Revista Fora de Casa Edição 08

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FORA DE

CASA REVISTA DA CASABLANCA TURISMO FEV-MAR-ABRIL | 2013

Cinema

As andanças do diretor Woody Allen

MODA

Gloria Kalil lança o livro Viajante Chic e dá dicas para quem vai viajar

entrevIsta

o industrial roberto macêdo fala sobre negócios e viagem

Hospedagem

Hotéis que são verdadeiras experiências

Gastronomia Na rota das cervejas, vinhos e cachaças

Roberta sá

Para muitos músicos, viajar é mais do que um simples deslocamento. é uma experiência completa. A fonte de inspiração pode estar na estrada COMO NOS CONTA A CANTORA


Não há nada melhor do que viajar e se preocupar apenas em aproveitar cada momento de tranquilidade. Viaje pelo mundo protegido com o cartão de assistência Coris. Reconhecido pela qualidade, líder absoluto de mercado.


Viajar é

experimentar São para estes viajantes que a Casablanca Turismo está preparando

sua empresa Para viagens que vão além do bilhete, do hotel e dos pontos turísticos

Natália e Regis Abreu diretores

A

viagem pela experiência. Que tal se hospedar em uma suíte que fica no fundo do mar, em Fiji? Ou, depois de voar de balão pela Capadócia, dormir em um hotel-caverna? A hospedagem é o destino para muitos e não apenas um local para ficar. Para outros, experimentar uma viagem, é beber, literalmente, na fonte. Seja ao cruzar todas as rotas do enoturismo, ou ainda visitar cada pub e cada cervejaria. “Procuro conhecer as pessoas e os lugares que elas frequentam, a boemia de seus costumes mais simples”, comentou Fagner. Assim como o cantor cearense, outros músicos enxergam em suas viagens uma oportunidade de experimentar vivências e até transformá-las em inspiração para suas composições. Outros, como os fotógrafos Silas de Paula e Felipe Araújo, traduzem estas experiências em imagens. Woody Allen fez o mesmo com seus mais recentes filmes. O diretor transformou destinos turísticos em experiências, cidades em personagens. Suas andanças por Nova York, Paris e Barcelona rendem bons roteiros. O esporte também pode ser uma forma de vivenciar e viajar. Uma maratona pode virar uma boa desculpa para conhecer as ruas de uma grande metrópole ou de um pequeno vilarejo. São para estes viajantes que a Casablanca Turismo está preparando sua empresa. Para viagens que vão além do bilhete, do hotel e dos pontos turísticos. Um conceito que parte do desejo e do perfil de seus clientes. E para fechar com chave de ouro esta edição, conversamos com a sempre chic Gloria Kalil. A consultora de moda dá dicas para viajantes de primeira e vigésima viagem. E para aqueles que procuram ir além da viagem. Boa viagem e boa leitura.

Leia mais sobre as reportagens da Fora de Casa, revista da Casablanca Turismo em: www.casablancaturismo.com.br/blog Tiragem: 10 mil exemplares Contato comercial: foradecasa@casablancaturismo.com.br

EXPEDIENTE FORA DE CASA, REVISTA DA CASABLANCA TURISMO é customizada pelo O POVO Coordenadora do Núcleo de Revistas Ana Naddaf Diretora de Criação do Núcleo de Design de Negócios Andrea Araujo Gerente de Marketing Casablanca Turismo Bárbara Rêdes Edição Ana Naddaf Projeto Gráfico e Edição de Arte Andrea Araujo Design Eduardo Vasconcelos e Ícaro Guerra Textos Ana Naddaf, Callen Leão, Carol Macêdo, Donny Soares, Isabela Bosi, Larissa Viegas, Murilo Viana e Natália Évila Revisão de Textos Soriel Leiros Diretora Comercial Mariza Quinderé Gerente Comercial de Projetos Aline Viana Gerente de Negócios Edileuza Mendonça Banco de dados Carlos Walewsky, Camila Fernandes e Flávius Júnior Fale conosco nucleoderevistas@opovo.com.br www.opovo.com.br Impressão: Gráfica Halley

FORA DE

CASA

CINEMA AS ANDANÇAS DO DIRETOR WOODY ALLEN

MODA GLORIA KALIL FALA SOBRE O LIVRO VIAJANTE CHIC E DÁ DICAS PARA QUEM VAI VIAJAR

REVISTA DA CASABLANCA TURISMO

ENTREVISTA

FEV-MAR-ABRIL | 2013

O INDUSTRIAL ROBERTO MACÊDO FALA SOBRE NEGÓCIOS E VIAGEM

HOSPEDAGEM HOTÉIS QUE SÃO VERDADEIRAS EXPERIÊNCIAS

GASTRONOMIA NA ROTA DAS CERVEJAS, VINHOS E CACHAÇAS

ROBERTA SÁ

PARA MUITOS MÚSICOS, VIAJAR É MAIS DO QUE UM SIMPLES DESLOCAMENTO. É UMA EXPERIÊNCIA COMPLETA. A FONTE DE INSPIRAÇÃO PODE ESTAR NA ESTRADA COMO NOS CONTA A CANTORA

Nossa capa: Roberta Sá, assim como outros músicos, faz de suas viagens inspiração para suas composições. Foto Divulgação


SCRAPBOOK


SCRAPBOOK


embarque

imediato fotos divulgação

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igor de melo

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14 Entrevista O industrial Roberto Macêdo ganha o mundo a trabalho, mas sempre consegue tempo para conhecer os lugares por onde passa 26 Hospedagem A escolha do hotel também pode definir o destino da viagem. Principalmente quando a hospegadem em questão oferece experiências únicas, como “dormir” no fundo do mar ou em plena floresta amazônica 30 Aventura Alguns viajantes buscam exatamente o oposto de descanso ao sair de casa, como cidades em conflitos ou locais em perigo. Seja pelas novas experiências ou para ajudar quem mais necessita

34 Gastronomia Na rota das cervejas, vinhos e cachaças. Experimentar bebidas em suas regiões de origem é ir além do prazer etílico. É “beber na fonte” da história e da cultura dos principais produtores 40 Moda A jornalista, empresária e consultora de moda, Gloria Kalil, lança seu quinto livro, o Viajante Chic, com dicas para viajantes de primeira, segunda e vigésima viagem. A Fora de Casa entrevistou a sempre chic Gloria Kalil

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felipe araújo

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Nesta edição, embarque para

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divulgação

46 Arte Conhecer um lugar por meio de lentes e objetivas. Viajar para fotografar diferentes cidades e culturas pode representar, além de guardar as histórias de viagem em imagens, crescimento profissional 50 Cinema De Nova York a Paris, passando ainda por Barcelona e Roma, os filmes de Woody Allen têm cenários deslumbrantes. As andanças do diretor por esses destinos dão boas ideias para roteiros de viagem 52 Música Para muitos músicos, como Roberta Sá e Fagner, viajar é mais do que um simples deslocamento entre destinos. Afinal, a fonte de inspiração pode estar logo ali, na estrada

56 Internet Uma mala pronta e um computador na mão. Blogs sobre os mais diversos tipos de viagem e experiências 60 Esporte Participando de corridas de rua ou provas de triathlon, muitos descobrem no esporte uma oportunidade de conhecer novos destinos 64 Negócios A Casablanca Turismo vem implementando um conceito inovador para a programação de viagens que partem do desejo e do perfil de seus clientes

Bahia Bélgica Egito Espanha Fiji Haiti Índia Israel Jordânia Marrocos México Minas Gerais Nepal Parati Portugal Tailândia Tibet


8 CasA leitor

Fala, leitor!

Os leitores soltam o verbo sobre a sétima edição da Fora de Casa, revista da Casablanca Turismo

"Adorei a Revista Fora de Casa

"A matéria Por outros olhos ficou muito legal porque mostra essa nova tendência dos turistas de conhecerem os lugares a partir de seus próprios passos, não seguindo nenhum roteiro pré-estabelecido. A originalidade é muito valorizada hoje e todo mundo quer ter memórias de viagem diferenciadas." Deysilane Souza, administradora de empresas

e já reservei a Cinderella's Royal Table (da matéria Os Donos dos Parques) para jantar com meus filhos em março (2013)!"

"Achei muito bacana a matéria Caçadores de sabor porque, antes de vir morar na Alemanha, eu comecei a cozinhar pratos mais elaborados, mas sempre procurei fazer pratos de outros países. Assim como os chefs da reportagem, tenho nos meus planos visitar os países de onde aprecio mais a culinária e contemplar refeições feitas por chefs locais." Madsen Felipe, Digital Strategist “Eu não sentia vontade de viajar a Orlando e conhecer a Disneylândia. Porém, após ler a publicação especial da edição passada, passei a conhecer as atrações fantásticas que me despertaram um imenso desejo de encontrar os personagens que marcaram minha infância. Deve ser incrível a experiência! Não vejo a hora de vivenciar isso! Hakuna Matata!” Roberto Ruiz, estudante de administração

Liliane Gondim, servidora pública

“Gostei muito do projeto da revista. É moderno e bem atual. O conteúdo é bastante diversificado, com matérias que agradam vários tipos de público, desde os marinheiros de primeira viagem aos que já viajam há mais tempo.” Soraya Madeira, publicitária

i NOVIDADES

divulgação

Nova gestão corporativa

REVISTA FORA DE CASA

A Casablanca Turismo tem um novo nome em sua Gestão Corporativa: Gisela Maranhão, que assumiu o setor em dezembro de 2012. Com MBA em negócios na universidade australiana Queensland University of Technology, a nova gerente corporativo, das filiais Fortaleza e Recife. tem em seu currículo extensa experiência nos campos de eventos empresariais e comércio exterior. “Sou uma pessoa bastante determinada e me sinto conectada ao turismo. A Casablanca está há 25 anos no mercado e é uma referência no turismo nacional, porém o que mais me encanta nesta empresa é a busca incessante por estar sempre à frente do mercado. Esse conceito casa com minha visão de gestão”, diz. Gisela afirma que a tendência do turismo corporativo é a profissionalização,

pois o custo de viagens de negócios e eventos, dependendo do setor, pode representar até o terceiro maior custo de uma empresa. “O mercado, hoje, não quer emissão de bilhetes, as empresas buscam uma gestão efetiva do seu setor de viagens. A Casablanca Corporativa é uma TMC (Travel Management Company) com tecnologia de ponta que somada à experiência e know-how de sua equipe de profissionais pode fazer uma grande diferença em economia para uma empresa. Estamos prontos para proporcionar uma redução de custos para nossos clientes através do estudo do perfil da empresa, detecção de custos desnecessários, sugestão de melhorias, disponibilização de relatórios e sistemas de gerenciamento e aguardem, 2013 traz novidades”, adianta.



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Ticket na mão!

A Fora de Casa clicou alguns passageiros que passaram pela sala VIP do aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, e do aeroporto de Guararapes, em Recife fotos ethi arcanjo e divulgação

Fernando Torquato - Recife

Charles Reischman - Recife

Keila Rolim - Recife

Elias Benevides e Ana Ines Teixeira - Recife

Evaldo Junior - Recife REVISTA FORA DE CASA

Emanuelle Cazella Suhnel - Fortaleza

Claudia Cordeiro Parente - Fortaleza



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i Envie sua foto de viagem para ser publicada aqui! foradecasa@casablancaturismo.com.br

Viajar é preciso Conhecer um lugar novo é sempre uma experiência maravilhosa de dividir. Viajantes revelam à Fora de Casa, revista da Casablanca Turismo, o que de mais interessante fizeram em seus passeios pelo mundo fotos arquivo pessoal

Turquia – Grecianny Carvalho Cordeiro, promotora de justiça, e Hélder Cordeiro Junior, advogado “A Turquia é um país que impressiona pela beleza de suas variadas paisagens naturais, as quais se modificam de forma esplendorosa na medida em que avançamos pelo interior até chegar à exótica região da Capadócia. A suntuosidade da arquitetura bizantina, os traços deixados pela passagem romana, a receptividade e a simpatia do povo, tudo isso a torna um país apaixonante. Essa viagem teve um significado especial, pois tivemos a oportunidade de visitar as ruínas do local onde há séculos fora travada a mais conhecida guerra de todos os tempos, a épica guerra de Troia, inspiração para o meu romance TROIA: UMA VIAGEM NO TEMPO. A Turquia é uma viagem no tempo, onde o presente, passado e futuro se encontram numa harmonia inigualável.”

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Chile – Mariana Amaral, auxiliar administrativa, e família “Em outubro de 2012, eu e minha família passamos um maravilhoso feriado no Chile. Muitos já nos haviam recomendado essa viagem, sempre realçando a beleza das paisagens e a hospitalidade dos chilenos. Ainda fomos surpreendidos, pois, apesar das inúmeras indicações, ainda foi impressionante ver como fomos bem tratados e a exuberância do lugar. Tivemos um guia exclusivo conosco durante todo o período e isso nos possibilitou aprender muito sobre a cultura e costumes, algo que consideramos essencial em qualquer local visitado. É um passeio que ficará na memória e no coração de todos nós.”

Lagos Andinos – Nádia Farias, servidora pública, e jefferson de holanda, servidor público “Viajamos em lua de mel fazendo um percurso maravilhoso entre o Chile e a Argentina, incluindo a espetacular travessia dos Lagos Andinos. Tentar descrever em palavras as maravilhas que conseguimos vislumbrar seria impossível, mas podemos afirmar que nos consideramos felizardos pela oportunidade de em uma única viagem conseguirmos conhecer tantas belezas naturais e culturais, entre as quais podemos citar a presteza do povo chileno, o mercado de Santiago, a autêntica arquitetura de Puerto Varas, a paz espiritual em Peulla, a beleza da travessia dos lagos andinos, o aconchego de Bariloche e o encanto de Buenos Aires.”

Canadá e Estados Unidos – Sérgio Silveira Melo, economista, e Lígia Melo, dentista “Viajamos recentemente ao Canadá (Vancouver) e Estados Unidos (Nova York). Em Vancouver, tive a oportunidade de mostrar a cidade para a minha esposa e rever os lugares que frequentava quando lá morei. Trata-se de uma lindíssima cidade com altíssimo padrão cultural. Aproveitamos para visitar Vitória e Whistler, cidades próximas a Vancouver de enorme apelo turístico. Em NY, curtimos a cidade e aproveitamos o que ela tem de melhor culturalmente, gastronomicamente e comercialmente. Assistimos, na Broadway, às peças e jantamos no festejado restaurante japonês Morimoto.”

Europa – Francisco Fontenele, cirurgião plástico, e Verônica Montenegro, advogada “Iniciamos nossa viagem ao ‘coração da Europa’ por Geneva, onde participamos de um congresso médico. Viajamos por 14 dias, iniciando pela Suíça, com uma esticadinha ao sul da França, Chamonix (Mont Blanc) e Annecy, destinos absolutamente imperdíveis. Chegamos a Munique para assistir um show do Coldplay no Estádio Olímpico, impecável, construído para as Olimpíadas de 1972! Após alguns dias de cerveja alemã e vinhos brancos, Praga e Viena, onde, diante de cenários indescritíveis, pudemos ver in loco o quão importante é viajar (bem acompanhado!).” REVISTA FORA DE CASA


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fotos igor melo

O industrial ganha o mundo a trabalho, mas sempre consegue tempo para conhecer os lugares por onde passa – nem que seja visitando um mercado chinês para comer gafanhotos fritos! Natália Évila_nataliaevila@opovo.com.br

O mundo de

Roberto Macêdo REVISTA FORA DE CASA


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Roberto Macêdo i industrial

R

oberto Macêdo, atualmente em seu segundo mandato na presidência da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), tem uma vida inteira dedicada ao trabalho. Desde cedo, se envolveu nos negócios do pai, José Dias de Macêdo, responsável pelo grupo J. Macêdo. A tranquilidade, as frases bem pensadas e a pitada de humor na fala, no entanto, não denotam cansaço ou estresse, nem evidenciam a agenda lotada do homem de negócios. Signo de quem gosta do que faz e trabalha com orgulho para o desenvolvimento do estado e do país. À frente da Fiec, desenvolve projetos que levam o conhecimento acadêmico à indústria e, na mão contrária, incentivam os estudantes cearenses a permanecer no Estado. A trabalho, Roberto Macêdo conheceu quase todo o mundo: China, Israel, Portugal, Espanha, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Argentina... Além disso, conhece cada canto do Brasil. Sempre em companhia de uma máquina fotográfica potente, Roberto registra suas viagens. Recorda-se com pesar de ter perdido um equipamento no aeroporto de Manaus e, durante a entrevista, aproveita para trocar dicas com o fotógrafo. Em uma conversa bem- humorada, revela um lado mais íntimo e familiar, poucas vezes visto nas matérias de economia dos jornais. Do jovem aprendiz que contava parafusos para aprender o valor de cada pequeno item na empresa, ficou a lição de ética que Roberto Macêdo carrega consigo até hoje.

"De um modo geral, a indústria no Brasil

não foi bem e alguns setores bem mais apertados do que outros"

Fora de Casa: O senhor está no seu segundo mandato como presidente da Fiec. Como o senhor analisa o ano de 2012 para a indústria? Roberto Macêdo: Falar da indústria é uma coisa um pouco, eu diria, complexa e eu teria que segmentar. Até para dizer o que é que está bom, o que foi mais ou menos, o que é que foi ruim. De um modo geral, a indústria no Brasil não foi bem e alguns setores bem mais apertados do que outros.

CNI - sendo convocada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e convocada pelo Ministério da Educação e pela presidente Dilma (antes, o Lula, e, agora, presidente Dilma) - chamou para que nós nos preparássemos para atender a triplicação do número de postos de ensino profissionalizante. E aí, criou-se um programa em que o governo financia esse ensino tecnológico. E, além disso, a nossa própria federação está buscando, na inovação, fazer com que as universidades se aproximem das empresas. Começamos também nesse segundo mandato, que iniciamos no ano passado, um programa para trazer de volta os alunos dos melhores colégios daqui que fazem vestibular no ITA, se formam lá e ficam no sul. Criamos aqui o programa Apóstolos da Inovação para atrair os meninos do ITA, cearenses, para virem para cá. Cristo fez a disseminação do cristianismo com 12 apóstolos. Então, nós criamos os apóstolos da inovação: seis do ITA e seis das universidades daqui que as próprias universidades indicam.

FC: Que diferenças o senhor pode apontar entre o seu primeiro e o segundo mandatos na presidência da Fiec? Roberto: Eu vejo uma diferença muito grande porque, quando nós chegamos aqui, de 2006 a 2010, nós fizemos um trabalho interno de profissionalização da instituição e busca de caminhos que viessem a fazer com que nós nos voltássemos mais para o fortalecimento sindical. De 2010 para cá, a própria

FC: Já que falamos sobre universidades... O senhor se formou em engenharia mecânica (pela UFC), mas não chegou a trabalhar nisso. Roberto: Eu fiz a universidade, então tenho o diploma, tenho o canudo, mas nunca exerci. Porém, a engenharia foi o que fez a minha cabeça e meu raciocínio de engenheiro. Porque, na cabeça de engenheiro, dois mais dois é para dar quatro sempre, não é? Já o advogado diz: “Bom... Depende...”.

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16 ENTREVISTA também tenho encontros e reuniões... Então, eu tenho uma escala de ritmo de viagem bastante intensa. FC: E o senhor também arruma tempo para viagens a lazer? Roberto: Para fazer lazer, uma vez por ano, como eu fiz agora, passei dez dias nos Estados Unidos com a família em Orlando, em Miami. Se eu vou fazer outra viagem esse ano? Estou achando difícil. Mas também, por exemplo, a trabalho eu fui a Israel, à Alemanha, à China...

em Pequim, eu fui em uma

rua que tem umas barracas no meio da rua e tem gafanhoto, cobra e eu fui lá experimentar um pouco FC: Mas por que o senhor nunca chegou a exercer? Roberto: Porque eu já com 17 anos estava participando das reuniões da diretoria das empresas do meu pai. E aí, fui me desenvolvendo lá. Mas eu comecei lá embaixo, comecei no almoxarifado contando parafuso para poder ter uma noção do valor de um parafuso dentro de uma empresa. Então, se eu digo que eu comprei mil parafusos e usei 300, no final do mês eu devo ter 700. Não é para se perder nenhum. Porque, senão, é custo e não foi aplicado. Isso para ter uma noção física do valor das coisas, que cada centavo é importante para o custo de qualquer negócio, qualquer empresa. FC: Por ser presidente da Fiec, o senhor viaja muito. A negócios, o senhor viaja para onde? Roberto: Meu destino, duas vezes por mês, é São Paulo porque nossa empresa e muito do que fazemos está lá. Viajo para Brasília pelo menos uma vez por mês para a reunião da CNI e viajo para o exterior quando necessário. E, pelo menos dez dias por ano, para passar dez dias fora, de férias. Como eu participo também de conselhos de outras instituições voltadas para o meio ambiente e para a parte social, eu

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FC: Mas nas suas viagens a trabalho dá para aproveitar? Roberto: Fui à China e, em Pequim, eu fui em uma rua que tem umas barracas no meio da rua e tem gafanhoto, cobra e eu fui lá experimentar um pouco. Aproveitar aquele momentinho ali para comer escorpião... E gostei! Bem torradinho! FC: Que lugar o senhor ainda não conheceu, mas que gostaria? Roberto: Nunca fui à Rússia, pretendo ir. Nunca fui ao Marrocos, pretendo ir. Fazer percurso do vinho na França. Gostaria de fazer na Toscana também, na Itália. Eu gosto de vinho e meu hobby é cozinha, então, junto as duas coisas. FC: E qual viagem o senhor já fez que nunca mais esqueceu? Roberto: Teve uma viagem que nós fizemos para os Estados Unidos. Fomos a Miami, de Miami a Las Vegas, de Las Vegas fomos a São Francisco, de São Francisco fomos a Los Angeles, de Los Angeles a Nova York e voltamos. Essa viagem foi composta por 14 pessoas: meu pai e minha mãe, todos os filhos e alguns agregados, ou seja, esposas e maridos. E me incumbiram de organizar e eu sofri pra danado porque ninguém queria obedecer! Então, eu fui, trabalhei muito em prol dos outros, me diverti até, mas trabalhei muito. Não repetiria, então é uma boa lembrança. E os outros ficaram com raiva de mim! Essa está marcada para sempre!


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tome como requisito básico, para a sua próxima viagem, todos os sentidos. Inclua em seu roteiro destinos que provoquem sensações e experiências por meio da visão, paladar, audição, tato e olfato. Sem deixar de lado um sexto sentido, a intuição

todos os

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sentido REVISTA FORA DE CASA


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ivisão

Artem Zhushman/ISTOCKPHOTO

A arquitetura audaciosa, os quilômetros de praias quase ao lado do deserto e as mesquitas de Dubai formam um cenário quase irreal para os olhos. Como dizem, o emirado de Dubai é um verdadeiro conto das mil e uma noites transformado em realidade


iaudição O amor de Cuba pela música e está presente por todos os lados da ilha. Em Havana, na capital, esta paixão revela-se nos clubes, nos cabarés e na salsa improvisada nas calçadas. Ou ainda nas lojas que vendem típicos instrumentos. E como não se lembrar do renomado Buena Vista Social Club, local onde músicos como Compay Segundo e Ibrahim Ferrer se encontravam para tocar na década de 1940

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Pedro Manuel Monteiro/shutterstock

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iolfato Uma mistura típica marroquina, chamada Ras el hanout, pode nos remeter às terras das especiarias. Cominho, açafrão, canela, coentro, noz-moscada, cravo-da-Índia e vários tipos de pimentas fazem a memória olfativa de mercados e lojas da região do Magreb, parte ocidental do mundo árabe, localizado no norte da África

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ipaladar Praticamente celebridades francesas, as confeitarias e as boulangeries de Paris fazem a primeira parada no roteiro gastronômico de qualquer turista . O croissant, por exemplo, é o item indispensável em um imperdível café da manhã "à la française". Claro que ao lado de um bom espresso. Depois, você pode seguir pelas delícias italianas, as cervejas belgas, os chocolates suíços

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itato A capTodas as texturas dos corais e peixes encontrados no Mar Vermelho, um golfo do Oceano Índico, que fica entre a África e a Ásia. A região, onde o deserto se encontra com o oceano, é um dos mais procurados destinos para a prática de mergulho e para uma fascinante viagem por incríveis formações de corais incomparáveis no mundo submarino

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iiNTUIçãoPara Mariana Para entrarmos em contato com o mundo não-físico, aquele que nos escapa aos cinco sentidos físicos, é necessário fazer da intuição uma perfeita companheira de viagem. Com a mente receptiva e os sentidos afinados, é possível absorver os cheiros, cores, sabores, gestos e sensações inéditas que se encontram na pequena Tailândia. O mix perfeito entre cultura, hedonismo e espiritualidade.

Pacotes Marrocos (05 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Marrocos 04 Refeições Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 5.978,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.793,00 + taxas 05 parcelas de R$ 837,00 l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 5.000,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.500,00 + taxas 05 parcelas de R$ 700,00 Dubai (05 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Conhecendo Dubai Sharjah l 02 jantares Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 6.358,00+ taxas Financiamento Entrada: R$ 1.908,00 + taxas 05 parcelas de R$ 890,00 l Saída de São Paulo R$ 5.700,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.710,00 + taxas 05 parcelas de R$ 798,00 Paris (05 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Paris Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza, Recife ou São Paulo R$ 4.132,00+ taxas Financiamento Entrada: R$ 1.239,00 + taxas 05 parcelas de R$ 579,00

ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br

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Está cansado dos ambientes frios das cadeias de hotéis? Existem opções de hospedagem que, por si só, já são uma verdadeira viagem. Carol Macêdo annacarolline@opovo.com.br

Muito além de

um lugar para descansar REVISTA FORA DE CASA


divulgação

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HOSPEDAGEM capa 27

escolha do destino é, geralmente, o primeiro passo no planejamento de uma viagem. Em seguida, a escolha da hospedagem merece atenção especial com vários fatores a serem analisados: preço, localização, conforto e, mesmo, os serviços extras oferecidos. Mas existe um grupo de viajantes que faz o caminho inverso: é a escolha do hotel que define o destino da viagem, principalmente nos casos em que o hotel em questão foge dos padrões e oferece experiências únicas. São várias as características que esses hotéis apresentam para fugir do comum e duas palavras podem defini-los: inusitados e exóticos. Alguns deles valem-se do ambiente insólito e – com estruturas típicas do lugar – são capazes de transportar o hóspede para uma atmosfera completamente diferente daquela a que está habituado. A Fora de Casa separou algumas opções para uma viagem diferente e fora do comum!

Poseidon Undersea Resort, Fiji

Já pensou em hospedar-se no fundo do mar? É essa a proposta do Poseidon Undersea Resort, cujo projeto conta com 24 suítes subaquáticas de luxo, além de atrações em terra – em uma ilha privada para seus hóspedes. Previsto para começar a funcionar em 2009, já teve a data de inauguração modificada algumas vezes, mas o site do resort já disponibiliza um cadastro para aqueles que quiserem se aventurar a 40 pés abaixo do nível do mar, e que tiverem US$ 15 mil (por pessoa) para bancar o pacote de sete dias.

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iponto de vista

Beleza, sal e frio Raquel Chaves - editora-adjunta do Núcleo de Cotidiano do O POVO

Desbravar o Salar de Uyuni, na Bolívia é experimentar a deliciosa sensação de se estar em outro planeta. Não precisa ter uma mente muito criativa para isso. Basta contemplar e viver aquele espaço de 12 mil km2. A cerca de 3.800 metros de altitude em relação ao nível do mar, o deserto imenso de sal puro deixa qualquer um embasbacado do começo ao fim do passeio. Seja de qualquer nacionalidade. A última noite de uma viagem de três dias pelo deserto foi passada em um incrível hotel todo feito de sal, o Palacio de Sal. No meio do nada, colunas, paredes, mesas, bancos, camas de sal. Duros feito pedra. Por conta da altitude e das baixíssimas temperaturas (por lá, os termômetros atingiram –10oC durante a madrugada), óbvio que não dá para pensar em conforto (apenas sonhar com ele). Só não indico essa viagem em julho. A não ser que você seja um esquimó ou tenha couro de cururu, vai sofrer de frio tanto quanto eu. A experiência, no entanto, é única. Meu namorado quer ir de novo. Mas, da próxima vez, vamos renegociar o mês.

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Hotel Kakslauttanen, Finlândia

Essa é uma opção para quem não tem medo de frio. O hotel de nome impronunciável está situado na Lapônia finlandesa, região em que o inverno predomina durante oito meses do ano e a temperatura chega aos 20oC negativos facilmente. Os iglus construídos inteiramente com neve são a opção para os viajantes extremos, mas o hotel dispõe também de iglus de vidro e cabanas de madeira, ambos com temperaturas mais amenas. Dependendo da época do ano, pode-se presenciar a aurora boreal, um dos espetáculos mais bonitos da natureza.

Palacio de Sal, Bolívia

O nome deste hotel já antecipa o que o turista irá encontrar: o sal é que dá forma a praticamente tudo, das camas às paredes. Apenas colchões, almofadas e ambientes molhados fogem à regra. Está localizado, no Salar de Uyuni, o maior espelho de sal do mundo, com 12 mil km2., a uma altura de 3.660 metros, em plena Cordilheira dos Andes. A imensidão branca do deserto de sal, aliada à altura da cordilheira, propiciam ao hóspede vistas singulares. Para completar a viagem, o hotel oferece spa e campo para a prática de golfe.


HOSPEDAGEM 29

Juma Lodge, Brasil

Em plena floresta amazônica, em uma região remota e preservada, chegar ao Juma Lodge já é, por si só, uma experiência. A viagem de barco de três horas desde Manaus (ou 30 minutos em um hidroavião) prepara aos poucos o hóspede para a experiência de vivenciar os encantos que a floresta oferece. São 20 cabanas construídas em palafitas para prevenir as cheias do rio. Entre os passeios que o hóspede pode fazer está presenciar o fenômeno do encontro das águas dos Rios Negro e Solimões.

diárias Lapônia - Finlândia Hotel Lapland Riekonlinna Diárias do apto. duplo - R$ 929,00 Capadocia - Turquia Goreme Kaya Diárias do apto. duplo- R$ 679,00 Fiji Fiji Beach Resort & SPA MNGB By Hilton Diárias do apto. duplo- R$ 1.150,00

Kelebek Hotel, Turquia

Ir para a Capadócia, com suas paisagens estonteantes em um verdadeiro museu ao ar livre, pode ser ainda mais interessante quando se hospeda em um hotel-caverna. Neste hotel, é possível ficar em uma suíte dentro de uma caverna ou em acomodações nos tradicionais arcos de pedra. Para completar a estadia, pode-se desfrutar de um banho turco ou fazer um passeio nos famosos balões de ar quente.

Amazonas Amazon Lodge Diárias do apto. duplo - R$ 1.050,00 ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br

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Em busca de

experiências Comprar as passagens, arrumar as malas e seguir rumo ao aeroporto. Não. Esse não é, necessariamente, o roteiro para aquela viagem de férias e descanso que tantos almejam. Alguns viajantes buscam exatamente o oposto disso ao sair de casa Isabela Bosi _isabelabosi@opovo.com.br

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o dia 26 de dezembro de 2004 um terremoto submarino atingiu o Oceano Índico, desenca d e a n d o uma série de tsunamis de até 30 metros de altura. Esse episódio marcou a história como um dos piores desastres naturais dos últimos tempos. Entre os países mais afetados, a Indonésia se destacou com o maior número de mortes: 126.915 confirmadas. O economista Felipe Melo (o Ufo) e o advogado Leonardo Campos (o Leondre) estavam lá exatamente nesse período. Eles tinham viajado em busca de outras ondas (um pouco menores) para surfar e acabaram se deparando com um cenário bem diferente. Decidiram, então, filmar o que, de fato, estava acontecendo ali e transformar esse material em documentário. O amigo Bruno Amaral (o Pesca) se uniu à dupla na Indonésia para ajudar no desenvolvimento do projeto. No Brasil, André Fran Pires trabalhou na produção. O resultado é o filme independente Indo.doc, exibido, em 2005, no canal SporTV com grande aceitação de público e crítica. “Resolvemos que queríamos dar continuidade a esse tipo de trabalho e conhecer ainda mais destinos complicados e causas importantes”, diz André, mais conhecido como Fran. Nascia, assim, o programa Não conta lá em casa, do canal Multishow. A ideia dos quatro rapazes é desmistificar os estereótipos de lugares em conflito, mostrando o ponto de vista dos cidadãos locais. O NCLC já está indo para a 6ª temporada, depois de passar por Mianmar, Coreia do Norte, Irã, Iraque e outros destinos. “Nessas situações extremas, conseguimos aprender lições valiosas que podem servir de exemplo de diversas maneiras”, diz Fran. Segundo ele, poder quebrar preconceitos culturais é “a grande missão do programa.”

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O programa Não conta lá em casa na Etiópia (na foto maior) e no Japão (foto menor)

Como se preparar para uma viagem de risco

"Nessas situações extremas, conseguimos aprender lições

valiosas que podem servir de exemplo de diversas maneiras" Fran Pires

Pesquisar profundamente em internet, filmes e livros sobre os lugares aonde você quer ir e sobre o que pretende fazer. Conseguir contatos experientes no local e checar com eles as reais condições de segurança de tudo o que você planejou: do local onde se hospedar aos passeios seguros de se fazer. Avaliar bem os propósitos que você tem com a viagem, além de observar se está com condições físicas e psicológicas de fazê-la. REVISTA FORA DE CASA


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Para entrar na viagem deles No dia 20 de janeiro de 2013, André Fran lançou o livro Não Conta lá em casa, com os relatos dele sobre os destinos mais insólitos do planeta. A publicação contém relatos inéditos de alguns dos destinos do programa. Acompanhe as aventuras do Não Conta lá em casa no blog do Fran: http://multishow.globo. com/platb/franontheroad

Situações de risco

Pacotes

Ajuda sem fronteiras

Israel, Jordânia, Marrocos (08 dias)

Algumas pessoas viajam a locais de risco para prestar ajuda. Quando algum local está passando por catástrofes, pobreza ou conflitos armados, diversas nações se unem para prestar socorro. O médico Frederico Carlos de Sousa Arnaud, professor de medicina de emergência da Universidade de Fortaleza, é um exemplo. Em janeiro de 2012, ele recebeu uma ligação do Ministério da Saúde, que perguntava se havia médico emergencista voluntário para viajar ao Haiti. O país tinha sido atingido por um terremoto. Arnaud respondeu “sim” sem hesitar. Arnaud passou 15 dias no Haiti, prestando todo tipo de socorro. Voltou para casa com a bagagem mais pesada de aprendizados médicos e pessoais. “Conceitos de necessidade e de humanidade passaram a ser tópicos mais presentes no meu dia a dia de homem e cidadão”, finaliza.

Inclui l Passagem aérea ida e volta l Conhecendo: Israel (08 dias) Sharjah l 02 jantares

Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 6.665,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 2.000,00 + taxas 05 parcelas de R$ 933,00 l Saída de São Paulo R$ 7.050,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 2.115,00 + taxas 05 parcelas de R$ 987,00 ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/ real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br

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Algumas viagens são mais tranquilas do que se imaginava. Outras, porém, mostram que certas escolhas são bastante arriscadas. Na primeira temporada do Não conta lá em casa, os quatros amigos foram ao Iraque no momento em que os Estados Unidos divulgavam oficialmente a devolução do poder ao povo iraquiano e diziam que este país voltava à normalidade. “O que encontramos foi um país praticamente em guerra, com atentados, violência e tristeza por toda a parte. Encurtamos a viagem e voltamos com uma lição nada animadora”, diz Fran. O hotel onde estavam hospedados sofreu um atentado, com mais de 70 vítimas, logo após a partida deles. Por isso, é extremamente importante pesquisar a fundo sobre o destino desejado – preferencialmente, com contatos locais que esclareçam a real situação do país. Mas nenhum imprevisto até hoje foi forte o suficiente para desanimar o grupo. Na lista de lugares que ainda querem conhecer, há vários: Paquistão, Caxemira, Tibete, Sudão, Arábia Saudita, Palestina, Israel e Faixa de Gaza – que, segundo Fran, sempre foi “um sonho” conhecer com o programa.


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DICAS 33

Esteja

atento!

Toda cidade tem seus encantos e perigos. No programa “Capitais do Delito”, do canal National Geographic, o apresentador Conor Woodman revela os principais golpes que bandidos aplicam em turistas. A revista Fora de Casa também dá dicas de como evitá-los

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m outubro de 2012, o canal National Geographic Channel lançou um novo programa: Capitais do Delito. Como o próprio nome sugere, o apresentador Conor Woodman vai às principais capitais do mundo e revela os truques que bandidos aplicam para lucrar em cima dos turistas. Com câmeras escondidas, Woodman deixa que o roubem para expor os golpes mais comuns em cada ponto turístico. O primeiro episódio foi no Rio de Janeiro. Lá, Woodman teve a carteira roubada, em pleno carnaval; a bolsa roubada na praia, por distração; e, ainda, foi tapeado por um taxista que disse ter recebido R$ 5 em vez dos R$ 50 que o apresentador deu. Do Rio, Conor seguiu para Buenos Aires, onde recebeu dinheiro falso de um taxista. A série também passa por Barcelona, Praga, Roma, Bangcoc, Deli, Istambul, Marrocos e Las Vegas. Há quem diga que o programa exagera, beirando o sensacionalismo, e que a realidade não é assim tão cruel. Pode até não ser. Mas não se pode negar que esses (e outros) golpes existem. Por isso, é importante estar atento e saber como agir em determinadas situações. No quadro ao lado, a Fora de Casa dá algumas dicas de como evitar os principais golpes.

Recorte e leve na bagagem

Isabela Bosi _isabelabosi@opovo.com.br

l Cuidado com os guias de turismo. Antes de combinar qualquer passeio com um guia, certifique-se de que é alguém de confiança. Normalmente, os hotéis e as agências de turismo sabem indicar a melhor opção. l Leve sempre o passaporte com você. Se vai viajar ao exterior, mantenha sempre o passaporte por perto. A dica é comprar uma pochete especial de viagem para guardar documentos e dinheiro com segurança. l Não perca de vista sua bolsa. Os golpes costumam ser aplicados em pessoas distraídas. Por isso, tenha sempre cuidado com bolsas e malas, principalmente em aeroportos. l Anote os números dos cartões de crédito. Caso você não saiba os números dos cartões de cor, é importante tê-los anotados. Se alguém roubar sua carteira, você deve telefonar imediatamente para o atendimento 24h e solicitar o cancelamento dos cartões. l Atenção com taxistas. Antes de entrar em um táxi, confira se é de alguma cooperativa de confiança. Caso tenha dúvidas, peça indicações no aeroporto ou no hotel.

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Rotas

da cerveja e do vinho

Viagens etílicas vão muito além de degustar novas bebidas. Significam conhecer a história e a cultura de cervejas, de vinhos e até de cachaças. E o diferencial de experimentar as bebidas em suas regiões de origem

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Murilo Viana_muriloviana@opovo.com.br

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gastronomia 35 Christian Draghici/shutterstock

m 2007, o dentista Rodrigo Campos estava em um pub na cidade de São Paulo quando decidiu provar a cerveja Erdinger, feita à base de trigo. Desde então, não parou mais de provar novas cervejas, estudá-las, fazer amigos que compartilham o mesmo gosto e fazer “turismo cervejeiro”. Todo ano faz, no mínimo, uma viagem com essa intenção, dentro ou fora do Brasil. “É um fetiche, um sonho poder visitar os principais países produtores e provar as cervejas que você mais gosta direto do fermentador, no caso de uma visita à cervejaria, ou pelo menos poder prová-las bem frescas nos bares locais,” ressalta Campos. Além disso, o cervejólogo nas horas vagas também admira a chance de conhecer quem produz as bebidas e, assim, entender a sua proposta e passar a respeitar o seu trabalho. Dentre as experiências, uma das preferidas foi conhecer um dos paraísos das cervejas: a Bélgica. Lá conheceu a capital Bruxelas, Antuérpia e Bruges. “Os bares e cervejarias são os principais pontos a se conhecer no país, fora os pontos turísticos tradicionais. Pretendo voltar para visitar as cervejarias que mais admiro e também os mosteiros trapistas que fabricam cerveja”, afirma. Naquele país, Rodrigo Campos também pôde perceber a diferença nos hábitos de consumo da bebida e a importância que os belgas dão à cerveja. “Lá, as cervejas costumam ter seu próprio copo e são consumidas nos bares e cafés. O cuidado dos bares no serviço é tão grande que você corre o risco de não conseguir beber uma ou outra cerveja se o copo dela não estiver disponível. Existem restaurantes especializados em cozinhar com cerveja e os pratos são consumidos com cervejas que harmonizam”, detalha.

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American Way of Beer

Os Estados Unidos também estão entre as lembranças de turismo cervejeiro preferidas de Campos. Foi a Nova York e conheceu vários bares cervejeiros, lojas, além da cervejaria Brooklyn Brewery. Segundo o cervejólogo, a vantagem é encontrar cervejas do mundo inteiro e ainda poder provar as mais de 2 mil cervejas artesanais. “Eles gostam de muitas cervejas com muito lúpulo, aproveitando a oferta de boa qualidade que eles têm do ingrediente. Outra onda deles são as cervejas sour, que possuem acidez, e as maturadas em barris de madeira”, conta. Campos tem vontade de visitar o Colorado e a Califórnia. São esses os seus próximos objetivos etílicos em terras americanas. Isso porque são estados com muitas cervejarias e festivais de cerveja reconhecidos pela qualidade, como o Great American Beer Festival, o maior festival de cervejas do país, que acontece no Colorado.

Sabores

Na Inglaterra, Campos pode provar as Real Ales em legítimos pubs e pode sentir todo o sabor da tradição das cervejas inglesas. A cerveja nas terras da Rainha tem menos gás e é consumida em temperatura mais amena, quase ambiente, o que pode levar, naturalmente, ao estranhamento para o paladar brasileiro, mas, nem por isso, é possível deixar de lado sua delicadeza e personalidade. Não é só do exterior que Rodrigo Campos tem boas lembranças etílicas. A viagem ao Vale do Itajaí, em Santa Cataria, por exemplo, foi uma das primeiras com o objetivo específico de conhecer cervejarias nacionais. Conheceu, em várias cidades, várias cervejarias. E também aproveitou a Oktoberfest, famoso festival cervejeiro, em Blumenau. “Era o dia inteiro dedicado à cerveja. De dia, nas cervejarias, e, à noite, na Oktoberfest”, recorda.

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Nas raízes da pilsener

Na hora de pensar qual o principal destino de férias em 2011, as cervejas tiveram um peso considerável para Guillherme Möller, produtor artesanal da bebida. O leste europeu foi a região escolhida por causa da Alemanha, o país que é o maior produtor de cerveja do mundo, e a República Checa, reconhecida pela qualidade das cervejas lager (pilsener, para os brasileiros), com sabor amargo e aroma floral balanceado por um gosto de malte levemente doce. Möller foi à cidade de Pilsen, na Boêmia, onde surgiu o estilo lager e comprou a primeira cerveja que surgiu desse tipo. “Eu poderia ter comprado uma garrafa de Pilsner Urquell no mercado, mesmo aqui no Brasil, mas sabemos que quando uma cerveja é engarrafada e pasteurizada, um pouco do sabor se perde e quando exposta a temperaturas altas (durante seu transporte, armazenamento etc) a qualidade piora ainda mais”, explica. Além do sabor diferenciado de beber a cerveja ainda não filtrada nem pasteurizada, direto do barril, vale a pena viajar com o objetivo de conhecer mais a fundo as cervejas e onde elas são produzidas, segundo o produtor. “O ambiente onde você se encontra e a história por trás desta cerveja tornam o gosto muito melhor”, ressalta.

O pub mais antigo No passeio por cervejarias em Praga, uma cerveja chamou a atenção do produtor artesanal da bebida, Guillherme Möller: a UFleku. A produção desta cerveja foi iniciada em 1499 e lá funciona, supostamente, o pub mais antigo do mundo. “A cerveja é fermentada em barril de carvalho aberto. Eles produzem uma cerveja darklager, com um sabor complexo de café juntamente com o amargor acentuado do lúpulo”, explica.

Serviço l Confira o blog de Rodrigo Campos sobre cervejas: paraquevocerveja.blogspot.com.br


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Pacotes Praga (5 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Praga

Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro ou São Paulo R$ 3.650,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 110,00 + taxas 05 parcelas de R$ 708,00 Bento Gonçalves e Garibaldi (5 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l 4 noites de hospedagem Aconchego da Serra l Tour Gramado e Canela Cultural com almoço gourmet na Cantina Di Capo. l Tour Vale dos Vinhedos com almoço gourmet em cantina típica italiana (opcional Trem Maria Fumaça) l Tour Alemão em Nova Petrópolis com compras em Gramado e Canela – CORTESIA l Jantar gourmet no Restaurante Bouquet Garni l Lembrança de viagem: prato gourmet Brocker Turismo

Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 1.936,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 581,00 + taxas 05 parcelas de R$ 271,00 Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 1.560,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 468 + taxas 05 parcelas de R$ 219,00 ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/1/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 e euro R$ 2,83 www.casablancaturismo.com.br

Bruno Molodo (acima) e Rodrigo Campos (abaixo)

Nas “terras” de Baco O sommelier e gastrólogo Bruno Molodo investiu em viagens vinículas para crescimento profissional. A enogastronomia, segundo Molodo, é uma ciência sensorial e foi essencial conhecer in loco algumas particularidades dos vinhos. Não só com conhecimento técnico, mas também histórico e cultural. Consumir vinhos na região de origem é uma experiência gustativa diferenciada. De acordo com Modolo, por questões de transporte e acondicionamento, as bebidas podem sofrer pequenas alterações nas suas características, mas não são todas as pessoas que conseguem sentir essas diferenças. Quem mais consegue fazer essa distinção são os que já têm sentidos treinados para isso, como sommeliers. "O diferencial de provar esses vinhos em lugares de produção está não só no sabor, mas também na atmosfera, na 'magia' criada pelo ambiente”, completa. Dentre os destinos, o que mais ficou marcado para ele foi a região de Champagne, na França, para onde foi em 2009. A região encanta não só pela bebida, mas pela tradição histórica. “Lá você respira champanhe o tempo todo. Qualquer lugar tem o produto com muita qualidade e preços muito acessíveis, além da gastronomia ser ligada e voltada para a bebida”, ressalta. Estar no lugar onde nasceu um dos maiores vinhos do mundo foi como fazer parte de sua própria história e mergulhar em suas propriedades. “Poder conhecer as características essenciais das principais uvas de champanhe, como Pinot Noir e Chardonnay, e suas interações com o solo foram essenciais para o meu aprimoramento pessoal e profissional. Participar de degustações e conferir que tudo o que foi dito durante a visita se transfigura em uma taça de história com borbulhas. É uma experiência única”, lembra Modolo. REVISTA FORA DE CASA


o processo

O Vinho

Sem planejamento prévio, a passagem à região do Minho, em Portugal, aconteceu porque o sommelier Modolo teve de ficar mais alguns dias além do planejado em Lisboa. Procurou a ViniPortugal, associação interprofissional para a promoção dos vinhos portugueses, e recomendaram-lhe um roteiro vinícola na região. A experiência durou um dia. O roteiro começou de madrugada, onde acompanhou a colheita manual das uvas na lavoura e, na sequência, acompanhou o processo de prensagem, além da fermentação e da filtragem do produto que, ao final, foi degustado. “Essa vivência me deu muito mais propriedade para falar sobre o processo produtivo”, ressalta.

É bem provável que o vinho tenha surgido ao acaso, em algum recipiente onde as uvas foram amassadas e deixadas, pois ele é um produto natural, ecológico e resulta da fermentação espontânea. Uma equipe da Universidade da Pensilvânia encontrou vestígios de vinho de 5.000 a.C em Zagros, no Irã, e na bacia do rio Amarelo, na China, de 6.000 a.C ou 7.000 a.C.

do Oiapoque ao Chuí

O biólogo Javan Pires, há três anos, começou a sua coleção de cachaças, que foi sendo montada quando fez viagens para Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo. Com o tempo, percebeu que essa é a bebida genuinamente brasileira. “Produzida do Oiapoque ao Chuí, das artesanais às industrializadas. Muitas têm garrafas exóticas, nomes engraçados e, para os mais entendedores, aromas, sabores e técnicas de produção distintas”. Das experiências com cachaças, o biólogo pôde conhecer a diversidade de sabores e de qualidade da bebida. Pires tem preferência por mais suaves que não são tão conhecidas, como a Triumpho, de Pernambuco, produzida na cidade que lhe dá o nome, e a Patativa, de Juazeiro do Norte, no Ceará. Pires recomenda alguns roteiros para quem busca a melhor aguardente. Salinas, em Minas Gerais, é o lugar mais famoso no Brasil por suas cachaças. “Aliás, em qualquer parte de Minas, você encontrará boas cachaças, das mais baratas até a Havana, que pode custar mais de 500 reais, dependendo da safra em que foi produzida”, explica. No Nordeste, as opções podem ser Areias, na Paraíba, e Viçosa do Ceará, que, na opinião dele, não deixam nada a dever às de Minas.

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Fonte: Saul Galvão, no livro Tintos e brancos

A cerveja

A cachaça

O momento em que surgiu a cerveja estaria ligado à Idade Antiga. As primeiras cervejas teriam sido feitas em 2.400 a.C. pelos sumérios, na Mesopotâmia, onde se localiza o atual Oriente Médio. Com o nascimento do Império GrecoRomano, a cerveja foi popularizada como uma bebida bárbara em detrimento do vinho, considerado ambrosia dos deuses. E só na Revolução Industrial, a cerveja passou a ser produzida em larga escala.

A cachaça tem suas raízes no período colonial. Com a colonização do Brasil por portugueses, a produção açucareira foi o primeiro grande empreendimento. Nesse processo, sobrava um caldo grosso, chamado de cagaça, que era dado aos animais. O caldo fermentava com a ação do tempo e do clima e daí surgia um líquido fermentado de alto teor alcoólico.

Fonte: www.manolith.com

origem-cachaca.htm

Fonte: http://www.brasilescola.com/curiosidades/a-

Christian Draghici/shutterstock

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loria Kalil

Gloria Kalil é sinônimo de beleza, elegância, educação e estilo no Brasil inteiro. Seus truques estão registrados em quatro obras. Agora, a jornalista, empresária e consultora de moda lança seu quinto livro, o “Viajante Chic”, com dicas para viajantes de primeira, segunda e vigésima viagem.

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Larissa Viegas larissaviegas@opovo.com.br

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m companheiro de viagens que não lhe deixa falhar nas mais diversas ocasiões, seja no momento de montar a mala, durante a elaboração de um roteiro ou na hora de pagar gorjeta ao maleiro. Essa é a proposta do livro Viajante chic, de Gloria Kalil. A obra de leitura fácil, clara e objetiva traz informações valiosas até mesmo para quem já está acostumado com viagens frequentes e torna-se um passatempo tanto para os que já estão com as passagens em mãos quanto para aqueles que viajam apenas com a leitura. Afinal, como disse a autora, “viajar é bom até quando dá errado”. Unindo o conhecimento de moda, estilo e etiqueta às suas vastas experiências de viagem, Gloria apresenta casos de “gente como a gente”. Quem nunca esperou ansiosamente a mala na esteira, sem saber se ela iria chegar intacta? Ou ficou na dúvida sobre como sair da poltrona do avião para ir ao banheiro sem incomodar os passageiros vizinhos? Confira a entrevista exclusiva que a jornalista deu para a Fora de Casa.

nha vida inteira tive três malas que não chegaram comigo. Uma apareceu depois no hotel, a outra chegou no dia seguinte e a outra, três dias depois. A verdade é que por mais que você planeje uma viagem, você está sempre diante do imprevisto e do acaso. Então vamos garantir a parte planejável, já basta o que você não controla! E sempre vai ter aquele suspense do “buraco franjado”, se a mala vai sair por ele ou não! Acaba que o imprevisto faz parte do charme da viagem.

FORA DE CASA: O que é indispensável para um viajante tornar-se chic? Gloria Kalil: Eu acho que é tudo parte de uma viagem bem planejada. Quando você planeja com antecedência, com cuidado, tudo corre bem e dá certo, as coisas ficam adequadas. Você faz a mala certa, não esquece nada, fica mais relaxada. O ideal para se fazer uma viagem ótima, adequada e chic é ter planejamento.

FC: Você costuma fazer anotações durante as suas viagens? Gloria: Faço diários! Anoto em agendas ou em cadernos. Como viajo sempre para certos lugares, como Nova York e Paris, tenho cadernos exclusivos para elas. Então no de Paris, eu sempre falo dos restaurantes, ruas, passeios, hotéis. Anoto os números dos quartos para saber se são bons ou não. Digo se choveu, o que eu fiz, quanto eu gastei. São ótimos para eu ver quando faço as reservas, anoto os restaurantes para lembrar de voltar. Anoto se gostei ou não gostei. E assim quando as pessoas me pedem dicas já têm como me lembrar. Todas as vezes que eu esqueço de anotar, fico louca da vida!

FC: O livro traz relatos de pessoas de todo o Brasil. Qual história você pode compartilhar com a gente que não esteja no livro? Gloria: Sabe que para quem viaja com tanta frequência eu tive poucos imprevistos! (risos) Mas na mi-

FC: Seu livro tem uma edição especial em parceria com a Moleskine. Como foi realizar essa parceria? Gloria: Não fui eu quem fiz, foi a própria editora. Não sei como foi feito esse acordo. Disse mais ou menos como queria e quando estavam com a proposta fizemos uma reunião com a diretora de arte. Falei que achava legal ter a cara de Moleskine, com elástico e bolsinho para colocar cartões, tickets de viagem. Dentro do livro também tivemos muito cuidado, na arte, com os elementos sempre fazendo referências a viagens. Foi tudo muito bem cuidado. Gostei muito do cuidado que a editora e a ilustradora tiveram.

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FC: Você viaja muito para as semanas de moda. Para ir a esses eventos, o que não pode faltar na mala? Gloria: Nas semanas de moda eu viajo pelo Brasil. Eu viajo para as semanas de moda do Rio, vou ao Fasion Rio, ao Rio-à-Porter, vou pra Minas, pro Minas Trend View. Não tem um item imprescindível, porque depende da data, do clima, de quantos dias eu vou passar. Cada mala é um assunto em si, não tem itens indispensáveis.

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FC: Quando você viaja a lazer, consegue se desligar totalmente do trabalho? A moda sempre faz parte das suas viagens ou está apenas nas relacionadas a ela? Gloria: Mais ou menos. Eu tenho a impressão que quando você trabalha em uma coisa que você gosta muito e faz parte da sua observação, como moda e comportamento, aquilo é tão integrado na sua grade de pensamento que você fica sempre observando. Fui para a Turquia, para a Croácia, e você vê como eles se comportam na praia, o que vestem, o que usam nas ruas, como são os cabelos. No meu caso é tão integrado, que a minha observação é do cotidiano. Eu não posso dizer que eu me desligo. Observo moda e etiqueta de formas integradas ao olhar. FC: Você costuma fazer roteiros de viagem? Gloria: Sem dúvida. Uma vez fui para um casamento de uma amiga na Croácia e de lá fui para Turquia e depois para Europa. Você precisa saber tudo, clima, situações que você pode viver, roupas, como o vestido do casamento que eu sabia que só iria usar uma vez. O roteiro é fundamental. Ele é feito em função do tempo e das atividades. Serve para fazer uma mala bem feita e se organizar, como a quantidade que você vai levar de creme, quantas caixinhas de remédio, se vai precisar levar sandália ou bota etc. FC: Qual destino está na lista de desejos? Gloria: São tantos, mesmo em países que eu já fui, mas tem cidades, regiões que eu nunca fui, como Petra, na Jordânia. Cidades que eu já fui há muito tempo que eu gostaria de voltar. Barcelona, eu fui antes das Olimpíadas, nos anos 80, e voltei esse ano. Percebi que, além da cidade que eu já conhecia, tem uma nova cidade acontecendo. É legal voltar também. FC: Você consegue conhecer as cidades quando viaja a trabalho? Gloria: Não dá pra conhecer. É outro pique, outra programação, outro foco. Às vezes, eu vou para lugares que eu saio de São Paulo, à tarde, e retorno no outro dia. Também tem vezes que eu saio de manhã e já chego à noite. Não tem como conhecer uma cidade assim. Inclusive é outro tipo de mala, roupa, viagem, necéssaire. REVISTA FORA DE CASA

FC: Você prefere viajar só ou acompanhada? Quais são as melhores companhias? Gloria: A trabalho, eu sempre vou só, e, para viagens de lazer, eu vou com o meu marido ou com amigos. Também gosto muito de viajar sozinha, principalmente para lugares que eu tenho amigos, como na França, porque visito, fico com eles, passo dias. Para mim, todo tipo de viagem eu topo. FC: Qual foi a viagem mais chic que você já fez? Gloria: Já fiz muitas, porque até viagens curtas podem ser muito chics. Já fui passar fim de semana em locais temáticos, spas, lugares maravilhosos. Já passei fim de semana em casa de amigos chiquérrimos, já fui para cidades lindíssimas em hotéis maravilhosos. São muitas possibilidades que a gente tem de fazer coisas maravilhosas. Às vezes, as coisas chics podem não custar nada! FC: Você já fez mochilão? Gloria: Não, no máximo, quando eu era criança, eu fui para o acampamento dos Bandeirantes! (risos)


moda 43 Confira algumas dicas imprescindíveis, segundo a autora: l Verifique o clima da cidade no período que você estiver lá. l Faça uma checklist: Passaporte ou documento de identidade Passagens Reservas de hotéis e de outros serviços (aluguel de carro, ingressos e vouchers de shows e passeios) Carteira de motorista internacional Carta de confirmação de cursos, participações em congressos, feiras etc (caso seja o motivo da viagem) Dinheiro, cheques de viagem, cartão de crédito l Se for um compromisso bate-volta, você terá muito mais agilidade se viajar com uma bolsa ou mochila e uma mala de bordo, sem perder tempo com bagagem na esteira.

Agentes de viagem Gloria Kalil apresenta, na sua obra, algumas vantagens de se ter um agente de viagem: l O pacote dá segurança principalmente para o marinheiro de primeira viagem, pois sempre tem um agente esperando você no aeroporto, levando para os hotéis, olhando pelas malas. E é uma pessoa a quem você pode recorrer se tiver algum problema no meio da viagem. l O pacote costuma sair mais em conta, pois as operadoras negociam grandes columes de passageiros com as empresas aéreas, hotéis, locadoras etc, o que faz com que elas cedam nos preços.

i Completando a coleção Gloria também assina quatro outros títulos, que fazem sucesso entre os públicos masculino e feminino. São eles: Chic, de 2007; Alô, Chics! (2007); Chic Homem - Manual de Moda e Estilo (2008) e Chic[érrimo] (2008). Viajante Chic é o último livro lançado pela jornalista, empresária e consultora de moda, Gloria Kalil. A obra traz relatos próprios e de internautas que colaboraram com depoimentos e experiências de viagem. Os capítulos são divididos em tópicos, tornando o livro um verdadeiro guia para viajantes, desde os mais experientes até os que já possuem o hábito de conhecer novos lugares.

Pacotes Grandioso Tour Croácia (09 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Conhecendo: Região de Opatija / Rijeza Zadar / Plitvice Sibenik / Split Dubrovnix 13 refeições + passeios

Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 4.980,00+ taxas Financiamento Entrada: R$ 1.494,00 + taxas 05 parcelas de R$ 697,00 l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 4.700,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.410,00 + taxas 05 parcelas de R$ 658,00 Turquia Inclui l Passagem aérea ida e volta l Conhecendo: Istambul Capadocia Pamukkale Esmirna

Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 5.143,00+ taxas Financiamento Entrada: R$ 1.543,00 + taxas 05 parcelas de R$ 720,00 l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 5.000,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.500,00 + taxas 05 parcelas de R$ 700,00 ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br

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Uma parceria

que deu certo fotos ethi arcanjo

Há dez anos, a Casablanca Turismo e o programa Viagem Além do Olhar são parceiros em uma iniciativa que deu certo. Viagens planejadas e executadas por quem entende de viagens. Abaixo, uma entrevista realizada por uma das responsáveis do projeto Murilo Viana muriloviana@opovo.com.br

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primeira viagem aconteceu em 2003, sem nenhuma pretensão profissional. Ana D’Áurea organizou, para um grupo de amigas, uma viagem à Russia. A preparação envolveu muita pesquisa sobre o que teria de mais importante para se conhecer no país em termos de história, geografia e arte. Foi um sucesso. “No retorno, com o ‘boca a boca’, muitos vieram nos procurar para organizar outro grupo para a Rússia. Depois disso, não paramos mais. Hoje, temos três a quatro grupos por ano”, ressalta. Em entrevista à Fora de Casa, Ana fala sobre a importância da parceria entre o programa e a Casablanca Turismo, sobre como funciona o projeto e o que o Viagem Além do Olhar tem acrescentado a ela e aos participantes durante esses anos de viagens pelo mundo.

Fora de Casa - Como o programa surgiu? Ana D’Áurea - Sem nenhum intuito profissional, organizamos, em 2003, uma viagem à Rússia para um grupo de amigas. Elaboramos o roteiro depois de muita pesquisa sobre tudo de importante para se conhecer naquele país. Sentimos, em seguida, a necessidade de uma preparação visando o estudo da história, geografia e da arte da Rússia. Organizamos reuniões semanais, dividindo a turma em equipes de estudo. Foram um sucesso a preparação e a viagem. No retorno, com o "boca a boca", muitos vieram nos procurar para organizar outro grupo à Rússia, que aconteceu em maio de 2004, dessa vez, já com roupagem profissional. Depois disso, não paramos mais. Hoje, com três a quatro grupos por ano.

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projeto 45 FC - Por que o nome? Ana - O nome surgiu a partir da segunda viagem à Rússia, quando ouvíamos os comentários que nossas viagens eram diferentes. Damos muito importância à cultura, à sensibilidade de captar o novo através dos sentidos e do coração. Valorizamos o enxergar além das imagens que nos chegam pelo olhar. Assim, o nome "Além do Olhar" se encaixou perfeitamente ao nosso projeto de viagem. Para nós, viajar além do olhar é, em primeiro lugar, desejar a viagem, fazê-la com a cabeça livre de preconceitos, com o coração aberto para ouvir, ver e sentir o novo. É também embrenhar-se na cultura, história, arte e gastronomia do país a ser visitado. FC - Como surgiu a parceria com a Casablanca Turismo? Ana - Precisávamos de uma agência para acrescentar a outra parte de uma viagem: escolha de operadora, emissão de aéreos, espaço para nossas reuniões e, acima de tudo, profissionalismo, experiência e credibilidade. Temos relação de amizade muito antes das viagens Além do Olhar com a Vania Elita, Henrique Sergio e Fátima. Trabalhamos, hoje, ligadas à Natalia, que admiramos como profissional, e nos cativa pela simplicidade de ser, e com a Julia Oliveira que nos auxilia desde 2003. A confiança e a amizade que nos unem fazem nossa parceria perfeita. FC - Além da parceria da Casablanca, você tem algum sócio ? Ana - Trabalhamos, desde 2009, eu e a Rita Cruz, minha amiga e parceira perfeita. Nos completamos com nossas habilidades e vivências desde adolescentes viajando pelo mundo, naquela época com nossos pais. Inclusive, publicamos dois livros de turismo, Viagens Além do Olhar, com grande sucesso, hoje, com edição esgotada. FC - Como funciona o programa? Ana - Nossas viagens não são

* Viagens Além do Olhar uma parceria de Ana D´Áurea Chaves e Rita Cruz com a Casablanca Turismo Programas de 2013: 13/04 - Andaluzia 29/05 -Sicilia e Malta 16/08 - cruzeiro fluvial Rio Reno, saindo de Amsterdam 15/10 –Butão, com extensão à Índia 01/11- Índia

anunciadas ou oferecidas ao público. Elas são destinadas às pessoas que fazem parte do grupo Além do Olhar, que começou com 22 pessoas e, já no ano seguinte, aumentou para 60. Organizamos as viagens que são solicitadas pelo grupo, convidamos os interessados, fazemos o lançamento com audiovisual e, a partir daí, começa o processo de reuniões e preparação. Dois dados são importantes e que fazem a diferença. Levamos nosso grupo para destinos que já são nossos conhecidos em viagens anteriores de reconhecimento (site inspection), quando visitamos hotéis, restaurantes etc. E sempre acompanhamos, eu ou a Rita. Eles jamais viajamos em nossa presença para checar dia a dia, se o programa está sendo cumprido, se o que foi comprado está sendo oferecido, fazendo adaptações quando necessárias e contornando imprevistos. FC - Qual o critério e o perfil para a seleção das pessoas para o grupo? Ana - As pessoas convidadas são as que já viajaram conosco e as indicadas por eles, sempre com algum elo familiar e de amizade com o restante do grupo. Temos, hoje, 300 pessoas que participam do nosso programa e muitas delas já têm nove, dez ou 12 viagens conosco. O perfil das pessoas do grupo é de leveza, cultura, bastante via-

jados, curiosidade de conhecer o novo e, principalmente, de pessoas extremamente educadas. FC - As viagens são em grupos de quantos? Ana - Primamos por grupos pequenos e homogêneos, geralmente em torno de 20 pessoas. Este número sobe quando se trata de cruzeiro fluvial ou marítimo, como o que fizemos para o Alasca. FC - O que a experiência com o programa tem lhe acrescentado ao longo dos dez anos? Ana - O que as viagens Além do Olhar têm nos acrescentado é incalculável e por demais precioso. A convivência com as pessoas, em cada grupo de viagem, nos faz aprender a respeitar e aceitar as diferenças. Digo, brincando, que estamos fazendo faculdade de Psicologia. Conhecer o mundo, literalmente, pois já visitamos todos os continentes, nos ajuda a conviver melhor em sociedade, e com maior responsabilidade social. E, principalmente, nos ajuda a fazer a mais difícil das viagens - a que fazemos para o nosso interior. FC - Existe alguma lembrança especial nesses dez anos? Ana - Várias. A que mais nos alegra e sensibiliza é saber da confiança e a amizade que sentimos em cada participante do grupo. Isso marca, deixa a melhor das lembranças. FC - No que você acha que a experiência tem acrescentando às pessoas que participam? Ana - Elas têm a oportunidade de conhecerem cada destino, o que tem de melhor em termos de história, arte, gastronomia, com esse novo olhar que pretendemos imprimir. E eles já não aceitam mais uma viagem apenas turística. E a convivência, em cada viagem com o grupo, tem o efeito multiplicador de muitas amizades, como também faz renascer algumas antigas. REVISTA FORA DE CASA


46 arte iana soares

o Pelas

Viajar para fotografar diferentes lugares e culturas pode representar crescimento pessoal e profissional para quem trabalha na área, além de ser uma forma de guardar as histórias de viagem Murilo Viana_muriloviana@opovo.com.br

bjetivas

O

paulista Felipe Araújo, ainda criança, admirava as coleções de fotos da revista National Geographic. Aquilo lhe marcou e, como era de se esperar, tornou-se fotógrafo quando adulto. Em 2001 e 2002, quando morava em Lisboa, teve workshops com o fotógrafo Steve McCurry, que ficou famoso pela foto de uma menina afegã de olhos verdes em uma das capas da revista. A experiência com o fotógrafo americano, para ele, foi um divisor de águas. “Eu ampliei o meu olhar e minha perspectiva sobre a forma de ver e abordar o mundo”, ressalta. Em sua carreira, passou seis anos trabalhando sem projetos pessoais. “Depois de dois anos morando na Europa, eu decidi fotografar para mim. Eu nunca tinha feito um projeto pessoal desde que eu tinha começado a fotografar”, explica. Com a inspiração de McCurry e com a vontade de retratar países exóticos, Araújo decidiu mudar a direção para onde sua lente apontava. A primeira viagem para fotografar foi em 2003, quando passou um ano pela Ásia. No roteiro, Índia, Nepal, Camboja, Tailândia, Malásia e Egito. Para Araújo, é difícil dizer onde valeu mais a pena. “Cada lugar tem sua particularidade. É a cultura que eu gosto de estar observando. As primeiras viagens que eu fiz foram mais para a fotografia documental”, relembra.

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Hoje, faz 12 anos que o fotógrafo freelancer viaja para fotografar, algo que considera como um vício que lhe rende frutos para o trabalho e para a vida. “Essas viagens agregam. Você acaba crescendo como ser humano e como profissional. Além de você amadurecer mais o seu olhar, você sempre tem um retorno na volta, um reconhecimento pelo seu portfólio”, avalia.

Ásia Artística

O fotógrafo Rodrigo Frota também possui longa experiência em fotografias de viagem. Já passou por mais de 30 países no intuito de retratar cultura e cotidianos e, ao mesmo tempo, impor o seu olhar a cada clique. “O meu foco maior é na fotografia artística. É a fotografia inventiva, onde eu imprimo muito mais a arte, o meu olhar. Eu saio para fotografar e o meu olhar é quem manda. Eu pego a minha carga emocional, a minha experiência de vida, e tento imprimir na foto”, explica. Com a chamada fotografia fine art, para ser exposta em galerias, Frota enxerga o mundo. Dentre os destinos, também prefere o exotismo do sudeste asiático, em especial Índia e Mianmar. “Mianmar é um país pobre, mas tem uma cultura riquíssima. É um choque de sentidos. A cor, a sutileza do povo e os olhos puxados”, admira.


silas de paula

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Acima, Toledo (Espanha), por Silas de Paula e, na página ao lado, Buenos Aires (Argentina), por Iana Soares

Eu ampliei o meu olhar e minha perspectiva

sobre a forma de ver e abordar o mundo Felipe Araújo, fotógrafo

Foi em Mianmar que Frota se permitiu passar por uma experiência diferenciada como fotógrafo. No final de 2011, quando o país passava por uma conturbada transição de um regime militarista para um democrático, aventurou-se a retratar aquela realidade ao lado do renomado fotógrafo Steve McCurry, o mesmo fotógrafo da National Geographic que é inspiração para Felipe Araújo. “A gente entrou com câmeras escondidas. Foi um pouco de ar de fotojornalista”, lembra.

Do Peru ao Ceará

O professor da Universidade Federal do Ceará, pesquisador e fotógrafo, Silas de Paula, foi ao Peru, em julho de 2011, junto aos fotógrafos Tiago Santana e Carlos Gibaja para montar um projeto sobre fotografia que está em andamento. O projeto envolve fotógrafos de toda a América Latina e é uma espécie de levantamento da fotografia latino-americana. Como resultado da viagem, veio o fascínio pelas pessoas e os locais do país, como a cidade de Ollantaytambo. “Eu fotografei bastante os indígenas”, conta. Fotos de pessoas e de cidades, aliás, é uma marca do fotógrafo que, se não lhe falha a memória, tem pelo menos 42 anos de profissão. “Fotografar as pessoas sempre me mostra muito das cidades onde elas vivem”. REVISTA FORA DE CASA


felipe araújo

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Trem em Agra (Índia), por Felipe Araújo

As questões urbanas na Europa também não escaparam de seu olhar fotográfico, como quando esteve em Paris, em 2009, para um encontro de fotografia. Silas afirma que a luz europeia é ótima para fotografias devido ao seu tom pastel. Curiosamente, em grande parte das fotos, ele utiliza um filtro do software Adobe Photoshop chamado Holga Color, que transmite efeitos lomográficos e imprime a forma como o fotógrafo observa a realidade. “Eu quero tirar o real da fotografia, algo como uma ficcionalização desse real. No entanto, isso não tem nada a ver com a mentira como falsa proposição. É uma tentativa de criação de uma outra realidade, tendo como base a própria”, explica. Atualmente, Silas de Paula faz viagens para fotografar algo que sempre lhe foi prioridade: o Nordeste do Brasil. “Eu acho o Nordeste meio mágico, meio estranho e ele tem uma luz maravilhosa”. Com o o objetivo de redescobrir o seu sertão mágico, que imaginava quando menino, viaja por destinos cearenses como Quixadá e Quixeramobim.

Memórias de Férias

Quem é fotógrafo profissional nem quando está de férias deixa de lado a fotografia. A fotógrafa Iana Soares assim o fez em suas últimas folgas. Mas nada de

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equipamentos profissionais: as fotos foram tiradas de seu iPhone e compartilhadas no Instagram. Seguindo o mesmo preceito do fotógrafo Silas de Paula, para ela, a melhor forma de conhecer um lugar é através das pessoas. "Na viagem, procurou subverter a fotografia 'cartão-postal' e partir para um contato mais direto com as pessoas e com o cotidiano dos locais", diz. O resultado foram fotografias que ajudam a lembrar de histórias. Quando esteve em Buenos Aires, por exemplo, conheceu um dono de banca chamado Miguel Ángel, que dizia que “lo peor de la Argentina son los argentinos”. Ela descobriu, então, que ele próprio é uma exceção: “teólogo, quase advogado, dono de banca de revista, especialista em trânsito urbano e professor informal de História. Tem 65 anos e o conheci no dia do seu aniversário. Tirei uma foto e duas semanas depois, voltei com ela impressa e a dedicatória: ‘o melhor da Argentina são os argentinos”’, lembra. Nas viagens, o acaso também pode ser um companheiro. Ainda na capital argentina, Iana estava fotografando um grafite em um muro de uma cantora cubana chamada Omara Portuondo, da qual ela gosta muito. “Uma senhora passou na minha frente. Veio me pedir desculpas e eu lhe disse ‘a foto ficou mais bonita porque a senhora apareceu’”. A senhora, então, abriu o sorriso que compõe a foto e a lembrança afetiva da fotógrafa.


arte 49

Para não perder a foto

Pacotes Egito (15 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Visitando: Cairo, Memphis, Sakkara, Luxor, Atenas, Corinto, Micenas, Epidauro e Istambul. Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 7.565,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 2.270,00 + taxas 05 parcelas de R$ 1.059,00 l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 7.145,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 2.145,00 + taxas 05 parcelas de R$ 1.000,00 Lima (06 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Conhecendo Lima Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 3.535,00+ taxas

Com base em recomendações dos fotógrafos, a Fora de Casa dá algumas dicas sobre como você pode aproveitar, da melhor forma, suas viagens de fotografia e as imagens que podem resultar delas.

Financiamento Entrada: R$ 1.060,30 + taxas 05 parcelas de R$ 495,00 l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 2.163,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 648,00 + taxas 05 parcelas de R$ 303,00

l Viaje Leve. Ainda que você seja fotógrafo profissional, o ideal é viajar com menos peso possível. Por isso, nada de câmeras e tripés muito pesados ou várias lentes. O mais importante é ter mobilidade.

Índia (07 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Conhecendo: Delhi, Agra e Jaipur

l Fuja dos pontos turísticos. Vá com alguns pontos turísticos em mente para fotografar, mas não se prenda a eles. Busque conversar com as pessoas. Boas conversas podem surgir e, consequentemente, boas fotos também.

Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 4.863,00 +Taxas Financiamento Entrada: R$ 1.459,00 + taxas 05 parcelas de R$ 681,00

l Sinta o lugar. Não tenha tanta pressa para tirar as fotos e para sair de um lugar para outro. Passe o tempo que for necessário nos lugares para que você sinta a essência e suas fotos saiam mais naturais.

l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 4.472,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.342,00 + taxas 05 parcelas de R$ 626,00

l Aprenda com os erros. Se as fotografias não saíram bem, procure entender as causas. Busque entender como dominar os aparelhos e leia os manuais, ainda que eles sejam de câmeras que não sejam profissionais.

ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br

rodrigo frota

l Selecione as melhores

fotos da viagem. Se você for mostrar todas as fotos que você fez durante a viagem para um amigo, por exemplo, certamente ele ficará entediado, pois é provável que muitas delas sejam parecidas. O ideal é escolher as melhores, imprimi-las e guardá-las em um álbum. l Procure se informar. Em

Cena em Mianmar, por Rodrigo Frota

países predominantemente budistas, hindus ou muçulmanos, mesmo estando, em lugares públicos, as pessoas podem ser hostis caso você queira fotografá-las. Desse modo, o ideal é conhecer bem a cultura do local antes de chegar lá e pedir a ajuda de um guia de turismo. REVISTA FORA DE CASA


50 cinema

Pelas lentes de

Woody Allen De Nova York a Paris, os filmes de Woody Allen têm cenários deslumbrantes e as andanças do diretor por esses famosos destinos turísticos dão boas ideias para roteiros de viagem Carol Macêdo_annacarolline@opovo.com.br fotos divulgação

as árvores do Central Park. Para os fãs de Allen, a sensação ao chegar à cidade pela primeira vez é de reconhecimento. A arquitetura, os passos apressados dos nova-iorquinos, os cafés, tudo parece fazer parte de uma grande déjà-vu. No sentido contrário, assistir a filmes como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977) ou Hannah e suas irmãs (1986), é revisitar Nova York.

Do outro lado do Atlântico

U

m cineasta que não para. Woody Allen mantém a inacreditável média de um filme rodado por ano sem se restringir a ficar por trás das câmeras, já que também roteiriza, produz e atua. Uma pequena mostra da intensidade de Allen pode ser conferida em Woody Allen: uma biografia, que chega aos cinemas brasileiros em fevereiro de 2012 (leia box). REVISTA FORA DE CASA

Nascido Allan Stewart Konigsberg, o judeu de corpo franzino se tornou a personificação do nova-iorquino ao utilizar a cidade, principalmente Manhattan, como cenário de muitos de seus filmes. Aliás, aquase onipresença da metrópole americana fez com que a cidade fosse promovida a personagem de seus filmes. Os diálogos irônicos, a obsessão pelas relações humanas e o humor judeu se encaixam perfeitamente nas movimentadas ruas ou entre

Desde 2005, Woody Allen incluiu em seus roteiros de filmagens outras famosas capitais do mundo. Londres foi a primeira a fazer parte da lista e serviu de locação para o aclamado Match point: ponto final. A cidade e o estilo de vida dos londrinos são o pano de fundo para uma história que surpreende não só pela locação, mas também pelo estilo: um drama. Ainda na Inglaterra, Allen rodou Scoop – O grande furo (2006) e O sonho de Cassandra (2007). A investida de Allen no continente antigo continua em Barcelona – e arredores – que serve de cenário para Vicky Cristina Barcelona (2008). Os pontos turísticos, como nos demais filmes, aparecem aqui e acolá, como a


cinema 51

Pacotes Roma (05 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Roma Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza, Recife, São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 3.935,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.181,00 + taxas 05 parcelas de R$ 551,00 Paris (06 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Paris l Visita Panorâmica

catedral da Sagrada Família, obra inacabada de Gaudí, cartão-postal da cidade catalã. Em Meia-noite em Paris (2011), a capital francesa é retratada em todo o seu esplendor, seja nos passeios dos protagonistas por suas ruas, ou nas idas imaginárias do protagonista a locais emblemáticos da década de 1920, época conhecida por sua efervescência cultural, com a presença de nomes como Cole Porter, Pablo Picasso e Salvador Dali, que escolhiam a cidade-luz para temporadas em que boemia e produção artística e intelectual caminhavam juntas. Roma é mais uma escala no roteiro europeu do cineasta. O bairro boêmio de Trastevere se destaca nas paisagens de Para Roma com amor (2012), e dá à cidade um novo espaço para se desfrutar da dolce vita italiana, com seus becos e ruelas em que se alternam prédios residenciais e as famosas trattorias. Então, se viajar está nos planos, escolha o destino e alugue um filme de Woody Allen para entrar no clima da cidade!

40 anos e um filme

Com uma filmografia – e biografia – extensa e intensa, retratar a persona de Woody Allen em um filme não deve ser tarefa fácil. Mas o diretor Robert B. Weide aceitou a missão e o resultado é Woody Allen: um documentário (2011), com previsão de estreia, no Brasil, para fevereiro de 2013. Gravado inicialmente para a série American Masters do canal PBS, dos Estados Unidos, o filme chegou às telas dos cinemas internacionais com quase duas horas de duração e faz um apanhado da carreira do diretor de Manhattan (1979), com passagens de sua infância, cenas rodadas durante as filmagens e os eventos de lançamento de filmagens de Você vai conhecer o homem dos seus sonhos (2010), depoimentos de profissionais que trabalharam com Allen, além de trechos de entrevistas feitas com o próprio.

Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro ou São Paulo R$ 4.086,00+ taxas Financiamento Entrada: R$ 1.226,00 + taxas 05 parcelas de R$ 572,00 Barcelona (05 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Barcelona

Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro ou São Paulo R$ 2.286,00+ taxas Financiamento Entrada: R$ 686 + taxas 05 parcelas de R$ 320,00 ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br

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52 música

Viajar é pura

inspiração! Para eles, que vivem de música, viajar é mais do que um simples deslocamento entre destinos. Sempre que possível, eles se lançam para conhecer os lugares por onde passam a trabalho Callen Leão_callen@opovo.com.br

N

as andanças, pode ter trilha sonora de filme, artista brasileiro e até de fora. O que embala as viagens de artistas como Luiza Possi e Roberta Sá é basicamente o prazer de viver o momento. “Lá na Bahia lembro que ouvia Adriana Calcanhotto, a trilha sonora de Cruel Intentions (1999) e um disco muito bom da Mariah Carey. Na Nicarágua, o que marcou a viagem foram Florence and TheMachine e Rod Stewart", relembra Luiza, que curte “andar pela cidade, conhecer as comidas típicas, os mercados de rua, a arquitetura”. Bem-humorada, ainda tira onda com as próprias escolhas. “Percebi que a minha playlist é total anos 90 (risos), com raras exceções. Exemplo: Sade, Prince, James Taylor, Babyface, então, temos Feist, Regina Spektor, Pedro Alterio”, cita alguns.“Mas não me escuto muito não, só quando a música ainda está em construção ou acabou de ser gravada, senão me sinto trabalhando e não relaxo, mas gosto de ver as pessoas curtindo meu som, sinto que o trabalho chegou no ponto que eu queria!”, conta. De cunho próprio, Luiza tem algumas composições feitas assim, em trânsito pelo mundo. “Se chama Ode à lua, também tem Minha mãe, que está no meu disco Bons ventos sempre chegam (LGK/Som Livre, 2009), fiz em turnê no Nordeste”, diz a filha de Zizi Possi. “O avião é um lugar que me inspira a escrever, e no banho, às vezes, ‘recebo’ a música inteira e tenho que sair correndo cantando alto para não esquecer”. Isso aconteceu com uma música feita na praia de Maresias, em São Paulo. “Sempre termino as letras no avião, como uma inédita em parceira com Barbara Rodrix, enfim, minha vida é viajar, e isso me inspira”.

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música 53

Viajar, sem dúvida, abre

fotos divulgação

Brasilidade em trânsito Descendente de portugueses e nascida em Natal, Roberta Sá é representante da música brasileira além das fronteiras do país. Influenciada por vários ritmos, especialmente o samba, que já curtia antes mesmo de ir morar no Rio de Janeiro, tornou-se viajante e cidadã do mundo, com direito a plateias cativas em Portugal e até na China. Em 2013, Roberta é a rainha do Baile da Rosa, no Carnaval do Rio de Janeiro, onde canta o repertório mais dançante de sua carreira, além de frevos, marchinhas, forrós e sambas. O nome “Rosa”, conforme ela mesma conta, é um “apelido de criança”, unindo iniciais de seu nome. Conheça um pouco da vida andarilha de Roberta Sá.

os sentidos da criatividade

FORA DE CASA: Como foi a turnê recente na Europa? Roberta Sá: Minha rotina é estar na estrada. No começo desse ano, fui a Portugal fazer dois shows. Como vou muito por lá, já me sinto em casa. O público me recebeu de forma muito calorosa, revi amigos queridos, matei saudades e voltei pra casa feliz e com gás pra enfrentar mais um ano de trabalho. FC: Quando está em turnê, é possível conhecer um pouco das cidades que visita? Roberta: Eu tento, mas é muito difícil. Geralmente a gente conhece o hotel, teatro e aeroporto. É uma festa quando temos um dia livre e podemos flanar pela cidade. FC: Já tentou compor ou interpretar alguma música inspirada em viagens? Roberta: A inspiração chega a qualquer hora. Viajar, sem dúvida, abre os sentidos da criatividade. FC: Você pesquisa músicos ou músicas destas cidades por onde passa? Tenta aprender o idioma? Roberta: Tento conhecer um pouco da língua, dos costumes, da comida e, principalmente, da música. FC: O que é uma viagem inesquecível para você? E quais músicas lembram esse lugar? Roberta: Gosto de aproveitar esse tempo pra fazer pesquisa de repertório, conhecer novos artistas dos lugares que visito. Adoro estudar nas minhas viagens. FC: Sem ser a trabalho, o que você mais curte em viajar? Roberta: Eu tenho gostado muito de ecoturismo. Trilhas, praias, silêncios, mergulhos e lugares não muito distantes. Quero, nos próximos anos, conhecer bem o Brasil. Fui para Bonito e Noronha ano passado e foi maravilhoso. Voltei renovada desses lugares. FC: E como serão as viagens de 2013? Roberta: Vou continuar a turnê do Segunda Pele, meu último disco. Mas vou ativar a fábrica de criatividade e pensar no futuro. REVISTA FORA DE CASA


54 música

fotos divulgação

Nas baladas do Kid Com 30 anos de estrada, o Kid Abelha coleciona histórias. Algumas delas estão diretamente ligadas às andanças de Paula Toller (vocalista), Bruno Fortunato (violão e guitarra) e George Israel (sax, vocais e violão) pelo mundo. A famosa Lágrimas e chuva, do álbum Educação Sentimental (Warner, 1985), por exemplo, é do tempo que o grupo era um quarteto, com o ex-integrante Leoni. “Lágrimas e chuva foi composta numa viagem a Teresópolis (Rio de Janeiro), e a ideia surgiu a partir de uma improvisação musical nossa”, lembra Bruno. Na playlist de viagens, eles ouvem de tudo. Djavan, Sterophonics e Domenico Scarlatti são alguns dos mais ouvidos pelo guitarrista do Kid. “Teve uma viagem longa que eu não conseguia parar de ouvir Curumin do Djavan, devo ter ouvido umas 30 vezes, sem exagero”, recorda Bruno. “Mais tarde, fiquei sabendo que era uma música para o filho pequeno (o João, que depois de crescido tocou com a Cássia Eller). Isto aconteceu numa viagem de ônibus pelo sul do Brasil”, conta.

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Viajante nata Em uma viagem às Ilhas Canárias, a cantora baiana Karina Buhr sentiu-se inspirada. Foi assim que surgiram as composições Bem -vindas e Avião Aeroporto, com a banda Comadre Fulozinha. “Foi no meio de uma paisagem absurdamente linda e o juízo aperreado. Avião Aeroporto foi uma parte nesse mesmo lugar e outra no sertão, em Canudos, durante uma parte da encenação de Os Sertões, com o Teatro Oficina”, lembra a cantora. Quando está em turnê, a rotina é “agilizar as coisas para o show, passar o som, tocar e ir embora no outro dia cedinho”. No entanto, há exceções. “Quando dá, sempre fico e gosto de sair andando pela cidade, indo para lugares que eu vá vendo e gostando e não necessariamente para pontos turísticos. Embora alguns estejam naturalmente entre lugares que eu goste”. E cita, entre destinos inesquecíveis, pontos pelo interior do Brasil. “Quixeramobim e Canudos. Todas as músicas das peças de Os Sertões me fazem lembrar instantaneamente de lá”.


música 55 divulgação

Um cearense pelo mundo O cantor e compositor cearense Raimundo Fagner guarda com carinho o aprendizado artístico com a cultura hispânica. Algumas de suas melhores viagens foram para a Espanha. “Sevilha foi o lugar mais marcante que conheci. Pelos artistas com quem trabalhei, como Paco de Lucia, Camarón de La Isla, e muitos outros anônimos que tenho oportunidade de conhecer. É uma química que nunca acaba”, relembra. Ele, que já teve sucessos como Mucuripe e Noves fora, cantado até por Elis Regina, está acostumado a compor nessa rotina de trânsito. “Muitas músicas são feitas em viagem, principalmente em quarto de hotel”, recorda. “Posso destacar Trianera, com o parceiro Fausto Nilo, que fiz para meu disco Traduzir-se (1981). O tema era instigante. Falar da relação do Nordeste com a música espanhola, especificamente aquela da região de Andalúcia”. Assim, andar pelas cidades faz parte dessas descobertas. “Procuro conhecer, principalmente, as pessoas e os lugares que elas frequentam, a boemia de seus costumes mais simples, do dia a dia”. Na bagagem musical, as influências são variadas. “Sempre carrego na bagagem meus CDs, que são muito variados. Músicas dos anos 70, 80. De várias origens, de artistas bem diferentes”, diz Fagner. “Neste momento levo Sergio Sampaio, Cat Stevens, Zeca Baleiro, Ennio Morricone, Billie Holiday, Diana Navarro, Gilbert O'Sullivan e o disco de Luiz Gonzaga - Baião de dois - que acabo de produzir com o produtor Zé Milton e que tem a participação de muitos artistas brasileiros em homenagem aos 100 anos de nascimento de Gonzagão”, diz Fagner, fazendo a lista.

Pacotes Portugal Clássico (8 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Visita panorâmica de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa com guia local l Visita a Fátima, Guimarães, Aveiro e Óbidos comentado por nosso guia l Visita ao Palácio de Mateus, Jardins do Palácio de Mateus e Palácio Nacional de Sintra (entradas incluídas) l Subida em bondinho ao Santuário de Bom Jesus l Excursão a Sintra, Cascais e Estoril com guia local l 11 refeições Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza, Recife ou São Paulo R$ 4.358,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1308,00 + taxas 05 parcelas de R$ 610,00 Valores por pessoa em apto. duplo l Saida de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 4.565,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.370,00 + taxas 05 parcelas de R$ 639,00 Espanha Fascinante (10 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Visitando Madri ,Sevilha , Córdoba, Valência, Barcelona, Madri l Café da Manhã l Transfer Aeroporto/ Hotel / Aeroporto Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 7.823,00+ taxas Financiamento Entrada: R$ 2.348,00 + taxas 05 parcelas de R$ 1.095,00

ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br

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56 Internet

Mala pronta e

um computador à mão Na hora de se preparar para uma viagem, toda dica é válida. Isso explica a grande quantidade de blogs sobre o assunto e o aumento constante de leitores interessados. Com muito ou pouco dinheiro, dentro ou fora do Brasil, existe um blog para todo tipo de viagem Isabela Bosi_isabelabosi@opovo.com.br

A

ideia surgiu da vontade de compartilhar experiências. Depois de algumas viagens e do desejo de dar dicas valiosas, Erik “P.Zado” Araujo e Janaína Calaça criaram o blog Jeguiando. O nome faz menção ao mascote do casal: um jegue de pelúcia adquirido numa banca de revistas argentina, em 2008, apelidado de Jegueton. O bichinho os acompanha em toda viagem e virou símbolo do blog, que se propõe a oferecer relatos “realmente úteis” aos leitores. “Procuramos adotar uma escrita em tom pessoal para incentivar os leitores a participar com dicas e opiniões sobre destinos e experiências”, explica Araujo. A lista de destinos já visitados (e postados no Jeguiando) inclui Chile, Canadá, México, Argentina, além de diversos estados brasileiros. De todas as viagens que fizeram juntos, as melhores, segundo eles, foram as duas idas a Bonito (MS).“Toda cidade tem seus encantos e gostamos de falar sobre o que encontramos no meio do caminho”, diz Araujo. Paradas nas estradas, restaurantes, hotéis, toda informação que julguem relevantes para outros viajantes são postadas. “Não basta dizer que o mundo é lindo, temos também que dizer o que evitar no caminho para não terem frustrações”, comenta. Membros associados Erik e Jana participaram da criação da Associação Brasileira de Blogs de Viagem (ABBV), em 2012. A ABBV foi fundada com o intuito de regulamentar e defender os interesses dos blogs de viagem que atuam no mercado nacional. “Acreditamos que um dos meios mais eficientes de sedimentar os blogs seria através da criação de uma associação com estatuto, missão e visão”, diz Araujo. O objeto é fortalecer os blogs de viagem como principal fonte de informação para quem quer viajar. Segundo pesquisa realizada pela associação, atualmente, 70% dos leitores utilizam blogs como principal fonte de consulta para escolha de destinos.

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Viajando com os pequenos

fotos arquivo pessoal

1 - Marcelo e Hilani, em Nova York, em 2005. 2 - Patrícia, Luiza, Bruno e Nuno, em Dubai. Dois casos de experiência do blog Eu Viajo Com Meus Filhos 3 - Janaína Calaça e Erik “P.Zado” Araujo criaram o blog Jeguiando

É comum a mulher, depois de ter filho, guardar as malas no fundo do armário e aposentar o passaporte. Só de pensar em viajar com uma criança pequena, já bate um desespero. Fraudas, mamadeiras, carrinho, tudo se transforma em empecilho e parece impossível conseguir se divertir e relaxar numa viagem dessas. Será? Patricia Papp, Halini Saad e Fernanda Avila não concordam. Para elas, viajar com os filhos é tão prazeroso e natural que, em 2010, decidiram criar o blog Eu Viajo Com Meus Filhos, onde dão dicas e incentivam outras mamães a colocarem o pé na estrada com os pequenos. A ideia do blog surgiu após a viagem de Patricia à Tailândia com os filhos – na época, Pedro tinha sete anos e Luiza, um. “Depois da viagem, muitas pessoas vinham perguntar como eu tive coragem e como era viajar para um lugar tão exótico com duas crianças pequenas”, conta. Ao perceber que a maioria das mães se sentia insegura em relação ao assunto, Patricia – autora do livro Crianças a Bordo - Como viajar com seus filhos sem enlouquecer – convidou as amigas Halinie Fernanda para acompanhá-la no blog. Para Fernanda, olhar as coisas sob a ótica das crianças tornou-se algo divertido nas viagens. “A gente acaba absorvendo informações, visitando lugares, reparando em detalhes e fazendo coisas que não faria em uma viagem de adultos.” Depois que começou a viajar com as filhas (Marina, de oito anos, e Olivia, de dois), ela passou a visitar zoológicos, o que não fazia antes e agora considera um dos programas mais legais. REVISTA FORA DE CASA


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Vá com o Átila Ximenes Apaixonado por viagens, Átila Ximenes, responsável pelo Vou Contigo, iniciou seu blog como um diário de bordo pessoal. “Eu escrevia sobre minhas viagens, publicava fotos, dicas e roteiros, tudo muito simples, pois sempre achava que ninguém passava por lá. Eu tinha um blog de tecnologia, mas a paixão por viajar era maior. Em novembro de 2009, abandonei o ramo da tecnologia e criei o Vou Con-

tigo, que, até hoje, é o projeto para o qual mais dedico tempo e atenção”, conta. Átila diz que o objetivo do blog é mostrar que todos podem viajar, de todas as maneiras. Por meio de suas próprias viagens, o blogueiro dá dicas de onde comer, dormir, como chegar. “É gratificante um leitor voltar de viagem e te mandar um e-mail agradecendo por todas as dicas, e que sem elas a viagem dele teria sido diferente”, afirma.

Pacotes Santiago do Chile (05 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Santiago l Transfer in/out + city tour Valores por pessoa em apto. Duplo l Saída de Fortaleza ou Recife R$ 1.978,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 593,00 + taxas 05 parcelas de R$ 277,00 l Saída de São Paulo Rio de Janeiro R$ 1.770,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 525,00 + taxas 05 parcelas de R$ 249,00 México (11 dias) Inclui Conhecendo Cidade do México, Mérida e Cancún

Sobre duas rodas Janilson Messias já gostava de fazer pequenas trilhas em serras ou no sítio da família quando leu o livro Manual do viajante solitário, de José Albano, e descobriu que podia ir além com sua moto de 125 cilindradas. O que, para ele, é o ideal para viajar numa velocidade segura e apreciar o percurso. Há cerca de um ano, quando se mudou para Iguatu, surgiu a ideia de registrar as “pequenas aventu-

ras” que fazia pela região. De início, postava na página pessoal do Facebook, apenas para os amigos. Mas, recentemente, criou o blog 125 CilindrAventuras, onde posta fotos das viagens e dicas de segurança e locais para conhecer. O blog narra as viagens pela região do Centro-Sul e Cariri, no Ceará. Um dos objetivos é justamente mostrar que o interior tem muitos atrativos que valem a pena conhecer.

Serviço l Jeguiando - jeguiando.com l Eu Viajo Com Meus Filhos - euviajocommeusfilhos.blogspot.com.br l Vou contigo - voucontigo.com.br l 125 CilindrAventuras - 125cilindraventuras.blogspot.com.br/ l Associação Brasileira de Blogs de Viagem (ABBV) - abbv.net.br REVISTA FORA DE CASA

Inclui l Transporte aéreo: Brasil / México e Acapulco / México / Brasil (consulte cidades de embarque) l Traslado: chegada e saída. Transporte por todo circuito em van, micro-ônibus ou ônibus de acordo com o número de passageiros. Acompanhamento de guia em espanhol durante todo o percurso. l Hospedagem: 3 noites na Cidade do México, 1 noite em Taxco e 3 noites em Acapulco. Café da manhã diário l Atividades: passeios aos principais pontos turísticos da Cidade do México e Teotihuacan com almoço, Cuernavaca, Taxco e Acapulco com mergulho dos clavadistas Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza, Recife R$ 5.572,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 1.672,00 + taxas 05 parcelas de R$ 780,00 Valores por pessoa em apto. Duplo

l Saída de São Paulo R$ 6.753,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 2.026,00 + taxas 05 parcelas de R$ 945,00 ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br



60 esporte

Correndo pelo

mundo

fotos arquivo pessoal

Com a mala pronta, muitos brasileiros viajam para participar de corridas de rua e provas de triathlon. Eis uma ótima oportunidade para também fazer amigos e conhecer destinos incríveis! Callen Leão_callen@opovo.com.br

Eduardo Parente

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"Para conhecer

uma cidade é preciso andar"

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oda semana, o jornalista Hamilton Nogueira larga a rotina e corre em média 20km, além de nadar outros 15km. Tudo isso pelo prazer do esporte. E o desafio é maior quando o leva para fora da rotina e das fronteiras do Brasil. “Na verdade, eu viajo para conhecer. Conhecer o que eu puder: gastronomia, costumes, cidadania, e é na cidadania que está a questão”, explica o corredor, que se lança na ponte aérea Fortaleza-São Paulo com frequência para participar de corridas de rua e maratonas. “Andando de carro não se sente a cidade. Para conhecer uma cidade é preciso andar, então para que melhor do que ter a corrida como estímulo?”, indaga. O personal trainer Luis Eduardo Parente também viaja para conhecer o mundo e outras culturas. Para isso, planeja o próprio tempo e, mesmo já sendo educador físico, não dispensa assessoria de corrida. "Correndo já conheci, do nosso interior do Ceará, como Crato, Guaramiranga e Pecém, ao Rio de Janeiro, Paris, Roma, Florença, Nice, Lisboa, Castelo Branco, Barcelona, Filadélfia e Nova York”, lembra. “Sempre faço das viagens um turismo, brincamos até com um termo conhecido entre os corredores de 'Maraturistas'", comenta Parente. O objetivo de Hamilton e de Eduardo é como o de muitos apaixonados por corrida: continuar melhorando o próprio tempo. O fator “agregador” do esporte é um dos estímulos para continuar correndo. Isso e a possibilidade de conhecer melhor cada lugar que visitam. "Porque (esses lugares) me fazem pensar em explorar, descobrir algo novo, inédito mesmo que seja para mim. Faz você refletir o porquê dos princípios étnicos, da colonização e repercussão da sua nova forma de pensar para o mundo", diz Luis Eduardo.

Hamilton Nogueira

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62 esporte Correndo para viajar e viajando para correr Aos 62 anos, a recém-aposentada Lucione Silva Oliveira tem dois filhos, duas netas e uma rotina nada monótona. Lucione começou a treinar aos 57 anos, quando fez uma aposta com um dos filhos: se ele emagrecesse, ela pararia de fumar. E os dois saíram ganhando. “É muito interessante, é um processo que transforma a gente”, diz a ex-bancária, que, em alguns anos, se viu participando de maratonas pelo mundo. Na Meia Maratona de Miami Beach, em comemoração ao Halloween, ela se surpreendeu ao chegar em primeiro lugar entre pessoas da mesma faixa etária, em 2011. “Eu não corria para ganhar, mas meu filho observou que não tinha gente da minha faixa etária chegando no final, em Miami, aí foi que eu entendi que tinha tirado primeiro lugar”. E a primeira maratona foi em Berlim um ano depois, onde correu entre cerca de 42.500 inscritos. “Foi fantástico!”, lembra. “Quando você faz maratona é para completar prova, você precisa focar nisso, a menos que seja corredor de elite porque aí você vai com outro pensamento”. Mas para chegar no nível de maratonista, Lucione precisou mudar alguns hábitos. Dormir cedo, seguir as dicas da nutricionista, fazer exames médicos com regularidade e complementar os treinos com ioga e pilates. “Eu não busco primeiro lugar, eu simplesmente vou embora”, diz bem-humorada. “Eu acho que a maior conquista é que cada treino

dá mais confiança no que você é capaz, a questão da determinação, de desejar uma coisa e realizar, a corrida tem capacidade de mostrar sua capacidade de ir mais longe e isso me aproximou mais dos meus filhos”. Em 2013, a corredora participará de mais um desafio nas pistas. Dessa vez, em Santiago, capital do Chile. Desafio triplo O triathlon também é uma modalidade que atrai atletas viajantes. Mas, ao mesmo tempo, exige preparo físico maior, com treinos de pedaladas, nado e corrida regulares durante a semana. “Primeiro, você se programa para a prova e, depois, encaixa isso para a viagem”, diz João Fiuza, empresário da construção civil e praticante de triathlon. Assim, a programação semanal inclui corrida três vezes, natação duas vezes à noite e pedaladas duas ou três vezes. Fiuza conta que já viajou para Miami, nos Estados Unidos, Natal, Rio de Janeiro e São Paulo por conta do esporte. Em fevereiro, o destino é o Panamá. “Sempre fui ligado a esporte, exercício físico e, nos últimos dez anos, me interessei mais ainda, mas a nossa meta é chegar bem, principalmente para o atleta amador”. Assim, acaba conhecendo pontos turísticos e históricos das cidades por onde passa. “É bom para adquirir qualidade de vida, bom desempenho físico, melhorar a cabeça, melhorar em todos os aspectos. E, hoje, meus filhos também se interessaram por esporte”, comenta.

Antes dos desafios Quando se fala em viagem e atividades físicas, cada passo deve ser pensado para evitar problemas de saúde ou mau aproveitamento do tempo. "Para preparação para uma maratona (42km), começamos com volume baixo, com média de 30 a 40km no primeiro mês, depois aumentamos para 45 a 50km nos meses de desenvolvimentos e chegamos a 60 a 80km faltando 3 a 4 semanas antes do dia da prova", explica o personal trainer Luis Eduardo Parente. "Mas, normalmente, não treinamos a quantidade de quilômetros da prova, pois além de ser perigoso lesionar-se, requer uma recuperação de até 30 dias". "Quando se pretende realizar uma distância maior, tudo pode acontecer, então, toda maratona é uma competição, em primeiro lugar, contra você mesmo, depois, contra sua meta estimada, ou seja, o tempo a ser batido", detalha o personal trainer. "Como não sou profissional em corrida (atleta de elite requer investimento e treinamento diferenciado, e ainda uma genética específica) não tenho condições de competir por pódio”, comenta. REVISTA FORA DE CASA


esporte 63

Corrida e viagem A melhor viagem tanto do personal trainer Luis Eduardo quanto do jornalista Hamilton Nogueira até agora foi ao Chile. Mas cada um participou de provas diferentes pelo país. “Destaco o Museo de la Verdade, um marco da memória da história da repressão chilena que ainda está muito viva em Santiago”, recomenda Hamilton. Também foi no Chile que Luis Eduardo e a equipe de viagem se depararam com um dos maiores desafios como corredor. “Nesta corrida do Atacama, tivemos um preparo que achávamos ser bem específico, mas, como não tínhamos altitude e nem um clima com umidade baixa o suficiente, nos surpreendemos no treino dois dias antes, mas, mesmo assim, levamos adiante o sonho. E outra vez foi na Maratona da Philadelphia, que a largada estava com 'ótimos' 2 graus", conta. Essas viagens deixam marcas e lições. "Pois além de participar em um ambiente inóspito e extremo, descobri o quão somos pequenos perante a natureza, como somos medíocres em acharmos que somos superiores a ela, então foi um encontro entre criador (natureza) e criatura (eu)”, conta o personal.

Calendário Fevereiro l Triathlon Internacional de Santos - dia 24 Período: 22 a 24/2 Abril l Maratona de Santiago (Chile) - dia 7 Período: 5 a 8/4 Maio l Ironman Brasil Florianópolis - dia 26 Período: 24 a 26/5 Junho l Meia Rock'n'roll Fortaleza - dia 23 Período: 21 a 23/6 Julho l L'Etape du Tour - dia 7 Período: 3 a 10/7

Agosto l Meia Maratona do Rio - dia 18 Período: 16 a 18/8 l Ironman 70.3 Penha Santa Catarina - dia 25 Período: 23 a 25/8 Outubro l Meia Maratona de Buenos Aires - dia 6 Período: 3 a 7/10 Novembro l Golden Four Asics Brasília - dia 3 Período: 1 a 3/11 Dezembro l São Silvestre - São Paulo - dia 31 Período: 29/12 a 1/1

Pacotes Buenos Aires (04 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Buenos Aires Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza R$ 1.967,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 590,00 + taxas 05 parcelas de R$ 275,00 l Saída de Recife R$ 2.186,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 656,00 + taxas 05 parcelas de R$ 306,00 l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 1.565,00 + taxas

Financiamento Entrada: R$ 470,00 + taxas 05 parcelas de R$ 219,00 Santiago do Chile (04 dias) Inclui l Passagem aérea ida e volta l Hospedagem em Santiago Valores por pessoa em apto. duplo l Saída de Fortaleza R$ 2.146,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 643,80 + taxas 05 parcelas de R$ 300,44 l Saída de Recife R$ 2.286,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 685,80 + taxas 05 parcelas de R$ 320,04

l Saída de São Paulo ou Rio de Janeiro R$ 1.607,00 + taxas Financiamento Entrada: R$ 482,10 + taxas 05 parcelas de R$ 224,98 Maratona do Rio de Janeiro l 05 a 08 de julho Aéreo For/Rio/For l 03 noites de hospedagem com café da manhã no Hotel Copacabana Praia l Transfer Aeroporto/Hotel/ Aeroporto l Transfer Hotel/Corrida/Hotel l Bolsa de viagem l Seguro viagem R$ 1.636,08 + taxas Financiamento Entrada de R$ 216,60 + taxas 06 parcelas de R$ 236,58

ATENÇÃO - Valores a partir de, sujeitos a disponibilidade e alteração sem aviso prévio, calculado em 17/01/2013, ao câmbio dólar/real R$ 2,12 www.casablancaturismo.com.br REVISTA FORA DE CASA


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uma nova forma de

viajar A partir da identificação de uma necessidade do mercado, a Casablanca Turismo vem implementando um conceito inovador para a programação de viagens que partem do desejo e do perfil de seus clientes jÁder santana_jadersantana@opovo.com.br Natália Évila_nataliaevila@opovo.com.br

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m todo o país, o mercado de vendas de passagens aéreas e pacotes de viagem mudou radicalmente nos últimos anos. Até 2008, as companhias aéreas pagavam uma comissão às agências de viagem para que elas agenciassem a venda de passagens. Isso representava cerca de 97% da receita de uma agência. Desde então, as companhias pararam de comissionar as agências e passaram a vender as passagens em seus sites direto ao consumidor final. As companhias aéreas deixaram de ser clientes e passaram a ser concorrentes das agências de viagem. Além disso, enquanto as companhias cobram apenas o valor da passagem aérea, as agências somam a este valor o preço de seu serviço. Reconhecendo o novo quadro do setor, a Casablanca Turismo propõe uma nova estratégia mercadológica de atuação para conquistar espaço sem brigar pelo bilhete vendido pelas companhias aéreas. Saindo do mercado de massa (que oferece pacotes previamente planejados e os vende individualmente para cada cliente), a empresa incorpora, agora, o mercado de massificação de nichos, um modelo que considera as especificidades dos clientes antes da oferta dos pacotes de viagem. “Nós estamos preparando a empresa para que ela identifique milhares de nichos que existem, mas que ninguém sabe”, afirma Henrique Sérgio Abreu, diretor da Casablanca Turismo. Formação de nichos No mercado de turismo e lazer, a formação de nichos engloba não somente aqueles que já têm um destino certo em mente, mas qualquer tipo de interesse como pesca, adrenalina, viagens para solteiros... Profissionais de jornalismo de vários pontos do país, por exemplo, que expressem a vontade de conhecer melhor as carac-

Nós estamos preparando a empresa para que ela identifique milhares de nichos

terísticas próprias do jornalismo londrino, formam um novo nicho a ser explorado. “No Brasil, talvez existam dez, 12 jornalistas que se interessem em estudar esse caso. Eles vão para Londres guiados por quem a gente indicar para conhecer os tabloides ou o (jornal)The Economist”, explica Henrique Sérgio. Uma vez realizada a viagem, o nicho se desfaz. Para identificar esses nichos, uma ação para as mídias sociais está sendo estruturada. Os clientes poderão identificar gostos, desejos e interesses ou comentar sobre viagens que já fizeram por meio de um jogo e ganharão pontos por isso. A soma de pontos vale prêmios. Para tanto, será utilizado o Bônus Fácil, um sistema de milhagens semelhante ao das companhias aéreas e que já funciona com os demais produtos da Casablanca Turismo. Já no mercado corporativo, o foco não são nichos temporários, mas o atendimento às empresas nos segmentos aos quais perten-

Rio de Janeiro em nicho A filial carioca da Casablanca Turismo vai trabalhar com segmentos específicos que traduzem as principais demandas do mercado corporativo de viagem do Estado. “Cada setor tem as suas especificidades e os agentes de turismo precisam entender isso”, explica Celso Leonardo. Conheça os nichos: - Energia, petróleo e gás - Logística - Tecnologia - Indústria Criativa (moda, joias, design, cultura, entretenimento) - Saúde - Start-ups (para microempresas iniciantes com grande potencial de crescimento) REVISTA FORA DE CASA


66 negócios cem. “Em vez de olhar empresa a empresa, atenderemos essas dezenas, centenas de empresas agrupadas em nichos afins e ofereceremos algo que ninguém oferece”, conclui Henrique Sérgio. Empresas ligadas ao mesmo ramo de atividade (à moda, à construção civil, ao turismo) ou mesmo empresas que possuem algum tipo de vínculo ou de problema em comum devido à sua localização, por exemplo, poderão formar novos nichos. Pioneirismo carioca Foi a filial da Casablanca no Rio de Janeiro que deu a largada nesse novo estilo de turismo que privilegia a massificação de nichos. Inaugurada no último dia 25 de outubro, no shopping Downtown, na Barra da Tijuca, a loja trabalha com a venda direta para o varejo, voltada para o turismo de lazer, e com pacotes direcionados ao público corporativo. Em função dos megaeventos esportivos que a capital carioca vai sediar – Copa do Mundo, em 2014, e Olimpíadas, em 2016 – o mercado de turismo no Rio de Janeiro passa por constante processo de expansão. Para acompanhar tais avanços, a Casablanca definiu uma série de nichos específicos que representam públicos estratégicos no mercado corporativo de viagens da cidade, como explica Celso Leonardo, gestor da filial: “Vamos atender os segmentos de forma especializada, com material específico para cada um, consultores e especialistas em cada área, promoção de eventos e tarifas especiais”. O turismo de lazer também ganhou vários nichos específicos que prometem movimentar o mercado. “As viagens corporativas ainda

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viajando pela beleza O salão Beleza Natural já está trabalhando com a estratégia da massificação de nichos. A empresa, que proporciona aos clientes soluções para valorizar cabelos crespos e ondulados, oferece um processo de corte diferente de outros salões no Brasil.

"Não podemos oferecer apenas o lugar-comum. Precisa ser algo original, diferente"

acontecem em maior quantidade, mas também estamos trabalhando o lazer, e essa é uma área que está crescendo muito, porque o Rio de Janeiro tem uma grande aderência”, explica o gestor. Nesse universo, o gestor da filial carioca destaca o nicho do turismo de aventura e acrescenta que, para os viajantes incluídos nesse segmento, é fundamental a escolha de roteiros e programas que privilegiem a natureza e a alimentação saudável. O turismo GLS é outro nicho, com atividades cuidadosamente selecionadas para garantir a satisfação de seus viajantes. “Quando entendemos os nichos, vamos buscar opções que respeitem o que eles querem. Nós precisamos entender o que essas pessoas desejam ver, o que eles querem e não querem conhecer. Não podemos oferecer apenas o lugar-comum. Precisa ser algo original, diferente”, conclui Celso Leonardo.

Com filiais no Rio de Janeiro e em Vitória, no Espírito Santo, o salão recebe clientes de todo o país em excursões. É aí que a expertise da Casablanca Turismo se insere: “Você tem que entender bem a necessidade dos clientes, que tipo de transporte, de pagamento eles usam. Não só a gente entende de turismo como entende do negócio dele. É diferente de outro cliente do nicho da moda. Esse pessoal quer um roteiro específico para eles. Nós estamos redesenhando toda a logística das caravanas”, diz Celso Leonardo, gestor da filial da Casablanca no Rio de Janeiro. As caravanas são excursões realizadas de ônibus ou de avião pelo público que têm como objetivo tratar os cabelos no Beleza Natural. Mas, com a nova estratégia, além de cuidar dos cabelos, os clientes do salão têm momentos de lazer pensados especificamente para eles. “Na maioria (os clientes vêm) de ônibus. E há um roteiro turístico que interessa a eles, a esse tipo de público, como, por exemplo, visitar o Cristo (Redentor). Eles querem ver, realmente, o óbvio”, explica Celso Leonardo.


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68 há controvérsias

Casamento. Entre o

Ocidente e o Oriente O casamento sob dois pontos de vista. A seção Há Controvérsias faz sua estreia com este tema que ganha novos significados dependendo de que lado do planeta os casais se encontram

De amor e de cultura

De amor e sexo

Rosendo Freitas de Amorim

Zenilce Vieira Bruno Psicóloga e terapeuta sexual

Professor de Antropologia Jurídica, da Unifor

N

o Ocidente, o casamento tem como fundamento aparente o envolvimento sentimental e afetivo-sexual, paixão/amor, e a ideia da livre escolha. As pessoas casariam com quem amam. Entretanto, na prática, as coisas são bem diferentes, pois o que se observa, com raras exceções, são casamentos entre pessoas pertencentes às mesmas classes sociais. O casamento, nesse contexto, ganha cada vez mais a condição de um meio para realização da felicidade pessoal. Ao invés de uma instituição garantidora da manutenção da família e da consequente reprodução das famílias. No Oriente, de um modo geral, permanece uma postura mais pragmática em relação aos casamentos, cuja finalidade é a constituição de uma família consolidada pela geração de filhos que garantam a sua perpetuação. Assim, compreende-se porque em muitas dessas culturas permanecem os casamentos arranjados e a presença do dote, exigido, em geral, das mulheres, como acontece na Índia. A complexidade cultural do Oriente, a despeito da cultura de massas difundida pela mídia ocidental, permite identificar um caleidoscópio multicultural em se tratando de casamentos. Por mais suntuosos que sejam os casamentos ocidentais, a celebração e a festa acontecem num único dia. Os casamentos árabes duram, em média, três dias e os indianos, de três a sete dias, às vezes indo além, sempre marcados por um clima festivo, de muita alegria, música, danças, comidas e bebidas. Os casamentos na China passam por um grave problema: faltam candidatas à noiva, devido à política de filho único que vigorou no país por mais de quatro décadas, fazendo com que abortos e abandonos de meninas levassem ao atual desequilíbrio entre os gêneros. REVISTA FORA DE CASA

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omecemos definindo: o que é o casamento? Também denominado de matrimônio, é o vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica são as relações sexuais, embora possa ser visto por muitos como um contrato. Normalmente quando um casal decide casar é porque se amam e querem passar o resto dos seus dias juntos. Se no Ocidente as pessoas casam por amor, no casamento árabe a mulher é tratada como se fosse um objeto de troca. Por vezes, a noiva só conhece o noivo no dia do casamento. Neste caso, é a família do noivo que procura uma noiva que considere adequada. O casamento é um contrato entre o homem, a mulher e o seu pai, o guardião. Neste contrato, o noivo tem de dar um dote ao guardião, este acordado pelas duas famílias e pode ser em dinheiro, animais ou objetos. Foi com o advento do Islã que a mulher passou a desfrutar de uma posição dignificada, sem qualquer traço de paternalismo ou exploração, um ser responsável, a quem são exigidos deveres, mas a quem também são assegurados direitos, em igualdade de condições com o homem. Homens e mulheres são criaturas de Deus, e o melhor entre eles é o mais justo, o mais piedoso, independentemente de sexo, raça, cor, posição social etc. As pesquisas realizadas revelam que a intimidade com outros seres humanos é, isoladamente, o aspecto mais gratificante da vida. E que o mecanismo de casamento, que a despeito dos seus inúmeros modelos, percursos e de, por vezes, estar desacreditado, frequentemente esteve relacionado ao amor, ao menos para a sociedade ocidental. Mas será que o amor e os estados a ele relacionados, como a paixão, sempre foram valorizados como o são atualmente?


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Laços de afeto Eles se conheceram no mundo do turismo e não se largaram mais. Conheça alguns dos casais que trabalham juntos para fazer a viagem de muitas pessoas, sem deixar de lado os próprios sonhos

Regis Abreu e Andrea Gonçalves Ele é cearense e ela, carioca. Casados há dez anos, eles são pais de Matias, seis anos, e Maria, oito anos. “Nos conhecemos em evento de turismo em Fortaleza, quando os dois já trabalhavam nesse ramo, sendo que ela era da rede Accor e eu da Casablanca, então eu já paquerava com ela até que um dia começamos a namorar”, relembra Regis.

Solange e Rafael Rodrigues Ambos trabalhavam na Casablanca Turismo quando se conheceram. O paulistano se apaixonou pela cearense e agora estão casados, compartilhando uma vida juntos com direito a viagens e passeios com os amigos, inclusive na companhia da filha Isabela. A viagem mais bacana do casal foi para Canoa Quebrada, no Ceará. “Foi muito legal”, conta Rafael. REVISTA FORA DE CASA


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i casais casablanca

fotos ethi arcanjo

Renan e Débora Ramos O casal se conheceu em Fortaleza, em um hotel, em 2007. No mesmo ano, começou o namoro que, depois, rendeu casamento e uma filha, a Laís, que chegará em abril. “A melhor viagem que fizemos foi a Buenos Aires em abril de 2012”, diz Renan, que também adora ir à praia com a esposa ou simplesmente ficar em casa cozinhando para a família.

Jeferson Ximenes e Moisés Nascimento Os dois são cearenses e adoram cinema e música. Juntos há cerca de dois anos, possuem vários gostos em comum, além de trabalharem no segmento de turismo, sendo que Moisés atua na área administrativa e Jeferson lida diretamente com o público com assessoria de visto. “A viagem mais bacana que fizemos juntos até agora foi para Pipa, no Rio Grande do Norte, e adoramos”, conta Jeferson. REVISTA FORA DE CASA


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Inauguração da Casablanca Turismo Rio a filial carioca irá priorizar o atendimento separado por nichos, como tecnologia, petróleo e gás, logística, cultura e saúde A Casablanca Turismo inaugurou, em outubro de 2012, filial no Rio de Janeiro. O espaço funciona no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca. De acordo com o diretor, Celso Leonardo, a nova unidade seguirá a filosofia da empresa, priorizando o atendimento especializado e separado por nichos, como tecnologia, petróleo e gás, logística, moda e saúde. “Nós estamos entrando nesse mercado porque vemos um potencial no Estado, além de fortalecer a nossa presença no eixo Rio-São Paulo”, explica Leonardo. REVISTA FORA DE CASA


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primeira tap Partner

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na europa fotos divulgação

iparceria

O Grupo Casablanca Turismo traz a Fortaleza a primeira loja TAP Partner, da companhia aérea TAP Portugal. Por meio de uma parceria com o grupo brasileiro, os produtos da TAP serão vendidos com mais agilidade e atendimento especializado. A loja abriu recentemente no Shopping Pátio Dom Luís.

icongressos

Concan 2012 De 24 a 27 de outubro de 2012, aconteceu o XIX Congresso Brasileiro de Cancerologia (Concan), em Fortaleza. O evento reuniu cancerologistas de todo o Brasil. A Casablanca foi a agência oficial de turismo do evento e a responsável pela logística de viagens, trazendo palestrantes e convidados para o congresso.

ipremiação

Sempre na frente O ano de 2012 foi de congratulações. A Casablanca recebeu da empresa de cruzeiros AmaWaterways, representada pela Be Happy, o reconhecimento ao bom desempenho de vendas no mercado do Ceará no ano passado. Além disso, a agência está entre os Top Delta Air Lines Norte e Nordeste, pois foi a agência que mais vendeu bilhetes da companhia no Ceará em 2012.

Em novembro de 2012, o Famtour da Casablanca Turismo premiou 11 funcionários da agência e uma da companhia aérea TAP com uma viagem para Barcelona e Lisboa que durou de 4 a 12 de dezembro. Os premiados da Casablanca foram: Natália Abreu, Henrique Sérgio Abreu, Carol Alencar, Mônica Oliveira, Henrique Pinto, Daniel Malveira, Márcia Delgado, Meiry Elias, Jane Durand, Shamya Capibaribe e Julia Oliveira. Da TAP, a premiada foi Ana Cristina Menezes. Em outubro, a Gol levou clientes a um Famtour em Buenos Aires. A viagem durou do dia 18 ao dia 21.

i gptw

i moda

uma das melhores

Eventos 2013

A maior agência de turismo do Ceará e uma das maiores do Norte e Nordeste está entre as melhores empresas para trabalhar no Ceará em 2012, de acordo com o Great Place to Work (GPTW). “Nós investimos em pessoas e tecnologias. Buscamos ousadia, inovação e transparência de atitude. A partir disso, por incentivar todas essas características interpessoais, é que nós somos uma das melhores empresas para trabalhar”, justifica Alexandra Bosschart, coordenadora de RH. A Casablanca Turismo foi fundada em 1987 e hoje conta com mais de 250 funcionários e seis filiais só no Ceará.

Já estão confirmados dois grandes eventos relacionados à moda em Fortaleza, em 2013. A Feira Nacional da Indústria da Moda (Fenim Nordeste), de 24 a 29 de maio, e a Feira Internacional de Calçados e Artefatos do Norte e Nordeste (FICANN), que acontece de 24 a 26 de setembro. Ambas irão movimentar o mercado de confecção e a indústria da moda, no Centro de Eventos. A organização do sistema de hospedagem das feiras está a cargo exclusivamente da Casablanca Turismo. Desde o ano passado, o grupo está trabalhando com atendimento especializado em segmentos, entre eles o mercado da Indústria Criativa. REVISTA FORA DE CASA


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PRÊMIO DAVID SILVA Para premiar os funcionários da Casablanca que foram destaque no ano de 2012, aconteceu no dia 7 de dezembro, no L’espace Buffet ,a cerimônia do Prêmio David Silva. Os vencedores foram: Mayara Santos, na categoria Estagiário Revelação; Glayton Júnior, em Melhor

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fotos ethi arcanjo

Atendimento Interno; Carol Rissi, em Melhor Atendimento Aeroportuรกrio, e Fernando Andrade, em Melhor Agente de Vendas Corporativo. Na categoria Supervisor/Coordenador Destaque, os vencedores foram: Henrique Bessa e Alane Silva. Em Gerente Destaque, os vencedores foram: Claudio Reges e Andrea Gonรงalves. Em Melhor Agente de Vendas Lazer, foram cinco homenageados: Ana Carla Colares, Daniela Oliveira, Isabelle Costa, Jane Durand e Monica Ribeiro.

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Festa Secretรกria o Fiteiro praia foi palco para a jรก tradicional festa da Secretรกria, que reuniu funcionรกrios da Casablanca Turismo para uma tarde com petiscos, samba e um verdadeiro papo de boteco

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austrรกlia REVISTA FORA DE CASA

por tibico brasil, cineasta


QUER UMA GESTÃO DE VIAGEM

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