1º Semestre • 2013
ENTREVISTA
Em um bate-papo, Alexandre Costa Nascimento conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida
OLHAR
Quando a palavra "superação" ganha outro sentido
COMO FAZER
Comer bem para se exercitar melhor ainda
Jogo de equilíbrio Jovens esportistas aprendem, desde cedo, a conciliar treinos e competições com os estudos
NO NOSSO REPERTÓRIO SÓ TEM OBRAS-PRIMAS PARA A GAROTADA APLAUDIR DE PÉ! Coleção Música Clássica em Cena recontada para o público infantojuvenil
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O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que, diariamente, vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da
PRESIDENTE DO GRUPO MARISTA Ir. Délcio Afonso Balestrin SUPERIOR PROVINCIAL Ir. Joaquim Sperandio SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DO GRUPO MARISTA Marco Antônio B. Cândido SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DA ÁREA DE EDUCAÇÃO Paulo Serino DIRETOR EXECUTIVO DA REDE DE COLÉGIOS Ir. Paulinho Vogel ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Camila Matta, Danielle Sasaki, Fabiana Ferreira, Fernanda Jacometti, Irene Simões, Karen Fukushima, Leandro Martins e Vivian Lemos COMUNICAÇÃO E MARKETING COLÉGIOS Ana Carolina Jamur Ranocchi, Camilla Stivelberg, Cristiane R. Santos, Daniele Lucas, Elaine dos Santos Cezaro, Eziquiel M. Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza, Luiza Baptista Fleury, Mayara A. Haudicho, Mayara Gutjahr, Natália Silveira Carneiro Raso, Natália Venâncio de Souza, Raquel A. Bortoloso, Samira D. Dutra, Tatiane Pereira, Yolanda Drumon Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho Curitiba-PR | Prédio Administrativo PUCPR 8º andar - CEP: 80215-901 | Tel.: (41)3271-6500
educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas, a ação social está presente
BRASÍLIA Colégio Marista de Brasília - Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400 Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-750 | (61) 3445-6900 Colégio Maristinha Pio XII - Educação Infantil e 1º Ano do Ensino Fundamental SGAS 609, Módulo C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400 SÃO PAULO Colégio Marista de Ribeirão Preto Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis Ribeirão Preto-SP - CEP 14015-130 | (16) 3977-1400 Colégio Marista Arquidiocesano Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana São Paulo-SP - CEP 04035-000 | (11) 5081-8444 Colégio Marista Nossa Senhora da Glória Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci - São Paulo-SP CEP 01518-000 | (11) 3207-5866 PARANÁ Colégio Marista Paranaense Rua Bispo Dom José, 2674 - Seminário - Curitiba-PR (41) 3016-2552 Colégio Marista Santa Maria Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - São Lourenço Curitiba-PR CEP 82200-210 | (41) 3074-2500
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com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.
Colégio Marista de Cascavel Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel-PR CEP 85812-011 | (45) 3036-6000 Colégio Marista de Londrina Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina-PR CEP 86060-000 | (43) 3374-3600 Colégio Marista de Maringá Rua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro Maringá-PR - CEP 87010-430 | (44) 3220-4224 Colégio Marista Pio XII Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho Ponta Grossa-PR - CEP 84015-440 | (42) 3224-0374 SANTA CATARINA Colégio Marista São Francisco Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó- SC CEP 89801-500 | (49) 3322-3332 Colégio Marista de Criciúma Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma-SC CEP 88811-503 | (48) 3437-9122 Colégio Marista São Luís Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 - Centro Jaraguá do Sul-SC - CEP 89251-700 | (47) 3371-0313 Colégio Marista Frei Rogério Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba-SC - CEP 89600-000 (49) 3522-1144 GOIÂNIA Colégio Marista de Goiânia Avenida Oitenta e Cinco, 1440 - Santa Marista Goiânia-GO - CEP 74.160-010 | (62) 4009-5875
PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê DIAGRAMAÇÃO Julyana Werneck FOTO DE CAPA Renata Duda 11ª Edição | 1º Semestre 2013 PERIODICIDADE Semestral
REVISÃO Editora Champagnat
JORNALISTA RESPONSÁVEL Rulian Maftum / DRT Nº 4646 SUPERVISÃO Danielle Sasaki (Grupo Marista) e Maria Fernanda Rocha (Lumen Comunicação) REDAÇÃO REDE Michele Bravos, Julio Cesar Glodzienski, Elizangela Jubanski REDAÇÃO LOCAL Andressa Ferreira (Goiânia), Camila Stivelberg (Brasília), Carolina Veiga (Chapecó e Joaçaba), Daniela Nogueira (São Paulo e Ribeirão Preto), Erika Gonçalves (Cascavel, Londrina e Maringá), Kelly Erdmann (Jaraguá do Sul e Criciúma), Mahani Siqueira (Curitiba e Ponta Grossa), Yolanda Drumon (Colégio Marista Arquidiocesano).
R. Amauri Lange Silvério, 270 Pilarzinho Curitiba-PR – CEP: 82120-000 Tel.: (41) 3271-4700
CAPA Isadora V. Guimarães Senff,
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esudante do Colégio Marista Santa Maria (Curitiba/PR)
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© Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
índice
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O maior desafio de quem pratica esporte está em conciliar a prática com os estudos. Saiba como pais e professores podem auxiliar.
1ª impressão
dia a dia
entrevista
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O Grupo Marista acredita que o esporte é ponto importante para a formação integral de crianças e adolescentes. A prática abre portas para o conhecimento e o aprendizado de qualidade.
Educação física é porta de entrada para uma vida saudável, pautada pelo esporte. Conheça de que forma isso é abordado no colégio.
solidariedade
curiosidade
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índice
como fazer
diversão
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Jogos cooperativos inovam brincadeiras tradicionais. O diferencial é que todos saem ganhando. Saiba como.
Saiba os segredos que o asfalto guarda sobre as corridas.
A Em Família conversou com o primeiro brasileiro a participar do Tour D'Afrique. Ele relata seus sonhos sobre duas rodas e diz como está sendo sua experiência no continente africano.
seu colégio
Confira as matérias elaboradas exclusivamente para o seu colégio.
Incentivar a alimentação saudável nos filhos pode ser mais fácil com o exemplo e acompanhamento dos pais.
Chamem toda a família e aprendam a fazer brinquedos com materiais recicláveis, para todos se divertirem juntos.
essência
compartilhar
olhar
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Irmãos Maristas falam sobre a importância do esporte como ferramenta social.
Confira as dicas dos alunos e professores sobre livros, programas de TV, entre outros, cujo tema é o esporte.
A experiência na Paralimpíada de Londres, em 2012, mudou a percepção do jornalista Thiago Rocha sobre desafios e conquistas.
Educaçãointeiro por 1ª impressão
Fortificar o corpo e purificar a alma, por meio do esporte, é, na visão de Champagnat, proporcionar ao estudante Marista a possibilidade de realizar suas atividades com força, vontade e desejo de querer aprender sempre e com qualidade. A fidelidade à pedagogia Marista, herdada do fundador, exige de nós, educadores Maristas, atenção constante às tendências sociais e culturais de nosso tempo, pois exercem profunda influência na formação da consciência das crianças e dos jovens, assim como em seu bem-estar espiritual, emocional, social e físico.
Para o Marista, educar ultrapassa os limites do ensinar conteúdos e conhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade.
Assim, o Marista, dentro de seus colégios, cria, além de centros de recreação e de esportes, espaços onde eles possam ter a oportunidade de se encontrar e de expressar seu talento criativo. Porque, para o Marista, educar ultrapassa os limites do ensinar
conteúdos e conhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade. Para o Marista, educar uma criança é iluminar sua inteligência formando seu coração; é educar sua consciência fazendo-lhe amar a virtude; é formar sua vontade educando seu caráter; é cuidá-la continuamente ajudando-a a discernir sobre o que é certo e bom para si; é inspirar-lhe o amor ao trabalho e à vontade de querer ser melhor que si mesma; é dar-lhe os conhecimentos que lhe serão necessários em sua situação histórica e em sua condição pessoal. Por fim, educar uma criança, para o Marista, é ocupar-se do seu desenvolvimento físico, por meio das práticas esportivas e culturais que os colégios Maristas oferecem, não por capricho, mas sim por convicção de que esse é o melhor modo de educar e formar bons cristãos e virtuosos cidadãos, para hoje e para amanhã. Boa Leitura!
Ir. Paulinho Vogel Diretor-executivo da Rede Marista de Colégios
© Foto: João Borges
Nossa Em Família deste semestre é sobre esporte. Na verdade, é sobre educação, pois entendemos que tudo o que fazemos no Marista está ligado a esse tema. E o esporte, aliado a uma série de outras atividades, torna nossa proposta educativa diferenciada. O Grupo Marista, desde São Marcelino Champagnat, seu fundador, oferece aos alunos dos Colégios Maristas educação integral de qualidade. Integral, pois suas atividades pedagógicas, junto às crianças e jovens, abarcam todas as dimensões do ser humano. Está explícito em nossa Missão Educativa Marista: “Coerentes com o nosso ideal de proporcionar uma educação verdadeiramente integral, incluímos nas experiências de aprendizagem dos nossos educandos a educação física, da saúde e do meio ambiente. Estimulamos as atividades esportivas como meio para desenvolver suas habilidades físicas e sua coordenação motora, a formação da personalidade, o espírito de equipe, a disciplina pessoal, o reconhecimento de suas próprias limitações, a capacidade de aceitar seus limites e o desejo de obter êxito” (MEM, n. 137). Como valor institucional, o Grupo Marista, em suas várias instâncias de atuação, seja nos hospitais, editoras, universidades ou colégios, preza pela presença significativa. Na ação escolar, procuramos prolongar nossa presença, dando significado a ela junto aos nossos alunos, através do tempo livre, do lazer, das atividades esportivas e culturais, ou quaisquer outros meios.
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dia a dia
© Foto: Acervo Marista
Participação dos alunos do Colégio Marista São Francisco nas Olimpíadas Maristas 2011.
Na aula de hoje:
desvendando o
esporte O objetivo da Educação Física no currículo pedagógico é incentivar a prática esportiva, apresentando-a de forma teórica, prática e desafiadora para o aluno. Saiba como.
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Uma experiência que fica para a vida inteira! A prática do esporte no dia a dia dos jovens e crianças contribui para um melhor funcionamento do corpo e da mente. Os estudantes, por meio de suas práticas esportivas, significam e ressignificam sua presença no mundo, pois por meio delas ampliam a sua relação com os outros, respeitando as regras e as diferenças entre si e desenvolvendo uma consciência mais crítica e política. Consequentemente, influencia no aproveitamento dos estudos em sala de aula e fortalece as relações interpessoais. Pensando nestes benefícios, os Colégios Maristas entendem o esporte como parte da cultura corporal de movimento, bem como da formação integral dos alunos. O Analista de Negócios do Grupo Marista, Honório Hungria Junior, orientador das atividades dos Núcleos de Atividades Complementares da Rede de Colégios, afirma que o esporte é um meio para educação e “tem relação direta com a qualidade de vida, interferindo no relacionamento do sujeito consigo e com os outros”. Para Alessandro Viegas Rodovalho, professor e coordenador de Modalidades do Núcleo de Atividades Complementares (NAC) do Colégio Marista de Brasília, para esse vínculo interpessoal existir, é preciso
ONDE TUDO SE INICIA O trabalho começa cedo. Brincadeiras e jogos são desenvolvidos com as crianças, a fim de desenvolver o trabalho em equipe, o respeito à individualidade e às regras nas práticas esportivas. Essa fundamentação básica, comum a todas as modalidades, dá subsídios para que a iniciação esportiva seja desenvolvida, de forma plena e eficaz, nas séries mais avançadas. “No currículo pedagógico não se tem o esporte como competitivo ou de performance. Dessa forma, ele é trabalhado respeitando e adaptando-se às características de cada indivíduo”, explica o supervisor do Núcleo de Atividades Complementares do Colégio Marista Paranaense, Fernando Knaipp Junior. As aulas de Educação Física devem trabalhar conceitos sobre a atividade física, contextualização e interpretação de conhecimentos, além das práticas cor-
porais. “Nosso objetivo principal é o incentivo à prática esportiva como formação do ser humano enquanto equipe”, conta Paula Melhado Gomes da Silva, coordenadora de Educação Física do Marista Paranaense.
OS INCENTIVOS No Ensino Médio, uma das formas de motivação à prática é a estruturação das aulas junto com os alunos. “Neste ano, sentamos e preparamos juntos a grade curricular das aulas de Educação Física. É a tentativa de um envolvimento mais efetivo”, explica a coordenadora de esportes do Colégio Marista São Francisco, Marlise da Silva. Já no contraturno, são ofertadas
diversas modalidades para aqueles que desejam ter uma rotina esportiva. “Dentro do treinamento, o colégio oferece toda a estrutura, com técnicos especialistas, material de alto padrão e todo o suporte necessário. Tudo o que é necessário para o desenvolvimento do aluno dentro da modalidade”, explica Knaipp. O ambiente físico também influencia no incentivo à prática. “Os Colégios Maristas possuem ampla área e instalações que permitem a exploração das ofertas esportivas. As modalidades esportivas muitas vezes estão alinhadas com as realidades culturais de cada local”, completa Hungria. © Foto: maristabsb/divulgação
um ambiente propício. “É importante desenvolver um ambiente de respeito e de busca pelo conhecimento. Assim, aos poucos os alunos vão se desenvolvendo e ampliando seu repertório motor”.
Olimar
As Olimpíadas ocorrem a cada dois anos e são um dos maiores eventos esportivos do Grupo Marista. As competições, resultados e conquistas vêm, naturalmente, com o esforço dos alunos, que são os verdadeiros protagonistas dessa história. O objetivo dos Jogos é promover uma integração e troca de experiências, uma vez que a cada ano a Olimar acontece em um Colégio. “Temos a oportunidade de conhecer práticas com níveis diferentes do nosso. Também podemos ter contato com culturas regionais diferentes, ampliando nosso ciclo de amizades em um ambiente único”, afirma Rodovalho.
Colégio Marista de Brasília em participação nas Olimpíadas Maristas. © Foto: Tatiane Pereira
Segundo a coordenadora de Esportes do Colégio Marista São Francisco, geralmente são das modalidades oferecidas pelo Núcleo de Atividades Complementares (NAC) que surgem as equipes que participam das Olimpíadas Maristas, conhecidas como Olimar.
Alunos do Colégio Marista Paranaense participando do Projeto Champagnat, em 2012.
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© Fotos: Renata Duda
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Crianças e adolescentes descobrem no esporte um espaço de desafios e conquistas, mas também de muita diversão e até de um futuro profissional
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As aulas de Ginástica Artística também são um momento para estar entre amigas. Entre uma acrobacia e outra, as meninas não perdem tempo para se divertir e colocar o papo em dia.
Na contramão da inatividade – comum entre alguns dessa geração que preferem brincar com jogos virtuais a pular corda ou andar de bicicleta –, ainda existem crianças que sonham em ser jogadores de futebol, ciclistas, atletas de alto nível. João Pedro Custódio, 13 anos, 7º ano do Colégio Marista Goiânia, faz parte desse time seleto. Se não bastasse a exceção, ele pratica automobilismo, que, apesar de conhecido por seus vários pilotos renomados, também não é um esporte muito popular. O pai de João, Geovane Gonçalves, conta que o menino ganhou um kart em 2005. No ano seguinte, ele ia todos os fins de semana ao Kartódromo Ricardo Santos para correr – como uma diversão. Aos poucos, perceberam que ele levava jeito para o automobilismo e João começou a ter uma rotina de treinos e participar de competições. Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria, também teve um incentivo para entrar no uni-
verso esportivo. Foi inspirada pela tia, praticante de ginástica artística por oito anos, que Isadora iniciou as aulas nessa modalidade no colégio. A menina conta que outro fator que contribuiu para isso foram as aulas de Educação Física. “A professora percebeu que eu gostava de ‘dar estrelinha’, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a ginástica”. Hoje, a menina treina duas vezes por semana e já conta com algumas medalhas. Apesar de adorar ginástica, ela sabe que a vida de esportista é curta. Por isso, afirma que, quando crescer, quer fazer o curso de Arquitetura e Urbanismo. Até lá, resta a Isadora conciliar a rotina de ginasta com os estudos do Ensino Fundamental. Organizar o tempo entre prática esportiva e estudos é, na verdade, o maior desafio dos jovens esportistas. Isso tanto para João e Isadora quanto para a maioria das crianças e adolescentes que praticam algum esporte, profissionalmente ou não.
A professora percebeu que eu gostava de dar estrelinha, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a Ginástica. Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria
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ESPORTE AUXILIA NO APRENDIZADO Essa conciliação é mais que essencial, uma vez que o esporte praticado de forma assistida e saudável influencia positivamente no aprendizado. Estudos observacionais mostram forte tendência positiva de que a prática de esportes contribua para o aprendizado de matérias convencionais. Segundo o médico ortopedista Mark Deeke, especialista em Medicina Esportiva, as atividades aeróbicas – como corrida, natação e ciclismo – ativam uma área do cérebro chamada de hipocampo, responsável pela memorização e aprendizado, além de aumentar a atividade neural, o que, consequentemente, potencializa a assimilação de conhecimento. A professora de Educação Física Amanda Fistarol, do Colégio Santa Maria, completa que, no esporte, a criança aprende a desenvolver habilidades que farão diferença em sala de aula. São elas: concentração, motivação, trabalho em equipe, disciplina. “Na prática esportiva,
exige-se disciplina da criança. É natural que isso reflita no comportamento do aluno em classe”. Gonçalves conta que João tinha dificuldades na escola antes de ingressar no esporte. A situação mudou quando começou a correr de kart. “O Colégio Marista foi fundamental na hora de conciliar as dezenas de atividades escolares com treinos e competições, propiciando um calendário bem organizado e adequado à situação de João Pedro". Esse posicionamento da instituição de ensino também fez toda a diferença na vida de Khiuani Dias, 21 anos, ex-ginasta da Seleção Brasileira e, atualmente, estudante de Educação Física na PUCPR. Dulcenea Alves Wisniewski, educadora e professora do Colégio Marista Paranaense, pondera que os pais precisam elaborar uma rotina para os filhos, estabelecendo limites e horários. “Isso ajuda a criança a estabelecer prioridades para que o estudo não seja comprometido”.
Por um mundo em movimento A falta de atividade física pode trazer consequências negativas para as futuras gerações. Veja alguns dados: l 30% DE CRIANçAS COM OBESIDADE l R$ 2.741,00 A MAIS POR ANO DE GASTOS COM A SAÚDE
João Pedro conta com o apoio da família e do Colégio para conciliar estudos com rotina de treinos e competições.
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© Foto: Luca Bassani
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l MENOS ATIVIDADE FÍSICA ESTÁ ASSOCIADA A NOTAS RUINS NA ESCOLA l 5,3 MILHõES DE MORTES PREMATURAS POR ANO GRAçAS à INATIVIDADE
Fonte: www.designedtomove.org
CONFIRA A ENTREVISTA COM O TREINADOR ALFREDO CARLOS SCREMIN, DO COLÉGIO MARISTA PARANAENSE, HÁ MAIS DE 30 ANOS NA ÁREA. JÁ PASSARAM POR SUAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MENINAS E MENINOS QUE, HOJE, SEGUEM CARREIRA NO ESPORTE.
Como identificar um atleta nato? O aluno que tem um perfil para esportista normalmente é mais ligado em todas as modalidades esportivas. A gente percebe que o aluno é mais centrado, gosta mais de fazer as coisas, participar. Isso remete ao perfil de um esportista.
Qual a hora certa para inserir a criança em uma rotina mais profissional no esporte? O esporte deve começar como lazer e sociabilização. Eu acho que até os 18 anos não deve existir uma competitividade exacerbada, deixando os atletas mais livres para a criatividade e não presos em táticas ferrenhas. Caso o talento aflore precocemente, a criança deve participar de competições sempre com acompanhamento de psicólogos.
Quais as possibilidades profissionais para os atletas, quando o corpo já não responde mais tão bem quanto antes?
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O próprio esporte tem necessidades de pessoas que têm vivência e, inclusive, uma formação. A carreira pós-esportiva também é bastante proveitosa. Como, por exemplo, o jornalista Caio Ribeiro, que já foi jogador do São Paulo e hoje é comentarista. Ele tem uma boa formação e continuou a estudar mesmo depois de ter parado de jogar futebol. Hoje ele é um comentarista respeitado. Tem também a possibilidade de virar técnico da modalidade em que jogou. E, ainda, esportistas da nova geração que estão se tornando dirigentes do esporte.
COMPETIÇÕES Desde que sejam encaradas de uma forma saudável, as competições podem ser positivas para o desenvolvimento de quem pratica uma atividade. “Na competição, a criança é desafiada a superar seus próprios limites. As competições incentivam os alunos a prosseguirem e crescerem no esporte”, afirma a educadora física Amanda. Letícia Arakaki, 12 anos, 7º ano do Colégio Maristinha de Brasília, não perde uma competição. A mãe Maricelma Arakaki incentiva: “Nas competições, eles podem conhecer outros grupos e isso os ajuda a ter um feedback de como estão”. Isadora concorda que conhecer outras pessoas é uma das melhores partes dos concursos, que, na verdade, tornam-se uma diversão, pois não deixa de ser uma viagem entre amigas. João Pedro afirma que vale muito a pena viajar para
competir. Para ele, sua viagem inesquecível foi para uma competição em Las Vegas (EUA).
ESPORTE TAMBÉM É DIVERSÃO É nesse clima de descontração que o esporte deve ser levado na infância. A educadora Dulcenea lembra que a prática deve estar relacionada ao prazer e ao bem-estar, não sendo uma obrigação para as crianças. “Nessa fase, a atividade deve ser encarada como uma brincadeira, uma descoberta. Com o tempo, as aptidões se aperfeiçoam e, mais tarde, podem virar profissão”, explica. Mesmo aqueles que levam o esporte mais a sério desde pequenos, o ideal é que não vivam sob pressão. Segundo especialistas, a ausência de cobranças é favorável. Sem estresse, o rendimento é melhor, refletindo em outras áreas positivamente, como os estudos e o convívio social.
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Feitos para
se mexer
Contra inatividade física, ONG luta por um futuro mais agitado, em que as crianças brinquem, corram, movimentem-se mais
Ao olhar para essa geração de pequenos internautas, sempre conectados em seus tablets e PSPs (o Playstation portátil), surgem as lamentações, permeadas de muita preocupação. “Na idade deles, eu estava jogando bola com os amigos”, “eu estava correndo pela rua”, dizem os pais. Ao mesmo tempo em que toda essa inserção no mundo tecnológico pode propiciar um raciocínio mais ágil, que encontra solução para tudo, tanta inércia física pode trazer consequências negativas no futuro. Lembra-se da animação Wall-e, da Pixar? Pois é, eles não estavam enganados ao mostrar um futuro de pessoas obesas e preguiçosas. É nesse contexto atual, de pouca atividade, que a ONG Designed to Move faz um alerta a todos. A ONG afirma que, pela primeira vez na história, uma geração viverá menos que a anterior. A geração é essa, a das crianças conectadas. Por isso, o apelo é claro: mexam-se!
E é aí que o papel de pais e professores faz-se essencial. Para a empresária Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, 13 anos, do 8º ano do Colégio Arquidiocesano, não basta falar para a criança o quanto é importante praticar esporte, é preciso dar exemplo. “Eu acho que o maior incentivo é a família se engajar. Meu marido, meus filhos e eu jogamos tênis juntos. As aulas são separadas, mas, no fim, sempre jogamos uma partida em família”. Joelma afirma que Nicolle adora, principalmente, por ter companhia. Para que a criança cresça sabendo do valor do esporte em sua vida, a psicóloga Patrícia Ribeiro, mestre em Psicologia da infância e adolescência e também professora da PUCPR, aconselha que os pais expliquem aos filhos a razão pela qual eles estão sendo incentivados a fazer uma atividade esportiva. “Os pais precisam trocar informações com a criança, dentro das capacidades infantis de compreensão”.
Eu acho que o maior incentivo [para a prática esportiva] é a família se engajar. Eu, meu marido e meus filhos jogamos tênis juntos. Hora do esporte também é hora de estar em família
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Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, Colégio Arquidiocesano
A ESCOLHA CERTA
TÁ NA HORA DO QUÊ? A idade da criança pode ajudar os pais a definir a atividade do filho.
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3 a 5 anos de idade
Não devem fazer mais de três ou quatro horas de exercícios físicos por semana. Nessa idade, o melhor esporte que as crianças podem praticar é a natação, porque desenvolve a coordenação, a resistência, a disciplina e a relação entre o esforço e os resultados.
© Foto: Sxc.hu
© Foto: Sxc.hu
5 a 7 anos de idade
Por vezes, a escolha por uma atividade pode ser incomum. Como a de João Pedro. É preciso estar atento ao que a criança faz, para auxiliar nessa decisão. Segundo a psicóloga Patrícia, uma boa estratégia para escolher a atividade é observar a forma como a criança se diverte, o que ela mais gosta de fazer quando está sozinha ou entre outras crianças. Para ela, a escola também pode auxiliar nesse processo, pois é lá que a criança tem contato com várias atividades físicas. A aluna Letícia, do Colégio Maristinha, optou pelo futebol e a escolha por esse esporte se deu nas aulas de Educação Física. “Ela sempre viu a irmã jogar handebol, mas, na escola, ela conheceu o futebol. A decisão foi totalmente dela”, diz a mãe da menina, Maricelma. Segundo a psicóloga, outra boa maneira de auxiliar uma criança em suas descobertas é permitir que ela experimente. Para isso, é importante que os pais criem essas possibilidades, mas sem exigir nenhum resultado inicial.
O esporte que praticam nessa idade pode dar uma base para as diferentes capacidades. O ideal é um esporte individual e outro coletivo. O individual pode ainda ser a natação, a ginástica desportiva ou as artes marciais; e o coletivo seria o futebol, basquetebol, handebol, voleibol, entre outros.
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8 a 9 anos de idade
Nessa idade, os pais já começam a se perguntar se a criança precisa do esporte como atividade física ou se querem levar isso mais a sério. Pais e filhos devem conversar, porque, se optarem pelo segundo, terão de estar dispostos a enfrentar competições, já que haverá necessidade de maior dedicação e esforços.
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entrevista
Verde e amarelo © Fotos: Arquivo pessoal
do outro lado do Atlântico
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Pela primeira vez, o Brasil tem um representante no Tour d’Afrique. A paixão pela bicicleta fez Alexandre Costa Nascimento encarar uma expedição de quatro meses montado em duas rodas. Em um bate-papo entre as pedaladas, ele conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida
Ele é ciclista, blogueiro e jornalista. Alexandre Costa Nascimento é o primeiro representante brasileiro e também primeiro ciclista latino-americano em uma expedição ciclística nas estradas africanas – o Tour d´Afrique (TDA). O evento é anual e propõe que o participante percorra, de bicicleta, o continente africano de ponta a ponta. Em 10 edições, já reuniu cerca de 400 ciclistas de mais de 20 países. A largada aconteceu no Cairo, Egito, no dia 10 de janeiro. A chegada é só em maio, dia 11, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Cansou só de pensar? Não esqueça que é tudo de bicicleta. Em um bate-papo, graças à tecnologia da internet, o aventureiro conversou com a reportagem da Em Família sobre o incentivo ao ciclismo e sua paixão pela modalidade. Como surgiu o projeto para ir ao continente africano?
Qual a importância dessas jornadas e de quantas já participou?
Como foi a Costumo dizer que minha paixão descoberta da pelas bicicletas começou no exato paixão pelas instante em que meu pai soltou as bicicletas?
mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas. Durante a infância e adolescência em Araraquara, cidade no interior de São Paulo onde nasci e cresci, pratiquei diversas atividades esportivas: judô, tênis, natação, hipismo, futebol. Mas o que eu gostava mesmo era de pegar minha bicicleta e desbravar trilhas e estradas. Diferentemente de um esporte competitivo, em que o objetivo é vencer um oponente ou ganhar uma medalha, a recompensa para quem pedala vem com o vento no rosto, as paisagens e os amigos que se faz ao longo do caminho, seja em uma pequena cidade no interior de São Paulo ou atravessando o continente africano.
Descobri a existência do Tour d’Afrique há cerca de três anos, enquanto pesquisava na internet sobre roteiros para uma viagem de bicicleta. A partir daí, realizar essa aventura tornou-se mais que um sonho, um grande objetivo. Participar do TDA também é uma chance de aliar três das minhas grandes paixões: o jornalismo, as bicicletas e a África.
Faço da bicicleta uma bandeira política para a construção de cidades mais humanas e também um meio para um estilo de vida mais saudável e harmonioso, usando-a como meio de transporte no dia a dia. Além do TDA, já pedalei no Deserto do Atacama (Chile), Salt Lake City (EUA), Berlin (Alemanha), Colônia do Sacramento (Uruguai), Rodovia Transpantaneira (Mato Grosso), Circuito Vale Europeu (Santa Catarina) e Parque do Superagui (Paraná).
De que forma acontecem os incentivos dos países que investem em bicicleta como transporte?
A principal questão é a forma como a bicicleta é encarada pelo poder público. Enquanto nas principais cidades do Brasil a bicicleta ainda é vista apenas como um instrumento de lazer, em cidades europeias ou nos Estados Unidos, a bicicleta surge como uma solução para os problemas do trânsito. Assim, ela passa a fazer parte da equação e todo o planejamento urbano passa a considerar o incentivo à utilização da bicicleta, tornando o uso do automóvel particular mais difícil e custoso. Como podemos perceber, ainda estamos na contramão do modelo ideal.
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© Foto: Arquivo pessoal
entrevista
Costumo dizer que minha paixão pelas bicicletas começou no exato instante em que meu pai soltou as mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas. O que é preciso para que o brasileiro se torne mais acessível à implantação da bicicleta na rotina?
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As ações devem ser sistêmicas e atingir o planejamento das vias, sinalização, campanhas de educação para motoristas, ciclistas e pedestres, fiscalização, segurança (aí se entende tanto a segurança de trafegar nas ruas quanto a de não ter a bicicleta roubada ou furtada), a iluminação pública etc. A decisão final, contudo, é pessoal. A bicicleta é o meio de transporte mais eficiente em grandes cidades para deslocamentos de até oito quilômetros entre um ponto e outro. Considerando que mais da metade dos deslocamentos diários de carro em uma capital como Curitiba são feitos dentro desse perímetro, poderíamos, com programas adequados de incentivo, ter mais pessoas pedalando e menos carros poluindo o ar e congestionando as ruas das nossas cidades.
Ciclismo deveria ser mais difundido entre as crianças como opção de esporte já nos ensinos fundamentais e médios?
Em tese, sim. Mas não apenas como esporte e, sim, como estilo de vida. Mas de que adianta uma criança aprender dentro da sala de aula os benefícios de usar a bicicleta como meio de transporte e não poder ir pedalando para o colégio todos os dias? Em cidades alemãs, quase a totalidade das crianças a partir do 1º ano vão e voltam da escola pedalando todos os dias (inclusive dias de neve). Hoje, é difícil imaginar uma família tradicional de uma metrópole brasileira, em que os pais concordem e se sintam confortáveis em deixar seu filho ir pedalando para a escola. Vivemos em uma sociedade que acredita que o problema para a falta de segurança é usar carro blindado e viver em condomínios fechados. Isso é sintomático e mostra a gravidade do problema. Uma cidade só é realmente segura se uma criança de 7 anos puder pedalar sozinha pelas ruas e ciclovias.
índice
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O estudante Theo Souza, de 16 anos, tem como sonho ser jogador de futebol. Mas, o garoto tem os pés no chão: preza uma vida saudável e disciplinada também fora dos campos, não deixando de lado os seus estudos para um futuro brilhante.
destaque
com a palavra
ed. infantil
en. fundamental
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A atividade física como ferramenta para o aprendizado das crianças pequenas.
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O professor José Roberto Guimarães, o Zeca, fala sobre a importância das suas aulas e como a prática esportiva se une ao conteúdo de outras disciplinas.
en. médio
diz aí
caleidoscópio
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Diretoria-Geral.
Estudo e esporte podem andar juntos e garantem aos alunos objetivos alcançados, segundo Leonardo de Carvalho, professor de Educação Física do Santa Maria.
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Quais esforços os alunos são capazes de fazer para conquistar a vitória nos esportes que praticam.
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você sabia?
gente nossa
ser melhor
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Curiosidades do Colégio.
Ex-alunos contam a sua trajetória na vida esportiva.
Destaques dos principais acontecimentos do Colégio.
Ações da Pastoral.
com a palavra
Esporte:
ferramenta formadora
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porte como uma atividade constante no dia a dia. Entretanto, como falamos de dentro da escola, reforçamos que essa prática desenvolve habilidades psicomotoras e favorece a aprendizagem, melhorando o desempenho escolar. Nosso primeiro objetivo com a prática esportiva na escola é que o aluno tenha consciência do seu corpo e esteja em harmonia com ele. Um segundo, que ele interaja com o outro e vivencie os valores em que acreditamos. É passando a bola, esperando a vez, respeitando o ritmo e a velocidade do outro que grandes aprendizagens se consolidam. Estas, muitas vezes nem são formalmente avaliadas, mas, temos certeza, são diferenciais na formação dos nossos alunos. E, depois de tantas vantagens, quando percebemos o surgimento de um futuro atleta, acreditamos que é simplesmente a consequência de um trabalho desenvolvido, com muita seriedade, ao longo de toda a história escolar.
(...) reforçamos que essa prática desenvolve habilidades psicomotoras e favorece a aprendizagem, melhorando o desempenho escolar.
Gerson Luis Carassai Diretor-Geral
Boa leitura!
Colégio Marista Santa Maria
© Foto: Acervo do Colégio
Falamos de dentro da escola. Impossível, portanto, distanciarmo-nos do objetivo maior buscado nesse espaçotempo: a aprendizagem. São inúmeros os fatores que contribuem para melhorar a capacidade de aprender, e inegavelmente, um deles é a atividade física, tema central desta edição da revista Em Família. Parece redundante listar os benefícios dessa atividade para uma sociedade já preocupada com a qualidade de vida. O fato é que aquilo que já é muito dito, muitas vezes, não é praticado. E é aqui que entra a informação e a formação das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Desde os anos iniciais, eles aprendem que a atividade física melhora a circulação sanguínea, a coordenação dos movimentos, a disposição, a mobilidade. Tomam conhecimento de que a prática esportiva favorece a resistência, a flexibilidade, a postura, o equilíbrio, a disciplina, a autoestima e o bom humor. Que promove a interação social, o bem-estar. Que diminui o cansaço, o estresse, o risco de doenças cardíacas e a obesidade. Só esses benefícios já seriam mais do que suficientes para consolidar o es-
ed. infantil
Os primeiros passos do
esporte
Não é segredo para ninguém que a prática de atividades físicas frequentes proporcionam inúmeros e produtivos benefícios para a saúde e o bem-estar. Dos pés à cabeça, todo o corpo pode sentir as vantagens de uma vida esportiva, desde que o exercício seja feito com acompanhamento e responsabilidade. Porém, além da ótima influência sobre a saúde, o esporte também pode ser deci-
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sivo para melhores resultados na sala de aula e na rotina de trabalho. A atividade física, quando realizada de maneira prazerosa, é capaz de desenvolver e aperfeiçoar diversos valores importantíssimos para o bem-estar, rendimento e participação no dia a dia na escola ou no escritório. Segundo Anderson Retechuki, supervisor do Núcleo de Atividades Complementares do Marista Santa
Colégio Marista Santa Maria
Maria, o esporte tem participação decisiva na formação das crianças desde os primeiros anos de vida. “O esporte propicia para a criança o contato com muitos valores e comportamentos sociais fundamentais para o desenvolvimento humano. Com a atividade física, elas estabelecem um respeito em relação ao próximo (companheiros, adversários, treinadores), aprendem a esperar, a
© Fotos: Sxc.hu | Acervo do colégio
A atividade física é a melhor forma de cuidar do corpo, mas também pode ser uma excelente ferramenta para o aprendizado desde a Educação Infantil
conviver em grupo de maneira harmoniosa e a respeitar os próprios limites”, avalia Anderson. O professor também vê a disciplina como um fator que deve ser levado em conta na hora de estudar as vantagens da atividade física nos primeiros anos de vida do aluno. “Ressalto o esporte como ferramenta disciplinadora. Os horários de treinamento, as regras impostas aos atletas e a responsabilidade em cada treino ajudam muito nas tarefas escolares e no aprendizado como um todo”, comenta. No caso da faixa etária da Educação Infantil, Anderson revela que a melhor forma de incluir o esporte na vida das crianças é fazer com que a atividade seja recreativa, proporcionando diversão e, ao mesmo tempo, uma forma de desenvolver a coordenação motora e o respeito, além de estabelecer um momento para o ensinamento da disciplina com colegas e professores.
O ESPORTE E A SALA DE AULA Segundo Anderson, a Educação Física também é uma aliada das outras disciplinas curriculares e um instrumento que deve ser utilizado para incentivar os estudantes a cumprir suas obrigações na escola e em outros momentos da rotina diária. “O esporte pode ser extremamente útil como ferramenta de motivação e, também, como uma plataforma de aprendizado. A partir do momento em que a criança aprende as divisões de horários e as responsabilidades ensinadas nas aulas de Educação Física, ela com certeza levará isso para sua rotina diária, o que inclui a sala de aula. Assim, o aluno também prepara seu aprendizado para o futuro e inicia sua formação como cidadão”, explica. A energia extravasada, o relaxamento e descontração proporcionados pelo esporte e a possibilidade de interagir consigo mesmo e com os co-
ANDERSON RETECHUKI supervisor do Núcleo de Atividades Complementares do Marista Santa Maria.
legas também são fundamentais para que a atividade física tenha aproveitamento máximo na rotina dos estudantes. “A Educação Física curricular é muito útil para as disciplinas da sala de aula porque o aluno tem a obrigação de colocar o corpo em movimento, de se mexer e de extravasar a energia acumulada. Desse modo, ele ganha condições para poder se concentrar mais no conteúdo e nas tarefas das outras matérias”, afirma o professor. E se há alguma dúvida quanto aos benefícios trazidos pela prática esportiva, não faltam exemplos que entraram em quadras, pistas, campos e piscinas de uma forma, e saíram totalmente diferentes, com novos rumos e objetivos. “Há inúmeros casos de alunos que tiveram melhora na sala de aula em função do seu desenvolvimento no esporte e na Educação Física. Isso acontece porque, geralmente, o professor de atividades físicas tem grande poder de persuasão em relação aos alunos, por permanecer vários anos com eles, criando proximidade e intimidade. Assim, com um conhecimento mais profundo das características de cada estudante, os treinadores podem ajudá-los muito no desempenho escolar”, completa Anderson.
O esporte pode ser extremamente útil como ferramenta de motivação e, também, como uma plataforma de aprendizado.
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en. fundamental
Esporte:
ensinamento fundamental
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ColĂŠgio Marista Santa Maria
Em entrevista à revista Em Família, Zeca, professor de Educação Física do Santa Maria, comenta as vantagens da atividade física para os alunos do Ensino Fundamental
© Foto: Acervo do Colégio
José Roberto Guimarães. Para quem acompanha os cadernos de esportes em jornais e revistas, ou tem um mínimo conhecimento de voleibol, o nome parece, sem dúvida nenhuma, bastante familiar. Trata-se, afinal de contas, do nome do treinador da seleção brasileira feminina de vôlei, bicampeão olímpico (em Pequim-2008 e em Londres-2012, ele levou as meninas à medalha de ouro) e atleta bem-sucedido, com passagens importantes pela seleção masculina. Esta entrevista, no entanto, naturalmente não foi feita com o José Roberto treinador da seleção brasileira. O José Roberto das próximas linhas também tem o esporte correndo nas veias, a vocação para ser treinador e uma íntima relação com a educação física. O nome completo do nosso entrevistado é José Roberto Dutra Dória Guimarães. Mas pode chamar de Zeca. É assim, pelo menos, que todos no Colégio o conhecem. Responsável pelas aulas de Educação Física de todas as faixas etárias no Santa Maria, Zeca conversou com a redação da revista Em Família e falou sobre a importância de suas aulas para os alunos do Ensino Fundamental, a motivação que sua disciplina pode despertar nos estudantes e como a prática esportiva pode se relacionar com o conteúdo das outras matérias. O resultado do papo foi digno de medalha de ouro. Duas, ainda por cima. De que forma a prática esportiva pode beneficiar os estudantes no desempenho escolar? A prática esportiva realizada de maneira correta (tempo da prática, o seu desenvolvimento, etapa de repouso, dentre outros detalhes), com certeza,
traz muitos benefícios aos estudantes, o que já foi comprovado por inúmeras pesquisas. O ato de pensar para realizar algo dentro do esporte, tanto na parte técnica como na tática, a concentração, a organização, o saber ganhar e perder, são fatores que influenciam e ajudam os estudantes no desempenho escolar. Quais as melhores maneiras, na faixa etária dos alunos de Educação Fundamental, de motivá-los tanto nos esportes quanto na sala de aula? A forma mais eficiente de fazer isso é oferecer atividades que os alunos se sintam motivados a praticar. Alguns aspectos são importantes para que isso aconteça e os resultados alcancem a maior eficácia possível. Os professores devem ser muito bem capacitados e utilizar estratégias inovadoras. A estrutura e os materiais precisam ser adequados. Além disso, a escola deve investir na promoção e na participação em torneios e competições, desde as mais simples até as mais complexas. É possível fazer com que os alunos utilizem o esporte para melhorar o desempenho em provas e tarefas de outras disciplinas? Sim, pois a prática esportiva desenvolve algumas competências e habilidades no ser humano que o tornam apto a melhorar seu desempenho. Como a Educação Física pode se relacionar com as diversas outras matérias da grade curricular? Por trabalhar com os alunos de forma completa, corpo e mente, a prática esportiva consegue desenvolver atividades e elaborar projetos com outros componentes curriculares, tornando
mais eficiente e produtivo o aprendizado do aluno. Você tem exemplos de alunos que, graças à Educação Física e às atividades esportivas, conseguiram melhorar seu desempenho nas outras matérias? Com certeza. São vários exemplos que utilizam o esporte como ferramenta para aumentar a produtividade em sala de aula. Isso acontece principalmente pelos aspectos já abordados, como organização, concentração e atitudes. O Colégio possui atividades multidisciplinares que envolvem Educação Física? Quais são seus principais benefícios aos alunos? Sim. Para determinados anos (séries), são realizados projetos interdisciplinares para estudar vários temas conforme os assuntos abordados. Isso faz com que os alunos compreendam de forma mais ampla o conteúdo de todas as matérias.
A prática esportiva consegue desenvolver atividades e elaborar projetos com outros componentes curriculares, tornando mais eficiente e produtivo o aprendizado do aluno.
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en. médio
No mesmo time © Foto: Acervo do Colégio
Estudo e esporte podem jogar juntos e ajudar o aluno do Ensino Médio a garantir seus objetivos tanto nas quadras quanto nas concorridas provas de vestibular
O Ensino Médio não é um período fácil na vida de nenhum estudante. Livros por todo o lado, estudo por longas horas do dia e a responsabilidade de se preparar da melhor forma possível para o importante desafio do vestibular. A necessidade de começar a pensar sobre qual profissão seguir e os compromissos extracurriculares, como cursos de idiomas e outras atividades que exigem máxima dedicação intelectual, tornam a carga ainda mais pesada para os adolescentes. Apesar das obrigações que se acumulam, da pressão por bons resultados na sala de aula e do mo-
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mento de pensar no futuro ou em uma carreira, o esporte pode ser uma ferramenta fundamental para diminuir o estresse causado pelas tarefas, e é capaz de aumentar o rendimento escolar dos estudantes. Segundo Leonardo de Carvalho, professor de Educação Física do Santa Maria, a atividade física pode proporcionar inúmeros benefícios aos jovens da faixa etária com que ele trabalha. “Além dos benefícios fisiológicos da prática esportiva no organismo, ela pode auxiliar no desempenho escolar agindo nas funções cognitivas dos indivíduos envolvidos em atividade física regular. Estudos sugerem que o processo cognitivo seria mais rápido e mais eficiente em indivíduos fisicamente ativos”, explica Léo, acostumado a fazer do esporte uma ferramenta fundamental para incentivar seus alunos em diversas ocasiões. Segundo ele, os alunos que praticam esportes tendem a ser motivados, interessados e líderes em suas turmas. Tais caraterísticas fazem com que os estudantes envolvidos com a Educação Física se destaquem no ambiente escolar, de forma a favorecer a autoestima e incentivar o jovem a buscar sucesso também nas provas e tarefas relacionadas ao estudo, como o temido vestibular, por exemplo.
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“Apesar de não ser uma disciplina presente no vestibular, a Educação Física atua no controle do estresse, diminuindo a tensão e promovendo a oxigenação corporal. Dessa forma, a assimilação do conteúdo é facilitada. Um dos efeitos no organismo de praticantes de atividade física é o aumento do fluxo sanguíneo cortical, que melhora a resposta ao estresse e diminui a tensão muscular”, comenta o professor.
EXEMPLOS ESPORTIVOS Desde que começou a trabalhar com esportes, e principalmente depois que se tornou professor de Educação Física, Leonardo passou a ter contato com os mais diversos e variados perfis de estudantes. Ele garante que, desse total, não são poucos os que conseguiram aumentar seu aproveitamento nas matérias cobradas no vestibular utilizando a atividade física como alavanca. “São inúmeros os exemplos de alunos melhoraram seu desempenho atrelando o rendimento escolar à participação em eventos esportivos. Atletas precisam de organização para dar conta da rotina semanal de estudos e treinamento”, completa Léo, satisfeito por poder ajudar tantos estudantes com as ferramentas disponibilizadas pelo esporte.
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?
diz aí
Qual é o preço da vitória
MARCELA REIS PIAZZETTA 2ª Série EM
Basquete
Handebol
"O preço da vitória é treinar bastante para alcançar as conquistas. Tenho muito orgulho de saber que valeu a pena tudo que treinei. O sabor da vitória é muito bom."
"Depois de muito suor e força, a vitória não tem preço mensurável; é muito legal. Mesmo com todo o esforço, dá vontade de ir atrás e buscar mais."
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Colégio Marista Santa Maria
MURILO TOURINHO DÓRIA GUIMARÃES 1ª Série EM Futsal
"É sempre bom lembrar as conquistas que a gente teve quando criança, pois as levamos para o resto da vida. O gosto é inexplicável, não tem como medir."
© Fotos: Acervo do colégio
LUCAS RODMANN PEREIRA 2ª Série EM
PEDRO HENRIQUE BASTIAN DE MOURA E COSTA 1ª Série EM
MYLLENA MARESSA DO NASCIMENTO DUARTE 1ª Série EM
Futsal
Basquete
"A vitória não tem preço. É muito gratificante chegar a um jogo tenso e acabar ganhando, o que tira um peso enorme das costas. Todo o esforço vale a pena."
"É inexplicável. Você se esforça bastante para aquilo e, quando alcança o objetivo, fica muito feliz, por você mesmo e por seu técnico."
ENRICO BRAZ JUNKES 2ª Série EM Basquete
"O que mais vale a pena é o amor pelo esporte, você querer vencer e ser melhor em cada jogo. O preço é treinar muito, o maior tempo possível. A recompensa é ver que seus esforços não foram em vão."
OPINIÃO DA EDUCADORA A assistente do Núcleo Psicopedagógico do Santa Maria, Eliane Emilia Vigo, garante que a superação de desafios e conquista de objetivos no esporte propiciam inúmeros benefícios ao crescimento dos alunos. “O esporte ensina disciplina, senso de responsabilidade, solidariedade, socialização, a lidar com imprevistos, perdas, a trabalhar em equipe, programar metas,
além de facilitar a adaptação ao ambiente e desenvolver o respeito e a autoconfiança. Todos esses benefícios influenciam outras áreas da vida familiar, social, acadêmica e cultural”, afirma Eliane.
ELIANE EMILIO VIGO Assistente do Núcleo Psicopedagógico
Colégio Marista Santa Maria
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CRUZ PEREGRINA
2013
Cerca de 60 alunos, do 6º ano do Ensino Fundamental à 2ª série do Ensino Médio, foram recebidos no Recanto Santa Maria para o Dia da Acolhida para novos alunos Maristas.
SOLIDARIEDADE
CULTURA
© Fotos: Acervo da Pastoral | Marketing Santa Maria
DIA DA ACOLHIDA
No fim de fevereiro, os alunos Maristas receberam os símbolos da Cruz Peregrina e o Ícone da Virgem Maria, que está visitando todas as cidades brasileiras, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
PMJ Durante quatro dias, o curso de formação para novos monitores movimentou a PJM do Colégio Santa Maria e garantiu aprendizado e diversão aos alunos.
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Colégio Marista Santa Maria
© Fotos: Acervo da Pastoral | Marketing Paranaense
caleidoscópio
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS Alunos do 1º ano se divertem com uma descontraída aula de contação de histórias na biblioteca infantil do Colégio.
© Fotos: Marketing Santa Maria | Estúdio Santa Maria
MUSEU ITINERANTE O projeto Museu Itinerante, que continua a todo vapor, levou os alunos do 6º ano do Santa Maria para conhecer todos os detalhes do Museu Paranaense.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER Um café da manhã no dia 8 de março marcou as comemorações no Santa Maria pelo Dia Internacional da Mulher.
MAIO
FORMATURAS
COMEMORAÇÕES
CORAL
© Fotos: Estúdio Santa Maria | Marketing Santa Maria
O Coral do Colégio Marista Santa Maria, o Coral Curumin e a Orquestra de Câmara da PUCPR se uniram para realizar o aplaudidíssimo Concerto de Natal.
TERCEIRÃO Sorrisos e abraços por todos os lados. Assim foi a comemoração no Teatro Marista Santa Maria para todos os alunos que celebraram a formatura do Terceirão.
VIDA UNIVERSITÁRIA Os alunos Maristas que se transformaram em orgulhosos calouros de diferentes cursos e universidades tiveram seus nomes exibidos em enormes banners no pátio do Santa Maria.
Colégio Marista Santa Maria
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© Foto: Acervo do Colégio
destaque
Bola no pé e olhos no futuro
Atleta do Santa Maria no futsal, Theo Souza já sonha com o futebol profissional, mas não se esquece da saúde e dos estudos 30
Colégio Marista Santa Maria
Nem Barcelona, nem Real Madrid, nem Manchester United e muito menos um clube milionário da Rússia ou do Oriente Médio. Perguntado sobre o time que tem o grande sonho de defender caso alcance o dourado objetivo de se tornar jogador de futebol profissional, o estudante Theo Souza, com 16 anos e cursando o Terceirão no Santa Maria, não foi muito longe e deixou sua imaginação viajar apenas até o Couto Pereira. A casa do Coritiba, estádio que ele atualmente frequenta apenas como torcedor, seria o palco perfeito para a tão desejada carreira. Com a camisa do Coxa, Theo pretende viver a experiência de estar no estádio alviverde por outra perspectiva: dentro do campo. Para isso, no entanto, ele ainda tem uma longa caminhada, cujos primeiros passos já foram dados e são mais do que promissores. “Comecei a jogar bola quando tinha 6 anos de idade, no Círculo Militar do Paraná. O interesse em participar de competições e campeonatos foi despertado logo no primeiro ano de treino. Depois de surgir essa vontade, o técnico me convidou para participar da equipe”, relembra o jovem atleta. Por enquanto, Theo joga futsal, como forma de se preparar para os desafios que virão no futebol de campo e refinar os fundamentos, aperfeiçoar a técnica e ganhar experiência em competições. Por enquanto, a tática tem dado certo e, em 2012, jogando pela equipe sub 17 do Santa Maria, ele ajudou o Colégio a conquistar dois importantes troféus. “No ano passado, tive meus resultados mais expressivos. Fomos campeões da Copa Curitiba e da Liga Escolar”, conta. Quando chegar ao futebol de campo, Theo já tem a posição escolhida. Acostumado a jogar de central no futsal, ele garante que está preparado para se tornar um bom zagueiro nos gramados. E a inspiração vem simplesmente do melhor time do
mundo. Apesar de contar que não tem nenhum ídolo no esporte, ele disse se inspirar no futebol de Puyol, o defensor cabeludo do Barcelona e da seleção da Espanha, atual campeã mundial e europeia. Conhecido pela garra e qualidade nos desarmes, além de um preciso jogo aéreo, o jogador é, certamente, um dos melhores zagueiros em quem se espelhar.
PELO FUTURO E PELA SAÚDE Embora não esconda que seu desejo maior no futebol é um dia vestir a camisa de um time profissional – o Coxa, de preferência –, Theo Souza afirma que ter seu nome gritado pela torcida na arquibancada não é o único objetivo que tem no esporte. A saúde e os cuidados proporcionados pela atividade física também são, para ele, fundamentais. “O principal motivo de eu fazer esporte é minha busca por uma vida saudável. Mas com certeza eu ficaria muito feliz se isso resultasse em uma carreira profissional”, diz o aspirante a zagueiro coxa-branca, que concilia os treinos nas noites de terças e quintasfeiras com as tarefas escolares, mas garante não se incomodar. Perguntado sobre os maiores benefícios que o esporte traz para sua rotina, Theo afirmou que as vantagens da atividade física são inúmeras. “Além de levar uma vida com mais saúde, a prática esportiva me permite criar novos vínculos de amizade, sair um pouco da rotina dos estudos e, principalmente, dar uma relaxada das minhas outras responsabilidades”, afirma. Para finalizar a entrevista, Theo assegurou que os ensinamentos transmitidos pela filosofia Marista também entram em quadra. “Os valores do Colégio são muito importantes no esporte e eu procuro aplicá-los sempre que estou em treinos e jogos, sendo o mais paciente possível com os meus companheiros e tentando deixá-los sempre de cabeça erguida”, finaliza.
Os valores do Colégio são muito importantes no esporte e eu procuro aplicá-los sempre que estou em treinos e jogos (...)
Colégio Marista Santa Maria
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você sabia?
Muita história Conheça várias curiosidades relacionadas à imensa estrutura esportiva do Santa Maria
para
contar
ESPORTES PARA TODOS OS GOSTOS O esporte é uma das grandes prioridades na filosofia de ensino dos Colégios Maristas. Todos os seus benefícios fazem com que a atividade física ganhe importância máxima e reflita de forma direta na formação dos alunos. Por isso, o Santa Maria apoia seus estudantes em nada menos do que nove modalidades diferentes. Atletismo, basquetebol, voleibol, handebol, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, judô e xadrez são os esportes em que os jovens Maristas podem se especializar, treinar no Colégio e disputar competições pelo Santa Maria, conhecido por revelar vários atletas e sempre conquistar bons resultados quando participa de eventos esportivos.
INTERCÂMBIO Como forma de incentivar os atletas do Santa Maria e desenvolver ainda mais o aprendizado dos alunos, não são raras as ocasiões em que competições, clínicas e cursos no exterior são colocados na rota das equipes do Colégio. Recentemente, os times de futsal e handebol estiveram na Europa, enquanto os jogadores de basquete foram aos Estados Unidos, terra da NBA, maior e mais respeitada liga do esporte no mundo.
EXCLUSIVIDADE MARISTA São poucos os colégios que possuem estrutura tão profissional e preparada para a prática de ginástica artística e rítmica como o Santa Maria, que investe no esporte desde os primeiros passos de seus alunos. Segundo José Roberto Guimarães, a iniciação é feita logo na Educação Infantil, para desenvolver a coordenação motora das crianças e despertar o interesse pelo esporte em algumas delas. Os alunos que se interessarem pela ginástica podem fazer as aulas complementares e defender as cores do Colégio em competições externas. Atualmente, os treinos recebem mais de 250 futuros ginastas.
LONGA HISTÓRIA Toda quarta-feira, as quadras poliesportivas do Santa Maria são palco do reencontro de cerca de 20 ex-alunos que se reúnem no Colégio para jogar basquete, melhorar o preparo físico, colocar a conversa em dia e relembrar os velhos tempos. Muitos dos ex-alunos que revisitam a escola para suas enterradas são pais de estudantes e mantêm uma relação de extrema proximidade com o Colégio desde que se formaram.
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Colégio Marista Santa Maria
gente nossa
Para a vida
toda
© Foto: Arquivo pessoal
Ex-aluno do Santa Maria, Marcelo Chinasso fez carreira como craque do futsal e, mesmo depois de abandonar as quadras, segue trabalhando com o esporte
Marcelo Chinasso tinha apenas 3 anos de idade quando o esporte entrou em sua vida. Correndo atrás de uma bola cuja altura quase chegava ao nível de seus quadris, o pequenino atleta já tinha entrado no rumo que seguiria pelo resto da vida. Pelo Colégio Marista Santa Maria, onde estudou por 13 anos, Marcelo disputou várias competições estaduais e nacionais e descobriu, nessa época, que o futsal, mais do que um passatempo e um esporte para ser praticado nos intervalos das aulas, poderia se transformar em carreira. E ela veio em grande estilo. “Aos meus 17 anos, surgiu a oportunidade de jogar na Itália, onde atuei na Série A do futsal italiano pela equipe do Terni por quatro anos, conquistando os títulos de campeão italiano sub 18, sub 21 e Supercopa Italiana. Tais títulos me renderam uma convocação para atuar na seleção italiana, que defendi por dois anos”, conta Marcelo, que atuou pela seleção do país europeu graças à cidadania. Embora tenha construído sua carreira bem longe do Brasil, Marcelo garante que os anos vividos no Santa Maria tiveram participação decisiva
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em sua caminhada como jogador. “Lembro até hoje de um Campeonato Brasileiro que disputamos pelo Colégio e jogamos contra várias equipes de alto nível. Foi lá que vi que, se mantivesse a dedicação, poderia ser profissional. Além disso, o ensino Marista me passou princípios que carrego até hoje e os professores de lá me auxiliaram nessa tomada de decisão. Principalmente o professor Mathias, que me indicou para a equipe italiana que comandava”, relembra. Hoje, Marcelo já abandonou as quadras, mas em nenhum momento cogitou deixar o esporte de lado. Atualmente, trabalha em uma empresa que atua no agenciamento de jogadores de futebol. O convite para o novo emprego, aliás, foi um fator importantíssimo para minimizar a saudade do esporte. A relação desde cedo com as quadras é considerada por Marcelo, até hoje, fundamental em todos os aspectos da sua vida. “O esporte ajuda na minha saúde e acrescenta valores importantíssimos na minha rotina, como o trabalho em equipe, o respeito aos adversários e o aprendizado de como lidar com as derrotas”, garante.
Colégio Marista Santa Maria
Tendo como referências Falcão (o melhor jogador do mundo no futsal), Alex (atual atleta do Coritiba) e o técnico Giuliano da Silva (atualmente no Foz Futsal), o craque também não deixou para trás os valores aprendidos no Santa Maria. “Hoje em dia, no futebol, é muito ressaltado o fair play. Posso garantir, porém, que muito antes de aparecer na mídia os esportistas Maristas já atuavam dessa maneira, com a filosofia de que respeitar o adversário vale mais do que a vitória”, finaliza.
O esporte ajuda na minha saúde e acrescenta valores importantíssimos na minha rotina (...)
ser melhor
© Foto: Acervo do Colégio
de Pastoral Juvenil Marista e de Crisma. Conhecer outras realidades e reconhecer as necessidades do próximo são desafios trabalhados nesses projetos. Uma conquista importante na área foi a solidificação da parceria dos jovens ex-alunos do 4º momento da PJM com o Projeto Ciranda de Pais, coordenado pela educadora Cristiane Arns”, relembra. Em 2013, segundo Lucas, a intenção da Pastoral é dar continuidade às campanhas do ano passado e manter a filosofia de sempre trabalhar com o intuito de sensibilizar a comunidade Marista e despertar sua atenção e seu olhar para outras diversas realidades sociais.
A solidariedade de
cada dia
Coordenador de Pastoral no Santa Maria, Lucas Nechi fala sobre como ampliar a prática da solidariedade
“No início deste ano, decidimos demarcar, por meio de uma carta aberta à comunidade, que nosso conceito de solidariedade é o mais amplo possível. Não basta fazer doações, tratamos as pessoas com preconceito e desrespeito. Sonhamos construir uma comunidade educativa em que os pais, alunos e educadores convivam em um clima harmonioso e verdadeiramente Marista. Isso é solidariedade para nós”. A declaração é de Lucas Pydd Nechi, excoordenador de Pastoral no Colégio Marista Santa Maria. Para Lucas, a escola nos moldes atuais não tem como fugir de um estigma de competição, decorrência da imposição do mercado de trabalho e das concorrências por vagas em
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universidades e, posteriormente, em empregos. Levando isso em conta, o coordenador afirma ser fundamental desenvolver uma consciência ética, humana e solidária entre todos desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. “É preciso que os jovens despertem sua atenção para as necessidades coletivas, e não busquem somente o seu sucesso individual em detrimento da dignidade dos demais”, opina Nechi, que, em 2012, supervisou diversos projetos de solidariedade e, durante a entrevista para a revista Em Família, lembrou os mais importantes. “Além das campanhas de arrecadação, destaco as visitas solidárias, realizadas pelos grupos específicos
Colégio Marista Santa Maria
A SOLIDARIEDADE E O ESPORTE Aproveitando o tema central dessa edição da revista Em Família, Lucas Nechi falou também sobre a relação possível de se construir entre o esporte e a solidariedade. Para ele, a competitividade dos esportes pode ser encarada como uma oportunidade para aprendermos a nos relacionar com outras pessoas. “Quando a atividade exige confronto e competitividade, devemos formar as crianças e os jovens para disputar com ética e respeito aos adversários. Nenhuma conquista é digna se não for pautada no respeito”, finaliza.
É necessário que os jovens despertem sua atenção para as necessidades coletivas (...)
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Colégios Maristas. Preparação para todas as provas da vida.
© Foto: Arquivo pessoal
essência
Ir. Leomar D’Avila Educador físico e diretor institucional do Centro Social Marista Santa Mônica
A prática condizente de qualquer modalidade esportiva, competitiva ou não, leva a pessoa a desenvolver suas capacidades e aptidões. É no momento de interação que se atinge diretamente o outro, gerando, assim, socialização e aprendizagem. Desse modo, experiência no esporte é a oportunidade para aprender os valores da solidariedade, conhecimento, respeito, ou seja, é a oportunidade de cuidar da integridade do outro, aperfeiçoando a si mesmo. Conforme o Ministério da Educação e Cultura (1998), o esporte é elemento de grande valia, quando se fala de interação socioafetiva, pois é a forma de expressar a comunicação que possibilita a crianças e adolescentes partilhar significados, conceber regras, compartilhar valores, ideias e emoções, construindo as características do indivíduo e socializando-o. Por meio do esporte, interiorizam-se comportamentos, dá-se satisfação ao grupo, contemplam-se aspectos pessoais e sociais, configuram-se motivos que impulsionam os seres humanos à interação social, para o necessário aperfeiçoamento do físico e do moral. O esporte, dentro da escola ou mesmo em outros ambientes, leva as crianças e adolescentes a descentralizarem-se, comunicarem-se e aceitar regras e atitudes dos outros, contribuindo para a formação e aceitação de normas de convivência coletiva, determinando regras, valores,
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Esporte:
socialização e aprendizagem
ações e gestos que validam o convívio. Assim, quando o esporte se torna algo coletivo e participativo, além de construírem-se conhecimentos múltiplos, valoriza-se a cultura do outro sem descurar a própria; criam-se estratégias com base nas ideias e conhecimento do outro; garante-se o respeito, toleram-se as dificuldades e as limitações demonstradas pelos envolvidos. Em suma, todas as decisões propendem a ser tomadas para o melhor do grupo, estimulando o processo de socialização e tornando-os responsáveis pelas suas ações. A prática esportiva contribui com o processo de aprendizagem, constituindo um meio atraente e bem aceito pela criança; por meio de atividades divertidas, instiga-se simultaneamente o esforço e o prazer de aprender brincando. As crianças e adolescentes demonstram seus desejos e vontades advindos e construídos ao longo de sua história de vida, mostrando suas tendências, seu caráter e sua personalidade. Essa aprendizagem é manifestada quando a criança se confronta com novas informações e novos modos de se realizar esses mesmos jogos e brincadeiras em grupos maiores. O esporte é uma forma de proporcionar situações que levem a solucionar as dificuldades entre as relações cognitivas ou socioafetivas, dando respostas construtivas, que valorizam o diálogo, o respeito e a estima das ideias no trabalho coletivo.
Conceitualmente, consideramos o esporte como um conjunto de exercícios físicos, coordenados por métodos. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, desenvolveu, ao passar dos tempos, inúmeras atividades esportivas, com real interesse de praticá-las, visando a aprimorar sua coordenação motora, a autoestima, a potencialidade técnica e, principalmente, sua saúde física e mental. Toda e qualquer modalidade esportiva, assim como a vida, é regida por regras específicas, favorecendo ou punindo a postura comportamental de quem as pratica. Paralelamente, também buscam a socialização: manter contatos, trocar experiências, buscar momentos prazerosos, aperfeiçoar relacionamentos e conquistar espaços, apesar das diferenças entre as pessoas. O esporte integra, não somente força, velocidade e resistência, mas de maneira especial, as relações humanas que conduzem a aproximar e a viver a cidadania e a dignidade humana, com a autorrealização e a qualidade de vida desejadas. A convivência esportiva abre sempre novos horizontes culturais, mostra maneiras convenientes e vantajosas de aprender e ganhar com humildade e perder com sabedoria. Para um atleta, é importante perceber suas reais capacidades e conscientes limitações, demonstrar raciocínio, disciplina, determinação, habilidade e participação efetiva, visando ao útil, ao agradável e, consequentemente, aos louros das conquistas esportivas,
revelando o sentido da sua aplicação, experiência no ambiente em que atua e vivencia. Nós, desportistas conscientes, declaramo-nos contrários às influências capazes de canalizar impulsos de violência, explosões emocionais desrespeitosas, paixões desenfreadas, individualismo exagerado e discriminação... enfim, diferenças antiesportivas. Enfatizamos a construção de uma sociedade solidária a serviço da saúde, do bem estar e da vida, tornando-a mais humanizada e mais nossa. O esporte gera envolvimento, integração, amizade, saúde, vida que mobiliza e contagia constantemente as multidões. Sabiamente, já na sua época, São Marcelino Champagnat considerava a prática esportiva muito valiosa para a educação, já que era capaz de fortificar o corpo e purificar a alma. É um ponto de visto educativo, inovador e profundo, de suma importância, mesclando a formação integral do ser humano, formar bons cristãos e virtuosos cidadãos. Agradável o esporte que produz e transmite lazer, saúde, arte e vida.
© Foto: Divulgação - Marista Pio XII
© Fotos: Sxc.hu
Esporte que aproxima
Ir. Dionísio Balestrin Irmão Marista da Província do Rio Grande do Sul
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solidariedade
Competir para
todos ganharem
Projeto Juventude e Solidariedade no Esporte visa a incluir jogos com caráter mais solidário nas aulas de Educação Física de unidade social Marista Com várias pessoas de pé e algumas cadeiras na sala, a música começa. Não, ninguém vai ficar naquela aflição para sentar. Há lugar para todos. A segunda rodada começa com uma cadeira a menos e, quando a música para, todos continuam na brincadeira. Aquele que está de pé só precisa encontrar uma cadeira para dividir. Essa é uma representação da clássica dança das cadeiras, em uma versão cooperativa: mais harmônica e focada no trabalho em equipe. Para os professores Carlos Pedro Gomes, Filipi Lima e Mário César Oliveira, do Centro Educacional Ma-
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rista São José, localizado na região metropolitana de Curitiba, atividades como essas que caracterizam os jogos cooperativos possibilitam “que os participantes libertem-se da ânsia pela competição em prol da participação e do lúdico das atividades. Ganhar ou perder não entra nesta discussão”. Tendo como referência esse movimento solidário no desporto, o Centro Educacional Marista São José, em parceria com o Núcleo de Pastoral da Unidade, está colocando em prática o projeto Juventude e Solidariedade no Esporte. A ideia consiste em
democratizar o acesso e a prática sistematizada do esporte educacional, tendo como guia as diretrizes da Rede Marista de Solidariedade. Um dos grandes desafios da Educação Física escolar, segundo os educadores, é alterar o conceito de que as modalidades praticadas durante essa disciplina precisam ser aplicadas estritamente com o objetivo de competição e rendimento. “Tradicionalmente, a Educação Física foi construída sobre os pilares de que o rendimento leva à vitória. Porém, esse conceito vem caindo com o passar do tempo. Ela precisa, sim, ser
© Fotos: João Borges | Divulgação
um agente transformador para os envolvidos”, afirma a equipe. Os professores explicam que a ideia do projeto partiu da necessidade de ampliar a participação do educando dentro das atividades e também para mediar os conflitos ocorridos nas aulas de Educação Física. Com isso, minimizam-se as diferenças de potencialidades físicas e técnicas dos educandos dentro de um mesmo grupo, proporcionando a todos a mesma importância para conquistar os objetivos das aulas. Para cumprir esses objetivos, os jogos cooperativos podem – e devem – ser incorporados às aulas de Educação Física. Há muitas opções de atividades que estimulam a solidariedade, a união, o respeito e a vitória do grupo (confira as dicas de livros no box ao lado). Ao mesmo tempo, é possível tornar cooperativo um jogo tradicionalmente competitivo, flexibilizando suas regras, dividindo o protagonismo das ações, envolvendo o grupo em vários desafios corporais, sempre respeitando os limites de cada um. No formato cooperativo da dança das cadeiras, por exemplo, a mudança de regras traz uma vitória coletiva. A cada rodada, o jogo vai ficando mais divertido e estratégico, pois ninguém pode ficar sem lugar. No fim resta apenas uma cadeira, e o grupo precisa arquitetar de que forma todos sentarão nela. Em sua essência, os jogos cooperativos geram espírito de união, responsabilidade e participação. Pontos importantes em todas as fases da vivência escolar. Para os professores, é nessa prática que se aprende, de forma saudável, a abrir mão dos interesses individuais em prol do coletivo. “Com os jogos cooperativos, podemos experimentar, verdadeiramente, o significado de coletividade”, acredita a equipe.
A vitória se constrói junto
A principal diferença entre os jogos competitivos e os cooperativos está nos meios utilizados para se chegar à vitória. Nos jogos cooperativos, o que conta é o processo e não o resultado. Conheça algumas opções:
Jogos cooperativos sem perdedores Nesta categoria, todos os participantes fazem parte de um mesmo time e o resultado é compartilhado. A dança das cadeiras citada nessa matéria exemplifica esse tipo de jogo.
Jogos de resultado coletivo Jogos que permitem a existência de duas ou mais equipes, sem que haja competição entre ambas, pois os objetivos e resultados são comuns, favorecendo a cooperação de todos. A equipe de Educação Física do Centro Educacional Marista São José sugere que, em um jogo de basquete, cada grupo tente converter lances livres em pontos para as duas equipes. O resultado do jogo é a soma dos pontos dos grupos. O desafio será considerado superado somente quando o placar atingir a meta estipulada anteriormente, por exemplo, 100 pontos.
Jogos de inversão Experimentam-se situações de troca, de placar ou de jogadores, entre as equipes, favorecendo a valorização dos parceiros de jogo e diminuição da preocupação excessiva com o resultado. Na inversão de placar, cada ponto feito é marcado para o outro time. Na troca de jogadores, cada um troca de time ao fim de cada lance.
Jogos semicooperativos Ainda que apresentem caráter competitivo, esses jogos visam à participação de todos durante a rodada. Por exemplo, futebol com times mistos. Os passes precisam ser alternados entre homens e mulheres e para o jogo terminar todos precisam ter marcado pelo menos um ponto.
Boas ideias
Os livros a seguir apresentam jogos criativos que podem ser aplicados no ambiente escolar ou em um momento em família: 100 Jogos Cooperativos: Eu coopero, Eu me divirto (Editora Ground)
A autora Christine Fortin apresenta, de forma prática e detalhada, 100 maneiras de executar atividades cooperativas, as quais podem ser adaptadas de acordo com o local e o perfil de cada público – de crianças a adultos.
110 Jogos Cooperativos Com Balões: Voando Com os Sonhos (Editora Sprint)
A obra, escrita por Reinaldo Soler, compõe uma coleção de seis volumes sobre o tema. O autor propõe jogos focados na escola e acredita que ela não precisa ser chata só porque é um ambiente levado com seriedade.
MSM E OS JOGOS COOPERATIVOS A ideia de jogos cooperativos também está presente na Missão Solidária Marista (MSM). A última edição do projeto, que ocorreu de 20 a 27 de janeiro de 2013, simultaneamente em cinco cidades brasileiras – Almirante Tamandaré (PR), Cascavel (PR), Dourados (MS), São Bento (SC) e Eldorado, no Vale da Ribeira (SP) –, contou com oficinas socioeducativas ministradas pelos próprios jovens missionários participantes do projeto. Segundo Diogo Galline, um dos coordenadores da MSM, esse vínculo proporcionado pelas oficinas é muito positivo, pois há uma troca de experiências significativa entre os jovens participantes e crianças e adolescentes do local. Ele afirma que os jovens estão dando continuidade ao sonho de Champagnat, iniciado com foco nas crianças. Além das oficinas, os participantes realizam outras ações na comunidade, como reforma de lugares públicos e palestras. Galline reforça que o objetivo maior da Missão é “educar para solidariedade”.
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© Fotos: Renata Duda
como fazer
Josileny Gonçalves Vidotti, mãe de Germano, valoriza boa alimentação do filho – que pratica esportes três vezes por semana.
Comer bem
para se exercitar
melhor ainda
A alimentação influencia a vida que se quer levar. Se ela é saudável, essa é a garantia de que o caminho para os bons hábitos estão dando certo
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Torrada, queijo branco, suco de laranja e mamão papaia. A cena não é de uma propaganda de margarina, mas descreve um pouco o que é um café da manhã saudável. Dispostas a gastar as energias de uma boa noite de sono, as crianças precisam começar o dia com uma alimentação balanceada já na principal refeição. Repare: em vez de um banquete, alimentos certos e em quantidades razoáveis já são o suficiente para garantir boas energias. Afinal, alimentação adequada tem ligação direta com o desenvolvimento físico da garotada. Criar bons costumes é ideal para a formação da criança. Exercícios
físicos, a prática do esporte e a alimentação adequada são fortes aliados para que isso aconteça. “Para manter hábitos alimentares saudáveis, a família precisa consumir todos os grupos alimentares diariamente, nas quantidades recomendadas, procurar variedade e estimular as crianças a preferir alimentos frescos e mais caseiros”, alerta a nutricionista e professora da PUCPR Cyntia Leinig. É o que a mãe de Germano Gonçalves Vidotti, 9 anos, põe em prática, mesmo estando fora de casa. Josileny Gonçalves Vidotti almoçou junto com o filho em uma das cantinas do Colégio Marista Santa Maria em plena segunda-feira. Embora a corretora de imóveis tenha uma semana agitada no trabalho, faz questão de dividir esse momento com o filho. “É importante estar aqui e acompanhar de perto a alimentação dele. Desde pequeno mantemos bons hábitos em casa, e hoje ele mesmo faz o prato e sabe o que é bom para a alimentação dele”, exalta. Essa dedicação na alimentação garante a manutenção da saúde. “Em paralelo, deve incentivar a criança a praticar as mais diversas atividades esportivas associadas às brincadeiras. Isso não é só importante para a saúde física, mas também para o desenvolvimento motor e psicológico da criança”, defende a nutricionista. Sabendo dessa combinação entre alimentação e esporte, a mãe de Germano intensifica a rotina do garoto – que pratica atividade física três vezes por semana. “Na segunda e na quarta ele joga handebol. Sábado é dia de tênis”, conta Josileny. Por causa do esporte, a alimentação do atleta tem diversos nutrientes. “Ele sabe o que tem de comer, então já pega salada, verduras, carne e o arroz”, calcula a mãe.
E O DOCE, PODE? Ir a uma festinha de aniversário é praticamente um encontro marcado com brigadeiros, bombons, refrigerantes e outras gostosuras tão amadas pelos pequenos. Da mesma forma como quando são apresentados às crianças, é preciso deixar claro que os doces não devem fazer parte da rotina delas. “O excesso no consumo desses alimentos contribui para o aumento do peso, das
cáries dentárias e também de outras doenças”, alerta a nutricionista. No entanto, proibir não é a solução. “Quanto mais tarde forem apresentados a esses alimentos, melhor, mas caso a criança já saiba pedir o doce, é possível Só mesmo o hábito fez a estudante equilibrar em duas Márcia Machado Moreira, de 12 anos, vezes na semana e se acostumar com ‘as folhas’. em pequena quantidade”, explica Cyntia.
HÁBITO Comer bem é uma questão de hábito. A partir do momento em que se torna costume comer alimentos cuja cor antes nem se via, é mais tranquilo assimilar a importância deles. A tese foi comprovada pela estudante do Marista Santa Maria, Márcia Machado Moreira, 12 anos. Ela confessou que há um ano não comia salada e torcia o nariz para a maioria “das folhas”, nome batizado pela estudante. “Eu passei a comer mais verdura quando minha mãe começou a pegar no pé. Passei a comer por causa dela, mas hoje coloco no prato até quando ela não está. Acostumei”, brinca.
NA PRÁTICA
O Ministério da Saúde recomenda alguns passos essenciais para a alimentação saudável das crianças, confira alguns deles: 1) Fracionamento de três refeições diárias intercaladas por dois lanches saudáveis ao dia; 2) Consumo diário de cereais (arroz, milho), tubérculos (batata), raízes (mandioca), pães e massas, distribuindo esses alimentos nas refeições; 3) As frutas devem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches; 4) Consumo de feijão em pelo menos cinco dias na semana; 5) Consumo diário de leite e derivados, e de carnes, aves, peixes ou ovos; 6) Estímulo ao consumo de água.
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FILME Heleno Minha dica é o filme Heleno. Ele retrata a história de Heleno de Freitas, o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro nos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho, cheio de glamour e promessas. Nas elegantes festas da época, ele representava a beleza e o charme. Nos campos, ele era visto como um gênio: explosivo e apaixonado pelo futebol. Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida mudaram seu destino, levando-o da glória à tragédia. Junior Cesar Dias de Jesus - Assessoria de Educação do Colégio Marista de Londrina
JOGO PES 2013 Eu escolho e compartilho o jogo mais utilizado entre os jogadores, o PES 2013, que simula partidas de futebol. No jogo virtual, é possível propor partidas amistosas ou criar seu próprio personagem “rumo ao estrelato”. Também existe a opção de administrar uma equipe no modo “Liga Master”, entre outros modos adequados ao gosto de quem está jogando. Rulligulity Menegussi de Barros, 17 anos 3° ano do Ensino Médio do Colégio Marista São Luís
GUIA PRÁTICO A semente da vitória O livro que eu indico é A semente da vitória, de Nuno Cobra, que foi preparador físico e mental do Airton Senna. Valores agregados ao esporte, como superação, autoconfiança e sua visão sobre os cuidados com a saúde estão presentes na obra. A grande lição do livro é mostrar que o segredo para superar limites, rumo à excelência, consiste principalmente em acreditar em si mesmo. Silvana Marques Freitas Professora do Colégio Marista Arquidiocesano
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CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL
Recomendo o site www.cbv.com.br/v1/, da Confederação Brasileira de Voleibol, que possui grande variedade de informações, programações e notícias sobre campeonatos da Seleção Brasileira. Lá também tem uma galeria de fotos, onde podemos observar, com detalhes, as diferentes ações durante os jogos. Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina
LIVRO-AULA Aprendendo a Educação Física Utilizo bastante o livro infantil Aprendendo a Educação Física, dos autores Maria Cristina Gonçalves, Roberto Costacurta Alves Pinto e Silvia Pessoa Teuber. Eles embasam e justificam a importância da Educação Física Escolar, em linguagem clara e de fácil compreensão. O livro contém inúmeras atividades de jogos, esportes, ginásticas, que subsidiam minha prática e que vêm de encontro aos constituintes da Educação Infantil Marista. Virlei Kunz – Professora do Colégio Marista São Luís
CANAL SportTV
© Fotos: Divulgação
Eu adoro o canal SporTV. É o meu favorito. Ele apresenta diversos vídeos de torneios e campeonatos de muitas modalidades esportivas, como atletismo, basquete, futsal, ginástica, tênis, surfe, além do vôlei. Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina
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olhar
Quando a palavra
superação ganha outro sentido Toda pessoa que planeja competir em alto nível precisa se superar, seja para baixar seu melhor tempo, saltar alguns centímetros mais alto (ou para frente), driblar a falta de apoio ou até problemas pessoais. Talvez por isso a palavra superação esteja no vocabulário de dez entre dez atletas. Embora sirva para inúmeras ocasiões, a superação ganha um sentido especial quando usada por um paralímpico – o termo, que se refere a atletas com deficiência, antes paraolímpico, teve a grafia mudada em novembro de 2011, a pedido do Comitê Paralímpico Internacional, para desvincular o desporto adaptado do movimento olímpico. Embora trabalhe quase 15 anos com jornalismo esportivo, meu contato com os paralímpicos era mínimo. A primeira competição que fiz foram os Jogos Paralímpicos de 2012, em Londres, que também havia sediado a Olimpíada daquele ano. Por mais que já se saiba o que perguntar ou como abordar um atleta, ficava a dúvida: como questioná-lo a respeito da deficiência? Posso ofendê-lo ao querer saber o que houve e como convive com ela? Para minha surpresa, a grande maioria trata das limitações, sejam congênitas ou adquiridas ao longo da vida, com naturalidade, e gosta de compartilhar
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experiências. Poucos se incomodam. O nadador André Brasil, dono de nove medalhas em Paralimpíadas, por exemplo, costuma se irritar com diferenciações. Em Londres, quando um jornalista usou o termo paratleta numa pergunta, ele o interrompeu bruscamente: “Atleta, por favor!”. Aos 3 meses, detectou-se que ele tinha a perna esquerda mais leve do que a direita por conta da poliomielite. Aos pais, disseram que André não iria andar. Sua força de vontade nas piscinas mostrou exatamente o contrário. Aliás, belas histórias não faltam. Por isso a superação ganha outro peso nesse ambiente. Na Paralimpíadas de Londres foram mais de 4.300 atletas de 164 países. São deficientes visuais, pessoas que sofreram traumas de guerra, cadeirantes baleados em assalto... Martine Wright, britânica com quem conversei lá, pratica vôlei sentado. Ela é sobrevivente do atentado terrorista ao metrô de Londres, em 7 de julho de 2005. No vagão, estava a poucos metros do homem acusado de detonar a bomba. Ficou presa às ferragens, perdeu 75% do sangue do corpo,
sofreu 12 cirurgias e teve as pernas amputadas acima dos joelhos. Achou no esporte um novo ânimo de vida. Medalha? Sua vitória foi ver a família em seus jogos. Não há como não se emocionar com esse tipo de relato. Uma pena o espaço ser insuficiente para descrever outros. Dos 15 dias em Londres, passei mais de sete gripado. Alguns dias foram difíceis para levantar da cama. Mas bastava ver um atleta em ação, ouvir sua história e o que sentia após competir, para eu me sentir melhor. A vida impôs a essas pessoas algo muito mais devastador e traumático do que uma gripe. E eles se superam, mostrando que a limitação é só mais uma barreira. A vida não acaba ali, só ganha um novo sentido, uma nova motivação. Isso faz você refletir e reclamar menos do cotidiano. É até constrangedor fazer certas queixas. Por “culpa” desses atletas, passei a admirar e acompanhar mais de perto o movimento paralímpico. Eles são a maior prova de que nenhuma limitação é capaz de frear o ímpeto de um ser humano quando ele quer se superar.
© Foto: Arquivo pessoal
Por Thiago Rocha, jornalista que contribui para o jornal Lance e cobriu as Paralimpíadas de Londres, em 2012.
curiosidade
Além do
asfalto
Você sabia que as corridas de rua surgiram e se popularizaram na Inglaterra no século XVIII? Mas foi apenas na década de 70, com o incentivo do médico Kenneth Cooper, criador do Teste de Cooper, que ela se popularizou no mundo. A época ficou marcada pelo jogging boom (“explosão da corrida”), momento em que a população começou a participar mais ativamente junto dos corredores de elite.
Correr! Uma prática tão comum, mas rodeada de histórias. Portanto, coloque seu calção, um tênis e vamos correr pelo passado e pelas curiosidades que os asfaltos têm para contar desse esporte tão famoso
Diz a lenda que a origem da maratona aconteceu por volta do ano 490 a.C., quando um soldado correu por cerca de 42 km, da cidade de Maratona até Atenas, para avisar sobre vitória dos gregos contra os persas na guerra. Filípides percorreu essa distância correndo tão rapidamente que, ao chegar, só conseguiu dizer: “vencemos!”. Em seguida, caiu morto pelo esforço.
© Fotos: Sxc.hu
Por falar em maratonas, na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, ocorrida em 1896, em Atenas, na Grécia, o grego Spiridon Louis venceu o percurso de 40 km. O terceiro colocado foi seu compatriota Spiridon Belokas, que depois foi desclassificado por percorrer parte do trajeto de carro.
Foi só em 1945, na sua 20ª edição, que a prova recebeu a participação de competidores internacionais. A presença dos vizinhos do Chile e Uruguai foi o estopim para a participação efetiva de corredores das Américas, asiáticos, africanos e europeus.
O número de inscritos da primeira Maratona de São Silvestre foi de apenas 60, dos quais apenas 48 comparecem no dia da prova. Atualmente, a competição leva mais de 15 mil participantes às ruas da capital paulista.
E a São Silvestre? Mais tradicional prova do país, foi criada em 1924, em homenagem ao santo do dia, pelo jornalista Cásper Líbero, inspirado em uma corrida noturna francesa em que os atletas corriam com tochas de fogo. É disputada no dia 31 de dezembro e já teve a participação exclusiva de homens, sendo Alfredo Gomes o primeiro campeão da prova. Foi apenas em 1975 que as mulheres ganharam uma competição feminina. A primeira campeã foi a alemã Christa Valensieck. Como foi possível perceber, as corridas de rua contam cada vez com mais adeptos, segundo um levantamento da Federação Paulista de Atletismo. O aumento de praticantes reflete no rendimento financeiro do esporte. Constatou-se que a prática movimenta cerca de R$ 3 bilhões e que o número de eventos aumenta cerca de 35% ao ano. O sonho de todo corredor é participar das maiores maratonas. Sabe quais são? Disputada desde 1897, a Maratona de Boston é a maior e mais antiga, depois da olímpica, seguida da Maratona de Nova York e da Maratona de Chicago, todas nos EUA. Além delas, há a Maratona de Berlim, na Alemanha, e a Maratona de Londres, na Inglaterra. Todas fazem parte do World Marathon Majors, que dá um milhão de dólares para os atletas que fazem mais pontos na disputa das cinco provas.
Que tal entrar no ritmo da corrida e adotar o uso de aplicativos capazes de registrar diversas informações sobre o rendimento da prática do exercício? O Endomondo é um aplicativo gratuito, bem recomendado pelos corredores de rua e disponível para iPhone, Android e BlackBerry. Outro aplicativo bastante utilizado e gratuito é o Runkeeper. Vale a pena correr nesse ritmo.
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diversão O passatempo centenário de jogar peteca (há registros de que, no Brasil, a atividade surgiu com os índios) também é esporte sério. De forma adaptada, o badminton – que estreou nas Olimpíadas em 1992 e que se joga com raquete e peteca – tem várias similaridades com a brincadeira infantil. E nada melhor que incentivar um esporte por
meio de uma diversão. Por isso, a pedagoga e assistente social Fernanda Alves Teixeira ensina, passo a passo, como montar uma peteca com materiais que todos têm em casa. Como não existe partida sem torcida, a professora também explica como montar uma equipe de torcedores. Pais e filhos, mãos à obra!
Esporte na
ponta dos
dedos
Antes de praticar, que tal inventar? Aprenda, a seguir, a fazer uma peteca reutilizando sacolas plásticas. A torcida fica por conta dos dedoches
PETECA
VOCÊ VAI PRECISAR DE:
Folhas de papel de qualquer tipo Tesoura Sacola de mercado
Corte as alças da sacola e reserve.
Corte o fundo e as duas laterais também.
Pegue as folhas de papel e amasse até formar bolinhas de tamanho médio.
Coloque os dois lados da sacola um sobre o outro e envolva as bolas de papel com eles.
Modele a peteca, pegando uma das alças que cortou e amarrando-a, dando um nó.
Corte as sobras do nó.
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© Fotos: Renata Duda
MÃOS À OBRA
DEDOCHE
VOCÊ VAI PRECISAR DE: 1 molde redondo (para fazer a cabeça do torcedor)
Tesoura
Folhas de papel colorido
Lápis
Cola em bastão Canetinha colorida
MÃOS À OBRA
Coloque sobre o papel dois dedos para fazer o molde da altura e largura do seu boneco, risque e dobre a folha de papel, recorte na linha que desenhou.
Passe a cola em bastão apenas nas bordas do molde e cole um sobre o outro. Lembre-se, o meio e a base não devem levar cola.
Pegue o molde redondo e desenhe um círculo para fazer a cabeça. Em seguida, recorte-o.
Para a camisa e o calção, faça o desenho do mesmo tamanho que seu molde. Recorte 4 tiras, para os braços e as pernas, além de duas bolas ovais para os pés.
Desenhe como preferir o cabelo. Recorte e cole no círculo da cabeça, cole também a camisa, o calção, a cabeça e as tirinhas no molde.
Sobre as perninhas cole as duas bolinhas ovais, que são os pés.
Pegue as canetinhas e desenhe o rosto do seu torcedor, e escreva o nome da sua equipe.
Pronto, agora monte sua torcida ou time completo.
Boa diversão!
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