1º Semestre • 2013
ENTREVISTA
Em um bate-papo, Alexandre Costa Nascimento conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida
OLHAR
Quando a palavra "superação" ganha outro sentido
COMO FAZER
Comer bem para se exercitar melhor ainda
Jogo de equilíbrio Jovens esportistas aprendem, desde cedo, a conciliar treinos e competições com os estudos
NO NOSSO REPERTÓRIO SÓ TEM OBRAS-PRIMAS PARA A GAROTADA APLAUDIR DE PÉ! Coleção Música Clássica em Cena recontada para o público infantojuvenil
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O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que, diariamente, vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da
PRESIDENTE DO GRUPO MARISTA Ir. Délcio Afonso Balestrin SUPERIOR PROVINCIAL Ir. Joaquim Sperandio SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DO GRUPO MARISTA Marco Antônio B. Cândido SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DA ÁREA DE EDUCAÇÃO Paulo Serino DIRETOR EXECUTIVO DA REDE DE COLÉGIOS Ir. Paulinho Vogel ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Camila Matta, Danielle Sasaki, Fabiana Ferreira, Fernanda Jacometti, Irene Simões, Karen Fukushima, Leandro Martins e Vivian Lemos COMUNICAÇÃO E MARKETING COLÉGIOS Ana Carolina Jamur Ranocchi, Camilla Stivelberg, Cristiane R. Santos, Daniele Lucas, Elaine dos Santos Cezaro, Eziquiel M. Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza, Luiza Baptista Fleury, Mayara A. Haudicho, Mayara Gutjahr, Natália Silveira Carneiro Raso, Natália Venâncio de Souza, Raquel A. Bortoloso, Samira D. Dutra, Tatiane Pereira, Yolanda Drumon Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho Curitiba-PR | Prédio Administrativo PUCPR 8º andar - CEP: 80215-901 | Tel.: (41)3271-6500
educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas, a ação social está presente
BRASÍLIA Colégio Marista de Brasília - Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400 Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-750 | (61) 3445-6900 Colégio Maristinha Pio XII - Educação Infantil e 1º Ano do Ensino Fundamental SGAS 609, Módulo C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400 SÃO PAULO Colégio Marista de Ribeirão Preto Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis Ribeirão Preto-SP - CEP 14015-130 | (16) 3977-1400 Colégio Marista Arquidiocesano Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana São Paulo-SP - CEP 04035-000 | (11) 5081-8444 Colégio Marista Nossa Senhora da Glória Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci - São Paulo-SP CEP 01518-000 | (11) 3207-5866 PARANÁ Colégio Marista Paranaense Rua Bispo Dom José, 2674 - Seminário - Curitiba-PR (41) 3016-2552 Colégio Marista Santa Maria Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - São Lourenço Curitiba-PR CEP 82200-210 | (41) 3074-2500
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com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.
Colégio Marista de Cascavel Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel-PR CEP 85812-011 | (45) 3036-6000 Colégio Marista de Londrina Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina-PR CEP 86060-000 | (43) 3374-3600 Colégio Marista de Maringá Rua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro Maringá-PR - CEP 87010-430 | (44) 3220-4224 Colégio Marista Pio XII Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho Ponta Grossa-PR - CEP 84015-440 | (42) 3224-0374 SANTA CATARINA Colégio Marista São Francisco Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó- SC CEP 89801-500 | (49) 3322-3332 Colégio Marista de Criciúma Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma-SC CEP 88811-503 | (48) 3437-9122 Colégio Marista São Luís Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 - Centro Jaraguá do Sul-SC - CEP 89251-700 | (47) 3371-0313 Colégio Marista Frei Rogério Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba-SC - CEP 89600-000 (49) 3522-1144 GOIÂNIA Colégio Marista de Goiânia Avenida Oitenta e Cinco, 1440 - Santa Marista Goiânia-GO - CEP 74.160-010 | (62) 4009-5875
PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê DIAGRAMAÇÃO Julyana Werneck FOTO DE CAPA Renata Duda 11ª Edição | 1º Semestre 2013 PERIODICIDADE Semestral
REVISÃO Editora Champagnat
JORNALISTA RESPONSÁVEL Rulian Maftum / DRT Nº 4646 SUPERVISÃO Danielle Sasaki (Grupo Marista) e Maria Fernanda Rocha (Lumen Comunicação) REDAÇÃO REDE Michele Bravos, Julio Cesar Glodzienski, Elizangela Jubanski REDAÇÃO LOCAL Andressa Ferreira (Goiânia), Camila Stivelberg (Brasília), Carolina Veiga (Chapecó e Joaçaba), Daniela Nogueira (São Paulo e Ribeirão Preto), Erika Gonçalves (Cascavel, Londrina e Maringá), Kelly Erdmann (Jaraguá do Sul e Criciúma), Mahani Siqueira (Curitiba e Ponta Grossa), Yolanda Drumon (Colégio Marista Arquidiocesano).
R. Amauri Lange Silvério, 270 Pilarzinho Curitiba-PR – CEP: 82120-000 Tel.: (41) 3271-4700
CAPA Isadora V. Guimarães Senff,
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esudante do Colégio Marista Santa Maria (Curitiba/PR)
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© Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
índice
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O maior desafio de quem pratica esporte está em conciliar a prática com os estudos. Saiba como pais e professores podem auxiliar.
1ª impressão
dia a dia
entrevista
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O Grupo Marista acredita que o esporte é ponto importante para a formação integral de crianças e adolescentes. A prática abre portas para o conhecimento e o aprendizado de qualidade.
Educação física é porta de entrada para uma vida saudável, pautada pelo esporte. Conheça de que forma isso é abordado no colégio.
solidariedade
curiosidade
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índice
como fazer
diversão
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Jogos cooperativos inovam brincadeiras tradicionais. O diferencial é que todos saem ganhando. Saiba como.
Saiba os segredos que o asfalto guarda sobre as corridas.
A Em Família conversou com o primeiro brasileiro a participar do Tour D'Afrique. Ele relata seus sonhos sobre duas rodas e diz como está sendo sua experiência no continente africano.
seu colégio
Confira as matérias elaboradas exclusivamente para o seu colégio.
Incentivar a alimentação saudável nos filhos pode ser mais fácil com o exemplo e acompanhamento dos pais.
Chamem toda a família e aprendam a fazer brinquedos com materiais recicláveis, para todos se divertirem juntos.
essência
compartilhar
olhar
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Irmãos Maristas falam sobre a importância do esporte como ferramenta social.
Confira as dicas dos alunos e professores sobre livros, programas de TV, entre outros, cujo tema é o esporte.
A experiência na Paralimpíada de Londres, em 2012, mudou a percepção do jornalista Thiago Rocha sobre desafios e conquistas.
Educaçãointeiro por 1ª impressão
Fortificar o corpo e purificar a alma, por meio do esporte, é, na visão de Champagnat, proporcionar ao estudante Marista a possibilidade de realizar suas atividades com força, vontade e desejo de querer aprender sempre e com qualidade. A fidelidade à pedagogia Marista, herdada do fundador, exige de nós, educadores Maristas, atenção constante às tendências sociais e culturais de nosso tempo, pois exercem profunda influência na formação da consciência das crianças e dos jovens, assim como em seu bem-estar espiritual, emocional, social e físico.
Para o Marista, educar ultrapassa os limites do ensinar conteúdos e conhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade.
Assim, o Marista, dentro de seus colégios, cria, além de centros de recreação e de esportes, espaços onde eles possam ter a oportunidade de se encontrar e de expressar seu talento criativo. Porque, para o Marista, educar ultrapassa os limites do ensinar
conteúdos e conhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade. Para o Marista, educar uma criança é iluminar sua inteligência formando seu coração; é educar sua consciência fazendo-lhe amar a virtude; é formar sua vontade educando seu caráter; é cuidá-la continuamente ajudando-a a discernir sobre o que é certo e bom para si; é inspirar-lhe o amor ao trabalho e à vontade de querer ser melhor que si mesma; é dar-lhe os conhecimentos que lhe serão necessários em sua situação histórica e em sua condição pessoal. Por fim, educar uma criança, para o Marista, é ocupar-se do seu desenvolvimento físico, por meio das práticas esportivas e culturais que os colégios Maristas oferecem, não por capricho, mas sim por convicção de que esse é o melhor modo de educar e formar bons cristãos e virtuosos cidadãos, para hoje e para amanhã. Boa Leitura!
Ir. Paulinho Vogel Diretor-executivo da Rede Marista de Colégios
© Foto: João Borges
Nossa Em Família deste semestre é sobre esporte. Na verdade, é sobre educação, pois entendemos que tudo o que fazemos no Marista está ligado a esse tema. E o esporte, aliado a uma série de outras atividades, torna nossa proposta educativa diferenciada. O Grupo Marista, desde São Marcelino Champagnat, seu fundador, oferece aos alunos dos Colégios Maristas educação integral de qualidade. Integral, pois suas atividades pedagógicas, junto às crianças e jovens, abarcam todas as dimensões do ser humano. Está explícito em nossa Missão Educativa Marista: “Coerentes com o nosso ideal de proporcionar uma educação verdadeiramente integral, incluímos nas experiências de aprendizagem dos nossos educandos a educação física, da saúde e do meio ambiente. Estimulamos as atividades esportivas como meio para desenvolver suas habilidades físicas e sua coordenação motora, a formação da personalidade, o espírito de equipe, a disciplina pessoal, o reconhecimento de suas próprias limitações, a capacidade de aceitar seus limites e o desejo de obter êxito” (MEM, n. 137). Como valor institucional, o Grupo Marista, em suas várias instâncias de atuação, seja nos hospitais, editoras, universidades ou colégios, preza pela presença significativa. Na ação escolar, procuramos prolongar nossa presença, dando significado a ela junto aos nossos alunos, através do tempo livre, do lazer, das atividades esportivas e culturais, ou quaisquer outros meios.
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dia a dia
© Foto: Acervo Marista
Participação dos alunos do Colégio Marista São Francisco nas Olimpíadas Maristas 2011.
Na aula de hoje:
desvendando o
esporte O objetivo da Educação Física no currículo pedagógico é incentivar a prática esportiva, apresentando-a de forma teórica, prática e desafiadora para o aluno. Saiba como.
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Uma experiência que fica para a vida inteira! A prática do esporte no dia a dia dos jovens e crianças contribui para um melhor funcionamento do corpo e da mente. Os estudantes, por meio de suas práticas esportivas, significam e ressignificam sua presença no mundo, pois por meio delas ampliam a sua relação com os outros, respeitando as regras e as diferenças entre si e desenvolvendo uma consciência mais crítica e política. Consequentemente, influencia no aproveitamento dos estudos em sala de aula e fortalece as relações interpessoais. Pensando nestes benefícios, os Colégios Maristas entendem o esporte como parte da cultura corporal de movimento, bem como da formação integral dos alunos. O Analista de Negócios do Grupo Marista, Honório Hungria Junior, orientador das atividades dos Núcleos de Atividades Complementares da Rede de Colégios, afirma que o esporte é um meio para educação e “tem relação direta com a qualidade de vida, interferindo no relacionamento do sujeito consigo e com os outros”. Para Alessandro Viegas Rodovalho, professor e coordenador de Modalidades do Núcleo de Atividades Complementares (NAC) do Colégio Marista de Brasília, para esse vínculo interpessoal existir, é preciso
ONDE TUDO SE INICIA O trabalho começa cedo. Brincadeiras e jogos são desenvolvidos com as crianças, a fim de desenvolver o trabalho em equipe, o respeito à individualidade e às regras nas práticas esportivas. Essa fundamentação básica, comum a todas as modalidades, dá subsídios para que a iniciação esportiva seja desenvolvida, de forma plena e eficaz, nas séries mais avançadas. “No currículo pedagógico não se tem o esporte como competitivo ou de performance. Dessa forma, ele é trabalhado respeitando e adaptando-se às características de cada indivíduo”, explica o supervisor do Núcleo de Atividades Complementares do Colégio Marista Paranaense, Fernando Knaipp Junior. As aulas de Educação Física devem trabalhar conceitos sobre a atividade física, contextualização e interpretação de conhecimentos, além das práticas cor-
porais. “Nosso objetivo principal é o incentivo à prática esportiva como formação do ser humano enquanto equipe”, conta Paula Melhado Gomes da Silva, coordenadora de Educação Física do Marista Paranaense.
OS INCENTIVOS No Ensino Médio, uma das formas de motivação à prática é a estruturação das aulas junto com os alunos. “Neste ano, sentamos e preparamos juntos a grade curricular das aulas de Educação Física. É a tentativa de um envolvimento mais efetivo”, explica a coordenadora de esportes do Colégio Marista São Francisco, Marlise da Silva. Já no contraturno, são ofertadas
diversas modalidades para aqueles que desejam ter uma rotina esportiva. “Dentro do treinamento, o colégio oferece toda a estrutura, com técnicos especialistas, material de alto padrão e todo o suporte necessário. Tudo o que é necessário para o desenvolvimento do aluno dentro da modalidade”, explica Knaipp. O ambiente físico também influencia no incentivo à prática. “Os Colégios Maristas possuem ampla área e instalações que permitem a exploração das ofertas esportivas. As modalidades esportivas muitas vezes estão alinhadas com as realidades culturais de cada local”, completa Hungria. © Foto: maristabsb/divulgação
um ambiente propício. “É importante desenvolver um ambiente de respeito e de busca pelo conhecimento. Assim, aos poucos os alunos vão se desenvolvendo e ampliando seu repertório motor”.
Olimar
As Olimpíadas ocorrem a cada dois anos e são um dos maiores eventos esportivos do Grupo Marista. As competições, resultados e conquistas vêm, naturalmente, com o esforço dos alunos, que são os verdadeiros protagonistas dessa história. O objetivo dos Jogos é promover uma integração e troca de experiências, uma vez que a cada ano a Olimar acontece em um Colégio. “Temos a oportunidade de conhecer práticas com níveis diferentes do nosso. Também podemos ter contato com culturas regionais diferentes, ampliando nosso ciclo de amizades em um ambiente único”, afirma Rodovalho.
Colégio Marista de Brasília em participação nas Olimpíadas Maristas. © Foto: Tatiane Pereira
Segundo a coordenadora de Esportes do Colégio Marista São Francisco, geralmente são das modalidades oferecidas pelo Núcleo de Atividades Complementares (NAC) que surgem as equipes que participam das Olimpíadas Maristas, conhecidas como Olimar.
Alunos do Colégio Marista Paranaense participando do Projeto Champagnat, em 2012.
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© Fotos: Renata Duda
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Crianças e adolescentes descobrem no esporte um espaço de desafios e conquistas, mas também de muita diversão e até de um futuro profissional
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As aulas de Ginástica Artística também são um momento para estar entre amigas. Entre uma acrobacia e outra, as meninas não perdem tempo para se divertir e colocar o papo em dia.
Na contramão da inatividade – comum entre alguns dessa geração que preferem brincar com jogos virtuais a pular corda ou andar de bicicleta –, ainda existem crianças que sonham em ser jogadores de futebol, ciclistas, atletas de alto nível. João Pedro Custódio, 13 anos, 7º ano do Colégio Marista Goiânia, faz parte desse time seleto. Se não bastasse a exceção, ele pratica automobilismo, que, apesar de conhecido por seus vários pilotos renomados, também não é um esporte muito popular. O pai de João, Geovane Gonçalves, conta que o menino ganhou um kart em 2005. No ano seguinte, ele ia todos os fins de semana ao Kartódromo Ricardo Santos para correr – como uma diversão. Aos poucos, perceberam que ele levava jeito para o automobilismo e João começou a ter uma rotina de treinos e participar de competições. Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria, também teve um incentivo para entrar no uni-
verso esportivo. Foi inspirada pela tia, praticante de ginástica artística por oito anos, que Isadora iniciou as aulas nessa modalidade no colégio. A menina conta que outro fator que contribuiu para isso foram as aulas de Educação Física. “A professora percebeu que eu gostava de ‘dar estrelinha’, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a ginástica”. Hoje, a menina treina duas vezes por semana e já conta com algumas medalhas. Apesar de adorar ginástica, ela sabe que a vida de esportista é curta. Por isso, afirma que, quando crescer, quer fazer o curso de Arquitetura e Urbanismo. Até lá, resta a Isadora conciliar a rotina de ginasta com os estudos do Ensino Fundamental. Organizar o tempo entre prática esportiva e estudos é, na verdade, o maior desafio dos jovens esportistas. Isso tanto para João e Isadora quanto para a maioria das crianças e adolescentes que praticam algum esporte, profissionalmente ou não.
A professora percebeu que eu gostava de dar estrelinha, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a Ginástica. Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria
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ESPORTE AUXILIA NO APRENDIZADO Essa conciliação é mais que essencial, uma vez que o esporte praticado de forma assistida e saudável influencia positivamente no aprendizado. Estudos observacionais mostram forte tendência positiva de que a prática de esportes contribua para o aprendizado de matérias convencionais. Segundo o médico ortopedista Mark Deeke, especialista em Medicina Esportiva, as atividades aeróbicas – como corrida, natação e ciclismo – ativam uma área do cérebro chamada de hipocampo, responsável pela memorização e aprendizado, além de aumentar a atividade neural, o que, consequentemente, potencializa a assimilação de conhecimento. A professora de Educação Física Amanda Fistarol, do Colégio Santa Maria, completa que, no esporte, a criança aprende a desenvolver habilidades que farão diferença em sala de aula. São elas: concentração, motivação, trabalho em equipe, disciplina. “Na prática esportiva,
exige-se disciplina da criança. É natural que isso reflita no comportamento do aluno em classe”. Gonçalves conta que João tinha dificuldades na escola antes de ingressar no esporte. A situação mudou quando começou a correr de kart. “O Colégio Marista foi fundamental na hora de conciliar as dezenas de atividades escolares com treinos e competições, propiciando um calendário bem organizado e adequado à situação de João Pedro". Esse posicionamento da instituição de ensino também fez toda a diferença na vida de Khiuani Dias, 21 anos, ex-ginasta da Seleção Brasileira e, atualmente, estudante de Educação Física na PUCPR. Dulcenea Alves Wisniewski, educadora e professora do Colégio Marista Paranaense, pondera que os pais precisam elaborar uma rotina para os filhos, estabelecendo limites e horários. “Isso ajuda a criança a estabelecer prioridades para que o estudo não seja comprometido”.
Por um mundo em movimento A falta de atividade física pode trazer consequências negativas para as futuras gerações. Veja alguns dados: l 30% DE CRIANçAS COM OBESIDADE l R$ 2.741,00 A MAIS POR ANO DE GASTOS COM A SAÚDE
João Pedro conta com o apoio da família e do Colégio para conciliar estudos com rotina de treinos e competições.
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© Foto: Luca Bassani
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l MENOS ATIVIDADE FÍSICA ESTÁ ASSOCIADA A NOTAS RUINS NA ESCOLA l 5,3 MILHõES DE MORTES PREMATURAS POR ANO GRAçAS à INATIVIDADE
Fonte: www.designedtomove.org
CONFIRA A ENTREVISTA COM O TREINADOR ALFREDO CARLOS SCREMIN, DO COLÉGIO MARISTA PARANAENSE, HÁ MAIS DE 30 ANOS NA ÁREA. JÁ PASSARAM POR SUAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MENINAS E MENINOS QUE, HOJE, SEGUEM CARREIRA NO ESPORTE.
Como identificar um atleta nato? O aluno que tem um perfil para esportista normalmente é mais ligado em todas as modalidades esportivas. A gente percebe que o aluno é mais centrado, gosta mais de fazer as coisas, participar. Isso remete ao perfil de um esportista.
Qual a hora certa para inserir a criança em uma rotina mais profissional no esporte? O esporte deve começar como lazer e sociabilização. Eu acho que até os 18 anos não deve existir uma competitividade exacerbada, deixando os atletas mais livres para a criatividade e não presos em táticas ferrenhas. Caso o talento aflore precocemente, a criança deve participar de competições sempre com acompanhamento de psicólogos.
Quais as possibilidades profissionais para os atletas, quando o corpo já não responde mais tão bem quanto antes?
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O próprio esporte tem necessidades de pessoas que têm vivência e, inclusive, uma formação. A carreira pós-esportiva também é bastante proveitosa. Como, por exemplo, o jornalista Caio Ribeiro, que já foi jogador do São Paulo e hoje é comentarista. Ele tem uma boa formação e continuou a estudar mesmo depois de ter parado de jogar futebol. Hoje ele é um comentarista respeitado. Tem também a possibilidade de virar técnico da modalidade em que jogou. E, ainda, esportistas da nova geração que estão se tornando dirigentes do esporte.
COMPETIÇÕES Desde que sejam encaradas de uma forma saudável, as competições podem ser positivas para o desenvolvimento de quem pratica uma atividade. “Na competição, a criança é desafiada a superar seus próprios limites. As competições incentivam os alunos a prosseguirem e crescerem no esporte”, afirma a educadora física Amanda. Letícia Arakaki, 12 anos, 7º ano do Colégio Maristinha de Brasília, não perde uma competição. A mãe Maricelma Arakaki incentiva: “Nas competições, eles podem conhecer outros grupos e isso os ajuda a ter um feedback de como estão”. Isadora concorda que conhecer outras pessoas é uma das melhores partes dos concursos, que, na verdade, tornam-se uma diversão, pois não deixa de ser uma viagem entre amigas. João Pedro afirma que vale muito a pena viajar para
competir. Para ele, sua viagem inesquecível foi para uma competição em Las Vegas (EUA).
ESPORTE TAMBÉM É DIVERSÃO É nesse clima de descontração que o esporte deve ser levado na infância. A educadora Dulcenea lembra que a prática deve estar relacionada ao prazer e ao bem-estar, não sendo uma obrigação para as crianças. “Nessa fase, a atividade deve ser encarada como uma brincadeira, uma descoberta. Com o tempo, as aptidões se aperfeiçoam e, mais tarde, podem virar profissão”, explica. Mesmo aqueles que levam o esporte mais a sério desde pequenos, o ideal é que não vivam sob pressão. Segundo especialistas, a ausência de cobranças é favorável. Sem estresse, o rendimento é melhor, refletindo em outras áreas positivamente, como os estudos e o convívio social.
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Feitos para
se mexer
Contra inatividade física, ONG luta por um futuro mais agitado, em que as crianças brinquem, corram, movimentem-se mais
Ao olhar para essa geração de pequenos internautas, sempre conectados em seus tablets e PSPs (o Playstation portátil), surgem as lamentações, permeadas de muita preocupação. “Na idade deles, eu estava jogando bola com os amigos”, “eu estava correndo pela rua”, dizem os pais. Ao mesmo tempo em que toda essa inserção no mundo tecnológico pode propiciar um raciocínio mais ágil, que encontra solução para tudo, tanta inércia física pode trazer consequências negativas no futuro. Lembra-se da animação Wall-e, da Pixar? Pois é, eles não estavam enganados ao mostrar um futuro de pessoas obesas e preguiçosas. É nesse contexto atual, de pouca atividade, que a ONG Designed to Move faz um alerta a todos. A ONG afirma que, pela primeira vez na história, uma geração viverá menos que a anterior. A geração é essa, a das crianças conectadas. Por isso, o apelo é claro: mexam-se!
E é aí que o papel de pais e professores faz-se essencial. Para a empresária Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, 13 anos, do 8º ano do Colégio Arquidiocesano, não basta falar para a criança o quanto é importante praticar esporte, é preciso dar exemplo. “Eu acho que o maior incentivo é a família se engajar. Meu marido, meus filhos e eu jogamos tênis juntos. As aulas são separadas, mas, no fim, sempre jogamos uma partida em família”. Joelma afirma que Nicolle adora, principalmente, por ter companhia. Para que a criança cresça sabendo do valor do esporte em sua vida, a psicóloga Patrícia Ribeiro, mestre em Psicologia da infância e adolescência e também professora da PUCPR, aconselha que os pais expliquem aos filhos a razão pela qual eles estão sendo incentivados a fazer uma atividade esportiva. “Os pais precisam trocar informações com a criança, dentro das capacidades infantis de compreensão”.
Eu acho que o maior incentivo [para a prática esportiva] é a família se engajar. Eu, meu marido e meus filhos jogamos tênis juntos. Hora do esporte também é hora de estar em família
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Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, Colégio Arquidiocesano
A ESCOLHA CERTA
TÁ NA HORA DO QUÊ? A idade da criança pode ajudar os pais a definir a atividade do filho.
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3 a 5 anos de idade
Não devem fazer mais de três ou quatro horas de exercícios físicos por semana. Nessa idade, o melhor esporte que as crianças podem praticar é a natação, porque desenvolve a coordenação, a resistência, a disciplina e a relação entre o esforço e os resultados.
© Foto: Sxc.hu
© Foto: Sxc.hu
5 a 7 anos de idade
Por vezes, a escolha por uma atividade pode ser incomum. Como a de João Pedro. É preciso estar atento ao que a criança faz, para auxiliar nessa decisão. Segundo a psicóloga Patrícia, uma boa estratégia para escolher a atividade é observar a forma como a criança se diverte, o que ela mais gosta de fazer quando está sozinha ou entre outras crianças. Para ela, a escola também pode auxiliar nesse processo, pois é lá que a criança tem contato com várias atividades físicas. A aluna Letícia, do Colégio Maristinha, optou pelo futebol e a escolha por esse esporte se deu nas aulas de Educação Física. “Ela sempre viu a irmã jogar handebol, mas, na escola, ela conheceu o futebol. A decisão foi totalmente dela”, diz a mãe da menina, Maricelma. Segundo a psicóloga, outra boa maneira de auxiliar uma criança em suas descobertas é permitir que ela experimente. Para isso, é importante que os pais criem essas possibilidades, mas sem exigir nenhum resultado inicial.
O esporte que praticam nessa idade pode dar uma base para as diferentes capacidades. O ideal é um esporte individual e outro coletivo. O individual pode ainda ser a natação, a ginástica desportiva ou as artes marciais; e o coletivo seria o futebol, basquetebol, handebol, voleibol, entre outros.
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8 a 9 anos de idade
Nessa idade, os pais já começam a se perguntar se a criança precisa do esporte como atividade física ou se querem levar isso mais a sério. Pais e filhos devem conversar, porque, se optarem pelo segundo, terão de estar dispostos a enfrentar competições, já que haverá necessidade de maior dedicação e esforços.
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entrevista
Verde e amarelo © Fotos: Arquivo pessoal
do outro lado do Atlântico
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Pela primeira vez, o Brasil tem um representante no Tour d’Afrique. A paixão pela bicicleta fez Alexandre Costa Nascimento encarar uma expedição de quatro meses montado em duas rodas. Em um bate-papo entre as pedaladas, ele conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida
Ele é ciclista, blogueiro e jornalista. Alexandre Costa Nascimento é o primeiro representante brasileiro e também primeiro ciclista latino-americano em uma expedição ciclística nas estradas africanas – o Tour d´Afrique (TDA). O evento é anual e propõe que o participante percorra, de bicicleta, o continente africano de ponta a ponta. Em 10 edições, já reuniu cerca de 400 ciclistas de mais de 20 países. A largada aconteceu no Cairo, Egito, no dia 10 de janeiro. A chegada é só em maio, dia 11, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Cansou só de pensar? Não esqueça que é tudo de bicicleta. Em um bate-papo, graças à tecnologia da internet, o aventureiro conversou com a reportagem da Em Família sobre o incentivo ao ciclismo e sua paixão pela modalidade. Como surgiu o projeto para ir ao continente africano?
Qual a importância dessas jornadas e de quantas já participou?
Como foi a Costumo dizer que minha paixão descoberta da pelas bicicletas começou no exato paixão pelas instante em que meu pai soltou as bicicletas?
mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas. Durante a infância e adolescência em Araraquara, cidade no interior de São Paulo onde nasci e cresci, pratiquei diversas atividades esportivas: judô, tênis, natação, hipismo, futebol. Mas o que eu gostava mesmo era de pegar minha bicicleta e desbravar trilhas e estradas. Diferentemente de um esporte competitivo, em que o objetivo é vencer um oponente ou ganhar uma medalha, a recompensa para quem pedala vem com o vento no rosto, as paisagens e os amigos que se faz ao longo do caminho, seja em uma pequena cidade no interior de São Paulo ou atravessando o continente africano.
Descobri a existência do Tour d’Afrique há cerca de três anos, enquanto pesquisava na internet sobre roteiros para uma viagem de bicicleta. A partir daí, realizar essa aventura tornou-se mais que um sonho, um grande objetivo. Participar do TDA também é uma chance de aliar três das minhas grandes paixões: o jornalismo, as bicicletas e a África.
Faço da bicicleta uma bandeira política para a construção de cidades mais humanas e também um meio para um estilo de vida mais saudável e harmonioso, usando-a como meio de transporte no dia a dia. Além do TDA, já pedalei no Deserto do Atacama (Chile), Salt Lake City (EUA), Berlin (Alemanha), Colônia do Sacramento (Uruguai), Rodovia Transpantaneira (Mato Grosso), Circuito Vale Europeu (Santa Catarina) e Parque do Superagui (Paraná).
De que forma acontecem os incentivos dos países que investem em bicicleta como transporte?
A principal questão é a forma como a bicicleta é encarada pelo poder público. Enquanto nas principais cidades do Brasil a bicicleta ainda é vista apenas como um instrumento de lazer, em cidades europeias ou nos Estados Unidos, a bicicleta surge como uma solução para os problemas do trânsito. Assim, ela passa a fazer parte da equação e todo o planejamento urbano passa a considerar o incentivo à utilização da bicicleta, tornando o uso do automóvel particular mais difícil e custoso. Como podemos perceber, ainda estamos na contramão do modelo ideal.
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© Foto: Arquivo pessoal
entrevista
Costumo dizer que minha paixão pelas bicicletas começou no exato instante em que meu pai soltou as mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas. O que é preciso para que o brasileiro se torne mais acessível à implantação da bicicleta na rotina?
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As ações devem ser sistêmicas e atingir o planejamento das vias, sinalização, campanhas de educação para motoristas, ciclistas e pedestres, fiscalização, segurança (aí se entende tanto a segurança de trafegar nas ruas quanto a de não ter a bicicleta roubada ou furtada), a iluminação pública etc. A decisão final, contudo, é pessoal. A bicicleta é o meio de transporte mais eficiente em grandes cidades para deslocamentos de até oito quilômetros entre um ponto e outro. Considerando que mais da metade dos deslocamentos diários de carro em uma capital como Curitiba são feitos dentro desse perímetro, poderíamos, com programas adequados de incentivo, ter mais pessoas pedalando e menos carros poluindo o ar e congestionando as ruas das nossas cidades.
Ciclismo deveria ser mais difundido entre as crianças como opção de esporte já nos ensinos fundamentais e médios?
Em tese, sim. Mas não apenas como esporte e, sim, como estilo de vida. Mas de que adianta uma criança aprender dentro da sala de aula os benefícios de usar a bicicleta como meio de transporte e não poder ir pedalando para o colégio todos os dias? Em cidades alemãs, quase a totalidade das crianças a partir do 1º ano vão e voltam da escola pedalando todos os dias (inclusive dias de neve). Hoje, é difícil imaginar uma família tradicional de uma metrópole brasileira, em que os pais concordem e se sintam confortáveis em deixar seu filho ir pedalando para a escola. Vivemos em uma sociedade que acredita que o problema para a falta de segurança é usar carro blindado e viver em condomínios fechados. Isso é sintomático e mostra a gravidade do problema. Uma cidade só é realmente segura se uma criança de 7 anos puder pedalar sozinha pelas ruas e ciclovias.
índice
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Ainda bebê, Enzo Sella Dametto já demonstrava a sua paixão pelo esporte. Hoje, com 15 anos, ele resolveu juntar todos para praticar de uma só vez: o triathlon já levou Enzo a ganhar importantes campeonatos, além da disciplina e da calma na hora de estudar.
destaque
com a palavra
ed. infantil
en. fundamental
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Diretoria-Geral.
O incentivo e a prática de esportes para crianças pequenas.
Alunos que constroem os próprios jogos e incluem conceitos de outras disciplinas.
en. médio
diz aí
caleidoscópio
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A importância da atividade física ao se preparar para o vestibular.
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Quais esforços os alunos são capazes de fazer para conquistar a vitória nos esportes que praticam.
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você sabia?
gente nossa
ser melhor
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Curiosidades do Colégio.
Ex-alunos contam a sua trajetória na vida esportiva.
Destaques dos principais acontecimentos do Colégio.
Ações da Pastoral.
com a palavra
Oresgate
do esporte
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mos, com respeito ao outro, à diferença. O resgate do esporte é um ponto importante, como atividade ao mesmo tempo recreativa, de aprendizado e igualmente compondo equipes de representação. Os pais, por sua vez, estão aderindo e entendendo que a escola está fazendo um esforço para que esse resgate realmente aconteça, e os alunos, é claro, participando com muita alegria e comprometimento. No Ensino Médio, os alunos passam a ter uma preocupação maior com a preparação para o Vestibular. As dúvidas quanto à escolha profissional geram grande desgaste, mesmo com toda a assessoria realizada pelos profissionais do Colégio. É um período que exige muito do aluno e é interessante que ele tenha momentos para a prática de esporte. Nesse sentido, são oferecidas alternativas para a prática de esportes, visando a momentos de descontração e qualidade de vida. Integrando as equipes esportivas de representação, os alunos que irão prestar vestibular servem de referência aos alunos das categorias menores. O resgate do esporte merece atenção especial de toda a comunidade educativa. Somos convidados
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a competir conosco mesmos na grande tendência à acomodação. A atividade física contribui para o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. Pratique esportes e vibre com a vida gerada.
A escola deve ser um espaço de múltiplas aprendizagens e a prática do esporte faz parte de todo um processo de formação.
Acádio João Heck Diretor-Geral
© Foto: Acervo do Colégio
Mudanças acontecem porque almejamos algo melhor. A troca de professores com a recomposição no quadro e a entrada de novos docentes visa melhorar a educação como um todo e à busca de melhores resultados. Essa melhora, no entanto, não depende exclusivamente do professor, mas também do aluno, de sua dedicação, de seu empenho, de seu esforço e também da família que soma ao aluno e à escola. Também estamos tentando resgatar o esporte como uma atividade recreativa e lúdica no contexto escolar. Por alguns anos isso praticamente foi extinto, a tal ponto que não tínhamos equipes de representação na Escola. Agora, com o Colégio reassumindo as escolinhas de esporte e começando pela base, esperamos que dentro de algum tempo tenhamos equipes representativas com mais qualidade. Não que hoje não se tenha qualidade, mas não se tem o conjunto de uma vibração maior, de entusiasmo, que é fundamental. A escola deve ser um espaço de múltiplas aprendizagens, e a prática do esporte faz parte de todo um processo de formação. Talvez seja um dos espaços mais privilegiados para formar o cidadão que quere-
ed. infantil
É de pequeno que... A partir dos 2 anos, as crianças já podem começar a aprender as regras do futebol, vôlei, basquete e outros esportes Quem pensa que crianças pequenas não podem jogar basquete, vôlei e futebol, entre outros, está enganado. No Colégio Marista Londrina eles não só jogam, como participam de competições. Para isso, algumas adaptações são necessárias. O objetivo é incentivar desde cedo os pequenos a se exercitarem, além de desenvolverem aspectos cognitivos importantes, como a coordenação motora, lateralidade e equilíbrio. A professora Magda Lemos Corrado conta que é necessária a adequação de todos os materiais da aula, como bola, rede e o espaço como um todo, para que a partir dois 2 anos as crianças já possam ter contato com todas as modalidades esportivas.
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“Nós temos um festival de bola ao cesto, em que eles são premiados com uma medalha. Isso já é um incentivo. No Festival Bola na Cesta, nós montamos uma tabela adequada ao tamanho deles e há um número de cestas que eles têm que realizar. Eu os pego no colo pra fazer, e ponho uma cadeira. Eles pegam a bola e fazem o movimento certinho do arremesso. Para os maiores nós colocamos um tablado para ajudar a fazer as cestas. Fazemos isso durante as aulas e no dia do Festival eles já sabem o que têm que fazer”, conta. Toda a atividade é feita de forma lúdica, enquanto são trabalhados a coordenação espaço-temporal, o tempo de bola, o tempo que têm
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que correr para pegar a bola. “Trabalhamos o equilíbrio, a lateralidade e, com isso tudo, vamos preparando-os para quando iniciarmos as modalidades esportivas. Conforme vão crescendo, as regras vão se modificando, tendo mais dificuldades”, explica a professora. Para ensinar seus alunos, a professora Magda não poupa esforços, levando diferentes materiais para a aula, como fantasias, maquiagem e músicas. Tudo isso sem esquecer as regras de cada atividade. A ideia surgiu depois de algumas aulas não tão bem-sucedidas, há muitos anos. “Eu uso fantasias para ensinar o pega-pega. Acho que o pega-pega é a primeira regra para você começar
Ensinamos que as leis existem e estão aí para serem cumpridas.
sinando a honestidade, respeito ao outro, a pedir desculpas. Uma das aulas em que vários valores e símbolos são trabalhados é na da Páscoa. “Fazemos uma caçada a um coelho e, para encontrá-lo, eles correm, caminham, sobem o ‘morro’, ‘nadam’, ‘sobem em um barco’, tudo de forma lúdica, para chegar ao coelho. Depois nós vamos para a Capela e lá passamos os valores cristãos dos símbolos da Páscoa. É um trabalho interdisciplinar com a Pastoral, as-
sim como fazemos com a matemática também”, conta Magda. Nas aulas de esporte para o Ensino Infantil, além dos conceitos escolares e religiosos, ensinamentos práticos para o dia a dia também estão presentes. Um exemplo disso são as regras de trânsito, que inclusive os pequenos depois cobram dos adultos. “Nesse trabalho ensinamos a cidadania. Os alunos usam suas motoquinhas e trazemos policiais da companhia de trânsito. Temos um semáforo de verdade, eu também me visto de policial e passamos para eles todas as situações de trânsito, ensinando a respeitar o semáforo, a faixa de pedestres. Eu não estou fugindo do meu objetivo, que é a parte motora, porque nessa atividade eles estão pedalando, trabalham o equilíbrio, a lateralidade, mas também estou enfocando a cidadania, o cumprir com as regras. Ensinamos que as leis existem e estão aí para serem cumpridas. Já tivemos o relato dos pais de que, depois, eles ficam cobrando atitudes corretas no trânsito. É muito bom”.
© Fotos: Eros Martins
um trabalho de esporte, porque em qualquer uma das modalidades é um pega-pega, que seria o ataque e defesa. No início eu me frustrava quando ia ensinar isso, porque em vez de eles correrem ‘do’ pegador, eles corriam ‘para’ o pegador. Então fui trazendo o lúdico. Se eu sinalizar um aluno com uma máscara de porquinho e outro com uma de lobo, o porquinho tem que fugir do lobo. Ai começou a dar certo. Então fui buscando outras formas de trabalho, pintando-os. Às vezes eu “perco tempo” pintando todo mundo de oncinha para fazer outra brincadeira de onça pintada, para eles poderem correr atrás das crianças. Foi uma forma de iniciar o trabalho de pega-pega para eles entenderem, lá na frente, que no jogo eles têm que fugir, ter ataque, defesa, desviar da bola e tudo o mais. É um trabalho ao longo dos anos, uma sequência pedagógica”, detalha. Para a filosofia Marista, os valores pessoais e cristãos são muito importantes e estão sempre intrínsecos nas atividades. Segundo a professora, o esporte colabora também en-
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© Foto: Eros Martins
en. fundamental
Criando as próprias regras Alunos do Fundamental constroem os próprios jogos, que incluem conceitos de outras disciplinas
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É durante o Ensino Fundamental que os alunos passam de crianças para adolescentes. As aulas de Educação Física levam isso em consideração e, por isso, há a divisão em Fundamental I, do 1º ano até o 5º, e o Fundamental II, do 6º ao 9º ano. A professora de Educação Física do Fundamental Cláudia R. Brito Zaninelli explica que, no Fundamental I, a base das aulas é a construção, ou seja, os alunos levam elementos que são lançados de volta como proposta e eles trazem as respostas posteriormente. Em
cima dessas respostas é que as atividades são montadas. “Essas atividades estão direta e indiretamente ligadas às outras disciplinas. Temos um jogo de ‘domínio e fronteira’, que está ligado à Geografia. É um jogo que criamos e as crianças o batizaram de “Orelhudo”. Nós lançamos as propostas, cada um pensou em uma regra – de convívio, de respeito, de desenvolvimento do jogo. São 14 regras diferentes e trabalhamos domínio e fronteira em cima do que a professora do 3º ano precisa trabalhar. O que eles viram de teoria, nós trabalhamos na prática”, detalha. Cláudia conta que no fim de um jogo onde as regras foram criadas pelos alunos, é feita uma avaliação do que deu certo, o que poderia ter sido melhor e o que não foi tão bom. Em cima disso, os alunos vão fazendo uma nova construção, sugerindo
Temos casos de inclusão, e esses alunos precisam participar das atividades como qualquer outro. E não podemos nos esquecer da qualidade de vida, que é alimentarse bem, estar bem hidratado, cuidar da postura.
melhorias no jogo, levando-se em consideração a convivência, respeito, diversidade. “Temos casos de inclusão, e esses alunos precisam participar das atividades como qualquer outro. E não podemos nos esquecer da qualidade de vida, que é alimentar-se bem, estar bem hidratado, cuidar da postura”, diz. Ainda trabalhando com a construção por parte dos alunos e a interação com outras disciplinas, foi criado um o o c amado Área ivre”, que envolve o raciocínio matemático. “Eu tenho que calcular o espaço que tenho, a velocidade que eu vou aplicar na bola e o tempo de deslocamento”, explica a professora. Paralelamente, são trabalhadas modalidades como vôlei, basquete, ginástica olímpica, futsal, atletismo e outros, que têm regras definidas, e também os pré-desportivos, cujas regras são criadas pelos alunos. No Fundamental II, quando os alunos já estão na puberdade, são trabalhadas também questões práticas do dia a dia, relacionadas à saúde, higiene, alimentação e os “modismos” que são vistos nas academias e na televisão. “Trabalhamos muito questões como ‘o que ficou bom naquela pessoa ficaria em mim? Ela tem um padrão de estética, eu tenho outro; vamos analisar se isso dá certo’. Nessa fase, as meninas também já estão tendo a primeira menstruação. Como eu vou lidar com isso, como eu vou trabalhar isso na minha vida? Eu uso da ciência e da biologia para mostrar que ela está passando de criança para adolescente”, diz a professora. Nessa fase, os esportes com regras definidas constituem a maior parte das aulas, embora, como conta Cláudia, muitas vezes os alunos peçam para relembrar jogos do Fundamental II.
INCLUSÃO E RESPEITO AO OUTRO Entre os jogos que fazem sucesso com os alunos e que tiveram as suas regras definidas pelas crianças, está o “Dodgeball”. Cláudia explica que o jogo foi criado nos Estados Unidos, com regras individualistas, além de ser extremamente violento, o que vai totalmente contra a filosofia Marista. Dessa maneira, todas as regras foram refeitas pelos alunos, de maneira a incluir, ao invés de excluir, ensinando a solidariedade e a importância da equipe. “Virou um jogo de integração, de sociabilização. O objetivo é trazer de volta quem foi excluído e todos os alunos participam desse jogo. Montamos até um campeonato, visando aos alunos do Fundamental I. Por se tratar de um jogo de inclusão, a regra principal é a professora estar junto. Queremos integrar as crianças de outras séries e outras salas. Dessa maneira, alunos da mesma série mas de salas diferentes jogam juntos e se tornam amigos também”, destaca a docente.
A professora lembra que, por meio das atividades trabalhadas em Educação Física, as crianças e adolescentes são direcionados para um senso crítico e uma responsabilidade, ou seja, eles aprendem que há uma rotina a cumprir, horários a serem seguidos. “Conseguimos, através da prática esportiva, ensinar isso. O esporte tem essa facilidade para educar e disciplinar a pessoa”.
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en. médio
Esporte & estudos Atividades físicas ajudam alunos a se prepararem para o vestibular
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atuais, relativos à qualidade de vida. “Falamos sobre atividade física e a importância de praticarmos algum esporte. Conversamos também sobre a importância de uma alimentação saudável, que irá refletir no dia a dia dele e lá na frente, a importância de se manter ativo, de ter uma flexibilidade boa”, conta Teixeira. Tais conteúdos são trabalhados de forma teórica e prática e, além dos esportes já estabelecidos, os alunos também disputam jogos recreativos, mostrando que o lúdico está presente em todas as etapas de vida. Um grande acontecimento esportivo e solidário promovido pelo Colégio Marista é a Gincana, que neste ano chega à sua 31ª edição. Participam das atividades todos os alunos, da Educação Infantil até o Ensino Médio, que ficam incumbidos de organizar e coordenar os demais. “É uma integração. Os alunos da 1ª e 2ª série do Ensino Médio são responsáveis por coordenar as equipes. Eles é que vão atrás de arrecadar alimentos, de organizar a equipe, de montar QG, de colocar os alunos para parti-
ciparem das provas da gincana”, enumera o professor. Tantas atividades ajudam no processo de liderança de alguns alunos e no trabalho em equipe, além de render muitos frutos. No ano passado, o Colégio Marista arrecadou 43 toneladas de alimentos. Diversas outras atividades esportivas são promovidas tanto pelo Colégio Marista Londrina quanto pela Rede de Colégios. Uma dessas competições é a Olimar, que começa no 8º e 9º anos e vai até o Ensino Médio, e é realizada a cada dois anos. Neste ano, será realizada em São Paulo, e é um motivador para que todos pratiquem esportes, de acordo com Teixeira. “Temos também torneios interséries e intersalas. São competições de futsal, de vôlei, e isso movimenta bastante o Colégio. Os alunos participam, vêm no fim de semana e, à noite, durante a semana. Eles já têm esse envolvimento no esporte e isso cria um elo entre professor e alunos e entre eles também”, destaca.
© Foto: Eros Martins
No Ensino Médio, o adolescente já deve lidar com as questões próprias da idade e, ao mesmo tempo, preparar-se para uma importante escolha: a futura carreira profissional. Por isso a educação física nessa idade é muito importante. Conforme explica o professor de Educação Física Gilney Castro Teixeira, o esporte é muito importante para melhorar a capacidade mental e o nível de concentração do aluno. “Ainda mais nessa idade em que é exigido muito mais dele, pois está chegando o Vestibular. O esporte melhora a capacidade física, o adolescente fica com a memória mais apurada, o reflexo mais rápido. Também traz a disciplina e a organização, que são muito importantes para eles nessa fase de estudos. Além disso, é um momento onde podem relaxar, mudam o foco, desestressam um pouco. E a atividade física serve como um tranquilizante natural”, elenca. Paralelamente aos jogos de basquete, vôlei, futebol e outros, o professor se preocupa também em continuar o trabalho com temas
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diz aí
?
Qual é o preço
© Fotos: Eros Martins
da vitória?
VINICIUS RANGEL SAMPAIO 1ª Série do Ensino Médio
VINICIUS RUFINO 4º ano A
ERIC SUSSUMO SHIMABUKURO 8º ano B
"Para um atleta, o melhor resultado é atingir seu objetivo maior, a vitória. Para isso ele encara vários desafios, que vai conquistando com o tempo e com muito esforço, tendo a alegria de sair vitorioso."
"Para mim, a vitória representa a força que você faz no jogo!"
"A vitória de um jogo é muito boa. Ganhar medalhas às vezes é muito difícil, às vezes fácil, muitas cobranças. Eu não me importo em ganhar ou perder, pois estou praticando esporte, algo de que eu gosto muito."
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HUGO FERRO MOÇO 8º ano A
BRUNO MORAES BERTIN 8º ano A
PEDRO GARDEMANN 8º ano C
"É dedicar-se ao máximo naquilo que se pretende conquistar, pois sem dedicação e esforço não conseguimos atingir nosso objetivo. Quando se ganha um troféu ou uma medalha, o valor é de dever cumprido."
"Ganhando ou perdendo, somos vitoriosos. O que vale é entrar em campo e tentar."
"É a busca do equilíbrio que reúne o sono regrado, os cuidados com a alimentação, a determinação e o aperfeiçoamento nos treinos, a estabilidade emocional, a fé, aliados à técnica e à tecnologia."
OPINIÃO DA EDUCADORA O esporte pode ser um valioso instrumento na formação de jovens. Se um determinado atleta infanto-juvenil se tornará um grande profissional
se sente protagonista do processo, valorizado, torna-se figura positiva e geralmente serve de inspiração para os colegas.
ou não, é outra questão. O fundamental é que o desempenho esportivo
A maioria dos atletas olímpicos é lembrada pelas suas medalhas e
não seja o único objetivo dos treinadores. É possível entender que na bus-
conquistas ao longo de suas vidas, porém temos em nossa história o caso
ca do sucesso esportivo, valores como respeito, autodisciplina, compro-
de Vanderlei Cordeiro de Lima, que, por sua conduta exemplar em 2004,
metimento social, honestidade e autoconhecimento podem fazer parte
na Olimpíada de Atenas, ganhou a medalha Pierre de Coubertin, concedi-
do conteúdo da experiência. Vencer é o objetivo consagrador do esporte.
da a atletas que valorizam o esporte mais do que a própria vitória.
Mas se o atleta focar somente a vitória, possivelmente não conseguirá concentrar-se nos caminhos que o levarão naturalmente à vitória.
Vencer é sempre muito agradável. Nos esportes, nos estudos, no amor, enfim, na própria vida. Porém, o que realmente nos motiva e nos torna
Desde cedo é fundamental que os jovens aprendam que o valor do
melhores é a nossa participação no mundo e na vida, convivendo, intera-
sucesso está em todo o processo que o precedeu: dedicação aos treina-
gindo, conhecendo, apreendendo e criando laços. Ora, é lógico: num jogo
mentos, autodisciplina, persistência, paciência, humildade são valores
assim vai ser fácil ganhar medalhas, trabalhar, crescer, fazer amigos e ser
importantes que auxiliarão inclusive na formação e na vida de todos os
muito feliz!
envolvidos. As vitórias vêm como consequência de um trabalho sério e são importantes quando servem de estímulo para se empenharem cada vez mais. As medalhas ou conquistas podem mudar a vida de um adolescente. Ele
JOSMARRI PAUZER Pedagoga
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caleidoscópio
2013
© Fotos: Eros Martins | Impressao Visual | Ana Jamur | Acervo do Colégio
O professor da Escola de Esportes e ex-atleta do Londrina Esporte Clube, Alemão, deu a palestra “Futebol Minha Vida, Minha História” no último dia 27 de fevereiro.
PALESTRA ALEMÃO
RECEPÇÃO NOVAS FAMÍLIAS Como característica marcante dos Colégios Maristas, as famílias que ingressaram em 2013 em nossa comunidade, foram recebidas em um evento feito especialmente a eles.
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Em fevereiro, depois que saíram os resultados dos vestibulares, o Marista preparou uma superfesta para seus alunos aprovados, no Boliche de Londrina.
FESTA DOS APROVADOS
DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES
No Dia Internacional da Mulher, o Colégio Marista de Londrina recepcionou-as com música, além de uma linda faixa e uma pulseira, que eram colocadas em todas que entravam.
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destaque
Atleta três em um Enzo Sella Dametto já praticou diversos esportes, mas se apaixonou mesmo pelo triathlon.
© Fotos: Eros Martins
Quem não conhece a disposição do aluno Enzo Sella Dametto, da 2ª série C, para o esporte, pode até se cansar só de ouvi-lo contar. Aos 15 anos, ele já se aventurou pela natação, futebol, hipismo, surfe, bodyboard, ciclismo e atletismo. Há três anos ele resolveu juntar algumas delas e ser um atleta do triathlon, tendo conquistado terceiro lugar em um campeonato paranaense no ano passado. Ele conta que a paixão pelos exercícios começou ainda bebê, quando gostava de correr atrás da bola. Com 1 ano de idade, foi num triciclo que ele deu suas primeiras pedaladas, até que, já maiorzinho, ganhou uma bicicleta. “Com 3 anos de idade fui para a natação, mas na aca-
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demia em que entrei minha mãe não podia ficar comigo dentro da piscina e eu não quis continuar. Mais tarde, comecei a nadar no clube com ela me olhando na arquibancada. Me transformei num grande mergulhador, catador de argolas”, conta rindo. No Colégio Marista, aos 5 anos, Enzo pediu aos pais para participar das aulas de futebol, que foram trocadas aos 8 anos pelo tênis, por conta do sucesso do tenista Guga Kuerten. “Joguei tênis por cinco anos, participei de vários campeonatos. Treinando no Londrina Country Club, participei de diversos campeonatos internos e meu melhor resultado foi o primeiro lugar na categoria adul-
to, além de um segundo lugar na categoria ‘por classes’, na 6ª classe, em um campeonato paranaense”, enumera. O hipismo surgiu como um hobby, mas durou poucos meses. Outra atividade esportiva que Enzo pratica só nas férias é o surfe, que ele conheceu aos 9 anos. “Posso dizer que o auge do esporte na minha vida foi aos 13 anos. Comecei o ciclismo com 12, treinei nove meses sozinho, até que eu descobri o triathlon através de um treino de ciclismo do Luciano Pagliarini – campeão pan-americano em 2007 pelo Brasil, que esteve em Londrina em 2009”. Ele conta que no começo achou a modalidade esportiva pesada, por exigir que o atleta nade, corra e pedale, mas depois que começou os treinos, não quis mais parar. Seu primeiro desafio nas competições desse esporte foi aos 13 anos, em uma versão um pouco mais leve, o duatlo, em que o participante faz um percurso correndo, depois pedalando e novamente correndo. “Competi na categoria ‘Open’, em que havia participantes de 13 até 42 anos. O resultado para a primeira prova não foi tão ruim assim: fiquei em 7º, num total de 11 participantes. Na segunda prova, com participantes de todo o Estado, fiquei melhor classificado, em 3º lugar”, destaca. A primeira competição pelo Colégio Marista foi na Olimar 2011, em que Enzo competiu na natação, mas não teve o resultado que esperava. Aceitando a sugestão de um dos professores, ele resolveu também competir no atletismo e acabou conquistando a medalha de ouro nos 800 metros rasos. No ano passado, ele participou de uma das provas mais importantes no Estado, o Triathlon Short Distance, em Caiobá, no litoral, onde o competidor deve nadar 750 metros no mar, pedalar 20 quilômetros e correr mais 5 km. “Sem dúvida essa é a prova mais importante até o momento para mim. Corri na categoria por idade de 15 até 19 anos. Os participantes eram 10 no total e todos tinham de 17 a 19 anos. Eu tinha 14 na época, mas mesmo assim entrei na categoria de 15 a 19 anos. Fiquei em terceiro lugar, cravando o segundo melhor tempo do ciclismo da categoria”, ressalta. O ano de 2012 ainda foi marcado por mais duas vitórias no Circuito Taquion de Natação, em que Enzo obteve o primeiro lugar. “Para fechar o ano bem, fiz a Prova Pedestre Cidade de Londrina em dezembro, em comemoração ao aniversário da cidade. Corri 4km na categoria de 15 até 19 anos e fiquei em nono”. Para estar preparado para tantas competições, o adolescente treina entre uma hora e meia a duas, em média quatro a cinco dias na semana. Para quem pensa que tanta dedicação atrapalha os estudos, Enzo explica que o esporte o ajuda a ter disciplina, tanto para os treinos como para estudar também.
“O esporte me ajuda a ser uma pessoa mais calma, tranquila, saudável, mais respeitosa e também mais organizada. Também aprendo a me relacionar com pessoas de diferentes idades e a respeitar meu próprio corpo e minhas limitações”, declara. Como nem só de vitórias vive um esportista, Enzo conta que aproveita as derrotas para melhorar seus treinos, aprendendo a se superar. Aliás, ele considera que seu maior adversário é ele mesmo. “Meu maior desafio no esporte é melhorar minhas marcas. Todas as provas de que participo eu entro para bater meus recordes e, sem dúvida, para ganhar.” Entre os grandes incentivadores de uma carreira promissora, Enzo destaca um primo também apaixonado por ciclismo e corrida de aventura, além, é claro, de seus pais. “Eles sempre me acompanham nas competições, investem em materiais esportivos, viagens e me ajudam a cuidar da saúde, com acompanhamento médico. Também tive um treinador – Cosme Monteiro –, que admiro muito por seu incentivo, respeito e seus conselhos sobre a modalidade, além do desenvolvimento dos treinamentos”, explica.
Colégio Marista de Londrina
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você você sabia? sabia?
Muita história O Colégio Marista de Londrina foi o campeão no Festival Coca-Cola
para
contar Entre os prêmios, uma sessão de cinema 3D e uma biblioteca olímpica, com publicações falando da história dos Jogos
FESTIVAL COCA-COLA A Escola de Esportes do Colégio Marista oferece aulas de basquete, futsal, handebol, vôlei e xadrez. Por meio desses esportes, os alunos têm a oportunidade de participar de diversas competições. Uma delas é o Festival Coca-Cola, cujo objetivo é estimular o espírito olímpico. O Marista ficou em primeiro lugar em 2012 e foi premiado com livros sobre a história e informações sobre os Jogos Olímpicos. Uma das medalhas foi o ouro no judô.
ATLETISMO O atletismo faturou muitas medalhas para o Colégio Marista no Festival Coca-Cola. Os 400 m e 800 m foram ouro. Nos 100 m masculino, no revezamento 4x100 m masculino, no salto em distância feminino, revezamento 4x100 m masculino, no atletismo 400 m masculino e no atletismo 800 m feminino, ganhamos a medalha de prata. As meninas do revezamento 4 x 100 m ainda ganharam o bronze.
HANDEBOL
OLIMPÍADAS ESCOLARES Mais uma medalha de ouro para o Colégio Marista de Londrina foi conquistada pelos meninos do time de basquete street. As garotas garantiram a prata. Nas Olímpiadas Escolares 2012, nosso time de minivôlei masculino e a equipe de tênis de mesa também foram campeões e trouxeram mais duas medalhas de ouro para o Colégio.
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Colégio Marista de Londrina
© Ilustração: Nome do ilustrador
O handebol masculino do Marista também ficou com o primeiro lugar e faturou mais uma medalha de ouro. O time feminino conseguiu a segunda colocação e garantiu também uma medalha de prata. Outra medalha de ouro foi do time de handebol masculino sub-13, nas Olimpíadas Escolares do ano passado.
© Foto: Estudio de fotos | Arquivo pessoal
gente nossa
Nasce uma
ESTRELA Ex-aluna Marista conheceu o gosto pelas Artes no Colégio e foi em busca de seus sonhos
Estrelar peças e musicais infantis é o maior sonho da ex-aluna Marista Carolina Voigt Silveira, de 24 anos. Morando em Nova Iorque, onde se formou pela New York Film Academy, uma das mais inovadoras escolas de cinema e interpretação do mundo, ela conta que faz diversos testes semanalmente e até já produziu um filme como Trabalho de Conclusão de Curso. “O trabalho não acabou com a formatura. Estamos mandando o filme – Lifeless –, para festivais de curta-metragem independente aqui nos Estados Unidos. O conhecimento que eu adquiri aqui vou carregar comigo para sempre, a experiência de trabalhar com profissionais da área, artistas da Broadway e atores de Hollywood, diretores premiados e toda uma equipe de filmagem e teatro”, conta. Carolina explica que o gosto pelas Artes surgiu bem cedo, aos 6
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anos, quando participou da primeira turma de ginástica e dança do Colégio Marista. As aulas de canto, também no Colégio, foram outra agradável surpresa, segundo ela. Algum tempo depois, morando na Espanha, ela descobriu o gosto por atuar. Juntar as três artes foi questão de tempo, e depois que terminou a 3ª série do Ensino Médio, foi para Nova Iorque estudar e aprender sobre musicais. “O Marista sempre me deu uma base muito boa, uma tranquilidade de tentar ser o que eu quiser, e o conhecimento básico de tudo isso”, elogia. Dos tempos de aluna, Carolina se lembra muito da Gincana, que une todo o Colégio. Para ela, a impressão é de que não existiam as diferentes séries e todos os alunos faziam parte da mesma turma. “E por uma causa incrível: a solidariedade”, diz. O Festival de Dança, uma prévia do
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que ela faz hoje, também é guardado com carinho na memória. Estudante no Colégio Marista da pré-escola até a 2ª série do EF, depois, da 6ª série a 3ª série do EM, com quatro anos morando na Espanha nesse intervalo, Carolina conta que o fato de o Colégio ser “família” fez com que ela aprendesse a valorizar essa Instituição. “O que mais me marcou no Marista foi o valor que é dado à família. Aprendi isso na minha formatura da pré-escola, quando o diretor da época, Irmão Pedrão, falou da importância da família na vida das crianças e que família tem que estar sempre junta. É isso que acontece no Marista, por isso somos ‘Família Marista’. Ele também falou, olhando para as crianças: ‘Não é não e pronto. Sim é sim!’ E isso me ensinou respeito. Os princípios que construí no Marista têm me ajudado a chegar longe, sempre pelo caminho certo”.
www.colegio smari stas. co m. br
Vem aí a Olimar, evento esportivo que reúne todos os Colégios Maristas a cada 2 anos para celebrar o esporte e a amizade! De 11 a 15 de outubro, nos Colégios Maristas Arquidiocesano e Glória, São Paulo. Mais informações no Núcleo de Atividades Complementares.
Colégios Maristas. Preparação para todas as provas da vida.
Patrocínio
Marista Londrina participa da
Jornada Mundial da Juventude Encontro, que acontecerá no Rio de Janeiro, será precedido pelo Encontro Internacional de Jovens Maristas “Sou marcado desde sempre com o sinal do Redentor, que sobre o monte, o Corcovado, abraça o mundo com Seu amor.” É com essa convocação que a Igreja chama os jovens de todo o mundo para participar, de 23 a 28 de julho de 2013, na cidade do Rio de Janeiro, da Jornada Mundial da Juventude. Esse evento, criado em 1985 pelo beato João Paulo II, tem como objetivo reunir e celebrar a fé de milhões de jovens de todo o planeta. Ela ocorre
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a cada dois ou três anos em alguma cidade do mundo, e ao fim de 2011, em Madri, onde ocorreu sua última edição, o Brasil foi escolhido como sede da próxima JMJ. Para cada jornada, a Igreja escolhe e delimita uma temática principal a ser trabalhada, discutida e orada pelos participantes. Para 2013, o tema escolhido foi: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28, 19). Durante as JMJs acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, par-
Colégio Marista de Londrina
tilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas. Mas todas as atividades com o mesmo objetivo: a busca de Deus. Em sua última edição, na Espanha, reuniu mais de um milhão e meio de jovens e, apesar de ser proposta pela Igreja Católica, é um convite a todos os jovens do mundo. Neste ano, especificamente para a realidade brasileira, a CNBB, em sintonia com esse importante evento que aqui ocorrerá, determinou que as discussões da Campanha da Fraternidade de 2013 também fossem sobre a temática da juventude, seus dilemas, potencialidades e desafios. Com o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6, 8), a igreja do Brasil responde ao chamado feito na Jornada, colocando-se à disposição do chamado de Jesus Cristo para, juntamente com os jovens, construir uma nova sociedade e evangelizar onde quer que estejam. O Instituto Marista, como parte da Igreja de Cristo, realiza, dias antes da Jornada, na própria cidade onde ela ocorrerá, o Encontro Internacional de Jovens Maristas, que, em 2013, acontecerá no Colégio Marista São José (Barra da Tijuca, RJ) com o tema: “Change – Faça a diferença”. Nós, do Colégio de Londrina, participaremos desses eventos juntamente com jovens Maristas de todo o mundo, com um grupo de 18 participantes, alunos e ex-alunos, juntamente com o agente de Pastoral do Colégio. Para tanto, acontecerão alguns momentos de preparação e formação com esse grupo que nos representará e aberto à participação de todos. Procure o Núcleo de Pastoral do Colégio e participe desse importante momento da Igreja, juntamente com pais, alunos e funcionários.
© Fotos: Divulgação | Acervo do Colégio
ser melhor
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A websérie feita por você. O novo Yes, We Cast! já está no ar. Acesse youtube.com/canalmarista e fique por dentro do tema deste mês.
Colégios Maristas. Preparação para todas as provas da vida.
© Foto: Arquivo pessoal
essência
Ir. Leomar D’Avila Educador físico e diretor institucional do Centro Social Marista Santa Mônica
A prática condizente de qualquer modalidade esportiva, competitiva ou não, leva a pessoa a desenvolver suas capacidades e aptidões. É no momento de interação que se atinge diretamente o outro, gerando, assim, socialização e aprendizagem. Desse modo, experiência no esporte é a oportunidade para aprender os valores da solidariedade, conhecimento, respeito, ou seja, é a oportunidade de cuidar da integridade do outro, aperfeiçoando a si mesmo. Conforme o Ministério da Educação e Cultura (1998), o esporte é elemento de grande valia, quando se fala de interação socioafetiva, pois é a forma de expressar a comunicação que possibilita a crianças e adolescentes partilhar significados, conceber regras, compartilhar valores, ideias e emoções, construindo as características do indivíduo e socializando-o. Por meio do esporte, interiorizam-se comportamentos, dá-se satisfação ao grupo, contemplam-se aspectos pessoais e sociais, configuram-se motivos que impulsionam os seres humanos à interação social, para o necessário aperfeiçoamento do físico e do moral. O esporte, dentro da escola ou mesmo em outros ambientes, leva as crianças e adolescentes a descentralizarem-se, comunicarem-se e aceitar regras e atitudes dos outros, contribuindo para a formação e aceitação de normas de convivência coletiva, determinando regras, valores,
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Esporte:
socialização e aprendizagem
ações e gestos que validam o convívio. Assim, quando o esporte se torna algo coletivo e participativo, além de construírem-se conhecimentos múltiplos, valoriza-se a cultura do outro sem descurar a própria; criam-se estratégias com base nas ideias e conhecimento do outro; garante-se o respeito, toleram-se as dificuldades e as limitações demonstradas pelos envolvidos. Em suma, todas as decisões propendem a ser tomadas para o melhor do grupo, estimulando o processo de socialização e tornando-os responsáveis pelas suas ações. A prática esportiva contribui com o processo de aprendizagem, constituindo um meio atraente e bem aceito pela criança; por meio de atividades divertidas, instiga-se simultaneamente o esforço e o prazer de aprender brincando. As crianças e adolescentes demonstram seus desejos e vontades advindos e construídos ao longo de sua história de vida, mostrando suas tendências, seu caráter e sua personalidade. Essa aprendizagem é manifestada quando a criança se confronta com novas informações e novos modos de se realizar esses mesmos jogos e brincadeiras em grupos maiores. O esporte é uma forma de proporcionar situações que levem a solucionar as dificuldades entre as relações cognitivas ou socioafetivas, dando respostas construtivas, que valorizam o diálogo, o respeito e a estima das ideias no trabalho coletivo.
Conceitualmente, consideramos o esporte como um conjunto de exercícios físicos, coordenados por métodos. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, desenvolveu, ao passar dos tempos, inúmeras atividades esportivas, com real interesse de praticá-las, visando a aprimorar sua coordenação motora, a autoestima, a potencialidade técnica e, principalmente, sua saúde física e mental. Toda e qualquer modalidade esportiva, assim como a vida, é regida por regras específicas, favorecendo ou punindo a postura comportamental de quem as pratica. Paralelamente, também buscam a socialização: manter contatos, trocar experiências, buscar momentos prazerosos, aperfeiçoar relacionamentos e conquistar espaços, apesar das diferenças entre as pessoas. O esporte integra, não somente força, velocidade e resistência, mas de maneira especial, as relações humanas que conduzem a aproximar e a viver a cidadania e a dignidade humana, com a autorrealização e a qualidade de vida desejadas. A convivência esportiva abre sempre novos horizontes culturais, mostra maneiras convenientes e vantajosas de aprender e ganhar com humildade e perder com sabedoria. Para um atleta, é importante perceber suas reais capacidades e conscientes limitações, demonstrar raciocínio, disciplina, determinação, habilidade e participação efetiva, visando ao útil, ao agradável e, consequentemente, aos louros das conquistas esportivas,
revelando o sentido da sua aplicação, experiência no ambiente em que atua e vivencia. Nós, desportistas conscientes, declaramo-nos contrários às influências capazes de canalizar impulsos de violência, explosões emocionais desrespeitosas, paixões desenfreadas, individualismo exagerado e discriminação... enfim, diferenças antiesportivas. Enfatizamos a construção de uma sociedade solidária a serviço da saúde, do bem estar e da vida, tornando-a mais humanizada e mais nossa. O esporte gera envolvimento, integração, amizade, saúde, vida que mobiliza e contagia constantemente as multidões. Sabiamente, já na sua época, São Marcelino Champagnat considerava a prática esportiva muito valiosa para a educação, já que era capaz de fortificar o corpo e purificar a alma. É um ponto de visto educativo, inovador e profundo, de suma importância, mesclando a formação integral do ser humano, formar bons cristãos e virtuosos cidadãos. Agradável o esporte que produz e transmite lazer, saúde, arte e vida.
© Foto: Divulgação - Marista Pio XII
© Fotos: Sxc.hu
Esporte que aproxima
Ir. Dionísio Balestrin Irmão Marista da Província do Rio Grande do Sul
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solidariedade
Competir para
todos ganharem
Projeto Juventude e Solidariedade no Esporte visa a incluir jogos com caráter mais solidário nas aulas de Educação Física de unidade social Marista Com várias pessoas de pé e algumas cadeiras na sala, a música começa. Não, ninguém vai ficar naquela aflição para sentar. Há lugar para todos. A segunda rodada começa com uma cadeira a menos e, quando a música para, todos continuam na brincadeira. Aquele que está de pé só precisa encontrar uma cadeira para dividir. Essa é uma representação da clássica dança das cadeiras, em uma versão cooperativa: mais harmônica e focada no trabalho em equipe. Para os professores Carlos Pedro Gomes, Filipi Lima e Mário César Oliveira, do Centro Educacional Ma-
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rista São José, localizado na região metropolitana de Curitiba, atividades como essas que caracterizam os jogos cooperativos possibilitam “que os participantes libertem-se da ânsia pela competição em prol da participação e do lúdico das atividades. Ganhar ou perder não entra nesta discussão”. Tendo como referência esse movimento solidário no desporto, o Centro Educacional Marista São José, em parceria com o Núcleo de Pastoral da Unidade, está colocando em prática o projeto Juventude e Solidariedade no Esporte. A ideia consiste em
democratizar o acesso e a prática sistematizada do esporte educacional, tendo como guia as diretrizes da Rede Marista de Solidariedade. Um dos grandes desafios da Educação Física escolar, segundo os educadores, é alterar o conceito de que as modalidades praticadas durante essa disciplina precisam ser aplicadas estritamente com o objetivo de competição e rendimento. “Tradicionalmente, a Educação Física foi construída sobre os pilares de que o rendimento leva à vitória. Porém, esse conceito vem caindo com o passar do tempo. Ela precisa, sim, ser
© Fotos: João Borges | Divulgação
um agente transformador para os envolvidos”, afirma a equipe. Os professores explicam que a ideia do projeto partiu da necessidade de ampliar a participação do educando dentro das atividades e também para mediar os conflitos ocorridos nas aulas de Educação Física. Com isso, minimizam-se as diferenças de potencialidades físicas e técnicas dos educandos dentro de um mesmo grupo, proporcionando a todos a mesma importância para conquistar os objetivos das aulas. Para cumprir esses objetivos, os jogos cooperativos podem – e devem – ser incorporados às aulas de Educação Física. Há muitas opções de atividades que estimulam a solidariedade, a união, o respeito e a vitória do grupo (confira as dicas de livros no box ao lado). Ao mesmo tempo, é possível tornar cooperativo um jogo tradicionalmente competitivo, flexibilizando suas regras, dividindo o protagonismo das ações, envolvendo o grupo em vários desafios corporais, sempre respeitando os limites de cada um. No formato cooperativo da dança das cadeiras, por exemplo, a mudança de regras traz uma vitória coletiva. A cada rodada, o jogo vai ficando mais divertido e estratégico, pois ninguém pode ficar sem lugar. No fim resta apenas uma cadeira, e o grupo precisa arquitetar de que forma todos sentarão nela. Em sua essência, os jogos cooperativos geram espírito de união, responsabilidade e participação. Pontos importantes em todas as fases da vivência escolar. Para os professores, é nessa prática que se aprende, de forma saudável, a abrir mão dos interesses individuais em prol do coletivo. “Com os jogos cooperativos, podemos experimentar, verdadeiramente, o significado de coletividade”, acredita a equipe.
A vitória se constrói junto
A principal diferença entre os jogos competitivos e os cooperativos está nos meios utilizados para se chegar à vitória. Nos jogos cooperativos, o que conta é o processo e não o resultado. Conheça algumas opções:
Jogos cooperativos sem perdedores Nesta categoria, todos os participantes fazem parte de um mesmo time e o resultado é compartilhado. A dança das cadeiras citada nessa matéria exemplifica esse tipo de jogo.
Jogos de resultado coletivo Jogos que permitem a existência de duas ou mais equipes, sem que haja competição entre ambas, pois os objetivos e resultados são comuns, favorecendo a cooperação de todos. A equipe de Educação Física do Centro Educacional Marista São José sugere que, em um jogo de basquete, cada grupo tente converter lances livres em pontos para as duas equipes. O resultado do jogo é a soma dos pontos dos grupos. O desafio será considerado superado somente quando o placar atingir a meta estipulada anteriormente, por exemplo, 100 pontos.
Jogos de inversão Experimentam-se situações de troca, de placar ou de jogadores, entre as equipes, favorecendo a valorização dos parceiros de jogo e diminuição da preocupação excessiva com o resultado. Na inversão de placar, cada ponto feito é marcado para o outro time. Na troca de jogadores, cada um troca de time ao fim de cada lance.
Jogos semicooperativos Ainda que apresentem caráter competitivo, esses jogos visam à participação de todos durante a rodada. Por exemplo, futebol com times mistos. Os passes precisam ser alternados entre homens e mulheres e para o jogo terminar todos precisam ter marcado pelo menos um ponto.
Boas ideias
Os livros a seguir apresentam jogos criativos que podem ser aplicados no ambiente escolar ou em um momento em família: 100 Jogos Cooperativos: Eu coopero, Eu me divirto (Editora Ground)
A autora Christine Fortin apresenta, de forma prática e detalhada, 100 maneiras de executar atividades cooperativas, as quais podem ser adaptadas de acordo com o local e o perfil de cada público – de crianças a adultos.
110 Jogos Cooperativos Com Balões: Voando Com os Sonhos (Editora Sprint)
A obra, escrita por Reinaldo Soler, compõe uma coleção de seis volumes sobre o tema. O autor propõe jogos focados na escola e acredita que ela não precisa ser chata só porque é um ambiente levado com seriedade.
MSM E OS JOGOS COOPERATIVOS A ideia de jogos cooperativos também está presente na Missão Solidária Marista (MSM). A última edição do projeto, que ocorreu de 20 a 27 de janeiro de 2013, simultaneamente em cinco cidades brasileiras – Almirante Tamandaré (PR), Cascavel (PR), Dourados (MS), São Bento (SC) e Eldorado, no Vale da Ribeira (SP) –, contou com oficinas socioeducativas ministradas pelos próprios jovens missionários participantes do projeto. Segundo Diogo Galline, um dos coordenadores da MSM, esse vínculo proporcionado pelas oficinas é muito positivo, pois há uma troca de experiências significativa entre os jovens participantes e crianças e adolescentes do local. Ele afirma que os jovens estão dando continuidade ao sonho de Champagnat, iniciado com foco nas crianças. Além das oficinas, os participantes realizam outras ações na comunidade, como reforma de lugares públicos e palestras. Galline reforça que o objetivo maior da Missão é “educar para solidariedade”.
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© Fotos: Renata Duda
como fazer
Josileny Gonçalves Vidotti, mãe de Germano, valoriza boa alimentação do filho – que pratica esportes três vezes por semana.
Comer bem
para se exercitar
melhor ainda
A alimentação influencia a vida que se quer levar. Se ela é saudável, essa é a garantia de que o caminho para os bons hábitos estão dando certo
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Torrada, queijo branco, suco de laranja e mamão papaia. A cena não é de uma propaganda de margarina, mas descreve um pouco o que é um café da manhã saudável. Dispostas a gastar as energias de uma boa noite de sono, as crianças precisam começar o dia com uma alimentação balanceada já na principal refeição. Repare: em vez de um banquete, alimentos certos e em quantidades razoáveis já são o suficiente para garantir boas energias. Afinal, alimentação adequada tem ligação direta com o desenvolvimento físico da garotada. Criar bons costumes é ideal para a formação da criança. Exercícios
físicos, a prática do esporte e a alimentação adequada são fortes aliados para que isso aconteça. “Para manter hábitos alimentares saudáveis, a família precisa consumir todos os grupos alimentares diariamente, nas quantidades recomendadas, procurar variedade e estimular as crianças a preferir alimentos frescos e mais caseiros”, alerta a nutricionista e professora da PUCPR Cyntia Leinig. É o que a mãe de Germano Gonçalves Vidotti, 9 anos, põe em prática, mesmo estando fora de casa. Josileny Gonçalves Vidotti almoçou junto com o filho em uma das cantinas do Colégio Marista Santa Maria em plena segunda-feira. Embora a corretora de imóveis tenha uma semana agitada no trabalho, faz questão de dividir esse momento com o filho. “É importante estar aqui e acompanhar de perto a alimentação dele. Desde pequeno mantemos bons hábitos em casa, e hoje ele mesmo faz o prato e sabe o que é bom para a alimentação dele”, exalta. Essa dedicação na alimentação garante a manutenção da saúde. “Em paralelo, deve incentivar a criança a praticar as mais diversas atividades esportivas associadas às brincadeiras. Isso não é só importante para a saúde física, mas também para o desenvolvimento motor e psicológico da criança”, defende a nutricionista. Sabendo dessa combinação entre alimentação e esporte, a mãe de Germano intensifica a rotina do garoto – que pratica atividade física três vezes por semana. “Na segunda e na quarta ele joga handebol. Sábado é dia de tênis”, conta Josileny. Por causa do esporte, a alimentação do atleta tem diversos nutrientes. “Ele sabe o que tem de comer, então já pega salada, verduras, carne e o arroz”, calcula a mãe.
E O DOCE, PODE? Ir a uma festinha de aniversário é praticamente um encontro marcado com brigadeiros, bombons, refrigerantes e outras gostosuras tão amadas pelos pequenos. Da mesma forma como quando são apresentados às crianças, é preciso deixar claro que os doces não devem fazer parte da rotina delas. “O excesso no consumo desses alimentos contribui para o aumento do peso, das
cáries dentárias e também de outras doenças”, alerta a nutricionista. No entanto, proibir não é a solução. “Quanto mais tarde forem apresentados a esses alimentos, melhor, mas caso a criança já saiba pedir o doce, é possível Só mesmo o hábito fez a estudante equilibrar em duas Márcia Machado Moreira, de 12 anos, vezes na semana e se acostumar com ‘as folhas’. em pequena quantidade”, explica Cyntia.
HÁBITO Comer bem é uma questão de hábito. A partir do momento em que se torna costume comer alimentos cuja cor antes nem se via, é mais tranquilo assimilar a importância deles. A tese foi comprovada pela estudante do Marista Santa Maria, Márcia Machado Moreira, 12 anos. Ela confessou que há um ano não comia salada e torcia o nariz para a maioria “das folhas”, nome batizado pela estudante. “Eu passei a comer mais verdura quando minha mãe começou a pegar no pé. Passei a comer por causa dela, mas hoje coloco no prato até quando ela não está. Acostumei”, brinca.
NA PRÁTICA
O Ministério da Saúde recomenda alguns passos essenciais para a alimentação saudável das crianças, confira alguns deles: 1) Fracionamento de três refeições diárias intercaladas por dois lanches saudáveis ao dia; 2) Consumo diário de cereais (arroz, milho), tubérculos (batata), raízes (mandioca), pães e massas, distribuindo esses alimentos nas refeições; 3) As frutas devem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches; 4) Consumo de feijão em pelo menos cinco dias na semana; 5) Consumo diário de leite e derivados, e de carnes, aves, peixes ou ovos; 6) Estímulo ao consumo de água.
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FILME Heleno Minha dica é o filme Heleno. Ele retrata a história de Heleno de Freitas, o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro nos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho, cheio de glamour e promessas. Nas elegantes festas da época, ele representava a beleza e o charme. Nos campos, ele era visto como um gênio: explosivo e apaixonado pelo futebol. Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida mudaram seu destino, levando-o da glória à tragédia. Junior Cesar Dias de Jesus - Assessoria de Educação do Colégio Marista de Londrina
JOGO PES 2013 Eu escolho e compartilho o jogo mais utilizado entre os jogadores, o PES 2013, que simula partidas de futebol. No jogo virtual, é possível propor partidas amistosas ou criar seu próprio personagem “rumo ao estrelato”. Também existe a opção de administrar uma equipe no modo “Liga Master”, entre outros modos adequados ao gosto de quem está jogando. Rulligulity Menegussi de Barros, 17 anos 3° ano do Ensino Médio do Colégio Marista São Luís
GUIA PRÁTICO A semente da vitória O livro que eu indico é A semente da vitória, de Nuno Cobra, que foi preparador físico e mental do Airton Senna. Valores agregados ao esporte, como superação, autoconfiança e sua visão sobre os cuidados com a saúde estão presentes na obra. A grande lição do livro é mostrar que o segredo para superar limites, rumo à excelência, consiste principalmente em acreditar em si mesmo. Silvana Marques Freitas Professora do Colégio Marista Arquidiocesano
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CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL
Recomendo o site www.cbv.com.br/v1/, da Confederação Brasileira de Voleibol, que possui grande variedade de informações, programações e notícias sobre campeonatos da Seleção Brasileira. Lá também tem uma galeria de fotos, onde podemos observar, com detalhes, as diferentes ações durante os jogos. Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina
LIVRO-AULA Aprendendo a Educação Física Utilizo bastante o livro infantil Aprendendo a Educação Física, dos autores Maria Cristina Gonçalves, Roberto Costacurta Alves Pinto e Silvia Pessoa Teuber. Eles embasam e justificam a importância da Educação Física Escolar, em linguagem clara e de fácil compreensão. O livro contém inúmeras atividades de jogos, esportes, ginásticas, que subsidiam minha prática e que vêm de encontro aos constituintes da Educação Infantil Marista. Virlei Kunz – Professora do Colégio Marista São Luís
CANAL SportTV
© Fotos: Divulgação
Eu adoro o canal SporTV. É o meu favorito. Ele apresenta diversos vídeos de torneios e campeonatos de muitas modalidades esportivas, como atletismo, basquete, futsal, ginástica, tênis, surfe, além do vôlei. Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina
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olhar
Quando a palavra
superação ganha outro sentido Toda pessoa que planeja competir em alto nível precisa se superar, seja para baixar seu melhor tempo, saltar alguns centímetros mais alto (ou para frente), driblar a falta de apoio ou até problemas pessoais. Talvez por isso a palavra superação esteja no vocabulário de dez entre dez atletas. Embora sirva para inúmeras ocasiões, a superação ganha um sentido especial quando usada por um paralímpico – o termo, que se refere a atletas com deficiência, antes paraolímpico, teve a grafia mudada em novembro de 2011, a pedido do Comitê Paralímpico Internacional, para desvincular o desporto adaptado do movimento olímpico. Embora trabalhe quase 15 anos com jornalismo esportivo, meu contato com os paralímpicos era mínimo. A primeira competição que fiz foram os Jogos Paralímpicos de 2012, em Londres, que também havia sediado a Olimpíada daquele ano. Por mais que já se saiba o que perguntar ou como abordar um atleta, ficava a dúvida: como questioná-lo a respeito da deficiência? Posso ofendê-lo ao querer saber o que houve e como convive com ela? Para minha surpresa, a grande maioria trata das limitações, sejam congênitas ou adquiridas ao longo da vida, com naturalidade, e gosta de compartilhar
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experiências. Poucos se incomodam. O nadador André Brasil, dono de nove medalhas em Paralimpíadas, por exemplo, costuma se irritar com diferenciações. Em Londres, quando um jornalista usou o termo paratleta numa pergunta, ele o interrompeu bruscamente: “Atleta, por favor!”. Aos 3 meses, detectou-se que ele tinha a perna esquerda mais leve do que a direita por conta da poliomielite. Aos pais, disseram que André não iria andar. Sua força de vontade nas piscinas mostrou exatamente o contrário. Aliás, belas histórias não faltam. Por isso a superação ganha outro peso nesse ambiente. Na Paralimpíadas de Londres foram mais de 4.300 atletas de 164 países. São deficientes visuais, pessoas que sofreram traumas de guerra, cadeirantes baleados em assalto... Martine Wright, britânica com quem conversei lá, pratica vôlei sentado. Ela é sobrevivente do atentado terrorista ao metrô de Londres, em 7 de julho de 2005. No vagão, estava a poucos metros do homem acusado de detonar a bomba. Ficou presa às ferragens, perdeu 75% do sangue do corpo,
sofreu 12 cirurgias e teve as pernas amputadas acima dos joelhos. Achou no esporte um novo ânimo de vida. Medalha? Sua vitória foi ver a família em seus jogos. Não há como não se emocionar com esse tipo de relato. Uma pena o espaço ser insuficiente para descrever outros. Dos 15 dias em Londres, passei mais de sete gripado. Alguns dias foram difíceis para levantar da cama. Mas bastava ver um atleta em ação, ouvir sua história e o que sentia após competir, para eu me sentir melhor. A vida impôs a essas pessoas algo muito mais devastador e traumático do que uma gripe. E eles se superam, mostrando que a limitação é só mais uma barreira. A vida não acaba ali, só ganha um novo sentido, uma nova motivação. Isso faz você refletir e reclamar menos do cotidiano. É até constrangedor fazer certas queixas. Por “culpa” desses atletas, passei a admirar e acompanhar mais de perto o movimento paralímpico. Eles são a maior prova de que nenhuma limitação é capaz de frear o ímpeto de um ser humano quando ele quer se superar.
© Foto: Arquivo pessoal
Por Thiago Rocha, jornalista que contribui para o jornal Lance e cobriu as Paralimpíadas de Londres, em 2012.
curiosidade
Além do
asfalto
Você sabia que as corridas de rua surgiram e se popularizaram na Inglaterra no século XVIII? Mas foi apenas na década de 70, com o incentivo do médico Kenneth Cooper, criador do Teste de Cooper, que ela se popularizou no mundo. A época ficou marcada pelo jogging boom (“explosão da corrida”), momento em que a população começou a participar mais ativamente junto dos corredores de elite.
Correr! Uma prática tão comum, mas rodeada de histórias. Portanto, coloque seu calção, um tênis e vamos correr pelo passado e pelas curiosidades que os asfaltos têm para contar desse esporte tão famoso
Diz a lenda que a origem da maratona aconteceu por volta do ano 490 a.C., quando um soldado correu por cerca de 42 km, da cidade de Maratona até Atenas, para avisar sobre vitória dos gregos contra os persas na guerra. Filípides percorreu essa distância correndo tão rapidamente que, ao chegar, só conseguiu dizer: “vencemos!”. Em seguida, caiu morto pelo esforço.
© Fotos: Sxc.hu
Por falar em maratonas, na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, ocorrida em 1896, em Atenas, na Grécia, o grego Spiridon Louis venceu o percurso de 40 km. O terceiro colocado foi seu compatriota Spiridon Belokas, que depois foi desclassificado por percorrer parte do trajeto de carro.
Foi só em 1945, na sua 20ª edição, que a prova recebeu a participação de competidores internacionais. A presença dos vizinhos do Chile e Uruguai foi o estopim para a participação efetiva de corredores das Américas, asiáticos, africanos e europeus.
O número de inscritos da primeira Maratona de São Silvestre foi de apenas 60, dos quais apenas 48 comparecem no dia da prova. Atualmente, a competição leva mais de 15 mil participantes às ruas da capital paulista.
E a São Silvestre? Mais tradicional prova do país, foi criada em 1924, em homenagem ao santo do dia, pelo jornalista Cásper Líbero, inspirado em uma corrida noturna francesa em que os atletas corriam com tochas de fogo. É disputada no dia 31 de dezembro e já teve a participação exclusiva de homens, sendo Alfredo Gomes o primeiro campeão da prova. Foi apenas em 1975 que as mulheres ganharam uma competição feminina. A primeira campeã foi a alemã Christa Valensieck. Como foi possível perceber, as corridas de rua contam cada vez com mais adeptos, segundo um levantamento da Federação Paulista de Atletismo. O aumento de praticantes reflete no rendimento financeiro do esporte. Constatou-se que a prática movimenta cerca de R$ 3 bilhões e que o número de eventos aumenta cerca de 35% ao ano. O sonho de todo corredor é participar das maiores maratonas. Sabe quais são? Disputada desde 1897, a Maratona de Boston é a maior e mais antiga, depois da olímpica, seguida da Maratona de Nova York e da Maratona de Chicago, todas nos EUA. Além delas, há a Maratona de Berlim, na Alemanha, e a Maratona de Londres, na Inglaterra. Todas fazem parte do World Marathon Majors, que dá um milhão de dólares para os atletas que fazem mais pontos na disputa das cinco provas.
Que tal entrar no ritmo da corrida e adotar o uso de aplicativos capazes de registrar diversas informações sobre o rendimento da prática do exercício? O Endomondo é um aplicativo gratuito, bem recomendado pelos corredores de rua e disponível para iPhone, Android e BlackBerry. Outro aplicativo bastante utilizado e gratuito é o Runkeeper. Vale a pena correr nesse ritmo.
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diversão O passatempo centenário de jogar peteca (há registros de que, no Brasil, a atividade surgiu com os índios) também é esporte sério. De forma adaptada, o badminton – que estreou nas Olimpíadas em 1992 e que se joga com raquete e peteca – tem várias similaridades com a brincadeira infantil. E nada melhor que incentivar um esporte por
meio de uma diversão. Por isso, a pedagoga e assistente social Fernanda Alves Teixeira ensina, passo a passo, como montar uma peteca com materiais que todos têm em casa. Como não existe partida sem torcida, a professora também explica como montar uma equipe de torcedores. Pais e filhos, mãos à obra!
Esporte na
ponta dos
dedos
Antes de praticar, que tal inventar? Aprenda, a seguir, a fazer uma peteca reutilizando sacolas plásticas. A torcida fica por conta dos dedoches
PETECA
VOCÊ VAI PRECISAR DE:
Folhas de papel de qualquer tipo Tesoura Sacola de mercado
Corte as alças da sacola e reserve.
Corte o fundo e as duas laterais também.
Pegue as folhas de papel e amasse até formar bolinhas de tamanho médio.
Coloque os dois lados da sacola um sobre o outro e envolva as bolas de papel com eles.
Modele a peteca, pegando uma das alças que cortou e amarrando-a, dando um nó.
Corte as sobras do nó.
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© Fotos: Renata Duda
MÃOS À OBRA
DEDOCHE
VOCÊ VAI PRECISAR DE: 1 molde redondo (para fazer a cabeça do torcedor)
Tesoura
Folhas de papel colorido
Lápis
Cola em bastão Canetinha colorida
MÃOS À OBRA
Coloque sobre o papel dois dedos para fazer o molde da altura e largura do seu boneco, risque e dobre a folha de papel, recorte na linha que desenhou.
Passe a cola em bastão apenas nas bordas do molde e cole um sobre o outro. Lembre-se, o meio e a base não devem levar cola.
Pegue o molde redondo e desenhe um círculo para fazer a cabeça. Em seguida, recorte-o.
Para a camisa e o calção, faça o desenho do mesmo tamanho que seu molde. Recorte 4 tiras, para os braços e as pernas, além de duas bolas ovais para os pés.
Desenhe como preferir o cabelo. Recorte e cole no círculo da cabeça, cole também a camisa, o calção, a cabeça e as tirinhas no molde.
Sobre as perninhas cole as duas bolinhas ovais, que são os pés.
Pegue as canetinhas e desenhe o rosto do seu torcedor, e escreva o nome da sua equipe.
Pronto, agora monte sua torcida ou time completo.
Boa diversão!
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A rรกdio da MPB em Curitiba.
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