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Coronavírus e agronegócio

As incertezas e a necessidade de mais atenção, racionalidade e informação antes de tomar decisões em tempos de pandemia

Covid-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019) é uma doença infeciosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (Sars-CoV-2). O Sars-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em seres humanos, oficialmente, em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. O surto inicial deu origem a uma pandemia global decretada em 16 de março de 2020. A doença teve um enorme impacto na economia chinesa e ao se propagar aos diversos países, obrigou os governos a adotar medidas drásticas para tentar conter o ímpeto do avanço, evitando o colapso do sistema de saúde dos países à medida que a pandemia avança pelo mundo. As fronteiras estão sendo fechadas, as pessoas incentivadas a reduzir a movimentação e os contatos sociais, o que deve afetar a economia mundial.

Buscam-se no noticiário especializado as opiniões e visões de observadores e analistas do agronegócio. A expectativa é de que o dólar continue subindo. Neste momento há a expectativa de redução da taxa Selic, que deve impactar na alta do dólar.

Segundo analistas, com a desvalorização cambial, o Brasil torna-se mais competitivo no mercado internacional. O surto do coronavírus afeta o mercado mundial e as medidas governamentais estão sendo tomadas lentamente, sem conseguir reverter o pessimismo.

O fornecimento de defensivos concentrado em empresas chinesas pode ser fortemente prejudicado, pelos problemas nas indústrias e na logística de distribuição dos produtos.

Embora os alimentos estejam entre os produtos menos afetados nas crises, o poder econômico das pessoas será seriamente afetado, impactando nos volumes e preços, e, como consequência, a demanda por produtos agrícolas tende a cair.

O que poderia ser positivo para o agronegócio é a queda do preço do petróleo, que tem impacto na diminuição dos custos de produção pela redução dos defensivos e do diesel e no custo de transporte. Porém, a queda de preço do petróleo está sendo neutralizada pela desvalorização do real. Mas o avanço da

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doença ameaça o sistema de transporte, pelo risco da Covid-19 atingir os caminhoneiros.

A solução da guerra comercial entre os EUA e a China deverá ter impactos positivos na economia mundial, mas impactos negativos para o agronegócio brasileiro.

A situação no momento impõe mais dúvidas que respostas e exige que todos se mantenham atentos às notícias, que trazem a cada momento novas informações e novas questões.

A doença registra evolução positiva na China, onde os casos se estão reduzindo, mas por outro lado, na Europa, nos EUA, no Brasil e em diversas outras regiões estão em fase de crescimento, o que amplia os efeitos negativos sobre a saúde e a economia dos principais mercados.

Essa situação deve persistir pelos próximos meses e vai exigir muito mais atenção, racionalidade e informação antes de qualquer decisão. Mais do que em qualquer outro momento nas últimas décadas, a incerteza vai ser a marca dos próximos meses.

O governo brasileiro começa a adoção de medidas econômicas para amenizar o impacto da crise e espera-se que, apesar das restrições da economia brasileira, haja recursos que permitam que as pessoas e empresas mais afetadas tenham condições de atravessar o momento mais crítico da crise. C

Flávio Viegas, Associtrus

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