu pênis lentamente, até que apenas a cabeça permaneceu dentro dela, grande e intrusiva. —Você é tão suave, tão apertad a em torno de mim. —ele sussurrou como um demônio íncubos. Seu lábio superior em êxtase erótico. —Eu quero ficar em você para sempre. Quero fazer amor com você por toda a eternidade. Ele empurrou de volta para ela, e embora ferida, não foi tão ruim quanto à primeira vez. Ele se inclinou e tocou no canto de sua boca com a ponta da sua língua. —Eu posso cheirar seu sexo, e está quente em torno de mim. Você me faz tremer de desejo. Ela tocou seu rosto, traçando os pássaros úmidos com admiração. Seria verdade? Será que ele tremia por ela? Ela nunca soube, nunca sonhou que pudesse afetá-lo assim. Ele fechou os olhos como se estivesse com dor. —Eu estou tentando segurar, tentando ir devagar, mas eu não posso. —sua cabeça caiu, seu brinco cruz de ferro escovando em seu peito. —Eu não posso. E ele empurrou nela de novo, forte e rápido. Ela engasgou com o impacto. Já não machucava, mas não havia o mesmo prazer que houve antes, quando ele usou sua coxa. Ela viu seu rosto, duro e intenção em cima dela, e sentiu o deslizar de sua carne. Ele estava sobre ela e dentro, dominando-a fisicamente, mas ele parecia o mais vulnerável, e isso a fascinava. Sua respiração estava áspera, ofegante, rápida, seus olhos estavam desfocados e desesperados, sua boca desenhada em uma linha de desejo. Seu corpo parecia agir por sua própria vontade, como se ele já não controlasse seus movimentos. Ela estendeu a mão para acariciar seu rosto. Seus olhos se fecharam. —Beatrice. Beatrice. —ele se inclinou e a beijou violentamente, descontrolado e desesperado, e ela devolveu o beijo, impressionada de que ela o levasse a este extremo. E de repente ele arqueou e estremeceu, seu grande corpo convulsionando. Ele enterrou a cabeça em seu peito e abafou um grito, tremendo todo. Em seguida, o quarto ficou em silêncio. Ela sentiu o peso pesado em cima dela e ouviu o tamborilar da chuva batendo em sua janela. Ela devia se mover fazê-lo se mover levantar-se e lidar com a tragédia e perda e sua vida. Em vez disso, ela adormeceu. Ele acordou com o som de um trovão fora e a respiração suave de uma mulher ao seu lado. Cada músculo em seu corpo, cada osso e tendões, estava completamente e totalmente relaxado, e ele sorriu antes mesmo que abrisse os olhos. Pela primeira vez em sete longos anos, sentiu-se... em paz. Ele virou a cabeça para olhar para a mulher ao lado dele. A mulhe r que trouxe tal contentamento esmagador. Beatrice estava dormindo. Seu cabelo cor de trigo estava enrolado em seu rosto. Seus lábios doces estavam entreabertos, suas adoráveis sobrancelhas unidas, como se mesmo durante o sono, ela lamentasse o amigo. Ele queria suavizar esse pequeno recuo entre as sobrancelhas, queria levar a dor dela, mas isso era impossível. Ele não poderia curar sua dor, mas ele poderia ter certeza que ela nunca fosse prejudicada novamente. Ela era muito importante para ele agora. Ela o fez se sentir inteiro. Sensato e calmo. Ele sabia que teria que trabalhar rapidamente para consolidar sua posição. Calmamente ele recuou a colcha e levantou da cama. Ele se esticou, sentindo o estouro de sua espinha, e depois se inclinou para recuperar sua roupa íntima do chão. Ele não deve ter sido tão furtivo quanto ele pensava, pois quando ele se endireitou, claros olhos cinzentos reconheciam os seus negros. Ele deixou cair as roupa íntimas e foi até ela. —Você está bem? Ela piscou sonolenta e depois corou encantadoramente. —Estou um pouco dolorida... —Eu sinto muito. —ele se sentou na cama e tirou o cabelo dos olhos. —Fique aqui e eu vou mandar a empregada com um banho quente. Um canto de sua boca se curvou para baixo, triste. —Isso seria bom. —Você pode passar o resto do dia na cama. —disse ele em voz baixa. Seus olhos deslizaram longe dele. —Mas Jeremy... —Eu vou descobrir o que sua família fez dos arranjos, onde ele foi sepultado. —ele se inclinou para beijá-la suavemente no rosto. Ela pegou sua mão. —Obrigada. Ele balançou a cabeça e se endireitou, pegando as roupas íntimas novamente. Ele vestiu-as e abotoou a aba. As sobrancelhas franziram. —Que horas são? Quanto tempo você esteve enrustido aqui comigo? Ele olhou para o relógio em cima da lareira. —Um pouco mais de uma hora e meia. —Oh, meu Deus! —ela lutou para se sentar na cama. Os lençóis deslizaram para o colo, mostrando seus seios doces. Ela pegou-os novamente. —O que vão pensar os outros ou meu tio?


Ele parou no ato de abotoar as calças e olhou para ela. Ela parecia tão jovem, deitada contra os lençóis brancos, o cabelo todo sobre ela, seus grandes olhos cinzentos observando-o a sério. Ela acabou de perder seu amigo de infância. Talvez ela não pensou antes, como ele fez. —Eles vão pensar que eu estava na cama com você. Sua boca se abriu. —Você tem que sair imediatamente. Ele endureceu sua mandíbula e pegou sua camisa. – Beatrice... —Depressa! Rápido e eu posso fazer algo sobre isso, se você deixar uma só vez. Tenho certeza de que podemos encontrar uma maneira de contornar isso. Pode ser como se nunca tivesse acontecido. Reynaud franziu o cenho, não gostando de seu tom mais que tudo. Francamente, ele não dava a mínima para o que alguém pensasse, inclusive seu tio, mas seu rosto ficou pálido. Droga, ele não queria sua angústia. Ele se inclinou sobre ela, colocando as mãos em ambos os lados de seus quadris. —Eu vou sair, mas eu não sou um jovem inexperiente para ser demitido de sua cama, minha senhora. E ele beijou-a antes que ela pudesse responder. Duro e quente, enfiando a língua em sua boca, sem preâmbulos. Esta mulher era dele, e dane-se se ele ia deixá-la duvidar nem por um segundo depois que ele já a reivindicou. Ele se endireitou e olhou em seus olhos cinzentos atordoados. —Este assunto está longe de estar resolvido. E pegando o resto de suas roupas, ele saiu do quarto.

Capítulo 11 A partir dos portões do castelo passaram cem guerreiros ferozes. Eles estavam vestidos com armadura tão negra que não refletia luz, e eles berraram seu grito de guerra tão alto que o ar tremeu. Eles cobraram Longa Espada. Você pode pensar que tal demonstração de força iria enviar um mero mortal a uma corrida, mas não ele. Longa Espada manteve-se firme e verdadeiro e balanç ando sua espada pesada. Sua lâmina brilhava ao sol, o suor escorria a partir de sua ampla testa, e os chefes do exército mágico caíram como folhas no outono. Durante uma hora ele lutou, e no final daquela hora, não havia um só guerreiro negro ainda vivo... De Longa Espada, o guerreiro —E ele efetivamente ameaçou dormir com você de novo? —Lottie perguntou na tarde seguinte, parecendo mais animada do que esteve há alguns dias. —Não com tantas palavras. —Beatrice disse lentamente —Mas a implicação estava lá, com certeza. —ambas as senhoras estavam na carruagem de Lottie, seguindo em direção a um salão de beleza na residência da Sra. Postlethwaite. —Como é muito emocionante! —exclamou Lottie —É como um jogo horrível. —Mas não é um jogo horrível. —Beatrice respondeu melancolicamente —É a minha vida. Oh, o que eu devo fazer Lottie? Eu me dei para ele. —Oh, se deu! Eu pergunto, como alguém pode dar a si mesmo a um homem? Beatrice franziu as sobrancelhas. —Eu não sei mais como chamar. Eu não sou mais virgem. —E daí? —Lottie pediu spiritedly. —É só um pouco de sangue e um ato de cinco minutos ou assim... —Um pouco mais de cinco minutos. —Beatrice murmurou, corando. Lottie acenou além do comentário da amiga. —Em todo caso, eu não acho que isto deveria decidir sua vida inteira. —Mas e se eu estiver grávida? —Altamente improvável depois de apenas uma vez. —Sim, mas... —E além disso, ele definitivamente se aproveitou de você. Quero dizer, logo depois de você saber sobre o pobre Jeremy! Isto não foi de todo leal. Eu não acho que isto deveria contar, realmente. Beatrice franziu a testa, sem saber o que para Lottie significava contar. —Olhe aqui. —Lottie continuou indiferente —Vai levar, no mínimo, um par de meses até que você esteja certa. Embora, eu tenha ouvido falar de mulheres que nunca souberam até o momento em que elas estavam segurando um bebê se contorcendo em seus braços. —Beatrice gemeu. —Mas, em todo caso, —Lottie disse apressadamente —não há necessidade de tomar uma decisão agora. Só porque o homem tomou sua virgindade não significa que ele deva possuir a sua vida inteira. E se você decidir tomar outros amantes? —Mas eu não quero tomar outros amantes. —Afinal, por que se amarrar a um homem? Você poderia ser uma cortesã arrojada e escandalosa! Beatrice suspirou. Lottie parecia estar confundindo a situação de Beatrice com sua própria vida desde que ela deixou o Sr.


Graham. Embora Beatrice percebesse que Lottie não começou a tomar amantes e viver a vida rápida de uma matrona. —Eu não quero ser uma cortesã arrojada e escandalosa. —Beatrice disse calmamente —E eu tenho que tomar uma decisão, porque Lord Hope não é o tipo de homem que se senta a espera que outros possam refazer suas ideias. Ele vai decidir isso por mim, se eu não fizê-lo logo. —Hmm, isso não representa um problema. —Sim, é verdade. —Beatrice olhou para suas mãos no colo, tentando resolver através de seus sentimentos. —Eu gostaria de saber como ele se sente em relação a mim ou mesmo se ele pode sentir. —O que você quer dizer? —Ele é muito frio, por vezes, Lottie, como se qualquer gentileza que ele teve uma vez, qualquer que fosse sua capacidade de amar, foi destruída nele por seus anos nas Colônias. —Beatrice olhou para a amiga para ver se ela entendia. —Você não sabe se ele pode ama-la. —Beatrice balançou a cabeça tristemente. Toda a animação de Lottie pareceu deixála. —É tão difícil dizer, não é? Senhores não têm os mesmos pensamentos e objetivos como nós senhoras. —Lottie pensou por um momento e então disse: —Eu nem tenho certeza que eles conhecem a si mesmos quando amam uma mulher ou não. E esse era o problema, não é? Beatrice pensou sombriamente. Quem era ela para entender os motivos de Lord Hope quando ela não entendia o próprio homem? Ele teria feito amor com ela, porque ele gostava dela? Ou por algum outro, uma razão masculina mais sutil, talvez até simplesmente luxúria? Fazendo toda a situação mais difícil era o seu próprio desejo. No fundo, uma parte dela simplesmente o queria, quer ou não ele sentisse o mesmo. E então, ela sabia, era perigoso. Ela arriscava sofrer uma dor terrível se toda a emoção estivesse apenas do lado dela. Naquele momento, a carruagem parou em frente da casa da Sra. Postlethwaite, e os pensamentos de Beatrice se viraram para outros assuntos. —Você vê a carruagem de Sr. Wheaton? —ela olhou para cima e para baixo da rua movimentada. Mais duas carruagens estavam atrás delas, e alguns homens corpulentos vagavam pela casa ao lado. Seus olhos se estreitaram, mas em nada pareciam com os valentões que atacaram seu Lord Hope no outro dia. Esses homens estavam muito mais bem vestido para alguma coisa. —Não. —respondeu Lottie —Mas ele talvez tenha entrado através das cavalariças de modo a não chamar a atenção para si mesmo. Isso certamente fazia sentido. Esta era apenas a terceira reunião clandestina da Sociedade Amigos dos Veteranos de Sr. Wheaton. Se não fosse uma reunião da Sociedade, Beatrice provavelmente não teria saído por nada, à morte de Jeremy era muito recente. Mas ela estava aqui por Jeremy de alguma maneira. Ele foi o único a apresentá-la aos pensamentos de Sr. Wheaton sobre os soldados e o que acontecia com eles depois que se aposentavam do exército de Sua Majestade. Jeremy se importava profundamente com os homens que serviram com ele. Ele queria que se aposentassem com dinheiro suficiente para que eles não fossem acabar pedindo nas ruas. Umas tantas vezes viu essas criaturas lamentáveis, ainda com seus casacos vermelhos, membros amputados ou um olho, sentado nos cantos com um copo de lata em suas mãos. Beatrice estremeceu. Ela tinha certeza de que Jeremy iria entendê-la por estar aqui hoje. Ela desceu do carro com Lottie e deram seus nomes para o mordomo que abriu a porta. Em um momento, elas estavam sendo encaminhadas a uma pequena, mas limpa sala de estar, e a Sra. Postlethwaite veio cumprimentá-las. —Como foi amável da parte de você para se juntarem a nós, Srta. Corning, Sra. Graham. —a Sra. Postlethwaite tomou suas mãos e apertou-as suavemente antes de levá-las a um sofá. Ela era uma senhora de anos medianos, vestida sempre sombriamente em cinza e preto, com o cabelo prateado afastado de seu rosto em um nó simples e coberto com uma touca. A Sra. Postlethwaite perdeu seu marido, o coronel Postlethwaite, na ação no Continente há alguns anos. Ela foi deixada com uma renda anual confortável e tempo em suas mãos, que ela decidiu colocar a serviço de ajudar os homens que seu marido levou à batalha. Os homens que ela veio a conhecer ao longo dos anos, enquanto seguiam o coronel Postlethwaite em campanha. Beatrice olhou em volta da sala enquanto sua anfitriã levava-as para dentro. Além da Sra. Postlethwaite, havia talvez uma meia dúzia de senhores de mediano para a terceira idade. Beatrice e Lottie eram as únicas outras senhoras na sala e Beatrice estava grata que sua anfitriã tivesse feito o caso de incluí-las na sociedade. A Sra. Postlethwaite estava servido chá e biscoitos pequenos e duros, e em seguida, Sr. Wheaton entrou na sala. Ele era um rapaz de estatura média, cabelo castanho claro batido para trás simplesmente, sem pó de qualquer tipo. Como de costume, ele usava uma expressão preocupada. A Sra. Postlethwaite já confidenciou que a Sra. Wheaton estava com a saúde debilitada e foi confinada a uma cama há alguns anos. Se ter uma esposa doente e lidar com todos os negócios de um membro do parlamento vinculados devia ser um fardo cansativo para o pobre homem. Sr. Wheaton tinha um maço de papéis na mão, e pôs estes para baixo sobre uma mesa antes de limpar a garganta. A sala ficou em silêncio. Ele acenou com a cabeça em reconhecimento da sua atenção e disse: —Obrigado, amigos, por terem vindo hoje. Tenho algumas questões de importância que eu gostaria de discutir sobre o projeto de lei e os membros do parlamento com quem pensamos que podemos contar para votar em nosso favor. Agora, em seguida... Beatrice se inclinou para frente enquanto Sr. Wheaton delineava seus planos, mas uma pequena parte de sua mente pensou em como Jeremy teria gostado de estar aqui. Ela não cumpriu a sua promessa a ele. Ele morreu antes de o projeto de lei do Sr. Wheaton poder ser aprovado. Ela falhou nisso, mas ela jurou para si mesma que não iria falhar com o próprio projeto de lei.


Ela faria tudo em seu poder para ajudar o projeto e todos os soldados que lutaram pela Inglaterra. O projeto de lei iria passar. Ela tinha que ver isso. Por Jeremy. —O homem que liderou o ataque contra você é chamado Joe Cork. —Vale disse enquanto ele se atirava em uma cadeira. Reynaud olhou para cima do relatório do procurador que estava lendo e olhou para o seu velho amigo. Ele estava em uma pequena sala de estar na parte de trás de Blanchard House, que ele demandou como o seu estúdio. Havia um estúdio oficial para o Conde, é claro, mas o usurpador o segurava no momento, e os advogados de Reynaud aconselharam paciência. Assim, este era seu refúgio temporário para os negócios. Ele seria condenado, no entanto, se ele desistisse de residir em sua própria casa. —Você o encontrou, então? —ele perguntou Vale. Vale retorceu sua boca para dentro num rosto cômico. —Não foi exatamente encontrado, não. O canalha parece ter desaparecido. Mas vários vagabundos o identificaram a partir da descrição dada pelo meu homem, Pynch. —Pynch? —Eu digo, você não conhece Pynch, não é? —Vale coçou o nariz —Eu o adquiri depois, bem depois de Spinner’s Falls. Ele era o meu ordenança no exército e agora serve como um arrogante valet. —Ah. —Reynaud bateu o papel na frente com o lápis —E como é que esta descrição pertence ao assassino? Vale encolheu os ombros. —Bem, Pynch foi quem enviei para fazer as perguntas. Incrível o que ele pode extrair fora dos vermes companheiros mais lacônicos. Mas parece que este Joe Cork voou da gaiola. Ninguém o viu por vários dias. Reynaud recostou-se na cadeira. —Droga. Eu o esperava para descobrir quem o contratou. —É um retrocesso, eu concordo. —Vale apertou os lábios e olhou para o teto por um momento —Você já pensou em contratar guarda costas? —Já temos. —Reynaud sentou-se para frente. —Mas não para mim. Para Srta. Corning. Eles chegaram muito perto dela da última vez. Se o ferimento a faca tivesse sido um pouco maior... —ele parou de falar, não gostando de pensar nisso. Ele sonhara com o sangue de Beatrice em suas mãos na noite passada. As sobrancelhas peludas de Vale arque aram em sua testa. —Você acha que eles vão se focar nela, assim como em você? Certamente, se você simplesmente ficar longe dela, ela vai estar salva? —Mas eu não pretendo ficar longe dela. —disse Reynaud. —Ah. —Vale olhou para ele por um momento, e depois um largo sorriso se espalhou por seu rosto. —Como que, isso é? —Isso, —Reynaud rosnou —não é da sua conta. —É mesmo? —Vale estava sorrindo como um idiota agora —Bem, bem, bem. —O que é que isso quer dizer? —Eu não tenho ideia. Eu só gosto de dizer isso. Bem, bem, bem. Faz um som extraordinariamente perspicaz. —Você não faz isso. —Reynaud murmurou. Vale ignorou. —Você já fez a pergunta ? Eu sou muito bom nisso, se eu posso falar de mim mesmo. Eu tive três mulheres diferentes que concordaram em se casar comigo enquanto você estava fora. Você sabia? Alguns efetivamente não chegam a fazê-lo no altar, mas isso é outro problema de modo geral. Talvez você gostasse de algumas dicas sobre... —Eu não gostaria de nenhuma dica de você, esconda suas garras, droga. —Reynaud rosnou. —Mas você tem certeza que a garota ainda se importa com você? Reynaud se lembrou de Beatrice ansiosamente separando as pernas para ele, baixando as pálpebras, seu pescoço impregnado em um rubor de desejo. —Eu não acredito que isso seja um problema. —Você nunca sabe. —disse Vale animadamente —Emeline me jogou pra cima por Samuel Hartley, e o homem não é tão bonito quanto eu. Reynaud piscou. —Você estava envolvido com a minha irmã? —Eu não disse? —Não, você não disse. —Bem, eu estava. —Vale disse alegremente —Não durou desde que Hartley colocou seus ganchos encantadores nela. Imediatamente, minha segunda noiva me trocou por um pároco. —Reynaud olhou para ele. —Uma cura de cabelos cor de manteiga. —Vale assentiu —Eu garanto. Claro, e foi assim que eu vim a me casar com a minha própria doce mulher, embora no momento em que você poderia ter me derrubado com uma pena. Eu não suponho que a Srta. Corning conheça qualquer cura de cabelos cor de manteiga, não é? —Melhor para ela que não. —Reynaud rosnou. E logo em seguida, ele determinou que essa coisa não iria se arrastar com Beatrice. Ele precisava de uma esposa. Ela já se entregou a ele. Era tão simples como isso. E hoje ele iria provar isso para ela. No meio da noite, Beatrice acordou e abriu os olhos para uma única vela brilhando em seu quarto. Deveria tê-la assustado a assustava, até mas em vez disso ela ficou em silêncio e viu quando Lord Hope colocou a vela sobre uma pequena mesa perto da porta. —O que você está fazendo? —perguntou Beatrice.


—Vim para ver você. —disse ele, igualmente de modo prático. Ele estava com um robe vermelho e preto, e sua cabeça estava nua. Ele tirou o robe. —Ver você parece ser um eufemismo. —observou ela. Ele fez uma pausa, com as mãos sobre os botões de sua camisa. —Você está certa. —e ele puxou a camisa sobre a cabeça. Pela primeira vez, ela sentiu uma pontada de medo. Ele não sorriu. Ele estava sério e concentrado, como se ele cumprisse um dever severo. —Você não tem que fazer isso. —ela sussurrou. —Parece que eu tenho. —ele respondeu. Ele se sentou em uma cadeira para tirar os sapatos. —Você parece estar incerta sobre mim - sobre nós dois juntos. Tenho a intenção de me certificar de que não haja incertezas após esta noite. Ela notou que ele não fazia nenhuma menção de amor, e ela sentiu um tiro de decepção através dela. – Me seduzir não vai provar nada. —disse ela. —Não vai? —ele parecia despreocupado —Isso continua a ser visto. Ela observou-o por um momento enquanto ele tirava suas meias, calções e roupa de baixo. Ele parecia totalmente à vontade com sua própria nudez, mas ela sentiu sua respiração acelerar. Quando ele deitou com ela no dia anterior, ela estava em estado de choque, apenas metade consciente do que estava acontecendo. Agora ela estava bem acordada, seus sentidos quase demasiado alertas para ele. Ele era alto e orgulhoso, sua pele um marrom claro, caramelo, ao longo de todo o seu corpo. Seus braços e ombros eram musculoso, como de um trabalhador braçal. Ela se lembrou de que ele disse a ela que ele tinha que caçar seu alimento. Havia pelo preto enrolando em seu peito, mas não era grosso, e ela podia ver os pontos marrons escuros de seus mamilos. Seu olhar vagou para baixo, inevitavelmente atraído para o que estava entre suas coxas. O pelo era grosso e preto lá, como se para destacar seu pênis, corajosamente de pé. Ele estava extremamente ereto, as veias do pênis destacando-se, a cabeça brilhando com a umidade. O conjunto era bonito e, ao mesmo tempo intimidante em sua intenção óbvia. Quando ela levantou os olhos para ele, ele estava olhando para ela. Ele balançou a cabeça e se cobriu. —Isto é para você. Olhe para seu complemento. —E se eu não quiser? —Então você mente. Isto enviou um surto de raiva por ela. —Eu acho que eu tenho a capacidade de saber quando eu quero alguma coisa ou não.


Ele balançou a cabeça. —Não neste caso. Você é nov a no amor. Você ainda não experimentou uma fração do que pode ser entre um homem e uma mulher. Ela agora estava quente, e molhada, mas ela ainda se dirigiu a ele com irritação. —E se você me mostrar tudo o que pode ser, e eu ainda não estiver interessada, você vai desistir, então? —Não. —ele caminhou em sua direção, implacavelmente confiante —Você deu a si mesma para mim. Essa escolha já foi feita. —Mas por que eu? —ela realmente não entendia. Por que agora? Por que ela? —Você me ama? —O amor não tem nada a ver com isso. —disse ele, e puxou as cobertas de seu corpo —Isso é muito mais básico do que o amor. Você pertence a mim, e eu pretendo demonstrar esse fato para você. —Reynaud... —ela disse suavemente, usando o seu primeiro nome pela primeira vez, odiando a súplica em sua voz. Ela estava tão decepcionado que isso não fosse amor para ele. Ela não estava interessada em seu sentimento mais básico. Ela queria seu amor. Ele subiu na cama e estendeu a mão para sua camisa. Ela não resistiu a ele, porque a realidade era que ela não podia. Ele estava certo e uma parte dela reconheceu isto. Ela se deu a ele. Ela não pertencia a ele em algum nível básico que parecia ignorar o amor completamente. E talvez, apenas talvez, ela quisesse ver seu rosto enquanto ele perdia o controle de si novamente. Então, já era tarde demais para analisar e se preocupar. Ele descobriu seu corpo, e ela estava diante dele como uma festa para um homem faminto. Ele só olhou por um momento, sentado a seu lado, sem se mover, apenas seus olhos vagando sobre ela. Ela sentiu a crista dos mamilos se enrijecendo, como se exibissem para ele. Seu rosto estava grave. Ele estendeu a mão e tocou o mamilo direito com apenas um dedo. Levemente. Delicadamente. Devastadoramente. Ela engoliu em seco, sentindo o calor construindo em seu centro. —Você é tão bonita . —disse ele, sua voz profunda e áspera. Ele circulou um mamilo com o dedo, seu toque tão leve que poderia ter sido uma pena, e ela estremeceu. —Sua pele parece brilhar de dentro, e é suave, tão suave. Seu dedo vagou para baixo, levemente traçando a curva superior de seu peito e, em seguida, deslizando sobre a pele para o outro seio. Ela respirava superficialmente, a própria leveza de seu toque fazendo-a tremer com a necessidade. —Seus mamilos são cor de rosa. —ele sussurrou, roçando a ponta. Seus mamilos estavam tão apertados que doía. —Mas eles aprofundam o rosa quando eles estão eretos. Eu me pergunto se eu os chupar se eles ficariam vermelhos como cerejas? Ela fechou os olhos, sentindo um ponto de contato, tão leve e tão erótico. Isto não era o que ela esperava quando ele declarou sua intenção. Ela pensou que ele iria agir rapidamente, consumar seu desejo, movimentos rígidos e rápidos. Em vez disso era um processo lento, sedução sem pressa. Seu dedo estava vagando ao longo de suas costelas, deslizando sobre sua barriga, circundando seu umbigo. Ela chupou em sua barriga, o toque foi quase cócegas. —Tão suave... —ele sussurrou —como veludo. —ele estava arrastando para baixo, e toda a sua atenção estava voltada para o dedo e onde ele estava indo. —Abra suas pernas. —ele murmurou. Seu coração saltou em alarme. —Eu... eu... —Beatrice, —disse ele sombriamente —abra suas pernas para mim. Talvez fosse porque seus olhos estavam fechados se estivessem abertos e ela pudesse vê-lo olhando para ela de maneira tão íntima, ela não teria sido capaz de fazê-lo. Mas como estava, ela abriu suas coxas. Seu dedo mergulhado em seu pelo virgem, acariciando através dele. —Tão bonita, tão doce. Eu me pergunto qual seu gosto. —e algo a tocou ternamente abaixo de seu pelo virgem, e era macio e molhado e definitivamente não um dedo. —Reynaud! —ela gritou. —Shh... —ele sussurrou sua respiração soprando através da úmida e excitada carne —Calma, agora. —ela mordeu os lábios, as mãos segurando ansiosamente as roupas de cama. Sua língua sondou suas dobras, acariciando e lambendo. Ele estava tão perto que ele devia ser capaz de sentir seu cheiro, para prová-la, e ela lutava entre o horror chocado e o tremendo prazer. —Você gosta disso? —ele murmurou. Seus lábios roçaram com cada palavra. —Eu... Ele abriu-a com seus polegares e soprou suavemente. —Você, Beatrice? —Oh, meu Deus! Ele riu, então, como um demônio, e disse: —Eu acho que sim. Então ele estava sacudindo sua língua contra ela tão rapidamente que ela não podia pensar, não podia se esquivar. Não que ela quisesse. Ele era implacável, incansável e minucioso, focado inteiramente em um ponto. Justamente quando ela pensou que não aguentava mais quando sua respiração estava vindo rápida e curta ele abriu a boca em torno de seu broto e chupou com força. Beatrice pressionou a parte de trás de sua cabeça no travesseiro, seus lábios se abrindo em um grito silencioso. Ele estava puxando, puxando aquele pequeno pedaço de carne, suas mãos largas pressionado contra suas coxas, segurando-a aberta com firmeza, e ela não podia suportar a sensação. Estrelas implodiram por dentro, enviando ondas de prazer por todo seu corpo.


Ela estremeceu e estremeceu de novo, e então seus membros afundaram pesados com o relaxamento prazeroso. Ela abriu os olhos para vê-lo subindo nela. Primeiro o peito e, em seguida, seus quadris roçaram a carne recém sensibilizada, e, em seguida, instalou-se seu peso sobre ela, achatando seus seios. Ele cutucou as pernas sem esforço. —Reynaud... —ela respirava. Ele olhou em seus olhos enquanto ele deslizava um pouco, a cabeça larga de seu pênis apenas beijando sua entrada. Ele flexionou seus quadris e começou a violá-la. Seus olhos se estreitaram quando ela sentiu um beliscão. Passou apenas um dia desde que ela perdeu a virgindade. —Beatrice... —ele respirou. —Dói. —disse ela, com a voz pequena. Ele acenou com a cabeça. —Mantenha seus olhos em mim. Ela os arregalou, olhando em seus olhos. Ele tinha um pequeno travessão entre as sobrancelhas pesadas. Ele empurrou um pouco. Ela sentiu o alongamento de seus músculos internos. Ele pressionava constantemente, alargando-a, escavando em sua carne. Então ele empurrou de repente e com força definitiva, e ele estava dentro totalmente. Ela sentiu a pressão de seu púbis contra ela. Sua boca se diluiu enquanto ele se controlava por apenas um minúsculo fio. —Agora... —disse ele —Agora, vou fazer amor com você. Ele se inclinou e beijou-a com a boca aberta, a língua conquistando seus lábios enquanto seu pênis conquistava a carne trêmula entre suas pernas. Ele retirou-se e deslizou de volta para ela, mais facilmente desta vez, engatando a si mesmo ao seu corpo um pouco. Ele a pegou por baixo dos joelhos e ampliou suas pernas, estabelecendo-se entre elas, fazendo-se confortável para seu corpo. Ela gemeu e se moveu debaixo dele. Pois, ao contrário da noite anterior, o que ele estava fazendo com ela agora à fez começar a se sentir bem. Mais do que bem. Ela deslizou as mãos na parte de trás da cabeça, esfregando o cabelo eriçado lá. Ela se sentia cheia, pesada, como se estivesse esperando por algo. Ele ainda beijou-a, e ela mordeu seu lábio, o que provocou um rosnado. Ele apressou seus impulsos. Ela agarrou seus ombros, escorregadios de suor, e não soltou, instando-o com a boca e as mãos. Mais. Mais. Mais. Até que ela alcançou o cume, de repente e sem aviso, uma bem-aventurada, gloriosa explosão de prazer. Ela teria gritado se sua boca não estivesse cheia com sua língua. Ele se enrijeceu e se ergueu, e ela viu que ele atingiu seu ponto máximo. Suas narinas estavam dilatadas, os dentes cerrados e a mostra. Ele empurrou para dentro uma última vez, estremecendo, e então ele deixou sua cabeça cair, com os braços retos e erguendo a parte superior do corpo. Ele inalou profundamente. Ela massageou os músculos de suas costas, querendo ainda sentir essa conexão. Ele levantou a cabeça e ela viu seu rosto. Rígido. Intransigente. E, sem um traço de piedade. —Você é minha. —disse ele.

Capítulo 12 Longa Espada e a princesa entraram pelos portões do castelo juntos, mas no minuto em que seus pés tocaram o chão, uma videira espinhosa saltou por cima, mais rápido do que um relâmpago. Maior e mais grossa ela cresceu como um gigante, uma sebe de espinhos cercando tão inteiramente a fortaleza do castelo, que nem uma pedra poderia ser vista. Longa Espada começou a cortar na cobertura, mas assim que ele cortava um galho, outro ficava em seu lugar. —É impossível! —a princesa gritou. Mas Longa Espada respirou fundo e correu até a cobertura, balançando sua espada mais rápido do que o olho pode ver. Ele cortou tão rapidamente que a lâmina de sua espada brilhava branca e quente, e enquanto ele ia cortado, iam também queimado, assim os ramos não podiam crescer novamente. Em um minuto a mais Longa Espada cortou um caminho através da sebe mágica... De Longa Espada, o guerreiro —Sabia que Lottie Graham deixou o seu marido? —Adriana perguntou enquanto ela escavava um pedaço de peixe no jantar. Ela olhou para ele de forma crítica e disse: —Você acha que ele tomou uma amante? Ou d ois? Porque a maioria dos homens toma uma amante em um momento ou outro, e eu acho que a mulher prática apenas não percebe, não é? Hasselthorpe tomou um gole de vinho, espantando-se um pouco com a ideia de Adriana se agregando juntamente com esposas práticas. Eles se sentavam em seu quarto, em sua casa da cidade, hoje à noite para jantar, ao invés da sala excessivamente decorada com brocados ouro e mármore rosa. Ele não se incomodou em responder a pergunta, porque ela raramente necessitava da ajuda de alguém em suas conversas. Isto era útil, especialmente nas raras ocasiões em que eles jantavam apenas os dois, pois ele não tinha necessidade de acompanhar a conversa. E, de fato, ela continuou depois de engolir. —Eu não consigo pensar em outra razão para que ela deixasse o Sr. Graham. Ele é tão bonito, e cada vez que o vejo, ele


me cumprimenta pela minha aparência, e eu gosto de um cavalheiro que pode transformar uma frase bonita. —ela cutucou o peixe e franziu a testa —Eu não vejo por que o peixe deve ter tantos ossos, você vê? Hasselthorpe, que estava contemplando a diminuição das probabilidades de Blanchard em manter seu título, olhou para cima, bastante irritado. —O que você está falando, Adriana? —De peixes, —sua esposa disse prontamente —e os seus ossos. Eles têm tantos, e eu realmente não vejo o porquê. Eles vivem na água. —Todas as criaturas têm ossos. —Hasselthorpe suspirou. —Não os vermes, —disse sua esposa —nem águas-vivas, nem os caracóis, embora eles tenham conchas, que eu suponho ser muito parecido com ossos, em suas laterais. Ele fez uma careta. Por que ela sempre tagarelava sobre absurdos? —Mas eu não tenho certeza se uma concha é exatamente o mesmo que um osso do lado de dentro. —ela fez uma careta bastante adorável para baixo de seu pescoço. —E, de qualquer forma, eu ainda não entendo por que eles deveriam ter tantos ossos e estejam sempre esperando para pegar em alguma garganta. —Absolutamente. —Hasselthorpe desistiu de tentar seguir a mente de sua esposa e, ao invés disso bebeu um pouco mais de vinho. Às vezes, isto ajudava a levá-lo através destas refeições. Como sobreviveu Hope a aquela segunda tentativa de assassinato? Droga, por que o homem devia sobreviver a duas tentativas em poucas semanas e nem um arranhão nele foi... —Você acha que ele não se lava? Hasselthorpe fez uma pausa, a taça de vinho a meio caminho de seus lábios. —O peixe? —Não, seu bobo! —Adriana vibrou alegremente —Sr. Graham. Alguns cavalheiros parecem pensar que lavar as pessoas é apenas uma tarefa mensal ou mesmo anual. Você acha que o Sr. Graham é um deles? Hasselthorpe piscou. – Eu... —Porque eu não posso pensar no por que mais Lottie iria deixá-lo. —Adriana fez uma careta —Ele é muito bonito e bastante charmoso, e eu não ouvi nenhum conto sobre ele manter uma amante, muito menos duas, então eu acho que deve ser a lavagem, ou melhor, não lavagem, não é? Ele suspirou. —Adriana, minha querida, como de costume, você me tem muito perdido. —Eu tenho? —ela sorriu para ele —Mas eu também não entendo. E você é considerado um dos expoentes do Partido Tori, também! Sua onda de risadas era o suficiente para enviar um homem menos forte a ataques delirantes. Como sempre, Hasselthorpe apenas sorriu firmemente em sua esposa. —Muito divertida, minha querida. —Sim, não sou? —disse ela, complacente, e voltou a cutucar seu peixe —Eu acho que deve ser a razão pela qual você me ama. Hasselthorpe suspirou. Porque, apesar de sua falta de inteligência, sua conversa irritante, e seu estilo de decoração execrável, Adriana estava certa sobre este assunto. Ele a amava. Beatrice deveria ter suspeitado quando Reynaud sentou-se para jantar com ela e seu tio naquela noite. Mas, infelizmente, ela estava tão envolvida em manter sua expressão branda que ela nem sequer pensou em perguntar o que ele estava fazendo ali. Então, quando ele fez o seu pedido de casamento, ela quase engasgou com o vinho. —O que você disse? —Beatrice engasgou quando ela prendeu a respiração. —Eu não estava falando com você. —disse o odioso apunhalando pelas costas. —Bem, você certamente vai ter que consultar a mim sobre o assunto, eventualmente. —disse ela com sarcasmo. Um músculo na mandíbula de Reynaud flexionou. —Eu duvido... —Não! —rugiu tio Reggie. A cabeça de Beatrice virou para seu tio em alarme. Seu rosto foi à cor do clarete. —Por favor, não se excite... —Não é o suficiente para você que deve ter o meu título, mas agora você quer tomar a minha sobrinha também. —tio Reggie berrou. Ele bateu com o punho na mesa, fazendo com que saltassem os talheres. —Eu não aceitei a proposta de Lord Hope. —Beatrice disse suavemente. —Mas você vai. —disse Reynaud, esmagando o pouco de paz que ela poderia ganhar. —Você não ameace minha sobrinha! —tio Reggie gritou. Os lábios de Reynaud se diluíram. —Eu não ameaço, eu simplesmente declaro um fato. E eles estavam longe novamente. Realmente, ela não poderia estar em uma sala onde toda a atenção estava nela. Ela era como um osso velho disputado por dois cães lutando. Beatrice suspirou e tomou um gole novo de vinho, mantendo um olhar sub-reptício em Reynaud. Ele a deixou na noite anterior, logo após o ato sexual, e ela não o viu durante todo o dia. Ele usava a peruca branca esta noite e um casaco escuro vermelho-vinho que fazia sua pele bronzeada, sobrancelhas escuras e olhos exoticamente elegantes. O brinco de ferro em cruz virou contra o seu queixo quando ele inclinou a cabeça ironicamente para seu tio. Isso o fez parecer um pouco como um pirata, ela decidiu.


Ele chamou sua atenção e piscou. O resto do seu rosto estava impassível, e foi feito com tanta rapidez que ela quase pensou que ela imaginava. Será que ele realmente queria se casar com ela? A noção envi ou um eixo ímpar de calor para seu centro. Até tio Reggie dizer: —Você só quer se casar com a minha sobrinha para reforçar a sua afirmação de que você não é louco. É mais um esquema para roubar minha casa e meu título! Bem, isso foi certamente um amortecimento. Beatrice olhou fixamente para seu copo de vinho. Ela não iria chorar ante esses dois palhaços. O lábio superior de Reynaud se curvou em um sorriso quando ele se inclinou em direção a seu tio. —É a minha casa. Quantas vezes devo repetir? O título, a casa, o dinheiro, e, sim, agora Beatrice. Eles são todos meus. Você segure-o s pelas pontas de seus dedos, pois todos eles estão deslizando para longe de você, velho. É por isso que você está tão irritado. Beatrice pigarreou. —Eu não sei se vocês sabem, mas eu estou sentada aqui. Reynaud levantou uma sobrancelha para ela, seus olhos negros brilhando. —E você vai se juntar a essa conversa? Talvez listar uma ou duas razões para que uma partida entre nós seja inevitável? Como ele se atrevia? A ameaça estava implícita de que ele informaria a tio Reggie que dormiu com ela se ela se recusou a aceitar a sua proposta de casamento. Beatrice ergueu o queixo, dirigindo seus comentários ao tio Reggie, embora ela ainda mantivesse o olhar em Reynaud. —Tenho certeza que Lord Hope seria bem amável a algum tipo de compensação por sua administração adequada do Condado, tio. Um canto da boca de Reynaud arqueou quando ele murmurou. —Touché. Mas tio Reggie rugiu. —Serei condenado antes de aceitar a ajuda deste papagaio! Beatrice suspirou. Os senhores podiam ser tão extraordinariamente teimosos, às vezes. —Não seria uma ajuda, tio, seria uma compensação por anos de serviço pelo Título. Realmente, é apenas justo. Reynaud recostou-se na cadeira, observando-a especulativamente. —O que faz pensar que eu daria qualquer coisa para este usurpador do meu Título? —Bem, apropriado ou não, eu não vou aceitar. —tio Reggie empurrou a cadeira para trás com um baque. —Eu vou deixar você, sobrinha, na companhia deste homem que você escolheu por cima de mim. — e com isso, ele saiu da sala. Beatrice olhou para o seu prato, tentando esconder a dor que ela sentiu ao ouvir as palavras de seu tio. —Ele é um velho tolo. —Reynaud disse suavemente. —Ele é meu tio. —Beatrice respondeu sem olhar para cima. —E por causa disso, eu deveria recompensá-lo por roubar o meu Título? —Não. —ela finalmente respirou e encontrou seus olhos —Você deve presenteá-lo com uma pequena remuneração, porque seria a coisa certa e honrada de fazer. —E se eu não der a mínima para a honra? —ele perguntou em voz baixa. Ela observou-o, descansando em sua cadeira, com a mão na haste de sua taça de vinho, despreocupado, girando-a. Mas ela sabia que ele estava longe de ser ocioso. Ele manobrou-a até este ponto, esta confrontação tão habilmente como um mestre de xadrez encurralando a rainha de seu oponente. E por que não? uma pequena parte dela sussurrou. Se ela fosse à esposa de Reynaud, ela estaria em uma posição muito melhor para instá-lo a votar no projeto de lei de Sr. Wheaton. E ela poderia pressionar por concessões antes da rendição. Beatrice se recostou na cadeira, imitando sua pose. —Depois, você pode fazer isso por mim. —Eu posso? – ele disse. Ele contemplou, como se pesando o seu valor contra o de seu orgulho. —Sim. —ela disse com firmeza —Você pode. Você também pode oferecer a tio Reggie residência permanente aqui nesta casa quando você recuperar o seu Título. —E qual seria meu benefício para este gesto magnânimo? —Você sabe muito bem qual benefício seria. —disse ela, de repente cansada deste jogo —Não brinque comigo. Ele tomou um gole de vinho e pousou o copo com finalidade. —Venha aqui. Ela se levantou e rodeou a mesa para estar diante dele. Seu coração batia rápido e forte, mas ela tentou regular sua respiração. Tentou não demonstrar o quanto desesperadamente ele a afetava. Ele empurrou a cadeira da mesa e abriu suas pernas. – Mais próximo. Ela se colocou entre suas pernas, quase tocando, o sangue correndo em seus ouvidos. Ele olhou para ela, um guerreiro conquistador. —Beije-me. Ela inalou e então se inclinou, colocando uma mão em seu ombro. Seus lábios roçaram os dele, e ela não podia controlar seu tremor. Ela se endireitou e olhou para ele. —Mais. —disse. Ela balançou a cabeça. —Não aqui. Os servos vão voltar em breve para limpar a refeição. —Então, onde? —suas pálpebras caíram preguiçosamente —E quando? Em resposta, ela estendeu sua mão, porque ela não confiava em sua voz. Sua ação era contra tudo o que ela já foi ensinada


sobre como uma mulher deve se comportar. Ela disse que isso estava errado. Isso só levaria a tristeza e desgraça. Mas seu coração parecia estar dizendo o contrário, e que ela não tinha mais ninguém a quem recorrer. Jeremy estava morto. Tio Reggie deixou claro seu descontentamento com ela, e Lottie estava muito envolvida em sua própria vida agora. O que deixava apenas a si mesma a depender. Ele colocou sua mão na dela, e ela deu um puxão suave para fazê-lo se levantar. Ela levou-o a partir da sala sem dizer nada. A sala estava deserta; tio Reggie não gostava de funcionários pendurados a sua volta durante o jantar. Ela foi rapidamente subindo as escadas, ciente dos passos de Lord Hope, constantes e quase sinistros atrás dela, mas ela não olhou para trás. Ela o levou para o seu quarto e, em seguida, parou ao lado da porta. —Espere aqui. —disse ela, e entrou. Quick estava em seu quarto, como ela estava toda noite, esperando para ajudá-la a se aprontar para deitar. —Isso é tudo. —disse ela para a empregada —E, Quick? A empregada voltou-se para ela. – Sim, senhorita? —Tenha certeza de que você não vê nada no corredor. Os olhos de Quick se arregalaram, mas ela era muito boa serva para comentar. Ela simplesmente fez uma reverência e saiu do quarto. Beatrice respirou fundo e foi até a porta, abrindo-a. Ele estava do lado de fora, encostado na parede, esperando pacientemente. —Venha. —disse ela, e ele se endireitou. Ela estava alta e altiva e o convidou para entrar em seu quarto. Ele esteve lá duas vezes antes, é claro, mas não como seu convite. E isso, parecia, fez toda a diferença. Ele podia sentir seu pulso batendo em sua cabeça e descer até a base de seu pênis. Ele já estava ereto, já pronto para ela, mas ele se moveu lentamente. O lobo nunca quer assustar o cervo até que estava pronto para atacar. Ela se virou e foi para o fogo, mexendo com um atiçador. —Você vai se despir? —sua mão podia estar firme, mas sua voz estava alta e esganiçada. —Por que não? —ele perguntou, sua voz profunda. —Ah. —ela soltou o atiçador e estendeu a mão para os laços de seu corpete. —Não. —em dois passos, ele estava ao seu lado, segurando suas mãos —Por que você não me despe? Ela olhou para ele, com o rosto corado de rubor, o lábio inferior preso entre seus dentes. Ele queria morder o lábio ele mesmo, queria pegá-la em seus braços e carregá-la para a cama, um guerreiro com um prêmio. Mas ele precisava que ela viesse a ele por sua própria vontade. Na verdade, ele a coagiu, mas ela o levou aqui. Ele tinha que ter pouco de vontade própria da parte dela. Beatrice colocou as mãos em seu casaco, lentamente, empurrando com cuidado para trás sobre seus ombros. Ele moveu seus braços para ajudá-la a tirar a roupa, mas caso contrário ele simplesmente a olhava. Como um jovem oficial do exército de Sua Majestade, que esteve em bordéis em Londres e no Novo Mundo. Provou os favores de talentosas cortesãs. No entanto, a visão de uma mulher bem educada tirando seu casaco era muito mais erótico do que qualquer coisa que ele já viu em um bordel. Ela dobrou seu casaco cuidadosamente e o reservou. Então, ela ficou na ponta dos pés e tirou sua peruca. Ele passou as mãos sobre a cabeça, esfregando a barba de seu cabelo. —Confesso que me deixou triste o dia em que você cortou o cabelo. —disse ela em voz baixa. Um meio sorriso curvou seus lábios. —Você preferiu que eu portasse aquela juba selvagem? —Não. —ela estendeu a mão para passar suavemente sobre sua cabeça —Mas talvez um pouco mais de cabelo do que isso. Seu cabelo longo suavizou seu aspecto um pouco. Eu realmente nunca percebi até que você cortou tudo. Sem ele, você parece tão... implacável. Mas ele era implacável. Ela não sabia disso ainda? Ele não disse as palavras, meramente observava enquanto ela inclinava a cabeça sobre os botões de seu colete. Os únicos sons na sala eram sua respiração e a lâmina de tecido sobre os botões de osso. Ela chegou ao fim e empurrou o colete por seus ombros. Ela colocou o colete de lado e hesitou por um momento, olhando para a extensão de sua camisa branca. Ela tinha receios? Apenas dois dias antes, esta mulher foi uma virgem, e agora ele estava exigindo que ela o despisse. Ele deveria ter pena dela. Ele segurou sua mão e a trouxe para o seu peito. —A camisa é a próxima, eu acho. Ela começou a soltar os botões sem comentários, embora sua respiração estivesse vindo mais rápida. O roçar de seus dedos, mesmo com o linho fino entre sua pele e a dela, era uma tortura. Ela desabotoou o último botão, e ele levantou os braços para que ela pudesse tirar a camisa sobre a cabeça. Ela lambeu os lábios e olhou timidamente para ele sob as sobrancelhas. —Tudo? —Tudo. Ela assentiu com a cabeça, inalando como se preparando, em seguida, estendeu a mão para a braguilha de suas calças. Ele colocou as mãos em seus ombros, enquanto ela trabalhava, observando o topo de sua cabeça, em vez de onde suas mãos estavam. Ela se ajoelhou para puxar para baixo suas calças, e ele saiu de seus sapatos e meias também. Quando ela chegou até


sua roupa de baixo, suas mãos tremiam. —Você está com medo? —ele murmurou. Ela parou e olhou para ele. —Não. E ele teve que apertar sua mandíbula. Essa franqueza, aqueles grandes olhos cinzentos acima das bochechas sardentas, olhando para ele tão inocentemente, sem dolo ou disfarce, quase o desfizeram. Ela tirou sua roupa de baixo, e ele a chutou para o lado, totalmente nu agora. —O que você quer que eu faça? —ela perguntou. Ele olhou para ela, ajoelhada a seus pés, com o rosto tão perto de sua ereção bruta, e vários pensamentos vieram à sua mente, mas no final, ele estendeu a mão para ela. —Venha aqui. Ela se levantou, colocando placidamente sua mão na dele, e ele a levou para a cama. Ele jogou as cobertas de lado e se deitou de costas, encostado em vários travesseiros. Ele a puxou para baixo ao lado dele até que ela estava sentada na cama, seu vestido enrugado em torno de suas pernas dobradas. —Fique à vontade. —Eu estou. Ele queria sorrir, mas descobriu que a rigidez de seus músculos o impedia. —Então me toque. —Aqui? —ela colocou a mão sobre seu peito, arrastando os dedos através de seu pelo no peito. —Sim. —ele viu seu rosto enquanto ela explorava, circulando um mamilo. Ela olhava atenta, solene como uma garotinha dominando um ponto de bordado. —Este é sensível? Como o meu? —ela perguntou. Ele semicerrou os olhos. —É sensível. Ela assentiu com a cabeça e acariciou mais para baixo, seguindo o rastro de seu pelo abaixo de seu umbigo. Ali ela hesitou novamente, olhando incerta. Ele esperou, não a levando. Lentamente, ela correu os dedos por seus pelos pubianos, chagando cada vez mais perto de seu pênis. Quando, finalmente, ela tocou muito delicada, muito suavemente, ele soltou um suspiro. Seus olhos corriam por seu rosto, olhando para ele enquanto ela traçava o seu eixo. Ele segurou seu olhar, mesmo querendo fechar os olhos ante a sensação de seus dedos quentes em sua carne. Quando ela chegou à cabeça de seu pênis, ela olhou para baixo novamente, flexionando mais perto como que fascinada. —É muito rígido. —ela murmurou, circulando a cabeça – Isto machuca? —Não. —sua boca torceu —Não enquanto ele está finalmente aliviado. Seus olhos arregalaram. —Você quer dizer que ele permanece assim até... Ele riu fracamente era isso ou uivar. —Não. É, ah, isto vai embora depois de um pouco se não houver estimulação. —Estímulo... —suas sobrancelhas se uniram enquanto ela observava seus dedos enrolarem sobre o seu comprimento. —A visão de uma mulher bonita, o som de sua voz, a sensação de sua mão... —disse ele. —Qualquer mulher bonita? —ela fez uma careta. Ah, isso não era engraçado, e não com seu pênis em suas mãos pequenas e doces, mas sua boca se curvou. —Algumas mais do que outras. —Hmm. Ele limpou a garganta. —Você pode acariciá-lo. —Ela timidamente esfregou-o com seus dedos. —Mais firme. —ele murmurou, e envolveu sua mão sobre ela para mostrar. Ele trouxe suas duas mãos até seu pênis, com força suficiente para mover sua pele sobre a carne de pedra abaixo, e depois para baixo novamente. Ele soltou suas mãos. Ela fez isso de novo. —Si-im. —ele assobiou. —Você gosta disso? —Deus, sim. Ela trabalhou, e ele ficou como um paxá entre os travesseiros, deixando-a dar prazer. Ele a olhou com os olhos semicerrados, o cabelo preso ainda em seu coque, sua expressão séria, e a visão incrivelmente crua de seu pênis nu entre as mãos. E ele poderia ter deixado completá-lo, mas então ela se aproximou e com um dedo tocou a ponta de seu pau, onde o líquido claro começou a vazar. Ele era forte e tinha um pouco de força de vontade, mas ele não era feito de pedra. Ele pulou, agarrou-a quase pelo meio ignorando seu grito assustado e torceu seu corpo para colocá-la de joelhos e de frente para a cabeceira da cama. —Espere aí. —ordenou com voz gutural. Graças a Deus, ela obedeceu sem questionar o que ele disse ou fez, porque ele não ia durar muito tempo, em todo caso. Ela estava de joelhos, e ele simplesmente virou as saias por cima dos seus quadris. Ele passou as mãos sobre o seu doce traseiro, deleitando-se com a sensação de pele sedosa. —Separe suas pernas para mim. —disse ele, e ela alargou sua posição com um suspiro. Ele a tocou lá, entre as coxas, onde ela era mais macia, mais suave, e ele separou as dobras molhadas, revelando o centro brilhante. Ele ouviu seu gemido. Isso é o que ele queria sua mulher, inclinada, molhada e esperando por ele. Ele tomou seu pênis na mão e guiou-se para ela. Cristo! Ela era tão apertada, tão lisa. Ele sentiu uma umidade repentina em seus olhos, e ele os fechou então para que ela não visse. Isto era um acasalamento, uma boa e adequada foda, nada mais.


Mas, mesmo enquanto ele trabalhava sua carne por dentro, ele sabia que mentiu para si mesmo. Tudo sobre ela seu cheiro, seu sentir, seu corpo quente, e seus pequenos sons ofegantes significavam algo mais para ele. Casa. Ela era a casa e ele voltou para ela. Ele empurrou o pensamento estranho de lado enquanto ele empurrava o resto de seu comprimento para dentro. Ele agarrou a cabeceira em ambos os lado dos braços e a incluiu dentro de seu abraço. Ela estremeceu, e de alguma forma esse pequeno movimento foi à gota d'água. Ele começou a empurrar, dura e rapidamente, a sensação da carne escorregadia ao redor dele, segurando-o com tanta força, mandando-o completamente fora de controle. Ela arqueou os quadris, empurrando de volta para ele, e ele se inclinou para frente, mordendo sua nuca para mantê-la estável. Ela deu um grito, alto e impotente, e, em seguida, estremecendo ela foi flexionando sobre ele, ordenhando seu pênis enquanto ela chegava ao ápice. Ele rosnou no fundo de sua garganta e sentiu suas bolas puxarem apertadas enquanto ele se lançava dentro. Mesmo assim ele não parou, mas continuou transando com ela enquanto ele a enchia com a sua semente. Quando finalmente ele tombou para o lado, todos os ossos do seu corpo estavam líquidos. Ele teve presença de espírito apenas o suficiente para agarrá-la em seu peito enquanto ela se aconchegava contra ele. E então ele adormeceu. Seu quarto estava quase preto quando Beatrice acordou. Seu espartilho estava cutucando sua lateral. Ela adormeceu completamente vestida. Ela virou a cabeça e viu o brilho das brasas da lareira e, em seguida, sentiu a mudança quando Reynaud se moveu sob sua mão. Cuidadosamente, silenciosamente, ela se levantou da cama. Ele estava deitado, esparramado e nu, em seus lençóis, como se tivesse todo o direito. Ela sorriu um pouco triste. Ele provavelmente diria que este quarto e esta cama pertencia a ele, também. Beatrice balançou para baixo suas saias e saiu do quarto. Sem dúvida, ela estava bastante amassada, e ela não gostaria de encontrar alguém nos corredores, mas devia passar da meia-noite agora, e ela não achava que encontraria. Mais ao fundo do corredor estava o quarto de tio Reggie, a fenda abaixo da porta escura. Ela sentiu uma pontada de arrependimento que eles tivessem se separado em tais notas tão azedas no jantar. Será que ele já chegou a um acordo com o reaparecimento de Reynaud? Será que ele a perdoaria pelas escolhas que ela fez e faria no futuro? Ela vivia nesta casa há anos, e ela não tinha necessidade de uma vela, mesmo na escuridão quase total. Ela sentia seu caminho para a escada principal e se arrastou para baixo como um rato. No nível principal, um lacaio passou no corredor abaixo, fazendo o seu caminho para a cozinha e aos quartos dos servos. Beatrice ficou parada na escada, esperando pacientemente, em seguida, desceu silenciosamente, uma vez que ele desapareceu nas profundezas da casa. Ela parou na sala de jantar e ascendeu uma vela nas brasas da lareira, e então ela levou-a para a sala de estar azul. Ali ela posicionou o único castiçal em uma pequena mesa. Ela afundou em um sofá de frente para a porta e enrolou seus pés debaixo no assento. O retrato de Reynaud estava diretamente em frente a ela. Beatrice apoiou o queixo na mão, olhando para ele. Todas as noites, sentada com ele, sonhando com o que o homem por trás dos olhos risonhos estava realmente desejando. E agora ela sabia. Ela o conhecia, foi seu amante, e ele não era nada parecido com o que ela imaginou em suas fantasias de menina. Ele era duro, por vezes cruel, dirigido para obter o que ele queria, ele era enlouquecedor e frustrante. Ele também era inteligente, atencioso com aqueles que ele considerava seu próprio como complexo e desconcertante e um amante primoroso. Ele era um homem apaixonado. Mesmo que essa paixão não fosse para ela, ela admirava isto. Beatrice olhou para aqueles olhos negros, tão semelhantes fisicamente e tão dissociados espiritualmente dos vivos, homem verdadeiro. O casamento com ele não seria fácil. Havia uma boa chance de que ele pudesse se transformar em um desastre, na verdade. Mas para salvar tio Reggie, ela tomaria essa oportunidade. A porta da sala se abriu e Reynaud entrou em cena, inconscientemente, ao lado de sua imagem pintada. Ele usava calças e camisa. Seus olhares se encontraram, e então ele se virou para ver o que ela estava olhando. Ele estudou o retrato de si mesmo por um longo momento antes de olhar para ela. —Você está bem? Ela assentiu com a cabeça. Ele caminhou em sua direção, seus olhos nunca deixando sua figura. Quando ele estava diretamente em frente a ela, ele parou e estendeu a mão. —Quer se casar comigo, Beatrice? Ela colocou sua mão na dele. —Sim.

Capítulo 13 Diante de Longa Espada e da princesa estava uma enorme torre preta a guarda do castelo. Longa Espada avançou sobre a torre com cautela, a princesa atrás dele, mas a torre permaneceu sinistramente quieta. A única grande porta de madeira ficava na fachada da torre, sua superfície marcada e carbonizad a, como se tivesse resistido a uma terrível batalha. Longa Espada abriu a porta, e ao lado dele a Princesa Serenity engasgou. Por dentro da torre, seu pai, o rei estava acorrentado. Em torno do rei vo avam três dragões, cada um maior do que o último. E o menor dragão era duas


vezes maior que aquele que Longa espada matou no dia anterior... De Longa Espada, o guerreiro A terra recém-revolvida já estava mais fosca, dura, congelada, e derradeira. Beatrice inclinou-se e colocou a mão cheia de margaridas de São Miguel na sepultura. Não havia uma lápide, no entanto, apenas um marcador de madeira. As palavras Jeremy Oates estavam grosseiramente rabiscadas nela. —Eu vou me casar com ele. —ela sussurrou para o lamentável marcador. As palavras foram levadas pelo vento, açoitando através do pequeno cemitério. Como se para enfatizar sua tristeza, o dia estava nublado e cinzento. Os pais de Jeremy escolheram enterrá-lo adequadamente em um pequeno cemitério nos arredores de Londres. Não era nem mesmo um jazigo da família. Talvez tenham pensado em escondê-lo agora fora do caminho, até mesmo agora eles poderiam esquecê-lo completamente. Jeremy teria sorriu e lembrado que um pequeno cemitério era tão bom quanto uma catedral quando se estava morto. Beatrice balançou a cabeça e franziu o cenho ferozmente para segurar as lágrimas. Jeremy não teria se importado, mas ela sim. Esta não era uma maneira de menosprezar um bom homem. Ela fechou os olhos por um momento, simplesmente se lembrando dele, e as lágrimas vieram de qualquer maneira, se ela as queria ou não. Quando ela finalmente abriu os olhos, seu rosto estava frio e úmido, e sua cabeça estava começando a doer, mas estranhamente ela se sentiu melhor. Ela enxugou o rosto e olhou para o portão de cemitério. Reynaud encostava-se à parede de pedra ali, esperando pacientemente por ela. O caminho até aqui tomou mais de uma hora, e ele não fez qualquer reclamação. Embora ele não tivesse visitado seu quarto na semana desde que ela concordou em se casar com ele, Reynaud tinha a certeza de atendê-la quando podia. Claro, ele era um homem muito ocupado. Ele estava em consulta diariamente com advogados sobre as propriedades e seu Título, e se encontrou com seu amigo Lord Vale muitas vezes também. Beatrice franziu a testa. Ela não tinha certeza do que eles discutiram, mas ela estava feliz que eles pareciam terem se recuperado de sua animosidade inicial. Ela se ajoelhou para tocar a terra congelada sobre o túmulo de Jeremy uma última vez, e então ela se levantou e limpou as mãos. Na primavera ela traria alguns bulbos de lírio do vale para plantar aqui. Eles fariam companhia. Beatrice começou a pegar o caminho de volta para a carruagem e para Reynaud. A pequena igreja foi tristemente negligenciad a, o caminho de pedra cheio de ervas daninhas. O vento soprou suas saias contra suas pernas, e ela estremeceu quando ela se aproximou de Reynaud. —Terminou? —ele colocou uma mão sob o cotovelo para firmá-la. —Sim. —ela olhou para seu rosto severo —Obrigado por me trazer. Ele acenou com a cabeça. —Ele era um bom homem. —Sim, ele era. —ela murmurou. Ele a conduziu para dentro da carruagem e, em seguida, subiu atrás dela, batendo contra o teto para sinalizar ao cocheiro. Ela olhou pela janela enquanto se afastavam do cemitério, em seguida, olhou para ele. —Você ainda está de cidido por um casamento por licença especial? —Eu gostaria de ser já casado na hora que eu for ao parlamento. —disse ele —Se isso incomoda você, nós podemos planejar um baile de comemoração no ano novo. —ela assentiu com a cabeça. Após a paixão de sua sedução, a praticidade de seus planos para o casamento deles era um pouco de amortecimento. Ela se lembrou das palavras de Lottie sobre um cavalheiro preenchendo uma posição com a sua escolha de esposa. Não era isso o que ela mesma estava fazendo? Reynaud precisava dela como sua esposa para que ele pudesse convencer os outros de que ele era saudável. Nathan precisava de Lottie como sua esposa para continuar a sua carreira. A única diferença era que Lottie acreditou que seu marido a amava. Beatrice não tinha tais ilusões. Ela se endireitou um pouco e limpou a garganta. —Você nunca me contou como você conseguiu escapar dos índios. Será que Sastaretsi desistiu de seu ódio por você? Ele achatou sua boca com impaciência. —Você realmente gostaria de ouvir este conto? É chato, eu garanto. Suas manobras táticas só faziam a sua curiosidade mais aguçada. —Por favor? —Muito bem. —ele desviou seu olhar e ficou em silêncio por um momento. —Sastaretsi? —ela solicitou suavemente. —Ele nunca desistiu de seu ódio de mim. —Reynaud estava olhando para fora da janela, o seu longo nariz e queixo forte no perfil contra as almofadas vermelho-vinho atrás dele. —Mas aquele primeiro inverno foi duro, e fizemos tudo o que pudemos para simplesmente encontrar comida suficiente para alimentar a todos. Eu era um robusto caçador, mesmo se não fosse muito bom no começo, então eu acho que ele colocou de lado sua animosidade por pouco tempo. Estávamos todos fracos de fome de qualquer maneira. —Que terrível. —ela olhou para seu colo, examinando suas luvas de fina pelica. Ela nunca teve necessidade de alimento em sua vida, mas ela viu mendigos nas ruas e agora novamente. Tentou imaginar Reynaud com o rosto magro, tão cintilante, a expressão desesperada em seus olhos negros. Ela não gostava da ideia de que ele sofreu terrivelmente. —Não foi divertido, com certeza. —disse ele —Lembro-me de uma vez encontrar uma ursa. Eles rastejam para as maiores árvores, em buracos na madeira, para dormirem no inverno até o fim. O marido de Gaho me mostrou como olhar para as


marcas de garras em troncos de árvores que significava que um urso estava acima. Depois que tínhamos matado o urso, eles esfolaram uma parte e comeram a gordura, sem esperar para acender uma fogueira e cozinhar a carne. —Querido Deus. —Beatrice franziu o nariz em desgosto. Ele olhou para ela. —Eu comi bem. A carne no vapor d o ar frio do inverno, e tinha gosto de sangue, e eu a engoli de qualquer maneira. Era a vida. Nós não tínhamos comida por três dias antes disso. Ela mordeu o lábio e assentiu. —Eu sinto muito. —Não se desculpe, —disse ele calmamente —eu sobrevivi. —ele cruzou os braços sobre o peito e, em seguida, encostou a cabeça no encosto, com os olhos fechados como se ele dormisse, embora ela duvidasse que ele fizesse. Ela inclinou a cabeça. Ele sobreviveu, e ela estava feliz, de verdade, mas a que custo? O que ele sofreu o mudou. Era como se tivesse passado por uma fornalha de fogo, queimando todas as partes dele que eram suaves ou sentimentais, deixando um núcleo interno de fogo endurecido, insensível à dor ou sensações, talvez impermeável a amar também. Ela estremeceu com o pensamento. Certamente ele sentia algo por ela? Eles passaram o resto do passeio de carruagem para casa em silêncio, e foi só quando o carro diminuiu antes de Blanchard House que ela olhou para fora da janela. Ela se inclinou um pouco para frente. —Há outra carruagem bloqueando o caminho. —Está lá? —Reynaud disse distraidamente, com os olhos ainda fechados. —Eu quero saber quem poderia ser? —Beatrice ponderou —Agora, um senhor está saindo dela, e ele está ajudando a descer uma senhora elegantemente vestida. Ah, e há um pequeno menino também. Reynaud? Ela o chamou por último, porque ele de repente se levantou e se virou para olhar pela janela. —Cristo! —ele respirou. —Você os conhece? —É Emeline. —disse ele —É minha irmã. Ele sonhou com este momento por noites a fio durante o seu cativeiro: o dia em que ele finalmente veria a sua família novamente. O dia em que veria Emeline. Reynaud levantou-se lentamente para descer da carruagem, voltando para ajudar Beatrice a descer. Seu rosto estava animado, sorrindo com curiosidade, admiração e alegria, como se ela refletisse todas as muitas emoções que ele deveria estar sentindo agora. Ele enfiou a mão por seu cotovelo e se aproximou do pequeno grupo de pessoas que se reuniram no último degrau de Blanchard House. O homem se virou na direção deles com uma cara que parecia impassível a esta distância, mas era a mulher que Reynaud focava. Ela só agora percebeu sua presença e estava se transformando rapidamente. Seu rosto ficou branco e, em seguida, uma expressão de alegria arrebatadora se espalhou sobre ele. —Reynaud! —ela gritou, e começou a descer os degraus. O homem que devia ser Hartley pegou-a pelo braço, retardandoa, e por um momento Reynaud sentiu aumentar a raiva em seu peito. Até que ele viu porque Hartley pediu a ela para abrandar. —Oh, meu Deus... —Beatrice respirou. Emeline estava obviamente enormemente grávida. Há sete anos, ela foi uma jovem mãe e uma noiva. Agora, ela estava casada com um homem diferente e estava esperando seu segundo filho. Ele perdeu tanto. Tanto. Ele e Beatrice chegaram ao pé das escadas, assim como Emeline e Hartley chegaram à rua. Emeline parou de repente, olhando para ele, em seguida, estendeu a mão, tocando seu rosto com admiração. —Reynaud... —ela respirava rapidamente —Reynaud, é você? Ele cobriu seus dedos com sua mão, piscando contra a umidade em seus olhos. —Sim, sou eu, Emmie. —Oh, Reynaud! —e de repente ela estava em seus braços, e ele estava desajeitadamente abraçando-a ao redor da maior parte da sua barriga. Sentia-a tão doce, sua irmã mais nova, e ele fechou os olhos, simplesmente segurando-a por um momento. Ela afastou-se, finalmente, e sorriu, o mesmo sorriso que ela tinha desde os dez anos de idade, e depois franziu a testa. —Oh, porcaria! Eu vou chorar. Samuel, eu preciso ir para dentro. Hartley levou-a para dentro da casa, e Reynaud e Beatrice acompanharam mais serenamente. O garoto arrastou sua mãe, mas ele disparou olhares sobre seu ombro. Reynaud se lembrava de Daniel como um bebê, dificilmente capaz de andar na última vez que o viu. Agora, ele estava quase tão alto quanto sua mãe. Reynaud acenou para o menino. —Eu sou seu tio. —Eu sei. —disse Daniel, ficando para trás e caminhando ao lado deles enquanto eles se moviam pelo corredor. —Eu tenho algumas de suas pistolas. As sobrancelhas de Reynaud levantaram. —Você tem? —Sim. —o menino parecia um pouco preocupado —Eu pergunto, posso mantê-las? Ao lado dele, Beatrice sufocou uma risadinha. Reynaud virou um olhar repressor para ela antes de abordar o rapaz. —Sim, você pode. Eles estavam na sala de estar agora, e Beatrice deixou seu lado a fim de providenciar um chá e alguns tipos de bebidas.


—Será que os índios desenharam aqueles pássaros em torno de seu olho? —perguntou o menino. —Daniel. —Hartley falou pela primeira vez, a voz uniforme. Ele não disse mais nada, mas o menino abaixou a cabeça. —Desculpe. —ele murmurou. Reynaud acenou com a cabeça e se sentou. —Sim, os índios tatuaram meu rosto. Beatrice voltou naquele momento e encontrou seu olhar. Seus olhos estavam cheios de simpatia, e essa visão aqueceu seu peito. Ela se sentou ao seu lado e colocou sua mão sob a dele. Ela limpou a garganta. – Eu sou Beatrice Corning. Ele apertou a mão em sinal de gratidão. Emeline sentou um pouco mais reta, como se fosse um cão caçador de pássaros ante a visão de uma perdiz. —Tante Cristelle disse que você estava prestes a se casar com o meu irmão. Beatrice olhou para ele e então disse brilhantemente, —Sim. Esperamos ter um casamento pequeno em breve. Srta. Molyneux não nos disse que vocês estavam vindo. Vocês eram esperados? —Evidentemente que não. —Emeline franziu os lábios —Eu escrevi, é claro, para dizer que estaríamos chegando, mas a carta deve ter se desviado. Samuel tem negócios a tratar na Inglaterra, e eu esperava para visitar minha Tante. Como era esperado, muito a surpreendeu a nossa chegada em Londres, e, em seguida, ela nos surpreendeu com a notícia de que Reynaud estava vivo. —Notícia maravilhosa. —Beatrice sorriu. —Sim. —Emeline lançou um rápido e curioso olhar entre ele e Beatrice. —Me desculpe, mas você não está aparentada com o presente Conde de Blanchard? —O usurpador. —Reynaud rosnou. —Eu sou sua sobrinha. —disse Beatrice. —E brevemente a minha esposa. —afirmou Reynard. —Hmm... Sobre isso, —Emeline murmurou —Tante disse que você só esteve em casa por menos de um mês. Beatrice se agitou ao lado dele. —Eu temo que Reynaud me tire do chão. Emeline estava franzindo a testa agora, o que irritou Reynaud. Sete anos de diferença e sua irmã bebê achava que ela poderia dizer como viver sua vida? Ele abriu a boca, mas sentiu uma cotovelada acentuada no seu lado. Surpreso, ele olhou para Beatrice, que estava olhando muito séria para ele. Como se por alguma sugestão feminina, a conversa se voltou para questões mais leves então. Hartley explicou seus negócios em Boston e Londres, e Emeline contou a história de como eles se conheceram e o que aconteceu desde a ausência de Reynaud, suas notícias pouco diferentes do que ele ouviu falar de Tante Cristelle, mas foi maravilhoso ouvir a sua voz. Reynaud deixar a conversa fluir sobre ele, contente em simplesmente sentar e ouvir a sua irmã e Beatrice conversarem. Esta era a sua família agora. Finalmente, Emeline declarou-se cansada, e Hartley saltou para ajudá-la a levantar de seu assento. Enquanto as senhoras faziam as suas despedidas, Hartley virou-se para Reynaud e disse calmamente: —Eu estou feliz que você chegou a casa. Reynaud assentiu. Ele estava em casa agora, não estava? —Ouvi dizer que você correu pela mata para trazer de volta o grupo de resgate para aqueles que foram capturados. Hartley deu de ombros. —Era tudo que eu podia fazer. Se eu soubesse que o tomaram vivo, eu teria procurado até que eu o encontrasse. Era uma promessa fácil de fazer, sete anos após o fato, mas o rosto de Hartley era grave, os olhos sérios de intenção, e Reynaud sabia que o outro homem falava a sério. —Você não sabia. —disse ele, e estendeu sua mão. Hartley agarrou sua mão e apertou-a com firmeza. —Bem-vindo ao lar. E Reynaud pode apenas acenar novamente e olhar para longe, para não perder a compostura inteiramente. Reynaud escoltou Emeline e sua família para a porta da frente, em seguida, voltou para a sala de estar para encontrar Beatrice servindo-se de uma xícara de chá. Ele caminhou até a lareira, fez uma pausa para olhar o quadro de uma pequena pastora e se fosse sua mãe? Depois foi para as janelas. Todo o tempo, ele sentiu o olhar de Beatrice nele. Ela colocou a xícara em cima da mesa ao lado dela e olhou para ele. —Você está se sentindo bem? Ele fez uma careta para fora da janela. —Por que você acha que algo está errado? Ela ergueu as sobrancelhas. —Perdoe-me, mas você parece inquieto. Ele inalou, assistindo a um estrondo de carruagem rua baixo. —Eu não sei. Tenho Emeline de volta, a minha família de volta, mas algo ainda está faltando. —Talvez você precise de tempo para se adaptar. —disse ela em voz baixa —Você esteve vivendo sete anos longe viveu um estilo de vida muito diferente. Talvez você simplesmente precise se ajustar. —O que eu preciso é o meu Título. —ele rosnou, virando-se para ela. Ela olhou para ele, pensativa. —E quando você tiver o Título e tudo o que vêm com ele, você vai ficar contente? —Você está sugerindo o contrário?


Ela olhou para sua xícara de chá. —Eu estou sugerindo que você pode precisar de mais do que um Título e dinheiro para ser feliz. Sua cabeça recuou como se fosse atingido. O que foi isso? Por que ela o estava provocando agora? —Você não me conhece. —disse ele enquanto caminhava para a porta —Você não sabe o que eu preciso, por isso, abste nha-se de especular, madame. —e ele a deixou lá. Uma semana depois, Beatrice ocultava suas mãos trêmulas nas dobras de seu vestido de casamento. Este era uma túnica bastante elegante. Lottie disse que só porque ela estava tendo um casamento apressado não significava que ela não poderia ter um vestido novo para ele. Então, ela usara um tipo de seda linda que mudava de verde para azul quando ela se movia. Mas, apesar da beleza do seu vestido novo, ela não conseguia controlar o tremor de seus dedos. Talvez isso fosse o nervoso normal do dia do casamento. Ela tentou focar sua atenção no bispo que estava casando ela e Reynaud, mas suas palavras pareciam correr em um fluxo sem sentido junto ao som de zumbidos. Ela esperava muito que ela não estivesse prestes a desmaiar. Ela estava fazendo a coisa certa? Ela ainda não sabia, mesmo enquanto estava no altar. Reynaud prometeu cuidar de tio Reggie, prometeu deixá-lo viver em Blanchard House, não importando o resultado da luta pelo Título. Ela manteve tio Reggie seguro, e talvez isso fosse motivo suficiente para se casar com este homem, mesmo que ele não a amasse. Ele não a amava. Beatrice franziu a testa para o ramalhete de flores em suas mãos. Ela queria um homem que a amasse por ela mesma, mas ela estava se casando com um homem de cálculo frio em seu lugar. Isso seria o suficiente? Ela não tinha certeza. Reynaud nunca poderia amolecer seu coração o suficiente para amá-la. Nas últimas semanas, ele parecia mais do que nunca, mais focado em seu objetivo de alcançar o Título e o poder que vinha com ele. Se ele nunca chegasse a amá-la, ela poderia suportar esse casamento? Mas, então, Reynaud se virou para ela e colocou um simples anel de ouro em seu dedo e beijou-a suavemente no rosto. De repente, a coisa toda acabou, e já era tarde demais para dúvidas ou remorsos. Beatrice respirou fundo e colocou a mão no cotovelo de Reynaud, segurando com mais força do que normalmente poderia ser. Ele inclinou a cabeça para mais perto. —Você está bem? —Sim. Bastante. —um sorriso largo parecia estar congelado em seu rosto. Ele olhou para ela em dúvida enquanto ele a conduziu através da pequena multidão de simpatizantes. —Nós vamos estar em casa logo, e se você quiser, você pode ir se deitar. —Oh, mas nós temos o café da manhã de casamento! —E a noite de núpcias. —ele sussurrou em seu ouvido —Eu não quero que você demasiado doente para desfrutar disso. Ela abaixou a cabeça para esconder um sorriso de satisfação. O fato era que ele não fez mais do que beijá-la castamente nos lábios desde o noivado, e uma pequena parte dela começou a se perguntar se ele já perdeu o interesse. Evidentemente que não. Ele entregou-a para dentro da carruagem sobre os aplausos da multidão e, em seguida, entrou apressadamente. Ele sorriu para ela enquanto a carruagem se afastava. —A sensação é diferente, estando casada? —Não. —ela balançou a cabeça, então pensou em algo —Embora, acho que vou ter que me acostumar a ser Lady Hope, não é? Ele fez uma careta. —Deveria ser Lady Blanchard. —ele olhou para fora da janela — E vai ser assim também. Não havia mais nada a dizer sobre isso, então eles permaneceram em silêncio até que chegaram a casa. Muitos dos convidados já chegaram e estavam entrando na casa quando Beatrice desceu da carruagem. Ela subiu os degraus de Blanchard House com Reynaud, se sentindo estranha. Esta ainda era a casa de seu tio, mas muito em breve seria só de Reynard e dela se ele ganhasse de volta o seu Título. Ela estaria invertendo posições com tio Reggie, e o pensamento não era confortável. No interior, a sala de jantar foi preparada para a festa. Metros de fútil tecido rosa forravam a mesa, e por um momento Beatrice se sentiu horrorizada pela forma como tio Reggie teve que gastar. Ela já estava sentado à cabeceira da mesa, parecendo bastante subjugado e triste. Ele se recusou a encontrar a seus olhos. Reynaud se sentou ao lado de tio Reggie como era adequado e, em seguida, foi distraído por um convidado. Por um momento, Beatrice ficou quieta. —Está feito, então. —disse tio Reggie. Ela olhou para cima e sorriu. —Sim. —Não é possível voltar atrás. —Não. Ele suspirou profundamente. —Eu só quero o melhor para você, minha querida. Você sabe disso. —Sim, eu sei, tio. —ela disse suavemente. —O corrupto parece cuidar de você. —ele colocou as mãos sobre a mesa e olhou para eles como se nunca os tivesse visto antes. —Eu já reparei como ele olha para você, às vezes, como se você fosse uma joia que ele tem medo de perder. Espero que ele a trate bem. Espero que você seja muito feliz. —Obrigado. —Beatrice sentiu bobas lágrimas tão perto da superfície durante todo o dia se precipitarem de seus olhos. —Mas se ele não fizer, —seu tio disse, em voz baixa —você sempre terá um lugar comigo. Podemos sair desta maldita


casa, encontrar outro lugar por nós mesmos. —Oh, tio Reggie. —ela prendeu a respiração com uma risada que era quase um soluço. Querido, querido tio Reggie, apesar da desaprovação pela escolha ainda relutante a abandoná-la totalmente. Ela estava enxugando os olhos com um lenço quando Reynaud tomou a cadeira ao lado dela. Ele fez uma careta para ela. —O que ele disse para você? —Shh... —Beatrice olhou para tio Reggie, mas ele estava falando com Tante Cristelle. —Ele tem sido muito bom. Reynaud resmungou, sem olhar particularmente convencido. —Ele é um velho fanfarrão. —Ele é meu tio e eu o amo. —Beatrice disse com firmeza. Seu novo marido apenas resmungou. O café da manhã foi longo e suntuoso, e quando ele finalmente terminou, Beatrice estava pronta para uma soneca. Mas ela se levantou e se preparou para dizer adeus a seus convidados. Perto do fim da linha estavam Lord e Lady Vale. O Visconde começou a conversar com Reynaud, e por um momento Beatrice e Lady Vale estiveram juntas sozinhas. —Ele está muito satisfeito com essa união. —Lady Vale disse calmamente. Beatrice olhou para ela, surpresa. – O Visconde Vale? A outra mulher acenou com a cabeça. —Ele está muito preocupado com Lord Hope. Todo esse negócio de seu marido retornando vivo foi um choque para ele - um choque bom é claro, mas um choque, no entanto. —Beatrice ergueu suas sobrancelhas. —Ele está preocupado com como Lord Hope mudou. —Ele está sombrio. —Beatrice murmurou. Lady Vale assentiu. —Assim me disse Vale. Em todo caso, ele estava muito feliz que você tenha concordado em se casar com Lord Hope. Beatrice não sabia o que dizer sobre isso, então ela apenas balançou a cabeça. A Viscondessa hesitou por um momento. —Eu me pergunto... Beatrice olhou para ela. —Sim? A outra mulher parecia um pouco envergonhada. —Eu me pergunto se eu poderia dar um presente de casamento bastante incomum? —O que seria isso? —É um trabalho, na verdade, por isso, se você não o quiser, por favor apenas diga, e eu não vou ir embora. Beatrice estava intrigada agora. —Diga-me, por favor. —É um livro. —Lady Vale respondeu —Foi-me dito há algum tempo por uma amiga que você encadernava livros como um hobby. —Sim? —Bem, isso é algo de um projeto meu. —Lady Vale disse quase timidamente —É um livro de contos de fadas que originalmente pertencia a Lady Emeline e seu marido. Beatrice se inclinou para frente. —Ele pertencia a Reynaud? Lady Vale assentiu. – Emeline o encontrou no ano passado, e ela me pediu para traduzi-lo, estava em alemão. Uma vez que eu o traduzi, pedi a uma amiga para transcrevê-lo, e eu queria saber se você gostaria de encaderná-lo para mim? Ou melhor para Emeline. Eu gostaria de dar a ela, eventualmente, para que ela possa tê-lo para seus próprios filhos. Você vai me ajudar? —É claro. —Beatrice murmurou, tomando as mãos da outra mulher. Ela estava cheia de uma espécie de prazer satisfeito, como se Lady Vale, de alguma forma, tivesse dado uma entrada para a família St. Aubyn. —Eu vou estar feliz em fazê-lo. —Beatrice parece adorável. —Nate disse quando ele se aproximou de Lottie após o café da manhã do casamento. —Sim, ela está. —Lottie respondeu sem olhar na direção dele —Eu não percebi que você foi convidado para o casamento. —ela estava apenas no interior das portas dianteiras de Blanchard House, esperando por sua carruagem para ser levada a outro evento. Mesmo ela fazendo questão de não olhar para ele, ela estava vividamente consciente de seu casaco e calça azul escuro, o branco de sua peruca e lenço no pescoço o faziam parecer muito bonito de fato. Ela era, provavelmente, a única ciente de que a braçadeira de seu casaco especial estava desgastada e precisava de conserto. Ela se esqueceu de indicálo para seu criado antes que ela o tivesse deixado, e, aparentemente, ninguém na casa notou. Seu belo rosto obscureceu. – Você não sabia? Eu podia jurar que eu vi você olhando para o meu caminho na igreja. Ela sorriu com força. —Talvez você pense que todo mundo estava olhando para você? Você é esse jovem membro tão ambicioso do parlamento. Os lábios de Nathan se apertaram, mas ele apenas disse: —Esta é uma boa combinação. Beatrice parece muito feliz. —Hmm. Mas então, só se passaram três horas deste. —Seu cinismo torna você doente. —Oh, isso está certo. Você prefere uma senhora que finja felicidade. —disse ela docemente. —Na verdade, eu prefiro uma mulher que é feliz, na realidade, não apenas fingimento. —disse ele. —Então talvez você devesse ter prestado mais atenção à sua mulher. —ela retrucou.


—É isso? —ele se aproximou dela, quase tocando o ombro com seu peito, falando baixo e intensamente —Você voltaria se eu prometer uma ida ao teatro ou ballet? Talvez trouxer doces e flores? —Não me pinte como uma criança pequena. —Então me diga o que você quer. —ele assobiou, o rosto normalmente agradável torcido com raiva —O que eu fiz que estivesse tão errado, Lottie? O que eu tenho quer fazer para você voltar? Porque as fofocas estão em um frenesi sobre a sua deserção. A minha reputação minha carreira não pode demorar muito mais que isso. —Oh, sua carreira... —ela começou. Mas ele a interrompeu, algo que ele nunca fez antes. —Sim, a minha carreira! Você sabia quando você se casou comigo que eu era um político de carreira. Não aja como inocente ferida agora. —Eu sabia que você tinha uma carreira, —disse ela em voz baixa —o que eu não sabia era que consumia sua vida seu coração tanto que você não tinha espaço para uma esposa. Ele puxou de volta para seus olhos. —Eu não sei o que você quer dizer. —Você não? —Lottie atirou de volta —Bem, talvez você deva pensar sobre isso um pouco, então. E ela saiu pela porta antes que ele pudesse responder, ou antes que ela pudesse explodir em lágrimas.

Capítulo 14 Ao verem Longa Espada e a princesa, os três dragões voaram para eles, com enormes garras estendidas, rugindo fogo de suas mandíbulas. Longa Espada se preparou e empunhou a sua espada poderosa. THWACK[17]! O menor dragão caiu no chão, gritando de dor de uma ferida mortal em seu peito. Mas os dragões restantes se separaram e os atacaram de ambos os lados. Longa Espada cortou a um diante de si mesmo enquanto ele sentia a investida de garras de fogo em suas costas. Ele se virou, caindo sobre um joelho. O dragão restante o maior dragão gritou em triunfo e desceu para terminar de matar... De Longa Espada, o guerreiro No momento em que a noite caiu, Beatrice era um feixe de nervos. Ela não era mais virgem, então talvez ela não devesse ter ficado nervosa afinal, o que ela tinha a temer? Mas, apesar de sua familiaridade física, sentia de alguma maneira, que sabia menos agora sobre seu marido do que ela tinha semanas atrás. Talvez nunca entendesse realmente um homem, mesmo depois de ter aceitado um dentro de seu corpo. Era um pensamento sombrio para ter em sua noite de núpcias, e Beatrice franziu o cenho enquanto tirava as gotas de pérola de suas orelhas. Os brincos foram de tia Maria, e ela se perguntou o que aquela mulher iminentemente prática teria pensado sobre seu casamento. Será que ela aprovaria Reynaud? Ela não teria gostado da maneira arrogante com que ele tratou tio Reggie, isso era certo. Beatrice sentiu um toque de remorso. Poderia este dia ser um enorme erro? Diante desse pensamento, Reynaud entrou no quarto. Beatrice dissimulou rapidamente com um sorriso suave. Ela se mudou para as dependências da Condessa, não utilizadas desde a mãe de Reynaud as ocupou. Tio Reggie ainda tinha a posse do quarto do Conde, pelo menos no nome ele saiu de casa durante a noite. Beatrice meio que esperava que Reynaud tirasse proveito da ausência de seu tio para assumir o controle do quarto principal. Mas ele não fez. Mais uma vez, ele a surpreendeu. Ele caminhou em direção a ela agora vestindo apenas suas calças e camisa sob um robe ouro profundo. Que, junto com o brinco balançando perto de sua mandíbula e as tatuagens dos pássaros voando, o faziam parecer um príncipe exótico. Um que podia descansar em montanhas de almofadas de seda, enquanto ele era administrado por um harém de belezas escuras. Beatrice se assustou com o pensamento. Ela não era um harém de beleza. Talvez fosse por isso que a voz dela parecia um pouco alta quando ela disse: —Há um pouco de vinho e biscoitos e também alguns doces sobre a mesa perto do fogo. Talvez você gostasse que eu servisse uma taça? —Não. —ele balançou a cabeça lentamente enquanto ele avançava para ela. —Eu não estou com sede para o vinho. —Oh... —Oh, Santa Benevolência! Ela deveria fazer algum comentário sofisticado, algo que iria fazê-lo pensar que ela era mais do que uma senhora bastante ingênua com não muito experiência. Um canto de sua boca se contorceu, e agora ele parecia um príncipe exótico um tanto perigoso. Beatrice recuou um passo, e seu traseiro bateu na cama. —Nervosa? —ele perguntou, soando como se ele estivesse tentando parecer inocente e não pecaminoso. —Não. —ela disse, e então a honestidade a obrigou a alterar imediatamente sua declaração —Bem, sim. Sim, eu estou um pouco nervosa. Eu realmente não sou o tipo que seduz. —Não? —Não. —ela disse quase mordaz —Eu sou prática e simples, e eu nunca tive senhores que se aglomerassem sobre mim.


Ele levantou uma sobrancelha, o que, com suas tatuagens e tudo mais, fez seu olhar positivamente diabólico. —Sem admiradores apaixonados, sem amantes prostrados com o desespero? Ela fez uma careta. —Eu não estou com medo. Eu sou apenas uma garota inglesa comum.


—Graças a Deus! —disse ele, e de repente ele estava tão perto que ela podia sentir o calor do seu corpo, mesmo através de sua camisa e de seu robe. —Estou contente por nenhum outro homem ter visto seu doce núcleo interno. Acho que eu poderia ter que matá-lo se houvesse outro homem. Ele disse levemente, mas Beatrice estremeceu ao tom sombrio de sua linguagem. Ele estava apenas seduzindo uma nova esposa na noite de núpcias, ou ele estava falando algum tipo de verdade? Ele estava realmente atraído por ela? Oh, como ela desejava que ele estivesse! Ser querida simplesmente por si mesma e não por outro motivo era um desejo desesperado dentro dela. Mas ela estava distraída com esse pensamento, para perceber que ele inclinara sua cabeça, baixando-a para que ele pudesse colocar seus lábios apenas na junção do ombro e de seu pescoço. A sensação era estranha, uma parte delicada, uma parte erótica. Ela efetivamente sentiu um espigão de emoção do ombro até a junção de suas coxas. Querido Deus, se ele podia fazer isso com apenas um beijo no ombro, pelo amor de Deus, ela não tinha nenhuma esperança. Como ela poderia ser igual neste casamento, se seu simples toque a transformava em uma poça de desejo? Ela não podia. Ela ia ter que tomar suas formas de garota inglesa comum nas mãos e transformá-las de alguma forma. Ela podia não ser capaz de dizer que o amava, mas ela certamente poderia mostrar com seu corpo. Com esse pensamento em mente, ela estendeu a mão para o marido. Suas mãos deslizaram ao longo da seda de seu robe, sentindo o calor de seu corpo por baixo. Ele ordenou que ela o despisse da última vez. Desta vez, ela não esperaria por nenhuma instrução. Ela retirou o robe de seus ombros. Ele ainda estava beijando seu pescoço, mas ele fez um pequeno som gutural com sua garganta por sua ação. Ela tomou isso como incentivo. Em seguida, ela desabotoou sua camisa, feliz por ver novamente a extensão de seu peito. Ele tinha um belo peito, largo e musculoso e bronzeado ainda num caramelo escuro. Ela pediu para levantar os braços e retirou a camisa. Talvez fosse porque ela estava tentando ir devagar, para seduzir, mas desta vez ela sentiu algo em suas costas que ela não percebeu da última vez. Ela jogou sua camisa ao lado de seu robe e passou as mãos em torno dos lados para suas costas. Havia solavancos lá, como cicatrizes. Que estranho. Ela franziu a testa, explorando-as com os dedos. Era quase como se... Ele tomou suas mãos longe de suas costas, segurando-as entre seus corpos enquanto a beijava apaixonadamente. Sua língua invadiu sua boca, e ela apertou os lábios sobre ela, sugando. Ele soltou suas mãos, e ela as deslizou sobre seu peito, glorificando a sensação de sua pele. Suas mãos vagaram para baixo e atingiram a cintura de suas calças. Cegamente, ela começou a procurar os botões, um trabalho mais difícil quando ele começou a acariciar seus seios com as mãos. Ela rompeu sua boca longe da dele, ofegante. —Você está me distraindo, fazendo isso. —O que, isso? —ele perguntou inocentemente, e então beliscou seus mamilos. —Oh! —ela tinha os dois primeiros botões abertos sobre a braguilha de seus calções e inseriu os dedos dentro, roçando sua carne dura. Reynaud murmurou sob sua respiração, então abruptamente a deixou para ir se livrar das calças e roupa de baixo. —Vamos continuar isto na cama. Ele se voltou para a cama, puxando-a com ele, e depois deitou contra os travesseiros. Ela subiu ao seu lado, sentado sobre seus joelhos. Ele se esticou, seus braços curvados sobre sua cabeça. Os pelos debaixo de seus braços eram negros e grossos, e seus braços incharam com a flexão de seus músculos. Beatrice sentiu sua barriga esquentar com a visão. Ela baixou os olhos. Seu pênis estava reto agora, mas ainda não totalmente ereto. A ú ltima vez que fizeram amor, ele dirigiu as explorações dela. Agora, porém, ela queria fazer apenas o que ela desejasse. Ela se inclinou um pouco para frente e acariciou seu pênis, e este balançou em reconhecimento. Ela sabia que ele gostava de um toque firme ele mostrara isso antes. Ela o circulou, apenas no âmbito da cabeça inchada, medindo sua largura com seu polegar e o indicador. Ele se mexeu embaixo dela. —Venha aqui. Ela se arrastou até ele, então, este grande homem que pertencia a ela agora, e quando ela chegou perto de seu rosto, ela o segurou entre suas mãos e beijou-o. Suas experiências poderiam deixá-lo duro, cruel em algumas ocasiões, mas ela se regozijava delas, se elas o levaram para casa vivo. Então, ela o beijou, profundamente, movendo-se contra ele, e ele a acomodou como ele gostava, puxando suas pernas sobre seus quadris de ambos os lados e atraindo-a até que ela quase sentou em cima dele. Ela se afastou para olhá-lo com uma pergunta e ele concordou. —Monta-me. Ela se levantou e retirou sua camisa para que ela pudesse estar tão nua quanto ele. Esta era a consumação de seu casamento, e ela queria fazê-la igual a ele, nua diante de Deus. Quando ela se abaixou sobre ele, suas dobras molhadas conheceram sua dureza. Ela olhou para ele. —Você faz isso desta vez. Coloque-o em mim. Ele encontrou seus olhos e estendeu a mão entre eles, sua mão direita lá, roçando nela. —Como isso? —ele perguntou, e ela sentiu o primeiro impulso, o alongamento produzido pela cabeça do pênis entrando nela.


—Sim, como isso. —ela sussurrou, completamente encantada com o que ele fazia. Os lábios dele se apertaram. Ela se inclinou um pouco para frente, segurando seus ombros, e, em seguida, ele empurrou para cima e, de repente, estava totalmente dentro. Eles estavam unidos. Ligados por seus corpos e pelos votos que fizeram. Ela tremeu um pouco com a ideia, e seus olhos se encontraram. Será que ele sentia a importância da ocasião também? Ela não podia ter certeza, seus olhos eram negros e insondáveis, impossíveis de ler. —Me monte. —disse ele novamente. Então ela fez. Ela se levantou com cuidado, deixando-o deslizar de suas profundezas e, em seguida, empurrou-se para baixo, ofegando enquanto ele a enchia. Os olhos abaixaram a metade, o lábio superior recuou para trás de seus dentes. Ele apalpou seus seios com as mãos grandes, friccionando sobre os mamilos com os polegares, e ela lutou contra a vontade de fechar os olhos. Isto era importante. Este era um ato de significado sagrado, e ela queria estar consciente de cada pedacinho dele. Ela se inclinou para frente, movendo-se contra ele, e apressou o passo. Ela estaria chegando em breve, esse terrível felicidade. Ela podia sentir seu corpo apertando enquanto ela galopava em direção a sua libertação. Seu pênis estava duro e liso, e ela girou sobre ele, esfregando suas dobras contra ele, dando prazer a si mesma, enquanto ela dava prazer a ele. Sua cabeça estava arqueada para trás, com os olhos semicerrados. Ela escorregou para frente para lamber seu mamilo e ele gemeu. Ela viu como seus olhos negros inteligentes estavam sem foco. Assistiu quando ele abriu a boca e gritou. Ele arqueou debaixo, seu corpo um arco tenso, e ela agarraram seus ombros para manter o seu lugar, mesmo quando ela se contraiu e estremeceu com o doce prazer inundando sua barriga. Ela caiu contra seu peito arfante, de boca aberta, e provou o sal em sua pele, mesmo quando outra onda bateu nela. Ela fechou os olhos e enterrou o rosto em seu pescoço forte. Isto foi quase perfeito. Ela estava contra ele, sobre ele, e sentiu seu peito subir e descer por baixo. Ela poderia ficar aqui para sempre, perdida no rescaldo feliz, mas, eventualmente, o mundo exterior se intrometeria. Então ela fez a pergunta que ela esteve retendo desde que ele tirou sua camisa. —Como você conseguiu as cicatrizes em suas costas? Ele deveria ter percebido que ela viu através de sua prevaricação[18], mas a pergunta veio como um choque, no entanto. Por um momento, pensou em ignorá-la ou até mesmo fingir que ele não sabia o que ela estava perguntando. Mas eles estavam casados. Ela veria isso em breve e por muitos anos que viriam, se Deus quiser. Assim, ele se preparou e disse: —Eu vou dizer uma vez, mas eu não quero nunca mais falar sobre isso novamente. Está entendido? —ele pensou que ela poderia fazer beicinho ou pior, se magoar por seu tom brusco mas ela simplesmente olhou para ele com aqueles olhos cinzentos arregalados. —Muito bem. Posso ver? Ele fez uma careta, olhando para longe, mas, em seguida, abruptamente rolou de modo que estava de costas para ela. Ela engasgou e depois ficou em silêncio. Ele fechou os olhos, imaginando o que ela viu. Ele sabia de olhar no espelho uma e apenas uma vez que suas costas eram uma massa de cicatrizes. Várias linhas brancas esculpidas através do bronzeado de sua pele. Muitas grossas, cicatrizes avermelhadas, aquelas que ela sentira antes, entrelaçadas a partir das costas até seu quadril direito. Ela perguntou: —Como isso aconteceu? Ele se virou para ela, seus olhos ainda fechados. —Foi no segundo inverno que eu estava com a família de Gaho. —Conte-me. —disse ela simplesmente, e ele abriu os olhos para vê-la olhando para ele. Seu rosto não tinha rugas, puras e belas, com os cabelos de ouro ainda puxados para trás. Ela cobriu os seios com os lençóis, mas seus ombros brancos ainda estavam revelados. —Nós tivemos mais comida quando a primavera chegou. —ele inclinou a cabeça para se concentrarem nas cortinas da cama —Os ursos e veados podem esta magros no inverno, mas eles eram mais fáceis de caçar. E as mulheres reuniram frutas e legumes dos bosques e campos uma vez que as coisas verdes começaram a crescer. —As coisas estavam melhores. —disse ela em voz baixa. Não havia impaciência em sua voz, mas ele estava evitando a razão para esta narrativa. —Elas estavam melhores, sim. —disse ele —E eu deveria estar, também. Havia, finalmente, muita coisa para comer depois de um inverno de fome. Mas os verões podem ser muito quentes em qualquer parte do mundo. Quente e úmido e eu acho que a combinação penetrou em meus pulmões. Eu fiquei muito doente com febre e vomitando. Gaho e as outras mulheres de sua família me atendiam, mas há dias de que eu não me lembro. —Que horrível. —disse Beatrice, entrelaçando os dedos com os dele —Mas você sobreviveu... —Eu sobrevivi, mas eu quase não fiz. —disse ele —E, em seguida... —estranho, ele podia sentir o suor começar a escorrer em suas costas com apenas a memória. Ele respirou fundo, lutando contra a náusea que subia na garganta. Ele estava tão envergonhado do evento. —O que aconteceu? Ele respirou. —Gaho deixou o acampamento para participar de uma cerimônia. Ela seguiu com suas duas filhas e seus


cônjuges e seu marido. Eu estava muito doente para viajar. Só que, alguns velhos, uma escrava, e Sastaretsi ficaram para trás. Ele disse que teve uma discussão com o chefe da tribo onde Gaho e sua família foram para visitar, mas eu acho que ele ficou para trás apenas para me matar. Beatrice ficou em silêncio, mas ela apertou os dedos. Reynaud fechou os olhos, tentando manter a voz firme, lembrando o horror de estar sob o poder de outro. —Minha existência viva estava ferindo profundamente o orgulho de Sastaretsi. Ele tomou isso como uma afronta pessoal que eu não tivesse sido torturado até a morte para sua maior glória. Quando estávamos tão perto da morte durante o inverno, acho que ele esperou a sua vez, porque a tribo precisava de outro caçador são. Mas quando eu fiquei doente naquele verão, ele viu sua chance. —O que ele fez? —ela perguntou. —Ele veio até mim no meio da noite. Eu estava amarrado e ainda fraco pela febre. Eu não tinha nenhuma chance, mas eu lutei mesmo assim. Eu sabia que estar em suas garras seria fatal. —Mas ele pegou você, apesar de sua resistência? —ela perguntou em voz baixa. Ele acenou com a cabeça. As palavras pareciam presas em sua garganta, e seu peito doía como se não pudesse respirar. A sensação das mãos de outro homem em sua garganta, o conhecimento de que ele não estava forte o suficiente para desalojá-lo. De repente, ele sentiu o cheiro de gordura de urso, quente e azeda e forte. Impossível. Ele estava imaginando. Ninguém besuntava a si mesmo com gordura de urso na Inglaterra. Mas Sastaretsi o fazia naquela terra tão distante. O fedor estava grosso em suas narinas naquela noite. —Reynaud? – ele ouviu Beatrice chamar —Reynaud, você não precisa ir em frente. —Não. —ele suspirou —Não. Eu vou dizer só dessa vez e nunca mais. —ele ficou deitado por um momento, apenas respirando, tentando tirar o cheiro de gordura de urso para fora de seu nariz. Então ele disse: —Ele me tomou e me prendeu a uma estaca, e ele me bateu. Mais e mais. Ele quebrou paus contra as minhas costas, entalhou longas linhas em minha carne, e quando eu desmaiava, ele me acordava para começar tudo de novo. Ela ficou em silêncio, ambas as mãos em volta das suas agora. —Ele queria me matar. Me torturar até que eu implorasse e, em seguida, me queimar vivo. —Mas você não morreu. —disse Beatrice. Ela parecia urgente. —Você sobreviveu. —Sim, eu sobrevivi. —disse ele —Eu sobrevivi ao me recusar a emitir um som. Não importava o que ele fazia para mim, não importava o quanto ele me batia ou fazia meu sangue fluir, eu permaneci em silêncio. E então aconteceu um milagre. —ele olhou para ela, sua protegida esposa. Ele nunca deveria ter dito a ela essa história, nunca deixá-la ouvir sobre a escuridão que ele passou sua vergonha. —O que aconteceu? —Gaho e sua família voltaram. —ele disse simplesmente, as palavras de jeito nenhum transpareciam a maravilha que ele sentiu com o evento —Ela me disse mais tarde que ela teve um sonho. No sonho, uma cobra estava lutando com um lobo, e a serpente afundou suas presas no pescoço do lobo. Ela disse que a voz de seu pai disse que a cobra não devia ganhar. Quando ela acordou, ela encurtou as festividades e voltou para casa. —O que ela fez? —perguntou Beatrice. A boca de Reynaud se torceu. —Ela me salvou da morte. Ela me libertou, me deu água, lavou e amarrou minhas feridas, e na manhã do dia seguinte, ela me deu uma faca e me mandou fazer o que eu precisava. —O que você tinha que fazer? —Matar Sastaretsi. —disse ele —Eu estava fraco, sofrendo com a perda do meu sangue e pela doença, mas eu tinha que matá-lo. Ele sabia o que eu faria com ou sem a permissão de Gaho, eu não poderia deixá-lo viver e ele poderia ter corrido no meio da noite, mas ele ficou para lutar comigo. —E você ganhou. —disse ela. —Sim, eu ganhei. —disse ele, não sentindo nenhuma vitória por tudo. Ela suspirou e se estabeleceram em seu ombro. —Eu estou contente. Fico feliz que você matou Sastaretsi. Fico feliz que você sobreviveu. —Sim. —ele disse suavemente —Como eu estou. Se ele não tivesse sobrevivido, ela não estaria em seus braços agora. Isso, pelo menos, era bom. Reynaud fechou os olhos e sentiu a suavidade quente de sua esposa, o cheiro de mulher e das flores que o rodeavam. Ele ouviu a respiração se igualar e aprofundar quando ela adormeceu, e ele deu graças que ele podia experimentar este momento, esta mulher. Talvez tiver feito tudo o que fez antes valeu a pena. —Você se levanta cedo para um homem recém-casado . —Vale disse alegremente uma semana depois. —Talvez você tenha tido muito sono na noite passada. Samuel Hartley, que andava do outro lado de De Vale, bufou. Os três homens estavam passeando como a moda pelas ruas de Londres para desencorajar bisbilhoteiros, em ritmo rápido, porque o vento estava muito frio. Reynaud fez uma careta para os dois. Era uma bela manhã, e ele deixou sua nova esposa dormindo em sua cama quente


para ele pode vir deliberar com esses dois bobos da corte. E eles nem sequer apreciou o seu sacrifício. —Nós podemos dar alguma ajuda, se você precisar dela, —Vale continuou, como estúpido , como uma gralha —sobre as maravilhas da felicidade conjugal. Pelo menos eu posso. —ele olhou para Hartley em questão. —Como eu posso. —respondeu o Colonial. Sua boca estava reta, mas algo sobre isso fazia parecer que ele estava rindo. —Fico feliz em ouvir isso, considerando que você está casado com a minha irmã. —Reynaud respondeu com afiado tom de voz. A expressão de Hartley não mudou, mas seu corpo parecia se esticar tenso. —Você não deve ter preocupaçõ es porque eu vou cuidar bem de Emeline. —Bom saber. —Agora, agora, —Vale disse em uma esganiçada e doce voz que lembrava doentiamente a de uma babá. —Eu já dei uma surra por cortejar Emmie. Reynaud ergueu as sobrancelhas. —Você fez isso? —Ele não fez. —disse Hartley, mesmo enquanto Vale concordava alegremente —Eu o joguei para baixo nas escadas. Vale apertou os lábios e olhou para o céu. —Não me lembro, mas eu posso ver como sua memória deste evento se tornou nebulosa. —Agora, olhe aqui... —Hartley começou discretamente, um fio de diversão em sua voz. —Senhores, —Reynaud disse —precisamos chegar ao ponto crucial da questão, pois isto é um fato que se passou apenas uma semana depois do meu casamento, e minha adorável esposa eventualmente estará me esperando para atendê-la. —Muito bem. —Hartley acenou com a cabeça, sério agora —O que você descobriu desde que eu o vi pela última vez, Vale? —Há rumores tanto que o traidor de Spinner’s Falls era um nobre como que sua mãe era francesa. —Vale disse prontamente. Hartley inclinou a cabeça. —E de onde você tirou essas informações? —Munroe. —disse Reynaud, Vale o informou na reunião anterior —O primeiro pedaço de informação ele obteve de um colega, na França, o segundo... —Ele teve a partir de Hasselthorpe, —disse Vale —embora ele não se dignasse a compartilhar a informação comigo até um mês ou mais atrás. Hartley olhou com curiosidade. —Por que não antes? Vale parecia embaraçado. —Eu imagino que por minha causa. —disse Reynaud —Minha mãe era francesa. —É claro. —Hartley assentiu. —Sem dúvida, ele pensou que, se eu já estava morto, não havia sentido em lançar dúvida sobre o meu nome. —Reynaud disse secamente —Mas, desde que aconteceu de eu não estar morto... —Agora precisamos pensar em quem mais entre os sobreviventes tinham uma mãe francesa. —Vale disse severamente —Porque quem quer que seja deve ser o traidor. —Mas não há ninguém mais. —disse Hartley. Reynaud fez uma careta. —Se você está sugerindo que sou eu... —Não seja ridículo. —retrucou Hartley – Apenas escute. Há você, eu, De Vale aqui , Munroe, Wimbley, Barrows, Nate Growe e Douglas e eu estive conversando com todos eles. —Sim. —Vale disse —E todos são de Londres e, provavelmente, tinham antepassados correndo provavelmente de azul na época da invasão romana. —Thornton, Horn, Allen, e Craddock estão mortos, —Hartley continuou — mas nós os investigamos bem. Nenhum desses homens tinha mães francesas. Simplesmente não há mais ninguém que sobreviveu que poderia ser esse homem. —Então, talvez fosse alguém morto. —Reynaud disse suavemente —Apesar de que não fazer nenhum sentido. —Quem mais teve uma mãe francesa? —perguntou Vale. —Clemmons tinha uma cunhada francesa. —Hartley disse, pensativo. —Ele tinha? —Vale olhou —Eu não fazia ideia. Hartley assentiu. —Ele mencionou uma vez. A esposa de um irmão mais novo, mas ela está morta. —Isto não se encaixa em todo caso. —Reynaud disse impaciente —A não ser que a fonte de Munroe fosse imprecisa. Hartley balançou a cabeça. —Precisamos falar com Munroe, ver se ele tem alguma lembrança mais. —disse Reynaud. —Enviei um mensageiro há algumas semanas atrás. —disse Vale —Mas o homem não respondeu. Reynaud resmungou. Munroe era conhecido como um recluso, mas eles precisavam de suas memórias, também. Talvez ele tivesse que levar Beatrice em uma viagem para a Escócia. Mas, primeiro, havia assuntos mais urgentes para tratar. —Eu pretendo defender minha causa perante a comissão especial do Parlamento amanhã. —disse ele para os outros dois —Para que eu possa recuperar o meu Título de Conde de Blanchard. E eu gostaria de sua ajuda.


Vale levantou uma sobrancelha. – Você a tem, é claro, mas o que você tem em mente? Reynaud olhou sobre eles para se certificar de que ninguém estava prestando especial atenção à sua conversa, em seguida, disse: —Eu tenho uma ideia... Beatrice dispôs suas ferramentas de encadernação com cuidado. Ela estava sempre animada para começar um novo projeto. Ela gostava da antecipação de tomar qualquer livro velho e caindo aos pedaços e colocá-lo em ordem ou tomar o que era essencialmente um maço de papéis e transformá-lo em um lindo livro. Era quase uma arte, realmente. E ela gostava de seus instrumentos e materiais para fazer apenas isso. As capas de encadernação de diferentes tamanhos perfeitamente alinhados, as agulhas em sua caixinha, os carretéis de linha alinhados ao longo da borda superior da sua mesa de trabalho. Mais tarde, ela olharia através de seus suprimentos de papel bonito e pele, mas no momento ela estava interessada apenas em corte, dobra e costura. Ela cantarolava baixinho para si mesma enquanto ela trabalhava, bastante concentrada e, assim, foi com alguma surpresa que ouviu o relógio na sala e percebeu que era quase hora do jantar. Passos e vozes masculinas soaram na sala, e ela inclinou a cabeça, ouvindo a voz de seu marido. Ela olhou para cima quando a porta de sua pequena sala de estar se abriu. —Ah, aí está você... —Reynaud disse quando ele entrou. Ela sorriu, porque parecia que ela não podia deixar de sorrir como uma idiota quando via seu marido. Todos os dias que ela estava casada com ele, ela se via mais encantada com ele e o reconhecimento a fazia desconfortável. Ele ainda não disse que a amava, e ele raramente mostrava sua afeição exceto na privacidade do seu quarto. Talvez isso fosse normal em um casamento em sociedade. Talvez a maioria dos senhores tivesse problemas em expressar afeto. Deus, ela esperava que sim. Beatrice olhou cegamente para sua mesa de trabalho. —Você desfrutou de sua visita com Lord Vale? —Desfrutar pode não ser exatamente a palavra certa. —ele veio para ficar ao lado de sua mesa —O que é isso? —Um livro que estou montando para Lady Vale. —ela olhou para ele —É para sua irmã. Aparentemente, sua babá o lia para vocês dois quando eram crianças. —Realmente? —ele se inclinou sobre seu ombro, estudando as páginas que ela estava costurando —Eu vou ser condenado. É o conto de Longa Espada. —um maravilhoso sorriso iluminou seu rosto —Essa era uma das minhas favoritas. —Talvez eu devesse fazer um livro para nós também, então. —disse Beatrice levemente. —Por quê? —Bem... —ela olhou para suas mãos, puxando cuidadosamente o fio —Para os nossos filhos, naturalmente. Tenho certeza que você gostaria de ler o livro que você gostava quando era criança. Ele deu de ombros. —Se você quiser. Beatrice franziu o nariz, franzindo o cenho ferozmente para conter as lágrimas tolas. Infantil que ela se sentisse magoada com seu tom desdenhoso. Ela respirou fundo — Sobre o que você falou com Lord Vale? —Sobre o meu Título. —disse ele —Tenho a intenção de recuperá-lo amanhã, se você se lembra. —É claro. —ela se ocupou com suas ferramentas. Ele parecia tão certo, mas os rumores de sua loucura ainda rondavam pelas ruas de Londres. —E quando eu conseguir, esta casa vai ser só minha. —Eu espero que você não vá se importar se tio Reggie e eu ficarmos aqui também. —ela tentou dizer as palavras com ânimo leve. —Não seja boba. —ele franziu a testa. —Eu não sou boba. —disse ela, puxando o fio bem apertado —É apenas... —O quê? —ele retrucou. Ela deixou de seu trabalho e olhou para ele, respirando fundo. —Você está obcecado por recuperar o seu Título, o seu dinheiro, suas terras, tudo o que você perdeu, de fato, e eu entendo isso, mas há mais do que isso para que você pense. —O que você quer dizer? —perguntou ele, com o rosto afiado e alinhado. Beatrice ergueu o queixo. —Você já pensou sobre o que você vai fazer quando se tornar o Conde? —Vou administrar minhas propriedades, atender as minhas terras e investimentos. —ele acenou com uma mão impaciente —O que mais você sugere que eu faça? Ela colocou a mão em sua mesa de trabalho, segurando a borda. Ele poderia ser tão intimidante quando irritado! —Você poderia fazer tanto bem como Conde... —E eu pretendo. —disse ele. —Você acha? —sua voz estava aguda, e ela não se importava mais. Ele estava repudiando a ela e seus pensamentos fora de mão. — Você vai? Tudo o que eu ouvi você falar foi sobre a sua casa, o seu dinheiro, suas terras. Você não pensou em como você vai viver sua vida, uma vez que você já tiver todas essas coisas? Você vai se sentar na Câmara dos Lords. Você vai ser capaz de votar em contas e projetos perante o Parlamento, mesmo defender os seus próprios, se quiser. —Você fala comigo como se eu fosse uma criança, Beatrice. —ele estalou —Onde você está tentando chegar? —Há um projeto de lei que vai ser apresentado amanhã, —disse ela antes que pudesse perder a coragem — o projeto de


lei de pensão de veterano do Sr. Wheaton. Esta medida contribuirá com soldados que não estão mais no exército de Sua Majestade, dando uma pensão para que eles não tenham que mendigar na rua. Ele acenou com a mão desconsiderando. —Eu não tenho tempo agora para... Ela bateu a mão sobre a mesa, fazendo com que a lâmina do livro voasse ao chão. Ele se virou, olhando para ela com espanto. Beatrice se ergueu. —Quando você terá o tempo, Reynaud? Quando? —Eu já disse a você, —disse ele friamente —depois que eu tenha certeza do meu Título. —Você de repente vai começar a cuidar dos outros, então? É isso? —ela começou a tremer. Essa discussão não era mais sobre o projeto de Sr. Wheaton. Isto estava se tornar maior de alguma forma. —Diga-me, Reynaud, você me ama? Ele inclinou a cabeça, olhando-a com cautela. —Por que você está me perguntando isso agora? Lágrimas quentes picaram os olhos, mas ela os manteve abertos, olhando para ele. —Porque eu acho que você manteve suas emoções sob tais rédeas curtas por tanto tempo que já não sabe como deixá-las soltas. Eu não acho que você possa cuidar dos outros absolutamente. E ela saiu da sala de estar.

Capítulo 15 A princesa se encolheu de medo, mas mesmo ele se ajoelhando em um joelho, Longa Espada não vacilou. Ele rebateu a carga do dragão com o aço de sua lâmina. Uma, duas, três vezes, ele balançou sua espada poderosa, e quando, finalmente, a poeira desapareceu e tudo ficou em silêncio de novo, lá estava o grande dragão, morrendo aos seus pés. E quando o animal morreu a sua forma se alterou até que uma bruxa horrenda estava em seu lugar, pois era a bruxa malvada que havia assumido a forma de um dragão. Bem! A princesa ficou muito contente, eu posso dizer. Ela se apressou para libertar seu pai, o rei. Quando foi dado a conhecer a ele que Longa Espada derrotou a bruxa má por ele, o rei ficou realmente feliz de dar sua única filha como recompensa. E foi assim que Longa Espada se casou com uma princesa real... De Longa Espada, o guerreiro Foi bem depois da meia-noite quando Reynaud se juntou a ela em sua cama. Beatrice ficou imóvel, fingindo dormir. Era seu dever de esposa deixá-lo fazer amor com ela, se ele assim o desejasse, mas ela certamente não tinha nenhum desejo no momento. Não quando eles discutiram. Ele provavelmente a odiava agora pelas coisas contundentes que ela disse, mas ela tinha que dizê-las. Ela se casou com um homem que só pensava em si mesmo. Então, ela olhou para a escuridão e respirava uniforme e lentamente, dentro e fora, sem problemas, como se ela estivesse em sono profundo. Ela ouviu quando ele se despia o farfalhar de tecido, um murmúrio suave quando ele esbarrou em alguma coisa e ela nunca se sentiu tão solitária em sua vida. Ele apagou a vela, e a cama afundou e balançou enquanto ele se deitava. Os lençóis esticaram em seu ombro enquanto ele os puxava sobre si mesmo, e então ele ficou imóvel. Ela olhou para a escuridão. Os minutos passavam, e por um momento ela pensou que ele poderia ter caído no sono. Mas, então, ele disse: —Beatrice. Ela não se mexeu. Ele suspirou. —Beatrice, eu sei que você está acordada. Ela mordeu o lábio. Parecia um pouco bobo continuar a fingir seu sono, mas se ela o reconhecesse agora, seria uma admissão de que ela fingiu, em primeiro lugar. —Eu sei que eu desapontei você. —Reynaud disse calmamente —Eu sei que eu provavelmente não sou o tipo de homem que você sempre quis para si mesma, se você tivesse a escolha. Ela enrolou seus dedos na colcha, mas ainda não disse uma palavra. —Mas eu sou o homem que você tem, e ponto final. Você apenas tem que fazer o melhor possível com isso. —ele ficou quieto por um momento. —E se você não pode ser feliz comigo esta noite, você acha que você poderia ao menos mentir perto de mim? Droga, eu tenho me acostumado a ficar segurando enquanto eu durmo. Era como acenar com ramos de oliveira, não era o mais eloquente que ela já ouviu falar, mas tocou seu coração de qualquer maneira. Além disso, ela foi a única a iniciar o argumento anterior. Ela foi à pessoa que escolheu se casar com um homem que ela reconhecia que não era perfeito. Por direito, este deveria ser dela estendendo a mão em paz. Beatrice se virou e veio descansar contra ele. —Assim é melhor. —ele bocejou e passou o braço sobre ela, puxando-a para perto —Você é tão macia e quente . —ele ficou em silêncio por um momento, sua respiração cada vez mais profunda e, depois, acrescentou, sonolento: —E eu gosto do cheiro do seu cabelo. Sua respiração tornou-se sonora, e Beatrice sabia que ele estava dormindo, mas ela ainda estava acordada. Ela escutou seus batimentos cardíacos, lento e forte em seu ouvido, e o som reconfortante de suas respirações. E sabia que, súbita e


completamente, como o último tijolo deslizando em uma parede, que o amava, este estranho irritado, homem exótico. Seu amor era suficiente para ambos? Ela ponderou sobre a questão durante o que pareceu um longo tempo, mas ela ainda não tinha respostas quando finalmente adormeceu. Ela acordou para escorregar de mãos quentes nas suas costas, forte e firme, movendo-se para baixo, atingindo a parte inferior sob sua camisa. Ela estava deitada de lado na grande cama, de costas para ele, encapsulada em seus braços, ainda em sua maioria dormindo. Ela podia sentir sua respiração úmida contra seu pescoço. Um de seus braços estava sob ela, à outra mão acariciava seu traseiro. Ao longo de suas costas, ele era uma grande, quente presença, envolvente e a protegendo. Ela foi abraçada por seu calor e seu cheiro. No mundo entre sonhar e acordar, sentiu se mover contra ela, sua ereção dura insistente, exigente. Ela suspirou um pouco, enterrando o rosto no travesseiro. O quarto estava cinza, com o advento da madrugada, e ela o queria, precisava dele, mesmo que ele só a desejasse. O pensamento a fazia triste, e ela o empurrou de lado, querendo sentir só ele, para não pensar e se preocupar. Ele enfiou as mãos sob seus joelhos, curvando-os para frente, abrindo suas pernas, e ele se mudou para o espaço que ele criou. Ele estava maior agora, sua ereção pressionando contra seu traseiro, quente e insistente. Ele deslizou para frente e, em seguida, colocou seu pênis contra sua carne feminina. Ela estava molhada, e parecia certo ele estar ali. Perfeito, como se tivesse sempre querido estar naquela parte dela. Seu pênis deslizou através de suas dobras, a cabeça batendo seu clitóris. Ela arfava, de repente, esmagada pela sensação. Se ele a amasse também, isso seria perfeito. Mas ela não pensaria sobre isso. Sua mão acariciou seu quadril e deslizou ao redor de sua frente, acariciando seus pelos ondulados, pressionando-a apenas lá. De trás, ele retirou seu pênis em um processo lento, carícia sensual e marcando-se nela, intrometendo. Ela gemeu, enfiando seus dedos na mão que estava ao lado de sua bochecha. Foi de repente demais, a nitidez de seu desejo misturado com o novo conhecimento de seu amor por ele. Lágrimas amargas picaram em seus olhos. Ele apertou seus dedos e empurrou um pouco, a sua amplitude surpreendentemente grande nesta posição. Sua boca se abriu em um grito silencioso, e ela arqueou as costas um pouco, saboreando o sal de suas lágrimas na sua língua. Ele estava lento, mas insistente, constantemente empurrando, enchendo-a com incrementos graduais, devastadores. Ela levantou sua perna um pouco, enganchando-a sobre sua panturrilha, e de repente ele estava com todo o caminho aberto, o seu comprimento a estirando. Ela fechou os olhos, inclinando sua cabeça para trás em direção a ele em submissão. Ele beijou seu pescoço, de boca aberta, imóvel e grande dentro dela. Então, sua mão se moveu, seus dedos se espalhando para segurar aberta sua feminilidade, e seu dedo do meio pressionado com precisão requintado sua raiz sensível. Seus quadris arquearam para ele. —Reynaud. —Quieta! —ele murmurou contra seu pescoço. Ele retirou seu pênis, sua carne puxando contra as paredes de seu núcleo, e empurrou com força. Ela teve que empurrar uma mão contra a cama para evitar seu deslizamento. Ele se retirou e empurrou de novo e ela gemeu. —Quieta! —ele sussurrou, sedutor e invisível por trás. Ela sentiu a lâmina molhada áspera de sua língua em seu pescoço. Ele a abalou novamente. Estável, implacável. Cada movimento chocando em seu próprio caminho. Ela fechou os olhos, mordendo o lábio. Ela queria empurrar para trás. Queria empurrar contra ele e fazê-lo ir mais rápido até que ela explodisse. Ela queria gritar em voz alta o seu amor. Mas aquela conhecida mão enterrada na conjuntura de suas coxas a segurou, aprisionando-a para que ele pudesse dar prazer a si mesmo e para ela durante seu lazer. Ele apertou dentro dela, empurrando seus quadris até que ela sentiu a pressão de suas bolas contra sua umidade, até que ela estava esticada, aberta e à espera de seu próximo movimento. —Por favor. —ela sussurrou entrecortada. —Quieta. —ele tomou o lóbulo da sua orelha entre os dentes e mordeu em alerta, assim como ele se retirou e bateu nela novamente. Ela prendeu a respiração, e seu coração parou talvez quebrando. Ele se torceu sobre ela, grande, macho, exigente e ele deslizou seu dedo contra o clitóris inchado, esfregando, pressionando. Ela não podia suportar. Ela ia explodir, voa ndo além em milhares de pequenos pedaços que nunca seriam colocados de volta juntos nesta vida. Ela nunca seria a mesma. Ela balançou a cabeça, chorando no travesseiro, apertando seu rosto contra as mãos crispadas. —Beatrice... —ele sussurrou, profundo e sedutor em seu ouvido —Beatrice, goze para mim. E ela o fez, chorando, tremendo, seu corpo quente e precisando de mais. Precisando dele mesmo que ele não precisasse dela. Ele usou seu pênis nela como um aríete. Empurrando, batendo duro, e faíscas de puro deleite saíram de seu corpo, viajando por suas veias, iluminando seus membros, brilhando como um sol dentro dela. Ele mordeu seu ombro e estremeceu fortemente contra ela, e ela sentiu seu incêndio a inundando, juntando-se e se misturando com a sua luz, combinando-se para se tornar um inferno. O sol brilhava através das janelas quando em seguida Beatrice acordou. Ela estava deitada e viu quando Reynaud lavou o rosto na bacia sobre a cômoda. Ele vestia roupa de baixo, mas nada mais ainda, e os músculos de suas costas flexionavam


enquanto ele se mexia, tornando suas cicatrizes onduladas. —Você não me disse como conseguiu escapar de seu cativeiro . —disse ela em voz baixa. Será que isso importava mais? Ela não sabia. Talvez não, mas ela ainda precisava saber. Ele se virou, sem surpresa, ao ouvir o som de sua voz. —Você está acordada. —Sim. —ela puxou as cobertas sobre seu queixo. Elas estavam quente, e a cama cheirava levemente a seus aromas íntimos combinados. Ela desejou um pouco que ela pudesse passar o dia todo ali e nunca ter que se levantar para enfrentar suas realidades. Bem aqui, agora, ela podia fingir que ela tinha um casamento de amor. —Você vai me dizer? —ela perguntou em voz baixa. Ele enfrentou o armário novamente e ela pensou que ele iria recusar. Ele pegou uma navalha e uma tira de couro e começou a afiá-la. Ela notou que, embora ele tivesse um valete muito competente, Reynaud gostava de fazer sozinho a maior parte de se vestir. Talvez ele ainda não tivesse se acostumado a um servo pessoal. —Muitos prisioneiros indígenas nunca voltam para casa. —disse ele calmamente —Eles morrem no cativeiro, não porque seus donos são tão fortes, mas porque os prisioneiros não tentam escapar. —Eu não entendo. —disse Beatrice. Ele acenou com a cabeça. —Não faz muito sentido, a menos que você já tenha experimentado em primeira mão. Eu disse antes que os índios naquela parte do Novo Mundo adotam seus prisioneiros em sua família para tomar o lugar dos familiares que já morreram. —Mas você disse que eles não eram verdadeiramente considerados como família. Que o seu papel era simbólico. —Mmm. —ele terminou de afiar a navalha e a colocou de lado —Isso é mais ou menos correto. O prisioneiro toma o lugar de um membro útil da família um caçador por exemplo só essas habilidades podem ser cumpridas. —Mas há mais? —ela perguntou. —Às vezes. —ele ensaboou o rosto com um sabonete de um prato —Eu acho que é apenas a natureza humana para se tornar apaixonado por uma pessoa com quem convive no dia a dia. Um caçador com os membros do bando ou da família comem e dormem com eles. É um arranjo de vida muito íntimo. —ela ficou em silêncio enquanto observava ele pegar a navalha e fazer a primeira passagem através da espuma no lado de sua face —Às vezes, —disse ele em voz baixa —o cativo se torna um verdadeiro membro da família. Ele pode ter uma esposa e até mesmo ter filhos com ela. Beatrice parou. —Você tomou uma esposa indígena? Ele enxaguou a navalha na bacia de água e olhou para ela. —Não. Mas não foi porque eu não pudesse ter. —Diga-me. —ela sussurrou. Ele inclinou a cabeça e raspou a área próxima à orelha em movimentos curtos e cuidadosos. Isto pode ter sido sua imaginação, mas pareceu a Beatrice que ele levou um tempo demasiado longo para fazê-lo. – Depois que Gaho poupou a minha vida pela segunda vez, ela se tornou bastante afeiçoada a mim se por causa de mim mesmo ou por causa de seu sonho, eu não tenho certeza. Mas, em todo caso, ela decidiu que eu deveria estar contente de estar entre eles, e ela sabia que se eu tivesse uma esposa e família, eu teria razão para não tentar fugir. —Ela pretendia amarrá-lo para si mesma. —disse Beatrice. Ele acenou com a cabeça e bateu a navalha lentamente contra a bacia de porcelana. —Exatamente. Mas Gaho tinha um problema. Ambas suas filhas já estavam casadas, e embora às vezes os homens de sua tribo tomassem uma segunda esposa, as mulheres nunca tinham um segundo marido. —Como é injusto. —Beatrice disse secamente. Um sorriso brilhou em seu rosto e foi embora. —Não foi ideia minha. —Hum. Ele se virou para o espelho sobre a cômoda e disse: —Eu passei o próximo inverno me recuperando de minha doença e lesões. Na primavera, Gaho me tomou e tatuou meu rosto com a imagem de um de seus deuses. Ela perfurou minha orelha e me deu um de seus brincos. Deste modo, ela mostrava que eu era um bom caçador, parte de sua tribo, e que ela me valorizava. Em seguida, ela mandou um recado para outra tribo de índios com quem ela queria fazer amizade. Ela tentou arranjar um casamento entre mim e a filha de um guerreiro. —ela viu o músculo em sua mandíbula flexionar —Desta forma, as duas tribos fariam a paz e se tornariam aliados. —A menina era bonita? —Beatrice perguntou antes que ela pudesse parar a si mesma. —Bonita o suficiente, —ele respondeu — mas ela era muito jovem, ainda não tinha dezesseis anos, e eu não queria me casar com ela. Eu não queria uma esposa e filhos que me ligassem mais firmemente a Gaho e sua tribo. Eu queria voltar para casa, era a única coisa em que pensava. —O que você fez? —Eu encontrei uma maneira de falar com a menina sozinho. Era proibido na teoria, mas uma vez que era suposto que estávamos nos cortejando, os anciãos olharam para o outro lado. Descobri que a menina já tinha um namorado secreto, um escravo como eu, mas de outra tribo. Depois disso, ficou simples. Eu dei ao outro homem tudo de valor que eu tinha, o que era peles e pequenas quinquilharias que eu guardei em dois anos de cativeiro. Na noite seguinte, minha futura noiva desapareceu


com seu amante. —Isso foi bondade sua. —disse Beatrice. —Não. —ele jogou água no rosto e enxugou da última espuma. —Bondade tinha muito pouco a ver com isso. Eu estava determinado a escapar. Determinado a voltar para casa e recuperar a vida que deveria ter sido minha. Eu fui forçado a me casar com essa menina, e teria sido fácil relaxar nessa vida. Para me tornar um membro da família de Gaho de verdade. Para nunca ver a Inglaterra de novo. Ele jogou o pano que ele usou para secar o rosto e olhou para ela. Seus olhos estavam negros e gritantes. – De fato, foi por minha causa que Gaho e toda a sua tribo foram abatidos. —O quê? —Beatrice sussurrou. Ele acenou com a cabeça, a boca torcendo amargamente. —Levei cinco anos para reunir fundos suficientes para que, quando a oportunidade se apresentasse, eu pudesse escapar. No meu sexto ano, um comerciante francês começou a visitar o acampamento e, pouco a pouco, eu o convenci a me ajudar a fugir, mesmo que isso significasse arriscar sua própria vida. Caminhamos por três dias pela floresta até chegarmos ao seu acampamento. E lá eu soube que os inimigos de Gaho estavam planejando atacar sua tribo. Eu estava meio morto de fome e cansado, mas eu digo que eu corri de volta para aquela aldeia. Corri de volta para salvar a mulher que me salvou. Ele olhou para suas mãos, flexionando os dedos. —O que você encontrou? —perguntou Beatrice, porque ele tinha que terminar essa terrível história. —Era tarde demais. —disse ele calmamente —Eles estavam todos mortos, jovens e velhos, o campo em ruínas fumegantes. Procurei Gaho. Virei todos os corpos, olhando em cada rosto sangrento. —Você a encontrou? —ela sussurrou. Ele balançou a cabeça lentamente e fechou os olhos como se quisesse apagar a visão. —Quando eu fui até Gaho, eu só a reconheci por seu vestido. Desvirei-a e seus olhos castanhos estavam olhando para mim através de uma máscara de sangue. Eles estavam sem brilho e sem vida. Ela foi escalpelada. —Eu sinto muito. Sua cabeça se ergueu, o rosto de endurecimento. —Não se preocupe. Ela era uma velha índia. Ela não significava nada para mim. —Mas Reynaud, —Beatrice se sentou — você disse que ela te salvou, o tratou como um filho. Eu sei que você gostava dela. —Você não entende. —ele pegou sua faca e olhou para ela um momento tão longo que ela pensou que este poderia nunca terminar. Então ele disse baixinho: —A tribo que atacou Gaho e sua família foi à mesma com a qual ela tentou fazer as pazes cinco anos antes. Com a qual era para eu me casar. Beatrice inalou, sem dizer nada, simplesmente observando-o. —Se eu gostasse dela, eu teria feito o casamento. Eu teria garantido a segurança de sua aldeia. Eu não fiz. Eu só tinha um objetivo em todo o tempo que passei com sua família voltar para casa. Nada era mais importante. —ele deslizou a faca na bainha em sua cintura —Depois que eu enterrei Gaho, passei meses vagando pela floresta, fugindo de índios e franceses igualmente até chegar a território britânico. E a cada passo do caminho, lembrei que eu sacrifiquei Gaho e sua família por esta liberdade. —Reynaud... —Não. —ele olhou para ela bruscamente —Você queria saber, então deixe terminar. Eu tinha muito poucos fundos e nenhum amigo. Quando cheguei ao porto, eu assinei como ajudante de cozinheiro em um navio para pagar a minha passagem para casa. —Você estava doente e febril quando chegou aqui. —ela sussurrou. Ele acenou com a cabeça. —Eu vivi com carne seca e frutos durante meses na floresta. No momento em que eu cheguei à civilização, eu era principalmente pele e os ossos, e a comida em um navio não é particularmente nutritiva. Eu contrai alguma doença a partir dos marinheiros e estava febril quando nós aportamos em Londres. —Você tem sorte de ter sobrevivido. —disse ela com sobriedade. —Eu fui conduzido. —disse ele —Eu não estava indo para morrer sem ver minha casa novamente. E eu fiz uma promessa quando pisei o pé no navio: Esta era a última vez que eu servia a outro homem. Eu nunca iria me deixar ser capturado novamente, nunca ficaria preso à vontade de outro. Eu vou morrer antes de eu deixar isso acontecer novamente. Porque se eu fizer isso, eu vou ter a feito morrer por nada. Você entendeu? Ela olhou para ele, de pé tão orgulhoso e alto. As cicatrizes de seu cativeiro estavam gravadas em suas costas, seus anos de prisão ilustrados pelas tatuagens em seu rosto. Ele sempre iria tê-los com ele, não importa onde ele fosse, não importa o que ele fizesse. Não havia nenhuma maneira de ele poder esquecer seu cativeiro ou a sua promessa de nunca servir a outra vontade. Ele era um homem duro, e sua vontade era de ferro. Ele acenou com a cabeça. —Agora você sabe. Ela engoliu em seco, se sentindo um pouco doente, mas não querendo parecer fraca diante dele.


—Sim, agora eu sei. Ele virou as costas e saiu do quarto. Beatrice olhou em volta do quarto, aturdida. Sua história era ainda pior do que ela esperava, porque agora ela sabia: Reynaud nunca iria se deixar amar. O que possuíra Beatrice para fazê-lo contar essa história? Reynaud desceu as escadas para o salão da frente. O que ela queria dele? Ele não foi um marido atencioso e um amante sensível? O que mais ela precisava? E por que trazer tudo isso à tona hoje? Sua barriga parecia torcer em nós, e ele distraidamente a esfregou enquanto caminhava pelo corredor da frente. Ele precisava de sua mente afiada e clara, desorganizada pela turbulência emocional. Hoje à noite ele iria fazer as pazes por sua abrupta saída trazer para ela aquelas flores que Jeremy disse que ela gostava. Mas agora ele tinha um compromisso com os seus advogados para repassar toda a papelada de sua petição à comissão especial, e que ele não poderia faltar. Reynaud estava descendo os degraus da frente de sua casa, sua mente ainda ocupada com pensamentos em Beatrice, quando ouviu seu nome ser chamado. Ele se virou e viu uma visão de seu passado. Alistair Munroe caminhou em direção a ele, tendo as cicatrizes de tortura ritual indígena em seu rosto. Reynaud se encolheu. —Horrível, não é? —Munroe raspou em uma voz rouca. Reynaud o estudou. A bochecha direita de Munroe estava marcada pelas cicatrizes de facadas e queimaduras de varas. Um tapa-olho preto cobria o lugar de um olho. Reynaud viu pessoas capturadas mortas por índios duas vezes um logo após Spinner’s Falls e outro novamente em seu quarto ano com a tribo de Gaho. Seu marido desapareceu há um mês num verão e quando retornou trazia um guerreiro inimigo que capturou em um ataque. O homem levou dois dias para morrer. —Você gritou? —ele perguntou. Munroe balançou a cabeça. —Não. —Então você foi um prisioneiro digno. —disse Reynaud —Se você não tivesse sido resgatado, você teria sido torturado até eventualmente morrer. Em seguida, os homens da tribo teriam cortado o seu coração de seu corpo, e todos teriam comido um pequeno pedaço para que eles pudessem tomar a sua coragem em seus próprios corpos e usá-la na próxima luta. Munroe jogou a cabeça para trás e riu o som áspero e enferrujado. —Ninguém jamais falou sobre minhas cicatrizes tão francamente na minha cara. Reynaud fez um gesto, sem sorrir. —Eles são medalhas de honra. Eu tenho o mesmo nas minhas costas. —Você também? —Munroe olhou para ele, pensativo. – Você d eve ter sido um bastardo teimoso para sobreviver sete anos em cativeiro. —Você poderia dizer isso. —Reynaud inclinou a cabeça —Você já foi ver Vale? —De fato, eu fui, e ele disse que você podia ter uma pequena tarefa para mim. —Bom homem. —Reynaud sorriu —Na verdade, eu tenho dois favores a pedir. Deixe-me dizer a você o que eu preciso... Lord Hasselthorpe entrou em sua carruagem e bateu sua bengala contra o teto para alertar o condutor. Então ele se sentou e retirou um pequeno livro de notas do bolso de seu sobretudo. Sua maioria estava magra, mas ele não tinha dúvida de que seria fácil votar contra o projeto de lei da pensão para veteranos ridículo de Wheaton. O governo poderia se dar ao luxo de pagar bêbados e gentalha para mentir aproximadamente o dia todo apenas porque eles uma vez tomaram xelins[ 1 9 ] do rei. Entretanto, isto nunca fez mal em ser cuidadoso. Ele lambeu o dedo e com ele virou para a primeira página do livrinho e começou a estudar o seu discurso contra o projeto. Assim, a intenção dele era repassar os pontos que ele pretendia argumentar, de fato, que foi só algum tempo antes que ele percebeu que o carro estava se dirigindo para o Hyde Park. Lord Hasselthorpe fez uma careta e pôs-se de pé, batendo contra o teto da carruagem. —Pare a carruagem! Pare a carruagem, eu digo! Você está indo na condenada direção errada. A carruagem parou do lado da estrada. Hasselthorpe estava preparado para dar ao cocheiro idiota uma bronca. Mas antes que ele pudesse alcançar a porta da carruagem, esta foi aberta e um rosto familiar encheu a porta. —Que diabos você está fazendo? —Hasselthorpe rugiu.

Capítulo 16 Assim, Longa Espada morava com a princesa e seu pai no castelo real, e os dias foram preenchidos com facilidade e alegria. A comida era rica e abundante, sua roupa quente e macia, ele não tinha que lutar contra todos os diabinhos ou demônios, e a princesa era encantadora companhia. Na verdade, quanto mais tempo Longa Espada passava andando com a princesa, jantando com ela, e passeando pelos jardins do castelo, mais doce o seu prazer se tornou, até que ele desejava passar todos os seus dias e noites com ela para sempre. Mas ele sabia que não podia. Seu ano na terra estava cada vez mais chegando ao fim, e o Rei dos Duendes em breve exigiria seu retorno...


De Longa Espada, o guerreiro A austera arquitetura gótica de Westminster Hall d ava um ar conservador muito admirado pela maioria dos membros mais antigos do parlamento. Um canto da boca de Reynaud se enrolou quando ele se aproximava das portas imponentes. Ele veio aqui muitas vezes como um homem jovem, acompanhando seu pai quando ele se sentava na Câmara dos Lords. Era estranho entrar agora, sabendo que ele vinha para defender um Título mantido por seu pai um título que deveria ter passado para ele, sem qualquer disputa de qualquer modo. Ele endireitou os ombros e empurrou o queixo para fora quando ele entrou na fachada. Ocorreu que eram os mesmos movimentos que ele usava para entrar direito em uma batalha. Isto, também, era uma batalha, mas ele deveria lutar nessa com sua inteligência. Reynaud atravessou o grande salão abobadado, passando sob o olhar atento dos anjos que ladeavam os beirais, e procedeu para a escura passagem de trás. Isso levou a um pequeno lance de escadas e uma série de portas escuras com painéis. Lá fora estava um servo sombriamente vestido. O servo se inclinou para Reynaud. —Eles estão esperando lá dentro, meu Lord. Reynaud assentiu. —Obrigado. A pequena sala escura onde ele entrou era escassamente mobiliada. Quatro fileiras de bancos de madeira estavam diante de uma mesa grande de madeira. Ao lado da mesa havia uma única cadeira alta. A sala estava barulhenta com as vozes dos homens, pois os bancos estavam quase cheios. Havia vinte membros nesta Comissão Especial de Privilégios, nomeados a partir da Câmara dos Lords para decidir a questão de seu Título. Quando Reynaud encontrou um assento, o presidente do comitê, Lord Travers, levantou-se de onde estava sentado com tio de Beatrice no banco da frente. Ele viu Reynaud, acenou com a cabeça e foi para diante da cadeira alta. —Meus Lords, vamos começar? A sala gradualmente se acalmou, embora o silêncio total não fosse alcançado, pois vários membros continuaram a murmurar, e um senhor idoso estava rachando nozes no canto, aparentemente alheio ao processo ao seu redor. Lord Travers balançou a cabeça, deu um breve esboço sobre o caso perante a comissão e, em seguida, chamou Reynaud. Reynaud respirou fundo, seus dedos se movendo para tocar em sua faca geralmente pendurada ao seu lado, antes que ele se lembrasse de que a deixou em casa. Ele se levantou e caminhou até a frente da sala e enfrentou seus pares. Os rostos que olhavam para ele eram em sua maioria de idade. Será que eles entendem? Será que eles ainda têm compaixão? Ele respirou fundo. —Meus Lords, eu estou diante de vocês e pleiteando o título de meu pai, meu avô, meu bisavô, e seu pai antes dele guardar. Peço-vos o que é só meu por nascimento. Você s têm documentos que atestam a minha identidade. Isso, eu acho, não está em questão. —ele fez uma pausa e olhou para os homens sentados no julgamento dele. Nem um parecia particularmente simpático. —O que está em questão é o que o meu adversário tem a intenção de afirmar: que eu sou louco. Isso fez com que vários senhores franzissem a testa e colocassem suas cabeças juntas. Reynaud sentiu no ombro lâminas de contração. O rumo que ele estava tomando era um risco, mas um calculado. Ele deixou os murmúrios morrerem e, em seguida, ergueu o queixo. —Eu não sou louco. O que eu sou é um oficial do exército de Sua Majestade, aquele que tenha visto, talvez, mais do que seu quinhão de batalhas e sofrimento. Se eu sou louco, então todos os oficiais que já viveram uma batalha, que já chegaram a casa com um membro perdido ou olhos, que sempre sonham a noite com sangue e gritos de guerra, também. Envergonhem-me e vocês envergonharão cada homem corajoso que lutou por este país. As vozes cresceram mais altas com sua afirmação, mas Reynaud levantou a voz para ser ouvido sobre o murmúrio. —Concedei-me, então, meus Lords, o que é meu e só meu. O Título que pertencia ao meu pai. O Título que com o tempo vai passar para meu filho. O Condado de Blanchard. O meu condado. Havia testas franzidas e vozes elevadas na argumentação enquanto ele fazia o seu caminho de volta ao seu lugar. Quando Reynaud se sentou ele se perguntou se ele acabou de ganhar de volta o seu Título ou o perdido para sempre. Algernon Downey, o Duque de Lister, estava no caminho para a Câmara dos Lords, mas parou nos degraus da frente de sua casa da cidade para dar ao seu secretário algumas instruções adicionais. —Eu já corri fora de minha paciência. Diga a minha tia que, se ela não pode guardar figuras, então ela deve contratar alguém alfabetizado para fazer isso por ela. Até então, eu não pretendo dar quaisquer quantias neste trimestre. Algumas recusas de serviço de comerciantes podem ajudá-la a ser mais frugal com sua mesada. —Sim, excelência. —o secretário fez uma reverência. Lister se virou para descer os degraus para a carruagem que o esperava. Ou pelo menos era o que ele pretendia. Em vez disso, ele parou tão de repente que ele quase perdeu o equilíbrio. Esperando por ele no último estava uma pequena, bonita mulher em um vestido verde brilhante. Lister franziu a testa. —Madeleine, o que você está fazendo aqui? A mulher estufou seu peito, pondo em perigo a fina seda de seu corpete. —O que estou fazendo aqui?


Atrás dele, Lister ouviu uma tosse seca. Ele se virou para ver seu secretário com os olhos esbugalhados em sua amante. —Vá para dentro e se certifique que Sua Graça não tenha a noção de sair pela porta da frente. —Lister ordenou. O secretário parecia um pouco desapontado, mas ele se curvou e entrou. Lister começou a descer os degraus. —Você sabe muito bem sobre frequentar a minha residência familiar, Madeleine. Se esta é uma tentativa de chantagem... —Chantagem! Oh, eu gosto disso! Eu gosto disso realmente. —Madeleine respondeu um tanto obscuramente. —E o que acontece com ela? Lister seguiu seu dedo apontando para encontrar... —Demeter? Eu não entendo. A senhora loira então se moveu balançando um magnífico quadril e cruzando os braços sobre seus amplos seios. —E você acha que eu devo entender? Recebi esta carta, —ela acenou uma missiva de aparência elegante —dizendo que você precisava de mim imediatamente e por favor venha aqui, de qualquer lugar, se eu tinha alguma afeição por você de qualquer modo. Lister se empertigou. Seus antepassados lutaram na Batalha de Hastings, ele era o quinto homem mais rico da Inglaterra e ele era conhecido por seu mau humor. Duas de suas amantes aparecendo de uma só vez em sua própria porta era, naturalmente, desconcertante, mas um homem de sua experiência, estatura, e... —Ah, e que inferno é esse? —Evelyn, a mais estridente de suas amantes, exclamou quando ela veio ao virar da esquina. Alta, morena e imponente, ela olhou para ele com a mesma paixão selvagem que normalmente virava suas costas de ferro. —Se esta é a sua maneira de me deixar, Algernon, você vai se arrepender, marque minhas palavras. Lister estremeceu. Ele odiava quando Evelyn o chamava por seu nome de batismo. Ele abriu a boca e, em seguida, a fechou, não estando inteiramente certo do que dizer, uma coisa que nunca aconteceu com ele em sua vida. Esta experiência estava ameaçadoramente perto de um desses sonhos horríveis que mesmo um homem de sua estatura tinham de vez em quando. Os pesadelos em que se levantava para enfrentar a Câmara dos Lords e olhava para baixo para ver que estava vestindo apenas sua de roupa de baixo. Ou o pesadelo em que todas as amantes de uma alguma forma conseguiam estar no mesmo lugar ao mesmo tempo e em sua casa familiar, não menos. Lister sentiu o suor escorrer pelas costas. Claro, essas não eram bem todas as suas amantes. Se fossem, seu mais novo leve amor estaria também aqui, e ela... A perigosamente alta carruagem leve dobrou a esquina, escandalosamente conduzida por uma mulher sofisticada, com um menino de uniforme roxo e dourado extravagante atrás dela. Todos se viraram para olhar. Lister viu a aproximação da visão com a fatalidade de um homem que está diante de um pelotão de fuzilamento. Francesca chamou os cavalos para que parassem com um floreio. Sua muito pequena boca botão de rosa caiu aberta. —O que éz izzo? —ela gritou com um sotaque francês excruciante —Sua Graça, você eezter piada com sua pobre petite[20] Francesca? Houve uma pausa longa e terrível. E, em seguida, Evelyn girou e olhou perigosamente para ele. —Por que ela tem uma nova carruagem? Foi neste momento, quando as vozes estridentes de quatro mulheres menosprezadas subiam sobre ele, que o Duque de Lister viu um homem do outro lado da rua tirar o seu chapéu. O homem usava um tapa-olho. Lister piscou. Certamente não poderia ser... Mas esse pensamento foi expulso de sua mente quando as mulheres convergiram para ele. A Câmara dos Lords teria que esperar. Reynaud olhou em volta da sala, tentando julgar o seu suporte, mas era quase impossível. Os Lords ainda falavam avidamente entre si, com um ou dois jogando olhares curiosos. Ninguém sorriu para ele. Reynaud cerrou os punhos nos joelhos. O usurpador tomou o seu lugar diante da mesa e limpou a garganta. Ele começou a falar, mas sua voz era tão baixa que vários senhores gritaram para ele falar alto. Reginald fez uma pausa, visivelmente engolindo, e começou de novo em voz alta, mas um pouco instável. E, de repente, Reynaud sentiu pena do homem. Reginald estava em sua sexta década, um baixo homem corpulento, de rosto vermelho, que não era um bom orador. Reynaud lembrava muito pouco do homem. Ele veio para o jantar de Natal com sua esposa alguma vez enquanto Reynaud estava enfurnado em Cambridge? Ele não conseguia se lembrar. O fato é que Reginald simplesmente não foi importante. Ele foi um parente distante improvável de herdar o Título, uma vez que Reynaud era jovem e saudável. Que surpresa deve ter sido quando ele recebeu a notícia de que ele se tornou o Conde de Blanchard. Ele teria comemorado a suposta morte de Reynaud? Reynaud não tinha certeza de que ele pudesse usar isso contra o homem. Tornar-se o Conde de Blanchard foi provavelmente o ponto alto em sua vida. Reginald gaguejou numa parada. Ele não tinha realmente muito que dizer, para começar, seu argumento básico é que ele detinha o Título e, portanto, era o Conde. O presidente concordou, e tio de Beatrice voltou a sentar com evidente alívio.


Lord Travers se levantou e pediu um voto. Reynaud sentiu o sangue em seus ouvidos, tão alto que de primeira ele não ouviu o veredito. Então ele o fez e um sorriso largo dividiu seu rosto. —... esta comissão, portanto, irá recomendar ao nosso Rei Soberano, Sua Majestade Jorge III, que a Reynaud Michael Paul St. Aubyn seja dado seu legítimo Título de Conde de Blanchard. O presidente continuou com a ladainha de outros Títulos de Reynaud, mas ele não escutou. Triunfo estava inundando seu peito. O senhor sentado ao lado dele bateu nas costas, e o homem atrás dele se inclinou sobre o banco, dizendo: —Bem feito, Blanchard. Querido Deus, como era bom ser endereçado por seu título finalmente. O presidente do comitê acalmou os efusivos e Reynaud se aguentou. Os homens em volta dele chegaram perto, oferecendo parabéns, e Reynaud não poderia deixar de retribuir, mas notou com um pouco de cinismo sua repentina popularidade. Ele passou de ser um louco a um dos homens mais influentes do reino. Beatrice tinha razão. Ele tinha grande poder agora poder que ele poderia usar para efetuar coisas boas se ele quisesse. Sobre as cabeças da multidão, ele viu Reginald parado na porta. Ele estava sozinho agora, seu poder se foi. Reginald chamou sua atenção e assentiu. Foi um gesto gracioso, um reconhecimento da derrota, e Reynaud queria ir até ele, mas ele foi impedido pela pressão dos corpos. Em outro momento, Reginald saiu da sala. O comitê encerrou sua apresentação, e Lord Travers veio para oferecer a Reynaud suas felicitações. —Isso está feito, então, né? Eu vou ter o secretário elaborando a recomendação oficial do comitê para ser enviado a Sua Majestade. —Ah. Quanto a isso... —Reynaud começou, mas houve um tumulto na porta. Um rapaz alto, de rosto corado com olhos azuis surpreendentemente proeminentes entrou na sala. —Sua Majestade! —exclamou Lord Travers —A que devo a honra de sua visita? —Vim para assinar um papel, né? —Rei George respondeu —Que pequena e suja essa sala é. —ele se virou e examinou Reynaud —Você é Blanchard? —Eu sou. —Reynaud fez uma reverência —É uma honra conhecê-lo, Sua Majestade. —Capturado por selvagens, ou assim ficamos sabendo por Sir Alistair Munroe. —disse o rei —Encadernado pode ser um bom conto, nesse, né? Ficaríamos muito satisfeitos se você vier para o chá e nos contar toda sua história. Traga a senhora sua esposa também. Reynaud lutou contra um sorriso e se inclinou novamente. —Obrigado, Sua Majestade. —Agora, onde está essa recomendação? —o rei perguntou, olhando ao redor, como se isso pudesse aparecer finalmente do ar. —Você veio para assinar a recomendação? —Lord Travers perguntou com suave espanto. Ele estalou os dedos com urgência ao servo pela porta. —Walters, bus que uma pena e papel, se você quiser. Devemos preparar a recomendação da comissão para a assinatura de Sua Majestade. O servo saiu da sala em uma corrida morta. —E então há o mandado para que você possa se sentar na Câmara dos Lords. —o rei disse alegremente. Ele apontou para um atendente. —Nós já o temos elaborado, apenas para o caso... —Sua Majestade está bem preparado, eu vejo. —disse Lord Travers um pouco secamente —Se eu soubesse dos planos de Vossa Majestade, eu teria alguns trabalhos já elaborados. Como está, vamos ter que trabalhar rápido, eu estou assustado. —Oh, sim? —o rei levantou as sobrancelhas. —De fato, Majestade. —Lord Travers disse sombriamente —A Câmara dos Lords está reunida neste momento. —Que diabo você está fazendo? —Lord Hasselthorpe rugiu. Era o colonial, Samuel Hartley, escalando em seu carro como se ele tivesse todo o direito. —Desculpe. —disse o outro homem —Eu pensei que você ia parar para me dar uma carona. —O quê? —Hasselthorpe olhou para fora da janela. Eles estavam quase na periferia de Londres. —Isso é um roubo? Você já dominou a minha carruagem? —Nada do tipo. —Hartley deu de ombros e cruzou os braços sobre o peito, caindo um pouco no banco, suas pernas ocupando também condenadamente grande parte do espaço. —Eu apenas vi a sua carruagem parada e pensei em pedir uma carona. Você não se importa, não é? —Eu tenho uma sessão da Câmara dos Lords para participar no Palácio de Westminster. Claro que eu me importo! —Então é melhor você dizer isso ao seu cocheiro. —disse Hartley enlouquecedoramente —Nós estamos nos dirigindo na direção oposta. Mais uma vez, Hasselthorpe levantou-se e bateu no teto da carruagem com a bengala. Dez minutos mais tarde, depois de uma discussão ridícula com o cocheiro, que parecia ter perdido inteiramente o senso de direção, Hasselthorpe mais uma vez tomou o seu lugar. Hartley balançou a cabeça tristemente. —Boa ajuda é difícil de encontrar. Você acha que seu cocheiro está bêbado? —Isso ou louco. —Hasselthorpe resmungou. No ritmo que eles iam, a sessão poderia muito bem ter acabado no momento


em que chegasse ao Palácio de Westminster. Ele agarrou seu livro de notas com as mãos suadas. Esta votação era um passo importante iria demonstrar a sua capacidade para conduzir e dirigir o partido. —Eu tenho dúvida para perguntar. —Hartley falou pausadamente, interrompendo seus pensamentos. —A quem você estava se referindo quando você disse sir Alistair Munroe que o traidor de Spinner’s Falls tinha uma mãe francesa? A mente de Hasselthorpe ficou totalmente em branco. —O quê? —Porque eu venho quebrando minha cabeça, e único veterano de Spinner’s Falls que tinha uma mãe francesa que eu me lembro de é Reynaud St. Aubyn. —disse Hartley —É claro que o seu irmão estava lá também, não estava? Tenente Thomas Maddock. Um soldado valente como eu me lembro. Talvez ele escrevesse sobre outro soldado que tinha uma mãe francesa? —Eu não sei do que você está falando. —disse Hasselthorpe —Eu nunca disse nada a Munroe sobre soldados com mães francesas. Hartley ficou em silêncio por um momento, olhando para ele. Hasselthorpe sentiu o suor umedecer suas axilas. Então Hartley disse baixinho: —Não? Como é estranho. Munroe lembra vividamente da conversa. —Talvez ele tivesse bebido. —Hasselthorpe estalou. O colonial sorriu como se ele tivesse revelado algo condenável e disse suavemente: —Talvez. Você sabe, eu não penso sobre o seu irmão Thomas por um longo tempo. Hasselthorpe lambeu os lábios. Ele estava muito quente. O carro parecia uma armadilha. —Ele era seu irmão mais velho, não era? —Hartley perguntou suavemente.

Capítulo 17 Com o final de seu ano na superfície da terra se aproximando, Longa Espada ficou mais e mais desanimado e até a Princesa Serenity temia por sua própria vida. No entanto, embora ele estivesse distraído e mal-humorado, em seu corpo ele se mantinha forte e saudável. Ela decidiu, então, que o problema devia situar-se em sua mente, e para descobrir a questão, ela o questionava rigorosamente, tanto de dia como de noite. Tão apoquentado foi ficando seu marido que no final ele não poderia fazer mais nada a não ser confessar sua história. Como ele fez uma péssima barganha com o Rei dos Duendes. Como ele poderia permanecer na terra por apenas um ano, a menos que ele pudesse encontrar alguém para tomar o seu lugar no Reino dos Duendes por sua própria vontade. E como se Longa Espada não conseguisse encontrar seu substituto, ele seria condenado a trabalhar para o Rei dos Duendes por toda a eternidade... De Longa Espada, o guerreiro —Westminster é muito masculino, não é? —Lottie pensou quando elas pararam e olharam em volta do grande salão. —Masculino? —Beatrice olhou para o teto abobadado, quase preto com o tempo. —Eu não sei o que você quer dizer com masculino, mas eu acho que poderiam fazer aqui uma boa limpeza. —O que eu quero dizer com masculino, —disse Lottie, ligando seu braço com o de Beatriz —é entulhado e autoimportante e muito sério para notar meras mulheres. Beatrice olhou para a amiga, que estava elegante como sempre em um vestido listrado fundo roxo e marrom. Ela apenas acabou de tirar sua capa de pele, mas suas bochechas estavam rosadas do frio lá fora, e seus olhos estalavam com uma agressão que Beatrice tinha certeza que não tinha nada a ver com a arquitetura do Palácio de Westminster. —É um edifício, Lottie. —Exatamente. —disse Lottie —E todos os edifícios, pelo menos os grandes, têm uma espécie de sentido espiritual sobre eles. Será que eu nunca disse sobre o frio que eu sentia na última primavera na Catedral São Paulo? Bastante misterioso. Ela provocou um arrepio na minha espinha. —Talvez você estivesse em uma corrente de ar. —disse Beatrice praticamente. Elas chegaram ao fim do corredor e chegado a uma passagem. —Qual o caminho agora? —Para a direita. —disse Lottie decisiva —A esquerda leva a estranha Galeria dos Comuns, de modo que a direita deve ser o caminho para a Galeria dos Lords. —Hmm. —isso pareceu bastante casual, mas como Beatrice nunca visitou o Parlamento antes e Lottie sim, ela a seguiu. E, como se viu, se por sorte ou acaso, Lottie estava exatamente certa. Elas viraram à direita por uma estreita passagem que levava a um conjunto de portas duplas. Ao lado havia uma escada que levava para cima. Uma vez no topo, cada uma deu ao servo que esperava dois xelins e foram admitidas do lado da galeria para visitas das Ladies. Abaixo delas havia um salão com bancos hierárquicos dispostos em ambos os lados, um pouco como o do coro em uma catedral. Os bancos estavam cobertos de almofadas vermelhas. Entre as fileiras de bancos havia uma longa mesa de madeira,


e no final do corredor havia várias cadeiras individuais. A galeria se projetava do corredor e corria em torno de três lados. —Eu pensei que eles estavam em sessão. —Beatrice sussurrou. —Eles estão. —Lottie respondeu. Beatrice examinou os nobres membros da Câmara dos Lords. —Eles não parecem como se estivessem fazendo muito. E eles não estavam. Alguns homens vagavam pela câmara ou conversavam em pequenos grupos. Outros descansavam nas almofadas, mais do que um cochilando. Um senhor apresentava um tema e parecia estar falando, mas o barulho na sala era tão alto que Beatrice não podia ouvi-lo. Alguns dos Lords pareciam estar interpelando o pobre homem. —O processo administrativo pode ser obscuro para o olho destreinado. —Lottie disse arrogantemente. —Ora, esse é Lord Phipps. —Beatrice exclamou em desespero, depois de ter finalmente identificado o alto-falante. —Não parece muito bom para o projeto de Lord Wheaton. —Lord Phipps era o defensor do projeto de lei do veterano na Câmara dos Lords. Ele era um homem gentil, mas foi um pouco seco e indescritível e, como era óbvio, agora, não particularmente bom orador.


—Não, isso não. —disse Lottie, subjugada —Ele é tão doce quando ele vem para as sessões. Ele se sentou e me contou tudo sobre seu gato do gengibre uma vez. —Ele ficou com lágrimas nos olhos quando falava sobre sua falecida esposa. —disse Beatrice. —De modo que é um bom homem. Ambas assistiram como um Lord com uma peruca cheia de cachos e vestes negras e ouro no final da sala gritava em vão pela ordem. Alguém jogou uma casca de laranja. —Oh, querido Deus. —Lottie suspirou. Houve uma comoção perto das portas, mas desde que a galeria se sobressaia da sala, Beatrice não pode ver primeiro quem entrou abaixo delas. Então Reynaud entrou na sala, e seu coração deu uma espécie de salto doloroso. Ele estava tão bonito, tão imponente, e ele parecia mais longe dela do que nunca. Reynaud seguia de cabeça erguida enquanto o homem na cadeira de chefe se virou para seguir o seu progresso. —O que ele está fazendo? —perguntou Lottie —O par tem que ter um mandado a citação do rei para se juntar ao Parlamento. —Ele deve ter ganhado seu Título de volta. —Beatrice disse suavemente. Ela se alegrava por Reynaud, mas se preocupava com tio Reggie. Ele devia estar arrasado. —Talvez ele tenha conseguido uma dispensa especial? —A partir do próprio rei. —uma voz masculina disse do corredor que separava a seção das senhoras do resto da galeria. —Nate. —Lottie gritou. Sr. Graham acenou para sua mulher. —Lottie. —ele veio até ficar no corrimão perto delas —É tudo sobre Westminster. Reynaud recebeu o Título e o condado pelo Rei George, ele realmente veio a Westminster para fazê-lo. —Mas como ele poderia se sentar na Câmara dos Lords hoje? —perguntou Lottie. Sr. Graham deu de ombros. —O Rei emitiu seu mandado de citação ao mesmo tempo. —Meu Deus! —disse Beatrice —Então, ele vai ser capaz de votar no projeto de lei de Lord Wheaton. —será que o seu voto seria a favor ou contra o projeto de lei? O Lord com as vestes pretas e ouro estava pedindo ordem. —O nobre Conde de Blanchard agora vou falar sobre este assunto. Beatrice suspirou e se inclinou para frente. Reynaud levantou-se e colocou uma mão sobre a mesa no meio da sala. Ele fez uma pausa, enquanto a Casa se acalmava e disse: —Meus senhores, este projeto foi explicado a vocês longamente pelo nobre Lord Phipps. É para assegurar o bem-estar dos homens valentes que servem este país e Sua Majestade, o Rei George, com sua coragem, sua força de trabalho, e, por vezes, suas próprias vidas. Há aqueles que avaliam este serviço levianamente, que consideram os soldados desta ilha verde e gloriosa serem menos do que merecedores de uma pensão digna na velhice. Um Lord gritou: —Ouçam-no! —Talvez essas pessoas achem a refeição de ervilhas farinhentas e mingau um banquete. Talvez essas pessoas pensem que marchar por 20 milhas na lama em uma chuva torrencial seja um passeio por um jardim de prazer. —Ouçam! Ouçam! —as chamadas foram ficando cada vez mais frequentes. —Talvez essas pessoas acreditem que enfrentar tiros de canhão relaxe. Desfrutam atendendo a carga da galopante cavalaria. Encontram nos gritos dos moribundos como música para seus ouvidos. —Ouçam! Ouçam! —Talvez, —Reynaud gritou acima do cântico —essas pessoas amem a agonia de um membro amputado, a perda de um olho, ou a imposição de tortura como esta... Beatrice cobriu a boca em horror misturado com orgulho. Diante de suas últimas palavras, Reynaud atirou de seu corpo o casaco e o colete e puxou sua camisa metade para baixo nos braços, revelando a parte superior de suas costas. Repentino silêncio desceu sobre o salão quando Reynaud girou no lugar, a luz refletindo as cicatrizes feias que serpenteavam através de sua pele bronzeada. No silêncio, o som de roupa rasgando era alto quando Reynaud arrancou o restante da camisa e a jogou no chão. Ele levantou uma mão, estendido, comandante. —Se tal pessoa está nesta sala, deixe-o votar contra esse projeto de lei. A sala irrompeu em aplausos. Cada Lord estava de pé, muitos ainda estavam gritando: —Ouçam! Ouçam! —Para determinar! Para determinar! —O Lord com as vestes de ouro e preto chamava sem sucesso. Reynaud ainda estava de pé, com o peito nu, de costas em linha reta para o meio do salão, exibindo orgulhosamente as cicatrizes que ela sabia que ele tinha vergonha. Ele olhou para cima e chamou sua atenção. Beatrice se levantou, batendo palmas, as lágrimas brilhando em seus olhos. Ele assentiu imperceptivelmente e, em seguida, foi distraído por outro Lord. —Ele ganhou! —Graham gritou —Eles vão votar, mas eu acho que é uma mera formalidade. Seu tio já não podem votar pelos Lords, e Hasselthorpe e Lister não se mostraram. Lottie se inclinou em direção a ele. —Você deve estar decepcionado. Sr. Graham balançou a cabeça. —Eu decidi que Hasselthorpe não é um líder que eu quero estar seguindo. —ele olhou timidamente para Beatrice —Tenho quase certeza de que ele estava por trás daquela cena no baile da Srta. Molyneux. De


qualquer forma, tenho a intenção de votar a favor do projeto de lei de Sr. Wheaton. —Oh, Nate! —Lottie gritou e jogou os braços muito indevidamente sobre seu pescoço e o beijou. Beatrice olhou para baixo, sorrindo enquanto Lottie e Sr. Graham se abraçavam. —Senhor! Senhor! —um servo chamou —Senhores não são permitidos no lado da galeria das senhoras! Sr. Graham levantou a cabeça apenas fracionariamente. —Ela é minha esposa, caramba. —e enquanto olhava de uma forma mais romântica nos olhos de Lottie, ele acrescentou: —E o meu amor. E ele a beijou novamente. Isso foi demais para as emoções já exarcebadas de Beatrice. Ela se encontrou enxugando as lágrimas de suas bochechas. A fim de dar a seus amigos mais privacidade e se recompor, ela escorregou da galeria, calmamente descendo as escadas de trás. No corredor escuro abaixo, ela ficou sozinha, inclinando-se um pouco contra a parede. Por que ele fez isso? Ontem à noite ele disse que nunca iria falar de suas cicatrizes novamente. Então, por que revelá-las para uma sala cheia de estranhos? Será que o projeto significava tanto para ele, ou, um pensamento maravilhoso, ele fez isto por ela, afinal? Beatrice se sentiu egoísta, querendo que a razão dele para endossar o projeto de lei fosse ser ela. As vidas de muitos soldados estavam em jogo. Talvez ele tivesse feito isso simplesmente em nobre consideração para com os veteranos. Mas então houve aquele olhar que ele dera... Oh, ela não deve interpretar muito um simples olhar! Enquanto ela estava em silêncio contemplando tudo isso, os senhores se acalmaram, mas agora eles rugiam de novo, e ela podia dizer pelos gritos de Blanchard! Blanchard ! que Reynaud levou o dia para o projeto de Sr. Wheaton. Seu coração estava quase transbordando. Ela se virou cegamente para voltar para a galeria, mas ao fazê-lo esbarrou em uma grande forma masculina. Beatrice olhou para cima com um sorriso de desculpas em seu rosto, mas este morreu quando viu o homem com quem ela se chocou. —Lord Hasselthorpe! O Lord parecia medonho. Seu rosto estava pálido num branco esverdeado, e brilhava com o suor. Ele estava olhando através das portas fechadas para os Lords, mas com a voz dela, ele se virou para ela e seus olhos pareciam se focar e, em seguida, esfriar. —Lady Blanchard. —Para o verdadeiro Conde de Blanchard! —Vale gritou, nem um pouco embriagado, quando ele ergueu uma caneca de espuma de cerveja. —Blanchard! Blanchard! —Munroe, Hartley, e a maior parte do resto da taverna um tanto decadente se sentaram e aplaudiram. Vale esteve na pequena fumarenta sala de bebidas duas vezes. Eles estavam em uma cabine no canto, a mesa cheia de cicatrizes com a marca de vários patronos anteriores. A garçonete era rechonchuda e bonita e foi à primeira, obviamente, a erguer grandes esperanças por eles. Agora, porém, depois de uma meia hora de esforço concentrado, ela voltou seus amplos encantos para uma mesa de marinheiros sentados nas proximidades. Reynaud não pode deixar de pensar o quão diferente sua sedução de Vale teria terminado há sete anos. —Eu agradeço a você. Agradeço a todos vocês. —Reynaud estava na sua segunda apesar de Vale ter pedindo mais bebidas. Ele ainda tinha um medo miudinho de não estar completamente alerta, talvez uma sobra de seus anos de cativeiro. —Sem a sua ajuda hoje, senhores, este teria sido um esforço muito mais difícil. Portanto, para Munroe, que tão habilmente desviou certo Duque e pediu a presença de outro cavalheiro de importância em Westminster. —Huzzah! —gritaram os clientes da taberna, a maioria dos quais não tinha ideia do que estava sendo dito. Mesmo a garçonete acenou com um pano. Munroe apenas sorriu e inclinou a cabeça. Reynaud virou para Vale. —Para Jasper, que deu o voto decisivo para passar o projeto do veterano de Sr. Wheaton! —Huzzah! Vale realmente corou, a cor rubro sobre o rosto envergonhado. Claro, isso pode ter sido a cerveja também. —E, para Hartley, que atrasou a principal oposição ao projeto de lei! —Hartley também inclinou a cabeça para os aplausos da multidão, embora seus olhos ainda estivessem mortos. Ele esperou até que os frequentadores circundantes da taberna se acalmassem e se voltassem para seus próprios assuntos e, em seguida, disse: —Há algo que todos devem saber sobre Hasselthorpe. —O que seria isso? —de repente, Vale não parecia tão bêbado em tudo. —Ele nega ter dito a Munroe que a mãe do traidor era francesa. Onde outro homem podia arranhar em protestos, Munroe apenas levantou as sobrancelhas. —De fato. —Por que ele iria mentir sobre uma coisa dessas? —Reynaud pousou a caneca de cerveja, desejando que ele não tivesse bebido nem isso. Eles estavam perto de alguma coisa aqui, ele podia sentir isso. —Talvez tenha sido sua primeira declaração que era mentira. —Hartley disse suavemente. —O que você quer dizer? —perguntou Vale. —Quando ele disse a Munroe que a mãe do traidor era francesa, Reynaud ainda era considerado morto. Hasselthorpe nada arriscou, lançando suspeitas sobre ele. Além disso, ele sabia que havia uma boa chance de que Munroe nunca revelasse sua


informação à notícia seria muito angustiante para Vale aceitar. Por que criar problemas quando o homem que podia ser o traidor está morto? Munroe assentiu. —Isso é verdade. Eu quase não disse a Vale. Mas eu comecei a pensar que a verdade, mesmo que amarga, era melhor do que as mentiras. —E uma boa coisa que você fez, também. —disse Hartley —Porque quando Reynaud voltou, Hasselthorpe foi, então, encurralado em um canto. Ele poderia manter sua mentira e implicar um homem agora vivo? Ou ele devia chamar Munroe de mentiroso? De qualquer maneira, ele precisava tirar a suspeita longe de si mesmo rápido. —Então você acha que Hasselthorpe é o verdadeiro traidor. —Reynaud disse calmamente —Por quê? —Pense nisso... —Hartley se inclinou para frente —Quando Vale levantou a questão com Hasselthorpe, o homem foi baleado, mas não morreu. Uma ferida para ser vista, como eu o entendo. Ele, então, saiu de Londres completamente e sequestrou a si próprio em sua propriedade perto de Portsmouth. Quando Munroe o questionou, ele disse uma mentira que impediu a continuação do interrogatório. E lembrem-se: o irmão mais velho de Hasselthorpe era Thomas Maddock tenente Maddock da Vigésima Oitava da Infantaria. —Você acha que ele matou tantos para conseguir o Título? —Vale fez uma careta. Hartley deu de ombros. —É certamente um motivo para trair o regimento. Isso não é algo que tenho procurado por tanto tempo um motivo para trair a Vigésima Oitava? Eu perguntei por aí Hasselthorpe era o irmão mais novo. Ele chegou ao título pouco depois da morte de Maddock. Na verdade, Maddock morreu depois que seu pai faleceu, mas ele parecia nunca ter ouvi a notícia de que seu pai estava morto. Ele foi morto em Spinner’s Falls antes que isto pudesse alcançá-lo. —Isso tudo é muito bom. —Munroe cortou, sua grande de voz quebrada. —Nós estabelecemos porque Hasselthorpe poderia ter traído o regimento, mas eu ainda não vejo como ele poderia ter feito à façanha. Apenas os oficiais que marcharam com a Vigésima Oitava conheciam nosso destino. Este foi mantido em segredo, precisamente por isso, para não ser uma emboscada. Reynaud se agitou. —Somente os oficiais da Vigésima Oitava e os superiores que os ordenavam em sua rota. —O que você está pensando? —Vale se virou para ele ansiosamente. —Hasselthorpe foi um ajudante de ordens do general Elmsworth em Quebec. —disse Reynaud —Se Maddock não disse a ele o caminho eles eram irmãos apesar de tudo então ele não teria tido muita dificuldade em descobrir. Elmsworth pode ter feito por ele mesmo. —Ele teria tido que passar as informações para os franceses. —Munroe apontou. Reynaud deu de ombros, afastando sua caneca de cerveja completamente. —Ele estava em Quebec. Você se lembra? E sta estava fervilhando com as tropas francesas que nós tínhamos capturado cidadãos franceses e índios que apoiaram ambos os lados. Era um caos. —Ele poderia ter feito isso facilmente. —disse Hartley —A questão agora é que ele de fato o fez? Nós temos suposições e conjecturas, mas não há fatos reais. —Então nós vamos ter que encontrar os fatos. —Reynaud disse severamente – Combinado? Os outros homens acenaram com a cabeça. – Concordo. —disseram juntos. —Para descobrir a verdade. —disse Vale, e levantou sua caneca. Todos eles levantaram suas jarras e as beberam juntos, solenizando o brinde. Reynaud brindou o sentimento com o resto. Ele esvaziou sua caneca e bateu com ela na mesa. —E, para ver o balanço do traidor, maldito nos olhos. —Ouvir, ouvir! —Outra rodada para mim. —Reynaud chamou. Vale se aproximou, molhando Reynaud com a cerveja em seu hálito. —Não deve um homem recém-casado como você ir para casa? Reynaud fez uma careta. —Eu vou voltar para casa em breve. Vale balançou as sobrancelhas peludas. —Teve um desentendimento com sua senhora? —Não é da sua maldita conta! —Reynaud escondeu o rosto com a caneca de cerveja, mas quando ele a abaixou, Vale ainda estava olhando para ele, com olhos turvos. E se não fosse pela cerveja, Reynaud, provavelmente, não teria dito: —Ela acha que eu não sei como gostar, se você quer saber. —Será que ela não sabe que você se importa com ela? —Hartley perguntou do outro lado da mesa. Maravilhoso. Tanto ele como Munroe estavam ouvindo como um par de babás fofoqueiras. Munroe se agitou. —Ela precisa saber, cara. —Vá para casa. —Vale disse solenemente —Vá para casa e diga que você a ama. E pela primeira vez Reynaud começou a pensar que o conselho romântico de Vale podia só podia estar correto.

Capítulo 18


Agora, embora a princesa Serenity cassasse com Longa Espada como uma recompensa por salvar seu pai, ela, em muitos meses que ela viveu com ele, aprendeu a amar seu marido profundamente. Ouvindo seu terrível destino, ela ficou quieta e retraída, contemplando em silêncio o que esta notícia significava para ela. E, depois de muitas longas caminhadas no jardim do castelo, ela chegou a uma decisão: iria se oferecer para o Rei dos Duendes em lugar de Longa Espada. E assim, na noite antes de Longa Espada voltar para o Reino dos Duendes, a princesa Serenity drogo u o vinho de Longa Espada. Enquanto seu marido dormia, ela o beijou com ternura e, em seguida, foi ao encontro do Rei dos Duendes... De Longa Espada, o guerreiro Sete anos de planejamento. Sete anos de movimentos cuidadosos sobre um tabuleiro de xadrez gigante. Alguns deles tão infinitamente pequenos que até mesmo seus inimigos mais inteligentes estiveram cegos ao seu verdadeiro significado. Sete anos que deveriam ter culminado em seu se tornar primeiro-ministro e líder de fato do país mais poderoso do planeta. Sete anos de paciente espera e cobiça secreta. Sete anos destruídos em uma tarde por um homem Reynaud St. Aubyn. Ele viu o reconhecimento nos olhos de Hartley quando ele mencionou Thomas. Pobre, pobre Thomas. Seu irmão nunca foi cortado para a grandeza. Por que Thomas teria o Título quando serviria muito melhor? Mas agora a velha decisão voltou para assombrá-lo. Vale, Blanchard, Hartley, e Munroe . Todos em Londres, de uma só vez, todos unindo suas cabeças. Hasselthorpe podia ler a escrita na parede. Era só uma questão de tempo antes que mandassem prendê-lo. Tudo porque St. Aubyn voltou para casa. Ele olhou através da carruagem para a mulher de seu inimigo. Beatrice St. Aubyn, Condessa de Blanchard agora, nascida Corning. A pequena Beatrice Corning estava sentada em frente a ele amarrada e amordaçada. Seus olhos estavam fechados por cima o pano amarrado em sua boca. Talvez ela dormisse, mas ele duvidava. Ele nunca prestou muita atenção nela antes, além de destacar que ela era uma boa anfitriã para as festas políticas de seu tio. Ela era bastante agradável de ver, ele supôs, mas ela não era uma beleza imortal. Dificilmente o tipo que um homem poderia escolher para morrer. Ele resmungou e olhou para fora da janela. A noite estav a negra, com quase nenhum luar, e ele não conseguia distinguir onde podiam estar. Ele deixou cair à cortina. No entanto, ele sabia que pelo número de horas que eles viajaram que eles deviam estar se aproximando de sua propriedade em Hampshire. Ele disse a Blanchard que iria esperar até o amanhecer, e ele o faria, o barco que ele arranjou para buscá-lo em Portsmouth não viria até as oito. Ele podia esperar até o amanhecer, e não mais antes de fugir para o ponto de encontro combinado. Primeiro a França e depois, talvez, Prússia ou mesmo as Índias Orientais. Um homem pode mudar o seu nome e começar uma nova vida nos cantos mais remotos do mundo. E com capital suficiente, ele pode até mesmo fazer a sua fortuna novamente. Se ele tivesse capital suficiente. Terrivelmente estúpido ele podia ver agora amarrando a maioria de seus fundos de investimentos. Oh, eles eram bons investimentos, investimentos sólidos que produziam um retorno saudável mas que não era muito bom para ele no momento, não é? Ele tinha um pouco de dinheiro, e ele pegou as joias que Adriana tinha na casa da cidade, mas elas não eram tanto assim. Não o suficiente para começar de novo como ele pretendia. Ele olhou para a menina a sua frente, medindo seu valor. Ela era sua última aposta, sua última chance de levar com ele uma pequena fortuna. É claro que ele nunca iria arriscar sua vida, sua fortuna, por qualquer mulher, e muito menos por essa criança pálida, mas realmente não foi esta sua aposta? A verdadeira questão era se Blanchard tinha suficiente consideração por sua esposa como refém para trocá-la por uma pequena fortuna... e perder a sua vida também. Era bem depois da meia-noite o momento em que Reynaud voltou para Blanchard House. A celebração com Vale, Munroe, e Hartley foi por horas mais e terminou em uma taberna de má reputação que Vale jurou que fabricava a melhor cerveja em Londres. Por isso, era bastante louvável que tenha visto o homem à espreita nas sombras nas escadas de qualquer modo. —O que está fazendo aí? —Reynaud colocou a mão sobre sua faca, pronto para desembalá-la, se necessário. A sombra se moveu e se fundiu em um menino, de não mais de doze anos. —Ele disse que você ia me dar um xelim. Reynaud olhou para cima e para baixo da rua, no caso do rapaz era uma diversão. —Quem foi? —Um ricaço, mesmo que você. —o rapaz estendeu uma carta selada. Reynaud pescou em seu bolso e jogou ao menino um xelim. O rapaz saiu correndo sem dizer uma palavra. Reynaud manteve a carta no alto. A luz e stava muito fraca para se ver muito, mas notou que não havia inscrição do lado de fora da carta. Ele subiu os degraus e entrou, acenando para o lacaio bocejando no corredor. Beatrice estava provavelmente na cama agora, e ele ansiava por se deitar ao lado de sua suavidade quente, mas a esquisitice da estranha missiva o intrigou. Ele foi para a sala de estar, acendeu algumas velas no fogo, e rasgou a carta. A caligrafia interior estava rabiscar e parcialmente manchada como se selada com pressa: Eu não vou ser enforcado. Traga-me as joias Blanchard. Venha sozinho para minha casa de campo. Não diga a ninguém. Esteja aqui até a primeira luz do amanhecer. Se você v ier depois do amanhecer, se você vier com os amigos, ou


se você vier sem as joias, você vai encontrar a sua esposa morta. Eu a tenho. Richard Hasselthorpe Reynaud mal chegou à última linha, enquanto ele estava correndo para a porta da sala de estar. — Você! —ele gritou para o lacaio assustado —Onde está a sua patroa? —Minha senhora não voltou ainda esta noite. Mas Reynaud já estava pulando as escadas. Essa coisa era impossível. Ela devia estar aqui. Talvez ela tivesse deslizado pelo lacaio. A nota era uma piada. Ele alcançou seu quarto e abriu a porta. Quick saltou em seus pés de uma cadeira perto da lareira. —Oh, meu senhor, o que foi? —Lady Blanchard está aqui? —ele exigiu, embora ele pudesse ver que a cama ainda estava arrumada e vazia. —Sinto muito, meu senhor. Ela saiu, esta tarde, para visitar o Parlamento, e ela não voltou. Querido Deus. Reynaud olhou para a carta em sua mão. Eu a tenho. A propriedade rural de Hasselthorpe estava a horas de distância, e a madrugada seria em breve. Eles viajaram por horas. Beatrice endureceu seu corpo, apoiando contra a carruagem pesadamente ao redor de um canto. Ela não podia usar suas mãos, que há muito haviam adormecido porque estavam amarradas atrás das costas, e ela tinha medo de que se ela fosse atirada para o chão, ela iria bater seu rosto. Ela duvidava muito que Lord Hasselthorpe se daria ao trabalho de pegá-la. Ela se torceu um pouco, tentando trabalhar com os dedos, mas era inútil. Ela sentiu a dor onde a corda cortando seus pulsos, mas nada mais. Lembrou-se de Reynaud dizendo quando ele andou por vários dias na mata do Novo Mundo com as mãos atadas. Como ele resistiu a tal tormento? A dor devia ter sido intensa, o medo de que ele perderia as mãos terrível. Ela desejava agora que pudesse ter dito algo a ele quando relatou suas experiências, transmitindo sua simpatia mais eloquente. Dizer a ele que ela o amava. Ela fechou os olhos, mordendo duro na mordaça de pano recheando sua boca. Ela não deixaria este homem terrível ver seu medo, mas ela desejou, oh, como ela desejava! que ela fosse capaz de dizer a Reynaud que ela o amava. Ela não tinha certeza de por que ela precisava dizer a ele. Ele poderia até não me importar, provavelmente não se importaria. Ele mostrou a ela seu carinho e paixão, mas nada mais, nada que pudesse ser chamado de amor. Talvez ele não tivesse mais a capacidade de sentir o amor romântico. Parecia a ela que, a fim de sentir o amor verdadeiro e duradouro, uma vez-na-vida-se-você-tivesse-sorte o amor verdadeiro, era necessário estar preparado para deixar cair. Para se entregar totalmente para a outra pessoa se fosse necessário. Ela sabia que poderia fazer isso, mas Reynaud não iria deixar a si mesmo amar. E ainda assim não parece importar. Beatrice descobriu que um amor não precisava ser correspondido para que ele prosperasse. Parecia que seu amor era perfeitamente feliz para crescer e florescer mesmo na completa ausência do dele. Não havia como controlá-lo. A carruagem sacudiu, e Beatrice não foi rápida o suficiente para se preparar inteiramente. Seu ombro bateu na lateral dolorosamente. —Ah... —disse Lord Hasselthorpe. Era a primeira vez que ele falou em horas. —Nós estamos aqui. Beatrice esticou o pescoço, tentando ver pela janela, mas o que ela podia ver era quase tudo preta. Dobraram uma curva, e ela apoiou os pés contra as tábuas do assoalho. E, em seguida, a carruagem parou. A porta foi aberta por um lacaio, e Beatrice tentou chamar a atenção do homem para talvez ganhar a sua simpatia. Mas ele manteve o olhar fixo para baixo, para se salvar um dardejante e glacial olhar de Lord Hasselthorpe. Não haveria ajuda naquele quartel. —Venha, minha senhora. —disse Lord Hasselthorpe bastante sordidamente, e puxou-a em seus pés. Ele a empurrou na frente, para fora da carruagem e, por um momento, ela temia que fosse cair de cabeça para baixo nas escadas. O criado pegou seu braço para firmá-la, embora, assim como se apressou em deixá-la ir. Beatrice olhou novamente e viu um leve franzido entre suas sobrancelhas. Talvez houvesse esperança de ajuda, afinal. Mas ela não teve tempo para analisar o assunto, porque Lord Hasselthorpe estava marchando em direção a grande mansão. Mesmo no escuro, ela podia ver que era um enorme edifício com apenas uma luz em uma das janelas mais baixas. Quando eles se aproximaram da porta da frente, esta foi aberta e um antigo mordomo deslocou-se para o lado, segurando um candelabro que parecia pesado demais para seu pulso fino. —Meu senhor. —ele abaixou a cabeça, sua expressão serena o suficiente para fazer Beatrice se perguntam se Lord Hasselthorpe muitas vezes trouxe senhoras amarradas e amordaçadas à sua porta. Seu captor não fez o reconhecimento do mordomo, mas arrastou-a em seus passos e entrou no hall. Foi só depois que eles passaram pelo velho servo que o homem limpou a garganta e disse: —Sua senhoria está na residência, meu senhor. Lord Hasselthorpe parou tão de repente que Beatrice tropeçou em seus próprios pés. Ele distraidamente a segurou enquanto ele olhava para o mordomo. —O quê? O velho parecia imperturbável ante a ira de seu mestre. —Lady Hasselthorpe chegou ontem à noite e ainda agora está lá em cima dormindo. Lord Hasselthorpe fez uma careta para o teto como se pudesse ver sua esposa na cama vários andares acima. Obviamente, a presença de sua esposa em sua propriedade rural era uma surpresa. O coração de Beatrice saltou um pouco de otimismo


cauteloso. Lady Hasselthorpe não era conhecida por sua inteligência, mas certamente ela iria protestar contra o marido trazer para casa Condessas sequestradas? Ou Lady Hasselthorpe nunca teria permissão de vê-la, isto era. Por hora, Lord Hasselthorpe estava trotando-a rapidamente em direção à parte de trás da casa. Ele virou para baixo em uma passagem escura tão estreita que ele teve que empurrá-la à frente de si mesmo, porque eles não se encaixam lado a lado. Isto terminou em um voo de escadas íngremes que mergulhava numa espiral descendente para as profundezas da mansão. Beatrice sentiu o suave início do suor descendo na parte baixa de suas costas enquanto desciam. Os passos eram na pedra nua, bem gasta e escorregadia. A queda aqui pod ia quebrar seu pescoço. Era isso o que Lord Hasselthorpe queria? Ele iria matá-la por alguma vingança estranha pela vitória de Reynaud no piso do Parlamento? Mas, então, por que trazê-la até a sua propriedade rural apenas para matá-la? Certamente que não fazia sentido. Beatrice agarrou-se a essa minúscula esperança enquanto desciam mais longe nas profundezas da mansão. Eles chegaram por último num chão de pedra irregular, e ela viu que era uma espécie de masmorra. A casa de cima devia ter sido construída sobre algum tipo de fortificação mais antiga. Hasselthorpe a apoiou em uma parede de pedra. Ela ouviu o barulho de correntes e, em seguida, sentiu um frio metal contra seus pulsos. Ele se afastou e acenou com a cabeça. —Isso vai prendê-la até que seu marido bastardo venha para tomar o seu lugar. Beatrice ficou tensa, tentando dizer alguma coisa, qualquer coisa para chamar a atenção dele, mas ele simplesmente se afastou, levando a luz com ele. Ela foi deixada no frio, na escuridão úmida. Ela puxou com força a corrente, esperando que o encaixe pudesse ter apodrecido, mas este segurou firme. E então ela só podia ficar e esperar, e a corrente não iria deixá-la se sentar. Será que ela iria morrer aqui, sozinha na escuridão? Ou Lord Hasselthorpe ou um dos seus servos viria resgatá-la? Ela pensou em Reynaud, em seus olhos negros irritados, suas mãos confiantes, sua boca suave, e ela chorou um pouco, perguntando se ela veria seu querido rosto novamente. Ela sabia que ele não viria por ela, apesar de tudo. Ele disse a ela. Ele não iria se colocar no poder de outro nunca mais. Os punhos de Reynaud escorregaram contra o pescoço suado do cavalo. Ele se curvou sobre o animal, as mãos em cada lado do pescoço do animal, uma rédea em cada mão. Ele trocou seu próprio cavalo há duas horas quando ele começou a ficar cansado, jogando uma quantia exorbitante em um estalajadeiro sonolento pôr o seu melhor cavalo. O castrado era um animal de grande ossatura, não era bonito, mas tinha resistência. Resistência e velocidade eram tudo o que importava agora. Abarrotados alforjes estavam amarrados atrás dele. Eles faziam uma pequena fortuna, cada pedacinho de ouro que ele poderia encontrar na casa, bem como joias de sua mãe. Ele enfiou uma pistola em cada bolso do casaco antes que ele tivesse montado e partido de Londres, embora fosse principalmente a sua velocidade que dissuadia os ladrões. A marcha do cavalo o sacudia com cada salto de suas grandes pernas, mas Reynaud não se importava mais. Seus braços e pernas e bunda doíam, suas mãos ficaram dormentes, seus dedos estavam duros de frio, e ele ainda pedia para a besta ir adiante. Ele cavalgava através de noite preta, inferno-sobre-couro, não se importando com os buracos ou potenciais barreiras invisíveis na estrada, colocando em risco tanto o pescoço do cavalo quanto o seu próprio. Isso não importava. Se ele não estivesse em Sussex na porta de Hasselthorpe ao amanhecer, aquele louco iria matar Beatrice, e ele não teria uma razão para viver de qualquer maneira. Era irônico, realmente. Todo esse tempo ele só pensava no que ele perdeu e nunca no que ele ganhou. Ele queria seu Título, suas terras, seu dinheiro, quando o tempo todo que eles não significava nada sem ela ao seu lado. Aqueles olhos cinzentos calmos a observá-lo, curiosamente, não mostrando nenhum medo ou nenhuma ilusão a respeito de quem ele era. Aquele doce, divertido sorriso em outra expressão azeda quando ela concedeu crédito a ele para ser um idiota. A surpresa erótic a em seu rosto quando ele entrou nela, sua boca aberta maravilhada. Deus! Oh, meu Deus! Ele ia perdê-la. Reynaud sentiu a queimadura de lágrimas em seu rosto. O amanhecer estaria chegando em breve. Ele o castrado a seguir, ouvindo a respiração do cavalo resfolegando, o tinir da aderência, e seu próprio coração desesperado em seus ouvidos, sabendo que era muito tarde, muito tarde. Ele não ia conseguir fazer isso a tempo. Ele mataria o bastardo, o assassino de sua esposa. Ele iria ter a sua vingança em sangue e dor, e então ele iria dar um fim a si mesmo. Se ela estava morta, ele não tinha nada pelo que viver.

Capítulo 19 Durante toda a noite a princesa Serenity viajou. Com os primeiros raios do sol abençoando a terra, ela chegou ao lugar onde há um ano ela havia encontrado Longa Espada. Era um lugar estéril, desprovido de árvores ou até mesmo grama. A princesa olhou em volta, mas não conseguia ver outra coisa viva. Assim que ela começou a se perguntar se ela veio em vão, uma rachadura apareceu na terra seca. Mais ampla e mais ampla esta cresceu até o Rei dos Duendes subir das profundezas da terra. Seus olhos laranja


incandescentes brilhavam em sua visão, e ele sorriu com enormes presas amarelas quando ele disse: —E quem é você? —Eu sou a princesa Serenity —ela respondeu —E eu vim para tomar o lugar do meu marido no Reino dos Duendes... De Longa Espada, o guerreiro Estava escuro, muito escuro, e ela perdeu a noção do tempo. Ela poderia ter estado aqui por alguns minutos ou horas, com os braços amarrados dolorosamente atrás dela, os olhos se esforçando inutilmente na escuridão. De vez em quando ela adormecia, apesar da dor e do medo, mas quando seu corpo caia para frente, os ombros eram puxado pela corrente nos pulsos, e ela acordava assustada. No início, ela pensou que o calabouço estava em silêncio também, mas enquanto ela estava lá quieta, ela começou a ouvir coisas. Pequenos sussurros. A raspagem de uma pequena garra contra a pedra. O gotejamento lento de água em algum lugar. No escuro, sozinha, os sons deviam tê-la assustado mais. Em vez disso, eram quase reconfortante. Ela não tinha certeza se ela poderia ter permanecido sã se a audição fosse tirada, bem como sua visão. Finalmente ela ouviu passos, distantes, mas se aproximando. Ela se endireitou, tentando manter um olhar sereno, tentando ser corajosa. Reynaud foi valente em seu cativeiro e ela também podia ser. Ela era uma Condessa. Ela não iria encontrar a morte chorando. A porta da masmorra se abriu, e ela se encolheu para longe da luz da lanterna. —Beatrice. Oh, meu Deus, não poderia ser ele. Ela apertou os olhos e viu os ombros largos do marido bloqueando a luz da lanterna. Ele estava sem chapéu, suas botas enlameadas e arranhadas, e ele carregava uma sacola cheia sobre um ombro. Ela se empurrou para frente, sua garganta trabalhando, tentando dizer alguma coisa. Para alertá-lo. Lord Hasselthorpe discursou por quase uma hora quando pela primeira vez eles entraram na carruagem sobre a vingança que ele iria infringir a Reynaud. —Não toque nela. —Lord Hasselthorpe disse, e Reynaud se afastou. Atrás dele estava Lord Hasselthorpe, uma arma apontada firmemente para Reynaud. —Aqui está ela. Você pode ver que nenhum mal foi feito para ela. Agora me dê o dinheiro. Reynaud não olhou para o outro homem. Seus olhos estavam nela, ardentes, pretos, e perigosos. —Tire sua mordaça. —Você já tem... Reynaud virou a cabeça e bateu em Lord Hasselthorpe com um olhar. – Tire isso fora. Lord Hasselthorpe franziu a testa, mas ele deu um passo para frente, mantendo os olhos em Reynaud. Ele se atrapalhou, com uma só mão, com o pano amarrado na parte de trás de sua cabeça, e depois a amarra caiu. Beatrice cuspiu o pano amassado de sua boca. —Reynaud, ele vai mata-lo! —Cale-se! —disse Lord Hasselthorpe. —Não. —Reynaud deu um passo para o outro homem, aparentemente alheio à arma levantada entre eles. Ele olhou para Lord Hasselthorpe um momento, depois olhou para Beatrice, com uma leve flexão do músculo em sua mandíbula. —Será que ele a machucou? —Não. —ela sussurrou —Reynaud, você não pode. —Silêncio! —ele balançou a cabeça um pouco e quase sorriu —Você está viva. Isso é tudo que importa. —Ela está viva e eu quero o dinheiro. —disse Lord Hasselthorpe impaciente. —Que garantia você pode me dar de que ela vai ficar livre? —Reynaud estava olhando para ela, como se estivesse memorizando seus traços. Beatrice sentiu gelo começando a se formar em seu centro. – Reynaud... —ela sussurrou, pedindo agora. —Minha esposa está na residência. —disse Lord Hasselthorpe. —Ela não tem nada a ver com isso. Vou colocar Lady Blanchard aos seu cuidado e enviar a ambas para Londres. Já mandei um criado para trazer Adriana aqui. —Você não pretende levar a sua esposa com você? —olhos de Reynaud estavam terrivelmente gentis, e se ele falava com o outro homem, seu olhar nunca deixou seu rosto. —Por que eu deveria? —Lord Hasselthorpe respondeu, impaciente. O canto da boca de Reynaud se contraiu. Como ele podia encontrar qualquer divertimento nisto? —Certo sentimentalismo, talvez? —Eu não tenho tempo para sentimentalismo ou sua inteligência. —Lord Hasselthorpe estalou —Se você quiser que sua esposa viva para ver o amanhecer... —Muito bem. —Reynaud jogou a sacola aos pés da Lord Hasselthorpe quando Lady Hasselthorpe apareceu na entrada do calabouço. —Por que, meu Lord, você não me disse que tínhamos convidados? —Lady Hasselthorpe exclamou como se estar sendo acordada antes do amanhecer para receber chamadas no calabouço fosse perfeitamente normal. Ela parecia não notar que o marido apontava uma arma a um de seus convidados. Ela fez menção de entrar no calabouço, mas o lacaio corpulento ao seu lado a impediu. —Melhor não, minha Lady. Está sujo por aqui. Lord Hasselthorpe acenou para o homem. Apesar das palavras do lacaio, a sua verdadeira razão para impedi-la devia ser para que ela não ficasse muito perto de Reynaud.


—Eu gostaria que você levasse Lady Blanchard para Londres, minha querida. —disse Lord Hasselthorpe —Ela está doente e Lord Blanchard e eu temos assuntos para discutir. —ele chegou por trás de Beatrice com uma mão e abriu as correntes sobre seus pulsos. O coração de Beatrice afundou. —Reynaud, eu não posso deixá-lo aqui. Lord Hasselthorpe deu a Reynaud um olhar duro. – Isso não importa para mim, mas você sabe a alternativa. A boca de Reynaud dilatou. —Deixe-me falar com ela. —Como você quiser. Reynaud se inclinou para seu ouvido, seu rosto contra ela. As mãos de Beatrice ainda estavam amarradas atrás das costas. Ela desejou que eles estivessem livres para que ela pudesse sentir sua querida face. —Você tem que sair com Lady Hasselthorpe. —ele sussurrou em seu ouvido. Ela sentiu as lágrimas quentes transbordarem de seus olhos. —Não. Não, você disse que nunca iria se colocar em poder de outro homem novamente. —Eu estava errado. —ele prendeu a respiração com uma risada calma que soprava contra seu rosto. Ele cheirava a cavalo e couro e seu marido. —Assim, muito errado. Eu fui tolo e vaidoso, e eu quase não percebi a tempo. Eu quase perdi você. Mas eu não perdi. —Reynaud... —ela chorou. —Shh... —ele sussurrou —Você me perguntou se eu a amava. Eu amo. Eu a amo mais do que a própria vida. Nada importa mais neste mundo do que você viver. Você pode fazer isso por mim? Você pode viver? O que ela poderia dizer? Ele estava se sacrificando, ela sabia disso. Sacrificando-se por ela e queria que ela simplesmente saísse deste lugar e o deixasse aqui... Ela balançou a cabeça, a garganta inchada fechada pela tristeza. Ele pegou seu rosto entre as mãos e olhou para ela, e pela primeira vez desde seu retorno, ela viu o menino rindo no retrato em seus olhos negros. Eles olhavam para ela, confiantes e inteiros, com a sugestão de um brilho malicioso. —Sim, você pode. —disse ele em voz baixa que, no fundo, ela tanto amava —Por mim. Viver por mim. —Eu o amo. —ela sussurrou, e ela viu alegria em seus olhos. Ela se virou, tropeçando, e andou a partir desse buraco. Lord Hasselthorpe disse alguma coisa, e Lady Hasselthorpe balbuciava e chiava, mas ela não ouviu nada disso, porque ela estava saindo e deixando Reynaud para trás. Ela se virou uma última vez para a porta e olhou por cima do ombro. Reynaud estava ajoelhado ao lado da parede de pedra onde ela foi acorrentada. Ela viu que havia três anéis de ferro fixados na parede de pedra. Ela foi acorrentado ao do meio, mas agora correntes de ferro pendiam enfiadas nos dois anéis externos. Os braços fortes de Reynaud foram estendidos na largura, e Lord Hasselthorpe estava assistindo enquanto o lacaio corpulento prendia as correntes em seus pulsos. O frio chão de pedra deveria estar sendo duro contra os joelhos de Reynaud, e ela sabia que as correntes eram dolorosas, mas ele encontrou seus olhos e sorriu para ela. Sorriu enquanto acorrentavam seus braços em cruz. Quando ele escapou do cativeiro, tantos meses atrás, ele jurou que nunca se deixaria ser capturado vivo novamente. Ele jurou a si mesmo que ele morreria antes de ser levado por um inimigo. E ele manteve esse voto, de verdade. Mas agora Reynaud estava quebrando essa promessa. Ele se ajoelhou aos pés de seu adversário, com os braços esticados e acorrentado à parede, impotente, e ele estava feliz. Nada disso importava, desde que Beatrice estivesse viva. Ele poderia enfrentar isso e pior, enquanto ela vivesse. Hasselthorpe inclinou-se e abriu os alforjes. O colar de safira materno derramado sob a luz da lanterna. Hasselthorpe resmungou e pegou as joias. —Muito bom. —as pedras azuis escuras brilhavam enquanto ele as examinava —As joias de Blanchard, se não estou enganado. —ele sorriu para Reynaud. Reynaud encolheu os ombros. – Suas é que não são. —Muito simpático realmente. —Hasselthorpe empurrou o colar de volta na bolsa de couro e começou a amarrar suas cordas, enquanto falava com o bruto do lacaio. —Veja que meu cavalo esteja pronto e minha bolsa amarrada. O barco parte em duas horas, e deve estar longe para encontrá-lo a tempo. Pela primeira vez, o grande servo mostrou sinais de pensamento independente. Ele hesitou, olhando para Reynaud. – Que será dele? Hasselthorpe olhou para o lacaio friamente. —Isso não é da sua conta. O homem passou de um pé para o outro. —Mas, veja, eles vão me culpar. —O quê? —Por ele. —o lacaio empurrou o queixo na direção de Reynaud —Você vai embora e eu vou ter um aristocrata morto em mim às mãos, e primeiro para quem vá olhar serei eu. Reynaud sorriu. O homem tinha um ponto. —Oh, pelo amor de Deus! —Hasselthorpe explodiu, assim como a porta se abriram do calabouço. Lady Hasselthorpe entrou com Beatrice atrás dela. Cristo! Reynaud se lançou contra as correntes, mas as ligações de ferro grossas resistiram. Hasselthorpe virou em direção


à porta, sua arma apontada para Beatrice. —Saia! —Reynaud ordenou. Beatrice estava olhando para ele, seu rosto doce mostrando determinação obstinada. Ele puxou as correntes com toda a sua força e sentiu um leve afrouxar. Hasselthorpe virou-se para ele quando as correntes tiniram. A luz da lanterna refletia o cano da pistola em sua mão. Hasselthorpe levantou-a enquanto Reynaud mostrava os dentes em desafio. —Não! —Beatrice gritou. Lady Hasselthorpe correu para seu marido. —Richard! Você perdeu sua razão? —Beatrice! —Reynaud atacou novamente, e o anel de ferro segurando seu pulso direito estourou na parede. Hasselthorpe balançou em direção a ele com a arma, mas Lady Hasselthorpe estava lá, e Beatrice, condenada Beatrice, se lançou contra o homem. A arma explodiu como um trovão ensurdecedor, ecoando nas paredes de pedra e teto. Por um momento, todo mundo congelou. —Beatrice. —Reynaud sussurrou. Ela olhou para ele, com os olhos perplexos, e levantou a mão para ele. Sangue listrava seus dedos. Ela foi quase ensurdecida pelo disparo da pistola, mas Beatrice ainda ouviu o rugido de raiva de Reynaud. Ele parecia um leão enfurecido, como um arcanjo de fogo vindo do céu para se vingar de um homem mortal. Ele saltou para frente, com a mão direita libertada e estendida em direção de Lord Hasselthorpe. A c orrente gritou contra o anel de ferro, e ele empurrou para trás, as pontas dos dedos escovando a manga de Lord Hasselthorpe. —Meu Deus! —exclamou Lord Hasselthorpe. Ele se abateu contra Beatrice, agarrando-a pelo braço. Foi à coisa errada a fazer. Reynaud rugiu de novo e avançou. O outro anel de ferro explodiu a partir da parede. Ele estava em Lord Hasselthorpe em um salto, arrancando o homem longe de Beatrice. Lady Hasselthorpe gritou. Reynaud bateu no outro homem no rosto com um som horrível estalando, e Lord Hasselthorpe caiu no chão. Reynaud o seguiu até o chão de pedra, de joelhos em cima dele, seu punho fechado dirigindo uma e outra vez no rosto de Lord Hasselthorpe. —Pare ele! —Lady Hasselthorpe agarrou o braço de Beatrice —Ele vai matar Richard. Ele o faria mesmo. Reynaud não mostrava sinais de hesitação, embora o outro homem a muito tivesse deixado de resistir. —Reynaud... —disse ela —Reynaud! —ele parou de repente, o peito arfando, com suas mãos ensanguentadas, pendurando por seus lados e as correntes ainda pendentes de seus pulsos. Beatrice foi até ele e, hesitante, tocou seu cabelo preto e curto. —Reynaud. Ele se virou de repente e colocou seu rosto contra seu estômago, suas grandes mãos segurando seus quadris. —Ele a machucou. —Não. —disse ela, acariciando sua querida cabeça, sentindo seu calor sob as palmas das mãos —Não. O sangue era dele. A bala deve tê-lo em algum lugar. Eu não estou ferida. —Eu não poderia suportá-lo. —disse ele contra ela —Eu não poderia suportar se você estivesse ferida. —Eu não estava. —ela sussurrou. Ela pegou suas mãos, grandes e machucadas, na dela e o puxou para cima. —Eu estou inteira e segura. Você me salvou. —Não, —ele disse enquanto se levantava —eu sou aquele que foi resgatado. Eu estava perdido e quebrado, e você me salvou. —ele se inclinou e sussurrou contra seus lábios: —Você me resgatou. Ele a puxou para perto, e ela foi de bom grado, felizmente, para os braços do homem que ela amava. E que a amava de volta.

Capítulo 20 Ao ouvir as palavras da princesa, o Rei dos Duendes jogou a cabeça para trás e riu até que seu cabelo verde ondulou tudo sobre sua cabeça. —Você deve ser uma adição maravilhosa ao meu zoológico, minha querida. —e ele estendeu sua mão com excitação. A princesa Serenity colocou sua própria pequena mão branca na palma da mão do Rei dos Duendes. Naquele exato momento, Longa Espada apareceu em uma corrida mortal. —Pare! —ele gritou quando os viu —Pare com essa coisa horrível! Eu não sabia o que minha esposa queria fazer, mas quando eu acordei no escuro e percebi que ela desapareceu, eu suspeitei do pior. Eu tive que correr toda essa noite para evitar isso. —Ah... —suspirou o Rei dos Duendes —Mas entretanto você está muito atrasado. O pacto entre a sua esposa e eu já foi acordado e selado. Não há nada que você possa fazer. Ela está perdida para mim... De Longa Espada, o guerreiro


—O que vai acontecer com Lord Hasselthorpe? —Beatrice perguntou mais tarde —muito mais tarde naquele dia. Ela se sentou à penteadeira em sua camisa, escovando os cabelos. Ela observou Reynaud através do espelho. Ele descansava na cama, seu robe caindo aberto para revelar seu peito nu. Ele retirou os sapatos e as meias, mas ele ainda usava as calças. Ela quase o perdeu hoje, e o horror ainda estava perto da superfície. Se pudesse ter sido do seu jeito, ela o teria acompanhado durante todo o dia, só para vê-lo respirar. Mas eles se separaram cedo nesta manhã. Reynaud estava concentrado em conduzir Lord Hasselthorpe para a prisão, e ela fez uma viagem cansativa de volta a Londres, na companhia de uma perturbada Lady Hasselthorpe. A pobre mulher não tinha ideia do caráter criminoso do marido, e, além disso, parecia que ela realmente amava o homem horrível. Beatrice passou todo o percurso tentando confortá-la. Como resultado de tudo isso, ela só se reuniu com Reynaud logo após o jantar, quando ele a abraçou rapidamente e pediu licença para se banhar. Seu cabelo ainda estava úmido do banho, ela podia ver, e ela queria tocá-lo, mas ela se conteve, sentindo-se inexplicavelmente tímida. —Ele vai ser acusado de traição e assassinato. —disse ele —E quando ele for considerado culpado, ele vai ser enforcado. —Como é terrível para Lady Hasselthorpe. —Beatrice estremeceu um pouco, colocando a escova cuidadosamente sobre a penteadeira. —Ele realmente informar aos franceses dos movimentos do seu regimento somente para matar seu irmão? Reynaud encolheu os ombros, fazendo com que seu robe caísse mais aberto. —Ele foi provavelmente bem pago, mas eu acho que a razão principal era que ele pudesse roubar o Título de seu irmão. —Que um homem terrível. —De fato. Beatrice girou em seu banquinho para olhá-lo totalmente. —Eu ainda não agradeci pelo que você fez para ajudar a aprovar o projeto de lei de Sr. Wheaton. —Você não tem que me agradecer . —ele respondeu calmamente —Os homens beneficiados pela lei são soldados. Os meus homens. Eu deveria ter estado mais interessado no projeto durante todo o tempo, em vez de me preocupar apenas comigo mesmo. Ela se levantou, caminhando em direção a ele. —Você perdeu tudo. Havia uma razão para você estar focado no que você precisava ter novamente. —Não. —ele balançou a cabeça e desviou o olhar, um aperto minúsculo em sua mandíbula —Eu só pensava em dinheiro, em terras e meu Título. Eu não considerei o que era verdadeiramente importante até que fosse tarde demais. Ela sentiu a garganta apertar. Ela subiu na cama para se sentar ao lado dele e arrastou os dedos pelo seu peito. —E o que é isso? Ele se virou e agarrou a mão, disparando seu coração. —Você. —ele beijou as pontas de seus dedos, observando-a com olhos negros tão graves que quase a assustava. —Vocês. Só você. Percebi isto na viagem para as terras de Hasselthorpe percebi e sabia que era tarde demais. Deus, Beatrice. Cavalguei por horas pensando que você estaria morta antes de eu chegar lá. —Eu pensei que você podia não vir. —ela admitiu. Ele fechou os olhos como se estivesse em agonia. —Você deve ter ficado apavorada. Você deve me odiar. —Não. —ela elevou suas mãos unidas em direção a sua boca e beijou seus dedos. —Eu nunca poderia odiá-lo. Eu o amo. Ele a agarrou e rolou sob si em um movimento brusco. Sua posição era dominadora e agressiva. Ela deveria ter sido cautelosa, mas ela não tinha medo dele de qualquer modo. Reynaud inclinou-se para ela, quase nariz com nariz. —Não diga isso a menos que você queira dizer isso. Não vai haver um caminho sem volta não voltando atrás uma vez que você seja realmente minha. Eu não tenho isso em mim para deixar ir uma vez que tenho o que eu desejo ao meu alcance. Pise com cuidado. Ela emoldurou seu rosto com as palmas de suas mãos. —Eu não vou pisar suavemente. Eu quero ir correndo e pulando. Eu vou gritar isso aos quatro ventos. Eu o amo. Eu o amei desde que você veio bater na minha festa de chá. Antes disso, na verdade desde que eu era uma menina e vi aquele seu retrato malandro na sala azul. Eu o amo, Reynaud. Eu amo... Ele cobriu a boca com a sua, silenciando suas palavras. Ela deslizou as mãos para cima, divertindo-se com a sensação de suavidade de seu cabelo sob suas mãos. Ele estava vivo. Ela estava viva. Prazer a atravessou, e ela estendeu seus pés debaixo dele em um convite. Felizmente, ele parecia ter a mesma ideia. Ele rompeu sua boca com ela, ofegando enquanto ele tateava entre seus corpos. —Você é minha. Para sempre, Beatrice. Ele alavancou a si próprio e puxou a borda de sua camisa. Algo rasgado e então ela sentiu seu pênis quente contra suas dobras. Ele empurrou para dentro dela, uma vez, duas vezes, e estava totalmente encaixado, mas ele congelou então. A cabeça caiu e ele estremeceu. —Beatrice. Ela se espreguiçou lentamente, sensualmente. —Deus, não... —ele murmurou —Beatrice... Ela colocou uma perna sobre suas panturrilhas e outra para cima sobre seus quadris. —Hmm?


Ela apertou internamente. Sua carne saltou dentro dela. – Cristo! —Faça isso de novo. —ela murmurou, inclinando seus quadris contra os dele. Ele pesava sobre ela e não poderia deslocá-lo mas ela podia tipo ondular, coisa que ela fez. —Você vai me matar. —ele sussurrou, baixando sua testa na dela. —Sério? —ela deslizou suas mãos dentro de seu robe, amassando suas costas nuas. —Sim. —ele gemeu —E eu vou morrer um homem feliz. —Então, vamos morrer juntos. —ela sussurrou contra seus lábios. Ela o beijou, em seguida, uma carícia suave, leve e doce, seus lábios entreabertos, tentando mostrar a ele o quanto ela o amava, pois ela realmente não tinha mais palavras para dizer a ele. E talvez ele tenha entendido. Ele arquejou um pouco, movendo suas mãos para enquadrar seu rosto, levantando o seu próprio para vê-la enquanto ele começava a se mover em cima dela. Ele retirou e se empurrou para dentro, só um pouco, um pequeno e controlado movimento, com efeito devastador para seus sentidos. Ela o observou, este homem que ela amava, este homem que ofereceu a sua vida pela dela, enquanto ele fazia amor com ela. Seu rosto era duro e cruel, as tatuagens de aves exóticas e presságios, mas sua boca era suave, e seus olhos tinham uma emoção que a fez se arquear contra ele. —Beatrice... —ele sussurrou, e começou a se mover mais rápido. Ela o agarrou, seus músculos apertados, a respiração acelerada, observando-o, esperando. Ele engatou a si mesmo um pouco mais sobre ela, moendo para baixo, atingindo-a apenas lá. E ela se quebrou. De repente, sem aviso prévio. Ofegante e tremendo e chorando, se apertando com urgência contra ele, olhando para aqueles olhos negros cruéis. Calor explodiu por dentro, aparentemente sem fim. —Beatrice! ele gritou —Deus! Beatrice! E ele se convulsionou acima dela, estremecendo enquanto ele a inundava com sua semente. Tremendo, seus olhos negros alargados e desesperados, com a boca torcida como se estivesse em agonia. Lentamente, ele fechou os olhos e deixou cair à cabeça enquanto seu grande peito arfava para respirar. Ela acariciou suas costas em pequenos círculos cansados, com o corpo repleto, sua mente em repouso. Ele abaixou a cabeça e a beijou, com a boca escancarada, sua língua alegando posse. Ela arqueou outra vez, impotente, seus nervos ainda sensíveis. Ele levantou a cabeça e olhou para ela. —Eu amo você, Beatrice. Agora e para sempre. Eu a amo. Ela sorriu. —E eu o amo. Agora e para sempre. – e foi como um novo começo. Um novo pacto. Então, ela puxou sua cabeça para baixo para selá-lo com um beijo. —Então ele foi condenado. —disse Samuel Hartley em voz baixa quase um mês depois. —Condenado e programado para ser enforcado antes do novo ano. —Reynaud respondeu igualmente em voz baixa. Os senhores estavam em um grupo de um lado de sua sala de estar azul, mas as mulheres não estavam muito longe, e elas tinham uma audição terrivelmente afiada. O tema não era apropriado para o dia. —Bem feito. —disse Reginald St. Aubyn, nada calmamente. Ele viu a sobrancelha levantada de Vale e cor ou. —Eu disse que nunca teria apoiado o homem se eu soubesse que ele assassinou seu irmão, e muito menos que era um traidor da Coroa. Bom Deus! —Nenhum de nós sabia. —Munroe rosnou – Isto não é culpa sua, cara. —Ah. —Reginald pigarreou, parecendo surpreso —Bem, obrigado. Hartley se inclinou para dizer alguma coisa, e Reynaud reprimiu um sorriso. No último mês, ele se acostumou a ter tio Reggie nesse lugar, e embora ele não chamasse o outro homem de seu amigo do peito ainda, eles estavam se dando muito bem. Ajudou que Reggie tinha muito jeito para administrar o dinheiro, fazendo-a crescer aos trancos e barrancos. Mas, então, ele teria suportado estar com Reggie mesmo que ele fosse o homem velho mais ranzinza possível. Ele levava em conta Beatrice e ela o amava. Isso era tudo o que importava no final. Ele olhou para onde as mulheres estavam reunidas em um nó ao redor de um dos sofás. Beatrice estava com as outras, sorrindo para algo que Lady Munroe disse. Ela usava um vestido rosa pálido, esta noite, e seu cabelo dourado brilhava a luz das velas. As safiras Blanchard brilhavam em seu pescoço, mas mesmo elas eram maçantes ao lado da beleza brilhante de seu rosto. Se estivessem sozinhos, ele teria caminhado até ela e a carregado, levando-a para sua cama para que ele pudesse demonstrar mais uma vez o quanto profundamente era a sua devoção. Ele tinha a sensação de que a urgência da necessidade de convencê-la de seu amor nunca iria passar. Ele inalou profundamente. Mas eles tinham convidados agora, e ele não teria Beatrice para si mesmo por várias horas ainda. Reynaud olhou para Emeline, sentada no meio do sofá, redonda como uma laranja. Ele notou que Hartley lançava olhares frequentes em sua direção, e ele teve que aprovar tal preocupação dedicada à sua irmã. Lady Munroe Helen ficou um pouco à parte, embora todas as senhoras a incluíssem na conversa, e Tante Cristelle sentou entronizada em uma cadeira dourada. Lady Vale sentou ao lado de Emeline no sofá, ereta, um leve sorriso em seus lábios finos. Riso feminino atraiu seus olhos para o outro sofá, onde a Srta. Rebecca Hartley estava. Rigidamente em pé ao seu lado


estava um jovem em roupas pretas simples, seu cabelo escuro batido atrás. —Eu acho que eu vou ter um novo cunhado no ano que vem. —Hartley murmurou ao lado de Reynaud. Reynaud resmungou. —Emeline diz que ele era um lacaio em sua casa. —De fato. —Hartley olhou novamente para sua esposa —Mas O'Hare passou o último ano aprendendo o meu negócio nas Colônias. Sua cabeça para figuras é incrível. Eu estive pensando que quando Emeline e eu quisermos passar um período de tempo prolongado na Inglaterra, eu vou colocá-lo no comando dos armazéns de Boston. Reynaud ergueu as sobrancelhas. —Ele parece tão jovem para o trabalho. —Ele é. —respondeu Hartley —Mas, em mais alguns anos... —ele encolheu os ombros —É claro que isto iria ajudar a manter o negócio em família. Reynaud olhou novamente para o casal no sofá. As bochechas da Srta. Hartley estavam um rosa brilhante, e O'Hare não tirou os olhos de seu rosto desde que entrou na sala. —Então você aprova o casamento. —Sim, eu aprovo. – a boca de Hartley se curvou —Não é que minha opinião importe. Confio em Rebecca para tomar a decisão certa na escolha de um marido. Um aumento repentino no tom da conversa das senhoras fez Reynaud virar a cabeça. Beatrice estava inclinada para frente, colocando um pacote no colo de Emeline. —O que elas estão fazendo agora? —Hartley perguntou ao seu lado. Reynaud balançou a cabeça, sentindo aquele sorriso voltando pelo olhar animado de Beatrice. —Eu não tenho a menor ideia. —Os senhores, eles estão falando daquele traidor horrível novamente. —Tante Cristelle comentou com ninguém em particular. Beatrice olhou. Os senhores estavam todos os amontoados em um canto, e Lord Hasselthorpe era um tema frequente de discussão, mas Reynaud olhava hoje quase alegre. Ele a pegou olhando para ele e deu uma piscada lenta que provocou uma corrida de calor em suas bochechas. Deus! Agora não era o momento de estar se lembrando do que ele fez esta manhã para ela. Apressadamente ela se virou para Emeline. —Abra-o, por favor. —Não há necessidade de presentes. —disse Emeline, mas parecia bastante satisfeita, no entanto. Beatrice aprendeu durante o mês passado que sua cunhada era bastante agradável debaixo de seu exterior formidável. —Na verdade, é de Lady Vale e Lady Munroe e meu também. Mas você vai ver. Oh, abra-o. Emeline levantou a tampa da caixa. Dentro havia quatro livros encadernados, cada um de uma cor diferente. Um deles era azul, um amarelo, um lavanda, e um escarlate. Emeline olhou para Beatrice. —O que são eles? Beatrice balançou a cabeça. —Olhe dentro de um. Emeline escolheu o azul e o abriu. E então ela engasgou. —Oh. Oh, meu Deus! Eu tinha quase esquecido. Ela olhou de Melisande a Helen e para Beatrice. —Como...? Tante Cristelle se inclinou para frente. —O que é isso? —É o livro de contos de fadas que minha babá costumava ler para Reynaud e para mim quando éramos crianças. Perdoemme. —Emeline enxugou os olhos com as pontas dos dedos —Eu dei o livro original para Melisande traduzir. —E eu fiz. —Melisande disse em sua voz firme —E quando eu terminei, eu dei a tradução para Helen para transcrever. Ela tem uma mão tão elegante. Helen corou. —Obrigada. —Ela me deu de volta as folhas de papel, ela fez quatro cópias mas por um longo tempo eu não sabia o que fazer com eles. —disse Melisande —Quando Beatrice se casou com Reynaud, dei-os a ela para montar em um livro. Mas eu não tinha ideia de que ela fez quatro livros. Beatrice sorriu. —Cada uma de nós trabalhou com eles, então eu pensei que cada uma de nós devia ter um livro de contos de fadas como uma lembrança. —Obrigada. —Emeline disse suavemente —Obrigada, Melisande e Helen, e a você também, Beatrice. Este é um presente maravilhoso. —ela segurou o livro azul contra o peito e olhou para os cavalheiros —Por muito tempo, tudo que eu tinha eram memórias de Reynaud, e este livro era uma das melhores. Agora eu o tenho de volta. Sou muito grata. —Beatrice teve que enxugar seus próprios olhos. Reynaud estava de volta, e ela estava grata também. A porta da sala abriu naquele momento, revelando a magnífica forma do mordomo. —O jantar está servido, meu Lord. —Ah. Bom. —disse Reynaud. Ele caminhou para onde Tante Cristelle se sentava e se curvou para ela. —Eu sei que esta é a coisa certa a ser feita por um cavalheiro escoltar a sua esposa para jantar mas ainda somos recém-casados. Posso ter dispensa desta vez? Aquela velha senhora olhou para ele com férreos olhos azuis, mas depois suavizou. —Tch. Garoto bobo. Mas é dia de Natal, depois de tudo, então eu o perdoo. —ela acenou com a mão para ele —Tome a sua esposa. Todos vocês, tomem suas esposas. E você... —ela entortou um dedo para um alarmado tio Reggie —você pode me acompanhar! Reynaud ofereceu o braço a Beatrice enquanto seus convidados se reuniam para serem levados para jantar. Ela colocou os


dedos em sua manga, e ele inclinou a cabeça na direção a ela. – Tenho desejado um Feliz Natal, senhora? —Você tem. —disse ela —Várias vezes. Mas eu não me canso de ouvi-lo. —E eu tenho medo que eu nunca vá me cansar de dizer isso. —seus olhos de obsidiana dançavam —É agora ou no futuro. Então deixe dizer que, mais uma vez, este é o primeiro de muitos mais: Feliz Natal, meu amor. Feliz Natal, minha querida Beatrice. E ele a beijou.

Epílogo Nas terríveis palavras do Rei dos Duendes, Longa Espada caiu de joelhos diante dele. Ele sacou sua espada mágica e colocou-o no chão, aos pés do Rei dos Duendes e disse: —Vou dar a minha espada, mesmo que isso signifique a minha própria morte, se você só deixar minha esposa ir. O Rei dos Duendes arregalou, tão chocados seus olhos laranja quase saltaram de sua cabeça. —Você vai perder a sua vida por esta mulher? —Alegremente. —foi à resposta simples de Longa Espada. O Rei dos Duendes virou-se para a princesa Serenity. —E você, você decidiu se sacrificar por toda a eternidade por esse homem? —Eu já disse que sim. —respondeu a princesa. —Argh! —o Rei dos Duendes chorou de frustração, rasgando seu cabelo verde —Então este é o verdadeiro amor uma coisa terrível! e eu não posso fazer nenhuma troca com uma força tão poderosa como o amor verdadeiro. —ele se abaixou para pegar a espada, mas assobiou quando o simples toque do metal queimou sua carne má —Bah! Mesmo a espada está marcada por esse amor! Este é o mais insatisfatório dos eventos! —e o Rei dos Duendes, provocou para além de sua resistência, desapareceu de volta na fenda da terra de onde ele veio. A princesa Serenity veio e caiu de joelhos diante de seu marido, que ainda se ajoelhava na poeira. Ela pegou suas mãos e disse: —Eu não entendo. Você odiava o Rei dos Duendes, você me disse isso. Por que, então, vocês procurou evitar o meu sacrifício? Longa Espada levou as mãos de sua esposa aos lábios e beijou-as uma de cada vez. —A vida sem você seria pior do que uma eternidade no Reino dos Duendes. —Então você me ama? —ela sussurrou. —Com todo o meu coração. —ele respondeu. A princesa Serenity estremeceu e olhou para o local onde o Rei dos Duendes desapareceu. —Você acha que ele vai voltar por nós? Longa Espada sorriu. —Você não ouv iu, minha querida? Temos uma magia tão poderosa que p ôde derrotar o próprio Rei dos Duendes. Ela é o nosso amor um pelo outro. —e ele a beijou.

Incentive os revisores contando no nosso blog o que achou da história do livro. https://twtalionis.wordpress.com/ Todos os arquivos aqui postados são para leitura pessoal. É proibido postar e/ou anexar nosso conteúdo em outros blogs, fóruns, grupos, redes sociais e afins. Nosso trabalho é gratuito e não temos nenhum tipo de lucro.

[1] Onde está meu pai? - Em francês [2] Eu insisto em ver o meu pai! - Em francês [3] Eu insisto sobre o fato... - Em francês


[4] Saia do meu caminho. - Em francês. [5] Tipo de chapéu feito de feltro negro, com três pontas, usado na época. [6] Fora! – Em Francês. [7] Aqui! – Em Francês [8] Tia – Em Francês [9] Isto é ridículo! – Em Francês [10] Pequeno – Em Francês. [11] Bem – Em Francês. [12] Naturalmente – Em Francês. [13] Meu Deus! – Em Francês. [14] Sim. – Em Francês. [15] Tipo de cama de campanha, como uma maca. [16] Senhorita. Em Francês. [17] Pancada muito forte. [18] Enganação ou disfarce. [19] Unidade de medida monetária inglesa, onde um xelim equivaleria a dez centavos nossos. [20] Pequena. Em Francês


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.