Jornal do Grêmio Vox Alumni Caro Leitor, Gostaríamos de agradecer a calorosa recepção à nossa primeira edição. Ficamos realmente muito satisfeitos ao saber que o nosso esforço valeu a pena! Por isso, esperamos que vocês continuem acompanhando o nosso jornal e nos enviando sugestões e críticas para que ele adquira cada vez mais a marca da Germinare.
24 de Setembro, 2015 2ª EDIÇÃO!!
TEMPOS DE CRISE
Aluna Julia Santos 6ºA
Por Nathaly Araújo
Vivemos em tempo de crise e a alma do governo de Dilma e, por conseguinte, na Brasil é pequena demais para enxergarmos. tristeza da sociedade brasileira. Infelizmente, Em quaisquer circunstâncias é fácil dizer os aspectos humanos estão se perdendo, e a que o governo atual é incompetente e que rivalidade e a sede de poder se sobressaem Dilma Rousseff é uma péssima presidenta. aos direitos do povo. Está diante de nossos olhos o aumento constante do desemprego e da taxa básica de juros da economia, seguidos da diminuição do poder de compra das pessoas e consequentemente do seu padrão de vida. Esses fatos não podem ser negados. É evidente que a política está desconsertada e que a política econômica também precisa de revisões. Contudo, há fatores que muitas vezes passam despercebidos, e que não deveriam, enquanto ainda nos consideramos seres humanos. Vamos diretamente ao ponto: do que estamos falando? Da compaixão e solidariedade na política? Dos acordos amigáveis e intenções puras? Quase isso... só que tudo ao contrário. O governo busca um espaço enquanto perde adeptos por sua incapacidade prática de manter no mínimo uma situação aceitável em seu país. Os movimentos sociais se apresentam de forma inconsistente, uma vez que parte dos integrantes não apresentam uma ideologia clara, muito menos compreendem os rumos do país. Portanto, os opositores ganham voz, e estes, por sua vez, têm como base o discurso de que “quanto pior, melhor”. A felicidade da oposição está nas quedas do
Onde está o patriotismo? Em que caixinha está escondido o nosso desejo de mudança? Hoje o nosso pensar é manipulado e quando menos esperamos sofremos influências de diversas formas. Será que um dia chegaremos a perder essa liberdade? Por isso é importante, desde já, que reconheçamos a necessidade de interação entre o povo e a política. Um governo não é formado apenas pelo presidente, muito menos por um único partido, ele é formado sobretudo por pessoas. Esse é o meu comentário sobre o meu país: Eu acredito em um Brasil melhor. Eu acredito em uma política honesta e um povo feliz. Eu acredito que a corrupção e a ignorância das pessoas são passageiras. E eu estou disposta a me comprometer a fazer parte desse movimento de mudança! Eu sonho, mas tenho meus pés no chão. Sei que a mudança começa em mim, e em simples atos. Seja a diferença, seja o exemplo. Tenha orgulho do seu país, e se ainda não estiver satisfeito, ao invés de reclamar, vá e faça diferente, faça melhor, mude! Giovanna Rosa dos Santos - 7°B
Nesta edição: Um 7ºB admirável
2
A construção da 2 identidade política Escola sem partido 2 e sem opinião Balanceando prós e contras
3
Tudo acaba em armas
4
Esporte pensado
5
Entre revistas
6
Agradecimentos Especiais: • Ao Professor Cleuton por auxiliar o nosso desenvolvimento e apoiar-nos enquanto Grêmio Estudantil • À coordenação da escola por nos conferir autonomia necessária para seguir com os nossos projetos • A todos os alunos por nos confiar a sua voz
UM 7ºB ADMIRÁVEL Por Nathaly Araújo
Em Abril de 2015 o 7º ano B realizou debates nas aulas de história com o professor Cleuton e, a partir desses, um forte sentimento cresceu dentro de cada um desses alunos: o desejo de melhorar a situação política do Brasil. Então, os jovens criaram um grupo no whatsapp chamado “Mudando o Brasil”, onde discutem diariamente temas polêmicos e de importante conhecimento em nosso dia a dia. Os alunos estão de parabéns e desde o começo do ano já demonstraram uma grande evolução de pensamento, e hoje já compreendem porquê é tão importante conhecer a política do nosso país. Se você também tem esse desejo de mudança, reúna os seus amigos e incentive-os, pesquise e faça a sua parte!
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE POLÍTICA Por Lethicia Santos
Ao contrário do que se pode imaginar, a escola desempenha um papel de extrema importância na formação da identidade ideológica dos alunos e pode, sim, influenciar nas concepções de política e cidadania do jovem. É claro que muitas escolas não abordam tais temas de maneira aprofundada, mas vale lembrar que o amadurecimento e tomada de decisões vêm da base familiar e das experiências vividas na escola, o que inclui não só aulas expositivas, mas também a convivência com pessoas diferentes, visões de mundo diferentes e início da vida em sociedade. A partir disso, nota-se que todas as disciplinas aprendidas na escola são fundamentais e têm sua parcela de influência na construção das opiniões e pensamentos políticos de adolescentes, cada uma agindo de um modo diferente. As aulas de historia, geografia, filosofia e sociologia, por exemplo, fornecem informações sobre pessoas e eventos do passado e presente que permitem ao aluno desenvolver uma visão crítica da sociedade e, com isso, diferenciar quais as melhores saídas para os problemas atuais. Também, promovem questionamentos e debates que são essenciais para compreender a política e questionar os rumos que ela está tomando hoje. Pode-se perceber, portanto, que a escola como um todo é extremamente importante para que os jovens tenham não só formação acadêmica, mas tornem-se bons cidadãos, saibam analisar criticamente a sociedade, política e, por fim, consigam tomar as melhores decisões
ESCOLA SEM PARTIDO E SEM OPINIÃO Por Monique Martins
Em uma atualidade brasileira cercada de aumento de impostos e corrupção descarada, um projeto de lei surge gritante: a proposta, de autoria do deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), defende o que se denomina “Escola Sem Partido”, que promove a “neutralidade” e a “liberdade” de opinião dentro das instituições de ensino. O projeto proíbe os educadores de falar sobre questões políticas e religiosas em suas aulas, a fim de que não interfiram na escolha ideológica do estudante. Porém, se considerarmos a proposta como aprovada, o que poderemos esperar de nosso futuro? Os educadores que se contrapõem à proposta são considerados esquerdistas que têm por objetivo maniPágina 2
pular o aluno a aderir a um partido ou corrente política, assim como a uma religião específica, na visão dos defensores do projeto de lei, cuja votação está prevista para outubro. Entretanto, aulas de filosofia, sociologia, história, entre outras, são meios do aluno não apenas adquirir conhecimento sobre o mundo em que vive, mas também de moldar, a partir de características de cada sistema político e social, uma ideologia. A opinião dos professores não é destinada a influenciar o adolescente, e sim gerar debates e discussões sobre as diferentes formas de pensar existentes em nossa sociedade.
Jornal do Grêmio
Se os motivos que destinaram a criação do projeto fossem de real relevância, deveria ser proibida também a discussão sobre tal assunto entre pais e filhos, amigos e parentes, mídias impressas ou eletrônicas, pois esses também possuem influência sobre as opiniões alheias. A questão é que, no final das contas, chegaremos àquela indesejada censura que vivemos em meados do século XX.
É fato que os partidos que adotam essa ideia querem apenas se beneficiar com a inocência que será gerada nas mentes dos nossos futuros eleitores, a fim de que acreditem fielmente em suas propostas políticas divulgadas nas campanhas em massa, e ignorem por completo o real significado do termo “liberdade de expressão”.
INSTITUTO
BALANCEANDO PRÓS E CONTRAS Por Lisandra Barbero de Sousa
Durante o processo de amadurecimento de uma criança não é difícil perceber que seus modos de pensar e de agir se alteram ao longo dos anos, afinal, são várias as mudanças responsáveis pela determinação de sua personalidade e de seu caráter. Entretanto, apesar de se tratar de uma evidência tão simples, o assunto se complica quando a mesma realidade é aplicada a um organismo maior, como a empresas e a instituições - que, curiosamente, também enxergam as mudanças como uma das partes essenciais de um processo evolutivo. O Instituto Germinare, por exemplo, vem passando por um nítido e intenso processo de mudanças que visa consolidar sua missão de “formar líderes e gestores em negócios”. No último semestre de 2015, a notícia de que todos os alunos a partir do primeiro ano do ensino médio teriam que trabalhar diariamente a partir de 2016 gerou um dos maiores “surtos” de polêmica já vistos nos arredores da escola e, hoje, já é possível identificar nitidamente a coexistência de argumentos favoráveis e de argumentos avidamente contrários e críticos às alterações. É de extrema importância ressaltar, todavia, que mediante tantos pontos de vista diferentes, não existe um único argumento “certo” ou um único errado. Para os diretores e coordenadores do Instituto, por exemplo, fazer com que os jovens “partam para o mundo real” e vivenciem diariamente as dificuldades existentes no “mundo dos adultos” é um dos maiores saltos profissionais que os jovens poderiam dar nessa fase da vida, enquanto que para muitos alunos, a medida exigiria um amadurecimento muito repentino dos jovens que teoricamente não estariam preparados para abrir mão de horas de lazer com amigos e familiares. 2ª EDIÇÃO!
A aluna do primeiro ano do ensino médio do Instituto, Jacqueline Debessa, por exemplo, teme que os alunos “passem sua adolescência pensando no amanhã e acabem deixando de viver o hoje”. Segundo ela, a iniciativa, apesar de inovadora, culminaria em uma mudança tão significativa na carga horária dos alunos que acabaria colocando em risco o desempenho escolar dos mesmos. Kiahara Teixeira, também aluna do primeiro ano do ensino médio do Instituto, por outro lado, defende que “o trabalho somado às aulas no período noturno proporcionariam experiências que nem mesmo os pais dos alunos tiveram a oportunidade de ter”, afinal a medida não apenas significaria um imenso diferencial no currículo dos jovens como também representaria o início de um caminho a ser trilhado pelos alunos em uma das maiores empresas do Brasil no cenário atual.
“Jacqueline Debessa, por exemplo, teme que os alunos ‘passem sua adolescência pensando no amanhã e acabem deixando de viver o hoje’.”
Conclui-se, portanto, que antes de se formar uma opinião fixa a respeito do assunto e, principalmente, antes de torna-la pública, é importante analisar todos os prós e contras da situação. Além disso, é fundamental que se pense não no individual, mas no coletivo, pois não são todos que possuem condições financeiras boas o bastante para conseguir uma oportunidade igual ou ao menos próxima ao que o Instituto Germinare planeja oferecer aos seus alunos. Página 3
TECNOLOGIA
TUDO ACABA EM ARMAS Por João Pedro Lopes Silva
A tecnologia, na maioria dos casos, é desenvolvida com o objetivo de facilitar a vida e a sobrevivência das pessoas, desde a criação da roda até os smartphones. O problema é o “poder” do ser humano de transformar todas elas em tecnologias bélicas. Um exemplo claro disso é o avião que, criado com o simples objetivo de facilitar o transporte de cargas e pessoas, foi utilizado na Segunda Guerra Mundial, na qual matou milhões de pessoas. Assim, ao invés de ser um avanço para a sociedade, em alguns momentos o desenvolvimento tecnológico se torna um atraso, com projetos geniais utilizados para fins bárbaros. Outra dessas tecnologias é o drone civil. O drone, chamado também de VANT (Veículo aéreo nãotripulado) ou UAV (Unmanned Aerial Vehicle), foi criado inicialmente para fins militares; mais especificamente, para realizar missões muito perigosas para serem feitas por soldados. Contudo, não são os mesmos veículos utilizados por civis, que se tornaram tão populares recentemente. Na verdade, são veículos bem maiores por terem que carregar bombas e alguns tem quase o tamanho de um caça com capacidade para um tripulante. Enquanto isso, os drones civis podem ser usados para gravar eventos de todos os tipos - de casamentos a eventos esportivos - com altíssima qualidade, além de poderem ser usados como câmeras de vigilância, e até como forma de lazer. Todavia eles já estão sendo transformados em armas. Na Dakota do Norte, nos Estados Unidos, foi aprovado
Página 4
o uso de drones (civis) com armas para trabalhos civis, como dispersar manifestações. As armas a serem utilizadas no drone são apenas armas consideradas não-letais como tasers, balas de borracha, gás lacrimogênio e spray de pimenta. A chance de o resultado dessa nova lei ser positivo é praticamente nula. Em primeiro lugar, os próprios Estados Unidos vêm usando drones, só que militares, para bombardear o Iraque há alguns anos, e agora um de seus estados quer utilizá-los contra a população. Não há sentido em atacar a própria população com uma arma de guerra – por mais que esteja em um formato menos danoso. Isso apenas é utilizado em ditaduras desumanas e em lugares instáveis politicamente, como o Oriente Médio. Tratando-se da maior potência políticoeconômica mundial isso é impensável, ainda mais por ser uma nação tão a favor da democracia e tão crítica dos regimes ditatoriais do Oriente. Se usar um drone para despejar spray de pimenta sobre a população não for utilização de armas químicas contra os civis, ato condenado pelo Estado americano, não há descrições para explicar o ato. Além disso, as armas consideradas não-letais podem sim matar. Só os tasers já mataram mais de 30 pessoas nos Estados Unidos em 2014. As balas de borrachas, se atingirem as vítimas em determinadas regiões do corpo, como a cabeça, podem levar à morte ou à sequelas gravíssimas como perda da audição, assim como o spray de pimenta,que pode matar pessoas com problemas car-
díacos ou alergias com facilidade. O gás lacrimogênio também é perigoso, e pode conter acroleína - uma substância cancerígena -, além de causar queimaduras, tosses, vômitos e lacrimejamento. E por não ter sido planejado para isso, o drone pode não ter uma mira tão precisa quanto necessário, levando consequentemente ao mal-uso dessas armas, atingindo civis na cabeça com balas de borracha, ou atingindo pessoas, não envolvidas em confusão, com as balas ou tasers. Ademais, todas essas armas estarão à disposição de um policial que, por não estar presente, não sentirá pessoalidade em seus atos e terá mais tendência a tomar medidas temerárias e impensadas como utilizar essas armas em momentos em que poderia haver resoluções pacíficas. Como se não fosse suficiente, os drones não imporiam a autoridade que um policial impõe, evitando que o tumulto se encerre de forma pacífica só pela presença policial, como ocorre em muitos casos, levando, assim, à uma frequência maior da necessidade de utilização das armas “não-letais”. Tudo isso culminaria no aumento do número de mortos e sequelados pela polícia, a qual deveria proteger os cidadãos. Sem contar a possibilidade de falhas de sistema que poderia levar a acidentes gravíssimos, como despejar gás lacrimogênio em uma estação ferroviária lotada, ou disparar balas de borracha sem que seja requerido pelo controlador, desencadeando em mortes e ferimentos graves. E também é uma forma de um policial mal-intencionado matar ou causar acidentes e sair impune alegando erro técnico. Jornal do Grêmio
A tecnologia já nos trouxe muita felicidade, no entanto, trouxe também diversas tragédias. Temos de parar com a péssima mania de transformar tudo em arma, imediatamente. Se não fosse o bom senso
da Guerra fria, provavelmente nem estaríamos mais aqui. Se toda a tecnologia desenvolvida for bélica o desenvolvimento tecnológico estará nos levando para um caminho sem volta, onde de nada adi-
antará ter facilitado e melhorado a vida de tantas pessoas, já que no fim tudo se resume em acabar com suas vidas.
Charge criada por João Gabriel Rondini 3ºA
Sabe fazer charge? Envie-nos a sua! gremioestudantil@escolagerminare.org.br
ESPORTES
ESPORTE PENSADO Por Heloisa Feliciano e Diogenes Kenedy
Na última edição do jornal, deixamos uma pergunta a você, leitor, se o esporte estaria finalmente ganhando bons olhos na Escola. Entretanto, no final de agosto recebemos informações com relação à mudança do rumo que a escola está seguindo. Finalmente estamos caminhando ao sonho inicial! Como todos sabemos, agora temos mais aulas de gestão, mais projetos e mais responsabilidades. Isso implicou em mudanças nos calendários e, consequentemente, no cancelamento da segunda edição das Olimpíadas. Entretanto, não significa que estará cancelado para sempre. Antes de tudo, devemos entender o que ocasionou isso. Na verdade, a escola está passando por um alinhamento entre visão, professores, alunos e funcionários, que está direcionando ao objetivo proposto pelo Joesley. O calendário desse ano também não permitiu ajustes e perdas de aulas, principalmente para os 2º e 3º anos, que estão em período pré-vestibular e aos sábados estarão ocupados com oficinas de redação e simulados, e algumas aulas para o 3º ano, que por conta do projeto da Flora irá repor aulas de Inglês, Filosofia e Educação Física. Mesmo com tudo isso acontecendo, a Escola está pensando, sim, na 2ª fase dos jogos, entretanto esta será realizada no 1º trimestre de 2016, aos sábados, com participação da família e de uma forma mais organizada e alinhada com essa nova fase que estamos passando. O propósito é unir a família à escola e às atividades aqui realizadas, de forma sadia, assim como foi a Caminhada ao Pico do Jaraguá. A escola não dispensa as olimpíadas, porque sabe da importância da atividade física e do esporte à formação de um cidadão e um profissional. Entretanto, é momento de parar, pensar, organizar e definir o que é importante manter e/ou acrescentar, para que os eventos relacionados à área de esportes possam ocorrer de forma ordeira, sem comprometer os objetivos da escola, mas sim ajudando a formar e melhorar nosso rendimento nas disciplinas, sejam elas de gestão ou normais. 2ª EDIÇÃO!
Página 5
ente g i l e t n I r Humo
Tema do dia ReViStAs
ENTRE REVISTAS Por Monique Martins e Nathaly Araújo
Imagine se tudo o que as pessoas lessem em uma revista tivesse o poder de mudar a forma como ela vê o mundo, os seus jeitos e trejeitos. Seria como se, ao ler uma revista, uma explosão cósmica gerasse ondas mágicas que penetrassem a mente da pessoa e alterassem sua personalidade. E então, com a leitura de uma revista política, adolescentes se revoltariam de forma mais concisa sobre a atual situação do país e teriam um real motivo para participar de manifestações. Trocariam, assim, sexo, drogas e rock’n roll por leis, direitos e revoluções, e em suas festas tocariam o hino nacional, o da bandeira e até estrangeiros. Por outro lado, os políticos encontrariam em meio as suas papeladas e burocracias, uma revista de seus filhos pequenos e imediatamente o universo o faria rir de tudo, todos e mais. Eles criariam piadas infantis no congresso e apostariam fortunas em campeonatos de videogame. As curiosidades bizarras iriam enlouquecer suas mentes rejuvenescidas e a paixão por tirinhas e brinquedos os tomaria por completo, enquanto exigiriam a transmissão de seus desenhos favoritos no intervalo da TV Senado. E se, ao correr pela livraria as crianças, por pura curiosidade, mergulhassem em revistas cientificas, as quais as enchem de conhecimentos sobre o mundo? A intelectualidade cresceria em suas mentes, elas se tornariam superdotadas e novas pesquisas começariam a surgir sobre a influência do videogame na educação e a função cerebral numa partida de futebol. Eles descobririam uma nova fórmula para fazer com que o potinho de
Yakult nunca acabesse e de quebra descobririam a definitiva cura do câncer. Caso os cientistas começassem a ler revistas voltadas para mulheres iriam as entender melhor e estudar loucamente todos os efeitos da famosa TPM. Na seção de culinária inventariam milhares de combinações físico-químicas para descobrirem a receita mais perfeita e adquirindo paixão pela moda, deixariam de ser os malucos despenteados e criaram os jalecos mais estilosos para a coleção de laboratório. Além disso, parariam o desenvolvimento de medicamentos, acreditando que o amor materno e suas tradições podem curar tudo. E quando menos se espera, as mulheres, na faxina diária, vasculham os pertences de seus maridos em busca de uma distração, e se deparam com revistas masculinas escondidas pelas gavetas. Então, elas não seriam mais enganadas pelos mecânicos, pois entenderiam de carro o suficiente para consertá-los sozinhas, além de passarem horas em um bar, discutindo sobre o impedimento que o juiz não deu no clássico de futebol do fim de semana. E, como se não bastasse, os homens ao checar o conteúdo das revistas de suas filhas “aborrecentes”, entrariam em um dilema de crise existencial. Buscariam ajuda em testes e combinariam sua personalidade com a dos seus ídolos. Seguiriam a moda à risca, e não perderiam nenhuma edição do horóscopo do mês. E, para não ficarem de fora, tirariam suas dúvidas com os psicólogos sobre o seu casamento e futuros incertos. Imaginou? O mundo nessas condições estaria de cabeça para baixo. Pode parecer loucura, mas talvez esse seja um ângulo bom para se estar... ou será que não?
Compartilhe com a gente a sua opinião sobre o Jornal! GREMIOESTUDANTIL@ESCOLAGERMINARE.ORG.BR