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Região Médio Espinhaço | Ano I | n04 Setembro de 2014 R$ 0,50
Capacitar é preciso Coryntho Oliveira, presidente da Associação Comercial de Conceição do Mato Dentro, vê com expectativa o cenário econômico para os próximos anos e dá dicas de como se preparar para as oportunidades
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Quase R$ 100 milhões a mais em 2015
Prefeitura de Conceição do Mato Dentro pode quase triplicar arrecadação no ano que vem com operação do projeto Minas-Rio, da Anglo American. Previsão orçamentária é de R$ 150 milhões. Prefeito já tem em mente projetos prioritários a serem tirados do papel Pág. 05 TRADIÇÃO
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Tutu da madrugada Comida à vontade servida às 4 horas da manhã durante três dias, na tradicional festa de agosto, em Morro do Pilar. Evento reúne visitantes de diversas cidades da região Pág. 10
Sérgio Santiago/DeFato
ESTRADA
À espera da licitação Projeto de asfaltamento do trecho que liga Dom Joaquim a Senhora do Porto está pronto. Comunidade aguarda contratação da empresa responsável pela obra Pág. 08
Conflito entre vizinhos Prefeitos de Morro do Pilar e de Conceição do Mato Dentro divergem sobre projeto da Manabi Pág. 04
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Anote
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PLANEJAMENTO
MINERAÇÃO
Plano diretor e o futuro de Conceição Revisão tem sido realizada em conjunto com todos os agentes sociais, respeitando a transparência e a ampla divulgação
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Restauração da Igreja Matriz a todo vapor
Jornal
ano. No lugar da imagem do Espírito Santo, Nossa Senhora da Assunção recepcionará os fiéis de braços abertos. Durante a remoção das tintas, descobriu-se que na capela-mor existiam três camadas de pintura, sendo a primeira a original. Nesta, Nossa Senhora da Assunção revela um trabalho barroco bastante expressivo, com formas e técnicas de
profundidade bem aprimoradas. A restauração da Igreja Matriz é objeto de um convênio firmado
entre a Paróquia e a Anglo American. O tempo total dos trabalhos é de quatro anos.
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Os trabalhos de restauração da Igreja Matriz de Conceição do Mato Dentro já completam um ano e meio. De camada em camada, grandes descobertas estão sendo feitas. Os trabalhos agora se concentram na complementação das tábuas e na reintegração das pinturas que compõem o cenário da capela-mor, que terá suas paredes e forro entregues no final do
Trabalhos de restauração completaram um ano e meio
Operação do projeto deve começar ainda neste ano
Primeiro carregamento pelo mineroduto Minas-Rio No dia 24 de agosto, chegou ao Porto do Açu, no Rio de Janeiro, a primeira polpa de minério bombeada através do mineroduto do projeto Minas-Rio, de 529 km. O carregamento, que saiu da mina em Conceição do Mato Dentro, é parte do cronograma de testes
e de comissionamento do empreendimento, que está em fase final para a realização do primeiro embarque, previsto para o fim do ano. A Anglo American estima produzir 26,5 milhões de toneladas anuais de minério de ferro por pelo menos 50 anos. Divulgação
PATRIMÔNIO
DISTRITO
Todos por um Tabuleiro saudável O Distrito de Tabuleiro está recebendo uma atenção especial do Departamento de Água e Esgoto (DAE), de Conceição do Mato Dentro. Depois de realizar serviços de desentupimento da rede coletora de esgoto, o DAE está fortalecendo a educação ambiental e sanitária dos moradores da localidade. Desde que as atividades do departamento foram efetivadas e fortalecidas no final de 2013, percebeu-se a ne-
cessidade de melhorias nos sistemas de abastecimento de água e esgoto do distrito. Por iniciativa do DAE, a Prefeitura criou uma cartilha de orientação intitulada “Cuide bem do seu esgoto – Todos por um Tabuleiro saudável”. O material apresenta dicas de como manter o sistema de esgotamento em bom funcionamento, sem prejudicar o meio ambiente ou causar transtornos nos domicílios. □
EXPEDIENTE: Diretoria Geral: Kelly Eleto kelly@defatoonline.com.br Diretor Comercial e Marketing: Marcelo Eleto marcelo@defatoonline.com.br
Chefe de Redação: Sérgio Santiago sergio@defatoonline.com.br Diagramação: Pablo Carvalho arte@defatoonline.com.br
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Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, ícone de Conceição: cidade se prepara para ciclo de crescimento
divulgação. Propõe-se a gestão participativa do município, com atuação das escolas, igrejas, instituições e órgãos públicos, empresas, associações, etc. O Plano Diretor é um instrumento de planejamento municipal que apresenta estratégias para os próximos 20 anos. Levada aos cidadãos, a discussão acerca da lei auxilia na extração de informações referentes à qualidade e estilos de vida, buscando entender a direção para onde o município está caminhando. Com a colaboração de todos, fica mais fácil definir as ações que serão desenvolvidas em curto prazo, em médio prazo e em longo prazo. Com esse planejamento, o município fica preparado também para receber recursos dos governos Estadual e Federal. Ascom/PMCMD
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Conceição do Mato Dentro não é mais a cidadezinha pacata de 18 mil habitantes. Desde o início da instalação do projeto minerário no município, em 2006, seu cenário socioeconômico vem sofrendo mudanças. No último ano, chegou-se a estimar 30 mil habitantes, considerando a população flutuante. Hoje, os índices da indústria se aproximam aos da agropecuária. E a mudança do campo para a cidade registra uma inversão no panorama social. Por isso o futuro de Conceição do Mato Dentro está sendo pensado e redesenhado com a revisão do Plano Diretor Participativo 2014. Lançado no dia 20 de março, o processo de revisão tem sido realizado em conjunto com todos os agentes sociais, respeitando a transparência e ampla
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Conceição do Mato Dentro
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ENTREVISTA
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Capacitação é a palavra de ordem
Coryntho Oliveira, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Conceição do Mato Dentro, fala sobre as expectativas econômicas para os próximos anos e de como se preparar para aproveitar as oportunidades de negócio O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Conceição do Mato Dentro, Coryntho José de Oliveira, tem um importante desafio até o fim de seu mandato, em 2015: ajudar a preparar os comerciantes do município frente às transformações econômicas que vão ocorrer com a operação do projeto Minas-Rio, da Anglo American. Empresário do ramo de informática, telefonia e correspondência bancária, Corinto afirma que a cidade mineradora vai atrair muitos investimentos e isso vai aumentar a concorrência. Segundo ele, para garantir espaço no mercado, os empresários locais precisam se preparar – do contrário, ficarão para trás. A seguir, o presidente fala sobre as oportunidades e os desafios desenhados pelo novo cenário, dá dicas de como aproveitar as chances de ganhar dinheiro e cita quais serão as áreas mais promissoras. Confira:
Sérgio Santiago/DeFato
Qual é a realidade hoje para os comerciantes e empresários de Conceição do Mato Dentro? Para a classe que eu defendo, esse momento é de grandes oportunidades e grandes desafios, porque o comerciante local, se ele não se adequar, vai ser vencido pela concorrência que virá. Isso de fato já está acontecendo. Já fui procurado por alguns grupos de negócios que querem se instalar em Conceição do Mato Dentro, e eles estão mais preparados do que nós. A gente vem fazendo um trabalho de parceria forte com a Anglo American para capacitar o empresário com a finalidade de preparar o mercado local. É o momento de o empresário se
preparar. Sem sombras de dúvidas, para aqueles que já estão ganhando dinheiro, para permanecer ganhando dinheiro é preciso se preparar. Se não aproveitar as oportunidades que a gente está conseguindo gerar – porque isso não existia aqui, a gente está conseguindo fomentar isso em parceria com a Anglo, que é o maior ator do nosso mercado –, acho que o empresariado local vai ter um grande problema no futuro. A gente está avisando, tentando conscientizar, porque o mercado está aberto para todos. A concorrência deve existir, e ela é sadia principalmente para o consumidor, mas se o empresário não se preparar, acho que ele está fadado ao fracasso ou a uma difi-
"A concorrência deve existir, e ela é sadia principalmente para o consumidor, mas se o empresário não se preparar, acho que ele está fadado ao fracasso"
culdade de levar o negócio dele ajudar. A gente está preparando as pessoas para o que vem por adiante. aí. E se elas não se preparem de O comércio foi pego de sur- fato, não participarem, não bripresa com o empreendimento? garem pelos seus direitos, poNão. Tudo isso foi avisado. dem realmente ser suprimidas. Deveria ter sido planejado com um pouco mais de antecedênO que pode se esperar do cia, talvez. Mas pego de surpresa, futuro de Conceição? eu diria que não. Assim como Eu espero realmente que nada na cidade hoje está aconte- todo comerciante tenha oportucendo de surpresa. Por exemplo, nidade de começar a importar a reforma da JK, que vai impac- seus produtos de forma legal. tar “n” comerciantes. A gente Estou estudando isso aqui e me vem fazendo reuniões recorren- estruturando para isso – não que tes, conversas, mas o problema eu faça a importação para eles, é que às vezes o empresariado mas que cada um faça, cresça. não acredita no que a gente Queremos que aqui se transforestá falando. Ele precisa confiar, me em um polo regional. A genjá que elegeu e deixou à frente te não pode pensar mais só em uma pessoa que está disposta a Conceição do Mato Dentro. Temos inúmeras cidades no entorno. Esse é meu discurso, é o que estou buscando, o que estou planejando. Não estou pensando pequeno. Aqueles que quiserem acompanhar meu raciocínio, obviamente vão ter resultados diferenciados.
Coryntho Oliveira: espero que todo comerciante tenha oportunidade de importar de forma legal
Quais áreas vão se destacar a partir de agora? Venho conversando muito com consultores da Fiemg, do Sebrae e com pessoas de outras empresas. Acredito que as áreas de oportunidades serão muito grandes. Durante o pico de obras, foi um pico de volume, não de qualidade. A nossa realidade passa agora de quantitativo para qualitativo, porque o perfil do nosso consumidor vai mudar. Por isso a nossa preocupação em qualificar o empresário e o funcionário. As oportunidades estarão muito direcionadas às
áreas de alimentação – sempre com foco na qualidade – e na área de entretenimento, que nós não temos na cidade. O que se faz hoje aqui é ir para o boteco e ter uma boa prosa. Acho que merecemos um pouco mais, como cinema, casa de shows, teatro, etc. Acho também que já cabe um shopping na cidade, cabem grandes marcas, como Araújo, Cacau Show, até de repente um McDonald's. Quando tiver em operação Manabi e Anglo, que é uma perspectiva, a gente vai ter um polo regional. Então as perspectivas para Conceição são bem ousadas. O prefeito anda preocupado com os impactos do projeto da Manabi sobre Conceição. Qual sua opinião a respeito? Do ponto de vista financeiro e econômico, eu, inclusive, já encaminhei, há um ano, para a Manabi, a relação de todos os nossos fornecedores, porque tenho certeza de que Morro não atende à demanda deles de fornecimento. Eu já sou fornecedor da Manabi há um ano, enquanto empresário. Agora a preocupação do prefeito é real. Acho que a gente pode, sim, sofrer impacto. A distância entre Conceição e Morro não é grande, pelo contrário. A empresa se posiciona que vai direcionar todos os seus esforços para uma outra vertente, para que não envolva Conceição do Mato Dentro. Não posso afirmar que vai, mas claro que existe essa possibilidade, sim. Os impactos, tanto econômicos quanto sociais, como segurança, saúde, são possíveis. □
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Conceição do Mato Dentro
CIDADE
MINERAÇÃO
Conflito entre prefeitos
Soluções para o trânsito
Reinaldinho, de Conceição do Mato Dentro, e Vilma Diniz, de Morro do Pilar divergem sobre Manabi
Divergências sobre os benefícios e os efeitos colaterais do projeto minerário da Manabi, em Morro do Pilar, estão causando um certo desgaste entre os prefeitos de Morro, Vilma Diniz, e de Conceição do Mato Dentro, Reinaldo César de Lima Guimarães. As discussões não são recentes, mas ganharam contornos mais evidentes após uma reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), em Diamantina, no mês passado, para discutir a Licença Prévia do empreendimento. Manifestantes contrários ao projeto, maioria de Conceição do Mato Dentro, lotaram a sessão e fizeram muito barulho. Distribuíram panfletos com vários textos de abominação à atividade e gritaram frases de efeito contra a mineração. A prefeita Vilma Diniz, apoiadora declarada da exploração mineral em seu município, não gostou da atitude e reagiu. Enviou um ofício ao prefeito Reinaldinho, “imbuída do mais elevado espírito republicano”, e solicitou formalmente que o Município de Conceição do Mato Dentro respeite o projeto e coopere com os morrenses, que querem
Sérgio Santiago/DeFato
Sérgio Santiago/DeFato
Vilma e Reinaldinho: impasse sobre impactos do projeto da Manabi
construir um futuro melhor para suas famílias. O documento assinado pela prefeita, ao qual DeFato teve acesso, diz: “Infelizmente, nos últimos dias, temos assistido a representantes do poder público de Conceição do Mato Dentro (e outros, falando em nome do Munícipio) provocando cenários de belicosidade para com o projeto e o povo de Morro do Pilar. Isso não é admissível, sobretudo, dentre outros vários motivos, porque Morro do Pilar soube respeitar o momento e o projeto de mineração em Conceição do Mato Dentro”. A resposta veio rápi-
da. Também por meio de ofício, Reinaldinho respondeu que é entusiasta do progresso e rebateu a informação de que representantes de seu governo estariam obstruindo o caminho da Manabi. “Causa-me espécie o equívoco de Vossa Excelência nas conclusões do ofício citado em querer atribuir à minha atuação pública e pessoal quaisquer desrespeito aos anseios de Morro do Pilar ou quaisquer intervenções nos procedimentos para licenciamentos da Manabi”, afirmou o prefeito. “Reivindico apenas o que é de minha responsabilidade como prefeito de Conceição do
CULTURA
Projeto do museu de Conceição A partir de agora, Prefeitura abrirá licitação para contratar a empresa responsável pela a obra O sobrado onde já funcionou a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro vai se transformar em museu. O prédio passará por uma completa restauração a partir do ano que vem, para, depois de então, reunir em várias
exposições a história do município. Ainda não se sabe quanto será investido na recuperação do imóvel, que não está em bom estado de conservação. De acordo com a secretária municipal de Cultura e Patrimônio
Histórico, Júlia Celly da Cunha Santana, só os projetos arquitetônico, estrutural, hidráulico e elétrico custarão R$ 120 mil. Nas imagens, a perspectiva de como ficará o museu após a conclusão das obras. □
Mato Dentro e dever dos empreendedores”, destacou. E continuou: “Que me perdoe e franqueza, Vossa Excelência não tem primado pelo respeito à divergência, que nós respeitamos e sempre defenderei, cumprindo-me, acreditando dever-se ao afã da pouca experiência política e ao desejo maior de resolutividade a curto prazo, adverti-la para um trabalho de articulação, mobilização e respeito ao cidadão”. Além da troca de ofícios, os prefeitos também se encontraram pessoalmente para tratar do assunto. Segundo pessoas que participaram
da reunião, o clima ficou tenso. Influência direta ou indireta? A discussão tem a ver com o fato de Conceição estar dentro da Área de Influência Indireta (AII) do projeto da Manabi, e o prefeito querer que seja Área de Influência Direta (AID). Segundo o secretário de Meio Ambiente conceicionense, Sandro Heleno, a reivindicação tem uma explicação prática: dentro da AID, Conceição terá mais ações de controle e compensação, como programas direcionados, condicionantes e outras garantias. Os outros manifestantes radicalmente contrários ao empreendimento, que estiveram na reunião do Copam, são membros da sociedade e, segundo ele, não têm vínculos com a administração. Na prática, os gestores de Conceição temem que o projeto Morro do Pilar exerça novamente uma pressão sobre as estruturas públicas de seu município (saúde, segurança), exatamente agora que a cidade acabou de passar pelo pico de obras do projeto Minas-Rio. Se isso acontecer, Reinaldinho quer compensações. Reprodução
Dois projetos que têm como propósito melhorar a fluidez do trânsito e resolver os gargalos do estacionamento estão em desenvolvimento em Conceição do Mato Dentro. Um deles municipaliza o trânsito. O outro transforma a Guarda Patrimonial em Guarda Municipal, a quem será atribuída a responsabilidade de fiscalizar motoristas e motociclistas. Os projetos, de autoria do Executivo, devem entrar em vigor tão logo passem pela Câmara Municipal e cumpram os trâmites burocráticos. Estagnada há anos, Conceição do Mato Dentro começou a experimentar o crescimento desde que se transformou em cidade mineradora e passou a receber um grande número de operários de fora, a chamada população flutuante. Durante o pico de obras do projeto Minas-Rio, congestionamentos ficaram frequentes e encontrar vagas para estacionar virou um exercício de paciência. Passado o auge, o movimento se estabilizou. O ir e vir hoje em dia se constitui basicamente de pessoas que vieram morar na cidade e de cidadãos conceicionenses que estão de carro novo.
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Conceição do Mato Dentro
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ARRECADAÇÃO
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NEGÓCIO
Orçamento estimado em R$ 150 milhões
Expectativa de mais um banco Segundo presidente da Associação Comercial de Conceição do Mato Dentro, Itaú teria interesse em abrir uma filial na cidade
Prefeitura de Conceição do Mato Dentro pode quase triplicar arrecadação no ano que vem com operação do projeto Minas-Rio, da Anglo American
A arrecadação da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro deve praticamente triplicar em 2015, caso o projeto Minas-Rio, da Anglo American, comece a operar até o fim deste ano. De acordo com o prefeito Reinaldo César de Lima Guimarães (PMDB), a previsão orçamentária é de R$ 150 milhões. Em 2014, a arrecadação não passará de R$ 55 milhões, apesar da previsão de R$ 65 milhões. Segundo Reinaldinho, a queda na receita foi puxada pela desmobilização das empresas com o fim
da implantação do projeto minerário. “Estamos, de fato, com a expectativa muito grande em relação ao ano que vem. Pretendemos trazer para a nossa comunidade mais saúde, mais segurança, enfim. Passado o momento da implantação do projeto, agora está na hora da produção – e Conceição já clama por isso”, afirmou o prefeito. Os recursos serão oriundos principalmente da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), além de outros impostos. “Isso realmente é
o que Conceição do Mato Dentro está precisando”, disse Reinaldinho. Mais dinheiro no caixa significa mais condição de investir em obras e projetos de melhorias. Desgastada pela grande quantidade de pessoas que vieram de fora trabalhar na mineradora e suas terceirizadas, a estrutura pública de Conceição está precisando de reparos. De acordo com o prefeito, assim que o dinheiro da mineração começar a chegar, o anel rodoviário e o hospital serão os primeiros a receber atenção especial. “São coisas urgentíssimas. O anel viário, que vai tirar essa loucura de trânsito aqui do Centro, e o hospital, que está precisando de ajuda. São as duas demandas que são as maiores hoje”, explicou. No caso do desvio, o projeto está pronto, mas os recursos necessários à
obra, da ordem de R$ 28 milhões, ainda não estão totalmente assegurados. Em relação ao Hospital Imaculada Conceição, que, a exemplo de outros da região, está endividado, ainda não se sabe exatamente o que fazer. O prefeito pensa em recuperar a estrutura da instituição, em parceria com a Anglo, e, num futuro, costurar parcerias para erguer um novo hospital. Regional Um hospital regional de média complexidade, inclusive, foi identificado em um estudo encomendado pelo Governo do Estado como necessário na região do Médio Espinhaço. Poderia ser construído em Conceição ou Serro, cidades vizinhas envolvidas diretamente no projeto Minas-Rio, por meio de recursos oriundos de fontes diversas.
Sérgio Santiago/DeFato
Divulgação/Anglo American
Primeiro carregamento-teste de minério já chegou ao porto pelo mineroduto do projeto Minas-Rio
A Caixa Econômica Federal deve inaugurar, ainda neste ano, uma nova agência em Conceição do Mato Dentro com mais do dobro de espaço para atender ao aumento da demanda. O Banco do Brasil também está se movendo para isso, segundo fontes ligadas ao setor empresarial. Com forte movimentação econômica devido à mineração, pelo menos mais um banco estaria interessado em abrir agência na cidade, visando a operação do projeto Minas-Rio, da Anglo American. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Conceição do Mato Dentro, Coryntho José de Oliveira, disse que já se reuniu com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) para discutir o assunto. Segundo ele, haverá necessidade de mais um banco no município e é possível que seja o Itaú. “Tenho essa expectativa porque co-
nheço um pouco do Itaú, trabalhei no Unibanco e conheço pessoas dentro do Itaú também. Sei que o banco é o maior parceiro da Anglo American, então acredito que seja inevitável que ele chegue à nossa cidade”, disse. Além do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, Conceição também tem agências do Bradesco e do Sicoob Credicenm. Supermercado Segundo Coryntho, existe também a possibilidade de uma grande rede de supermercados se instalar em Conceição do Mato Dentro. “Não sei se Bretas ou Supermercados BH”, afirmou ele, ao ressaltar que empresários já estariam em busca de terreno disponível. Não há, contudo, segundo o presidente, nada de concreto. “O cenário é de completa modificação da cidade em relação à área comercial e empresarial”, afirmou. □
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Conceição do Mato Dentro
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EMPREENDEDORISMO
Fruta de Sabiá para todo o Brasil Conceicionense descobre espécie nativa quase extinta e a transforma em um negócio inédito no país Sérgio Santiago/DeFato
todo o Brasil. Além de Conceição, também tem um viveiro em Belo Horizonte e diz que está só começando. Em cinco anos, mais de 50 mil mudas e 100 mil sementes foram vendidas para os quatro cantos do país. “No que depender de mim, a Fruta do Sabiá não vai correr risco mais de extinção”, afirmou. Quando começou seu trabalho, as vendas eram divididas entre clientes que queriam pescar e atrair passarinhos para perto de casa. Com o passar o tempo, os passarinhos roubaram a cena. Felizes com os resultados, os clientes mandam e-mail de agradecimentos ao produtor. “De parabéns e muito obrigado, sou um mineiro bilionário”, brinca Zé Renato, ao revelar que em termos financeiros ainda leva o negócio “no peito e na raça”. “Hoje em dia não falo mais de futebol, não falo de mulher dos outros, só falo de sabiá”, comenta, aos risos. Divulgação
Natural de Conceição do Mato Dentro, José Renato Rezende, 57 anos, já viajou o Brasil em busca de oportunidades. Depois de morar em vários estados brasileiros, voltou à terra natal, aos 50 anos, e descobriu o negócio da sua vida: plantar e vender mudas da Fruta de Sabiá, uma espécie nativa quase extinta que atrai pássaros diversos, sobretudo os sabiás. A história começou em Curitiba, no Paraná. Certo dia, a convite de um conhecido, Zé Renato saiu para pescar num rio da região. Durante a pescaria, começou a ficar intrigado com uns índios que, do outro lado do rio, pegavam mais peixes do que ele. Curioso, Zé Renato decidiu ir à outra margem e perguntar o que os nativos usavam como isca. Durante o bate-papo, descobriu que era uma frutinha alaranjada muito apreciada pelos peixes. Mesmo sem conhe-
Espécie estava à beira da extinção no Brasil
cer a espécie, o conceicionense pegou sementes da planta e trouxe para sua loja, ainda em Curitiba, onde começou a cultivar um pequeno viveiro. Ao voltar para a terra natal com o intuito de usar a fruta para pescar, plantou as mudas ao redor de sua propriedade e percebeu que a pequena árvore também atraía muitos pássaros.
Nesse tempo, Zé se acidentou de moto e ficou seis meses acamado. Quando se recuperou, decidiu que não ia mais viajar e precisava trilhar um novo caminho na vida. Foi quanto pensou em vender a Fruta do Sabiá – afinal, muita gente poderia gostar também de ter passarinhos em volta de casa. No começo foi difícil. Muitas pessoas achavam
que ele estava perdendo tempo, que ninguém ia comprar aquilo, que ninguém conhecia a tal fruta, e etc. Mas o homem não desistiu. “O pessoal falava que eu era doido, mas comprava”, conta. As vendas começaram primeiro em Conceição do Mato Dentro, depois Serro, Serra do Cipó, e a clientela não parava de crescer. Aí chegou o Ibama e quis saber do que se tratava. O órgão federal embargou as ven-
das até analisar a espécie, mas algumas semanas depois mandou um e-mail parabenizando Zé Renato pela iniciativa. A plantinha, que até então ele nem sabia o nome, corria risco de extinção. Ao saber disso, Zé descobriu que seu negócio tinha mais potencial de crescimento do que ele imaginava. Criou, então, um site e hoje vende mudas e sementes da Fruta do Sabiá pela internet para
TURISMO
Trilha ecológica até a Cachoeira do Tabuleiro A cachoeira do Tabuleiro, localizada em Conceição do Mato Dentro, ganhará em breve uma trilha ecológica que proporcionará acessibilidade e mais segurança aos visitantes. O acesso será estruturado de forma a diminuir a corrosão, erosão e degradação da natureza. Com 273 metros de queda d’água, a cachoeira é a maior de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil. Em média, 5 mil pessoas visitam a cachoeira por ano. Com o acesso facilitado, esse número
pode aumentar significativamente. Para o Instituto Estadual de Florestas (IEF), que tem expertise em gestão de parques de conservação, o uso público é importante, uma vez que proporciona rentabilidade com pouca interferência no patrimônio. A trilha ecológica do Tabuleiro ocupará menos de 1% da área Parque. Ao todo, serão 11 quilômetros, ligando as cachoeiras do Tabuleiro e Rabo de Cavalo. Da sede do Parque do Tabuleiro até a cachoeira do Tabuleiro são 2,3 Km. □
Com 273 metros de queda d’água, cachoeira é a maior de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil
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Acesso tem como objetivo proporcionar aumento da quantidade de visitantes, hoje em torno de 5 mil por ano
Serro
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TRADIÇÃO
Festa do Queijo, tradicionalmente realizada no mês de setembro, foi cancelada devido à queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) Serro ficará sem a tradicional Festa do Queijo este ano. A Prefeitura cancelou o evento, que chegaria à 30ª edição em setembro, devido à queda no Fundo de Participação dos Munícipios (FPM). Segundo o secretário de Cultura e Turismo da cidade, Pedro Farnesi, cada dia mais o Governo Federal vem transferindo manutenção de serviços que seriam de responsabilidade deles, sobre-
carregando o caixa da Prefeitura. O cancelamento teve de ser feito porque a verba em caixa é insuficiente. O dinheiro será usado para quitar de dívidas, pagamento de folha de funcionários e manutenção de serviços básicos. “O evento não se paga sozinho. A Prefeitura também tem que ajudar e não temos como fazer isso agora”, destacou. O Fundo de Participa-
ção dos Municípios é um recurso repassado pelo Ministério da Fazenda aos Governos Estaduais, que repassam aos municípios. “Minha maior preocupação é o andamento das obras e crescimento da cidade. O evento é tradicional, sentimos muito, mas temos que olhar a cidade como um todo”, declarou o prefeito Epaminondas Miranda A produção de queijo é uma das principais
atividades não apenas do Serro, como também de outros dez municípios do entorno. De acordo com o analista de Agronegócio do Sebrae Minas, Ricardo Boscaro, há aproximadamente 750 produtores na região, sendo 117 só no município do Serro. A produção diária da região é de 10 mil queijos, sendo que Serro é a cidade que mais produz entre os onze municípios, com 2.100 unidades por dia. □
Paulo Procópio
Sem dinheiro, sem festa
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Morro do Pilar ASCOM/PMMP
TRADIÇÃO
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Tutu às 4 da manhã
Festa tradicional de Morro do Pilar, que homenageia três santos, serve tutu, arroz, carne e outros acompanhamentos durante a madrugada. Em alguns casos, mais de 4 mil pratos de comida são distribuídos
Comida é servida na casa dos festeiros
Todos os anos, no mês de agosto, Morro do Pilar celebra a mais tradicional festa religiosa do município. Na verdade, são três festas em homenagem a São Benedito, Divino Espírito Santo e Nossa Senhora do Rosário, respectivamente. Neste ano, o evento foi realizado entre os dias 15 e 17 de agosto. Procissões, missas, apresentações musicais, fogos de artifício e tríduo sacro fazem parte da programação. Mas o destaque da festividade, que a torna única, é o tutu da madrugada, servido durante os três dias na casa dos festeiros às 4 horas da manhã. Três santos, três fes-
teiros, três dias de tutu. E são os festeiros os responsáveis por preparar os tachos arroz, carne, macarronada, refrigerante (às vezes um vinhozinho) e, claro, muito tutu. Como já é tradição, a comunidade doa ingredientes e se engaja em diversas iniciativas para angariar fundos durante o ano inteiro. No dia de cada festa, todos acordam, ao som do foguetório, alguns minutos antes das 4 horas para entrar na fila. Segundo a chefe da divisão de Cultura da Prefeitura de Morro do Pilar, Darlene de Lima Soares, a origem da festa se mistura à do município. Antiga-
mente, o tutu era servido apenas aos marujeiros e integrantes das bandas que tocavam em frente à casa do festeiro durante a alvorada – momento considerado pelos fiéis católicos propício a orações. Mas com o passar do tempo, o tutu acabou sendo aberto a toda a comunidade e, hoje em dia, cerca de 4,5 mil pratos chegam a ser servidos de uma só vez. É
que a comida é tão gostosa que alguns entram na fila mais de uma vez. Muitos turistas vêm de cidades distantes só para comer do tutu. Na alvorada de sábado para domingo, por exemplo, a fila perdura até o dia amanhecer. Depois da comilança, todos voltam para suas casas e se preparam para os eventos do dia seguinte. □
Cerca de 4,5 mil pratos chegam a ser servidos
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Morro do Pilar
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CIDADES MINERADORAS
Água e a mineração em Morro do Pilar Manabi vai reutilizar os recursos hídricos seis vezes no processo de beneficiamento, adotar empilhamento drenado ao invés de barragem de rejeito e ajudar na preservação de nascentes e áreas de recargas em parceria com os agricultores O renomado professor e ex-ministro Paulo Paiva diz que é impossível falar de Minas Gerais sem considerar a mineração. Para ele não é escolha, é destino. Principal pilar da economia do estado, a atividade enfrenta grandes desafios e está sempre na mira dos órgãos reguladores, da mídia e da comunidade em geral. Não seria diferente com a Manabi, empresa que busca o licenciamento ambiental para seu projeto minerário na região de Morro do Pilar. Entre outros assuntos, o uso da água certamente é o que mais tem gerado discussões. Para operar a planta de beneficiamento e tocar o mineroduto, a empresa vai captar água nos rios Preto e Santo Antônio. Serão 3 mil metros cúbicos por hora, sendo 90% dessa captação no rio Santo Antônio. Diante das manifestações contrárias ao uso dos recursos hídricos da bacia, a Manabi afirma que sua outorga preventiva (autorização concedida pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam) representa aproximadamente 2% da vazão média do rio. De acordo com o gerente-geral de Processos e Tecnologia da empresa, Camilo Silva, é algo “quase imperceptível”. O percentual de água a ser usado na polpa de minério, que será transportada por um minero-
duto, representa cerca de 40% da quantidade total captada. Os outros 60% serão utilizados na planta de beneficiamento e disposição de rejeito.
Dentro da usina, a água será recirculada seis vezes no processo de beneficiamento antes de ser efetivamente consumida. “Ela entra apenas como
um fluido. Não faz parte de reações químicas, não sofre nenhuma deterioração. Apenas se mistura ao sólido e depois, utilizando equipamentos es-
peciais se faz a reutilização dessa água”, explica o gerente. Outro detalhe que diferencia o projeto da Manabi dos demais é a
técnica usada na disposição dos rejeitos. Exploração de minério de ferro requer, tradicionalmente, barragem de contenção, e o material fino descarta-
do no processo de beneficiamento fica misturado à água. Uma prática pouco eficiente e arriscada do ponto de vista ambiental. A Manabi vai usar o em-
pilhamento drenado, em que o rejeito é separado e a água volta ao processo de produção dentro da unidade industrial. Na visão do engenheiro civil especializado em obras hidráulicas, Mário Cicareli, diretor da empresa Potamos Engenharia e Hidrologia, a mineração é usuária dos recursos hídricos como qualquer outra atividade industrial. E mais. Na opinião dele, a mineração é mais eficiente no consumo dos recursos hídricos quando comparada, por exemplo, à agricultura ou à pecuária. “A produção de um bife gasta, em média, 18 mil litros de água. Para você ter uma ideia, uma tonelada de minério gasta 500 litros”, compara Mário. O engenheiro afirma também que qualquer fazendeiro de médio porte de Minas Gerais, que usa irrigação no processo de produção agrícola, gasta mais água que uma operação do tamanho da Vale, em Itabira, que produz cerca de 40 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O próprio Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em um de seus seminários, recomendou às mineradoras um empenho especial na disseminação de informações sobre o real impacto da atividade no uso da água. Segundo especialistas, há muita desinformação sobre os reais problemas
hídricos no país. A Organização das Nações Unidas (ONU) revela que aproximadamente 70% de toda a água disponível no mundo é utilizada para irrigação. No Brasil, esse índice chega a 72%. Produção de água Além do uso racional, a mineradora também vai desenvolver diversas ações, em parceria com instituições e produtores rurais da região de Morro do Pilar, visando a preservação das nascentes e das áreas de recarga dos lençóis freáticos. Em muitas regiões, devido à devastação causada, em parte, pela pecuária, o ciclo hidrológico fica comprometido. Ou seja, a chuva cai, mas, ao invés de penetrar no solo e recarregar as reservas subterrâneas, acaba escorrendo rapidamente para o rio, causando erosões e enchentes. Enquanto isso, as fontes vão secando por causa da escassez dos lençóis freáticos. Os projetos que a mineradora pretende desenvolver em parceria com os proprietários de terreno visam proteger as chamadas áreas de recargas e proporcionar a absorção da água da chuva, evitando danos ambientais. Seguindo um plano de desenvolvimento sustentável, é possível aliar desenvolvimento sem prejudicar a disponibilidade de água à população. □
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Conceição do Mato Dentro/Dom Joaquim Sérgio Santiago/DeFato
ESTRADA
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Viagem-teste do transporte coletivo Rota de 14 km foi testada no dia 15 de agosto; informações vão ajudar a compor o edital de licitação do serviço
Sérgio Santiago/DeFato
Processo de licitação deve acontecer ainda este ano
À espera da licitação Lama em época de chuva, poeira em períodos de seca: população sofre com a estrada durante o ano inteiro
Projeto de asfaltamento do trecho que liga Dom Joaquim a Senhora Porto está pronto. Comunidade aguarda contratação da empresa responsável pela obra O asfaltamento da estrada de terra que liga Senhora do Porto a Dom Joaquim, trecho de 26 km, é um sonho antigo da população dom-joaquinense. O projeto já foi elaborado por uma empresa contratada pelo Departamento de Estradas de Rodagens (DER). Falta agora licitar a obra de fato. A pavimentação da
rodovia, assim como outras na região, está dentro do programa Caminhos de Minas, do Governo do Estado. Apesar da ansiedade da população, não há prazo para o projeto começar a sair do papel – principalmente por causa do período eleitoral. Segundo o secretário municipal de Governo de Dom Joaquim, Mário Via-
na Filho, representantes da Prefeitura se reuniram há alguns meses com o DER em busca de novidades sobre o assunto. De acordo com ele, o asfaltamento do trecho é fundamental não só para proporcionar mais tranquilidade aos moradores do município, como também melhorar o escoamento da produção local e fomentar o turismo.
Em época de chuvas, às vezes é preciso deixar um trator de plantão nos trechos mais críticos da via para arrastar os carros atolados. Com o aumento do trânsito de veículos devido aos empreendimentos privados na região, a necessidade de pavimentar a rodovia se torna ainda mais urgente e necessária.
Uma equipe formada por representantes da Prefeitura e da Câmara Municipal fez uma viagem-teste, no dia 15 de agosto, em um micro-ônibus que presta serviços para a Anglo American, para acertar os últimos detalhes da rota do transporte coletivo em Conceição do Mato Dentro. A ideia de fazer o percurso foi discutida durante uma audiência pública que faz parte do processo de licitação, realizada no mesmo mês. As observações vão ajudar a compor o edital de licitação. Estudos feitos pelo município indicam que, a princípio, três veículos são o suficiente para atender à demanda do transporte coletivo. Os veículos de-
vem sair de hora em hora da rodoviária e passar por todos os bairros, numa rota de aproximadamente 14 km de distância. Dependendo da necessidade, pode haver alteração de itinerário. Pelos cálculos da Prefeitura, até o final deste ano a população de Conceição do Mato Dentro deve contar com o transporte público em pleno funcionamento. Segundo o chefe de Gabinete da Prefeitura, Vulmar José Procópio, transporte de qualidade é uma antiga reivindicação dos conceicionenses e só não está funcionamento ainda por causa de entraves com a última licitação para conceder o serviço, há cerca de um ano. □
Representantes da Prefeitura e da Câmara durante a viagem