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Retração Gengival | OralMED
RETRAÇÃO GENGIVAL
Metade da sua familia pode sofrer deste problema.
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É uma doença que afeta até 50% da população mundial. Mas tem tratamento e pode ser prevenida. Entenda tudo o que precisa de saber sobre as recessões gengivais, com a ajuda da Dra. Leonor Pimentel.
O que é a retração gengival?
A retração, também denominada por recessão gengival, consiste na migração da gengiva no sentido apical, expondo a raiz do dente. Por outras palavras, numa recessão num dente de cima, o que acontece é que a gengiva vai subir e a raiz do dente vai aparecer.
Esta retração é medida com recurso a uma sonda periodontal que permite classificá-la, uma vez que nem todas são iguais, nem possuem o mesmo plano de tratamento.
Retração gengival é o mesmo que periodontite?
Não. O facto de a pessoa ter uma retração gengival não significa que tenha periodontite. Pode ter tido um trauma de escovagem ou uma periodontite no passado, já tratada. Por isso é que o diagnóstico é tão importante.
Como é que este problema surge?
Pode surgir por trauma de escovagem, inflamação, trauma oclusal, hábitos tabágicos ou iatrogenia, como tratamentos ortodônticos ou restaurações que invadem o espaço biológico.
Que outras causas podem estar associadas?
Existem também fatores predisponentes, que estão relacionados com a anatomia. Por exemplo, o facto de o Paciente possuir uma gengiva e osso estreitos, aumenta a suscetibilidade de desenvolver recessões gengivais. Também a má posição dentária, freios altos e vestíbulos curtos contribuem para um maior risco.
E quais são os sintomas?
Os Pacientes poderão sentir hipersensibilidade dentária, devido à exposição da raiz, ou até mesmo dor, devido à acumulação de placa bacteriana e consequente inflamação da gengiva. Podem existir também sequelas estéticas, no caso de ocorrer em dentes numa zona visível. Se a causa desta recessão for uma periodontite, poderão sentir sangramento gengival ao escovar, mau hálito ou até alguma mobilidade dentária.
Quais são as consequências?
Se a causa é uma escovagem incorreta, normalmente temos apenas a hipersensibilidade como consequência. Se a causa da recessão é uma doença periodontal, haverá perda óssea e o que observamos é a gengiva a acompanhar o osso. Se a doença não for tratada e controlada, irá continuar a haver perda óssea, o dente irá ganhar mobilidade e poderá mesmo cair.
Tem tratamento?
Sim. A abordagem terapêutica pode ser conservadora ou causal. Se for conservadora, instruímos o método de escovagem correto ao paciente e são prescritos produtos para a sensibilidade dentária. Se for causal, é removido o fator etiológico e, no caso de ser num dente anterior (os chamados “dentes da frente”), tentamos resolver o problema estético.
Se não for apenas um tratamento conservador, o que pode ocorrer?
O tratamento depende da causa associada à recessão. Em primeiro lugar, temos de remover o fator causal. Dependendo do grau da recessão existem diferentes tipos de tratamento. Mas antes de passar para esta fase, é necessário que o paciente esteja estável, a doença periodontal controlada e haja uma boa higiene oral.
Algumas recessões necessitam de cirurgia, como é o caso dos dentes que estão em zonas visíveis, que por dor ou por razões estéticas ou pelo facto de estarem a aumentar, necessitam de enxerto gengival.
Se tivermos retração gengival, que cuidados deve ter?
O Paciente deve ter uma boa higiene oral, escovar a zona das recessões no sentido gengiva-coroa do dente, ir ao médico dentista de 6 em 6 meses e seguir as instruções médicas a nível de pastas dentífricas ou de outros produtos dentários.
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