Jornal vox alumni 4ª edição

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Jornal do Grêmio Vox Alumni Caro Leitor, É com muito orgulho que entregamos a última edição do Jornal do Grêmio de 2015. Desde já deixamos nossas saudades, e com certeza o Grêmio 2016 irá seguir em frente e melhorar cada vez mais o nosso trabalho. Aproveitamos para agradecer a todos pelas participações e pela paciência, e para dizer que sempre que precisarem estaremos disponíveis, afinal, o nosso coração é germinariano! Boas festas a todos!

24 de Novembro, 2015 4ª EDIÇÃO!

Nesta edição:

TSE 2015

GRÊMIO ESTUDANTIL 2016

Eu particularmente não consegui decidir um voto para determinado candidato, eram projetos tão diversificados e úteis para a melhoria da escola que até fica difícil escolher! A ideia do professor Cleuton ao querer

Impostos

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Animais

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Sobre gastar tempo 3 com os outros Minhas memórias da 4 ditadura

Por Giovanna Rosa dos Santos Oliveira — 7ºB

De todos aqueles candidatos só vai restar um, mas tenho certeza de que todas as ótimas ideias serão levadas em consideração pelo escolhido.

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Rumo à conscientiza- 3 ção da sociedade

Candidatos à Presidência 2015

A minha opinião sobre o debate para presidência e vice-presidência do Grêmio Estudantil da Escola Germinare é de um debate extremamente produtivo, com projetos, valores, exemplos de personalidade, entre outras coisas, que podem ser muito bem avaliadas e aproveitadas.

7ºC: Fechando um ciclo

realizar esse projeto foi mais que genial. Além de ajudar a nos tornarmos pessoas melhores, com o pensamento no próximo, nos capacitamos de forma indireta a aperfeiçoar nossos valores e princípios, tornando a Germinare uma escola melhor a cada dia! Eu, por exemplo, posso dizer que essa escola mudou meu jeito de agir e pensar. Um dia espero poder retribuir tudo isso. Quero ter o privilégio de participar do grêmio, a começar mudando minha escola e depois quem sabe um país! Tenho certeza de que o escolhido dará o seu melhor, aperfeiçoando o trabalho da atual presidente Nathaly Araújo e sua equipe, e de que estaremos em boas mãos!

RESPEITO Por Danielly Almeida Silva — 7ºA

Quando pequenos, aprendemos simples frases que podem indicar o respeito que temos pelo próximo. As simples palavrinhas que denominamos “mágicas”, quando crianças, e que até hoje utilizamos no nosso dia a dia, podem não só demonstrar respeito, mas também educação, como exemplo, “Obrigado”, “com licença”, “por favor”, etc... Mas não é APENAS por essas simples palavrinhas que demonstramos respeito por alguém, pois o respeito possui várias facetas, e uma delas é o respeito pelo trabalho de outras pessoas. Quando uma empresa prepara todo um projeto, ela vai querê-lo do melhor jeito possível, então logo depois estará pronto, e não somos nós quem vamos estragá-lo , mesmo que não nos agrade, o melhor a fazer nesses momentos é apenas mostrar a sua opinião, com todo respeito possível, assim como os outros devem demonstrar respeito com você.

O desenvolvimento torna-se nítido

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Valores

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Novembro Azul

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Fair Play dentro e fora dos campos

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Lisa, Mona

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Para Refletir: Sejamos sempre insatisfeitos

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Agradecimentos Especiais: • Ao Professor Cleuton por auxiliar o nosso desenvolvimento e apoiar-nos enquanto Grêmio Estudantil • À coordenação da escola por nos conferir autonomia necessária para seguir com os nossos projetos • A todos os alunos por nos confiar a sua voz


Outro lado do tema respeito é procurar não ofender outras pessoas, não chateá-las. Pense em como você poderia ficar chateado se fosse você no lugar dessa pessoa, pense e reflita se essa tal pessoa merece mesmo isso. Uma das importantes questões sobre o respeito é que para ser respeitado é preciso saber respeitar, o que em muitos casos não acontece. Respeitar não significa concordar em todas as áreas com outra pessoa, mas significa não discriminar ou ofender essa pessoa por causa da sua forma de viver ou suas escolhas. Pense duas vezes antes de tomar uma atitude, não faça com o outro aquilo que você não quer que façam com você.

7ºC: FECHANDO IMPOSTOS Por Giulia Nóbrega —7ºC UM CICLO Por Nathaly Araújo

Mais uma vez o Jornal do Grêmio mostrou sua eficiência quanto ao seu objetivo de incentivar os alunos a participarem ativamente e desenvolverem seus próprios pensamentos. Dessa vez, o 7ºC nos procurou e mostrou o seu trabalho. Essa turma coloca em discussão nas aulas, e entre eles mesmos, assuntos humanitários e informações muito importantes para a sociedade. Logo, fechamos um ciclo em que todo o 7ºAno se mostrou muito proativo. Mesmo não participando das eleições os alunos puderam participar do debate eleitoral, devido seus interesses e força de vontade, e mostraram-se muito responsáveis em relação aos seus direito e deveres. Estão todos de parabéns! Se você também tem esse desejo de mudança, reúna os seus amigos e incentive-os, pesquise e faça a sua parte!

Animais de estimação Cuide de seu amigo — Não alimente esta indústria cruel!!! Não compre animais ilegalmente, eles são nossos amigos não mercadorias! Também não alimente a ilusão de que apenas animais de raça podem amar e serem amados. Vira-latas são como nós brasileiros, de todas as raças e únicos, não existe outro igual. Cada vez mais, pessoas mais esclarecidas e inteligentes buscam cães e gatos sem raça definida para adotar. Seja inteligente, seja HUMANO, ADOTE um amigo!! Roberta Fidelis e Mateus Badin — 7ºC

Atualmente, o Brasil apresenta, infelizmente, a maior carga tributária do mundo, superando o segundo colocado com mais que o dobro de impostos, sendo eles absurdos que aumentam em proporções gigantescas os preços dos produtos. É triste saber que estes impostos podem significar a diferença entre a vida e a morte de alguém já que a carga é alta até mesmo em medicamentos (33%) e coisas básicas do nosso dia a dia como arroz (17%) e feijão (17%). O pior de tudo isso é que, no Brasil, estes impostos não retornam aos cidadãos. Um estudo com 30 países, realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) mostra que o Brasil é o país onde os impostos arrecadados menos se convertem em serviços para a população ficando assim em 30° lugar. É previsto que em 2015, no total, cerca de 41% dos salários dos brasileiros seja destinado ao pagamento de impostos. Infelizmente, muitos brasileiros não sabem o quanto pagam de impostos sobre estes produtos. A falta de informação os leva a serem indiferentes e não quererem uma mudança. Quanto mais as pessoas se informarem melhor será, pois haverá mais gente engajada no trabalho de combater a crescente taxa de impostos nacionais. Não se esqueça de que você também colabora com isso. A mudança do Brasil também depende de você!

ANIMAIS Por Roberta Fidelis e Mateus Badin — 7ºC

Os cães são os melhores amigos do homem, mas o homem é o que do animal? A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Talvez o homem seja o único ser que invade o território do outro. Que agride sem ser ameaçado. Que abandona sem ter motivo. Que maltrata sem justificativa e que tem a capacidade de racionalidade, mas não usa. Quem seria capaz de fazer isso com um animalzinho tão fofinho? Pois é, vários monstros fazem isso, temos a racionalidade para entender e simplesmente dizer NÃO a esse ato, mas é o que poucos fazem. Podem existir até pequenas organizações e iniciativas para ir contra a esse ato, claro que muitas pessoas iriam apoiar 100% porém... E os vendedores desses bichinhos, você acha que eles iriam apoiar? Com certeza não, eles se deixam levar pela tentação que as pessoas tem de ter um animalzinho de raça e por isso acontece a criação ilegal de animais que na maioria das vezes ocorre no fundo de quintal! Isso mesmo, se você já comprou um filhotinho por ser de raça, ele pode ter vindo de condições deploráveis de higiene e de maus tratos, então temos de nos conscientizar que adotar é a melhor opção, vira-latas são lindos, cruzamentos de cães de raças diferentes são apaixonantes, e você ainda vai querer comprar um amigo?? Sem conquistá-lo com seus atos ou sorrisos? Repense sua ideia, um cão de rua se apaixona por você só por você não rejeitá-lo. Seja você uma pessoa racional!!

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Jornal do Grêmio


RUMO À CONSCIENTIZAÇÃO DA SOCIEDADE Por Bruna Coicev

- 9ºB

Uma frase nunca causou tanto impacto, numa área tão vasta, e de forma tão acessível e abrangente para os jovens. “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” foi o tema de 2015 para a redação do Exame Nacional do Ensino Médio – mais conhecido como Enem – e trouxe uma polêmica, inédita para muitos, debatida inclusive na plataforma virtual. Com essa reflexão, não somente vários adolescentes passaram a reavaliar seus pontos de vista e a nossa situação como sociedade – levando o assunto para ser discutido também em casa, na escola e em seus círculos sociais –, como atitudes efetivas foram tomadas. O exame aplicado esse ano se difere de forma visível quanto aos anos anteriores: quando o tema foi o movimento migratório, alguns alunos se posicionaram a favor, enquanto outros debatiam as consequências negativas em receber imigrantes em um país sem infraestrutura suficiente para comportar essa nova leva de pessoas; no ano passado, com a proposta da redação voltada para a publicidade infantil, mais uma vez os candidatos se viram na possibilidade de escolher um lado, tanto pró, quanto contra. Contudo, este ano, ao se posicionar a favor da violência – tanto verbal, quanto física – o candidato não somente vai contra o edital do Enem, como também acaba por anular a redação e, o mais importante, ferir os direitos humanos. E, ao feri-los,

acaba-se por atingir também a dignidade humana, a linha tênue de respeito ao próximo. Na proposta da redação, os textos de base lidavam não com teorias e ideologias, mas com fatos. Pois bem, mais alguns números para reflexão: 43% das mulheres violentadas sofrem agressões diariamente; 35% delas, semanalmente; em 2014, quando o total de denúncias de violência contra a mulher era de 52.957, 27.369 compunham as denúncias de agressões físicas (51,68%), 16.846 de agressões psicológicas (31,81%), 5.126 de agressões morais (9,68%), 1.028 de agressões patrimoniais (1,94%), 1.517 de agressões sexuais (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%). É importante ressaltar, entretanto, que qualquer tema abordado em nossa sociedade não deve permanecer somente na teoria. A reflexão que redações como essa causam em nosso convívio social deve resultar em modificações eficazes em nossa conduta e em nosso cotidiano. No Espírito Santo, por exemplo, 24 horas após a divulgação do tema da redação do Enem, mais de 300 mulheres ligaram para o disque-denúncia. Elas criaram coragem para enfrentar esse problema enraizado não só no país, mas no mundo. É preciso que sejamos verdadeiros cidadãos e combatamos o pensamento machista existente em nosso meio – e, mais do que com palavras, com ações.

SOBRE GASTAR TEMPO COM OS OUTROS Por Júlia Cabral Jordão 2º?

Ter participado de um projeto voluntário tem sido cada vez mais importante para quem ingressa no mercado de trabalho. Mas... Só para isso? Voluntário é aquele que faz algo porque quer, simples assim. E de que “algo” estamos falando? De coisas boas e valiosas à sociedade; por mais que um trabalho voluntário não seja pago, tem um valor imenso. Quando escrevemos redações do estilo ENEM, temos que apresentar uma proposta de intervenção a uma problemática, prezando pelos direitos humanos e o bem comum. Normalmente, sugerimos coisas muito bonitas: que o Governo crie mais escolas; que as pessoas pensem de modo mais coletivo, e não sejam individualistas; que as grandes instituições e ONGs mobilizem a população em prol dos animais maltratados... Legal, mas: o que nós fazemos, de verdade?

Tempo é dinheiro

Muitas pessoas dizem que não podem ser solidárias porque não têm dinheiro para doar. Porém, que doem seu tempo! Não é Voluntariado é uma questão de dedicar tempo para alguém que não seja a si verdade que “tempo é dinheiro”? próprio. De fato, você já parou pra pensar quanto tempo dedica a si mesmo? Em um dia, quantas coisas você faz aos outros sem buscar nada em troca?

Muitas pessoas dizem que até seriam solidárias, mas não têm dinheiro para doar. Porém, que doem seu tempo! Não é verdade que “tempo é dinheiro”? Voluntariado é uma questão de promover a igualdade, em todos os âmbitos. Promovi um projeto que se assemelha a um curso de férias no interior de Paraibuna (SP) com umas amigas, o Projeto Atuar. Conversando com algumas crianças, descobri que a maior parte nunca tinha ido ao cinema, ou a um parque de diversões, por exemplo, já que os mais próximos estavam em São José dos Campos, a 40 minutos de carro. Podemos pensar, então: o que eu tenho de diferente dessas pessoas que tenho acesso a essas coisas? Eu não mereço mais do que ninguém! Por que a desigualdade? 4ª EDIÇÃO!

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Se você se interessou em voluntariado, que tal fazer também? Que tal igualar as pessoas com pequenas ações? Listo aqui ideias de trabalho voluntário: •

Dar aulas de graça de algum talento que você tenha: futebol, vôlei, dança, violão, piano etc.;

Dar oportunidade de aprender algo importante: dar aula de um idioma, ou reforço de alguma matéria;

Fazer apresentações de arte em praças;

Visitar asilos, creches, orfanatos, casas para deficientes, hospitais, ou qualquer lugar onde cuidem dos marginalizados pela sociedade;

Ajudar alguma ONG.

Há muitos outros, é claro, mas ponho estes para que sirvam como uma primeira ideia do que fazer. Espero que você, leitor, se anime a fazer a diferença para a sociedade!

MINHAS MEMÓRIAS DA DITADURA Por Professora Lisete Mathias Chiariello

Quando se iniciaram as passeatas e a repressão, que culminariam com o Golpe Militar da década de 60, eu fazia o antigo primário no Colégio Santa Inês no Bom Retiro. Para entender melhor o que isto significa, o Colégio ficava em frente à faculdade de Odontologia e ao lado da Politécnica (ambas da USP - contra o regime), além de próximo do quartel da PM e da ROTA. Entre a Poli e a PM, havia uma praça, onde foram construídas trincheiras nas quais os soldados ficavam à espreita. Eu estudava e morava no olho do furacão. Quando tinha confronto, não tínhamos aula ou ficávamos mais tempo na escola. Os estudantes enfrentavam a polícia na praça. Às vezes, a faculdade de Odontologia era invadida e a situação ficava ainda pior: os alunos das faculdades eram presos dentro delas ou levados. Após o Golpe consolidado, iniciou a caça as bruxas.As aulas de história e os livros eram censurados. Seu conteúdo era predeterminado e alguns personagens históricos simplesmente sumiram, porque não era interessante ao governo que fossem mantidos ou lembrados. Passamos a ter aulas de Educação Moral e Cívica. Aprendíamos o quanto éramos felizes pelo governo ter impedido os “comunistas“ de entrarem em nossas casas. Os livros, os filmes e as peças de teatro eram revisados antes de irem ao ar e muitas partes eram censuradas. O jornal “O Estado de São Paulo” era tão censurado que no meio das notícias aparecia receita de trança de chocolate. Já sabíamos que o pedaço da notícia censurado havia sido substituído pela receita. Muita gente sumiu. Acidentes estranhos aconteciam à noite nas avenidas, quando, subitamente, alguém contra o governo morria de forma “natural”. Alguns anos mais tarde quando fui para a faculdade, o terror ainda existia. Nas salas de aula apareciam alunos do nada. Eram populares, faziam amizade com todo mundo e ouviam tudo. E quando menos se esperava, sumia algum aluno da sala. Os tais “alunos novos” eram os chamados “Dedo Duro”, implantados pelo governo e presentes nas faculdades para procurarem pessoas contrárias ao regime. A perseguição aos chamados comunistas continuou por um bom tempo. Foram anos muito difíceis. Vivíamos fora do mundo. Que esses dias não voltem mais!

Tirinha criada por Raul Felipe 3ºA Página 4

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INSTITUTO

O DESENVOLVIMENTO TORNA-SE NÍTIDO Por Lisandra Barbeiro

Desde a elaboração dos primeiros planos para o Instituto Germinare, os integrantes do grupo J&F sempre puseram em pauta o desafio de implantar, desde cedo, o teor empresarial no dia a dia dos alunos. Para isso, a Germinare conta desde 2010 com aulas práticas e teóricas que dão aos alunos uma maior visão acerca do mercado de trabalho e, em meados de 2014, essa visão se aperfeiçoou ainda mais. Na tentativa de alinhar o Instituto às demais empresas do grupo, não apenas os valores empresariais característicos da J&F foram aderidos ao cotidiano dos alunos como também um dos mecanismos mais importantes para a análise de resultados, a AVD, foi implementado na Germinare. A AVD (sigla para Avaliação de Desempenho), como o próprio nome já diz, é um mecanismo utilizado pelas empresas do grupo J&F que visa avaliar qualitativamente o desempenho de seus funcionários ao longo do ano, ao fim de motivá-los a otimizar seus resultados. Ao longo do processo avaliativo, o funcionário não apenas tem a oportunidade de avaliar seus colegas de trabalho de acordo com os valores organizacionais como também tem a chance de analisar seu próprio desempenho de acordo com o julgamento de outros funcionários. Assim acontece também no Instituto Germinare, onde os alunos não só avaliam seus colegas de classe como também são avaliados por eles. Além disso, pôde-se perceber um nítido desenvolvimento dos alunos do Instituo desde a elaboração da primeira AVD, que se deu no final de 2014. A média geral, que antes era de 3,13 (em uma escala de zero a cinco) passou para 3,21 esse ano e a média de todos os valores organizacionais, sem exceção, sofreu um considerável aumento. Percebe-se, dessa forma, que se o desafio era aproximar a conduta dos alunos à conduta de bons funcionários, os alunos estão no caminho certo. Deve-se ressaltar, todavia, que para os resultados serem ainda mais otimizados, é importante não só que todos os alunos, desde os mais jovens até os mais velhos, façam a avaliação com seriedade como também que todas as rivalidades e possíveis divergências pessoais entre eles não sejam postas em pauta. Afinal, de nada adiantaria se, por infantilidade, a média comportamental dos alunos se estagnasse ou decaísse, já que é a imagem do Instituto Germinare como um todo que está em jogo.

VALORES Por Tafnes Ferreira de Souza 7A -

Segundo alguns sites e dicionários de conceitos, “Valores” são o conjunto de características de uma pessoa que determinam a forma como ela se comporta e interage com outros indivíduos e com o meio ambiente, porém é muito mais que isso... Esses Valores são princípios que as pessoas têm e desenvolvem ao longo da vida e que se tornam parte delas. Elas praticam para que eles se tornem habilidades e para que possam aprender a importância desses valores ao longo da suas escolhas. Eles são essenciais para o desenvolvimento de uma organização ou um estilo de vida. Afinal para que servem os Valores? Esses Valores servem para construir uma "marca pessoal", para mudar o mundo com nossos próprios pensamentos, nossas opiniões, "Nossas crenças se transformam em pensamentos eles são imprescindíveis para que possamos guiar nossa compreensão do mundo e de nós mesmos, ou seja, cada pessoa tem seus próprios Nossos pensamentos se transformam em palavras Nossas ações se tornam hábitos valores que nos fazem refletir sobre o que nós somos...

Nossos hábitos se tornam valores

Como todos já sabem a nossa escola tem seus próprios valores e eles e nossos valores revelam nosso destino." se multiplicam na nossa vida, eles servem para aprimorarmos o nosso comportamento desde já para nós não sofrermos no futuro, eles nos (Mahatma Gandhi) dão noção, uma base dos principais detalhes que temos que ter na vida... Afinal o que nós seríamos sem nossos pensamentos?

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4ª EDIÇÃO!

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NOVEMBRO AZUL Por Ricardo Fujihara

A campanha do Novembro Azul vem ganhando forças juntamente com o Outubro Rosa e o Dezembro Vermelho. Cada mês é simbolizado com uma cor que referencia o gênero ou o motivo ao qual a campanha pertence. O Outubro Rosa, faz referência a luta contra o câncer de mama e a propagação da necessidade de mulheres realizarem exames caseiros e semanais de toque na mama para sentir se há algo estranho, e periodicamente ir ao ginecologista realizar um batalhão de exames e o Dezembro Vermelho, faz referência a luta contra a AIDS e a promoção do uso de preservativos para não ocorrer a disseminação de tal doença. O movimento do Novembro Azul se originou na Austrália no ano de 2003, e recebeu o nome de "Movember", tal movimento tem como intuito realizar uma campanha de conscientização realizada por muitas entidades durante todo esse mês para a realização de exames de prevenção ao câncer de próstata e outras doenças exclusivamente masculinas.

ESPORTES

FAIR PLAY DENTRO E FORA DOS CAMPOS (OU QUADRAS) Por Heloisa Feliciano e Diogenes Kenedy

Ética: princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano. Não é de hoje, no mundo do esporte, que se discute lances e mais lances, tentando desvendar aquilo que realmente aconteceu, tanto dentro do campo/quadra quanto nos bastidores. Numa era tecnológica em que vivemos, esportes como vôlei e o tênis já utilizam de alguns aparatos que ajudam os árbitros em lances indecisos, como o “VideoChallenge”. Entretanto, a tecnologia é restrita apenas para competições internacionais e se usada em qualquer uma, evitaria longos debates e até mesmo confusões. Na Copa de 2014, no Brasil, foi utilizada uma tecnologia brasileira que verificava se a bola teria ultrapassado a linha do gol ou não. Funcionava de um jeito bem simples: um chip dentro da bola, caso fosse gol, o relógio do arbitro apitaria e ele daria o gol. Entretanto, essa maravilhosa tecnologia não foi usada em nenhuma competição interna, nem na principal delas: Campeonato Brasileiro. Há algumas pessoas que digam que perde a graça/espírito do esporte. Gerar certa discussão sobre lances pode até ser saudável para o futebol, sim, mas brigas violentas e ameaças a árbitros por ter errado em função de nervosismo, calor da emoção, não têm nada a ver com “espírito” do futebol, nem com sua graça. Em contrapartida, há um grupo que defende que se os jogadores fossem éticos e falassem a verdade sobre o que aconteceu no lance, não necessitaria de tecnologia, inúmeros tira-teimas e intensos bate-bocas. Mas até aonde vai a ética de um jogador? Seria ele capaz de negar uma possibilidade de pênalti para evitar uma confusão? Que falta aos jogadores valores como honestidade - para cooperar com o andamento dos jogos, não deixando com que isso prejudique o espetáculo - já sabemos e divulgamos mais do que atitudes como a do jogador de Paderborn que corrigiu um erro do juiz admitindo que não sofreu falta numa jogada, e evitou que seu adversário recebesse uma punição. Mas quem sabe talvez seja mesmo o calor do jogo, o momento da competitividade e não seja falta de ética. Difícil de acreditar? Mais difícil ainda é acreditar que a ‘’emoção’’ ultrapassa os limites do campo e envolve federações como a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e até mesmo a FIFA (Federação Internacional de Futebol) em escandalosos casos de corrupção, lavagem de dinheiro, etc. E isso não é exclusividade do futebol, não. Em 2014, os investigados foram os membros da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), acusados de desvio de verbas, o que levou a suspensão temporária do patrocínio do Banco do Brasil das seleções. Além dos protestos de jogadores que entraram com nariz de palhaço antes dos jogos da SuperLiga e pelas redes sociais. A falta de ética já ultrapassou todos os limites! O esporte deveria ser um mecanismo de superação de barreiras socioeconômicas, diversão familiar, união entre estranhos, mas não tem como, em uma conversa, falar sobre futebol, por exemplo, e não ouvir na mesma conversa termos como “juiz ladrão”, “jogo foi roubado”, “desvio de verbas”, entre muitos outros. A pergunta fica no ar: onde vamos parar? Estamos usando o mecanismo de união entre nações, povos, de superação para conseguir apenas dinheiro, poder. Tanto faz se uma família quer ir ao estádio e ver seu time jogando e ganhando ou perdendo por mérito próprio. É isso que queremos para o nosso futuro? Tornar o esporte em política? Não deveríamos tornar a política em um jogo limpo, sem tentativa de tirar vantagens, como uma disputa saudável e apaziguada?

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Jornal do Grêmio


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Tema do dia ArTe

LISA, MONA Por Monique Martins

Yaaaaarn... Bom dia! Mais um dia no Museu do Louvre. E, como sempre, a primeira pessoa que vejo é a faxineira, que faz questão de me acordar com essa luz forte do corredor. -

Bom dia, dona Mona.

Bom dia, dona Olídia, bom dia. Cortou o cabelo não é? -

Percebeu que cortei o cabelo? Decidi mudar.

É, ficou muito jovem pra sua idade. Mas em Paris é assim, tudo é moda. Já vi cada coisa passar por aqui. Cabelos de arco íris, roupas extravagantes, ou até simples demais. Na minha época, ah! Era tudo tão glamouroso... Observo enquanto a dona Olídia esfrega o chão do museu no ritmo da música que cantarola, esperando o sinal que avisa quando... /Trrriiiiinnnn/ É agora. O show começou, e eu tenho que ficar naquela confortável posição que o doce Leo me impôs. Assim que a Olídia sai, o primeiro grupo se amontoa a minha frente. Como de se esperar, o grupo era composto por turistas de camisetas temáticas de seus países, com câmeras fotográficas penduradas no pescoço, porém usando o celular para tirar fotos. Eles se empurravam ansiosamente, a fim de chegar cada vez mais perto de mim, ignorando a linha que limitava-os. No mesmo instante em que um cara de camisa havaiana empurrou uma senhora de cabelos grisalhos, um clarão cegou minha visão, e deixou todos os meus sentidos perturbados. Ao longe, escutava a voz grossa do segurança do meu setor, o Soares, repreendendo: -

Meu senhor, como diz o aviso, câmeras com flash não

podem ser usadas, pois pode prejudicar a obra. -

Me desculpe! Só esqueci de desativar!

Minha visão demorou para voltar, o que me fez pensar se as pessoas realmente entendiam o que significa o real sentido de "prejudicar a obra". Enquanto a imagem se formava mais clara, um novo grupo se estabelecia na minha frente, incrivelmente parecido com o primeiro. Foi assim até o final da manhã, massas e aglomerados de pessoas. Óbvio, até porque os turistas, pessoas normalmente "menos afortunadas", acordavam cedo para apreciar o mundo lá fora. Digamos que o período da tarde é mais tranquilo. Porém, mais emocionante. Como de costume, o tempo que compreendia o período normal de almoço foi sossegado. As pessoas iam e vinham, sorriam e me encaravam de forma inquisidora, o que 4ª EDIÇÃO!

despertava em mim a vontade de fazer caretas e assustá-las. Mas sabia que não seria gentil da minha parte. Quando um casal se virou de costas para mim, aproveitei para desfazer o sorriso tímido que emoldurava meu rosto. As pessoas podem me achar bonitinha, mas essa cara de mulher pacífica incomoda. Exercitei minha bochecha rapidamente, e voltei a minha agradável feição. Obrigada, Leo. Quando o relógio da parede da frente marcou 15hrs, um grupo de homens de terno preto entrou no salão, de óculos escuros e mãos cruzadas frente ao corpo. Quem será dessa vez? Não reconheci nenhum dos seguranças, e a julgar pela pequena quantidade de homens, não poderia ser o Obama e nem o Papa. Quando a dupla se separou, avistei uma mulher loira, com uma maquiagem que, ao meu ver, pretendia esconder as inquestionáveis rugas de seu rosto. Entretanto, sua roupa era elegante, e delineava seu corpo magro. Na minha época, uma mulher assim significava falta de nutrição, mas agora, elas são as mais-mais, e eu seria apenas mais uma que se mata na academia. Ao longe, ouvi alguém gritando: É a Madonna! Madonna? A Madonna Litta, que o Leo também fez? Não pessoal, essa está no museu de São Petesburgo! Mas como ninguém me deu atenção, apenas observei pessoas surgindo, para pedir um autógrafo ou tirar uma foto. No decorrer do dia recebi outras visitas interessantes, como a de um fortemente escoltado presidente, chamado por seus seguranças de "Senhor Presidente Putin" - que me incentivou a chamá-lo de SPP quando me visitasse novamente, - e um casal de brasileiros loiros e bonitos (apesar do homem ser incrivelmente narigudo). Foi um dia agitado, porém já tive outros piores. Quando o corredor finalmente ficou livre de visitantes, dona Olídia apareceu para fazer a limpeza que fechava meu dia. Ela conversou um pouco comigo, comentou de seu filho que estava na faculdade, quase terminando o curso, e sua filha cabeleireira que, como ela disse, poderia muito bem fazer um penteado melhor em mim. Quando dona Olídia saiu, depois de um caloroso boa noite que sempre me deseja, a luz se apagou e eu pude descansar. Até porque, no outro dia, mais um punhado de gente viria para me ver, me apreciar ou só pra me fotografar. Página 7


PARA REFLETIR: SEJAMOS SEMPRE INSATISFEITOS Por Lethicia Santos Silva

Primeiramente, convido vocês para ler este texto de Mario Sergio Cortella: “O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais profundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação. (...) Por isso, quando alguém diz “Fiquei muito satisfeito com você” ou “Estou muito satisfeita com seu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é alguém dizer “seu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música, etc) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas”. Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, nos deixa insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, permanece um pouco apoiado no colo e nos deixa absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue? Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer, etc), ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: Por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio. Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar. Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… (...) Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro.”” E agora, para reunir alguns dos principais conceitos que o Grêmio procurou implantar no cotidiano do Instituto, muito bem ilustrados pelo texto que acabaram de conhecer, deixo algumas palavras minhas de incentivo. Gostaria de encerrar esse primeiro ano de Jornal do Grêmio com a mensagem de que cada um de vocês é capaz de ir muito além do que imaginam, basta apenas manterem-se sempre dispostos a debater, discutir, ler, aprender e conhecer. Nunca (jamais) abram mão da oportunidade de aprender mais todos os dias, pois é o aprendizado que expandirá os horizontes das suas ideias, e é o conhecimento que dará forças para que vocês possam lutar por seus sonhos. Sejam sempre insatisfeitos, busquem sempre o melhor de vocês e acreditem sempre que é possível ir mais além. Tenha a certeza de que cada pessoa da Germinare acredita e confia em cada um de vocês. Sejam, também, eternos indignados e perpetuem a solidariedade, bondade e respeito como filosofia de vida. Por fim, busquem sempre novas fontes de informação e conhecimento. Como puderam perceber pelo texto, o Brasil é recheado de ótimos escritores e pensadores que têm muita experiência para nos trazer. Além dos artigos cheios de palavras difíceis para os esfomeados por vocabulários rebuscados, convido vocês para ler textos leves, bem-humorados e repletos de reflexão(para os insatisfeitos em geral). Seguem recomendações: Site: Pensador.uol.com.br, em que podem ser lidos textos de diversos autores. Livro: Convite à filosofia, de Marilena Chauí, disponível em PDF.

Muito obrigada pela leitura e participação, Com carinho, Lethícia Santos Silva e Grêmio Estudantil.


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