Código 560 | Edição 23

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n.O 23 | 2.O SEMESTRE 2014 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Paulo Azevedo

A Sonae assumiu, desde a sua criação, a inovação e a satisfação do cliente como pilares da sua atividade. Agora, o CEO, Paulo Azevedo, pretende elevá-los a um novo patamar através de um formato de negócio revolucionário: o omnicanal.

A GS1 ® em Portugal • Estudo pioneiro sobre standards globais na Saúde revela ganhos líquidos significativos em Portugal • II Congresso Nacional da GS1® Portugal: Marcelo Rebelo de Sousa entre oradores confirmados Página 18

Perspetiva Gonçalo Lobo Xavier: “Há sempre espaço para mais inovação na Indústria” Página 36

Em Foco Setor alimentar e reguladores em contagem decrescente para o Regulamento Europeu n.º 1169/11 Página 6

GS1® PORTUGAL Codipor – Associação Portuguesa de Identificação e Codificação de Produtos


A SUA EMPRESA

SINCRONIZADA COM O MUNDO Dê mais eficiência ao seu negócio com a SYNC PT®: a solução global para transacionar informação comercial de qualidade, do produtor ao consumidor, em conformidade com a legislação europeia. • Reduza o esforço de gestão de dados até 30%

• Melhore a gestão de encomendas e de artigos até 50%

• Reduza entre 2 a 6 semanas

o tempo de introdução de um produto no mercado (time-to-shelf)

• Cumpra a 100% as novas regras europeias de venda online de produtos alimentares

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A adesão e a utilização da plataforma são gratuitas até ao final de 2015. Saiba mais em www.gs1pt.org / 21 752 07 40


A Uma Só Voz

João de Castro Guimarães Diretor executivo da GS1® Portugal

40 anos de bips para construir o futuro em colaboração Uma linguagem de negócios única, inequívoca, global, que – com os seus milhões de “bips” diários – confere visibilidade, eficiência e segurança às cadeias de valor. Esta tem sido a missão da GS1® nos últimos 40 anos – em Portugal há quase 30 – e uma espécie de missão invocada sempre que abordamos um novo setor ou área de negócio. E, embora simples, robustas e verdadeiras, nem sempre temos conseguido quantificar – e, por vezes, transmitir aos seus maiores interessados – a força das nossas mensagens e soluções

O

setor da saúde era um desses casos. É, por isso, com particular orgulho e entusiasmo que reiteramos aqui os principais resultados de um documento de referência para um setor sensível e que lida com vidas humanas, plasmados em Impactos da adoção de standards globais na cadeia de valor da Saúde em Portugal, um inédito estudo desenvolvido pela equipa da consultora Augusto Mateus & Associados. Divulgado recentemente na Ordem dos Médicos, numa iniciativa que contou com a presença e o apoio claro do secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, é um dos temas em destaque nas próximas páginas. Num momento em que a troika de credores acaba de deixar o nosso País, seria, de facto, difícil ficarmos indiferentes a um sistema de normas inequívoco e global, que, além de “potenciar benefícios de eficiência e segurança para os vários elos da cadeia de valor da saúde”, conforme assinala mais à frente Silvério Paixão, da GS1® Portugal, “numa perspetiva a 10 anos, propicia poupanças acumuladas para toda a cadeia de valor que podem variar entre 561 milhões de euros e 791 milhões de euros”, segundo remata Gonçalo Caetano, sócio e diretor de equipa de consultores na Augusto Mateus & Associados. A logística. “No novo armazém da Luís Simões, os Standards GS1® são os atores principais nas operações de receção e expedição de paletes. Sete dias por semana, 24 horas por dia.” Eis duas frases que pode descobrir mais à frente, num texto dedicado ao Centro de Operações Logísticas do Futuro da empresa, e que resumem o alcance das nossas soluções. Como afirma António Fernandes, o diretor de Inovação e Processos, o armazém do Carregado é “inteligente, 100% português e único na Europa”, ideia que nos deixa mais inspirados para o que pode ser o futuro do nosso País... se assim o quisermos. A venda online de produtos alimentares. Este é um tema ao qual regressamos nas próximas páginas, quer pela sua atualidade, quer pelo impacto na vida (e nas vendas!) das empresas que se dedicam ao retalho alimentar. Relembro, a esse nível, que a inovadora plataforma de sincronização de dados comerciais única, global e interoperável que desenvolvemos, a SYNC PT, recebeu, em março passado, uma “recomendação de adoção” por parte das principais insígnias portuguesas da produção e do retalho em Portugal – com o apoio implícito da APED e da FIPA. É que, além de garantir experiências de consumo seguras e fiáveis do prado ao prato, esta ferramenta surge em resposta à entrada em vigor, a 13 de dezembro de 2014, do Regulamento n.º 1169/11/UE, que vai permitir (ou impedir) a permanência nos canais de venda digitais. Aproveitando ainda para agradecer a “uma só voz” – mas em nome de muitas – a participação nesta edição da Código 560 do distinto CEO da SONAE, Paulo Azevedo, representante de uma nova e muito competente geração de empresários em Portugal e já um referencial na criação de valor de longo prazo, progresso e inovação, e o continuado entusiasmo de Associados, Parceiros, Colaboradores, Direção e Restantes Órgãos Sociais, não podemos terminar estas linhas sem deixar dois desafios aos nossos leitores e Associados: 1) a oportunidade ímpar para os standards e os benefícios desta magnífica Linguagem Global dos Negócios estão aí. Aproveitem!; 2) vamos todos ao Museu do Oriente, a 23 de outubro, “Construir o Futuro em Colaboração”. Boas leituras. Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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nesta edição Em Foco

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Entrevista

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Os Nossos Associados

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Standards em Ação

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Cinco meses separam o setor alimentar das novas regras europeias de informação ao consumidor. Rotulagem nutricional, origem do produto, alergénios, legibilidade do rótulo ou venda à distância são algumas das áreas abrangidas pelo Regulamento Europeu 1169/2011. Em todas é obrigatório garantir a fiabilidade da informação prestada ao consumidor. Produtores e retalhistas estão já a alinhar e a sincronizar dados; ASAE prepara-se para assumir o cargo de autoridade fiscalizadora. Paulo Azevedo, CEO do grupo SONAE

Um armazém automatizado e “inteligente”, que apresenta resultados de eficiência e inovação muito significativos. Assim é o Centro de Operações Logísticas do Futuro, da empresa Luís Simões, no Carregado.

Um modelo de etiqueta que pode ser utilizado por toda a cadeia de abastecimento. A Etiqueta Logística GS1® é um bilhete de identidade fiável das unidades logísticas, que pode ser adotado do produtor ao retalhista. Se existe a possibilidade de utilizar uma única etiqueta, para quê gerar custos e ruído com uma multiplicidade delas?

Perspetiva

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Universo GS1®

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Gonçalo Lobo Xavier, Assessor da Direção da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal, aborda o papel da inovação na indústria nacional. A colaboração entre 46 Organizações-membro GS1® resultou na criação de uma entidade legal europeia. Falamos da GS1® in Europe, aqui apresentada pelos seus porta-vozes.

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Código Genético

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O Outro Lado de

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A cadeia de abastecimento já não pode ser pensada em segmentos B2B (Business-toBusiness) ou B2C (Business-to-Consumer). O grande eixo dos processos de decisão começa por “C” e é, mais do que nunca, quem dita as tendências e influencia o rumo do “B”, de montante a jusante da cadeia. Nos meios online e offline. Está na hora de adotar outros glossários: o do B2B2C ou do C2B2B. Na GS1® Portugal já o fazemos: incluímos o consumidor na nossa Estratégia, cada vez mais focada na qualidade dos dados.

Paulo Azevedo, CEO do grupo SONAE

Marcos Carreira, um dos “nossos” especialistas em códigos de barras e formador certificado.


Direção Presidente Paulo Gomes Vice-Presidente Luís Moutinho Diretor Américo Ribeiro Diretor Manuel Sousa Pinto Diretor-Executivo João de Castro Guimarães Comité Editorial Beatriz Águas Filipa Peixoto Luís Peixoto Nuno Miranda Patrícia Tavares Pedro Lopes Pedro Salazar Marketing e Relações Corporativas Beatriz Águas Coordenação Editorial Patrícia Tavares Publicidade Leonor Vale Diogo Almeida Edição

Divisão Customer Publishing Rua Calvet de Magalhães, 242, 2770-022 Paço de Arcos Tel.: 21 469 80 00 | Fax: 21 469 85 00 Impressão Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas, S. A. Publicação semestral | Tiragem 5000 exemplares NRICS 124971 Depósito Legal 245212/06

Sabor & Bem-Estar

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A nutricionista Ana Leonor Perdigão aponta os muitos benefícios de uma boa hidratação. Para acompanhar, uma deliciosa salada de camarão da autoria da Chef Marta Bártolo.

Breves

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Crónica

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A Comissão Europeia reconheceu que os standards globais são uma boa prática na rastreabilidade de produtos. Na mesma altura a GS1® aderiu ao World Wide Web Consortium. Conheça as novidades do mundo dos standards. O consumidor está no meio online e as empresas também devem estar. Miguel Figueiredo, diretor geral da agência Excentric Grey, analisa o Marketing Digital.

18 gs1® em portugal Em Portugal, a adoção de standards globais no setor da Saúde pode gerar poupanças de 791 milhões de euros. A conclusão é da consultora Augusto Mateus & Associados, que conduziu o primeiro estudo nacional nesta área, já apresentado ao Ministério da Saúde.

Propriedade GS1® Portugal (CODIPOR) R. Prof. Fernando da Fonseca, 16 Escritório II – 1600-618 Lisboa T: 217520740 |F: 217520741 | Website: www.gs1pt. org | e.mail: comunicags1@gs1pt.org, marketing@gs1pt.org “A GS1 é uma marca registada da GS1 AISLB” Esta edição da revista Código 560 foi escrita segundo o novo acordo ortográfico. A revista Código 560 é uma publicação semestral da GS1® Portugal dirigida e distribuída gratuitamente aos seus associados, aos parceiros e à comunidade de negócios. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da associação.

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em Foco

Regulamento n.º 1169/11/EU

Contagem decrescente para novas regras de venda online de produtos alimentares

Cinco meses. É quanto falta para a entrada em aplicação do Regulamento Europeu de Informação ao Consumidor (Regulamento n.º 1169/11/EU), que dita novos requisitos para a venda de produtos alimentares em meios de venda à distância, no âmbito da União Europeia

A

s novas regras europeias são simples: a partir de 13 de dezembro, a informação sobre géneros alimentícios pré-embalados disponibilizada nos canais online tem de incluir, obrigatoriamente, um conjunto de atributos estipulados pela União Europeia e pelo Conselho Europeu. Esses atributos – 12, no total – abrangem os dados-mestre do produto, assim como outros dados

comerciais, nutricionais, logísticos e gráficos. Se esta informação não for partilhada com o consumidor final, a venda dos produtos é considerada ilegal e não pode ser realizada em canais de venda à distância. Para garantir o cumprimento deste requisito e a entrega de dados de qualidade ao consumidor, produtores e retalhistas têm pela frente um desígnio comum: colaborar entre si. Um desígnio partilhado também com a GS1® Portugal.

Lista de atributos a disponibilizar nos canais de venda à distância 1. Denominação ou nome do género alimentício. 2. Lista de ingredientes. 3. Indicação de todos os ingredientes ou auxiliares tecnológicos que provoquem alergias ou intolerâncias. 4. Quantidade de determinados ingredientes ou categorias de ingredientes.

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5. Quantidade líquida do género alimentício. 6. Data de durabilidade mínima ou data limite de consumo. 7. Condições especiais de conservação e/ou condições de utilização. 8. Nome ou firma e endereço do operador responsável pela informação.

9. País de origem ou local de proveniência, quando aplicável. 10. Modo de emprego, quando a sua omissão dificultar uma utilização adequada do género alimentício. 11. Teor alcoólico para bebidas com título alcoométrico volúmico superior a 1,2%. 12. Uma declaração nutricional.


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em Foco

Rui Galante

Grupo Administrador de EDI El Corte Inglés

Venda online de produtos alimentares

Retalhistas declaram apoio expresso à SYNC PT® A partilha de dados completos e de qualidade com o consumidor requer colaboração entre produtores e retalhistas e a utilização de uma ferramenta central de gestão e normalização da informação

C

arregar os dados dos produtos, geri-los e partilhá-los nas plataformas de venda online. Para isto é necessária uma base de dados assente em “regras” globais que garantam a qualidade e atualidade da informação – do prado ao prato. O setor do retalho já escolheu a ferramenta que melhor responde a esta necessidade: a

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SYNC PT®, a plataforma de sincronização global de dados da GS1® Portugal. Auchan e El Corte Inglés são alguns dos retalhistas que declararam e comunicaram aos seus fornecedores o apoio expresso à SYNC PT®. Nestlé e Sogrape já estão a utilizá-la. Estas quatro empresas explicam, na primeira pessoa, como se estão a preparar para o Regulamento n.º 1169/11 e deixam alguns conselhos.

“A 25 de outubro de 2011 foi aprovado o Regulamento n.º 1169/2011, do Parlamento Europeu. Esta nova norma inclui a obrigatoriedade de disponibilizar ao consumidor novas informações sobre todos os produtos alimentares presentes nas lojas de venda online. Por apostarmos fortemente neste modelo de negócio, é de extrema importância que todos os nossos parceiros comerciais cumpram este regulamento e nos disponibilizem a informação alimentar necessária para que possamos, a partir de 13 de dezembro de 2014, ter os dados na nossa plataforma de venda à distância, disponíveis para consulta por parte dos nossos clientes. Com o intuito de cumprir este regulamento, informámos todos os nossos parceiros afetados, através de um comunicado elaborado pela nossa direção comercial. Aí, destacámos a importância deste tema durante o corrente ano e as várias plataformas homologadas para a integração e transferência de dados alimentares. Temos vindo a sensibilizar os nossos parceiros, nas várias reuniões celebradas comercialmente, para que nos disponibilizem o quanto antes a informação alimentar, de forma que os seus produtos possam continuar presentes neste canal comercial. Os que não nos disponibilizarem esta informação ficarão de fora deste negócio. É fundamental que os nossos parceiros nos forneçam informação sobre os produtos presentes no canal online e, mais importante ainda, é que esses dados tenham qualidade e sejam fidedignos. Desta forma, todos nós, como consumidores finais, vamos ganhar!”


Reg. n.º 1169/11/EU: Os planos de ação do setor alimentar

Jörg Deubel Direção de Supply Chain Nestlé Portugal, S. A. “O Regulamento Europeu n.º 1169/2011 determina novas regras europeias ao nível de rotulagem e venda online de produtos alimentares, pretendendo garantir um adequado esclarecimento ao consumidor sobre os géneros alimentícios. Neste contexto, os proprietários de marcas que vendem os seus produtos diretamente ao consumidor por canais online (Internet), ou, indiretamente, através de retalhistas, são responsáveis por garantir que toda a informação obrigatória sobre os géneros alimentícios cumpre integralmente as disposições legais antes do final do ano. Esta circunstância implica uma rápida e eficiente colaboração entre produtores e retalhistas, com necessidade iminente de partilharem os dados dos produtos vendidos eletronicamente numa ferramenta que utilize standards internacionais credenciados e aceites e permita a publicação organizada das informações por parte do publicador (produtor) e a integração imediata da mesma nos sistemas do subscritor (cliente). A GS1® está preparada para auxiliar as empresas neste intercâmbio com as soluções de GDSN (Global Data Standardization Network), materializadas em Portugal na plataforma SYNC PT®. Já bem antes deste novo regulamento da UE, a Nestlé normalizou os seus dados internamente no contexto da migração dos seus sistemas para SAP (Sistema de Gestão Empresarial) a nível mundial, e criou os processos internos necessários a uma correta atualização nos seus sistemas transacionais, com o objetivo de eliminar registos duplicados, obsoletos e incorretos. Todavia, alguns dados obrigatórios pelo Regulamento n.º 1169/2011, onde se inclui a informação nutricional, não estão disponíveis nos nossos sistemas ERP, e estamos a consolidá-los numa ferramenta interna distinta, a partir da qual serão injetados na SYNC PT®, utilizada com sucesso em Portugal, para todo o nosso portefólio, com um importante parceiro nosso na distribuição do retalho. Estamos prontos a estender o intercâmbio de informação por esta via a outros clientes. Obrigado à GS1® por todo o suporte e devoção demonstrados na preparação para o 1169/2011. Ainda restam alguns meses antes da entrada em aplicação do novo regulamento. Agora é o momento de agir.”

jOÃO CANAVEIRA

Manuel de Sousa Pinto

Direção e-Commerce Auchan Portugal

Diretor-geral Sogrape Distribuição, S. A.

“Estamos a adaptar alguns dos processos internos da Auchan na área da gestão de informação e logística e a colaborar com a GS1® para assegurar o cumprimento dos requisitos impostos pelo Regulamento Europeu n.º 1169/11 ao setor alimentar, a partir de dezembro. A nossa colaboração com a GS1® Portugal vem no sentido de dinamizar, através da plataforma SYNC PT®, os processos de partilha dos atributos dos produtos alimentares que constam do portefólio dos nossos fornecedores e que terão de ser facultados obrigatoriamente ao consumidor. O nosso objetivo é garantir que temos acesso, em conjunto com os nossos fornecedores de géneros alimentícios, a uma base de dados completa, fiável e de qualidade, que possa alimentar de forma permanente os nossos canais online a partir de 13 de dezembro. Para isso recomendámos – e vamos continuar a recomendar – a todos os nossos fornecedores da área alimentar que insiram os dados comerciais, nutricionais, logísticos, entre outros, dos seus produtos na SYNC PT®.”

“O Regulamento n.º 1169/11, de novembro de 2011, que entra em vigor a 13 de dezembro de 2014 em todos os países membros da UE, exige que os produtos alimentares à venda em canais online forneçam aos consumidores, pela mesma via, toda a informação disponível nos rótulos físicos. Torna-se, pois, imperativo encontrar uma solução que garanta o fornecimento da informação exigida de forma segura, com uma escala global, de forma a cumprir não só a exigência legal, mas a garantir confiança para toda a fileira, desde a produção ao retalho, ao menor custo operacional. A GS1® desenvolveu uma solução tecnológica assente numa base de dados que possibilita a partilha e consulta eletrónica de dados-mestre entre parceiros de negócio e a disponibilização de dados online, de acordo com as Normas Globais de Sincronização de Dados, denominada Plataforma SYNC PT®. Face às vantagens evidentes acima expostas, a Sogrape Distribuição, S. A., decidiu adotar esta solução, sendo de registar o apoio que temos tido da GS1® para a sua implementação.”

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em foco Teresa Carrilho

Técnica superior, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária

Segurança na informação alimentar online É fundamental que o consumidor possa confiar na informação dos produtos que compra. A qualidade dos dados – especialmente nos meios de venda à distância – assume um papel crucial na segurança alimentar

T

emos olhado para a “segurança alimentar” à luz de parâmetros microbiológicos e químicos, acautelados em menções de rotulagem relativas à data limite de consumo e às condições de conservação ou utilização, como “conservar no frigorífico” ou “lavar antes de consumir”. Todavia, reconhecemos hoje a existência de uma dimensão nutricional, que se prende com o risco associado ao consumo elevado de sal, açúcar ou ácidos gordos saturados, bem como de fatores desencadeantes de alergias e intolerâncias alimentares. Desde a década de 70 que existem na Europa diretivas que regulam a rotulagem alimentar com a finalidade de permitir ao consumidor efetuar escolhas informadas, mas o Regulamento (UE) n.º 1169/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, leva mais longe esse desígnio, com novidades como a obrigação de uma declaração nutricional nos géneros alimentícios pré-embalados e enumeração em todos os géneros alimentícios dos ingredientes suscetíveis de provocar alergias ou intolerâncias. A declaração nutricional permite-nos conhecer os valores médios de energia e nutrientes presentes no género alimentício – lípidos nos seus diversos componentes, hidratos de carbono, sal, fibra, proteínas, vitaminas e sais minerais -, enquanto a indicação dos alergénios permite a minimização de riscos, no caso de existirem alergias ou intolerâncias. É de salientar que foi retirada da tabela nutricional a menção ao colesterol, uma vez que a taxa de colesterol sanguíneo não depende significativamente do seu teor nos alimentos ingeridos. Foi ainda substituída por “sal” a referência ao “sódio”, podendo ser declarado que o ­teor de sal se deve exclusivamente ao sódio naturalmente presente (sal = sódio x 2,5). As declarações nutricional e de alergénios podem e devem ser utilizadas pelos profissionais de saúde como base de recomendações conducentes a hábitos alimentares mais saudáveis e idealmente à redução da prevalência de doenças crónicas de raiz alimentar.

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Não menos importante, o Regulamento vem introduzir um conjunto de regras que clarificam os requisitos de informação sobre géneros alimentícios vendidos em plataformas online e mobile. Se sobre o operador que produz um género alimentício recai a responsabilidade de fornecer informação exata e fiável, ao operador que o vende nessas plataformas cumpre transmitir essa informação. As vendas à distância têm vindo a ganhar terreno, atingindo cada vez mais os géneros alimentícios. Cabe ao proprietário do site a responsabilidade pela presença e exatidão da informação requerida, nomeadamente a de assegurar a sua correspondência com o género alimentício comprado à distância. Neste contexto, em que o consumidor não se encontra em presença do género alimentício no momento da sua aquisição, é crucial para ele confiar na informação que lhe é transmitida na plataforma. Assim, tendo em conta os riscos incorridos na transmissão de menções relacionadas com segurança alimentar, assume a maior relevância a implementação de sistemas de “garantia de qualidade” dos dados.


Graça Mariano

Diretora de Serviços do Departamento de Riscos Alimentares e Laboratórios

Susana Gaspar

Nutricionista

O papel da ASAE na aplicação do Regulamento (UE) n.º 1169/2011 A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) terá um papel ativo na garantia da qualidade dos dados dos géneros alimentícios disponibilizados nos meios de venda online

N

os termos do Regulamento (UE) n.º 1169/2011, de 15 de outubro de 2011, são estabelecidos os princípios, os requisitos e as responsabilidades gerais que regem a informação sobre os géneros alimentícios, transversal a todos os Estados-membros. A sua aplicabilidade integra os operadores das empresas do setor alimentar em todas as fases da cadeia alimentar, sempre que as suas atividades impliquem a prestação de informações sobre géneros alimentícios ao consumidor. A informação sobre os géneros alimentícios deve permitir ao consumidor final fazer escolhas informadas e garantir a utilização dos géneros alimentícios com segurança. Deste modo, o Regulamento instiga ao desafio de gerar e promover o interesse e motivação entre os consumidores para a procura ativa da informação. Atendendo ao facto de o Regulamento (CE) n.º 882/2004, de 29 de abril, determinar que a defesa dos interesses dos consumidores seja assegurada através de meios eficazes, o Plano Nacional de Colheita de Amostras (PNCA), cuja gestão cabe à ASAE/DRAL (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica/Departamento de Riscos Alimentares e Laboratórios), destina-se a assegurar e a verificar que os géneros alimentícios colocados no mercado não põem em risco a segurança e saúde humanas, bem como garantir os interesses do consumidor ao nível da correta e adequada informação da rotulagem. O alcance desse objetivo assenta na análise da conformidade dos géneros alimentícios face ao que está estipulado nas legislações comunitária e nacional em termos de parâmetros microbiológicos, químicos, físicos e tecnológicos, e também em relação à sua rotulagem, apresentação e publicidade. A verificação da rotulagem pode ser sustentada por ensaios laboratoriais que contribuam para o enquadramento como fraude alimentar. Compete ainda ao DRAL elaborar estudos e emitir pareceres, científicos e técnicos, das amostras de géneros alimentícios colhidas no mercado nacional, nomeadamente no que concerne à informação obrigatória sobre os géneros

alimentícios segundo as especificações do Regulamento em questão. Uma das particularidades do Regulamento (UE) n.º 1169/2011 refere-se à venda de géneros alimentícios pré-embalados, por meio de comunicação à distância (por exemplo, Internet ou catálogos), que ocupam cada vez mais um preponderante espaço nas transações comerciais. Os requisitos previstos no Regulamento relativamente às informações obrigatórias sobre os géneros alimentícios deverão ser incluídos e estar disponíveis no rótulo antes da conclusão da compra. Esta informação também deve ser apresentada em qualquer material de apoio à venda à distância ou fornecida através de outros meios adequados (por exemplo, página Web ou catálogo). Enquanto autoridade competente, a ASAE tem e terá um papel ati-

deve-se permitir ao consumidor fazer escolhas informadas e garantir a utilização dos géneros alimentícios com segurança. vo no que concerne à qualidade dos dados e cumprimento dos requisitos. Ou seja, irá averiguar a possibilidade de a informação fornecida sobre os géneros alimentícios em plataformas online apresentar erros e/ou omissões, aquando da sua disponibilização ao consumidor final, de forma a salvaguardar o objetivo maior, os interesses do consumidor ao nível da correta e adequada informação da rotulagem. Assim, a preocupação da ASAE, enquanto autoridade competente, passa por garantir que as informações disponibilizadas ao consumidor, ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 1169/2011, o capacitem para realizar escolhas informadas, protegendo-o de informações omissas, menos precisas e/ou enganosas. Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2013

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entrevista

Paulo Azevedo

O cliente é o centro de tudo o que fazemos Vinte e nove anos separam a primeira loja do complexo de áreas de negócio que hoje dá corpo à Sonae. Desde o início, a marca assumiu a inovação e a satisfação do cliente como pilares da sua atividade. Agora, o CEO, Paulo Azevedo, pretende elevá-los a um novo patamar através de um formato de negócio revolucionário: o omnicanal

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A

entrevista

Sonae é o maior empregador português, um dos principais agentes económicos do País e o grupo responsável pela “democratização” do consumo em Portugal. Quais as mudanças/inovações que a Sonae imprimiu ao setor do retalho em Portugal e o que mudou na relação com o cliente desde a abertura da primeira grande superfície em Matosinhos, em 1985? Desde a primeira hora, procurámos liderar a inovação no setor do retalho em Portugal. Esse esforço permitiu-nos conquistar a liderança de mercado e, depois, reforçar essa mesma liderança com a introdução de novas tendências, não só em Portugal como no mundo. Por exemplo, fomos pioneiros na adoção de metodologias de melhoria contínua e na implementação de políticas e mecanismos de inovação, o que nos permitiu antecipar as necessidades dos clientes e criar tendências. Hoje, as nossas lojas e processos de negócio são um exemplo internacional e toda a organização está focada no cliente e na sua satisfação. Se, no início, já estávamos focados no cliente, hoje o cliente é o centro de tudo o que fazemos. Nesse mesmo ano, a Sonae inaugurou o seu primeiro hipermercado e a GS1 Portugal/CODIPOR introduziu os códigos de barras em Portugal. Qual acha que foi o papel desta associação e dos seus standards no caminho percorrido pela grande distribuição nos últimos 30 anos? A introdução dos códigos de barras foi uma inovação onde procurámos ser pioneiros, pois desde a primeira hora identificámos as mais-valias para a empresa e para os clientes. A GS1 desempenhou um papel fundamental, que é justo e merecido reconhecer.

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“Criar valor económico e social a longo prazo, levando os benefícios do progresso e da inovação a um número crescente de pessoas.” Quais são as tendências de consumo que vislumbra nos próximos anos e de que forma é que a Sonae pretende continuar – como no passado – a surpreender o mercado e os consumidores? Estamos muito focados no cliente e em melhorar cada vez mais a experiência de compra. Nesse sentido, desenvolvemos novos conceitos de loja e apostamos numa estratégia omnicanal, que explora a complementaridade entre as lojas físicas e online, bem como os novos canais e plataformas. Por outro lado, temos aumentado, ano após ano, o investimento em investigação, desenvolvimento e inovação, com crescente importância no desenvolvimento de marcas e produtos que realmente oferecem mais aos consumidores do que o que está disponível no mercado. O desenvolvimento de novas plataformas e soluções digitais tem ajudado a potenciar o comércio eletrónico das empresas e a aproximar as marcas dos seus consumidores e clientes. De que forma está a Sonae a responder a essas inovações e com que soluções? A esse nível, que futuro antevê para os standards nos negócios nesta primavera do digital? Um dos principais desafios atuais no setor do retalho é precisamente a ligação entre o universo físico e digital. É um movimento onde temos vindo a trabalhar ativamente, através da criação e implementação de aplicações e soluções para as nossas insígnias. Somos líderes em Portugal na área do e-commerce alimentar com o Continente Online, o que só é possível pela aposta em soluções de mobilidade e na disponibilização de aplicações na área digital com o objetivo de antecipar necessidades e servir melhor os nossos clientes. Aliás, o e-commerce é uma área onde vemos potencial para o desenvolvimento de parcerias e a realização de investimentos. Isso levou-nos a lançar a Sonae e-commerce Ventures, que tem como objetivo investir em empresas da área do e-commerce e do digital, contribuindo para o crescimento de projetos já existentes. Em dezembro deste ano entra em vigor o Regulamento n.º 1169/11/UE, que regula a venda online de produtos alimentares. Acha que o setor está preparado para as mudanças que a norma impõe? Na Sonae temos uma forte preocupação com a informação ao cliente e procuramos a máxima transparência em tudo o que fazemos. Por isso inovámos e criámos códigos nutricionais com base em cores, que permitem aos nossos clientes perceberem melhor a sua composição e avaliar facilmente o seu peso numa dieta equilibrada. Isto leva-nos a considerar que não basta fornecer


Pessoal Paulo Azevedo, CEO da Sonae Onde nasceu? Porto. É casado? Tem filhos? Casado e com três filhos. Qual foi o momento mais marcante da sua vida? Não sei. Foram muitos… Qual é a sua principal fonte de inspiração para o dia a dia? Os nossos 40 mil colaboradores e milhões de clientes. Como gosta de passar os tempos livres? Família, amigos, desporto, viajar, ler.

informação, é necessário que essa informação seja útil e percetível pelos consumidores, sob pena de, em vez de acrescentar valor, estar a ser um foco de perturbação e desinformação. E como vai ser uma loja Modelo-Continente, Zippy, Worten ou Sport Zone ou, numa perspetiva mais abrangente, um centro comercial como o Colombo ou o Norte Shopping em 2020? Parece-lhe que a loja online substituirá a loja física? Vão coexistir? De que formatos falaremos em cinco anos? O consumidor tem diferentes necessidades e a forma como as satisfaz é aquela que considera a melhor para si. Ou seja, cada consumidor tem características únicas e preferências de consumo também únicas. Enquanto retalhistas, o nosso desafio é responder ao consumidor cada vez mais a nível individual. Nesta linha, as lojas físicas e online vão coexistir, mas cada vez mais numa lógica de complementaridade. Aliás, antecipando tendências, as nossas insígnias estão já hoje a adotar estratégias omnicanal, com lojas físicas e online que se complementam e interagem entre si. Apesar das fortes adversidades do mercado, a Sonae tem crescido e reforçado quota nas suas principais áreas de

negócio. Qual é o segredo de todo este sucesso? Esta fórmula estende-se a outros mercados? Quais as áreas em que essa progressão é mais evidente? Uma das principais razões do nosso sucesso é estarmos focados no consumidor e em oferecer-lhe o que efetivamente precisa. As nossas lojas alimentares têm a maior variedade de escolha existente em Portugal, com milhares de referências diferentes. Além disso, estamos sempre ao lado das famílias com um importante e consistente esforço promocional, que é reconhecido pelos clientes. E nunca, mesmo nunca, esquecemos que o preço é um fator fundamental para os nossos clientes. E, como queremos ser sempre o operador que oferece o melhor preço, sabemos que teremos que ser sempre o mais eficiente. Se tal não bastasse, temos equipas fantásticas nas nossas lojas que nos permitem disponibilizar um serviço claramente distintivo. Aliás, costumamos dizer que as pessoas são o centro do nosso negócio. A Sonae orgulha-se de ser a melhor escola de líderes do País e a primeira escolha dos estudantes como melhor empresa para trabalhar. Acha que o exemplo Sonae pode ajudar a moralizar o País e a entusiasmar diferentes gerações Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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entrevista

(tanto as mais novas como as mais velhas, ainda em idade ativa)? É verdade que a Sonae é reconhecidamente uma escola de líderes e onde as pessoas querem trabalhar. Creio que isso resulta do facto de termos uma cultura empresarial que está focada no mérito. Todos os dias somos desafiados e incentivados a fazer melhor, num movimento perpétuo de melhoria contínua que busca a eficácia, a eficiência, a criatividade e a inovação. Mas, para o conseguirmos, investimos fortemente nas nossas pessoas. A nossa política de recursos humanos procura identificar e atrair os melhores talentos, mas vai mais além e tem a preocupação em contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Os nossos colaboradores têm acesso às nossas escolas internas – a Sonae Academy –, mas também às melhores escolas do mundo, o que lhes permite desenvolver competências e criar ferramentas para responderem aos desafios que lhes são propostos. Só no último ano proporcionámos mais de um milhão de horas de formação aos nossos colaboradores. Após mais de 50 anos de atividade, a relação com as comunidades e a responsabilidade social corporativa mantêm-se estruturantes no universo da Sonae. Isso é visível no discurso e na ação. Depois de vários momentos de incerteza e pessimismo, como é possível continuar a acreditar e a motivar as pessoas para tais desígnios?

Factos & Números N.º de colaboradores da SONAE (em Portugal e no resto do mundo) Cerca de 40 mil. N.º de lojas da SONAE (em Portugal e no resto do mundo) 1207 lojas. N.º de hipermercados Continente em Portugal 40 hipermercados Continente, a que se juntam mais de duas centenas de lojas Continente Modelo e Continente Bom Dia e ainda 70 lojas Meu Super. N.º de caixas de saída Continente 1651. Continente Modelo 1566. Continente Bom Dia 310. N.º de referências (média por loja) Continente 95 mil. Continente Modelo 30 mil. Continente Bom Dia 13 mil.

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o e-commerce é uma área onde vemos potencial para o desenvolvimento de parcerias e a realização de investimentos A nossa atuação na área da responsabilidade social tem sido muito coerente ao longo das décadas. Todos os anos investimos mais de 10 milhões de euros no apoio à comunidade em áreas como a Solidariedade Social, Saúde e Desporto, Educação, Sensibilização Ambiental, Cultura e Ciência e Inovação. E, mesmo na crise, mantivemos este investimento. Estamos ao lado das comunidades através da doação de alimentos e equipamentos, do voluntariado de competência e de apoio financeiro. A Sonae foi uma das grandes galardoadas nos primeiros Prémio Excelência – Inovação no Retalho da APED, em março passado, vencendo duas das três categorias a concurso: Inovação de Produto e de Marca, com o projeto Berg Outdoor, da Sport Zone, e Inovação no Serviço ao Cliente, com o Hiper do Futuro, da Sonae MC. Que significado têm estes prémios para si, pessoalmente, e para o conjunto das empresas do Grupo Sonae? Os prémios são importantes por dois motivos. Por um lado, reconhecem o esforço e dedicação das nossas equipas, que todos os dias dão o melhor de si para fazerem da Sonae a referência que ela é. Por outro, demonstram que estamos a fazer bem as coisas e no caminho certo. A Sonae MC pertence aos órgãos sociais da GS1 Portugal há mais de 10 anos. Quais acha que foram os momentos mais marcantes nesta relação de uma década e o que acha que mudou na GS1 Portugal nos últimos anos? A GS1 teve o condão de antecipar e acompanhar as tendências do mercado e ser ela própria uma facilitadora da adoção das melhores práticas na sua área. Creio que este papel é fundamental e deve continuar a ser o seu foco no futuro. Que mensagem gostaria de deixar às mais de 7300 empresas associadas da GS1 Portugal? Que procurem transformar os desafios em oportunidades. Finalmente, a pergunta que colocamos a todos os nossos distintos entrevistados: como acha que seria o mundo sem os códigos de barras? Com certeza mais confuso e complexo.


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Estudo nacional comprova

falar a mesma “linguagem” gera poupanças e segurança nos cuidados de saúde

Maior visibilidade e transparência em toda a cadeia de valor, ganhos líquidos significativos e salvaguarda dos direitos fundamentais do paciente. Estes são alguns dos benefícios decorrentes da utilização de standards globais e únicos, comprova um estudo conduzido pela consultora Augusto Mateus & Associados

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pontapé de saída foi dado em 2012, quando a consultora norte-americana McKinsey & Company publicou o primeiro estudo internacional capaz de demonstrar, com factos e números, que a utilização de normas globais permitia economizar milhões de euros e acrescentava eficiência e segurança ao setor da saúde. Strength in Unity: The promise of global standards in Healthcare é o nome deste estudo inspirador e uma referência. Dois anos, vários inquéritos e entrevistas depois, foram também extraídas conclusões para a realidade portuguesa. Essas conclusões fazem parte do estudo pioneiro Impactos da adoção de standards globais na cadeia de valor da Saúde em Portugal, conduzido pela consultora Augusto Mateus & Associados a pedido da GS1 Portugal e apresentado publicamente a 5 de junho, na Ordem dos Médicos,

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a uma plateia de cerca de 100 profissionais da saúde. As conclusões são “de tal forma significativas” que não deixam margem para dúvidas: “a adoção de normas globais potencia benefícios de eficiência e segurança e gera ganhos significativos para os vários elos da cadeia de valor”, assinala Silvério Paixão, diretor de Standards & Saúde da GS1® Portugal.

Factos & números do estudo • Os ganhos líquidos com a adoção de standards globais em Portugal ultrapassam entre 6 e 26 vezes o investimento inicial. • O grupo “unidades hospitalares” é o que mais beneficia com a adoção de standards globais, se o número de série não for incluído na codificação (a poupança acumulada pode chegar a 204 milhões de euros). • Se o número de série for incluído na codificação dos dados dos produtos de saúde, a poupança acumulada para a indústria farmacêutica pode chegar a 277 milhões de euros.

Os benefícios vão desde a mitigação de constrangimentos de tesouraria à redução dos custos operacionais, onde se incluem a gestão de equipamento, os inventários, as devoluções ou os recalls. Gonçalo Caetano, sócio e diretor de equipa de consultores da Augusto Mateus & Associados, revela os números. “Numa perspetiva a 10 anos, as poupanças acumuladas para toda a cadeia de valor podem variar entre 561 e 791 milhões de euros – neste último caso se o número de série do produto de saúde também for codificado.” De todos os elos que compõem a cadeia de valor, aquele que mais tem a ganhar é o das unidades hospitalares. “Aí, a poupança acumulada pode chegar a 204 milhões de euros”, acrescenta o consultor. Seguem-se as farmácias (com ganhos líquidos de 129 milhões de euros), os grossistas, a indústria farmacêutica e a indústria dos dispositivos médicos (com poupanças acumuladas que podem


apresentação pública O estudo pioneiro desenvolvido pela Augusto Mateus & Associados foi apresentado a cerca de 100 profissionais de saúde, no dia 5 de junho, na Ordem dos Médicos. A sessão contou com a intervenção do secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, que afirmou: “Este estudo é muito valioso para nós, porque estima de forma muito precisa quais são os ganhos proporcionados pelos standards globais ao setor da saúde. Esses ganhos são muito significativos. Não podemos perder esta oportunidade.”

Os oradores Augusto Mateus, presidente da Augusto Mateus & Associados, Manuel Teixeira, secretário de Estado da Saúde, João de Castro Guimarães, diretor executivo da GS1® Portugal

atingir, respetivamente, 99, 68 e 60 milhões de euros). “Se também se considerar a codificação do número de série, indústria farmacêutica e hospitais economizam ainda mais, alcançando poupanças superiores a 230 milhões de euros”, conclui. Aliada aos benefícios evidentes de eficiência e redução de custos está a segurança. Uma das principais vantagens da adoção de standards globais na saúde, lê-se no estudo, é a salvaguarda dos cinco direitos fundamentais do utente. Isto é: o paciente certo, com o medicamento correto, administrado na dose adequada, pela via apropriada e no momento exato.

“Não queremos uma mudança do tipo Big Bang” A adoção de standards globais é fundamental para que todos os

interlocutores da saúde “falem a mesma linguagem”, uma linguagem global dos negócios. Este alinhamento já abrange vários países europeus, como a Irlanda ou a Holanda, e “diversas cadeias de valor de elevada sofisticação e exigência, afigurando-se como uma solução perfeitamente testada e de créditos reconhecidos”, aponta o estudo. Os benefícios estão comprovados à escala internacional e também para a cadeia de valor nacional. “Mais do que comprovar, estes resultados recomendam inequivocamente a adoção de standards globais no setor da saúde em Portugal”, acrescenta Silvério Paixão. Ainda assim, Silvério Paixão e Gonçalo Caetano alertam: não é necessário uma mudança radical para a adoção de standards globais. “Não queremos uma mudança do tipo Big Bang”, sublinha o especialista da Augusto Mateus & Associados. “Os riscos associados são elevados e, como

Principais conclusões • A adoção de standards globais potencia ganhos acumulados para o setor da saúde entre 561 milhões de euros (sem serialização, isto é, sem codificação do número de série) e 791 milhões de euros (com serialização). • A existência de standards globais será uma exigência da UE. • Os custos e incerteza sobre a implementação de standards são relativamente reduzidos. • Os standards globais asseguram a qualidade do serviço, enquanto aumentam a eficiência das operações.

tal, é aconselhado que a adoção destes standards seja faseada, começando pela introdução de standards globais que acomodem apenas o número de lote e o prazo de validade. Só mais tarde deve avançar para o número de série.” Para já, Silvério Paixão deixa um conselho: “Antes de começarem a utilizar standards globais, contactem a GS1® Portugal. Temos o conhecimento e as ferramentas para ajudar o setor nesta importante migração para o alinhamento e harmonização global.” Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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Inês Murteira

setor da Saúde tem a ganhar se introduzir um sistema único e global Membro do conselho de administração da José de Mello Saúde considera que é necessário conjugar sustentabilidade e qualidade para garantir o futuro do Sistema Nacional de Saúde. Num momento de grande exigência para todos os intervenientes, a adoção de standards globais é uma oportunidade

A

José de Mello Saúde é um agente de referência na prestação de cuidados de saúde há mais de 65 anos. Na perspetiva dos pacientes, quais são os fatores essenciais que levam a optar por uma unidade hospitalar do grupo – face a outras alternativas públicas e privadas? A oferta da José de Mello Saúde é reconhecida pela excelência clínica dos serviços que presta e pelos altos padrões de satisfação do cliente que a caracterizam. Estamos convictos de que os pacientes procuram qualidade clínica e segurança, em linha com uma experiência de cliente irrepreensível, o que, aliás, são pilares fundamentais pelos quais orientamos o nosso trabalho e que nos posicionam como uma referência no setor. Quais acha que são os fatores que os pacientes privilegiam numa unidade hospitalar ou – mais genericamente – numa entidade prestadora de cuidados de saúde? A equipa e o pessoal médico, a infraestrutura, o serviço prestado, a proximidade, os valores da instituição? A experiência como um todo. Julgo que é o aspeto que os pacientes privilegiam. Como tal, a José de Mello Saúde procura distinguir-se através de cuidados de saúde de qualidade, assumindo, coletiva e individualmente, o compromisso de tudo fazer para assegurar o interesse da pessoa que nos procura. Contamos com um corpo clínico de excelência, trabalho de equipa

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multidisciplinar, apoiado pela tecnologia mais recente, que coloca o paciente e a satisfação das suas necessidades no centro de toda a nossa atividade. Quais acha que são os grandes desafios da saúde em Portugal para os próximos cinco anos? Julgo que os grandes desafios passam pela diversificação das fontes de financiamento do sistema, garantindo a sustentabilidade económico-financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a adequação da oferta ao envelhecimento da população e aumento muito significativo da doença crónica, o imperativo da procura de eficiência nas instituições do setor e, por último, a criação de condições para a liberdade de escolha dos cidadãos. Parece-lhe que o SNS é sustentável tal como está? Como analisa esta questão numa perspetiva de demografia e sociedade? O SNS atravessa tempos de grande exigência, mas também de clarificação. A sociedade portuguesa está confrontada com a necessidade de garantir a sustentabilidade do seu sistema de saúde, ao mesmo tempo que procura manter a qualidade dos cuidados prestados à população. Atualmente, julgo que é claro para todos os intervenientes que a sustentabilidade económico-financeira do SNS está comprometida, sendo desejável clarificar a sociedade portuguesa para os contornos


O SNS atravessa tempos de grande exigência, mas também de clarificação hospitalar. Os hospitais PPP têm enormes vantagens para os utentes, para os contribuintes e para o Estado. O que achou das conclusões do estudo produzido pela consultora Augusto Mateus & Associados sobre a adoção de standards globais em toda a cadeia de valor da saúde? Para um setor que tem o foco na Pessoa, os ganhos ao nível da segurança do doente que este estudo aponta são muito valiosos e de destacar. Paralelamente, as poupanças estimadas de 561 a 791 milhões de euros em 10 anos são valores muito significativos e uma oportunidade que o País não pode desperdiçar. Considero, por isso, muito importante que Portugal acompanhe as boas práticas internacionais e introduza os standards globais e únicos no setor da saúde, assegurando a melhoria da qualidade dos cuidados prestados, enquanto aumenta a eficiência das suas operações.

Factos & Números N.º de colaboradores: 6600 N.º de unidades de saúde: cinco hospitais (dois em regime de parceria público-privado), sete clínicas de ambulatório, um instituto (diferenciado por dispor de equipamento clínico e tecnológico de primeira linha) e uma rede de unidades no Norte do País dedicada à imagiologia clínica. • Rede de 1449 camas de internamento hospitalar, que cobrem todas as especialidades médicas e cirúrgicas. Fonte: Relatório & Contas 2013 da José de Mello Saúde

desta realidade. Assisto com alguma preocupação ao debate sobre as parcerias publico-privadas na saúde, que têm sido motivo de alguma incompreensão, fundamentalmente devido ao desconhecimento das suas enormes virtudes por parte do grande público. Na realidade, elas representam uma efetiva poupança no contexto da despesa pública

Acha que a utilização de um sistema único e global de standards ajuda a tornar o setor de cuidados de saúde mais eficiente, seguro e sustentável? As conclusões do estudo são inequívocas e evidenciam melhorias ao nível da eficiência, segurança e ganhos económicos para todos os elos da cadeia de valor. Julgo que todo o setor da Saúde tem a ganhar se introduzir um sistema único e global. A adoção de uma linguagem universal tornará as empresas portuguesas mais competitivas, criando bases para a sua internacionalização. Na condição de prestador de cuidados de saúde, a José de Mello Saúde está convicta de que este tipo de investimento resultará igualmente em ganhos em matéria de segurança do Paciente, aquele que deve ser o principal foco de todos os agentes deste setor. Na qualidade de administradora executiva do Grupo José de Mello Saúde, mas também de membro dos órgãos sociais da GS1 Portugal, que mensagem gostaria de deixar às mais de sete mil empresas associadas? Gostaria de deixar uma mensagem de confiança no futuro e de alerta para a necessidade de serem criadas as condições para a introdução das boas práticas que o estudo sugere. Um trabalho de colaboração entre parceiros, transversal a todas as tipologias de operador do setor, trará ganhos significativos de eficiência nas operações. No mundo global em que vivemos, organizações como a GS1 são extremamente relevantes para facilitar a cooperação entre empresas e parceiros, de forma a criar condições para resolver os desafios que se nos atravessam. Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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GS1® Portugal

Joaquim Cunha

Diretor-executivo Health Cluster Portugal

Inovação, colaboração e adoção de standards na Saúde A saúde é hoje um dos principais ativos civilizacionais. Apesar de subsistirem importantes assimetrias no acesso, sobretudo quando olhamos para geografias pouco desenvolvidas ou em desenvolvimento, é de assinalar o percurso que a Humanidade tem vindo a fazer neste domínio, em particular ao longo dos últimos 100 anos

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uito há ainda pela frente e grandes desafios estão continuamente a ser postos a este setor de conhecimento intensivo e para o qual são canalizados importantes recursos, que nas economias mais avançadas se situam entre 10% e 20% do respetivo PIB. Destes desafios, porventura o mais importante será o de conseguirmos continuar a assegurar a sustentabilidade global desta oferta, quer ela apresente formatos mais liberais, como será o caso dos EUA, ou sistemas mais solidários, como é o traço comum aos diferentes sistemas europeus. Neste sentido, ganham dimensões estruturantes as visões da saúde enquanto motor da economia, enquanto geradora de riqueza, enquanto criadora de emprego qualificado e muito qualificado – o que passa por dar particular atenção à competitividade e à inovação. A competitividade é uma das garantias de que poderemos, não só nós como as próximas gerações, continuar a beneficiar dos resultados conseguidos quer em saúde, quer em termos de coesão social e intergeracional. A inovação, entendida como a transformação do conhecimento em valor, é um dos pilares da competitividade. De notar que, em termos globais, este é o setor económico que investe todos os anos uma percentagem mais elevada do seu volume de negócios em Investigação & Desenvolvimento. Inovação ao nível de produtos e serviços que, desejavelmente a custos cada vez mais baixos, constituam melhores respostas às necessidades das populações. Inovação também, e cada vez mais, na organização e nos processos. Porque são fundamentais aos ganhos que ambicionamos e necessitamos em competitividade e porque contribuem decisivamente para as condições propícias ao desenvolvimento da inovação, há, neste quadro, dois caminhos que devem merecer a nossa atenção: o da co-

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laboração e o da standardização (normalização), sendo que o segundo não deixa de ser uma instanciação do primeiro. Com efeito, a colaboração ativa, inteligente e orientada para resultados entre empresas, e destas com instituições de ciência, universidades e hospitais, e a adoção de normas e standards globais constituem apostas que apresentam rácios muito positivos em termos de custobenefício, com contribuições significativas para a eficiência de toda a cadeia de valor. Talvez porque ambas incluem uma forte componente comportamental, o seu desenvolvimento ainda está, globalmente, aquém do que seria desejado.

Sobre o HCP O Health Cluster Portugal (HCP) é uma associação privada, sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover o exercício de iniciativas e atividades tendentes à consolidação de um pólo nacional de competitividade, inovação e tecnologia, de vocação internacional, através da promoção da cooperação entre empresas, organizações, universidades e entidades públicas, com vista ao aumento do respetivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado nas áreas económicas associadas à área da saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde. Assume como missão tornar Portugal num player competitivo na investigação, conceção, desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos e serviços associados à saúde, em nichos de mercado e de tecnologia selecionados, tendo como alvo os mais exigentes e mais relevantes mercados internacionais, num quadro de reconhecimento da excelência, do seu nível tecnológico e das suas competências e capacidades no domínio da inovação. Criado em abril de 2008, o HCP reúne atualmente mais de 130 associados, incluindo instituições de Investigação & Desenvolvimento, universidades, hospitais e empresas das áreas das farmacêuticas, biotecnologia, dispositivos médicos e serviços. Poderá consultar informação mais detalhada no website do HCP (www.healthportugal.com) e participar nos grupos do HCP no LinkedIn® (http://www.linkedin.com/groups/Health-ClusterPortugal-4481242/about).


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gs1® em portugal Nuno Miranda

Técnico de Inovação & Tecnologia e Formador da GS1® Portugal

Faturação eletrónica

Como ser uma PME inovadora na era Digital… a custo zero Ainda envia e recebe notas de encomenda, avisos de expedição e faturas por correio? Está na hora de trocar estes documentos com os seus fornecedores e clientes via eletrónica. O seu negócio agradece!

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om o advento do digital, as empresas têm a oportunidade de desmaterializar os vários documentos de negócio do dia-a-dia – como notas de encomenda, avisos de expedição ou faturas – e enviá-los através de mensagens normalizadas EDI (Transferências Eletrónicas Comerciais). Um dos incentivos é a poupança gerada, que pode chegar a sete euros por cada fatura que é enviada através deste formato de mensagem eletrónica. Ainda que considerável per si, esta economia ganha ainda mais significado quando se analisa o mercado nacional: de acordo com um estudo de 2014 da ACEPI (Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa), 50% das empresas que utilizam serviços EDI trocam até 500 faturas por ano. São micro, pequenas e médias empresas (PME), que, contas feitas, conseguem poupar até 3500 euros anualmente, na sequência da eliminação de custos com papel (compra e impressão),

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despesas de correio e mão-de-obra proporcionados pela faturação eletrónica. Uma poupança, sem dúvida, bastante considerável para o orçamento destas empresas. Mas os benefícios não ficam por aqui. Além da poupança económica, a utilização da faturação eletrónica potencia ganhos de exatidão de dados pela diminuição de erros humanos, rapidez e eficiência nos fluxos de envio e receção, maior segurança das transações e maior produtividade. A questão impõe-se para as muitas PME que ainda não desmaterializam os seus documentos de negócio: como adotar um serviços de EDI e potenciar todos estes benefícios sem despender euros na implementação e utilização? Nós explicamos.

1.

Adotar uma estratégia de gestão eletrónica de documentos comerciais sem receio

Em primeiro lugar, importa perceber que o EDI consiste na partilha de mensagens comerciais normalizadas entre sistemas informáticos de parceiros comerciais e que esta gestão

eletrónica potencia a segurança das transações. Motivo: as mensagens trocadas entre sistemas informáticos exigem menor intervenção humana e, como tal, permitem às empresas garantir a confidencialidade dos dados, ao mesmo tempo que reduzem custos, erros e tempo. Eliminado o receio, é importante refletir sobre quantas faturas, notas de encomenda e avisos de expedição ao ano e quais os custos (financeiros, tempo e recursos humanos) envolvidos para, depois, estipular um plano de economização. Se o valor for considerável para a sua empresa, então não perca tempo: adote um sistema de gestão eletrónica dos documentos comerciais.

2.

Desmaterializar documentos comerciais de acordo com standards globais

A gestão eletrónica de documentos


raio x

560 e.Invoice 1. O que é? É uma solução de Web EDI (transferência eletrónica de documentos através do acesso a uma página de Internet) destinada às micro, pequenas e médias empresas (PME) que permite trocar documentos de negócio de forma normalizada, por via eletrónica, com fornecedores e clientes. 2. Quanto custa? Esta solução (implementação e utilização) é gratuita para as empresas associadas da GS1® Portugal que desmaterializem até 300 documentos de negócio por ano e tenham um volume de faturação anual até sete milhões de euros. 3. Como funciona? Tratando-se de uma solução de Web EDI, o 560 e.Invoice não exige a aquisição de licenças de software. Apenas uma ligação à Internet. E um nome de utilizador e uma palavra-passe. 4. Quanto tempo demora a implementação do serviço? O período de tempo entre o pedido de adesão ao 560 e.Invoice e a sua implementação na empresa é, no máximo, de uma semana. 5. O que tenho de fazer para aderir? Contactar a GS1® Portugal através do 217 520 740 ou do endereço 560einvoice@gs1pt.org.

comerciais é mais vantajosa quando se baseia em standards (regras) globais. Os standards são cruciais – permitem aos parceiros de negócio falar a mesma “linguagem”, independentemente do país onde se encontram e da língua materna. No que diz respeito ao comércio e faturação eletrónicos, os standards GS1® fornecem orientações claras para transacionar versões eletrónicas de

todos os tipos de documentos (faturas, notas de encomenda, avisos de receção e expedição, entre outros). Por outras palavras, permitem aos sistemas informáticos de empresas diferentes trocarem e tratarem as informações em processo automático, garantindo a sua interoperabilidade. Para isto se efetivar apenas é necessário solicitar um GLN (Global Location Number – Código Global de Localização), um código global que permitirá identificar a sua empresa (sede, armazém, delegação ou outro) no “mapa virtual” dos negócios.

3.

Implementar um serviço que responda às condições anteriores… e que seja gratuito!

Para quê investir quando existe um serviço gratuito no mercado que responde a todas as condições referidas nos pontos anteriores? Falamos do 560 e.Invoice, um serviço

inovador e gratuito que permite a troca eletrónica de documentos comerciais, de acordo com os standards GS1®. É um serviço de Web EDI, ou seja, é fácil de utilizar porque não requer a utilização de softwares, apenas o acesso a uma página de Internet. Esta solução permite às PME desmaterializar, enviar e receber dados normalizados e fiáveis de qualquer documento comercial – quer seja uma nota de encomenda, um guia de transporte, uma fatura, ou outro. De forma segura e confidencial, sem gastos com correio. A implementação e a utilização são gratuitas para todas as micro, pequenas e médias empresas associadas da GS1® Portugal que transacionem até 300 documentos por ano e registem um volume de faturação anual igual ou inferior a sete milhões de euros. Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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gs1® em portugal

António Fernandes da Luís Simões e João Guimarães da GS1® Portugal

celebração

O primeiro bip ouviu-se há 40 anos

Movimentar eficiência nos Transportes & Logística “Movimente Eficiência”. Foi este o mote do Seminário de Boas Práticas Colaborativas e Transportes & Logística que a GS1® Portugal realizou a 19 de março, na sede da empresa Luís Simões, no Carregado, e que juntou mais de 30 participantes, entre produtores, retalhistas e operadores logísticos O seminário teve como missão divulgar as práticas colaborativas que geram interoperabilidade, acrescentam valor aos processos logísticos e reduzem custos na cadeia de abastecimento. Para isto contribuíram várias apresentações nacionais e internacionais, das quais se destacam a de Isabel Meseguer (GS1 Espanha/AECOC), sobre os benefícios do GS1-128 e do aviso de expedição na entrega e receção de mercadorias, e a de António Fernandes (Luís Simões), sobre o novo Centro de Operações Logística da empresa.

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A sessão incluiu ainda uma visita guiada a este centro de operações. “Um armazém inteligente, 100% português e único na Europa”, de cerca de 20 mil metros quadrados e com capacidade para 56.360 paletes, referiu António Fernandes, diretor de Inovação e Processos da Luís Simões. A “receita” para a eficiência e automatização de processos passa pela utilização das Normas GS1® na movimentação e gestão de armazenagem e unidades logísticas – nomeadamente a Etiqueta Logística GS1® e as sintaxes GS1® para mensagens eletrónicas comerciais.

26 de junho de 1974. Nesse dia, às 8h01, o código de barras GS1® foi digitalizado pela primeira vez em Troy, Ohio, nos Estados Unidos da América. Pertencia a uma embalagem de pastilhas Wrigley’s. Hoje, o código de barras gera mais de cinco mil milhões de bips nos pontos de venda em todo o mundo, todos os dias. Mais do que a marcação de bens, a identificação de produtos através deste standard permitiu a criação de uma linguagem global dos negócios e de um mercado global. “Sharon Buchanan, a mulher que digitalizou o primeiro código de barras, poderia ter dito algo como ‘um pequeno bip para o homem, um salto gigante para o mundo dos negócios’”, comentou Miguel Lopera, presidente e diretor executivo da GS1 Global Office, a propósito da data. O código de barras é atualmente utilizado de forma massiva não só no setor do Retalho & Bens de Consumo, mas também em áreas como Transportes & Logística ou Saúde, entre outros. Para celebrar o 40.º aniversário da adoção do código de barras pelo retalho, a GS1 lançou, no ano passado, uma campanha global, à qual a GS1® Portugal aderiu prontamente, desenvolvendo várias iniciativas de envolvimento dos associados e stakeholders. Essas iniciativas foram premiadas em fevereiro deste ano, em Bruxelas, através da distinção da organização com o primeiro lugar na campanha global de marketing da 40 Anos da Linguagem Global dos Negócios.


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GS1® Portugal nas redes sociais

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Está a acontecer…

A GS1® Portugal está nas redes sociais. LinkedIn, Facebook, Twitter e YouTube são as quatro redes onde a organização está presente com um perfil social. Esta presença tem como objetivo potenciar as vias de comunicação entre a GS1® Portugal e os seus associados e stakeholders, facultando mais informação e possibilidades de interação. Para tal, a GS1® Portugal nomeou uma equipa de colaboradores para acompanhar diariamente as quatro redes socais e responder às solicitações de seguidores e fãs. O convite está lançado: faça parte da rede da GS1® Portugal!

Órgãos sociais da GS1® Portugal

Resultados de 2013 e planos para 2014

GS1® Portugal faz “balanço muito positivo” de 2013 em Assembleia Geral A assembleia geral da GS1® Portugal decorreu no passado dia 1 de abril, com o objetivo de apresentar o Relatório de Atividades e Balanço e Contas do Exercício de 2013 e o Plano de Atividades – e respetivo orçamento – para o ano de 2014. João de Castro Guimarães, diretor executivo da GS1® Portugal, fez um “balanço muito positivo” do ano transato. “Além do reforço significativo no total de associados, 2013 ficou marcado – entre muitas outras iniciativas e projetos – pela conquista de marcos institucionais e de negócio de relevo: são exemplo disso a celebração dos 40 anos dos códigos de barras, a obtenção do estatuto de utilidade pública, a adesão ao Programa PME Digital e o desenvolvimento da Plataforma 560 e.Invoice, uma solução de desmaterialização de documentos de negócio.” Paulo Gomes, presidente da associação, salientou ainda o crescente alinhamento e envolvimento da GS1® Portugal no universo da GS1. “Estamos cada vez mais participativos na comunidade internacional das Organizações-membro. Para nós, é um fator crítico, na medida em que nos permite incorporar o que de melhor se faz nesta comunidade e, em simultâneo, imprimir-lhe a nossa ‘portugalidade’.” II Edição

estudo Benchmark Logístico A segunda edição do Benchmark Logístico, o estudo nacional promovido pela GS1® Portugal para avaliar os níveis de serviço logístico no setor do Fast Moving Consumer Goods, está já a decorrer com a participação de 21 fabricantes e cinco retalhistas. Em relação a 2013, registou-se um crescimento de quase 100% do número de fabricantes inscritos. A lista é composta por empresas especializadas na produção de várias tipologias de produto: Bacardi/Martini, Beiersdorf, Cerealis, Colgate – Palmolive, Danone, Delta, Jonhson & Jonhson, Longa Vida, Mineraqua, Mondeléz, Nestlé, Pernod, Procter & Gamble, Refrige, Renova, Sociedade Central de Cervejas, Sogrape, Sovena, Sumol Compal, Unicer, Unilever. Neste estudo são avaliados os níveis de serviço dos fabricantes nas entregas às plataformas de distribuição dos retalhistas, assim como o nível de eficiência dos retalhistas nas atividades relacionadas com supply chain. A avaliação da performance dos fabricantes irá começar a ser conhecida este mês. A avaliação dos retalhistas que participam neste estudo – Auchan, Dia, Intermarché, Jerónimo Martins e Sonae – está ainda em curso.

Vai acontecer…

II Fórum para Solution Providers realiza-se em Setembro A segunda edição do Fórum para Solution Providers já tem data marcada: 25 de setembro. O encontro visa reunir vários prestadores de serviços tecnológicos (software, hardware e outros serviços de tecnologias da informação) associados e não associados da GS1® Portugal. A partilha de boas práticas e casos de estudo é um dos objetivos deste fórum, onde será ainda apresentada a proposta de valor da GS1® Portugal para os seus associados extraordinários/parceiros tecnológicos.

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gs1® em portugal

Na edição de 2011 do Congresso Nacional da GS1® Portugal registou-se a presença de cerca de 400 congressistas

Marque na agenda

23 de outubro: vamos construir o futuro em colaboração?

A GS1® Portugal realiza este ano a segunda edição do seu Congresso Nacional. A colaboração é o lema deste encontro, reconhecido com o alto patrocínio da Presidência da República

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eCoding the Future Together.” Em português, “Construir o Futuro em Colaboração”. O Congresso Nacional 2014 da GS1® Portugal já tem tema, data e local marcados. Será no dia 23 de outubro, no Museu do Oriente, em Lisboa. Os processos e os novos formatos colaborativos entre parceiros de negócio vão ser o epicentro do encontro, num momento em que as empresas se esforçam por aumentar a visibilidade das cadeias de valor em

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contextos de mutação e maior complexidade. Quais as melhores práticas de negócio para o sucesso da qualidade dos dados e das transações comerciais? Como podem as empresas acrescentar eficiência, segurança e inovação aos seus processos de negócio? E como podem potenciar o crescimento em novos mercados e a consolidação nas suas áreas de comércio? Estas questões são atuais e remetem para desafios de gestão de processos e informação e oportunidades de inovação nos negócios – dois assuntos prementes em debate no


alguns dos oradores confirmados

Marcelo Rebelo de Sousa Professor universitário

Figura incontornável do panorama académico e político em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa é o Key Note Speaker do Congresso da GS1® Portugal e promete inspirar e gerar debate em torno de uma questão bastante atual: até onde nos leva a colaboração nas relações da cadeia de valor? Esta é a segunda participação do professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no Congresso, depois de ter marcado presença como um dos oradores principais na edição de 2011.

Robert Beideman

augusto mateus

Boo Raattamaa

Diretor sénior de Digital e Inovação da GS1® Global Office

Consultor

CEO GS1® Suécia

Augusto Mateus é presidente da empresa de consultoria Augusto Mateus & Associados, investigador e consultor na área da macroeconomia, política económica, competitividade industrial, estratégia empresarial, avaliação de programas e políticas de desenvolvimento. Recentemente participou no desenvolvimento do primeiro estudo nacional sobre os impactos da adoção de standards globais no setor da saúde – estudo que estará em foco no Congresso Nacional da GS1® Portugal. Licenciado em Economia, conjuga a função de consultor com a de professor catedrático convidado do ISEG, onde assume responsabilidades docentes nas áreas da economia europeia, política económica e política industrial e competitividade ao nível de licenciaturas e de mestrados. Entre março de 1996 e dezembro de 1997 exerceu o cargo de ministro da Economia e, entre outubro de 1995 e março de 1996, foi secretário de Estado da Indústria.

Bo Raattamaa é o atual diretor executivo da GS1® Suécia, organização membro da GS1 que criou a primeira plataforma integrada de sincronização de dados na Europa – a Validoo. A sincronização de dados será, aliás, o tema que vai abordar no Congresso Nacional da GS1® Portugal. Boo Raattamaa é especialista em ciência política, com competências em recursos humanos (desenvolvimento de organizações e colaboradores), tecnologias de informação (gestão e desenvolvimento de sistemas de TI na área do retalho) e logística (desenvolvimento de sistemas logísticos). Foi CEO da ICA Menyföretagen AB (alimentação) e membro do ICAs Group Management Team.

Tem formação em física, engenharia de sistemas e negócios internacionais; é capitão marítimo, escritor – acidental – e fotógrafo. Falamos de Robert Beideman, diretor sénior de Digital e Inovação da GS1® Global Office e o Inspiring Speaker do Congresso Nacional da GS1® Portugal. Beideman lidera várias iniciativas nas áreas do digital e da inovação, nas quais envolve empresas, organizações e instituições com o objetivo de fomentar a transformação, adaptação e prosperidade num contexto em que a tecnologia e a Internet modelam cada vez mais os negócios e o ser humano. Vai estar no Museu do Oriente para responder a uma questão premente: É necessário sair da ilha para ver a ilha?

Congresso Nacional da GS1® Portugal. Auchan Portugal, Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, Danone, Irmãos Vila Nova, Johnson & Johnson, José de Mello Saúde, Nestlé, Sogrape Vinhos, Sonae, Uniarme e Unilever constituem a comissão organizadora deste congresso, já reconhecido com o alto patrocínio da Presidência da República. À semelhança da edição de 2011, este encontro irá reunir várias personalidades de relevo, nacionais e internacionais, nas áreas da economia, do retalho, da cultura, da política,

José María Bonmatí CEO GS1® Espanha

José Bonmatí é CEO da GS1® Espanha e membro do comité executivo da GS1® Europa e do conselho consultivo GS1, conselho de administração da GDSN Inc. Estará presente no Museu do Oriente no dia 23 de outubro, para explorar as diversas possibilidades de boas práticas colaborativas e o seu impacto na eficiência e visibilidade de processos comerciais, logísticos, entre outros.

da normalização e outros setores de interesse. “Neste Congresso da GS1® Portugal será possível conhecer e debater as melhores práticas de gestão e inovação nos negócios na presença de especialistas e agentes fundamentais na dinamização da economia”, refere João de Castro Guimarães, diretor executivo da GS1® Portugal. O networking e a partilha de conhecimento estão também assegurados. Os participantes vão poder partilhar conhecimento e experiência com os oradores, parceiros tecnológicos, indústria e restantes parceiros de negócio Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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gs1® em portugal COMISSÃO ORGANIZADORA

Sessão Plenária

“Construir o Futuro em Colaboração” Na sessão plenária serão abordados os vários formatos de colaboração e a sua importância para a criação de acordos de normalização das cadeias de abastecimento.

Há 40 anos a colaboração entre produtores e retalhistas originou a criação e adoção do primeiro standard comercial: o código de barras. Atualmente, impõe-se a

(re)definição dos processos de negócio para um futuro de eficiência, visibilidade e sustentabilidade, que tem como chaves-mestras o digital e o consumidor.

Sessões Paralelas

“Boas Práticas Colaborativas e Sincronização” Esta sessão plenária terá como foco a importância da colaboração na otimização dos níveis de eficiência logística ao longo da cadeia de abastecimento. A sincronização de informação comercial de qualidade (dados logísticos, nutricionais, de marketing, entre outros) é também um tema crítico para

todos os parceiros de negócio, desde o momento em que o produto é expedido pelo produtor ao processo de check-out em loja ou de compra numa plataforma de venda online. E quando se fala em qualidade todos os elementos do rótulo contam, incluindo o código de barras.

Saiba mais

“Impacto da Adoção de Standards na Cadeia de Valor da Saúde” A criação de uma sessão dedicada ao setor da saúde revela a importância que esta área tem para a GS1® Portugal. Nesta sessão será apresentado e debatido o estudo

pioneiro realizado pela Augusto Mateus & Associados (AM&A) para a GS1® Portugal “Impactos da adoção de standards globais na cadeia de valor de saúde em Portugal”.

e têm ainda a possibilidade de contactar de perto com a implementação dos standards, soluções e serviços GS1 que beneficiam as cadeias de valor e de colocar questões aos especialistas da GS1®. “É um congresso inovador”, acrescenta o diretor executivo, “e é também um ponto de encontro entre o Top Management das empresas da produção e do retalho mais relevantes em Portugal e reputadas figuras dos meios empresarial e académico”.

Boas práticas, sincronização e saúde A colaboração é o tema central da sessão plenária do Congresso. Já as duas sessões paralelas que completam o programa de dia 23 de outubro irão focar assuntos como boas práticas de negócio, sincronização global de dados e identificação, captura e partilha normalizada de informação no setor da saúde. Motivo: o mundo dos negócios, nos seus vários setores, está a viver uma transformação motivada pelas novas tecnologias e pelo digital, que gera complexidade e exige

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novas soluções focadas num elo específico da cadeia de abastecimento – o paciente ou o consumidor final. João de Castro Guimarães esclarece: “Hoje, o consumidor é o eixo central de uma equação que engloba todos os parceiros de negócio. Por essa razão, são necessárias soluções inovadoras e globais, que tornem os processos de negócio mais transparentes e permitam responder de forma mais eficiente, célere e fiável às – cada vez mais – prementes exigências e necessidades do consumidor e do paciente.” Há 40 anos foi introduzida uma solução de automatização no retalho chamada código de barras que “abriu caminho a uma era de eficiência e maior certeza para a toda a cadeia de abastecimento, facilitando o dia a dia de empresas e consumidores”, aponta o responsável. Na sua origem esteve “uma relação de colaboração estreita” entre indústria e retalho. “Para vencermos no presente e no futuro é necessário fortalecer esta relação”, assegura. “No Congresso Nacional da GS1® Portugal vamos todos, GS1 e parceiros de negócio, debater os melhores procedimentos para construir um futuro de colaboração.”



Os Nossos Associados

Luís Simões

Os Standards Globais na vanguarda das operações logísticas

No novo armazém da Luís Simões, os standards GS1® são os atores principais nas operações de armazenagem de paletes. Sete dias por semana, 24 horas por dia

U

m armazém “inteligente, 100% português e único na Europa.” É assim que António Fernandes, diretor de Inovação e Processos da Luís Simões, descreve o Centro de Operações Logísticas do Futuro – COL do Futuro –, localizado no Carregado. O motivo de ser “inteligente e único” está relacionado com o elevado nível de automatização deste centro, onde “tudo funciona de forma autónoma, 24 horas por dia, sete dias por semana”. Com cerca de 20 mil metros quadrados, o COL do Futuro tem uma capacidade de armazenagem de 56 mil unidades logísticas e permite a movimentação de receção e expedição de 600 paletes por hora. Ao contrário de outros centros logísticos, aqui o equipamento automatizado circula suspenso e não sobre carris, permitindo a utilização do solo para as operações logísticas que requerem intervenção humana.

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Desta forma, “conseguimos aliar a atividade convencional à automatizada, explorando de forma inovadora todas as potencialidades do armazém e imprimindo mais eficiência e rapidez aos fluxos de mercadorias”, explica o diretor de Inovação e Processos. Como foi possível alcançar este nível de automatização? António Fernandes responde: “O funcionamento do COL do Futuro assenta em três sistemas de gestão integrados e hierarquizados, que potenciam e asseguram a autonomia dos processos.” São eles o sistema de gestão de armazém, que dá instruções sobre os lugares de prateleira que os produtos devem ocupar; o gestor de fluxos, que determina de que forma e através de que meios o produto chega ao respetivo lugar, e o sistema de reconhecimento por fotocélulas, que faz a rastreabilidade do produto dentro do armazém, desde o ponto de origem até ao destino. No mesmo patamar de importância

destes sistemas de gestão estão os Standards GS1®. “Sem os standards globais da GS1 não seria possível ter um armazém desta natureza, com tão elevado nível de automatização”, esclarece o responsável da Luís Simões.

Eficiência e inovação de mãos dadas com os Standards GS1® A utilização dos standards GS1 no Centro de Operações Logísticas do Futuro da Luís Simões faz-se na sua plenitude – da identificação à partilha, passando pela captura automática dos dados das unidades logísticas. Comprovam-no as três mil paletes que diariamente dão entrada no armazém com um bilhete de identidade completo e fiável – a Etiqueta Logística GS1. Nesta etiqueta são visíveis o Serial Shipping Container Code (SSCC) – que identifica a unidade logística – e o GTIN – Global Trade Item Number –, que identifica o produto contido na mesma. Ambos codificados na simbologia de código


As paletes estão identificadas com a simbologia de código de barras GS1-128, que facilita a automatização e rapidez do processo de receção

O COL do Futuro permite a movimentação de receção e expedição de 600 paletes por hora

de barras GS1-128. Eis como funciona: no processo de receção, as paletes são conferidas e validadas após a leitura ótica do GS1-128, onde também estão contidas informações adicionais do produto, como prazos de validade, lote, número de série, quantidades, entre outras. Quando as paletes não estão identificadas com uma Etiqueta Logística GS1, a informação é recolhida manualmente e é impressa uma nova etiqueta com um novo SSCC. No processo de picking

(separação de bens), os operadores de armazém capturam os códigos de barras EAN-13 ou ITF-14, onde está codificado o GTIN do produto. Para além deste processo de identificação única e inequívoca de cada unidade logística, a Luís Simões também partilha mensagens eletrónicas comerciais com os seus clientes, de acordo com os Standards GS1® eCom (Standards GS1 específicos para as trocas EDI – Transferência Eletrónica de Documentos). O aviso de expedição e o aviso de receção

Benefícios do desenvolvimento do COL do Futuro com base nos Standards GS1® • Melhoria da capacidade de armazenagem em 200%. • Redução de custos unitários, incluindo: · Redução de 15% dos custos de armazenagem. · Redução de 13% do tempo de receção. · Redução de 18% do tempo despendido no picking. · Aumento de 22% da rapidez de transporte. · Maior produtividade em 40%. • Melhoria do nível de serviço para > 99,97%. • Melhoria da qualidade de ações para > 99,96%. • Capacidade de armazenar 2,8 paletes por metro quadrado. • Capacidade de armazenagem ou recuperação até 600 paletes por hora.

são dois exemplos. Através da identificação, captura e partilha dos dados normalizados das unidades logísticas foram alcançados ganhos substanciais. “Graças à Etiqueta Logística GS1, são apenas necessários 35 minutos para receber e descarregar um camião totalmente carregado, equivalente a 33 paletes. Significa isto que o operador de armazém despende apenas cerca de um minuto com cada palete”, garante António Fernandes. Aliada à redução de tempo na receção, de cerca de 13%, o COL do Futuro apresenta outros resultados bastante satisfatórios, decorrentes do grande nível de automatização e robustez dos processos. “Melhorámos a capacidade de armazenagem em 200% e reduzimos custos em 15%. A rapidez dos fluxos de transporte aumentou mais de 20% e a produtividade do armazém cresceu 40%”, revela. “No geral, melhorámos o nível dos nossos serviços, assim como a qualidade das nossas ações.” Ir mais longe, até onde for o futuro, é o eixo de motivação da Luís Simões desde 1968, quando a operadora logística foi fundada. “O COL do Futuro é o fruto deste nosso pensamento e é um motivo de orgulho”, confessa António Fernandes. “Para nós, o futuro é já uma realidade.” Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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standards em ação

Operações logísticas

Etiquetagens múltiplas nas paletes? Não, obrigado Diferentes soluções de identificação resultam na utilização de diferentes formatos de etiqueta logística. Resultado: ineficiências, custos acrescidos, falta de agilização e, por vezes, menos satisfação dos clientes

A

Bloco inferior

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Raio X – Etiqueta Logística GS1®

Bloco Médio

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válida de paletes em todo o mundo à redução significativa de tempo nos processos de gestão das mesmas, passando por informação mais rápida, precisa e fiável

Bloco Superior

falta de alinhamento das etiquetas obriga a despender mais tempo, a recorrer a mais recursos e a adaptar processos para garantir o normal fluxo de transporte e gestão das unidades logísticas – por exemplo, paletes. Como ultrapassar esta questão que afeta todos os parceiros da cadeia de abastecimento? É simples: colaborando na utilização de uma única etiqueta logística, transversal a toda a cadeia, facilmente reconhecida por qualquer parceiro de negócio em qualquer ponto do mundo e passível de ser descodificada por qualquer sistema de leitura ótica. Parece impossível? Não é. Essa etiqueta já existe e é conhecida como Etiqueta Logística GS1®. Trata-se de um standard (um modelo) global de etiqueta para todos os atores da cadeia de abastecimento, que apresenta vantagens incontestáveis. Desde a identificação única e

disponibilizada ao cliente, redução de tempo e custos, integração com as normas de mensagens internacionais EDI (Transferência Eletrónica de Documentos) e rastreabilidade completa ao longo da cadeia logística, entre outras. A melhor parte? Automatiza todos os processos em armazém. A utilização da Etiqueta Logística GS1® tem um único requisito obrigatório: cada unidade logística deverá estar identificada com um código global SSCC (Serial Shipping Container Code). Motivo? A identificação através do SSCC abre a oportunidade à implementação de uma variedade de aplicações, como o cross docking, a expedição e a receção automática, e garante a rastrea­bilidade dos bens ao longo da cadeia de abastecimento. A informação contida na Etiqueta Logística GS1® é completa e abrangente. Não só identifica fornecedor, cliente e transportador, como proporciona todos os dados necessários à identificação e à rastreabilidade dos bens.

Texto livre

Título dos dados Informação humanamente legível Código de barras GS1-128 Informação humanamente legível

Identificadores de aplicação (IA): Os IA são os números que aparecem entre parênteses na sequência numérica. Funcionam como uma lista de códigos genéricos de campos de dados, para a utilização em múltiplos setores e para aplicações em cadeias de abastecimento internacionais. Cada IA GS1 é constituído por dois ou mais dígitos e fornece a definição, formato e estrutura dos campos de dados codificados nas simbologias GS1-128. Atualmente há mais de 150 IA. EXEMPLOS: (02) Codifica e identifica o GTIN (item comercial) contido na unidade logística (palete). (37) Codifica a quantidade do item contida na unidade logística. (10) Codifica o lote do item. (00) Codifica o SSCC.


o circuito da etiqueta logística gsi® em armazém

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Receção Quando a mercadoria é rececionada no armazém, o operador logístico “captura”, com o leitor ótico, as simbologias de código de barras GS1-128 presentes na etiqueta logística, as quais contêm a sequência numérica SSCC da palete, a identificação única e inequívoca do produto (GTIN), quantidade, data de validade, número de série e número de lote, entre outras informações relevantes. Benefício: A captura do

GS1-128 permite a entrada e a validação automática dos dados da mercadoria no sistema do armazém, sem necessidade de manipulação manual dos dados. Recomendação: O fornecedor deve enviar um aviso de expedição ao prestador de serviços logísticos quando a mercadoria é expedida. O prestador, por sua vez, deve enviar um aviso de receção no momento em que esta chega ao armazém.

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Put-away (arrumação na estrutura) O SSCC de cada palete está replicado na estrutura da prateleira. No momento da arrumação, o operador logístico “captura” novamente o SSCC da etiqueta logística GS1® da palete, assim como o SSCC replicado na estrutura onde a palete vai ser colocada.

Benefício: Através desta leitura ótica, a localização da mercadoria em armazém fica registada no sistema informático, permitindo gerir com mais eficiência e certeza as prateleiras e, sempre que necessário, ter acesso de forma célere à palete.

Picking (separação de mercadorias) Uma vez que essa leitura permitiu que todos os dados dos bens e a localização das respetivas paletes em armazém ficassem automaticamente guardadas no sistema informático, basta ao operador dar ordem de “remoção” da prateleira e separação da mercadoria que irá ser expedida. Benefício: Mais uma vez o SSCC é fundamental: facilita a localização

e a separação das mercadorias por lote, quantidade ou outro fator de seleção solicitado pelo cliente. Além disso, permite ao prestador de serviços logísticos “rastrear” o seu próprio armazém. Por exemplo, qual é a caixa que irá dar saída, em que SSCC deu origem a saída, quantas ou quais permanecem, consciência de limitação de stock, entre outros.

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Expedição O operador captura a simbologia GS1-128 para “dar baixa” em armazém e para atribuir a mercadoria ao respetivo meio de transporte. Benefício: A validação do SSCC na fase da expedição permite atribuir a mercadoria ao camião certo, ao destino certo e à loja correta.

Recomendação: Quando a mercadoria é expedida para o cliente, o prestador de serviços logísticos deve enviar um aviso de expedição. O cliente, por sua vez, deve enviar um aviso de receção assim que recebe a mercadoria.

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Perspetiva Gonçalo Lobo Xavier

Assessor da direção da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal

Há sempre espaço para mais inovação na indústria Os dados disponíveis mais recentes referem que Portugal investe actualmente cerca de 2500 milhões de euros/ano em investigação científica e tecnológica. Será suficiente?

Q

uando se fala de investigação e desenvolvimento e inovação (I&D+i), estão em causa as suas duas vertentes: investigação fundamental e investigação aplicada. São dois “estádios” da investigação com princípios distintos mas um mesmo fim: busca do conhecimento e procura contínua de soluções mais eficientes, mais económicas e eficazes. A investigação fundamental é exigente quer financeiramente, quer pelo esforço dos investigadores, com um período de validação longo. É, sobretudo, o princípio de tudo e, enquanto tal, tem mais risco e menos “paciência” por parte dos investidores. É essencial para o processo de valorização da investigação aplicada. Mas “se cortarmos a ciência fundamental a montante, daqui a cinco anos não temos ciência aplicada”.1 Quem investe, seja o investidor o Estado, sejam os privados, tem de estar ciente desta realidade. A crise económica trouxe necessariamente desinvestimento nas áreas da investigação e desenvolvimento (I&D) e, consequentemente, na inovação. Esta tendência, apesar de se ter notado mais em Portugal e noutros países do Sul da Europa, foi igualmente sentida nos Estados membros da União Europeia (UE) que normalmente mais se destacam nestes indicadores – Finlândia e Suécia. Os graus de desinvestimento foram distintos e tiveram explicações diferentes, mas a verdade é que a crise teve consequências iguais na política de investimento em I&D e inovação: quebra. Passada que está a pior fase, a grande diferença comportamental está agora na capacidade de os países mudarem de rumo e inverterem a política de retração ao investimento em I&D+i. Portugal continua bem longe dos indicadores de investimento em I&D+i dos seus parceiros europeus, apesar de manter a meta de investir 3% do PIB em 2020… Apesar do desinvestimento global, a performance das exportações dos sectores industriais resulta de um investimento continuado na inovação nos produtos e nos processos, mesmo em contexto económico adverso. A indústria continua a ter um papel central na economia da UE. Sempre numa lógica de inovação permanente.

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É por isso que a inovação é um tema constante na AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal, um sector que representa hoje 30% das exportações nacionais e tem um peso de 18% no PIB nacional. A persistente aposta do sector em inovação, buscando soluções em consórcio, assentes no princípio de que os desafios industriais do século XXI exigem uma resposta coordenada, estratégica e inovadora, tem tido resultados evidentes num sector altamente competitivo à escala global. É com base nesta realidade que o desafio do sector metalúrgico e metalomecânico é continuar a crescer de forma sustentada, procurando redes de consórcio europeias que permitam o contacto com as melhores práticas e a partilha do conhecimento e inovação. Já não basta às empresas terem tido a capacidade de se reinventarem e de inovarem nos processos, nos produtos e nas abordagens. O desafio do crescimento é pensar global: cooperação internacional para a investigação e desenvolvimento e para a competitividade. É nesta linha de pensamento que os programas europeus podem contribuir decisivamente para este objectivo. Independentemente da dimensão, ambição e posicionamento das empresas, este desafio de pensar no mercado global tem de estar presente nas decisões das empresas e dos empresários. E sempre com a inovação a guiar estes processos. Os empresários são, pois, convidados a olhar para as oportunidades dos programas europeus de apoio à inovação. Não se pretende que descurem as possibilidades de investimento que irão certamente existir nos fundos estruturais nacionais e regionais. O que se exige a um sector que quer ser global é que não deixe de pensar “inovação” com uma perspectiva europeia e com dimensão e oportunidades para todos. Para isso será instrumental o programa Europeu HORIZON 2020. A AIMMAP está a acompanhar este processo e pretende ser parceiro activo dos seus associados na divulgação e prospectiva de oportunidades que fortaleçam o sistema de inovação junto das empresas. A GS1® deverá ser um parceiro atento a estes objectivos. O desafio já começou. 1 José Manuel Mendonça, professor da FEUP; Público, 19 de Janeiro de 2014. Artigo escrito com o antigo acordo ortográfico.



Universo gs1®

Nicolas Florin

A colaboração ® é a base da GS1 não apenas na Europa Uma organização focada e orientada pela comunidade de Organizações-membro da GS1®, da costa atlântica até aos Montes Urais. Assim é a GS1® in Europe, liderada por um suíço e gerida por uma francesa

O

que é a GS1® in Europe e quais são as suas diretrizes? O nosso papel é encorajar e facilitar a colaboração das organizações membros da GS1® localizadas na Europa, de formar a liderar o desenvolvimento e a implementação de soluções harmonizadas e geridas pelo utilizador para melhorar a cadeia de valor da procura e da oferta nas empresas europeias. É também da nossa responsabilidade garantir que as necessidades a nível regional são tidas em conta a nível global.

Quantas Organizações-membro são representadas pela GS1® in Europe? Pode descrever o modelo de governance da organização? A GS1® in Europe é o resultado da colaboração entre 46 organizações (MO) que têm o mesmo objetivo de servir e apoiar os seus utilizadores. Todos as 46 organizações-membro estão representadas no Board da GS1® in Europe, onde o plano de negócios anual é desenvolvido e aprovado e onde os membros do Comité Executivo Regional (REC) são eleitos. É função do REC gerir todos os tópicos operacionais,

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tais como monitorizar os diversos projetos, gerir a relação entre a GS1® Global Office e outras regiões, bem como junto das associações setoriais parceiras e dos organismos governamentais europeus. A GS1® in Europe representa as MO desde a costa Atlântica até aos Montes Urais. Algumas delas têm trabalhado com diversas empresas ao longo de vários anos, outras são mais recentes e apresentam menos membros. Como é que a organização gere as diferenças entre as MO e de que forma ajuda a chegar a consensos? Além dos encontros regulares do Board e da colaboração que ocorre nos vários projetos, existe uma tradição em que as maiores MO apoiam as mais pequenas e em que as organizações que já têm as suas soluções em marcha podem ajudar as que estão a começar processos idênticos. A colaboração é a base da GS1® não apenas na Europa. Atingir consenso começa com um bom entendimento das questões e com uma vontade de resolvê-las em conjunto. A GS1® in Europe foi criada como uma entidade legal em 2013. Quais são as razões

NICOLAS FLORIN, presidente da GS1® in Europe



Universo gs1®

que motivaram a organização a solicitar este estatuto legal? Qual é o impacto desse novo estatuto junto da comunidade europeia das MO? E das empresas? A principal razão que nos motivou a criar uma entidade legal é para que dessa forma possamos ser reconhecidos como um órgão oficial pelas instituições europeias e pelas outras associações europeias nossas parceiras. Dito isto, esta alteração legal não tem qualquer impacto sobre a forma como trabalhamos ou colaboramos com as MO locais e com os respetivos membros. Podemos falar de uma estratégia europeia para a GS1® in Europe? A longo prazo, a GS1® in Europe está empenhada em cinco objetivos essenciais. O primeiro é garantir que as necessidades das empresas utilizadoras e das MO são tidas em conta a nível global; o segundo passa por promover e acelerar a implementação das decisões tomadas pela assembleia geral, e o terceiro é aumentar a colaboração entre as MO que fazem parte da GS1® in Europe. São ainda nossos objetivos conduzir o processo de implementação harmonizada para apagar quaisquer divergências na implementação dos Standards GS1® e reforçar a visibilidade da GS1® a nível europeu. A tarefa do REC, e finalmente do Board, passa por garantir que estes cinco objetivos são cumpridos. Como é que a GS1® in Europe se integra no GS1® Global Office e como é que as duas organizações trabalham para, em conjunto, alcançarem a missão e a visão (valores) da GS1®? A GS1® in Europe partilha a mesma missão e visão da GS1®. O nosso papel passa por garantir que os standards desenvolvidos pelo Global Office vão ao encontro das necessidades dos utilizadores na Europa e conduzir a uma implementação harmonizada dos standards além-fronteiras. A organização tem sido gerida por um coordenador nos últimos anos. Recentemente contratou um novo colaborador da indústria, para trabalhar como gestor de desenvolvimento. Isso significa que a GS1® in Europe pretende

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Atingir consenso começa com um bom entendimento das questões e com uma vontade de resolvê-las em conjunto Nicolas Florin

intensificar a sua presença junto das MO e empresas? Nos últimos anos, concluímos que existe uma necessidade de melhorarmos a nossa visibilidade e sermos mais proativos a identificar as oportunidades que surgem das diversas indústrias, mas também da Comissão Europeia. Para fazê-lo são precisos recursos adicionais dedicados. Piotr Bielicki juntou-se à equipa da GS1® in Europe em abril e, nesse sentido, vamos trabalhar em conjunto com as diversas equipas de projeto, de forma a ajudá-las a atingir os objetivos definidos e maior eficiência. Como imagina a organização em 2020? Em termos de dimensão, a região manter-se-á, naturalmente, na mesma. Contudo, faremos o nosso melhor para reduzir, tanto quanto possível, as divergências em termos de conhecimento entre as organizações, para sermos verdadeiramente reconhecidos pelas instituições europeias como uma organização especialista em eficiência e segurança nas cadeias de valor.

Camille Dreyfuss e Nicolas Florin, da GS1® in Europe, em Roterdão


Camille Dreyfuss, coordenadora da GS1® in Europe

Camille Dreyfuss

Para nós, as Organizações-Membro são a GS1® in Europe

E

nquanto coordenadora da GS1® in Europe, tem trabalhado de perto com as Organizações- membro (MO) europeias, promovendo a colaboração e harmonização além-fronteiras. Como descreve a relação da GS1® in Europe com as MO? E, num segundo nível, com as empresas? A relação da GS1® in Europe com os utilizadores do Sistema GS1 não é direta. A nossa missão passa por disponibilizar as ferramentas e conhecimentos necessários às organizações locais para que possam fortalecer a relação com os seus associados. Por outro lado, não consideramos que exista uma relação “entre” a GS1® in Europe e as Organizações-membro. Para nós, as organizações membros são a GS1® in Europe. Um dos objetivos desta organização é facilitar o contacto entre a comunidade europeia de Organizações-membro da GS1® e a Comissão Europeia, de modo a alavancar projetos e propostas que gerem valor a nível europeu. Atualmente, quais são os principais temas ou projetos na agenda? Nesta matéria, importa sublinhar que o papel da GS1® na Europa passa por mediar o contacto entre as MO e a Comissão Europeia no sentido de solucionar problemas além-fronteiras com as nossas propostas de valor. Não nos dedicamos exatamente a obter fundos europeus para alimentar os projetos das MO. Ainda assim, se surgir uma oportunidade de financiamento

“Este regulamento é uma oportunidade para as marcas e os retalhistas fortalecerem o relacionamento com o consumidor”

para uma área em que a GS1® tem uma proposta de valor, teremos com certeza interesse em apresentar uma candidatura, desde que não coloque em causa as nossas crenças e valores. Atualmente, um dos principais tópicos de relevo à escala europeia é a segurança do consumidor. Acreditamos que o nosso conhecimento e experiência de 40 anos na gestão da cadeia de abastecimento e na otimização dos processos de rastreabilidade fazem de nós um parceiro útil e de valor para a Comissão Europeia. Em dezembro de 2014, as empresas que tencionem vender géneros alimentícios através da Internet, no âmbito da União Europeia, terão de cumprir um conjunto de requisitos relacionados com qualidade de informação (Regulamento EU n.º 1169/11). Na sua opinião, esta nova regulamentação é uma oportunidade ou um desafio para o setor alimentar? E para o consumidor? A desmaterialização da informação e a partilha eletrónica ao longo de toda a cadeia de abastecimento têm-se tornado cruciais para todos os intervenientes no mercado. Ainda assim, sabemos que existem muitos parceiros comerciais que, ao dia de hoje, não estão preparados para cumprir todas as exigências do Regulamento n.º 1169/11. A razão é simples: muitos deles ainda não têm os dados dos seus produtos em formato digital. É nossa missão ajudá-los. Ajudá-los a acelerar este processo e a reunirem as condições para cumprir o regulamento antes de dezembro de 2014 – quer através da partilha de conhecimento, quer através da disponibilização de ferramentas user-friendly que assegurem a conformidade legal. Mais do que um desafio, acreditamos que este regulamento é uma oportunidade para as marcas e os retalhistas fortalecerem o seu relacionamento com o consumidor. A GS1® in Europe organiza, todos os anos, um fórum regional para a comunidade europeia de Organizações- membro GS1. Por que é que este encontro é importante para as MO e, em última instância, para os seus associados? Este fórum europeu é uma excelente oportunidade para as MO se manterem atualizadas sobre os últimos desenvolvimentos em torno das iniciativas que estão a acontecer na Europa. É ainda um momento de partilha de boas práticas, que podem ser muito profícuas para os associados e uma oportunidade para todos nós, GS1, sabermos quais as prioridades dos utilizadores e se somos considerados um parceiro facilitador e útil no mercado.

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Código Genético

Nuno Azevedo

Diretor de Inovação & Tecnologia da GS1® Portugal

Qualidade dos dados

O Consumidor no eixo de ação do Retalho. E da GS1® Portugal A cadeia de abastecimento já não pode ser pensada em segmentos B2B (Business-to-Business) ou B2C (Business-to-Consumer). O grande eixo dos processos de decisão começa por “C” e é, mais do que nunca, quem dita as tendências e influencia o rumo do “B”, de montante a jusante da cadeia. Bem-vindo à era do B2B2C – ou do C2B2B –, em que quem tem informação de qualidade tem a confiança do consumidor

O

consumidor está a mudar. Correção: já mudou. Os dispositivos móveis acompanham-no em casa, no trabalho, nas lojas e outros espaços do dia a dia. Inevitavelmente, as tendências de compra e os comportamentos de consumo também mudaram. Esta mudança gera um desafio – dos mais atuais no mercado – para produtores de bens de consumo e retalhistas. Trata-se de desenvolver e nutrir um novo tipo de relacionamento com o consumidor – agora digital –, ajudando-o a fazer escolhas informadas. Para isso é necessário providenciar informação de qualidade e exata sobre os produtos no meio online. Este novo “C” precisa de, em primeiro lugar, confiar na informação para, depois, comprar o produto. É aqui que entra em ação a GS1® Portugal. Num mundo que cada vez mais aspira transparência, a informação imprecisa e incorreta corrói a confiança dos consumidores nas marcas e nos processos de transação do produtor ao consumidor (B2C - Business-to-Consumer) de uma forma global. A confiança está de facto no cerne da questão. Segundo um estudo global da GS1®, 74% dos consumidores que utiliza os canais digitais considera que as informações mais

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importantes sobre o produto têm de ser confiáveis. Este estudo também revela que 50% dos consumidores não compraria um produto se as informações básicas, como uma descrição do produto e a imagem, não estivessem corretas. A qualidade dos dados é ainda mais importante quando abrange áreas como segurança alimentar ou nutrição, em que o risco para a saúde e o bem-estar se tornar elevado. Mas há outras áreas no horizonte

de expetativa do consumidor atual para com as marcas, como sustentabilidade e rastreabilidade. Quando são prestadas informações críticas, como a forma de utilizar um produto, dados nutricionais e de alergénios ou origem do produto, de forma imprecisa, podem existir repercussões sérias capazes de minar todo o mercado. Não é, por isso, de admirar que o quadro legal atual para o setor alimentar, no qual o Regulamento EU-1169/2011 assume


assim como também meios para aceder a informação de campanhas ou promoções de uma forma simples e controlada. Por outro lado, a produção e o retalho podem começar a ter uma visão mais próxima e fiel do perfil de consumo, adaptando e dirigindo melhor as suas campanhas e produtos aos segmentos corretos, fruto de um diálogo C2B2B (Consumer-to-Business-to-Business). Desta forma os consumidores podem tomar melhores decisões de compra com base numa fonte confiável de dados, tirando o máximo partido das suas decisões de compra.

A qualidade dos dados ao serviço da segurança alimentar

já um papel fundamental, tenha cada vez mais a proteção do consumidor como principal foco. Tendo em conta todo este enquadramento, a GS1® Portugal está agora empenhada em facilitar a ligação da Produção e do Retalho ao consumidor através de uma plataforma de sincronização de dados B2B2C (Business-to-Business-to-Consumer): a SYNC PT®. A estratégia passa por facultar ao consumidor dados de qualidade,

À medida que a taxa de adoção de tecnologia aumenta exponencialmente, a indústria deve encontrar formas de envolver, cada vez mais, o consumidor digital a longo prazo. Este foi um dos objetivos estratégicos identificados para os próximos 10 anos no programa ‘2020 Cadeia de Valor do Futuro’. O envelhecimento da população e o aumento da pressão dos reguladores são dois fatores críticos que continuarão a alimentar este objetivo, gerando uma necessidade urgente a curto prazo: melhorar a informação disponibilizada sobre o produto no meio online de forma a garantir que os consumidores têm acesso a informações precisas sobre saúde, nutrição e segurança alimentar. Como diz Werner Geissler, vice-presidente de Operações Globais da Procter & Gamble, “fornecer dados precisos acerca dos nossos produtos é uma parte fundamental da construção de confiança com os nossos consumidores”. Um bom exemplo chega-nos da Austrália. A GS1 local e a Universidade de Victoria realizaram um estudo para avaliar

como é que a tecnologia de leitura de códigos de barras GS1 em smartphones pode ser aproveitada para aumentar a confiança do consumidor e, em simultâneo, combater a obesidade. Durante oito semanas, os participantes com excesso de peso utilizaram os smartphones para ler os códigos de barras de produtos como pão, café, leite, cereais ou bolachas e receberam informação sobre os níveis de sódio e o teor de gordura saturada presentes em cada um, com base nos valores da dose diária recomendada pela Fundação Nacional do Coração. Para partilhar estas informações com o consumidor, foi desenhada uma aplicação para smartphone que “bebia” os dados de produto do catálogo eletrónico da GS1 Austrália, complementados com dados provenientes dos quatro principais supermercados. O estudo comprovou que 40% dos participantes alterou os hábitos de compra devido à informação facultada. Neste contexto global – que se aplica de forma direta a Portugal, onde a taxa de penetração de smartphones foi de 40,9% em 2013 –, a GS1® Portugal também se posiciona na linha da frente, fomentando uma estratégia B2B2C/ C2B2B sustentada em dados de qualidade, estratégias de Mobile Marketing e estatísticas de consumo seguras, que permitirão uma melhor adequação do produto ao consumidor. Tudo isto através da plataforma SYNC PT, o nosso grande projeto no que diz respeito à criação de valor e confiança entre produtor, retalhista e consumidor. O digital não é o futuro; é o presente. Nós sabemos isso e as marcas também. O esboço está feito, as bases estão cimentadas. Está na hora de partir à conquista da confiança deste novo “C”. Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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O outro lado de...

Marcos Gaspar Carreira

É daquelas pessoas que tem a vida na mão

Integrou a equipa da GS1® Portugal em novembro de 1991, quando tinha 19 anos. Durante os primeiros tempos, foi responsável pelo serviço externo da associação e tinha como principais tarefas a entrega e o levantamento de documentos. Quase 23 anos depois, Marcos Gaspar Carreira é um dos principais especialistas em standards da GS1® Portugal, pai de dois pequenos “jogadores da bola” e um defensor de causas

N

ascido na encosta do Castelo de São Jorge, em Lisboa, Marcos Gaspar Carreira tem samba brasileiro no sangue, herança do pai. A infância e adolescência foram, no entanto, passadas quase sempre entre os edifícios e as ruas movimentadas da capital portuguesa. Desse tempo recorda com saudade as idas ao Cinema Império, junto à Alameda D. Afonso Henriques, e os jogos de futebol com os amigos, em campos de terra batida. Atualmente vive a sul do rio Tejo, no Pinhal Novo, com a esposa e os dois filhos – de 9 e 11 anos –, ambos “craques nos torneios de futebol da escola”, conta. O corrupio lisboeta foi substituído pelo sossego do campo e, mais concretamente, do seu quintal. É Marcos quem planta e cuida desse pedacinho de terra, onde crescem flores, uma oliveira, plantas aromáticas e medicinais, couves, favas e, inevitavelmente, algumas ervas daninhas. Mas não se importa. “Adoro tudo o que está relacionado com a Natureza, tudo faz parte do equilíbrio necessário à vida”, explica. Além destes pequenos momentos no quintal, o colaborador da GS1® Portugal gosta de passar os

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tempos livres rodeado da família e dos amigos e de participar em “boas almoçaradas, daquelas que se arrastam até ao jantar sem darmos conta”. É uma “pessoa dedicada”, assinala o irmão André Carreira. A dedicação de Marcos estende-se até aos associados da GS1® Portugal, com quem mantém um contacto próximo – quer através de esclarecimento telefónico, quer através das

O gosto pelas boas causas O esclarecimento e o auxílio prestados aos associados é uma das principais motivações diárias deste colaborador – e, na opinião dos colegas de trabalho, uma das suas principais qualidades. “O Marcos está sempre disponível para apoiar os associados, com um prazer genuíno, encontrando as soluções certas à medida de cada um”, garante Filipa

Marcos trocou Lisboa pelo Pinhal Novo, onde vive com a mulher e os filhos. Tem um pequeno quintal, com couves, favas e flores ações de formação que ministra sobre códigos de barras. Marcos conhece os códigos de barras como a palma da sua mão: sabe de cor as dimensões das várias simbologias, as margens necessárias à sua localização nas embalagens e ainda as cores passíveis de ter ou não leitura ótica. Ainda assim, faz questão de frisar que o dia a dia é uma aprendizagem constante. “A utilização dos standards é muito abrangente e há sempre novidades. A minha função é partilhar esses novos conhecimentos com os associados, de forma a poder contribuir para o aumento da eficiência e visibilidade dos seus negócios.”

Peixoto, diretora de Recursos Humanos e Formação GS1®. “Tem os seus valores bem definidos e defende-os todos os dias”, acrescenta. Marcos Gaspar Carreira é capaz de enumerar esses valores na primeira pessoa. Entre eles estão “aversão à hipocrisia, ao julgamento dos outros sem conhecimento de causa e à crítica não construtiva. E ainda o respeito pelos recursos naturais e por todos os seres”. É assim desde que se lembra, e confessa que estes “credos” têm sido fundamentais no seu dia a dia enquanto profissional. Quer no primeiro emprego – numa agência de


“Gosto de ajudar as pessoas que precisam e merecem, diretamente ou através de voluntariado. Também participo em coletividades locais”

raio x

Marcos Carreira

Viagem mais marcante A descoberta da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano. Filme preferido Documentários, desde que científicos ou históricos. Música Quando estou menos motivado, tenho tendência a ouvir música com ritmos mais acelerados. Quando estou demasiado agitado, tenho tendência a ouvir músicas mais calmas e serenas. Livro ISMAEL, de Daniel Quinn. Prato favorito Cabrito assado em forno de lenha. De preferência na região das Beiras, que considero a melhor região gastronómica do País. Não passa sem… O equilíbrio emocional e físico. Preferência futebolística Seleção Portuguesa, Brasileira e equipas com equipamento vermelho.

viagens –, quer na GS1® Portugal. Fora do horário laboral, gosta de aplicar os valores na defesa de boas causas. Especialmente quando o tema é apoio social. “Gosto de ajudar as pessoas que precisam e merecem, diretamente ou através de voluntariado”, conta. “Também participo em coletividades locais sempre que posso e me é permitido fazer algo mais pelas pessoas que estão em meu redor.” E, quando há tempo e sossego, dedica-se à meditação, porque “é importante manter o equilíbrio emocional e físico”, diz com um sorriso. O contacto próximo de Filipa Peixoto com todos os colaboradores da GS1® Portugal não lhe deixa margem para dúvidas. Para a diretora de Recursos Humanos, “o Marcos é daquelas pessoas que tem a vida na mão”. Código 560 | GS1® Portugal 2.o semestre 2014

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???????????????????? Saúde & bem-estar Ana Leonor Perdigão

Nutricionista

Hidratação diária

A importância da água Não é novidade que a água é um elemento precioso à vida e todos aprendemos em pequenos que este elemento representa cerca de 60% do peso corporal de um adulto

P

ara que serve a água? As funções da água no organismo são muito diversas. Intervém em inúmeras reações químicas, que fazem o organismo funcionar devidamente, na digestão e no funcionamento intestinal, na regulação da temperatura corporal e no transporte de nutrientes, oxigénio, detritos metabólicos, enzimas e hormonas. Tem igualmente um papel estrutural: participa na lubrificação das articulações e protege estruturas vitais, como os discos intervertebrais e o cérebro. Isto significa que manter uma boa hidratação é fundamental para uma boa saúde, a todos os níveis. Os riscos da desidratação Alterações no equilíbrio hídrico têm repercussões múltiplas, levando, inclusivamente, à morte quando existe uma perda de água na ordem de 20% do peso corporal. No entanto, mesmo as perdas menos importantes têm reflexo nas várias funções do organismo: Função digestiva – maior dificuldade em todo o processo digestivo, obstipação e risco acrescido de

cancro do cólon; Função renal – sobrecarga renal, com maior risco de infeções urinárias e cálculos renais; Função cognitiva – dores de cabeça, menor capacidade de concentração, memória de curto prazo e acuidade visual, assim com um tempo de reação mais elevado; Pele e cabelo – aparência pouco saudável, baços e sem brilho. Grupos de risco Manter uma boa hidratação é muito importante para qualquer indivíduo. No entanto, alguns grupos são particularmente suscetíveis de sofrer desidratação. Bebés e crianças, grávidas, idosos, desportistas e indivíduos expostos a situação climatéricas extremas, principalmente se não estiverem habituados, apresentam necessidades hídricas especiais e devem ser incentivados a beber água regularmente, para evitar problemas de saúde. Recomendações A ingestão de água tem como objetivo repor as perdas diárias através da pele, respiração, rins e intestinos.

Quadro 1 – Ingestão recomendada de água proveniente de bebidas (litros/dia) Intervalo etário

Sexo feminino

Sexo masculino

Crianças (2-3 anos)

1,0

1,0

Crianças (4-8 anos)

1,2

1,2

Crianças (9-13 anos)

1,4

1,6

Adolescentes e adultos

1,5

1,9

Fonte: Instituto de Hidratação e Saúde.

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Curiosidades... A água está presente em todos os tecidos do nosso corpo, até nos mais sólidos – como é o caso dos dentes, em que representa cerca de 10% do seu peso. Os portugueses aumentaram a sua ingestão de água entre 2009 e 2010 – apesar de esta continuar abaixo do recomendado – e reduzem a ingestão com a idade. A Região Norte de Portugal tem a ingestão de água mais elevada e o Alentejo a mais baixa.

Por isso a quantidade de água que necessitamos de ingerir depende de muitos fatores, como a idade, o nível de atividade física, o clima, o tipo de alimentação, o estado de saúde, entre outros. Em média, estas perdas podem chegar a três litros, o que significa que é essa a quantidade que devemos ingerir. No entanto, há que considerar que muitos alimentos, como o leite, a fruta e os hortícolas, ou mesmo confeções culinárias, como a sopa ou os estufados, são muito ricos em água e contribuem para essa ingestão diária. As recomendações internacionais apontam para necessidades da ordem de 30 ml/kg de peso, o que representa – para um adulto médio – entre 1,5 e 2 litros. Este valor por quilograma é superior nos bebés e crianças (50-100 ml/kg), mas no total diário a quantidade será inferior, em média, em cerca de um litro.


Receita de Marta Bártolo, finalista da 1.ª edição Masterchef Portugal, programa de culinária da RTP, 2011

Receita

Mexilhões de escabeche… Ingredientes para a receita: 2 cebolas grandes 500 a 650 g de mexilhões em meia casca 2 a 3 dentes de alho azeite, sal e pimenta q. b. 1 folha de louro 1 copo de vinho branco vinagre 1 “molho” de coentros Raspa e sumo de limão Pimentão em pó q. b. 1 cenoura grande ½ pimento vermelho ou cor de laranja

Modo de confeção da receita: Numa frigideira, coloque um fio de azeite, a folha de louro, umas pedrinhas de sal e pimenta, as cebolas, o meio pimento cortado em palitos muito finos e compridos e o alho picado. Salteie e deixe caramelizar. De seguida, acrescente as cenouras cortadas em palitos finos e compridos – tal como os pimentos. Salteie novamente e deixe caramelizar mais um pouco. Adicione os mexilhões em lume alto e refresque com um pouco de vinho branco. Deixe levantar fervura e evaporar algum líquido. Retifique temperos e regue com um pouco de sumo de limão. Acrescente a raspa de limão e os coentros grosseiramente picados. Envolva e disfrute desta receita deliciosa como petisco, com apenas pão saloio como acompanhamento, ou como uma deliciosa refeição, acompanhada com tagliatelle!

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breves

recomendável Uma correspondência entre o que se vê nos websites e o que chega às mãos do consumidor

Qualidade dos dados

GS1® adere ao World Wide Web Consortium

(In)formação: venda online de produtos alimentares A GS1® Portugal, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e a Federação Portuguesa das Indústrias Agroalimentares (FIPA) organizaram, em março, a terceira sessão informativa sobre as “Novas Regras de Informação para Venda Online de Produtos Alimentares”, estabelecidas pelo Regulamento Europeu de Informação ao Consumidor n.º 1169/2011, que entra em aplicação em dezembro deste ano Nessa altura, as empresas que vendem produtos alimentares pré-embalados na Internet terão, obrigatoriamente, de passar a fornecer os dados que constam do rótulo das embalagens nos seus websites, antes do ato da compra e sem custos acrescidos para o consumidor. “Deve existir uma correspondência entre o que se vê nos websites e o que chega às mãos do consumidor”, alertou Nuno Azevedo, diretor de Tecnologia & Inovação da GS1 Portugal. Caso contrário, não podem vender os seus produtos neste canal. O diploma estabelece ainda que o responsável pela disponibilização da informação é o operador sob cujo nome o produto é comercializado. Uma exigência que implica uma forte relação de cooperação entre todos os parceiros da cadeia alimentar, em todas as suas fases.

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A GS1® é um dos mais recentes membros do World Wide Web Consortium (W3C). A parceria teve início em abril e vai permitir à GS1 trabalhar de perto com a comunidade W3C na implementação de standards que ajudem a moldar o futuro da identificação e da descrição de produtos e das “coisas” na Web, no sentido de tornar a informação de produto mais visível em motores de pesquisa e páginas de Internet. Em concreto, a GS1 tem a possibilidade de contribuir e participar na construção de standards para a Web, bem como permitir – quando necessário – o alinhamento e a integração dos Standards GS1 com os existentes para a Web, isto num momento em que a qualidade dos dados de produto é já uma prioridade para a indústria e para os consumidores. Steve Bratt, atual Chief Technology Officer (CTO) da GS1 e antigo diretor executivo (CEO) da W3C, acredita que a parceria entre as duas organizações vai ter um grande impacto “ao nível da conceção e da implementação de standards que potenciam o comércio global e a logística. Para benefício da indústria e dos consumidores”.

A GS1® Portugal tem marcado presença assídua nos roadshows organizados pela comitiva do programa PME Digital nos últimos meses. Membro deste programa desde junho de 2013, a organização visa, com esta participação, ajudar as micro, pequenas e médias empresas na utilização da fatura eletrónica, através do serviço 560 e.Invoice – o único serviço de faturação eletrónica integrado no vasto leque de oferta do PME Digital.


br ev si ís

excelência

A GS1® recebeu da Food and Drugs Administration (FDA) a acreditação para ser a entidade emissora de identificadores únicos de dispositivos médicos nos Estados Unidos da América. O sistema de identificação única de dispositivos (UDI) visa a criação de um sistema comum a nível mundial para a identificação de produtos (médicos), para melhorar os processos de negócio e a segurança do paciente. Segundo este regulamento, um número UDI deve ser aplicado, de forma genérica, ao rótulo do dispositivo médico, à embalagem e, em determinados casos, ao próprio dispositivo. “O Sistema GS1, único e global, é essencial para garantir a implementação eficiente e eficaz de UDI em toda a cadeia de valor da saúde”, afirmou Miguel Lopera, presidente e CEO da GS1.

Grupos Sonae e Jerónimo Martins vencem Prémios de Inovação no Retalho

as

GS1® acreditada nos EUA como entidade emissora de identificadores únicos em dispositivos médicos

m

udi – identificação única de dispositivos

Sport Zone, Sonae MC e Pingo Doce foram os grandes vencedores da 1.ª edição do Prémio Excelência – Inovação no Retalho, iniciativa promovida pela APED, realizada a 25 de março, no Museu do Oriente, em Lisboa. A Sport Zone venceu, na categoria Inovação de Produto e de Marca, com o projeto Berg Outdoor; a Sonae MC, com o Hiper do Futuro, em Inovação no Serviço ao Cliente, e o Pingo Docena, na categoria de Inovação e Sustentabilidade, com a Cozinha Central de Odivelas. João de Castro Guimarães, diretor executivo da GS1® Portugal, foi um dos elementos do júri, presidido por Marcelo Rebelo de Sousa. aniversário

28 anos da Uniarme

A Uniarme, presidente do conselho fiscal da GS1® Portugal na pessoa de José Quinta, celebrou no passado mês de maio o seu 28.º aniversário. Para assinalar a data, organizou uma conferência comemorativa no dia 30 de maio, no Meo Arena, em Lisboa. Estiveram presentes cerca de 700 convidados, incluindo membros dos órgãos sociais e da equipa da GS1® Portugal. parceiros tecnológicos

Saphety entra no mercado grego

rastreabilidade de produtos

reconhecidas boas práticas de Standards Os Standards Globais GS1® representam uma boa prática que conduz a melhorias significativas na rastreabilidade de produtos na cadeia de valor, maior rapidez em devoluções e a maior segurança dos consumidores, reconheceu um grupo de peritos criado pela Comissão Europeia (CE). A constatação surge num momento em que toda a indústria se prepara para a entrada em vigor de nova legislação sobre a segurança em diversos produtos não alimentares e não saúde. A adoção de standards de rastreabilidade é apenas uma das várias recomendações sublinhadas no relatório publicado por este grupo de peritos da CE, que resulta de um diálogo com toda a indústria. Estas recomendações destacam os benefícios para os consumidores e autoridades de vigilância e regulatórias do mercado, com o objetivo de

proteger a segurança e a saúde pública. “À medida que as cadeias de valor se expandem pelo mundo e os consumidores adquirem mais produtos online, a garantia de rastreabilidade assume-se como um desafio crescente”, afirma M. Laurila, chefe da Unidade de Segurança de Produtos e Serviços na Direção-Geral na Saúde e Consumo da CE (DG SANCO) e presidente do Grupo de Peritos em Rastreabilidade. “A capacidade de detetar e rastrear produtos perigosos permite identificá-los e retirá-los rapidamente do mercado. Seria interessante assistir à condução de exercícios educacionais conjuntos entre empresas, associações do comércio e entidades regulatórias. Os standards globais contribuem para o sucesso dos sistemas de rastreabilidade e a proteção global do consumidor.”

A Saphety, parceira da GS1® Portugal, reforçou este ano a sua estratégia de internacionalização, depois de ter estabelecido uma parceria com a GS1 Association Greece para sincronizar os dados no setor do retalho. A assinatura deste acordo marca a entrada da empresa portuguesa na Grécia. Dinamarca, Finlândia, Suécia e Colômbia são os restantes países onde a Saphety também tem presença.

Agenda 25 de setembro

II Fórum GSI® Portugal para Parceiros Tecnológicos (Lisboa, Portugal) 23 de outubro

Congresso Nacional GSI® Portugal (Lisboa, Portugal) 3-7 de novembro

GSI® in Europe Regional Forum (Nice, França)

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crónica

Miguel Figueiredo,

Diretor-geral da Excentric Grey

Digital: Uma mudança que não pára de mudar Cerca de 74% dos lares em Portugal está ligado à Internet. 3,5 milhões de portugueses têm um smartphone. 70% das pessoas que utiliza a Internet usa-a todos os dias

P

assados já quase 20 anos desde a grande revolução da Web, esta mudança de paradigma já está generalizadamente aceite por todas as empresas e marcas, pese ainda a exceção de uns quantos dissidentes que teimam em resistir à inevitabilidade. A maior parte das empresas, pequenas ou grandes, sabe que hoje, para conseguir otimizar os seus recursos, o seu negócio tem que estar intimamente ligado ao digital. Mas o que significa uma empresa abraçar esta intimidade com o digital? Para responder a esta pergunta importa primeiro constatar que o digital é hoje uma palavra demasiado grande. Dentro do digital, temos muitas áreas diferentes. Em termos de áreas de atuação, por exemplo, podemos falar de campanhas online, captação de leads/clientes, canais de venda, programas de CRM – Customer Relationship Management, criação de conteúdos, gestão de recomendações, estudos de mercado, produtos e serviços complementares, gestão de informação ou de identidade corporativa. Numa lógica de plataformas, podemos estar a falar essencialmente de websites, social media, aplicações ou motores de busca. Em cima disto, temos ainda que pensar em termos de dispositivos de acesso: computadores, tablets, smartphones, quiosques, ecrãs táteis, sinalética, mupies interativos, IPTV, projeções, experiências 4D, etc. O digital é um universo complexo, denso. E como se isso não bastasse, está em permanente mudança, em Nota: artigo escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico

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permanente evolução. A provar isso basta ver a rapidez alarmante de adoção, por parte dos consumidores, de mudanças, as redes sociais ou a adoção dos smartphones. Se, em cima disso, pensarmos como estas mudanças tiveram impactos profundos em indústrias como, por exemplo, a da música, do cinema, dos media ou dos livros, percebemos rapidamente que ficar parado não é opção. O digital está a provocar mudanças dramáticas não só nas ferramentas que estão ao dispor de um negócio como nos próprios negócios em si. E engana-se quem pensa que as grandes mudanças já aconteceram. A julgar verdadeira a Lei de Moore, que Ficar parado não é opção nos diz que a capacidade tecnológica dobra aproximadamente a cada dois anos, novas capacidades estão disponíveis todos os dias, ao serviço do engenho e criatividade humana, que se encarregarão de nos trazer novos paradigmas e soluções. E já se consegue antever, de certa forma, algumas das grandes mudanças que vão ter impacto, muito provavelmente, no seu negócio. A título de exemplo, deixo-vos duas: wearable technology e impressoras 3D. Retomando a questão inicial: como podem as empresas abraçar a intimidade com este mundo complexo e em permanente evolução? Eu diria que, como em qualquer relação, é preciso acreditar, paixão, dedicação, engenho e ter um parceiro certo, que domine não só a tecnologia mas também o lado sociológico associado à adoção de tecnologias por parte das pessoas e das sociedades. Afinal, navegar neste admirável mundo digital sem este tipo de ajuda é como conduzir sem mapa ou GPS.


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INTRODUÇÃO À LINGUAGEM GLOBAL DOS NEGÓCIOS: SISTEMA GS1® As normas de identificação mais utilizadas no mundo

O CÓDIGO DE BARRAS NA EFICIÊNCIA DOS NEGÓCIOS

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INTRODUÇÃO AO COMÉRCIO ELETRÓNICO

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Como partilhar dados comerciais por via eletrónica

FATURA ELETRÓNICA

Mais negócio, menos papel

REDE GLOBAL DE DADOS DE NEGÓCIOS

Como colocar os seus produtos no maior catálogo eletrónico certificado ENTRE OUTROS

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23

out

2014

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UM CONGRESSO

INOVADOR... ...e o ponto de encontro entre o Top

Management das empresas da Produção e do Retalho mais relevantes em Portugal, reputadas figuras dos meios empresarial

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e académico, assim como agentes fundamentais na dinamização

da economia.

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