Jornal DeFato edição 3

Jornal

Dom Joaquim Rodeio Show

Região Médio Espinhaço | Ano I | n03 Agosto de 2014 R$ 0,50

Entre os dias 5 e 7 de setembro, cinco shows vão animar a festa em Dom Joaquim. Eduardo Costa, a principal atração, sobe ao palco no sábado

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Transporte público de hora em hora Prefeitura de Conceição do Mato Dentro reabre processo licitatório para concessão do transporte coletivo, uma reivindicação antiga da comunidade. Se não houver entraves, serviço pode funcionar ainda este ano Pág. 05 Divulgação

Memória

Dez anos sem dr. Juvêncio Por mais de 50 anos, Juvêncio da Silva Guimarães viveu e trabalhou em Conceição do Mato Dentro. Faleceu em 6 de agosto de 2004, aos 87 anos Pág. 04

Divulgação

Música

Escola modelo Gestores de Conceição do Mato Dentro visitam Itabira e conhecem a Escola Livre de Música. Intenção é criar uma instituição semelhante na cidade do Médio Espinhaço Pág. 5

História, memória Depois de restaurado e adaptado, imóvel onde já funcionou a Prefeitura vai se transformar no museu de Conceição do Mato Dentro Pág. 03

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Anote

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Recicláveis

Setembro

Dom Joaquim Rodeio Show terá Eduardo Costa

Aumento de 100% nas vendas Divulgação

Ascom/PMCMD

Evento contará com seis shows, além de rodeio profissional e concurso de marcha

Divulgação

Papelão lidera a arrecadação dos materiais recicláveis

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Dom Joaquim estará em festa entre os dias 5 e 7 de setembro. Na ocasião acontece no município o tradicional Dom Joaquim Rodeio Show, com apresentações musicais, rodeio profissional e concurso de marcha. A atração principal do evento será o cantor romântico-sertanejo Eduardo Costa, que se apresentará no dia 6 de setembro, sábado. Mais cinco shows completam a agenda, que se estende de sexta a domingo.

Além de Eduardo Costa, sobem ao palco Trio do Brasil (Creone, Parrerito e Xonadão) e Dani Moraes (ex-The Voice) na sexta-feira, 5 de setembro; Túlio e Willian no sábado, 6; e Mulher

Artista se apresenta no sábado, 6 de setembro, na área de camping da barragem

de Banda e Fator R3 no domingo, 7 de setembro.

Apenas no domingo a entrada será franca. Para os demais dias, os interessados em curtir a festa precisarão pagar R$ 20,00 pelo ingresso. Quem pre-

ferir o passaporte paga R$ 30,00.

Os shows serão realizados na área de camping da barragem, onde será montada toda a estrutura para acolher a multidão.

O rodeio profissional, sob

os cuidados da Companhia Roberto Ferreira, acontecerá todos os dias às 20 horas. No domingo haverá concurso de marcha com os melhores animais da região, a partir das 13 horas.

Esporte

Expedição Espinhaço A Expedição Espinhaço, o circuito “mais bruto” organizado pela Brou Aventuras, realizado no dia 19 de julho, marcou o turismo/esporte de aventura em Conceição do Mato Dentro. O trajeto de 120 quilômetros nos limites da serra, com altitudes de até 1.650 metros, reuniu atletas de todo o Brasil e contou com estrangeiros que vieram em busca de emoção.

Jornal

Uma disputa de alto grau de dificuldade realizada em trajetos circundados pelos cenários mais bonitos do país.

Para os organizadores do evento, Juninho e Zé Elias, a Expedição é mais que uma prova de aventura. Para muitos, é a realização de um sonho. À frente da Brou Aventuras há cinco anos, os parceiros percorreram caminhos, trilhas, estra-

das, rios e desbravaram muita mata. “Foi uma corrida mágica, um lugar mágico, uma estrutura diferenciada, corrida

A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Conceição do Mato Dentro (Ascamato) comemora mais uma grande comercialização dos materiais recolhidos a partir da coleta seletiva de lixo, que foi implantada em março no município.

No último dia 28, foram vendidos oito toneladas de recicláveis, quantidade composta por plástico transparente, pet, plástico misto e papelão. A venda totalizou R$4,3 mil, recursos que serão divididos entre oito associados.

O Comércio de Resíduos Bandeirantes (CRB), empresa que comprou os materiais recicláveis, também comemora o sucesso da gestão de resíduos sólidos em Conceição e garante que o papelão conceicionense é o que tem a melhor qualidade entre seus clientes. O papelão, inclusive, é o material que lidera a arrecadação dos materiais recicláveis e marcou a primeira grande venda feita pela Associação, com 4,1 toneladas no mês de abril.

Saúde

Kids e tudo mais. Eu só tenho a agradecer”, disse Juninho, sobre a hospitalidade de Conceição. do Mato dentro Divulgação

Expedição reuniu atletas de diversas cidades do Brasil

Enfermeiros bem treinados Enfermeiros dos postos de saúde, clínica infantil e policlínica de Serro participaram, no dia 30 de julho, de um curso de aprimoramento sobre saúde da mulher. A ginecologista Marlete Ferreira de Souza expôs o assunto abrangendo os cuidados

com o pré-natal e a importância do planejamento familiar. Depois, numa mesa redonda, os profissionais compartilharam pontos de vista sobre o tema e conversaram sobre maneiras de melhorar o atendimento à população serrana. □

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Conceição do Mato Dentro

Sérgio Santiago/DeFato

História

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Entrevista

Desafios e conquistas Além de falar sobre o museu de Conceição, a secretária Júlia Celly também citou outros projetos desenvolvidos em favor da história e da cultura conceicionense e relatou alguns desafios enfrentados para recuperar e manter a tradição do município. Confira a seguir trechos da entrevista:

Futuro museu de Conceição Depois de reformado, casarão sediará exposições permanentes e temporárias com a história de Conceição do Mato Dentro O casarão histórico que já foi sede da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, no Centro da tricentenária cidade, será restaurado e transformado em museu. Localizado ao lado da atual sede do Executivo, o prédio passará por uma reestruturação geral, provavelmente durante todo o ano de 2015, para, a partir de então, reunir em várias exposições a história do município, que tem nada menos que 312 anos.

Ainda não se sabe quanto será investido na recuperação do imóvel, que não está em bom estado de conservação. De acordo com a secretária

municipal de Cultura e Patrimônio Histórico, Júlia Celly da Cunha Santana, só os projetos arquitetônico, estrutural, hidráulico e elétrico custarão R$ 120 mil.

O segundo pavimento do casarão será destinado a exposições permanentes e temporárias.

No térreo haverá espaço para cafeteria e livraria, acervo das exposições e área administrativa.

Serão construídos também dois banheiros para atender aos visitantes e turistas e instalado um elevador, que tornará o local acessível a pessoas com dificuldades de locomoção.

De acordo com Júlia Celly, ainda não há definição sobre quais peças vão compor as exposições do museu. “A gente sabe que pode contar com um grande acervo da arte sacra. Temos uma parceria muito boa com a paróquia de Conceição, que já tem o acervo. Mas ainda não definimos nada nesse sentido. Até por que temos um ano ainda para decidir. Em 2015 o imóvel estará em obras. Só depois é que vamos planejar as exposições”, explica a secretária. Para restaurar o prédio antigo e implantar o museu, a Prefeitura vai usar recursos próprios e do ICMS Cultural.

De onde vêm os recursos para o museu?

São recursos próprios. Com uma boa colocação do ICMS Cultural, que no ano passado ficamos em 8º lugar no estado, vamos receber aproximadamente R$ 600 mil este ano. É o que a gente está investindo na parte do patrimônio tombado, registrado e inventariado.

A que se deve a boa pontuação no ICMS Cultural? É o resultado do que nós temos de patrimônio histórico e cultural somado ao investimento da secretaria de Cultura corretamente.

Contam a política cultural do município, as reuniões do Conselho de Patrimônio, o Fundo Municipal de Cultura e a obrigatoriedade de

Sérgio Santiago/DeFato

Casarão histórico será restaurado e adaptado, inclusive com elevador

Quais os principais desafios enfrentados por sua secretaria?

Conceição não se preparou para esse empreendimento [projeto Minas-Rio] e com isso houve uma mudança na parte da cultura e do patrimônio. A gente está pautado nas políticas públicas de base mesmo, para poder desenvolver um bom trabalho. Se não fizermos a base, não tem como cumprir o planejamento. Em relação ao patrimônio histórico, está acontecendo muita coisa. Vamos ter no prédio da Prefeitura um museu. O casarão da família Lage, próximo à Igreja Matriz, será sede de uma escola de música, de teatro e dança. Temos uma subvenção cultural que é um fomento aos grupos culturais. Estamos implantando o Sistema Municipal de Cultura, um Plano Municipal de Cultura, enfim. É um desafio realmente fascinante, mas acho que a gente está no caminho certo.

Júlia Celly: “Estamos no caminho certo”

investir pelo menos 50% do valor do ICMS Cultural corretamente. Ou seja, investir no patrimônio tombado, registrado e inventariado. Aqui a gente investe mais do que 50%, então o retorno é bem melhor.

Como você enxerga a cultura diante da mineração no município? Há descaracterização?

Não tem como atribuir a descaracterização cultural ao empreendimento. Temos de ser realista. Acho que já foi descaracterizado, e a gente está tentando recuperar o máximo do patrimônio original. Em relação ao empreendimento, o maior prejuízo não é material, é imaterial. São os grupos culturais e as tradições que sofrem perda com o empreendimento. Há um acúmulo de culturas no município e isso acaba tendo uma deturpação em relação a nossa cultura, ao nosso patrimônio imaterial. □

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Conceição do Mato Dentro

Memória

Dez anos sem dr. Juvêncio Juvêncio da Silva Guimarães, belo-horizontino, viveu e trabalhou em Conceição do Mato Dentro por mais de 50 anos, cidade onde construiu sua história. Faleceu aos 87 anos no dia 6 de agosto de 2004 Doutor Juvêncio da Silva Guimarães nasceu em Belo Horizonte, formou-se em Medicina em 1943 pela Faculdade Federal de Minas Gerais e logo depois mudou-se para Conceição do Mato Dentro, em 1944, cidade que não conhecia e que passou a adotar como sua. Em Conceição se estabeleceu profissionalmente, sendo “médico de homens e almas”, fazendo da Medicina um sacerdócio ao qual se dedicou integralmente.

Foi diretor clínico do Hospital Imaculada Conceição por muitos anos, gerente do Posto de Saúde, fundador do Lactário e projetor da Policlínica Municipal que, após sua morte, recebeu seu nome. Além de Conceição, atendia em todos

os distritos e cidades vizinhas, indo, a princípio, a cavalo, depois de jipe, às comunidades rurais.

Nunca mediu esforços e distância para levar a quem precisava assistência e conforto.

Clinicou em Conceição e toda região por mais de 50 anos, ampliando

família que constituiu no município, casando-se com Maria Costa Lima Guimarães, filha de tradicional família da terra, com quem viveu 59 anos. Teve uma numerosa família, com 11 filhos, 18 netos, uma bisneta, genros e noras, dos quais sempre se orgulhou.

"Em Conceição se estabeleceu profissionalmente, sendo 'médico de homens e almas'” suas atividades também para a vida pública, sendo vereador e prefeito da cidade por dois mandatos. Registrou, durante esse tempo, seus feitos em áreas como saneamento, educação, saúde, esporte, entre outras.

Paralelamente à vida profissional, é notória a

Foi sócio-fundador e dirigente por várias vezes do Lions Clube e do Éden Clube, tendo neles significativa atuação. No Éden Clube, ressalta-se ainda sua performance de pé de valsa, pois não perdia um baile. Na área esportiva, criou o “Esporte Clube Conceição”,

que dirigiu por muitos anos, levando o time local a vários lugares do Brasil. Também criou os times de vôlei feminino e masculino, dos quais foi técnico e provedor. Em homenagem ao grande trabalho que fez nesta área, o Estádio Municipal ganhou o seu nome e ficou conhecido com Juvenção. Mais tarde, na época do seu 1º mandato na Prefeitura, criou o Ginásio Poliesportivo.

Enfim, essa é uma parte da biografia de um homem que viveu 87 anos de vida intensamente, dedicando-se sempre à comunidade, usufruindo o lado bom da vida e dando sempre incentivo e oportunidade a todos que dele precisavam.

Memória

Sempre silencioso Ampliação

Betânia, filha caçula Cresci ouvindo mamãe dizer que só com o passar dos anos ela pôde compreender como o “silêncio de Juvêncio a ajudou criar os filhos”. Ao ouvir gritos, gargalhadas, brigas e bolas batendo por todo lado, chegava à sala e encontrava lá os filhos e, no meio deles, a presença de Juvêncio, sentado, lendo livros, jornais, revistas, escutando rádio ou dividindo a bola.

Assim sendo, ela voltava e, sem poder recriminá-los, deixava acontecer a “algazarra”.

Meus irmãos brin-

cam que até seu chinelo era silencioso. Mesmo que pensasse em erguê-lo algumas vezes para repreensão, quando se aproximava, o chinelo era substituído por um encontrar de mão e uma fala baixinha: “Não faça isso mais”.

O interessante é que nesses momentos se percebia o quanto de sabedoria aquele silêncio carregava. Longe de omissão, era um silêncio de determinação, de escuta e respeito, de quem sempre soube se fazer respeitar.

Ao andar, falar, reagir, brincar ou exaltar,

demonstrava uma serenidade que impressionava. Seus trejeitos com as mãos, o enrolar dos braços e pernas, sua tosse seca ou o incômodo na narina eram suficientes para se fazer entender.

Até o carinho era assim.

Chegava com passos imperceptíveis e com a mão quase sempre gelada e colocava em nossos rostos, colhendo sobressaltos aos quais sempre sorria. Em questões de maior polêmica, costumava soltar um não inicial, que nada mais era do que um pedido de silêncio para que pudesse refletir sobre o assunto.

Esse seu jeito, por vezes confundido com secura e rispidez, era sua maneira de silenciar até que pudesse se manifestar com convicção. Seu humor era fino e inteligente. Era sussurrado em pequenos gestos e palavras.

Por vez de uma candidatura sua, um eleitor disse: “Voto no dr. Juvêncio porque ele é sério e calado antes, durante e depois das eleições”. Mais do que falar, sua grande virtude estava em saber escutar e entender. Talvez aí estivesse o grande sucesso de sua profissão e o fato de ter feito tantos amigos em tão distintas

gerações. Aberto à vida e a todas as novidades que ela lhe apresentava, parecia buscar na sua insaciável sede de saber e viver toda a compreensão que o modernizava e atualizava com o mundo.

Disse-me por algumas vezes: “Tem de acostumar seu filho a olhar o dicionário e fazer pesquisa, porque tudo ele acha que eu sei”.

Sua presença foi leve e ao mesmo tempo marcante em mínimos detalhes. Nesses anos de sua ausência, choramos,

sofremos, cantamos e como aprendemos com papai. Comemoramos as importantes ocasiões que a vida nos trouxe. A seu exemplo, tentamos manter nossa vida do jeito que nos ensinou e dentro da grande estrutura familiar que conseguiu erguer. Hoje percebemos, como mamãe já dizia, que o seu silêncio nos ensinou a viver, e agora tentamos aprender a conviver com o silêncio que a sua morte nos traz. Que Deus o guarde na paz e no silêncio eterno.

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Conceição do Mato Dentro

Sérgio Santiago/DeFato

Micro-ônibus

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Música

Transporte público muito em breve Cancelado na primeira tentativa, licitação para concessão do serviço deve sair nos próximos três ou quatro meses em Conceição Pelos cálculos da Prefeitura, até o final deste ano a população de Conceição do Mato Dentro contará com o transporte coletivo em pleno funcionamento. No dia 1º deste mês, uma audiência pública com representantes de segmentos diversos da sociedade debateu o assunto na Biblioteca Municipal, como parte do processo de licitação do serviço. Assim que o edi-

tro da cidade, anda uma distância muito grande.

Se ele fizer esse percurso quatro vezes ao dia, fica muito complicado”, exemplifica Vulmar.

O transporte coletivo vem sendo discutido há mais de um ano e já podia estar funcionando. A Prefeitura chegou a publicar, inclusive, o edital de licitação para conceder o serviço, mas houve uma denúncia de alguém de

muito acidentadas, então não teria como a Prefeitura permitir transporte coletivo com ônibus velho.

Cada micro-ônibus custa em torno de R$ 200 mil, ou seja: três, R$ 600 mil. Escola Livre de Música de Itabira forma alunos para o Coral e para a Orquestra Soma-se isso à garagem e outros detalhes que a empresa precisa providenciar, era o capital que tínhamos avaliado”, explica o chefe de Gabinete.

Estudos feitos pelo município indicam que

Escola referência regional

Conceição do Mato Dentro copia modelo da Escola Livre de Música de Itabira. Equipe visitou a cidade de Drummond e conheceu também a Orquestra de Câmara e o Coral da Fundação

Três micro-ônibus vão transitar em todos os bairros de hora em hora

tal for publicado, o município prevê um prazo de três a quatro meses para os veículos começarem a circular.

Segundo o chefe de Gabinete de Conceição, Vulmar José Procópio, transporte público de qualidade é uma antiga reivindicação dos conceicionenses. A cidade, de pouco mais de 17 mil habitantes, vem crescendo bastante em função dos grandes investimentos privados e os bairros estão ficando cada vez mais distantes. “Quem mora no final do bairro Vermelho, por exemplo, e precisa trabalhar aqui no Cen-

Paracatu, no Noroeste do Estado, e o Tribunal de Contas interveio. O denunciante questionava o motivo de o município exigir das empresas concorrentes capital de pelo menos R$ 1 milhão. A licitação acabou suspensa e encerrada.

Com a reabertura do processo, as empresas interessadas em explorar o serviço precisam disponibilizar três micro-ônibus zero quilômetro e demostrar capacidade de providenciar garagem e outros investimentos. “Na verdade, a gente está exigindo três micro-ônibus novos porque a cidade tem ruas

três veículos são o suficiente para atender à demanda por enquanto. A princípio eles devem sair de hora em hora da rodoviária e passar por todos os bairros, numa rota de aproximadamente 14 km de distância. Dependendo da necessidade, pode haver alteração de itinerário. O preço da passagem é um dos itens que vão pesar na definição da empresa. Vulmar acredita que desta vez não haverá mais entraves. “Para nós, interessa que venham várias empresas e tragam propostas boas para atender à nossa comunidade”, afirma.

Conceição do Mato Dentro planeja criar, a partir do segundo semestre deste ano, uma escola de música no município, como parte de um projeto que deve resultar também na formação de uma orquestra e um coral. O projeto é desenvolvido pelas secretarias municipais de Governo, Educação e Cultura e Patrimônio Histórico, em parceria com as escolas. Em busca de referência sobre o que fazer, os gestores do município fizeram uma visita a Itabira e conheceram a Escola Livre de Música da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, o Coral e a Orquestra de Câmara.

Segundo o secretário de Governo Armando Brandão, conhecido como Salabinho, a formação dos grupos musicais é um sonho do prefeito Reinaldo César de Lima Guimarães. Mas, antes, é

preciso formar os músicos. O objetivo, de acordo com ele, é trabalhar arte e educação juntas, inclusive oferecendo a oportunidade de alunos que moram distantes do centro participarem. “Acreditamos que o mundo muda através da arte. Quando você abre oportunidade e oferece, principalmente às crianças e jovens, a chance de conhecer um universo que eles jamais conheceriam, tudo se transforma”, afirmou Salabinho, ao ressaltar que a intenção é levar a escola às periferias, aos distritos e às localidades. Tudo de graça.

A ideia de conhecer a Escola Livre de Música de Itabira foi sugerida pelo consultor Sebastião Andrade, itabirano, que tem ajudado o prefeito Reinaldinho e sua equipe no planejamento de Conceição. Carlito, como é conhecido, tem muita ex-

periência em mineração e cultura – afinal, ele é de Itabira, terra da Vale e de Drummond. “Fomos conhecer a escola de Itabira porque ela é muito bem referenciada. Não adianta você inventar a roda; se você já tem um projeto referendado, vamos lá beber na fonte”, disse Salabinho.

Morador da cidade há quase 30 anos, o secretário lembra que Conceição tem várias bandas tradicionais, algumas até rivais entre si, e esse projeto pode integrar músicos também dessas corporações. Em Itabira isso acontece. Músicos que já tocavam em bandas como a Santa Cecília entraram para a escola, aprimoraram seus conhecimentos e hoje fazem parte também do Coral e da Orquestra de Câmara.

Um modelo que deu certo e está inspirando outras cidades. □

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Morro do Pilar

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Divulgação

Cidade

Reunião

Esclarecimentos sobre a Previdência Ascon/PMMP

Obras e melhorias

Equipes trabalham na pavimentação da rua Bernardino Lage

Melhorar a infraestrutura e proporcionar mais qualidade de vida aos moradores de Morro do Pilar. É com esse propósito que a Prefeitura vem intensificando ações estruturantes em diversos pontos da cidade. Entre elas, estão a manutenção e calçamento da rua Gaspar Soares. Limpeza de córregos, coleta de entulhos e colocação de uma nova rede coletora de esgoto na rua Geraldo Matos de Oliveira,

além da revitalização de praças e limpeza das demais ruas da cidade. O trabalho faz parte de um projeto estruturador que tem como objetivo deixar a cidade mais limpa e agradável.

Rua Bernardino Lage Uma das mais antigas reivindicações dos moradores do bairro Praia está se tornando realidade. Depois de elaborado o projeto, a Prefeitura de Morro do Pilar começou a pavimenta-

ção e calçamento da rua Bernardino Lage, obras que estão em ritmo acelerado. Depois da inauguração, várias

famílias não sofrerão mais com poeira, lama e buracos, principalmente durante a época de chuva.

Manunteção e calçamento na rua Gaspar Soares

Prefeita Vilma Diniz participou da reunião

Com objetivo de levar cidadania à comunidade, a Prefeitura de Morro do Pilar promoveu, no salão nobre da Câmara Municipal, uma reunião esclarecedora em parceria com o INSS. O encontro foi conduzido pelo gerente da agência da Previdência Social de Conceição do Mato Dentro, Solimar de Jesus, e pela Assistente Social do INSS de Diamantina, Mirella Santos. O objetivo foi orientar a po-

pulação sobre os serviços e benefícios gratuitos da Previdência Social, sem a necessidade de o cidadão contratar atravessadores. Assuntos como a gratuidade do Benefício de Prestação Continuidade (BPC), vinculado à Assistência Social; Bolsa Família - Segurado Facultativo; Agendamento 135 da Previdência Social; tipos de aposentadorias e demais atividades foram apresentados.

Ascon/PMMP

Atendimento

Melhores serviços de saúde Ascon/PMMP

Instalação de rede coletora de esgoto na rua Geraldo Matos

Instalação de redes de drenagem na rua do Minério

Valores humanos

Capacitação dos profissionais de saúde Ascon/PMMP

A Prefeitura de Morro do Pilar, a Brahma Kumaris e a Ong Instituto Espinhaço realizaram no mês passado o curso “Valores Humanos na Saúde”, um programa de desenvolvimento pessoal para as equipes de saúde do município.

O curso, totalmente gratuito, foi destinado aos profissionais da área da saúde e teve o objetivo de preencher uma lacuna no desenvolvimento das equipes, auxiliando os profissionais a supe-

Curso gratuito foi destinado aos profissionais da área da saúde

rarem os altos níveis de estresse pessoal e profissional. Durante o curso, temas relativos à expressão dos valores internos, como paz, positividade, compaixão e autoesti-

ma, foram trabalhados por meio de ferramentas de aprendizagem para meditação, visualização, reflexão, apreciação, criatividade, descontração etc. O curso tem

como base o programa “Values in Healthcare - A Spiritual Approach”, lançado em 2004 no King's College London, pela Janki Foundation for Global Healthcare.

Com objetivo de promover mudanças e melhorar a prestação dos serviços de saúde à população de Morro do Pilar, a Prefeitura realizou, na última semana de julho, uma reunião com profissionais da Secretaria Municipal de Saúde. A consultora Alodia Igarapé conduziu a reunião e debateu

com os participantes os pontos fortes e fracos dos profissionais em relação ao atendimento. Participaram da oficina, realizada na unidade de Pronto-Atendimento, cerca de 40 profissionais, entre auxiliares administrativos, agentes de saúde, enfermeiros, fisioterapeuta, fonoaudióloga, médicos e motoristas. □

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Morro do Pilar

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Imóveis

Morro ganha 1ª imobiliária Empresa de Conceição do Mato Dentro abre filial no município de olho nas oportunidades que vão surgir com a mineração DeFato

A Portal Empreendimentos Imobiliários e Seguros, sediada em Conceição do Mato Dentro, inaugurou, no dia 22 de julho, uma filial em Morro do Pilar. A mais recente cidade mineradora do Médio Espinhaço, que em breve terá seu rico subsolo explorado, não tinha até então uma empresa especializada em locação e venda de imóveis. A Portal, com quatro anos de experiência, tem conhecimento sobre o assunto e chegou com a missão de proporcionar aos clientes os melhores negócios.

Antes mesmo da inauguração, os diretores já recebiam visitas de pessoas interessadas em

Lúcio Pires e Tarik Gomes, sócios da Portal, entre as funcionárias da filial em Morro do Pilar

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delegar à empresa seus lotes, terrenos e casas para vender e alugar. Segundo Tarik Gomes, um dos sócios da Portal, as expectativas são boas. “Fomos muito bem recebidos pela comunidade e acreditamos muito no potencial da cidade”, contou, ao ressaltar que, a princípio, as locações devem liderar o faturamento.

Tarik fez questão de frisar os benefícios que o cliente tem ao transferir à imobiliária a administração de seu imóvel. De acordo com ele, a Portal tem assessoria jurídica própria, expertise na área e conhecimento sobre o comportamento do mercado em cidades mineradoras. “Nosso objetivo é

dar segurança e tranquilidade aos nossos clientes”, conta. Quem loca ou vende pela imobiliária, evita dor de cabeça e perda de tempo ao negociar com inquilino, formalizar contratos, etc. E paga, pelo serviço, taxa de corretagem praticada pelo mercado.

O empreendimento da Manabi para Morro do Pilar ainda não saiu do papel. Mas quando as obras começarem, a demanda por imóveis vai aumentar exponencialmente e o município de 3,5 mil habitantes precisará abrir loteamentos e erguer novas construções.

E é esse mercado que a Portal Empreendimentos Imobiliários e Seguros vai explorar.

Sindicato

Mineração

A Prefeitura de Morro do Pilar está empenhada em uma campanha nas redes sociais em favor da mineração. Desde o dia 23 de julho, várias fotos de monumentos e casarões morrenses foram postados na fan page oficial da Prefeitura, com a hashtag #QueremosManabi. As fotos são acompanhadas de frases como: “Morro do Pilar precisa de desenvolvimento sustentável”, “nossos jovens precisam de emprego” e “a Manabi vai criar oportunidades de trabalho para Morro do Pilar e região”.

A prefeita Vilma Diniz, que também é empresária, não esconde seu posicionamento favorável ao empreendimento. Sempre que concede entrevistas a DeFa-

Eleito para o mandato 2014-2017 (se houver mudanças no estatuto, pode ser até 2018), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Morro do Pilar, João Rodrigues de Oliveira, pretende reestruturar a instituição. Atualmente cerca de mil pessoas são associadas, mas apenas 400 pagam as taxas exigidas. “Queremos fazer uma administração diferenciada, em prol dos interesses do homem do campo”, diz.

João (que além de

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to, faz questão de elogiar as parcerias com a empresa – sobretudo o convênio plurianual de R$ 50 milhões – e a maneira com que a empresa se relaciona com a Prefeitura e comunidade. No mês passado, um abaixo-assinado a favor do projeto movimentou um encontro na Câmara Municipal, com representantes de instituições diversas. Pelo que parece, a Manabi não vai enfrentar resistência por parte da população e do poder público local para colocar seu plano em prática – pelo menos por enquanto.

Demarcação de terras Enquanto aguarda as licenças dos órgãos ambientais, a Manabi vai demarcando as áreas ad-

Prefeitura se manifesta a favor da mineração

quiridas em Morro do Pilar, município onde a empresa planeja extrair 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

Uma das placas informativas está fincada ao lado da estrada de terra que liga Morro a Conceição do Mato Dentro, indicando acesso restrito ao terreno de propriedade par-

ticular. Criada em 2011, a mineradora espera os licenciamentos para começar a abrir suas cavas.

A expectativa é que a mobilização de homens e máquinas comece no primeiro trimestre de 2015.

Se não houver atrasos, o complexo minerador deve começar a operar em 2018.

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"Queremos Manabi"

Em defesa do produtor

sindicalista é vereador) afirma que nos últimos anos houve um certo desinteresse das pessoas pelo sindicato – e por isso seu objetivo é resgatar a confiança do associado. À medida que as pendências com os inadimplentes vão sendo resolvidas, a diretoria pretende oferecer também serviços essenciais aos trabalhadores rurais e reforçar os laços com a Emater, Prefeitura e outras entidades. “A classe de trabalhadores rurais é muito sofrida”, afirma. □

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Dom Conceição Joaquim do Mato Dentro

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Hospital

A saúde pede socorro Endividado, Hospital de Dom Joaquim precisa de ajuda, mas provedoria não aceita transferir gestão para a Prefeitura tradores continuaram lidando com as dificuldades do dia a dia.

No início de julho, o prefeito Joraci Gonçalves Madureira enviou um ofício à presidente da Irmandade Nossa Senhora das Graças, Fátima Almeida Thomaz, sugerindo à instituição mantenedora transferir para o município a gestão do hospital. “O poder Executivo vem acompanhando os trabalhos que demonstram a situação do hospital e vem estudando possíveis alternativas em socorro à entidade”, afirmou o prefeito.

A intenção era assumir a gestão e a estrutura, com seus custos e benefícios, desde que a transferência fosse aprovada em assembleia.

O ofício foi uma resposta a um pedido de socorro da própria Irman-

Sérgio Santiago/DeFato

Dom Joaquim é uma cidade pequena. Segundo o último censo do IBGE, tem pouco mais de 4,5 mil habitantes. Para atender à população urbana e rural, um único hospital funciona cotidianamente – e passa por dificuldades financeiras, a exemplo de outros municípios pequenos do interior de Minas.

Em abril deste ano, uma grande cerimônia marcou a reinauguração do Hospital Nossa Senhora das Graças, que foi ampliado graças a uma verba de R$ 3 milhões repassada pela Anglo American. A mineradora fez o convênio com a instituição mantenedora do hospital porque Dom Joaquim está dentro da área de influência direita do projeto Minas-Rio. O hospital ficou maior e melhor. Mas os adminis-

Dívida do Hospital Nossa Senhora das Graças se aproxima de meio milhão de reais

dade Nossa Senhora das Graças, responsável pelo hospital. De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Wiliam Ávila, desde que recebeu o pedido de ajuda, a Prefeitura estudava uma solução. Mas os irmãos, em assembleia, não

aceitaram a proposta de abrir mão do controle do hospital, e tudo ficou na mesma. Se o hospital passasse a ser de responsabilidade do município, seriam feitos um estudo dos passivos, concurso público para contratação de pessoal (os ser-

vidores da Irmandade seriam dispensados), tudo com a participação do Ministério Público e aprovação da Câmara Municipal. Mas não deu certo.

Procurados, os diretores da Irmandade Nossa Senhora das Graças

não quiseram falar por telefone. Pediram para enviar as perguntas por e-mail, mas não responderam até o fechamento desta edição. Segundo a Prefeitura de Dom Joaquim, a dívida do hospital com a Receita Federal ultrapassa R$ 450 mil.

Infraestrutura

Dom Joaquim recupera ruas Obras começaram em maio do ano passado e devem terminar no meio do ano que vem. Recursos são da Anglo American secretário de Governo, Mário Viana Filho, os recursos são da ordem de R$ 9 milhões. No total, 26 ruas e praças serão revitalizadas. As obras começaram em maio do ano passado e devem terminar em meados do ano que vem. A rua principal, que tem um tráfego maior, será asfaltada de ponta a ponta.

Mário afirma que a cidade sofreu os impactos causados pelo intenso trânsito de caminhões que trans-

portavam carga para o projeto minerário na vizinha Conceição do Mato Dentro. Foi por isso que se chegou a discutir a construção do anel rodoviário. Mas após o pico das obras, a Prefeitura chegou à conclusão de que o anel seria desnecessário, já que a cidade apenas fornece água ao projeto. Como as ruas precisavam de reforma, decidiu-se pela aplicação do dinheiro em calçamentos, asfaltamentos e melhorias. □

Sérgio Santiago/DeFato

O dinheiro que seria usado na construção de um anel rodoviário em Dom Joaquim, cujo objetivo era desviar o trânsito pesado de dentro da cidade, acabou tendo outro destino. Após negociações com a Anglo American, que implanta na região o projeto Minas-Rio, o recurso, providenciado pela empresa, está sendo usado na pavimentação de ruas, praças e outras benfeitorias.

De acordo com o

Obras de revitalização e recuperação contemplam 26 ruas e praças