Revista DeFato 271

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R. SALVINO PASCOAL PATROCÍNIO, 28 LOJA 6 | 14 DE FEVEREIRO

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PAI, VOCÊ SABE QUE SEU PRESENTE SOU EU, MAS VOCÊ MERECE O PRESENTE DO PRESENTE!


DeFato

Ao Leitor

O futuro é logo ali C rise é a palavra mais falada e ouvida nos últimos meses. É óbvio que ela existe e por aqui ninguém duvida disso. Ainda mais em Itabira e região, onde a economia é tão dependente de uma só fonte de arrecadação. Em momentos como esse, fica ainda mais evidente a necessidade da diversificação. Criar novas alternativas. Buscar uma nova realidade. DeFato deste mês está recheada de otimismo. Desde a entrevista com o empreendedor Tallis Gomes, fundador de um aplicativo que hoje é uma potência mundial, até a matéria de capa, sobre o ambicioso projeto da Unifei em Itabira. Há os exemplos de Conceição do Mato Dentro, que mantém o foco na responsabilidade fiscal; e de São Gonçalo do Rio Abaixo, que já pensa na diversificação mesmo nos primeiros anos da mineração no município. Tem também Catas Altas e seus atrativos turísticos. Mas falemos da Unifei, que tem um projeto audacioso para Itabira. Não só pelos números e pela receita que trará para o município, mas pela esperança que ele carrega. Por mais que o itabirano seja um povo tradicional – e sempre que pode faz questão de enfatizar isso – é urgente a necessidade de renovação. Deixar de lado a cabeça baixa, esquecer o tal hábito de sofrer que tanto divertia o poeta Carlos Drummond de Andrade. O impacto inicial causou estranheza. Pessoas chegando de outras cidades, gente com costumes e ritmos diferentes. É normal que tenha causado algum incômodo. Mas, com o passar dos anos, esses dois mundos vão acostumando um com o outro. E, como afirma o diretor do campus local, Dair Oliveira, a meta é acelerar esse processo. Tornar Itabira e Unifei, definitivamente, uma coisa só. DeFato acompanhou todo esse processo. Foi o primeiro órgão a seguir de perto as negociações para a vinda da Unifei para Itabira. Viajou muito. Foi a Itajubá, Brasília e até para a França. Conversou com pessoas como o engenheiro Kleber Guerra, grande entusiasta do projeto;

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entrevistou o ex-reitor Renato de Aquino, profundo amante da educação; mostrou a saga da administração municipal e a adesão da mineradora Vale. Seguiu cada passo e sempre afirmou: era ali que estava o futuro. Nesta edição, DeFato renova seu compromisso de continuar no rastro do projeto da Unifei Itabira. E apresenta novos fatos. Um deles é o Parque Científico Tecnológico, um espaço para produção de pesquisa, desenvolvimento e tecnologia de altíssima qualidade. Já existe opção de terreno e as primeiras medidas a serem tomadas. A hora é de arregaçar as mangas e tirar os planejamentos do papel. Transformar fantasia em concretude, como gosta de dizer o diretor Dair. Pelo mundo, são vários os exemplos que servem para Itabira. O Vale do Silício, nos Estados Unidos, hoje é o que é por causa das imensas universidades que geram conhecimento tecnológico e alimentam as empresas. Na Alemanha, Bochum, no Vale do Ruhr, sempre teve a economia dependente da mineração de carvão. O ciclo acabou e a cidade teve que se recriar a partir do ensino universitário e da produção de tecnologia. Hoje, possui mais de 150 mil alunos distribuídos em cinco grandes instituições de ensino. Se deu certo nesses locais, por que não daria por aqui também? O projeto fica ainda mais factível quando há experiências positivas que podem servir de modelo. Nesse sentido, conta a favor de Itabira a pujança econômica do município. Em um período de crise, certamente sai na frente aquela cidade que tem mais atrativos para oferecer. É preciso levar a sério o compromisso pelo desenvolvimento firmado pelas autoridades durante o Fórum de Sustentabilidade, na Acita. A carta que coloca a Unifei e o Parque Científico Tecnológico como as principais saídas para a diversificação de Itabira não é um mero papel. É um pacto. Uma união em torno do projeto de fazer o município independente, longe de crises e do pessimismo. O futuro é logo ali.

Diretora Geral Kelly Eleto kelly@defatoonline.com.br Diretor Comercial Marcelo Eleto marcelo@defatoonline.com.br Chefe de Redação Sérgio Santiago sergio@defatoonline.com.br Editoria Rodrigo Andrade rodrigo@defatoonline.com.br Redação Mariana Reis Renato Carvalho Tatiana Santos jornalismo@defatoonline.com.br Marketing/Eventos Bruno Rodrigues bruno@defatoonline.com.br Diagramação Pablo Carvalho arte@defatoonline.com.br Atendimento Cleise Martins atendimento@defatoonline.com.br Administrativo/Financeiro Jaciara Hermelino financeiro@defatoonline.com.br Assinaturas Aline Duarte assinatura@defatoonline.com.br Fundadores José Almeida Sana Marlete Moura Morais Sana DeFato é uma publicação mensal da Revista Itabira Ltda. Filiada ao Sindijori/Abrajori/MG Área de Circulação Centro-Leste, Centro-Nordeste, Médio Piracicaba, Jequitinhonha, Cidades Históricas e Turísticas e Grande BH Redação e Administração Av. Duque de Caxias, 240, loja 4 Esplanada da Estação, Itabira - MG (31) 3831-3656 DEFATOONLINE.COM.BR


Projeto de Gustavo Penna

Sumário

Foto da capa: Projeto desenvolvido por Gustavo Penna

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Entrevista Thallis Gomes

28

Mineração

36

Pesquisa

49

Turismo

54

Esporte

O futuro ainda é incerto

Conceição

28

Saúde

Economia

32

Capa

A mais responsável

Enquanto isso, em São Gonçalo...

Márcio Labruna

Empreendedorismo

40

Doenças de inverno

O futuro de Itabira

Colunas Daniel Lança Cidadania

70

Daniel de Catro Prosa

Remédio inteligente

Bem-vindo a Catas Altas

Mulheres que lutam

71

Janaina Depiné Elegante Sempre

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Cartas

Capa Os hospitais de Itabira são bem estruturados. Parabéns aos diretores, corpo clínico e enfermagem. Merecem ser apoiados pelos poderes públicos. Ludmila Mascarenhas - Bom Jesus do Amparo/MG

Junho 2015 Edição 270

Conheci essa realidade recentemente. Minha cunhada reside em Rio Piracicaba e teve o parto em Itabira devido aos problemas estruturais em João Monlevade. Foi realmente muita sorte o fato de morarmos em Itabira para abrigá-la com todo o conforto que merece. O que de fato, não acontece com a maioria das mulheres que vem de outras cidades. Achei legal o hospital ligar depois de dois meses, para saber se estava tudo bem com ela e com o bebê. Daniela Oliveira- Itabira Entrevista Grande notícia saber que o artigo de um professor da Funcesi está rodando o mundo e influenciando mais pessoas. Não tenho dúvidas de que o futuro de Itabira está ligado à educação. Aliás, o futuro de todo mundo, não é mesmo?! Parabéns, professor Márcio. Que o senhor incentive mais e mais pesquisadores a trilharem o mesmo caminho. Ana Lúcia Teixeira - Itabira Trekking Isso aí! Que aumente o número de adeptos e grupos aqui na região! Julimar Ribeiro – Itabira

Envie sua opinião para contato@defatoonline.com.br ou comente as matérias no site: www.defatoonline.com.br

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Obrigado pela oportunidade simples de poder divulgar algo que para nós é muito mais que um esporte e sim um estilo de vida! Viva a vida na montanha! Ricardo Rocco - Itabira Protetores dos animais Deveria ter mais pessoas que se preocupa com os animais, pois são muitos

cãozinhos que estão pelas ruas sem teto pra dormir, sem comida, sem água as autoridades não faz nada. O dever de cuidar é de todos, afinal o cão é o melhor amigo do ser humano! Bruna Luiza Quintão - Itabira De Hematita para o mundo Está aí alguém que acreditou no sonho, correu atrás e nunca desistiu dos objetivos. Muito sucesso, você merece. Aulica Mendes – Hematita Parabéns, Thais! Além de linda e batalhadora é muito humilde. Torço muito por você e que venha muitos e muitos sucessos! Jocasta Xavier – Hematita Farmacêutico centenário Nossa, fiquei emocionada com a bela história do senhor Milton. Parabéns! Que ele seja sempre um exemplo de vida! Maria do Carmo - Itabira Chico Savassi Parabéns ao Fernando por esse empreendimento. Itabira agradece por mais esse espaço. Com certeza, sucesso total. Moisés Couto - Itabira Itabirano global Você está se saindo muito bem. Acredito que a maior valorização está de quem começa pelos primeiros degraus, só assim terá a chance em alcançar os últimos. Quem faz críticas destrutivas ou deboches é porque gostaria de estar em seu lugar, mas não tem estampa e muito menos talento pra chegar onde você está. Nancy Barbosa – Ipatinga/ MG Foi a melhor coisa que ele fez! Não teve medo de sair da cidade para correr atrás dos sonhos. Natália Lindor Martins – Itabira



DeFato

Entrevista

Tallis Gomes

Resolvedor de

problemas Criador de aplicativo que é sucesso em todo mundo, Tallis Gomes é apontado como uma referência quando o assunto é empreendedorismo no Brasil. Para ele, uma startup nunca será bem sucedida se o objetivo for só o dinheiro. Tem que solucionar a dor das pessoas Rodrigo Andrade

Q

uando tinha 14 anos, o mineiro Tallis Gomes, hoje com 28, viu na internet a oportunidade de começar a juntar dinheiro para comprar uma bateria e completar a banda que tinha com amigos na cidade de Carangola. Começou a comprar celulares pelo Mercado Livre e revendê-los em praças e locais públicos de sua terra natal. Mais de uma década depois, o objetivo do jovem empresário é um tanto maior. Estabeleceu que quer impactar positivamente a vida de 1 bilhão de pessoas. Uma parte dessa meta ousada já foi cumprida. Tallis é o fundador do aplicativo Easy Taxi, plataforma que conecta usuários a taxistas através do GPS de smartphones. A ideia que antes era desacreditada e colocada em xeque por muita gente, hoje ganhou o mundo e chegou a 35 países. Já atingiu mais de 7 milhões de pessoas e caiu no gosto de quase 200 mil taxistas. O caminho para o sucesso, no entanto, é cheio de pedras. Antes de se estabilizar na Easy Taxi, Tallis deu alguns tiros n’água. Errou em três empreendimentos, mas acumulou lições. Uma delas, de que precisava agir mais e pensar menos. E ficar mais tempo na rua. Para emplacar o aplicativo, frequentou churrascos de taxistas no Rio de Janeiro,

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jogou bola com eles e precisou convencê-los a trocar os antigos celulares por um equipamento com internet. A Easy Taxi nasceu em 2011 e conseguiu alavancar milhões de reais de investidores que acreditaram na proposta. A empresa, hoje, tem valor de mercado de R$ 1 bilhão. Em 2015, Tallis decidiu deixar a direção para virar conselheiro. Ao lado de sócios, partiu para um novo empreendimento. O empresário criou a eGenius Founders, uma espécie de fábrica de startups que pretende colaborar com o ecossistema de inovação no Brasil. Para Tallis o empreendedor só alcançará o sucesso se sua proposta for resolver os problemas das pessoas. O dinheiro é importante, claro, mas o objetivo primordial deve ser solucionar uma dor. Em 14 anos de empreendedorismo, o mineiro de Carangola ganhou as páginas de importantes publicações, teve sua história contada por muita gente e já foi considerado um dos 30 jovens mais influentes do Brasil. No início de junho, Tallis esteve em Itabira para uma palestra no evento Startup Talks, promovido pelo Sebrae em parceria com a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itabira (Inovatec). Contato feito e proposta aceita, chegou a vez de DeFato contar um pouco desse exemplo de sucesso.

Confira a seguir: Antes de ter sucesso com a Easy Taxi, você teve alguns insucessos em outros empreendimentos. O que te motivou a continuar tentando? Isso é um pouco do que é o empreendedorismo. Eu não conheço nenhum empreendedor que de fato tentou uma vez e conseguiu fazer. Geralmente se passa em um processo de try (tentativas). Você vai tentando várias coisas até uma delas dar certo. E isso meio que constrói a característica principal do empreendedor, que é a resiliência. Eu estabeleci um objetivo na minha vida e continuo o tendo, que é impactar um bilhão de pessoas. Ainda não cumpri esse objetivo e é por isso que até hoje eu continuo tentando, fazendo outras coisas para poder vir a somar nesta minha conta. O que deu certo na Easy Taxi e que pode ter faltado nas outras tentativas? É tanta coisa. Isso é um processo de learning (apredizado). Eu fui aprendendo uma série de coisas e obviamente não dá para resumir em uma. Foram muitas coisas se acumulando desde os 14 anos, que é quando comecei a empreender, que eu comecei a fazer certo dentro da Easy Taxi e que fez com que ela deslanchasse. Acho que uma das principais coisas é que negócio é feito na rua. Não necessariamente por ser digital, ele tem que ser feito dentro de um escritório, na frente de um computador. Se você fizer, você deve investir. E acho que antes eu valorizava demais a ideia e menos a execução. Então, se você tem uma ideia ruim e você executa essa ideia bem, se você tenta fazer aquilo que propõe, num determinado momento você vai perceber que não está dando certo e vai “pivotar”, ou seja, vai mudar a forma que você executa aquilo. Uma hora você chega ao que de fato deveria estar fazendo para conseguir alcançar o objetivo que traçou. Isso vale não só para um negócio, mas talvez para um


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“Eu estabeleci um objetivo na minha vida e continuo o tendo, que é impactar um bilhão de pessoas”

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Entrevista

projeto dentro da companhia, ou uma parceria. Acho que o principal é isso, o fato de fazer acontecer. Não ficar somente no campo das ideias, dentro do escritório, achando que o que a gente pensar vai dar certo. Quando conta a história da Easy Taxi, você narra alguns lances de sorte que te ajudaram a fazer a startup crescer. Em empreendimentos, o quanto é sorte e o quanto é dedicação? Não acredito muito em sorte. Sorte é uma mistura de preparo com timing (momento). Tem a oportunidade, e isso realmente existe, e você está extremamente preparado para poder agarrar essa oportunidade com unhas e dentes. Sua sorte é você quem faz. Todos os dias você tem as oportunidades de mudar o direcionamento, mudar o caminho. Quando está empreendendo, você tem a oportunidade de começar de novo toda vez que levantar da cama de manhã. É um novo dia para tentar fazer algo diferente. Isso vale também para um emprego fixo? Em qualquer área. Se você faz as coisas da mesma forma todos os dias, é impossível ter algum resultado diferente. Agora, se você começa a tentar fazer coisas diferentes, você tende a ter resultados diferentes. Um exemplo claro é quando o cara diz que está insatisfeito com o emprego. O cara levanta todo dia na mesma hora, vai para o emprego da mesma forma, não faz nada diferente, não estuda nada diferente e depois volta para casa na mesma hora. Ele sempre vai estar insatisfeito com o emprego dele porque não vai mudar. Não existe mágica. Agora, imagine que ele acorde pela manhã, vai para a empresa e começa a estudar algo que ele possa implementar, fica até mais tarde e cria algo diferente. Consequentemente, alguma coisa de diferente vai acontecer na vida dele. Alguém vai reparar que ele está trabalhando mais, que ele está

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entregando mais resultados, que ele está trazendo um valor que outrora ele não trazia para a empresa. E a vida dessa pessoa vai mudar. Muitas pessoas chegam até a desistir de um empreendimento porque consideram que a ideia não é tão inovadora assim. Uma startup de sucesso precisa mesmo ser inédita? Inédita não. Ela tem é que resolver um problema muito grande. Pode ser algo que já esteja sendo executado em outro país, ou até mesmo o que não esteja sendo bem executado no Brasil e que você acha que pode trazer um valor muito maior. Mas, sem dúvidas, tem que ser resolutivo. Para ter sucesso, tem que ser algo resolutivo, algo que solucione um problema de um grande grupo de pessoas que estejam dispostas a pagar por isso. Alguma dor precisa ser resolvida. A Easy Taxi nasceu no Rio de Janeiro e ganhou o mundo. Qual é a barreira entre ser local e ser global? O que impulsiona uma empresa? O que eu descobri é que expandir para outro estado ou para outro país é a mesma coisa. Dá o mesmo trabalho. Às vezes, ir para outro país é mais fácil do que ir para outro estado brasileiro, por causa dos trâmites burocráticos. É muito da linha do que o meu mentor, o (Jorge Paulo) Leman fala: pensar grande e pensar pequeno dá o mesmo trabalho. Então, por que não pensar grande? E eu descobri isso na prática na Easy Taxi. E aí a gente começou a expandir. Começamos no Rio de Janeiro, fomos para São Paulo, para Belo Horizonte e expandimos devagar. Pensei: “quer saber, vou para a Colômbia”. E assustei, é muito mais fácil. Fomos para o Panamá, para o México, para a Coreia. A gente começou a expandir e viu que era muito fácil o processo. Não é que é fácil, mas tinha a mesma dificuldade quanto ir para outro estado. Já que sonhar grande não é tão difícil, então vamos sonhar grande. E foi assim que a gente chegou a 35 países.

“Negócio é feito na rua. Não necessariamente por ser digital, ele tem que ser feito dentro de um escritório, na frente de um computador” O empreendedorismo é meio que uma filosofia de vida, não é? Sem dúvidas. O empreendedorismo toma tempo da sua vida, faz você abdicar de muitas coisas. É impossível alguém fazer algum negócio de sucesso sem trabalhar pelo menos 60 horas por semana. Com certeza você tem que viver para aquilo. Você hoje possui uma empresa que é uma verdadeira fábrica de startups. Como avalia o atual ecossistema de inovação no Brasil? A gente continua caminhando bem devagar, tem muito que evoluir. No ecossistema brasileiro as pessoas tendem a não conseguir vender as participações societárias depois que elas criam algo. Isso é muito ruim para o ecossistema, porque o empreendedor não tem saída. Então, o empreendedor dificilmente fica rico, a não ser que ele consiga um negócio “cash cow”(na tradução literal significa vaca leiteira. É quando a empresa é capaz de se sustentar pelos próprios lucros) que de fato dê dinheiro mensal a ele. E os investidores que acreditaram na ideia também dificilmente ganham retorno grande sobre esse dinheiro porque não existem fases de saída no mercado. No Brasil, a mentalidade corporativa é tentar copiar aquilo que foi criado ao invés de investir em uma startup, como nos Estados Unidos acontece muito. Lá eles compram a sturtup, trazem o time para dentro da empresa e incorporam o negócio. Esse é o processo normal de inovação.


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“Para ter sucesso, tem que ser algo resolutivo, algo que solucione um problema de um grande grupo de pessoas que estejam dispostas a pagar por isso”

Em pouco tempo, aplicativo criado por Tallis ganhou o mundo e passou a ser usado por milhões de pessoas

É uma questão mais cultural mesmo... Uma empresa é lenta, não tem condição de, no mesmo ritmo de uma startup, trazer um processo inovador. É muito difícil que isso aconteça. Poucas empresas no mundo têm esse DNA de inovação e conseguem fazer isso. Uma delas é a Google. Geralmente, o processo ideal seria a aquisição. O mercado brasileiro não tem essa cultura e a gente ainda tem um governo que atrapalha a todo custo. A gente teve agora o aumento da alíquota sobre negócios de tecnologia. Temos um Estado muito pesado que tenta meter as garras para tentar intervir no crescimento econômico do empreendedor, que hoje é a principal mola propulsora do desenvolvimento do país. Essa combinação da falta de cultura do ecossistema mais a ação do Estado, acaba deixando o Brasil rastejando no ecossistema de inovação. Nós temos muitas possibilidades, muitos bons negócios que surgem aqui no Brasil. A Easy Taxi, por exemplo, foi uma das primeiras em sua categoria e mesmo assim só conseguiu crescer porque a gente buscou dinheiro lá fora. A gente olhou no mercado lá de fora e colocou o mercado brasileiro como

mais um. Se a gente focasse só no Brasil, provavelmente nós estaríamos fadados ao fracasso. Itabira é uma cidade extremamente dependente de uma única atividade econômica, que é a mineração. É mais difícil empreender em um ambiente como esse? Sem dúvidas, porque você acaba tendo uma renda média da população mais baixa na medida em que só existe uma fonte de recurso. Para empreender, você tem que criar soluções que resolvam problemas e as pessoas precisam pagar por essas soluções. Então, quando as pessoas têm a maior parte da renda capturada por suas necessidades básicas, como morar, estudar, alimentar e locomover, acaba existindo uma grande dificuldade de propor soluções que as pessoas aceitem pagar por elas. E isso faz acontecer um sistema difícil de empreender. Mas a verdade é que todo lugar tem oportunidade. A gente está falando muito em empreendedorismo enquanto startup, de negócio digital, mas vale lembrar que empreendedor nada mais é que um resolvedor de problemas. Com certeza em Itabira há problemas que a população pagaria

para tê-los resolvidos, seja ele digital ou não. Quando a gente for falar de empreendedorismo, tem que tomar cuidado com este momento de “glamourização”, onde ter uma startup é o novo “eu tenho uma banda”. A gente tem que lembrar que ter uma startup não é um status, mas só uma forma de empreender, uma fase do negócio. Tem várias formas de você pegar negócios tradicionais, que fazem parte da economia real, e resolver um problema de forma mais inovadora. Não precisa ser necessariamente um negócio digital que depende de uma grande massa de pessoas fazendo compras para dar certo. O que determina que uma empresa deixou de ser uma startup? Receita é um dos fatores. Startup é um grupo de pessoas em busca de um modelo replicado e escalado de negócio. Uma vez que você achou como escalar, como replicar esse negócio, deixou de ser startup. Virou uma empresa. Você já sabe quanto custa buscar os clientes, tem um planejamento e sabe executá-lo. Na startup não é assim. Na startup hoje você usa um canal, no outro dia muda o modelo de negócio. É um processo de busca com uma variação muito grande. JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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Anote Cidade Rodrigo Andrade/DeFato

Genuinamente itabirano O 41º Festival de Inverno de Itabira foi oficialmente aberto no dia 5 de julho, com show do cantor Jésus Henrique. Com menos recursos (cerca de 10% do que foi investido no ano passado), o evento será genuinamente itabirano, com programação exclusivamente formada por artistas locais. “A gente sabe como está a situação, não só de Itabira, mas de todo Brasil. Mas não é por isso que a gente vai se sentir menor”, afirmou Jésus logo após o show. O tema do Festival neste ano é “A rosa e o povo, o eu e o mundo”, em homenagem aos 70 anos do livro “A Rosa e o Povo”, de Carlos Drummond de Andrade.

Rodrigo Andrade/DeFato

Muros poluídos

As pichações têm tomado conta dos muros de Itabira em bairros comerciais e residenciais. Nada tem escapado da ação dos vândalos e até recados “ousados” são deixados para os donos dos imóveis

O prefeito Damon afirmou que a edição deste ano não será menos importante só porque terá artistas itabiranos na programação. “O Festival de Inverno será grande, feito pelo nossos povo, com nossos valores”, disse. O Festival segue até o dia 26 de julho.

prejudicados. Em uma casa no bairro Vila Salica, por exemplo, um pichador escreveu: “Pinta que nois pixa (sic)”. No dia 27 de junho, três jovens foram detidos pela Polícia Militar de Itabira acusados de praticar pichações no prédio de uma concessionária de veículos, na rua Fernando Gonçalves Terceiros, no Centro da cidade. Um deles tinha 23 anos e outros dois, 17. No dia 6 de julho foi a vez de um rapaz de 18 anos ser flagrado pichando um super-

Após a mortandade de peixes ocorrida na Bacia do Rio Santo Antônio no mês de maio, amostras de água avaliadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Copasa apontam uma quantidade de Ferro acima da tolerada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O caso está sendo investigado pelo Ministério Público, que acolheu de-

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Divulgação Addaf

Ferro na água

mercado na avenida Brasil, no bairro Areão, em Itabira. Após ser detido, ele assumiu ter pichado vários outros muros naquela região da cidade. O assunto tem chamado atenção até das autoridades políticas. Os episódios motivaram o vereador Paulo Soares (PSB) a propor uma campanha contra esses atos de vandalismo. Citando também as pichações em igrejas católicas da cidade, o socialista afirmou que os fatos aborrecem toda a população.

núncia da Associação de Defesa e Desenvolvimento Ambiental de Ferros (Addaf). De acordo com a Copasa, o órgão já foi notificado e as providências estão sendo tomadas. Desde os primeiros peixes mortos encontrados, a população vem sendo orientada pela Prefeitura de Ferros a não se banhar nas águas do rio e nem consumir peixes pescados nele.


Itabira é uma das 83 cidades brasileiras confirmadas para receber a tocha da Olimpíada do Rio 2016. A apresentação do roteiro ocorreu no dia 3 de julho, em cerimônia realizada em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rousseff. O prefeito Damon Lázaro de Sena acompanhou pessoalmente o anúncio em Brasília, ao lado do secretário municipal de Esportes, Élson Sá, e do superintendente Anderson Cerceau. Para o chefe do Executivo, “será um momento histórico receber a chama Olímpica em Itabira”. “Vamos celebrar com alegria a vinda deste símbolo tão tradicional dos Jogos Olímpicos. É um momento de valorização do esporte que une as pessoas, traz motivação e orgulho para nossos cidadãos”, disse.

Governo de Minas/Divulgação

Tocha Olímpica

Além de Itabira, Uberlândia, Patos de Minas, Montes Claros, Curvelo, Governador Valadares e a capital Belo Horizonte serão as cidades mineiras escolhidas para a passagem da tocha. O revezamento começará por Brasília, em data ainda a ser decidida, entre abril e maio do próximo ano. A jornada se encerrará no dia 5 de agosto de 2016, durante a cerimônia de abertura dos Jogos, no estádio do Maracanã.

Pedreira legalizado O bairro Pedreira, em Itabira, está a um passo de ter todas as residências regularizadas. O Governo do Estado de Minas Gerais doou o terreno onde está localizada a comunidade ao município. A formalização do repasse

aconteceu em 23 de junho, no gabinete do prefeito Damon Lázaro de Sena. Depois de todo o processo burocrático concluído, os moradores terão o título de propriedade, que permitirá que eles façam investimentos em suas

Nova Era estuda a implantação de um sistema de videomonitoramento para coibir ações criminosas no município. O capitão da Polícia Militar, Cesar Freitas, foi até Iapu, no Vale do Aço, conhecer o modelo adotado por lá. Ele esteve acompanhado de um técnico de uma empresa de segurança e de um representante da Associação Comercial e Industrial de Nova Era (Aciane/CDL). Segundo o militar, o projeto será constituído por meio de uma parceria entre a PM, a Prefeitura e a Associação Comercial. De volta a Nova Era, os integrantes da comissão se reuniram com o prefeito Benito de Araújo (DEM) para apresentar as ideias.

Passagem mais cara

A Prefeitura de João Monlevade anunciou o aumento na passagem dos ônibus coletivos. A medida atinge, no entanto, apenas as passagens pagas em dinheiro, que passam de R$2,65 para R$ 2,90. O valor pago

A Notícia

Nova Era monitorada

construções. O vereador Toninho da Pedreira (Pros) que acompanhou todo o processo, afirmou que com a ação, os moradores terão maior garantia de que o bem que se está construindo irá permanecer.

com cartão não será alterado. A tarifa social também será mantida a R$ 1,00. Segundo a Prefeitura, cerca de 30% dos usuários do transporte coletivo pagam a tarifa em dinheiro. O aumento na tarifa já está em vigor.

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Anote Política

Rodrigo Andrade/DeFato

“Sou contra, mas...” ciso provocar as situações, provocar os segmentos. Não podemos ser tão acomodados”, comentou. “Há muito tempo que Itabira precisa de um terceiro hospital e isso só aconteceu por causa dessa movimentação”, completou. A decisão de tornar o HCC exclusivo a atendimentos do SUS foi firmada em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura de Itabira e o Ministério Público. Na época do acordo, já havia uma decisão judicial em primeiro turno favorável ao MP, que exigia não só o Carlos Chagas 100% SUS, mas também a administração fosse direta, ou seja, de responsabilidade da Administração Municipal. A Administração Municipal, então, optou pelo TAC e conseguiu que uma entidade administrasse o HCC.

O prefeito de Itabira, Damon Lázaro de Sena (PV), demonstrou sinceridade e disse ser contra a proposta de tornar o Hospital Carlos Chagas (HCC) exclusivo para atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, afirmou que medidas enérgicas às vezes precisam ser tomadas

para “provocar o segmento”. Para Damon, a Unimed só levou adiante o projeto de construir um hospital particular porque o HCC passará a ser 100% SUS. É o que ele chama de “provocar o sistema”. “Eu até sou contrário ao que vai acontecer no Carlos Chagas. Mas entendo que é pre-

Honrarias

Articulação benéfica

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ALMG/Divulgação

DeFato

A Câmara Municipal de Itabira realiza cerimônia no próximo 25 de setembro para entrega de honrarias a empresas, entidades e pessoas com ações de destaque no município. O evento acontece todos os anos e celebra o aniversário da cidade, comemorado em 9 de outubro. Os vereadores itabiranos indicam nomes para serem homenageados com a Medalha do Minério, Diploma de Honra ao Mérito e Medalha Carlos Drummond de Andrade. A cerimônia será realizada no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).

Uma articulação do deputado estadual Leo Portela (PR) ajudou Itabira a conseguir o pagamento da segunda parcela do convênio firmado entre o município e o Governo do Estado para transporte escolar. O valor é de aproximadamente R$ 280 mil. De acordo com o deputado, que é vice-líder do governador Fernando Pimentel (PT) na Assembleia Legislativa, duas parcelas estavam atrasadas desde o início deste ano. As

parcelas quitadas são referentes aos meses de maio e junho, sendo cada uma equivalente a R$ 139.097,86. Segundo Leo Portela, a intenção, agora é obter o pagamento das parcelas restantes. “É um atendimento pessoal que o governador me deu”, declarou. No mês de junho, Leo Portela e seu pai, o deputado federal Lincoln Portela (PR), intermediaram recursos da ordem de R$ 1 milhão para o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD).


R$ 438 milhões Os vereadores de Itabira aprovaram por unanimidade, em 7 de julho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2016, projeto enviado ao Legislativo pela Prefeitura. A LDO prevê arrecadação municipal de R$ 438.544.824,00 para o ano que vem. Antes de ir ao plenário, o projeto gerou muita discussão acerca de alguns itens que deixaram os vereadores em dúvida. Foi preciso que o secretário-adjunto de Planejamento, Paulo Alexandre, participasse de uma reunião de comissões extraordinária para esclarecer dois pontos

da LDO: um suposto endividamento de R$ 116 milhões, que ele disser ser, na verdade, saldo positivo; e um “déficit” de R$ 14 milhões, que, de acordo com o secretário, foi mal interpretado. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento de conexão entre o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). A lei fixa, em linhas gerais, as metas e prioridades da administração pública e dispõe sobre alterações na legislação tributária (previsão de novos tributos, alterações de alíquotas etc.).

Raíla Melo

Contra a corrupção

O deputado estadual Raimundo Nonato Barcelos (Nozinho-PDT) apresentou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais o Projeto de Lei 2.053/2015, que cria o Cadastro Mineiro de Empresas Comprometidas com a Ética, a Integridade e sem Corrupção, nomeado de Cadastro Minas-Ética. O Cadastro Minas-Ética é um banco de elaborado para divulgar, institucionalizar e promover as diretrizes da Lei Federal 12.846, de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre

a responsabilização objetiva administrativa e civil de empresas pela prática de atos contra a administração pública, a chamada Lei Anticorrupção. De acordo com o deputado Nozinho o Cadastro Minas-Ética busca reduzir os riscos de ocorrência de fraude e corrupção. “Vemos notícias diárias de corrupção e essa proposição servirá para contribuir na redução de ocorrências nas relações das empresas com o setor público”, destacou.


DeFato

Anote Economia

Itabira em pauta

prios produtores e foram apresentados na 5ª edição do Dia de Campo, em 3 de julho, na Fazenda do Cedro. Balanço apresentado pela Via Verde – empresa contratada pela Prefeitura para ofertar consultoria técnica aos pequenos produtores rurais, através do Programa Campo Fértil - aponta que a produção de lei-

te em São Gonçalo teve um salto de 80%, entre setembro de 2013 a março de 2015. Cada vaca leiteira que produzia, em média, 5 litros por dia passou a gerar 9 litros. Consequentemente, os pecuaristas que participam do Campo Fértil, juntos, ampliaram o faturamento em R$ 500 mil em apenas um ano.

Sérgio Santiago /DeFato

Revista ISTOÉ Independente. A publicação usou até versos do poeta Drummond e mesclou falas do prefeito Damon Lázaro de Sena, do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Maurício Martins, do vice-presidente da Associação Comercial e Industrial (Acita), Eugênio Muller, e do presi-

dente do Sindicato Metabase, Paulo Soares. O tom pessimista usado na reportagem não agradou o vice-presidente da Acita. Eugênio Muller reclamou que tentou mostrar um lado diferente da crise ao jornalista, mas que isso não foi considerado. “Nos esforçamos muito para que o repórter mostrasse, pelo menos em parte, o outro cenário menos catastrófico, mas ele preferiu o caminho fácil de mostrar a calamidade”, argumentou. A Rede Record também veiculou reportagem mostrando como a crise tem afetado a economia de Itabira. Segundo a matéria, a queda no preço do minério “enferrujou” a Cidade de Ferro. Antes, a Rede Globo já havia enviado um jornalista à cidade para mostrar o cenário atual.

Desde que passou a ser fortemente atingida pela crise financeira, Itabira tem sido tema frequente de matérias jornalísticas em importantes veículos de comunicação de abrangência nacional. Chama atenção o teor pessimista das reportagens. A reportagem mais recente é da

Acom PMSGRA

Leite jorrando

Pequenos e médios produtores de leite de São Gonçalo do Rio Abaixo vivem momento histórico. A mudança de postura proporcionada por consultoria técnica ofertada gratuitamente pela Prefeitura elevou a produção e ampliou consideravelmente o faturamento anual no setor pecuário. Os dados surpreendem os pró-

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Contra as feiras

ção e Lingotamento Contínuo. Passou por posições gerenciais chegando a Gerente de Aciaria e Gerente de Redução. Em 2010, passou a ser responsável pela Diretoria Industrial da Acindar, na Argentina, onde permaneceu

até voltar ao Brasil para a posição de diretor da Unidade de Negócios de Monlevade. Marco Antônio também possui Mestrado em Metalurgia Física pela UFMG, Black Belt do INDG, MBA pela Fundação Dom Cabral e Kellogg School.

Sérgio Santiago/DeFato

Itabira e contou também com o conselheiro da Federação das CDLs de Minas Gerais, Caril Wellis de Paula Santos. Os lojistas reclamaram com o deputado da concorrência desleal das feiras, que vêm de outras cidades e estados, não pagam os mesmos impos-

tos e oferecem, muitas vezes, produtos sem procedência. Os empresários mostraram indignados também com a impossibilidade jurídica de impedimento dos feirantes. Mesmo quando a prefeitura não libera o alvará, a instalação acaba acontecendo mediante liminar da justiça. Nozinho ouviu as reclamações e disse que vai tentar agendar uma reunião com o secretário de Estado da Fazenda para tratar do assunto. O deputado afirmou também que vai propor uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em que todos os envolvidos poderão participar e defender seus interesses. Há a possibilidade, inclusive, de se criar um projeto de lei que regulamente a atuação das feiras em todo o estado de Minas Gerais.

Representantes das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Itabira, João Monlevade e Santa Bárbara se reuniram com o deputado estadual Raimundo Nonato Barcelos (Nozinho), no mês de junho, para discutir o problema das feiras itinerantes. O encontro aconteceu na sede da CDL de

Novo diretor O engenheiro Marco Antônio de Macedo Bosco assumiu a diretoria da ArcelorMittal Monlevade. Graduado em Engenharia Metalúrgica e Administração, ele iniciou a carreira na empresa em 1989, atuando nas áreas de Controle da Qualidade, Lamina-

Minério na lama Os preços do minério de ferro no mercado à vista da China caíram, neste mês de julho, para o menor nível em 10 anos. O valor chegou a 44,10 dólares, um recuo de 33% em relação ao pico de 65,40 dólares registrado em junho. Segundo especialistas, o minério chegou a esse valor por causa de uma perspectiva negativa para a economia

e a uma forte queda nos mercados acionários do país. As ações na China despencaram com o aviso do órgão regulador de que investidores estão caminhando para um “sentimento de pânico” e com o mercado dando sinais de congelamento, à medida que empresas tentam escapar da forte queda em seu valor de mercado ao suspender a negociação de suas ações.

Um novo aumento nos estoques de minério nos portos da China e um recuo nos preços do aço elevaram o sentimento baixista no mercado. Além disso, a entrada de mais produção de baixo custo de mineradoras ameaçam derrubar ainda mais os preços, disseram analistas. A China é o principal mercado Vale, maior produtora global de minério de ferro.

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DeFato

Anote Gente

O estudante Otto Baêta, aluno da Unifei Itabira, é o dono do título de Campeão Brasileiro de Fisiculturismo 2015. A competição ocorreu no dia 11 de julho, em Cuiabá. Otto disputou na categoria júnior, até 75kg. No final de junho, o estudante já havia se sagrado vice-campeão Mineiro, também na categoria Junior, em Ribeirão das Neves. A colocação o habilitou à vaga no

Arquivo pessoal

O campeão Campeonato Brasileiro. Otto é natural de Viçosa e cursa Engenharia Mecânica no campus itabirano da Unifei. O casal de itabiranos Dijavam Eldis Silva e Tamiris Luana Marques também disputou o Campeonato Brasileiro depois de ficar com os vices no Mineiro em suas respectivas categorias. Na competição em Cuiabá, no entanto, não conquistaram premiações.

Alunos do curso de Engenharia da Mobilidade do campus itabirano da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que integram o Centro Acadêmico (CA), arrecadaram cerca de 400 peças na campanha do agasalho realizada por eles. Os estudantes fizeram a entrega dos donativos ao Conselho do Bem-Estar do Menor (Combem) no dia 3 de julho. Foram arrecadadas peças de agasalhos em geral, como bermudas, calças, moletons, blusas femininas, calçados e cobertores. Com os donativos,

Tatiana Santos/DeFato

Solidários

a entidade fará um bazar. De acordo com um dos integrantes da ação, Bruno Horta, a escolha do Combem foi

motivada por um trabalho que ele realizou na entidade. Ele diz que a campanha superou as expectativas.

Itabirano na Seleção Arquivo pessoal

O itabirano Vinícius Henrique Nogueira Pena, de 15 anos, foi convocado para a Seleção Brasileira Sub15 de Futebol, que disputou a Copa Natalício Del Libertador Simon Bolivar neste mês de julho. O jovem atacante é atleta de base do Cruzeiro. O jogador começou no Clube Atlético Itabirano (CAI), acompanhado pelo técnico Geraldo Lúcio (Sacolinha) dos 5 aos 13 anos. Há

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dois anos, Vinícius foi para a escolinha franqueada do América-MG, em Belo Horizonte, chegando a treinar no Centro de Treinamento do clube. Na capital, o jovem ganhou destaque e o treinador itabirano Sacolinha o apresentou ao agente de futebol Luciano Brustolini, que o transferiu para o Cruzeiro. O atacante mora na Toca da Raposa I desde o ano passado.


Homenagem ao promotor Sérgio Santiago/DeFato

O promotor de Justiça André Luiz Querino Coelho, 29, filho do ex-prefeito de Itabira João Izael, recebeu homenagem na Câmara de Vereadores no dia 23 de junho. Ele atua no Ministério Público de Guaíra, Paraná, e está de férias em sua cidade natal.

A honraria recebida foi a Medalha do Minério, destinada a personalidades que promovem o nome de Itabira. A homenagem foi concedida pelo vereador Ilton Magalhães (PR). André Luiz esteve acompanhado dos pais e irmãos.

Equipe de ouro Divulgação

Atletas itabiranos que disputaram o Brazil Taekwondo Games no início de julho, em Mauá/SP, conquistaram grandes resultados. Dos cinco lutadores da cidade, quatro ganharam medalhas de ouro e um de prata. Dos cinco atletas itabiranos, três saíram do projeto social “Crianças

do Amanhã”. Thaís Milene (foto) foi a campeã na modalidade poomse; Lucas Gabriel ganhou medalha de ouro na luta e Kaick Bruno ficou com o segundo lugar em sua categoria. Os outros dois medalhistas foram João Pedro de Paula e Samuel Dreyfus de Oliveira, ambos campeões na modalidade luta.

Clientes da Unimed Itabira que já recorreram a algum atendimento inicial e não se sentiram satisfeitos com a solução apresentada, agora podem utilizar nosso novo canal de relacionamento: a OUVIDORIA.

esclarecimentos

qualidade no atendimento solução

Ouvidoria Unimed Itabira. Nosso novo canal de comunicação.

A ouvidoria tem como finalidade acolher as manifestações dos clientes da Unimed Itabira, tais como elogios, sugestões, reclamações e informações, buscando a solução mais adequada para cada situação. Acesse www.unimeditabira.coop.br para saber mais sobre a ouvidoria da Unimed Itabira.

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DeFato

Empreendedorismo

Causas e consequências das transformações

N

o Brasil temos o hábito de atacar as consequências e não as causas dos problemas. Criamos o Bolsa Família para combater a miséria, mas não garantimos educação básica de qualidade. Para ajudar a indústria nacional, taxamos as importações ao invés de baratearmos nossos produtos. Para combater a inflação, o governo aumenta e represa tarifas públicas em lugar de desindexar nossa economia. Li um panfleto do vice-presidente do Sindicato Metabase de Itabira, onde ele nos faz refletir sobre a realidade de Itabira. “Entre os 853 municípios mineiros, Itabira figura no sétimo lugar de maior arrecadação no estado. No entanto, não temos qualidade de vida no mesmo patamar e faltam muitas ações e reações para que isso aconteça”. Ele observa que cidades mais novas como Ipatinga, Uberaba, Uberlândia têm maior desenvolvimento. E pergunta: “Por que o custo de vida de Itabira é exorbitante?”. Segundo ele, se não praticamos ações, não podemos esperar reações melhores. Precisamos buscar na história de 74 anos da mineração qual foi o papel dos nossos legisladores e da empresa que sempre dominou nossa economia. Porém, buscar culpados e chorar o leite derramado não fortalece nosso futuro e o momento é de transformação. Mudança de postura e busca de novos valores, capazes de devolver a autoestima de nossa juventude

O homem é o ser que não nasce pronto e precisa encontrar sua vocação, empreendê-la e trabalhar sua formação

Márcio Labruna

labruna.inovatec@gmail.com

e edificar seus sonhos. Não podemos ficar inertes ao cenário que se avizinha. Somos um dos países mais empreendedores do mundo e, no entanto, no ranking global do empreendedorismo, lançado no final de 2014, entre 130 países analisados, estamos na centésima colocação, atrás de Ruanda, Irã, República Dominicana entre outros. Os líderes do ranking são Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e Suécia. Pelas estatísticas se verifica que o tamanho e a riqueza do país não são fatores determinantes para o sucesso do empreendedorismo. Daí, podemos acreditar que Itabira pode e deve ser encarada como uma cidade capaz de construir o seu futuro, independente da mineração e dos fatores externos. No Brasil, três em cada quatro brasileiros preferiam empreender, no entanto muitos desistem no caminho e poucos alcançam o sucesso. Se fosse fácil não teria razão de existir tantos cursos, tantas instituições, tantas universidades, tantas incubadoras, inúmeros seminários. O homem é o ser que não nasce pronto e precisa encontrar sua vocação, empreendê-la e trabalhar sua formação. Nosso município vive uma fase ótima para empreender e inovar. Há sinais de mudanças do perfil da população. Uma crescente população universitária; um grande contingente de idosos e aposentados com boa renda mensal; centenas de investidores aguardando o próximo negócio; especulação imobiliária em baixa; grandes investimentos na área da saúde; inclusive com o possível curso de Medicina; novo distrito industrial; BR-381 ligando a capital em uma hora e nossa cidade fazendo parte do colar metropolitano. Empreendedor itabirano e visitante, acordem! Reclamar e transferir responsabilidades não constrói o seu futuro. Vamos atacar as causas e transformar o tempo presente em plataformas de sucesso.

Márcio Antônio Labruna é eletrotécnico, matemático, pós-graduado em Gestão Empresarial pela PUC-MG e expresidente da Associação Comercial, Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira. É gerente do Inovatec.

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DeFato

Consultoria

1º Seminário de Saúde, Segurança

& Meio Ambiente

Bom para empresas e para colaboradores: WE Engenharia mostra importância dos cuidados com a saúde laboral e lesgilações ambientais Mariana Reis/DeFato

Seminário mostrou a importância do investimento em segurança e saúde no ambiente de trabalho

A

WE Engenharia de Avaliações, empresa especializada em consultoria, realizou, no dia 16 de julho, o 1º Seminário de Saúde, Segurança & Meio Ambiente. O evento ocorreu no auditório da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita) e apresentou palestras informativas, que enfocaram a importância dos trabalhos de consultoria nos ambientes corporativos. O diretor da WE Engenharia, Weber Alves, e a técnica de segurança Andrielle Leão, ministraram palestra com o tema “Leis e Obrigações em Segurança do Trabalho”. Os dois falaram sobre a importância de eliminar os riscos ambientais e de acidentes nas empresas. O médico Luiz Cláudio Cassoli e a enfermeira Débora Reis palestraram sobre a norma regulamentadora número sete (NR7), que contém as diretrizes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Outro tema apresentado foi “Ergonomia e Suas Práticas no Ambiente do Trabalho”, desenvolvido pela fisio-

terapeuta Lilian Nunes Assunção. Ela ressaltou que esse cuidado pode oferecer muitos benefícios. O sócio-diretor da WE Engenharia, geógrafo Wender Gomes, e a engenheira ambiental Julia Lage ministraram a palestra sobre outro ramo da empresa: “Legislações Aplicadas ao Licenciamento Ambiental”. Consultoria e benefícios O diretor Weber Alves enfatizou a importância da prestação de serviços de consultoria nas empresas. O serviço deve focar na saúde e segurança dos funcionários, com foco nos meios e EPIs e removendo os agentes de risco que causam problemas de saúde. “É muito importante que a empresa registre em um termo que o funcionário foi treinado para o uso dos EPIs. E também é muito importante para o funcionário, pois ele garante a sua segurança e saúde”, diz. Em uma época marcada pela valorização dos funcionários, deixar de lado o bem estar dos colaboradores é colocar em risco os resultados e os investimentos da empresa. O diretor Wender Gomes chamou

atenção para as Sanções Administrativas geradas pelas infrações cometidas ao meio ambiente. “É obrigação do empreendedor buscar o licenciamento ambiental junto ao órgãos competentes, desde as etapas iniciais do planejamento de seu empreendimento e instalação até a sua efetiva operação. A WE Engenharia está capacitada a atender os clientes com responsabilidade, qualidade e eficiência”, diz. Responsabilidade Social A WE Engenharia, em parceria com o Senac de Itabira, desenvolveu um concurso de redação com o tema “Higiene Ocupacional”. A escola selecionou as cinco melhores redações e o diretor Weber selecionou o campeão: Marcos Vinicius dos Santos, estudante do 4º período do Curso Técnico em Segurança. O ganhador passa a ser estagiário, com remuneração, na WE Engenharia. “Eu fiquei muito feliz. Estou quase formando e estava muito difícil conseguir um estágio. Posso dizer que praticamente caiu do céu essa oportunidade”, disse contente o estudante. JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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Conceição do Mato Dentro

A mais

responsável Conceição do Mato Dentro conquista primeiro lugar em ranking nacional de responsabilidade fiscal Renato Carvalho

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prefeitura como proporção das receitas correntes líquidas; e Custo da Dívida, correspondente às despesas de juros e amortizações em relação ao total das receitas líquidas reais. A avaliação feita varia de 0 a 1, sendo que, quanto maior a pontuação, melhor a situação fiscal do município. Cada um deles é classificado com conceitos A (Gestão de Excelência, com resultados superiores a 0,8 ponto), B (Boa Gestão, entre 0,6 e 0,8 ponto), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,4 e 0,6 ponto) ou D (Gestão Crítica, inferiores a 0,4 ponto). Conceição do Mato Dentro registrou um IFGF de 0.9572. Feliz com o resultado, o prefeito Reinaldo Guimarães (PMDB) compartilha o mérito com toda sua equipe de governo e afirma que o êxito deve-se ao planejamento executado pelo município e às parcerias com as empresas instaladas na cidade. “Não poderia ser diferente. Como filhos de Conceição, desejando uma Conceição melhor, nossa gestão e planejamento são voltados para todos, não para poucos”, disse. O chefe do Executivo conceicionense comenta, ainda, sobre a demora para os resultados aparecerem e diz não se incomodar com isso. “Isso faz parte. Sabemos que houve críticas e ainda existem em relação à administração. Mas nosso sentido é o coletivo e sempre temos trabalhado coletivamente e não

individualmente”, ressaltou. Para o prefeito, o resultado indica que o município, finalmente, se estabilizou depois de anos envolvido com problemas na Justiça Eleitoral, quando Conceição chegou a ter sete prefeitos em quatro anos. “As empresas chegavam aqui sem ter ninguém para conversar. Pegamos isso tudo e precisávamos ter uma gestão forte, séria e correta, para o povo entender que Conceição tem pessoas e administração comprometidas com a seriedade e com a comunidade”, afirmou. Renato Carvalho/DeFato

dministrar uma prefeitura não é tarefa fácil e exige da equipe executiva observância a uma série de legislações e determinações. Uma delas é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), criada no ano 2000 justamente para nortear o que pode e o que não pode na administração pública. Depois, vieram mecanismos para acompanhar esse processo. O mais famoso e respeitado em todo país é o índice criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A versão mais recente do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) avaliou, com base em dados oficiais de 2013, a situação fiscal de 5.243 municípios brasileiros. Tabulados os resultados, o destaque ficou com Conceição do Mato Dentro. A cidade terminou na primeira colocação do ranking nacional da responsabilidade. O estudo é composto por cinco indicadores: Receita Própria, que mede a dependência dos municípios em relação às transferências dos estados e da União; Gastos com Pessoal, que mostra quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal em relação ao total da receita corrente líquida; Investimentos, que acompanha o total de investimentos em relação à receita corrente líquida; Liquidez, que verifica se as prefeituras estão deixando em caixa recursos suficientes para honrar suas obrigações de curto prazo, medindo a liquidez da

Prefeito Reinaldinho comemorou resultado de Conceição do Mato Dentro e exaltou estabilidade política


Veja como algumas cidades da região se posicionaram no ranking do IFGF*: Conceição do Mato Dentro - 1º lugar nacional - 1º estadual - IFGF 0.9572 Alvorada de Minas - 2º lugar nacional - 2º estadual – IFGF 0.9169 Itabira - 130º lugar nacional - 12º estadual – IFGF 0.7185 Santa Bárbara - 502º lugar nacional - 47º estadual – IFGF 0.6390 Belo Horizonte - 647º lugar nacional - 66º estadual – IFGF 0.6186 Barão de Cocais - 688º lugar nacional - 70º estadual - IFGF 0.6147 Serro - 740º lugar nacional - 76º estadual – IFGF 0.6097 - Morro do Pilar - 893º lugar nacional - 96º estadual – IFGF 0.5925 João Monlevade - 1909º lugar nacional - 226º estadual – IFGF 0.5116 *Fonte: Firjan

Gestão de Excelência No final de maio de 2014, a gestão de Reinaldinho venceu o Prêmio Mineiro de Excelência em Gestão Pública Municipal, realizada pelo Instituto Qualidade Minas (IQM) e pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Seguindo as propostas do Estado, o município implantou o Programa de Gestãoxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx de Administração, Qualidade, União e Interação (Aqui), um trabalho

com objetivo de integrar secretarias, impulsionar o desenvolvimento dos projetos, dar excelência ao funcionalismo e atender a população com serviços de qualidade. Na época, o prefeito já tinha o discurso sobre bom planejamento e valorização de sua equipe de governo. Minas Gerais O estudo revela, de uma forma mais abrangente, que Minas Gerais está em

uma posição desfavorável em relação à maior parte do país, com IFGF médio das prefeituras de 0,4362 pontos, abaixo da média nacional, que é de 0,4545. Apesar do cenário negativo, os municípios mineiros registraram presença equilibrada nos dois extremos do ranking nacional: 59 cidades mineiras (7,3%) ficaram entre os 500 menores IFGFs do país em 2013 e 46 (5,7%) entre os 500 maiores. JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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DeFato

São Gonçalo do Rio Abaixo

Citróleo Indústria e Comércio é a primeira de uma série de empresas que se instalarão em São Gonçalo do Rio Abaixo

Fotos: Sérgio Santiago/DeFato

Enquanto isso, em

São Gonçalo... Na contramão da crise, São Gonçalo do Rio Abaixo inaugura empresas, gera emprego e aumenta parque industrial

N

a maioria das cidades brasileiras, a situação é parecida. Com o desempenho ruim da economia, o que se vê é redução de investimentos, desemprego e fechamento de empresas. Mas não é unanimidade. Em São Gonçalo do Rio Abaixo, por exemplo, cidade mineradora como muitas outras em Minas Gerais, indústrias estão sendo inauguradas, novos postos

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de trabalho criados e investimentos privados vão se tornando realidade. A mais recente inauguração aconteceu em junho deste ano. Abriu os portões, no dia 19, a Citróleo Indústria e Comércio, empresa de São Paulo que extrai óleo de candeia para produção de cosméticos e produtos farmacêuticos. O evento, com direito a discursos emocionados, teve a presença ilustre de dezenas de prefeitos,

empresários e autoridades convidadas. Os diretores da empresa paulista, sediada em Torrinha, quase escolheram outro município do Médio Piracicaba. Mas ao saberem da estrutura de São Gonçalo, mudaram de ideia. “Fomos atraídos pelo incentivo e pelo desenvolvimento que vemos aqui. A cidade conta com excelente localização, devido à proximidade da BR-381, e isso facilita nossa


Citróleo escolheu se instalar em São Gonçalo por causa das vantagens oferecidas pelo município

logística”, diz o gerente de produção, Michael Luís Pimenta. A exemplo de outras empresas já instaladas em São Gonçalo, a Prefeitura ofertou à Citróleo permissão de uso de área e incentivos fiscais. “Recebemos um terreno de 31 mil metros quadrados por 30 anos, um galpão construído e também isenção de IPTU por um prazo de 10 anos”, revela o gerente. A inauguração foi a primeira de uma série – até o fim do ano, cinco novas empresas começarão a operar no município. A explicação para o sucesso? Planejamento. Desde que começou a experimentar o boom econômico em 2006, com o início da operação da mina de Brucutu, São Gonçalo se transformou. A pequena cidade carente de recursos e de pouca expressão nacional se tronou vitrine regional, ganhou visibilidade e destaque na mídia no Brasil inteiro. As mudanças começaram na gestão do prefeito Raimundo Nonato Barcelos, hoje deputado estadual. Homem de visão, Nozinho sabia que era preciso pensar no período pós-minério e tratou logo

Distritos em São Gonçalo do Rio Abaixo - Área total do Distrito I 211.499,00 m²

- Área total do Distrito II 350.000,00 m²

- Área de ampliação que ligará distritos I e II 231.871,00 m²

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DeFato

São Gonçalo do Rio Abaixo Acom PMSGRA

preparar o município para o fim do ciclo exploratório, ou para uma eventual crise, como a ocorrida em 2008/2009 – e que está de volta. Os projetos e programas de diversificação foram baseados na premissa que norteia a política econômica de qualquer cidade mineradora: nunca depender demais de uma única atividade econômica. Com o preço do minério de ferro na casa dos US$ 200 a tonelada, puxado pelo apetite chinês, quantias vultosas de dinheiro chegavam mensalmente aos cofres da Prefeitura por meio de royal-

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ties e impostos. Parte desse recurso foi canalizada à preparação de terreno para a diversificação. Áreas foram providenciadas e os distritos começaram a ganhar forma. Ao mesmo tempo, a equipe de governo desenvolveu um plano de desenvolvimento pensando nas próximas gerações. O resultado só poderia ser positivo. Saiu Nozinho, entrou Antônio Carlos e a política desenvolvimentista se manteve. Com cada vez mais visibilidade em todo o país, o município não para de atrair empresas de segmentos diversos

interessadas em fundar suas bases em solo são-gonçalense. Ampliação dos distritos A procura foi tanta que os dois distritos industriais não têm mais espaço. Os 560 mil metros quadrados que abrigam atualmente 19 corporações e geram quase mil empregos serão ampliados. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Breno Fonseca Starling, uma área com mais 232 mil metros quadrados está sendo desapropriada para atender a outras indústrias que estão na fila. “Tudo isso que está acontecendo aqui começou no governo de Nozinho e continua no de Antônio Carlos. Em um momento de crise econômica e política em todo o Brasil, estamos inaugurando empresas e gerando emprego”, afirma Breno. O prefeito sempre faz questão de reforçar, seja nos discursos ou nas entrevistas concedidas à imprensa, que a hora de diversificar é agora. Aliás, o momento pelo qual passa o Brasil justifica essa preocupação. “Precisamos pensar em alternativas. Ainda temos o minério, apesar do preço baixo, mas temos de olhar lá na frente”, diz Antônio Carlos, referindo-se à geração de emprego, renda e toda a cadeia produtiva.


Fotos: Sérgio Santiago/DeFato

Pensar também o comércio

Nozinho, hoje deputado estadual, deu início ao processo de diversificação de São Gonçalo do Rio Abaixo

Não só de distrito industrial diversificase uma economia. É preciso atenção especial também ao comércio, responsável por boa parte da geração de emprego e renda. Pensando nisso, a Prefeitura de São Gonçalo inaugurou, no ano passado, a Casa do Empreendedor, órgão do governo que visa facilitar a vida dos pequenos e futuros empreendedores. O órgão funciona em parceira com a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), Sebrae Minas e oferece os serviços do Minas Fácil. “Além de atender, orientar e apoiar os empreendedores através de atendimento personalizado, o espaço oferece diversos serviços como: redução da burocracia para abertura e fechamento de empresas; consulta de viabilidade; formalização de empresas e do Micro Empreendedor Individual; registro de contrato social; formalização e treinamentos, entre outros”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico Breno Starling. “Além do Serviço Minas Fácil, das informações legais, oferta de cursos e facilidade na legalização de projetos, a Casa do Empreender chega com o compromisso de somar esforços para tornar menos burocrática a iniciativa empresarial”, comenta o prefeito Antônio Carlos. A política econômica, diz ele, precisa ser multilateral.

A crise econômica atingiu, sim, São Gonçalo do Rio Abaixo, assim como outras cidades mineradoras. Por causa dela, um plano audacioso de R$ 300 milhões em investimentos anunciado no início do ano passado

precisou ser revisto. “Mas vamos em frente. Considerando o tempo de mineração, já fizemos bastante. A cidade ainda depende muito do minério, mas essa dependência será cada vez menor, não tenha dúvida disso”, diz. JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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DeFato

Mineração

O futuro ainda é

incerto

Até onde vai a crise? Para diretor do Sindiextra, não há consenso: “a única certeza é a de que o cenário é bastante desafiador para os próximos anos”

Arquivo pessoal

Sérgio Santiago

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epender demais de uma única atividade econômica é sempre um risco para os municípios. A mineração, carro-chefe da economia em Minas Gerais, é um exemplo disso. Se o mercado vai bem, não há do que se queixar. Mas se o preço cai lá na China, o efeito dominó chega ao seio das famílias mineiras quase que imediatamente. Em tempos de crise, sindicatos, associações comerciais e outras entidades de classe reagem, fazem grandes manifestações públicas e defendem seus representados cada um à sua maneira. Sobre as perspectivas da mineração para 2016 e próximos anos, DeFato conversou com o diretor administrativo do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), Cristiano Monteiro Parreiras, que tem uma visão pouco otimista acerca do que vem por aí. Segundo ele, não há consenso entre os especialistas. “A única certeza é a de que o cenário para os próximos anos é bastante desafiador”, diz. DIagnóstico “A economia brasileira atravessa um momento delicado, onde se percebe uma significativa diminuição do PIB e, consequentemente, a redução dos investimentos. O setor mineral, por sua vez, é duplamente impactado. O de-

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Cristiano Monteiro, do Sindiextra, diz que mercado minerador passa por momento de incerteza


Pode piorar? “O futuro ainda é incerto. Não há consenso. Alguns analistas dizem que o preço tende a recuperar, outros dizem que tende a se manter baixo. A única certeza que temos é de que o cenário para os próximos anos é bastante desafiador. O mercado de commodities é cíclico. A diferença do que enfrentamos em 2008/2009 para agora é que, naquela época, o preço rapidamente se recuperou, ao passo que hoje já temos mais de um ano de baixos preços da cotação do minério de ferro. O momento é de união de esforços para superarmos a situação. As empresas estão tendo de se reinventar e readequar para enfrentar a crise. Eventuais ajustes são necessários para que as empresas sobrevivam nesse cenário de preço baixo, caso contrário, serão obrigadas a encerrar as suas atividades, o que agravaria ainda mais a questão dos empregos”. Diversificação “Mudar a vocação das economias locais xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx é uma equação de muitas variáveis, pois depende da interação

Sérgio Santiago/DeFato

saquecimento da economia nacional, especialmente no setor de construção civil, acarreta uma redução acentuada na demanda pelos minerais que chamamos de agregados da construção civil, tais como areia, brita e calcário. A crise na construção civil associada à queda nas vendas da indústria automobilística impacta na produção de aço que, por sua vez, leva a uma menor demanda de minério de ferro no mercado doméstico. No cenário internacional, a redução do ritmo de crescimento da economia mundial, notadamente da economia chinesa, que é a maior consumidora do minério de ferro exportado pelo Brasil, somada ao crescimento da produção deste mineral pela Austrália, provocou uma queda de mais de 50% no valor da commodity, fazendo com que o setor atravesse a mais grave e profunda crise das últimas décadas”.

Mineração é carro-chefe da economia de Minas Gerais e passa por grave crise financeira

próxima, e por um longo período, de diversos atores. As empresas do setor têm procurado auxiliar o Poder Público e a sociedade neste desafio. Em Itabira, já observamos algumas iniciativas com êxito que, nos últimos anos, vêm se transformando em um polo educacional”. Minas Gerais “O Brasil tem várias vantagens competitivas em relação aos demais países mineradores e, neste ponto, Minas Gerais é protagonista. Costumo dizer que em Minas Gerais encontramos quase todos os elementos da Tabela Periódica. Somos um estado rico em minerais. Temos grandes minas de minério de ferro de boa qualidade, somos o maior produtor mundial e temos as maiores reservas de nióbio, mineral estratégico para a indústria mundial. O estado é responsável por aproximadamente 53% da produção brasileira de minerais metálicos e 29% de minérios em geral. Neste contexto, o nosso maior diferencial competitivo é a nossa riqueza mineral. Por outro lado, temos de melhorar a

nossa infraestrutura e a produtividade da nossa indústria”. Economia mais competitiva “Nesse ponto há muito a ser feito. Temos de procurar reduzir o chamado custo Brasil, pois temos uma infraestrutura precária e ineficiente. Temos elevados custos de energia e difícil acesso a fontes de financiamento mais baratas. O nosso processo de licenciamento ambiental é muito caro, longo e burocrático. Tudo isso torna os nossos produtos mais caros quando comparados com a indústria mundial e, por isso, pouco competitivos”. Desafiador “O cenário atual é desafiador, porém tenho confiança de que, com a qualidade das nossas reservas minerais, com a competência da nossa gente e com a resiliência da nossa indústria, superaremos este momento de crise. É o momento de buscarmos reformas para melhorarmos a nossa competitividade e buscarmos novamente o protagonismo mundial na exploração mineral”. JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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DeFato

Saúde

Atchim! Saúde!

Estação mais fria do ano motiva doenças como gripe, resfriado e sinusite

Tatiana Santos

O

s últimos três anos para a dona de casa Vanda Martinho de Alvarenga, moradora de Itabira, têm sido do mesmo jeito. Entra o inverno, ela e o marido José Filho precisam correr com o pequeno Abel Gabriel de Alvarenga de Souza, 3 anos, para o médico. Na metade do mês de junho, pouco antes de começar oficialmente a estação mais fria do ano (o inverno vai de 21 de junho até 23 de setembro) o menino já estava com todos os sintomas da doença mais comum da estação: a gripe. Nariz congestionado, coriza e falta de ar durante o sono são alguns dos sintomas que atormentam o garoto. “Ele sempre gripa. Esfriou um pouco que seja, ele já fica doente. Com isso, às vezes ele fica bem irritado, enjoadinho e querendo ficar só no colo”, explica Vanda. O garotinho é portador da Síndrome de Down, o que acaba piorando a situação, já que abaixa a imunidade do organismo. De acordo com Vanda, o pediatra a orientou a não sair com a criança muito à noite e nem muito cedo.

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Casos como o do garoto Abel são frequentes nesta época do ano. O pediatra especialista em pneumologia, Wenderson Clay Correia de Andrade, lembra que as infecções das vias aéreas são as mais comuns no inverno. Entre asdoenças de maior recorrência estão o resfriado, laringite, faringite, otite e sinusite. Nas crianças com menos de dois anos também é muito comum a ocorrência da bronquiolite viral aguda, doença que atinge os brônquios e os bronquíolos. De acordo com o médico, com a chegada do outono e do inverno, o ar frio e seco tende a ser mais agressivo às barreiras de proteção naturais das vias respiratórias, o que pode favorecer a infecção, principalmente pelos vírus. Outro fato a ser lembrado é que com a queda das temperaturas as pessoas se aglomeram mais em ambientes fechados, o que facilita a transmissão dos vírus respiratórios. Ainda segundo o profissional,os que mais sofrem com as mudanças são as crianças e os idosos, porque possuem um sistema de defesa

menos eficaz. No caso das crianças, o especialista diz que o interessante seria evitar, ao máximo, o contato com outras crianças nesse período, mas ele pondera: “O acometimento por vírus predomina nas doenças respiratórias em pediatria. Principalmente nos menores de cinco anos e mais ainda naqueles que frequentam creches e berçários. Se pudéssemos evitar a inclusão de crianças pequenas nesses locais, teríamos na prática um grande fator de proteção para infecções de repetição. O problema é que muitas famílias têm que lançar mão dessa alternativa para que a mãe possa trabalhar”. Jovens também sofrem É muito comum as pessoas confundirem gripe e resfriado. Apesar das semelhanças, as doenças se distinguem e são causadas por diferentes vírus. Conforme o pneumologista Augusto Gonçalves Araújo, o resfriado comum apresenta sintomas mais localizados na região das vias respiratórias superiores,


Tatiana Santos/DeFato

com espirros, coriza ou congestão nasal e tosse de leve intensidade. A febre, quando presente, não é alta e não causa desconforto. As pessoas acometidas por um resfriado conseguem desempenhar as atividades do dia a dia, sem necessidade de repouso. Já a gripe é uma doença de maior gravidade, com sintomas mais salientes, que levam o paciente à fraqueza. Apresenta sintomas de febre, dor no corpo e mal estar. “Há possibilidade de casos mais graves, com potencial de morte, principalmente em idosos e crianças”, alerta o profissional. Os jovens e adultos, que teoricamente não fazem parte do grupo de risco, também sofrem com o mau tempo. O inverno atinge não somente o pequeno Abel, citado no início da reportagem, mas também a irmã dele, Kênia Maria de Alvarenga, 20. Todos os anos, quando a temperatura cai, ela acaba tendo problemas. Kênia conta que já ficou até sete dias com a garganta fechada e dolorida, cessando somente com injeção de Benzetacil. Neste inverno ela decidiu procurar um especialista para tentar amenizar os impactos causados pelo tempo frio. A estudante Larissa Laureana de Brito, 16, também não escapou do inverno. No começo de julho, ela estava na escola quando começou a sentir muita febre, dor de cabeça e o rosto queimando. Pronto. Mais uma vez, a gripe a pegou de jeito e a jovem teve que ir para o Pronto-Socorro de Itabira para receber atendimento. Larissa sofre de bronquite e sempre que esfria os sintomas aparecem. A mãe tenta ajudar, lavando as cobertas com maior frequência e as deixando ao sol para espantar poeira, ácaro, etc. A estudante faz nebulizações constantes, mas normalmente não precisa de remédios. Mesmo com esses cuidados especiais, a própria estudante confessa que comete deslizes e não presta muita atenção em recomendações básicas. “Quando eu falo que gripei, minha mãe só fala: eu avisei”, conta, meio desconcertada. O médico Augusto Araújo explica que não é comum vários episódios de

Afinal, como evitar as doenças típicas do inverno? O pneumologista Augusto Gonçalves Araújo lembra que o meio mais efetivo para evitar as doenças do inverno são as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde, principalmente em grávidas, idosos e crianças. Outra forma importantíssima de evitar essas doenças típicas do inverno são os cuidados de higiene, como lavar bem e com frequência as mãos, deixando o ambiente arejado, evitar locais fechados e aglomerados e evitar contato com poluição e cigarros, que são conhecidos irritantes das vias respiratórias.

Médico Augusto Araújo alerta para diferença entre as doenças que aparecem no inverno

gripe dentro do mesmo ano, já que há sazonalidade na circulação dos microorganismos. Algumas pessoas podem pensar que isso acontece porque confundem os sintomas com os de outras doenças. “As pessoas com baixa imunidade podem apresentar infecções de repetição, sendo as principais e mais graves as sinusites, otites e as pneumonias”, esclarece. O pneumologista ressalta que a imunização com a vacinação antigripal é necessária antes do período do inverno, para que o organismo possa criar imunidade contra o vírus Influenza nesse período de maior circulação. Como os vírus sofrem mutações, sendo diferentes a cada ano, é necessária a vacinação anualmente.

A higienização da residência e do local de trabalho também são importantes para evitar a proliferação de ácaros. Manterse bem hidratado e utilizar soluções fisiológicas nos olhos e narinas para lubrificação, evitando a irritação.

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DeFato

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O futuro de

Itabira

Projetos ambiciosos e números impactantes fazem da Unifei a principal saída para a tão falada (e sonhada!) diversificação econômica do município

Rodrigo Andrade

O

ano era 2008. Depois de muitas negociações, acordos políticos e fruto de uma união até então inédita no país, nascia em Itabira o campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). O começo foi complicado. Sem estrutura adequada, os primeiros alunos precisaram ser verdadeiros desbravadores. As aulas das turmas iniciais aconteceram na Funcesi e depois migraram para o iTec (onde ainda funcionam algumas salas). A resistência da sociedade, então, era enorme. Foi impactante ver moças e rapazes de caras pintadas abordando carros e pedindo moedas no meio das ruas. Agora é 2015. Passado o tempo de adaptação e de maturação, a Unifei se consolida como o principal projeto que Itabira tem para conquistar a tão almejada diversificação econômica. Ou “emancipação econômica”, como gostam de dizer os diretores da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária (Acita). Sete anos depois do período complicado, de pouca estrutura, os sonhos são grandes. Com propostas audaciosas e números impactantes, a Unifei quer mostrar para Itabira que é mais do que uma escola, mas uma alternativa de futuro.

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Fantasia e concretude são duas palavras muito usadas pelo professor-doutor Dair José de Oliveira, empossado no fim de junho como diretor do campus itabirano da Unifei. Para ele, uma coisa não pode se dissociar da outra. É preciso sonhar, mas também é necessário planejar para que os sonhos saiam do papel. Segundo Dair, o projeto da universidade proporcionará ganhos futuros para Itabira, tanto financeiros quanto intelectuais, mas é preciso conter a ansiedade. “Às vezes, a gente tem muita ansiedade, o que é uma coisa natural do ser humano. O amadurecimento da nossa comunidade e a convivência com a universidade ajudam a expandir os horizontes. É um caminho que estou vendo com muito bons olhos, é algo muito positivo”, comenta o diretor, que analisa também a importância da Unifei ter mais interação com os itabiranos. “Se eu me sinto parte, eu me sinto responsável. Eu me sinto dono”, argumenta. Alternativa econômica Não é segredo para ninguém que Itabira passa por uma intensa crise financeira. O preço do minério de ferro nunca esteve tão baixo nos últimos dez

anos e a Vale, empresa que mais acrescenta para a receita do município, viu suas vendas despencarem em 2015. Mais um período de dificuldade econômica que escancara a necessidade da diversificação. Essa situação é debatida exaustivamente no Fórum Permanente de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, encabeçado pela Acita e que reúne Poder Público e diversas entidades representativas de Itabira. Por lá, o termo usado não é nem “diversificação”, mas “emancipação econômica”. A ideia é ter uma cidade independente, que não fique à mercê de crises esporádicas. É nesse contexto que a Unifei se apresenta como a principal alternativa econômica à dependência da Vale. Atualmente, a universidade conta com cerca de 2 mil alunos distribuídos em nove cursos de graduação, 138 professores, 74 servidores técnicos-administrativos e 80 funcionários públicos anistiados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Segundo dados da própria Unifei, isso significa uma injeção de R$ 3,97 milhões por mês na economia de Itabira. A maior parte desse valor tem origem em despesas mensais, com moradia, transporte, alimentação,


DeFato Projeto Gustavo Penna

Projeto é para que Itabira não tenha apenas um campus universitário, mas um novo ponto turístico no município

lazer e outros serviços: cerca de R$ 1,2 mil por aluno. Em uma conta simples, com base no cenário atual da Unifei em Itabira, pode-se afirmar que a universidade, ao fim do ano, terá injetado cerca de R$ 47,64 milhões na economia do município. Como base de comparação, a Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (Cfem), neste ano de crise, se mantiver a média mensal de R$ 4,8 milhões apresentada no primeiro semestre, não deve ultrapassar os R$ 57 milhões. As cifras ficarão maiores conforme o projeto avance em Itabira. A implantação plena prevê que o campus receba 10 mil alunos, distribuídos em cursos de graduação e pós-graduação, além de professores e servidores. Os cálculos são de que a contribuição para a economia local alcance R$ 22 milhões por mês, ou R$ 264 milhões por ano. Novamente comparando com o royalty da mineração (Cfem), esse valor superaria os R$ 195 milhões que Itabira arrecadou em 2013, recorde nos últimos anos. Projeto audacioso O projeto da Unifei em Itabira é grandioso. O terreno cedido pelo mu-

nicípio, no Distrito Industrial II, tem 600 mil m². Desse total, 110 mil m² serão de área construída. A arquitetura foi desenvolvida pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto e Associados, de Belo Horizonte. Segundo os criadores, o campus se baseia na mesma filosofia que já caracteriza a universidade: ser uma instituição de referência tecnológica e acadêmica. O projeto reflete a ideia de sustentabilidade defendida e ensinada pela instituição. Mais do que uma sede de escola, o campus será um local de visitação, um verdadeiro ponto turístico com plataforma cultural, centro esportivo, paisagismo natural, lago, espaços para caminhada e outros atrativos. “Teremos, com certeza, o campus universitário mais bonito do Brasil”, exaltou o diretor Dair, em recente reunião do Fórum de Sustentabilidade, na Acita. Para se ter uma ideia da dimensão, o campus de Itabira é projetado para ser maior que o de Itajubá, que já está na plenitude. Na sede da instituição, no Sul de Minas, o terreno tem 450 mil m² e área construída de 80 mil m². Por lá, o número total de alunos é de 8 mil, dois mil a menos que o estipulado para Itabira.

Dez mil alunos é a meta inicial do projeto para Itabira. Porém, de acordo com o diretor Dair Oliveira, pode ser que esse número seja até ultrapassado. “Pode ser que lá na frente a gente ache interessante expandir. Isso é o tempo que vai dizer”, comenta. Mas antes de pensar em ultrapassar a meta, é preciso chegar até ela. O projeto da Unifei Itabira ainda está no início, prestes a ter inaugurado o segundo prédio, ainda chamado de “Prédio L”. O primeiro, nomeado José Alencar Gomes da Silva, em homenagem ao ex-vice-presidente da República, foi inaugurado em 31 de outubro de 2011. Ao todo, R$ 241 milhões já foram investidos no campus, sendo R$ 63 milhões da Prefeitura de Itabira na construção dos edifícios, R$ 38 milhões da Vale em equipamentos para os laboratórios e R$ 140 milhões do Governo Federal em materiais didáticos e custeio de folhas salariais de professores e servidores administrativos. As cifras são altas, mas ainda estão distantes do que foi orçado apenas para construção completa do campus, sem levar em conta investimentos com equipamentos e folha salarial. O projeto está estipulado em R$ 393 milhões e tinha a previsão inicial de estar concluído em JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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Parque Tecnológico A ideia de ter a Unifei como a principal alternativa para a diversificação econômica de Itabira ganha ainda mais força quando é exposto o projeto do Parque Científico Tecnológico. O pensamento é grande: atrair para o município empresas renomadas, especializadas em pesquisa, desenvolvimento e alta tecnologia. A discussão para trazer um Parque Científico Tecnológico para Itabira vem de longa data. Começou em 2005, entre lideranças políticas e a Vale. Um dos mentores do projeto é o engenheiro itabirano Kleber Guerra, que respondia pela gerência de manutenção elétrica da mineradora naquela época. Segundo ele, quando o planejamento começou a ser feito, grandes empresas sinalizaram positivamente para integrar o Parque, mas havia um grande entrave: a cidade não tinha uma universidade. Com a Unifei, esse problema está resolvido. Mas o próprio engenheiro alerta que é preciso que a universidade esteja com o campus na sua plenitude para que se pense no Parque Científico Tecnológico. Enquanto o projeto da escola avança, o aconselhável é que o município já prepare os processos burocráticos, como documentação do terreno e criação de leis específicas para esse tipo de atividade. Uma área para a edificação do Parque já foi apontada. O empreendimento seria construído no terreno do Posto Agropecuário, na região do bairro Candidópolis. Segundo Kleber Guerra, esse local

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Renato Carvalho/DeFato

até oito anos, mas esse planejamento já está atrasado. A ideia era de que todos os processos de licitação estivessem na praça em novembro do ano passado. Segundo a Prefeitura de Itabira, isso não aconteceu por causa da crise econômica. De acordo com dados apresentados pelo ex-diretor do campus de Itabira, professor Marcel Parentoni, em participação na reunião semanal da Câmara de Vereadores, o Governo Federal terá investido cerca de R$ 500 milhões no projeto quando a Unifei alcançar a média de 7 mil alunos no município.

Segundo prédio da Unifei (com detatlhes vermelhos) está em fase final de acabamento

é ideal por três motivos: primeiro porque tem um relevo favorável; segundo porque é distante apenas 3,5 quilômetros do campus Unifei; e terceiro porque já pertence ao Governo Federal. O terreno está documentado em nome do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Dessa forma, haveria a necessidade de uma transferência para o Ministério da Educação para que fosse incorporado aos ativos da universidade. Kleber contou que entre as empresas que se posicionaram favoravelmente a atuar no Parque Científico Tecnológico de Itabira, em 2005, estavam multinacionais como Siemens, Microsoft, SKF e GE Healthcare. “O Parque Científico Tecnológico será o principal empregador no futuro, abrindo oportunidades para os itabiranos, ofertando empregos Engenheiro Kleber Guerra é um dos idealizadores da Unifei em Itabira

Rodrigo Andrade/DeFato

DeFato

de alto nível qualitativo. A universidade estará presente, como já está atualmente, ampliada em sua dimensão, preparando esse pessoal”, afirma. O engenheiro diz não ter dúvidas do futuro do empreendimento e nem dos benefícios que a Unifei trará para Itabira. “Assim como o sonho do Itabirano sempre foi o de trabalhar na Vale, ele passará a ser, doravante, de estudar na Unifei e trabalhar no Parque Científico Tecnológico, produzindo tecnologia para o mundo. O futuro nos mostrará excelentes engenheiros e pesquisadores itabiranos”, exclama. Segundo o diretor Dair Oliveira, o projeto da Unifei inclui um Parque Tecnológico dentro do próprio campus. O professor afirma que a universidade ainda não sabe se manterá o planejamento, tendo em vista que atuará como protagonista no Parque Científico Tecnológico que é pensado pelo município. “Tudo vai depender do desenrolar das coisas e da quantidade de recursos que vamos ter. A gente tem a universidade, tem o parque e tem a relação dos dois. Podemos ter uma estrutura intermediá r i a , como um centro de tecnologia aplicada, e que faça a ligação entre a universidade e o parque, com grupos de pesquisas e incubadora de empresas”, projeta o diretor. Mestres e doutores Mesmo que seja vista como uma grande alternativa econômica –


DeFato Integração Uma das propostas da nova diretoria da Unifei Itabira é tornar a universidade mais próxima da comunidade. Dair Oliveira analisa que o itabirano ainda não compreendeu a dimensão do projeto e que isso só acontecerá quando todos se sentirem parte das transformações que acontecerão na cidade. “Temos que nos fazer mais presente e ajudar nesse entendimento, para que haja uma consciência de que estamos todos no mesmo barco. O nosso objetivo é o mesmo. O nosso êxito, é êxito da cidade. E, claro, o desenvolvimento da cidade também é importante para a universidade”, comenta o diretor. Para a estudante itabirana Ana Cristina Tolentino Cabral, mudanças já são nítidas na cidade: “Moro em Itabira desde que nasci e vejo que muita coisa melhorou. Na questão do lazer mesmo, tem gente que ainda reclama, mas você já encontra tanta coisa, tanto barzinho com música ao vivo. Restaurantes, hoje temos opções desde os mais em conta até os mais requintados. Muita coisa veio depois de 2008, quando começou a chegar o pessoal de fora. Muda a economia da cidade, realmente”. O professor Dair, que chegou ao município em 2010, diz ser natural a resistência inicial ao projeto. Para ele, tudo está ligado à mudança de cultura. “É uma mudança importante, bem forte. Às vezes, o novo assusta mesmo, assusta o ser humano de maneira geral. Você tem um certo ritmo e chega uma nova turma num ritmo diferente. De início você pode dizer que não quer isso, mas com o tempo você percebe que não é ruim. E aí você aprende a conviver e, com o tempo, isso começa a fazer parte da sua vida. É um processo natural”, analisa.

Itabirana Ana Cristina foi a primeira aluna a completar um curso de mestrado na Unifei

Sérgio Santiago/DeFato

ainda mais em uma cidade tão ávida por diversificação como é Itabira – a tarefa principal de uma universidade, obviamente, é educar. E a Unifei leva isso a sério. A instituição tirou nota 5 (máxima) no Índice Geral de Cursos Superiores (IGC) 2011 do Ministério da Educação (MEC) e figurou entre as dez melhores universidades do Brasil. Em 2013, a universidade recebeu o prêmio Sparks Award Brasil, concedido pela Microsoft, como a melhor instituição de ensino empreendedor do país. Em Itabira, o planejamento da recém-empossada diretoria é fazer da Unifei referência não só em graduação, mas também em pós-graduação. A meta é que a proporção seja de um para um: para cada aluno de graduação, um de pós. “A gente acredita que é essa a vocação desse campus. Universidades como Harvard e MIT possuem uma relação acima de um para um. A gente colocou uma meta ousada e que será feito em médio e longo prazo”, explica Dair Oliveira. Atualmente, a Unifei possui doutorado e mestrado nas áreas de Química e Engenharia de Materiais. A itabirana Ana Cristina Tolentino Cabral foi a primeira aluna a defender uma tese de mestrado na Unifei Itabira. Ela encarou a banca com uma pesquisa de ponta, que carrega um nome complicado: “Síntese e Caracterização de Nanoestruturas de Óxido de Cério dopado com Praseodíneo”. Traduzindo: é uma pesquisa aprofundada sobre materiais cerâmicos que podem ser usados no aperfeiçoamento de equipamentos eletrônicos, próteses dentárias, craqueamento de petróleo e em diversas outras aplicações. Era o último requisito para obter o título de mestre em Ciências em Materiais para Engenharia. Ana Cristina possui graduação em Química pela Universidade Federal de Viçosa e em Engenharia de Materiais pela Unifei. Agora, ela cursa Doutorado no campus de Itabira. Para a estudante, a qualificação é fundamental até mesmo para as instituições de ensino. “A Funcesi, por exemplo, traz professores de Belo Horizonte para lecionar em Itabira. Nossa cidade não tem profissionais sufi-

cientes com qualificação para trabalhar lá e nem na própria Unifei. As escolas precisam trazer muita gente de fora e alguns não se adaptam à cidade. As pós são importantes, pois possibilitam aos próprios habitantes procurarem cursos de mestrado e doutorado para poder atuar nesta área”, argumenta. Pacto pelo futuro A importância do projeto Unifei para Itabira foi expressa em uma carta de intensões assinada por integrantes do Fórum Permanente de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, na Acita, no dia 1º de julho. No documento intitulado “Carta de Itabira em prol da diversificação do município”, os participantes manifestam a crença no projeto da Unifei e do Parque Científico e Tecnológico como as JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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Capa Expansão Sem entrar em detalhes, o diretor Dair Oliveira confirma que há um movimento para a abertura de novos cursos na Unifei Itabira. A principal expectativa é para Medicina. Porém, todo novo passo precisa ser estudado com cautela.

Rodrigo Andrade/DeFato

“Já foi ventilada a questão do curso de Medicina, mas como é esse curso que a gente pensa para Itabira? Eu acho que temos que ver algo alinhado com a nossa filosofia que é a área tecnológica. Veja como está caminhando a Medicina no mundo, o rumo em que ela está. Vamos fazer uma escola tradicional de Medicina? Isso a gente já tem muito. Nós temos que pensar em uma medicina associada à tecnologia. Esse é o caminho. Mas tudo com muito cuidado, com muito planejamento”, diz o diretor.

iniciativas com maior potencial para promover a diversificação, expansão e desenvolvimento do município. A carta foi assinada pelo prefeito Damon Lázaro de Sena; pelo presidente da Acita, Marco Aurélio Garcia Matos; pelo diretor da Unifei, Dair Oliveira; pelo gerente-geral de operação das minas da Vale em Itabira, Fernando Carneiro; pelo presidente da Câmara Rodrigo Andrade/DeFato

Prefeito Damon assinou carta de compromisso e disse que avançará com projeto da Univei “custe o que custar”

de Vereadores, Solimar José da Silva; pelo coordenador do Fórum de Sustentabilidade, José Antônio Reis Lopes; e pelos demais representantes de entidades que participam das discussões pela diversificação econômica do município. O presidente da Acita, Marco Aurélio Garcia Matos, destaca que grandes oportunidades surgem em momentos de crise. “É a hora de inovar, de buscar outras soluções”, disse. Já o vice-presidente da instituição, Eugênio Müller, afirma que a carta é um compromisso de que os projetos serão levados adiante. Para ele, a cidade precisa se preparar para uma transformação gigantesca. “É um marco histórico. É a consolidação de vários projetos e de vários sonhos, uma junção entre passado, presente e futuro”, comemorou. O prefeito Damon fala com empolgação sobre os projetos e diz que vai tirá-los do papel “custe o que custar”. “Não podemos ficar estacionados, só sonhando. Às vezes as coisas não acontecem com a celeridade com que

gostaríamos, mas não podemos desistir”, afirma o chefe do Executivo. Damon, sempre que fala da Unifei, faz questão de colocar a escola em alto patamar. “Temos vocação grandiosa para a educação e a necessidade urgente de diversificar. A Unifei representa esses dois polos e dispensamos a ela toda atenção necessária”, completa. O gerente-geral da Vale, Fernando Carneiro, comenta que a “Unifei é um diferencial competitivo para o município”. Ele destaca os investimentos que a mineradora faz no projeto e chama atenção para a celeridade nas obras do campus. “Antes de pensar em qualquer novo passo, precisamos concluir o campus, ter a universidade em sua plenitude”, pontua. Não tem mais volta. Abandonar o projeto e abortar essa missão passa a ser descumprir o pacto firmado pelo desenvolvimento da cidade. Os números e as propostas ambiciosas mostram que isso é impensável. O futuro é logo ali e reponde pelo nome de Unifei.

GRADUAÇÕES DA UNIFEI ITABIRA

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ENGENHARIA AMBIENTAL

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

ENGENHARIA SAÚDE E SEGURANÇA

ENGENHARIA DA MOBILIDADE

ENGENHARIA DE MATERIAIS

ENGENHARIA ELÉTRICA

ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ENGENHARIA MECÂNICA


600 MIL M²

NÚMERO ATUAL DE ALUNOS NA UNIFEI ITABIRA

DE TERRENO

110 MI M²

DE ÁREA CONSTRUÍDA

R$ 393 MILHÕES

10 MIL

NÚMERO DE ALUNOS NA PLENITUDE DO PROJETO

2 MIL

DE INVESTIMENTOS SOMENTE NA CONSTRUÇÃO DO CAMPUS

“Precisamos consolidar”

Três pilares “A comunidade espera que nosso trabalho intrínseco, como acadêmico e como docentes, possa continuar entregando ao Brasil profissionais e engenheiros de altíssima qualidade. É o nosso propósito. Mas para que isso ocorra, nós precisamos de recursos. E esses recursos dependem de um arranjo firmado anos atrás: o Governo Federal, o município de Itabira e a empresa Vale. A Vale que tem esse compromisso histórico de entregar à cidade valor equivalente ou superior àquele que retirou. Isso é de uma beleza, de uma profundidade impressionante. E a Prefeitura, não só esta administração, mas já a administração anterior, garantir que os recursos amealhados possam ser focados nesta determinada realidade. Sem a criação desta infraestrutura predial, sem os recursos financeiros

Sérgio Santiago/DeFato

O reitor da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Dagoberto Alves de Almeida, falou a DeFato sobre os projetos da universidade em Itabira. Para ele, o momento de crise é crucial, pois escancara a necessidade da diversificação. Ele defende que o investimento avance, mesmo com a dificuldade econômica e fala da parceria entre Prefeitura, Vale e Governo Federal, além do Parque Científico Tecnológico. Confira:

usados em equipamentos, o projeto não sai. Porque uma universidade essencialmente especializada em tecnologia é muito cara. E o Governo Federal entra como tem entrado, bancando todos os custos administrativos e salariais dessa gama de pessoas que aqui está, morando aqui, consumindo aqui, pagando, criando e edificando”. Avançar na crise “Agora, o que traz uma certa preocupação? As dificuldade de ordem econômica e política que possam, eventualmente, atrasar esse projeto. Esse projeto não pode ser atrasado! Eu sou enfático. Até pelas dificuldades que o país enfrenta, pelas dificuldades econômicas típicas de um ciclo, é que nós temos que acelerar e sermos capazes de construir esse campus e disponibilizar essa estrutura para termos mais profissionais aqui dentro mais rapidamente. Então, eu penso justamente ao contrário. Não é segurar o desenvolvimento porque os recursos estão menores, é justamente o contrário. Graças a essa dificuldade é que nós temos que focar nossos esforços para que a Unifei Itabira atinja o seu potencial o mais rapidamente possível”. Parque tecnológico “Uma universidade tecnológica como essa, obviamente não está dissociada de um Parque Tecnoló-

Reitor Dagoberto defende que investimentos na Unifei não parem mesmo com a crise

gico. As duas coisas andam juntas. É preciso que se entenda que uma universidade, especialmente uma universidade de cunho tecnológico, tem uma maturidade que é alcançada ao longo do tempo. O Parque Científico Tecnológico começa a ser uma realidade plausível pela capacidade que a universidade tem em gerar mão de obra de altíssima qualidade, permitindo que toda essa riqueza possa agregar valor na localidade que elas estão. O Parque Científico Tecnológico vai além do que seria meramente um distrito industrial. O que diferencia? É a capacidade de empresas inovadoras que geram uma tecnologia, que geram conhecimento em várias áreas – seja na área de TI, seja na área de energia, seja na área de biomédica”.

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DeFato

Pesquisa

Remédio

inteligente Pesquisadores da Unifei-Itabira testam compostos inorgânicos que podem revolucionar tratamento de várias doenças Sérgio Santiago

U

ma pesquisa desenvolvida dentro do campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Itabira, pode ser o primeiro passo para uma revolução em tratamento de doenças no mundo inteiro. Coordenado pelo cientista e professor Francisco Moura Filho, o estudo tem como propósito criar, a partir de conhecimentos em nanotecnologia, um remédio inteligente. Ao contrário do que alguns podem pensar, não se trata de medicamento que cura todo tipo de enfermidade. Tem esse nome porque sua missão é agir diretamente na doença, com pouco ou nenhum efeito colateral e resultados muito mais eficazes. Segundo Francisco, os remédios disponíveis no mercado para curar doenças patogênicas, aquelas que matam, são constituídos basicamente de compostos orgâ-

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Fotos: Sérgio Santiago/DeFato

nicos. O que está sendo desenvolvido no laboratório da Unifei é uma série de compostos inorgânicos, chamados tecnicamente de materiais cerâmicos. Eles têm propriedades bactericidas e capacidade de eliminar micro-organismos patogênicos, aqueles que causam as doenças. “Sabemos, por exemplo, que a prata é um excelente bactericida. Podemos fazer compostos químicos que, quando são juntados a outros metais, apresentam propriedades diferentes. Estamos em uma área que é muito ampla, a área da nanotecnologia. E ela tem sido bastante explorada para infinitas aplicações, dentre elas, a farmacologia”, explica o pesquisador. “Locomotiva” As pequenas estruturas inorgânicas pesquisadas na Unifei se assemelham a um corpo rígido, pouco quebrável a dificilmente solúvel. Essas estruturas, por serem muito pequenas, são capazes de levar remédio pela corrente sanguínea até a doença sem “despejá-lo” pelo caminho. “Imagine um trem com vários vagões nanométricos. Essa locomotiva é capaz de carregar uma proteína, uma cadeia de remédio ou um antibiótico até a doença. Por isso são chamados de remédios inteligentes”, diz o líder da pesquisa. Ao levar quantidade suficiente – nem mais, nem menos –, a “locomotiva” também evita que o paciente sofra os indesejados efeitos colaterais causados pelas “sobras” de medicamento no corpo. Segundo o cientista, no caso de um câncer, que tem em seu interior uma temperatura maior que a do corpo, é possível desenvolver uma estrutura nanométrica que se desfaz quando chega dentro da ferida, deixando lá o remédio. “É um vagão despejando mineriozinho”, exemplifica. Até chegar às farmácias A pesquisa começou há cerca de seis meses e ainda tem muito o que ser feito. Na visão do professor-doutor, pelo menos dez anos se passarão até

Pesquisa feita em Itabira pode revolucionar desenvolvimento de remédios em todo mundo

os remédios inteligentes chegarem às farmácias. Até lá existe muito teste e trâmite burocrático a ser superado. Francisco conta que outras universidades do Brasil e do exterior também pesquisam o assunto e buscam suas conclusões. O Instituto Nacional de Nanotecnologia, do qual faz parte, é um deles. Como toda pesquisa científica, nunca se sabe ao certo o que será descoberto a seguir. “A ciência é tão dinâmica que não se pode prever o que acontecerá amanhã. Às vezes o pesquisador está dentro do laboratório e faz uma descoberta que jamais esperava”, diz o professor, que também é parceiro do Instituto de Nanotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), em São Paulo. Antibióticos A itabirana Carla Junia Santos, 29 anos, faz parte da equipe de pesquisa do professor. Doutoranda em Química pela Unifei, ela se graduou na Funcesi e fez mestrado na UFMG. Segundo Carla, a pesquisa partiu da ideia de desen-

volver medicamentos que pudessem ser usados como antibióticos. “Constantemente vemos alguma reportagem falando das bactérias super-resistentes, aquelas que não respondem aos antibióticos”, explica. Os antibióticos, assim como outros medicamentos, são compostos de substâncias orgânicas. A ideia de desenvolver os compostos inorgânicos tem como objetivo suprimir a resistência destas bactérias. “Primeiro a gente trabalha com cultura de bactérias super-resistentes, desenvolvidas para serem trabalhadas em laboratório. Depois passamos para a experimentação animal, geralmente em roedores. Se os resultados forem positivos, o próximo passo são estudos clínicos, conforme os protocolos exigidos”, conta. Carla diz que os compostos desenvolvidos na Unifei podem ser usados até na fabricação de desinfetantes para ambientes hospitalares. E as aplicações não param por aí. Como diz doutor Francisco, de repente se está fazendo um teste no laboratório e... Eureca! JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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DeFato

Cidadania Daniel Lança

Pelo aperfeiçoamento da gestão pública no Brasil

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á algum tempo, descobri que a iniciativa privada organizara-se, por meio de programas e entidades, para investir em projetos que melhorassem a capacidade de gestão nos órgãos públicos, especialmente nos municípios. Tal premissa surgiu da ideia nuclear de que as grandes corporações têm uma responsabilidade social que vai além de simplesmente recolher impostos e empregar cidadãos para, em última análise, lucrar. Em outras palavras, o próprio setor produtivo, que já é castigado com impostos altíssimos em todas as etapas de produção, disse entre si: “Entendemos que o Brasil precisa investir melhor seus próprios recursos de modo a garantir melhor saúde, educação e desenvolvimento social, e vamos ter que ajudá-los nessa tarefa”. Ora, de fato, temos visto que os órgãos públicos ainda são extremamente deficitários na qualidade e eficiência de seus gastos nos orçamentos. Resumindo, o Brasil gasta mal seu próprio dinheiro – e temos visto, não raro, grandes ralos de dinheiro público com investimentos que não se concretizam; aditivos e superfaturamentos de obras; e contratação de serviços dispensáveis ou ineficientes. Sem dizer dos processos de gestão que não existem para corrigir gastos supérfluos e ajustar fluxos, de modo a diminuir burocracias e talhar gorduras desnecessárias. Parte-se da premissa de que o Brasil arrecada muito, o que é verdade. Estudos comprovam que a taxação no nosso país chega a consumir 40% de todo o nosso Produto Interno Bruto (PIB). E nessa esteira, deveria haver dinheiro suficiente

Ora, de fato, temos visto que os órgãos públicos ainda são extremamente deficitários na qualidade e eficiência de seus gastos nos orçamentos

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para gastar com o básico do desenvolvimento social e cultural e em investimento. Duas considerações se fazem necessárias. A primeira é de que o brasileiro ainda é demasiado dependente do Estado, fruto de nossas raízes lusitanas do paternalismo estatal e de nossa natureza carente. Portanto, precisamos rever se o Brasil de fato tem condições de importar o “Estado do bem-estar social” do modelo nórdico; minha impressão é de que, insustentavelmente, iríamos à bancarrota. A segunda é que o que temos de orçamento público precisa ser assaz bem gasto: cada centavo conta. E as implicações precisam ser bem planejadas, tais como impacto em custeio permanente e percentual de gasto com folha de pagamento e com amortização de dívida. Em todos os cenários, deve haver uma reserva interessante para investimento em obras de infraestrutura urbana e para promover o desenvolvimento e a diversificação econômica, pauta essa de primeira linha em Itabira e umbilicalmente ligada ao tema aqui desenvolvido. Certo é que só se faz isso copiando exatamente o que a iniciativa privada já faz bem: gestão estratégica pautada em indicadores de desempenho, inclusive com eventual premiação por produtividade aos servidores; investimento em meritocracia em detrimento da “politicocracia”; controle de despesas e receitas bem equilibrado; e processos de otimização de recursos, tanto financeiros quanto humanos. De outra forma, ficaremos eternamente a ver navios se permanecer o descontrole orçamentário e planejamento de curto prazo, sem um processo de construção em longo prazo que privilegie o cidadão que definitivamente não se importa com partidos políticos ou esse-ou-aquele-mandatários, mas com um país melhor e mais próspero. Se a própria iniciativa privada entendeu e investe hoje em projetos de melhoramento da qualidade da gestão pública no Brasil, urge que os detentores do poder sigam na mesma linha de profissionalismo e seriedade. Com aquela palavrinha mágica que deve ser implementada de qualquer jeito no nosso país: gestão.

Daniel Lança é advogado e gestor público, com Especialização e Mestrado em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa – Portugal

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Negócio

Hora da mudança Antiga Posturalis muda foco e agora se chama Shift Espaço Fitness

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om o propósito de oferecer um atendimento personalizado aos clientes, os empresários Igor Máximo de Oliveira Silva e Lidiane Alves Cunha inauguraram, em 29 de junho, o Shift Espaço Fitness em Itabira. O evento reuniu alunos, convidados e autoridades na sede da academia, na loja 2 da avenida Mauro Ribeiro, 586. A alteração da marca representa a mudança do foco da empresa, antes especializada em reabilitação, e que se chamava Posturalis. Há dois anos, o foco mudou para o fitness, o que justifica a mudança do nome para Shift (em inglês significa mudança). “Muitas pessoas vinculavam o nome Posturalis à postura e a gente deixava de ampliar o nosso público”, explica Lidiane. Além da mudança de nome, o espaço também ficou maior e mais confortável, visando atender à crescente demanda. Segundo os empresários, trata-se de um mercado que aumenta a cada ano, a despeito da crise. “Os índices de patologias estão aumentando e as pessoas estão ficando mais preocupadas

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em cuidar da saúde. É preciso melhorar a alimentação, dormir adequadamente, praticar exercícios físicos regularmente e para contribuir com esses aspectos da saúde estamos prontos para promover essa mudança na vida das pessoas”, acredita Igor. O Shift Espaço Fitness oferece várias atividades, tais como Zumba (fitness e kids), Treino Funcional (kids, personalizado e coletivo), Muai Thay, FitBoxe (mistura de boxe com funcional), R.P.G., Pilates, palmilhas posturais e esportivas, nutricionista e até designer de sobrancelha. No caso das lutas, o foco é o fitness, não a luta profissional. E para quem acha que é coisa de homem, Lidiane revela: “Mulheres são a maioria”. A academia conta com profissionais altamente capacitados e especializados, prontos para atender e promover mudança na vida das pessoas.

Além de agregar um valor inestimável para a empresa, é um investimento preventivo que visa melhorar a qualidade de vida e consequentemente diminuir os gastos da empresa com doenças e faltas ao trabalho”, diz Igor Máximo. O Shift Espaço Fitness leva até a empresa o Zumba, treinamento funcional, ginástica laboral, análise ergonômica e o Shift Relax (um programa de técnicas de massagem relaxante).

Serviços empresariais “É muito importante que os empresários se atentem que investir em programas de atividades físicas para os colaboradores é um excelente negócio.

Avenida Mauro Ribeiro Lage, 586, loja 2, Esplanada da Estação, Itabira Tel.: (31) 3831-6354

Lanchonete saudável Outra novidade da academia é a Shift Nutri, lanchonete própria que foi inaugurada no dia 20 de julho e oferece alimentação saudável. O espaço funcionará de 10h às 14h e de 16h30 às 21h30, inclusive com delivery.


Coquetel de Inauguração Shift Espaço Fitness Fotos: Lucas Bastos/DeFato


DeFato

Condomínios

Segurança para

todos

O

aumento da criminalidade tem exigido das pessoas uma preocupação a mais com a segurança, seja morando em apartamento, casa ou condomínios. Se antes essa sensação de insegurança era exclusiva de grandes centros, hoje nem mesmo o interior está imune. Para viver mais tranquilo, algumas dicas são valiosas para o dia a dia. O coordenador administrativo Aristeu Ribeiro, da Portal Segurança, em Itabira, conta que é preciso montar um cronograma de segurança com as normas que devem ser seguidas por porteiros e moradores. Isso varia da estrutura de cada condomínio. “Existem empreendimentos onde devemos fazer cronogramas diferenciados. Mas o primeiro passo é na identificação de portaria”, exemplifica. Apesar de não existir um sistema de proteção 100% seguro, há um conjunto de ações preventivas e integradas que contribuem para melhorar a segurança no condomínio: equipamentos eletrônicos adequados, funcionários treinados e condômi-

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A segurança preventiva dos condomínios está diretamente ligada à mudança de hábitos de síndicos, moradores e funcionários

nos conscientizados. É muito comum acontecer crimes na chegada de casa e, segundo Aristeu, é preciso criar uma rotina que, se não for seguida, quebra o elo de segurança. “O porteiro deve sempre averiguar o carro. E o morador não pode achar ruim. Pode acontecer de ter um ladrão armado lá dentro”, explica. Outro fator muito importante, apontado por Aristeu, é observar o movimento antes de entrar no condomínio. Prestar atenção e dar uma volta no quarteirão é sempre um bom conselho. Equipamentos Além de todas as medidas preventivas, a tecnologia é uma grande aliada da segurança. Existem inúmeros equipa-

mentos que podem ser usados de acordo com a necessidade da pessoa. O mais recomendado é o circuito de câmeras, que pode ser instalado na garagem e na portaria, o que facilita o monitoramento. Outro aparelho é o alarme, que é um ponto de referência para facilitar o contato. “A segurança digital tem o custo baixo e é essencial”, diz o especialista. Além das tecnologias mais usadas, novos sistemas estão surgindo no mercado para gerar mais segurança. Um deles é o aparelho de biometria, com impressão digital, reconhecimento da íris, por voz ou palma da mão. Também começa a ganhar mercado o ‘’transponder’’ para automóveis. O equipamento, geralmente usado em aviões, emite sinais que permitem ao porteiro identificar imediatamente os carros que estão prestes a entrar na garagem. Os preços já estão mais acessíveis para o mercado em geral e já


há projetos para condomínios residenciais. Cuidados Segundo Aristeu, o cuidado com a segurança dos condomínios precisa ir além dos sistemas e equipamentos eletrônicos. Na maioria das vezes em

que acontecem crimes, os assaltantes se aproveitam de deslizes para driblar porteiros, seguranças, zeladores e até mesmo condôminos. Com simples ações é possível evitar constrangimentos e não colocar em risco a segurança de funcionários e moradores.

Dicas de segurança - Elogiar as ações dos funcionários que visam a garantir a segurança de todos os condôminos, mesmo quando representam algum transtorno para si ou para suas visitas; - Manter a máxima discrição quanto aos valores guardados na casa, existência de cofres, etc; - Ao chegar ou sair da garagem, observar se não há pessoas estranhas ou suspeitas, aguardando ou dando voltas até sentirse em segurança. Qualquer suspeita deverá ser comunicada imediatamente à Polícia, que saberá analisar a informação e tomar as providências cabíveis; - Se, no entanto, for surpreendido por assaltantes, procure manter a calma. Não encare seus atacantes diretamente e nem discuta com eles. Havendo oportunidade, diga que não guarda valores em casa, por exigência do seguro, e que está aguardando visitas; - Ao estacionar seu veículo na garagem, mantê-lo trancado, sem pacotes e objetos à vista e com o alarme ligado; - Alertar a portaria para que receba as encomendas feitas ou o avise para que vá atender ao entregador na recepção; - Ser criterioso na autorização de entrada, só admitindo visitantes que conheça; - Não autorizar a subida de entregadores, e descer à portaria para receber encomendas; - Não autorizar a subida de nenhum prestador de serviços que não tenha sido requisitado, bem como vendedores, funcionários de instituições de caridade e outros; - Não abrir a porta do apartamento a estranhos, mesmo que acompanhados de funcionários do condomínios; - Quando solicitado à portaria, verificar se o assunto lhe diz respeito, e só então descer à recepção para atender. JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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DeFato

Idiomas

Inglês para a

vida

Pesquisa mostra que apenas 5% dos brasileiros falam inglês, embora o idioma seja requisito básico. Mas nunca é tarde para aprender

A

Copa do Mundo no Brasil foi um Deus nos acuda. O país cheio de estrangeiros, brasileiros se valendo de tudo que é técnica para se comunicar, empresas correndo atrás de profissionais com alguma qualificação em segunda língua para contratar... A TV mostrava, com semestres de antecedência, taxistas, recepcionistas e atendentes correndo contra o tempo para adquirir algum conhecimento de inglês. Hotéis, restaurantes e empresas de serviços que pretendiam lucrar com o evento esportivo apanhavam a laço quem tinha alguma fluência. No fim deu tudo certo. O Brasil não brilhou em campo como gostaríamos,

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mas os brasileiros mostraram que aqui é o país da hospitalidade – e também do improviso. A Copa se foi, mas a necessidade de uma segunda língua continua. Atualmente, o idioma nem é mais considerado diferencial para quem está de olho em uma vaga com boa remuneração no mercado de trabalho. É requisito básico. Até as ocupações técnicas costumam exigir dos candidatos conhecimento do idioma, de acordo com o porte da empresa. “Atualmente é preciso ter inglês assim como o português. Quem não tem já está um passo atrás na vida”, diz Eline de Assis Bettero do Valle, diretora do CCAA Itabira. Ela conta que em momentos de crise, como o que atravessa a

economia brasileira, a disponibilidade de emprego diminui e as vagas ficam cada vez mais disputadas. “Tem muita oportunidade, por exemplo, para área de mecatrônica e eletrônica. Mas, além do curso técnico, é preciso saber uma segunda língua. Para mim, o inglês nem é mais a segunda língua”, diz Eline. Apenas 5% Apesar da necessidade, o Brasil ainda tem um dos piores índices de proficiência em inglês no mundo, segundo uma pesquisa da escola EF Cursos no Exterior. De acordo com o estudo, apenas 5% da população sabe falar o idioma fluentemente. E mais: o brasileiro costuma exage-


Arquivo pessoal

Iracilda é a prova de que nem mesmo a idade é barreira para aprender um novo idioma

rar em suas qualificações linguísticas no currículo. Outro levantamento, feito com 37 mil candidatos pelo site Vagas. com, mostrou que 51% dos entrevistados informaram ter inglês avançado ou fluente para escrita e leitura. Exagero. Somente 36% deles falaram a verdade. Especialistas em recrutamento e seleção dizem que, mesmo perdendo no item qualificação técnica, um candidato pode ganhar a concorrência por uma vaga se souber uma segunda língua. “Profissionais sem habilidades com o inglês correm também mais riscos de perder posições dentro das empresas. Esse risco é grande nos segmentos de petróleo e gás, naval e industrial, de marketing, TI e finanças”, diz Jorge Martins, diretor da consultoria Robert Half, em entrevista ao jornal O Globo. Eline, do CCAA Itabira, afirma que não é preciso correr riscos. Todos, na visão dela, podem aprender uma segunda língua. Crianças têm mais facilidade, mas isso não é desculpa para adultos e idosos. Basta dedicar. Nunca é tarde Um belo exemplo de dedicação éa psicanalista clínica, Iracilda Filgueira Daniel Almeida. Aos 74 anos, ela não está mais preocupada em conseguir uma vaga no mercado de trabalho, mas, como ela mesma diz, inglês é para a vida. A aluna começou um curso há

dois meses no CCAA e está adorando as aulas. Modesta, diz que não tem “inteligência para línguas”, mesmo assim não desiste. “Você sabe que tem inteligência para tudo, né? Por exemplo, para jogar bola e ser um fenômeno como o Ronaldinho e o Neymar, é preciso ter inteligência para isso. Para ser cantor, a mesma coisa. É o que a gente chama de múltiplas inteligências. Eu não fui beneficiada com essa, não. Só que o CCAA tem uma equipe maravilhosa, a professora é ótima, e vou te falar uma coisa: estou gostando demais”, conta. Iracilda conta que seu sonho é viajar, conhecer Paris, Israel e outros lugares da Europa. Em busca da realização pessoal, resolveu entrar para a escola para se virar melhor em terras estrangeiras. “Indico, apoio, aprovo e assino embaixo”, diz ela sobre a escolha. Iracilda trabalha até hoje e mantém a cabeça ativa. “Existem duas categorias dentro da nossa classe: velho e idoso. Velho é aquele que parou no tempo. O idoso é aquele que ainda produz. Tenho 74 anos, mas uma mente de pessoa jovem, aberta. Acho que todo mundo devia fazer um curso de inglês. Se não for para trabalhar, que seja para a vida”, conclui.


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Renato Carvalho/DeFato

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Catas Altas

Bem-vindo a

Catas Altas Cidade é repleta de atrativos arquitetônicos, históricos, naturais e gastronômicos

S

ituada a 120 km da capital mineira, Catas Altas se destaca pelas belezas naturais, tradições e pelo típico ar interiorano. Com pouco mais de 5 mil habitantes, segundo estimativa de 2014 do IBGE, a cidade tem como pontos fortes a mineração e o turismo. Situada aos pés da Serra do Caraça, Catas Altas integra o Circuito do Ouro ao longo da Estrada Real e reserva uma variedade de atrativos turísticos. O mais conhecido é o Santuário do Caraça. A cidade possui um acervo histórico, cultural e religioso muito grande, e por isso, teve todo o seu perímetro urbano tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). Além disso, o conjunto arquitetônico e paisagístico do Santuário do Caraça, a Praça Monsenhor Mendes e a Igreja Nossa Senhora da Conceição também são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo a técnica em Turismo, Silva Brag, 28 anos, além dos nacionalmente conhecidos pontos turísticos, como a Serra do Caraça e o Santuário, o município atrai visitantes também pela arquitetura, pelo turismo ecológico e pedagógico e pela gastronomia. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição “é uma das poucas igrejas no Brasil da segunda fase do Barroco, por isso recebemos visitantes, principalmente especialistas de arquitetura, de vários estados”, conta. Outra grande tradição na cidade é

a Festa do Vinho, que acontece sempre no terceiro final de semana de maio. O processo de produção do vinho de jabuticaba, aliás, é registrado como bem imaterial da cidade. “É uma tradição da cidade o vinho de jabuticaba, é a nossa identidade, mas na festa há opções para todos os gostos. Os produtores vão para a praça, comercializam os produtos e são julgados pelo concurso de melhor vinho”, explicou a técnica.

A cidade possui variadas pousadas e a gastronomia combina com seu clima aconchegante e pacato. Há boas opções de hospedagem, restaurantes, cafés e cervejarias. “É uma cidade muito acolhedora, linda de viver, de visitar. Tem uma gastronomia fantástica e com várias opções”, exaltou Silvia. Confira nas próximas páginas as melhores opções de hospedagem e gastronomia da cidade.

Principais pontos turísticos de Catas Altas - Santuário do Caraça - Cachoeira da Garganta - Banho de Belchior - Cachoeira das Almas - Bicame de Pedras - Cachoeira de Valéria - Cachoeira Cascatinha - Cachoeira do Córrego do Maquiné - Cachoeira Cascatona - Cachoeira do Córrego do Mosquito - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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Catas Altas

Fotos: Renato Carvalho/DeFato

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Cerveja, culinária e

bom gosto Cervejaria La Violla oferece centenas de rótulos das melhores cervejas do mundo e a tradicional gastronomia mineira de raiz

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specializado em cervejas artesanais de todo o mundo, o La Violla é uma excelente opção para quem busca apreciar sensações diferenciadas. Com uma carta de mais de 400 rótulos de cervejas e uma gastronomia intitulada como “raiz da culinária mineira”, a cervejaria, considerada a maior do interior de Minas Gerais, é ponto de parada obrigatório de todos os turistas que visitam as belezas de Catas Altas. A casa conta com dois sommeliers de cerveja, que apresentam produtos de acordo com o perfil de cada cliente. O La Violla oferece, ainda, o Pub Chopp, um puro malte com 4,7% de álcool, elaborado pelo renomado cervejeiro Paulo Schiaveto e produzido pelo especialista Pablo Carvalho. A bebida é entregue na capital e em toda a região de Catas Altas. O estabelecimento tem como proposta a ideia de “slow food”, que é a prática de comer devagar, apreciando os elementos dos pratos e das cervejas. Entre os principais atrativos gastronômicos do restaurante está o filé mignon com molho de queijo canastra e couve crocante. “Usamos ingredientes legitimamente mineiros, assim como o prato Linguiça do Caraça, que é uma linguiça caipira com

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banana da terra e cebola em pétala”, narra o empresário Vinícius Dutra, 37 anos. Além do exemplo citado, o Escorpião do Galinheiro, outro prato bastante pedido, também traz elementos da culinária local: mel, vinho de jabuticaba, frango, quiabo e bacon. Dentro dessa proposta de comida mineira com ingredientes locais, o La Violla prepara algumas novidades. A ideia é fazer uma cozinha aberta na parte externa do estabelecimento para resgatar detalhes históricos da culinária da região. “Queremos fazer um link, trazer alguns cursos, seminários, eventos relacionados à gastronomia de raiz”, explica Vinícius. Os pratos são pensados em conformidade com as bebidas. “As comidas harmonizam com um estilo de cerveja, assim como queijos e sobremesas. A cerveja petróleo fica fantástica com o petit gateau e sorvete de baunilha. Dá para brincar bastante”, comenta o proprietário. Todas as quintas e sextas-feiras, o La Violla oferece comida de boteco ao seu público: caldos, canjiquinhas, costelinhas e moelinha de frango. Tudo com preço fixo de R$ 14,90 e com buffet aberto. Em breve, a cervejaria começará, também, a ter serviços de carnes especiais na parrilla.

O objetivo é resgatar cortes de carnes antigos, que estão registrados em livros do Caraça. “É fazer um pouco da mistura da raiz da gastronomia com o churrasco uruguaio”, conta Vinícius. Espaço O La Violla tem um ambiente agradável com decorações rústicas. Na área externa da cervejaria há um palco para apresentações ao vivo, que acontecem todos os sábados e em vésperas de feriados. Ao lado, um deck reserva uma visão para a Serra do Caraça. Dentro do estabelecimento, o salão das cervejas revela os variados rótulos oferecidos na casa. Ainda na parte interna, há uma sala mais reservada, ideal para casais, com baixa luz e clima romântico. O estabelecimento também terá um ambiente temático, ainda em fase de organização. Cervejaria La Violla Endereço: praça Monsenhor Mendes, Centro, Catas Altas. Quartas e quintas-feiras: 19h às 23h Sextas-feiras: 19h às 2h Sábados: 11h às 2h Domingos: 11h às 18h


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Catas Altas

Descanso e

conforto Pousada Solar dos Guarás é excelente opção para quem busca tranquilidade e conforto

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ara aproveitar o máximo de Catas Altas, nada melhor que se hospedar em um lugar de qualidade, conforto e segurança. A Pousada Solar dos Guarás reúne todas essas qualidades e reserva boas experiências para seus hóspedes. Instalada na região central da cidade, tem fácil acesso e localização privilegiada. A Solar dos Guarás é reconhecida pela qualidade no atendimento e por repassar aos clientes a hospitalidade e a tranquilidade comuns à Catas Altas. A pousada apresenta uma fachada com arquitetura antiga, assim como grande parte da cidade. No entanto, os quartos são modernos e com mobília

confortável. Atenta às necessidades de seus clientes, o empreendimento possui 11 suítes, divididas em três diferentes tipos de acomodações: individuais, duplas e triplas. Além de terem vista para a Serra do Caraça, todas os quartos são equipados com TV LCD, frigobar, internet Wi-Fi e ducha aquecida, garantindo o conforto e bem-estar dos hóspedes. As áreas comuns da Solar dos Guarás são organizadas e oferecem opções de entretenimento aos clientes. Além de uma área de churrasqueira, a pousada possui salão de jogos, com mesa de sinuca e jogo de xadrez, e salões de televisão e café da manhã.

A gastronomia também é levada muito a sério no estabelecimento. O farto café da manhã, servido das 8h às 10h, é incluso na diária e repleto de opções. À noite, a pousada oferece jantar entre às 17h30 e 21h30, preparado por uma das melhores cozinheiras da cidade. A comida não é pré-pronta. É feita na hora, sem conservantes, com ingredientes naturais da região. A Pousada atende não só turistas, mas também empresas que precisem do serviço de hospedagem. Pensando na segurança de seus hóspedes, a Solar dos Guarás também possui um estacionamento fechado, com uma vaga para cada suíte.

Pousada Solar dos Guarás

24h por dia, de segunda a segunda Rua Padre Emílio da Veiga, 54, Centro, Catas Altas (próximo à praça da Igreja Matriz) Tel.: (31) 3832-7102

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Catas Altas

Cheirinho de

café N

ada melhor que um cafezinho saboroso acompanhado de aperitivos deliciosos, ainda mais no frio clima de Catas Altas. Melhor ainda se for no Cateretê Café Bistrô, referência em boa gastronomia e com cafés de qualidade e de variados estilos. No Cateretê o café é feito artesanalmente a partir de grãos 100% arábica, que é um tipo com metade da cafeína do robusta – outro tipo de grão. Ele é menos amargo e proporciona mais sabor ao café. Os grãos são moídos na hora e há variados tipos de preparo do produto para gerar diferentes sensações e experiências. Entre os métodos do preparo estão o japonês, o alemão, o francês e o turco. Na maneira japonesa, usa-se um coador com guias para o café, em um ângulo de 60 graus, que controla a velocidade com que a água passa, resultando no melhor café segundo os orientais. Já o método alemão utiliza um sifão e uma espiriteira para obter o produto final. O francês é feito a partir de uma prensa manual.

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O turco é um café com especiarias, como cardamomo, anis estrelado, canela, noz moscada e açúcar mascavo, dando um sabor e cheiro exótico ao produto final. Segundo o proprietário, barista e músico instrumentista William Serra, 39 anos, cada processo garante um gosto peculiar ao café. “Por mais que seja o mesmo grão, cada método dá um sabor diferente”, disse. Na companhia do café são servidos biscoitinhos, trufas, palhas italianas e outros aperitivos. Tudo isso para ampliar o paladar. Mas os serviços da casa não param por aí. A gastronomia, ao lado do café, é um dos pontos altos do Cateretê. À frente de uma cozinha experimental está a chef Grazielle Dutra, 38, esposa de William e também proprietária do estabelecimento. Almoços e jantares são servidos à la carte. “Temos aqui várias opções. Uma das que mais saem é o filé mignon ao molho de café com mostarda em grão. O prato acompanha batata corada e é bem diferente, não tem erro”, conta Grazielle. O Cateretê possui outros “sucessos de

Em um ambiente bem familiar, Cateretê Café Bistrô oferece diferentes tipos de café aliados a uma gastronomia de qualidade

Fotos: Renato Carvalho/DeFato

público” em seu cardápio, como a batata com chantilly de limão, panquecas, risotos, sobremesas e o menu degustação, composto por quatro pratos principais e uma massa de complemento. Um dos diferenciais da cozinha são os temperos. Grazielle usa apenas ervas frescas, sem conservantes ou produtos industrializados. É tudo natural e feito na hora. O Cateretê oferece uma carta de vinhos extensa e de qualidade, escolhida a dedo por uma sommelier, que combinam com os pratos oferecidos pela casa. Além disso, para agradar todos os tipos de gostos, o estabelecimento oferece opções de café expresso e todas suas derivações, como cappuccino, mocaccino, entre outros. O Bistrô ainda conta com o Pub Chopp e toda a linha da cerveja Backer, refrigerantes, sucos naturais e drinks variados, como café cubano com rum, Irish Coffee e outros. William e Grazielle também trabalham com eventos, elaborando buffets para cerimônias pessoais ou empresariais, tanto no Cateretê quanto em outros lugares.


Fotos: Renato Carvalho/DeFato

Ambiente O espaço do Cateretê foi projetado para que o cliente se sinta em casa. São mesas e cadeiras espalhadas por todo o estabelecimento, que ainda conta com uma varanda na parte frontal do imóvel. “A intenção é que as pessoas venham à nossa ‘casa’, tomem um cafezinho e almocem. O clima é tão familiar que a cozinha fica aberta, não tem nem porta”, diz Grazielle. Pensando na

ideia do ambiente caseiro, o Cateretê possui uma pequena sala na qual as crianças podem se divertir com alguns brinquedos, livros e revistas que ficam disponíveis. Para completar o clima do bistrô, há uma variedade de instrumentos expostos, que são usados frequentemente para apresentações instrumentais de jazz, músicas brasileiras e clássicas. Os objetos musicais fazem parte da coleção

de William. “Uma vez por mês, pelo menos, fazemos uma apresentação bacana, só instrumental”, conta o empresário-músico. Houve situações em que apresentações realizadas na varanda da casa encheram o estabelecimento e também a praça em frente. “O pessoal dá muito valor para esse tipo de música, é maravilhoso estar aqui tomando um café e ouvir um Chopin durante um final de tarde”, exemplifica.

Cateretê Café Bistrô

O Cateretê Café Bistrô fica na praça Monsenhor Mendes, 44, no Centro de Catas Altas. Horário de funcionamento: Quartas e quintas: das 17h às 23h Sextas, sábados e domingos: das 11h às 00h

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Esporte

Vai encarar?

Mais do que um modismo, esportes até então considerados masculinos, como Muay Tai e Jiu Jitsu, atraem cada vez mais mulheres em busca de saúde, beleza e defesa pessoal

Tatiana Santos

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todos terem as dificuldades”, diz. Carolina afirma que não houve nenhum constrangimento, já que os homens respeitam as mulheres praticantes na academia. E a vaidade, onde fica? “A vaidade sempre existe. Vive com a gente. É um esporte, entre aspas, masculino, mas com um toque feminino. Feminino na nossa forma de praticar”, garante. Sem idade O desafio do quadro “Medida Certa” do Fantástico, na Rede Globo, serviu de estímulo para a professora aposentada Zila Ataíde, 55, iniciar seu

Fotos: Tatiana Santos/DeFato

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las pisam no tatame e mostram que, definitivamente, de sexo frágil não têm nada. Têm vaidade? Claro, mas sem deixar de lado o foco no esporte. Modalidades que até algum tempo eram consideradas exclusivamente masculinas, agora são invadidos pelas mulheres. As academias que ensinam técnicas de defesa pessoal ganharam um toque mais feminino. Tudo pela saúde, melhor preparo físico e, claro, pela autodefesa. A gestora de orçamento Caroline Lima Oliveira, 28 anos representa bem essa nova tendência. Há cerca de cinco meses, ela ingressou no Muay Thai, arte marcial tailandesa que combina golpes com punhos, cotovelos, joelhos, canelas e pés. O incentivo veio de uma amiga. Caroline tinha a intenção de emagrecer e viu na arte marcial uma oportunidade de eliminar os quilinhos extras. “Muda tudo. A gente começa a ver no corpo. Perdi medidas de pernas, quadril, cintura, braços, além de quatro quilos”, comenta. Além da mudança física, a gestora percebeu que o esporte promove interação e autoaceitação. “Aqui as pessoas interagem com pessoas de todos os biotipos, o que deixa o esporte mais agradável. O mais interessante para mim é a interação e a questão de

Deize Cristina diz que Jiu Jitsu a ajuda a superar até a TPM

projeto pessoal de emagrecimento. Ao acompanhar o programa, que propunha uma batalha de emagrecimento entre moradores de um mesmo condomínio, ela e uma vizinha de prédio começaram a fazer caminhadas. Em três dias, a dupla resolveu fazer uma aula experimental numa academia de Muay Thai. A partir daí, não pararam mais. Apesar de estar em estágio inicial na modalidade, Zila não faz corpo mole e pretende avançar nos treinos. A idade não foi empecilho. O maior desafio foi mesmo sair da zona de conforto e iniciar as atividades. “Mais do que a idade, comecei a praticar para reduzir o peso. Aqui é muito jovem, tem muita menina, muita mocinha. Para a pessoa que está fora do peso, a gordura constrange mais do que ser mulher”, diz, soltando sonoras gargalhadas. Além da redução do peso, o foco da professora era também aliviar os sintomas da menopausa. A satisfação demonstrada pela dupla contagiou os filhos e a irmã da vizinha de Zila. Todos foram para o Muay Thai. “A menopausa não é fácil não. Tem oscilação do humor, de peso, muito desânimo. Então, a gente vem e luta, malha mesmo. E, mulheres, venham. É muito bom”, convoca a aposentada. Professor de Muay Thai e outras artes marciais, Roberto Paixão afirma que as lutas têm se


Cada vez mais, academias são tomadas por mulheres em busca de esportes que antes eram tidos como exclusivamente masculinos

popularizado muito e que a presença feminina predomina nas academias. “Se tiver aqui 200 alunos, 180 são mulheres. Hoje, a procura é muito grande em todas as academias de Muay Thai. A parte de preconceito (com mulheres) não existe. Existem pessoas preconceituosas, que discriminam a arte, achando que é um esporte muito violento, mas não é”, comenta. Entre quimonos e batons Depois que viu uma sessão de alongamento na academia de Jiu Jitsu do marido, Hagner Barbosa, a corretora de imóveis Deize Cristina da Rosa, 33, pediu para fazer uma aula e, de imediato, tomou gosto pela arte marcial. Mesmo com o esposo envolvido nesse esporte, ela nunca havia manifestado interesse, justamente por acreditar que fosse exclusivamente voltado ao público masculino. Em pouco tempo, porém, ela já consegue sentir melhoras no corpo, como mais agilidade e força, flexibilidade ao levantar, ânimo e disposição. “Estava até brincando com meu marido que eu não conseguia pegar com as duas mãos o pote da comida do meu cachorro, feito de cimento por dentro. Agora, simplesmente com uma mão eu já pego do chão e já levanto”, exemplifica, aos risos. Segundo Deize, a maior barreira a ser vencida era o constrangimento pela presença masculina. E o que era mera curiosidade, se tornou estilo de vida. A corretora dissemina o esporte para as mulheres e chamou as amigas para treinar. Além de manter a forma, ganhar massa e definir o corpo, Deize

defende que a modalidade é um esporte completo, pois modela o shape, promove bem-estar e até auxilia na Tensão Pré-Menstrual (TPM). “Se ajuda na TPM e diminui o stress, por que não fazer?”, argumenta. A colega de Deize, Lídia de Almeida Reis, 29, já está no Jiu Jitsu há três anos. A técnica de enfermagem treinava com homens sem nenhum problema e já disputou diversas competições pela categoria leve. Se a inibição não era problema, a dor foi um desafio no início. “No início você fica roxa, mas depois vai acostumando. Já chorei por causa do cabelo, que acaba arrancando um pouquinho. Quem é cem por cento vaidosa com o cabelo vai sofrer um pouquinho”, brinca. Já para a educadora física Izabella Cabral, apesar de o mundo das lutas ainda ser dominado pelo público masculino, essa visão tem mudado nos últimos anos. “Apesar do aumento

considerável de praticantes mulheres nas lutas, ainda é preciso vencer a barreira do preconceito. Temos muitos pensamentos machistas sobre tais lutas, mas que muitas vezes não partem dos praticantes e sim dos que nunca praticaram”, argumenta. De acordo com o professor Hagner Barbosa, o Jiu Jitsu foi criado para o mais fraco dominar o mais forte. Ele diz que a força ajuda, mas não é o fator primordial. “Não estou falando que as mulheres são mais fracas, mas a tendência é que o homem tenha uma força maior. Mas tem muita mulher mais forte que os homens”, afirma. Para ele, o mais interessante do esporte é a autoconfiança que é gerada. Lembra-se daquela história de sexo frágil? Pois é, já era! Quando vestem os quimonos ou calçam as luvas, as mulheres provam que são fortes e podem enfrentar qualquer desafio. E aí, vai encarar?

Zila Ataíde começou a praticar Muay Thai aos 55 anos

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Culinária

Torta Brownie de Avelã A Torta Brownie de Avelã pode ser definida como uma mistura rica, de textura aveludada e espessa, com um sabor celestial.

INGREDIENTES MASSA

RECHEIO

COBERTURA

1/2 xícara (chá) de avelã picada(s)

4 colheres (sopa) de manteiga gelada(s)

1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo

50 gr de chocolate meio amargo picado(s)

100 gr de chocolate meio amargo picado

1 colher (café) de sal

1/2 colher (chá) de essência de baunilha

8 colheres (sopa) de manteiga

1/2 xícara (chá) de farinha de trigo

6 colheres(sopa) de açúcar de confeiteiro

1 colher (café) de sal 2 unidades de ovo 1 xícara (chá) de açúcar

MODO DE PREPARO MASSA

RECHEIO

COBERTURA

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Coloque a avelã, a farinha e o sal no processador por 1 minuto. Numa tigela, bata a manteiga com o açúcar de confeiteiro até ficar um creme leve e fofo. Junte a mistura de farinha e avelã e mexa até ficar granulosa. Com a ponta dos dedos, aperte levemente a massa numa fôrma de fundo removível de 23 cm de diâmetro. Leve ao forno por 20 minutos ou até secar. Retire do forno e deixe esfriar.

Derreta o chocolate e a margarina em banho-maria. Acrescente a essência de baunilha e deixe esfriar. Numa tigela, misture a farinha e o sal. Reserve. Bata os ovos com o açúcar até engrossar e ficar com uma cor clara. Junte a mistura de chocolate, acrescente a farinha e misture bem. Espalhe o recheio sobre a massa. Leve ao forno baixo a 120ºC até crescer um pouco. Deixe esfriar na fôrma e só então retire o aro. Reserve.

Derreta em banho-maria e espalhe sobre a torta já fria.

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GABRIEL DINIZ

HENRIQUE LAGE

Pais: Nilton Fábio de Souza Karla Everlaine Pereira

Pais: Tiago Aurélio Diniz Débora Nunes Silva Diniz

Pais: Marcos Lage Monteiro Andrea Sá

JOÃO PÔSSA PEREIRA

LUANA MAIRA SOUZA

MIGUEL PERDIGÃO

Pais: Euler Fonseca Regina Coeli

Pais: Wendell Souza Andressa Alvarenga

Pais: Rafael Perdigão Aline Lage

NICKOLAS A. RODRIGUES

SOFIA PÔSSA PEREIRA

MARIA BEATRIZ DA LOMBA

Pais: José Honorato da Silva Márcia Rodrigues da Silva

Pais: Euler Fonseca Regina Coeli

Pais: Alessandro Aparecido Floriano Rosa Maria Ribeiro da Lomba

BEATRIZ PEREIRA DE SOUZA 1 ANO

7 ANOS

11 ANOS

2 ANOS

3 MESES

1 ANO E 9 MESES

5 ANOS

1 ANO E 8 MESES

7 MESES

Envie a foto de sua criança para: sociedade@defatoonline.com.br JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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Flash Social

Lucas Bastos/DeFato

Arquivo pessoal

Os sócios Fernando Lage Silva e Gabriela Duarte Machado Lage na inauguração do Restaurante Chico Savassi, em Itabira. O espaço oferece uma experiência gastronômica diferente aos itabiranos. São deliciosos pratos da culinária mineira e espaço amplo para deixar o cliente bem à vontade

Aniversário de 1 ano da pequena Cecília Miranda. Na foto Cecília e os pais, Caleb Ramos Miranda, coordenador da empresa DMX Diagnósticos, e Thaíse Miranda, proprietária da Mimos da Thatá. Todos os arranjos personalizados da festa foram feitos pela empresa da mãe-coruja Sérgio Santiago/DeFato

A engenheira ambiental Daniele Oliveira (e) aposta no mercado de comida saudável e abriu em Itabira o empreendimento Fit Food. Os alimentos são deliciosos e os clientes recebem tudo quentinho em casa Sérgio Santiago/DeFato

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A modelo itabirana Jéssica Maysa, 19 anos, participou do Miss Minas Gerais Latina, concurso que escolhe a representante mineira para o Miss Brasil Latina. O evento foi realizado em Ipatinga, no Centro Cultural Usiminas. É a primeira vez que Itabira é representada no concurso

O Sanduixim Lanchonete e Restaurante, um dos estabelecimentos mais tradicionais de Itabira, está cheio de novidades. Desde que assumiram o negócio, os sócios Rudolfo Costa Cunha, o Dandan, e Everton Liberato Moura Bretas, o Toty, mexeram na estrutura física, trocaram mesas, fizeram um cardápio novo e implementaram o delivery


Júnior Foto Arte

Rodrigo Andrade/DeFato Mariana Reis/DeFato

Tatiana Santos/DeFato

No dia 10 de julho, o maquiador e hairstyle Bernardo Bello comemorou o primeiro aniversário do Espaço Bernardo Bello com um Coquetel de Negócios. Na foto, ele com as modelos Marina, Isadora e Stacy

A empresária Vivian Magalhães inaugurou neste mês de julho, em Itabira, a Bierbrüder Bebidas. O estabelecimento é focado em cervejas artesanais e traz para a cidade de Drummond mais de 300 rótulos de dezenas de países diferentes. E ainda tem vinhos, cachaças, petiscos diferenciados para acompanhamentos, kits para presentes, chocolates e outros itens. Vale a pena conferir!

Divulgação

Pioneira em Biomedicina Estética em Itabira, a Gabriella Lacerda Biomedicina Estética foi inaugurada no dia 24 de junho, oferecendo tratamentos inovadores e diferenciados, com foco na saúde, beleza e bem-estar. Trata-se de procedimentos que vão desde a estética básica aos procedimentos invasivos não cirúrgicos. Gabriella traz para Itabira tudo que há de mais moderno em tratamento estético, a preços acessíveis

O grupo Família Pires inaugurou no dia 13 de junho mais um posto de combustíveis em Itabira. O terceiro Posto Pires da cidade (o quinto da rede, contando dois em Santa Maria de Itabira) foi aberto no bairro João XXIII. É o primeiro posto de “Bandeira Independente”, que leva o nome de Posto Pires João XXIII. Na foto, Ricardo Pires e o gerente Taquinho

Arquivo pessoal

Arquivo pessoal

O administrador Ricardo Guerra e a esposa Janaína Andrade comemoraram com uma superfesta o primeiro aninho do filho Vitor, único filho do casal. O evento teve a temática do Mickey Mouse e reuniu parentes e amigos

O jornalista itabirano Rafael Oliver, repórter da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), está presente na cobertura dos Jogos Panamericanos de Toronto, no Canadá. Em seu perfil no Facebook, Rafael mostrou o momento em que atletas brasileiros disputavam medalhas no judô

No dia 26 de junho, a Miss Comerciária da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabira, Élida Moura, disputou a etapa estadual do concurso promovido pela Federação das CDLs de Minas Gerais, no Hotel Fazenda Tauá Caeté, e faturou o segundo lugar. A grande vencedora do concurso foi Bárbara Martins Silva, de Vespasiano JULHO, 2015 defatoonline.com.br

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Galeria de fotos

Jubileu Conceição Fotos: Yasmim Coni

O Parque de Exposições Genesco Aparecido de Oliveira, em Conceição do Mato Dentro, foi palco para uma das maiores festas de Minas Gerais: a 25ª Cavalgada do Senhor Bom Jesus do Matosinhos. A abertura, no dia 13 de junho, teve a animação da cantora Luciana Fossi e da dupla Alan e Alex. No dia seguinte, quase 8 mil cavaleiros celebraram e agradeceram o Bom Jesus.

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Arraiá do Sertão da Escola Sepro Fotos: Yves Hermínio

A Escola Sepro promoveu o Arraiá do Sertão no dia 10 de julho. A festa aconteceu no Clube do Cavalo de Itabira e contou com shows da banda Na Ideia e da dupla sertaneja Jhessy e Leslie. A noite ficou completa com as várias comidas típicas dessa época do ano, como caldo de feijão, caldo de mandioca, angu à baiana, canjica grossa, pastel, espetinho e beijo quente.

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Jornada Científica Fotos: Arina Bragança/DeFato

A Associação Médica de Itabira promoveu a 25ª edição da Jornada Científica entre os dias 2 e 3 de julho. A abertura contou com palestras do presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Lincoln Lopes Ferreira, e do diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM), João Batista Gomes Soares. No dia seguinte, o momento foi de descontração com um refinado coquetel. Confira fotos!

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CALÇADOS ROUPAS E ACESSÓRIOS AV. VILA LOBOS, 82, ESPLANADA DA ESTAÇÃO | ITABIRA - MG AIX-EN-PROVENCE BUENOS AIRES CANNES JOHANNESBURG HOLLYWOOD LAS VEGAS NICE ORLANDO PUNTA DEL ESTE RIO DE JANEIRO SÃO PAULO

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Galeria de fotos

Abertura Festival de Inverno Arina Bragança/DeFato

A 41ª edição do Festival de Inverno de Itabira começou no dia 5 de julho, em grande estilo, com show do cantor Jésus Henrique, na praça do Areão. Também houve apresentação do grupo Drummonzinhos. A programação, que neste ano será exclusivamente com artistas itabiranos, segue até o dia 26 de julho.

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Jânio Bragança Fotos: Yves Hermínio

O empresário Jânio Bragança comemorou mais um ano de vida no dia 11 de julho. O aniversariante reuniu amigos em sua residência. A noite, claro, foi feita de muita descontração e bate-papo para lá de agradável.

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Ponte dos Machados Fotos: Lucas Bastos

A tradicional festa de “São João Batista”, comemorada todos os anos em Bom Jesus do Amparo, com a tão prestigiada fogueira gigante, foi realizada de 14 a 23 de junho. O evento contou com novena, Missa Festiva, queima de fogos, barraquinhas e muita música, com os shows das duplas Bráulio e Ricardo e Clever e Rondinele.

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Festa Caipira da Família Fide Fotos: Arina Bragança

A Festa Caipira da Família da Fundação Itabirana Difusora de Ensino (Fide) foi realizado no dia 4 de julho, no ginásio da própria instituição. Os alunos e o público em geral puderam curtir a tradicional quadrilha, deliciosas comidas e bebidas típicas. A animação foi garantida, com muita gente bonita, música e diversas atrações.

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Cavalgada Bom Jesus Fotos: Lucas Bastos/DeFato

Oferecimento: Condomínio Boulevard das Palmeiras e Loteamento Serra Verde A XXIII Cavalgada de Bom Jesus do Amparo aconteceu entre os dias 4 e 6 de julho e agitou o Parque de Exposições da cidade, com diversas atrações. O evento movimentou diversas pessoas da região, que prestigiaram shows das duplas Allan e Alex, Antônio Carlos e Renato, Filippi e Diogo e a banda Brasil 70.

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ITABIRA’2015 Visite os estabelecimentos participantes e vote no atendente destaque, o vencedor vai receber a premiação de um salário mínimo.


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Prosa

Eu existo!

Daniel de Castro

profdanieldecastro@hotmail.com

A

cordei cantarolando: “Garota, eu vou pra Califórnia... O meu destino é ser star”. Esquisito. Cantarolar aquilo, sem quê nem pra quê, e logo de manhã? O que estaria rolando nos porões do meu inconsciente? Então, no sofá, fazendo minha psicanálise, descobri: era o meu antigo sonho que esperneava dentro de mim. Ir para a Califórnia não significava querer tomar um avião em Confins e descer em Los Angeles e ser star. Dizia apenas que eu retornava ao meu sonho de me formar em filosofia. Não queria ser um PhD, e nem mesmo ter um Dr. antes do nome. Queria mesmo era filosofar, entende? Queria compreender esse mundão danado de confuso. Queria embrenhar-me nos labirintos da lógica, da moral e da ética, ser íntimo de Aristóteles, Nietzsche, Kierkegaard. Além disso, Platão falava em mim: “Questionar é o atributo de um filósofo, porque não há outro atributo para a filosofia além desse”. Comecei, então, a questionar. Questionar tudo. A duvidar de tudo. A palavra que eu mais dizia, era: será? Perguntava-me: queremos, de fato, construir um país sadio? Queremos que a democracia domine em todas as áreas? Até na área econômica? Quando se trata da riqueza, pensamos que ela deva ser compartilhada de maneira democrática? Ou queremos que milhões de pessoas sejam, compulsoriamente, excluídas de tudo, inclusive da saúde, educação de qualidade e moradia decente? Erradicaremos a corrupção? Ou tudo o que desejamos é puxar mais brasa para a nossa sardinha? Será que os acusados de hoje não serão os acusadores de amanhã? E assim, alternada e

Duvidei de tudo. De tudo mesmo. Duvidei até que aquele cara deitado no sofá, em autoanálise, fosse eu.

sucessivamente? Queremos reeducar os menores infratores? Ou apenas ingressá-los mais cedo na prisão, essa tão poderosa universidade do crime? Comecei a fazer como o filósofo francês René Descartes. Duvidei de tudo. De tudo mesmo. Duvidei até que aquele cara deitado no sofá, em autoanálise, fosse eu. Exercitei a dúvida metódica do filósofo na intenção de encontrar uma verdade indiscutível. Descartes concluiu, após duvidar de tudo, que, afinal, de uma coisa não poderia duvidar: ele pensava. Daí concluiu: penso, então, tá na cara que existo. E, lógico, se existia, podia continuar a pensar. No sofá, eu dormi. No sofá, sonhei. E sonhei com Descartes, que foi logo me dizendo: - Que isso, monsieur Daniel? O senhor copiou o meu princípio filosófico. Ele me deu muito trabalho para ser construído. Ou o senhor acha que foi fácil, depois de tanta dúvida, resumir meu pensamento em apenas três palavras em latim: “cogito ergo sum”? - Como assim, seu René? - Uai, monsieur Daniel, o senhor escreveu: “puto, ergo sum”. Copiou meu princípio! “Puto” é penso em latim, é sinônimo de “cogito”. O seu princípio ficou o mesmo “penso, logo existo” que eu escrevi em latim. - Nada disso, seu René, o senhor pode ser o pai da filosofia e da matemática modernas. Mas não pense que só porque é pai de duas filhas moderninhas, que o senhor entende “Mon Brésil”. - “Comment?” - Olha, seu René, aqui há tanta gente fazendo política com um “p” minúsculo, mas tão minúsculo, tão minúsculo, que, se a gente não morrer de raiva, aí é que a gente não existe mesmo, num sabe? -Oui, sim monsieur Daniel. - Pois é, seu Descartes. Meu princípio, “puto, ergo sum”, começa não é com uma palavra em latim coisa nenhuma. Começa é em português. E do bom! Desses de expressar raiva, num sabe? Monsieur, “puto ergo sum” significa é: “Estou ‘p.’ da vida, logo existo”.

Daniel de Castro é professor, escritor e poeta, formado em Teologia, Filosofia e Letras

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Elegante Sempre Janaína Depiné

10 dicas de etiqueta para

grupos de WhatsApp

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Quando você olha para seu celular vê dezenas, centenas ou milhares de mensagens não lidas nos grupos de Whatsapp? Não entre em pânico! Você não está só. Assim como eu, você deve estar sufocado por tantas mensagens que recebe diariamente. Portanto, vamos colocar ordem nessa bagunça!

5) Saia antes de se aborrecer O conteúdo do grupo lhe incomoda? É de mau gosto? Baixaria? Saia sem medo. Quem posta o que quer tem que lidar com as saídas de quem não quer aquele tipo de informação ou desinformação.

1) Sem bombardeio A frase “quem fala demais tem pouco a dizer” resume bem a vida de muitas pessoas nos grupos de WhatsApp. Se você quer ser notado, poste menos. Assim quando se manifestar todos irão prestar atenção.

6) Assuntos individuais não vão para o grupo Quer saber de algo bem particular com uma amiga? Chame-a no individual. Nada de lotar o grupo com um bate-papo exclusivo de vocês. Aliás, se alguém postou uma conversa particular no grupo, não dê pitaco no assunto.

2) Fique atento ao público Um conhecido enviou piadas de cunho sexual num grupo familiar onde há até crianças. Falta de bom senso. Cada grupo tem um objetivo e público definido. Saber o que postar é fundamental. Grupo de família é para compartilhar assunto de família. Piadinhas são para grupos específicos.

7) Gravações de áudio A gravação de voz é uma mão na roda quando o assunto é extenso, mas a resposta pode demorar mais. Afinal, se quem recebeu a mensagem estiver sem fones de ouvido, sem internet ou no trabalho, não poderá ouvir.

3) Pergunte antes de adicionar Se você criou um grupo, pergunte para a pessoa se ela tem interesse em fazer parte dele e não saia adicionando como um louco. Dê a chance de lhe dizerem não. Agora, se alguém adicinou você sem perguntar, simplesmente saia sem dó nem piedade. 4) Li e respondo quando der Nem sempre é possível responder a uma mensagem de imediato. E você pode ter mil e uma razões para isso: estar no trânsito, ter de consultar alguém, pensar no assunto ou simplesmente não estar a fim. Uma boa saída é colocar o status “respondo quando posso”. Porém, se notar que o assunto é urgente, vale o esforço de até parar o carro para responder ou, como eu faço, pedir para quem está no banco do passageiro digitar as respostas.

Assim como eu, você deve estar sufocado por tantas mensagens que recebe diariamente

8) Cuidado com grupos formais Não faça piadas, não dê opiniões ou faça julgamentos em grupos mais formais. Há um sério risco de má interpretação. Uma ironia digitada nem sempre é vista como brincadeira. 9) Tenha atenção ao horário Use o horário livre do trabalho para checar o WhatsApp. Respeite o horário comercial para mandar mensagens profissionais. E quando o assunto for pessoal, se não for alguém muito íntimo, evite mensagens em horários inoportunos como a madrugada. 10) Quando possível, ligue É claro que o WhatsApp ajuda, mas tem hora que uma conversa pelo telefone vale muito. Pessoalmente, então? Melhor ainda!

Janaína Depiné é jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Ministra cursos e palestras sobre etiqueta profissional e imagem pessoal há 10 anos.

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Opinião

Como o desemprego abala o seu psicológico? O

país passa atualmente pela maior crise financeira dos últimos tempos. O desemprego bate à porta de vários brasileiros deixando rastros alarmantes em nossas famílias. O trabalho é um dos fatores muito valorizados pela sociedade, sendo visto como fonte de dignidade e honestidade, além de um dever moral e social. Por isso, o fato de estar desempregado pode causar um sentimento de culpa e constrangimento no indivíduo. Quando não está exercendo algum tipo de trabalho validado no plano social, o sujeito não se sente reconhecido, valorizado e respeitado. Os desempregados não são reconhecidos socialmente e acabam sendo atingidos por um sofrimento psicológico assim como a depressão, a ansiedade. Diferentes indivíduos podem ter diferentes reações, sofrer diferentes impactos. Os sofrimentos psicológicos dos desempregados não são causados pela perda do emprego em si, mas sim pelo que o indivíduo acredita em relação “a estar desempregado”, ou seja, por acreditar não ser honesto, digno, capaz, etc. As pessoas são socialmente reconhecidas pelo que elas fazem. Prova disso é que uma das primeiras perguntas realizadas, quando se conhece alguém, é o que ele faz, no sentido de onde trabalha, que atividades exercem etc. Essa resposta é dada de

Os sofrimentos psicológicos dos desempregados não são causados pela perda do emprego em si, mas sim pelo que o indivíduo acredita em relação ‘a estar desempregado’, ou seja, por acreditar não ser honesto, digno, capaz, etc

Daniela Dornelas

danieladornelasassis@gmail.com

maneira natural porque o sujeito se identifica como um ser trabalhador. Quando perde o emprego, essa identidade é atingida e o indivíduo tem dificuldade de reconhecer-se. A assistência psicológica e aconselhamento vocacional aos desempregados contribuem para que os mesmos possam manter sua autoestima; trabalhar com sua ansiedade em busca de um novo trabalho; melhorar o ajuste entre sua vida pessoal e seu espaço familiar; estimular o desenvolvimento de atitudes relacionadas à aquisição de novas habilidades; e desenvolver atitudes positivas em direção a novos hábitos de vida e de trabalho. A família tem um papel fundamental, pois, quanto mais organizada a família, com um sentimento de unidade, maior é a aceitação de uma nova situação, e menor é o sofrimento gerado pelo desemprego, já que todos contribuem para a mudança, havendo uma possibilidade menor de troca de papeis, podendo até unir mais a família. Em famílias onde as relações são amorosas e saudáveis, o desemprego tende a aproximar ainda mais os familiares, já que todos se apoiarão. Mas, em famílias em que tensão e a hostilidade são preexistentes, o desemprego aumenta os desentendimentos e desintegra a família. O impacto nas relações familiares do desempregado é menor quando o papel de chefe de família é baseado no amor, pois a perda do emprego não afeta sua autoridade. Mas quando a autoridade do chefe de família é baseada no provedor financeiro, o desemprego traz desrespeito e promove a troca de papeis entre seus membros. É hora de economizar financeiramente, mas como nunca é hora de esbanjar. Sim, esbanjar união, amor e companheirismo. Pois a melhor maneira de vencer uma crise é estar unido à família e transbordar o amor. Economize sim, no que é supérfluo, economizar nas lamúrias e nas repetições de erros e esbanjar na criatividade, fazer o seu melhor.

Daniela Dornelas é psicóloga clínica, jurídica e neuropsicóloga, pós-graduada em Abordagem Direta do Inconsciente/Terapia de Integração Pessoal (ADI/TIP).

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