Legenda 1 - Marcas Cruciformes, R. Bernardo Xavier Freire, n.º 8. Porta. Ombreira direita, face interna. 2 - Marca Cruciforme, R. da Glória, n.º 22. Porta. Ombreira direita, face externa. 3 - Marca Cruciforme, R. da Glória, n.º 2. Porta. Ombreira direita, face interna. 4 - Marcas Cruciformes, Porta D’El Rei. Porta. Parte interior da cerca, lado direito. Ombreira direita, face interna. 5 - Outra Marca, R. de S. Vicente, n.º 58. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 6 - Marca Cruciforme, R. de S. Vicente, n.º 50. Porta. Ombreira direita, face externa. 7 - Marca Cruciforme, R. de S. Vicente, n.º 36. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 8 - Marca Cruciforme, R. de S. Vicente, n.º 21. Inserida no alçado principal. 9 - Marcas Cruciformes, Largo de S. Vicente (SMAS). Alçado lateral direito. Janela. Ombreira direita, face externa. 1.ª Porta. Ombreira direita, face externa; 2.ª Porta. Ombreira direita, face externa; 4.ª Porta. Ombreira direita, face externa; 5.ª Porta. Ombreira esquerda, face externa. 10 - Marca Cruciforme, R. da Trindade, n.º 10-A. Porta. Ombreira direita, face interna. 11 - Marcas Longitudinais, R. da Trindade, n.º 26. Porta. Ombreira direita, face interna. 12 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 22. Porta. Ombreira direita, face interna. 13 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 53. Porta. Ombreira direita, face externa. 14 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 55. Porta. Ombreira direita, face interna. 15 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 101. Porta. Ombreira direita, face externa. 16 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 111. Porta. Ombreira esquerda, face interna. 17 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 115. Porta. Ombreira direita, face externa. 18 - Marca Cruciforme, R. do Torreão, n.º 34. Porta. Ombreira direita, face externa. 19 - Marca Cruciforme, R. das Taipas, n.º 4. Porta. Ombreira esquerda, face interna. 20 - Marca Cruciforme, R. do Torreão, n.º 9. Porta. Ombreira direita, face interna. 21 - Marca Cruciforme, R. D. Sancho I, n.º 19. Porta. Ombreira direita, face externa. 22 - Marca Cruciforme, R. D. Sancho I, n.º 15. Porta. Ombreira direita, face interna. 23 - Marca Cruciforme, R. D. Sancho I, n.º 3. Porta. Ombreira direita, face externa. 24 - Marca Cruciforme, R. D. Dinis, n.º 10. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 25 - Marcas Cruciformes, R. Rui de Pina n.º 4, 6. Painel entre portas. Porta. Ombreira direita, face interna. 26 - Marcas Cruciformes, R. Rui de Pina, n.º 31. Porta. Ombreira direita, face externa e interna. Ombreira esquerda, face externa e interna. 27 - Marca Cruciforme, Largo do Passo do Biu, n.º 5. Porta. Ombreira direita, face interna. 28 - Marcas Cruciformes, Largo do Passo do Biu, n.º 3. Porta. Ombreira esquerda, face externa. Ombreira direita, face interna. 29 - Marca Cruciforme, Largo do Passo do Biu, n.º 33. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 30 - Marcas Cruciformes e Outra Marca. Av. Bombeiros Voluntários Egitanienses n.º 47/53. 1ª Porta. Ombreira esquerda, face interna. 2ª Porta. Ombreira direita, face externa. Ombreira esquerda face externa. 4ª Porta. Ombreira direita, face interna e externa. Ombreira esquerda, face interna e externa. 31 - Marcas Cruciformes, R. da Paz, n.º 12. 2ª Porta. Ombreira esquerda, face interna. 32 - Marca Cruciforme, R. da Paz, n.º 24. Porta. Ombreira direita, face interna. 33 - Marca Cruciforme, R. da Paz, n.º 19. Porta. Ombreira direita, face externa. 34 - Marcas Cruciformes, R. da Fraternidade, n.º 29, 31. Porta. Ombreira esquerda, face interna e externa. Ombreira direita, face externa. 35 - Marcas Cruciforme, R. da Fraternidade, nº. 36. Porta. Ombreira direita, face externa. Ombreira esquerda, face interna. 36 - Marca Cruciforme, R. da Torre, n.º 33. Painel entre portas. 37 - Marca Cruciforme, R. dos Clérigos, n.º 9. Porta. Ombreira esquerda, face interna. 38 - Marca Cruciforme, R. da Torre, n.º 21. Porta. Ombreira direita, face interna. 39 - Marca Cruciforme, R. Sacadura Cabral, n.º 39. Porta. Ombreira esquerda, face interna. 40 - Marcas Cruciformes, R. Sacadura Cabral, n.º 35. Porta. Ombreira direita, face externa. 41 - Marcas Cruciformes, R. Sacadura Cabral, n.º 28, 24. Porta. Ombreira direita, face externa. Porta. Ombreira esquerda, face externa e interna. Porta. Ombreira direita, face interna e externa. 42 - Marca Cruciforme, R. Sacadura Cabral, n.º 11. Porta. Ombreira direita, face externa. 43 - Marca Cruciforme, R. Dr. António Júlio, n.º 25. Porta. Ombreira direita, face externa. 44 - Marca Cruciforme, Praça Luís de Camões, n.º 36. Porta. Ombreira direita, face interna. 45 - Marcas Cruciformes, R. da Torre, n.º 3, 7. Porta. Ombreira direita, face interna. Porta. Ombreira esquerda, face interna. 46 - Marca Cruciforme, R. Tenente Valadim n.º 62. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 47 - Marca Cruciforme, R. Tenente Valadim, n.º 46. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 48 - Marca Cruciforme, Largo Dr. João D’Almeida, n.º 15. Porta. Ombreira direita, face externa. Ombreira esquerda, face externa.
Roteiro das Marcas Mágico-Religiosas
18
15
Os Cruciformes A cruz é um símbolo mágico/religioso cuja emergência no tempo é dificil de apontar com rigor mas que foi apropriada por diversas religiões mono e politeístas. O seu uso é anterior a Jesus Cristo e possui, portanto, um significado que ultrapassa a religião cristã. Ainda assim, parece não haver dúvidas de que foi o Cristianismo (após o século IV e devido ao sonho premonitório do Imperador romano Constantino), que se apoderou da Cruz como símbolo identificador da morte de Cristo crucificado. Mas, mais do que um símbolo representativo do ponto de vista religioso e católico, a marcação de uma cruz possui foros de prática quase mágica, granjeando para pessoas, espaços e artefactos a protecção do mundo sobrenatural. É possível identificar este tipo de marcas tanto em espaços rurais, como urbanos, em imóveis de arquitectura civil, religiosa e militar. Ainda que, verificando-se estas marcas fora dos centros urbanos, a existência de cruciformes gravados em ombreiras de porta e fachadas de edíficios parece ser um fenómeno maioritariamente urbano e regista-se, preferencialmente, nas zonas mais antigas e de tradição medieval das povoações. Contudo, o fenómeno não é característica exclusiva de imóveis datáveis de época medieval, identificando-se também cruzes gravadas em ombreiras de porta em edíficios cuja traça arquitectónica remete a sua construção para os séculos XVI, XVII, XVIII e XIX. Neste contexto, a gravação de uma cruz, deve ser entendida na perspectiva vasta e genérica de acto de sacralização de um espaço tido com herético, em consequência de uma ocupação anterior por membros de um credo religioso minoritário, como foram os judeus. Pode também ser interpretada como resultando da vontade ou necessidade de mostrar objectivamente a adesão a um credo religioso.
Centro Histórico da Guarda
Guia do Património
um lcuogmarVida
16 17
Marcas na Mezuzah O texto do Shemá Israel é uma das orações fundamentais do povo judaico. Constitui uma afirmação do culto monoteísta, que manda recordá-lo a cada momento da vida e procura evitar o seu esquecimento por diversas formas, nomeadamente, pelo dever do crente em escrevê-lo nas ombreiras das portas da sua casa. A obrigação de marcar na Mezuzah, palavra hebraica para ombreira de porta, a adesão ao culto monoteísta judaico, pode explicar a identificação de concavidades de cerca de 10 cm de altura e 2 de largura e outros tantos de profundidade nas ombreiras das portas, geralmente na jamba direita a cerca de 2/3 de altura a partir da soleira da porta. Estas concavidades destinavam-se a abrigar, completamente ou não, um estojo que continha no seu interior um pequeno rolo de pergaminho em que se escreviam, de forma ritual, as palavras de Dt 6,4-9 e 11,13-21, excertos de dois Livros do Antigo Testamento. Para denominar este artefacto religioso, utiliza-se comummente a designação de Mezuzah. A Mezuzah continua hoje a apresentar-se, entre outros artefactos, como um poderoso símbolo identificativo e muito comum numa casa judaica, manifestando-se não só, como o elemento material que lembra a cada família as características do seu Deus mas, simbolizando também a protecção divina dispensada por Deus à Família e Casa judaica.
19
14 13 9 12
20
11
5
10 23
8
6
22 21
7
4 3
26 25
24 2 1
31 43
32
33
42
44 41
45
38 40 39 35
37
47 46
27 28 29
30 Os Rasgos Longitudinais Este género de marcas é constituído por rasgos abertos na pedra, com uma orientação tendencialmente vertical, podendo atingir uma profundidade de 5 cm e um comprimento que pode oscilar entre os 10 e os 50 cm. Apresentam-se isoladamente, ou num conjunto de vários rasgos. Quando se registam nas ombreiras das portas parece não existir preferência pela direita ou pela esquerda, sendo o mais comum registarem-se em ambas. Verifica-se ainda que são identificáveis tanto em imóveis que tiveram um uso habitacional e artesanal, como em edifícios de arquitectura religiosa e militar. Para a explicação deste fenómeno tem sido levantada a hipótese das necessidades do trabalho artesanal e, em algumas povoações, são interpretados, pelos habitantes, como resultando da necessidade dos sapateiros afiarem as sovelas. Noutras localidades, são explicados como consequência do afiar das espadas dos soldados. Contudo, outras abordagens devem ser tidas em linha de conta, dado o tipo de imóveis em que estes se podem identificar. Assim, consideramos que, por detrás desta prática pode estar um ritual de carácter mágico/religioso continuador da velha prática hebraico/judaica de marcar nas ombreiras das portas a adesão a um culto e de, paralelamente, recolher para o interior do espaço construído alguma forma de protecção divina.
34
RIO DIZ A25
SAÍDA ALVENDRE
Centro Histórico da Guarda - Acessos
N
N16 DIRECÇÃO PINHEL
A25 ESPANHA
QUINTA DOS BENTOS BAIRRO DA LUZ
VISEU PORTO COIMBRA
PISCINAS MUNICIPAIS
COVILHÃ CAST. BRANCO LISBOA VICEG A23
Contactos Úteis Agência para a Promoção da Guarda ............................... 271 232 570 Bombeiros Voluntários da Guarda .................................... 271 222 115
48 36
a
O Urbanismo e a Arquitectura no Contexto Judaico Embora a Judiaria da Guarda não apresente grandes diferenças de traçado urbano relativamente ao restante núcleo medieval e espaço intra-muralhas, encontramos, no entanto, características que o identificam e o individualizam da restante área do Centro Histórico. A implantação dos edifícios e o traçado dos arruamentos apresentam-se com uma estrutura irregular e descontínua ladeada por uma malha medieval com um traçado mais ortogonal e racionalista. Verifica-se uma grande compactação urbana, com construção em banda. As ruas ganham um traçado irregular, sem grandes pontos de vista onde as fachadas dos imóveis criam movimento e ondulação entre os seus planos. No campo da arquitectura, podemos constatar que os imóveis possuem uma planta de base trapezoidal onde impera a sobriedade, a robustez, a escala modesta, o recorte das portas e janelas por molduras rectilíneas e o predomínio das paredes em prol dos vãos, entre os quais não existe relação. São na maioria de um ou dois pisos, em alvenaria de granito e vãos assimétricos que transmitem maior dinamismo. A sua ocupação interior distribui-se: habitação no andar superior e comércio no r/chão. A maioria das casas referenciadas possui portas com ombreiras e tosas biseladas de configuração rectilínea e em dois casos em abóbodas de berço. No respeitante aos vãos das janelas estes assumem uma dimensão pequena ou média e apresentam na maioria das vezes entre si decorações diferentes, com irregularidades, sem repetitividade e sem alinhamentos na sua distribuição, em termos de fachada. Estes imóveis possuem uma arquitectura orgânica onde a assimetria, a dissonância e a tridimensionalidade antiperspectiva é preponderante e indiscutível.
Câmara Municipal da Guarda ............................................ 271 220 220 Caminhos-de-Ferro de Portugal ........................................ 808 208 208 Centro Coordenador de Transportes ................................. 271 221 754 Centro de Recepção de Visitantes da Torre de Menagem 271 224 372 Centro de Saúde ................................................................... 271 200 800 GNR ........................................................................................ 271 222 633 Unidade Local de Saúde ...................................................... 271 200 200 Museu da Guarda ................................................................ 271 213 460 Número Nacional de Socorro ............................................. 112 Posto de Turismo .................................................................. 271 205 530 PSP ......................................................................................... 271 222 022 Táxis ....................................................................................... 271 221 863 271 221 209 271 239 163
Créditos Fotográficos Foto a - Virgem em Majestade com o Menino | Museu da Guarda | José Pessoa | Instituto dos Museus e da Conservação, I.P. Restantes fotos - Arménio Bernardo | Agência para a Promoção da Guarda