COMO SOU PROFESSOR E APRENDIZ?
Não há como hoje, nós professores, querermos assumir a postura tradicionalista que tínhamos diante dos alunos, há décadas atrás, em que o docente era soberano, de forma até absolutista, no domínio do conhecimento na sala de aula. Os princípios liberalistas de alguns autores fizeram com que nós reconhecêssemos o valor do aluno, e o quanto podemos aprender com eles. Talvez até mais do que eles aprenderiam conosco. Muito se fala no fato de que este liberalismo, que foi se desenvolvendo nas relações de ensino e aprendizagem, sobretudo na década de 1990, não foi inserido nos processos didático-pedagógicos de uma forma gradual, e a isso podemos creditar boa parte dos problemas que ocorrem no ambiente escolar, no que se refere à qualidade do ensino, bem como a problemas externos como violência, por exemplo, o que acaba acarretando grande número de evasões e perca de interesse por parte dos discentes, assim como a depredação do patrimônio escolar também, só para citar algumas situações claudicantes da Educação do Brasil. Não precisamos voltar ao tradicionalismo, mas devemos repensar novas maneiras de lidar com os alunos, de modo que aceitemos e aprendemos com eles da mesma forma que o contrário também aconteça, sem que para isso, se diminua a autoridade do professor em sala de aula, mas que também o aluno tenha a liberdade de exprimir a sua criatividade, de estimular a sua autonomia. A inserção de novas políticas públicas para a Educação também ajudam no trabalho com novas tendências pedagógicas, como por exemplo, no trabalho com as tecnologias na educação, onde podemos citar projetos como
o PROINFO, do Ministério da Educação, algo extremamente positivo, e que já é um passo nessa mudança de visão para a educação do nosso país. O trabalho com novas abordagens pedagógicas no âmbito escolar, como a tecnológica, é positivo e pertinente, mas tudo deve ser trabalhado paulatinamente, com os devidos subsídios didáticos para professor e alunos, ou seja, com o mínimo de recursos fornecidos por parte das Esferas Municipal, Estadual e Federal, além de uma maior e melhor capacitação dos docentes.
Prof. Gualberto Rodrigues de Araújo PROINFO – Módulo 2 São Roque, 06 de junho de 2010 gualberto.ra@gmail.com gualberto.rodrigues@hotmail.com
BIBLIOGRAFIA: MONTEIRO, Aneridis. Interfaces digitais para organização e representação do conhecimento. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica, Programa de Pós-Graduação em Educação, Currículo, 2008. POZO, Juan Ignacio. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. Disponível em: http://www.saoroqueligado.sp.gov.br/Arquivos/downloadAction.do?&actionType =download&idArquivo=2309. Acesso em 06 jun. 2010.