Ano 3 No 22 R$ 15,00 竄ャ 5,00
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Keij Lemos A A A
CHRISTIAN COURTIN-CLARINS | DOISNEAU | LAMBORGHINI Sテグ PAULO
EDITORIAL
simplesmente um luxo!
foto Johnny edição e produção de moda
Susan Lancman
Keij Lemos by lumiere models Sergio Gordin cabelos Zezinho v e s t i d o J e f f e r s o n K u l i g , p u ls e i r a A c c e ss o r i z e , b r i n c o e a c e r v o p e ss o a l tratamento de imagens WM Fusion modelo
beleza
Minha amiga, a publicitária Yara Grottera, disse, certa vez, que se pudesse ficar “novamente” na fila imaginária dos dons que recebemos ao nascer, “pediria dose maior de bom humor do que de talento”. Segundo Yara, a interferência do primeiro no segundo causa enorme diferença! Coisas de Yara Grottera. Consegui, nesta edição, a difícil tarefa de juntar um pouco do melhor desses dois mundos. Bem-humorado e talentoso está o editorial de moda. Capturado — novamente — pelas lentes do fotógrafo Johnny, dispensa comentários. Preocupadíssimo com o meio ambiente, Christian Courtin-Clarins — CEO da empresa francesa de cosméticos — foi superbem-humorado em sua passagem pelo Brasil. Confira o perfil desse talentoso cidadão do planeta. Não menos semelhante e bastante visual está a matéria com a artista e agora também designer de joias Sônia Menna Barreto. Talento, criatividade e, claro, bom humor! Aficionado por relógios, o paranaense César Rovel passou e passeou pela cidade de São Paulo. Do meeting que reuniu gente importante do mundo da alta relojoaria, ele nos traz a reportagem “Senhor do Tempo”. É Cartier para ninguém botar defeito. Na matéria “2010 Rosa”, o enogourmet Marco Merguizzo antecipa os votos de feliz ano-novo com rosés de boa safra. Enfim, leitor, a revista está — com o auxílio luxuoso, bom humor e talento de nossos colaboradores — um luxo!
Enjoy
Fran Oliveira Diretor Editorial fran@amagazine.com.br
Ano 3 No 22 R$ 15,00 € 5,00
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Keij Lemos CHRISTIAN COURTIN-CLARINS | DOISNEAU | LAMBORGHINI SÃO PAULO
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CTP, impressão e acabamento distribuição
Cesar Foffá Lourdes Foffá Fran Oliveira Soul Comunicações Fran Oliveira Luiz Volpi César Rovel, Gabriela Sampaio Fergusson, Guilber Hidaka, Henrique Marques Samyn, Johnny, Marco Merguizzo, Raphael Cintra, Shamia Salem, Susan Lancman Rogério Zetune Marcelo Foffá (mfoffa@amagazine.com.br) Adriana Danti, Adriana Duca, Guilherme Moraes, Renan Candeo, Rosani Pedro, Silvana Tavares Athayde de Almeida Adolfo Inoue Reggiane Fortunatti e Keliane Santos Marcelo Foffá www.amagazine.com.br Simone Marques (assinatura@amagazine.com.br) Eloprecisão Digital Ibep Gráfica Dinap e Correios A Magazine é uma publicação mensal de A Magazine Editora e Publicidade Ltda., uma empresa do grupo Metromídia Comunicação. Redação: Calçada das Hortênsias, 39, Centro Comercial Alphaville, Barueri, SP, CEP 06453-017, tel.: (11) 4208-1600. Assinaturas: Tel.: (11) 4191-2397 e assinatura@amagazine.com.br. As opiniões e os artigos contidos nesta edição não expressam, necessariamente, a opinião dos editores. É proibida a reprodução em qualquer meio de comunicação das fotos e matérias publicadas.
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editorial acessórios click moda lounge bar catwalk
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Chronomat B01 “motor” de cronógrafo projetado e construído inteiramente “in-house” A Breitling lança seu mais importante cronógrafo: o Chronomat B01, que se impõe como referência no universo dos cronógrafos mecânicos. A importância desse instrumento está no calibre B01, o primeiro movimento mecânico feito 100% pela marca, o que realça a entrada da Breitling no círculo fechado dos autênticos relojoeiros. É uma evolução lógica para uma marca que desempenhou papel de destaque no desenvolvimento do cronógrafo de pulso, e é considerada um dos principais fabricantes desta complicação. Concebido para oferecer a máxima precisão, fiabilidade e funcionalidade, ele coroa
a incessante busca pela performance que marca desde sempre os “instrumentos para profissionais” da Breitling. O Chronomat B01 recebeu a distinção suprema do certificado oficial de cronômetros do COSC – uma honra que apenas 5% dos relógios produzidos na Suíça podem ostentar. Herdeiro de um savoir-faire de alta qualidade e fruto da soma de design, detalhe de acabamento e performance, o Chronomat B01 é um autêntico objeto de luxo. Todos esses atributos fazem dele a nova referência para os amantes dos cronógrafos mecânicos. Preço R$ 16.215. www.breitling.com
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Objeto de desejo Peles exóticas de avestruz, phyton, jacaré e shin (canela de avestruz) fazem parte do grupo de peles de criação em cativeiro. Todas em conformidade com o tratado de CITES (Convention on International Trade in Endargered Species of wild fauna and flower), do qual o Ibama é signatário. Essas peles têm o seu curtimento e acabamento fundado no princípio natural feito com conservantes vegetais extraídos da acácia (tanino), sem nenhuma química, o que lhe confere toque
sedoso e brilho natural, deixando evidente as marcas típicas do verdadeiro couro de cada espécie. As escamas da cobra, os folículos do avestruz chamados de diamantes o aspecto selvagem do jacaré do Pantanal e do crocodilo do Nilo, junto ao shin, formam o grupo de peles usadas nas coleções criadas por Victor Hugo e produzidas por artesãos que por gerações conhecem, executam e transformam o couro em objeto de desejo. www.victorhugo.com.br
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Black or White “Quanto mais feminina for uma mulher, mais forte ela será.” Com essa simples frase, Gabrielle Chanel deu “poder” para as mulheres. Suas criações têm sido uma das melhores contribuições para o mundo da moda; sapatos bicolores, terninhos de tweed, as fitas que efeitavam os cabelos de Mademoiselle Chanel e que, hoje, adornam as camisas brancas de Karl Lagerfeld… Elementos que se tornaram códigos de luxo e que serviram de inspiração para a criação dos óculos Chanel para esta primavera-verão.
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No sentido horรกrio: Grace Cozman, Fabio Arruda, Patricia Maldonado, Dot Larissa, Loryele Doffara e Lorita Bevel, Emar Batalha, Carolina Bittencourt, Lena Roque.
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por guilber hidaka
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Da esquerda para a direita, Sabrina Gasperin, Chantal Sordi, Adriana Mattos, Alice Ferraz e Neto Pacheco, Ana Maria Vieira Santos, Matheus Mazzafera e Isabela Fiorentino, Simone Yared, Felipe Diniz.
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por guilber hidaka
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Da esquerda para a direita, Jรถrg Henning Dornbusch, Moyale Guardini e Suzana Heibemann, Martin Friesches, Laura Wie, Larissa Nicolau, Gleidys Salvanha, Amelia Whitaker, Viviane Ventura, Marcos Mion, Giovanni Rivetti, Alan Crean, Claudinei da Silva, Marcelo Foffรก, Fabrizio Fasano, Fernanda Benozati.
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jazz = arte por
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Raphael Cintra
esde as suas viagens no fim dos anos 40 e início dos anos 50, aos clubes de jazz de Nova York, na rua 52, Ronnie Scott tinha como sonho abrir seu próprio clube em Londres. Em 1959, o sonho se tornou realidade. Juntamente com Pete King (um saxofonista tenor colega e amigo pessoal), ele criou o Ronnie Scott’s Club na Gerrard Street, no Soho, em Londres. Agora, ao completar 50 anos, o sucesso do Ronnie Scott’s como um dos mais antigos clubes de jazz está sendo comemorado com vários eventos, incluindo a exposição The Spirit of Jazz, em associação com a Getty Images Gallery — a maior galeria fotográfica independente de Londres —, na Eastcastle Street, bem pertinho do Oxford Circus.
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Ao lado, o pianista, compositor e bandleader William “Count” Basie, autor de temas como One O’clock Jump e Jumpim at the Woodside. Devido à sua importância entre os grandes mestres da era Swing, foi chamado de Count (Conde). Benny Goodman era o rei, Duke Ellington, o duque e Billie Holiday, a donzela
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foto Michael Ochs Archive / Getty Images
foto Haywood Magee / Hulton Archive / Getty Images
Em cartaz até 28 de novembro, a mostra tem como curador o jazzista britânico Jamie Cullum e revela uma seleção de imagens raras e inéditas, escolhidas cuidadosamente dos incomparáveis Hulton Archive, Michael Ochs Archives, Redferns Collection. Traz, também, trabalhos dos fotógrafos Slim Aarons, David Redfern, Michael Ochs e Charles Hewitt. A energia de algumas das performances mais lendárias da história do jazz é capturada em detalhe. “Desde a infância, tenho me interessado por todos os tipos de música, mas foi o jazz que realmente me cativou e me inspirou a realizar e desenvolver meu próprio estilo. Fiquei emocionado ao ser convidado para ser curador dessa exposição. As imagens são surpreendentes e revelam momentos mágicos”, revela Jamie Cullum. Momentos mágicos que mostram Big Jay McNeely deitado de costas soprando seu saxofone com energia; a cantora Billie “Lady Day” Holiday sendo o centro das atenções no palco; o auxílio luxuoso do banjo de Mike McKendrick, em sua apresentação em Chicago; além de performances memoráveis do trompestista e band leader Louis Armstrong na turnê britânica de 1956. Tem ainda a cantora sul-africana
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Acima, o trompetista Louis Armstrong na turnê britânica de sua banda, em 1956. Na página ao lado, a cantora e atriz Eartha Kitt, cuja sensualidade e voz provocante fizeram dela uma estrela internacional com mais de meio século de carreira
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foto Michael Ochs Archive / Getty Images
foto Slim Aarons / Getty Images
Miriam Makeba em foto de 1955 — conhecida como “Mama África” e grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal. Chamada de a mulher mais sexy do mundo por Orson Welles, a imagem da atriz e cantora Eartha Kitt é pura sensualidade. Eartha atuou em filmes como St. Louis Blues (1958), ao lado de Nat King Cole. I Want to Be Evil e Santa Baby — uma música indispensável no período do Natal — foram duas de suas canções mais famosas. Há ainda registros de templos consagrados do jazz como o Cotton Club, em Nova York, o Door Bar, em Nova Orleans e, claro, o Ronnie Scott’s Jazz Club, em Londres. Enfim, imagens que capturam a liberdade, o movimento e o espírito do jazz. Ao olhar para elas, pode-se “ouvir” as notas reproduzidas pelos artistas. Um tesouro para quem gosta de jazz, a exposição destaca visualmente a experiência extraordinária de um concerto ao vivo em um ambiente íntimo e de interação entre o artista e o público. A maioria das imagens está disponível para compra como impressões de arte em variedade de tamanhos e opções de enquadramento. www.gettyimagesgallery.co.uk lA
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Acima, Mike McKendrick com seu banjo apresentando-se em Chicago, em 1963. Na página ao lado, a cantora Miriam Makeba numa boate de Joanesburgo, em 1955
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foto Jurgen Schadeberg / Getty Images
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Questionamentos de Irving Penn por
Henrique Marques Samyn
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ecentemente falecido, Irving Penn revolucionou um semnúmero de gêneros fotográficos; não obstante, o campo da fotografia de moda é um daqueles em que sua marca foi impressa de maneira mais profunda. De fato, é difícil imaginar o que seria da foto de moda contemporânea sem a seminal influência da estética de Penn – criador de uma beleza cuja elegância deriva de um rígido formalismo e de uma sensibilidade incomum. Nascido em Nova Jérsei em 1917, Penn chegou à Vogue na década de 1940; causou-lhe estranhamento a sofisticação do ambiente com que se deparou, em que não faltavam normas e exigências. Fora contratado por Alexander Liberman para dar sugestões para capas da revista, mas os fotógrafos simplesmente ignoravam suas recomendações. Não havia outra escolha, a não ser fazer as coisas ele mesmo: Penn pegou a câmera e realizou, por conta própria, suas ideias. Feliz decisão: a imagem que levou para Liberman foi a primeira das mais de 100 capas da Vogue criadas a partir de suas fotografias. Essa atitude, baseada no princípio “do it yourself ”, mescla de inconformismo e uma criatividade sem par, guiou Irving Penn pelos mais distintos caminhos, dos quais jamais escapou devido a seus incontáveis questionamentos. De fato, Penn sempre recusou todos os dogmas e convenções: seu equipamento mudou inúmeras vezes; tecnicamente, tornou-se um virtuoso, utilizando diferentes câmeras para diferentes trabalhos conforme elas se adaptavam ou não aos seus desejos. Realizou, no fim da década de 1940, uma notável série de nus com grandes mulheres que, na época, causou estranhamento até em Edward Steichen, outro dos mestres da fotografia no século 20; tratavase, efetivamente, de procurar uma renovação artística.
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Criador: Irving Penn (americano, nascido em 1917). Título/Data: Seamstress Fitter, Londres, Negativo: 1950; impressão: 1951. Copyright: © 1951, restaurado 1996 Condé Nast Publications, Ltd. Medium: Brometo de prata. Imagem: 34 x 25,7 centímetros (13 3/8 x 10 1/8 pol) Coleção: Partial gift of Irving Penn. The J. Paul Getty Museum, Los Angeles, 2008.1.34
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Cansado de fotografar modelos magras e adaptadas a um cânone estético, Penn queria mulheres capazes de obrigá-lo a encontrar novas formas de produzir a beleza — corpos grandes e volumosos que, em vez de permanecer estáticos, impunham ao olhardo fotógrafo a necessidade de encontrar uma estética apropriada à sua própria dinâmica, ensejando uma relação dialógica. Assim, o fotógrafo precisava repensar incessantemente seu próprio conceito de beleza: esse não era mais estabelecido por ele, mas imposto por elas ao seu olhar. Em lugar da “verdade”, o desafio. É essa versatilidade — ou genialidade — o que coloca em maus lençóis tantos críticos que escrevem sobre Penn. Embora suas fotos de moda assemelhemse àquelas criadas pelos olhares aristocráticos de pioneiros como De Meyer ou Huene, dificilmente seria possível encerrá-lo sob a máscara da sofisticação quando o próprio Penn reconhece que chegou à Vogue como uma espécie de selvagem entre uma refinada elite; embora seu formalismo vá contra muitos dos
experimentalismos de vanguarda, seus stills com referências ao memento mori — a arte que, lidando com objetos fenecentes ou putrefatos, relembra ao homem sua finitude — colocam em questão a própria ideia de vanguarda; embora seu cultivo da pose remeta à foto de moda das décadas de 1920 e 1930, seu minimalismo e despojamento inserem-no claramente na contemporaneidade que ele mesmo ajudou a criar. As imagens de Penn tipicamente abandonam fundos e efeitos elaborados em nome de uma concentração nos modelos ou objetos fotografados. Optando, desde o princípio, por suprimir os elaborados cenários ou qualquer tipo de excesso estético, Penn desenvolveu um olhar voltado ao essencial, e é esse o princípio fundamental por trás de suas (inúmeras) obras-primas. Eis, mais uma vez, a reafirmação de que, na fotografia, o fator determinante é o próprio olhar do fotógrafo — que, no caso de Penn, está na gênese de uma estética inovadora por seu rigor e por sua rara sensibilidade. lA
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econhecida por cuidar da beleza com métodos não invasivos e utilizar elementos naturais tanto nos cosméticos quanto nas massagens especiais que realiza em seu Centro de Estética Integrada, em São Paulo, a cosmetóloga e esteticista Roseli Siqueira traz mais uma novidade: Pomme D’Beauté. Trata-se de um creme facial elaborado com PhytoCellTec Malus Doméstica, um ativo rejuvenescedor originário das células-tronco de uma macieira da Suíça, além de vitaminas A, do complexo B e C, bioflavonóides. Saiba mais sobre o produto. indicação — Para mulheres a partir de 25 anos, já que o creme desintoxica a pele e combate os radicais livres, responsáveis por acelerar o processo de envelhecimento, deixando-a hidratada, macia, viçosa e, consequentemente, mais resistente aos efeitos nocivos do stress, do sol e da poluição. como age — Por ser formulado com lipídios similares aos encontrados na pele, o cosmético contribui para o fortalecimento da barreira de proteção cutânea. “Com isso, além de evitar que a pele perca água, o creme restaura e mantém a firmeza e a elasticidade do rosto, retardando o aparecimento de linhas finas, rugas e flacidez” , explica Roseli Siqueira. investimento — R$ 420. Mais informações: (11) 3085-5688, SP. www.roselisiqueira.com.br lA
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perfil
Sr. Clarins Chairman da marca francesa de cosmésticos, ele esteve no Brasil para reintroduzir a empresa no mercado brasileiro com bons serviços e produtos de qualidade por
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Fran Oliveira
história da Clarins começou em 1954 com Jacques Courtin, um estudante francês de medicina que se especializou em fisioterapia e em tratamento da circulação através de massagens. Ele trabalhou como fisioterapeuta em hospitais, na área de reabilitação pós-operatória, e durante esse período seus pacientes tiveram melhoras médicas e também de aparência de pele. Foi lá que ele percebeu quanto a estética influenciava na qualidade de vida dos feridos. A partir daí nasceu sua vontade de criar uma ponte entre medicina e beleza, ciência e estética. O resultado o levou a desenvolver seus próprios óleos de extratos de plantas, originando assim a filosofia e os produtos da Clarins. Em 1970, Jacques Courtin-Clarins assinou seu primeiro contrato para a distribuição fora da França e dez anos depois foram estabelecidas as primeiras subsidiárias da Clarins nos Estados Unidos. A relação de amor dos Courtin com a empresa foi tamanha que em
1978 eles adicionaram o nome Clarins ao sobrenome da família e passaram a assinar Courtin-Clarins. Graduado pelo Institut Supérieur de Gestion/ Paris, Christian Courtin-Clarins teve professores de negócios prestigiados como Lauren Fabius, Raymond Barre e Dominique Strauss-Kahn. Em 1974 começou a trabalhar na Clarins com seu pai, Jacques Courtin, fundador da empresa, como diretor de operações internacionais, sendo responsável pela abertura de novos negócios. Em 2000 foi nomeado CEO do grupo que inclui as marcas Clarins, Thierry Mugler, Azzaro, Stella Cadente Parfums e Porshe Design Perfums. Ele participou pessoalmente da inauguração de 128 dos 150 mercados da empresa. “Nossa política é tentar produzir a melhor marca para os cuidados com a pele. Gastamos cerca de 35 milhões de euros todo ano em pesquisas por um preço que eu chamo de preço VIP, que é o preço real de um produto, com o valor da pesquisa e dos ingredientes que utiliza”, revela. MAGAZINE 41
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Da preservação da natureza à proteção das gerações futuras, para a Clarins há somente um passo. Desde 1997 a empresa premia todos os anos mulheres que trabalham em prol de crianças em perigo por meio do seu Dynamic Woman
Christian carrega consigo os ideais de seu pai e prioriza a opinião de suas clientes. Uma das formas de atualizar-se sobre os anseios de beleza das suas consumidoras é frequentemente conversar com suas filhas, que dão opiniões de forma franca, própria da juventude, sobre os produtos da Clarins. Esse hábito foi herdado do pai, que costumava ler todas as cartas enviadas pelas clientes e dali coletar informações preciosas que serviriam como subsídio para desenvolvimento e pesquisa de novos produtos. Atualmente o diferencial de Clarins continua sendo ouvir a consumidora. Cada produto vem com um consumer card no qual as clientes do mundo inteiro enviam seus comentários e sugestões para uma equipe, na matriz da empresa 100% dedicada a ler esses cards e passá-los adiante internamente resultando, muitas vezes, na criação de novos produtos.
Logo após a sua chegada ao grupo, Christian … começa a trabalhar com seu pai no posicionamento da marca: representar a naturalidade e o brilho da mulher que vive em harmonia com seu tempo. A empresa optou por não utilizar celebridades em suas campanhas publicitárias, mas sim mostrar a diversidade das mulheres a quem seus produtos são destinados. Por exemplo, o lançamento do batom Le Rouge Clarins em 2001 mostra uma jovem africana, uma asiática e uma europeia lado a lado. A mesma idéia é praticada na divulgação da linha masculina, que reúne homens de diversas origens e idades. A combinação do puro extrato de plantas, tecnologia avançada, pesquisas que respeitam o meio ambiente e inovação colocou a Clarins no mapa da beleza como líder da Europa em cuidados com a pele por mais de 50 anos. A folha verde é, como o coração, uma das assinaturas da Clarins.
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Christian Courtin-Clarins: “Nossa política é tentar produzir a melhor marca para os cuidados com a pele. Gastamos cerca de 35 milhões de euros todo ano em pesquisas
Muita antes da onda ecológica virar moda, Christian já era um apaixonado pelo meio ambiente e desejava fazer da Clarins uma empresa ecorresponsável. Tanto que suas ações se iniciaram na década de 90 quando o grupo incorporou-se à Alp-Action, uma associação para a recuperação do patrimônio natural dos Alpes, e, após, com a criação do Prêmio Clarins Men Enviroment, que recompensa o trabalho a favor da preservação e do desenvolvimento sustentável. Da preservação da natureza à proteção das gerações futuras, para a Clarins há somente um passo. Desde 1997 a empresa premia todos os anos mulheres que trabalham em prol de crianças em perigo por meio do seu Dynamic Woman. Uma iniciativa que segue crescendo a cada dia, estando hoje presente em 12 países, incluindo África do Sul e China. A empresa também apoia a pesquisa de artrite
em mais de 400 laboratórios pelo mundo e investe cerca de 2,5 milhões de dólares anualmente em doações nas áreas de sustentabilidade e educação. “Quero reintroduzir a marca Clarins no Brasil, fazer com que as pessoas se conscientizem do que é a nossa marca, o grupo, bem como nossas políticas sociais. Vim ao Brasil também para fazer contatos com a imprensa, com varejistas, encontrar certas pessoas do mercado, enfim, para entender um pouco o que mudou por aqui, ao que teremos que nos adaptar para buscar maior eficiência, junto como meu novo parceiro no país. Estou muito feliz com ele, é um bom parceiro e temos um ótimo relacionamento. A Neutrolab entende muito bem este mercado. Sendo assim, temos todos os ingredientes para fazer da Clarins a número 1 em cuidados com a pele no Brasil. Esse é o nosso objetivo”, afirma. lA
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sôniamennabarreto Única artista brasileira a ter uma de suas obras, Leonard Cheshire, escolhida para fazer parte de um dos acervos mais importantes do mundo, a Royal Collection, da Família Real Britânica, Sônia Menna Barreto encontrou sua vocação nas pinturas a óleo, mas descobriu uma nova paixão: o design de joias. Em parceria com a joalheria Corsage, a artista/designer lança, com exclusividade, uma coleção de joias de arte de diamantes, ônix, cristal e ouro inspiradas nas referências que a consagraram como uma das pintoras mais representativas e premiadas na história das artes plásticas brasileira.
na página ao lado , máscara veneziana : a arte da artista encontra a criatividade da designer
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Miniblusa Reinaldo Lourenço, cinto Gloria Coelho e colar Sonia Oliverio. Uniforme da AB Uniformes, sapato A rezzo , meia 3/4 J ogê e luva acervo . N a página ao lado , gola D aslu e chapéu acervo pessoal
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J e f f e r s o n K u l i g , p u l s e i r a A c c e s s o r i z e , br i n c o e c h a p é u ac e rvo p e s s oa l . l a d o , b lu s a c o l a n t e ac e rvo p e s s oa l , c o l a r e s e lu va ac e rvo R e i na l d o L o u r e n ç o
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Top Reinaldo Lourenรงo, cinto Gloria Coelho, legging Topshop. Na pรกgina ao lado, blazer Reinaldo Lourenรงo e bolsa Chanel
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100 contemporary fashion designers No crepúsculo da primeira década do terceiro milênio, a Taschen cria uma compilação dos 100 melhores designers de moda. Uma bússola para entender de onde vem e para onde vai a próxima moda contemporânea. Editado por Terry Jones, este livro — em dois volumes — é uma obra de referência para todos os interessados no futuro da moda. 66 MAGAZINE
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destino
Canadá
Aventura, wellness, cultura, gastronomia e programa para todas as estações do ano. Veja por que a América do Norte não acaba nos Estados Unidos por
Gabriela Sampaio Fergusson
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Canadá está de olho no turista brasileiro. E esse flerte parece ser recíproco. Mais e mais brasileiros estão descobrindo que a América do Norte não se encerra nos Estados Unidos. Segundo dados do Canadian Tourism Comission (CTC), cerca de 71 mil brasileiros viajaram para lá em 2008 – 8,3% a mais que no ano anterior —, a maior parte deles para visitar amigos e familiares ou fazer turismo. Mesmo assim, ainda há muito a se conhecer sobre o país. O CTC informa, por exemplo, que os turistas brasileiros restringem suas visitas a apenas três províncias: Ontário (61%), Québec (19,2%) e Alberta (11,9%), todas no centro do país. Verdade. O Canadá tem proporções continentais e é o segundo maior país do mundo, com 10 milhões de quilômetros quadrados. São dez províncias e três territórios, com terras banhadas pelo Atlântico, Pacífico e Ártico. Assim, é bem possível que uma viagem só não seja suficiente para conhecer tudo que o Canadá tem a oferecer. Por outro lado, dentre todos os seus seis fusos horários, há diferentes cenários e programas para se fazer, com opções para todo tipo de turista: do explorador ao mais refinado bon vivant. MAGAZINE 69
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Saskatoon, cidade inovadora, receptiva para a realização de negócios, no coração das pradarias canadenses na província de Saskatchewan
bem-vindo Para viajar ao Canadá, brasileiros precisam apresentar passaporte válido e visto de entrada. Desde 2005 a obtenção de visto de brasileiros para o país está mais simples, não sendo necessário comparecer pessoalmente ao consulado canadense para fazer a solicitação. O processo pode ser conduzido por terceiros, como agentes de viagens
O turista brasileiro que vê neve sempre que pensa no Canadá pode se surpreender com as temperaturas geralmente agradáveis e o calendário movimentado do verão (julho–setembro). A primavera amena (abril–junho) e o outono colorido (setembro–novembro) são também boas épocas para ir, com menos turistas. Longo e rigoroso, o inverno (dezembro–março) é recebido com infraestrutura mais do que adequada. Ou seja: por mais frio que esteja, ainda há muito que se fazer nas grandes cidades e nos resorts de ski. Para quem gosta das grandes cidades, por exemplo, Toronto, Ottawa, Montréal, Québec e Vancouver oferecem experiências únicas. Toronto é considerada uma das mais multiculturais cidades do mundo, um retrato típico do mosaico de etnias e da tolerância canadense. Maior cidade do país, tem tudo que o turista urbano procura: óperas, balés, casas noturnas, lojas, restaurantes estrelados e eventos como o renomado Toronto Film Festival (TIFF), que acontece sempre em setembro. Em Ontário fica também Ottawa, a capital, que conta com grande concentração de museus e marcos históricos. Québec e Montréal, ambas na província de Québec, encantam pela mistura entre arquitetura, história e todas as facilidades do mundo moderno. Não faltam opções culturais, gastronômicas e de compras. Tudo com um toque francês. O Festival Internacional de Jazz de Montréal é um dos eventos mais tradicionais do calendário do Canadá.
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Faro, Yukon. Foto Government of Yukon / Stephen Krasemann
Yukon: uma das últimas grandes fronteiras da Terra, com uma riqueza de recursos naturais e potencial inexplorado de negócios
Do outro lado do país, Vancouver (British Columbia) é uma cidade jovem e vibrante, rodeada por florestas e pelo Pacífico. Seu incomparável skyline foi cuidadosamente dosado para acomodar prédios e não esconder a magnífica cordilheira de North Shore, com seus picos nevados. Multiétnica e cosmopolita, Vancouver também se tornou a “Hollywood do Norte”, servindo como locação para diversos filmes. terra de aventuras e vida animal
Em 2010, a cidade de Vancouver sediará a Olimpíada de Inverno. Mas o evento – que vai de 12 a 28 de fevereiro – é apenas, com o perdão do trocadilho, a ponta do iceberg de uma grande variedade de esportes e atividades possíveis no Canadá. As opções vão desde o bom e velho hóquei — o esporte nacional — até os resorts de ski, como Whistler (British Columbia) e Mont Tremblant (Québec), e os parques nacionais de Jasper e Banff (Alberta), cravados nas Montanhas Rochosas. Churchill (Manitoba) é a capital mundial dos ursos polares. Nas montanhas St. Elias, na província de Yukon, é possível ver a geleira Kaskawulsh. Vá mais ao norte para ver ao vivo o incrível fenômeno da aurora boreal. Outra maravilha natural canadense são as cataratas do Niágara, que dividem com os Estados Unidos, como o Brasil reparte Iguaçu com a Argentina. Localizadas na província de Ontário, elas ficam perto de Toronto e, como não podia deixar de ser, os canadenses garantem que seu lado da queda MAGAZINE 71
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Nunavut: inexplorada e selvagem é a mais nova das províncias e territórios do Canadá, mas determinada a marcar seu lugar no mundo
qualidade de vida O Canadá emplacou três importantes posições no ranking de Melhores Cidades Para Viver de 2009 da revista The Economist, que leva em consideração cultura, meio ambiente, saúde e infraestrutura, entre outros itens: primeiro lugar Vancouver; quarto, Toronto; e quinto, Calgary
d’água é bem melhor que o do vizinho. Nos meses de clima mais ameno, reinam atividades como canoagem, caminhadas, ciclismo, mergulho, golfe e observação de pássaros. Em Haida Gwaii, conjunto de 200 ilhotas conhecidas como “Os Galápagos canadenses”, em British Columbia, o turista vê de perto a rica fauna, flora e cultura indígena. do bom e do melhor
Vinho canadense? Pois bem. Apesar de não ser um dos mais tradicionais vitivinicultores, o Canadá é famoso pelo seu Icewine, vinho doce produzido com uvas congeladas pelo intenso inverno. Ao mesmo tempo, o país também é elogiado por seus Chardonnay e Pinot Noir. Vinícolas estão espalhadas principalmente nas províncias de Ontário e British Columbia, como Okanagan Valley, onde existe até mesmo um deserto. Para foodies de plantão, além dos restaurantes variados nas grandes cidades, há cursos na Cordon Bleu de Ottawa e Wine Country Cooking School, em Niágara. Para pôr a mão na massa, nas Ilhas Prince Edward, na costa leste, você aprende a abrir e apreciar ostras Malpeque em workshop especial. E, se depois de tanta coisa, você quer mesmo é paparico, que tal experimentar os spas canadenses? Pesquisa realizada em 2008 entre frequentadores de estabelecimentos no Canadá, Estados Unidos e México elegeu sete spas do país entre os
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fotos divulgação
Ashbury College: escola fundada em 1891 e que fica num requintado bairro de Rockcliffe Park, em Ottawa
30 melhores da América do Norte. Para juntar uma jornada de trem com paradas estratégicas em spas, a VIA Rail Canada oferece entre janeiro e fevereiro um pacote especial que percorre Ontário e Québec. Você só precisa escolher três dos 15 estabelecimentos disponíveis, como o 100 Fountain Spa, com termas ao ar livre, e Valenova Inn & Spa, com vista para o Lago Ontário. Um motorista o aguarda na estação para sessões infindáveis de tratamentos totalmente relaxantes, como hidroterapia, pedras quentes, reflexologia, máscaras, e você ainda tem uma cozinha de primeira. viajar
+ estudar
Outro tipo de turismo para brasileiros que o Canadá tem a oferecer é o de estudo. E uma das opções é cursar o ensino médio completo em escolas internacionais espalhadas pelo país. Uma delas é a Ashbury College, que foi fundada em 1891 e fica num requintado bairro de Rockcliffe Park, em Ottawa. A escola faz parte da Round Square Association, que reúne escolas internacionais dedicadas
ao ensino holístico. Ashbury aceita jovens de ambos os sexos, de 13 a 18 anos, e funciona tanto em regime diário como também internato. “Recebemos alunos do mundo todo, mas faltam brasileiros”, conta Richard Derkatch, representante da escola em São Paulo. O processo de admissão envolve análise do desempenho escolar e entrevista. É desejável que o jovem fale inglês. Caso contrário, aulas são providenciadas durante todo o curso. Além do junior high (7ª e 8ª séries) e da high school completa (ensino médio), Ashbury oferece estadias de um ano e cursos de verão. “Ashbury já recebeu importantes políticos e personalidades canadenses. Está localizada em uma cidade tranquila e segura. A curta distância de Québec faz com que os alunos aprendam uma terceira língua, o francês”, explica Derkatch. “O International Baccalaureate (IB), certificado que oferecemos, facilita a entrada do aluno em grandes universidades internacionais, geralmente com significativas bolsas de estudo.” Para saber mais, visite: www.ashbury.on.ca ou entre em contato com Richard Derkatch pelo e-mail: richard_derkatch@hotmail.com lA MAGAZINE 73
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hotelaria
muito além da
experiência O hotel Tivoli São Paulo-Mofarrej inaugurou o Arola-Vintetres, restaurante comandado pelo chef espanhol Sergi Arola por
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Fran Oliveira
om duas estrelas do renomado guia Michelin no currículo, o Sergi Arola foi escolhido pela linha privilegiada que segue em seus restaurantes ao redor do mundo. “A parceria foi um encontro perfeito: uniu o luxo e requinte característicos do Tivoli à exclusividade da cozinha de Arola”, afirma Christian Bernardi, diretor de Marketing e Vendas da rede no Brasil. Presente na Espanha e em Portugal, o Arola-Vintetres será o primeiro restaurante das Américas comandado por um chef espanhol premiado pelo Michelin. O restaurante ocupará o 23º andar do hotel, que oferece uma vista panorâmica de São Paulo. O ambiente foi totalmente reformado e decorado por Patricia Anastassiadis. O projeto da arquiteta prevê uma adega para
2 mil vinhos escolhidos para acompanhar o cardápio, que terá referência na culinária contemporânea. O menu ainda é mantido em segredo, mas Arola adianta que “terá inspiração mediterrânea, com toques da culinária catalã e influência de ingredientes brasileiros”. Natural de Barcelona, o chef começou a se interessar por gastronomia ainda pequeno, influenciado pelo avô. Em 1991, passou a fazer parte do grupo “Jovens amantes da culinária”, no qual conheceu sua grande referência gastronômica: Pierre Gagnaire, ícone da culinária criativa francesa. Ao longo dos anos, Arola conquistou diversos prêmios. Os seus restaurantes de Madri e Penha estão na lista da 50 Hot Tables do mundo, elaborada pela revista Conde Nast Traveler.
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Com dez salas privativas, o Elements Spa oferece uma ampla série de tratamentos inspirados em terapias asiáticas para rejuvenescer o corpo, a mente e o espírito. Todas as terapistas são treinadas pela própria academia de formação da rede, a Banyan Tree Academy, em Phuket, na Tailândia
O Arola-Vintetres veio para somar e aumentar a lista de serviços cincoestrelas oferecida pelo Tivoli São Paulo-Mofarrej, que já conta com o Elements Spa by Banyan Tree, o único da rede de spas de luxo Banyan Tree na América do Sul. Com um dos conceitos de spa mais prestigiados internacionalmente, acompanha as novas tendências com os mais sofisticados tratamentos na melhor tradição oriental. O Elements Spa convida a desfrutar uma experiência de pleno bem-estar físico e espiritual, oferecendo um verdadeiro santuário para os sentidos através dos tratamentos que recorrem a ingredientes naturais, óleos aromáticos, ervas, especiarias e flores exóticas. São 690 metros quadrados, dez salas de massagem, com sauna privativa em cada, e terapistas especializadas em proporcionar experiências únicas, além de mais de 40 opções de massagens e tratamentos para o corpo e rosto, todos inspirados em técnicas de tradições asiáticas aperfeiçoadas ao longo do tempo, passadas de geração para geração. O Tivoli São Paulo-Mofarrej foi reaberto em março de 2009, após uma renovação completa, e a edição 2010 do Guia 4 Rodas marca sua estréia na publicação. Em sua primeira aparição, o hotel, membro da The Leading Hotels of the World, a seleta lista dos mais bem conceituados hotéis do mundo, foi considerado “um dos melhores do país”, devido ao “serviço impecável”, ao conforto e à modernidade dos quartos, além da elegância dos ambientes.
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Acima, suíte presidencial Mofarrej, a maior da América Latina, com 750 metros quadrados. Na página ao lado, Narã Bar & Lounge, ambiente despojado, balcão de ônix e drinques e coquetéis sofisticados
Tivoli São Paulo – Mofarrej Al. Santos, 1437, Jardins, São Paulo, SP Tel. + 55 (11) 3146-5900 www.tivolihotels.com
Cerca de 9 milhões de euros foram investidos no empreendimento, que tem o projeto de renovação assinado pela arquiteta Patrícia Anastassiadis. O conceito criado por Patrícia buscou dar uma nova atmosfera à estrutura existente. Uma leitura contemporânea e ao mesmo tempo aconchegante, unindo sofisticação e modernidade. Lounges com lareiras e uma área de bar, em que o acesso acontece por uma adega solta no meio do gazebo existente, são outros elementos que definem a alma do Tivoli São Paulo. Um dos diferenciais do hotel é a suíte presidencial Mofarrej, a maior da América Latina, com 750 metros quadrados. Ao todo são 220 apartamentos, sendo quatro Collection Master Suíte, 12 Collection Suíte, 48 Collection Plus, 36 Collection Room, 18 Classic Suíte, 52 Superior Room, 45 Classic Room e ainda dois Classic Room para deficientes. Todos os apartamentos e suítes estão equipados com as mais recentes inovações tecnológicas aliadas à elegância da decoração, inteiramente inspirada para satisfazer o bem-estar dos clientes. Os hóspedes dos pisos Collection têm ainda acesso a serviços privilegiados, concebidos para proporcionar um conforto exclusivo. “O Tivoli São Paulo-Mofarrej é uma unidade emblemática da capital paulista que, por suas características, vai se distinguir no mercado. Todos os detalhes foram cuidadosamente pensados e os mais exclusivos serviços disponibilizados para marcar de forma inesquecível a estada dos nossos hóspedes”, observa Bernard Mercier, diretor regional de Operações Brasil. lA
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Luxo e aventura pot
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epois que a África do Sul foi confirmada sede da Copa do Mundo de 2010, virou moda ir para lá. No entanto, mais do que o próximo país do futebol, trata-se de um lugar exótico com muito a oferecer: desde paisagens belíssimas, passando por aventura e muito luxo. Como fotógrafo, saí de São Paulo com destino a Cidade do Cabo, sudoeste da África do Sul, em busca de experiências exclusivas e, claro, boas fotos. Hospedei-me no hotel Cape Grace, um dos melhores e mais bem localizados da cidade. Decorado com estilo clássico holandês e com vista para a marina, oferece, além de muito conforto, degustação de vinho e uísque. O Cape Grace fica em Waterfront, o ponto mais visitado da cidade. Um complexo de shoppings e sofisticados restaurantes. O local é indispensável, por isso vale a pena passar pelo menos uma tarde por lá degustando vinhos sul-africanos, frutos do mar, carnes de animais selvagens, como cervos, crocodilo, avestruz. Mas preferi escolher uma lagosta no aquário para experimentar.
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Aproveitei os meus dois dias em Cidade do Cabo para dar uma volta com o BMW 750. Fui para Camps Bay, a praia mais badalada da cidade. A areia branca e a água azul cristalina do local surpreende os visitantes. O clima é comparado ao de Miami, mas com desfile de incontáveis Lamborghinis e Ferraris, o que mostra justamente que o estilo de vida dos sul-africanos é bem diferente do que eu imaginava. Quando o fim da tarde se aproximou, procurei um bom ponto para assistir ao pôr-dosol. Fui para aquele onde os africanos me falaram que seria único: Table Mountain, a mais alta da cadeia de montanhas que circunda a cidade. Da sua base parte um bondinho até o topo da montanha, onde fica um restaurante muito charmoso. Lá, comprei um espumante e contemplei o espetáculo natural que se mostrou realmente único. experiência no mar
Porém, o mais incrível dos passeios ainda estava por vir. Havia me divertido na praia, curtido o pôr-do-sol, aproveitado a mordomia dos restaurantes sofisticados, mas foi no dia seguinte a tudo isso que embarquei em uma grande aventura: mergulho com tubarão branco. Já mergulhei em lugares 82 MAGAZINE
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incríveis no Brasil, mas nunca imaginei que pudesse estar tão perto de um tubarão feroz como esse. Peguei um barco e naveguei até o ponto onde há maior concentração desses tubarões. Para atraí-los, a equipe que organiza o passeio joga no mar enormes peixes. Não demorou muito para aparecer o primeiro gigante. E logo estávamos rodeados por cinco tubarões brancos. Para provocar os animais, os mais experientes lançam a carcaça do peixe e depois a puxam de volta, de modo a fazer com que os tubarões pulem para fora d’água, mostrem a mandíbula e gerem excitação (e medo) entre os mergulhadores, que estão lá justamente para ver isso! Devidamente equipado e com toda a segurança, entrei na gaiola ao lado de mais cinco mergulhadores e fiquei frente a frente com o tubarão branco. Que experiência! Embora não exista risco, há quem prefira passeios mais tranquilos, como pela Península do Cabo. O passeio dura o dia inteiro e vai até Cape Point,
extremo sul da península. Lá, a vista é surpreendente e no caminho é possível ver focas, pinguins, babuínos e paisagens de tirar o fôlego. Como África é sinônimo de safári, o passeio imperdível começou quando segui para Mpungala, no Kruger National Park. No aeroporto, peguei um voo de 16 minutos em um avião privado até o Singita Ebony Lodge, em busca do prometido safári exclusivo. O Singita trabalha com o sistema all inclusive, que inclui tudo mesmo, até charutos cubanos. Com atendimento personalizado, o Singita combina extremo conforto com aventura. Duas vezes ao dia, os hóspedes são convidados ao safári. Em um Land Rover, partem no máximo quatro pessoas e mais dois guias, altamente qualificados, que ficam sempre atentos durante todo o caminho para encontrar os animais, como: leões, leopardos, elefantes, girafas, zebras e muitos outros. As lindas fotos estão garantidas! MAGAZINE 83
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Quem leva — Just Intercâmbios Calçada das Bétulas, 48, Centro Comercial Alphaville, tel. (11) 4191-4845 justalpha@justintercambios.com.br
Parte de uma cadeia formada por hotéis cinco-estrelas, o Singita cobra tarifas fixas de 1.600 dólares (por dia e por pessoa) e fica estrategicamente localizado onde é possível realizar o safári. Ao todo são nove lodges espalhados pela África do Sul, por Zimbábue e pela Tanzânia. Lodge é uma área comum para os hóspedes e com apenas 12 suítes, onde cada um tem seu quarto estilo próprio, sala, banheiro, varanda e piscina. O primeiro lodge que visitei, Singita Ebony, é decorado com um estilo tradicional, tem referência à África do Sul e ao safári e é famoso pelos leopardos. Além de leões, búfalos, rinocerontes e muitos outros, tive a oportunidade de ver uma manada de elefantes repleta de filhotes. Encantador! Ao todo, passei duas inesquecíveis noites no Singita Ebony e, então, parti para o Singita Lebombo, que fica a 30 minutos de voo. Ao chegar, me surpreendi novamente com a diferença entre esse e o Ebony Lodge. Lebombo possui um estilo contemporâneo e atrai jovens casais. Lá, tive a sorte de encontrar 16 leões juntos. Além do show da natureza, fui surpreendido muitas noites pela equipe do hotel, que sempre preparava pequenas surpresas. Entre elas, me deparei com a minha suíte toda decorada com velas, espumante e iguarias, além de um lindo jantar no meio da savana para minha despedida. Realmente uma experiência tão exclusiva e inesquecível que é impossível traduzir em palavras. lA
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2010 rosa Brinde em grande estilo com borbulhas rosadas por
Marco Merguizzo
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omo os versos da canção La Vie en Rose (A vida em cor-de-rosa), que expressam o desejo de que “noites de amor não acabam mais” e “aborrecimentos e tristezas se apagam”, eternizados pela voz da maior cantora francesa de todos os tempos, Edith Piaf (1915-1963) —, champanhes e espumantes rosés esbanjam categoria e bons presságios na taça e são perfeitos tanto para fechar o ano quanto para iniciar o novo, com doses extras de charme e estilo. Associado a momentos de alegria, o champanhe — aquele perpetrado na região francesa que lhe empresta o nome e o único que pode ser assim denominado —, ao lado de uma série de outras garrafas borbulhantes hoje produzidas no mundo, é o mais festivo dos vinhos. Como nenhum outro, o estouro da rolha e a explosão de espuma que se segue simbolizam, não é de hoje, luxo, glamour e o chamado savoir-vivre. De fato, desde que foi adotado pelas cortes russas como bebida imperial (ao lado do caviar) e, mais tarde, consumido nas casas mais movimentadas da belle-époque, no início do século passado, o chamado “vinho de Champanhe” revestiu-se de uma aura de charme e sofisticação.
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DOM PÉRIGNON ROSÉ VINTAGE CHAMPAGNE, FRANÇA
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Vendido em número limitado, este champanhe rosé só é produzido em anos de safras excepcionais, ou seja, com as melhores uvas. São necessários ainda nove anos até que suas borbulhas de estirpe, elaboradas pela mais tradicional e charmosa das casas de Champanhe, alcance sua plena expressão. Nove anos de amadurecimento em leveduras dentro das adegas antes de chegar ao ponto no qual o frescor da fruta vibra em harmonia com a maturidade do vinho e atinge a intensidade e complexidade desejadas. Apresenta a vivacidade e as vibrações do Pinot Noir, sem sacrificar o equilíbrio perfeito entre as uvas Pinot Noir e Chardonnay, o que é típico do estilo Dom Pérignon. No nariz, notas florais, casca de laranja e frutas secas, com as características de uma colheita bem amadurecida e especiarias recendendo à madeira. Paladar sofisticado, ótimo perlage e acidez. Final de boca persistente e vibrante. Preço: R$ 1.800 (preço sugerido). Lojas gourmet e delicatessens. Informações: SAC Moët.Hennessy do Brasil, tel. (11) 3062-8388. www.domperignon.com
Produzidas com três diferentes uvas — as tintas Pinot Noir e Pinot Meunier e a branca Chardonnay —, sabese que o espumante pode ser branco, rosado ou tinto. Ou doce, meio doce, meio seco e muito seco — e sua acidez, em geral elevada para emprestar-lhe frescor, também é bastante variável. Pode ter de 5,5% a pouco mais de 12% de álcool. Além de todas essas variáveis, a quantidade de gás carbônico varia muito de um tipo para outro tipo de espumante. O gás carbônico, traduzido pelas indefectíveis bolinhas, o chamado perlage, desempenha papel fundamental na qualidade da bebida. O bom espumante, aquele que vale a pena conhecer, não é adicionado de gás carbônico, mas tem esse componente gerado naturalmente em seu processo
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de produção. Para elaborá-lo, é necessário antes criar um vinho-base, fermentado alcoolicamente como qualquer outro vinho (em uma reação biológica, leveduras — fermento — se alimentam do açúcar, gerando álcool, gás carbônico e calor). Um bom vinho-base deve ter alta acidez, baixa alcoolicidade e bom corpo, isto é, boa densidade e concentração de extrato da fruta. Geralmente é um vinho branco, muitas vezes extraído de uvas tintas (na maior parte das uvas, a cor está na casca e não no sumo). Também pode ser um vinho tinto, ou uma mescla dos dois. Na imensa maioria das regiões produtoras de vinho, é proibido produzir vinhos rosados por mistura de um vinho tinto com um branco. Ele deve ser fermentado desde o início para ser um vinho rosado.
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AYALA CUVÉE ROSÉ NATURE CHAMPAGNE, FRANÇA
Raridade, é elaborado pelo método clássico pela maison Bollinger, na região de Champagne, sem nenhuma adição de licor de expedição (no estilo “Nature”). Combina potência, classe e finesse. Um de seus segredos é o uso de 53% de uvas Chardonnay, combinadas com uma pequena parte de Pinot Noir (39%) de vinhedos antigos, com uvas vinificadas como vinho tinto, da mesma forma que os grandes Borgonhas. Ou seja, são usados apenas os vinhedos classificados como Grand Cru e Premiére Cru, localizados ao redor da cidade de Aÿ. Maturado pelo menos três anos com as borras. Pode ser servido entre 7ºC e 9ºC como aperitivo ou com pescados de sabor marcante. Preço: US$ 200. Importado pela Mistral, de São Paulo, tel. (11) 3372 3400. www.mistral.com.br
MOËT & CHANDON ROSÉ IMPÉRIAL CHAMPAGNE, FRANÇA Este rosé ilustra perfeitamente o espírito desta mundialmente conhecida maison gaulesa. Com toques acobreados, frutados, vivos, é um champanhe que deve sua amplitude e seu brilho a uma seleção rigorosa de Pinot Noir (de 40% a 50%), à fruta da Pinot Menier (de 30% a 40%) e ao toque refinado da Chardonnay (de 10% a 20%). Essas borbulhas de belíssima cor púrpura intensa revelam aromas expressivos de frutos vermelhos silvestres (morango, groselha), toques florais (rosa, espinheiro) e apimentados. Além de aperitivo, escolta frutos do mar crus, assados ou grelhados e carnes vermelhas (assadas ou grelhadas). Preço: R$ 300. Lojas gourmet. Informações: SAC Moët & Chandon, tel. (11) 3062-8388.
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POL ROGER ROSÉ BRUT VINTAGE CHAMPAGNE, FRANÇA
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Champanhe com pedigree, é um dos pouquíssimos exemplares deste tipo de vinho no mundo a ostentar a cotação máxima (cinco estrelas) do crítico americano Robert Parker, além de ser o preferido dos isentos críticos ingleses – daí ser considerado “o champanhe dos especialistas”. Do reputado produtor Pol Roger, de Champagne, é elaborado com a adição de 16% de Pinot Noir vinificado como vinho tinto e depois envelhecido por mais de dez anos em garrafa. Composição: Pinot Noir (50%), Chardonnay (34%) e Pinot Noir vinificado como vinho tinto (16%). A Pinot Noir provém de vinhedos em Cumières, Champillon, Aÿ, Hautvillers, Mareiul, Chigny, Rilly, Bouzy e Vinay. A Chardonnay, de Le Mesnil, Oger, Vertus, Grauves, Oiry e Chouilly. Encorpado, suculento e muito complexo, é um rótulo essencialmente gastronômico. Preço: US$ 176. Importado pela Mistral, de São Paulo, tel. (11) 3372-3400. www.mistral.com.br
O segredo é prender as famosas bolhas dentro da garrafa. Elas são formadas pelo dióxido de carbono, o gás resultante da fermentação. Para isso, os produtores utilizam dois recursos. O histórico, bastante trabalhoso, que implica numa segunda fermentação na garrafa, é chamado de Méthode Champenoise, Classique ou Traditionelle. O suco das uvas fermenta em tanques de aço inoxidável por duas ou três semanas. Em seguida é misturado com açúcar e fermento (chamado liqueur de tirage) e colocado em sua garrafa com uma tampa metálica. A segunda fermentação, que vai acontecer de um a três anos, captura as famosas bolhinhas na garrafa. Quando finalmente esse sedimento é retirado, rapidamente o produtor coloca uma dose de açúcar na garrafa e só então a garrafa é arrolhada. É essa dosagem de açúcar (chamada de açúcar residual) que vai decidir pelas várias categorias da bebida, a partir da sua doçura. O passo seguinte é eliminar essas borras. As garrafas, sempre de gargalo para baixo, têm a sua extremidade (cerca de 5 a 10 cm) mergulhada em uma solução hidroalcoólica a temperaturas baixíssimas, até menos de 50ºC. O pescoço da garrafa se congela instantaneamente e
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FRANCIACORTA CUVÉE PRESTIGE ROSÉ DOCC CA’ DEL BOSCO FRANCIACORTA, ITÁLIA
Ca’ del Bosco é produtor superpremiado com 30 “tre bicchieri” do Gambero Rosso — exigente guia italiano —, que confere a este espumante rosado duas “stelle”. Perpetra os melhores espumantes da Itália, ao nível dos de Champagne. Com a mesma receita do Cuvée Prestige, que inclui uma grande proporção de Chardonnay e adição de “vinhos de reserva”, este rosé é elaborado nas melhores safras e só encontra concorrentes entre os melhores rosados franceses. De produção limitada, apresenta paladar complexo e elegante. Preço: US$ 143. Importado pela Mistral, de São Paulo, tel. (11) 3372-3400. www.mistral.com
basta sacar a tampa metálica tipo coroa (conhecida como tampinha de cerveja) para que a pressão, que chega a até 6 atmosferas, expulse as borras congeladas. Já pelo sistema Charmat, a fermentação destinada a produzir as apreciadas bolhinhas não acontece na garrafa, e sim em grandes tanques de inox, também capazes de suportar e reter a pressão de até 5 atmosferas. O vinho-base é acondicionado nesses enormes tanques selados, chamados de autoclaves, e recebe novas leveduras (fermento) e açúcar, para que a segunda fermentação possa ocorrer ali. Terminado processo, o vinho é clarificado e engarrafado, sempre em linhas pressurizadas. O licor de expedição já não é mais necessário para completar o volume, mas apenas para conferir sabor e aroma peculiares. Tecnicamente, o espumante rosé pode ser feito do
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blend de um vinho branco parado com outro tinto. Ou deixando as cascas das uvas tintas (as uvas tintas Pinot Noir ou a Pinot Meunier) em contato com o suco do vinho, para que extraiam pigmentos de modo a atingir o tom de rosa desejado. A maioria dos champanhes e espumantes não é safrada, apenas nas vindimas excepcionais são produzidos os Milésimes, que declaram a safra. Quando as Pinot também provêm de uma vindima de grande qualidade, são produzidos os Milésimes Rosé, que são os mais caros. Existe ainda mais uma classificação importante: a da qualidade do vinhedo de onde provém a uva. Cada região é chamada de cru. Quando há condições muito boas de solo e microclima, o vinhedo é classificado como Première Cru e, quando essas condições são impecáveis, é denominado Grand Cru. ●a
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lounge bar
vodca super premium Depois do sucesso do lançamento de Belvedere IX (pronunciase One-X) em selecionados clubs ao redor do mundo, chegou a vez de os melhores bares e casas noturnas brasileiras receberem a mais nova criação entre as vodcas super premium. Belvedere IX, criada exclusivamente para noites de festas, além do sabor único e inédito conquistado com o blend de nove ingredientes surpreendentes, apresenta em sua garrafa — especialmente na versão negra — um grafite feito pelo artista André Saraiva. Belvedere IX chega ao Brasil em dezembro em quantidade limitada e com venda em casas
noturnas e bares parceiros da marca, além de lojas especializadas. A festa de lançamento será no Club Disco, em São Paulo, onde a Belvedere inaugurou seu bar e camarote exclusivos. Mais uma vez, Belvedere está redefinindo o luxo para uma nova era ao introduzir um produto que incorpora a criatividade e atitude sexy da noite. Belvedere IX combina perfeitamente guaraná, gengibre, ginseng, açaí, eucalipto, amêndoa doce, jasmim, cereja negra e folha de canela, que são macerados com a vodca Belvedere em destilarias na região de Cognac, na França.
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Senhor do tempo Uma das mais antigas joalherias do mundo, fundada em Paris por Louis-Francois Cartier, em 1847, a Cartier desfruta de uma reputação inigualável por produzir apenas joias e acessórios da mais alta qualidade por
César Rovel (*)
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Santos 100 Flying Tourbillon, de ouro branco
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m nenhum outro lugar a filosofia da qualidade é mais evidente que na altamente diversificada linha de relógios de pulso, muitos dos quais têm os mais reconhecidos desenhos do planeta. Nos últimos anos, a Cartier tem se notabilizado pela introdução de uma coleção de modelos de alto luxo, em uma coleção chamada Alta Relojoaria Cartier. Esta coleção inclui relógios com mecanismos produzidos pela própria marca, chamados, no jargão relojoeiro, de mecanismos “in-house”. Alguns deles trazem o Selo de Genebra, um atestado da qualidade de sua fabricação e acabamento. O Selo de Genebra, que pode ser visto gravado no verso do mecanismo, é fornecido a relógios de algumas das marcas de maior prestígio no mundo da relojoaria. Apenas relógios mecânicos montados e ajustados no território do Cantão de Genebra podem
recebê-lo. Além disso, cada movimento deve trazer seu número de produção individual. Estas peças muito exclusivas foram recentemente apresentadas em eventos prestigiados por grandes colecionadores, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Na presença do presidente da Cartier para a América Latina e o Caribe, Christophe Maincourt, e do mestre relojoeiro Michel Barbiel, os convidados puderam apreciar toda a magia dessas excepcionais obras de arte da relojoaria. Sem nenhuma dúvida, a grande estrela desta coleção que agora chega ao Brasil é o mecanismo “Flying Tourbillon”, literalmente “Turbilhão Voador”, presente nos modelos Ballon bleu e Santos 100. O turbilhão é um dispositivo criado pelo relojoeiro Abraham Louis Breguet, que recebeu uma patente por sua invenção no ano de 1801. Ele tem por objetivo anular a influência negativa da força de gravidade sobre a precisão de um
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Ballon bleu de Cartier Flying Tourbillon, de ouro branco
relógio, especialmente quando este se encontra na posição vertical. Particularmente útil para os relógios de bolso de então, o turbilhão permanece, por sua extrema dificuldade de produção, como um símbolo da habilidade dos mestres relojoeiros, e é extremamente cobiçado pelos colecionadores, mesmo nos modernos relógios de pulso da atualidade. O turbilhão voador é desenhado de modo a maximizar o seu apelo estético. Ele recebe esse nome porque parece “voar” sobre o mecanismo do relógio, aparentando flutuar livremente sobre o mostrador.
Ballon bleu de Cartier Flying Tourbillon Este modelo marcou a introdução da Cartier no extremamente seleto grupo de manufaturas relojoeiras certificadas para exibir o Selo de Genebra. Esta estampa altamente cobiçada também marcou a instalação da Manufatura Cartier em Genebra, onde seus mestres
relojoeiros desenvolveram e fabricaram o mecanismo calibre 9452 MC, que agora exibe essa respeitada certificação. O Ballon bleu de Cartier Flying Tourbillon tem caixa com diâmetro de 46 mm, de ouro rosa ou branco 18 quilates. Complementa o modelo uma pulseira de couro de jacaré marrom com fecho de ouro 18 quilates.
O relógio Santos 100 Esqueleto O consagrado modelo Santos 100 surge agora em uma caixa de Paládio 950, com dimensões de 46,5 x 54,9 mm, com fundo em safira transparente, resistente à água a 30 metros. Complementa o modelo uma pulseira de couro de jacaré preto com fecho de Paládio. O movimento mecânico a corda manual calibre 9611 MC, de manufatura Cartier, possui indicações de horas e minutos com pontes recortadas, em um trabalho conhecido como “esqueletização”, na forma de numerais romanos. MAGAZINE 97
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Rotonde de Cartier, cronógrafo central de ouro rosa
Santos 100 Flying Tourbillon de ouro branco Abriga o calibre de manufatura Cartier 9452 MC em uma caixa de ouro rosa com dimensões de 46,5 x 54,9 mm, com fundo de cristal safira, resistente à água a 30 metros e individualmente numerada. A pulseira de couro de crocodilo preto tem fecho de ouro branco. A coroa octogonal e de ouro possui um cabochon de safira facetada.
Rotonde de Cartier cronógrafo central A principal particularidade deste novo relógio Rotonde de Cartier, calibre 9907 MC, é o isolamento da função cronógrafo no centro do mostrador. Esse engenhoso dispositivo oferece uma legibilidade excepcional a esta complicação tradicional e um mostrador com indicação inédita. A ação desenvolve-se em dois níveis: o nível
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inferior é destinado à indicação das horas e dos minutos, graças aos ponteiros azulados cujas extremidades são as únicas partes aparentes; o nível superior é dedicado ao cronógrafo. No centro, o fino ponteiro azulado de segundos movimenta-se quando acionado pelo botão correspondente, enquanto o grande contador em semicírculo registra cada uma das rotações até 30 minutos. Portanto, os ponteiros que indicam as horas nunca ocultam os do cronógrafo. O contador central do cronógrafo parece flutuar acima do mostrador, sendo sustentado por um aro de safira cuja discrição contribui à complexidade desta construção patenteada. Ele possui uma caixa redonda em ouro rosa ou branco, com diâmetro de 42 mm. lA (*) César Rovel é editor do Web Site Relógios & Relógios (www.relogioserelogios.com.br)
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a renault de doisneau Registros produzidos pelo célebre fotógrafo retratam o cotidiano das fábricas da montadora francesa nos arredores de Paris por
Raphael Cintra
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té 6 de dezembro, o Centro Cultural Fiesp-Ruth Cardoso apresenta a mostra A Renault de Doisneau, que traz 106 imagens — grande maioria em preto-e-branco — clicadas pelo fotógrafo Robert Doisneau em dois períodos distintos em que trabalhou para a Renault. A curadoria é da historiadora e conservadora do acervo da empresa Ann Hindry. Autor da famosa foto O Beijo do Hotel de Ville, que perpetuou o beijo de um casal em frente à prefeitura de Paris (1950), Robert Doisneau iniciou sua carreira como fotógrafo anos antes, aos 22 anos, imerso no universo das linhas de montagem da francesa Renault, onde trabalhou como funcionário regular de 1934 a 1939. Nesse período, ainda desconhecido, registrou com sensibilidade e um olhar único a transformação da indústria e do automóvel, reunindo uma preciosa série de imagens de carros, autopeças, maquinário pesado, dos vários setores das fábricas localizadas nos arredores de Paris e o dia-a-dia de seus operários em situações variadas. Ainda nessa fase, Doisneau deu início a registros glamourosos,
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a renault de doisneau Até 6 de dezembro de 2009 no Centro Cultural Fiesp-Ruth Cardoso, av. Paulista, 1313, tel. (11) 3549-4499. Segundas-feiras, das 11h às 20 h; terça a sábado, das 10 h às 20 h; domingos, das 10 h às 19 h. Entrada franca
com mulheres elegantes com seus chapéus e luvas, acompanhadas de cavalheiros de chapéu coco a bordo dos sofisticados carros da marca, e de turmas de alegres jovens passeando em modelos conversíveis pelas ruas e parques de Paris. Estão presentes também na mostra imagens de 1934 da aviadora Heléne Boucher dirigindo um Vivasport Cabriolet, um modelo conversível (no mesmo ano, a jovem bateu um recorde de velocidade no ar e morreu pouco tempo depois, num acidente durante um treino). Num retrato inusitado, um prenúncio do inigualável talento revelado mais tarde ao mundo, Doisneau fotografa um grupo de executivos da empresa (39 no total) enfileirados simetricamente ao longo de uma escada numa sucursal da empresa, em 1936. Numa segunda fase, entre 1946 e 1955, Doisneau foi convidado a voltar à empresa, já como fotógrafo consagrado, para produzir fotos publicitárias dos principais modelos da montadora. As imagens trazem alegres casais passeando descontraidamente em parques e belas modelos em registros bemhumorados, como a da jovem sorridente estirada no porta-malas de um Frégate tomando chá, sugerindo notável espaço e conforto. lA
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toro d’oro A conceituada marca italiana chega a São Paulo com modelos adaptados ao combustível brasileiro por
Fran Oliveira
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undada em 1963, a Automobili Lamborghini é sediada em Sant’Agata Bolognese, na região nordeste da Itália, e produz alguns dos carros mais cobiçados do planeta. Com 123 revendas em todo o mundo, a empresa criou uma série de superesportivos que são dinâmicos e elegantes, como os recém-lançados Reventón Roadster — ao preço de 1 milhão de euros — e Gallardo LP 550-2 Valentino Balboni, homenagem que a marca do touro faz a seu piloto de teste, que, desde 1957, ajuda a moldar muitas lendas automotivas, como o Miura, na década de 1960, e os atuais Gallardo LP 560-4 Spyder e Gallardo LP 560-4 Coupé. No fim de outubro, a empresa anunciou a abertura oficial da Lamborghini São Paulo, primeira revenda oficialmente franqueada na América do Sul e administrada pelo grupo Via Italia, uma das companhias brasileiras de maior experiência na venda de carros esportivos de luxo. “A entrada na América do Sul dá continuidade à estratégia atual de desenvolver a rede global de revendas da marca. O Grupo Via Italia foi selecionado por sua experiência no mercado de carros esportivos de luxo, pelo excelente desempenho na área de vendas e também por sua reputação de atendimento exemplar ao cliente”, afirma Stephan Winkelmann, presidente e CEO da marca.
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Gallardo LP 560-4 Spyder: a partir de 1,7 milhão de reais e adaptado para rodar com a gasolina brasileira, que possui uma porcentagem de álcool misturada à sua fórmula
A Lamborghini escolheu a cidade de São Paulo por ser uma das mais modernas e luxuosas cidades da América do Sul e um grande centro financeiro global. Agora, a Lamborghini São Paulo é o primeiro showroom exclusivo da marca, localizado na famosa avenida Europa. Fundado em 1996 e sediado em São Paulo, o Grupo Via Italia é um nome reconhecido no setor de luxo e foi responsável pela importação, distribuição e pelos serviços pós-venda de carros de corrida GT e superesportivos no Brasil. “É uma grande satisfação trabalhar com a Lamborghini e uma honra ser a primeira revenda em parceria com a marca na América do Sul”, diz Jaroslav Sussland, diretor de relações internacionais.
Cada Lamborghini é um atleta de alta performance. Sua sensualidade é baseada em precisão, desempenho e ação espontânea. A elegância Lamborghini nasce da mais pura e absoluta potência. Esse DNA da marca é levado a um novo patamar a cada carro que sai do “Centro Stile”. Por esse motivo, o Gallardo LP 560-4 Spyder apresenta as linhas precisas e superfícies limpas dentro de um espírito de design minimalista que resista à decoração ou a adornos de qualquer espécie. Ainda mais que o Coupé, o Spyder enfatiza o formato básico e poderoso de cunha, complementado pelo teto conversível de tecido e corte severo. Com o novo Gallardo LP 560-4 Spyder, a Lamborghini criou uma experiência inédita
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A Lamborghini São Paulo deve comercializar, a princípio, apenas a linha Gallardo no Brasil. A expectativa é vender 12 unidades ainda este ano e 20 veículos, em 2010
ao volante. Um design fascinante, um desempenho de tirar o fôlego e características extremas na estrada estão reunidos com toda a intensidade sensual e o prazer de dirigir ao ar livre que somente um carro superesportivo conversível é capaz de oferecer. Um motor ainda mais potente, tração permanente nas quatro rodas e um chassi totalmente novo significam que o Gallardo LP 560-4 Spyder oferece um ganho significativo em desempenho se comparado com seu antecessor. Com seu design inovador, o novo LP 5604 Spyder eleva o estilo original Lamborghini a um novo patamar: o Spyder mostra um design potente e elegante com mais individualidade, criando um carro inconfundível. Em sua nova geração, o Gallardo Spyder representa mais do que nunca a
paixão pelo automobilismo em sua forma mais pura. Como no Coupé, sua enorme potência é fornecida pelo novo motor V10 de 5,2 litros com 560 hp a 8.000 rpm. O acréscimo de 40 hp em relação ao seu antecessor e a redução de peso na ordem de 20 kg, melhoraram a relação peso-potência para 2,77 kg/ hp, proporcionando performance ainda melhor. O LP 560-4 Spyder leva apenas 4 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, atingindo 200 km/h em apenas 13,1 segundos, e chega à velocidade máxima de 324 km/h. O novo conjunto motriz, com o sistema de injeção direta de combustível (“Iniezione Diretta Stratificata”), também oferece um desempenho marcante. Apesar do considerável aumento de desempenho, o consumo de combustível e a emissões de CO2 foram reduzidos em MAGAZINE 107
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Qualidade: a empresa expandiu essa tradição e continua produzindo carros com alto padrão de qualidade
impressivos 18%. Os engenheiros do Departamento Técnico Lamborghini, sediado em Sant’Agata, também conseguiram avanços nas áreas de tração, dirigibilidade e estabilidade em altas velocidades. A transmissão permanente nas quatro rodas que foi totalmente reprojetada, a nova suspensão, a maior rigidez do chassi do Spyder e a aerodinâmica otimizada, assim como a redução de peso e os menores coeficientes de fricção mecânicos, contribuem para o melhor desempenho do veículo. Apesar de sua baixa altura externa, o Gallardo LP 560-4 Spyder recebe seus passageiros com um interior espaçoso mesmo com o teto fechado. Os assentos esportivos são revestidos com couro fino ou Alcantara® e oferecem firme apoio e suporte. Os assentos são montados numa posição baixa, típica de carros esportivos, e atrás deles há um espaço adicional para bagagem complementando os 110 litros de capacidade disponíveis no compartimento
situado à frente do veículo. O console central largo é um dos elementos que caracterizam a impressão de dinamismo esportivo no interior. Este acomoda o sistema original de áudio e multimídia Lamborghini, assim como os controles individuais laterais do climatizador. Entre essas duas unidades existe um reprojetado módulo de clássicos e elegantes interruptores. Sete mostradores de instrumentos, ostentando novo design, fornecem ao condutor os dados essenciais do motor, enquanto um visor multifuncional, entre o velocímetro e contagiros, mostra informações importantes do computador de bordo. O Miura e outros modelos dos anos 1960 já foram caracterizados pela excelente qualidade de fabricação, muito além dos padrões comuns para a época. A Lamborghini expandiu muito essa tradição e continua produzindo automóveis com o mais alto padrão de qualidade. www.lamborghini-saopaulo.com lA
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fabĂ mello
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exposição
trans-formação da terra ao éter
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artista visual Fabí Mello inaugura a exposição Trans-formação – Da Terra ao Éter em que, através de 28 obras de arte cinética, videoartes, trabalhos bi e tridimensionais, além de uma obra interativa, ela cria um ambiente de diversão, uma ode à liberdade, um convite ao questionamento, à conscientização e à participação de cada um no processo de criação da realidade. Fabí Mello constrói observando o mundo ao seu redor; “um observar que destrói as coisas mentalmente e depois as reconstrói, criativa e metaforicamente, em movimento”, declara. Em suas pesquisas recentes, Fabí Mello concentrava-se, simultaneamente, em composição de campos cromáticos e procedimentos de transformação cinética de imagens. Nesta exposição, combina os resultados tomando emprestadas, como ponto de partida, as representações de Mark Rothko, demonstrando forte influência duchampiana, uma vez que a artista se apropria de representações de terceiros. Nas etapas de concepção e elaboração de seus trabalhos inexiste a preocupação com “o quê”, relativo aos temas. A total concentração de Fabí Mello está no “como”, no processo que cria experiências de transformação e reconstrução, com abordagem multidisciplinar e multiterritorial, usando ferramentas múltiplas. Para a artista, “a vida só existe como movimento e transformação e, a realidade, é questionável, transitória e, no mínimo, dual.” A atenção aos detalhes, próprios da artista, faz com que sua interferência esteja presente
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Trans-formação — Ano 2009. Técnica: frames de Videoarte. Duração: 3min 24seg
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Levita-ação — Ano 2009. Técnica: assemblagem em pedestal (caixa de vidro, bexigas de látex e SF6). Dimensão: 70 cm x 60 cm x 60 cm
trans-formação curador
– da terra ao éter
Waldo Bravo texto crítico
Antonio Carlos Fortis local
Espaço de Exposições Unimed Paulistana Av. Brigadeiro Luis Antonio, 928, Bela Vista, SP Tel. (11) 3292-6052 abertura
1o de dezembro, das 19h30 às 23 h período
2 a 24 de dezembro de 2009 horário
2ª a 6ª-feira das 9 h às 20h30; sábado das 9 h às 12 h
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desde a fragmentação dos títulos das obras que, ao serem “quebrados”, direcionam o foco de atenção até o processo da criação e ao significado que emerge de sua destruição, deixando exposta uma dualidade ao propor, ao menos, dois significados. As obras de arte cinética colocam as cores em movimento. As impressões digitais e os desenhos, sob vidros rugosos, se alteram à medida que o observador caminha. Borbulhas na água provocam texturas nos campos de cor. Organismos vivos criam manchas de cor que passeiam pela obra de maneira aleatória. Tiras de plástico colorido criam territórios de textura de cores que se tornam campos flamejantes, enquanto chamas reais de fogo colorido produzem campos vivos de cor e luz. A pintura sobre espelho se contamina dinamicamente pela movimentação do observador. Bexigas flutuando no “vazio” chamam a atenção para a energia que sustenta a vida. Nos videoartes, a “pintura” se torna verdadeiramente drama ao ser desmaterializada e recriada em vídeo. Os roteiros e as produções criam experiências de tragédia e êxtase. As cores têm sua força emocional
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Trans-piração — Ano 2009. Técnica: assemblagem (caixa demadeira, caixa de acrílico, impressão digital, bomba d’água). Dimensão: 27 cm x 33 cm x 5 cm
multiplicada quando elas se formam e logo se transformam diante dos olhos do observador. “Minha ‘aniquilação’ é feita para gerar “vida’. Primeiro, ao negar a integridade da coisa, convido o observador a sentirse vivo, pois a definição do real depende da percepção, da experiência individual. Quando coloco tudo em movimento, em transformação, exponho o princípio básico da vida – da mutabilidade, da inconstância, da evolução forçada. Nada está parado, nada é fixo, tudo gira, evolui, evolve. Crio experiências que poderiam ser de caos, mas que levam ao êxtase e à alegria, trazendo curiosidade e surpresa.” Fabí Mello encontra-se em constante estágio de criação. A inquietação da artista está retratada em seus trabalhos de modo pleno; o movimento e a cor são seus temas. Nesta mostra, optou por exibir obras do segmento de arte cinética, além dos registros em vídeo de movimentos e cores. A seleção rigorosa permite uma amostragem de diversas series. A obra interativa convida as pessoas a vivenciar o próprio processo de destruição e reconstrução criativo proposto pela artista. lA A
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foto Luisa Gomes / Getty Images
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Mark Jacobs Fashion Show O Rio de Janeiro foi o palco escolhido para a primeira edição brasileira do Oi Fashion Rocks, evento internacional que já foi realizado nas mais badaladas cidades do mundo, como Londres e Mônaco. No aguardado desfile de Marc Jacobs, a trilha sonora foi mais do que especial, Slave to the Rhythm, Pull up to the Bumper e Williams Blood na voz de Grace Jones. 114 MAGAZINE
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