Revista DeFato 258

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DeFato Ao Leitor

Não vamos falar de Copa

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amos falar de flores, pra não dizerem que não falamos delas. O Brasil nunca foi um mar de rosas. E nunca será, porque não existe país perfeito. Mas um estado de “democracia ditatorial” é como espinhos. Um experimento do qual cansamos de ser cobaias. Vamos caminhando... sem cantar, porque as letras atuais são tão cheias de ódio, safadezas e futilidades que nem acho que podem ser chamadas de músicas. E eu que não gosto de pagode, sertanejo e funk, no mínimo, serei taxada de recalcada. Falando em música, tanto se gastou com aquele “Olé olé olá” mal arranjado e eu prefiro mil vezes a musiquinha do SBT: “Vai lá Brasil que a hora é essa, esse ano eu vou querer o hexa...” (pronto, grudou na cabeça o resto do dia). Acho que é porque as coisas andam tão moderninhas que estou preferindo o simples. Quando tenho dúvidas se algo é bom ou não, opto logo pelo tradicional, pelo antigo, pelo conhecido, pelo Galvão Bueno. Que graça tem assistir a um jogo sem reclamar do narrador? Isso também faz parte da diversão. Sei que contradigo algumas opiniões mais revolucionárias que já manifestei. E não tenho vergonha de confessar que estou mesmo perdida, marchando com os indecisos cordões. Vejo brasileiro que chorou no penta e agora é Argentina desde pequeninho. Não sei mais quem é

Diretora Geral Kelly C. Duarte Eleto Landim kelly@defatoonline.com.br

homofóbico, quem é preconceituoso e quem está apenas sendo honesto com seus princípios e valores. E também não sei se o Ramires entrou na seleção pelo sistema de cotas... Nem minha classe social eu sei mais! Minha filha de sete anos ouviu alguém dizer que quem assiste aos jogos nos estádios são os ricos e em casa são os pobres. Então eu sou pobre. Mas o governo diz que o pobre é negro. Então sou rica. Mas falaram que o rico nasce em berço de ouro e não sabe o valor do trabalho. Sou pobre. O pobre ganha subsídios. Não tenho nenhum, logo, sou rica. Mas rico é sem educação e vaia presidente no estádio. Aí lembro que não comprei ingressos da Copa. Sou pobre mesmo. Mas pago imposto de rico. Somos todos iguais, uma raça não definida, mistura de macaco com cachorro vira-lata. Mentes enfraquecidas com o excesso de afazeres, com as falhas na formação ou com as falsas expectativas. Porém, todos soldados, com a história na mão. E nos campos sem flores, o troféu vira migalha. A Copa, um banquete de caviar para quem pedia o pão diário. Chega de falar de Copa. Não nos orgulhamos mais de ser o país do futebol. Queremos ser o país da justiça, da honestidade, da coerência. E sabemos como chegar lá. Vem, vamos embora. Kelly Eleto

Diretor Comercial Marcelo Eleto marcelo@defatoonline.com.br Chefe de Redação Sérgio Santiago sergio@defatoonline.com.br Editoria Rodrigo Andrade rodrigo@defatoonline.com.br Redação Renato Carvalho Tatiana Santos jornalismo@defatoonline.com.br Marketing/Eventos Bruno Rodrigues bruno@defatoonline.com.br Diagramação Pablo Carvalho arte@defatoonline.com.br Comercial comercial@defatoonline.com.br Administrativo/Financeiro financeiro@defatoonline.com.br Fundadores José Almeida Sana Marlete Moura Morais Sana DeFato é uma publicação mensal da Revista Itabira Ltda. Filiada ao Sindijori/Abrajori/MG Área de Circulação Centro-Leste, Centro-Nordeste, Médio Piracicaba, Jequitinhonha, Cidades Históricas e Turísticas e Grande BH Redação e Administração Av. Duque de Caxias, 240, loja 4 Esplanada da Estação, Itabira - MG (31) 3831-3656 DEFATOONLINE.COM.BR

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DeFato Sumário

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Entrevista

Cursos da Funcesi são bem avaliados pelo Mec

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São Gonçalo

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Copa do Mundo

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Capa

Gilson Queiroz

Educação

Novos Caminhos

Em Barão de Cocais, uma torcida especial

Meio Ambiente Itabira pode produzir biodiesel?

Paulo Sá

Memória EBC

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Workshop Itabirano de Negócios

Mariana

Professores recebem valorização

Conceição

Fórum aponta necessidade de novo hospital

Perfil

O itabirano Talmo Curto de Oliveira

Negócio

Posto Ipê Amarelo de cara nova

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Colunistas Daniel Lança

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Márcio Labruna

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Janaina Depiné

Etiqueta no consultório

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Antonio Roberto

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O valor do vice-presidente

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Qual legado estamos deixando?

O passado e o futuro

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DeFato

Cartas

Entrevista Muito bom. Conheço o trabalho do professor Fernando Dolabela e suas ideias são ótimas. De início, podem pensar que ele é extremista, mas estamos tão acostumados com o modelo atual de ensino que qualquer pensamento diferente nos causa estranheza. Temos repulsa ao diferente. Mas pessoas como o Fernando nos instigam a refletir, nos fazem sair do senso comum. Parabéns a DeFato por trazer uma opinião tão gabaritada a seus leitores. Adriana Perion - Santa Bárbara

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Resposta rápida A única coisa que a gente evidencia desse dito crescimento do país é a bandidagem vindo para o interior. Maria Vanessa Rosa – Itabira A criminalidade pode estar crescendo junto com a impunidade, mas a resposta da Polícia Militar da região foi rápida e eficaz, mostrando a estes malandros que o trabalho de segurança pública, muitas vezes criticado, demonstra a vontade de retomar a paz social e defender a sociedade a qualquer custo. Parabéns companheiros, vamos sempre à luta. O povo tem a PMMG como sua segurança e confiança. Servir e proteger sempre. Parabéns! Matheus Carvalho – Itabira

Envie sua opinião para contato@defatoonline.com.br ou comente as matérias no site: www.defatoonline.com.br

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Cemitérios Tenho família em Itabira e meus pais estão enterrados no Cemitério do Cruzeiro. Fiz uma visita à cidade outro dia e quis ir domingo rezar lá na sepultura deles. Para minha surpresa, não tive como entrar. Estava trancado e disseram que só abre se tiver enterro. Penso que em horário comercial e fins de semana devia estar aberto e com vigilância. Voltei sem poder fazer o que queria. Paulo Assunção – São Paulo/SP O descaso pela manutenção do Ce-

mitério do Cruzeiro é assunto muito antigo. E nada mudou, só moderniza, atualiza e aumenta a ação dos vândalos. Parece-me que ele é de responsabilidade da Diocese ou algo assim. Mas nem Prefeitura nem a Diocese não estão nem aí para a dor das famílias. E morto não reclama. É preciso que o mantenha limpo e vigiado e, antes de tudo, que se respeite os nossos antepassados que ali estão. Contribuíram para a nossa história, tão esquecida e desrespeitada. Mas parece que acende uma luzinha, mesmo que tênue, quando o secretário diz que, por ser menor, não precisará de grandes intervenções físicas. Que a sensibilidade venha logo, senhor secretário Jader, e as obras comecem já. Esperar da Diocese seria milagre e eu não creio em milagres deste naipe. Anderson Silva – Itabira Uma falta de respeito. O ser humano é tão mesquinho que não consegue respeitar nem os mortos! Franciele Inês – Itabira Violência contra a mulher Machismo não tem nada a ver com violência contra mulher. A palavra vem sendo envenenada pelo marxismo acadêmico durante anos. Em países de língua inglesa existe a expressão sexíssimo, que pode tanto caracterizar misandria (desprezo a homens/macho) ou misoginia (desprezo a mulher/fêmea). Machismo há um tempo só significava orgulho masculino e reconhecimento das diferenças de mulheres e homens. A violência no Brasil cresce para todos os lados e se fizermos uma relação, aposto que cresceu mais no resto que com as mulheres. Crescem também o número de denúncias de falso estupro e têm mulheres que parecem achar que têm o direito de bater em homens. Machismo não tem nada a ver com violência contra mulher, bem pelo contrário. Isaac Oliveira – Dom Aquino/MT


Impressionante como ainda temos esse tipo de violência que coloque a mulher submissa ao homem. Também impressionante que ainda existam homens que considerem as mulheres submissas. Infelizmente a sociedade, não a maioria (ainda bem!), ainda exige das mulheres muitas provas para que sejam colocadas no mesmo patamar dos homens. É asqueroso! Parabéns a todos que lutam por um mundo mais igual. Flávia Duarte – Barão de Cocais Bom ter a notícia que em Itabira temos uma delegacia especializada em crimes contra mulheres. Morei muito tempo em Belo Horizonte e sei da importância desse setor especializado. As mulheres se sentem mais confiantes e menos temerosas em denunciar os crimes que sofrem. Tenho certeza

de que esse cenário também vai se configurar em Itabira. Boa sorte à delegada Amanda. Alessandra Alvim – Itabira

for constante, a longevidade vai ser um marco em sua vida, sempre o acompanhará! Marco Antônio – Contagem/MG

Na flor da idade A população brasileira está vivendo mais e com qualidade, sendo que as mulheres vivem uma média de mais ou menos sete anos a mais que os homens. O Brasil passa por uma fase de envelhecimento da população, o que já ocorreu na Europa, por exemplo. No Brasil foi adotado um controle de natalidade que não foi muito rigoroso. Observamos que os habitantes mais velhos, às vezes ultrapassando os 100 anos, nasceram e residiram ou residem na área rural. Fernando Cunha – Itabira

Que emocionante acompanhar relatos como o do casal Nair e Raimundo, juntos há quase 70 anos. É um banho de exemplo àqueles que hoje se separam por qualquer coisinha. Por isso é tão bom olhar para os idosos com aspiração de aprender sempre. Pedro Crispim – Itabira

Se mantiver o contato com Deus e

Emocionei-me ao ler os depoimentos dos idosos. São tão sinceros e tão puros. Só poderiam mesmo vir de quem tem muita experiência acumulada e de quem já passou por tanta coisa na vida. Lindas histórias de superação, união e confiança em Deus. Antônio Lourenço – Itabira


DeFato

Entrevista

GILSON DE CARVALHO QUEIROZ FILHO

O complexo saneamento básico Investimentos na área são maciços, mas a falta de especialistas em saneamento dificulta a destinação correta do dinheiro que vem do Governo Federal. Conhecedor do tema, Gilson Queiroz, ex-presidente da Funasa, alerta para a necessidade de um olhar mais sério para o assunto

Tatiana Santos

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o mês do Meio Ambiente, um alerta importante: muita gente no Brasil ainda não recebe água tratada em casa. Enquanto o país escala o ranking econômico mundial, problemas internos ainda são gritantes e merecem mais dedicação dos governantes. Um deles, sem dúvidas, é a questão sanitária. O alerta é do ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Gilson Queiroz, que, por muito tempo, lidou diretamente com as camadas mais socialmente vulneráveis do Brasil. Gilson esteve em Itabira no dia 26 de maio, durante seminário promovido pelo Crea, quando ministrou palestra sobre a implantação dos Planos Municipais de Saneamento Básico, projeto que os municípios são obrigados a desenvolver ainda em 2014 se quiserem continuar recebendo recursos do Governo Federal nessa área. A intenção é recuperar, de alguma forma, o tempo perdido, e expandir a cobertura de saneamento no país. Especialista em Engenharia Sanitária e membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes/MG), Gilson Queiroz deixou a presidência da Funasa neste ano, cargo que ocupava desde 2011. Antes da palestra em Itabira, atendeu a reportagem de DeFato para a entrevista a seguir. Na conversa, temas

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como o saneamento e a limpeza urbana. Confira: Qual é a real situação do saneamento básico no país? Nós temos no Brasil um déficit importante, que a gente estima em 40 milhões de pessoas sem acesso à água potável. E de pessoas sem acesso a esgotamento sanitário chega a mais de 100 milhões no Brasil. Aí eu estou falando do esgoto como coleta e tratamento. Às vezes, a cidade tem a coleta de esgoto, mas joga o bruto nos cursos d’água. Da mesma forma acontece na área de resíduos sólidos. A coleta é uma questão resolvida. Eu diria que esse conceito, essa cultura do afastamento do resíduo, já é uma cultura antiga no Brasil. Toda prefeitura coleta o lixo. Agora, poucas fazem a deposição final em local adequado, de maneira adequada, do ponto de vista ambiental e sanitário. Até que ponto o crescimento desordenado das cidades atrapalha?

Atrapalha no caso da drenagem urbana. Com o crescimento das nossas cidades, que foram feitas de maneira desordenada em sua maioria, elas acabam por ocupar locais que são áreas de inundação. Os rios, sejam daqui a 50 ou a 100 anos, fatalmente vão invadir áreas que estão hoje totalmente urbanizadas, total-

mente ocupadas. Nesse caso, são obras também que ficam muito mais caras hoje com essa ocupação, com a cidade comprimindo o rio. Então, são esses itens que compõem a política de saneamento básico. Ao mesmo tempo em que nós temos esse déficit importante, nós ficamos boa parte da nossa história recente sem um marco legal, sem uma definição de como seriam as aplicações e os investimentos em saneamento. Crescemos, então, sem um norte?

Tivemos um Plano Nacional de Saneamento, o Planasa, na década de 1960 e 1970, que fez um trabalho importante. Com todos os defeitos da época dos governos de ditadura militar, do autoritarismo e da forma como foi realizado, o plano realizou uma ação importante. No começo do Planasa tínhamos cerca de 26 milhões de pessoas sem água potável nas sedes urbanas. O que é muita coisa. Era 80% da população daquela época. Depois disso, nós tivemos uma migração da população rural para as cidades. Aumentou muito nossa população rural durante o Planasa, inclusive eu sei que ao final, em 1985, já tínhamos 56 milhões de pessoas conectadas à rede de abastecimento de água. O Planasa daquela época foi um movimento importante, foi um plano que deu resultados.


Fotos: Memória EBC

“Nós temos no Brasil um déficit de 40 milhões de pessoas sem água potável e mais de 100 milhões sem esgotamento sanitário”

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DeFato

Entrevista

E hoje, o que prevê o Plano Nacional de Saneamento Básico, decretado por Dilma Rousseff no final do ano passado? É um momento em que nós vamos ter o novo Plano Nacional de Saneamento Básico, o Plansab. A gente espera que alguns erros do passado sejam corrigidos e a gente tenha, então, um avanço muito maior na questão do saneamento a partir do Plansab. O Plansab prevê para 20 anos um investimento de R$ 508 bilhões em todas as áreas, para que consigamos atingir a universalização. A universalização é entendida não como 100% em todas as áreas, mas é chegar num nível de cobertura dos serviços bastante aceitável, criar uma condição sanitária no país, eu diria que, adequada. É um passo. Tem que ser aos poucos e zerando o déficit.

sos d’água. Nós temos a situação agora que obriga que até o dia 2 de agosto de 2014 se tenha uma definição para a destinação adequada do serviço. Temos que acabar com os lixões, isso está na lei. Prevejo que teremos uma disputa judicial muito grande. Porque ao mesmo tempo em que é obrigatório que as prefeituras façam essa des-

Como o senhor analisa os trabalhos nos municípios? Os investimentos são adequados? Todas as prefeituras, se não investiram, é por causa da falta de recursos. Porque a demanda da população e a demanda da legislação são muito fortes em relação a isso. A gente vê que hoje tem o Ministério Público, que tem autuado gestores municipais que lançam esgoto in natura nos cur-

tinação, elas não têm recursos. Não existem recursos nem em nível de Estado nem em nível de Governo Federal para suprir esse objetivo. Está no nível de intenção por enquanto. Mas, avançando. Muitos estão buscando soluções, como os consórcios municipais, por exemplo.

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“Temos uma situação muito incômoda nas prefeituras, que são responsáveis pela gestão dos serviços, porque há prefeituras que não têm sequer um profissional da área preparado para responder às demandas”

O desafio parece grande... Sim. A política fe-

deral de resíduos sólidos prevê que antes da destinação final dos resíduos, tenha toda uma parte anterior, da coleta seletiva, porque nós jogamos toneladas de matéria-prima todos os dias fora. A gente está abrindo mineração para buscar minerais, que são metais necessários, e, ao mesmo tempo, estamos jogando fora essa matéria-prima, ao invés de retorná-la para a indústria, para resgatar e recuperar isso. O grande desafio do resíduo sólido, na realidade, não é resolver o problema de aterrar o resíduo, é conseguir fazer que a população tenha adesão à coleta seletiva, fazer a separação dentro de casa, para poder ir para a unidade de triagem. Então, isso é uma questão que vai ter de mexer na cultura, no dia a dia das pessoas. Você ouve cidadão dizendo que já paga e ainda terá que separar o lixo. É uma situação em que a gente tem de convencer as pessoas. Temos também uma parte da política de resíduos, que são adesões das cooperativas de catadores. É um programa que além da questão ambiental e sanitária tem um aspecto social muito relevante. Porque os catadores que eram vistos como pessoas marginais, hoje alimentam outra concepção. É muito gratificante a gente ver no Centro Mineiro de Referência em Resíduos catadores que ajudaram a fundar a cooperativa


com os filhos se formando no ensino superior. O pessoal já tem equipamento adequado, é o desenvolvimento da política de resíduos sólidos. Interessante que se a prefeitura e a sociedade não ajudarem na organização dessas pessoas na prática da formalidade administrativa, entender a questão legal, acaba tudo sendo um desafio. Temos de pensar o seguinte: a política de resíduos é uma cadeia que começa com o cidadão dentro de sua casa, passa pela coleta, vai para as unidades de triagem e para o destino final. Vai aterrar somente o rejeito. E essa questão dos catadores virou a menina dos olhos da sociedade civil no Brasil e até em nível internacional. Quais as perspectivas de investimentos em saneamento no país? Nós temos hoje uma previsão de investimento de R$ 508 bilhões. Se você dividir isso em parcelas iguais de 20 anos, nós vamos ter aí cerca de R$ 25 bilhões por ano de investimentos.

Só que o país hoje não consegue fazer girar mais do que de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões por ano. Por quê? Porque nós não temos profissionais suficientes no mercado, as empresas de projeto não têm conseguido profissionais. Não temos dentro dos órgãos federais os quadros suficientes para fazer girar todos os convênios, não temos nem em nível de Estado e nem em nível de prefeituras. Temos uma situação muito incômoda nas prefeituras, que são responsáveis pela gestão dos serviços, porque há prefeituras que não têm sequer um profissional da área (engenheiro sanitarista, ambiental) preparado para responder às demandas. É tudo meio no “achismo”? Vai tudo sendo tocado de uma maneira muito empírica, e por isso nós temos agora no Plano Nacional de Saneamento a exigência de o município fazer seu Plano Municipal de Saneamento. Se a gente vai investir esse dinheirão todo, tem que ser fei-

to de forma planificada. Não dá para fazer investimento a ermo ou fazer investimento em infraestrutura sem investir na gestão. O saneamento não é se implantar uma obra. Isso aí é relativamente fácil. Agora, a partir dali, você tem que operar e manter aquele sistema para o resto da vida. Então, na gestão desses R$ 508 bilhões, há previsão de R$ 112 bilhões investidos em pessoas, em gestão, em política tarifária, em controle de perdas, treinamento de operadores, preparação de engenheiro, pessoal de projeto, entre outros para fazer esse movimento todo que é necessário. Toda cidade tem uma captação, mas nem todas possuem distribuição adequada. Temos cidades ainda no Brasil, até em regiões metropolitanas, sem água tratada. O tratamento de esgoto ainda está na casa dos 30%. Restam 70%, ou 40 milhões de pessoas que estão produzindo esgoto e jogando dejetos de forma inadequada no meio ambiente.


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Anote Divulgação

No topo A Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American, responsável pela implantação do Projeto Minas-Rio, foi eleita a quinta melhor empresa para se trabalhar em Minas Gerais. Essa foi a primeira vez que a empresa participou da iniciativa de pes-

quisa do instituto americano Great Place to Work no Brasil. A eleição reflete os investimentos do grupo no crescimento dos empregados e da própria empresa. “Estar entre as cinco melhores empresas do Estado de Minas Gerais é motivo de enorme orgulho para a Anglo American. Esse prêmio reforça que estamos no caminho certo, que estamos realmente pratican-

A atual gestão da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro conquistou o ouro no Prêmio Mineiro de Excelência em Gestão Pública Municipal. A premiação é de responsabilidade do Instituto Qualidade Minas (IQM) e Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Seguindo as propostas do Estado, o município implantou o Programa de Gestão AQUI, um trabalho que tem como objetivos integrar as secretarias, impulsionar o desenvolvimento dos

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projetos, dar excelência ao funcionalismo e atender a população com serviços de qualidade. “O segredo de uma boa administração é ter um bom planejamento. E o Estado está nos dando a oportunidade de ampliarmos a nossa visão. Só podemos esperar o melhor de uma equipe que foi capaz de conquistar esse ouro em pouco tempo de nossa Administração. Hoje somos modelo para toda Minas Gerais”, disse o prefeito Reinaldinho.

Divulgação

Excelência em gestão

do os valores nos quais acreditamos na medida em que esse resultado foi expresso pelos empregados na pesquisa do Instituto Great Place to Work”, ressaltou o diretor de Recursos Humanos, Assuntos Corporativos, Segurança e Desenvolvimento Sustentável da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American, Pedro Borrego. Mais de 60 empresas concorreram ao prêmio.


Sem acessibilidade O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Itabira (CMPDI) pediu intervenção do Ministério Público para notificar estabelecimentos comerciais que não oferecem condições de acessibilidade. Ações paliativas que auxiliassem na autonomia das pessoas com dificuldade de locomoção haviam sido pedidas pelo Conselho, mas poucos comerciantes atenderam. Com a

intervenção do MP, os lojistas terão de elaborar um projeto de acessibilidade, com prazo a cumprir. Os direitos exigidos são rampas, portas mais largas, banheiros acessíveis, piso tátil para deficientes visuais, corrimão e caixas especiais para pagamento. Em Itabira, há aproximadamente 220 portadores de necessidades especiais que circulam diariamente pela cidade.

32ª Expoita A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) vai receber da Prefeitura de Itabira R$ 300 mil para organizar a 32ª Exposição Agropecuária e Industrial (Expoita), que será realizada em agosto deste ano. O Projeto de Lei 54/2014, que autoriza o município a fazer o repasse financeiro à entidade, foi enviado à Câmara Municipal e aprovado pelos vereadores. Os recursos são da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento

e serão usados para os preparativos do evento – exceto shows. Após a realização da festa, a CDL terá 90 dias para prestar contas à Prefeitura e à Câmara. Se a exposição der lucro, a entidade deverá repassá-lo ao município até o valor limite dos R$ 300 mil. Se der prejuízo, o repasse cobrirá o déficit. No ano passado, a Expoita também foi de responsabilidade da CDL e, segundo a Prefeitura, registrou lucro pela primeira vez.

Nova agência Divulgação

A Caixa Econômica Federal vai inaugurar, provavelmente em outubro deste ano, uma nova agência em Conceição do Mato Dentro. As obras de reforma e adaptação do prédio, que fica na região central da tiveram início em abril deste ano e estão bem avançadas. De acordo com o gerente-geral da Caixa em Conceição, André Fernando Antunes Dias, o investimento na ampliação do espaço físico tem como propósito melhorar o atendimento aos clientes do município, que se tornou referência no Médio Espinhaço devido aos investimentos em mineração. A nova agência terá 500m² e pelo menos cinco terminais de autoatendimento. Após a inauguração, o atendimento será transferido para o novo endereço e ampliado em pelo menos 100%. JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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Anote

Recolhimento público Divulgação

O prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Antônio Carlos Noronha Bicalho, recebeu um certificado em reconhecimento a implementação da Lei Geral Municipal da Micro e Pequena Empresa. A entrega ocorreu durante o evento Fomenta Minas 2014, realizado pelo Sebrae Minas em parceria com o Governo de Minas, em João Monlevade. Diversas autoridades regionais prestigiaram o evento. Para o diretor superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha, essa premiação é uma forma de realizar o reconhecimento público aos municípios que se empenharam em aprovar e implementar a Lei Geral que beneficia os micro e pequenos empresários. “Em São Gonçalo estamos sempre dispostos a incentivar os micro e pequenos empreendedores a participarem de licitações.

Muitas empresas do nosso município estão se adequando e a quantidade de comerciantes locais que vendem seus

produtos e serviços para a Administração está aumentando a cada ano”, destaca Antônio Carlos.

pão que será utilizado como laboratório. Nélio Alvarenga, assessor da Presidência da Funcesi, afirmou que o investimento é fundamental à implantação dos cursos e que verba será utilizada para a construção de um prédio para abrigar salas de aula e laboratórios de engenharia mecânica e parte da logística. Segundo ele, o

projeto total de expansão da Funcesi soma pouco mais de R$9 milhões e que já foram pleiteados recursos também da Vale. “A própria Funcesi com recursos próprios, já investiu e, inclusive, já implantou o curso de Logística. Então, são três novos cursos, num total de 1500 vagas para a comunidade”, disse.

Novos cursos Foi aprovado pelos vereadores itabiranos o projeto de lei que concede crédito adicional de R$ 3.628.894,28 à Fundação Comunitária e Educacional de Itabira (Funcesi). O aporte apoiará a construção de infraestrutura necessária à criação dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e de Logística no campus, além de um gal-

Seletiva do Galo Divulgação

O Clube Atlético Mineiro realizou em João Molevade uma peneira para encontrar possíveis jogadores. Sete jo-

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vens monlevadenses e um de Ipatinga foram selecionados. Os monlevadenses Carlos Miguel Freitas da Silva e Pedro

Igor Pereira Martins, de 16 anos, Cauã Juli Batista, Moisés Carvalho Ferreira, Caio Lourenço Teixeira Mota Brito, Saulo Drumond Borges e Lucas Lopes Salomé, de 11 anos, foram classificados e seguirão para a Cidade do Galo no próximo ano. Além deles, um adolescente de Ipatinga também foi selecionado. A seletiva ocorreu no Estádio Louis Ensch e contou com a participação de mais de 500 atletas de Monlevade e região. Foram arrecadados com as inscrições mais de 2.500 quilos de alimentos não perecíveis, que foram doados para o Asilo Lar São José e Colônia Bom Samaritano.


Reforço na saúde A Prefeitura de Santa Bárbara, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, contratou médicos especialistas para re-

forçar o sistema público de saúde. Das nove vagas ofertadas, três foram preenchidas por meio do Processo Seletivo Simplificado: duas para cardiologista e uma para dermatologista. As demais especialidades (cirurgião, ginecologista/obstetra, neurologista, otorrino, pediatra e urologista) foram

contratadas através do Consórcio Intermunicipal de Saúde Médio Piracicaba (Cismepi) e Consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro Leste (Ciscel) para atendimento no município. A contratação de novos especialistas trará mais agilidade na marcação de consultas, comodidade, conforto e economia aos cofres públicos.

Primeira no ranking Divulgação

Itabira é cidade da região do Médio Piracicaba melhor posicionada no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para acompanhar a execução de serviços públicos nas cidades brasileiras. O município alcançou pontuação de 0,8263, dentro de uma variante entre 0 e 1. Criado em 2008, o índice é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. A divulgação de 2014 tem como base o ano de 2011, penúltimo do segundo mandato do ex-prefeito João Izael Querino Coelho. De leitura simples, o índice varia de 0 a 1 ponto para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4 a 0,6), moderado (de 0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1) desenvolvimento. Ou seja, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvi-

mento da localidade. Itabira é a melhor colocada da região, ocupando a 14ª po-

sição em Minas Gerais e o 174º lugar no ranking nacional.

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Educação

Aprovados pelo Cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Biomedicina da Funcesi conquistam excelentes notas em avaliação técnica do Ministério da Educação

O

s alunos dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Biomedicina da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi) podem se orgulhar. Em recente avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC), ambos os cursos foram aprovados com louvor. O de Análise e Desenvolvimento de Sistemas recebeu uma “visita de reconhecimento” e obteve nota 4, numa escala de pontuação que vai de 1 a 5. A visita é feita antes da primeira turma se formar, para verificar se o que foi prometido pela instituição está sendo cumprido. Foram avaliadas organização didático/pedagógica, corpo docente e estrutura física. No curso de Biomedicina, a visita foi de “renovação de reconhecimento”, que acontece a cada três anos para reavaliar a qualidade da graduação oferecida. A equipe do MEC gostou do que viu e elogiou os laboratórios, como o de informática, anatomia, química, além do gabarito dos professores. Em relação ao curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, vale ressaltar que a Funcesi mantém parcerias para fornecimento de softwares de desenvolvimento com a Microsoft e IBM. Tudo para possibilitar aos alunos o melhor aprendizado. Para o coordenador do curso, Fabrício Bittencout, a Funcesi está muito bem servida. “Em todas as visitas, a estrutura sempre foi muito bem avaliada. Os prédios fo-

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ram construídos para abrigar uma instituição de ensino superior. Foi tudo planejado”, justificou. Além disso, os cursos são sempre atualizados. A Funcesi renova constantemente o acervo bibliográfico e fica de olho nas inovações e revoluções do ensino. “A área da tecnologia está em constante evolução. As disciplinas também precisam evoluir. Não se pode trabalhar uma disciplina da mesma forma que há 10 anos”, explicou Bittencout. A coordenadora do curso de Biomedicina, Istéfani Silva, conta que os professores qualificados são outro diferencial. “A grande maio-

ria dos nossos docentes são doutores e mestres. Muitos deles possuem extensa experiência profissional no mercado”, contou, orgulhosa. Juntando projetos pedagógicos bem fundamentados, professores qualificados e alunos envolvidos, aprender fica ainda mais fácil e prazeroso. E o objetivo é um só: transformar os alunos nos melhores profissionais para o mercado de Itabira e região.



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Mariana

Valorização ao pé da letra

Com novo Plano de Carreira, salário de professor em Mariana passa a ser o maior do país

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Studio Elcio Rocha/Divulgação

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valorização da educação é tema de discursos em várias partes do mundo. Com frequência, surge alguém que aponta esse setor como fundamental para a solução de vários problemas. Infelizmente, na maioria das vezes, a teoria não sai do papel. Em Mariana, no entanto, é diferente. A cidade comemora a aprovação de um novo Plano de Carreira dos Profissionais de Educação. A legislação coloca os salários dos professores do município como os maiores do país. A Lei Complementar 139/14 foi sancionada pelo prefeito Celso Cota no fim de maio. O novo Plano de Carreira coloca recursos com prioridade em educação e na carreira do professor, permitindo ao profissional uma jornada de trabalho equilibrada – dentro e fora da sala de aula – com remuneração condizente. O aumento pode chegar a até 60% no piso dos docentes. Com plano de carreira, a classe denominada PEB 1 (Professor de Ensino Básico – de 1ª a 4ª série), por exemplo, terá um reajuste salarial de, no mínimo 60%, com piso atual de R$ 1.717 saltando para R$ 2.750 mensais, o maior do país. Com o adicional por produtividade, progressão por tempo de serviço e adicional por formação, a remuneração base do professor poderá atingir R$ 3.162 por mês. De acordo com o prefeito Celso Cota, o Plano de Carreira só pode

Prefeito Celso Cota sancionou lei que aumenta os salários dos professores em Mariana ser constituído e aprovado devido ao grande esforço de todos os profissionais envolvidos, incluindo professores, vereadores, secretários e funcionários públicos. “Esse plano foi construído em cima de muito esforço, sugestões, muita luta e horas de trabalho. Mariana está sendo nacionalmente reconhecida pela sua gestão dinâmica e empreendedora, reflexo da nossa árdua dedicação e busca por uma cidade melhor. Esse plano de carreira nos faz estudar impactos num prazo de vinte anos, planejando o hoje para ter bons resultados no futuro”, disse. O Plano de Carreira engloba professores do PEB I e II, pedagogos, cuidadores de creche, monitores de ensino especial e inspetores de alunos. É a valorização levada ao pé da letra. Para que as letras e os números sempre estejam certinhos em Mariana.

Capacitação Já no fim de maio, os servidores da Secretaria Municipal de Educação passaram por capacitação para integrarem o novo Plano de Carreira. O encontro foi com o consultor João Batista dos Mares Guia e participaram diretores e vices e pedagogos. Essa reunião faz parte do programa “Pró Escola” que, desde 2013, capacita a equipe diretiva e pedagógica da rede municipal de ensino, através de cursos de formação continuada, abordando temas de administração e supervisão pedagógica. O Plano de Carreira define que a cada dois anos o funcionário que obtiver boa avaliação de seus trabalhos poderá acumular aumento real de 2% a 8% (progressão horizontal), além da possibilidade de receber como prêmio anual, o valor do seu piso salarial.


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Ouro Preto

Ouro Preto mais doce

Unidade de Processamento de Cana-de-açúcar, no subdistrito de Piedade, é oportunidade para desenvolvimento cultural e econômico Divulgação

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ultura e desenvolvimento econômico podem, sim, andar de mãos dadas. Prova disso é a Unidade de Processamento de Cana-de-açúcar, inaugurada no início de junho pela Prefeitura de Ouro Preto na localidade de Piedade, um subdistrito de Santa Rita. A fábrica é a oportunidade de valorizar e propagar um produto tradicional local, além de proporcionar uma nova fonte de renda à comunidade. A construção e disposição das instalações e equipamentos da fábrica, de médio porte, é resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Agropecuária e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Na unidade serão fabricados melado, rapadura e açúcar mascavo. Os produtos serão comercializados na própria região, por meio da Associação de Agricultores Familiares de Piedade e Região (Aafapre). Durante a inauguração, o prefeito de Ouro Preto, José Leandro Filho, parabenizou a comunidade pela conquista e se comprometeu com a Associação para o fornecimento de uma plantadeira, equipamento necessário para agilizar o plantio da cana. “Essa fábrica é uma iniciativa muito importante, representa o apoio do poder público a uma comunidade rural, trabalhadora, que gosta da terra

Fábrica vai permitir à comunidade de Piedade comercializar produtos locais em que vive e que precisava do estímulo para ter gosto de permanecer nela e incentivar os filhos e netos a permanecerem com a oportunidade de progredir”, festejou. A fábrica possui uma área para estacionamento de caminhões que farão o transporte dos produtos para venda, os setores de depósito, moagem, caldeira, área de processamento, copa, escritório e sanitários. O secretário de Agropecuária, Érico Couto, afirmou que a pasta esteve presente em todo o processo. “A Secretaria deu todo o apoio para a implantação da Unidade, elaborou projetos e comprou equipamentos em parceria com o Ministério da

Agropecuária. Continuaremos com o apoio, treinando os associados para que eles possam se tornar uma cooperativa e cresçam, tornando-se independentes”, comentou. O presidente da Aafapre, André Gonçalves Martins, afirmou que a comunidade está muito feliz com a inauguração da fábrica, uma fonte de renda que eles esperam há cerca de cinco anos. “Representa um esforço muito grande, construído há bastante tempo. A partir de agora vejo futuro para os jovens dessa região porque eles têm uma oportunidade de crescimento perto de casa. Muitos que foram para cidades já estão querendo voltar”, comemorou. JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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DeFato

São Gonçalo do Rio Abaixo

Novos caminhos O

Calçamentos de R$13 milhões beneficiam moradores da zona rural

prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Antônio Carlos Noronha Bicalho, assinou, no mês de maio, ordens de serviços de R$ 13.170.410,61 referentes ao programa Novos Caminhos. Essa é a primeira obra de grande porte do projeto Nova São Gonçalo – plano de ações e obras para execução em 2014 e 2015 – que visa transformar a cidade com melhorias em infraestrutura e mais qualidade de vida aos moradores. O programa Novos Caminhos contempla pavimentação de vias em 26 comunidades rurais do município. Cerca de 200 mil m² de calçamento serão realizados com bloquetes e pedras poliédricas. Também estão incluídos mais 60 mil metros de meios-fios. As obras já começaram nas comunidades de Pedras, Água Limpa e Gralhos e seguem em ritmo acelerado.

Para mais agilidade, as obras foram licitadas em cinco lotes e serão executadas por empresas diferentes. Durante a assinatura das ordens de serviço, o prefeito Antônio Carlos solicitou empenho das empreiteiras para que os serviços sejam executadas dentro do prazo. Considerando as extensões dos calçamentos, o chefe do Executivo sugeriu aos empresários propostas de logística como montagem de várias frentes de trabalho, entre outras. O prefeito solicitou qualidade nas obras e informou que pretende fiscalizar os serviços pessoalmente. Geração de emprego e renda As empresas responsáveis pelas obras já mobilizam instalação dos canteiros de obras em São Gonçalo. O programa Novos Caminhos gerará mais emprego e renda na cidade. Apesar das obras serem pesadas, al-

gumas empreiteiras já manifestaram interesse na contratação de mulheres, já que, em experiências anteriores, o público feminino demonstrou aptidão e empenho que conferem mais qualidade na finalização dos serviços.

Obras Lote 1 Local: Fernandes Empresa: Greide Construção e Pavimentação Ltda. Valor: R$2.510.493,05 Prazo: 360 dias Lote 2 Locais: Gralhos, Vargem da Lua e Chácara Velha Empresa: Irmãos Souza Premoldados e Construções Ltda. Valor: R$1.730.548,72 Prazo: 270 dias

Hendrigo Costa /ACOM PMSGRA

Lote 3 Locail: São José Empresa: Ubaminas Artefatos de Concreto Ltda. Valor: R$3.958.209,12 Prazo: 360 dias Lote 4 Locais: Pena, Retiro/Serra, Água Limpa e Ribeirão Empresa: Anderson Soares Paulino e Companhia Ltda. Valor: R$2.257.658,69 Prazo: 360 dias

Prefeito Antônio Carlos visitou obras do projeto Novos Caminhos

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Lote 5 Locais: Pedras e Cedro Empresa: Engeita Engenharia Ltda. Valor: R$2.713.501,03 Prazo: 360 dias


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Cidadania

Valorizando o papel da vice-presidência

E Daniel Lança Advogado e gestor público, com Especialização e Mestrado em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa – Portugal. É também procurador-geral do município de Itabira www.perrellilanca.adv.br

“Os presidentes precisam de cives atuantes e fortes politicamente, tanto para ajudar a vencer o peito eleitoral quanto para governar com a máxima capacidade”

m ano de eleições presidenciais, um assunto volta e meia remexe os mais curiosos em boa política – o papel da vice-presidência. No mundo e no Brasil, o cargo de vice pode ser um importante palco para a descoberta de grandes estadistas ou se mostrar um caos desordenado, alimentando o “fogo amigo”. O debate não poderia ser mais atual, tanto nos exemplos negativos quanto positivos. Há alguns anos, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, acusou seu vice de não cumprir o papel constitucional e de se tornar o líder da oposição. Tem também a situação da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, quando seu vice, Paulo Feijó, travou verdadeira guerra interna e quase a levou ao impeachment. Todavia, têm-se percebido que a aceleração dos processos políticos e a crescente complexidade do governo e da noção de Estado Administrativo, e ainda o papel internacional que o Brasil vem construindo, urge a presença de um bom vice para uma administração eficiente. O Estado brasileiro se tornou por demasiado emaranhado, e os problemas dessa imensidão de situações fazem com que a figura do presidente não seja mais suficiente para construção saudável de um projeto peautado pela excelência. Além disso, o cargo de vice-presidente pode se mostrar excelente vitrine eleitoral. São nítidos os momentos históricos em que o vice torna-se um postulante natural à Presidência. No Brasil, nove vices chegaram à Presidência (Floriano Peixoto, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Vencesláu Brás, Delfim Moreira, Café Filho, João Goulart, José Sarney e Itamar Franco), sendo que cinco deles ocuparam o posto por via

de morte, renúncia ou impedimento dos presidentes. Nos EUA, 14 vices já chegaram ao posto máximo e, mesmo não ganhando eleições, continuam a exercer enorme influência, como no exemplo recente de Al Gore, prêmio Nobel da Paz em 2007, vice-presidente de Bill Clinton (1993-2001). Fato é que a governança atual não pode se dar ao luxo de um vice inoperante. O cargo, na atual conjuntura, não visa mais simplesmente substituir o presidente no caso de impedimento, ou de suceder-lhe a vaga, como estipula a Constituição. Os presidentes precisam de vices atuantes e fortes politicamente, tanto para ajudar a vencer o pleito eleitoral quanto para governar com a máxima capacidade. Acrescenta-se, ainda, que o vice é importante pivô na arrecadação de recursos para a campanha, na composição de alianças e chapas partidárias e na articulação política. Ademais, na medida em que o Brasil ganha destaque no cenário internacional e a presença do Chefe de Estado se faz necessária em congressos e negociações globais, a função substitutiva do vice-presidente se releva. Aumentam-se o número de projetos de lei submetidos à sanção da vice-presidência, a necessidade de tomada de decisões importantes e de edição de decretos executivos, bem como na participação em transações políticas e na colaboração em missões convocadas pelo Presidente da República. Para as eleições deste ano, teremos as mesmas situações, aspirações e dilemas. Ainda se tem discutido pouco, todavia, a respeito do papel deste importante ator, exatamente em um tempo ímpar na democracia brasileira, de decisão da “nova” equipe que gerenciará, por quatro anos, o nosso país. JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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Conceição do Mato Dentro Fotos: Sérgio Santiago/DeFato

Hospital Imaculada Conceição, o único em Conceição do Mato Dentro, já não suporta a demanda e está atolado em dívidas

Precisa-se de um hospital

Estudo elaborado pela UFMG identifica a necessidade de se construir um hospital regional de média complexidade em Conceição do Mato Dentro. Pelo menos sete municípios seriam atendidos Sérgio Santiago

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utoridades e representantes de segmentos diversos se reuniram em Conceição do Mato Dentro, durante os dias 2 e 3 de junho, para um fórum de discussão sobre as propostas do Plano de Desenvolvimento Regional em torno dos Projetos

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Minerários do Médio Espinhaço. O estudo, que começou a ser desenvolvido há um ano e meio, traz uma lista de ações a serem implementadas para a melhoria da região. Uma delas é a construção de um hospital regional de média complexidade em Conceição do Mato Dentro.

O plano é financiado pelo Governo do Estado (Secretaria de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana - Sedru) e desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da UFMG. Seu objetivo é preparar a região para suportar o


Fórum de discussão contou com a participação de prefeitos da região do Médio Espinhaço crescimento alavancado pelos grandes investimentos minerários na região. Durante o fórum foram apresentadas, discutidas e ajustadas 22 propostas preliminares em diversas áreas: dinâmica econômica, dinâmica geográfica, desenvolvimento regional e urbano, turismo e patrimônio material e imaterial, transportes, mineração e meio ambiente, capacidade fiscal dos municípios, agropecuária e questões fundiárias, demandas sociais (saúde, educação, etc.) e arranjos institucionais para o planejamento regional. De acordo com o professor Alisson Barbieri, responsável pela coordenação dos trabalhos, em julho o relatório final será divulgado. Por ser a saúde uma das principais preocupações, o tema teve uma atenção especial, especialmente dos prefeitos de Morro do Pilar, Vilma Diniz, e Conceição, Reinaldo César de Lima Guimarães (Reinaldinho). A necessidade do hospital regional se justifica pela carência de estrutura de saúde, hoje pouco articulada regionalmente e incapaz de atender às demandas geradas pelos empreendimentos. Os pesquisadores indicam que o hospital seja construído em Conceição, mas Serro também é uma opção. Os municípios estão bem posiciona-

dos geograficamente, o que permitiria o atendimento a outros municípios do entorno. Para que o hospital sirva a todos, o professor Alisson ressalta a necessidade também de melhorar os acessos viários. “Precisamos aumentar a integração da região em relação ao sistema de transporte, para que a pessoa que esteja em Morro do Pilar ou Dom Joaquim tenha a opção de ir a Conceição do Mato Dentro e não a Itabira”, afirma o coordenador. Para colocar as propostas em prática, o plano propõe a criação de um fundo a partir da renda da mineração, que reuniria recursos para aplicar nas ações de melhoria dos serviços nos municípios envolvidos. “A gente quer fortalecer a região, construir uma estrutura razoável de serviços, um sistema educacional mais avançado, uma rede de comércio, enfim. Mas para criar isso é preciso investimentos e também vontade política”, ressalta o professor. Caso o fundo seja criado, ideia defendida pela maioria dos prefeitos, será administrado por um Comitê Gestor. Dívidas acumuladas A ideia do hospital regional vem em um momento mais que oportuno. Tema de sérias discussões, envolvendo inclusive o Ministério Público,

o único hospital de Conceição do Mato Dentro, o Imaculada Conceição, acumula dívidas e corre o risco ter o prédio leiloado, devido aos milhões de reais em passivos trabalhistas. Segundo o prefeito Reinaldinho, a Prefeitura se dispôs a arrematar o prédio, caso ela seja mesmo leiloado, mas ainda há indefinições quanto ao processo. “Essa questão ainda não está de tudo resolvida. O hospital hoje é mantido praticamente pela Prefeitura, apesar de não ser um hospital municipal. Diante da responsabilidade de não permitir a falta de atendimento à comunidade, com a anuência da Câmara Municipal, acabamos por ajudar o hospital sem sermos responsável por ele”, afirmou Reinaldinho, ao ressaltar que a Prefeitura repassa à entidade mantenedora do hospital recursos, paga médicos e disponibiliza remédios.

Prefeito Reinaldinho, concorda com a necessidade de um hospital regional Se o projeto elaborado pela universidade sair do papel – depende de vontade política, como disse o professor Alisson – e o hospital for mesmo construído, Conceição vai virar polo em saúde do Médio Espinhaço. Bom para os moradores dos municípios que fazem parte do Plano Estratégico: Morro do Pilar, Dom Joaquim, Alvorada de Minas, Serro, Congonhas do Norte e Santo Antônio do Rio Abaixo. JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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Copa do Mundo Rodrigo Andrade/DeFato

Dona Nilza, avó de Bruno Alves, e Joana, torcem pelo sucesso do zagueiro na Copa do Mundo

Tem Barão na Copa,

ora pois

Família do zagueiro Bruno Alves, da Seleção de Portugal, se reúne em Barão de Cocais para mandar energias positivas para o atleta no Mundial de 2014

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Rodrigo Andrade

histórica ligação entre Portugal e Brasil vai ficar mais forte neste período de Copa do Mundo, quando milhares de torcedores do país europeu desembarcam em terras tupiniquins para acompanhar as partidas da seleção que carrega as cores verde e vermelha. Por causa da história do

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descobrimento, é provável também que o time de Cristiano Ronaldo ganhe apoio dos brasileiros. Em Barão de Cocais, no entanto, especificamente em uma casa, os lusitanos podem estar certos de que terão uma torcida calorosa. É no bairro Vila Regina que está a torcida organizada pela dona Nil-

za Dias Alves. Aos 91 anos, ela ainda demonstra muita disposição para mandar energias positivas para o neto Bruno Alves, zagueiro da Seleção Portuguesa. O atleta representa a terceira geração de jogadores da família Alves. Uma história centenária que começou com o marido de Nilza e agora é coroada com a segunda


participação do defensor português em Copas do Mundo. Bruno Alves nasceu na cidade de Póvoa de Varzim, no Norte de Portugal. O zagueirão de 32 anos é filho do ex-jogador Washington Alves, que foi atuar no futebol português em 1974. Lá, casou-se com uma portuguesa e teve três filhos. Todos são atletas profissionais. O mais famoso deles vai está na Copa do Mundo do Brasil, mais próximo da torcida da família. “Sou brasileira, mas na Copa vou torcer pelo meu neto”, diz a avó Nilza quando questionada sobre a preferência no torneio. Em casa, dona Nilza tem um extenso acervo sobre a carreira do neto. Guarda fotos, notícias e outras divulgações sobre Bruno. De certa forma, é uma maneira de matar as saudades. Os contatos são feitos por meio da internet. Ver um representante da família em campo, ainda mais jogando no Brasil, é motivo de muito or-

gulho. “Outro dia eu vi um gol dele (em amistoso de Portugal). É muito emocionante”, conta a matriarca dos Alves. A visita da reportagem de DeFato à casa de dona Nilza foi feita a uma semana da estreia de Portugal na Copa do Mundo, contra a Alemanha, no dia 16 de junho. A avó de Bruno Alves estava ansiosa e a família preparava uma decoração especial para acompanhar os jogos. “A gente sempre reúne várias fotos do Bruno, do meu pai e dos meus irmãos e enfeita a casa com as bandeiras do Brasil e de Portugal”, comentou Joana Alves Nascimento, tia de Bruno. Os familiares receberam o convite de um amigo para irem até Campinas, no interior de São Paulo, para tentar contato com o zagueiro. É lá que a Seleção Portuguesa está hospedada para treinamentos durante a Copa. A ida é difícil, especialmente para dona Nilza, por causa da sua

idade. Porém, eles sonham com uma oportunidade de ver Bruno ainda mais perto. É que com o jogador no Brasil, cresce a possibilidade de ele visitar a terra da avó, onde já viveu por um ano quando era criança. “Seria demais”, resumem. Zagueirão Jeito sisudo, pouca conversa e muita disposição. Bruno Eduardo Regufe Alves é daqueles jogadores que podem receber o aumentativo na função que ocupam em campo. É o tipo “zagueirão”. Não economiza nas divididas, o que não quer dizer que é desleal. Em 72 apresentações pela Seleção, só recebeu cinco cartões. É, ainda, o zagueiro que mais marcou gols pelos lusitanos: dez no total. Fora de campo, Bruno é descrito pela imprensa omo extremamente discreto, pouco adepto às redes sociais e que se dedica à esposa Rute e aos três filhos. “Quem o vê em camGloboesporte.com

No Brasil, Bruno Alves disputa a sua segunda Copa do Mundo por Portugal JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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por duas vezes e uma Supercopa. Em 2013 foi para o Fenerbachçe e sagrou-se Campeão Turco na temporada 2013/2014. A expectativa é de ele retorne ao Porto antes de encerrar a carreira. Futebol no sangue

Brasil e Portugal, em Brasília. Bruno Alves atualmente joga no Fenerbachçe, da Turquia. O zagueiro começou a jogar futebol em 1992, no Varzim SC, time de sua cidade. Ainda com idade de júnior foi para as categorias de base do Porto FC. Tornou-se profissional e foi emprestado a algumas equipes. Retornou ao Porto em 2005, onde deu início a uma história de idolatria, sendo tetra campeão português e eleito o melhor jogador do campeonato na temporada 2008/2009. O zagueiro foi convocado para a Seleção Portuguesa pela primeira vez em 2005, pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Não foi para a copa de 2006, mas jogou as Olímpiadas de 2004, as Eurocopas de 2008 e 2012 e a Copa do Mundo de 2014. É um dos jogadores mais experientes no elenco convocado pelo técnico Paulo Bento para o mundial de 2014. Bruno saiu do Porto em 2010 e se transferiu para o Zenit, da Rússia. Conquistou o Campeonato Russo

A presença de um Alves em uma Copa do Mundo é um acerto histórico do destino com a família de dona Nilza. História toda dedicada ao futebol e marcada por uma grande tragédia. Basta uma breve olhada nos porta-retratos para saber o quanto os parentes sentem a falta de Geraldo, o filho mais talentoso e que morreu em uma simples cirurgia para a retirada das amígdalas, em 1974, quando jogava pelo Flamengo, ao lado de Zico. A história da família no futebol começou com Osvaldo Rodrigues Alves, marido de dona Nilza. Ele foi jogador do Clube Atlético Mineiro e atuou pelo Siderúrgica, de Sabará, no título de Campeão Mineiro na década de 30. Em 1940 Osvaldo foi contratado pelo Metalusina, de Barão de Cocais. A partir daí, a cidade foi o local escolhido para morar. Nilza e Osvaldo tiveram dez filhos, cinco homens e cinco mulheres. Todos os homens viraram jogadores de futebol: Lincoln, Washington, Geraldo, Wilson e Julio. A vocação da

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família continuou nos netos. Os três filhos de Washington seguiram os passos do avô. Além de Bruno Alves, o ex-jogador também é pai de Geraldo, que atua no Steaua Bucareste, da Romênia, e de Júlio, atleta do Rio Ave, de Portugal, mas com passe pertencente ao Atlético de Madrid. “Fico entusiasmada e meio apavorada ao mesmo tempo. Futebol é muito bom, mas nos dá alguns sustos”, diz dona Nilza, ao falar da dedicação da família ao futebol. Por causa dessa ligação, a matriarca dos Alves costuma ser convidada a falar para jovens de Barão de Cocais em escolinhas. “Sempre aconselho a eles muita disciplina. Tem que ter o futebol, mas é preciso lembrar-se das outras obrigações”, receita. A emoção de ver o neto pela televisão em uma Copa do Mundo, dona Nilza trata como uma “dádiva de Deus”. Sem perder o amor por seu país, ou a “brasilidade”, como ela gosta de dizer, a avó de Bruno quer ver o zagueiro de Portugal no topo. No que depender dela, a Copa do Mundo vai ser uma festa portuguesa, com certeza. Álbum de família

po não imagina o jeito doce dele. Falamos muito pouco com ele, mas os contatos que temos nos mostram uma pessoa muito doce”, diz a tia Joana, orgulhosa. O último contato pessoal com o defensor foi em novembro de 2008, depois do amistoso entre

Osvaldo e o filho Geraldo, que morreu em 1974: história da família é marcada por amor ao futebol e uma tragédia


DeFato

Esporte

Renato Carvalho/DeFato

Um novo Valério

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Valeriodoce Esporte Clube expôs neste início de junho novas propostas de marketing para alavancar as receitas do clube e ajudar na disputa da Terceira Divisão e na arrancada rumo ao Módulo II do Campeonato Mineiro. A implantação do sócio-torcedor e a exploração de espaços publicitários no estádio Israel Pinheiro representam as principais ações a serem tomadas. Os valerianos que se associarem terão entrada garantida nos jogos e amistosos do Valério em casa. Os torcedores ainda ganharão uma camisa de sócio-torcedor parecida com a de jogo, além de um bilhete para concorrer a um sorteio de um VW Up! 0 km - vermelho, é claro! O sorteio será realizado no dia 22 de novembro, no dia do aniversário de 72 anos do clube. Não associados podem adquirir cada cupom por R$ 50. Além dessas vantagens, o associado terá descontos nas empresas

Presidente Luzardo Drumond apresentou projeto para reestruturação do Valério parcerias do Dragão. “Vamos propor às empresas parceiras que deem descontos aos torcedores que apresentarem o cartão de sócio na hora da compra”, destacou o presidente do VEC, Luzardo Drumond. A ideia é alcançar, em um primeiro momento, 800 associados. Para isso, a Brio Agência foi convocada para desenvolver e colocar em prática o projeto. Com experiência parecida no Mamoré, a agência ajudou o clube de Patos de Minas a subir de divisão com o aumento de receita que os dois mil sócios geraram. Ainda como parte do projeto de alavancar receitas, o Valério quer explorar melhor os espaços do estádio para expor empresas parceiras. Além disso, o novo site proporcionará uma melhor interatividade com o clube do coração. Um canal no YouTube já foi lançado para divulgar jogos, melhores momentos, treinos e outros conteúdos. O técnico Paulo César Alencar

continuará no comando do time para disputa da Terceirona do Campeonato Mineiro em 2014. Ele chegou ao clube em novembro do ano passado, a cinco jogos do fim da competição e, apesar de bons resultados, não conseguiu o acesso ao Módulo II. Agora, com um trabalho desde o início, o treinador demonstra confiança em concretizar o objetivo de subir de divisão. Sócio Torcedor Os sócios ficarão na arquibancada das cabines de transmissão e serão divididos da seguinte forma: - para a área coberta o valor será de R$ 400 (anual). Já para as arquibancadas ao lado da parte coberta o valor será de R$ 300 (anual). As duas modalidades podem ser parceladas de três vezes. Além delas, há a modalidade Dragãozinho para crianças, com custo de R$ 100 (anual, dividido de duas vezes). As adesões podem ser feitas na sede do Valério, no bairro Campestre. JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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Perfil

TALMO CURTO DE OLIVEIRA

Fera do vôlei

Itabirano passou por várias equipes até chegar à Seleção Brasileira de Vôlei, campeã das Olimpíadas de 1992. Atualmente, faz sucesso como técnico no comando do time feminino do Sesi/SP Tatiana Santos

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á pouco mais de um mês, a equipe de vôlei feminino do Sesi São Paulo, comandada pelo itabirano Talmo Curto de Oliveira, 44 anos, conquistava o bronze no Mundial de Clubes em Zurich, na Suíça. Mas há 22 anos, era Talmo e outros 11 colegas de equipe que estavam sob câmeras da imprensa mundial ao dividir o andar mais alto do pódio nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona, na Espanha. Como atleta, ele atuava na posição de levantador. A equipe brasileira ficou conhecida na época como a “Geração de Ouro do Brasil”, da qual o itabirano fazia parte. Talmo Oliveira começou sua carreira esportiva ainda na adolescência, nas aulas de Educação Física no Valeriodoce Esporte Clube (VEC), em Itabira. Desde então, passou por inúmeras modalidades e em várias ocasiões disputou os Jogos do Interior de Minas Gerais (Jimi). Com bom humor, se recorda da época: “Aproveitava para assistir aos treinos da equipe adulta aos sábados com o professor Mário Rosa. Um belo dia, ele me chamou para entrar em quadra e dar um saque por cima. Tremi todo, mas consegui”, conta. Antes de fazer parte da Seleção Brasileira, o esportista treinou em vários times de cidades diversas, como Contagem (MG) e Barretos (SP), até que a sorte bateu a porta. Talmo entrou para o Pirelli, um dos maiores

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clubes do país, e com a oportunidade ganhou destaque. De lá foi para a Seleção Brasileira, em 1991, onde consagrou-se campeão um ano depois. Palmeiras, Banespa, Telepar e Flamengo são apenas alguns clubes renomados pelos quais o atleta passou. Do alto de seu 1 metro e 94, o esportista coleciona inúmeros títulos, como técnico e jogador, nas principais competições do Brasil. Em sua carreira como jogador, o título de campeão nos Jogos Olímpicos de 1992 foi o mais marcante. Como técnico, destaca-se o vice-campeonato do Montes Claros pela Superliga 2009/2010, o campeonato Sul-Americano feminino pelo Sesi-SP no começo deste ano, e o terceiro lugar no Mundial de Clubes, em maio. Futuro Preocupado com o que classifica de “famosa e temível aposentadoria”, Talmo sempre se sentiu motivado em buscar conhecimento e especialização. Mesmo antes de encerrar a carreira como atleta, já estava certo de que estudaria Educação Física – pensando na nova fase de sua vida profissional. Em 2003, comemorou a formatura e desde então vem galgando degraus rumo à excelência como professor. Antes de assumir o comando do Sesi/SP, o itabirano treinou a equipe masculina do Sada/Betim e o Montes Claros. Para ele, que já liderou times

masculinos, a experiência com as mulheres se revela muito gratificante, “repleta de desafios com suas particularidades”. Bases sólidas Talmo é casado há 19 anos com Fabiana, com quem tem dois filhos: João Vítor, 15 anos, e Júlia Maria, 10 anos. A família mora em São Paulo. Concilia com tranquilidade a rotina de frequentes viagens com a vida pessoal. Essa tranquilidade, conforme explica, deve-se ao fato de fazer parte de uma família numerosa, bem estruturada e que sempre lhe proporcionou bases sólidas. A educação recebida dos pais, Custódio e Adelaide, segundo ele, foi fundamental à sua formação cidadã. Mesmo longe, tem acompanhado o cenário esportivo itabirano. Sobre o Valério, Talmo observa os desafios do clube e acredita que a saída para a atual fase é investimento. “A situação do VEC hoje não é das melhores. Principalmente pela falta de credibilidade ao longo dos anos. Olhando de fora, penso que a solução é um investimento maciço na base, a começar pelo futebol e estendendo para outros esportes”, sugere. O treinador diz ter certeza de que o esporte é uma grande ferramenta na transformação social, “se trabalhado com a educação e a cultura, usando os exemplos positivos de pessoas que alcançaram seus objetivos”.


Divulgação

Talmo comemora o sucesso como técnico e enaltece a família como base sólida

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DeFato

Museu

Reforço para a cultura

Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte, passou por reestruturação e agora é mantido pela Gerdau Renato Carvalho*

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Renato Carvalho/DeFato

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Museu das Minas e do Metal, localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, ganhou nova identidade ao ter a gestão assumida pela metalúrgica Gerdau. Uma profunda reestruturação marca a nova fase do equipamento cultural. A inauguração, no mês de maio, contou com a presença do governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho. O museu faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade, o maior complexo cultural do país. A partir da nova fase, o equipamento passa a se chamar MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, recebendo o nome da empresa mantenedora, mas respeitando a história e o reconhecimento, guardando também a nomenclatura antiga. No final de 2013 foi firmado o acordo entre o Governo de Minas e a Gerdau. Nos próximos cinco anos, R$ 11,5 milhões serão investidos pela empresa no local. O Museu recebeu nova pintura externa e melhorias na infraestrutura. Outra novidade é o Espaço Gerdau, que possibilita a interatividade com o público. O governador Alberto Pinto Coelho destacou a importância de parcerias culturais como essa para Minas Gerais. “Valorizar essas questões é efetivamente tratar aquilo que é mais precioso em nosso estado, que é a cultura, a sua história, seus valores na

Museu das Minas e do Metal foi revitalizado graças à parceria com a metalúrgica Gerdau educação e formação dos nossos jovens”, declarou. O diretor-presidente da Gerdau, André B. Gerdau Johannpeter, apontou a importância de Minas Gerais para a empresa. “O Estado é uma das principais plataformas de crescimento da Gerdau no mundo e o início da nova fase do Museu vem ao encontro das práticas de responsabilidade social da empresa”, comentou.

O museu O MM Gerdau abriga um importante acervo sobre mineração e metalurgia, duas das principais atividades econômicas de Minas Gerais. Usa recursos tecnológicos para destacar, de forma lúdica e interativa, a importância no cotidiano das pessoas. Além disso, marca a relação entre a história e as expressões culturais do estado com a riqueza de seus recursos.

*O jornalista da DeFato viajou e conheceu o museu a convite da Gerdau


DeFato

Empreendedorismo

Que legado estamos deixando?

L Márcio Antônio Labruna Eletrotécnico, Matemático, pósgraduado em Gestão Empresarial pela PUC-MG e ex- presidente da Associação Comercial, Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira. É gerente do Inovatec.

“A sociedade e a necessidade de sobrevivência nos impõem obrigações e atribuições, mas o principal é saber que vivemos para ser felizes e somos os únicos responsáveis pelas nossas vidas”

egado é algo transmitido ou adquirido, é algo deixado para um todo e não só para um. Os dez mandamentos é um legado de Deus. Todos nós, pessoa física ou jurídica, pública ou privada, devemos nos preocupar qual o valor do legado que estamos deixando ou vamos deixar para os nossos descendentes ou para as futuras gerações. Esse termo está muito atual pelos alarmantes gastos do país com a Copa do Mundo, padrão de qualidade Fifa, onde os brasileiros questionam qual será o legado deixado e porque o Brasil, país ainda pobre, precisa fazer uma copa acima de suas possibilidades econômicas. Será que o legado oculto dessa Copa é maior que os gastos exorbitantes dos estádios? Para que doze estádios conquanto os outros países realizaram com menos e gastaram menos da metade? Por que o governo e a Fifa elitizaram nossas praças de futebol, impedindo o acesso do nosso trabalhador? Essas perguntas precisam ser respondidas e não podemos acabar com o sonho de nosso povo que tem no futebol sua maior alegria, a ponto de ser considerado por alguns como ópio da massa. Porém, como empreendedores, vamos analisar os acontecimentos dentro da ótica de oportunidades. Nosso país ganhou e está ainda ganhando uma audiência global, na qual não teríamos condições de ter mais de duzentos países conectados por um grande período, grande avanço tecnológico nos meios de comunicação, centenas de pessoas a falar outros idiomas e conviver culturas diferentes, belezas do nosso país correndo

o mundo e oportunidades de negócios por todos os lados. Diante dessas constatações, vamos aproveitar o momento e verificar qual legado estamos construindo como membro de uma família, como profissional, como gestor de um cargo, como cidadão ou simplesmente como um ser humano independente. Viver é ir fazendo e ninguém se faz sozinho, a vida só é plena quando a vivemos em rede. O valor ou tamanho do legado é diretamente proporcional à posição que ocupamos na sociedade, pois quanto maior e mais importante for nossa posição, melhor oportunidade de deixar um legado de maior qualidade. Por exemplo, um gestor público tem oportunidade de deixar em sua passagem pelo cargo indeléveis realizações para muitas gerações, isso quando sua equipe consegue desenvolver uma boa administração. Temos vários exemplos em nossa história. Da mesma forma, um gestor de uma instituição, de um clube ou apenas de um grupo de trabalho, pode deixar sua marca, seu legado. Quando nascemos, recebemos o legado de uma vida e podemos vivê-la da forma que quisermos pelo livre arbítrio do Criador. A sociedade e a necessidade de sobrevivência nos impõem obrigações e atribuições, mas o principal é saber que vivemos para ser felizes e somos os únicos responsáveis pelas nossas vidas. Nessa festa da Copa, vamos nos perguntar: qual legado que estamos construindo, qual a marca que vamos deixar para os nossos descendentes, para os nossos ambientes de trabalho, para nossa família e como estamos sendo gratos ao Criador que nos deu uma vida para ser vivida? JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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Meio Ambiente Renato Carvalho/DeFato

Duas vezes ecológico

Biodiesel feito de óleo residual polui menos o ar e reduz a contaminação dos rios e córregos ao aproveitar um material que seria descartado. Professor tenta emplacar produção experimental em Itabira Sérgio Santiago

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e um lado os milhares de litros de óleo de cozinha que são descartados diariamente. Do outro a tecnologia que permite transformar esse resíduo em combustível ecologicamente correto. E no meio um desafio: encontrar uma maneira viável de unir o útil ao necessário e beneficiar o meio ambiente. Essa é a situação desenhada pelo professor do campus itabirano da Universidade Federal de Itajubá (Unifei),

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Rafael Balbino, em um projeto experimental de produção de biodiesel em Itabira a partir de óleo residual. Doutor Balbino leciona a disciplina Energias Renováveis nos cursos de engenharia da universidade e é autoridade no assunto. Além de entender de biocombustíveis, também é especialista em energias eólica, hidráulica e solar. Como praticamente todos os produtos sustentáveis no Brasil, o biodiesel ainda está longe de ser economicamen-

te competitivo. Seu custo de produção é maior que o do etanol e nem se compara ao diesel tradicional, que sai bem mais em conta nas bombas. Como geralmente é produzido a partir do óleo de mamona ou de dendê, que exige disponibilidade de terra para cultivo, mão de obra, etc., o custo acaba inviabilizando seu uso em grande escala. Mas quando a matéria-prima é o óleo de cozinha, esse gasto reduz significativamente. E se já houver uma


Potencial Antes de tudo, é preciso mapear o quanto de óleo residual Itabira produz por dia, mês e ano. Considerando o tamanho da cidade e a quantidade de estabelecimentos comerciais que usam frituras, é possível imaginar que o potencial é grande. Se for, o próximo passo é estudar a viabilidade econômica dele frente ao combustível convenSérgio Santiago/DeFato

Savi arrecada óleo de cozinha, material fundamental para produção do biodiesel

cional e buscar recursos para colocar o projeto em prática. Testes feitos com o óleo garantem que sua eficiência é de 90%. Ou seja: de cada 10 litros de matéria-prima se consegue 9 litros de combustível ecológico. E tem mais. Durante o processo de transformação química, chamado de transesterificação, é possível extrair também a glicerina, que pode ser usada na produção de cosméticos ou explosivos.

Se for adiante, a iniciativa pode se desdobrar em uma nova alternativa econômica para Itabira. Vale lembrar que uma resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) determina pelo menos 5% de biodiesel em cada litro de diesel comum. Com o incentivo certo, projetos como o do professor da Unifei pode chamar a atenção de investidores, ganhar força e ajudar a transformar a econômica da cidade – preservando o meio ambiente.

Produção do biodiesel Óleo vegetal Metanol ou Etanol

Biodiesel Reação química

Catalisador

Glicerina

Renato Carvalho/DeFato

estrutura de coleta que, com poucas adaptações, consiga recolher o óleo e levá-lo ao laboratório, melhor ainda. No entendimento do professor, dá para fazer diesel ecológico a preço competitivo em Itabira se houver, por exemplo, uma parceria com a Itaurb. Como a empresa de limpeza urbana já faz coleta seletiva em todos os bairros, bastaria uma adaptação nos caminhões e o óleo usado nas residências, pastelarias e restaurantes não seria desperdiçado. A transformação aconteceria no laboratório da Unifei pelos próprios alunos com o apoio técnico dos profissionais da universidade. Se houver uma parceria do município (Balbino já enviou o projeto à Secretaria de Meio Ambiente), a produção experimental será destinada à frota da Prefeitura. Mas para isso acontecer, além de viabilizar o recolhimento e transporte da matéria-prima, outro desafio tem de ser superado: a aquisição de equipamentos para estruturar melhor o laboratório da universidade, hoje incapaz de produzir em escala.

Professor é responsável por conduzir pesquisa para produzir biodiesel em Itabira

Recolhimento Reconhecida pelas diversas ações ambientais desde sua fundação, a Sociedade Ambiente Vivo (Savi) também tem a pretensão de produzir biodiesel até o final do ano. A ONG já arrecada, desde 2005, óleo de cozinha para fazer sabão ecológico, com o objetivo de conscientizar as pessoas quanto à preservação ambiental. “Um litro de óleo pode contaminar até 100 mil litros de água”, diz Amarildo Milânio, diretor da entidade. Por mês, a Savi arrecada até 600

litros do produto. Até o final do ano a intenção é chegar a 5 mil, contando com a boa vontade das pessoas de levar o material até o posto de coleta (Avenida das Rosas, 105, sala 1, Centro, Itabira). Assim como o sabão, a produção do combustível ecológico da Savi não tem intenções comerciais. O que vale mesmo é a preservação da natureza. Ao saber do interesse da entidade, enquanto concedia entrevista a DeFato, professor Balbino pegou o contato do presidente Jean Charles e disse que ligaria depois para alinhar os interesses. Pode ser o início de uma parceria promissora. JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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A força da economia Em sua terceira edição, WIN reúne cursos, seminários, rodadas de negócios e uma programação com grandes palestrantes

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rês dias de evento, R$ 4 milhões em negócios gerados e prospectados, 13 mil visitantes, 98 estandes e pelo menos 20 atividades dedicadas a todo tipo de público. O terceiro Workshop Itabirano de Negócios (WIN), promovido pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita), foi sucesso mais uma vez. O evento aconteceu nos dias 21, 22 e 23 de maio, numa estrutura de 3 mil m² montada com capricho na avenida Mauro Ribeiro. O resultado foi consequência de um bom planejamento. Logo no lançamento, que aconteceu três meses antes, dava para perceber o interesse dos empresários pelo workshop. No auditório da Acita, na noite do dia 19 de fevereiro, eles aguardavam com ansiedade o fim da solenidade para comprar logo os estandes e garantir a melhor localização. Lançado o desafio, era hora de preparar. Uma comissão de dire-

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tores da Acita foi formada para organizar os detalhes do Win. Muito trabalho e disposição de Geraldo Lúcio dos Santos, Flávio Elias Fonseca, Wender Fernandes e Fabiano Campos Martins Pereira. Daí saiu a programação para os três dias, com palestras, cursos, rodadas de negócios e apresentações culturais. Na grande abertura, no dia 21, discursos otimistas e esperançosos. O prefeito Damon Lázaro de Sena lembrou as ações de apoio e estímulo à classe empresarial (o projeto que favorece o pequeno empresário local nas compras públicas é um deles) e disse esperar que, em breve, o WIN tenha duas letras “i”, de “Workshop Itabirano Internacional de Negócios”. O presidente Marco Aurélio Garcia Matos ressaltou o papel da Acita no desenvolvimento local e reafirmou a missão do WIN, de contribuir com a transformação da economia itabirana ao estimular a aproximação de empresários e elevar o nome da cidade como polo desen-

volvimentista no estado. As estrelas da programação foram o escritor e navegador Amyr Klink, que falou sobre “Competências Humanas: Mudanças, Desafios e Perspectivas”, e o conselheiro de Roberto Justus no reality show O Aprendiz, Cláudio Forner, que proferiu palestra sobre “Oportunidade e Inovação”. Em ambas as apresentações, auditório lotado. (Leia mais a seguir) Dentro da programação, atenção especial também às consultorias oferecidas pelo Sebrae. Duas salas foram dedicadas às aulas, que trataram de temas diversos, como comunicação com o cliente, vendas, compras e inadimplência. Outro destaque foi a palestra do Gerente de Planejamento de Ferrosos da Vale, Joaquim Toledo, sobre “Diversidade Econômica. Ao ressaltar os resultados do WIN 2014, o presidente Marco Aurélio aagradeceu aos parceiros que acreditaram, desde o início, no potencial de Itabira.


Empresas Expositoras ACITA Administração Fazendária AL Brandão Galvani Informática AM Lage Associação Cult.Itabira Sec. XXI Auto Elétrica do Gilberto Barman BDMG Bioextratus Bio Service Caixa Econômica Federal Célébrité Cia das Flores Clínica Cissat

Clínica Mediar C:M Marketing Correios Itabira Credimepi Estação Incorporadora ETFG Extiminas Fênix Materiais - Ipalux FS Viagens Funcesi Gomes Pereira Grupo DeFato Incoprol Insight Consultoria

Italoc JP Máquinas Kokaita Liderpiso Lopes Lar Marco Aurélio Imóveis Marmoraria Duarte MMDB Empreendimentos NGA Assessoria Ocupacional Consultoria Origami Prefeitura de Itabira Rádio 93 FM Rádio Pontal

Resgate Drumond Rodoviário Job Rotoplast Ind Climatizadores Salão Rastafari SJ Decor SHP Titan Treinamentos Tião Antenas Top Ambientes Top Seguros Unifei UP Essência Vale

Realização

Apoio

Media partner

Produção

Patrocínio

ACITA

Caixa Sebrae Senac CPA Propaganda

DeFato

C:M Consultoria de Marketing

Vale Prefeitura de Itabira

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A era da

recomendação O segundo dia do Workshop Itabirano de Negócios (Win) ficou marcado pela palestra de Cláudio Forner, especialista em comercialização internacional, consultor pelo Sebrae em empreendedorismo e conselheiro de Roberto Justus no reality show ‘O Aprendiz’

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Paulo Sá

A

apresentação intitulada “Oportunidade e Inovação” tinha o objetivo de provocar o público acerca do empreendedorismo. Tomada de riscos, teste de limites, inovação e evolução foram aspectos apresentados pelo palestrante. Cláudio destacou que vivemos na época da recomendação, e não mais na da informação. Para ele, é preciso perceber as mudanças do tempo e as evoluções das ferramentas para poder se comunicar e atender o novo consumidor – jovens de até 25 anos, nascidos na era da tecnologia. “Se hoje a empresa não é recomendável, os internautas detonam-na. Estamos na época dos formadores de recomendações”, afirmou. De acordo com Cláudio, a capacidade de experimentação de riscos é essencial para desenvolver-nos. “Crianças sobem em árvores, mesmo com o risco de cair, para testar seus limites. Pais protetores tiram dos filhos a capacidade de experimentação. Se na infância não fazemos isso, não saberemos como enfrentar os nossos erros no futuro”, exemplificou. Forner ainda fomentou a busca frequente por inovações. “A inovação faz a diferença. O processo de mudança mais importante é o da cabeça. A pessoa diferente consegue entrar no mundo da inovação. É preciso sempre buscar mais, não se acomodar, mesmo

Cláudio Forner falou sobre negócios e empreededorismo durante palestra no WIN

com sucesso”, comentou. O especialista relembrou que estar atento no que há de diferente no meio ambiente é um importante passo para ser inovador. Ter a habilidade de perceber as necessidades de uma determinada área abre um leque de possibili-

dades se bem explorada. Além disso, para ele é importante que haja nexo nos serviços prestados pelas empresas . “O consumidor não quer ser surpreendido. Ele paga por um serviço e quer que seja da forma como foi contratado”, exemplificou.


Histórias de

navegador Competências Humanas: Mudanças, Desafios e Perspectivas: esse foi o tema da palestra proferida pelo navegador e comandante de embarcações Amyr Klink, no dia 23 de maio, no encerramento da terceira edição do Workshop Itabirano de Negócios (WIN)

O

em todas as áreas. “Não basta ser competente, ser inteligente. Tem que existir envolvimento emocional com o trabalho. A gente tem que gostar muito de alguma coisa”, finalizou o evento, sob aplausos. Dia de festa Na mesma noite, antes do encerramento, o presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira (ACITA), Marco Aurélio Garcia Matos, reconheceu o apoio de diversas entidades, que desde as edições anteriores do evento têm atuado junto à associação comer-

cial. Ele citou todos os colaboradores e falou da importância das parcerias na realização do evento. “A Acita se sente orgulhosa e destaca o esforço e colaboração de muitas pessoas. Hoje é um dia de festa”, empolgou-se. O prefeito Damon Lázaro de Sena, por sua vez, disse que o WIN já faz parte do calendário do município. Ele ressaltou várias obras realizadas na cidade em inúmeras áreas, inclusive no âmbito econômico. O prefeito mostrou-se satisfeito com o workshop. “O WIN já se tornou um evento obrigatório na cidade. É um evento de sucesso”. Paulo Sá

navegador falou do desenvolvimento de Itabira, após mais de 10 anos de sua primeira visita à terra natal do poeta Carlos Drummond de Andrade. Com jeito sério, fala calma e voz serena, Amyr contou como surgiu seu interesse pelas embarcações e o carinho pelo veleiro Paraty 2. Ele acompanhou de perto todo o processo de produção da embarcação e fez comparações com o mundo dos negócios, enfatizando a necessidade de o empreendedor participar de cada etapa do empreendimento. Entre histórias e experiências vivenciadas, Amyr se revelou uma pessoa de hábitos simples, que, apesar de já ter viajado para a Antártida por mais de 40 vezes, é em sua casa simples, sem luz elétrica, que ele encontra o aconchego. O navegador disse que em sua casa nunca terá energia. Avesso a automóveis, só é possível chegar à residência de barco. Em tom de brincadeira, arrancou risadas do público: “Nunca me preocupei em ganhar dinheiro. Mas eu acho que se eu tivesse me preocupado, eu seria muito mais pobre”. Amyr revelou curiosidades e dificuldades vivenciadas nas inúmeras expedições e como ele se vira nas situações adversas. Como um apaixonado pelo mar e por viagens, garante que a entrega é a maior ferramenta para o crescimento, no mercado de trabalho e

Nevegador Amyr Klink encerrou a terceira edição do WIN JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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SJ Construções Av. Wilson Alvarenga, 620, Centro, Barão de Cocais sjconstrucoesbc@gmail.com

(31) 3837-1524

Presente nas cidades de Barão de Cocais, Caeté e Santa Bárbara, o SJ Construções atua na região há mais de 30 anos, oferecendo produtos de qualidade, tendências de mercado, serviços de arquitetura, decoração e exclusividade em painéis elétricos TAF. Para o SJ Construções, a participação no 3º Workshop Itabirano de Negócios (WIN) foi uma grande oportunidade para fazer novos contatos, agregar informações, sugestões e novos valores.

Pinguim Rua São José, 272, Centro, Itabira

(31) 3831-2156

Há 44 anos no mercado, a Pinguim é sinônimo de qualidade em Itabira e região. Com foco inicial na produção e comercialização de sorvetes e picolés, a empresa ampliou seu leque de produtos de sete anos para cá e passou a oferecer também uma linha de salgados diferenciada. São mais de dez tipos de lanches e salgados (inclusive para festas) que fazem sucesso entre a clientela. A participação, mais uma vez, no Workshop Itabirano de Negócios (WIN) proporcionou a oportunidade de estar mais perto dos clientes e expor as novidades, além de abrir novos horizontes. Oportunidade também de agradecer aos clientes, amigos e colaboradores que fazem parte da história da empresa.

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NGA Assessoria Contato: Lúcio de Souza nga.assessoria@yahoo.com.br

(31) 3831-3815

Pioneira na região com especialização em negócios públicos, a NGA Assessoria possui o perfil certo para a micro e pequena empresa. Se o que você busca é competitividade e eficiência nas concorrências públicas, a NGA Assessoria é a parceira que a sua empresa precisa para alavancar as metas. Terceirize o seu departamento de licitação, seja um fornecedor para prefeituras, governos estadual e federal. Aproveite o universo de oportunidades e aumente as vendas.

Celebrité Rua ipoema, 97 - Pará

(31) 3831-1509

www.celebritecerimonial.com.br

Na terra de Drummond, as irmãs Cecília (Bióloga) e Terência (Relações Públicas) cresceram e escolheram, não por obrigação mas por amor, criar a Célébrité Cerimonial, Eventos e Decoração. Há oito anos no mercado de Itabira e região, a empresa não poderia ficar de fora do 3º WIN. Célébrité é uma palavra de origem francesa que significa celebridade, notabilidade, estrelato. Traz também o Ce (de Cecília) e o Tê (de Terência). Trabalha com todos os tipos de eventos: empresariais, formaturas, casamentos, 15 anos, bodas e projetos de decorações diferenciadas.

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Cia das Flores Rua Dona Modestina, 1000, Centro, Itabira ciadasflores@gmail.com (31) 3835-6409

Reconhecida no mercado de Itabira e região, a Cia. das Flores atende a diversos segmentos voltados a decoração de festas (batizados, bodas, aniversários, casamentos, formaturas, buquês de noiva, buquês para presente, vasos e paisagismo). Prestar serviços de qualidade e transformar sonhos em realidade é a missão da empresa, que aproveitou o 3º Workshop Itabirano de Negócios (WIN) para se aproximar ainda mais dos clientes e fechar novas parcerias.

Kokaita Rua Daniel Jardim de Grisolia, 386, Hamilton, Itabira kokaitachopp@kokaitachopp.com.br (31) 3834-1781

A Comercial e Representações Marca Forte Ltda (Kokaita) está no mercado de distribuição de bebidas e prestação de serviço em Itabira e região há mais de 20 anos. A empresa oferece soluções para as mais diversas ocasiões, trabalhando com alugueis de mesas e cadeiras, serviços de buffet e gelo seco. “O Disk Cerveja garante aos nossos clientes bebidas geladas a preço de quente”, afirmam os diretores. Ao participar do WIN, a Kokaita aproveitou para divulgar seus melhores produtos, preços competitivos e condições de especiais de pagamento para realização de festas dos mais variados portes.

Salão Rastafari Rua João Camilo de Oliveira Torres, 160, Juca Rosa - Itabira (31) 3834-8574

O salão é referência em seu estilo e proporciona ao cliente todo cuidado e praticidade que o cuidado com o cabelo exige no dia a dia. Com uma visão moderna, é alternativa àqueles que desejam manter a beleza do cabelo respeitando suas características naturais. Grandes profissionais e local confortável fazem do Salão Rastafari uma excelente opção para mudar seu visual.

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Resgate Drumond Rua Nenzinha Rosa, 61, Alto Pereira, Itabira romulo.drumond@resgatedrumond.com.br

(31) 3831-3099 Paulo Sá

O Resgate Drumond é uma empresa especializada em transportes de cargas especiais que atua em todo o território nacional. A empresa conta com uma extensa frota, com caminhões e carretas novas, que permitem a excelência e o cuidado no transporte. No WIN, o Resgate Drumon expôs parte de sua frota, equipamentos e qualidade do serviço prestado. Onde há progresso, a Resgate Drumond está presente!

DeFato www.defatoonline.com.br

(31) 3831-3656

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Heitor Bragança

O stand do Grupo DeFato no Workshop Itabirano de Negócios (WIN) proporcionou um espaço confortável aos visitantes. O portal DeFato Online fez a cobertura completa de todo o evento, divulgando no site desde sua preparação até o seu encerramento. Além disso, mais de duas mil revistas foram distribuídas no Win. A DeFato é parceria e apoia iniciativas como essa, que trazem desenvolvimento a Itabira e região..


Galeria de fotos Paulo Sรก

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Negócio Fotos: Renato Carvalho/DeFato

José Januário dos Santos, o “Nem”, foi o responsável por prosperar os negócios da família

Tradição de família e visão de futuro Posto Ipê Amarelo se reestrutura para oferecer mais qualidade e conforto aos seus clientes

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Posto Ipê Amarelo e o Restaurante Mendes Santos completam 20 anos em 2014. Às margens da MG129, no bairro Chapada, reformado e melhor estruturado, o local agora oferece mais conforto e comodidade aos seus clientes. Comércio que transita entre gerações da mesma família, hoje olha para o futuro com boas perspectivas e se prepara para crescer ainda mais. Há mais de 30 anos, Júlio dos Santos, pai do atual proprietário, possuía uma pequena mercearia no local e,

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durante muito tempo, administrou-a sozinho. Por volta de 1980, com o passar do tempo, precisou de ajuda, e o seu filho José Januário dos Santos, o “Nem”, passou a auxiliar o pai nos trabalhos. Já em 1993, com o falecimento do pai, Nem passou a cuidar do local, levando sua família para morar na região. Já com uma visão à frente de seu tempo, teve a ideia de construir um posto e um restaurante no local, isso em 1994. A partir daquele momento, Nem e sua mulher, Maria do Perpétuo Socorro Mendes Santos, “Socorro”,

passaram a cuidar com muita dedicação do trabalho que Júlio dos Santos iniciou. Com muito empenho conseguiram se tornar referência na região, e seguiram assim por 13 anos. Já em 2007, Lúcio Flávio Santos, filho de Nem, e sua mulher Vanize Souza Santos assumiram a administração do posto. Enfermeiros de formação, o casal aplica os conhecimentos obtidos durante o curso para atender melhor os clientes e oferecer um ambiente agradável e limpo. Atualmente é Vanize quem fica mais à frente do negócio, ao lado da gerente Cida.


Para Vanize, o crescimento e sucesso do posto se devem ao empenho e à experiência obtida pela família. “A gente tem uma grande bagagem, pois fomos criados no comércio. Tanto o pai do Lúcio quanto o meu são comerciantes, e a gente cresceu vendo e aprendendo com eles”, destacou a administradora. Apesar de terem uma equipe muito bem treinada na cozinha, Socorro, a mãe de Lúcio, não arreda o pé de lá. Nem e Socorro continuam trabalhando para oferecer uma estrutura ainda melhor aos clientes. De acordo com Vanize, a sogra é muito exigente na cozinha, especialmente na organização e higienização dos alimentos. “Eu até brinco que ela tinha que ficar mais à frente do self service, mas ela não concorda. Ela gosta é de ficar dentro da cozinha, fiscalizando o preparo e acondicionamento dos alimentos, cuidando de todos os detalhes para que tudo saia da melhor forma possível para atender a clientela”, contou. Além dos cuidados com a alimentação, uma série de reformas foi feita

nos estabelecimentos. A principal foi em 2012, no posto, onde bombas de combustíveis, tanque de armazenamento, banheiros e lanchonete foram reformados, equipamentos mais modernos foram comprados e a bandeira passou a ser da Zema Petróleo. O restaurante também passou por uma reforma. Ganhou um visual simpático e agradável. Hoje é disponibilizado o fornecimento de refeições para empresas, buffet para festas e eventos e aluguel de salão. De acordo com o casal, o asfaltamento da estrada de Itabira à Nova Era trouxe grande movimento para a região, pois os motoristas passaram a preferir passar por Itabira para seguir ao Vale do Aço. “Nós não conseguíamos mais atender bem os clientes. Por exemplo, só tínhamos sanitários dentro do restaurante. Então quando ele fechava, as pessoas ficavam sem poder utilizar os banheiros”, contou Vanize. Lúcio Flávio disse que devido ao aumento de tráfego, o posto acabou se tornando ponto de apoio para ca-

minhoneiros. “A gente viu a necessidade de fazer uma reforma geral para conseguir dar conforto a esses motoristas”, explicou. Além das reformas, um hotel está sendo construído em cima do restaurante e até o final do ano deve estar concluído. A qualidade do serviço oferecido não é a única preocupação. O meio ambiente também é bem cuidado pelos administradores. O posto passou por uma readequação ambiental, na qual piso, canaletas, caixas separadoras e um novo tanque foram instalados para evitar que o solo e lençol freático sejam contaminados. A empresa conta, ainda, com a consultoria de um engenheiro ambiental. Com a possibilidade de um aeroporto na região dos Bambas, entre Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo, as perspectivas são positivas para o futuro. A proximidade à obra futura e o provável aumento no tráfego da rodovia fazem do posto a principal referência comercial da região. “Estamos preparados para receber mais gente”, garante Vanize.

Os telefones para contato são 3839-9046 e 3839-9025. O e-mail é contato@postoipeamarelo.com.br

Restaurante passou por revitalização e encrementou o posto de gasolina, comandado pelo casal Lúcio e Vanize JUNHO, 2014 defatoonline.com.br

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Moda

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DeFato

Culinária Divulgação

Macarrão a la Copa Ingredientes

-2 xícaras de chá de pimentão amarelo cortado em cubos pequenos ou uma lata de milho verde

-3 colheres de sopa de manteiga

-1 sachê de caldo de legumes em pó -Sal e pimenta a gosto

-500 gramas de macarrão no formato padre nosso, cozido al dente

-2 xícaras de chá de cebola cortada em cubos pequenos -1 xícara de chá ervilhas frescas ou vagem macarrão cortada em pedaços pequenos -2 xícaras de chá de abobrinha cortada em cubos pequenos -1 xícara/chá de brócolis escaldados

-1 colher de sopa de folhas de manjericão -1/2 xícara de chá de folhas de salsinha fresca

Modo de preparo

Em uma panela antiaderente coloque a manteiga e a cebola e refogue até que fique transparente. Acrescente a

Rendimento: 5 porções ervilha, a abobrinha, os brócolis e o pimentão e tempere com sal e pimenta a gosto. Refogue rapidamente deixando al dente. Tempere com o caldo de legumes, manjericão, salsinha a gosto e reserve.

Para servir

Misture a massa cozida ao refogado de vegetais e sirva bem quente, com parmesão a gosto. Grau de dificuldade: Fácil Tempo de preparo: aproximadamente 20 minutos


infantil

Envie a foto de sua criança para: sociedade@defatoonline.com.br Divulgação

Divulgação

Divulgação

VITÓRIA LARA

ENZO EMANUEL MARTINS

SARAH ELISA

Pais: Vitor Silva Elaine Moura

Mãe: Ana Honilha Martins

Pais: Reginaldo Nunes Alcione Avelar

2 ANOS

5 MESES

1 ANO E 4 MESES

Divulgação

Paulo Sá

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LAURA SANTIAGO

ANA VITÓRIA OLIVEIRA

PIETRO ALVES DOS SANTOS

Pais: Gilberto Guedes Santiago Eva Luzia Guimarães Santiago

Pais: Walter Franck de Oliveira Kelly Cristina dos Santos Reis

Pais: Marcelo Cosme dos Santos Taísa Alves dos Santos

1 ANO E 8 MESES

3 ANOS

1 ANO

Divulgação

Divulgação

Divulgação

JOÃO VICTOR COELHO

ANA CLARA CARVALHO

ORLINDA NASCIMENTO

Pais: Jhones Henrique Coelho Daiana Presley Crispim

Pais: Josiney Tatiane Couto

Pais: Marcos Nascimento Cíntia Viana

7 MESES

2 ANOS

5 MESES

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Flash Social

Fotos: DeFato e divulgação

Itabira ganha uma nova opção em alimentação, a lanchonete Al Gusto, que fica na praça Nico Rosa, bem no Centro da cidade. A iniciativa é do Grupo Tia Eliana.

A Al Gusto tem serviço diferenciado que une conceitos de fast food e comfort food: praticidade e conforto.

Átila Lemos

Inauguração do Sebrae em João Monlevade: Marco Aurélio Garcia Mattos, presidente da Acita, com o Governador de Minas Alberto Pinto Coelho (PP).

A hairstyle Naura Couto esteve em Buenos Aries, na Argentina, no mês de maio, onde fez uma especialização em corte na Academia Pivot Point, mundialmente conhecida na área de hairstyle. Naura Couto é proprietária do salão Naura Cabeleireira, em Itabira.

A loja Carmen Steffens de Itabira realizou, dia 27/05, o Carmen Day Solidário, campanha de responsabilidade social com a presença do estilista Ronaldo Silvestre, coordenador do Instituto Tecendo Itabira e do Clube de Mães da Apae, entidades que foram beneficiadas com as doações.

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A primeira-dama Áurea de Sena prestigiou o Carmen Day e ganhou uma ecobag exclusiva do projeto Tecendo Itabira


Paulo Sá

Bodas de Diamante chegando! José Geraldo e Maria Conceição se preparam para completar 75 anos de casados

A rede de concessionárias CVG realizou uma grande ação de varejo: pela primeira vez na história, os consumidores puderam comprar um Chevrolet com desconto de funcionário

Mazuki (JC Estofados) e Andresa casaram-se no dia 17 de maio, na Igreja Universal do Reino de Deus, em Itabira

Dr. Danilo Costa, mastologista, com os proprietários da Autop Veículos, de Belo Horizonte, Rodrigo Eliazar, Rinaldo Penna e Thiago Lourenço, durante a Corrida Impacto contra o Câncer de Mama

Bodas de Ouro de Olandino e Maria Dalva na Igreja São Geraldo, no dia 14 de junho. A recepção foi na Ativa

Paulo Sá

De olho em um novo público, a Rádio Antártida (93 FM) lançou uma nova grade de programação no dia 6 de junho. Entre as novidades, mais horários para notícias e mais música sertaneja.

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Coluna

Etiqueta no consultório

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uma consulta médica você não apenas checa a saúde, mas descobre de perto várias gafes. Sim, porque se tem um lugar onde as pessoas não respeitam a etiqueta é no consultório. Por isso, vale lembrar e evitar algumas atitudes comuns para ser uma pessoa muito mais elegante no seu dia a dia.

Janaina Depiné Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior, Janaina Depiné ministra cursos e palestras sobre etiqueta profissional e imagem pessoal há 10 anos.

“Independentemente do grau hierárquico do sujeito, trate-o sempre bem. Tem gente que é um doce com o médico e um monstro com a secretária”

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Atraso Se um paciente se atrasa embola a vida do médico e dos outros pacientes num efeito cascata. Imprevistos acontecem, mas tem gente que se atrasa sempre. Repeite o seu horário e o dos outros. Isso vale para os médicos. Afinal, o tempo deles não é mais precioso do que o nosso. Não trate mal os funcionários Independentemente do grau hierárquico do sujeito, trate-o sempre bem. Tem gente que é um doce com o médico e um monstro com a secretária. Outros são arrogantes com todos. Lembre-se de que o mundo dá voltas (e como dá). Respeite a todos. Da faxineira ao dono da clínica. Não leve o que não é seu Acredite, tem gente que leva as revistas do consultório! Isso é roubo, independente do valor. Mas tem aqueles que vão além e são capazes de catar rolo de papel higiênico, xícaras e objetos decorativos. Dá-lhe um 190 no meliante! Tenha zelo Cuidar do que não é seu é um sinal de respeito. Não suba de sapatos na maca, não deixe seu filho rabiscar nada que não seja um papel, jamais jogue ab-

sorvente no vaso sanitário, não toque em nenhum aparelho médico. Enfim, vá para ser consultado. Somente isso. Não barganhe Se o médico não atende convênio ou se você não tem um, aprenda que tabela é tabela. A grana está curta para bancar o médico top? Vá noutro. Afinal, ele cobra pelo que merece ganhar e fez um cálculo para chegar a esse valor. Não há nada mais deselegante do que pechinchar desconto a um prestador de serviço ou pior: dar um cheque sem fundos. No entanto, você pode negociar um prazo para pagar. Porém, combine isso antes da consulta para ficar tudo bem esclarecido. Desligue o celular Se o assunto é a sua saúde, outras chamadas podem esperar. Desligue o celular enquanto estiver na consulta. Não fale mal de outros médicos Por uma questão de ética médica, um profissional nunca deve falar mal do outro. O mesmo deve fazer o paciente. Toda história tem dois lados. Espere com elegância Sala de espera não é lugar para discutir relação, falar alto no celular ou brigar com o filho. Por isso, leve um livro e relaxe enquanto aguarda. Já quem vai com crianças deve levar entretenimento próprio para os pequenos: joguinhos portáteis, caderno para rabiscar, livros de colorir ou brinquedos miúdos que caibam na bolsa. Enfim, esperar também é uma arte!


Atividades do dia a dia podem ser consideradas atividades físicas? Renato Carvalho/DeFato

É

comum escutarmos a afirmativa: “Não preciso fazer atividade física, já trabalho muito”. Fica a questão: varrer a casa, lavar roupas, fazer faxina e ir a pé para o trabalho podem ser consideradas “atividades físicas”? De acordo com o conceito geral, que descreve atividade física como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso, todas as atividades do dia a dia, lazer e trabalho podem ser assim consideradas. Resta-nos saber se os benefícios observados em consequência à prática de atividade física são alcançados da mesma forma para qualquer atividade. Primeiramente, existe uma discussão e clara divergência entre estudos no que diz respeito à nomenclatura. Ao mesmo tempo em que temos um conceito tão amplo para atividade física, quando o indivíduo é classificado como ativo/inativo ou sedentário/não sedentário, aspectos específicos são observados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o indivíduo é considerado ativo ou não sedentário se realiza atividades físicas de intensidade moderada

/AcademiaImpactoItabira

a vigorosa no mínimo 150 minutos por semana, abaixo desse tempo ou intensidade seria classificado como inativo ou sedentário. Não existe então um “meio termo”? Alguém que trabalha sentado no computador e corre 3 vezes por semana durante 50 minutos terá uma saúde muito melhor que outra que trabalha varrendo rua, por 6 horas diárias e caminha 2 vezes por semana, durante 40 minutos? Já existe na literatura, uma classificação “mais democrática”, na qual o indivíduo pode ser classificado como inativo, levemente inativo, satisfatoriamente ativo ou muito ativo. Outra questão é o que é considerado um exercício moderado a vigoroso? Em termos de METs (equivalentes metabólicos) isso equivale 3 METs para atividade moderada e média de 7 METs para atividade vigorosa. Em outras palavras, existe uma estimativa do gasto energético de vários tipos de atividades e são medidos em METs, que seria mais ou menos o quanto uma determinada atividade gasta em calorias a mais que no repouso. Um MET seria o equivalente metabólico para uma pessoa em repouso, dei-

tada, somente para manter as funções vitais. Para uma caminhada a 4,8 km/h no plano, tem-se 3,5 METs; corrida à 9,6 km/h, 10 METs; permanecer em pé, 1,2 METs, e assim vai... O que temos, então, é uma progressão no gasto calórico à medida que se intensifica a atividade. Aspectos como sexo, idade, peso corporal e estado hormonal podem influenciar no metabolismo basal e consequentemente no gasto calórico de uma determinada atividade. O último também pode ser alterado pelo tempo despendido em cada atividade, quanto maior o tempo, maior o gasto calórico. Portanto, para alcançar os benefícios para a saúde e o emagrecimento, trabalhar em pé é melhor que sentado, ir a pé para o trabalho é melhor que de carro, subir de escadas é melhor que de elevador, praticar exercícios físicos é melhor que não praticar, caminhar a uma velocidade maior é melhor que só passear na caminhada, correr é melhor que caminhar, e assim progressivamente. Sempre respeitando a condição inicial do indivíduo e de preferência com orientação profissional.

“Resta-nos saber se os benefícios observados em consequência à prática de atividade física são alcançados da mesma forma para qualquer atividade”

Rua Tiradentes, 95 - Centro - 31 3831-7509 Av. Mauro Ribeiro Lage, 65, Esplanada da Estação - 31 3831-6676


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Bem Viver

O passado e o futuro

A Antônio Roberto Terapeuta comportamental e Deputado Federal (PV/MG) www.antonioroberto.com.br

Viramos estátua de sal quando vivemos a vida pelo retrovisor lamentando o que aconteceu e perdendo a oportunidade de aprender com a experiência

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raiz de todos os nossos sofrimentos é o pensamento. Ele é que nos leva para as dores do passado e as preocupações com o amanhã. A capacidade de lembrar e de prever é um grande dom dos homens desde que não nos leve ao sofrimento e desespero. Qual o papel do passado na nossa vida? A única e exclusiva função do passado é o nosso aprendizado. Aprender com nossos erros, nossos fracassos, nossas quedas. O passado é um mestre e não um algoz. Quando olhamos para trás e sentimos culpa, ou mágoa, ou saudade, ou vergonha, estamos nos envolvendo numa teia de sofrimento sem saída, de ver que o que passou, passou e é impossível voltar atrás. Há uma linda história no Antigo Testamento que ilustra magistralmente o perigo de resistir às mudanças através do apego ao passado. Havia duas cidades, Sodoma e Gomorra, e Deus resolveu destruí-las. Chamou Ló e sua mulher, comunicou a eles o seu propósito e concedeu a eles o direito de fugirem quando ele estivesse aniquilando as duas cidades. E impôs uma única condição: Quando vocês fugirem da catástrofe, NÃO OLHEM PARA TRÁS. A mulher de Ló ao transgredir a ordem foi castigada virando uma estátua de sal. O simbolismo é claro. A estátua é imóvel e o sal conserva. Viramos estátua de sal quando vivemos a vida pelo retrovisor lamentando o que aconteceu e perdendo a oportunidade de aprender com a experiência. Isso ocorre com frequência nas

relações familiares, sociais ou afetivo-sexuais quando deixamos o passado dominar nossos relacionamentos, nos esquecendo da beleza de viver daqui para frente. Se olharmos para trás sem o desejo de crescer e de mudar e, portanto, sem esperança, nós nos sentiremos desanimados, impotentes e tristes. Grande parte do nosso sofrimento é pensarmos no futuro, através do medo, sobretudo o medo de perder o que conseguimos ou o medo de não alcançar aquilo que desejamos. Aqui também duas posturas são possíveis ao olharmos para o amanhã. Podemos ver o futuro como incentivo à construção da nossa vida, como referência para o nosso desenvolvimento ou podemos vê-lo, como infelizmente nos foi ensinado, como algo catastrófico, perigoso, atemorizador. A ansiedade, o medo, a preocupação são formas de nos escravizarmos ao futuro. O futuro não é para ser temido, mas construído. A fixação de objetivos claros para a nossa vida, sejam eles materiais, espirituais, sociais ou afetivos nos tira de uma postura passiva diante do amanhã e nos institui donos da nossa própria vida. Ao invés de tentar adivinhar o futuro através de nossas superstições e pressentimentos, devemos saber que ele será, em grande parte, aquilo que dele fizermos. Perdoe-se pelo seu passado e veja no amanhã uma tela em branco onde você vai pintar um quadro, que pode, às vezes, não ser o melhor do mundo, mas que será seu, fruto da sua coragem de dar algo de si e que a levará à felicidade. Sofrer ou lutar. Eis a questão.


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Chá com Moda Fotos: Paulo Sá |

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Promovido pelo Rotary Clube Itabira-Cauê, o “Chá com Moda” foi um desfile de bom gosto. O evento, realizado no dia 7 de junho, teve características sociais e contou com a participação das lojas Carmen Steffens, Marióh, ViaCorpo e Dona Beija Moda Íntima, além de apoio do Grupo DeFato e da Gráfica Itabira. Entre os produtos apresentados, roupas, calçados e acessórios que são tendência para as mulheres mais antenadas.

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Cavalgada Clube do Cavalo de Itabira Fotos: Mariana Horta/DeFato

A XVIII Cavalgada do Clube do Cavalo agitou Itabira entre os dias 22 e 25 de maio, no Parque de Exposições. O evento teve shows com as duplas Lu e Robertinho, Cleber e Cauan e Zé Henrique e Gabriel, além da cantora Paula Fernandes. Também houve provas funcionais com premiações aos vencedores. Veja quem passou por lá:

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Festa à Fantasia Fotos: Mariana Horta/DeFato

Uma das novidades da Cavalgada neste ano foi a Festa à Fantasia, realizada no último dia de programação, 25 de maio. Promovido pela República Pico do Everest, da Unifei Itabira, o evento foi marcado pela irreverência tão comum aos universitários. A animação ficou por conta da banda Pedra Letícia.

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Festival Sabores do Prata Fotos: Deise Mara Alcântara

A Prefeitura de São Domingos do Prata promoveu no dia 25 de maio, no Centro de Eventos e Lazer, o 4º Festival Gastronômico Sabores do Prata. A edição contou com novidades a participação de 30 estabelecimentos, além de shows com a dupla Letícia e Renan, o grupo Soul Du Samba e o cantor Wilson Sideral.

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Semana do Jazz Fotos: Tatiana Santos/DeFato

Foi um sucesso a primeira Semana de Jazz, promovida pela Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA). No dia 29, o primeiro do evento, muita gente compareceu ao Largo do Batistinha para acompanhar as apresentações e relembrar os ritmos marcantes dos anos 30, 40 e 50.

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Vai dá Nada 2.5 Fotos: Mariana Horta/DeFato

A República Vai Dá Nada, da Unifei Itabira, comemorou o quinto aniversário no último dia 7 de junho, na casa de shows Vegas Music Hall. Evento open bar, com dois ambientes e muita música boa. Bem prestigiada, pode se dizer que a festa bombou!

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Meio Engenheiro Fotos: Mariana Horta/DeFato

A casa de shows Don Báez foi o local escolhido pelas comissões de formatura dos cursos da Unifei para a realização da festa Meio Engenheiro. O evento aconteceu no dia 7 de junho. Várias atrações animaram a noite e muita gente bonita marcou presença. E as fotos não mentem:

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Corrida pela saúde Fotos: Yves Hermínio

A manhã do dia 8 de junho foi diferente em Itabira. Foi dedicada ao esporte e à saúde. Tudo por causa da 2ª Corrida Rústica contra o Câncer de Mama, promovida pelo 26º Batalhão da Polícia Militar em parceria com a Academia Impacto e a Mastologia Itabira. Evento recheado por esportistas e pelos famosos atletas de fim de semana. Confira quem prestigiou.

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Prosa

Rolou um clima entre nós

E Daniel de Castro Professor, escritor e poeta, formado em Teologia, Filosofia e Letras

profdanieldecastro@hotmail.com

“Haverá outos momentos para pensar em nossos problemas. Para pensar no clima de violência e de exclusão social que diaturnamente rola entre nós”

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ra 12 de junho, e rolou um clima entre nós. O verbo rolar entrou em nossa alma, rolando que nem bola num gramado. Ali, firmou parceria com o substantivo clima. E assim, capacitou-se a substituir muitas palavras. As palavras que se empregavam para definir o surgimento de uma relação de amor. Parece que, brasileiro que somos, não conseguimos ouvir esse infinitivo sem que, de imediato, o flexionemos, no inconsciente, em todos os tempos e modos. E, ao fazermos isso, percebemos que nos gramados de nossa mente rolam sempre as peraltices de uma bola... Coincidentemente foi no Dia dos Namorados que nossos corações bateram no mesmo compasso ao iniciar o rolar de um forte clima entre nós. Mas já antes desse dia era só ouvir esse verbo e ele imediatamente fazia ver o Itaquerão lotado, onde sua majestade, a bola, estaria a rolar entre as chuteiras brasileiras e croatas. E fazia também, é lógico, a bola sair muitas vezes como um míssil da chuteira de Neymar para aquele entrelaçado preso às traves croatas. Rolou entre nós o sentimento de pertencer. Sentimo-nos todos pertencentes ao gigante deitado ao som do mar e à luz do céu profundo. A bandeira verde-amarela estendeu-se de norte a sul e de leste a oeste sobre os capôs dos carros e tremulou nos mais improvisados mastros país afora. Os bloquetes e meio fios dos calçamentos se pintaram alternadamente do verde e do amarelo. E assim formaram em nossa alma um mosaico de alegria, amor e pertencimento. A bandeira cobriu e irmanou a todos, pobres e ricos, assaltantes e assaltados. Fizemo-nos todos brasileiros. Todos filhos de um país bom de bola. Tornamo-nos todos iguais perante a lei do futebol. A Copa só podia mesmo ter começado no 12 de junho. Nela, enamoramo-

-nos. Por ela, rolou um clima entre nós. Desse rolar, nós entendemos bem. Não precisamos defini-lo, nem necessitamos de tornar conscientes os sentimentos que se aninham em nós quando o contactamos. A simples imagem de uma bola ziguezagueando sobre uma superfície verde carrega-o da necessária consistência significativa. E é em vão que nos esforçaremos para definir a palavra “clima” nesse contexto. É um sentir como que (acho que a palavra definitiva é mesmo) enamorados... As diferenças desaparecem. Os tratamentos que sugerem status social perdem a sua importância. A camisa verde-amarela toma o lugar do terno e dos vestidos de gala. Nos momentos de maior emoção, rimos e misturamos nossas lágrimas sentidas. Cantamos em coro no metrô com o coração batendo a mil. Abraçamos qualquer desconhecido quando passa o sufoco e pinta um gol inesperado. Sentimos que somos todos brasileiros ao vibrarmos com o malabarismo em campo e as bolas na rede adversária. Há um tempo para tudo. A hora de “unibrasileiramente¨, vibrar e torcer pela Seleção teve o seu lugar. Tiveram seu lugar os instantes de tensão, de morderem-se lábios e de roerem-se unhas. Vieram os momentos de ruas desertas e de explosões urbanas de alegria. Haverá outros momentos para se pensar em nossos problemas. Para se pensar no clima de violência e de exclusão social que diuturnamente rola entre nós. Temos de estudar suas múltiplas causas e, juntos, em atitude madura, eliminá-las. Não sou tão sonhador que acredite que o clima da Copa nos irmane ao ponto de conduzir-nos à solução desejada. Mas ele reforçou o nosso sentimento do pertencer. Ele, sob a magia do futebol, fez, de fato, rolar um clima entre nós. E disso nós bem que precisávamos.


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Humor

Reflexões caprinas

O Bom Cabrito sempre para a sua vida para pensar e refletir. Cria algumas frases ou copia de outros. As que não apontam um autor, são de exclusividade dele. Vejam:

Marketing — Entre um bom marketing pessoal e a arrogância não passam um fio de cabelo (Victória Bloch). Cigarro — Parar de fumar é muito fácil. Eu mesmo já parei umas 5 ou 6 vezes. Motel — A careca dele parece um motel: tem entrada, saída e uma cama redonda no meio. Religião — Jesus te ama, agora eu te acho um verdadeiro bunda mole! Beleza — Algumas mulheres se acham tão lindas que, quando se olham no espelho, não se reconhecem. Perdas e danos — Mula perdida e

mulher feia só quem procura é o dono. Entre amigos — Eu tinha um encontro marcado comigo. Mas, graças a Deus, nenhum dos dois apareceu (Fernando Sabino). Hora do Brasil — Ele é conhecido como “Hora do Brasil”: fala, fala, fala e ninguém presta atenção. (Washington Simões). Político — Não entendo como alguns escolhem o crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto (Al Capone). Sem problemas — Não tenho vícios. Só bebo e fumo quando estou jogando.

Modéstia — Às vezes eu tento ser modesto. Mas aí... começam a me faltar argumentos (Muhammad Ali). Brasil — O Brasil não pode dar certo. Um país onde prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme e traficante se vicia... (Tim Maia). Gênios — O que o mundo precisa é de mais gênios humildes. Hoje restam poucos de nós (Oscar Levant). Racistas — Os racistas são uma raça desprezível (Eno Teodoro Wanke). Horário oficial — Se o horário oficial do Brasil é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar de segunda a sexta-feira?

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Opinião

Um caminho para a realização

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Daniela Lage Brunelli Psicóloga, com formação em Psicanálise, Psicologia Hospitalar, Avaliação Psicológica Clínica, MBA Profissional em Administração e Especialização em Psicoterapia Analítico-fenomenológico-existencial (em andamento). Atua como psicoterapeuta de adultos. Consultório: Av. Mauro Ribeiro Lage, 190, Sala 103, Esplanada da Estação, Itabira dlrbrunelli@yahoo.com.br 31 9967-7722

“O que o indivíduo tanto teme poderá ser o desafio de viver plenamente cada instante. Teme ver a si mesmo porque tem dificuldade de aceitar a ralidade como ela é”

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ser humano vivencia muitos conflitos na família, no trabalho, nas relações afetivas e sexuais, na educação dos filhos, em momentos específicos do seu desenvolvimento ou em situações particulares impostas pela realidade. Existe uma tendência de pessoas com conflitos internos a se culpar ou a culpar aos outros pelos problemas da vida, tendo, como consequência, o sofrimento psíquico. Esse sofrimento decorre, principalmente, da falta de autoconhecimento, ou seja, falta de consciência de si mesmo. Considerando que cada indivíduo tem os seus limites, é fundamental conhecê-los para buscar viver em paz. É importante conhecer a estrutura e a dinâmica do seu psiquismo. Assim como o autoconhecimento, o conhecimento sobre as pessoas com as quais convivemos é essencial para evitar ou resolver conflitos interpessoais. Sabendo que toda ação de uma pessoa provoca reação em outra, é possível prever o impacto das suas atuações sobre os outros. Isso ajuda a pessoa a ter consciência dos seus atos, programar as suas condutas e cuidar das relações. O ser humano necessita exercer sua capacidade de pensar, com a busca de todas as fontes que a cultura lhe possa oferecer. Um caminho possível para a promoção do autoconhecimento se dá pela psicoterapia. Propiciando a oportunidade de se conhecer, a fim de harmonizar-se consigo mesmo, com as outras pessoas e com o universo em que vivemos, com vistas à plena realização do seu existir. Ou seja, a realização pessoal, profissional e social. Conhecendo as origens das suas

vivências, que podem gerar raciocínios distorcidos, e reformulando deduções e induções tendenciosas, a pessoa passa a ter uma atuação mais consciente em suas famílias, nos ambientes de trabalho e nos demais relacionamentos. A partir das informações necessárias e correção dos raciocínios equivocados, a mudança de comportamento acontece. A pessoa torna-se responsável pela sua conduta e pela direção da sua própria existência. É preciso desenvolver o espírito crítico para se conhecer e conhecer o mundo no qual está inserido e buscar compreender a realidade. Aceitar a realidade como caminho para encontrar o sentido da vida. O que o indivíduo tanto teme poderá ser o desafio de viver plenamente cada instante. Teme ver a si mesmo porque tem dificuldade de aceitar a realidade como ela é. E é essa aceitação a fonte de sua libertação. Viver com saúde é libertar-se de qualquer tipo de ilusão, não podendo mais valer-se de desculpas para deixar de atuar plenamente todas as suas potencialidades. É satisfazer as suas necessidades físicas, psíquicas e espirituais, evoluindo para a maturidade através da racionalidade. A trajetória de conscientização em busca da liberdade com responsabilidade é, também, a trajetória da evolução da inconsciência para a consciência, transformando seu viver instintivo, em um viver racional. Deixando de agir de forma impulsiva para programar ações inteligentes. Enfim, viver de forma consciente e livre. O ser humano que descobre que o autoconhecimento lhe permite harmonizar-se e equacionar seus conflitos internos torna-se capaz de buscar o bem de si mesmo e dos outros, sem apontar culpados.




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