O tarô original Waite-Smith 1909

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Título do original: Tarot Original 1909. Copyright © 2022 Lo Scarabeo s.r.l. Publicado mediante acordo com Lo Scarabeo s.r.l. Todos os direitos reservados. Esta edição inclui os textos originais do livro The Pictorial Key to the Tarot, com tradução de Cláudia Hayu e Prefácio, notas e revisão técnica de Leo Chioda. Copyright da edição brasileira © 2024 Editora Pensamento-Cultrix Ltda. 1ª edição 2024. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistema de armazenamento em banco de dados, sem permissão por escrito, exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou artigos de revista. A Editora Pensamento não se responsabiliza por eventuais mudanças ocorridas nos endereços convencionais ou eletrônicos citados neste livro. Editor: Adilson Silva Ramachandra Gerente editorial: Roseli de S. Ferraz Gerente de produção editorial: Indiara Faria Kayo Revisão técnica: Leo Chioda Capa e projeto gráfico: Marcos Fontes / Indie 6 – Produção Editorial Revisão: Adriane Gozzo Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Graham, Sasha O Tarô original Waite-Smith 1909 : com ilustrações fac-similares criadas por Pamela Colman Smith e paleta de cores originais baseada na primeira edição de 1909 / Sasha Graham, Arthur Edward Waite ; ilustração: Pamela Colman Smith ; tradução Denise de Carvalho Rocha. -São Paulo : Editora Pensamento, 2023. Título original : Tarot Original 1909. Bibliografia ISBN 978-85-315-2318-2 1. Esoterismo - Tarô 2. Tarô 3. Tarô - Cartas 4. Tarô - História I. Waite, Arthur Edward. II. Smith, Pamela Colman. III. Título. 23-165738

CDD-133.3 Índices para catálogo sistemático: 1. Tarô : Esoterismo 133.3 Eliane de Freitas Leita - Bibliotecária - CRB-8/8415

Direitos de tradução para o Brasil adquiridos com exclusividade pela EDITORA PENSAMENTO-CULTRIX LTDA., que se reserva a propriedade literária desta tradução Rua Dr. Mário Vicente, 368 – 04270-000 – São Paulo – SP – Fone: (11) 2066-9000 http://www.editorapensamento.com.br E-mail: atendimento@editorapensamento.com.br Foi feito o depósito legal.



SUMÁRIO PARTE UM PREFÁCIO, por Riccardo Minetti ................................................................11 CAPÍTULO UM – Introdução .......................................................................15 CAPÍTULO DOIS – Princípios Básicos do Tarô ...............................................17 CAPÍTULO TRÊS – Os Arcanos Maiores .......................................................29 CAPÍTULO QUATRO – Os Arcanos Menores..................................................87 CAPÍTULO CINCO – Guia de Referência Rápida ..........................................201 SOBRE A AUTORA ...................................................................................208

PARTE DOIS A CHAVE ILUSTRADA DO TARÔ DE 1911, por Arthur E. Waite..........................211 PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA, por Leo Chioda .....................................213


PREFÁCIO – Uma explicação do tipo pessoal – Uma ilustração da literatura mística – Um assunto que pede para ser resgatado – Limites e intenção da obra........219 PARTE I – O VÉU E SEUS SÍMBOLOS............................................................223 1 – Introdução e Generalidades................................................................223 2 – Classe I. Os Trunfos Maiores ou Arcanos Maiores..................................228 3 – Classe II. Os Quatro Naipes ou Arcanos Menores..................................239 4 – O Tarô na História.............................................................................240 PARTE II – A DOUTRINA POR TRÁS DO VÉU..................................................253 1 – O Tarô e a Tradição Secreta................................................................253 2 – Os Trunfos Maiores e seu Simbolismo Interno......................................260 3 – Conclusão a Respeito das Chaves Maiores............................................299 PARTE III – O MÉTODO OBJETIVO DOS ORÁCULOS.......................................301 1 – Distinção entre os Arcanos Maiores e Menores......................................301 2 – Os Arcanos Menores ou os Quatro Naipes das Cartas de Tarô.................303 O Naipe de Paus...............................................................................304 O Naipe de Copas.............................................................................318 O Naipe de Espadas..........................................................................332 O Naipe de Ouros.............................................................................346 3 – Os Arcanos Maiores e seus Significados Adivinhatórios..........................360 4 – Alguns Significados Adicionais dos Arcanos Menores.............................363 5 – A Recorrência das Cartas nas Tiragens..................................................368 Na Posição Natural............................................................................368 Invertida..........................................................................................369 6 – A Arte da Adivinhação com o Tarô......................................................369 7 – Antigo Método Celta de Adivinhação..................................................370 8 – Método Alternativo de Leitura das Cartas do Tarô.................................374 Notas sobre a Prática da Adivinhação...................................................377 9 – O Método de Leitura pelas 35 Cartas..................................................378 BIBLIOGRAFIA – Bibliografia concisa das principais obras que abordam o tarô e suas conexões..........................................................381 SOBRE OS AUTORES................................................................................397



PARTE UM



Prefácio O

Tarô Waite-Smith é, provavelmente, o baralho mais importante da atualidade. Mesmo com centenas de novos baralhos de Tarô surgindo a cada ano, o Tarô concebido por Arthur Edward Waite e Pamela Colman Smith continua sendo o precursor de todos eles. É claro que o Tarô não surgiu em 1909. A história documentada remonta à cidade italiana de Milão, no ano de 1452, com o Tarô Visconti-Sforza surgindo na ocasião do casamento de dois nobres renomados, Francesco Sforza e Bianca Maria Visconti. Lendas e teorias nos fazem retroceder um pouco mais na história, como se voltar a esse passado mais longínquo pudesse nos levar a uma tradição mais pura e genuína. Verdade seja dita, depois de 1452, tivemos que esperar mais alguns séculos até que o Tarô deixasse de ser apenas um jogo de cartas e passasse a ser usado na cartomancia, no esoterismo e na magia. Ainda assim, no século XIX, o Tarô se tornou o “elo perdido” entre os vários ramos da tradição mágica ocidental: a Astrologia, a Alquimia, a Cabala, só para citar alguns. E os principais estudiosos das ciências ocultas estavam empenhados em desvendar o mistério e os segredos ocultos por trás das cartas, usando o Tarô mais famoso da época: o Tarô de Marselha. Todo esse conhecimento, todo esse trabalho, acabou convergindo para uma única época e um único lugar: Londres, nos primeiros anos do século XX, especificamente a sede da Golden Dawn, a Ordem Hermética da Aurora Dourada. Entre os membros da Ordem: Arthur Edward Waite, escritor, erudito e ocultista, e Pamela Colman Smith, jovem e talentosa artista.

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O destino (para quem quer acreditar nele) ou o acaso (para quem prefere não acreditar) embaralhou ainda mais as cartas para esses dois. Em 1907, uma reprodução fotográfica completa de um baralho do século XV ainda não revelado, conhecido como Tarô Sola-Busca, foi doado ao Museu Britânico. Dois anos depois, no frio de dezembro de 1909, o Tarô original de 1909 foi publicado apenas com o nome de “Tarô”, sem nenhum outro título. Logo após essa primeira edição, nos primeiros meses de 1910, uma segunda edição foi lançada, com uma técnica de impressão diferente, mais adequada a grandes tiragens. Nem Waite nem Smith, e muito menos o editor da época (conhecido por Sr. William Rider), poderiam prever a influência que aquele baralho sem nome teria na história e na evolução do Tarô. A maior inovação e originalidade do baralho encontra-se, sem dúvida, nos Arcanos Menores. Ao contrário do Tarô de Marselha e da maioria dos outros baralhos do passado, os Arcanos Menores desse Tarô não pareciam cartas de baralho, pois eram ilustrados com cenas que faziam referência ao real significado das cartas. Apenas alguns anos antes, outro baralho da Itália (os “Naibi di Giovanni Vacchetta”) tinha feito o mesmo, mas apenas do ponto de vista estético e decorativo. As cenas dos Arcanos Maiores não tinham nenhuma referência ao seu significado. Do mesmo modo, o já mencionado Sola-Busca, cuja reputação era de que havia sido criado com fortes influências alquímicas, tinha vários Arcanos Menores ilustrados, a ponto de causar grande influência sobre o trabalho artístico de Pamela em muitas cartas.

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Mesmo sendo anteriores ao Original de 1909, esses Tarôs eram exceções e lhes faltavam a relevância e o charme simples e poderoso desse novo baralho. Porém, a fim de compreender verdadeiramente a profundidade da influência e da importância disso, precisamos avançar um pouco mais no rio do tempo e chegar aos anos 1970, quando esse Tarô foi publicado novamente, embora não como sua primeira edição. Dessa vez, ele tinha um título, composto do nome de um de seus autores (não me surpreende que – naquela época – o nome omitido fosse o de Pamela, uma mulher) e do editor original: chamava-se Tarô Rider-Waite. No início desse século, o Tarô era, de fato, famoso e muito difundido, e seu uso, reservado aos sábios (e aos charlatães, sempre em grande número) que estudavam e compreendiam os significados e as referências esotéricas das cartas. Agora, porém, o trabalho artístico de Pamela nos Arcanos Menores abria a interpretação das cartas para todos. Apenas um elemento era necessário: a intuição. É claro que a intuição por si só poderia não ser suficiente. Ainda assim, com um pouco de orientação e uma boa base, proporcionada por um único livro, a intuição se tornou a chave para uma maneira totalmente diferente de olhar o Tarô. Não apenas como “arte divinatória”, mas como um instrumento para a autocompreensão, o crescimento pessoal, a orientação espiritual... Arthur e Pamela podem não saber, mas, com esse baralho original de 1909, deram vida ao Tarô e o entregaram em nossas mãos. Quanto ao bom livro, a orientação e a base sólida… meu conselho é, na verdade, que leiam Sasha Graham. Sim: este livro que você tem em mãos é um bom começo. – Riccardo Minetti, autor de livros e baralhos de Tarô publicados pela Llewellyn e Lo Scarabeo

PREFÁCIO

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CAPÍTULO UM Introdução

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boas-vindas

em-vindo ao Tarô Original Waite-Smith 1909. Este baralho foi reproduzido tal como era em sua primeira edição, lançada em dezembro de 1909. É o mais famoso Tarô do século XX. Esse foi o primeiro Tarô de grande tiragem a incluir um livro explicativo, com o significado das cartas e das ilustrações detalhadas e cênicas dos Arcanos Menores. Com as imagens acessíveis da artista Pamela Colman Smith, qualquer pessoa pode ler as cartas e praticar a divinação com base na intuição.

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Sobre os autores O ocultista Arthur Edward Waite e a artista Pamela Colman Smith pertenciam a uma sociedade esotérica secreta chamada Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn), frequentada por uma elite intelectual e artística da categoria de Bram Stoker e William Butler Yeats. Essa sociedade usava o Tarô como ponto de partida para suas atividades místicas, que incluíam magia ritual, viagens astrais, vidência, previsões astrológicas e várias outras práticas ocultistas.

Sobre este Tarô O simbolismo e a influência ocultista do Tarô de 1909 derivam da Maçonaria, da Alquimia, da Ordem Rosa-Cruz, da iconografia egípcia, da Cabala Hebraica, da Árvore da Vida e dos Tarôs históricos mais antigos. O simbolismo cristão está presente porque Waite e Smith foram criados em lares cristãos.

Sobre a leitura do Tarô Usar o Tarô é simples. Faça uma pergunta. Tire uma carta. Observe a imagem. Conte a história que você vê. Quanto mais estudar e praticar, mais profunda será sua leitura. E melhor você se tornará. O Tarô funciona de maneira diferente para cada indivíduo, porque não existem duas pessoas iguais. Cada um de nós tem determinados dons, sensibilidades e intenções. A eficácia do Tarô depende de quem o usa e de como o usa. Com o tempo, você aprenderá a cultivar o próprio estilo de leitura.

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