Apresentação DF

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Deficiência Física/Motora

Professor: Otávio Furtado


Definição 

Problemas osteomusculares ou neurológicos que afetam a estrutura ou a função do corpo, interferindo na motricidade. •Lesão medular •Amputações e anomalias congênitas •Distúrbios neurológicos e musculares

Como não chamar pessoas que usam próteses, orteses, muletas ou cadeira de rodas: 

Aleijado, deficiente, impedido, inábil, inválido, incapaz.


Lesão medular 

Antigamente era comum a pessoas com lesão medular, o abandono e a vida vegetativa. A expectativa de vida era baixa e muitos morriam em função de infecções e do sedentarismo.

Após 2ª GGM

antibióticos e tratamentos expectativa de vida aumenta.


A medula 

Centro para ações reflexas e canal por onde os impulsos transitam

Lesão medular   

Não há regeneração Comprometi/o das funções motoras e sensitivas Sistema nervoso autônomo     

batimentos cardíacos, regulação da temperatura, circulação, digestão, funções intestinais, urinárias e sexuais


Classificação 

Quanto a severidade: Completa  Incompleta 

Função residual, com possibilidade de retorno progressivo das funções musculares

Termos comuns Paralisia ou plegia  Paresia 


O local da lesão 

Grau de paralisia  

local da lesão nº de fibras destruídas

Prática de AF  conhecimento do nível da lesão.

Prática esportiva  estágio mais avançado de reabilitação


Aspectos quantitativos 

Coluna vertebral     

A medula espinhal: 

7 cervicais, 12 torácicos 5 lombares 5 sacrais 4-5 coccígeos 45cm comprimento, 1 cm diâmetro

Pares de nervos espinhais     

8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais 1 coccígeo


O local da lesão Até T1 – Tetra  Abaixo de T1 – Para  O mais comum – entre T12 e L1( a mais móvel) 

Paralisia bilateral de MMII,  

Manutenção de equilíbrio Força do tronco.


O local da lesão Segmento Cervical  

C1e C2 – Atlanto-Axial  Nervo frênico C3 – Restrições respiratórias 

 

C4 – Controle dos mm do pescoço e diafragma C5 – MM do pescoço e parte da musc. do ombro e bíceps com função 

Impulsão em CR independente, AF natação

C6 – Toda musculatura do ombro e extensores do punho 

AF limitada, passiva, para a manutenção da amplitude de movimento articular e boa circulação sangüínea.

Segura objeto com pouca força

C7 – C6 + tríceps, extensores e flexores dos dedos 

Segura objetos com mais força


O local da lesão Segmento Torácico 

T1 – MMSS funcional + parte superior do tronco  

T6 – Mobilidade e sensibilidade da parte superior do tronco  

Força de preensão manual normal Falta de estabilidade de tronco e função respiratória

Estabilidades e resistência respiratória Ergue objetos pesados e impulsiona a CR por longas distâncias

T12 – Funcionalidade de mm abdominais e parte inferior das costas  

Grande estabilidade de tronco e resistência respiratória Ainda em CR


O local da lesão Segmento Lombar e sacral 

L4 – caminha com auxílio de bengalas e muletas 

Quadríceps e iliopsoas funcionais + mm lombares

S1 – caminha com ou sem muleta  

Órteses no tornozelo e pés Isquiotibiais e tibiais anteriores funcionais




Incidência 12.0 10.0 8.0 6.0 4.0 1.7 2.0 0.0

9.8

permanente

4.6

3.4 0.8

0.6

Deficiência Deficiência Tetraplegia, mental

8.3

física

0.3 Falta de

paraplegia ou membro ou hemiplegia

parte dele

0.1 Deficiência

Incapaz de

visual

enxergar

1.4 Grande

0.1 Alguma

dificuldade dificuldade permanente permanente de enxergar de enxergar

3.2

2.8

Deficiência

Incapaz de

auditiva

ouvir

0.5 Grande

0.3 Alguma

dificuldade dificuldade permanente dificuldade de de ouvir

ouvir

Deficiência motora

Incapaz de

1.1 Grande

Alguma

caminhar ou dificuldade dificuldade subir escada permanente permanente de caminhar de caminhar ou subir

ou subir

escadas

escadas

Fonte: IBGE: Senso 2000


Causas 

Antigamente 

Automobilismo

Atualmente     

Armas de fogo e brancas Acidentes automobilísticos e mergulho Quedas Lesões em esporte Doenças (tumores, infecções, distúrbios vasculares)


Causas 

Principalmente entre os 18 e 25 anos

Cuidados básicos com acidentados 

Transporte


Características principais 

Transtornos associados 

Espasticidade 

Acima de T6 – tônus muscular elevado de MMII e tronco

Redução da ventilação pulmonar e infecção respiratória   

Até T2 são mais susceptíveis Fumantes EF melhora a função 

Cuidado no início de programas


Características principais 

Transtornos associados 

Termorregulação – SNA 

Disfunção do sistema de regulação térmica  

Sudorese deficitária (hipo e hipertermia) AF em condições adequadas (ventilação, hidratação e vestimentas)

Úlceras de decúbito (escaras)  

Necrose por pressão prolongada Importante - Força de MMSS para mudança de posição – erguer-se por 5´´ a cada 15-20´


Características principais 

Transtornos associados 

Incontinência urinária e distúrbio do esfíncter retal.   

Perda de controle Esvaziamento prévio da bexiga Evacuar em horários regulares

Distúrbios no retorno venoso e osteoporose    

Perda da massa óssea – absorção de cálcio Redução da contração muscular, redução do retorno venoso Lesões com quedas Movimentação passiva de MMII para retorno venoso


Aspectos morfológicos e neuromusculares  

Composição corporal Tabelas comuns são inadequadas para classificação      

Atrofia Acúmulo de gordura Perda óssea Qto > o comprometimento, >s as alterações Redução de VO2 Redução da Força 

Antebraço - propulsão


AF e Lesão medular 

Importância    

Composição corporal VO2 Força Superação de limites e barreiras impostas pela deficiência.

Atividades em cadeiras de rodas Arco e flecha Atletismo Basquete Bocha Esgrima

Atividades aquáticas  

 

Halterofilismo Hipismo Tênis Tênis de mesa Tiro

Natação Mergulho

http://www.abradecar.org.br www.cbbc.org.br/


Amputações e anomalias congênitas 

Associação com guerras

Grandes Guerras Mundiais 

Avanços nas técnicas 

Fixadores externos e microcirurgias


Causas da amputação 

2/3 problemas vasculares

Idade + avançada  diabetes 

50% amputará o outro membro em + - 5anos

Cças  mais comum má formações congênitas, infecções, traumas e neoplasias

Maior incidência em homens


A implicação da amputação 

Novo órgão de contato com o meio externo 

Coto de amputação

Raízes nervosas, sensações, membro fantasma


O local ideal da amputação O mais distal possível, com potencial de cicatrização  Manutenção da funcionalidade da musculatura restante 

Adaptação das inserções dos músculos/tendões


Anomalias congênitas 

Dois tipos 

Transversal  extremidade proximal relativamente preservada 

Amputação convencional. A utilização precoce de prótese facilita a adaptação e o desenvolvimento

Longitudinal  afeta o membro de maneira assimétrica


Tipos de anomalias congênitas 

Ausência parcial ou total de um membro  Presença

de membros com

desenvolvimento incompleto 

Hipertrofia segmentar 

Hipotrofia segmentar


Princípios que norteiam as amputações nas anomalias congênitas 

Preservação do comprimento ósseo 

Preservação da placa de crescimento 

Crescimento ósseo próximo do normal

Processo de cicatrização 

Maior funcionalidade do coto

Dor fantasma e neuromas dolorosos menores nas cças

Protetização  

Ao início da deambulação Trocas periódicas


Implicações nos programas de AF  AF – reabilitação 

Auto-percepção e percepção da sociedade

Controle da prótese

Diminuição da atrofia muscular

Aprimoramento da propriocepção


Implicações nos programas de AF 

Esporte www.abda.org.br  

Próteses mais avançadas  

Atividades aquáticas 

Versáteis Componentes hidráulicos de amortecimento Computadorizadas

Nadadeiras e palmares para o coto

Órteses

Atletismo Ciclismo Futebol de Amputados Halterofilismo Natação Tenis de Mesa




Distúrbios neurológicos e musculares - Paralisia Cerebral (PC) Definição: É um grupo de sintomas incapacitantes permanentes, resultantes de dano as áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor.  Encefalopatia Crônica da Infância  Depende do local e da magnitude do dano  Raramente afeta uma pequena parte de cérebro  Contribui para o desenvolvimento de reflexos anormais (que causam dificuldades para integrar e coordenar padrões básicos de movimento)


Características da PC 

Crises convulsivas

Distúrbios de fala e linguagem,

Comprometimento sensorial (principalmente viso-motor)

Sensibilidade e percepção anormais

Deficiência intelectual.


Causas

Rubéola Incompatibilidade de Rh Prematuridade Trauma no parto Anóxia Meningite Envenenamento Hemorragias Tumores cerebrais

Bebês prematuros tem até 5 x mais chance

       


Classificação 

Topográfica 

Segmentos do corpo afetados 

Monoplegia

Diplegia

Hemiplegia

Paraplegia

Triplegia

Quadriplegia


Classificação 

Neuromotora  

 

 

Rigidez: mm tensos e forte contração ao movto Espasticidade: aumento do tônus, reflexo de estiramento – 50-75% tipo espástico Atetose: movimentos involuntários e variação do tônus Ataxia: acomete o cerebelo – hipotonia, incoordenação, desequilíbrio Tremor: involuntário Hipotonia: atonia, frouxidão, flacidez


Estudo com 32 cças com PC a partir de 3 anos PC leve ou moderada 43,7% não possuíam déficit cognitivo 50% déficit leve de atenção

68,75% mobilidade articular inadequada

Déficits de linguagem Leve 25% Moderado 15,6%

muscular

Dificuldades de coordenação motora Leve 37,5% Moderada 56,2%

62,5% déficits moderados de força 81,2% déficit proprioceptivo 60% déficit visual 78,1% alteração respiratória leve 62,5% dificuldades na ingestão de alimentos


Motricidade 

A PC não é uma doença.... Não há cura! 

Deve-se auxiliar na amenização dos sintomas para a cça atingir seu potencial máximo de desenvolvimento

A movimentação ocorre de maneira descontrolada e insegura.

Ao auxiliar no movimento, o faça de maneira lenta para que o aluno possa se ajustar as mudanças.


Motricidade 

Os padrões básicos de movto são alcançados de forma e em tempos diferentes

Dependendo do local da lesão, o tônus pode se torna muito alto ou baixo.

O tônus é que controla nossa motricidade, então, as pessoas com PC, com dificuldades nesse domínio, tem sua movimentação desajeitada


Implicações nos programas de AF 

Estimulação precoce

Estímulos para brincar e explorar possibilidades

Progressão de atividades estáticas para dinâmicas – simples para complexo.

Esporte  

Futebol de sete http://www.aacd.org.br



Encontros internacionais são promovidos para pessoas com PC, com atletas competindo com seu pares com comprometimento similar


Referências Bibliográficas 

GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F (Org.). Atividade Física Adaptada: Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. Barueri, SP: Manole, 2005.

WINNICK, J.P. Educação física e esportes adaptados. São Paulo: Manole, 2004.

BRASILEIRO I.C., MOREIRA T.M.M. Prevalência de alterações funcionais corpóreas em crianças com paralisia cerebral, Fortaleza, Ceará, ACTA FISIATR 2008; 15(1): 37 – 41, 2006.


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