P DE SORR R, SEUS DI S FICAR M MAIS FUN! R. Salvino Pascoal Patrocínio, 28 loja 06 31 3831.7530
A ACAB U DE CH GAR. DIVERSÃO & PRESENTE É COM A GENTE MESMO.
DeFato
Ao Leitor
Do sexo à maternidade (ou vice-versa)
J
á havia me decidido a despedir dos editoriais da revista para deixar a função para um de nossos competentes jornalistas. Quando definimos que a capa seria sobre maternidade, entretanto, não pude me eximir. Afinal de contas, da nossa equipe de redação, apenas eu passei pela experiência do parto – como mãe, claro! A maioria de nós, geração X, Y e Z (como se chamará a próxima?), veio ao mundo numa sala fria de hospital, cheia de equipamentos, médicos e enfermeiros. Entre os brasileiros nascidos neste século, metade ou mais foram arrancados do útero por uma cesariana. Minha vó, que perdeu dois dos dez filhos os quais deu à luz, conta como os bebês nasceram na fazenda, no aconchego quentinho do lar, com a ajuda de parteiras que eram vizinhas e não recebiam pelo ofício. As histórias antigas são lindas e bucólicas, mas fico imaginando o tamanho do aperto que essas mães passavam! E não é que esse mundo maluco, cheio de ciclos, agora caminha para a revalorização dos partos naturais, sem remédios ou anestesias. Muitas mamães modernas estão gerando os filhos em casa e alguns hospitais de ponta já possuem quartos especiais para partos na água. Estão chamando essa tendência de “humanização dos partos”. Sim, porque até isso nós, seres humanos, conseguimos: desumanizar a forma como nascemos. Não vêm a esta pauta os riscos e benefícios dos diferentes tipos de partos. Só defendo o direito de escolha da mãe, que muitos municípios têm tirado, como relata nossa matéria de capa. Porque com ou sem as maternidades (espaços físicos), a maternidade (tornar-se mãe) é uma experiência assustadora, linda e irreversível, que merece e precisa ser respeitada. Toda mãe tem casos tristes, divertidos, desesperadores, extasiados sobre suas crias. Os partos podem ter procedimentos padronizados, mas a maternidade nunca foi uma fórmula pronta, que se repete ao longo das gerações. A relação mãe e filho é algo único que me recuso a tentar explicar aqui. Às mães que estão lendo, obrigada
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Diretora Geral Kelly Eleto kelly@defatoonline.com.br
por me entenderem. Aos demais, sinto muito. Apesar de vivenciar muitas dores, delícias e loucuras de ser mãe, sempre gostei de me concentrar nas partes boas. Uma vez me disseram que da forma que falo, a maternidade parece ser a coisa mais legal do mundo. Minha teoria é que tudo pode ser a coisa mais legal do mundo. O segredo está no modo como enxergamos nossas experiências. Neste exato momento, por exemplo, estou numa fase tensa com a filha de oito anos. Até então, sua maior dúvida era escolher entre a Barbie Castelo de Princesas ou a Barbie Sereia do Mar. Agora, ela me surpreendeu querendo saber o que é um motel. _ É igual hotel, mesma coisa _ tentei ficar livre. _ Se é a mesma coisa, por que tem outro nome? _ ela insistiu. _ Porque as pessoas podem fazer mais coisas lá, além de dormir _ respondi e me arrependi logo em seguida. _ Que tipo de coisas? _ Coisas que só os adultos fazem. _ Tipo trabalhar? _ Tipo se divertir. _ Mas criança também se diverte... _ Eu sei... mas é uma diversão diferente. Na verdade, nem é tão divertido, é só um lugar pra descansar mesmo. Um hotel que não entra crianças porque ali os adultos podem ficar mais à vontade para serem adultos, entende? Tem quarto, cama, televisão, geladeira, é tipo casa. Não tem nada de diferente. É só um lugar com outro nome _ me embananei toda. _ Ah, tá... _ ela me desprezou _ Não foi o que minha colega disse... _ E o que sua colega te disse? (da série perguntas que você faz e não quer ouvir a resposta) Ela me olhou bem sério e falou com a maior naturalidade do mundo: _ Mãe, você já ouviu falar em sexo? Até o fechamento desta edição, eu ainda não havia respondido. Kelly Eleto
Diretor Comercial Marcelo Eleto marcelo@defatoonline.com.br Chefe de Redação Sérgio Santiago sergio@defatoonline.com.br Editoria Rodrigo Andrade rodrigo@defatoonline.com.br Redação Renato Carvalho Tatiana Santos jornalismo@defatoonline.com.br Marketing/Eventos Bruno Rodrigues bruno@defatoonline.com.br Diagramação Pablo Carvalho arte@defatoonline.com.br Atendimento Cleise Martins atendimento@defatoonline.com.br Administrativo/Financeiro Jaciara Hermelino financeiro@defatoonline.com.br Assinaturas Aline Duarte assinatura@defatoonline.com.br Fundadores José Almeida Sana Marlete Moura Morais Sana DeFato é uma publicação mensal da Revista Itabira Ltda. Filiada ao Sindijori/Abrajori/MG Área de Circulação Centro-Leste, Centro-Nordeste, Médio Piracicaba, Jequitinhonha, Cidades Históricas e Turísticas e Grande BH Redação e Administração Av. Duque de Caxias, 240, loja 4 Esplanada da Estação, Itabira - MG (31) 3831-3656 DEFATOONLINE.COM.BR
Sumário
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Entrevista
Professor Márcio Santos
26
Cotidiano
36
Aluguel de veículos
45
Gastronomia
50
Esporte
Um novo olhar sobre a 381
Sãp Gonçalo
28
Modelo
Voluntariado
32
Capa
Nova Apae
Protetores dos animais
De hematita para o mundo
Partos ciganos
Colunas
40
Márcio Labruna Empreendedorismo
42
Daniel Lança Cidadania
44
Ronaldo Silvestre FatoR
Particidade e segurança
Prazer, Chico Savassi
Conheça o trekking
71
Janaina Depiné Elegante Sempre
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DeFato
Cartas
Capa Parabéns ao Grupo Belmont, por mais uma bela iniciativa. Orgulho de fazer parte deste empreendimento. E para os pessimistas de plantão, vão colocar olho gordo em outro lugar. Gabriela Alvarenga | Itabira Grande empreendimento. Em tempos de tantas notícias ruins para Itabira, é muito bom saber que tem gente pensando grande e oferecendo projetos diferenciados. Sucesso ao Grupo Belmont! Daqui da capital vou torcendo para nossa Itabira seguir em frente. Renato Machado | Belo Horizonte
Maio 2015 Edição 269
Bom saber que ainda há pessoas e empresas audaciosas e dispostas a encarar grandes empreitadas. Itabira merece isso. Merece ser tratada como cidade pujante. Antônio Lisboa Dantas | Itabira Fico feliz por fazer parte deste Grupo! Parabéns, família Ribeiro! Samuel Emílio | Itabira Maioridade trabalhista Antes se começava a trabalhar bem mais novo. Deveria voltar esse tempo, mas o Estatuto da Criança e Adolescente passa a mão na cabeça deles. Trabalhar engrandece a pessoa. Vejam nas cidades grandes: crianças de 7, 8, 9 anos vendendo bala nos sinais para não entrarem no mundo do crime. Carmem Magalhães | Itabira
Envie sua opinião para contato@defatoonline.com.br ou comente as matérias no site: www.defatoonline.com.br
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Apoio totalmente o vereador Solimar. Acredito que o trabalho é a melhor forma de educar e conduzir o jovem a ter responsabilidade e saber dar valor às conquistas. Tenho uma filha de 16 anos que já teve uma experiência de trabalho e procura por novas. Isso não a impediu de cuidar dos estudos de sua formação, muito pelo contrário, a motivou para
levar mais a sério a faculdade que ela quer fazer. Acredito que este é o caminho certo para nossos jovens. Júnia Maria do Carmo | Itaúna/MG Crise?! Que crise? Parabéns pela matéria. Sou lojista e realmente não aguento mais ouvir as pessoas falarem que não podem comprar e que ninguém está vendendo por causa da crise. Isso é uma palavra negativa. Só existe crise pra quem quer que ela exista. Arregace as mangas e bora trabalhar! Jean Oliveira | Belo Horizonte/MG Parabéns a equipe da DeFato por esse assunto abordado. Estamos cansados de ligar a TV ou rádio e ouvir falar somente da palavra crise. Temos que criar, arregaçar as mangas e trabalhar muito. Na minha opinião, é com crise que se cresce. Pensamentos positivos. Coragem será a palavra chave dos vencedores. Moisés Couto | Itabira Aeromodelismo Parabéns aos amantes da aviação em Itabira e região. Falta apoio, falta estrutura, mas o amor ao que se faz fala mais alto. Glaucius Detoffol Bragança | Itabira Parabéns, Bruno, e demais praticantes. O aeromodelismo é um hobby saudável e ao mesmo tempo divertido. Andreia Martins de Oliveira | Itabira Cruzes ao vento Bela iniciativa de valorização à fé, tradição e cultura. A Festa de Santa Cruz é maravilhosa e já estava demorando ter esse registro. Parabéns, Afra e equipe do documentário. Viviane Godinho | Itabira Animais em condomínio Com certeza é uma situação que precisa ser bem administrada. Tem muita gente que é apaixonada por animais, mas também há quem não goste. Os dois lados precisam sair contentes. Bom senso é primordial em qualquer tipo de relação. João Antônio Vieira | Itabira
DIÁLOGO COMUNIDADE ANGLO AMERICAN INVESTE R$ 5,5 MILHÕES EM SEGURANÇA PÚBLICA. A Anglo American concluiu a construção do novo quartel da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) em Conceição do Mato Dentro. O espaço irá abrigar os policiais militares do pelotão da PMMG, Polícia Ambiental e Polícia Rodoviária da região. Alvorada de Minas também contará com um novo quartel, que está em obras e deve ser finalizado no segundo semestre de 2015. Já o novo quartel de Dom Joaquim foi entregue no ano passado. Esses são apenas alguns exemplos das contribuições em segurança pública realizadas pela Anglo American nas cidades da região. Até o momento, já foram aplicados R$ 5,5 milhões, mas a estimativa é de que o investimento chegue a R$ 9,6 milhões. “A segurança é uma questão pública e um valor importante para a empresa. Por isso, temos apoiado as ações do governo municipal e estadual para contribuir com melhorias na região”, diz o gerente de Segurança Empresarial da Anglo American, Rômulo Diniz. O comandante do 5° Pelotão da 150º Cia do 35º BPM de Conceição do Mato Dentro, tenente Rogério Nascimento da Silva, explica que a parceria realizada com a empresa ajuda a PMMG a manter o atendimento à população. “Segurança é um serviço caro, por isso o apoio da Anglo American contribui para melhorarmos a infraestrutura e, consequentemente, o nosso atendimento à comunidade”, comenta o tenente. Os moradores da região têm percebido o esforço da Anglo American no apoio ao Poder Público para a melhoria da segurança pública. De acordo com a Pesquisa de Percepção Socioambiental, realizada pela consultoria Ferreira Rocha em 2014 junto aos moradores da região, 67% dos entrevistados tinham conhecimento dos investimentos da empresa em segurança.
Com as obras concluídas, o novo quartel será sede da PMMG em Conceição do Mato Dentro.
Veja alguns investimentos em segurança pública realizados pela Anglo American. Conceição do Mato Dentro:
• Construção do novo quartel da PMMG • Construção de 16 casas para efetivo policial • Construção do novo prédio da Cadeia Pública e Delegacia de Polícia Civil • Doação de quatro viaturas e quatro motocicletas para a Polícia Militar • Apoio ao Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) em 2013 e 2014, formando 418 alunos Dom Joaquim: • Construção do novo quartel da PMMG • Doação de duas viaturas e duas motocicletas para a Polícia Militar Alvorada de Minas: • Construção do novo quartel da PMMG • Doação de uma viatura e uma motocicleta para a Polícia Militar Serro:
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• Construção do novo quartel da 144ª Companhia da Polícia Militar • Doação de duas viaturas para a Polícia Militar
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DeFato
Entrevista
MÁRCIO CESAR FRANCO SANTOS
Universo
“sala de aula” Professor da Funcesi vai à Europa apresentar artigo que aborda a relação entre alunos e educadores, suas implicações e desafios
Tatiana Santos
A
relação entre alunos e professores ganhou novos contornos com o advento de novas plataformas de ensino. O contato que antes era exclusivamente pessoal, cara a cara, passou a ser também digital. Com o ensino à distância, na maioria das vezes, tanto quem ensina quanto quem aprende não sabe sequer a fisionomia um do outro. A comodidade do “delivery educacional” impõe o distanciamento pessoal. Essa mudança exige novos métodos e posicionamentos. O que mudou? Quais os pontos positivos e o que precisa ser modificado? Perguntas que demandam pesquisas e profundos estudos. O problema é que faltam pesquisadores. Um estudo do Relatório Unesco sobre Ciência, de 2010,mostrou que o Brasil tem a metade da média mundial de pesquisadores que é de mil para cada milhão de habitantes.
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Um professor da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi) está disposto a estudar esse cenário. Doutorando em Administração pela PUC Minas, Márcio Cesar Franco Santos, apresentará um artigo científico que analisa a relação aluno/professor em importante congresso na Europa. O estudo, intitulado “Estética em sala de aula: implicações para a relação de ensino e aprendizagem entre professores e alunos revelados em um contexto interacional”, será uma das atrações da 31ª edição do European Group for Organizational Studies (EGOS), no início de julho, em Atenas, na Grécia. Nascido no Rio de Janeiro, Márcio está há pouco mais de um ano em Itabira. Ele é professor de Relações de Trabalho e coordenador dos trabalhos de conclusão dos cursos de Administração e de Sistemas de Informação na Funcesi. Em 2011, o carioca também representou
o Brasil no EGOS, realizado na Suécia, apresentando um artigo sobre Responsabilidade Social Corporativa que, em breve, será publicado em formato de livro e será lançado em Itabira. Márcio Santos recebeu a reportagem de DeFato para uma entrevista sobre o lado pesquisador e o assunto que motivou o estudo. As respostas você confere a seguir. Em julho o senhor apresentará em Atenas mais um artigo científico de sua autoria. Como contextualiza o tema? O que vou apresentar em Atenas no European Group for Organizational Studies (EGOS) é dentro de um conceito das organizações e como a educação da Administração é feita. Educação como um todo. Nós aprendemos num ambiente de sala de aula que você tinha o professor e o aluno, como ainda é hoje.
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Tatiana Santos/DeFato
Professor Mรกrcio Cesar Franco Santos vai expor trabalho em congresso na Europa
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DeFato
Entrevista
Só que, nos últimos anos, surgiu exatamente o Ensino à Distância, o ensino virtual. Esse conceito de estética é o aluno dentro da sala de aula, vivenciando com o professor todas as experiências que ele coloca para o aprendizado. Então, você tem um quadro, você tem um projetor, você tem todo um ambiente em que o aluno está inserido e está participando. O que é essa estética? É você utilizar todos os sentidos humanos, o olfato, a fala, a visão, e estar participando desse aprendizado. Só que quando se coloca num ambiente virtual isso se perde. Você não tem mais esse contato, o professor não sabe mais se o aluno está entendendo, ele não está vendo o aluno. É preciso estudar isso para saber como a tecnologia pode preencher essa lacuna, favorecendo o aprendizado para aqueles alunos que não têm tempo de estar presencialmente, moram distante, por exemplo. Esses meios interacionais que eu coloco aí são exatamente o meio presencial e o que se dá por meio da internet. Quando começou a perceber que essa tendência estava muito forte e resolveu trabalhar o tema? Foi quando comecei a ter alunos presenciais, antes de fazer meu doutorado, e eu tinha toda essa possibilidade de fazer contatos com eles, de verificar se eles estavam prestando atenção no que eu estava colocando na sala de aula. Mas eu também tinha alunos virtuais, aí eu percebi que estava faltando alguma coisa, alguma coisa que precisava ser preenchida. Eu não sabia ainda que isso se chamava estética educacional. Aí eu comecei a pensar nessa possibilidade de entender o que estava faltando, onde eu, como pesquisador, poderia complementar isso, estudar e propor algumas alternativas. E quando você percebe essa lacuna e começa a ler, a
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tentar entender o que está faltando, você vê que há outras pessoas estudando coisas semelhantes. Começa a ver que tem solução, algo que você pode agregar e construir. Em relação ao artigo científico, vejo que todo o trabalho de pesquisa é trabalhoso e prazeroso. Você começa a ver que não está sozinho, que a gente tem muito que aprender. Ele se mostra prazeroso exatamente porque você começa a entender qual é a sua parcela de contribuição. Para esse artigo, tem aí um trabalho de quase um ano, entre pesquisa e escrita.
“Ora o professor ensina, ora aprende com o aluno. Isso mostra que é realmente uma relação” Como surgiu a oportunidade de mostrar o trabalho internacionalmente? Estive na Suécia em 2011, na 29ª edição do EGOS. Foi quando tive acesso a esse grupo de pesquisadores, que é uma turma já consolidada. Eles não têm a proposta só de discutir o que acontece lá na Europa, mas de discutir o que acontece no mundo. Tanto que eles têm uma edição latino-americana,
que no ano passado aconteceu no Rio de Janeiro. A proposta deles é entender as organizações mundialmente. Quando tive esse contato, vi que minha pesquisa poderia ingressar com o artigo na área, na linha temática que coloquei, que foi Arte, Design e Organizações. No ano passado, quando fiz a submissão para este artigo que vou apresentar em Atenas, foi que eu vi que essa era uma linha nova e que os assuntos poderiam ser discutidos. O que pretende trazer da experiência na EGOS, uma vez que apresentará o projeto em uma sessão para outros pesquisadores com grande conhecimento? E são mesmo de alto nível. São pessoas que eu só conhecia pelos livros. São pesquisadores que a minha maior intenção é de aprender com eles. Pessoas que estudam há muitos anos o assunto que hoje estou pesquisando. Certamente, eles têm muito o que passar, como eu também quero mostrar para eles que um país como o nosso tem interesse nesse segmento que está sendo estudado. Há pesquisadores que estão buscando ingressar nesse universo. Minha intenção é trazer para cá o que tem sido discutido, colaborar e receber as colaborações. Como tem se preparado para a EGOS, já que as atenções estarão voltadas para o senhor e outro brasileiro, únicos representantes da América da Latina? São artigos diferentes. Coincidentemente, estamos na mesma sessão temática (Arte, Design e Organizações). Então, a minha preparação é a todo o momento revisar o que vou apresentar. Em alguns dias, todos os pesquisadores dessa sessão vão receber os materiais que serão apresentados. Ao todo, são 16. Temos que ler previamente os materiais exatamente para favorecer as
discussões. Cada um tem que preparar perguntas para os outros. É um fórum de discussão. Estou me preparando, estudando em cima do tema para ter uma dinâmica interessante e para que eu possa trazer colaborações e mostrar a eles o que a gente tem pesquisado aqui nesse segmento de ensino-aprendizagem presencial e ensino-aprendizagem à distância. O que eu quero é entender quais competências nós professores precisamos ter hoje para desenvolver assuntos que sejam do interesse dos alunos. Quais competências temos que ter para interagir com esses diferentes meios interacionais? Em sala de aula, eu tenho as minhas competências que me fazem ser docente. E dentro do ambiente virtual? Quais são, afinal, as questões chaves dessa relação professor/ aluno? Acho que o desafio nosso é exatamente associar a teoria à prática. A prática, em qualquer campo do saber, não pode ser dissociada da teoria. A gente está dentro de uma instituição que ensina a teoria, mas a gente não pode esquecer que a prática está aí. Ela é trazida muitas vezes pelo aluno e pela nossa vivência também. A gente não pode pensar em teoria e pensar em prática de forma isolada. Temos que buscar congregar, unir essas duas questões. Essa é a minha maior preocupação. Associar teoria e prática nessa relação entre professor e aluno o tempo todo. Ora o professor ensina, ora aprende com o aluno. Isso mostra que é realmente uma relação. Em 2011, você apresentou na Suécia um ar tigo sobre Responsabilidade Social Corporativa. Isso é levado a sério ou é uma questão apenas para manter a boa imagem da empresa? A questão da responsabilidade social, que foi o meu objetivo de pesquisa de Mestrado, é uma questão que tem sido muito discutida nos últimos anos.
Quando se começou a falar sobre responsabilidade social, ainda não existia a participação das empresas. A responsabilidade social é um dever do Estado. Por mais que o Estado faça seu dever de casa, a população cresceu muito, o Brasil passou por um crescimento populacional nos últimos 50 anos de uma forma muito acentuada. Então, por mais que o Estado tenha feito as suas ações para promover responsabilidade social aos seus indivíduos, isso não chegou para todos. Aí houve um determinado momento, na esfera da Administração, que as empresas passaram a promover algumas atividades que chegassem próximas de uma responsabilidade social. A questão ambiental também está inserida nesse contexto. Quando eu fui fazer minha dissertação, estava muito descrente com essa coisa de ser levada muito para o discurso e nem sempre na prática. De fato, há algumas coisas que precisam ser melhoradas, mas ainda tem muitas coisas que as empresas fazem. No caso, a empresa que eu pesquisei tinha algumas lacunas para serem preenchidas e outras não, pois elas estavam executando aquilo que elas deveriam executar. Cabe a nós, estudantes, sociedade, administradores, buscar evidenciar o que está errado, o que não está funcionando direito e propor algumas alternativas de visão num contexto mais amplo, visando a responsabilidade social, a questão do meio ambiente, da saúde. Então, eu não sou cético em relação a esta questão. Eu sou otimista. Você pretende publicar um livro. A responsabilidade social será o tema? O meu livro faz o estudo de caso de uma refinaria do Rio de Janeiro, meu estado. Nesse estudo, há pontos negativos evidenciados, sim, e acho que temos de ser transparentes com o nosso olhar. O meu olhar estava muito focado nas coisas que não funcionavam em relação ao retorno para as comunidades. O meu olhar é um olhar da organização, do poder público e um
olhar da comunidade, uma tríplice. Aqui diz que a coisa funciona de uma forma e a comunidade está dizendo outra. Então, foi um estudo inovador na época, que vou dar continuidade na minha tese. Por meio de fotos, eu mostrei exatamente qual era o olhar da comunidade em relação ao que estava sendo oferecido a ela. O título do livro é “Polo Petroquímico e Sua Promessa de Desenvolvimento - Duplo Olhar sobre a Refinaria de Duque de Caxias”. A empresa está estabelecida há mais de 50 anos no município, mudou a geografia do local exatamente com a promessa de desenvolvimento. Desenvolvimento esse que não aconteceu para toda a população, inclusive para a população no entorno dessa refinaria, que não teve todas as questões de saúde e de meio ambiente observadas. Alguma consideração final? Agora é apresentar esse artigo, que é um dos primeiros frutos da tese que vou defender em 2017. Durante um tempo eu vou ficar em Portugal fazendo uma pesquisa comparativa sobre como é que o Brasil está enxergando o ensino à distancia e essa competência dos profissionais brasileiros de ensino em Administração, e como isso está acontecendo em Portugal, como estão desenvolvendo isso.
“Cabe a nós, estudantes, sociedade administradores, buscar evidenciar o que está errado, o que não está funcionando direito e propor algumas alternativas de visão num contexto mais amplo” JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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DeFato
Anote Cidades
Pegou de surpresa
Tatiana Santos/DeFato
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) surpreendeu uma comissão formada por vereadores e servidores públicos, com a aprovação de uma área no bairro Barreiro, em Itabira, para ser construído o centro de internação de menores. O terreno não era nem de longe o favorito dos representantes. Eles esperavam que o Estado aprovasse uma área no Candidópolis. O Barreiro não é visto com bons olhos por causa da quantidade de residências que existe no local. “Agora precisamos definir o que vamos fazer. Não vamos
Intolerância religiosa Um crime contra o patrimônio e a religiosidade foi registrado em Itabira no dia 14 de junho, quando a Diocese Itabira-Coronel Fabriciano completava 50 anos. Uma pessoa não identificada entrou na Capela do Santíssimo da Catedral e pichou o local. Os vândalos escreveram: “Idolatria. A ira de Deus. Arrepende”. Na mesma manhã, o Santuário de São Geraldo Majela foi pichado do lado de fora. Outras paróquias, como a Nossa Senhora da Saúde, no Centro, e de Santo Antônio, no bairro Gabiroba, também foram alvos do vandalismo. A Polícia Militar registrou o boletim de ocorrências e a Civil investiga o caso. A Igreja Católica afirmou que iria realizar um “ato de desagravo”, que é um pequeno ritual para retomar a consagração de um local que acaba de ser profanado. Em nota, o Conselho de Pastores de Igrejas Evangélicas repudiou o ato.
Verba para a saúde O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), em Itabira, recebeu verba de R$ 500 mil do Governo do Estado para compra de novos equipamentos para o bloco cirúrgico. A celebração do convênio ocorreu no início de junho, no gabinete do prefeito Damon Lázaro de Sena, que contribuiu para que o dinheiro fosse liberado. O provedor do HNSD, Vaqui-
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mar Vaz (foto), agradeceu ao chefe do Executivo pelo empenho na busca de recursos que contribuem de forma significativa para melhorar a estrutura do hospital e proporcionar atendimento de qualidade à população. A verba será usada para a aquisição de novas mesas cirúrgicas, respiradores e instrumentos. Em abril, o provedor do HNSD já havia assinado a ordem de compra
desistir da construção e não podemos permitir que seja construída no Barreiro”, defendeu o vereador Ilton Magalhães (PR), que integra a comissão. Ilton também disse que a discussão para a instalação do centro de internações voltou “à estaca zero”. Os moradores do bairro mostraram rejeição à ideia e Prefeitura já descartou construir a estrutura no Barreiro. O espaço favorito da comissão itabirana é o mesmo onde será construída a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac).
Silvio Andrade
Acom PMI
para a aquisição de equipamentos para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta, no valor de R$ 1.144.350,00. Na assinatura de junho, os recursos foram provenientes do Governo Federal.
Preocupação nos rios
Divulgação
Desde meados de maio, centenas de peixes estão sendo encontrados mortos na bacia do rio Santo Antônio, principal afluente do Rio Doce. A suspeita é de uma forte contaminação da água por resíduos químicos. De acordo com relatos de moradores de Ferros e Carmésia, peixes mortos são vistos em pontos diferentes boiando no Santo Antônio e no rio do Peixe, afluente do primeiro. A Polícia do Meio Ambiente fez buscas na região para verificar a causa da contaminação. Foram requisitadas análises da água ao Igam e dos peixes mortos ao IEF, além de comunicados os órgãos competentes. A Prefeitura de Ferros informou que receberá apoio da Copasa para realização de análises laboratoriais. Já o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), de Itabira, ofereceu suporte para análises laboratoriais. A Secretaria Municipal de Saúde de Ferros emitiu um comunicado recomendando a população a não consumir os peixes do rio e nem se banhar nele até que as análises laboratoriais da Copasa sejam concluídas.
Monlevade capital O município de João Monlevade articula para ser reconhecido como “Capital Mundial do Fio Máquina”. O projeto foi apresentado por representantes da Prefeitura local para a empresa ArcelorMittal e conta com apoio
da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sebrae e Associação Comercial e Industrial (Acimon). A ideia é avivar um atrativo turístico e criar no cidadão monlevadense um motivo de orgulho de pertencer à
A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro iniciou no mês de maio uma grande operação tapa-buracos. Até o momento foram recuperadas nas ruas dos bairros Matosinhos (em fase de conclusão), Córrego Pereira, Barro Vermelho e Vila Caetano (em andamento). Em paralelo, as ruas utilizadas como desvio para as obras da avenida JK, que está em fase final, também serão recuperadas. “Esperamos que até o final do
Acom PMCMD
Tapa-buracos
cidade. A ArcelorMittal comemorará 80 anos da usina em João Monlevade e o projeto é que o título de Capital Mundial do Fio Máquina torne ainda mais forte a ligação do município com a atividade econômica.
mês de junho a operação tapa-buraco seja concluída, além da recuperação das ruas que foram utilizadas como desvio da obra da Avenida JK”, disse o secretário de Obras, Ricardo Guerra. Além disso, serão iniciadas a pavimentação da Rua José Pinto Fernandes, Rua da Praia e Rua Levi Costa e construção da Ponte da Inhalina, na sede municipal e o calçamento de toda a sede do distrito de Costa Sena.
DeFato
Anote Política
Política pelo desenvolvimento O deputado estadual Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” (PDT) apresentou o Projeto de Lei 1.195/2015 que autoriza o Poder Executivo estadual a criar autarquia territorial para o desenvolvimento integrado do Médio Rio Piracicaba. A autarquia terá a denominação de Agência de Desenvolvimento Integrado do Médio Rio Piracicaba (Adimepi) e a finalidade de promover o desenvolvimento econômico e social da região.
Guilherme Bergamini
De acordo com Nozinho, o potencial de desenvolvimento do Médio Piracicaba se elevará sensivelmente a partir da implantação de políticas públicas adequadas de planejamento. O deputado ressaltou que apesar de dinâmica e vigorosa, com economia fortemente assentada na atividade minerária, a região ainda precisa conquistar um nível de desenvolvimento que satisfaça, em sua plenitude, a melhoria nas condições de vida do cidadão local.
Acabou o amor “Cobrem de nós”
Sérgio Santiago/DeFato
Sérgio Santiago/DeFato
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabira, Maurício Martins, declarou que a entidade rompeu os laços com o governo municipal. Segundo o empresário, a decisão foi tomada durante uma reunião entre os diretores da entidade. Maurício disse que a CDL não tem concordado “com muita coisa que vem acontecendo”. O presidente listou a “invasão de camelôs”, a relação da prefeitura com os fornecedores locais e com a própria entidade. Do tempo em que CDL e Prefeitura trabalharam juntas, Maurício citou algumas parcerias que deram certo, como a realização de duas Expoitas, convênios para palestras, capacitação de lojistas, programa Desenvolver, entre outras.
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Durante participação na tribuna da Câmara de Itabira, o vereador Paulo Soares (PSB) fez uma reflexão a respeito da atuação política. Sem isentar a ele mesmo, o socialista convocou a população a cobrar, “acirradamente”, de legisladores e detentores de cargos no Executivo, o cumprimento de promessas feitas especialmente durante as eleições. “Promete-se até o que não pode ser cumprido”, afirmou. Paulo se referia a inúmeras promessas de propostas de diversificação econômica que ficaram pelo caminho há décadas em Itabira. Para o vereador, as propostas de diversificação precisam sair do papel e “serem levadas a sério”.
Ao se referir à crise econômica atual, o socialista cobrou que políticas públicas sejam definidas para acolher quem está sendo diretamente afetado pelo desemprego. “Qual a política pública que vamos adorar para acolher essas pessoas? Precisamos lembrar que são essas pessoas que vão decidir o próximo prefeito, o vice e os 17 vereadores que estarão nessa Câmara. A gente é muito cobrado e tem que ser assim mesmo. É o político que promete até o que não pode cumprir. Ano que vem tem eleição e eu espero que a população continue cobrando acirradamente de todos nós”, exclamou o vereador na tribuna.
Leis ultrapassadas A Lei Orgânica Municipal e o Regimento Interno da Câmara de Itabira estão sendo analisados e devem ganhar alterações ainda este ano. Desde o mês de março, ocorrem reuniões de discussão sobre os artigos das duas matérias. Assessores parlamentares participam neste primeiro momento, quando cada artigo das normas é revisto, e, quando necessário, são indicadas alterações. A Lei Orgânica Municipal foi instituída em 1990 e o Regimento Interno da Câmara é de 1993. Já foram revistos 170 artigos da Lei Orgânica e aditivos. O trabalho agora se concentra na revi-
Política jovem
As câmaras municipais de João Monlevade, Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo são as representantes da região no Parlamento Jovem 2015, uma iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e da PUC Minas. Os três municípios formam o Polo Médio Piracicaba e ajudam a debater o tema “Segurança Pública e Direitos Humanos”, escolhido para a edição atual. Este ano, mais de 40 municípios
são de 320 artigos do Regimento Interno do Legislativo. A data para a revisão geral do trabalho está marcada para o fim de junho. A proposta de revisão na Lei Orgânica Municipal e no Regimento Interno da Câmara partiu do presidente do legislativo, vereador Solimar Silva (SD). Segundo ele, havia uma defasagem nas normas e seria preciso a revisão. “A revisão das leis é uma necessidade que foi bem recebida pelos colegas vereadores. Teremos a oportunidade de modernizar a legislação de acordo com a nossa realidade”, afirmou.
Acom/CMI
demonstraram interesse em participar do projeto. A exemplo do ano passado, todas as cidades foram divididas em polos regionais a fim de dar mais autonomia ao processo. A Câmara de Itabira recebeu os coordenadores do projeto em visita técnica. Também foi realizado um encontro regional, em João Monlevade, com os 70 alunos participantes. Todos os envolvidos foram integrados e capacitados para atuar no projeto.
DeFato
Anote Economia
Água salgada
Arquivo
Os moradores de Itabira e João Monlevade começaram o mês de junho com uma notícia que ninguém gosta de receber. A água ficará mais cara nas duas cidades. Em Itabira, o acréscimo é de 11%. Em Monlevade, o preço vai ficar ainda mais salgado: 26,74%. A justificativa para o aumento é a mesma nos dois municípios. Tanto em Itabira quanto em Monlevade, as autarquias que administram o sistema de distribuição de água argumentam que estão gastando muito mais por conta do reajuste nas tarifas de energia. Em Itabira, Saae argumenta que o aumento nas bandeiras tarifárias nos custos de energia foi de 62,88%. Outro ponto é que esse acréscimo com a luz elétrica não foi levado em consideração no último reajuste de água, ocorrido em outubro de 2014. Já em Monlavade, o DAE aponta alta de 47,42% na tarifa de energia. Além disso, a Administração Municipal considera outros fatores, como a crise econômica, determinação legal de autossuficiência da autarquia e relevo irregular. Renato Carvalho/DeFato
Menos iluminado
O Natal em Itabira será menos iluminado em 2015. Por causa da crise econômica que o município atravessa, a Prefeitura já avisou que irá reduzir a decoração de fim de ano. Locais que antes recebiam os enfeites não receberão mais. Os adornos ficarão concentrados em uma área mais centralizada e serão praticamente os mesmos de 2014. Somente 20% deles serão novos. Como nos anos anteriores, a Câmara de Vereadores e outras institui-
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ções enviaram pedidos para que suas sedes fossem contempladas com enfeites no Natal. Mas receberam “não” como resposta. “Nos anos anteriores a gente conseguiu atender várias entidades que pediram os enfeites natalinos. Este ano, infelizmente, não vai dar, por causa dos ajustes no orçamento. Então, vamos concentrar os enfeites mais na área central e reaproveitar 80% do que foi usado do ano passado”, comentou a secretária
municipal de Ação Social, Valquíria Pascoal. A decoração em Itabira é feita com materiais recicláveis e desenvolvida pelo Conselho Municipal do Bem-Estar do Menor (Combem), por meio de convênio com a Prefeitura. No ano passado, ainda houve licitação para escolha de um especialista que orientaria os participantes do projeto. O escolhido foi o estilista Ronaldo Silvestre.
Rodovias privadas
O Governo Federal anunciou no início de junho um pacote de privatizações de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos em todo o país. As BRs 381 e 262, entre Belo Horizonte e divisa do Espírito Santo, estão incluídas. Os investimentos previstos pelo Governo chegam a R$ 198,4 bilhões e fazem parte da nova fase do Programa de Investimento em Logística (PIL). As rodovias federais mineiras vão demandar investimento estimado em R$ 1,9 bilhão, cujo objetivo é duplicar e melhorar a segurança em 305 km, entre a capital e o ES. Ainda não foi definido qual será o modelo adotado em cada concessão. Por isso, não há previsão de quanto o governo vai arrecadar com os leilões.
Nova diretoria
A Associação Comercial e Empresarial de Conceição do Mato Dentro empossou a nova Diretoria Executiva e dos Conselhos de Administração, Fiscal e de Apoio à Entidade. A cerimônia ocorreu no dia 2 de junho, na Biblioteca Pública da cidade. Coryntho José de Oliveira Filho foi reeleito presidente e comandará a entidade até 2018. Em seu discurso, destacou uma gestão focada em
DeFato
ações participativas que visem fortalecer o comércio e a indústria do município. “A ideia aqui é cada um doar um pouco de si e um pouco do seu negócio para fazer o papel que nós devemos fazer. Não é obrigação de ninguém, não é a obrigação da Prefeitura, não é do Estado, das empresas. É obrigação do cidadão que está à frente das entidades”, afirmou.
DeFato
Anote Gente
Executivo do ano O itabirano Marco Antônio Lage, diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina, conquistou o primeiro lugar nacional no prêmio Top Mega Brasil de Comunicação Corporativa. Os vencedores foram escolhidos por meio de votos de jornalistas, professores e profissionais do setor de todas as regiões brasileiras. O prêmio é destinado aos melhores executivos de comunicação corporativa e agências do Brasil. Além de reconhecer os três primeiros colocados no
ranking nacional, foram diplomados os 10 executivos e agências mais votadas em todo país e por região, listas nas quais o itabirano também figurou. Marco Antônio é jornalista e mestre em Marketing Estratégico pela Universidade Federal de Santa Catarina. Na FCA, comanda uma equipe de 30 profissionais nos escritórios de Minas Gerais, São Paulo e Recife, que respondem pelas áreas de Imprensa, Relações Públicas, Eventos e Responsabilidade Socioambiental. Coordena o Comitê de Imagem da FCA, onde se integram ainda as áreas de Publicidade, Marke-
Bárbara Dutra
ting e Comunicação Interna. Também é vice-presidente da ABERJE, vice-presidente da Casa Fiat de Cultura e diretor-geral do Instituto Minas Pela Paz.
Corredor exemplar Renato Carvalho/DeFato
Olímpio José Ferreira, de 61 anos, conhecido como “Tiú”, comerciante em Conceição do Mato Dentro e um atleta exemplar. Começou a correr em 1989, quando ainda morava em Lagoa Santa e fumava e bebia muito. Naquele ano, resolveu mudar de vida, largar os vícios e começar a praticar esporte. Disputou sua primeira corrida oficial, em Concei-
Depois de 23 anos como promotora de Justiça, a itabirana Reyvani Jabour Ribeiro foi promovida a procuradora do Ministério Público de Minas Gerais, o último estágio da carreira. A solenidade aconteceu na última no dia 10 de junho, em Belo Horizonte. “O cargo de procurador é o promotor da segunda instância. O promotor de Justiça atua com o juiz de primeiro grau. O procurador atua perante os desembargadores e os ministros do STJ”, explica. “Vou atuar na área Cível. Ao
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invés de propor ações, a gente trabalha nos recursos. Vou para uma área de interesse difuso e coletivo que trabalha com meio ambiente, Estatuto da Criança e do Adolescente, improbidade administrativa, patrimônio público, habitação, urbanismo. É uma área bem extensa”, completa. Nascida na cidade de Drummond, Reyvani Ribeiro, formada em Direito, foi aprovada em concurso público para promotor em 1992. Trabalhou em Teixeira, Itabirito, Contagem e está há
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Segunda instância
ção do Mato Dentro, e ficou em terceiro lugar. Desde então, não parou mais. Participou da Volta Internacional da Pampulha, da São Silvestre, da Meia Maratona do Rio de Janeiro e de várias outras corridas pelo Brasil. Coleciona dezenas medalhas, troféus e algumas fotografias que comprovam seus feitos, resultado de muita disciplina.
17 anos em Belo Horizonte. Além de assumir a nova função, a procuradora também foi condecorada com Medalha do Mérito do Ministério Público.
Farmacêutico centenário tiveram cinco filhos: Consuelo, Cássio, Marcelo, Eleanor e José Luiz. São dez netos e onze bisnetos. Milton era o responsável pela extinta farmácia São Domingos, que funcionou por muitos anos na rua Água Santa, no Centro da Itabira. Naquele tempo, era considerado médico pelas pessoas. Para o vovô Milton, o segredo da longevidade, é “não fumar, não beber, não jogar e não assistir novelas”.
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O farmacêutico Milton de Carvalho Cardoso pode se orgulhar: alcançou uma marca impressionante. No dia 4 de junho, o nova-erense radicado em Itabira completou 100 anos . Milton nasceu em Nova Era, morou em Ferros e depois se mudou para Itabira, onde trabalhou, casou e consolidou a vida. Hoje, mora com a filha, Eleanor, em Belo Horizonte. Milton foi casado por 61 anos com Maria de Lourdes, que faleceu há 10 anos. Eles
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Itabirano global
Destaque no exterior O estudante itabirano Thallus Simon Monteiro não tem medo de novas experiências. Aos 21 anos, deixou a cidade natal para se aventurar em um país desconhecido. Foi para a Austrália e ganhou destaque por lá. Thallus é aluno do quinto período de Engenharia da Mobilidade na Unifei Itabira e foi para o exterior por meio do programa “Ciências sem Fronteiras”, do Governo Federal. Inicialmente, ele iria para aprender o inglês na escola Swinburne. Em pouco mais de dois meses passou a falar e escrever com fluência na nova língua e ganhou a chance de cursar um semestre de Engenharia Civil na mesma instituição.
A rápida adaptação rendeu ao itabirano destaque na escola. Ele virou garoto propaganda e teve a imagem veiculada em outdoors que a instituição espalhou pela cidade de Melbourne. “Trouxe muito aprendizado. Em especial o pensamento centrado que eles têm. Talvez a procrastinação seja o pior inimigo do brasileiro hoje em dia. As pessoas perdem muito tempo (que poderiam ser bem utilizados e aproveitados) em besteiras como o Facebook e WhatsApp e se esquecem de suas tarefas. Lá não é assim. Isso precisa ser mudado para uma evolução da nossa sociedade” diz Thallus.
O modelo e cabeleireiro itabirano Douglas Thayller, 24 anos, está cada vez mais perto de seus objetivos profissionais. Depois de participar de dois capítulos da novela Babilônia, da rede Globo, ele está fazendo testes para Malhação e Zorra Total. O ator mudou-se para o Rio de Janeiro no início de maio. Agenciado pela Mega, de Belo Horizonte, e Styllo Models, de São Paulo, até ser chamado para a Globo o ator e modelo morava em Itabira, onde trabalhava em salão. “Um produtor me achou e gostou do meu trabalho. Me convidou para vir em um workshop e fiz todos os testes. Pegou meu contato e depois me ligou dizendo que aprovou meu perfil. Em seguida, ele me convidou para algumas figurações para ver o meu trabalho”, afirmou. JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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DeFato
Conceição do Mato Dentro
Cartas que não
chegam
Renato Carvalho/DeFato
Usuários reclamam da prestação de serviços dos Correios em Conceição do Mato Dentro após assalto. Serviço de entrega ficou parado por mais de 20 dias
Agência dos Correios em Conceição do Mato Dentro passou por problemas na distribuição de correspondências
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esde abril deste ano, os conceicionenses têm enfrentado grandes problemas com a distribuição de cartas e encomendas pelos Correios. Além de não receber em casa suas correspondências, muitos têm problemas também em retirá-las da sede do serviço de entregas. Atualmente, a agência dos Correios na cidade conta com nove funcionários fixos, divididos entre entregas e trabalho interno. São dois motoqueiros, dois carteiros, além de um entregador que trabalha com carro. Na agência são três atendentes e um funcionário interno. A bióloga Andréa Flávia, 35 anos, é uma das várias pessoas que sofrem com os serviços dos Correios. Ela reclama da falta de espaço da agência e de
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desorganização. “Não há organização para as encomendas destinadas à caixa postal, que é o que vivencio. Acredito que isso reflita na falta de organização das entregas”, opinou. A arquiteta Maiara Caldeiras, 30, também reclama da falta de entregas da agência conceicionense. Segundo ela, várias correspondências demoram muito a chegar nas casas. Além disso, funcionários dos Correios tiveram dificuldades em localizar suas cartas. Culpa dos bandidos Segundo o gerente dos Correios de Conceição, Ramiro Fernandes, os problemas aconteceram após o assalto à agência, no dia 8 de abril. Devido à ação dos criminosos, todos os funcionários
da unidade ficaram 15 dias afastados e precisaram ser submetidos a terapia psicológica. O gerente explicou que outros funcionários foram designados para fazer a distribuição, mas como não conhecem bem a cidade, tiveram dificuldades em executar os serviços. “A distribuição precisa ser feita por gente que conhece e os que vieram não sabiam os endereços. Ficamos 20 dias sem ter entrega, total ou parcial”, contou Ramiro. Segundo o gerente. a prestação do serviço já foi normalizada. “Chegamos a ficar com 20 mil correspondências paradas na unidade. Tivemos apoio de carteiros de outras cidades e fizemos mutirão trabalhando aos sábados para dar vazão”, explicou.
DeFato
Conceição do Mato Dentro
Água problemática Problemas com abastecimento e esgotamento sanitário são tantos que até viraram tema de audiência pública na Câmara de Vereadores de Conceição do Mato Dentro
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precisa apresentar serviço. Infelizmente o serviço aqui está deixando a desejar”, criticou. Francisco Mariano de Carvalho, Chico Mariano (DEM), mora no Largo do Rosário. Como representante parlamentar, também ouve muitas queixas da população. “A reclamação sobre a Copasa é generalizada. Todo bairro que você vai tem reclamação. Tivemos um caso de um esgoto aberto há mais de um mês e a Copasa falou que não tem verba para arrumar”, apontou. Para Francisco, a prefeitura precisa colocar fiscais para vigiar o serviço da empresa. Além dos problemas com falta de água e esgoto a céu aberto, há também, segundo ele, casos em que a Copasa Renato Carvalho/DeFato
orneiras secas, esgotos estourados, solicitações pendentes... A situação do abastecimento e esgotamento sanitário em Conceição do Mato Dentro está crítica. São tantas as reclamações que a Câmara Municipal resolveu fazer uma audiência pública para promover um debate amplo sobre o assunto com a comunidade, Copasa, vereadores, Ministério Público, prefeitura, agência reguladora (Arsae) e outras autoridades. Segundo a presidente da Câmara, vereadora Flávia Mariza Magalhães Saldanha Costa, a audiência foi uma oportunidade democrática para se debater os problemas e propor soluções. “Abrimos os microfones para que essa população que está queixosa em diversos aspectos se manifeste. Nosso papel é mediar”, disse ela. Além do diálogo, Flávia afirma que é competência das autoridades municipais também fiscalizar o trabalho da companhia de saneamento no município. “Cabe à prefeitura fiscalizar as obras que a Copasa realiza. A prefeitura tem que exercer melhor esse papel de fiscalizadora das obras para que a população não sinta tanto”, afirmou. Para o vereador Vander Rosa Santana, Vander do Lain, a audiência foi um espaço que a Câmara abriu para as pessoas questionarem. “A gente, como representante público, é que é cobrado”, disse ele. Segundo o legislador, a maior reclamação, principalmente no bairro Bandeirinha, onde mora, está relacionada às redes de esgoto estouradas. “Em várias ruas, pelo que eu sei, os moradores são cobrados pela taxa de esgoto sem ter o esgoto encanado. A Copasa
abre o asfalto para consertar problemas de encanamento e não fecha. “A população está muito insatisfeita e os mais cobrados somos nós. Esperamos que, com essa audiência pública, muitos problemas sejam resolvidos”, afirma. No bairro Vila Caetano, segundo o vereador Silvio Silvério Costa, o Tico do Silvério, é comum a comunidade ficar sem água a semana inteira. Ele reclama que as famílias nem são avisadas do corte repentino do abastecimento. “Você acorda cedo e não tem uma água nem para lavar o rosto, lavar uma vasilha. Esta audiência pública é um grande avanço para podermos cobrar das autoridades, dos representantes da Copasa e das autoridades que fiscalizam”, informou. Outro lado De acordo com representantes da Copasa, Conceição virou um canteiro de obras nos últimos anos. Eles destacam a reestruturação da avenida JK, na região central, que tem causado vários transtornos. Isso, na visão dos representantes, dificulta muito o trabalho das equipes. A empresa reconhece que às vezes enfrenta dificuldades em atender aos vários chamados e atribui o problema ao crescimento acelerado da cidade: diversos bairros novos, loteamentos, construções. Por outro lado, a empresa diz que os problemas são pontuais. Ao contrário de outras cidades, como Itabira, Conceição não sofre com escassez dos mananciais. Ou seja: água tem, e em boa quantidade. O que falta são investimentos necessários para acompanhar o acelerado crescimento da demanda. JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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DeFato
São Gonçalo do Rio Abaixo
Uma nova Apae Nova sede em São Gonçalo do Rio Abaixo permitirá aplicação de excelência dos conceitos de acessibilidade e inclusão social
Fotos: Malu Sales/ACOM/PMSGRA
Deputado Nozinho o aluno Pedro Teodoro, o prefeito Antônio Carlos e a presidente da Apae, Maria Flaviana, durante inauguração
O
clima de emoção e agradecimento tomou conta do município de São Gonçalo do Rio Abaixo no dia 2 de junho. Autoridades e comunidade se reuniram para inauguração da nova sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). A solenidade ocorreu no novo endereço da entidade, na rua A, nº 355, bairro Cidade Universitária. Para marcar a conquista, alunos apaeanos apresentaram um número
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de dança com a música “Querer é Poder” dos compositores José Augusto e Xuxa. A fanfarra da escola fez uma apresentação animando o público presente. O são-gonçalense Pedro Luiz de Souza também cantou uma música em homenagem à Apae. Entre as autoridades, compareceram a presidente da Apae/São Gonçalo, Maria Flaviana Figueiredo; o prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Antônio Carlos Noronha Bicalho; o vice-pre-
feito, Eduardo Fonseca; a presidente da Câmara, Luciana Maria Bicalho; o deputado estadual, Raimundo Nonato Barcelos; a Conselheira Regional das Apaes do Vale do Aço 1, Maria Aparecida de Oliveira Torres, representando o deputado federal Eduardo Barbosa, presidente da Federação das Apaes de Minas Gerais; a secretária municipal de Educação, Glória de Fátima Pessoa, e a autodefensora da Apae, Scarlet Joana Teodoro, representando os apaeanos
de São Gonçalo. O deputado estadual e ex-prefeito, Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho”, parabenizou a atual administração por ter dado continuidade a obra em seu governo. “Parabenizo o prefeito Antônio Carlos que continuou a parceria com a Apae para que terminasse a obra, porque com R$1 milhão não daria para concluir a construção. Antônio ajudou a terminar a Apae e com certeza vai continuar com essa parceria. Tenho certeza que São Gonçalo está no caminho certo e com certeza outras conquistas como essa vão acontecer”, finalizou o deputado. O prefeito Antônio Carlos Noronha Bicalho disse que estava muito emocionado com a inauguração e satisfeito em ver como o recurso repassado pela Prefeitura à entidade foi bem aplicado. “O que está empregado aqui é o dinheiro do povo de São Gonçalo que foi muito bem investido e com muita responsabilidade como foi apresentado na prestação de contas. Esta é uma obra que beneficia todo mundo e sei que as instalações sempre vão estar bem cuidadas”, finalizou o prefeito. O descerramento da placa inaugural e o desenlace da fita foi feito pelo deputado Nozinho, pelo prefeito Antônio Carlos, a presidente da Apae Maria Flaviana e o aluno Pedro Henrique Teodoro. A solenidade foi finalizada com bênção das instalações feita pelo padre Élson Vital dos Reis e o pastor Rômulo Flávio da Silva.
investimentos para construção da nova sede da Apae foi de R$ 2.626.738,78. Em 2014, mediante indicação da Câmara e com aprovação dos vereadores, foram repassadas à entidade sobras de receita no valor de R$ 222.333,00 que foram usados para aquisição de mobiliário. Com este recurso, foram comprados 50 jogos de carteiras inclusivas, computadores, equipamentos para fisioterapia, cortinas, mesas diversas para especialistas, salas, conjuntos para refeitório, quadro para salas de aula, escaninhos, arquivos, armários, prateleiras, dentre outros. A obra foi executada pela Engeita Engenharia Ltda.
Prestação de contas Em 2009, foi autorizada a doação do terreno para a entidade, cujo registro se deu em 11/03/2011. Em dezembro de 2011, o então prefeito Raimundo Nonato Barcelos, realizou o primeiro repasse no valor de R$1.054.140,94. O dinheiro ficou aplicado até o início das obras, em 2013 e teve rendimentos de aproximadamente R$92 mil. No governo do prefeito Antônio Carlos, a Apae recebeu R$ 1.240.500,00 de subvenção em 2013 e mais R$ 259.830,12 em 2015. O valor total dos
Estrutura A nova sede está instalada em um terreno de 3.469 m² com 1.164,14m² de área construída. As obras começaram em fevereiro de 2013 e foram construídas em etapas, com fundação e alvenaria, na primeira fase, e acabamento e demais instalações, na segunda etapa. A obra ainda contempla uma terceira fase que será executada posteriormente, que consiste na construção de piscina aquecida, quadra coberta, banheiros, vestiários externos e paisagismo. A nova sede da Apae foi planejada
Centenas de pessoas participaram da solenidade de inauguração
para promover mais conforto aos estudantes. A Associação agora conta com corredores adaptados, rampas de acesso a todos os andares, salas de aula, vídeo, informática, reuniões, professores, diretoria e ludoterapia. Os banheiros são adaptados e há espaços para oficinas profissionalizantes, além de pátio, biblioteca, refeitório, cozinha industrial, lavanderia, dispensa, entre outros. A nova Apae também foi planejada para oferecer aos alunos salas equipadas para atendimento especializado como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicólogo, nutricionista e assistência social. Em breve, também haverá atendimento médico e odontológico. A mobília adquirida conta com carteiras exclusivas e ergonômicas (com apoiadores de pés e tampo móvel). Atualmente, a Apae de São Gonçalo atende 72 alunos, mas as novas instalações permitem que seja atendido o dobro de pessoas. São oferecidas aulas do ensino fundamental (até o 5º ano), Educação de Jovens e Adultos (EJA – segundo segmento). Cerca de 15 estudantes que frequentam a rede regular de ensino estão incluídos na equipe da Apae já que recebem atendimento na entidade. JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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DeFato
Voluntariado
Protetores dos
animais Associação passa por cima de dificuldades e se dedica a socorrer animais abandonados em Itabira
Renato Carvalho
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Fotos: Ampari
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relação entre homens e animais existe desde o começo de suas existências. Se na idade da pedra a ligação existente era entre caça e caçador, com a medida do tempo e da evolução do homem, essa relação passou a ser, também, de companheirismo e prestação de serviços. Especificamente em relação aos cachorros, a “visão” deles sobre o homem nunca foi diferente. Líder, companheiro e amigo. O problema é que esses sentimentos nem sempre são uma via de mão dupla. Assim, cada vez mais cães são abandonados nas ruas ou maltratados quando não correspondem às expectativas dos donos, ou porque fazem bagunça ou simplesmente por se tornarem um peso no orçamento familiar. É contra isso que a Associação Municipal de Proteção Animal da Região de Itabira (Ampari) luta. Criada em 2012 por causa da superpopulação de animais abandonados e pelos crescentes casos de maus tratos e problemas da interação homem-animal, a entidade busca promover o bem estar animal e sua convivência harmoniosa na sociedade. Mesmo como todo empenho, o grupo convive diariamente com a falta de responsabilidade e conscientização da população. “Não precisaríamos estar aqui se os tutores de animais praticassem a guarda responsável”, conta Kelley de Pinho. Além disso, problemas finan-
Fotos: Ampari
Amélia, recolhida após ter sofrido maus tratos, antes e depois de ser cuidada
Divulgação
Kelley de Pinho é uma das coordenadoras da Ampari em Itabira
ceiros e o número reduzido de voluntários dificultam as ações. “Sobrevivemos exclusivamente de doações e da venda de alguns artigos, mas muitas vezes só isso não cobre as despesas”, lamenta. Resgate Os integrantes do grupo se desdobram para salvar os animaizinhos. Kelley conta que ao receber informação sobre um cão necessitado, os membros do grupo vão logo socorrer. “Não somos especialistas. Temos vidas comuns, ro-
Exposição Divulgação Ampari
Em parceria com a Unifei, a Ampari desenvolve o projeto “Guarda responsável também se aprende na escola”. O objetivo é ir às escolas de nível fundamental para falar sobre a guarda responsável de animais. Para isso, voluntários são recrutados. Os interessados em ser voluntários podem enviar um e-mail para henaragomez@yahoo.com.br, mencionando o nome completo e os horários disponíveis. De acordo com a associação, quanto maior o número de voluntários, mais escolas serão prestigiadas com o projeto.
tinas normais e nos unimos para tentar fazer alguma coisa, sair da inércia de morrer de dó ao ver um animal ferido e ir para casa sem fazer nada”, destacou. Na maioria das vezes, os cães de rua são dóceis e se entregam aos cuidados ao perceberem que não estão em perigo. Mas existem certos cuidados que precisam ser tomados quando um resgate é feito. Luvas, forros, cordas, guias e focinheiras - mesmo que usadas raramente -, são essenciais para o sucesso da ação, além de garantir a segurança da pessoa e do animal. “Cães com aparência debilitada, feridas expostas, procuramos nos proteger. Dependendo da situação precisamos de um veterinário ou bombeiro para nos ajudar a remover, mas a necessidade já nos fez resgatar por conta própria”, explica Kelley. Após realizar o resgate com sucesso, o primeiro passo é ter uma avaliação clínica. É preciso avaliar o estado de saúde do animal, possíveis doenças, vacinas e outros cuidados. “A primeira preocupação vai de acordo com a idade do animal. Se é filhote, sempre existe risco de doenças infecciosas, como cinomose ou parvovirose. Exames de sangue devem ser feitos para avaliar o estado geral do animal, bem como exame de leishmaniose”, explica Paulo Lanza, um dos veterinários que auxilia a Ampari. Exames feitos, chega a parte mais difícil. Encontrar um lar para o bichinho. A princípio, o cachorrinho vai para um lar provisório, na casa de algum voluntário, já que a Ampari não possui sede própria. O problema é que os voluntários já cuidam de vários cachorros e às
vezes é preciso até pagar uma clínica para hospedar o animal. Em seguida, os animais já saudáveis vão para a adoção. Frequentemente a Ampari realiza feiras com esse objetivo. Para adotar um cachorro, o candidato a dono responde a dois questionários e faz uma entrevista com um voluntário. É preciso ser aprovado e assinar um termo de responsabilidade, que orienta o tutor quanto as suas obrigações de cuidados ao animal. “Já reprovamos adoções e até retornamos cães adotados por falta de compromisso do novo tutor”, conta Kelley. Candidatos a donos de cães abandonados precisam ter consciência da responsabilidade e do trabalho que é cuidar desses animais. “Muitos deles carregam consigo traumas advindos de más experiências nas ruas. Carinho e dedicação são essenciais para quebrar a possível barreira existente entre o animal e o homem”, avalia o veterinário Paulo Lanza. Já a Ampari segue na luta para mudar o panorama atual de animais abandonados e maltratados. O exemplo para a sociedade e autoridades tem sido dado. “Não é papel da sociedade civil exercer o que é de responsabilidade do poder público. Por outro lado, é nossa obrigação como cidadão ser responsável e consciente, ser caridoso e praticar pequenas ações em prol dos que sofrem e dependem de nós”, finaliza Kelley.
Como ajudar - Ajude a custear tratamentos dos animais resgatados; - Compre produtos da associação; - Ofereça lar temporário; - Seja voluntário nas ações; - Adote e não abandone seu animal.
/ampariitabira
@ampariitabira JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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DeFato
Cotidiano
Um novo olhar sobre a 381
Fotógrafo usa sensibilidade e mostra uma rodovia que vai além do asfalto e dos acidentes Mariana Reis
Personagens e suas histórias despertaram sensibilidade de fotógrafo belo-horizontino
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sfalto, veículos, movimentação intensa e acidentes. Para quase todas as pessoas, é assim que se resume a BR-381. Chamada de “Rodovia da Morte”, a estrada carrega uma fama amarga de ser assassina. Mas há quem olhe por outro lado. Gente como o fotógrafo Daniel Moreira, que resolveu se atentar para o que existe de vida na malfadada 381. Com muita sensibilidade, o profissional registrou o que a maioria enxerga como banal. Daniel é belo-horizontino e, por cinco anos, fez inúmeras vezes o trajeto entre a capital e Ipatinga. Tantas idas e vindas pelos 200 km que ligam a Região Metropolitana ao Vale do Aço aguçou a visão do fotógrafo. O profissional contemplou trechos da estrada e das pessoas que encontrava pelo caminho, buscando explorar o que ele chama de uma “linha tênue” entre o socialmente aceito e a escolha pessoal dos indivíduos que ali habitavam. O resultado é o projeto Paisagem Ambulante 381. O projeto surgiu em 2010, quando Daniel se casou e sua esposa não podia morar com ele em Belo Horizonte. Então, ele passou a fazer o percurso até Ipatinga semanalmente para encontrá-la. O fotógrafo começou a reparar como o mesmo local se transformava esteticamente com o tempo, daí o nome do projeto. Ao longo do tempo, Daniel
Daniel Moreira registrou cenários que passam despercebidos para a maioria das pessoas
percebeu e fotografou essa relação de como o ser humano convive com o meio e como ele incorpora tudo o que vê ao seu redor. A estrada e seus andarilhos se tornaram uma espécie de paisagem em constante mutação e movimento. Formado em Comunicação Social, Daniel é fotógrafo desde os 22 anos e no começo fotografava campanhas publicitárias e trabalhos de moda. Hoje, aos 36, ele conta que chegou um momento em que este tipo de trabalho não trazia mais prazer. “Comecei a sentir uma necessidade de organizar os meus pensamentos através do meu olhar e começar a produzir séries fotográficas sobre temas que eu considero pertinentes”, disse. Questões como o consumo, o relacionamento humano e como a sociedade direciona novos valores sociais passaram a chamar mais atenção e direcionaram o caminho de seu trabalho. Fotografias O trabalho reúne cliques em preto e branco. O fotógrafo explica que se aproveitou da luz difusa dos períodos chuvosos para fazer registros melancólicos de ruínas, automóveis abandonados, fumaças, cenários naturais e andarilhos que cruzaram seu caminho. “Passei a observar também objetos jogados, como caçambas e outros produtos que haviam perdido a sua funcionalidade e eram simplesmente deixados na rodovia”, contou. Os dias chuvosos foram os que mais chamaram a atenção do artista. “Creio que seja pela luz e o sentimento de solidão que eu sentia nestes dias”, disse. O intuito do fotógrafo é desenvolver a necessidade de criar um olhar reflexivo, despertando nas pessoas uma forma diferenciada de apreciação das fotografias. Para Daniel, os viajantes se
fundem ao espaço e passam a incorporar a paisagem que fica pela estrada e que se modifica com o passar do tempo. O profissional afirma que cada um possui uma leitura das imagens vistas e a absorção de ideias é inúmera. “Porém, o importante é que as pessoas sejam provocadas e assim ocorram transformações”, afirma. Ao longo dos anos, além de fazer as fotos, Daniel acabou conhecendo as histórias dos personagens de seu projeto. Uma, em especial, chamou atenção do fotógrafo. Um senhor uruguaio que resolveu deixar tudo para trás para atravessar a América Latina a pé. “Esse era o seu objetivo. Já outros haviam rompido
Exposição No projeto Paisagem Ambulante 381, Daniel selecionou 38 fotos para montar a exposição. As imagens estão abertas ao público no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, localizado próximo à Praça Sete, na avenida Afonso Pena, nº737, em Belo Horizonte. A exposição começou em abril e vai até o dia 5 de julho. No ano passado, o projeto rendeu a Daniel Moreira (foto acima) o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia.
com parentes e nem sequer queriam ter o rosto registrado para não serem reconhecidos”, comentou. Desde que começou a mostrar o resultado de seu trabalho, o fotógrafo tem recebido e-mails e mensagens com depoimentos emocionados de pessoas relatando sobre a exposição. “Esse retorno é gratificante. É importante que a pessoa pare pelo menos cinco segundos diante de cada foto, que o público seja instigado a pensar e refletir sobre a imensidão de informações contidas nas imagens”, afirmou. Contraste social De acordo com Daniel, o trabalho na BR-381 expõe um contraste social que passa despercebido pela maioria das pessoas. Voltar o olhar para situações pouco recorrentes o ajudou a aceitar escolhas que não passam perto do pré-definido como socialmente aceito. “Nem todas as pessoas possuem o sonho de ter uma casa, uma esposa, filhos ou uma vida sólida financeiramente. E isso é retratado no projeto”, acredita. Para se ter ideia, Daniel chegou a encontrar pessoas que moravam dentro de carcaças de automóveis. O perigo da estrada em nenhum momento foi o objetivo principal do projeto. Segundo Daniel, “para ver acidente, é só abrir um jornal”. Ele direcionou o olhar para uma “teia estética” que é formada entre a rodovia e os viajantes, gerando um certo mundo solitário, onde as imagens são bem contemplativas. O artista passou muito tempo sozinho na estrada. “As fotografias refletem esse pensamento contemplativo e essa visão um pouco solitária que eu sentia na época”, disse o fotógrafo. “Levo em conta os sentimentos que a pessoa tem com o local. Como ela lida com as questões preponderantes para a sociedade e como ela retorna isso para o mundo”, explica Daniel. Segundo o fotógrafo, vários dos personagens escolheram a rodovia como alternativa de vida. “Existem aqueles que visam uma perspectiva de melhora de vida, que era tão baixa, que preferiam atravessar o país atrás de emprego, de uma vida melhor”, contou. JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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Modelo
De Hematita para o mundo Modelo deixa pequeno distrito para se aventurar em importantes passarelas e ser a “vitrine” de grandes marcas
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ematita. Pequeno distrito localizado entre Antônio Dias e Santa Maria de Itabira com cerca de 2 mil habitantes. São Paulo. Maior metrópole brasileira, principal centro financeiro do país e cidade mais populosa de todo continente americano, com 11,8 milhões de pessoas. Dois extremos entre a vida bucólica e a movimentação frenética. Quanta diferença! O contraste entre esses dois polos tão distintos é o que caracteriza a vida da jovem modelo Thais Almeida. Aos 23 anos, ela sabe bem o que é mudar radicalmente. Deixou o distrito de Hematita quando tinha 17 anos. Havia acabado de
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prestar vestibular e iria cursar Enfermagem em Itabira, mas resolveu seguir seu maior sonho e tentar a carreira de modelo. Morou dois anos em Belo Horizonte, deu os primeiros passos na profissão e depois foi convidada para residir em São Paulo. No principal centro da moda no Brasil, ampliou o leque de oportunidades e garantiu contratos para trabalhos em países como Argentina, Estados Unidos e Emirados Árabes. A modelo conta que a mudança de vida assustou no início. Foi difícil assimilar a ausência da família – principalmente da mãe – e a determinação foi fator imprescindível para que o sonho
não fosse abortado. Passados cinco anos, Thais hoje tenta conciliar a carreira com os estudos de engenharia ambiental. Sabe que a vida de modelo não é longa e que precisa garantir o futuro. Ao mesmo tempo, não se esquece das raízes e de como tudo começou. “Gosto muito de Hematita. Apesar de ter nascido em Itabira, sempre digo que sou de lá. Foi onde vivi toda minha infância. Quando volto lá, em um local tão pequeno, percebo o quanto sou sortuda por tudo estar dando certo na minha vida”, comenta. Confira a entrevista que a modelo concedeu a DeFato.
Márcio Neves
Daniel Magalhães
O sonho de ser modelo “A paixão surgiu quando a minha mãe montou uma loja de roupas em Hematita e algumas vezes viajei com ela para comprar as peças. Uma das vezes estava tendo um desfile no shopping em Divinópolis e eu fiquei apaixonada. Falei que queria aquilo para mim. Eu sempre me achei muito estranha, alta e magrela. E aí eu vi aquelas meninas altas e magrelas também e uni o útil ao agradável. Comecei a pesquisar e achei um jornal que tinha um anúncio do concurso Menina Fantástica. Minha mãe me levou para participar da seletiva em Belo Horizonte, mas eu era muito nova e inexperiente. Era muito menininha e o mercado exige outro tipo de postura. Não aconteceu porque não era o momento. Não fui classificada, mas foi uma experiência que valeu a pena e me mostrou que realmente aquilo era o que eu queria”. A decisão “A decisão foi depois que prestei vestibular. Eu tinha passado em primeiro lugar para Enfermagem em Itabira e morria de medo de sair de casa. Nunca tinha passado mais de uma semana longe de casa e nem me imaginava morando em outro lugar para estudar. Então eu pensei que aquele não era o melhor momento para estudar. Criei muita coragem e fui conversar com minha mãe. Acho que nunca tinha passado pela cabeça dela que
eu iria embora, porque mãe sempre quer os filhos por perto. Lembro que perguntei se ela já teve um sonho na vida. Meus pais me deram apoio, eles me ajudaram muito no início, mas eu comecei a trabalhar em Hematita para conseguir manter meu sonho. Dei aula particular para as crianças da escola, fui babá, fiz escova em cabelo, tudo para juntar dinheiro e participar dos concursos”. Primeiros passos “Pedi para minha mãe me deixar passar uns 15 dias em Belo Horizonte. Eu já tinha feito cursos e participados de concursos. Falei com ela que eu iria, trabalharia com uns primos, juntaria um dinheirinho e faria um book. Na minha inocência, eu achei que conseguiria trabalho só pelas fotos. Mas não. Os clientes gostam de conhecer a modelo, é preciso fazer testes. E nisso, de cara, eu fiquei em BH três meses sem conseguir ir em casa. Minha mãe me ligava todos os dias. Chorei muito, cheguei a querer voltar para casa. Mas eu decidi ficar. Eu me dispus a continuar e ver até onde eu conseguiria me manter”. São Paulo “Quando estava em Belo Horizonte, recebi propostas para ir para fora, mas acabou não dando certo. Aí eu fui fazer um trabalho no Rio de Janeiro e encontrei o diretor de uma agência de São Paulo. E ele disse para mim que não entendia o que eu estava fazendo em BH ainda. Disse que eu tinha potencial para muito mais e que iria me levar para São Paulo. Conversei com o pessoal de Belo Horizonte e cumpri a agenda de trabalhos que eu tinha por lá. Quando acabou tudo, fui para São Paulo. Minha mãe ficou doida. Agora eu estava em um lugar mais longe ainda”. Sabedoria de mãe “Quando fiz o primeiro curso em Belo Horizonte eles queriam que eu ficasse, mas eu tinha apenas 15 anos e minha mãe preferiu que eu voltasse. Eu
DeFato
Modelo
nunca tinha ficado longe dela, não sabia nada, ela tinha medo que eu não desse conta. Foi uma coisa boa que a minha mãe fez por mim. Hoje eu vejo várias meninas muito novas lá em São Paulo, com 14, 15 anos, que largaram a escola para trabalhar com isso. É uma profissão bacana, que dá visibilidade e dinheiro, mas tem meses que você não trabalha bem. Uma menina que é muito nova não consegue entender bem, acha que está dando tudo errado, que a imagem não serve. Aí ela se culpa e acaba ficando doente. Eu já vi meninas que praticavam bulimia, que acabaram anoréxicas. Uma menina que dividia o quarto comigo foi mandada embora para casa. Foi aí que eu vi o quanto minha mãe me ajudou. Eu poderia acabar como essas meninas”.
Pensamento no futuro “Assim que mudei para São Paulo, eu me vi na obrigação de estudar. Fui morar com mulheres de 27 anos e vi que uma delas já tinha rodado o mundo, ganhado concursos, e ainda morava no apartamento da agência e não tinha nada. Não tinha um carro, não tinha uma casa, não conseguia ajudar a família dela. Eu comecei a pensar que não queria estar na idade dela trabalhando como modelo e nas mesmas condições. Eu estarei como modelo se eu estiver ganhando dinheiro. Se eu não estiver ganhando dinheiro, eu quero ter outra coisa para fazer. Foi aí que eu comecei a fazer Engenharia Ambiental. Eu já tinha ido ao exterior, mas avisei à agência que eu não queria mais viajar por causa dos estudos. Eu já tinha ficado três anos sem estudar e me senti nessa obrigação”. Maior objetivo “O principal objetivo é ganhar dinheiro e ajudar a família. Não tenho pretensões de ser famosa. O sonho da minha mãe é ver a nossa casa terminada. Estão construindo a nossa casa desde que eu tinha sete anos, minha adolescência toda foi vendo isso. Agora eu posso ajudar e vejo essa oportunidade”.
Bruno Penato
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Empreendimento
Divulgação
Bom para investir e para morar Residencial Pedras do Valle é opção tanto para quem quer fazer negócio quanto para quem procura tranquilidade para residir
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uem compra terra não erra”. O ditado é antigo, mas continua bem atual. O baixo custo de manutenção e a valorização com o passar dos anos fazem do investimento em lotes uma ótima opção econômica. Pensando nisso, a Planejar Engenharia de Projetos e Negócios lançou em Itabira, no mês de maio, o Residencial Pedras do Valle. O loteamento tem 223 unidades e fica entre os bairros Santa Ruth e Belvedere. As unidades têm a partir de 250 m² e uma área verde de 19 mil m². De acordo com Rosana Caldeira, analista de Marketing da Planejar Engenharia, o empreendimento é 100% legalizado e oferece aos clientes infraestrutura completa, como rede de água e esgoto, iluminação pública e ruas pavimentadas. Além disso, o comprador conta com a facilidade do financiamento
próprio. As unidades são comercializadas com 20% de entrada e restante dividido em até 100 meses. Em apenas duas semanas, dezenas de lotes foram comercializados. Rosana afirma que os investidores escolheram Itabira porque os moradores da cidade já buscavam por seus imóveis em outras cidades. “Trata-se de uma boa área de trabalho e, além do mais, imóveis sempre garantem retorno do investimento”, diz ela. Doze anos de mercado A Planejar Engenharia de Projetos e Negócios é uma empresa com 12 anos de experiência no mercado imobiliário. Sediada em Guanhães, tem mais de 20 loteamentos concluídos, incluindo o Residencial Rio Parque, em Santa Maria de Itabira. Para o futuro, a empresa tem proje-
tos audaciosos: além de empreendimentos residenciais em regiões diversas, em breve vai abrir mais dois loteamentos, um em Barão de Cocais e outro em Nova União. Para abrir com “chave de ouro” a chegada da empresa em Itabira, a Planejar está reformando a praça Doutor Nelson Lima Guimarães, conhecida como pracinha do Pará, situada em frente o Fórum Desembargador Drumond. Está sendo destinado muito empenho para se fazer um trabalho bonito e de qualidade, mantendo o padrão da construtora. Os interessados em fechar negócio podem obter mais informações pelo telefone do plantão de vendas. O número é o (31) 9876-0406 e funciona todos os dias, das 8h às 18h. Escritório no próprio loteamento. Informações também podem ser obtidas pelo site da construtora: www.planejarengenharia.com.br JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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Partos ciganos Problemas como falta de estrutura e inviabilidade financeira obrigam mulheres prestes a dar à luz buscarem um município mais estruturado. Na região, Itabira é o principal destino
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Claudiana precisou sair correndo de Hematita para ter a pequena Sophia em Itabira
Tatiana Santos
e o motorista tivesse demorado um pouco mais, eu teria ganhado a minha filha na estrada”. O relato é da dona de casa Claudiana Júlia Santos, 26 anos, moradora de Hematita, distrito de Antônio Dias. Prestes a dar à luz a pequena Sophia Vitória, ela precisou correr para garantir um nascimento tranquilo à menina. O bebê estava previsto para nascer em julho, mas foi apressadinha: se adiantou
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e veio ao mundo no dia 15 de junho, pegando a mãe de surpresa. O parto de Claudiana foi realizado na maternidade do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), em Itabira. Sophia nasceu assim que a mãe chegou à casa de saúde, por volta das 1h50. A dona de casa tem mais três filhos e conta que programou todos os seus partos, justamente por causa da viagem para Itabira. Mas a urgência para ter a caçula
evidenciou o quanto a falta de uma estrutura mais eficaz pode tornar as coisas mais difíceis. “Se tivesse uma maternidade lá, ajudaria demais”, comenta. Situações como a de Claudiana são mais recorrentes do que se pensa, especialmente em Itabira. A cidade é considerada referência regional pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, por isso, recebe centenas de mulheres prestes a entrar em trabalho de parto. Centenas
mesmo! Somente entre julho de 2014 e maio deste ano foram 592 mães que deixaram seus municípios para terem os filhos na maternidade do HNSD. A cidade que mais “exporta” gestantes para Itabira é Santa Maria de Itabira. No período citado acima, foram 150 mães que precisaram percorrer os cerca de 40 quilômetros entre um município e outro para ter filhos. São Gonçalo do Rio Abaixo (94), Bom Jesus do Amparo (86) e Ferros (69) são outras cidades que apresentam números de destaque. Maternidade fechada A cidade de Nova Era é um caso emblemático na região. Há anos a maternidade do Hospital São José deixou de atender gestantes e as futuras mães passaram a ter que pegar a estrada para terem os filhos. As atividades foram interrompidas por falta de profissionais como anestesistas e pediatras. Outro fator foi a baixa quantidade de nascimentos, média de 12 por mês, o que inviabilizava os custos, segundo a instituição. Com o fechamento da maternidade, a referência regional de Nova Era passou a ser o Hospital Margarida, em João Monlevade, que recebe incentivo do Estado para realizar esses atendimentos. “Esse fluxo de encaminhamento é definido em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Era e entidades envolvidas, para garantir o bom atendimento para todas as pacientes”, informou a Assessoria de Comunicação do Hospital São José. O maior desafio é garantir o atendimento de todas as gestantes, uma vez que a unidade de destino também passa por situação complicada. “Mesmo sendo referência, o Hospital Margarida também encontra dificuldades para manter o quadro de profissionais necessários à prestação de serviços, o que em alguns casos gera o encaminhamento das gestantes a municípios como Itabira e Belo Horizonte”, informou a Assessoria. Outra dificuldade é o atendimento das gestantes que procuram o Hospital
Crise financeira prejudicou serviço de maternidade do Hospital Margarida, em João Monlevade
São José já em período expulsivo, ou seja, quando a criança já está nascendo. Nesses casos, não há tempo de encaminhá-las a outro município e o parto acaba sendo realizado na própria instituição, o que não é o mais aconselhável. Com a maternidade fechada, as mulheres fazem o pré-natal em Nova Era e são encaminhadas a outras cidades para o parto, “o que gera desconforto e insegurança às gestantes”, admite a instituição. Protestos em Monlevade Uma das referências regionais ao lado de Itabira, João Monlevade está com alerta ligado na área da saúde. O município recebe gestantes de Bela Vista de Minas, Nova Era, São Domingos do Prata, Alvinópolis e Rio Piracicaba. Mas o Hospital Margarida acumula dívidas de mais de R$ 7 milhões e a diretoria tem se desdobrado para não deixar que setores da instituição parem de funcionar. Entre eles, a maternidade. A situação se complicou entre abril e maio. O hospital não conseguiu fechar escalas de pediatras e gestantes precisaram procurar outras cidades, como Itabira e até Belo Horizonte. O problema
era mais crítico nos fins de semana. O Hospital Nossa Senhora das Dores, por exemplo, recebeu quase duas dezenas de mulheres de João Monlevade nesses dois meses. O problema gerou manifestações entre os monlevadenses, especialmente na Câmara de Vereadores. Entidades como a Associação Mulheres em Ação (AMA) reclamaram da situação. Até uma audiência pública foi realizada para debater as dificuldades da principal instituição de saúde do município. O temor era de que a maternidade fechasse de vez, como aconteceu em Nova Era. Cerca de um mês depois do tempo de maior turbulência, a maternidade funciona normalmente, apesar de o medo do fechamento ainda pairar sobre a cidade. Segundo o Hospital Margarida, desde o dia 1º de junho, a escala foi regularizada e os partos acontecem normalmente.“O fechamento do setor em João Monlevade traria prejuízos à população uma vez que, sendo o HM referência dessa região, as gestantes teriam que se deslocar para outra cidade”, afirmou Assessoria de Comunicação do Margarida.
DeFato
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Fabiana e Fernando saíram de Santa Maria de Itabira para o nascimento de Jonathan
Direito para todos A auxiliar de serviços gerais, Fabiana Clara Alvarenga Lúcio Oliveira, 28, saiu de Santa Maria para ter o filho em Itabira. Ela chegou a entrar em trabalho de parto no Hospital Padre Estevam e foi encaminhada às pressas para o município vizinho. O pequeno Jonathan Oliveira nasceu às 16h15 do dia 14 de junho, 20 dias antes do previsto. O pai, Fernando Oliveira, acredita que se tivesse uma maternidade na cidade, transtornos seriam evitados. “Com certeza uma maternidade facilitaria muito”, resumiu. O secretário municipal de Saúde de Itabira, Reynaldo Damasceno Gonçalves, esclarece que há especificamente
três tipos de maternidades: as de risco habitual, as de alto risco e as maternidades de altíssimo risco. Na região, Itabira, João Monlevade e Guanhães têm maternidades de risco habitual, ou seja, onde as gestantes em estado normal são atendidas. As pacientes de alto risco (com doenças graves ou hipertensão, por exemplo) são encaminhas a Belo Horizonte. No desenho da Rede Cegonha, do Governo de Minas Gerais, pela posição geográfica e estratégica, Itabira, que possui maior maternidade e maior volume de partos nas adjacências, foi definida como a cidade mais preparada para casos mais críticos na região. É uma
explicação para o intenso registro de gestantes que chegam de outros municípios. Reynaldo também cita que o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem barreira geográfica. Dentro do território brasileiro, uma pessoa pode ser atendida pelo SUS em qualquer lugar. Entretanto, há uma hierarquização do sistema. Em situações de maior complexidade, a referência se torna a cidade-polo, de maior complexidade e densidade tecnológica, como Belo Horizonte, que é referência para toda Minas Gerais. Em breve, Itabira sofrerá mudanças no sistema público de saúde. Por solicitação do Ministério Público, o Hospital Carlos Chagas (HCC), que é financiado pela Prefeitura, passará a ser 100% dedicado ao SUS. Isso significa que a maioria dos partos que são feitos no Nossa Senhora das Dores migrarão para o outro hospital da cidade. Na prática, haverá duas opções de maternidade na cidade, pois a saúde suplementar vende planos que incluem esse serviço. Está sendo feita uma licitação para escolha da entidade que administrará o Carlos Chagas. Assim que o resultado sair - a previsão é julho - serão abertas duas unidades de maternidade em Itabira. Apesar da nova opção, há uma preocupação, sobretudo manifestada por vereadores da oposição, em relação à sobrecarga no HCC e ao pouco uso do HNSD. O secretário não acredita em problemas. “Hoje nós temos dois obstetras
SITUAÇÃO DAS MATERNIDADES NAS REGIONAIS DE ITABIRA, JOÃO MONLEVADE E GUANHÃES Regional Itabira CIDADE Itabira Barão de Cocais Ferros Santa Bárbara Santa Maria de Itabira Passabém
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Regional João Monlevade HOSPITAL Nossa Senhora das Dores Municipal Pref. Valdemar das Dores São Judas Tadeu Santa Casa N. Senhora das Mercês Padre Estevam São José
SITUAÇÃO Ativa Ativa Só período expulsivo* Ativa Só período expulsivo Só período expulsivo
CIDADE
HOSPITAL
João Monlevade
Margarida
Nova Era
São Jose
Rio Piracicaba
Júlia Kubitschek
S. Domingos do Prata
Nossa Senhora das Dores
24 horas disponíveis, além de pediatra exclusivo para a maternidade. Isso nos dá a tranquilidade de um funcionamento e essa tranquilidade vai ser mantida no hospital público”, afirma Reynaldo Damasceno. Centralização A dona de casa Simone Maria Silva Santos, 27, é de Bom Jesus do Amparo e teve os cinco filhos no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira. Os dois últimos, os gêmeos Rayane e Ryan nasceram no dia 15 de junho. Diferentemente das mães de Hematita e Santa Maria de Itabira, Simone teve o parto sem surpresas, dentro do prazo estabelecido pelos médicos. Ela elogia a estrutura do HNSD e diz que mesmo se Bom Jesus tivesse maternidade, optaria pelo procedimento em Itabira. Bom Jesus do Amparo é uma das cerca de 30 cidades que são subordinadas assistencial e administrativamente à Gerência Regional de Saúde (GRS) sediada em Itabira. O diretor Alexandre Faria Martins da Costa diz que da mesma maneira que gestantes de cidades vizinhas têm seus filhos em Itabira, também pode ocorrer o contrário, mas em situações sazonais como ausência de médicos. Segundo o diretor, os impactos financeiros dessa “exportação de gestantes” já estão previstos em pactuação entre os municípios. Ou seja, quando um usuário sai de uma cidade para outra, isso já está combinado entre os gestores
e o recurso é repassado à cidade que recebe a grávida. Os valores das verbas são definidos de acordo com a tabela do SUS. “Um caso recente, que exigiu muito da gente, da nossa equipe toda, foi João Monlevade não ter pediatra na sala da maternidade. Começaram a referenciar para aqui. Durou aproximadamente dois meses, mas eles conseguiram resolver”, comentou Alexandre. De acordo com Maurício Marques, coordenador de regulação da GRS, a tendência é que cada vez mais os partos sejam centralizados em uma cidade referência, pois uma unidade com diversidade de procedimentos consegue financiar os serviços prestados. “Exemplo, se vai
se fazer em Santa Maria de Itabira três partos por mês, não se consegue pagar o obstetra, o pediatra e até quem vai lidar com os equipamentos lá dentro, porque o custo é alto. Então, é melhor concentrar do que pulverizar em várias cidades”, argumenta. Para as futuras mães em cidades que não possuem maternidade, a recomendação é um acompanhamento ainda mais rigoroso das etapas da gestação. É preciso ficar bem atenta às previsões de datas dos médicos e realizar a locomoção com antecedência. E torcer para que a maternidade da cidade vizinha seja igual coração de mãe. Onde sempre cabe mais um. Os gêmeos Rayane e Ryan são dois dos cinco filhos de Simone e Gilberto, de Bom Jesus do Amparo, que nasceram em Itabira
Regional Guanhães SITUAÇÃO Ativa Só período expulsivo Só período expulsivo Só período expulsivo
Fonte: Gerência Regional de Saúde de Itabira
CIDADE
HOSPITAL
SITUAÇÃO
Guanhães Virginópolis Dom Joaquim Rio Vermelho Sabinópolis Conceição M. D.
Regional Imaculada Conceição São José Nossa Senhora das Graças João César de Araújo Associação de Caridade Hospital São Sebastião Imaculada Conceição
Ativa Ativa Só período expulsivo Só período expulsivo Ativa Só período expulsivo
* Período expulsivo = quando a grávida já está em trabalho de parto
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Renato Carvalho/DeFato
DeFato
Aluguel de veículos
Gustavo e Margione apostaram no mercado de aluguel de veículos em Itabira
Praticidade e
segurança Mercado de aluguel de veículos cresce em todo país. Locadora Silzan, em Itabira, oferece serviço de excelência para pessoa física e empresas Mariana Reis
U
m mercado que tem crescido consideravelmente no país é o de aluguel de veículos. Com o passar dos anos, o brasileiro tem despertado para a cultura da locação. Em Itabira o cenário também é positivo e a própria economia da cidade, voltada para a mineração, favorece esse tipo de serviço. Há dez anos, os empresários Gus-
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tavo Zanon e Margione Dias estudaram o mercado e perceberam essa tendência pelo aluguel de unitários ou de frotas. Eles apostaram no cenário positivo e fundaram a Silzan Locadora de Veículos, que hoje se consolida em função da busca pelo serviço de excelência. Praticidade e segurança são palavras de ordem. “Nossa empresa tem como objetivo principal a máxima satisfação de nossos
clientes, fator primordial para o nosso bom conceito junto aos nossos parceiros”, conta Margione. “Asseguramos locações eficazes, livres de transtornos, com serviços diferenciados para nossos clientes”, completa Gustavo. A Silzan, além de oferecer terceirização de frota e viagens programadas com motoristas, dispõe de aluguéis de veículos para pessoa física, a chamada
Mariana Reis/DeFato
locação de balcão. Os diversos pacotes atendem às necessidades do cliente e não deixam de lado os bons preços e a facilidade de pagamento, inclusive com parcelamento no cartão de crédito. “Todos os nossos automóveis são rigorosamente revisados, possuem documentação em dia, seguro total de frota com veículo reserva e assistência 24 horas. São novos e de várias categorias: caminhonetes, populares, 1.0, 1.6. E para as empresas, além dos veículos leves, temos vans, 4x4 e utilitários”, enumera Gustavo Zanon. Praticidade Segundo dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), a expansão dos aluguéis de veículos ocorre desde o início da década passada. Em 2008, data do último anuário, o faturamento chegou a quase R$ 4 bilhões. Desse total, 55% correspondem à terceirização de frotas e 45% foram proporcionados pelo aluguel diário para turismo de lazer ou negócio. Os empresários Gustavo e Margione enumeram muitos motivos para uma pessoa alugar um veículo ao invés de usar o próprio carro. “As pessoas alugam um carro quando precisam viajar, ir a festas, eventos, períodos de feriados e férias ou quando vão fazer revisão no veículo, entre outros. Muitas vezes é mais vantajoso contratar esse serviço”, afirma Zanon. Entre os pacotes vantajosos oferecidos pela Silzan está o de aluguel para viagens a negócios com garantia de total liberdade de locomoção. É uma solução mais prática e econômica. “Em um país de dimensões continentais como o nosso, as distâncias podem ser vencidas com mais conforto e agilidade a bordo de um veículo alugado”, diz Margione. Outra grande vantagem da locação de veículos é a possibilidade de estar segurado em situações adversas. Algo também positivo é preservar o veículo próprio. “Evita até mesmo o desgaste do carro da família e uma consequente desvalorização. Tem também grande valor da manutenção. Isso torna o aluguel de
Silzan se consolidou com a meta do serviço de excelência
carro muito mais vantajoso”, diz Gustavo. Ele também cita gastos com documentação e impostos dos carros próprios, que precisam estar rigorosamente pagos, sob risco de multas ou ainda retenção do automóvel. Na Silzan, o cliente pode ficar sossegado, pois estará locando um carro em bom estado de conservação e manutenção em dia. Não precisa haver preocupação com manutenções preventivas, já que esse trabalho é feito pela locadora. Além disso, os veículos têm seguros que os respaldam no caso de avarias. A Silzan conta com equipe especializada, pronta para atender as demandas dos clientes. Consolidada em Itabira, a qualidade do serviço possibilitou a expansão da empresa também para outros estados brasileiros. Terceirização de frota A terceirização de frota é outro ponto forte da Silzan. Gustavo e Margione
explicam que o conceito moderno de administração permite às empresas concentrarem esforços e recursos em sua atividade principal enquanto transferem a responsabilidade de gestão de veículos para a locadora. O resultado é uma considerável redução de custos e benefícios fiscais para as empresas. A terceirização de frota pode ser negociada com agilidade e não imobilizará o capital da empresa. “O aluguel é feito com agilidade e transparência, utilizando valores infinitamente inferiores aos de uma aquisição normal. Sua frota alugada poderá ser ampliada a qualquer momento do contrato, de acordo com sua necessidade e reduzida mediante normas contratuais”, explica Gustavo. A renovação da frota é feita efetivamente dentro dos prazos devidamente acordado em cada contrato. “Nossa frota é 100% segurada, incluindo danos contra terceiros, danos materiais e pessoais”, afirma Margione.
Pacotes promocionais são oferecidos pela Silzan de segunda a quarta: R$34,90 a diária com R$0,65 o quilômetro rodado para veículos 1.0. As diárias normais são a partir de R$ 75.
A Silzan Locadora está localizada na rua Tenente Antônio Camilo, 169, no bairro Alto Pereira, em Itabira. A empresa funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h, e aos sábados, de 8h às 12h. Mais informações podem ser obtidas no site da locadora: www.silzanlocadora.com.br JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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DeFato
Convênio
Saúde acessível Cartão Examinar Descontos Especiais promete facilitar o atendimento na saúde e promover educação e lazer
Clínica oferece amplo espaço e conforto para seus clientes
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Fotos: Renato Carvalho/DeFato
Examinar, referência em medicina ocupacional e diagnóstica, está lançando uma excelente oportunidade para seus clientes. O Cartão Examinar Descontos Especiais oferece uma variedade de descontos nas áreas da saúde, educação e lazer. O cartão funciona, principalmente, como um credenciamento para atendimento nas clínicas Examinar. Por apenas R$ 70,00 mensais, o titular do cartão recebe descontos em qualquer consulta ou serviço da rede. Além disso, no mesmo plano pode-se incluir até seis dependentes, seja cônjuge, filhos, pais ou outros familiares.
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Pela central de atendimento, o cliente marca a consulta na especialidade médica desejada, dentre as várias oferecidas, e é atendido em um prazo muito rápido. Isso tudo com a qualidade singular da Clínica Examinar. São médicos de confiança, estrutura moderna, com conforto e segurança. “Cada consulta será cobrado o valor de apenas R$ 70,00 e quando houver a necessidade de exames diagnósticos, o cliente pagará valores bem inferiores aos praticados no mercado. Se não usar nada no mês, só paga a taxa mensal”, explicou o diretor da empresa, Semy Hissa. A facilidade se torna maior ainda com a grande variedade de especialidades que a clínica oferece. Cardiologia, pediatria, ortopedia, exames clínicos, oftalmológicos, de laboratórios, raio-x, eletrocardiograma, eletroencefalograma,
audiometria e várias outros serviços. Isso tudo em apenas um lugar, poupando tempo e esforço do cliente. “Nossa preocupação é que a população tenha um atendimento rápido com muita praticidade. Vamos dar condições de as pessoas pagarem pouco por um serviço de extrema qualidade”, disse Semy. As vantagem não param por aí. O cartão Examinar Descontos Especiais oferece convênios para a área da educação e lazer. Clientes do plano do cartão desconto terão preços melhores para fazer novos cursos em diversas áreas. Além disso, conveniados poderão usufruir, também, de benefícios para seu lazer. A Examinar pretende implantar uma grande quantidade de empresas conveniadas ao cartão para dar mais conforto ao seu cliente. “Serão descontos verdadeiros em vários setores. Futuramente teremos farmácias, óticas, equipamentos de reabilitação. É um serviço muito amplo”, explicou o diretor. Com o lançamento do Cartão Examinar Descontos Especiais, a Examinar vai revolucionar o atendimento na área de saúde, reduzindo prazos de consultas e facilitando a vida dos conveniados. O lançamento do cartão ocorre no mês de junho simultaneamente em Belo Horizonte e Itabira. Para garantir o convênio, basta ligar no telefone (31) 3272-8665. A Clínica Examinar, conveniada para o atendimento em Itabira e região, está localizada na rua Tiradentes, 341, no Centro de Itabira, próximo à região dos bancos. Na capital, o endereço é na rua São Paulo, 401, 5º andar.
DeFato
Educação
Aprovados com louvor Alunos de Direito da Funcesi obtêm alto índice de aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil
Fotos: Renato Carvalho/DeFato
Entre os aprovados na OAB, Ana Tereza, Guilherme Souza, Júlia Moura e Luciana Oliveira destacam qualidade do curso de Direito da Funcesi
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onsiderado um dos mais difíceis do Brasil, com baixo índice médio de aprovação, o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil sempre suscitou medo nos alunos e bacharéis em Direito. Recentemente, a Funcesi deu mostras de que está no rumo certo: 55% dos seus alunos foram aprovados na última avaliação da OAB, número muito acima da média observada em todo o território nacional (que não ultrapassa os 20%). A aluna do 9º período do curso de Direito da Funcesi, Ana Tereza Fernandes Mamare de Magalhães, disse que “a notícia da aprovação foi emocionante, me deixou muito satisfeita, principalmente porque o índice de aprovados da Funcesi neste Exame foi alto, o que mostra que o ensino da instituição é de qualidade e vem melhorando a cada dia”. A estudante conta que “os professores da Funcesi se mostraram prontos para ajudar no que fosse preciso, de maneira a dar o apoio
acadêmico necessário, tirando dúvidas e mandando material de estudo e, ainda, dando apoio psicológico e incentivando”. A aluna Luciana Duarte Oliveira, do 9º período, destacou-se ao obter nota 9,7 na segunda etapa. “O bacharel em Direito graduado no curso da Funcesi é um profissional preparado para qualquer área que queira seguir”, afirma. “Pude observar que o alto índice de aprovação de alunos da Funcesi no XVI Exame da OAB é reflexo do excelente trabalho desenvolvido pelos professores e funcionários, sempre dedicados ao sucesso dos alunos”, completa. Já para Guilherme Magno Martins de Souza, “a aprovação de grande parte dos discentes do curso de Direito da Funcesi no Exame da Ordem é mais uma demonstração da qualidade do nosso curso”. O reconhecimento da seriedade do trabalho da Funcesi também é confirmado por Júlia Lage Moura. “O curso de Direito da Funcesi contribuiu para a
minha aprovação no Exame da OAB. A instituição, em especial, o curso de Direito, vem progredindo a cada ano”, diz. Para a doutora Renata Barbosa de Almeida, coordenadora acadêmica do curso, a aprovação de um grupo tão expressivo de alunos no concurso brinda o trabalho realizado na Faculdade de Ciências Humanas de Itabira (Fachi). “O resultado é muito representativo e deixa a todos nós extremamente satisfeitos e orgulhosos. Afinal, serve para demonstrar a eficiência com a qual temos desenvolvido nosso trabalho e lhe dá sentido”, avaliou. A proporção de aprovados vem aumentando gradativamente a cada novo concurso, especialmente nos últimos três anos. “A dedicação destes discentes aprovados é um aspecto que merece ser sublinhado. Alcançar um índice tão alto de sucesso, neste concurso, é condição de destaque do grupo. A aprendizagem pressupõe isto: o gosto pelo e a disposição para os estudos”, disse Renata.
Durante o mês de julho de 2015, haverá vestibular da Funcesi para vagas remanescentes. Informações: www.funcesi.br JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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DeFato
Empreendedorismo
Aprendendo no Velho Mundo A
cabo de chegar de viagem pelo leste europeu. Foi uma experiência fantástica que gostaria de compartilhar. Viajando pelo Velho Continente entendemos melhor aquilo que estudamos e sentimos melhor a caminhada do ser humano, as tradições que herdamos e os valores de cada época. Revivemos grande parte das agruras da primeira e segunda guerra mundial, o quanto este povo sofreu e o quanto também é capaz de se reconstruir. Visitamos os campos de concentração, as câmaras de extermínio e os paredões de fuzilamentos. Outra constatação sentida foi a diferença de progresso dos mundos capitalista e comunista, hoje unidos, mas que guardam ainda resquícios da história. Nesta linda região, em Budapeste, Viena, Praga, Varsóvia e Cracóvia existiam culturas neolíticas de cerca de 6.500 anos, onde os arqueólogos escavaram colônias de diferentes culturas da idade da pedra, do bronze e do ferro, e os contatos eram fortes com Roma do século I ao V de nossa era. É um povo fantástico que procura preservar e restaurar toda trajetória através das riquezas arquitetônicas das igrejas, museus maravilhosos e lindos parques de preservação ambiental. Podemos sentir a força das religiões através dos impérios, do acúmulo de riquezas depositadas nos palácios, castelos e nas próprias igrejas. Uma época em que poucos mandavam e os demais eram comandados e trabalhavam a serviço de seus reis. Era fácil se manter no poder, pois conhecimento e riqueza só a cúpula governante possuía e quem não tem informação não sabe reivindicar. Ademais, os reis sabiam agradar o povo, não faltava comida nem divertimento alienante, próprio das épocas. É uma região de planícies cuja altura máxima não passa de 300 metros, banhada por rios caudalosos e clima propício à cultura de vegetais, muito bem aproveitada, mecanizada e moderna. Uma região de muitas indústrias na área de transporte, elevadores e máquinas pesadas. Um grande ícone da economia é o turismo. Diariamente milhares de pessoas pagam para visitar
Será que vamos precisar de uma guerra ou um grande infortúnio generalizado para enxergarmos que somos os responsáveis pela construção de nosso país, de nossa cidade e de nossas vidas?
Márcio Labruna
labruna.inovatec@gmail.com
e conhecer. Porém, o que mais me entusiasmou e encheu-me de inveja foi o transporte público. Bondes, ônibus, metrôs e trens modernos, ligeiros e elegantes. Mesmo em cidades pequenas não falta transporte de qualidade. Outra constatação foram as estradas e rodovias, bem cuidadas e que dão prazer em trafegar. De passagem pela Alemanha, conhecemos um dos mais modernos aeroportos da Europa, na cidade de Munique onde tudo funciona apoiado em tecnologia de máquinas e robôs. Em Berlim, cidade de 800 anos, podemos sentir a ganância humana do poder que dividiu a capital em segmentos submissos aos Aliados a partir de 1945, fim da Segunda Guerra. O mais incrível é a capacidade de reconstrução deste povo. Hoje Berlim é uma cidade reconstruída após a guerra, moderna e guardando grande parte de sua arquitetura milenar. Neste particular, sentimos também as diferenças tecnológicas dos dois lados do muro destruído em 1989 unindo as duas Alemanhas. Em conversas com pessoas e observações, tudo isso foi reconstruído e está cada vez mais moderno, porque seu povo tem e nunca deixou de receber uma educação de qualidade, tanto do lado capitalista como do lado socialista. Apesar das guerras e da ganância econômica, um povo educado nunca perde seus valores e sabe reconstruir suas cidades, assim como sua vida. Vamos nos lembrar que o modelo profissionalizante da nossa escola gerencial de Itabira foi trazido pelo Sebrae da Áustria e Alemanha. Às vezes, fico me perguntando: será que vamos precisar de uma guerra ou um grande infortúnio generalizado para enxergarmos que somos os responsáveis pela construção de nosso país, de nossa cidade e de nossas vidas? Quando será que nossos governantes vão ter a educação como prioridade? Não podemos desanimar, somos um país ainda novo. Plantando diariamente sementes de empreendedorismo e cidadania, a colheita vai aumentando. Itabira está começando a viver um novo tempo com a emancipação econômica menos dependente das commodities do minério. O projeto Unifei começa a mostrar uma nova cidade e nossa guerra tem outras armas: tecnologias inovadoras e conhecimentos.
Márcio Antônio Labruna é eletrotécnico, matemático, pós-graduado em Gestão Empresarial pela PUC-MG e expresidente da Associação Comercial, Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira. É gerente do Inovatec.
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DeFato
Cidadania Daniel Lança
Reforma Política: o que está em jogo? Q
uando o Gigante acordou, pós-protestos de junho de 2013, o Brasil clamou por reformas profundas que fizessem o país crescer sem perder o foco da moralidade na política e na busca pela justiça social. Após, vieram as eleições, que redefiniram o Parlamento pátrio e reelegeram a presidente Dilma; e não satisfeitos, os brasileiros ainda voltaram às ruas clamando por mais ética na política. De todos aqueles legados, a tão sonhada Reforma Política, que foi pauta constante dos movimentos sociais, entrou em discussão tão logo o novo Congresso tomou posse, sendo determinada abertura de uma Comissão Especial por ordem do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Entretanto, nas últimas semanas, foram para votação diversas pautas da Reforma Política, a maioria sem um parecer formal da Comissão Especial e a bel-prazer do presidente da Câmara, quais sejam os pontos: financiamento de campanha, unificação das eleições, cláusula de barreira, fim da reeleição, aumento do tempo de mandato e sistemas eleitorais. Abordaremos alguns desses abaixo. Quanto aos sistemas eleitorais, já nos manifestamos neste espaço sobre a preferência pelo voto DISTRITAL nas eleições proporcionais, cuja escolha dos candidatos seria feita por localidades geográficas menores, como microrregiões, por exemplo, mantendo assim proximidade entre representantes e representados. Foi a votação outro sistema, muito pior, o tal “Distritão”, que despreza as representações partidárias para privilegiar os candidatos mais votados, como é no sistema majoritário de locais como Afeganistão. Saiu derrotado. Parte importantíssima votada, e já aprovada em primeiro turno, diz respeito ao fim da reeleição para os cargos majoritários (prefeitos, governadores e presidente). Atenção, pois esse ponto certamente mudará os rumos da política, inclusive municipal. Sou contra a
É necessário o acompanhamento desse tema tão importante, que não pode ficar renegado a um grupo diminuto de aristocratas políticos
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reeleição, por entender que desvia o foco do gestor público nos últimos anos de mandato, revendo prioridades que combinem mais com as próximas eleições do que com as próximas gerações. Aliado a esse tema, está para ser votado o aumento de mandato de quatro para cinco anos, já que entendem que, com o fim da reeleição, seria tal duração mais condigna para o exercício de mandato público. De acordo. Outra importante alteração votada em primeiro turno diz respeito ao financiamento de campanhas - minha preferência sempre foi pelo modelo de financiamento 100% público, que iguala todos os candidatos e põe fim às doações de empresas, tão maléfica à democracia. Entretanto, o presidente da Câmara colocou, ditatorialmente, o sistema que expressamente autoriza o financiamento privado na constituição, já que corre contra o tempo, vez que está em apreciação no STF uma ação direta de inconstitucionalidade que proibiria o financiamento privado. Além desses, outro ponto importante da Reforma diz respeito à unificação das eleições gerais (presidente, deputados, governador e senador) com as eleições municipais (prefeito e vereadores). Discordo profundamente, e comigo está a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), vez que entendemos que unir todas as eleições num mesmo pleito, de quatro em quarto anos, pode confundir as agendas políticas e enfraquecer a democracia, na medida em que diminui a constância do debate político-partidário-eleitoral (ostracismos eleitoral) e aniquila o momento intermediário de controle do jogo político. Outros temas ainda serão apreciados, tais como a instituição de cláusulas de barreira, que visa diminuir partidos aventureiros e sem ideologia, entre outros. Fato é que se faz necessário o acompanhamento do desenrolar desse tema tão importante, que não pode ficar renegado a um grupo diminuto de aristocratas políticos, nem deixar que as agendas sejam conduzidas por ímpeto de um presidente ditador e autoritário. Será na medida em que as regras eleitorais diminuam a distância entre governantes e governados, e aumentem a representatividade, moralidade e a eficiência na política que tal reforma será útil e bem-vinda.
Daniel Lança é advogado e gestor público, com Especialização e Mestrado em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa – Portugal
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DeFato
FatoR
Ronaldo Silvestre
O que você vai ser quando crescer? ronaldo13silvestre@gmail.com
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omo responder a essa pergunta, agora que já crescemos? Depois de assistir aos filmes “O Pequeno Nicolau” e “O Palhaço”, isso ficou rondando meus pensamentos. “Agora que tu já cresceste, quem tu és?”. Será que já somos capazes de prestar contas ao menino? Somos, enfim, a realização do sonho da criança que fomos um dia? Ou ainda deixamos infeliz e frustrada a criança que vive em nós? Esse era o tema da redação que a professora propunha aos meninos da classe. Todos trataram de escrever seus textos, mas, para o pequeno Nicolau, responder àquilo não era simples. Ele nunca havia pensado nesse assunto. Essa é a primeira cena do filme “O Pequeno Nicolau” (“Le Petit Nicolas”, 2009), que assisti recentemente. É um filme muito delicado, de humor muito sutil e inteligentíssimo. Aliás, uma história que retrata o cotidiano de crianças não poderia ser diferente. Afinal de contas, existem seres mais espontâneos, livres e inteligentes dos que as crianças? E, além de tudo, uma mensagem muito interessante. A história se desenrola numa visão muito particular e numa lógica muito própria às crianças. Depois de muita confusão, o pequeno chega à conclusão de que, quando crescer, o que ele quer mesmo é fazer as pessoas rirem. Não deveria ser este o anseio de todos nós? Despertar a alegria nas pessoas que nos cercam? Mas fazer os outros rirem é o bastante? “Eu faço os outros rirem, mas quem me faz rir?” Essa era a pergunta que o palhaço Pangaré fazia a si mesmo no filme “O Palhaço”, de Selton Mello. Benjamim, diferentemente do palhaço que encarnava, era sério, grave, pensava demais. Talvez, em algum momento de sua vida, assim como o pequeno Nicolau, tenha desejado também fazer os outros rirem. Ou simplesmente seguiu o caminho que lhe parecia mais óbvio.
Para suportar a dureza da vida é preciso fazer o que realmente dá prazer, o que eleva, o que provoca o gozo necessário para contrastar com as dificuldades do dia a dia
Filho de palhaço, Benjamim se deu conta de que havia se tornado um palhaço sem identidade. Sem comprovante de residência. Se sentiu sufocado pela vida. Desejou trilhar outros caminhos. Questionou. O tempo do “o-que-você-vai-ser-quando-crescer” já havia chegado. Mas será que ele estava naquele lugar que um dia, quando menino, desejou estar? Fazendo aquilo que um dia ele sonhou fazer? Quem de nós, em algum momento, não se fez esta pergunta? A angústia de Benjamim veio à tona e transbordou dos olhos do palhaço. O palhaço não ria mais e, portanto, não podia fazer rir. Benjamim tinha uma dúvida e desejou experimentar algo novo. Com lenço, mas sem documento, saiu em busca de sua identidade. Porém, nada melhor do que a realidade nua e crua para nos fazer entender onde está a felicidade e nos fazer enxergar que mesmo uma vida feliz tem seus momentos difíceis. Momentos em que a gente tem vontade de desistir. Para suportar a dureza da vida é preciso fazer o que realmente dá prazer, o que enleva, o que provoca o gozo necessário para contrastar com as dificuldades do dia a dia. Assim, Benjamim se encontrou novamente, se pintou novamente. Teve coragem de refazer seu caminho. Dessa vez, porém, a alegria deixou de ser um disfarce em seu rosto. Suas tintas não precisavam mais cobrir a angústia e nem dissimular a infelicidade que atormentava o coração. Pois, finalmente, o palhaço entendeu a simplicidade da vida. “Cada um deve fazer aquilo que sabe fazer. O gato bebe leite, o rato come queijo, e o palhaço – como também desejou o pequeno Nicolau – faz os outros rirem”. O que têm em comum Nicolau e Pangaré? O menino é o desejo e o palhaço a realização. O menino é o sonho, o palhaço a realidade alcançada. A jornada de Benjamim é o caminho que deveria ser percorrido por todos, para o reencontro e a prestação de contas com o menino que questiona: “agora que tu já cresceste quem tu és?”. Todos deveríamos levar embaixo do braço a resposta que demos um dia àquela pergunta inicial. “O que você quer ser quando crescer?”. Pois, só seremos felizes quando nos dedicarmos a realizar os sonhos do menino que fomos um dia e que nunca deveríamos ter deixado de ser. Ronaldo Silvestre é mestre em Design Sustentável, delegado de Cultura, Design de Moda e presidente do Instituto Tecendo Itabira
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Gastronomia
Prazer, Chico Savassi R
Fotos: Lucas Bastos/DeFato
Depois de anos em Belo Horizonte, itabirano Fernando Lage traz qualidade e inovação à cidade natal
ecém-inaugurado em Itabira, o Restaurante Chico Savassi oferece uma grande variedade de pratos. A especialidade da casa é a culinária mineira e para proporcionar uma experiência diferenciada ao cliente todo o espaço foi planejado com uma decoração rústica, tornando o ambiente aconchegante. Tudo isso com acompanhamento do amigo e consultor Vinicius Salomão, chef gastronômico, e que também acompanhou o projeto do empreendimento. O restaurante funciona das 11h às 15h em sistema self-service. Nas noites de sexta-feira o ambiente torna-se uma boa opção para se divertir no happy hour com chopps e petiscos. Nas demais noites, os proprietários Fernando Lage Silva e Gabriela Duarte Machado Lage abrem o espaço para festas, comemorações, confraternizações de empresas e outros tipos de eventos.
Além da excelente culinária apresentada, o Restaurante Chico Savassi trouxe um diferencial para a cidade: o espaço kids. Os pais podem almoçar tranquilamente enquanto seus filhos se divertem em brinquedos no segundo andar. Tudo com muita segurança. A ideia do empreendimento partiu da necessidade de oferecer um local diferenciado para que os itabiranos possam almoçar, com foco na comida de qualidade, conforto e serviço personalizado. “Muitos amigos cobravam que eu abrisse um restaurante com essas características aqui em Itabira”, contou Fernando, que teve dois empreendimentos do mesmo nome em Belo Horizonte, onde ficou por 17 anos. Lá os restaurantes também tinham as mesmas características rústicas que o daqui apresenta. E tudo começou ao acaso. Fernando era gerente de uma papelaria na cidade e foi à capital para olhar
um restaurante que estava à venda. Antes disso, ele almoçou em outro restaurante e conta que ficou encantado com a decoração e com o estilo mineiro apresentado. “Fui para olhar um empreendimento e acabei gostando de outro. Perguntei se estava à venda e a negociação aconteceu em poucos dias”, lembra. Mais tarde, o comerciante investiu e abriu um segundo restaurante, com o mesmo nome, também na capital. A volta para Itabira era um desejo antigo e dependia apenas da oportunidade certa. “Eu pensei: se eu conseguir um imóvel em um ponto estratégico, eu volto”. E deu certo. Fernando vendeu os pontos na capital e passou seis meses reformulando e ampliando um imóvel na rua Zeca Amâncio, no Centro de Itabira, para cumprir seu desejo. “É como disse minha tia Ila, ‘você foi para Belo Horizonte já querendo voltar`. O bom filho à terra torna”, citou Fernando.
Endereço: Rua Zeca Amâncio, 61, Centro, Itabira | Telefone: (31) 3831-3936 JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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Condomínios Banco de imagens
Um problema chamado
garagem
Vagas para guardar veículos é um dos principais focos de desavenças entre vizinhos em condomínios
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á viu aquela propaganda que mostra uma reunião de condomínios e a briga que o encontro vira quando o assunto é a garagem do local? Socos, “gravatas” e até cadeiradas. O comercial, claro, é uma caricatura bem humorada, mas o problema realmente existe e é uma das principais fontes de conflitos entre vizinhos em conjuntos habitacionais. Quando falta o bom senso, sobram as desavenças. O que era para ser uma garantia de comodidade acaba virando uma grande dor de cabeça. Vagas compartilhadas, estacionamento em locais errados, utilização do espaço por não moradores, carros maiores que as vagas, furtos, danos e amassados causados por vizinhos
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costumam pautar as brigas. Para entender e resolver muitos desses conflitos é indispensável, além do bom senso, a leitura da convenção do condomínio, do regimento interno e das atas das assembleias. “Muitas vezes as convenções determinam que cada vaga de garagem é destinada a guarda de apenas um automóvel. Neste caso, o condômino deverá optar entre parar um carro ou uma moto. E ainda restringem a sua utilização somente aos moradores e vedam a guarda de qualquer objeto no interior das vagas. Porém, as regras para a utilização da garagem dependem de cada convenção de condomínio”, explica Fábio Rodrigues, sócio-proprietário da CondService.
Seja qual for a opção do condomínio, é indispensável a observância da convenção e que qualquer padronização ou tolerância passe pela aprovação de uma assembleia e esteja em concordância com o Código Civil. A utilização das áreas não podem prejudicar o sossego, a salubridade e segurança dos demais moradores. O site “Viva o Condomínio”, especializado em dicas e legislação de condomínios, cita que os conjuntos não estão obrigados a oferecer vagas especiais para idosos, por exemplo. De qualquer forma, é salutar que, tendo condições, essa população seja favorecida com fácil acesso aos elevadores. “No caso de sorteio de vaga de garagem, é importante que os
SIGA AS DICAS - Quando alguém para seu carro fora da demarcação da vaga, atrapalha a vida de muita gente. Gera “efeito cascata” que pode ser evitado com um pouco de boa vontade. - Cuidado ao abrir a porta do carro, para não bater no veículo ao lado. É uma medida simples que evita brigas e prejuízos. - A vaga do seu veículo na garagem deve servir apenas para isso: ser a vaga do seu veículo. Não é seguro nem correto utilizar-se deste espaço como depósito de objetos ou entulho. - O carrinho para conduzir volumes, infelizmente, não tem vontade própria. Mas é tão bom quando chegamos carregados e encontramos ele no lugar, não é? - Estacionar seu veículo fora da vaga, mesmo por “cinco minutinhos”, não é uma boa ideia. No condomínio moram muitas pessoas, com muitas necessidades diferentes. Por isso, os “cinco minutinhos” podem atrapalhar muito mais do que você imaginou inicialmente. - Não é só o porteiro que escuta a sua buzina quando você pede para ele abrir o portão. Imagine se todos forem fazer isso como vai ser infernal a vida de quem está no térreo, nos andares baixos, nos terrenos vizinhos. Não faça disso uma prática e utilize o procedimento apenas em último caso. - A garagem não é um lugar adequado para crianças brincarem, além de ser perigoso. Fonte: www.sindiconet.com.br
idosos sejam beneficiados com os locais de maior espaço e entrada privilegiada”, recomenda a publicação. Venda ou locação Há uma lei federal, número 12.607, de 2012, que disciplina as ações de venda ou o aluguel de vagas de garagem a não moradores. Agora, esses espaços só podem ser alugados ou vendidos quando existir previsão expressa das convenções. Caso não exista autorização expressa, a convenção poderá ser modificada pela aprovação em assembleia de dois terços dos condôminos. A mudança vale para proprietários de apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com exceção para os edifícios-garagens. “É importante que fique claro que a lei não veda a locação das vagas para outros condôminos, pelo contrário, esta passa a ser a única opção do morador que tem uma vaga a mais”, comenta Fábio Rodrigues. “O condomínio deve sempre tentar administrar as situações que podem resultar em conflitos. E os condôminos devem utilizar o bom senso e respeitar as regras estabelecidas para evitar desentendimentos e possíveis ações judiciais”, completa. Portões Outro problema frequente em garagens de condomínio é o portão eletrônico que vira e mexe está estragado. Isso acontece porque o equipamento é acionado várias e várias vezes durante o dia e há um desgaste óbvio. Para amenizar a situação, o mais importante é que o motor seja compatível com o portão e a frequência de uso. É importante que o motor apresente potência de acordo com o peso do portão, e que seu número de ciclos (de abertura e fechamento, por hora) também esteja compatível com as necessidades do condomínio. Para o condomínio que deseja mais segurança e agilidade de abertura e fechamento do portão, isso também deve ser levado em conta no momento de se adquirir um equipamento.
DeFato
Idiomas
Sem fórmulas
mágicas
Aprender um novo idioma demanda dedicação e muito tempo investido. Ofertas de aprendizado instantâneo devem ser olhadas com desconfiança
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m dos ditados mais velhos e mais conhecidos ensina que “a pressa é inimiga da perfeição”. Isso vale para qualquer área da vida e deve ser levado em consideração também por quem quer aprender um novo idioma. Não existem fórmulas mágicas e qualquer oferta de aprendizado instantâneo deve sempre ser olhada com desconfiança. Há uma especificação internacional
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desenvolvida especialmente para mensurar o tempo em horas necessário para o aprendizado de um novo idioma em diferentes níveis. O Common European Framework of Reference (CERF), ou Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas, foi criado em 2001 por especialistas em ensino de línguas estrangeiras a partir de pesquisas nessa área. O CERF considera a aprendizagem de língua estrangeira em três áreas de
comunicação: compreensão (ouvir e ler); fala (interação e produção falada); e escrita (produzir textos obedecendo a gramática). Dentro da especificação, são apresentados seis níveis de aprendizagem: A1 e A2 (básico), B1 e B2 (independente) e C1 e C2 (proficiente). Para cada nível, é estipulado um número mínimo de horas que o aluno precisa se dedicar ao estudo para alcançar um grau eficiente de aprendizado. Essa tabela é válida em todo planeta. Por exemplo, se um aluno sair de Itabira para fazer um curso na Austrália, a escola aplica um teste de nivelamento para classificá-lo. Seguindo essa especificação, lá será como funciona aqui. Se o estudante chegar ao novo país e se enquadrar no B1, então ele é um falante independente, que consegue se virar, mas ainda não é proficiente. Importantes universidades dos Estados Unidos também desenvolveram pesquisas para mensurar o tempo necessário para que uma pessoa obtenha conhecimento mínimo de uma língua estrangeira. Essas escolas exigem um idioma adicional (geralmente o espanhol) para quem pretende começar um curso de graduação. Havard, por exemplo, aponta que é preciso um tempo mínimo de quatro anos de estudo. Então, é inevitável a pergunta: será
que uma pessoa que não saiba o idioma pode mesmo aprender a nova língua tão rapidamente? Para a diretora do CCAA Itabira, Eline de Assis Bettero do Valle, não. “Muitas vezes a gente vê propagandas de que em um ano, dois anos, será possível a pessoa aprender um idioma. Percebemos que não pode ser real, devido a existência desses estudos que mostram quantas horas são necessárias para aprender um novo idioma. Da criança ao adulto, qualquer pessoa vai precisar de determinadas horas para conseguir adquirir, principalmente, a fluência. Só para sair do básico são necessárias 200 horas”, comenta. Imagine que um aluno se matricule em um curso de 18 meses com duas aulas por semana, cada uma com duração de uma hora e meia. Ao fim do contrato, ele terá 216 aulas de estudo. Esse total, segundo a tabela CERF, significa que esse aluno terminou apenas o ciclo básico. Ou seja, está longe de dominar o idioma como provavelmente foi vendido a ele. “É preciso ver, realmente, o que você está comprando. Dizem que em um ano ou dois, você será fluente, mas quanto tempo de estudo terá durante a semana? Três, quatro horas por dia para alcançar o objetivo? Além de analisar o tempo
e o valor a ser investido, é importante atentar-se ao plano de ensino do curso oferecido”, recomenda a diretora. Dedicação e esforço Aprender um novo idioma é difícil também porque demanda muita colaboração do aluno. Não basta o que ele recebe na sala de aula, é preciso que o estudante se dedique e tenha esforço. Além disso, existem outras variáveis, como idade, conhecimento de mundo e grau de exposição à língua fora da escola. “Não existe solução mágica. Não existe curso que você entra e sai falando inglês rapidinho. Demanda tempo e esforço do aluno, porque não é só em sala de aula que se aprende”, diz Eline Bettero. “Dedicação, tempo e esforço. A prática é que te leva à perfeição. E isso vai demandar dedicação. O caminho é longo e muita gente, quando chega a certo tempo, quer desistir. Não pode, é persistindo que se chega”, completa. Milagres não existem. Claro que um curso de boa qualidade vai ajudar, mas se o aluno não quiser e não tiver o esforço próprio, não vai conseguir o objetivo. Por isso, a dica é pesquisar bastante para fugir das armadilhas. E lembrar sempre: Practice makes perfect!
Nada abala a confiança
de quem
estuda no
Rua Tiradentes, 139 - Centro - Itabira Usuário Básico
Usuário Independente
Usuário Proficiente
Nível X Tempo de Estudo
A1 90h - 100h
B1 350h - 400h
C1 700h - 800h
A2 180h - 200h
B2 500h - 600h
C2 1000h - 2000h
3831-3169 itabira@ccaa.com.br
DeFato
Esporte Arquivo Terra Trekking
Mais que um
esporte
Trekking reúne saúde e amor à natureza, ganha mais adeptos e se consolida como uma verdadeira filosofia de vida
Mariana Reis
A
mor às montanhas, às caminhadas e à natureza! É com essa filosofia que cada vez mais trekkeiros se juntam para caminhar pelas mais variadas trilhas no Brasil e no exterior. A modalidade é uma atividade física, aeróbica, e que, na tradução literal, significa andar por locais naturais. O trekking é, na verdade, a mais antiga e conhecida forma de deslocamento do ser humano, mas que pode ser praticado tanto por lazer quanto em competições. O trekking é muito praticado nos Estados Unidos e na Europa, e nos últimos anos tem se popularizado no Brasil,
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principalmente em Minas Gerais, que possui diversas belezas naturais. Em Itabira e região, o número de adeptos não para de crescer. Gente como os amigos João Ricardo Dornelas, 56, e o chileno Ricardo Rocco, 37, que sempre que podem se reúnem para andar por aí. “Nós gostamos de caminhar, fazer escalada, andar de bicicleta e começamos a praticar o trekking com pequenas travessias, mas já fizemos algumas consideradas as mais difíceis do Brasil”, conta João. João acredita que o trekking é uma das atividades ao ar livre mais seguras, e que pode ser praticada por qualquer pessoa saudável, independente da ida-
de. A acessibilidade financeira é outro ponto favorável. Para os iniciantes, é recomendável a prática de caminhadas regulares antes de partir para as trilhas. “O ideal é que o iniciante esteja acompanhado sempre de guias experientes, que já tenham feito a trilha anteriormente. Não recomendamos ninguém a praticar o trekking sem ter o mínimo de equipamentos adequado. Por exemplo, se estiver sem um tênis, pode correr o risco de causar uma torsão”, diz Ricardo Rocco. A dupla acredita que o trekking é um estilo de vida que proporciona diversos prazeres, como a saúde, o
pessoal Fotos: Arquivo
contemplo da natureza - do amanhecer ao pôr do sol - e a fuga do stress do dia-a-dia. Entre os principais desafios estão a falta de água – várias trilhas não têm água e é preciso levar - e o percurso em si. Ricardo afirma que praticar trekking não é simplesmente andar. “É interessante prestar atenção no caminho e nas soluções dadas aos problemas que surgirem para aprender a caminhar em ambientes naturais”, ensina Ricardo. Outro aspecto importante é o companheirismo. “Se um machuca, abortamos a missão. Estamos ali para um apoiar o outro. Caminhar, chegar e voltar com segurança, mas se acontecer algum imprevisto temos os amigos ali”, conta Ricardo. Segundo eles, a lei da montanha é clara para os praticantes. “Nunca subestime a montanha. Se alguém precisa de ajuda, esse alguém tem que ser ajudado, isso é lei”, completa João. No Brasil, existe uma época certa
no ano para praticar a modalidade. “A temporada no Brasil é de abril adiante, porque o tempo fica mais estável”, explica Ricardo. Em setembro, os dois amigos partirão para uma empreitada diferente. Eles irão para um trekking de nove dias na Patagônia Chilena. “Tem dois anos que estamos programando essa viagem, vamos pegar ventos acima de 120 quilômetros por hora e neve”, diz o aventureiro, empolgado e ansioso. Do escritório para o mato O consultor de marketing Marco Santos pratica o trekking desde criança e hoje, com 37 anos, coleciona trilhas pelo Brasil. “Eu comecei quando tinha uns sete anos, sem saber que estava praticando o esporte, e virou uma paixão”, conta. Durante os dias úteis, Marco trabalha em um escritório em Itabira. Quando chega o final de semana, calça a bota e sai para caminhar pelas matas. Para ele, a caminhada em si não faz
rnelas João Ricardo Do
Ricardo Rocco
Marco Santos
ONDE FAZER A região de Itabira possui muitos lugares para o trekking. A Serra dos Alves, Serra do Caraça, distrito de Ipoema, Itambé do Mato Dentro e Serra do Cipó são algumas delas. No Brasil, a trilha considerada mais difícil é a da Serra Fina. O local é considerado pela National Geographic um dos 100 lugares mais inóspitos do mundo. Veja, a seguir, algumas opções de trilhas em Minas Gerais: EXTREMA
SERRA DO CIPÓ Lapinha – Tabuleiro (27 km) Vale do Travessão (10 km)
OURO PRETO CAPARAÓ Pico da Bandeira (18 km ida/volta)
PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA Travessia da Serra Fina (33 km) Pico das Agulhas Negras (extensões variadas)
Pico do Itacolomi (15 km ida/volta)
MONTE VERDE
Trilha Pedra das Flores Serra do Lopo (5 km)
Trilha do Pico Selado (2,5 km) Trilha do Jorge (7,5 km) Trilha do Pico da Onça (5 km)
DIAMANTINA
ARAPONGA Pico do Boné (8 km ida/volta)
Caminho dos Escravos (20 km)
CAPIVARI Pico do Itambé (4 km ida/volta) Travessia entre os Parques do Itambé e Rio Preto (54 km)
BARÃO DE COCAIS Trilhas para montanhas no Santuário do Caraça (extensões variadas)
DeFato
Trekking
sentido se não estiver acompanhada de alguma motivação, seja física ou psíquica. “Quero que mais pessoas compartilhem desse meu sonho, porque não tem graça conquistar sozinho. Acredito no trabalho em equipe. É como um amigo meu que pesava mais de 100 quilos, e hoje, com o trekking, já perdeu 12 quilos”, diz. Outro ponto que Marco afirma ser muito importante é o “heroísmo”, que deve ser evitado. Segundo ele, as pessoas não podem querer fazer o trekking de qualquer forma e achando que são capazes de qualquer coisa. “Muitos jovens têm uma visão vaga sobre perigo e morte, se julgam heróis, e isso não pode, porque uma pisada em falso, já machuca. Se machucou é que não prestou atenção nos sinais. Precisamos ter essa responsabilidade e tentar sempre o máximo de segurança”, aconselha. Causos e casos Andar por trilhas rende não só boas imagens, mas também boas histórias. Marco conta que um colega foi para a Serra do Lobo, no lugarejo conhecido como Cabeça de Boi, em Itambé do Mato Dentro, e levou uma cachorra labrador junto. Já no alto da Serra, descobriu que a cadela estava no cio. “Ele teve que dormir com ela dentro da barraca e um lobo ficou do lado de fora dando arranhões e fungadas a noite inteira. De manhã, a barraca estava toda urinada. Ele passou um aperto”, narra o consultor de marketing. Na Serra Fina, entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, os amigos João e Ricardo estavam no terceiro de quatro dias de trekking quando encontraram com três pessoas perdidas. “Eles estavam desidratados e quase desmaiando”, recorda João. A dupla deu barracas, blusas de frio, comida e ajudou o trio a ir embora da trilha. “Nem GPS eles tinham, não iam saber sair dali. Por isso é importante estudar o percurso”, afirma Ricardo.
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ESTILOS DE TREKKING Não existe uma regra básica para as modalidades do esporte, mas são estabelecidas diferenças quanto à regularidade, velocidade ou distância. Confira:
TREKKING DE REGULARIDADE É a realização da trilha com regras pré-determinadas, com tempo e local definidos. O importante não é a velocidade e sim manter-se no percurso correto e no tempo. Utiliza-se planilhas com velocidades médias, distâncias e símbolo-referência. Pode-se utilizar qualquer equipamento de medição e de cálculo.
TREKKING DE VELOCIDADE Com a utilização de cartas de navegação e bússola, a organização determina antecipadamente onde estão localizados os postos de controle. O objetivo é alcançá-los no menor tempo possível.
TRAVESSIAS OU TREKKING DE LONGA DISTÂNCIA Normalmente são realizadas entre dois pontos, onde o objetivo final é atingir o local proposto. Não existe competição.
TREKKING DE UM DIA Modalidade muito usada no Brasil, principalmente próximo aos grandes centros urbanos. Com início e fim bem definidos. É utilizado para lazer.
EQUIPAMENTOS USADOS Os equipamentos necessários para o trekking são mais baratos que o de outros esportes de aventura, mas mesmo assim precisam ser escolhidos com muito cuidado e critério, avaliando não apenas o preço, mas também a qualidade. CALÇADO – Os mais recomendados são as botas, que oferecem segurança ao tornozelo. Durante a caminhada, o ideal é que se utilizem duas meias, uma fina com outra mais grossa por cima. As meias de algodão, por encharcarem facilmente, são desaconselhadas para o esporte. MOCHILA – O tamanho deve ser escolhido conforme a duração do trekking e a quantidade de coisas que precisará levar. O ideal é que todo o equipamento caiba dentro da mochila. Em trekkings curtos, as pochetes podem ser uma boa opção. VESTUÁRIO - Mundialmente, as calças-bermudas são as mais utilizadas para a prática do trekking. Recomenda-se também o uso de roupas claras e vale levar na mochila um corta-vento ou capa de chuva, além de um casaco, caso o tempo mude. CANTIL - Hidratação é fundamental nas caminhadas, sejam elas competitivas ou apenas de lazer. Todo praticante vai ter sede e precisa se hidratar durante a atividade. É por isso que um cantil, de no mínimo um litro, deve estar sempre na mochila. ACESSÓRIOS - Bonés ou chapéus também são de grande utilidade, pois protegem do sol e da chuva. Bússola, relógios, protetor solar, óculos de sol, sacos plásticos também são bem vindos.
DeFato
Futebol
Adaptar para vencer
Novo regulamento e situação financeira do clube são desafios a mais para o Valério na Terceirona do Campeonato Mineiro
JOGOS DA PRIMEIRA FASE
Renato Carvalho
H
á dez anos longe da elite do futebol mineiro, o Valério tentará, mais uma vez, se reerguer na disputa da Terceirona do Mineiro. Para ter sucesso na competição, que terá início em 26 de julho, diretoria e comissão técnica precisarão se adaptar à realidade financeira do clube. A mudança no regulamento da competição trouxe, a princípio, um alívio para as equipes que disputarão o campeonato. Com a nova regra, o campeonato torna-se sub-23, com a possibilidade de inscrever até cinco atletas acima da idade limite. Sem medalhões, sem altos salários. O presidente do VEC, Luzardo Drummond, revela que o clube está investindo alto na comissão técnica. Além disso, o Valério precisará de parceiros para viabilizar o pagamento de salários de alguns atletas. “Acredito que em tor-
no de R$ 450 a 500 mil a gente faz tudo, salários e logística”, projetou. Como comparação, no ano passado, quando o Dragão contratou alguns jogadores tidos como caros, o clube fechou a conta em quase R$ 750 mil. A alimentação dos atletas já está garantida por uma parceria com a empresa Coma Bem, que também apoiou o clube na última competição. Resta acertar outras parcerias, incluindo o patrocinador máster para aliviar a folha de pagamento. Ainda para reduzir custos, o Dragão está aproveitando o espaço da sede social para montar a concentração dos jogadores, que será instalada onde havia uma academia. Dentro da realidade do clube, a montagem do elenco está sendo criteriosa. Foram duas semanas de testes para atletas amadores de Itabira. O Dragão conta, ainda, com alguns joga-
Diretoria e comissão técnica do Valério apostam em ano complicado, mas vitorioso
02/08 – Ponte Nova x Valério - Rio Doce 05/08 – Valério x União Luziense - Itabira 09/08 – Siderúrgica x Valério - Itabira 15/08 – Valério x Novo Esporte - Itabira 24/08 – Novo Esporte x Valério – Ipatinga 29/08 – Valério x Siderúrgica – Itabira 02/09 – União Luziense x Valério – Santa Luzia 06/09 – Valério x Ponte Nova - Itabira
dores que participaram da competição passada. As contratações, segundo o gerente de futebol Amarildo Ribeiro, estão sendo pensadas em conjunto com o treinador Wantuil Rodrigues. “Futebol hoje está muito difícil, temos que compreender que os valores que temos condições de praticar não são os ideais, mas estamos analisando os atletas para se encaixarem no elenco”, disse o dirigente. Apesar das dificuldades, o treinador valeriano garante que terá uma equipe gabaritada tecnicamente, mas avisa que será “a conta do chá”. Segundo Wantuil, o grupo não será muito grande, justamente para se adequar ao orçamento do clube. “Vamos fazer com que os atletas invistam na marca Valério, que é muito forte. É uma marca que ficou na primeira divisão muitos anos. Vamos trabalhar para resgatar o Valério. O mapa do futebol mineiro não pode funcionar sem o Valério”, avisou o técnico. JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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Culinária
Copinho de pé-de-moleque INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
-1 pacote de pó para pudim (sabor caramelo)
Prepare o pudim de caramelo com os 500 ml de leite, seguindo as instruções da embalagem. Reserve até esfriar. Enquanto isso, esmigalhe os biscoitos e distribua em copinhos. Quebre os pés-de-moleques e adicione no pudim de caramelo já frio. Coloque o pudim de caramelo nos potinhos e sirva com um pouco de paçoca esfarelada por cima.
-500 ml de leite integral -10 pés-de-moleques -100 gramas de biscoito de chocolate -3 paçoquinhas de amendoim
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VINICIUS RAMOS TEIXEIRA
ANTÔNIO V. ALENCAR LOYOLA
Mãe: Juliana Silva Ribeiro
Pais: Geraldo Antônio Teixeira Sirley das Graças Ramos
Pais: Edgar Henrique Alencar Loyola Fernanda Vilela Araújo
RAUL LAGE SILVA
CECÍLIA SOUZA ALVARENGA
SAMUEL COELHO MACHADO
Pais: Igor César Passos e Silva Jéssica Pires Lage
Pais: Elenilton de Alvarenga Pena Nícia Aparecida Souza Pena
Pais: Vilson Costa Machado Cristiana Costa Coelho Machado
MIGUEL DE SÁ ANDRADE
ANNA JÚLIA ALVES ROSA
ARTHUR NONATO DRUMOND
Pais: Samuel Almeida de Andrade Leila Cristina Souza Sá de Andrade
Pais: Wagner Procópio Rosa Sabrina Tatiana Martins Alves
Pais: Rodrigo Drumond Sato Bruna Brunelle da Guia Nonato
SAMUEL HEITOR SILVA DIAS 9 ANOS
4 ANOS
1 ANO E 10 MESES
6 ANOS
9 MESES
5 ANOS
6 MESES
2 ANOS
6 MESES
Envie a foto de sua criança para: sociedade@defatoonline.com.br JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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Flash Social Gabriela Bueno Photodesign
Álbum pessoal
DeFato
Everson Paiva
A modelo Thais Almeida, entrevistada por DeFato nesta edição, não para e está com a carreira a todo vapor! A bela gravou recentemente uma campanha para a marca de produtos capilares TRESemmé. Em breve, o rosto de Thais será visto por todo Brasil
A itabirana e uma das promotoras da DeFato Isabela Vieira foi clicada pelas lentes da também itabirana Gabriela Bueno, em Belo Horizonte. A jovem planeja a carreira de modelo e, só pela prévia, dá para ver que está no caminho certo Álbum pessoal
Divulgação
Mariana Reis/DeFato
O mês de maio foi inesquecível para a debutante Emilly Deiró. Ao lado dos pais Girlene Rodrigues e Cledson Deiró, a jovem recebeu familiares e amigos no Sítio Cachoeira para comemorar este momento especial em grande estilo
A rede de óticas que mais cresce na região inaugurou mais uma unidade em João Monlevade no dia 30 de maio. A nona loja faz parte de um estratégico projeto de expansão regional da empresa, que está presente em Mariana, Barão de Cocais, Santa Bárbara e Santa Maria de Itabira, além de Itabira e Monlevade. A Itaótica, que hoje está entre as 10 maiores redes de Minas Gerais, pretende chegar até meados de 2016 com 12 lojas prórpias e iniciar o projeto de lançamento de franquia
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Lucas Bastos/DeFato
Cervejas artesanais, carnes exóticas, presentes... tudo isso e muito mais pode ser encontrado no exclusivo Armazém das Geraes, em Itabira. A loja foi pensada pela empresária Lea Botelho para oferecer produtos diferenciados à cidade
O clima junino invadiu todas as filiais das Lojas Dular. No dia 23 de junho, os funcionários trabalharam a caráter, levando um clima de alegria e descontração aos clientes da rede de móveis e eletro
A itabirana Bárbara de Oliveira (d) mudou-se recentemente para o Chile e passa a morar com a irmã, Nathasha de Oliveira, que vive há dois anos e meio em Santiago. Bárbara, que concluiu recentemente o curso de Biomedicina, se junta à irmã para aprimorar e estudar a língua espanhola
Fernando Vieira Fotografia
Art Designer Fotografias
Divulgação
A loja Fortis Urban inaugurou em 8 de junho um espaço dedicado ao público feminino. O coquetel foi realizado em parceria com a Naura Cabeleireira e garantiu a alegria das convidadas. Na foto, o proprietário Marco Túlio brinda ao lado de Naura Couto, Luana Coelho e Fernando Vieira
A jovem Élida Moura, 25, foi eleita a Miss Comerciária 2015, em evento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabira. Ela representava a Equimacon e competiu com outras 12 belas itabiranas
Yves Hermínio/DeFato
Yves Hermínio/DeFato
A ShineOn Comunicação, agência monlevadense de publicidade, levou este ano dois prêmios nacionais na 29º edição do Voto Popular About. Para o fundador Douglas Cota (e), a premiação só confirma o excelente trabalho feito pela equipe da empresa. Uma agência que está há quase 20 anos no mercado, sempre inovando e buscando soluções diferenciadas para cada cliente
No dia 13 de junho, DeFato promoveu ação promocional para a plataforma de pagamentos na internet Pop Recarga, do itabirano Júlio César Figueiredo. A ação ocorreu na festa havaiana Travaí, em Itabira. A startup, que em breve pretende estar em todo Brasil, faz transações financeiras por meio de créditos no celular para compras em e-commerce
Para divulgar os veículos da marca Volkswagen na 11º edição do Boi no Rolete, o Grupo Viacar contou com as DeFatetes para distribuir material promocional da marca. Elas fizeram cadastros para o Best Drive e comunicaram ao público os principais atributos dos veículos, além de posarem para muitas fotos. JUNHO, 2015 defatoonline.com.br
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Mercado Outlet Fotos: Yes Fotografia
Bastante conhecido por oferecer roupas de qualidade com preço acessível, o Mercado Outlet de Itabira agora está em novo endereço: rua Dona Modestina, 369, Centro. Lá os clientes encontram roupas masculinas, femininas, plus size e de festa, todas com preços que variam de R$ 9,99 a R$ 299,99. Vale a pena conferir!
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Angélica Motta Fotos: ucas Bastos/DeFato
Foi inaugurado no dia 10 de junho o Ballet Angélica Motta - Studio de Dança, em Itabira. O studio oferece ballet baby, ballet intermediário e avançado, aulas de jazz, dança do ventre, flamenca, de salão e zumba. O Ballet Angélica Motta fica na Rua João Rodrigues Bragança, 81 - Centro - Itabira. Os telefones são: 31 38340684 / 8583-0684 / 8915-0684
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CALÇADOS ROUPAS E ACESSÓRIOS AV. VILA LOBOS, 82 | ITABIRA - MG AIX-EN-PROVENCE BUENOS AIRES CANNES JOHANNESBURG HOLLYWOOD LAS VEGAS NICE ORLANDO PUNTA DEL ESTE RIO DE JANEIRO SÃO PAULO 505 LOJAS - 18 PAÍSES
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Cavalgada Itambé Yves Hermínio/DeFato
No feriado de Corpus Christi, a Prefeitura de Itambé do Mato Dentro realizou três dias de muita festa na cidade. Na sexta-feira, 5 de junho, quem agitou o município foi a dupla Danilo reis e Rafael, que ganhou a 3ª edição do The Voice Brasil. Além de muita música, houve rodeios, encontros de cavaleiros e concursos de marchas
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Valentina Modas Fotos: Divulgação
Para comemorar dois anos, a boutique Valentina Modas, de Conceição do Mato Dentro, apresentou a sua nova coleção de inverno no principal evento de moda da cidade. A terceira edição do Fashion Music juntou o melhor de música e moda na Capital Mineira do Ecoturismo, dia 23 de maio.
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Travaí
Fotos: Yves Hermínio/Arina Bragança/Júlia Barbosa
O clima havaiano tomou conta da festa Travaí, que rolou no dia 13 de junho, no Don Báez. A festa, promovida pela república DNA, misturou o melhor dos repertórios de rock, eletrônico, funk e samba, com as bandas Na Ideia, Banda Weiser e Gangster Live. Tudo isso em dois ambientes open bar, com direito a Jurupinga Dinalle. DeFato marcou presença na festa realizando ação promocional para a plataforma de pagamentos na internet Pop Recarga - com distribuição de brindes e interação com a marca.
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Baile dos Namorados Fotos: Yves Hermínio/DeFato
O Dia dos Namorados foi comemorado em grande estilo no salão nobre do Real Campestre Clube. A Associação Feminina da Loja Maçonica União e Paz, de Itabira, promoveu o baile junto ao tradicional Jantar Dançante Beneficente. Confira quem marcou presença na noite do dia 12 de junho.
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Pulsar Festival Fotos: Chinchulive e J.Raphael Fotografias
Entre os dias 3 e 7 de junho, feriado de Corpus Christi, aconteceu a primeira edição do Pulsar Festival - Encontro de arte, cultura e sustentabilidade. O festival foi realizado na Cachoeira Alta, distrito de Ipoema, em Itabira. Mais de duas mil pessoas marcaram presença nos quatro dias de festa, que contou com uma line-up com mais de 60 DJs e Live Acts de psytrance do Brasil e do mundo. O festival ofereceu palestras e oficinas sócio-ambientais, cinema e um incrível espetáculo da natureza proporcionado pela Cachoeira Alta.
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Anitta e Relber & Allan Fotos: Lucas Bastos
O Parque de Exposições de Itabira foi palco para os shows da cantora Anitta e da dupla Relber E Allan no dia 6 de junho. O evento, realizado pela W.O. Produções & Eventos, com produção da Regis Dance, foi marcado pela organização, estrutura e pontualidade no horários dos shows.
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Corrida da Lua Fotos: Lucas Bastos e Renato Carvalho/DeFato
Já tradicional e um sucesso em Itabira, a Corrida da Lua teve mais uma edição no dia 23 de maio. A Etapa da Lua Minguante contou com 600 atletas inscritos nas categorias 5km e 10km.
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11º Boi no Rolete Fotos: Yves Hermínio/DeFato Oferecimento: Grupo Viacar Volkswagen
O tradicional Boi no Rolete, evento realizado pela Loja Maçônica União e Paz movimentou Itabira entre os dias 16 e 17 de maio. O evento começou no sábado, com o velório do boi. Neste dia, a atração foi a banda Los Hervês. Já no domingo, foi dia de tirar o boi da gigante churrasqueira e servi-lo no almoço ao som do sertanejo Bruno Caipira. Muita alegria, descontração, bebida gelada e comida boa foram os destaques da festa. Confira!
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Prosa
Crês em milagres? E
u não! Tal resposta já foi ouvida, mais de uma vez. Mas viver, mesmo que seja por um segundo, já é um milagre. Pois estar entre a vida e a morte é nossa condição. Somos humanos. Conta-se do paralítico que andou ao ouvir de Jesus: “Levanta, toma o teu leito e anda”. É tentador querer presenciar um evento assim. Mas ao ouvir do poeta que “cada pássaro, cada flor, é um milagre”, acabo por concluir que o que vi de fatos milagrosos não está escrito. Vi gloxínias. Vi rosas e orquídeas. Vi beija-flores. Senti o meu coração bater por anos a fio. Então, não me queixo. Vi foi muito milagre nessa vida. Mais que buscar milagres, sou inclinado a viver a imensa alegria presente no prodígio de reeditar, em nível das limitações humanas, o ato divino de criar. Quando o faça-se o “fiat” relatado em Gênesis é reproduzido. Para isso, fomos capacitados quando feitos à Sua imagem e semelhança. Sermos construídos mirando-se em tão alto modelo, tornou-nos capazes de operar maravilhas. Prezo muito o milagre. Tanto que anseio demais por um em especial. Sonho com um beato, um santo, ou mesmo um simples fiel que suba ao Monte Roraima, olhe para esse imenso Brasil e o abençoe. Mas que, devido a essa bênção de abrangência nacional, o país se transforme. Que passemos a respei-
Se de milagres precisamos, esses serão o da tomada de consciência do valor da nossa dignidade. O de respeitar, ou melhor, o de ‘amar as pessoas como se não houvesse amanhã’
Daniel de Castro
profdanieldecastro@hotmail.com
tar o direito das pessoas. Que cada um de nós medite sobre a Última Ceia e passe a trabalhar como quem humildemente lava os pés de seus irmãos. Pois precisamos de um país onde ninguém se enriqueça às custas de lágrimas e sangue alheios. Onde todo gatilho se emperre comido pela ferrugem. Querer isso seria tentar a Deus? De maneira alguma. Ao recorrermos ao milagre, que pensemos grande. Peçamos que o mar se abra à nossa passagem, não que seja curada a nossa frieira. Mas, torna-se mesmo necessária uma bênção para que esta terra se levante, tome seu berço esplêndido e ande? E que andando trilhe os caminhos da solidariedade e da justiça? Uai, abençoar é o mesmo que “bene dicere”, que bem dizer. É o mesmo que reconhecer que certa coisa, sendo boa, é digna que se fale bem dela, que seja bendita, “bene dicta”. E se não for, que passe, através de um profetizar eficaz, a tornar-se assim. O Gênesis nos disse: “Deus viu que tudo era bom”. Era, digamos assim, bendito. Inclua-se nesse tudo, é lógico, aquela terra que avistou-se da nau de um certo Pedro Álvares, em abril, no Atlântico Sul. Fez-se o milagre! Tudo, após feito e checado, revelou-se bom. Tudo abençoado, e não por atravessadores, mas pelo Produtor. E, acima de tudo, foram colocados aqui duzentos milhões de seres plasmados à semelhança de um modelo divino. “Á imagem e semelhança de Deus”. Não há outra expressão mais qualificada para sintetizar toda grandeza do potencial que se guarda nesses duzentos milhões de habitantes. Se de milagres precisamos, esses serão o da tomada de consciência do valor da nossa dignidade. O de respeitar, ou melhor, o de “amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Esses são milagres “humanos”. Está em nossas mãos operá-los. Mais que isso, operacionalizá-los é colocar em prática o principal mandamento do Pai de todos nós. Precisa mais? Eles são o Big Bang que detonará o levantar, o tomar nosso leito e andarmos. Agora gente, é com a gente!
Daniel de Castro é professor, escritor e poeta, formado em Teologia, Filosofia e Letras
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Elegante Sempre
10 regras imbatíveis de etiqueta à mesa
Janaína Depiné
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1. Espere antes de sentar Não se sente onde bem quiser. Espere o anfitrião indicar ou pergunte. Nunca comece a comer antes do anfitrião, a menos que ele sugira. Quando há muitas pessoas à mesa, espere ao menos à metade delas estar servida para começar.
Ao terminar, inverta a posição dos talheres, deixando garfo e faca do lado direito. A serra da faca deve estar sempre para dentro e nunca empurre o prato. Não é obrigatório usar todos os talheres. Os que não foram necessários ficam no mesmo lugar de origem.
2. Segredos do guardanapo Ao sentar pegue o guardanapo de tecido e coloque dobrado na horizontal sobre o colo com a abertura virada para você. Sempre que levar o copo à boca, passe antes o guardanapo. Aliás, o guardanapo só sai do colo quando você finalizar a refeição. Deixe-o solto sobre a mesa à esquerda do prato, NUNCA dentro do prato. Os guardanapos de papel ficam na mesa e também do lado esquerdo ao final. Dobre-o de modo que a parte suja não fique à vista de todos. Cuidado com o batom. Use um guardanapo de papel para retirá-lo antes de usar o de tecido ou a taça.
5. Objetos pessoais Não coloque sobre a mesa óculos, celular, chaves ou carteira.
3. O pão nosso O pãozinho do couvert nunca é cortado com faca, mas sempre partido com as mãos em pequenos pedaços. Passe o patê, molho ou manteiga em cada pedaço. 4. Talheres sem ter fim Se houver muito talheres, serão servidos vários pratos. Use pela ordem em que foram colocados, de fora para dentro. Uma vez que começar a usar os talheres, eles nunca mais vão tocar a mesa (por motivos óbvios: sujar a toalha, lambança, ogrisse.. haha). Quando não estiver usando, deixe-os dentro do prato com o garfo do lado esquerdo e a faca no direito ou na parte superior do prato. O garfo é usado com a mão direita. Detalhe: é uma refeição e não uma orquestra.Não gesticule com os talheres na mão.
Os assuntos devem ser leves e divertidos. Deixe a polêmica de lado
6. Mãos no lugar certo Apoie o pulso ou antebraço, mas jamais os cotovelos sobre a mesa. Se não souber o que fazer com as mãos enquanto a refeição não vem, deixe-as sobre o colo. 7. Conversas digestivas Os assuntos devem ser leves e divertidos. Deixe polêmicas como política e religião de lado. Não faça comentários sobre como o anfitrião poderia ter feito algo diferente quanto ao prato, mesa etc. Só comente se for para elogiar. 8. Offline Deixe o celular de lado. Se for por força da profissão ou qualquer outra emergência, deixe a mesa para conversar de forma reservada. 9. Salada fina As folhas de uma salada são servidas em partes menores, pois as folhas grandes são dobradas numa trouxinha com ajuda do garfo e faca. Nunca se corta as folhas. 10. Chegada e despedida elegante Uma boa visita nunca chega de mãos vazias. Leve um mimo para os donos da casa. E saiba a hora de dar tchau. Geralmente os anfitriões dão sinais de cansaço. A boa visita é a que deixa uma vontade de convidá-la novamente.
Janaína Depiné é jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Ministra cursos e palestras sobre etiqueta profissional e imagem pessoal há 10 anos.
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Opinião
Você já leu isso antes O
que está escrito aqui você já sabe. Já leu em algum lugar, e com certeza já ouviu centenas de vezes dos seus amigos, dos seus médicos, na televisão, e principalmente daquela voz dentro da sua cabeça. “Faça exercícios regularmente. Pratique esportes. Não deixe de lado a sua atividade física. Não seja sedentário”. E sabe por que essa mensagem continua surgindo na sua vida? Porque você não faz. Mas por que não faz? Tudo o que a gente começa, e ainda não domina, é chato. Ficar sem fôlego e dolorido, então, nem se fala. Não é à toa que tanta gente evita a prática de exercícios. Toma tempo, e ainda é desagradável. Dói, deixa sem ar, fica muito quente e a gente até cheira mal. O progresso é demorado e não existem atalhos ou maneiras de encurtar a estrada até o resultado desejado. Assim como a pressão alta, diabetes e o hábito de fumar, o sedentarismo custa vidas, causa dores e limitações, mas esse preço é pago em suave prestações, e em longo prazo. Não se exercitar hoje não causa dor amanhã ou na semana que vem, então fica difícil se convencer a sair do sofá. Pra dizer a verdade, fica difícil até acreditar que realmente faça essa diferença toda na nossa vida. Mas o corpo humano é uma máquina feita para trabalhar e para se mover, e o desuso ou o uso inadequado gera mudanças nesse aparato todo. O problema mesmo não é não fazer exercícios, mas o fato de que só de não fazer já estamos complicando a nossa “mecânica”. A maneira como caminhamos, o tempo e a forma que
A prática esportiva não é para te dar uma vantagem na vida, mas para recuperar o que já está errado pela simples maneira como interagimos com o mundo à nossa volta.
Guilherme Knegt
gvdeknegt@gmail.com
passamos assentados, a postura, o jeito como dormimos, tudo isso gera forças que afetam o corpo, alteram o equilíbrio e a “contabilidade” dos músculos e tendões. O corpo se adapta às posições em que passa a maior parte do tempo. O resultado é que uma porção acaba ficando mais forte que a outra, mais alongada ou encurtada, fazendo as articulações se moverem de maneira diferente da qual foram feitas para se mover e é aí que temos problemas. A maioria de nós passa muito tempo assentado e tem a musculatura da parte posterior da coxa encurtada. Além de doer atrás do joelho quando esticamos a perna, esses músculos “puxam” o quadril para baixo, deixando a pelve mais na vertical que deveria, e a perna “puxa” a coluna lombar também. Já reparou a quantidade de gente que tem dor lombar? Oitenta e cinco por cento das pessoas teve pelo menos uma vez na vida e, dessas, a maioria não tem hérnia de disco, tumores ou infecções. É má postura. Não só da coluna, mas de todo o corpo. Aquele mesmo encurtamento na perna deixa o joelho mais fechado que o ideal, tirando a patela de seu caminho normal, o que sobrecarrega a cartilagem e gera mais dor. A cada passo, só um pouco mais de abuso dessa cartilagem. Se uma pessoa sedentária dá em média cinco mil passos por dia, imagine cinco mil lesões microscópicas por dia, vezes 365 dias por ano, por 40, 60 anos. Não tem como não doer. A mensagem que gostaria de passar é que a prática esportiva não é para te dar uma vantagem na vida, mas para recuperar o que já está errado pela simples maneira como interagimos com o mundo à nossa volta. A boa notícia é que o corpo é uma máquina fantástica, e os tecidos se adaptam se as forças que agem sobre eles mudam. O que você já sabe é que isso não acontece da noite para o dia, não há pílulas mágicas. Toma tempo, demora, dói e dá trabalho. Mas dá resultado. Cada um tem um tempo. Pode demorar um mês ou um ano. Cada um tem um “gosto”. Pode ser pilates, academia, natação, crossfit ou yoga. Encontre seu nicho. E lembre-se daquela máxima: “quem não encontra tempo para cuidar da saúde, vai ter que encontrar tempo para cuidar das doenças”. Se o que faltava era ordem médica, morre aqui sua desculpa: mãos à obra!
Guilherme Víctor de Knegt é bacharel em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de MG. Ortopedista e traumatologista membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT ) e da Soc. Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC)
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