GRIP Nº3 - Portuguese Version

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N.潞 03 路 Setembro 路 2012

Fabian Dietz Team Instint entrevista

Veckring cen谩rio

Londres

GEO 3 review

Catarina Reis miss grip

Millennium

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18-39 Millennium

16-17 Perfil

50-57 68-79 Entrevista Ian Trainer

Galeria

índice 08–09 Equipa 10 Editorial

12–13 Destaque

18–39 Millennium

50–57 Entrevista

40–41

58–67 International Paintball Beach Tournament

Londres

Regras Domingos Leitão

Jay Ford

42–45

14–15 Notícias

João Anjos

16–17 Perfil Hidde Feenstra

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índice

Tática 46–47

Técnica Nuno Lourenço

Ian Trainer

68–79 Galeria In real 3D totally now!

80–93 Entrevista

Fabian Dietz - Team Instint


124-131 Dragão Azull

80-93 Entrevista

Fabian Dietz

132-137

116-123

Tippman Challenge UK

Veckring

146-149 Review - GEO 3

94–105 CN

132-137 Cenário

106-115 Miss GRIP

138-141 Cenário

Marco de Canaveses

Catarina Reis

106-115

Tippmann Challenge UK

Normandy D-Day Grécia

Miss grip

150-153 Backstage

116-123 Cenário

142-145 Review Bolas DYE

154-158 Passatempos

124-131 Cenário Entrevista

146-149 Review

160 Agradecimentos

Veckring

Dragão Azull

GEO 3

CRÉDITOS CAPA Foto: Photopaintball

índice

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RICARDO CAMPOS Estar com a máquina em campo é a sua paixão É fotógrafo e respira paintball desde pequenino.

RITA PEREIRA Responsável pela paginação da GRIP. É designer de comunicação.

PEDRO SIMÕES Editor de fotografia da GRIP. Fotojornalista credenciado e conhecido pelo seu mau feitio.

ZANE KJ MA Se não estiv disparar est magia no co A loucura e genialidade numa única

JOÃO ANJOS Vai ser o professor na GRIP. Tácticas, métodos de trabalho e mentalidade de jogo são com ele.

ANDRÉ FARIA O homem do cenário. Se mete camuflados, réplicas de armas e diversão, este homem está lá.

GIL BELFORD Com um nome destes só podia ser tradutor… ou então era dono de uma casa de waffles.

NUNO «OSSO LOURENÇO Um dos melh jogadores po explica-te co e melhorar o desempenho

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equipa


AÑASCO ver a tá a fazer omputador.

DANIEL TEIXEIRA O miúdo da GRIP. Responsável por todas as novidades do mundo da tinta.

HAILEY ADRIENNE A menina bonita do paintball mostra-nos o lado feminino do nosso desporto.

DUARTE GOMES O grande mecânico de serviço. Poucos percebem tanto de marcadores e acessórios de paintball como ele.

DOMINGOS LEITÃO Chefe de campo no Millennium e na Liga Portuguesa. Explica-te o bê-á-bá das regras.

ANDRÉ GOMES Um dos «putos» da equipa. Domina o Inglês e ajuda-nos a traduzir alguns milhares de palavras por edição.

e de design a pessoa.

OS»

hores ortugueses omo treinar o teu o.

RITA RISCADO A nossa «irlandesa» traduz e atura-nos à brava com as nossas dúvidas. Sem ela, vocês não nos entendiam!

equipa

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Propriedade de André Filipe Sobreira Garrido Redacção: Rua General Taborda Nº3 - 1º 1070-137 Lisboa Registo na ERC: Nº 126231 Periodicidade: Trimestral

DIRECTOR André Garrido (mail@grippaintball.com) EDITOR André Garrido (mail@grippaintball.com) MARKETING E PUBLICIDADE Carla Peixoto (carla.peixoto@grippaintball.com)

A GRIP - Paintball Magazine ou André Filipe Sobreira Garrido não são responsáveis pelo conteúdo dos anúncios nem pela exatidão das características e propriedades dos produtos e/ou bens anunciados. A respetiva veracidade e conformidade com a realidade são da integral e exclusiva responsabilidade dos anunciantes e agências ou empresas publicitárias.

INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS POR QUAISQUER MEIOS

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editorial


editorial Por André Garrido Director GRIP

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árias vezes afirmei, nestas e noutras linhas, que um dos grandes objetivos da GRIP seria conhecer novas pessoas e travar novas amizades. Em algum momento da curta existência desta revista me passou pela cabeça que todos nós poderíamos perder uma dessas pessoas. Infelizmente isso aconteceu quando Jay Ford, para mim um dos melhores jogadores ingleses, nos deixou no passado dia 30 de julho. Fica a lembrança de um lutador que poucos gostavam de apanhar do outro lado campo, sendo um dos pilares dos novos Nexus. Foi brutal e arrepiante a união da nossa comunidade em torno desta perda, através de e-mails, mensagens e centenas de posts dedicados ao Jay. Esta nossa tamanha dedicação apenas reflete a excelente pessoa que decidiu partir mais cedo para ir treinando e não nos dar hipótese na hora da nossa chegada. Neste novo número da GRIP ficamos a conhecer Fabian Dietz, uma das caras dos Instinct que muitos dissabores têm causado aos tubarões da maior liga europeia. Ainda em jeito de entrevista, Ian Trainer, um dos mais novos jogadores profissionais, dá-nos a conhecer a visão norte-americana sobre o que se está a passar no nosso continente. Além da já habitual crónica do Millennium de Londres, onde podem a ficar a saber tudo o que se passou na terra da rainha-mãe, podem ficar a conhecer alguns dos mais famosos jogos recreativos europeus, como foi o caso de Veckring, Tippman Challenge UK ou até D-Day na Grécia. Nada estaria completo sem as reviews, desta vez da tão falada bola DYE e da novíssima GEO 3, e obviamente a nossa sexy miss GRIP. Não deixem ainda de participar na maior oferta de prémios realizada pela GRIP até hoje.

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destaque

Fotografia: PhotoPaintball


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Big Game Diamond Conflict

Zenith X2

A empresa californiana Azodin preparase para lançar uma nova versão do seu marcador Zenith. Pouco se sabe sobre o Azodin Zenith X2, assim chamado pela empresa fundada em 2008, tendo sida mostrada apenas uma foto do mesmo. No entanto esperase um preço entre os 200 e os 250 euros sendo considerado por muitos um marcador low cost, muito semelhante a alguns no mercado actual.

Big Game – Diamond Conflict Encontram-se desde dia 4 de Junho abertas as inscrições para o Diamond Conflict da Paintugal. A associação portuguesa comemorará assim o seu 8º aniversário nos dias 29 e 30 de Setembro em Proença-a-Nova. De recordar que este evento está inserido na Big Game Alliance, mais informações: AQUI. Podes ainda ver o vídeo de apresentação: AQUI.

Frank Connel dono da Vanguard A Vanguard mudou de dono passando agora para as mãos de Frank Connel. Frank actual capitão da equipa Avalanche divulgou no seu Facebook que seria o novo dono da empresa e promete alterar muita coisa nos próximos 6 meses. Na página da Vanguard a empresa promete lançar um comunicado oficial confirmando assim o rumor e reafirma que a mesma pretende chegar a um novo nível colocando-se à disponibilidade dos clientes para qualquer esclarecimento via e-mail.

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notícias


Empire Z2

HK Epic Speed Feed

O Empire Z2 Loader SE estará agora disponível em branco. A KEE Action Sports anunciou o lançamento desta nova cor para o seu loader. O loader da Empire tem a capacidade para cerca de 200 bolas e é de fácil manutenção não sendo necessárias quaisquer ferramentas para o desmontar.

MacDev Demo A MacDev tem vindo a lançar cada vez mais opções para a cor dos seus marcadores. Assim sendo e ouvindo a opinião dos seus clientes decidiu

Disponivel para todos os loaders o novo feed da HK Army vem disponível em 6 cores. HK Epic Speed Feed, como é conhecido, é o primeiro feed com protecção para um clima chuvoso contando para tal com uma tampa removível.

Compra da Guerrilla Air lançar 3 novas camos. A água, a selva e os fantasmas foram as fontes de inspiração para as mesmas.

A confirmação dos rumores foi finalmente oficializada relativamente à compra da Guerrilla Air pela Tiberius Arms. A empresa Americana espera assim conseguir mais vendas, angariando mais utilizadores com a integração imediata da linha de produtos da Guerrilla Air.

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Hidde Feenstra A

sua alcunha vem dos tempos de criança quando corria de uma forma estranha. Hidde Feenstra começou a jogar com 13 anos e já passou por diversas equipas como os New Generation, Generation X, Amsterdam Xistence e mais recentemente a sua própria equipa os Ferox. Como muitos dos grandes jogadores de paintball trabalha na indústria, sendo um verdadeiro homem dos sete ofícios. Já esteve em vários

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perfil

torneios internacionais, sendo uma das suas prioridades o Millennium Series, mas frisando que nunca devemos esquecer que devemos sempre nos divertir, pois foi assim que todos começámos. Já conquistou um quarto lugar em SPL mas diz que um dos momentos altos da sua carreira foi quando teve de virar um jogo de 2:0 para 2:3 para ganhar uma lapdance, o prémio desse torneio. Um dos seus sonhos? Ir a um dos eventos da PSP.


NICKNAME Forrest Gump

DATA DE NASCIMENTO 03/02/1987

PROFISSÃO Gerente/Comercial/Vendedor da www.paintballsupplies.nl

COMEÇOU A JOGAR 2000

EQUIPA ACTUAL Ferox Rotterdam

PROVAS INTERNACIONAIS Millennium-Series, Maxs Indoor Masters, Liga Belga, Liga Holandesa, XPSL Germany, Liga Alemã, Snap Shoot Trophy.

PROVAS QUE GANHOU E COM QUE EQUIPAS Alguns torneios locais na Bélgica e na Holanda, a Liga Holandesa em 2008 e 2009 e o quarto lugar em SPL em 2009 em Málaga.

MAIOR REALIZAÇÃO NO PAINTBALL Fazer parte da seleção da Holanda é sem dúvida uma delas! A melhor conquista foi num torneio chamado Shoot Santa e o vencedor ganhava uma lapdance de uma stripper. A dança foi boa até ela enfiar o peito cheio de creme no seu olho!

Texto: André Garrido Fotografia: PhotoPaintball

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lond Longe de tudo realizou-se mais uma prova do circuito do Millennium. A GRIP foi a Basildon e conta-te tudo.

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dres Texto: AndrĂŠ Garrido Fotografia: PhotoPaintball

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Como já tem vindo a ser costume em algumas provas do Millennium Series, o local do evento não corresponde exatamente ao que é apresentado. Afinal de contas, Basildon não é propriamente Londres, pois diferem mais de 50 quilómetros, ou como os nossos amigos Britânicos preferem dizer, 32 milhas. Na verdade esta prova começa exatamente pelas dificuldades que esta grande ilha nos oferece, seja por ter medidas diferentes, uma moeda própria ou aquela que muitos consideram a mais assustadora, todos conduzirem em contramão... Pelo menos foi o que nos

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pareceu nas primeiras horas. Apesar de ser inicialmente estranho e exigir alguma habituação, não é tão difícil quanto parece, sendo apenas impossível saber de que lado se aproximam os carros em qualquer rotunda. Duas dicas que vos podemos adiantar para uma próxima prova que se realize por aquelas bandas: Evitem aterrar perto da hora de ponta e, se puderem, escolham o aeroporto de Stansted, pois é o que se encontra menos distante do local onde se realiza o evento de «Londres». A prova realiza-se em Barleylands, uma quinta pedagógica onde os pais levam as


crianças a conhecer animais e perceber que a razão para esta disposição se deva como é a vida do campo. O espaço é simplesmente ao facto de não ser possível enorme para onde quer que se olhe, seja ter uma bancada ao mesmo nível do cá fora na zona de estacionamento, campo de CPL, como é hábito. que como de costume tinha Aquelas bancadas são sem uma zona para VIP, ou a dúvida um luxo para qualquer Se o fim partir dos portões. E essa é espectador. O sistema é muito do mundo logo a primeira coisa que interessante, baseandoestivesse nos espanta de alguma se num atrelado gigante em causa, forma, pois existindo em que os painéis laterais este seria tanto espaço causa-nos sobem e permitem criar uma o cenário estranheza como é que cobertura para proteger da ideal. se deixa o campo de CPL chuva ou do sol. Uma «pequena» sozinho, relegando o campo da melhoria em relação à situação divisão imediatamente inferior para um ridícula apresentada em Bitburg. segundo plano, enfiado entre os campos Uma das zonas mais interessantes de de Div.1 e Div.2. Não queremos acreditar toda esta prova é sem dúvida o espaço de

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convívio entre as várias rulotes-bar, que a falar de um dos locais mais caros para serviam desde a normal cerveja à menos alojamento a nível europeu. comum cidra e até os típicos muffinn Um dos aspetos característicos do ingleses. Esta zona tornou-se ainda Reino Unido é a mais que sabida mais apetecível devido a um chuva, e como não podia deixar dos bares ter uma televisão Todos de ser houve momentos menos que passava os jogos do conduzem agradáveis para todos. No Europeu de futebol. em entanto a maior parte do Já falámos no parque contramão… tempo fomos agraciados com de estacionamento, que Pelo menos sol, não muito quente, o nesta prova também servia foi o que nos ideal para se passar um fimde parque de campismo. pareceu. de-semana tranquilo. Apenas por 5 £, pouco mais No que toca ao layout do de 6 €, pode-se pernoitar mesmo campo podemos dizer que foi em frente ao portão do Millennium. provavelmente um dos piores layouts Parece-nos uma alternativa muito que já assistimos. Se o fim do mundo interessante, principalmente para os que estivesse em causa e fosse decidido com podem levar carro do seu país de origem uma partida de paintball, este seria o ou a sua autocaravana. Esta solução torna- cenário ideal. Era um tédio autêntico, se ainda mais atraente quando estamos os pontos demoravam séculos. Nos

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primeiros jogos, quando as equipas ainda têm sido muito criticadas por prender não tinham realmente percebido como demasiado o jogo. No entanto esta se jogava naquele layout, ainda foram mudança não foi eficaz devido ao restante feitas algumas movimentações campo ser muito fechado e não interessantes, mas a partir permitir muitos avanços. Em Div.1 de sábado todas as equipas A divisão 3 é a mais a lei colocavam dois jogadores imprevisível de todo o do mais no B, e um jogador para os Millennium. O que à partida forte obstáculos imediatamente poderia ser uma aposta passa à frente do lado esquerdo de equipas um pouco a ser uma e outro do lado direito. O mais batidas para ganhar realidade. único que arriscava era o que curriculum, na verdade não corria para uma das bases. acontece. Mais estranho ainda A cobra foi transformada num é reparar que muitas equipas nem losango com um templo no meio. A sequer estão bem classificadas no ranking, adaptação pareceu-nos fazer sentido, participando em todas as datas e sendo em particular quando estas novas cobras muitas vezes ultrapassadas por equipas

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que jogaram apenas numa das provas. O facto de o jogo ser decidido com corrida a dois pontos não facilita as prestações das equipas, onde um pequeno azar, ou uma penalização, pode ditar quase de imediato a vitória para o adversário. Percebemos a razão de ser usado este sistema, no entanto faz-nos duvidar se será bom para o desporto e para o cliente-jogador. Nesta divisão as primeiras posições têm sido uma troca constante. Não deixa de ser interessante que os Personal Vendetta continuem em terceiro lugar mesmo

após não terem comparecido nesta prova. Aliás, se se mantiverem os resultados das restantes provas os Personal Vendetta têm uma forte possibilidade de vencer esta divisão. Mas como o que conta é a pontuação final, os GFY Evolution Paris 2, com um terceiro lugar em Londres, conseguiram ficar com o primeiro lugar da geral. Na primeira posição ficaram os Stavanger Mayhem 2, deixando o segundo lugar para os Low Life Uddevalla. Na divisão 2 as equipas não são obrigadas a comparecer. Porém, ao

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contrário da divisão anterior, nas primeiras Valenciennes a 38 pontos de distância. 14 posições apenas uma equipa faltou Não nos parece impossível ultrapassar, a uma das provas. Aqui as coisas já são mas apenas se algo de estranho se passar mais levadas a sério e nota-se com os Aggression é que perderão uma grande disputa pelos o primeiro lugar. Na luta pelos lugares de topo. Qualquer lugares no pódio de Londres, os Parecia que deslize faz com que uma Scorpion Milano conseguiram os Tonton equipa derrape na tabela garantir o segundo lugar tinham bebido classificativa, e qualquer enquanto os Incredi Knights a poção uma que fica depois do Bamble ficaram com a do Astérix. nono lugar numa prova terceira posição. tem poucas hipóteses de Onde as coisas começam terminar entre os quatro realmente a ficar mais sérias primeiros da geral. Os preferidos é na divisão 1, onde nenhuma à vitória nesta divisão continuam a ser equipa falta e onde o nível competitivo os Aggression The Hague, que obtiveram dá um salto muito grande comparando mais um primeiro lugar, deixando os NPP com as divisões inferiores. As equipas

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que não estudam, não treinam e não têm uma mentalidade forte não sobrevivem nesta divisão, sendo habitualmente achincalhados pelos restantes. Aqui a lei do mais forte passa a ser uma realidade. Esta divisão tem ainda uma característica única que muitas vezes tende a desequilibrar as contas da classificação geral: a arbitragem feita pelas equipas em troca direta de 100

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pontos. É uma atitude inteligente pela parte da direção do Millennium, que assim poupa uma pequena fortuna em pagamentos a terceiros para arbitrar, e ao mesmo tempo é uma forma, um pouco dispendiosa, de algumas equipas garantirem um melhor lugar na classificação. Nesta etapa não houve grandes surpresas. Os grandes vencedores foram


Dogs D’Amour também ficaram aquém das os Turca Izmir Collision, que contam espetativas tendo terminado em 15.º lugar, com nove boruegueses e um turco. Esta sendo no entanto o suficiente para garantir equipa fez o pleno ao vencer todos os o 2.º lugar da geral. jogos, garantindo assim o primeiro lugar Mais estáveis e a jogar um bom da geral, algo que dificilmente lhe vão paintball estiveram os Vision que conseguir tirar. continuam em primeiro da geral, tendo Na segunda posição ficaram os ficado em terceiro lugar em Londres Instinct Gemoss Riga. No último lugar após uma derrota renhida contra os Polar do pódio surgiram os RMG Bratislava, Bears. Estes últimos foram os vencedores que são um dos pretendentes a desta etapa, tendo de lutar sempre até primeiro lugar, caso os Izmir Collision se à última para garantir o lugar, mas nunca descuidem na última prova. baixando os braços. Em SPL existiram grandes surpresas. Esta divisão está ao rubro e Muitas equipas que estavam promete muita confusão na bem classificadas tiveram É próxima etapa na Disney. lugares menos bons e outras preciso Isto é excelente para o tantas que estavam no final tocar o hino desporto, para o público e da tabela conseguiram antes de cada para todos os envolvidos. excelentes resultados. jogo? O que Estamos em pulgas para Exemplo deste último é demais assistir às finais de SPL em caso foram os FiveStar chateia… outubro. que conseguiram um sexto Passando para a divisão de lugar, após estarem abaixo da topo, CPL, as coisas nunca estiveram linha de água antes de Londres. Este tão interessantes. Temos sem dúvida sexto lugar garantiu-lhes uma subida no alguma os Tonton mais agressivos de ranking para a 24.ª posição, que os deixa sempre, capazes de fazer frente a um pouco mais tranquilos. Na posição qualquer equipa, uns Dynasty/Impact oposta encontram-se várias equipas que com uma capacidade fantástica de tiveram prestações desastrosas, como são controlar jogos, uns Art Chaos em péssima exemplo os Ugly Ducklings e os PB Club, forma — que tanto são capazes de sovar que ficaram respetivamente na 28.ª e excelentes equipas como de perder jogos 24.ª posições. Ainda mais desastrosa foi sem que eles próprios percebam porquê a prestação dos Hellwood Paris que, após —, e uns intrometidos Instinct que estão terem conquistado dois terceiros lugares a fazer a sua melhor época de sempre, nas provas anteriores, não passaram da mostrando que ainda há boas surpresas 27.ª posição, o que os deixa praticamente no nosso desporto. E isto só para falar de fora da luta pela subida de divisão. Os

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que o norte-americano. das quatro primeiras equipas, que as Esta desistência provocou que as restantes estão a escassos pontos. equipas que estejam no grupo dos Esta divisão foi ainda marcada pela Damage tenham uma vitória desistência dos campeões do de 5:0 garantida. O que à Mundo, os Damage, que partida seria uma facilidade abandonaram a prova devido por vezes torna-se uma à má gestão do plantel, Basildon dificuldade, pois deixa pois não tinham jogadores não é de ser regra de ouro que suficientes para continuar propriamente quem obtenha duas vitórias a prova europeia. Embora Londres. garanta praticamente a seja verdade que é duro passagem para o Sunday Club. que o roster fique fechado na O grupo A era composto primeira prova e apenas permita pelos Dynasty, Icon, Nexus e Heat. dez jogadores no total, não deve ser Os dois primeiros passaram sem grandes fácil, para uma equipa campeã do Mundo, dificuldades, tendo sido a única derrota ficar duas vezes em sétimo lugar num dos Icon contra o Dynasty por 3:5. Os campeonato teoricamente mais fraco do

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Nexus, a equipa da casa e sempre com (sendo um deles devido à desistência muito apoio da plateia, continuam a jogar do equipa norte-americana). Mais um paintball muito atrativo, mas ainda espantoso foi o facto de o primeiro jogo pouco capaz de fazer frente a equipas ter sido ganho aos campeões europeus muito rodadas, como é o caso dos em título, os Art Chaos. Este Dynasty e dos Icon. Estão neste resultado foi de tal forma momento em oitavo lugar Aquelas estranho que levantou da geral, um lugar que bancadas suspeitas de se tratar de não enquadra no estilo de são um uma tática por parte da paintball que praticam… luxo para equipa russa. Ficando em Mas, mais uma vez, são os qualquer segundo lugar do grupo resultados que mandam. espectador. iriam defrontar os Dynasty No grupo B, onde antes das finais, o que em estavam inseridos os caso de vitória permitiria que Damage, os Breakout Spa ganhassem alguma vantagem, fizeram o que todos pensavam ser de modo a recuperar do desaire de impossível ao fazerem um verdadeiro Bitburg. A terceira equipa deste grupo pleno, ganhando os três jogos por 5:0 foi o Benfica, que não se mostrou capaz

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de vencer os inspirados Breakout Spa e os russos Art Chaos. No grupo C foi a confusão total, onde as três primeiras equipas ficaram com dois pontos cada, tendo passado Instinct e Outrage, que deixaram para trás Syndicate e Disruption. No último grupo os Tonton tiveram uma passagem fácil ao ganhar os três jogos, mostrando que o facto de terem sido eliminados em Bitburg não significa mais do que um puro desaire. Desta vez quem ficou para trás foram os Carnage e os

Ducks, deixando o segundo lugar livre para os Ranger Warsaw que apenas perderam por 5:0 contra os Tonton. Nos quartos de finais, os três favoritos — Tonton, Art Chaos e Dynasty — venceram sem grande dificuldade, sendo o jogo mais renhido o realizado entre os Outrage e os Breakout Spa, pertencendo a vitória à primeira equipa por 5:4. O jogo mais esperado de todo o torneio, muito ajudado pelos boatos que falámos anteriormente, deu-se nas semifinais, colocando frente-a-frente

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os norte-americanos Dynasty contra os russos Art Chaos. Muito devido ao tipo de campo, que como já dissemos prendia o jogo por completo, saiu desfavorecida a equipa russa, que habitualmente vive de jogadas de génio realizadas por Fedorov e da arte de Mishka. Desta vez ficavam presos dentro das linhas criadas pelos Dynasty, que venceram o jogo facilmente por 4:1. Na outra semifinal os Tonton também ganharam com alguma facilidade aos

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Outrage por 5:2. Sendo assim a final seria entre Dynasty e Tonton e a luta pelo terceiro lugar seria entre Art Chaos e Outrage. Após a derrota com os Dynasty, os russos não podiam deixar fugir o terceiro lugar e fizeram-no sem grandes dificuldades marcado cinco pontos contra dois dos Outrage. E finalmente a final… Franceses de um lado, norte-americanos de outro. Parecia que os Tonton tinham bebido a poção do Astérix, tal foi a mestria com


que venceram a equipa de azul. Foram todo o fim de semana, o que forçou os os únicos em todo o torneio a perceber Dynasty a entrar com menos jogadores. o óbvio: se o campo estava a ser No final conta o resultado, justo e trancado nas diagonais e nas merecido, de 5:2. linhas laterais, a única zona O Um dos assuntos urgentes desprotegida é o meio… parque de a resolver são os péssimos E fizeram-no com uma estacionamento comentadores usados na facilidade estranha. serviu de prova. Ao contrário de Atacaram, forçaram, parque de Bitburg, souberam escolher algumas vezes sofreram campismo. uma pessoa capaz de dizer algumas baixas, mas nunca duas palavras seguidas que desistiram. Ainda foram fossem percetíveis. No entanto ajudados por começa a ser gritante a falta de algumas más decisões bom senso quando se dignam a apostar em da arbitragem, coisa microfone aberto o resultado dos jogos rara neste campo em que estão a decorrer ou simplesmente

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enxovalhar o trabalho dos árbitros. não podemos condenar, tendo em conta O Nations Cup foi o momento alto que por norma os jogadores das seleções de todo o fim de semana, em particular são jogadores de CPL ou SPL, que gastam quando ainda decorria um Europeu de todo o seu tempo — e por vezes o seu futebol, o que alimenta ainda mais o dinheiro — no paintball. nacionalismo de cada um. Este evento Todos gostamos de ouvir os hinos e ver paralelo foi realizado na sexta e no os jogadores orgulhosos em frente a uma sábado, o que obrigou a que houvesse bancada recheada de público. Mas será jogos até as 21h00. mesmo necessário tocar o hino de cada Este torneio vive do melhor conceito, seleção antes do evento e antes de cada que é confrontar países europeus entre jogo? O que é demais chateia… si e encontrar a nação vencedora. Este ano defrontaram-se 21 Mas ser patriota sai caro, seleções num sistema misto de pois é preciso pagar uma Esta eliminatórias com luta pelo inscrição. Isto é algo que prova foi ranking caso perdessem. nos parece lógico, mas marcada pela Isto significa que em alguns o que nos faz confusão desistência dos casos houve equipas que é a obrigatoriedade de campeões do apenas jogaram dois jogos, comprar jerseys à Maxs Mundo: os caso tivessem perdido logo sem ter qualquer direito de Damage. o primeiro. escolha de marca ou design. Considerando todas as Independentemente das jerseys equipas participantes, existiam serem de excelente qualidade e de um quatro claramente favoritas que ficaram, design atrativo parece-nos abusador por como seria de esperar, nas quatro parte da organização não deixar que primeiras posições. Falamos da França, cada seleção tenha a sua própria jersey, Alemanha, Rússia e Grã-Bretanha. A a seu gosto e podendo escolher o seu Grã-Bretanha era sem dúvida alguma o fabricante. Isto dá azo aos comentários alvo a abater visto terem sido campeões que muitos fazem nos bastidores, no ano anterior. Mostraram desde cedo afirmando-se que esta é mais uma forma a sede de vencer com um jogo muito de o Millennium fazer algum dinheiro — e direto, tendo vencido o primeiro jogo à custa do patriotismo de cada jogador. conta o Chipre por 4:1 e de seguida a Outro dos grandes problemas deste Noruega por 4:2. A França, composta torneio é que em muitos casos os por um misto de jogadores dos Icon e jogadores estão mais preocupados com dos Tonton, mostraram um jogo criativo as suas equipas do que propriamente com tendo vencido a equipa mais festiva a sua seleção. Parece-nos ser algo que do evento — a Irlanda — por 4:0 e de

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seguida a Ucrânia por 4:1. A Rússia, por sua vez, lutou contra uma República Checa que não baixou os braços frente a uma potência do paintball, obrigandoos a suar para conseguir ganhar por 4:3. No jogo seguinte venceram facilmente, por 4:0, uma Holanda fragilizada. O último favorito, a equipa alemã, também teve de suar para conseguir ganhar 4:3 à Dinamarca, ultrapassando depois a

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Áustria com um resultado perfeito. Nas semifinais a Grã-Bretanha mostrou que ainda era merecedora do título de campeã e fez adiante da França o melhor que tinha e sabia. Não deixa de ser interessante ver Jason Wheeler, o melhor jogador inglês e um dos melhores europeus, a eliminar jogadores da sua própria equipa de CPL, do outro lado do campo. O resultado


Rússia sabia bem o que fazer e conquistou acabou em 4:1, revelador do poderio o título de campeã europeia por nações desta equipa. Os franceses foram vencendo o jogo por 4:1. relegados para a luta do terceiro lugar, No geral a prova de Basildon é enquanto os ingleses passavam para a satisfatória, estando longe de ser a melhor defesa final do seu título. No outro jogo a Rússia jogou contra uma de todo o circuito. Percebe-se a escolha deste local devido ao número de equipas Alemanha forte, capaz de fazer frente aos presentes, mas de alguma forma exigia-se geniais russos. Foi um jogo renhido, cujo um pouco mais de forma a agradar a todos. marcador fechou com um 4:3. A juntar a isto, registamos o facto de O terceiro lugar foi ganho sem o local ser longe de tudo, o que grande dificuldade pela equipa não abona muito a favor da francesa, que não se deixou Os divulgação do paintball. É desmotivar e deu o seu Breakout urgente descobrir locais melhor, por 4:1. Spa fizeram mais centrais, mais visíveis Na luta pelo primeiro o impossível que atraiam mais pessoas lugar os campeões em ao ganharem de fora. Só assim o nosso título defrontaram aquela os três jogos desporto pode crescer. que é a equipa que todos por 5:0. A próxima prova, na Disney, esperavam ter ganho na será a mais esperada em toda a edição do ano anterior. Apesar Europa. Batem-se recordes de inscrições de geograficamente estarmos mais todos os anos, e este ano não vai ser próximos de França, havia muitos exceção. Sem dúvida alguma é o local apoiantes da Rússia presentes, o que onde todos os novatos nestas lides devem provocou um verdadeiro alvoroço de ir pela primeira vez, quer seja para jogar cânticos nas bancadas. ou para assistir e passear pelas lojas, com Apesar de estarem a jogar em casa, a grande vantagem de se poder visitar os os ingleses desapontaram ao serem vários parques da Disney.• totalmente dominados pelos russos. A

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a fusão Por Domingos Leitão Lembram-se na primeira edição da GRIP vos ter indicado que ainda não eram conhecidas as regras da NPPL para 2012? Pois entretanto não só foram publicadas como já decorreram provas deste circuito. As regras-base não mudaram muito, mas o formato que se joga nas divisões superiores é que é a grande novidade em solo americano para este ano. A NPPL introduziu o conceito do Race to, que está em voga na Europa, mas com o sistema da bandeira na base. As equipas jogam 7-man clássico com colocação da bandeira na base e um tempo útil de jogo de 15 minutos. Ganha a equipa que chegar primeiro aos 5 (divisão Pro) ou 4 pontos (divisões inferiores) ou quem tiver o maior número de pontos marcados dentro do tempo útil. Em caso de empate procede-se a um período extra para obter um vencedor. Outras regras adaptadas do formato

europeu são a possibilidade de uma equipa durante o jogo ceder o ponto ao adversário — Throw the towel — ou a perda de um ponto automaticamente por receber uma penalização grave — major penalty — dentro dos últimos 60 segundos do jogo. Como podem ser jogados mais do que um ponto em cada um dos jogos existe também a transição de penalizações de um ponto para o outro sempre que seja aplicável.

A NPPL adotou uma série regras adaptadas do formato europeu.

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Se o portador da bandeira no final do jogo for declarado eliminado com atribuição de uma penalização, o ponto é declarado nulo e a equipa começa o ponto seguinte com subtracção ao 7 inicial dos jogadores necessários ao cumprimento da penalização aplicada, mesmo que no ponto anterior estivessem mais jogadores vivos. Na origem desta


regra está o conceito de que não existem jogadores activos após a colocação da bandeira, pelo que qualquer penalização tem de ser aplicada em jogadores ativos no ponto seguinte. Por último, refira-se que, após a marcação de um ponto por uma equipa, caso haja menos de 10 segundos para realizar no ponto seguinte o jogo será declarado terminado — mesmo sem se jogar o tempo remanescente. Esta regra poderá ser encarada como preventiva

para evitar situações de tensão e de conflito dentro do campo caso o tempo remanescente fosse jogado, porque salta à vista que a equipa em desvantagem iria certamente correr pelo campo fora na tentativa de obter um ponto em desespero de causa. O formato parece interessante, pelo que sugiro que o acompanhem nas próximas provas da NPPL. Será que vai vingar e chegar à Europa? •

regras

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definições Por João Anjos A presente época é a mais marcante das últimas temporadas (provavelmente desde a adoção generalizada do Xball) na definição do estilo de jogo de todas as grandes equipas europeias e norteamericanas. Na origem desta definição estão as mudanças efectuadas pelos dois grandes circuitos, PSP e Millennium: refiro-me à ausência de coaching do lado da pit crew e a redução de tamanho dos obstáculos da cobra. A ausência de coaching do lado das pit crews ajuda bastante os jogadores técnicos e experientes, visto que esta ausência aumenta a dificuldade das equipas em defender, pois já não existe a facilidade de aviso vinda do exterior para os avanços nesta zona do campo. Por outro lado, a redução do tamanho e perfil dos obstáculos que compõem a cobra acabam praticamente com o jogador telecomandado. No formato e layouts anteriores estávamos a chegar ao cúmulo

de que a equipa que conseguisse pôr o seu jogador vivo de arranque na cobra, na maioria das ocasiões acabava o jogo nos primeiros segundos desse ponto. Com esta diminuição de tamanho veio a redução natural da velocidade de jogo neste lado do campo. Estas medidas vieram assim mudar claramente também a forma e estilo de jogo de muitas equipas. É relativamente fácil definir o estilo de uma equipa. Neste momento a separação desses dois estilos é

A ausência de coaching ajuda

os jogadores técnicos e experientes.

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tática

ainda mais evidente. De um lado temos as equipas claramente ofensivas, que optam por um estilo de jogo bastante rápido, com a tendência natural de ganharem metros no campo para conseguirem eliminações e que, independentemente do resultado, procuram sempre marcar mais um ponto. Por outro lado temos as equipas defensivas, que apostam num paintball


lento e controlado, em linhas constantes e pesadas que trancam os avanços da equipa adversária. Jogam muito na base do erro, pois muitas vezes só começam a subir no terreno depois de garantirem duas ou três eliminações. Optam por carregar muita tinta por jogador para dentro de campo e não tem qualquer problema com pontos longos. Não me parece que exista uma «zona cinzenta» no que toca a estes dois estilos de jogo. Ou a vossa equipa é ofensiva ou é defensiva. Muitas vezes esta definição acaba por ser uma reunião de outros factores, como por exemplo a idade, experiência, fisionomia e personalidade dos jogadores que compõem a vossa equipa. O que proponho nos próximos

parágrafos é encontrar formas de aperfeiçoar o vosso estilo de jogo com alguns drills e técnicas. Comecemos com drills ofensivos, aproveitando o layout completo de um campo, deixando para um próximo número o exercícios defensivos. Drill 1 — Realizem um 1 contra 1 em que um jogador começa no obstáculo central (apelidado de B, center back ou distribuição) e o outro no permanece o jogo inteiro no obstáculo central M. O primeiro jogador tem como objetivo ganhar espaço ao jogador do M para poder ir subindo no terreno até a linha lateral de meio campo. O jogador M deve a todo custo impedir a sua subida. Duração de 1 minuto e um loader para quem sobe.

táctica tática

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Drill 2 — Run and Shoot. Este exercício é principalmente para os jogadores mais avançados no campo. Treinem corrida direta para um dorito ou cobra, onde os primeiros tiros devem ser dados na direcção do obstáculo central. Assim, e após partida de jogo, devem correr e disparar durante alguns metros, seguido de um slide ou outro tipo de abordagem ao obstáculo designado. Muitas vezes os jogadores que jogam em posições mais protegidas, como é o caso da distribuição, no arranque costumam facilitar na sua colocação no obstáculo, o que poderá tornarse uma vantagem para os jogadores capazes de realizar este exercício na perfeição.

Drill 3 — Façam vários pontos em jogo de treino, mas com um limite de tinta por jogador. O ideal será apenas um loader por ponto. Assim que o ponto acabar, façam um intervalo de 2 minutos e recomecem. Mesmo que não tenham um

A «antiga» cobra permitia que o jogo fosse ganho em poucos segundos.

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tácica

roster grande que vos permita ter duas equipas completas, optem por ter o maior número de jogadores a jogar de cada vez. Esta limitação de tinta por ponto, permitevos ter a consciência de aproveitarem melhor os espaços do jogo. De forma a incentivar o jogo ofensivo, coloquem um


ou dois pinos sinalizadores no dorito dos 50 ou na cobra dos 50. A primeira equipa a conseguir ter a posse desse pino durante 10 segundos marca ponto. Drill 4 — Montem cerca de 12 a 14 obstáculos em círculo, separados entre si com 3 ou 4 metros, de forma que seja possível dar uma volta completa. Usem todo o tipo de obstáculos. Jogam dois para dois: o objetivo é que a equipa consiga dar a volta completa ao círculo. Sempre que um dos jogadores se mexer para um dos lados, o outro jogador tem de ir imediatamente atrás dele. Não podem existir mais de dois obstáculos a espaçar jogadores da mesma equipa. Este exercício, para além de permitir treinar, uma série de componentes técnicos como slide,

snap shooting, controlar linhas, permite criar um paintball ofensivo apoiado. Permite ainda controlar os movimentos da equipa adversária. Para um maior grau de dificuldade atribuam um nome a todos os obstáculos de forma a melhor controlar a equipa adversária. Atribuam ainda nomes para ações específicas, como, por exemplo, «Charlie para subir pela direita». Para limitarem os consumos de tinta em qualquer um destes drills recomendo baixarem o rate of fire para as 6 bolas por segundo. Lembrem-se que é importante ter uma identidade em campo, saber que tipo de capacidades é que a equipa tem e o que pode e deve fazer realmente com elas. Boa sorte e bons drills.•

tática

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breakout Por Nuno Lourenço Pegando na ideia discutida pelo João Anjos no número 0 da GRIP, ter cinco armas a disparar contra duas ou três irá ser sempre uma vantagem - não podia estar mais de acordo. Um bom breakout é sem dúvida meio caminho andado para a vitória e isto tem de ser visto como o B-A-BA do paintball. Hoje em dia joga-se 5 contra 5, seja em 5man ou Xball. Se conseguirmos tirar um adversário no breakout são menos 20% de adversários em campo, se forem dois são menos 40%, e estamos a falar nos primeiros 5 segundos de jogo. A partir daí é só controlar o jogo e não perder a cabeça, mas prefiro deixar este assunto para o cronista tático. A mim cabe-me deixar alguns exercícios para treinarem o breakout, com eficiência, ou seja com o máximo de resultados e com o menos número de recursos. Se em teoria o que conta no breakout estático são os primeiros segundos, no máximo este breakout poderá prolongar-

se até o adversário chegar ao canto ou à cobra, pois a partir desse momento ele estará escondido. Não fará sentido nenhum gastar rios de tinta quando o que conta são as 4 primeiras bolas, a partir daí o movimento de rotação do corpo já está feito, a pontaria afinada e todas as restantes bolas irão cair no mesmo lugar. Portanto poupem bola, vai-vos fazer falta nas provas. Sendo assim disparem 4 bolas, voltem ao início e repitam isso pelo menos

O breakout tem de ser visto

como o B-A-BA do paintball.

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técnica

10 vezes. Na minha perspetiva e com a ajuda de alguma experiência que tenho vindo a adquirir, um breakout estático tem dois pontos de disparo, o primeiro a meio caminho e o segundo à entrada do obstáculo. Desta forma teremos sempre duas hipóteses de acertar no adversário, sendo que na primeira a velocidade do mesmo é mínima porque ainda está na fase de arranque e numa posição mais


vertical, logo mais fácil de acertar. Para poupar bola e treinarem mais jogadores ao mesmo tempo façam um breakout de dois contra dois, sendo um deles o elemento que corre e o outro o elemento estático. O último fica no B e dispara para o que corre para o canto da equipa contrária, e o que corre dispara para o B. Sempre que fizerem este tipo de exercício tenham sempre alguém atrás de vocês a corrigir o vosso tiro, se está baixo se está alto ou se está muito disperso. Só com muito treino e muita vontade se consegue chegar a níveis elevados, não desistam e encorajem-se uns aos outros. •

técnica

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Trai GRIP: És um dos jogadores profissionais mais jovens. Como te sentes ao ser visto, e seguido, como um exemplo para todos os outros miúdos? Ian: Penso que é fantástico porque me faz sentir uma boa pessoa e querer ser melhor jogador. Acima de tudo, fazme querer melhorar enquanto jogador para que continuem a ter alguém para

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quem olhar. Quando a equipa tem sucesso ajuda a que cada individuo tenha sucesso. Ganhamos como equipa e perdemos como equipa. O ano passado só tinha 16 anos e foi muito duro. Este é o meu segundo ano como profissional e ainda estou a aprender muito. Existem melhores professores que o Oliver, Ryan, Alex e o Yosh?


Um dos jogadores profissionais mais novos do Mundo mostrou o seu ponto de vista à GRIP sobre a sua carreira, equipa e sobre o paintball europeu.

Ian iner Texto: André Garrido Fotografia: PhotoPaintball

GRIP: Ser tão jovem numa equipa como os Dynasty não te faz sentir de alguma forma uma pressão extra ou medo de falhar? Ian: Sim, acho que me pressiona um pouco porque as pessoas pensam: «ah é um miúdo novo», «ooh, provavelmente não é assim tão bom». É como se eles estivessem à espera que falhasse mas

mais uma vez isso faz-me tentar ser melhor. As pessoas precisam sempre de alguém com quem implicar e geralmente é o mais novo, seja por inveja ou outra coisa qualquer, é o modo como as coisas são nos dias de hoje. Acreditem, toda a equipa implica comigo. Só me faz mais forte. GRIP: Não é muito comum ver as equipas a apostar em jogadores tão novos como tu. Porque achas que os Dynasty te escolheram? Ian: Alguns dos jogadores estavam a ficar velhos e eles começaram a procurar malta mais nova, porque no ano anterior a eu entrar na equipa não tinham ganho muitos torneios. Já conhecia o pessoal da equipa há algum tempo, eles costumavam assistir aos jogos da nossa equipa e o Alex Fraige já tinha ido ao campo onde eu treinava fazer uma clinic. Alterámos a equipa o ano passado e parece ter resultado bastante bem. Ganhámos quase tudo o ano passado. Os jogadores mais novos fazem com que os mais velhos fiquem “com fome”. Os mais velhos gostam de ensinar as suas técnicas porque sabem muito sobre paintball. Para além disso eles lembram-se quando tinham a minha idade e terem passado pelo mesmo. Eles são uma grande ajuda. GRIP: Se um miúdo da tua idade quiser chegar onde já chegaste até ao momento qual seria o teu conselho?

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Ian: Diria para jogarem com pessoas melhores que eles. Não irão melhorar ao humilhar miúdos mais novos ou simplesmente bater em mortos. Procurem sempre melhorar por jogar com jogadores melhores. Essa foi a maneira como eu melhorei de uma forma rápida. Aprendi tanto ao praticar com os Dynasty… é verdadeiramente fantástico. Eles andam cá há tanto tempo e sabem coisas que nunca

poderias imaginar sobre o paintball. Penso que tudo vem com o tempo. GRIP: Há alguns anos se tivéssemos que apostar na equipa que iria vencer um torneio, o nome da tua equipa estaria em primeiro lugar sem qualquer dúvida. Neste momento parece ser muito mais difícil de prever. Pensas que é o nível das outras equipas que é mais elevado ou

«Nós nem sequer praticamos o campo do Millennium.» 52

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é o vosso que é mais baixo? Ian: Existem grandes equipas em todo o lado. As equipas na europa têm-se tornado melhores sem dúvida. Posso dizer que nos últimos dois anos elas melhoraram bastante. Esperemos que as equipas continuem a melhorar em todos os cantos do Mundo. Penso que isto se deve ao facto de estarem preparadas e treinarem bastante. De qualquer das formas nós não treinamos muito para o Millennium, mas estamos preparados e muitas vezes vimos coisas em campo que as outras equipas não veem. GRIP: Os Dynasty são uma grande equipa e provavelmente são uma das maiores marcas da nossa indústria. Tendo em conta isto, achas que todos esperam mais de ti e da tua equipa do que das restantes equipas? Ian: Sim, acredito que sim… Se estiveres numa equipa de topo todos vão ver como te sais. GRIP: É comum ouvir pessoas a dizer que se tivessem os mesmos apoios que tu que poderiam ganhar tanto como tu, como se fosse fácil estar no vosso nível. Qual é a melhor forma de conseguir bons apoios? Ian: Penso que ganhar é a forma como se consegue bons apoios. As pessoas adoram equipas que ganham. É assim em qualquer desporto. Quando os Dynasty começaram a dominar as pessoas começaram a prestar atenção

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a eles. Mas quando se está numa das melhores equipas também existem muitas pessoas que não gostam de ti. GRIP: Claro que hoje em dia tens muitos benefícios. Qual é o melhor para ti? Ian: Penso que ser jovem é o melhor benefício que posso ter. A maior parte desta malta tem mais dez anos que eu e eu penso que estarei por cá um tempo. Aprendi tanto com os jogadores dos Dynasty… basta estarmos ao lado deles e vermos como é que eles reagem para absorvermos toda a informação. Ser jovem e ganhar experiência e conhecimento através desta malta é o maior benefício que posso ter. GRIP: Como são os vossos métodos de treino como equipa? Ian: Ou fazemos drills ou jogamos contra outras equipas profissionais. Eles vêm ao nosso campo e treinam connosco antes de um evento. Geralmente é o que fazemos. Às vezes fazemos drills só para mim, onde são todos contra mim, um de cada vez. Começamos no canto das chamuças e jogamos um contra o outro. Primeiro é o Oliver, depois o Ryan, depois o Yosh, depois o Alex, depois o Dalton, depois o Mouse, depois o Glenn e por aí fora. Não importa quem leva tiro, o drill recomeça de imediato. Dá para imaginar?! GRIP: Algumas equipas treinam uma

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«Os jogadores mais novos fazem com que os mais velhos fiquem “com fome”.» semana inteira antes do Millennium. Vocês também fazem isto? Ian: Para o Millennium não. Nós nem sequer praticamos o campo do Millennium. Apenas vemos o campo. Vemos algumas equipas a jogar, vemos como funciona o campo e depois vamos lá e jogamos. Por acaso é bastante interessante. Penso que nas duas últimas épocas praticámos \uma ou duas vezes antes de um Millennium.


GRIP: E preparam-se da mesma forma para um torneio nos EUA? Ian: Não. Treinamos muito mais para os eventos nos EUA. Geralmente treinamos todos os fins-de-semana a não ser que estejamos a fazer uma pausa ou a maioria do pessoal não possa ir. GRIP: Passas a maior parte do tempo a jogar e a treinar. Que fazes para não ficar cansado e desmotivado? Ian: Jogo paintball o máximo possível

e tento fazer algum exercício para ficar em forma… Eu não sou um rato de ginásio como alguns tipos da minha equipa. Tento sair com os meus amigos e aproveitar o tempo ao máximo. Os meus amigos, a minha família e todos aqueles que jogam paintball fazem-me sentir motivados. GRIP: Vocês veem a Europa como «dinheiro fácil»? Ian: Não é dinheiro fácil… Não se faz

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muito dinheiro. Mas sim, é uma regalia ganhar e ainda receber algum dinheiro. Os fãs daqui parecem gostar de nós e por isso é fácil vender algum equipamento. É engraçado porque os fãs têm um relacionamento de amor/ódio connosco. Todos querem comprar o nosso equipamento e tirar fotografias mas odeiam-nos quando estamos a jogar… porque não querem que a nossa equipa ganhe às equipas dos seus países. Mas sem dúvida que é um ambiente fantástico e acima de tudo eu adoro viajar e conhecer a Europa. GRIP: No Millennium jogas com alguns dos jogadores dos Impact. Porque não apostaram na vossa equipa? Ian: Quiseram separar o pessoal por alguns eventos do Millennium porque muitos não podiam vir. Por exemplo esta última prova o Ollie, o Ryan, o Alex e o Yosh estão num casamento de um antigo jogador dos Dynasty. Não teríamos equipa se não fossem os Impact. Os Impact treinam muitas vezes connosco e gostamos muito deles. São mesmo uma boa equipa e adoro estar com eles. GRIP: Para ti qual é a grande diferença

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entre o paintball nos EUA e na Europa? Ian: É fantástico jogar contra outros países e é engraçado ouvir todos a falarem e gritarem outras línguas. Não se consegue ter esta experiência nos EUA. Os fãs na Europa são loucos! É como se uma grande parte do mundo do paintball se reunisse todo num evento. Não existe mesmo nada a este nível! GRIP: Os norte-americanos tendem a queixar-se do estilo de arbitragens na Europa. Tens queixas da arbitragem europeia? Ian: Nem por isso. Por acaso até gosto da arbitragem na Europa. Penso que são um pouco mais duros, mas penso

que é uma coisa boa. Claro que existem algumas ações questionáveis mas não se consegue ser perfeito. As pessoas queixam-se disso mas é algo que não podemos fazer grande coisa… por isso qual o motivo de nos queixarmos? Faz tudo parte de um jogo. Começo a reconhecer algumas caras dos árbitros e sei que eles estão a tentar fazer o melhor trabalho possível. GRIP: Que tipo de arbitragem preferes? Ian: Aqui o formato é diferente. É muito mais rápido. Penso que o que se tem por aqui funciona bem. Gosto muito de jogar este formato. • publicidade

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International Paintball Beach Tournament

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Praia, mulheres despidas, sol, muita cerveja, água, sandes… haaaa e paintball. Texto: André Garrido Fotografia: PhotoPaintball

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O International Paintball Beach Tournament montado um campo menos largo com (IPT) não é um torneio normal, diria até menos obstáculos o que faz com que haja que o paintball é provavelmente a última jogos muito rápidos. coisa que levou as cerca de 40 equipas a Esse campo estava situado na praia Oropesa del Mar em Espanha. verde de Oropesa del Mar, que é o mesmo No passado, este torneio era realizado que dizer que estava numa extensa área em Peniscola, pacata vila espanhola relvada mesmo antes dum areal. Ao com cerca de oito mil habitantes lado do campo existia um dos elefantesladeada por uma praia fantástica com chuveiro, característico da zona, que se um castelo numa das pontas com uma encontram espalhados pelo extenso areal. vista surpreendente. Os campos eram Este espaço ficava perto o suficiente do montados nas areias desta praia o centro da vila, mas distante o suficiente que é provavelmente o cenário ideal para haver lugares de estacionamento em para qualquer jogo de paintball de abundância. Ainda perto ficavam alguns competição, fazendo imediatamente restaurantes e bares que permitia aos lembrar Huntington Beach. jogadores almoçar ou lanchar. Devido a uma alteração O facto de estar lado a lado O paintball legal passou a ser proibido a com a praia faz com que é a última nível local fazer qualquer haja muito público, desde coisa tipo de eventos em jovens entusiastas, a que leva praias o que obrigou a velhinhas curiosas passando as equipas organização do IPT mudarpelas mulheres mais ao IPT. se para 40 Kms a sul. bonitas de Espanha. O novo local – A vila de A nível de desenho o campo Oropesa del Mar é um autêntico estava bem montado, embora de parque de diversões para adultos, alguma forma mal pensado. A «nova» tendo desde praia, restaurantes com cobra, que tem sido muito criticada, grandes esplanadas, bares, parques prende demasiado o jogo, o que neste de diversões, piscinas, vários prédios formato faz com que um terço do campo temáticos com alguma oferta cultural e seja praticamente inútil quando duas jardins com música. equipas do mesmo nível se confrontam. Este torneio é disputado num formato De resto era um campo bastante jogável, cada vez menos visto, em que se que obrigava as equipas a aguentar um defrontam duas equipas de 3 jogadores, pouco na primeira fase de jogo e só depois que seguem as regras do Millennium. avançar para posições mais arriscadas. Este tipo de jogo além de trazer muito Devido ainda à mudança de local mais equipas à prova, permite que seja perdeu-se algum tempo com todas as

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questões logísticas e burocráticas que ter uma perceção tática muito acima da obrigou a organização a montar todo um média. Podemos mesmo dizer que nesta torneio num tempo record de 3 meses. Esta divisão conseguia-se facilmente criar foi uma das razões que obrigou a montagem duas divisões entre aquelas equipas mais de apenas um campo, em vez de dois, mas batidas e aqueles curiosos que quiseram ficou a promessa de um segundo experimentar outros ares. Na segunda campo para o próximo ano. divisão o nível é muito acessível, O torneio diz-se havendo até jogadores que Orapesa internacional pela claramente se juntaram há del Mar é diversidade de países meia dúzia de meses. Mas é um autêntico que aparecem, pois exatamente esse o propósito parque encontram-se equipas desta divisão. de diversões de Espanha, Portugal, Uma das maiores para adultos. Itália e França. queixas dos últimos anos A nível competitivo prendia-se com as arbitragens, existem enormes diferenças que não eram totalmente parciais entre as duas divisões. Na primeira divisão e aos poucos estavam a denegrir a estão equipas com alguma experiência imagem desta prova fazendo com de jogo, algumas delas já com algumas que algumas equipas pusessem em visitas às grandes lides europeias o que faz causa o seu regresso. Por essa razão a

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O prémio é sem dúvida um dos contratação de árbitros de qualidade atrativos do IPT, que no total oferece comprovada foi uma das maiores cerca de 3000€ em dinheiro, mais caixas preocupações da organização. Sendo de bolas e troféus. Ainda são atribuídos assim foram buscar 4 árbitros, tendo a prémios para melhor jogador, que neste maioria arbitrado provas no Millennium. ano foi excecionalmente atribuído a O rigor das arbitragens gerou dois jogadores. algum burburinho, atitude 0 É exatamente ao nível de normal e comum aos público: ofertas e logística que o IPT jogadores que nunca muitos jovens, se excede. Durante o torneio foram ao Millennium velhinhas são distribuídos copos e ou estiveram sob o curiosas e as senhas para que os jogadores julgamento destes mulheres mais possam beber cerveja e água profissionais. Apesar de bonitas de de graça. Durante a manhã tudo a final foi manchada Espanha. ainda são distribuídas sandes a por uma decisão polémica todos os jogadores. quando após uma vitória dos É neste ambiente de festa que se FiveStar um dos árbitros decide fazer vive durante todo o fim-de-semana. O check ao marcador do último jogador, e após várias tentativas ter sido penalizado objetivo da organização não é só trazer o típico jogador de paintball mas com por ter um ROF de 10.6, dando a vitória ele trazer a sua família: mulheres, filhos à equipa adversária – Triballs, que e amigos. Para isso, além de tudo o que arrecadaram um prémio de 1500€.

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já oferecem procuram ter preços muito atrativos para os magníficos apartamentos da Marina D’or, que rondam os 15€ por pessoa, podendo usufruir deste desconto de quase 50% se desejarem passar uns dias de férias nos dias seguintes. A noite de sábado é marcada por um grande churrasco a um preço simbólico onde se juntam todas as equipas, organização e outras empresas presentes no evento. A nível de lojas estavam presentes a Dream Team, loja responsável por merchandising e vestuário de paintball, a APD, uma das maiores lojas espanholas e o novo representante da bola Severe. No final da prova foi visível a vontade de muitos dos presentes em tomar banho nas águas amenas de Oropesa, alguns ainda equipados como foi o caso dos árbitros. Foi provavelmente um dos torneios mais divertidos que a GRIP presenciou. As ofertas constantes de água e cerveja tornam tudo mais agradável. Tem alguns aspetos a melhorar, como é o caso do desenho do campo, mas sendo sinceros não existem muitos aspetos negativos a apontar. Queremos ver IPT em 2013, com dois campos e muito mais equipas, como teve nos outros anos. É sem dúvida alguma um torneio de referência que merecia uma visita de mais equipas estrangeiras. •

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GRIP: Após tantos anos em Peniscola porque mudou o lugar da prova? Fito: Tivemos de alterar o local da prova porque tivemos problemas com regulamento da costa marítima. Obrigou-nos a mudar para Marina D’or, que acredito ser melhor e que dá mais qualidade ao torneio por podermos disfrutar de relva natural. GRIP: Como será para o próximo ano? Fito: Nos anos anteriores tivemos sempre a intenção de promover e engradecer o torneio, mas este ano como não sabíamos se podíamos realizar a prova, tudo teve de ser feito em três meses. Vamos começar

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já a partir da próxima semana a trabalhar para a sétima edição. Temos pensado promover mais o torneio podendo chegar a dois ou três campos, o formato continuará a ser o 3 para 3 com regras Millennium. Pensamos continuar com os Eurorefs, que são um pouco duros mais muito eficazes. GRIP: Tu falaste de 3 para 3. Porquê a escolha de 3 para 3? Fito: Sempre tentámos internacionalizar o evento. Para isso procuramos locais públicos como este da praia de Oropesa del Mar, de forma a promover o desporto. Achamos que para as equipas que vêm de longe é mais difícil trazer 5 jogadores que 3.


Fito Sales

um torneio como este. Fito: Este ano levámos dois meses a organizar o torneio. Somos 4 pessoas que dedicam muitas horas do dia com um orçamento elevado. Não é fácil, não é nada fácil. Começamos segunda-feira a montar toda esta estrutura, pois não são instalações fixas. Temos de seguir muitas regras de segurança devido a estarmos numa praia pública: colocar avisos e grades de segurança. Temos ainda de carregar com as redes e os bidons… Na verdade é muito trabalhoso, ainda esta noite vem uma equipa de 20 operários limpar a praia milímetro a milímetro para que não fique nenhuma bola perdida.

GRIP: Em anos anteriores queixaramse da arbitragem que era muito má, este ano mudaram para os árbitros de millennium, como consideras esta mudança? GRIP: Como convencias alguém a vir ao IPT? Fito: Começámos por organizar este Fito: É um torneio muito económico evento há 6 anos, para promover porque nos dá muitas facilidades, o paintball enquanto desde água a uma série de «Não é desporto, captando novas outras facilidades que não só um torneio equipas, novos jogadores, se encontram noutros de paintball, que nestes anos de crise locais. Isto, porque sempre promove-se o fazem muita falta. Por desporto e juntam- procurámos patrocinadores estas razões as regras para este evento. Penso se muitos amigos e arbitragens não foram que não é só um torneio de de diferentes muito rígidas e foram paintball, é um evento que países.» permitindo certas infrações a promove o desporto e onde se equipas mais recentes, pois era uma juntam muitos amigos de diferentes forma de os ajudar. Com o tempo que países com os mesmos gostos. já levamos, estão a começar a repetirse as equipas e com um crescente de GRIP: Como fazes para ter muitas qualidade, por isso decidimos mudar o mulheres bonitas? formato de arbitragem. Fito: Em qualquer praia, principalmente em Castellón há muitas mulheres bonitas GRIP: Quanto tempo demora a fazer e com muito pouca roupa. •

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By Zane KJ Ma単asco

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Fab D

«Não s pr

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Uma das caras dos Instinct deu-nos a conhecer a equipa surpresa deste ano. Vem conhecer a equipa que não tem medo dos tubarões e está disposta a roubar-lhes o lugar. 80

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bian Dietz

sentimos ressão!»

xto: André Garrido Fotografia: PhotoPaintball

GRIP: Porque é que usas o nome Deedz na tua jersey da seleção Alemã? Fabian: É a minha alcunha no facebook. As pessoas também me chamam Dee ou Dazzle, por isso está relacionado com isso… GRIP: No início deste ano

provavelmente a vossa equipa delineou alguns objetivos. Quais foram? Fabian: O nosso objetivo no Millennium é ficar no top 5. Tivemos um período difícil com alguns altos e baixos nos últimos anos por isso este ano quisemos mostrar mais consistência. Para a liga alemã o que queremos, como sempre, é ficar em primeiro lugar, coisa que só conseguimos em 2010. Mas mesmo antes do início da época perdemos três jogadores importantes, por isso estamos num momento de reconstrução. GRIP: Disseste que perdeste três jogadores, mantendo apenas quatro do ano passado. Porquê tantas mudanças na equipa? Fabian: Esses jogadores tiveram de sair por razões pessoais. Jogamos com a mesma equipa há cerca de quatro ou cinco anos. Quando quatro jogadores saem antes do início da época a equipa fica muito desfalcada, especialmente na Alemanha onde é muito difícil arranjar jogadores capazes de jogar CPL. GRIP: Os Instinct sempre foram uma equipa da segunda metade da tabela. Vocês ganharam SPL há quatro anos mas parece que o sucesso em CPL sempre foi difícil de alcançar. O nível de CPL é muito mais difícil que o de SPL? Fabian: Claro que é, em SPL tens sempre quatro ou cinco equipas de topo mas a qualidade das restantes não é muito

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elevada. Em CPL também tens equipas de topo mas as equipas que estão entre a 4ª e 12ª posição têm um nível muito similar. Basta olhar para a classificação deste ano, as equipas estão muito próximas umas das outras, exceto as duas equipas do topo. GRIP: Neste momento os Instinct são uma das melhores equipas Europeias em CPL, ocupando o quarto lugar. A que se deve esta subida de forma? Fabian: Tal como disse antes, quisemos mostrar uma maior consistência chegando mais vezes ao Sunday Club e até ao momento fizemo-lo em todos os eventos. Os jogadores que saíram na última época fizeram com que tivéssemos de nos reforçar. Além disso temos o Archie a jogar a época toda connosco que é o tipo de jogador que precisamos, com experiência e capacidade.

Archie. O Billy Bernachia também vos está a ajudar. Achas que se sem os Norte-Americanos o vosso nível seria mais fraco? Fabian: Claro. Temos novos jogadores que estão capazes de jogar em CPL mas são um pouco inexperientes por isso não tínhamos a certeza se eles eram capazes de demonstrar a consistência que precisamos. Estamos neste momento a ensiná-los e dar-lhes alguma experiência na liga alemã, para que possam crescer.

«Os Syndicate estavam atrás

GRIP: Sendo sincero, algum de vocês alguma vez pensou estarem tão bem classificados nesta fase do Millennium? Fabian: De modo algum! Esperávamos estar entre os seis primeiros mas não tínhamos a certeza se eramos capazes. Por isso neste momento estamos muito contentes com a nossa classificação e queremos estar entre os quatro primeiros no final. GRIP: Disseste que têm a ajuda do

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de nós antes de Londres e continuam atrás nós.» Mas para CPL precisávamos de jogadores que estivessem prontos a jogar e por isso fomos buscar o Archie e o Billy para esta época. Eles são grandes jogadores e são as pessoas corretas para ocupar o lugar dos jogadores que nos deixaram. GRIP: É bom tê-los na equipa apenas para ganhar jogos ou eles ensinam-vos alguma coisa? Fabian: Aprendes sempre algo com outros jogadores. Não propriamente a nível de técnica mas mais como é que eles abordam o jogo, a nível tático e ginástica mental. GRIP: Outra coisa que disseste com orgulho foi o facto de terem


conseguido passar a todos os Sunday Club este ano. Qual é o sentimento ao pertencer a esta elite?

Fabian: Sabe muito bem, claro! Como se costuma dizer, o torneio a sério só começa mesmo no domingo. Não há

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nada pior que dormir até tarde nos domingos e ir para os campos assistir aos jogos. Passar a todos os Sunday Club é o caminho para o sucesso, se conseguires fazer isso toda a época terás de certeza um resultado aceitável. O ano passado conseguimos um terceiro lugar em Bitburg mas não jogámos bem nos outros eventos, por isso a consistência é a única coisa que conta. Se fores sempre ao Sunday Club basta fazer um ou dois resultados melhores para chegar ao topo. GRIP: Foi importante deixar os Syndicate fora do Sunday Club

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em Londres? Fabian: Geralmente tentamos criar o nosso sucesso à conta dos nossos resultados e não pelo falhanço dos outros. Os Syndicate estavam atrás de nós antes de Londres e continuam atrás nós, por isso nada mudou. Claro que existe sempre uma competição entre Alemães mas para mim é mais importante ser uma equipa de topo na europa do que ter uma melhor resultado que os Syndicate. GRIP: Dizes isso, mas perdeste todos os jogos contra os Syndicate, embora continuem a vossa equipa continue à


frente. O que é que isso vos faz sentir? Fabian: Tal como disse sabe bem estar em quarto lugar, adoraria ter tido sucesso contra os Syndicate também, porque odeio perder jogos seja com quem for. Os Syndicate mostraram estar mais bem preparados quando jogaram connosco mas nos restantes jogos estiveram muito inconsistentes o que faz com que sejamos a melhor equipa alemã. GRIP: São eles o vosso pior e mais direto adversário? Fabian: Neste momento os nossos adversários mais diretos são as equipas imediatamente à frente e atrás de nós, que não são os Syndicate. Não quero saber como é que os Syndicate estão, desde que a nossa equipa esteja melhor. GRIP: Como é que vocês se preparam para os eventos? Fabian: Durante toda a época treinamos todos os fins-de-semana. Depois do Millennium tiramos um fim-de-semana de folga. Normalmente estamos sempre a treinar com outras equipas, tentamos treinar com as melhores equipas à medida que nos vamos aproximando dos eventos. GRIP: Têm métodos diferentes de treino para o Millennium e para a liga alemã (DPL)? Fabian: Não, as melhores equipas com quem conseguimos treinar são os

Breakout e os Syndicate e tentamos treinar com eles a máximo possível. Fazemo-lo seja para o Millennium ou para CPL. GRIP: Pensam preparar-se de alguma forma especial para este último evento na Disney? Fabian: Vamos treinar mais afincadamente que nunca. Temos muito tempo para nos preparar. Iremos visitar os nossos amigos Icon para um fim-desemana de treino intensivo no verão e trabalhar duro nos restantes fins-de-

«O terceiro lugar ainda está ao nosso alcance, nós vamos lutar por ele!» semana no nosso campo de treino em Limburg, na Alemanha. Vamos tentar treinar com o máximo de equipas de topo. GRIP: Falta apenas uma etapa para o fim do Millennium e muitas coisas ainda podem acontecer. Qual vai ser o vosso plano? Atacar o terceiro lugar ou tentar manter o quarto? Fabian: O terceiro lugar ainda está ao nosso alcance, nós vamos lutar por ele! GRIP: Vamos ver: Art Chaos, Dynasty e provavelmente os melhores Tonton de sempre. Achas que os Instinct estão

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ao mesmo nível que estas equipas? Fabian: Se dermos o nosso melhor conseguimos vencê-los, já o provámos no passado. Esta época ganhámos aos Tonton todos os jogos que fizemos contra eles. GRIP : Ganharam aos Tonton e aos Art Chaos em Bitburg. Isto podevos fazer pensar que podem lutar pelo título na próxima época? Fabian: Isso é uma pergunta difícil. Temos de ver o que acontece no final da época. Neste momento não consigo focar-me na próxima temporada porque preciso de toda a minha concentração nesta. Mas iremos tentar melhorar o nosso resultado deste ano, seja ele qual for. GRIP: Se tivesses de escolher o melhor jogo e ao mesmo tempo o mais difícil, qual seria? Fabian: Quando derrotámos os Art Chaos em Bitburg. GRIP: Sentem alguma pressão para não perder o quarto lugar? Fabian: Sinceramente não, já ultrapassámos as nossas expectativas. Claro que se estás por lá e fizeste uma boa época não vais querer estragar tudo em apenas uma prova, mas não sentimos pressão e acreditamos na força da equipa para sermos bem sucedidos no final.

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GRIP: Esta situação com os Damage afeta todas as equipas de CPL. Pensas que haveria outra forma de resolver este assunto? Fabian: Bem… que podemos fazer? Os Damage têm certamente as suas razões para não vir às restantes provas. Penso


que ajudaria se existisse uma regra menos dura relativamente ao roster. GRIP: Parece um pouco duro trancar o roster no primeiro evento‌ O que pensas que poderia ser melhor para as

equipas? Fabian: Por exemplo a possibilidade de um jogador trocar de equipas uma vez por ĂŠpoca, ou a possibilidade de trocar jogadores durante a ĂŠpoca, desta forma poder-se-iam substituir jogadores

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lesionados. Penso que o limite deveria ser aumentado para 12 jogadores. GRIP: Usaste em Londres a nova GEO3. Sem a típica conversa de patrocinado, o que é que realmente pensas do marcador? Fabian: Todos sabem que os marcadores da Eclipse são muito fiáveis. Sempre gostei da GEO e agora eles fizeramnas mais silenciosas e com uma maior eficiência de ar, o que é uma evolução inteligente e muito sensata. De momento é o meu marcador de eleição em qualquer circunstância, nunca me deixou ficar mal. GRIP: Notaste uma grande diferença para a última GEO enquanto jogavas? Fabian: Notei uma maior eficiência de ar quando estava a encher a botija entre os pontos. Tem também uma alavanca pequenina num dos lados do punho que controla a velocidade do bolt, claro que meti tudo para baixo o que fez com que o marcador fosse mais silencioso e tivesse menos kick que a GEO 2.1. Vou vender a minha GEO antiga e começar a jogar com a GEO3 a partir de agora. GRIP: É interessante reparar que as mesmas equipas que estão atrás dos Instinct no Millennium estão à vossa frente no DPL. Porquê esta diferença? Fabian: É estranho! A consistência que temos tido no Millennium até agora não a

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conseguimos ter na DPL. Também temos um roster maior e tentamos que os novos jogadores joguem o mais possível. Até ao momento apenas ganhámos seis dos nove jogos o que está longe das nossas expectativas mas a época tem 22 jogos e está longe de ter acabado. GRIP: Será porque o Archie e o Billy não estão presentes na DPL? Fabian: Não, não diria isso. Somos bons o suficiente para ganhar a DPL sem eles e perdemos os jogos porque não jogámos o «nosso» jogo. E também precisamos que

«Não sentimos pressão! Já ultrapassámos as nossas expetativas.» os nossos jogadores ganhem experiência jogando, caso contrário teremos o mesmo problema para o ano que vem. GRIP: A maioria das equipas de topo de DPL jogam no Millennium. Deve ser uma liga muito competitiva comparando com outras ligas, não? Fabian: Sem dúvida que é! Existem quatro equipas CPL e algumas SPL. Tirando a divisão CPL no Millennium acho que a DPL é a liga mais competitiva na Europa. Claro que existem algumas equipas mais fracas, mas jogar contra as melhores equipas de DPL é sempre um grande desafio.


entrevista

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GRIP: Os Coming at Ya são uma das equipas que estão à frente dos Instinct. O que sentes por ter uma equipa de SPL à vossa frente? Fabian: Eles ganharam-nos por isso merecem estar à nossa frente neste momento, mas no final da época eles não vão estar à nossa frente. GRIP: Achas que vão conseguir ser líderes? Fabian: Vai ser difícil tendo já três derrotas. Vamos jogar duas vezes com cada equipa esta época, por isso podemos fazer com que eles percam um dos jogos e teremos de rezar para que as equipas à nossa frente percam outros tantos. GRIP: É estranho como o país com maiores restrições legais para a prática de paintball tem uma das maiores ligas nacionais europeias. Como é que a «lei das armas» afeta o vosso nível competitivo quando os miúdos só podem começar a jogar a partir dos 18 anos? Fabian: Sinto que isto irá ser um grande problema no futuro. De momento temos alguns jogadores Alemães que podem jogar ao mais alto nível internacional, mas é muito difícil treinar jogadores novos para chegar a este nível. Há uns anos era muito comum na Europa começar-se a jogar paintball quando se era mais velho, mesmo sendo permitido noutros países, mas nos dias de hoje vê-se cada vez mais miúdos, por exemplo de França, que estão a subir a um nível

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muito rápido. Quando jogas paintball pela primeira vez aos 18 anos tens apenas um curto espaço de tempo para chegar ao mesmo nível de jogadores que já jogam há anos.

«É ma

GRIP: Na Nations Cup a vossa seleção passou do nono lugar, em 2011, para o quarto este ano. Obviamente pretendiam mais, mas consideras que foi um resultado positivo? Fabian: Foi um resultado positivo especialmente porque jogámos bem em conjunto e nos comportámos com uma equipa. De qualquer das formas

Insti


importar… Para o pessoal dos Instinct que estava a jogar na seleção posso dizer que estávamos focados nos nossos jogos de domingo e talvez seja essa a razão porque deixámos de dar 100%. Talvez não tenha sido a decisão correta mas para ser honesto neste momento é mais importante jogar com os Instinct no Sunday Club.

devíamos ter conseguido mais que o quarto lugar. GRIP: Perderam 4:3 contra a Rússia e depois perderam novamente 4:1 com

ais importante jogar pelos

inct do que pela seleção» a França na luta pelo terceiro lugar. Deram mais luta aos atuais campeões do que contra a França. Depois de perderem com a Rússia deixaram de se importar com o resultado? Fabian: Não foi ter deixado de nos

GRIP: Reparei que muitas seleções pensaram da mesma forma. Claro que adoram representar o seu país mas as suas equipas são sempre mais importantes. Pensas que isto acontece porque isto é mais um show-off do que realmente uma verdadeira Nations Cup? Fabian: É bom haver uma Nations Cup e sinto-me honrado por ser selecionado para a seleção Alemã. Mas colocar todo este evento na sexta-feira e no sábado é o que o torna um show-off. Claro que os jogadores vão-se focar nas suas equipas. Talvez devessem fazer eventos separados tendo o Nations Cup como base, só assim podemos ver todos a dar o máximo. GRIP: Não deve ser fácil monetariamente jogar DPL, Millennium e Nations Cup. A seleção Alemã teve algum patrocínio ou apoio? Fabian: Sim, tivemos, o que nos ajudou imenso. A seleção Alemã existe desde 2009, nessa altura viajávamos para os World Games em Taiwan e já na altura os custos eram suportados pela DPL. Mas percebo perfeitamente que nem todos

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os países tenham uma estrutura tão boa que possam apoiar a sua seleção. GRIP: Fizeram treinos enquanto seleção? Fabian: Não fizemos nada disso! Este ano as nomeações saíram muito tarde e por essa razão não tivemos tempo para treinar. GRIP: Estar em frente a centenas de pessoas a ouvir o nosso hino nacional é algo indiscritível. Na primeira vez que te aconteceu, o que te passava por aquela cabeça naquele exato momento? Fabian: É sempre fantástico estar em frente a uma multidão que torce por ti. Nestes momentos pergunto-me a mim

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mesmo: «Como é que eu mereço estar aqui?». Existem na verdade pessoas que vêm ver-nos jogar paintball. É fantástico e isso motiva-me sempre. GRIP: Os Instinct são uma equipa muito sóbria. Sem grandes vídeos, sem grande atividade no facebook, sem marketing viral. Pensas que muitas equipas perdem a sua energia e se dispersam do que realmente interessa? Fabian: Não sei. Nós tentamos mantermo-nos verdadeiros e não nos comportarmos como estrelas ou algo do género. Somos como muitos outros que jogam paintball, tivemos apenas sorte de chegar tão longe. É importante haver um bom relações públicas, e ao


vos ajuda a evoluir? Fabian: Não termo-nos que preocupar com tinta, marcadores, roupa, entre outras coisas ajuda imenso. O Stefan Maiwald, fundador e dono da nossa equipa, é dono da 2Die4 Paintball que é o nosso patrocinador principal, e ele faz tudo pela equipa o que é um grande apoio para nós. Ele tenta sempre arranjar-nos os melhores patrocinadores e penso que este ano ele

mesmo tempo tentamos que as pessoas façam parte das nossas viagens, treinos, etc. Mas por vezes existem situações exageradas como aqueles posts no facebook: «façam like à nossa página e podem ganhar uma merda qualquer». As pessoas não querem isso. Nós quando damos alguma coisa é porque queremos realmente oferecê-la e não para ter mais likes no nosso facebook. GRIP: No entanto passaram de uma jersey muito trivial para uma das jerseys mais fixes do torneio. Porque esta mudança? Fabian: Basicamente desde que fomos patrocinados pela Tanked o estilo das nossas jerseys foi evoluindo constantemente. Todo o design das nossas jerseys é feito pela Tanked e eles fazem as melhores jerseys do mercado. Também temos sorte porque temos várias jerseys por ano.

«Quando oiço o hino

pergunto-me: “Como é que eu mereço estar aqui?”»

AD0010

GRIP: Todos sabem que as equipas grandes têm tudo o que querem desde jerseys a marcadores. Como é que isto funciona convosco e como é que isto

luggage

superou-se, temos o material de melhor qualidade do mercado: Planet Eclipse para os marcadores, GI Sportz para a tinta, Tanked para o nosso estilo, VForce para a máscara e a Globe Soldiers com todas as coisas fixes para aprimorarmos todo o nosso equipamento. Gostava de tomar a liberdade e agradecer a todos os nossos patrocinadores pelo apoio e por acreditarem em nós: Muito obrigado! •

WE’VE GOT IT IN THE BAG!

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© 2012 Copyright Planet Eclipse Ltd. Eclipse, the Estar Logo Device, Ego, Geo, Etek, Etha and EMC are all either design trademarks, registered trademarks or trademarks of Planet Eclipse Ltd. All other trademarks are property of their respective owners.


Marco de Canavese

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A GRIP foi a mais uma etapa do Campeonato Nacional. Muito pĂşblico, calor e muitas novidades marcaram a melhor prova de paintball de Portugal. Texto: AndrĂŠ Garrido Fotografia: PhotoPaintball

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Marco de Canaveses não é um local qualquer, viu nascer um dos homens mais ricos de Portugal, Belmiro de Azevedo, e a grande sex-symbol Carmen Miranda. Para juntar a este role de feitos, Marco, como é apelidado por todos, viu ser organizado pela equipa Mad Dogs a mais recente etapa do Campeonato Nacional Português. É interessante situar este evento no plano «político» que o paintball português atravessa, pois apesar de ter sido a segunda prova realizada pelo novo corpo da Federação Portuguesa de Paintball (FPP) esta foi a primeira etapa fora do

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tempo de transição. Estes não quiseram deixar nada a meio gás calando muitos daqueles que dizem que são sempre os mesmos e que apenas rodam de posições. Uma das novas decisões foi criar uma separação entre os campos fazendo um corredor, onde apenas os jogadores das equipas em pleno jogo podem estar presentes. Esta medida pretende controlar e evitar precalços devido à nova regra de coaching. A segunda medida tomada, e provavelmente a melhor para a transparência do nosso desporto, foi a contratação de João Ramos e


Pedro Batista, dois dos melhores e talvez convencidas pelo baixo preço mais antigos Eurorefs que têm como de inscrição no valor de 100€. Foi sem objectivo coordenar, ajudar e avaliar dúvida uma excelente novidade poder o desempenho das equipas de ver Sábado com muito mais equipas e arbitragem. Do que vimos foi jogadores. Melhor ainda é poder sem dúvida uma escolha pensar que este escalão acertada pois estiveram permite que equipas Novidades: constantemente a corrigir novas se possam iniciar corredor posições dos restantes central vedado, na vertente competitiva árbitros para que se do nosso desporto. A isto dois Eurorefs conseguisse ter a melhor chama-se pensar no futuro e e o regresso arbitragem possível. dinamizar o desporto. de 5Man. A terceira grande Os campos situavam-se medida adoptada foi a no campo na lateral do estádio criação do novo escalão de 5Man de Marco de Canaveses que possui que trouxe a esta prova 8 equipas, o excelentes condições para todos, mínimo para se realizar este escalão, como um piso sintético em perfeito

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estado, balneários com água quente, Relativamente ao layout foi o mesmo bar e uma zona de jogadores à sombra usado em Londres no ano passado, tendo como mandam as regras. A cereja no no entanto um dos campos sido forçado topo do bolo era sem dúvida a bancada a jogar sem uma parte da cobra no que parecia ter sido construída primeiro dia, devido a um problema propositadamente para assistir a com um dos obstáculos, não Os jogos de paintball, devido à estragando no entanto a grandes sua altura, o que permitia simetria do campo. Era um vencedores ver o campo na sua campo muito agressivo, foram C4 RTU, plenitude permitindo que podendo-se ganhar jogos Blue Falcon, se acompanhasse todas tanto pelo lado da cobra Triball as movimentações que como das chamuças, e Benfica. aconteciam. mas sendo geralmente a Um factor importante de cobra um modo de prender se parabenizar à organização foi o jogo e o lado das chamuças a a preocupação relativa à segurança. verdadeira fuga para a vitória. Fosse nas bancadas ou nas grades que As arbitragens estiveram a cargo dos separavam a estrada do campo viam-se Titans e do Boavista. Os Titans foram sempre redes ou fitas a proteger todos os uma equipa de arbitragem mais coesa, que podiam estar menos atentos. ativa e sempre com a preocupação

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de fazerem o seu melhor. O Boavista também esteve bem, embora tivessem tido alguns erros que prontamente foram corrigidos pela equipa da federação e pelo Xapi, o capitão da equipa, que

mostrou ser um líder autêntico à frente desta equipa. No Sábado, dia que começou com alguma chuva, foram realizados os jogos de 5Man e divisão GRIP. Infelizmente

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nesta divisão participaram apenas as O lugar mais ingrato ficou para os Mad quatro equipas que ainda não tinham Dogs que claramente foram afetados faltado a nenhuma das provas, o que pelo árduo trabalho que tiveram na noite provocou uma luta sem grandes objetivos anterior para que tudo tivesse preparado. para a passagem às finais. Na divisão Na terceira divisão não existiram de 5Man participaram oito equipas que grandes surpresas na ordem que as lutaram jogo após jogo no campo 2. equipas chegaram às finais. Embora Nesta última divisão houve passassem todas as equipas à fase claramente três equipas que mostraram seguinte era importante tanto para os que sabiam o que estavam a fazer, e não Trolls Ink como para os Blue Falcon que fosse o formato de jogo ser diferente, não se defrontassem nas semifinais. pensamos que o seu lugar deveria ser A grande surpresa foi quando os XXL na divisão acima. Essas equipas eram os Fusion ganharam aos Trolls Ink passando C4 RTU, os Brothers & Friends e para a final, onde defrontaram os CO2 + M5. No lado oposto os líderes desta divisão – A tivemos três equipas que Blue Falcon. A vitória na Paintland perderam demasiados final pertenceu a esta tem um dos jogos mostrando que última equipa que não estilos de jogo dentro deste escalão mais interessante teve grande dificuldade existem dois grupos, um em mostrar a sua e empolgante deles muito forte e outro superioridade. Os restantes dos últimos não tão preparado. lugares da classificação anos. A juntar às três grandes foram ocupados pelos XXL equipas desta divisão, os Fusion e pelos Trolls Ink. organizadores desta prova – Mad Dogs Desta forma os Blue Falcon cimentam – foram a quarta equipa a entrar nas o primeiro lugar da geral podendo ser finais, com apenas três vitórias tendo de difícil tira-los do lá até ao final da época. ir ao desempate com a equipa Cidade Domingo começou com a companhia Berço através da diferença de jogadores de um nevoeiro denso que embora eliminados. dificulta-se a visibilidade não era o Mantendo a consistência da primeira suficiente para impossibilitar a realização fase da prova todas as equipas acabaram dos jogos. Felizmente não durou muito nas mesmas posições com que passaram tempo e esteve um dia de sol fantástico, à segunda fase. Sendo assim os grandes talvez até um pouco excessivo. vencedores desta divisão foram os C4 No escalão secundário a luta dentro RTU, ficando em segundo e terceiro lugar dos dois grupos foi demasiado fácil para os Brothers & Friends e os CO2 + M5. as equipas que passaram às finais. No

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primeiro grupo, os Prophecy ganharam todos os jogos, tendo sentido pressão apenas no último jogo, onde estiveram a perder 3:0 contra os Fontainhas, segundos classificados do grupo, tendo conseguido dar a volta ganhando por 3:4. No segundo grupo Os Belenenses ganharam todos os jogos com vantagens consideráveis sobre os adversários ficando assim em primeiro lugar. Na segunda posição deste grupo ficaram os Triball XXL que apenas perderam o jogo contra Os Belenenses. Nas semifinais Os Belenenses continuaram com o seu caminho vitorioso ganhando aos Fontainhas. Os Triball por sua vez ganharam aos Prophecy, passando pela

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primeira vez a uma final este ano. E não podia ter sido uma passagem mais gloriosa pois ganharam a final à equipa de azul sem grande dificuldade. Na luta pelo terceiro lugar os Prophecy ganharam novamente aos Fontainhas, desta vez sem grandes percalços. Neste escalão ainda tudo está em aberto, principalmente porque as três equipas do topo ainda vão arbitrar nas próximas provas o que faz com que seja difícil apontar um favorito, pois todos sabemos como estas prestações podem ser decisivas para ganhar o título de campeão. No escalão máximo foi onde mais surpresas aconteceram este fim-de-semana no que toca a passagens às finais. No grupo 1 o Benfica cilindrou quem lhe aparecesse


à frente deixando o segundo lugar livre de Portugal – Tiago Batista. No segundo para os Paintland que demonstraram ter grupo foi onde as surpresas aconteceram, um dos estilos de jogo mais interessante tendo os Metralhas Porto perdido logo o e empolgante visto nos últimos anos, primeiro jogo contra a sua segunda equipa, apenas que não surtiu efeito contra o que provavelmente os desconcentrou a equipa de vermelho. A grande para os restantes jogos, tendo estrela dos Paintland nesta perdido o seguinte contra o É prova foi sem dúvida Sporting e apenas ganho impensável Diogo Almeida que esteve o último contra os Trolls. que atletas se concentradíssimo todo o alimentem à base No que toca aos Trolls a fim-de-semana, mostrando sorte foi idêntica tendo de sumos, bolos uma qualidade de jogo apenas ganho um jogo com creme e muito acima da média sendo contra os Metralhas Silver. chocolates. capaz de decidir jogos da sua Feitas as contas as equipas que equipa praticamente sozinho. Se passaram à fase seguinte foram os tivéssemos de apontar o melhor jogador Metralhas Silver e Sporting tendo ganho do fim-de-semana seria sem dúvida alguma dois jogos cada um. este jogador. Obviamente ajuda ter um Nas semifinais o Benfica ganhou aos dos cobras mais consistente e agressivos Metralhas Silver, tendo os Paintland

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de peixe sabe nadar. marcado encontro para as finais No final é ainda de salientar a vencendo o Sporting nesta fase. Pela expulsão do Joko dos Painland que conquista do terceiro lugar o Sporting ao atirar o marcador ao chão se fez o que se esperava ao vencer os apercebeu da asneira que cometeu e Metralhas Silver sem grande dificuldade acatou a decisão de uma forma calma e na luta pelo lugar mais alto do pódio e educada. Sem dúvida um exemplo os Paintland não conseguiram fazer a seguir! Por outro lado começa a ser novamente frente ao Benfica. gritante a quantidade de equipas que se Gerou-se algum desânimo com preocupam mais com o «não-jogo» das a passagem do Benfica à final, equipas adversárias do que propriamente principalmente vinda dos Metralhas em ganhar pelas suas qualidades. Porto, pois pensavam que o campeonato Quando esta prova acabou ficámos já estava perdido. Isto deveu-se ao com a ideia que foi a melhor prova facto de todos pensarem que faltava do Campeonato Nacional que apenas uma prova, quando na alguma vez presenciámos, verdade ainda faltam duas, seja «culpa» da visto que a prova da Maia A melhor organização ou da FPP. foi alterada para o final prova Existiram pormenores de do calendário. Contudo de sempre luxo, como os bonitos o Benfica é uma equipa do Campeonato pódios fornecidos pela cada vez mais forte, Nacional. Câmara Municipal que sendo indiscutivelmente promoviam o desporto, a melhor equipa no evitando que as imagens finais Campeonato Nacional, coisa ficassem com um ar amador. que estranhamente não demonstra O piso sintético tem sido uma aposta noutras provas como é o caso do RLX. recorrente devido à facilidade de Nesta equipa estão claramente duas manutenção e por não se estragar da das maiores promessas do paintball mesma forma que os relvados naturais. No português – Sven e Tony. Foram ainda entanto estes relvados acumulam muito buscar o Tiago Cunha, vindo dos Benfica calor em dias de sol intenso que provocam Kids, que é uma aposta clara para o a necessidade de uma maior hidratação. lado mais fraco do Benfica – a Cobra. Provavelmente o único ponto negativo Apesar de ter jogado muito pouco, o a apontar a esta prova, como a todas as que é normal nesta fase inicial, o Tiago restantes, é a falta de comida decente para demonstrou que não está ali para fazer uma prova desportiva. É de alguma forma favores a ninguém e que tem muito para impensável que atletas de alta competição mostrar. É caso claro para dizer que filho

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tenham de se alimentar de sumos, bifanas, bolos com creme e chocolates. Fica assim mais uma etapa do CN completa, ficando a faltar apenas duas etapas em Cascais e na Maia.

Aproveitamos para alertar a todos os atletas que a última prova serå realizada dia 5 e 6 de Outubro, sendo extraordinariamente realizado numa sexta-feira por ser feriado. •

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Casaco, Casaco PĂŞlo: Felipe Faisca Capacete: C.E.P. Paintugal Luvas: Emboscada

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Catarina Reis

Fotografia: Carlos Rodrigues (www.carlosrodriguesphoto.com) Assistido por: Pedro Santos Modelo: Catarina Reis Styling: Tiago Ferreira Assistido por: Carol Makeup & Hair: SĂ­lvia Ferreira Agradecimentos: Troca-Tintas

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Colete, Bolsas: C.E.P. Paintugal Colar: La princesa y la letchuga LenĂ o: Acervo pessoal (Tiago Ferreira)

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Vestido: Roberto Cavalli (Stivali) Sand谩lias: Stivali Luvas, Cinto: C.E.P. Paintugal M路scara: Emboscada

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Casaco: Felipe Faisca Roupa Interior: Com cor Botas: Acervo pessoal (Carol Mencia) Colar: Mango Meias de liga: Felipe Faisca Mรกscara, Colete, Marcador, Loader, Botija: Emboscada Bolsa: C.E.P. Paintugal

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Vestido: Felipe Faisca Sapatos: Stivali Pulseiras: Stivali Luvas, Marcador, Botija: C.E.P. Paintugal

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Lingerie: Felipe Faisca Pulseira: Mango Casaco: Emboscada Cinto: Stivali Tornozelo: Felipe Faisca Ligas: Felipe Faisca Sapatos: Ugg Luvas: C.E.P. Paintugal

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Casaco: Felipe Faisca Casaco PĂŞlo: Felipe Faisca Luvas, Capacete: C.E.P. Paintugal

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Macacテ」o: Felipe Faisca Cinto, Marcador, Botija, Capacete: C.E.P. Paintugal Botas: Ugg Pulseira Cobra: Stivali テ田ulos de sol: Acervo Pessoal (Tiago Ferreira)

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Colete: Felipe Faisca Calรงas: C.E.P. Paintugal Cinto, Mรกscara: Emboscada Colar: Mango Pulseira: Felipe Faisca

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Veckring Texto: André Faria Fotografia: Erik Chateau

No big game mais famoso de França juntaram-se mais de 700 pessoas para a sua segunda etapa. Vem conhecer uma das provas obrigatórias de qualquer jogador de recreativo.

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cenรกrio

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Veckring é um ícone no desporto, seja pelos milhares de jogadores que lá passaram, seja pelos outros milhares que desejam lá passar. Poderemos começar por identificar as origens das instalações que três vezes ao ano, nos grandes jogos europeus, juntam milhares de jogadores em cerca de oito hectares de pura loucura. Estas instalações faziam parte de um aquartelamento militar construído na década de 30, ao mesmo tempo que nascia a histórica Linha Maginot, um

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conjunto de fortificações que se estende por toda a fronteira FrancoGermânica, passando pelo Luxemburgo e parte da Bélgica. O bunker museu de Hackenberg fica a apenas um quilómetro de distância! A GRIP marcou presença nos dias 23 e 24 de Junho, no evento da Big Game Alliance, que contou com 644 jogadores vindos de França, Alemanha,

Luxem

Suíça, Ho


644 jogadores vindos de França, Alemanha,

mburgo, Bélgica, Áustria,

olanda, Portugal e Ucrânia Luxemburgo, Bélgica, Áustria, Suíça, Holanda, Portugal e Ucrânia. O primeiro dia teve como programa três big games de cerca de duas horas

cada, torneio 3x3 airball, e muitas «lavagens sexy» de tanques e veículos utilizados no terreno. De seguida a festa de jogadores repleta de sorteios, surpresas, slideshow de fotos, mais striptease, e uma longa noite de convívio multinacional. O segundo dia começou animado com todo o staff de Veckring, cerca de 30 pessoas e 60 árbitros, a ligar a bem oleada máquina de paintball mais famosa de França. Mais três jogos a completar a série de seis jogos,

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totalizando mais de 10 horas de paintball recreativo, tudo isto num único fim-de-semana. Jogos muito mexidos e simples composto por duas grandes fações, formadas por várias equipas multinacionais. No campo contavam-se vários obstáculos e edifícios para o jogador se poder esconder e progredir, evitando sempre que possível os temíveis ataques de tanques/ veículos de jogo. Durante os jogos contam-se inúmeras possibilidades de progressão tal é a quantidade de locais e edifícios, bem como a variação na progressão de ambas as equipas no terreno. Loucura especial no segundo jogo do primeiro dia – «Les mercenaires de la cuisine» – que opunha uma equipa com cerca de 70 jogadores colocados no edifício central – “La Cuisine” – contra outras duas compostas de cerca de 300 jogadores cada. O objetivo era conquistar o edifício e os misseis lá contidos, evitando que a equipa adversária o conseguisse. De realçar o bom apoio técnico e zona de lojas/patrocinadores com as presenças em força de Dye, Tippmann e Eclipse. Ainda de salientar

as ótimas condições acessórias e de apoio aos jogadores com bar e esplanada, casas de banho e duches (limpos constantemente), zona de campismo com eletricidade, balcão de informações, veículos de transporte para as bases e constantes teste crony antes e durante o jogo. Identificámos como pontos a melhorar, a falta de penalização das constantes quebras das regras básicas de segurança de muitos jogadores, com alguma inatividade dos árbitros nas verificações dos jogadores em campo, sendo necessário mais empenho dos mesmos para colmatar estes problemas. Trocar ou arranjar a maioria do sistema de redes da zona de segurança é uma boa aposta face ao uso brutal que as mesmas têm todo o ano. Da parte da organização, Mickael Amar afirma que todos os leitores da GRIP são bem-vindos, e convida-vos a participar no próximo jogo nos dias 15 e

Veckring tem big games, striptease, vídeos e mais striptease 16 de Setembro. Sem dúvida um sítio a visitar, por todos os aficionados do paintball recreativo, com a promessa de conquistarem uma mão cheia de novas experiências, amizades e aquele sentimento que nos fazem voltar a jogar este desporto, vezes sem conta. •

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Dra A

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ragão Azull

A GRIP entrevistou Sérgio Souza, o comandante e fundador da equipa Dragão Azull, uma equipa que há 22 anos vive e promove o paintball no sul do Brasil. Texto: André Faria Fotografia: Cedidas por Dragão Azull

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onfessa que é fascinado por este desporto desde o seu início no Brasil, entre 1989 e 1990, por intermédio de uma reportagem de uma das maiores emissoras de TV, que anunciava uma nova modalidade nos Estados Unidos da América: o paintball. Foi o suficiente para que junto com a família se envolvessem de corpo e alma, sendo desde então inseparáveis.

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GRIP: Como e quando nasceu o Grupo de Paintball Dragão Azull? Sérgio Souza: O grupo nasceu e desenvolveu-se com entusiasmo de guerra. Na época o primeiro formato do campo na sede era de «vila vietnamita» com casinhas de canas com o teto de palhas secas. Jogos de luzes, som de rajadas e do motor de helicópteros, faziam parte dos jogos, que na maioria das vezes eram à noite. Continuamos cavando trincheiras e construindo barricadas com sacos de areia. Hoje carregamos nos nossos coletes um símbolo que representa a 1ª Companhia. Fizemos muitas coisas, como torneios e campeonatos, inclusive com o exército, treinos com agentes da polícia ou seguranças particulares, e claro trabalhávamos muito nos alugueres de campo. No verão esgotavam-se todos os horários pois estamos sediados na zona balnear de Cassino. A nossa equipa conta com três Companhias. São elas: Charlie, Bravo e Alpha. E um grupo de Forças Especiais chamado 101 SFG. Cada uma tem um propósito dentro de um contexto estratégico operacional e organizacional. Atualmente priorizamos o uso da nossa sede para treinos da equipa. Os eventos são realizados em arenas escolhidas para cumprir o mais fiável possível, com a proposta dos temas das operações.

GRIP: E qual a origem do vosso nome? SS: O Grupo de Paintball Dragão Azull foi inspirado numa homenagem aos primeiros militares do Reino Português que aqui aportaram em 1737. Os Dragões eram unidades muito antigas na sistemática do exército português. GRIP: Podem descrever o vosso logotipo? Como foi pensado e o que transmite? SS: O nosso logo veio-se desenvolvendo junto com o grupo. O primeiro logo eram duas armas com uma bandeira na

«Hoje somos o resultado desta luta de mais de 20 anos

a defender o Real Action.»

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ponta do cano, e no centro um Dragão com farda rasgada como se estivesse se transformando. Depois o segundo logo, com o dragão no centro de uma mira apontando um marcador. Este ainda está no nosso campo. O atual é o resultado da evolução com uma referência ao antigo logotipo, pois o dragão no centro lembra um escudo medieval da nobreza. GRIP: Quantos jogadores tem a vossa equipa? De que zonas do Brasil são eles originários? SS: Hoje contamos com um efetivo de 38 jogadores e 14 agentes (pessoas que


trabalham na organização) a maioria da mesma cidade em função das muitas exigências do GPDA. Outros são de cidades vizinhas e um mora a 300 km, mesmo assim está cumprindo com o dever. Cito alguns exemplos: São necessários manter mais de 50% de presença em treinos, caso não atinja esta percentagem não participa nos eventos. Dentro de 45 dias sem comparecer é afastado automaticamente do grupo. A responsável direta pela organização

dos agentes é a D.A.00, minha esposa e também fundadora da equipa. Sem os agentes não conseguiríamos sobreviver como grupo. GRIP: Dedicam-se ao Paintball há muitos anos, mas de uma forma muito particular, nos eventos que organizam. Querem explicar como fazem os jogos de maneira a proporcionar uma experiência mais real? SS: Trabalhamos no estilo Real Action*,

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nosso principal objetivo é chegar o mais próximo possível das emoções vividas em combates reais. Por esta razão desenvolvemos operações com o plano de fundo baseadas em conflitos armados. Terra, mar ou ar, todas áreas, todas as especialidades são desenvolvidas em

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treinos para estarmos preparados a cumprir o papel seja ele qual for. Por esta razão contamos com jogadores veteranos de confrontos reais dentro do nosso grupo e também nas equipas que participam nos nossos eventos. Onde compartilhamos e desenvolvemos


reconhecido por aqueles que querem continuar praticando ou que um dia pretendam participar. Paintball é um desporto coletivo, o individualismo não tem espaço! GRIP: A que eventos o Grupo de Paintball Dragão Azull já foi ou vai participar em 2012? E em 2013? SS: Estamos a um mês do maior evento de Real Action* chamado de FALLUJAH. Simula a guerra do Iraque. Nesta edição

«O Paintball é um desporto coletivo, o individualismo não tem espaço!»

conhecimentos, técnicas especificas para atuar e tornar cada encontro único. Importante ressaltar a importância da qualidade coletiva. Não é possível praticar qualquer estilo de Paintball sem contar com o outro. Este é o ponto principal e deve ser valorizado e

que é bienal teremos FALLUJAH 8 – 24 Horas nos dias 7 e 8 de setembro, encerrando o calendário de 2012. Este evento é muito esperado porque é o máximo do Real Action*. Sobrevivência no limite, desgaste físico e psicológico ao extremo. Simula várias unidades militares montando base avançadas em território hostil (Iraque) onde precisam de sobreviver durante 24 horas ininterruptas. Difícil, intenso e desgastante. GRIP: Quais os vossos eventos preferidos e quais os que gostariam de participar? SS: Os que exigem e cumprem à risca

entrevista

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as regras de Real Action*. Não treinamos para errar, não treinamos para esperar horas de atrasos e nem enfrentar jogadores mal preparados sem treinos. Organização é a palavra de ordem!

disciplinado e naturalmente surge a obrigatoriedade de organização. Na minha opinião pessoal essas são as bases de qualquer desenvolvimento seja ele o que for. O paintball precisava disto!

GRIP: Planos para o futuro? Novidades nos eventos? SS: Após este evento de setembro já é tradição a nossa confraternização de final de ano, onde juntamos os Agentes num jogo. Às vezes usamo-lo como laboratório para a primeira missão do ano seguinte. Mas a descontração é o objetivo principal, para premiar os que trabalham somente como agentes, e que passam a usar os marcadores e disparar sobre os dragões jogadores. Férias, verão e treinos mais leves chamados de básicos para os novos integrantes do grupo. Sobre eventos do próximo ano Haiti 3 é uma proposta desafiadora que cresce a cada edição.

GRIP: O que é que o Grupo de Paintball Dragão Azull adora e odeia no Paintball? SS: Adoramos compartilhar o sorriso e o aperto de mão dos combatentes após cada evento por mais intenso e disputado que seja. Isso é impagável! Que fique bem claro é que nós do GPDA não somos contra outros estilos

«Adoramos compartilhar

o sorriso e o aperto de mão dos

combatentes após cada evento.»

GRIP: Qual é o estado do Paintball Brasileiro? SS: No centro do país, a metrópole de São Paulo, é forte tanto no comércio como na representação de todos os estilos de paintball. Normal uma vez que tudo começou por lá. Marcadores e suas regulamentações, eu vejo como positivo. Sempre que se oficializa uma modalidade abremse oportunidades do desenvolvimento

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entrevista

da prática do Paintball, muito pelo contrário, incentivamos as pessoas curtirem e terem oportunidades de conhecer vários estilos e assim optar por aquele que mais encaixa no seu perfil. Hoje eu agradeço ao paintball pela amizade forte e a união que tenho com meus filhos, pois cresceram dentro do campo trabalhando em grupo. Somos uma equipa unida. O paintball tem este diferencial, admite a participação de várias faixas etárias, e assim pai, filhos, avós, mães e netos podem fazer parte do mesmo desporto. É demais! Odiar? Não consigo pensar em nada neste momento.


GRIP: Se o Grupo de Paintball Dragão Azull pudesse mudar algo no desporto, o que seria? SS: Tiraríamos a distância entre a grande família de Real Action*. GRIP: Palavras finais para os leitores da revista GRIP ou algo que queiram acrescentar. SS: Aos leitores da revista GRIP, obrigado

por acompanharem nosso trabalho, esperamos poder manter este canal de comunicação e assim quem sabe no futuro poderemos dividir estas emoções que só o paintball Real Action* é capaz de produzir. Dentro ou fora de campo Bravura e Honra! Obrigado! • * Também conhecida como a vertente “Milsim” no Paintball.

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tippmann ch 52 horas foi a duração que teve o maior jogo de paintball já mais alguma vez feito. Estivemos lá e contamos-te tudo sobre o Tippman Challenge U.K. Texto: André Faria Fotografia: Bradlo Photography

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hallenge uk

cenรกrio

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Um dos jogos mais esperados de 2012 não dececionou nenhum guerreiro de paintball! Com um grande esforço foi possível jogar 52 horas non-stop. Surpreendente o ambiente do campo de treino militar composto por edifícios, casas, igrejas, garagens, sistemas de esgotos, tanques russos a arder, UAV´s e Humvees com metralhadoras de paintball. O jogo mais longo da história do Paintball ocorreu entre 13 e 15 de julho, em Sennybridge – Reino Unido, para os jogadores «esfomeados» que esgotaram os bilhetes em 4 minutos e 32 segundos, 9 meses antes do jogo começar! Mais de 800 jogadores de 14 países

diferentes estiveram presentes, voando e conduzindo vindos da Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Singapura, Malásia, Chipre, Malta, Noruega, Suécia, França, Alemanha, Bélgica, Rússia,

Edifícios, casas, igrejas,

garagens, sistemas de esgotos, tanques, UAV´s e Humvees.

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Canadá e África do Sul. O enorme desafio de criar um jogo fantástico e funcional, não apenas para cumprir as 52 horas de jogo, mas principalmente para exceder as expectativas dos jogadores, foi crédito de Al Murray que cooperou com a


organização da Shoreline. O trabalho ambicioso ou louco, foi possível devido a um grupo de trabalhadores corajosos, que cobriu 200 turnos de um trabalho muito complexo e cansativo, garantindo um jogo suave e seguro por tanto tempo. Como Tim Barnett, dono da Shoreline, diz: «A minha equipa trabalhou tanto que foi inacreditável. No final do evento os rapazes pareciam fantasmas de tão cansados que estavam. Estou muito orgulhoso pelo que eles alcançaram, e espero que eles sintam o mesmo. Foi uma estreia Mundial e eu não o teria feito sem o extraordinário trabalho da minha colossal equipa». O local escolhido para este jogo foi um dos atrativos mais procurados pelos jogadores. Uma verdadeira «meca» do Paintball, com uma cidade real, construída pelo exército britânico para a formação de tropas na guerra urbana. Originalmente construído na década de 1980, durante a guerra fria, quando esperavam ter de defender a Alemanha contra uma invasão Russa. A cidade foi projetada à semelhança de um

centro urbano da Baviera, com dezenas de edifícios com dezenas de salas e corredores e também espaços de caves e de sótão. Muitos dos edifícios estavam

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conectados através de túneis por baixo do solo e as ruas foram preenchidas com os tanques russos, APC´s e munições espalhados por toda parte. A cidade inteira tinha um sistema de áudio para efeitos de simulação de batalha durante o jogo e a cobertura de CCTV. O centro da cidade foi dominado por uma igreja, e nas suas traseiras, existia um cemitério, que presenciou batalhas assustadoras em redor das lápides. Resumindo, toda a área de jogo era extraordinária e como foram usadas bolas de tinta transparente, o cenário não ficou coberta de tinta rosa, verde ou amarela brilhante – ficou em perfeito estado, o que contribui para a atmosfera

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do jogo. Não se sente o mesmo como se estivéssemos num campo de paintball. Além da área de jogo extraordinária, outros fatores fizeram a alegria de todos os presentes! Dois Humvees blindados com a metralhadora Browning calibre 50 montada no topo, com marcadores de paintball no interior e a carrinha da A-Team com uma torre de 6 Tippmann Phenom no tejadilho, providenciou uma quantidade impressionante de poder de fogo. Os veículos foram usados para inserções de jogadores atrás das linhas inimigas e também para segurar uma equipa, se fossem demasiado dominantes. Outros brinquedos como os drones a voar sobre a área de jogo a captar


imagens HD, morteiros a lançar granadas de fumo a 100 metros, tanques incendiados durante os jogos da noite e uma montanha de pirotecnia para apimentar as coisas, tornou toda a experiência inacreditável. Os líderes das equipas mostraram um real caráter, dando apoio às suas equipas sem nunca perder o próprio humor ou o sorriso, apesar das longas e duras horas de combate. Nota especial para a Equipa Vermelha com os generais, Ghost e

Barry, batendo palmas a cada um dos seus jogadores dentro e fora do campo, não importava se eram 13 ou 1! Estes dois líderes incentivaram e levaram a sua equipa mais pequena à vitória, com o uso das suas personalidades.

Uma verdadeira «meca» do

paintball, com uma cidade real,

construída pelo exército britânico. Em 2013, a Shoreline produzirá o Tippmann Challenge França, com algumas novas ideias de jogo fantásticas, para desencadear na Europa.•

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Normandy D-Day

Grécia

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133 jogadores, 11 árbitros, sete elementos de staff, 17 equipas, 28 graus celcius e 15 hectares. Esta é a história do maior big game Grego. Texto: André Faria Fotografia: Tasos Kesanlis

O paintball está a dar uma nova cor à nuvem negra da crise económica Grega, pelas mãos e trabalho da Paintballonline Greece e Action Field, que nos últimos anos se reuniram para um esforço conjunto bem-sucedido, para produzir o maior big game do seu país! O número de jogadores de paintball tem vindo a diminuir nos últimos anos devido à crise mundial, mas esforços como este mantêm o desporto a andar e a melhor prova disso são os 133 jogadores presentes, vindos da Grécia, Bulgária, Alemanha, Grã-Bretanha e Chipre, mais os 18 membros da organização. O local escolhido para este «Normandy D-Day» grego, foi uma área de minas abandonadas que juntamente com os terrenos superficiais ajudou a criar o ambiente para este jogo. A equipa Alemã tinha três níveis de defesa e os Aliados tinham como objetivo capturar zona por zona, para chegar à base do general Alemão. O jogo começa com os Aliados a saírem das «lanchas de desembarque»,

com staff a lançar granadas de fumo e flash bangs, tornando-se numa corrida feroz em direção à tinta vinda dos Alemães, com muitos jogadores a serem eliminados a cada tentativa, que teriam de voltar atrás para o hospital. Esta missão é uma batalha de paintball épica, que permanece na memória dos jogadores todo o ano. Após a zona fortificada, os Aliados

Jogadores vindos de Grécia, Bulgária, Alemanha, Grã-Bretanha e Chipe. têm que lutar passo a passo para conquistar essa mesma zona, com os Alemães a defender a sua zona de cima. Estas outras zonas incluem edifícios e mato em cerca de 15 hectares, com missões de captura da base de artilharia de Pointe Du Hoc (que lançava bombas «virtuais» para a praia de desembarque), grande área de mato para os Rangers conquistarem Pointe Du Hoc e abrir a estrada para a parte

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traseira de defesa das forças Alemãs em Omaha Beach e a área de «cidade» com muitos edifícios, onde os Alemães tiveram sua última posição. Quanto aos momentos especiais no jogo deste ano, destacamos a nova

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«Missão Amfreville/Le Heuge», um jogo muito intenso durante a noite, dando novas ideias para o próximo ano, bem como os momentos de convívio que reúnem jogadores de paintball em todo o


Noites na montanha com cervejas e churrasco. mundo, com duas noites na montanha com cervejas e churrasco. George Adamidis explica à revista GRIP: «Mesmo num período de crise tínhamos muitos elementos novos no jogo. Estamos ansiosos pela próxima batalha «Normandy D-Day» que vai ser um jogo para recordar, com novos elementos a serem adicionados, mais jogadores de toda a Europa e mais surpresas».•

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DYE

COMPETITION GRADE PAINTBALLS Texto: Duarte Gomes Fotografia: DYE

A Dye parece um canivete suíço, tem tudo o que é preciso. É preciso um marcador – «aqui está» – é preciso um loader – «Só um minuto, está deste lado». É o mesmo para botijas, equipamentos, malas, entre outra centena de produtos. Resumindo a Dye produz uma série de artigos de elevada qualidade, necessários a todos os jogadores, para que estes só se tenham de preocupar em jogar. Por esta razão não ficámos impressionados com as bolas Dye Competition Grade, porque simplesmente correspondem ao critério que a Dye nos habituou – ­um produto de excelente apresentação e qualidade

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VANTAGENS

· Caixa reutilizável · Sacos com zip · Qualidade da casca · Qualidade da tinta DESVANTAGENS · Preço (Qualidade paga-se)

acima da média. A caixa é bastante bonita com efeitos brilhantes e o logo da Dye é impresso em relevo – enche os olhos de qualquer um. É feita com um cartão bastante forte dando-lhe uma resistência extra para


Muitos dizem ser as melhores bolas de paintball que apareceram nos últimos anos. Quisemos ter a certeza e fomos para o campo testálas. Não foi difícil chegar a uma conclusão. poder ser reutilizada. A forma de abertura é bastante prática, tendo umas asas laterais que ficam presas permitindo assim voltar a fechar a caixa de uma forma segura. Este sistema não foi incluído sem segundas intenções, porque mais uma vez pensaram além do banal e os sacos de bolas são feitos de um plástico mais resistente, para proteger melhor e durante mais tempo as bolas no interior do mesmo. O saco possui um fundo reto para ficar na vertical e assim não tombar, como costuma ser típico, espalhando as bolas. É fácil apaixonarmo-nos, pois nunca foi tão

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CASCA DA BOLA Esfericidade – Quanto mais redonda a bola for melhor é o voo da mesma, não creio que a bola voe mais longe, mas vai permitir tiros certeiros mais longos. Dureza – Ter uma casca estaladiça, ou seja uma casca que estilhaça ao contacto, por norma é dura, não deforma facilmente quando apertamos a bola com os dedos. Costura – A costura resulta quando as duas metades da bola são fundidas no momento que a tinta é colocada no interior. Esta costura deve estar o mais centrada possível para permitir um melhor equilíbrio da bola durante o voo. Por vezes a costura esta desviada, mas permite um bom voo devido a consistência da tinta. Cor – Uma cor escura dificulta que a bola seja vista pelo adversário, mas também mais difícil para vermos a trajetória da nossa linha de tiro.

TINTA Densidade – Uma tinta com a densidade certa deixa uma melhor marca. Se a tinta for demasiado densa a marca deixada é demasiado ténue porque a tinta espalha-se demasiado sendo mais difícil ser identificada. Se for pouco densa a marca é pequena demais para ser identificada, pois parte da tinta fica agarrada à casca. Consistência – Se a tinta não for homogénea, ficando o pigmento da cor separado da água, a bola fica mais pesada de um lado do que do outro ficando desequilibrada durante o voo, reduzindo assim os níveis precisão.

fácil encher os potes, é vazar as bolas e pousar o saco, pôr a mão no saco para tirar uma ou duas bolas e o pote fica cheio. Mas não fica por aqui, as bolas que sobraram no fim do dia basta voltar a colocar no saco e fechar com o fecho estilo zip, idêntico aos sacos de congelados, e as bolas ficam protegidas

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do excesso de contacto com o ar e devidamente acondicionadas dentro da caixa. Tudo pronto para o fim-desemana seguinte. No caso das Dye Competition Grade Paintballs, a casca é dura de cor azulescura e bastante esférica. A tinta é de cor amarela brilhante,


com a densidade e consistência correta. Na prática a trajetória da bola é perfeita, resultado de uma boa esfericidade, equilíbrio das costuras e da consistência da tinta. Linhas direitas de base a base. Quando atinge um adversário deixa marcas visíveis e

difíceis de limpar, uma das melhores qualidades que uma bola de competição deve possuir. O único senão desta bola é o preço elevado, mas estamos a falar de uma das melhores bolas de paintball do mercado. •

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GEO 3 A GRIP teve acesso ao marcador que todos falam e querem. Ficámos apaixonados!

Após o sucesso da Etha, pensámos que a Planet Eclipse fosse aproveitar um pouco mais essa glória, mas sem se esperar lançou quase em simultâneo a Etek4 e a Geo3. Quando recebemos a Geo3, ficámos com a impressão que parecia mais do mesmo. No entanto fomos surpreendidos com uma série de novas características que o tornam num marcador de topo. A qualidade foi de tal modo elevada que há muito tempo que não ouvíamos alguém dizer: «o marcador dormiu comigo ontem à noite… estava à espera de algo assim há muito tempo!». Ao adquirir esta nova Geo somos servidos por diversas características usadas noutros marcadores da mesma marca, como é o caso do cano Shaft 4,

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Texto: Duarte Gomes Fotografia: Planet Eclipse

regulador SL3, on/off POPS e conectividade E-Portal. Estas já não necessitam de qualquer explicação, mas podemos vos garantir que nada foi deixado ao acaso e tudo foi pensado ao pormenor. Esteticamente é dos marcadores mais bonitos que já vimos. Nas imagens que têm aparecido na Internet as tampas dos olhos parecem demasiado grandes, mas ao vivo podemos-vos garantir que ficam lindas. O novo frame e grip, já eram usados na Ego11, tornam a sua utilização bastante confortável e sem dificuldades em agarrar de modo

seguro. Além disto temos ainda bastante espaço para os dedos e um gatilho muito suave, que dá gosto afinar devido à quantidade de configurações disponíveis. Ao grip foi-lhe tirado um parafuso, quando comparado com as versões anteriores, o que se traduz em menos trabalho ao abrir para trocar a pilha. A consola dispõe de botões enormes e mais suaves, sendo mais fácil operar a placa. O ecrã é enorme com espaço para diversas informações, que podemos configurar sem qualquer dificuldade. Mas a grande novidade no frame é o Bolt Speed Control (BSC), sistema que permite mecanicamente controlar a velocidade do bolt. Se optarmos por uma velocidade menor, o resultado é uma maior suavidade do bolt, sem comprometer a performance com drop-off ou variações de velocidade. Maior velocidade torna o bolt menos suave, mas para quem quer jogar com altas cadências será obrigado a aumentar a velocidade. É uma afinação bastante fácil, sendo supostamente necessário uma chave, mas conseguimos mexer facilmente

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com a ponta da unha. Esta funcionalidade era algo impensável noutros tempos, pois o marcador para funcionar convenientemente não permitia baixar a pressão abaixo de um certo valor ou era necessário aumentar o LPR para não haver drop-off ou inconsistência na velocidade do tiro. Agora de uma forma imediata conseguimos suavizar mecanicamente o funcionamento sem comprometer a performance. O solenoide é idêntico ao usado no Ego11, mas redesenhado de acordo com as especificações da Geo. O corpo é de alumínio e incorpora a 2ª geração da tecnologia Innovative Solenoid Controlled Isolation System (ISCIS), que permite melhor eficiência e fiabilidade. Foi eliminado o Purge Cotrol Valve (PCV), também conhecido como a «peça branca de plástico que se parte ou se

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perde» na primeira Geo, quando se fazia manutenção ao regulador. Na Geo2 o PCV tinha sido escondido no corpo para dificultar o acesso. Esta peça tinha como propósito evitar que no momento da despressurização o marcador não disparasse sem o gatilho ser premido. Este mecanismo foi construído com a intenção de ser mais simples e fiável, mas também melhorar o consumo de ar. O bolt, conhecido por Cure ST2 Bolt, tem uma ponta de borracha para melhorar o contacto com a bola de paintball e ao mesmo tempo torná-lo mais suave, permitindo assim disparar tinta mais frágil e não esmagar a bola que está no alinhamento do feedneck. O Gen 3 Propshaft, teve alterações significativas com a intenção de melhorar o consumo de ar, pois permite melhor sincronização quando o bolt está em movimento. Nos testes realizados em campo

VANTAGENS

· Bolt Speed Control · Precisão · Extras (O-rings, Lubrificante, Tapa Canos e conjunto de chaves) · Consumo para uma Spool Valve ·Apoio Técnico

DESVANTAGENS

·

Preço


pudemos confirmar tudo o que foi dito sem qualquer exceção, desde a excelente precisão, fiabilidade e suavidade. Depois de pôr a botija e loader, o marcador tem um equilíbrio quase perfeito fazendo esquecer o peso do conjunto. Não conseguimos mesmo encontrar um ponto negativo, e acreditem que muito tentámos. Todas as alterações e melhoramentos realizados neste novo marcador fazem com que, sem qualquer margem para dúvidas, entre diretamente para o lugar de topo, fazendo companhia ao seu grande rival fabricado no outro lado do oceano.• publicidade

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backstage Se não sabes o que se passa com o teu marcador, tens de falar com um destes senhores. Eles são os geeks do paintball e percebem do teu marcador como ninguém!

1 – Qual é a verdadeira dificuldade do teu trabalho? 2 – Quantos marcadores arranjas e quantas horas de trabalho isso significa? 3 – Qual foi a avaria mais surreal que já viste?

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SEBASTIAN SCHUBERT Técnico de marcadores DYE

1 – A parte mais difícil é identificar corretamente o problema que o marcador tem. Muitas vezes as pessoas apenas sabem dizer que não está a trabalhar, por isso temos primeiro de perceber o verdadeiro problema, e depois resolvê-lo. 2 – No Millennium estamos presentes todo o dia. Estamos desde o primeiro jogo, às 8 da manhã, até ao último, por volta das 19:30. Em média vemos 30 marcadores por dia. 3 – Houve um jogador que uma vez trouxe o seu marcador sem nada no interior. Ele não conseguia fazê-lo funcionar e existiam fugas de ar por todo o lado – não tinha bolt, não tinha LPR, não tinha nada!

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DIRK JONAS HANNAPPEL

Técnico de Marcadores Luxe 1 – Ser o primeiro a chegar ao local e o último a ir embora. 2 – Depende dos dias. Alguns dias temos vinte ou quarenta e noutros só cinco ou seis. Trabalho das 8:00 às 20:00. 3 – Houve uma vez um jogador que jogava há cerca de três semanas que tentou um superman, ao aterrar partiu a mão e destruiu completamente o marcador.

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ROBERT POZDERKA

Técnico de Marcadores Eclipse 1 – O número de marcadores e ter a certeza que os nossos clientes estão satisfeitos, este último é o principal. É um trabalho duro, a reputação é difícil de ganhar e fácil de perder. 2 – As as horas oficiais de abertura são das 7:00 até as 18:00 mas se os jogos ainda estão a decorrer, também ficamos abertos. O número de marcadores por ano está atualmente a crescer. Recebemos muitos marcadores porque também os afinamos, o que significa que não estão avariadas, mas sim que as pessoas estão contentes com o serviço. O número de marcadores depende do número de equipas e de espectadores. Pode variar entre os 100 e os 200. 3 – A pior coisa que podes encontrar é o corpo da arma partida. Quando um jogador está a mergulhar pode acontecer a qualquer marcador. E é melhor acontecer ao marcador do que sofrer uma lesão. Se a arma ainda estiver na garantia tentamos arranjá-la ou substituir o corpo.

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2 GIFT-PACKS (ENTRADA + T-SHIRT) PAINTUGAL DIAMOND CONFLICT

A Paintugal, parceiro da Big Game Alliance, organiza mais um grande jogo para comemorar o seu aniversário. Um fim-de-semana em grande onde o paintball é apenas o início. COMO GANHAR Envia-nos uma frase com as palavras «diamante», «Paintugal» e «paintball» até dia 21 de Setembro para magazine@ grippaintball.com. As duas melhores frases recebem um conjunto de uma entrada e uma t-shirt.

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passatempos


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1 TANK TOP UNITED CLOTHING COMPANY

A United Clothing Company chegou à Europa. Queres ser um dos primeiros a usar os seus produtos?

COMO GANHAR Para te habilitares a ganhar um Tank Top tens de te tornar fã da United Clothing Company no facebook e fazer «like» e partilhar esta página da GRIP colocada por eles.

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passatempos


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1 JERSEY – RAMSTEIN INSTINCT

Já não precisas de parecer um vagabundo quando jogas paintball. A GRIP oferece-te a jersey com mais estilo do Millennium.

COMO GANHAR Iremos colocar esta página da revista no nosso facebook. Procura-a e partilha-a para te habilitares a ganhar uma das jerseys mais brutais do momento.

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AGRADECIMENTOS Domingos Leit達o Guilherme Pires Jo達o Ramos Joca Pedro Baptista

Muito obrigado!

/GripPaintball

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