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ASBIA comemora bons resultados
Em 2016, e peramo um mercado de
Béth Mélo
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Oano passado foi positivo para o setor de inseminação artificial em bovinos no Brasil, segundo Carlos Vivacqua Carneiro da Luz, presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), entidade que representa 95% desse mercado no Brasil. “O relatório de 2015 será divulgado em março, em coletiva de imprensa na Sociedade Rural Brasileira, e esperamos um crescimento do mercado”, prevê o executivo, que comemora o aumento do número de associados: de 17 para 31.
“Em 2016, esperamos um mercado de corte bastante aquecido”, afirma Vivacqua, que credita o bom momento ao fomento da inseminação, seja em regiões tradicionais ou em novas fronteiras, assim como a abertura de mercados internacionais para a exportação. “O aquecimento das vendas externas tem sustentado os preços da arroba, compensando a retração da demanda interna de carne bovina, causada pela queda do poder aquisitivo do consumidor brasileiro e do desemprego”, analisa.
Já para o leite, a visão não é tão otimista. “O impacto negativo causado por diversos escândalos, que colocaram em xeque a qualidade do produto, principalmente no primeiro semestre de 2015, e a perda do poder de compra do consumidor estão prejudicando a demanda do leite e derivados”, analisa. “A baixa remuneração do produtor pode frear os investimentos em genética.”
EXPECTATIVA
Este ano, as atenções estão voltadas para a inauguração do laboratório de análise de sêmen, equipado com tecnologia de ponta, no Parque de Exposições Fernando Costa, em Uberaba (MG), iniciativa da ASBIA e da IVP TEC, em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). “Nosso objetivo é que o laboratório seja uma referência na realização desse serviço, de forma a garantir a padronização das análises de sêmen”, afirma. “É fundamental ocupar esse espaço e oferecer serviços diferenciados, quando comparados ao que está disponível atualmente no Brasil”, explica.
Segundo Vivacqua, o laboratório vai manter um banco de material genético das raças zebuínas, o que é de grande relevância à pecuária brasileira. “Os investimentos e os trabalhos realizados no suporte ao produtor, a padronização de exames e o fortalecimento institucional serão coroados pelo prêmio Tributo ASBIA, com o tema Veterinário de Tecnologia de Sêmen, que vai homenagear, em maio, durante a ExpoZebu, um profissional que representará essa classe, considerando tradição, experiência e histórico”, enfatiza. ar corte ba tante aquecido. O aquecimento da venda e terna tem u tentado o preço da arroba, compen ando a retração da demanda interna de carne bovina.”
D IVULGAÇÃO
ASBIA RECEBE VISITA DO FUTURO PRESIDENTE DA NAAB E NEGOCIA CONVÊNIOS BILATERAIS
Da esquerda para a direita: Sergio Saud, Fabio Fogaça, Carlos Vivacqua Carneiro da Luz, Dr. Jay L. Weiber e Felipe Escobar
O atual vice-presidente, que assumirá o comando da entidade, elogiou a organização e a qualidade genética do mercado brasileiro
Mylene Abud
No dia 28 de janeiro, a diretoria da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) recebeu a visita do Dr. Jay L. Weiber, vicepresidente da National Association of Animal Breeders (NAAB), organização norte-americana que reúne criadores e empresas voltadas à inseminação artificial e ao desenvolvimento de uma pecuária de qualidade. O motivo da visita foi a crescente importância do mercado brasileiro no setor e o início das negociações para a assinatura de convênios entre as duas entidades. “Consciente sobre a importância do mercado brasileiro de inseminação artificial, priorizei o trabalho da ASBIA e escolhi o Brasil como alvo principal da minha gestão na América Latina”, disse o executivo, que será o próximo presidente da entidade, sediada em Columbia, Missouri, EUA.
Segundo Vivacqua, a visita marcou o início das tratativas para a assinatura de convênios entre a NAAB e a ASBIA, em duas frentes de grande relevância para o setor de inseminação artificial brasileiro: os programas de qualificação e atualização técnica para o biênio 2016/2017 e a padronização da indústria de sêmen no Brasil, por meio da ASBIA, e, nos Estados Unidos, via Certified Semen Services (CSS).
“Não há estrutura similar à ASBIA, em toda a América Latina, em termos de representatividade, organização, fornecimento de dados do mercado e fomento à utilização de genética superior”, elogiou o Dr. Weiber, durante o encontro, em Ribeirão Preto (SP). Estiveram presentes à reunião, pela ASBIA, Carlos Vivacqua (presidente), Sergio Saud (diretor técnico) e Felipe Escobar (do Conselho de Administração), além de Fabio Fogaça, do Comitê de Genética Americana, e o Dr. Jay L. Weiber. ar