GRIP Nº0 - Versão Portuguesa

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N.º 00 · 2011

Millennium

Let the games begin Hugo Domingues entrevista

Tomahawk New Dawn

cenário

Rita Lum miss grip

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104-115 New dawn

20-39 Millennium

118-126 North V. South

48-69 Galeria

índice 08 Equipa 09 Editorial

12-13 Destaque Espelho meu...

14-15 Notícias

16-17 Perfil

Nuno Pedrosa

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Entrevista

90-101 Miss grip

20-39 Millennium

Let the games begin

42-46 Playbook 101

48-69 Galeria Get some 72-87 Entrevista

Hugo Domingues

90-101 Miss GRIP

Rita Lum incendeia paintball

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104-126 Cenário 104-115 Tomahawk New Dawn 118-126 North v. South

128-131 Review Luxe

132-136 Backstage

138 Crónica

Hugo Domingues


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RICARDO CAMPOS

RITA PEREIRA

PEDRO SIMÕES

Director-Adjunto

Ditectora de Arte

Editor de fotografia

da GRIP. É fotógrafo e

da GRIP. Designer

da GRIP. Fotojornalista

respira paintball desde

de comunicação

credenciado e conhe-

pequenino.

como profissão.

cido pelo seu mau feitio.

HUGO DOMINGUES

DANIEL TEIXEIRA

DIOGO ALMEIDA

O “opinion-maker”

O miúdo da GRIP.

Com futuro promis-

de serviço. É preciso

É responsável por todas

sor no jornalismo,é o

apresentações? Ok!

as novidades do mundo

jornalista da GRIP.

O melhor jogador

da tinta.

Profissionalismo e ver-

português de sempre.

dade numa única pessoa.

JOÃO ANJOS

RAUL TAVARES

ANDRÉ FARIA

Vai ser o professor

Seja quem for, onde for

O homem do cenário.

na GRIP. Tácticas,

e quando for, ele estará

Se mete camuflados, ré-

métodos de trabalho

lá para fazer as pergun-

plicas de armas e muita

e mentalidade de jogo

tas que ninguém tem

diversão então é onde

são com ele.

coragem de fazer.

este homem está.

DUARTE GOMES

CRÉDITOS CAPA

O grande mecânico de

Foto: Photopaintball

serviço. Poucos percebem de marcadores e acessórios de paintball como ele.

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equipa


editorial Por André Garrido Director GRIP

É

difícil explicar aos de fora porque acordamos de madrugada, nos levantamos da cama ainda mal o despertador começou a tocar, porque tomamos um banho rápido e fazemos dezenas ou centenas de quilómetros para jogar paintball. Existe no entanto, uma explicação muito simples. Estamos apaixonados, apaixonados por um desporto que nos leva ao extremo. A adrenalina que nos percorre o corpo faz-nos sentir vivos e sentirmo-nos parte de uma equipa de paintball é algo indescritível. Mas o tempo passa, e ficamos mais velhos, menos capazes, com lesões e com outras obrigações que nos obrigam a repensar a forma como vemos o paintball. E aqui surge a dificuldade em largar este desporto. Podíamos simplesmente desligar-nos, mas quantos de nós o conseguirão fazer? Uns passam a arbitrar, outros dão a sua prestação enquanto organizadores de provas, outros tantos criam as suas empresas relacionadas com o paintball. Nós criámos a GRIP. Para além da estratégia óbvia de apostar em algo que não é feito por ninguém, queremos mostrar o que é nosso. Divulgar os nossos eventos, tendo como base principal o Campeonato Nacional, Regionais e Big Games. Acima de tudo divulgar jogadores e equipas para que possam ser melhores e ter mais apoios. A revista é composta e feita de jogadores para jogadores. Sabemos o que queremos para o desporto que estará sempre muito perto no que vocês quererão… afinal todos sentimos a tinta a correr-nos nas veias! Acima de tudo que daqui a um ano, tenhamos conhecido muitas caras novas, excelentes jogadores e feito bons amigos. Só isso já vale a aventura. Vemo-nos por aí!

editorial

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PhotoPaintball


Espelho meu... «Dois Minutos!», grita o CT. «Porra, mas acabei de chegar à pit. Potes, preciso de potes.» Limpar. Encher VL.

«Dá para matar o gajo das chamuças?» «Zé, olha a perna tens a perna toda cagada!» «Um minuto», soa no megafone. «Ar, Ar, falta-me ar no marcador.» «Miguel, preciso que feches a cobra. Sem ti não faço nada!» «30 Segundos», outra vez a mesma voz. Corro Olho e vejo o campo. Um fotógrafo apanha esse momento.

«Vamos ganhar isto! Vamos ganhar isto!» Respiro fundo e fecho os olhos.

«10 Segundos» ­— Está quase. Oiço o silêncio e concentro-me.

TIRURIRURIRURIRURIRU destaque

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Strike Loader

Hydrotec A HydroTec confirma que irá iniciar a produção de bolas que alguns dizem poder vir a salvar o desporto e proporcionar mais espaços para a prática do mesmo. Estas novas bolas de paintball são constituídas por 98% de água, trazendo vantagens de limpeza de recintos, resistência à água e humidade, bem como uma validade de 2 anos. Não é preciso armazenar as mesmas em temperaturas controladas.

O Striker Loader está a chegar e terá capacidade para até 1200 paintballs. Este loader revolucionário é destinado a jogadores de woodsball que procurem ter uma grande cadência de tiro, uma vez que o loader disponibiliza até 30 bolas por segundo. Fácil de limpar, uma bateria com grande autonomia e menor perfil para o jogador são apenas algumas das vantagens deste loader.

Millennium Series – Sub-19 Nation Cup No próximo evento do Millennium Series, que decorrerá em Paris, vai-se realizar o Nation Cup para jogadores com menos de 19 anos. Após se ter realizado na última prova o Nations Cup, tendo Inglaterra ficado em primeiro lugar, volta-se a colocar os melhores de cada país frente a frente e decidir quem são os melhores putos na Europa.

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notícias


MacDev Drone A MacDev está a acabar o desenvolvimento do seu novo marcador. De nome Drone DX, este marcador tem um preço previsto de 400 euros e contará com um Asa que aumentará a rapidez e rendimento do fornecimento de gás. Comparativamente com o seu antecessor, o Clone VX, este marcador terá um design mais simples e ao que tudo indica será mais pesado, não possuindo também USB ou OLED.

Exalt Regulator Grip A Exalt lançou novos grips para reguladores, podendo os mesmos ser adquiridos em várias cores. Estes novos grips fazem com que a tua pontaria melhore pois dão-te maior aderência mesmo quando estão molhados ou com tinta. Os Exalt são feitos em tamanho universal cabendo assim na maioria dos marcadores existentes no mercado. Para além disso foi pensado para ser limpo facilmente.

Xgames Com mais umas olimpíadas dos desportos radicais acabadas o burburinho à volta do paintball nos XGames volta a soar. Apesar de todos sabermos que os XGames se baseiam em desportos individuais, também é difícil de não constatar que o paintball é provavelmente o único desporto radical realizado em equipa. Não deixem de apoiar esta iniciativa no facebook: https://www.facebook.com/XgamesPaintball?sk=wall

notícias

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UM GENTLEMAN NUM JOGO DE GANGSTERS Texto: Raúl Tavares Fotografia: PhotoPaintball

Nuno Pedrosa N uno Pedrosa, mais conhecido como Pedra, teve e tem um papel preponderante no paintball português. Joga há 16 anos e já foi considerado um dos melhores jogadores portugueses. Foi um dos fundadores do clube mais antigo do panorama ibérico, os Metralhas Porto e actualmente é o presidente – eleito democraticamente -

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perfil

da Federação Portuguesa de Paintball. O admirável no Pedra é que para além de um homem educado e de bons sentimentos, é desprendido dos louros, é aquele que quando os flashes disparam sobre a equipa no pódio, temos mais dificuldade em ver na foto… Aqui vos deixamos alguns dados sobre o Nuno Pedrosa, vale a pena conhecer.


NICK Pedra DATA DE NASCIMENTO 26/01/1970

PROFISSÃO Empresário COMEÇOU A JOGAR 1995 EQUIPA ACTUAL Metralhas Silver

PROVAS INTERNACIONAIS - Millenniums - Zap European Amator Opens Entre 2000 e 2008 a maioria

PROVAS QUE GANHOU E COM QUE EQUIPAS - Torneio HotShots, 1998, Lisboa, Metralhas - Millennium Londres, 2000, Metralhas, Nov - Millennium Lisboa 2002, Metralhas, Nov - Millennium Madrid 2004, Kidz Redz - Div 2 - Zap European Amator Open, Kidz Redz Várias etapas do Campeonato Nacional entre 1996 e 2002. Todos os Campeonatos Regionais Norte entre 1998 e 2005. Vários podiums em Millenniums, Taças de Portugal, Campeonatos Nacionais e Regionais.

MAIOR REALIZAÇÃO NO PAINTBALL Iniciou e contribuiu para 2 projectos: Metralhas e FPP.

perfil

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Let the games beg Texto: Diogo Almeida Fotografia: PhotoPaintball

Na capital europeia do Paintball come莽ou mais uma temporada do Millennium. Desta vez o grande palco dos jogos foi no famoso hip贸dromo de Longchamp 20


gin

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No dia 25 de Março arrancou mais uma treinar contra outra equipa, dividindo época da maior competição de paintball os custos e experimentando tácticas. na Europa: o Millennium Series. Duas das Juntou-se uma pequena multidão provas do calendário de 2011 são em quando treinaram os russos dos Art Paris, e esta foi uma delas, no Chaos, que este ano contam hipódromo de Longchamp. com quatro das estrelas dos É possivel Apesar da competição Russian Legion, entre eles alugar um começar apenas na sextaKonstantin Fedorov que campo por feira, praticamente todas o ano passado integrava 300€ por hora as equipas marcaram a equipa dos SK Moscow, para treinar presença na quinta-feira que com a sua ajuda durante a tarde para ver o campo. Tal como conseguiu o segundo de quintano ano passado este ano é lugar, atrás de uma equipa feira possível alugar um campo por mista, com membros dos 300€ por hora para treinar durante Dynasty e dos Impact. a tarde de quinta-feira. A maior parte Este ano a Champions League, das equipas dos escalões mais altos primeira divisão desta competição, aproveitou esta oportunidade para sofreu algumas mudanças nas equipas:

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nos dois lugares de despromoção na época passada ficaram os Copenhagen Ducks e os alemães Comin At Ya que seriam rendidos pelos Art Chaos e os Outrage Valence, primeiro e segundo da Liga Semi-Profissional. No entanto houve quatro equipas que desapareceram, os Bullets, os Chilli Peppers, os famosos Joy Division e os Oslo Menace, e deram lugar aos Breakout Spa, equipa belga que tem no seu roster quatro jogadores americanos dos X-Factor, os

Amsterdam Heat, que se constituem como uma espécie de dream-team holandesa, os Paris Camp Carnage, quartos na Liga Semi-Profissional e os Copenhagen Ducks, que mais uma vez assim evitaram a descida. Em CPL, as atenções recaem nos suspeitos do costume: os americanos San Diego Dynasty, com o regresso do lendário Oliver Lang, e os Art Chaos, que com nomes como Kirill, Panteleev, Mishka e Fedorov dos Russian

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Legion prometiam dar luta aos americanos, que vinham de uma vitória num evento importante nos Estados Unidos. Apesar do favoritismo destas duas equipas, não podem ser esquecidas equipas como os Frankfurt Syndicate, com a ajuda de Justin Cornell, dos Impact, London Nexus ou Marseille Icon, que já há muito mostram que são equipas competitivas e bem preparadas. Este ano Portugal continua a ser

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representado na divisão rainha pela equipa do Benfica, que mesmo com a saída de Hugo Domingues e Tiago Coelho, contam com a liderança do regressado Nuno “Ossos” para continuarem a fazer boa figura no panorama europeu. A segunda divisão, SPL, tem sempre muitas mexidas nas equipas que a constituem, mas ainda contam com nomes sonantes como os All Russian Moscow, os Bermingham Disruption ou os Consilium Dei, de Zurique de quem se espera uma boa época este ano. Na sexta-feira os jogos começaram as 8 da manhã, sendo que


as equipas de CPL tiveram de esperar derrotados por 5-2, ficando obrigados até às 14 para verem iniciados os seus a vencer as duas partidas de sábado jogos. Nesta divisão não houve grandes contra os Syndicate e os Amsterdam surpresas: os Dynasty venceram Heat, que foram arrasados pelo jogo confortavelmente os franceses consistente dos alemães. Tontons, os Art Chaos quase No sábado o primeiro foram surpreendidos pelos jogo do dia punha frente O Ducks, tendo estado a a frente o Benfica e os Benfica perder por 3-0, mas Syndicate e mais uma ganhou o vez a equipa portuguesa conseguiram mostrar primeiro ponto não conseguiu contrariar a sua superioridade e em pouco a equipa de Frankfurt acabaram por vencer mais de 30 e, apesar de ter ganho o 5-3 num dos jogos mais segundos primeiro ponto em pouco emocionantes do dia. Os mais de 30 segundos, acabou portugueses do Benfica não por ser derrotada por 5-1, pondo termo conseguiram apresentar argumentos à esperança de fazer parte do Sunday suficientes para contrariar o jogo Club, as equipas que se qualificam agressivo dos London Shock e saíram

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para jogar Domingo nos quartos-decederam o primeiro lugar do grupo final. Logo depois os ingleses London aos Nexus, conseguindo ainda assim Shock bateram os holandeses Heat que o apuramento para Domingo, com mostraram ser uma das equipas mais vitórias sobre os recém promovidos fracas desta divisão e garantiram o Outrage e os Instinct. A surpresa seu lugar no Domingo, ao lado do dia aconteceu no jogo dos Syndicate. No Grupo Os entre os super-favoritos B não houve surpresas: franceses Dynasty e os franceses os russos Art Chaos Icon Icon que com o seu jogo arrasaram a concorrência arrancaram agressivo mas controlado e qualificaram-se para aplausos obrigaram Lang e os seus os quartos-de-final efusivos à companheiros a fazer um sem derrotas, deixando assistência jogo demasiado defensivo o segundo lugar para os acabando por dar vantagem Breakout Spa. No terceiro aos Icon que arrancaram grupo os vice-campeões em título aplausos efusivos à assistência nos SK Moscow ressentiram-se da saída 5 pontos que marcaram, face aos 2 do seu melhor jogador, Fedorov, e marcados pelos americanos. Depois

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deste jogo as contas deste grupo eram as mais complicadas: os Icon com 2 pontos enfrentariam os compatriotas Tonton que estavam em segundo lugar

do grupo em igualdade pontual com os Dynasty que depois do deslize frente aos Icon contavam com apenas um ponto. Depois da vit贸ria dos americanos

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e dos Tonton, que contrariam na perfeição o jogo da equipa de Marselha, mostrando que o conheciam bem, foram os Icon que acabaram de fora do Sunday Club apenas pela diferença entre pontos marcados e sofridos. No último jogo dos portugueses Lisbon Benfica contra os teoricamente mais fracos Amsterdam Heat a equipa portuguesa até começou bem, mas acabou por perder por 5-3, terminando a prova sem qualquer vitória. No Domingo os jogos voltaram a iniciar-se com a Liga Semi-Profissional e dos primeiros oito jogos apuraramse para os quartos-de-final as equipas 2easy Warsaw, Ranger Warsaw, All Russians Moscow, Birmingham

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Disruption, Consilium Dei, Dogs D Amour, FiveStar Lleida e Drammen Solid. Nesta ronda foi visível a superioridade dos Disruption que mostraram um jogo muito inteligente, agressivo e bem treinado. De salientar também a equipa espanhola FiveStar, treinada pelo russo Kirill, que tendo na época transacta sido promovida a esta liga já apresenta um paintball muito bem construído. Nas divisões amadoras todas as equipas portuguesas se qualificaram para Domingo: Lisbon Benfica 2 em Divisão 1, Dragon Legion Porto em Divisão 2 e os Piratas em Divisão 3. A equipa encarnada tinha tido dificuldade em impor o seu jogo nos preliminares mas acabou por garantir a presença nos


Os Dragon Legion cilindraram a concorrência com o Formiga, T. Batista e Brandon Short

oitavosde-final no último jogo. Os Dragon Legion cilindraram a concorrência na fase preliminar, o que não constituiu surpresa para ninguém uma vez que a juntar ao excelente roster com que jogam em Portugal, que já conta com dois exjogadores de CPL, Hugo Domingues e Tiago Baptista, tinham ainda um dos melhores jogadores do mundo

ao seu lado: Brandon Short, o homem da cobra dos Los Angeles Ironmen. A equipa portuense qualificou-se para os quartos-de-final sem dificuldade, vencendo por 4-0 a equipa francesa Mustang Chartres. O Benfica 2 não teve a mesma sorte e depois de sofrer algumas penalizações em excesso acabou por perder 4-3 com os também franceses 7eme Compagnie Nancy. Os piratas conseguiram apurar-se até às meias-finais sem qualquer derrota em 7 jogos, um registo incrível para a equipa algarvia. Infelizmente nas

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meias-finais foram batidos por 2-0 pela equipa francesa Joe Bar e, talvez ainda desconcentrados por essa derrota, acabaram por voltar a perder por 2-0 na disputa do terceiro e quarto lugar, terminando no que não deixa de ser um brilhante quarto lugar na primeira prova da época europeia. De volta à Champions League o primeiro jogo dos quartos-de-final opôs os Dynasty a uns London Shock que não conseguiram suster o poder ofensivo dos americanos e acabaram por marcar apenas um ponto, dando assim uma vitória fácil à equipa californiana. No segundo jogo do dia, um duelo Russo: SK Moscow contra Art Chaos Moscow.

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O jogo acabou por ser mais equilibrado do que o que seria de esperar, mas a experiência e qualidade técnica dos jogadores profissionais dos Russian Legion que integram os Art Chaos acabou por ditar a vitória por 5-3. O jogo seguinte esperava-se equilibrado mas os Breakout Spa, ajudados por alguns membros dos X-Factor acabaram por impor uma pesada derrota por 5-1 aos London Nexus, que se revelaram apenas uma sombra da super-equipa a que habituaram os seus fãs. O último lugar nas meias-finais seria disputado entre os Tontons e os Syndicate e num brilhante jogo de paintball, onde ambas as equipas mostraram qualidade


suficiente para estar presente na fase foram recompensados com jogos de seguinte, acabou por ser a equipa altíssimo nível quer no campo de CPL francesa a vencer pela margem mínima quer no de SPL. de 5-4. Entretanto a equipa portuguesa Na SPL a maior parte dos candidata à vitória em Divisão 2, os jogos dos quartos-de-final foi Dragon Legion defrontaram bastante renhida, os 2easy os Suecos Wizeguy AHC, Apesar da venceram os Solid por conseguindo mais uma chuva que 4-3, os FiveStar marcaram vitória, desta feita por 3-1, caía em Paris, apenas 2 pontos contra rumando assim invictos as bancadas os quatro dos Ranger, continuavam às meias-finais onde os All Russians foram povoadas defrontariam os London surpreendentemente com fãs Defiance. Nesse jogo como batidos pelos Dogs D nos contou Hugo Dias, Amour e os Disruption não capitão da equipa, entraram deram qualquer hipótese aos suíços demasiado confiantes contra uma dos Consilium Dei, impondo um equipa mesmo muito jovem e acabaram pesado 4-0. Nesta altura, apesar da por facilitar e permitir aos ingleses uma chuva que caía em Paris, as bancadas vitória por 4-2. Na disputa pelo terceiro continuavam povoadas com fãs que lugar, a equipa portuguesa voltou a

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vencer os Why Not Paris, que já haviam Tontons que não estiveram à altura derrotado facilmente no primeiro jogo das exibições que tinham feito em das preliminares. jogos anteriores. O resultado 5-2 foi Nas meias-finais do escalão mais justo no que foi um espectacular alto os Dynasty tiveram pela frente os jogo com momentos super-agresivos Breakout Spa e os Art Chaos teriam principalmente no lado das os Tontons pela frente. Apesar chamuças. da expectativa que os A meiaNas meias-finais de SPL Breakout Spa conseguiram final foi ambas as equipas polacas, criar com a derrota que um jogo os 2easy e os Ranger impuseram aos Nexus, espectacular foram derrotadas, pelos o jogo acabou por ser com momentos Disruption e Dogs D uma desilusão para todos superAmour respectivamente. menos os fãs dos Dynasty agressivos Os Ranger ainda que viram a sua equipa conseguiram estancar o mostrar em campo porque poderio ofensivo dos Dogs D é considerada a melhor equipa do Amour mas a sua atitude demasiado mundo vencendo os belgas por 5-0. A defensiva acabou por lhes render uma outra meia-final foi mais equilibrada derrota por 3-2. Na final, os favoritos mas os russos conseguiram vencer Birmingham Disruption deixaram-se com alguma folga dos franceses surpreender pela equipa grega que

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na sua primeira prova na Liga SemiProfissional conseguiram um brilhante primeiro lugar, vencendo por 4-0 a equipa inglesa. Na disputa pelo último lugar do pódio as duas equipas de Varsóvia jogaram de igual para igual e o último ponto podia ter caído para qualquer uma das equipas. A felicidade acabou por tocar aos Ranger que com um pouco de sorte conseguiram bater os compatriotas 2easy. Em Divisão 1 o pódio acabou com os Manchester Firm em primeiro, com um percurso perfeito contando apenas com vitórias em todos os jogos, os Epidemy

HPS de Lille em segundo e os Redball Paris em terceiro. O momento mais esperado do dia foi a final entre San Diego Dynasty e Art Chaos Moscow, o mais perto que teremos na Europa de um confronto entre Dynasty e Russian Legion, consideradas as duas melhores equipas da actualidade. Apesar da qualidade técnica dos russos, a experiência dos americanos e o seu conhecimento do jogo permitiu-lhes controlar as ofensivas do adversário e recuperar em pontos praticamente perdidos para conseguir uma vitória por 5-2.

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Ninguém que assistia ao jogo ficou os Piratas, de quem provavelmente indiferente à comunicação perfeita ninguém esperava um bom resultado; entre os americanos e à coordenação uma presença no Sunday Club do espectacular que mostraram em Benfica 2, que poderia ter ido mais todos os pontos. Jogadores longe se não fosse alguma como Fraige e Greenspan falta de concentração Fraige liderados por Oliver Lang e apenas o Benfica e Greenspan tornam-se praticamente teve uma prestação liderados por imparáveis e muitos francamente má, não Oliver Lang consideraram este jogo tendo conseguido sequer tornam-se uma “lição de paintball” vencer os Amsterdam praticamente dada aos russos. Heat, o que evitaria a imparáveis Assim terminou a presença no quarto pote primeira etapa do Millennium para o sorteio da próxima etapa. Series 2011. Para as equipas No geral foi um evento muito portuguesas no geral não foi um positivo. Os campos estiveram evento brilhante, mas foi sem dúvida óptimos, as equipas continuam com positivo: um terceiro lugar para os uma camaradagem surpreendente e o Dragon Legion, que acabou por bom ambiente foi sem dúvida um dos saber a pouco; um quarto lugar para aspectos mais positivos desta prova. ∞

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Animação: dj´s bandas karaoke dancarinas cuspidores de fogo malabaristas monociclo / andas palhacos ilusionistas face painting moldagem de baloes

Eventos Desportivos: paintball insulfalveis tematicos tiro ao arco jogos tradicionais

Contactos: Rui Félix - rui@paintland.pt Carla 40Serra - carla@paintland.pt

Portal:

Loja on-line:

www.paintland.pt

www.paintland.com.pt


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playbook 101 Por João Anjos

O conceito de “Playbook” é algo bastante recorrente no panorama desportivo Norte-americano, muito devido a um conjunto de outros desportos onde é visto como elemento integrante na organização de jogo. Para quem acompanha o circuito de Xball da PSP, claramente que já percebeu a importância que as equipas atribuem ao coaching e respectivamente ao seu playbook. Um bom playbook é claramente uma das maiores vantagens que actualmente uma equipa poderá ter aquando da preparação e decorrer de jogo. Há uns anos atrás quando o formato dominante era o 7man, era recorrente ver as equipas perderem horas a conhecerem o campo, a conhecerem o máximo de tiros possíveis por cada jogador. Era normal ouvir da boca de grandes nomes do paintball, que “Walking the Field” era 60% de uma vitória. Com o domínio actual dos formatos de xball e principalmente

com a uniformização dos campos, esta importância da capacidade do “Walk the field” terá descido consideravelmente. Com isto não se pense, que conhecer o campo não têm um grande papel numa vitória, a verdade é que devido ao elemento do coaching, qualquer jogador poderá à partida ser alertado para linhas de tiros que desconhecia. Assim a capacidade das equipas conhecerem bem um campo, deixou claramente de estar associada ao conhecimento específico de todas as linhas de tiro do campo, mas sim ao facto de através

Um bom playbook para Xball

tem de conter 8 a 10 jogadas.

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dessa capacidade se poder elaborar um bom livro de jogadas para aquele layout. Antes de mais, como descreveríamos à partida um bom playbook para uma prova de Xball “race to 5”? È nisso que me vou concentrar agora, teria à partida que conter cerca de 8 a


10 tácticas de jogo diferentes, mesmo que em algumas delas as diferenças fossem mínimas. A melhor maneira de começarem será ter uma série de cópias em papel do layout do campo. Assim que colocarem os olhos no layout, anotem logo as vossas primeiras impressões. Muitas vezes as primeiras impressões são as que de facto estão correctas, mais tarde só terão que confirmar se o que achavam no papel se transpõem para o terreno. Vejam ainda o maior número de jogos que poderem naquele mesmo layout. Se participarem numa liga em que escalões inferiores ao vosso jogam primeiro aproveitem para dar uma vista de olhos ao que eles fazem e o que vai funcionando. Muitas vezes mesmo antes de se pisar

o campo, apenas por se ver equipas a jogarem no layout conseguimos perceber os pontos-chave desse campo. ATAQUE. Mas voltando ao playbook, este deverá à partida conter 3 a 5 tácticas diferentes de ataque. Sendo que deverão incluir 2 a 3 tácticas de ataque moderado. Onde poderão ou não apostar, num só lado – snake ou os doritos - ou nos dois. O breakout é um elemento chave na elaboração de cada táctica, convém definir especificamente na elaboração de cada uma delas, o que cada jogador irá fazer durante o breakout. Se fica estático e dispara, se corre e dispara ou se pura e simplesmente corre. Definam ainda se decidem colocar

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as armas viradas para um só lado no break e se têm alguém a disparar contra os adversários de modo que o breakout destes não seja tão efectivo e vos permita colocar em segurança o jogador ou jogadores que querem colocar em determinada posição. Ainda falando nas tácticas de ataque temos que colocar sempre mais uma ou duas tácticas bastante arrojadas. Uma que seja que uma táctica de desespero, em busca daquele ponto precioso quando falta pouco tempo de jogo e ainda se corre atrás do resultado. O importante nesta táctica é meter o maior número de jogadores o mais à frente possível de arranque e conseguir o maior número de eliminações. Não pensem muito no elemento segurança nesta táctica. Um pormenor bastante importante é definir, quem fica atrás e que tem mesmo que ficar em jogo. É recorrente ver equipas desesperadas à procura do ponto e não ter ninguém no final para marcar o mesmo. A outra táctica a considerar colocar nesta secção é a de ataque arrojado, mas por parte de apenas um jogador ou no máximo dois. Esta táctica terá o único intuito de deitar abaixo um jogador que esteja constantemente a controlar e a dominar o campo. Como por exemplo um jogador que esteja a controlar o lado da cobra numa das pernas do M. DEFESA. Nas tácticas defensivas,

teremos que colocar mais 2 a 3 tácticas. Uma táctica de breakout pesado onde praticamente todos os jogadores da equipa disparam e tomam posições fáceis de chegar. Será uma táctica de controlo de tempo e da equipa adversária. Mais uma vez definam muito bem quem dispara para onde. Se a equipa adversária tem um lado da snake bastante forte, não hesitem em colocar mais armas viradas para esse mesmo lado. Não se preocupem tanto em disparar contra o breakout da equipa adversária, preocupem-se em controlar as linhas importantes de jogo.

É recorrente ver equipas desesperadas à procura

do ponto e não ter ninguém

no final para marcar o mesmo. As outras duas tácticas defensivas deverão ser tácticas de controlo de campo, se querem controlar alguma zona específica e que obstáculos deverão tomar para que isso aconteça. Lembrem-se, sempre que estão em vantagem no resultado e metem alguém a correr para um canto sem disparar numa táctica defensiva, poderá não ser a melhor das ideias. Mesmo que seja uma corrida difícil metam sempre esse jogador a correr e a disparar. As equipas que necessitam de marcar pontos,

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geralmente optam sempre por meter jogadores a correr sem disparar. Ter sempre 5 armas a disparar contra 2 ou 3 irá ser sempre uma vantagem. As duas ultimas tácticas, são duas tácticas que muitas equipas se esquecem de incluir e que deveríamos sempre ter em conta. São as tácticas para quando se começa com uma penalidade incluída. Assim definam claramente uma táctica para atacarem com apenas 4 jogadores, que obstáculos devem tomar e que linhas controlar no inicio de jogo. E incluam também uma táctica para 4 jogadores a defenderem o campo e resultado. Decidam mais uma vez as linhas e

obstáculos e se for possível façam a táctica de forma a conseguirem uma eliminação logo no breakout, de forma a vos deixar logo em pé de igualdade. Último conselho pratiquem a criação de um playbook nos jogos de treino, com várias tácticas e vão

Ter 5 armas a disparar contra 2

ou 3 irá ser sempre uma vantagem.

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decidindo ponto a ponto que táctica irão fazer de acordo, com o tempo e resultado de jogo. Muito importante anotem sempre por escrito todos os movimentos e acções iniciais de cada jogador e o seu objectivo em cada folha da respectiva táctica. ∞


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GRIP: Sabes todos os títulos que ganhaste? Hugo: Tenho uma vaga ideia mas não sei todos. Sei, sim, os mais importantes e marcantes. GRIP: Gostávamos que os descrevesses. Hugo: Por exemplo, uma das conquistas que mais prazer me deu foi ter ficado em 2.º Lugar em PRO no Camp Masters em Paris, em 2002. Perdemos na final com os TONTON, a jogar contra uma

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equipa francesa e contra árbitros franceses, imagina... Foi a primeira vez que uma equipa portuguesa chegou a PRO e fez um pódio, e foi aí que ganhamos a Alcunha de «Os Cinco de Paris»: eu, o Humberto, o Coelho, o Mendes e o Diogo Cruz. GRIP: Há um dado curioso na tua resposta: podias ter mencionado que foste campeão nacional em Div 1, durante 10 ou 11 anos consecutivos,


Hugo Domingues “Estou cá para fazer a vida negra ao Miguel Franco” Hugo Domingues, considerado o melhor jogador português de sempre falou com a Grip Adaptado do Blog: Tinta Lusa Por: Raúl Tavares Fotografia: PhotoPaintball

campeão pelos Dynasty, terceiro classificado na geral com os London Nexus em CPL, mas não, resumes uma longa caminhada destacando a obtenção de um segundo lugar com os teus… Hugo: Os títulos fazem parte de um percurso, mas para mim o mais importante foi o que fiz ao lado dos melhores amigos que alguma vez tive... E para eles não há títulos ou equipas que se lhes sobreponham.

GRIP: Já entraste para a história do paintball português, foste e és considerado o melhor jogador de todos os tempos e tens uma prateleira recheada de taças. Pergunto então ao melhor jogador português: quem é que ele indica (jogue ou não) como o segundo melhor jogador português que alguma vez viu? Hugo: O Tiago Coelho e o Humberto no mesmo patamar. Infelizmente, o Humberto teve de prosseguir a vida dele no Brasil e

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retirou-se há mais ou menos 3 ou 4 anos, e o Coelho terminou a época passada. Foram sem dúvida jogadores tão bons ou melhores do que eu. Tive simplesmente a sorte de ser escolhido para jogar em equipas mais mediáticas do que eles. Mas sei que qualquer um deles também teria feito o mesmo ou melhor do que eu, se tivesse tido as mesmas oportunidades que eu tive. Agora, da nova vaga, terei de referir o Nuno “Ossos”, por tudo o que já conseguiu e ainda vai alcançar, e o meu protegido, Miguel Franco. É o meu projecto pessoal e acho que desde os seus 13 anos, altura em que o conheci, tem evoluído bastante, embora por vezes ainda se perca em infantilidades próprias da idade, pois ainda agora fez 18 anos. Estes dois estão num patamar acima de todos os restantes em Portugal e têm tudo para continuarem o legado que deixámos.

“Pressão é quando um pai quer

GRIP: Essa responsabilidade que lhes

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dar de comer a um filho e não tem como.” acabas de colocar nos ombros traz normalmente pressão. Sem lugar a dúvidas, para além da tua qualidade de tiro e visão de jogo, eu destacaria a tua força psicológica e motivacional como as tuas principais armas. Achas que este Benfica tem capacidade para aguentar a pressão e vencê-la, como sempre fizeste? Hugo: Sabes, desde que me lembro fui super-competitivo, perder não era opção para mim. A pressão faz parte da nossa vida diária e eu acho que jogar paintball e divertires-te com os teus melhores


amigos não pode ser considerado pressão... Pressão é quando um pai quer dar de comer a um filho e não têm como. GRIP: Passando agora para o último Campeonato Nacional (CN), o da tua despedida do Sport Lisboa e Benfica (SLB) como jogador, verificamos que foi o título mais renhido de sempre. Tudo foi decidido no último jogo da última prova. O SLB teve uma época mais fraca em 2012 ou foi o Beira-mar uma equipa muito forte? Hugo: Penso que ambas as coisas foram verdade. Para o Benfica foi uma época muito perturbada e desgastante, marcada por muitas coisas, sendo uma delas a falta de motivação. Metade da equipa não treinava, apenas aparecia para jogar o Millennium, que é muito competitivo. Tivemos falta de verbas e despesas muito elevadas. A isto, juntar o facto de no início da época termos perdido dois jogadores do núcleo duro (o Ossos e o Gil). O Beira-mar surgiu muito forte e com um grupo muito unido. Nós tivemos entradas e saídas de jogadores, o que ainda complica mais o jogo colectivo. Vê por exemplo o que aconteceu ao Beira-mar este ano: é praticamente a mesma equipa, mas saíram o Teles e o Correia, que eram pedras basilares, e a equipa ressentiu-se, apesar de eu achar que estão a caminho da equipa que já foram,

como mostraram na última prova do CN. GRIP: Vou provocar-te... O Horto (Beiramar), em entrevista para o Tinta Lusa, mencionou que teriam sido campeões se um árbitro não vos tivesse dado a vitória. Tens algo a dizer? Hugo: Cada um tem o direito a opinar da forma que entender e respeito muito o Horto, mas eu não quero ir por essa via. Toda a gente se queixou muito dos jogos contra eles em que arbitrou o Boavista. Não é preciso relembrar que ambas equipas já

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pertenceram ao extinto Energy. Poderia ainda referir que na 3.ª prova do CN, na qual a mulher e o padrinho de casamento de um jogador do Beiramar estavam a arbitrar, fui expulso no primeiro jogo do dia. Coincidências? GRIP: É claro que todos acabam por ser prejudicados e beneficiados pelas arbitragens. E no fim, continua a ganhar o melhor? Hugo: Podes ganhar uma prova com ajuda dos árbitros, ou até duas; um campeonato só se ganha dessa forma se houver mesmo muita falta de vergonha de quem anda a gerir as coisas, e mais não digo. Já agora, e como exemplo, eu acho que a regra do 1 por 1 nos últimos 90 segundos já devia ter morrido o ano passado, quando o Millennium a erradicou, mas nós cá continuamos a ser uns iluminados e mantemos essa regra. Devido a essa regra, achei super-injusto os Metralhas terem perdido um jogo que foi bem ganho contra o meu Benfica nas meias-finais da 1.ª prova do CN deste ano. Os jogos são para ser ganhos pelos jogadores e não por árbitros a quem se dá muito poder, e só Deus sabe a quantidade de gentinha recalcada que por aí anda.

jogar num nível muito bom. A mentalidade está a mudar e os jogadores treinam mais e trabalham melhor para alcançar o sucesso. Antes só ouvia equipas a queixaremse que os Paintoon/SLB só ganhavam porque eram batoteiros, e não se preocupavam em perceber porque perdiam. Eu só pensava que enquanto eles continuarem a achar que está tudo bem com o nível e jogo deles, nós vamos continuar a ganhar. Agora quando uma equipa leva as coisas a sério e faz um excelente trabalho, como fez o Beira-Mar, tudo é possível, até destronar aqueles que sempre

“A mulher e padrinho

de um jogador do Beira-Mar

estavam a arbitrar, fui expulso no primeiro jogo do dia.”

GRIP: O que achas do nível das equipas do nosso CN? Hugo: Acho que temos 4 ou 5 equipas a

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ganham. Posso dizer-te que neste momento, em Portugal, acho fantástico o trabalho dos Metralhas, do Leiria, onde o Anjix neste momento para mim é o principal responsável. Os Azimut, bem ou mal lá vão mantendo o mesmo núcleo duro por vários anos e finalmente começa a dar frutos. E depois há ai uns miúdos novos que acho que se chamam Dragon Legion (risos), que também estão a fazer um trabalho muito positivo e ainda vamos ouvir falar deles.


GRIP: Por falar em Dragons, é impressionante o trabalho que tens feito com eles ao ponto de muita gente achar que em Div. 1 estariam a fazer um óptimo papel (estão em Div 3). No campo constata-se que, para além do nível dos jogadores ter subido, colocas o Tiago (ex-benfica) claramente com o papel de furar e marcar adversários, e o resto dos jogadores a trabalhar para vocês os dois. Hugo: Acho que funcionamos em equipa, o que se sobrepõe aos valores individuais. Quando uma equipa marca muito o Tiago ou a mim, os restantes também resolvem — e acredita,

ninguém ganha sozinho. Por exemplo, perdemos no último Torneio Regional Norte (TRN) a primeira prova ao fim de seis a vencer, fomos derrotados e o culpado fui eu, errei e ainda hoje me culpo por essa derrota. Vim o caminho todo do Porto para Lisboa a rever o jogo na minha cabeça e o meu erro foi o momento crucial para o Benfica ter ganho o último ponto. GRIP: É aí que reside o segredo do teu sucesso? Fazer acreditar que todos são excelentes e que na equipa não existem estrelas?

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Hugo: Diz-me tu porque é que o Messi ou o Ronaldo pelas respectivas selecções não jogam metade do que jogam quando estão no Real ou no Barça. Trabalho de equipa… Somente um bom trabalho de equipa pode pôr alguém a brilhar, sozinho ninguém brilha e há que ser inteligente para saber e aproveitar ao máximo o que cada um tem de melhor. Talvez aí resida o meu valor, ver o que cada um tem de melhor e aprimorar esse talento para formar uma equipa. GRIP: Vem aí a Nations Cup. No caso de apresentarmos uma selecção nacional, que 10 jogadores levarias? Hugo: Miguel Franco (SLB), Nuno Lourenço (SLB), Hugo Pires (SLB), Teles (SLB), Tiago Batista (Dragons), Tito (Metralhas), Tiago (Metralhas), Anjix (U.Leiria) e por fim, eu (SLB) e o Mendes (SLB) para meter a malta na LINHA (risos). GRIP: O Sven? O Toni? Ninguém dos Azimut? Hugo: Há excelentes jogadores neste momento e qualquer um dos que joga nas quatros melhores equipas em Div. 1 poderia jogar por Portugal. GRIP: Sim, mas o Sven e o Toni não têm lugar? Hugo: A meu ver, são muito altos, o que os torna lentos e dificulta acabarem pontos na cobra e resolver jogos. Quem tiravas dos 10 que escolhi? O Sven joga nas bases, o Toni também,

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“O Tito.... Eu são bons bases para ficar na troca de tiros, mas são muito estáticos, e no Millennium se não atacas perdes sem saber porquê. Preciso de bases como o Miguel Franco, rápidos e que saibam atacar. GRIP: Sendo sincero, eu tirava o Teles e o Tito. Apesar do Tito jogar nos Metralhas e saber que tem tudo para ser o melhor, este ano anda a arrastar uma lesão e não tem chegado a metade da forma que já nos habituou.


O Teles foi o jogador que mais me surpreendeu pela capacidade de liderar, organizar e ficar vivo para acabar os jogos. Faz-me lembrar o Humberto, muito inteligente e com excelente leitura de jogo e sabe atacar muito bem, quer pela cobra, onde jogava no Beira-mar, quer até pelas chamuças. É um excelente jogador para o B e para ir depois terminar jogos. Acredita em mim, para mim ele e o Franco neste momento são os melhores jogadores do Benfica. Com esses 10 daríamos uma excelente imagem.

punha-o a render 200%” Hugo: O Tito… Eu punha-o a render 200%. Vejo-o jogar e sei o que é preciso dizer-lhe para ele ficar um fora de série. GRIP: Já agora, podes adiantar qual seria o 5 titular? Hugo: Claro que sim: Miguel Franco na Cobra, Nuno “Ossos” na base da Cobra, Teles na distribuição, o Tiago nas chamuças (ou o Anjix — o que estivesse melhor nessa prova) e o Tiago Batista na Base das chamuças.

GRIP: Que qualidades técnicas e psicológicas tem de ter um campeão? Hugo: Essa é uma boa pergunta. Na minha opinião, no paintball actual, cada vez mais a vertente física tem vindo ao de cima, mas a experiência e inteligência têm talvez um papel tão ou mais importante. Passo a explicar: se olhares tecnicamente para as 4 melhores equipas do mundo ou da Europa ou mesmo de Portugal, vês jogadores fenomenais em que todos eles estão ao mesmo nível e todos sabem fazer pré, todos têm um excelente snapshooting, todos disparam há esquerda e direita, correm e disparam, fazem todos o mesmo, com uma margem de diferença, de uns para os outros, de 5% a 10%. Com diferenças pequenas a esse nível, onde podemos efectivamente desnivelar? É no factor experiência/força psicológica, é com isso que ganhamos ou perdemos.

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“Com Eu sei que, por exemplo, já não estou no expoente das minhas capacidades físicas, como quando tinha 27 ou 28 anos. Hoje, com 36 e a barriga do Panda do Kung Fu, como diz o meu filho, tenho de me socorrer de outros factores para continuar a ganhar. Eu olho e sei que não sou tão rápido como o Miguel Franco, ou tão bonito a jogar tecnicamente, mas se me perguntares se sou melhor ou pior que ele, digo que estou cá para lhe fazer a vida negra e vencê-lo se ele vacilar. Meto em campo a experiência que acumulei ao longo dos anos, e como há pouco mencionaste, sou um jogador com uma muito boa capacidade para lidar com a pressão, vivi sempre a ganhar e habitueime a isso. Ele ainda está num processo de evolução e por vezes essa diferença é muito maior do que a física ou técnica. GRIP: E o futuro, Hugo? Vais continuar

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a jogar? Com os Dragons? Vais treinar alguma equipa? Hugo: Eu nunca fui nem serei pedra no sapato de ninguém... O ano passado alguns elementos da minha ex-equipa (SLB), disseram que estava na altura de sair e deixar os mais novos mostrar que também ganhavam e sabiam tomar conta do barco, eu assim o fiz... Era para me retirar do paintball de vez como fez o Tiago Coelho, mas após algumas provas em que joguei por brincadeira, para ajudar os Dragons, o Hugo (Capitão dos Dragon Legion) convidou-me a fazer parte da equipa para os ajudar a subir à Div 1.

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GRIP: Então é para continuar? Se te pedissem para voltar ao Benfica, voltavas? Hugo: Graças à minha personal trainer e fisioterapeuta Aninhas (risos), sinto-me

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m 36 e a barriga do Panda

do Kung Fu, tenho de me

correr de outros factores

para continuar a ganhar.” melhor fisicamente do que me sentia o ano passado, em que andei de rastos. Por isso enquanto houver vontade por parte dos Dragons e eu me sentir em condições para ser útil, vou continuar a jogar. Aliás quando penso como será a minha vida sem o paintball, não me vejo feliz. Depois, quando não puder jogar mais, sei que vou de certeza treinar alguém que queira ser bom e ganhar. GRIP: Ainda não me respondeste: se te pedissem para voltar ao Benfica, regressavas? Hugo: Nunca vou dizer que não ao Benfica, mas sou um homem de palavra

e teria sempre de falar com o meu grande amigo Hugo. Hoje olho e tenho uma família nova, não imaginas o sentimento que sinto pelos DRAGON. O Hugo tem sido mais do que um irmão para mim: conheci-os numa fase muito complicada da minha vida e eles foram os principais alicerces para eu ter dado a volta por cima. Hoje vivo os momentos mais felizes da minha vida em todos os capítulos e eles estão do meu lado, e sempre estiveram. O Bruno tem um coração do tamanho do mundo. Como disse, é mais que um irmão, é uma espécie de pai para todos na equipa, sem ele não havia Dragon Legion — e não me estou a referir a dinheiro ou logística. O Fábio é um miúdo espectacular, com um potencial enorme e uma vontade muito grande, assim como o Filipe que é o meu protegido e vou fazer dele um caso sério do paintball Português. Ainda temos o Inácio

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que é fantástico em tudo, outro elemento que, apesar de pouco ou nada jogar, é mais um dos que dá 200% pela equipa. O Tiago Batista está a fazer a melhor época desde que o conheço há cerca de 8 anos e é um valor seguro do paintball nacional, faltavalhe afirmar-se definitivamente. Depois temos o Pequeno que andou um pouco

afastado devido a problemas pessoais, mas que também é importante para a equipa. Claro que o Benfica são os meus miúdos, sempre e para sempre, nunca posso falhar para com o “Ossos”, o Mendes, o Gus, o Pires ou o Miguel, nunca vão ouvir um não da minha boca, mas agora também me sinto em casa nos Dragon Legion. Acho que estou bem onde estou, assim como o Benfica está bem sem mim, tudo tem um ciclo. GRIP: Muitas vezes, quando vejo jogadores a dizer que adoram paintball, falo sempre num jogador português que até vendeu o carro para ir aos EUA… Hugo: (risos) Eu não vendi o carro para ir aos EUA, foi para comprar uma Angel Eclipse e foi bem antes de ir para os Dynasty. GRIP: Falando dos EUA, como surgiu essa oportunidade? Hugo: Em 2001 houve uma prova do Millennium em Lisboa, jogou-se X-BALL pela primeira vez na EUROPA e em selecções. Saiunos a fava, tivemos de jogar contra a Rússia, sabendo que o vencedor desse jogo ia jogar contra os EUA. Imagina-me com 27 anos,

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excitado por ir jogar por Portugal: convidei a minha família quase toda para ir ver o jogo. Acontece que os russos, como máquinas que são, andaram a treinar X-Ball durante três meses antes da prova, nós nem sabíamos como a coisa funcionava… Resultado: fomos sovados 161... à frente de todo o mundo. Eu já desesperado, a partir dos 6-0, fazia de tudo, ia para a cobra de arranque, para os 40 dos Russian Legion, X de arranque, fiz de tudo para marcar um ponto aos russos, cheguei a tirar três e quatro russos por ponto, mas perdíamos. Até que numa das minhas mil invenções matei três e dumpei o último, ficou o Mendes vivo e ganhamos 1 ponto. No fim do jogo estava pior do que uma barata. Nisto passam o Oliver Lang, o Rodney Squires, o Ryan Greenspan e o Alex Fraige e dizem: «parabéns Hugo, grande jogo», ao que eu respondo com um sonoro «FUCK YOU GUYS… I just got smashed/humiliated in front of my family and you guys are still fucking with me, fuck you all». O Oliver aproxima-se de mim e diz-me, «Hugo, a sério, parabéns, jogaste muito bem, nunca vimos uma vontade do tamanho da tua, tens um coração enorme e uma força interior fantástica», e quando o melhor jogador do mundo te diz isto tu páras e escutas.

precisam de um jogador com essas características na equipa, rápido para ir logo para os 50 no inicio do jogo e marcar gajos. Na prova seguinte do Millennium, o Rodney e o Oliver chamaram-me a tenda da WDP/ANGEL no VIP spot HEAVEN, local onde só a

“Vendi o carro para

comprar uma Angel Eclipse”

GRIP: Impressionante… Hugo: Nisto, o Rodney comenta que

crème de la crème acedia antigamente no Millennium. Mal entro, vejo uns quantos fotógrafos da PGI, FACEFULL, etc., e o resto da equipa dos DYNASTY com uma camisola que tinha o meu nome… Nem queria acreditar. Foi o concretizar de um sonho. GRIP: O que aprendeste com eles, quais foram os grandes ensinamentos? Hugo: A minha grande escola foi os DYNASTY, os Concelhos do Oliver Lang e do Humberto, tudo aquilo que eu sei aprendi com eles. Se achas que eu motivo os que estão à minha volta, nem imaginas do que o Lang é capaz de fazer. Aliás, eu limito-me a tentar imitar o que ele fazia. Ele olhava para mim e dizia-me, olhos nos olhos, «Hugo, és um fenómeno, nasceste no país errado. Se jogasses tantas provas como eu jogo e treinasses tanto tempo como nós treinamos, tu é que eras o Melhor do Mundo, e não eu». Aquilo dito a um jogador que jogava paintball há ano e

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meio… Eu entrava em campo com uma moral que achava que só de olhar para os adversários eles já tinham perdido. GRIP: Isso também acarretou sacrifícios, suponho? Hugo: Eu é que sei os sacrifícios que fiz para chegar onde cheguei, aprendi que não há impossíveis. A vontade e o querer movem montanhas, o querer ganhar mais do que os outros e ter mais força interior. Tenho uma vontade do tamanho do mundo e isso foi algo que o Oliver até usou para incentivar os outros. Ele dizia: «malta, olhem para o Hugo que entrou agora, já tem 27 anos e o que ele conseguiu em 2 anos... Will is power and heart wins games, heart is what wins games». Posso dizer-te que treinava quase todos os dias, ia sozinho para o campo treinar pre bunking, snapShooting, quando chegava ao campo do Paulo Nave do Portugal Aventura, as borboletas até fugiam (risos). GRIP: London Nexus, onde eu presenciei alguns jogos. Acho que foi a altura onde te vi a jogar mais feliz… Hugo: Depois de um ano a jogar CPL pelos XSV, acabamos a época em 6 lugar se não me engano, o que para uma equipa que veio de DIV2 foi assombroso. Na última prova fui abordado pelo Jamie Abbott, capitão de equipa dos Nexus e Irmão do Jeff Abbott, dono da Dye Europe. Os Nexus nesse ano

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eram de um senhor que se chama Pete Robbo Robinson, mas ele entrou em choque com os atletas da equipa e vendeu-a à Dye. Que por sua vez, queria ter uma equipa-bandeira da empresa na Europa, como tinha os Ironmen nos Estados Unidos. Lembro que em 2007 estávamos na altura das vacas gordas no paintball, e fiz talvez um dos melhores contratos que já alguma vez houve no paintball europeu. Para teres uma ideia, ganhava mais que o Mikko Huttunen e que Brandon Short dos Ironmen. No nosso

primeiro ano, o objectivo pedido pelo Dave YoungBlood era classificarmo-nos para jogar SUNDAY CLUB (domingo) e ficarmos entre as oito melhores equipas. No segundo ano, a meta era jogarmos para estarmos entre as quatro melhores equipas, e no terceiro ano era lutarmos para sermos campeões europeus. Foi assim que, num jantar na Califórnia, em San Diego, assinei mais uma vez um contrato profissional de paintball. Como nós até éramos um pouco acima da média, conseguimos logo no primeiro ano ficar em terceiro lugar da geral, atrás somente dos Super All American e de uns imensos Joy Division. No ano a seguir, o paintball entrou em recessão, assim como a economia mundial e houve imensos cortes. Tive a sorte de o Dave Youngblood ser meu amigo e um homem de palavra, cumpriu o contrato na íntegra, mas com a condição de eu subir novamente o Benfica para CPL. No ano em que estou no Benfica para subirmos novamente a divisão máxima do Campeonato da Europa, os Nexus nem às finais foram nas primeiras três provas. GRIP: No Hugo, no finals? Hugo: (risos) Nessa altura, recebi dois ou três e-mails do Jeff Abbott, completamente enraivecido… Dizia que a culpa era minha, que não devia ter regressado ao Benfica e que eu é que mantinha a equipa unida e era um líder.

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GRIP: Mas foste feliz nos Nexus? Hugo: Nos Nexus já não era nenhum menino, tinha 32 anos e era um homem feito, mas é verdade que naquela equipa tudo aparecia feito, era impressionante, tínhamos tudo e mais um par de botas. Talvez, por isso, me visses sempre bem-disposto. GRIP: Agora, vamos falar do teu feitio? Hugo: (risos) Ups! GRIP: O nervo e a vontade fazem sentido no jogador/líder; no entanto, noto que fora das redes extravasas e chegas ao ponto de quase desistir. A minha questão é: fora das redes, o Hugo é prejudicial ou não? Hugo: Aí, olho para ti como um exemplo a seguir e juro-te que tento mas não consigo. E eu sempre fui de chamar os bois pelos nomes, por isso doa a quem doer vou sempre apontar dedos e chamar pelo nome ao jogador que falha. Achas normal estares a ganhar numa final 3-2, faltarem 15 segundos para acabar o jogo, mandares trancar o campo e ninguém atacar e fazerem exactamente o contrário?

“O Fraige ou o Lang quando estão a perder e jogas mal

GRIP: Não será o teu amor pelo jogo e pela equipa que te cega as vezes? Hugo: Sempre soube lidar com os gritos, se é a isso que te referes. Ou achas que o Fraige ou o Oliver (Lang)

desfazem-te até à morte e não há cá desculpas...” quando estão a perder e jogas mal vão-te falar ao ouvido e dar palmadas nas costas? GRIP: Suponho que não… Hugo: Desfazem-te até à morte e não há cá desculpas… Mas aprendes e cresces como homem e como jogador. ∞

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Texto: Ricardo Campos Fotografia: PhotoPaintball


Rita Lum Incendeia Paintball

A primeira Miss GRIP foi uma das mulheres mais bonitas que passou este ano pelo paintball nacional. Os jogadores fizeram fila na Malveira da Serra só por causa dela‌ miss grip

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IDADE

22 anos PROFISSÃO Estudante de gestão turística COMO APARECESTE NO PAINTBALL? Comecei a trabalhar com a federação de paintball...ocasionalmente. QUAL É A COISA QUE MAIS GOSTAS NUM JOGADOR DE PAINTBALL? Gosto da ferocidade e nervosismo antes de um jogo. O QUE É QUE TE SEDUZ NO PAINTBALL? O jogo em si e todo o seu colorido. E O QUE É QUE TE SEDUZ MENOS? A Linguagem dos jogadores... COMO FOI A SESSAO FOTOGRÁFICA COM A PHOTOPAINTBALL? Foi óptima, os fotógrafos deixaram-me sempre muito à vontade, adorei!

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Tomah a w New Da k wn Texto: A

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Estivem sobrev os i e às la vemos ao ca lá, de lo O a n iv ersário iras gigante r s. da Pai n tugal foi um sucess o.

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A Paintugal celebrou no dia 8 de Outubro o seu 7º aniversário, com um Mega Evento Europeu de Paintball, no Campo Militar de Santa Margarida. Organizado anualmente desde 2004, começou como um evento de Paintball Recreativo que captou desde logo jogadores de todo o país. Com o acréscimo de qualidade e número de participantes, em 2007 esta associação internacionalizou o seu aniversário passando a fazer parte do circuito europeu de grandes eventos de paintball, onde já é uma referência. Mais de 500 participantes, representando 67 equipas de norte a sul de Portugal, uma comitiva espanhola, inglesa e americana puderam usufruir do melhor que se faz em Paintball Recreativo na Península Ibérica, com múltiplas actividades, lojas e parcerias que rechearam o evento, tornando-o inédito. As equipas dispunham de vários edifícios equipados com mesas para a sua logística, sombra para protecção do calor, que já se fazia sentir pela manhã, várias unidades de casas de banho e duches. De todas as actividades extra, de salientar a acção de formação de CQB (Combate Urbano), na qual os participantes usufruíram dos ensinamentos de um Sargento do Exército dos Estados Unidos da América. A meio da manhã, no centro da zona de jogadores, o stand de catering era o centro

das atenções com as iguarias servidas, e o porco no espeto em preparação. A zona de lojas estava repleta de produtos e novidades, destacando os camiões TIR e roadshow da Tomahawk, bem como o stand da Jogos com Tinta, Emboscada, Ponto Aventura e D’maker. Estreou-se o novo marcador da Planet Eclipse “ Etha”, que não tendo sido lançado no mercado, foi testado por 5 jogadores do Bando de Irmãos Paintball

Mais de 500 participantes, representando 67 equipas de norte a sul de Portugal

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Clube, e visto por todos os presentes no stand da Planet Eclipse. Adicionando valor e qualidade ao evento, é de salientar algumas entidades parceiras como: Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, Instituto Português do Desporto, Instituto Português da Juventude, Recrutamento do Exercito, Rádio Super FM, El Corte Inglês, PhotoPaintball, e Federação Portuguesa de Airsoft APD, entre muitos outros. Como é apanágio de todos os jogos organizados pela Paintugal, os altos níveis de segurança são considerados um dos pilares desta Associação. Foram verificadas as centenas de botijas de ar comprimido presentes no evento, onde algumas foram “chumbadas”, mesmo com vários avisos da organização nas


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semanas que antecederam o evento. Centenas de testes de radar obrigatórios foram feitos aos jogadores, na entrada de jogo e aleatoriamente em campo, para evitar incumprimentos das regras de jogo. Zonas bem delimitadas com rede de segurança asseguravam a transição de zona de jogadores para zona de jogo, onde todos teriam de colocar a máscara ou manter o tapa-canos. Fora um ou outro aviso aos mais esquecidos, foi uma prova de grande civismo de todos os presentes. Com o aproximar da hora de início de jogo, aumentava a espectativa, os jogadores ultimavam os preparativos para a grande batalha e os capitães de equipa reuniam com os seus

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generais para receberem as missões e objectivos da sua facção. Ao optar por realizar o jogo num local tão original, a Paintugal procurou ter um terreno de jogo que permitiu um evento mais complexo, onde a dificuldade do cenário elevou o grau de exigência para os participantes. Às 12h em ponto, começou o jogo principal de 4 horas com o mais alto nível de inovação, em consonância com os objectivos da Big Game Alliance Europeia, a união dos maiores organizadores dos melhores eventos de Paintball na Europa, com parceiros no Reino Unido e França. Nos mais de 20 hectares de terreno montanhoso e difícil, conforme o tema


de jogo, a operação New Dawn do Afeganistão, aguardavam 3 aldeias que pontuavam pela sua posse ao minuto, 2 hospitais fixos e 3 conquistáveis, reforçados por 2 hospitais móveis 4x4 que forneciam apoio extra aos jogadores. Adicionalmente as missões secretas, inserção de forças especiais, objectivos rotativos que obrigavam a conquistar terreno específico para pontuarem e a base avançada móvel, que para além de ser um elemento logístico das facções, era pontuável por posição em coordenadas GPS. Com a aproximação de procedimentos e elementos de jogo da Big Game Alliance, a Paintugal

estreou a nova contagem de eliminados para efeitos de pontuação, a usar em 2012 nos vários parceiros, por meio de contadores digitais e fórmulas matemáticas que limitam a sua influência exagerada na pontuação final. Com o início de jogo, ambas as equipas esforçaram-se por conseguir cumprir os objectivos delineados com os poucos jogadores que estavam efectivamente preparados em campo, sendo com algum espanto que os Talibans conquistaram a aldeia de Shorshork, em pleno território da facção Aliada. Do outro lado do campo, Nawa era conquistada pela Facção aliada aos Talibans mas por pouco tempo face aos

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números de jogadores que continuavam a entrar em campo. A aldeia central Marjah, foi facilmente conquistada pelos Talibans, até ao final de jogo A estratégia arriscada dos Aliados relativamente à Base Avançada Móvel (BAM), tirou os seus proveitos ao coloca-la em território inimigo, bem camuflada, conquistando mais pontos que a facção adversária. Com o aproximar das 2 horas de jogo os Talibans conseguiram abrir o cofre que continha a missão secreta e executa-la sem problemas, tarefa que os Aliados não conseguiram executar. O facto de num dado momento do jogo dominarem por completo as 3 aldeias, permitiu aos Talibans executar a missão de recarregar os guerreiros Talibans com o “cache de armas”, aldeia por aldeia. Os Aliados conseguiram colocar o “agente da CIA” em apenas uma aldeia. Às 14h, metade do jogo já tinha decorrido e era altura de trocar as entradas das equipas, remexendo todo o jogo, ao permitir que grandes números de aliados entrassem em terreno Taliban e vice-versa. Mais uma característica dos jogos Europeus da BGA. Com os hospitais móveis 4x4 a terem muito trabalho do início ao fim do jogo a recuperar jogadores para campo, e somando as restantes eliminações dos vários hospitais fixos, no final

do jogo concluímos que os Talibans eliminaram mais jogadores Aliados, embora com uma pequena margem. O controlo da maioria das cidades, confirmou a facção Taliban como vencedora, terminando o evento com 4611 pontos, e os Aliados com 2125 pontos. No final do evento, foram entregues os troféus às várias equipas que participaram no torneio Desafio Paintugal 2011, e seguiu-se o esperado sorteio de 3500€ em prémios, oferecidos

Foram verificadas centenas

de botijas de ar comprimido. Algumas foram chumbadas pelos patrocinadores do evento. Para fechar este grande dia, os Generais puderam atribuir os troféus de melhor equipa e equipa fair-play, com discursos de agradecimento a todos os presentes e à organização. No dia seguinte foram realizadas várias actividades por intermédio com a Ponto Aventura, com canoagem e visita ao Castelo de Almourol, fechando com um almoço convívio. Adicionalmente, no âmbito da iniciativa de Responsabilidade Social da Paintugal: “Jogamos Diferente”, foram recolhidos os donativos de bens alimentares, artigos de roupa e calçado dos jogadores, para doar à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Constância. ∞

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Mapa de jogo “A DIFICULDADE DO CENÁRIO ELEVOU O GRAU DE EXIGÊNCIA PARA OS PARTICIPANTES”

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Rescaldo GENERAL ALIADO LUÍS OLIVEIRA - EQUIPA FORÇA PSI Quanto à estratégia utilizada posso explicar que se pretendia dividir a facção aliada em 5 companhias, sendo dados pontos específicos a 4 delas e a restante iria servir de reforço sempre que fosse necessário. Infelizmente não foi possível pôr em prática o plano traçado pois apenas uma das companhias se podia dizer que estava constituída quando foi dado o início do jogo. Nestes pontos atribuídos inicialmente pretendia-se controlar duas das três cidades existentes,

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impedindo a facção Talibã de concluir a missão secreta, impedindo que o FOB pontuasse e atacasse a cache de armas, ao mesmo tempo que se assegurava o hospital “central” com a Companhia de reserva, que nunca se chegou a formar. Tudo isto seria para concretizar nas duas primeiras horas de jogo, tendo ficado acordado com os restantes comandantes de Companhia que as 2 restantes horas seriam planeadas de acordo com o evoluir do próprio jogo. ∞


GENERAL TALIBAN RUI FERNANDES - EQUIPA NÚCLEO DOS DUROS A preparação começou várias semanas antes com troca de e-mails e encontros pessoais com membros mais experientes das diferentes equipas, para que em conjunto definíssemos os princípios estratégicos e a manobra táctica da equipa ao longo do tempo de jogo. A alguns deles caberiam tarefas especiais, como a missão secreta ou a navegação até Marjah, o objectivo charneira da nossa estratégia. Ao contrário de uma estrutura militar em que a coerência é mantida pela cadeia hierárquica, num jogo de Paintball ninguém manda em ninguém, as únicas pessoas pelas quais estás disposto a derramar suor, são aqueles a quem sentes comprometimento. Sabia que no campo a voz do João Ramalho (Thor) faria a sua parte, faltava eu fazer a minha. Procurei as equipas uma a uma, sabia que os espanhóis muito numerosos na minha facção eram decisivos mas após conversarmos todos prometeram que seria até à última bola. Quanto ao jogo, o início foi trágico, mas como os pilares estavam sólidos, pouco tempo depois o nosso domínio era total, e duradouro. Da zona de segurança informavam-me que os vermelhos estavam a dominar as minis e bifanas e no campo o grande inimigo era agora a solidão nalguns pontos,

e as patetices noutros. Com calma resolveram-se uns e outros. No fim procurei todos os meus, apertei a mão a todos quantos encontrei, e daqui faço a vénia que vocês merecem. ∞

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Que C

Texto: André Faria Fotografia: André Faria


7 horas de jogo, 200 hectares, 97 equipas, 1500 jogadores, 12 milhões de bolas. Estes são os números do maior evento de paintball europeu. A GRIP esteve no North V. South e conta-te tudo

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de todo o Reino Unido, da Noruega, Holanda, Suécia e Portugal, um número crescente, que coincide com o aumento de actividades e abertura a outros desportos, como o LazerTag e Airsoft. Com condições acima da média, cada jogador pode acampar no local e desfrutar de uma zona de lojas muito recheada com as seguintes marcas: Tippmann, Dye, Angel, Empire, Eclipse, Enola Gaye, Pyromad, Vanguard, e as lojas Warped Paintball, Custom PB, JD Airsoft, Just Paintball, Land Warrior Airsoft, Kartel Prime, Lips Paintball, We are Paintball, Xsite Airsoft, Airsoft Skirmish e BZ Paintball.

Random Photography

O maior evento de paintball recreativo europeu, realiza-se em Inglaterra todos os anos no primeiro fim-de-semana de Maio, sob a forma de um festival, que concede aos jogadores 3 dias repletos de actividades, surpresas, animação e claro… muito e bom paintball. De 29 de Abril a 1 de Maio, o campo de treino militar de Swynnerton, acolheu o 9º Festival de Paintball da Warped, o 1º evento de 2011 da Big Game Alliance, a aliança dos maiores organizadores de eventos europeus. Este festival somou mais de 1500 jogadores, com 97 equipas

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Para além do hospital de campanha, w.c’s, alojamentos em Bunker, mesas na zona de jogadores e vários serviços de catering, o jogador poderia participar no Big Game de Airsoft, jogos de LaserTag, cursos de CQB, simulador de tiro DCCT, mini jogos de Paintball e Airsoft, duelos de Tippmann TPX, tiro ao alvo, apresentação de marcadores, airball na MegaArena, Escalada, entre outros. Com um apertado controlo de entradas, circulação de veículos e estacionamento dentro da base militar, com uma fantástica coordenação entre as várias actividades a decorrer e a divulgação das mesmas durante todo o fim-de-semana, fazem deste evento uma experiência quase surreal, tal é a qualidade e o empenho da “Família Warped”. O principal evento dentro deste festival é o jogo de paintball de 7 horas, que aposta todos os anos na inovação, e que colocou no campo de mais de 200 Hectares, 7 hospitais conquistáveis, 6 edifícios pontuáveis e 6 jóias, 3 no lado da facção do Norte e 3 no lado da facção do Sul. Estas podiam ser roubadas e fechadas nos edifícios de pontuação mas não poderiam sair mais dali, pelo que a sua defesa era uma prioridade. As entradas das equipas, alternadas de 90 em 90 minutos, não permitindo uma linha de jogadores entre norte e sul (que estagnava o jogo), criavam uma dinâmica rotativa

e um jogo alucinante. Adicionalmente, existiu a inserção de forças especiais em carrinhas e um serviço de transporte em redor de todo o campo, para poupar pernas aos jogadores. Por fim, um elemento fixo nos jogos da Warped é a contagem dos eliminados para efeitos de pontuação o que traz sempre surpresas na altura das contagens finais. Ao fim de 7 horas de muito paintball e mais de 12 Milhões de bolas gastas em campo, era altura de contabilizar o esforço de ambas as facções, o Norte e o Sul:

WARPED NORTH V SOUTH BIG GAME FESTIVAL (OFFICIAL) - First grab points - 3 jóias @ 150 points = 450 North; 450 South - Jewel Scoring points - 3 horas North; 7 horas South @ 150 por hora = 450 Norte; 1050 Sul - Eliminações: North 4530; South 3560 Pontuação total = NORTH 5430; SOUTH 5060

A vitória sorriu ao Norte, apesar de no jogo o Sul ter feito mais pontos, mas a contagem de eliminados assim o ditou. Parabéns a ambas pelo esforço e dinâmica, e à Organização da Warped, que juntos realizaram mais que um festival, um hino ao desporto! ∞

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Mapa de jogo

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Relatórios GENERAL SUL

GENERAL NORTE

Nome: Jamie Powell Equipa: Apocalypse

Nome: Dave “TAZ” Bradley Equipa: TAZBALL

Podemos não ter ganho o troféu mas a minha equipa considera-se vitoriosa. Enxotámos com o Norte o dia inteiro fazendo com que os nossos jogadores ficassem muito felizes. A quantidade de feedback positivo recebido de ambos os lados faz-nos sentir recompensados por todo o trabalho que tivemos. Ver o Norte tão chocado pela sua vitória diz praticamente tudo, parece que houve algo errado mas não há onde colocar o dedo na ferida. No próximo ano se continuarmos com trabalho árduo e união certamente o troféu será nosso. Se para o ano serei novamente General? Claro que sim, se o pessoal assim quiser, cá estarei! Mas terei de comprar imensa cerveja para os Capitães de campo.

O jogo começou bem com os nossos grupos chave a conseguirem apanhar de imediato 3 jóias e os dois grupos principais a conseguirem segurar as linhas centrais da área de jogo e a controlar os hospitais. O ponto de reviravolta foi o Cofre do Banco com o seu hospital que foi lentamente cercado pelas forças do Sul e eventualmente capturado. O Sul dominou três quartos do dia, mas o Norte continuou a matar jogadores e às três da tarde já tinha três quartos do campo. Conseguimos manter e esconder algumas jóias e uma peça foi roubada, um erro crasso. Os esquadrões do Norte continuaram a pressionar, sem grande sucesso, numa tentativa de localizar as jóias. No final pensávamos que o Sul tinha ganho…

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Jim Frensham falou da sua história enquanto organizador, das suas responsabilidades e expectativas para o próximo ano. GRIP: Há quanto tempo já fazes este festival de paintball? Jim Frensham: A Warped começou o Norte versus Sul em 1992, numa altura em que este tipo de jogo não existia. Após alguns anos a tentar perceber o que este jogo devia implicar, e a não conseguir passar dos 300 jogadores decidimos que na altura não conseguíamos arranjar maneira de criar algo maior. Em 2000 os torneios desenvolveram-se, indo para as arenas de supairball e hyperball. Sentimos que isto deixou um vazio naqueles que preferiam jogar em ambientes de mato ou urbanos. Com isto decidimos ressuscitar o Norte e Sul e em 2002 adicionámos pela primeira vez a frase “Big Game” a este evento e ao mesmo tempo introduzimos tipos de jogos específicos ao formato: Ataques aéreos, inserção de tropas, médicos. GRIP: Como tem sido o crescimento, em número de jogadores, nos últimos anos? JF: Temos reparado num crescimento anual na ordem dos 10% a 15% nos últimos 8 anos. Este ano tivemos cerca de 1500 jogadores e esperamos ter mais de 1700 em 2012.

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GRIP: Que novidades estão a ser preparadas para 2012? JF: MAIS jogos, MAIS actividades, MAIS pessoas, MAIS diversão! Este ano usámos pela primeira vez o novo veículo Big Game FM Roadshow. Agora com zonas de indoor, outdoor e zona de festas planeamos expandir nos aspectos do entretenimento e da música. Planeamos ainda continuar a desenvolver a quantidade de actividades relacionadas com jogos de combate. Este ano o simulador de combate do exército, os jogos laser, escalada, aulas de CQB e mini-jogos tiveram uma grande participação. GRIP: Quanto tempo demora a montar um evento desta envergadura? JF: É o meu emprego a tempo inteiro na Warped quase todo o ano, e nos últimos dois meses ocupa tudo e todos na Warped. Já estou a encontrar-me regularmente com Oficiais do Exército e os planos estão bem encaminhados para 2012. ∞


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LUXE A GRIP analisou, testou e jogou com o que é considerado o melhor marcador de todos os tempos.

A Luxe não é um marcador qualquer. Como o seu próprio nome indica a Luxe é provavelmente um luxo para as mãos de qualquer jogador. Darryl Trent, o director de tecnologia da DLX disse: “Nós sabíamos que para fazer um produto que pudesse atingir o nível seguinte

teríamos de ter uma nova abordagem. Desta forma redefinimos tudo que estivesse envolvido com o marcador desde o conceito ao design, passando pela construção, ao modo como o marcador chega ao cliente final e acima de tudo

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como tratar o jogador após a compra do marcador.” Esta ideia criou sem dúvida alguma um dos melhores, senão o melhor marcador existente no mercado. Desde início foram pedidas opiniões a jogadores profissionais para que pudessem dizer o que achavam que devia ser melhorado em relação a todos os outros marcadores no mercado. Foram adicionas características como velocidade, consistência, pontaria e um estilo mais compacto. A principal mudança deve-se à velocidade de manutenção e facilidade de configuração. No extremo oposto todos os elementos removidos não fazem sentir a sua falta.

áudio que avisa o jogador enquanto ele altera as suas definições. A placa é provavelmente a melhor que já analisámos. Dentro do punho encontra-se um joystick que permite percorrer todas as funções presentes ao mesmo tempo que vai recebendo um feedback áudio. Estão presentes todos os modos de torneio existentes. A luxe ainda fala 5 línguas: Inglês, Espanhol, Francês, Alemão e Russo. Quando ligamos a Luxe através de um pequeno botão na parte de trás do punho, somos brindados com uma voz atractiva dizendo ao utilizador quanta bateria resta e qual o modo de disparo activo.

Da mesma maneira que todos os produtos de luxo devem ser construídos, a Luxe é feita à mão, sendo posteriormente testada e ajustada uma a uma por técnicos certificados na DLX Tecnology. Este técnico tem obrigatoriamente de ser um jogador experiente com o conhecimento suficiente para sentir que o marcador se encontra no seu mais alto rendimento. Provavelmente a característica mais notória neste marcador é a substituição de apitos e códigos de luzes, que obrigavam a estudos extensivos de manuais, por um sistema de LED e

O método de sistema de ar integrado é outra vantagem do marcador. Já foi utilizado noutros marcadores, sem grande sucesso, mas continuamos a achar que é uma mais-valia. O ar comprimido entra directamente pelo punho, passando pelo corpo do marcador e indo ter ao regulador, em vez do método tradicional. É sem dúvida muito mais elegante e menos uma coisa com que temos que nos chatear. Fica a pergunta no ar: Porque é que existem tantos marcadores a insistir numa coisa tão óbvia? A Luxe é um marcador “spool

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valve”. Também aqui foi pensado ao pormenor. Todo o mecanismo de disparo é feito por 3 partes, que podem ser removidas, limpas e lubrificadas em poucos segundos. Tal como a maioria dos marcadores

spool valve, como por exemplo é o caso da Shocker, este marcador funciona a 190 psi. Na continuação da busca do marcador perfeito, a DLX tentou que o jogador não tivesse que usar ferramentas para tudo e mais alguma

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coisa. Neste sentido, e pela primeira vez num marcador, a cobertura dos olhos do marcador é magnética, o que permite aceder aos mesmos de uma maneira fácil e rápida. O marcador tem ainda um sistema de olhos laser que permite detectar bola no marcador que funciona a 630nm. Como já reparámos nada foi deixado ao acaso. E quando vemos a opção a nível de cano que o marcador trás ficamos mais uma vez convencidos de que este pode ser o melhor marcador do mercado. A acompanhar a Luxe vem um cano da freak com um insert 693. Desta forma nunca será necessário comprar novos kits ou outros canos. Quando recebemos o marcador percebemos que o gatilho estava mais adaptado ao estilo do marcador do que propriamente à sua funcionalidade. Apesar disso achámos que funcionava na perfeição, visto que tem 4 pontos de ajuste que tornam o gatilho


adaptável para qualquer jogador. É muito fácil de activar o modo de ramping e consegue-se mantê-lo sem qualquer esforço. Não existe qualquer movimento lateral no gatilho. Em vez da típica pilha de 9 volts a Luxe vem acompanhada de uma bateria de Lítio recarregável. Permite disparar uma média de vinte e cinco mil tiros e apenas precisa de 40 minutos para ficar carregada na sua totalidade. Apenas o feedback auditivo é que consome alguma bateria, mas nada que nos tire o sono. A Luxe vem acompanhada por um kit de peças extras que inclui: lubrificador, manual, mala para o cano, kit de chaves allen, mini rail, carregador, parafusos, bateria extra e o-rings. Apesar de toda a excelência incluída neste marcador achamos que existem alguns melhoramentos que podem ainda torná-lo melhor. - New Designz Fire Chamber, permite reduzir a pressão de funcionamento reduzindo o kick, e o facto de poder separar

VANTAGENS

· Fácil manutenção · performance não existe macro line · serviço ao cliente · poucas partes amovíveis · fiabilidade DESVANTAGENS

· FSDO (First Shot Drop Off) · eficiência · é um spool valve logo · é caro · consome muito ar facilita a lubrificação. - Bolt assemble with spring, com a inclusão de uma mola consegue-se reduzir drasticamente o FSDO. Existem vários modelos no mercado. - Gatilho violent, é um upgrade mais visual, embora o conforto do gatilho permita melhores candecias em modos de disparo com o semi. ∞

Texto: Duarte Gomes Fotografia: Luxe Paintball

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backstage Aqueles que se escondem atrás das redes também merecem o nosso destaque. A GRIP foi entrevistar o Conselho Técnico do Campeonato Nacional para saber quais são as suas funções e o que poderia melhorar. 1 – Qual é mesmo a tua função enquanto Conselho Técnico (CT) do Campeonato Nacional (CN)? 2 – No que é que os jogadores ou FPP vos podiam ajudar para facilitar o teu trabalho? 3 – Qual a história mais surreal que te aconteceu enquanto CT?

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DUARTE LOPES 1 - A minha função enquanto CT no CN é apoiar os árbitros nas aplicações das regras e na sua avaliação. Faço ainda o elo de ligação entre os jogadores e os árbitros, faço com que se cumpram os horários, trato das refeições dos árbitros, de situações de segurança, do ar e de qualquer situação que apareça, para que a prova se realize dentro da normalidade. 2 - Uma coisa que podiam fazer para facilitar as minhas funções é mesmo alguns jogadores mudarem a sua maneira de estar no paintball, respeitarem mais os árbitros e organização. 3 - Já aconteceram umas quantas e se calhar mais engraçadas, mas vou escolher esta pela gravidade da situação - o desconhecimento das regras por parte dos árbitros. Num jogo de 5Man o tempo de jogo era de 5 minutos e a equipa que estava a arbitrar, acabou o jogo aos 6 minutos e tal. Quando a pessoas que estavam a ver chamaram a atenção, imaginem a complicação que foi? Infelizmente ainda existem equipas que se propõem a arbitrar sem que os seus elementos tenham lido as regras.

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ANDRÉ GAVINO 1 - A minha função como CT na FPP é controlar o tempo e os pontos em cada prova do Campeonato nacional. Uso um megafone para informar os tempos, e uma buzina para arrancar com os jogos. O meu material fundamental é o relógio, este está sempre comigo. Além disso, avalio as equipas de arbitragem para que estas sejam o mais justas possível, tornando assim a competição da prova mais equilibrada. 2 - Muitos dos jogadores nunca leram regras, não sabem quais são as funções das pessoas que estão a cargo da FPP, um pouco mais de informação antes de irem para a prova já tornava as coisas mais fáceis. 3 - Durante os jogos, os jogadores pensam que estou ali para os prejudicar, discutem regularmente comigo, visto que sou a pessoa mais próxima. Acham que engano o relógio, insinuando que sou parcial, mas na verdade teriam de me conhecer melhor para saberem que não vou em cantigas, sou apenas o dono do tempo! Assim de surreal? Nada de especial.

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ANDRÉ GRILO 1 - Oficialmente sou scoreboard do CN, ou seja, marco as pontuações dos jogos e faço as contas para apurar quem passa às finais. Na prática, também ajudo os meus colegas de mesa dos campos, regularizo a situação de jogadores não federados, entrego cartões da federação pendentes, ajudo ao bom funcionamento da prova, etc. 2 – A FPP, no que me influencia, é bastante organizada. Quando chegamos à prova o material necessário está lá sempre, é só usar. Quanto aos jogadores às vezes há alguma falta de organização. 3 – No ano passado numa prova do CN, estava com o colega de mesa de um dos campos, e rebentou uma botija de ar enquanto estava a ser cheia. Provocou uma explosão mesmo ao lado da nossa cara, derretendo a rede de protecção. Por sorte só os ouvidos é que foram afectados momentaneamente. Já o jogador que estava a encher a botija e um colega tiveram que receber tratamento. No final do dia o resultado era só um grande susto e plástico da rede por toda a roupa.

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JOÃO BASTOS 1 - A minha função é dar o início e o fim de cada jogo, ou seja, eu controlo o tempo de jogo. Tenho de registar cada ponto de jogo, registar as penalizações e avaliar a equipa de arbitragem. 2 –Antes de cada jogo, as equipas que vão jogar, têm de preencher a folha de jogo com os nomes dos jogadores e o respectivo número de federado, e isso por vezes é complicado porque existem confusões com os jogadores que se esqueceram dos cartões de federado e não sabem os seus números. A FPP poderia facilitar um bocado se já imprimissem as folhas de jogo com os respectivos jogadores, e números, de cada equipa. 3 – Nunca aconteceu nada de especial. Talvez uma situação em que um jogador me chamou de “palhaço”, por algo que eu nem tenho culpa (cabe à equipa de arbitragem assinalar se foi ponto ou não), que foi eu ter apontado o ponto para a equipa adversária.

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crónica Por Hugo Domingues

A

minha vida foi recheada de conquistas, umas mais mediáticas que outras. As mais conhecidas no nosso meio devem-se aos Dynasty ou aos Nexus, ou mesmo ao meu Benfica. Na área pessoal tenho um filho fantástico que me faz acabar o dia com um sorriso na cara, e isto supera qualquer outra conquista que tenha tido em campo. Sabendo isto, pois muitos não me deixam esquecer, fui desafiado a escrever as minhas opiniões, críticas e desabafos sobre o paintball neste novo projecto dedicado ao paintball nacional. Confesso que no inicio tive mais receio em aceitar do que quando entrei em certos pontos decisivos. Não é de todo a minha zona de conforto, a escrita entenda-se, e deixar escrito em papel o que penso pode ser um caminho duro de percorrer sozinho. Por outro lado é algo que me deixa muito orgulhoso ser considerado alguém capaz de ter uma opinião válida sobre o meio que me dedico há tantos anos. Para quem me conhece, sabe que sou uma pessoa de muitas palavras. Falo pelos cotovelos e digo sempre o que me vem à cabeça. Aqui não vai ser diferente, irei falar dos assuntos mais mediáticos sejam as transferências de mercado nas equipas ou até à crise que estamos a passar. Não pretendo ser cáustico, mas também prometo que não vou deixar de dizer as coisas só porque não é politicamente correcto e melindre alguém. Os assuntos serão sempre relacionados com o panorama português actual, relativamente ao nosso desporto, mesmo que seja além fronteiras. Os outros países são obviamente uma realidade muito forte, mas o meu desejo, e o de todos na GRIP, é fazer evoluir o paintball Português. É a nossa e a vossa realidade. Que venha o ano de 2012 e que este projecto tenha muito sucesso!!!

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AGRADECIMENTOS Domingo Leitão Guilherme Pires Humberto Reis João Grade João “Wasabi” Pedro “Semi” Ricardo Catarino Ricardo Luís

Muito obrigado!

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