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EVOLUÇÃO ESTÉTICA

ENSAIO

NEUSA BERNARDO COELHO

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EVOLUÇÃO ESTÉTICA

Atomium em Bruxelas

Um diálogo entre o passado e o presente retrata os contrastes e nuances culturais em 500 anos de história da sociedade brasileira. Da missão francesa no Brasil colônia, à manifestação artístico-cultural da Semana da Arte Moderna, passando pelo marco da Independência do Brasil, chega-se ao deslumbre da Arte Contemporânea. As transformações sociais iniciam muito antes, com o advento da Revolução Industrial, repercutindo profundas mudanças na economia, nas relações de trabalho e no estilo de vida. As guerras, os avanços tecnológicos, descobertas científicas, dentre outros, alteram as relações entre o homem, a arte e a natureza. O mundo artístico questiona novos padrões com os movimentos de vanguarda: Expressionista, Fauvista, Cubista, Futurista, Dadaísta, Surrealista. Nesse contexto, o conjunto da arte é influenciado nos diversos gêneros artísticos-culturais. No Brasil, essa nova estética é evidenciada na “Semana de 22” por um grupo de intelectuais ao refletir sobre a renovação cultural apresentada no Teatro Municipal de São Paulo, marco do Modernismo brasileiro. Pautada sobre a realidade do país, apresentam dança, música, recital de poesias, exposições e palestras. A proposta de ruptura nas estruturas até então existentes, enaltece a identidade brasileira, resgata as raízes culturais sobre o índio, o negro, o caboclo, os trabalhadores, a fim de despertar reflexão no cotidiano da vida

Pintura de Debret

social do país. Analisar desenhos e pinturas de “Debret”, marcante pintor no Brasil colonial, e obras de outros artistas, estimulam a leitura crítica sobre cada época em que foram feitas, refloresce a emoção estética. Vista por diversas facetas, a vida imita a arte e a “Arte Rege a Vida” acentuada na ambiguidade contemporânea, onde o conceito de belezas visuais com inclusão social, são atitudes consideradas nobres. Segundo Platão, “a beleza de um ser está na intensidade de comunicação com uma beleza suprema e o belo se identifica com o bom”. Neste sentido, a natureza é um bem estético universal, e o sujeito bom aquele comprometido com a ética, manifestada numa relação de respeito com o próximo, além da preservação das paisagens cênicas naturais, conservação

da biodiversidade, de

hábitats e ecossistemas, que alimentam a arte para as presentes e futuras gerações.

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Se você conhece Corupá, vai gostar de relembrar e rever as belezas da cidade. Se não conhece, vai gostar de conhecer as belezas do Vale das Águas.

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