Relatório

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ACADEMIA DE ENSINO SUPERIOR Educação Física

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO DE REGÊNCIA A APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIA, TÁTICA E TÉCNICA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA VISÃO NOS ESPORTES E JOGOS

Sorocaba 2009


GUALBERTO RODRIGUES DE ARÁUJO

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO DE REGÊNCIA A APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIA, TÁTICA E TÉCNICA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA VISÃO NOS ESPORTES E JOGOS Relatório final de estágio de regência apresentado ao Estágio Supervisionado como parte dos requisitos para obtenção da Licenciatura em Educação Física.

Sorocaba 2009


SUMÁRIO INTRODUÇÃO..............................................................................................................p. 7

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................p. 8

2. CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO 2.1 – EMEIF PROF. ANTONIO CAVAGLIERI.................................................. p. 10 2.2 – EE HORÁCIO MANLEY LANE.................................................................p. 12 3. REGÊNCIA DE AULAS 3.1 – EDUCAÇÃO INFANTIL............................................................................p. 13 3.1. a – Plano de Ensino........................................................................ p. 13 3.1. b – Comentários.............................................................................. p. 24 3.2 – ENSINO FUNDAMENTAL I..................................................................... p. 24 3.2. a – Plano de Ensino........................................................................ p. 24 3.2. b – Comentários..............................................................................p. 50 3.3 – ENSINO FUNDAMENTAL II.................................................................... p. 50 3.3. a – Plano de Ensino........................................................................ p. 50 3.3. b – Comentários..............................................................................p. 69 3.4 – ENSINO MÉDIO.......................................................................................p. 69 3.4. a – Plano de Ensino........................................................................ p. 69 3.4. b – Comentários..............................................................................p. 80 3.5 – EDUCAÇÃO PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.... p. 80 3.5. a – Plano de Ensino........................................................................ p. 80 3.5. b – Comentários..............................................................................p. 86

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................p. 87

5. REFERÊNCIAS........................................................................................................p. 88


7 INTRODUÇÃO O que sempre foi defendido, tanto no projeto de estágio de observação, quanto no projeto de regência, é a questão da solução de problemas dentro das aulas, como uma facilitadora no processo de aprendizado dos alunos, estimulando eles a serem mais críticos, mais criativos e mais autônomos, e que a partir do entendimento das três ações de jogo, já citadas por Mahlo (1968), que são estratégia, tática e técnica, é possível desenvolver essa problemática nos nossos educandos, dentro da prática do jogo, ou, da prática esportiva. Falando sinteticamente, entendo os conceitos de estratégia, tática e técnica, é possível desenvolver de forma mais sistematizada o jogo ou o esporte, sem que precise lidar com uma linguagem mais complexa, ou tratar os alunos como se fossem atletas de alto-nível, e sim os auxiliando na iniciação esportiva, objetivando o aprendizado deles quanto a esses conteúdos, e, no aspecto da formação humana, formar futuros cidadãos que pensem e que sejam participativos na sociedade. Pensando em tudo o que foi visto, este relatório, que aborda a aplicação de estratégia, tática e técnica nas aulas de Educação Física, relatará como foram os estágios de regência, em todos os segmentos de ensino da Educação Básica, nas escolas EMEIF Prof. Antônio Cavaglieri e EE Horácio Manley Lane, todas elas do município de São Roque/SP, descrevendo também o ambiente destas escolas, retomando também aos autores que foram base deste trabalho, e por último, fazendo as considerações finais.


8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Sabemos que a base do programa do professor de Educação Física está fundamentada nos jogos e brincadeiras (atividades esportivas, recreativas, lúdicas), tudo mais pautado na prática do que na teoria, porém, defendemos que também deva haver proposições teóricas para os nossos alunos, sobre assuntos como saúde, alimentação e história e regras dos esportes, por exemplo. E partindo disto, as três ações de jogo também se encaixam neste contexto. Freire (1989, p. 75) disse que “o jogo como conteúdo da escola, deve ser aquele que se inclui num projeto, que tem objetivos educacionais, como qualquer outra atividade.” E dessa forma sabemos que o jogo tem grande importância no papel educacional, de uma forma geral para a criança e o adolescente. Tratando assim com tal relevância a questão dos jogos e brincadeiras, o tema foi escolhido pela necessidade que os educandos devem ter de saber mentalizar um jogo, saber visualizar as situações ocasionadas neste jogo, analisar com mais frieza e sabedoria, enfim, trabalhar o lado mental do aluno, trabalhando, de uma certa forma, com uma abordagem pedagógica mais psicomotricista, para que o aluno aja com a técnica correta vencendo o jogo (KRÖGER, ROTH, 2006). Mahlo (1968) foi o pioneiro a nomear a estratégia, a tática e a técnica como sendo ações de jogo, e dessa forma as trataremos. Ele as identificou como sendo a estratégia a percepção e análise da situação de jogo; a tática como sendo a solução mental de um problema de jogo; e a técnica como a solução motora do problema.


9 Ainda há muitos que trabalham centrados somente na técnica (tecnicismo). Não que não seja importante, mas sendo bem metafórico, nós não podemos inventar um remédio, esperando que exista alguma doença para que esse remédio cure. Ou seja, é preciso que surjam problemas durante o jogo ou brincadeira, para que os educandos que estão jogando (ou brincando) os resolvam, inventando, ou tirando do seu acervo motor “arquivado” nas suas mentes, alguma situação que eles tenham vivenciados, para resolver esses problemas corretamente. E antes de um iniciar, os educandos criarem formas de jogar para que vençam este jogo. Para isso, é necessária uma teoria dos muitos sistemas de jogo que eles podem aplicar na estratégia que foi planejada (LEAL, 2001). O jogo, para Garganta (1995, p. 23) “deverá estar presente em todas as fases de ensino/aprendizagem, pelo fato de ser, simultaneamente, o maior fator de motivação e o melhor indicador da evolução e das limitações que os praticante vão revelando.” Isso quer dizer que, não importa o nível de aprendizagem, até para as pessoas com necessidades especiais, onde a prática esportiva, recreativa e lúdica cresce muito, o jogo e a brincadeira são muito importantes, sendo algo muito relevante para nossa disciplina, pois, segundo Freire (1989, p. 119): Essas considerações são necessárias para que as atividades de Educação Física não sejam entendidas, especialmente quando se trata de jogos, como algo descomprometido com a formação do aluno para cumprir seu papel social de criança e mais tarde, de adulto.


10 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO 2.1 – EMEIF PROF. ANTONIO CAVAGLIERI A EMEF Professor Antônio Cavaglieri fica localizada na Rua Capitulina dos Santos, nº 70, Bairro do Pavão, na zona rural de São Roque/SP, e atende aos segmentos de ensino Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II Regular, e agora também à modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de também já ter em curso o Período Integral, porém ainda não obrigatório aos alunos, ficando à vontade deles fazer as aulas normais, das 7h às 12h20, ou prosseguir até às 15h35. Possui, segundo dados disponibilizados pela própria escola, 305 alunos, 9 funcionários, 11 professores efetivos, 15 contratados, 3 efetivos que trabalham no Período Integral e 9 contratados que também trabalham no Período Integral. Em relação à área da Educação Física, a escola dispõe de uma quadra coberta, com boa iluminação, vestiários, e almoxarifado para os materiais (bolas, camisas, redes etc). E, sabendo da realidade das escolas públicas, esta instituição é uma exceção, no que diz respeito à quantidade de materiais para as aulas de Educação Física, pois com o que tem disponível, embora não seja de tamanha qualidade, é possível para o professor desenvolver as suas atividades sem problema com escassez de bolas, arcos, cordas e outros materiais desse tipo. O ambiente interno da escola é muito aprazível: está relativamente bem organizada, limpa e há disciplina. Os funcionários exercem bem suas funções. Possui bons professores, que dinamizam com o grupo, com atividades variadas, com diversos


11 materiais, já que a prefeitura incentiva e apóia, além de excursões, aulas de informática com internet disponível, prática esportiva aos finais de semana, e as oficinas do Período Integral. O diretor e a vice-diretora são muito competentes. O único iminente problema é o ambiente externo da escola, tendo em vista que a vizinhança não é muito boa e o bairro é relativamente inseguro, embora que em proporções de perigo menores.


12 2.2 – EE HORÁCIO MANLEY LANE A EE Horácio Manley Lane fica situada na Avenida João Pessoa, 556, Centro, São Roque/SP, e atualmente atende ao segmento do Ensino Médio, nas modalidades de ensino Regular e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Possui, segundo dados da própria escola, 16 funcionários efetivos, 120 professores efetivos, temporários e eventuais, dos quais 74 estão atuando, ministrando aulas para 1748 alunos, divididos em 46 salas. Com a mudança de direção e dos coordenadores em 2008, houve de lá para cá uma melhora significativa na qualidade de ensino, bem como na organização do espaço escolar de uma forma geral, e também nos aspectos disciplinares, em relação aos alunos. Tornou-se agora um compromisso dos discentes, virem com o uniforme da instituição de ensino, e os índices de evasão durante o transcorrer das aulas (dito popularmente como “matar aula”) diminuíram bastante. Porém, tratando-se da área da Educação Física, os materiais ainda são poucos, tanto é que que alguns docentes trazem seus próprios materiais, algumas vezes. E a escola dispõem de 2 quadras, sendo uma coberta e com iluminação razoável, mas ambas as duas quadras ainda deixam a desejar na suas proteções (telas), arquibancadas etc. Mas, enfim, a instituição, que por muitos anos era tida como referência em se tratando de colégio público, e que entrou em séria decadência nos últimos anos, agora vai ganhando nova cara.


13 REGÊNCIA DE AULAS 3.1 – EDUCAÇÃO INFANTIL 3.1. a – Plano de ensino: Segue anexo as sequências didáticas elaboradas para o segmento de ensino da Educação Infantil, na página seguinte:


24 3.1. b – Comentários: O grupo é pequeno, portanto, não ofereceu nenhum tipo de problema ou grandes animosidades durante as aulas, e o professor colaborou com atividades e foi bastante atencioso. Em suma, dentro dos objetivos propostos e relatados no plano de ensino para este segmento de ensino, conclui-se que estes foram alcançados, até com certa tranquilidade, pois o grupo em si colaborou para que isto acontecesse, bem como o seu professor titular e os espaços em que desenvolvemos as atividades foram relativamente bons de se trabalhar.

3.2 – ENSINO FUNDAMENTAL I 3.2. a – Plano de ensino: Segue anexo as sequências didáticas elaboradas para o segmento de ensino do Ensino Fundamental I, na página seguinte:


50 3.2. b – Comentários: Tanto nas aulas para o Ensino Fundamental I, quanto para o Ensino Fundamental II, ambos feitos na mesma escola, os grupos foram igualmente tranquilos no ministrar das aulas, e o professor deu seu apoio, orientou, sugestionou e interferiu positivamente no transcorrer das aulas. Pensando nos objetivos propostos para este segmento de ensino, igualmente conclui-se que estes foram alcançados, com uma ou outra alteração no decorrer das atividades, mas sempre focado no que foi pré-determinado como meta, e com espaço e materiais relativamente bons para a prática das atividades.

3.3 – ENSINO FUNDAMENTAL II 3.3. a – Plano de ensino: Segue anexo as sequências didáticas elaboradas para o segmento de ensino do Ensino Fundamental II, na página seguinte:


69 3.3. b – Comentários: Como já foi dito no segmento anterior, os grupos referentes ao Ensino Fundamental II foram tranquilos no cumprimento das aulas, e o professor deu seu apoio, orientou, sugestionou e interferiu positivamente no transcorrer das aulas. E, retornando aos objetivos propostos para o Ensino Fundamental II, e pensando no que é interessante e mais plausível como conteúdos em aulas para alunos desta faixa etária, faz-se dizer que foram alcançadas estas metas, com uma outra adaptação de acordo com o ano (série) que os alunos cursam, e, consequentemente, com a média de idade destes.

3.4 – ENSINO MÉDIO 3.4. a – Plano de ensino: Segue anexo as sequências didáticas elaboradas para o segmento de ensino do Ensino Médio, na página seguinte:


3.4. b – Comentários:

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De início, os alunos tiveram um pouco de resistência na prática das atividades, pois, quando já se está acostumado a uma metodologia específica, há um certo tempo com um docente, acaba-se por alguns não compreenderem muito bem aquilo que se deseja aplicar como conteúdo para aquelas aulas, mas conseguimos aplicá-las sem problemas, e também com o total apoio e consentimento do professor. Sinteticamente, podemos dizer que os objetivos propostos foram conquistados.

3.5 – EDUCAÇÃO PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 3.5. a – Plano de ensino: Segue anexo as sequências didáticas elaboradas para o segmento de ensino da Educação para Pessoas com Necessidades Especiais, na página seguinte:


3.5. b – Comentários:

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Os alunos com necessidades especiais estavam inclusos com os demais alunos da turma onde foi feito o estágio de regência da Educação Infantil, e as atividades passadas foram dadas a todos, com uma outra adaptação aos alunos com necessidades especiais. Não é fácil, quando não se tem um tempo para lidar, de forma pedagógica, com esses alunos, pois já tendo conhecimento das suas limitações, e já tendo um tempo maior no que se refere ao ensino com eles, sabe-se do que que adaptar a eles nas atividades. Mas, pelo que foi elaborado, e retomando aos objetivos propostos, acreditamos que nossas metas foram conquistadas, sem nenhum problema.


87 CONSIDERAÇÕES FINAIS Houve facilidade em conseguir dominar os grupos de alunos. Esta foi uma característica das principais no que cabe ao que foi a prática do estágio de regência nas escolas Antônio Cavaglieri e Horácio Manley Lane. Uma prova de que, dentro das instituições, os alunos já tem controle quanto à disciplina, organização e também na qualidade do ensino. Os nossos objetivos estavam intrinsecamente ligados à questão de solução de problemas e a contextualização de estratégia, tática e técnica dentro das práticas esportivas escolares, e acreditamos que estes foram alcançados em partes, pois para haver uma realização completa destes objetivos propostos no projeto, é necessário um tempo maior de convivência entre professor e aluno, e isso só é possível quando nos tornamos efetivamente o professor desses alunos. Esta modalidade de estágio de regência foi relevante para nós, discentes, e agrega sim, como um grande pré-requisito na nossa formação como professor de Educação Física, quando a escola em que se vai atuar dá todo o respaldo, e toda a segurança necessária para realizar nossas atividades, como foi o caso. Mas, os resultados foram positivos, e toda experiência é sempre válida. Tudo que aproxima, converge para a área em que se vai atuar no futuro, é relevante como base preparatória para a prática nesta área. No nosso caso, foi uma verdadeira iniciação didático-pedagógica.


88 REFERÊNCIAS FREIRE, J.B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1989, p. 75 e 119.

GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivos. In: GRAÇA, A; OLIVEIRA, J. (Orgs.). O ensino dos jogos desportivos. 2ª ed. Porto: Centro de Estudos dos Jogos Desportivos, 1995, p. 23.

KRÖGER, C; ROTH, K. Escola da bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. 2ª ed. São Paulo: Phorte, 2006.

LEAL, J.C. Futebol: arte e ofício. 2ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001

MAHLO, F. O ato tático no jogo. Lisboa: Compendium, 1968.


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