ano Xx • nº 248 julho de 2013
inclusão social O cumprimento da Lei de Cotas para deficientes é obrigação legal. Mesmo sendo um desafio para o Brasil, a contratação desses colaboradores pelo varejo farmacêutico já é uma realidade
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editorial
Igualdade desigual A Lei de Cotas, que está prestes a completar 22 anos de existência, estabelece a contratação de pessoas com deficiência, mas ainda é um desafio para empregadores e empregados no Brasil. Segundo a lei, empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a destinar de 2% a 5% das vagas aos portadores de deficiência física ou necessidades especiais. Apesar de o Brasil ter cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, apenas 25% das vagas destinadas a esse público no mercado de trabalho são preenchidas. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, pelo menos 1,2 milhão de pessoas deveriam estar empregadas. O último levantamento do órgão mostra que apenas 300 mil deficientes estão registrados em empregos com carteira assinada no País. Essa lacuna de oportunidades se dá, principalmente, por falta de capacitação profissional dos concorrentes às vagas oferecidas pelo mercado, além do preconceito e salários baixos. Apesar dos problemas e limitações, os órgãos de fiscalização têm pegado pesado. Só no último ano cerca de 1.500 empresas foram autuadas no Brasil por não se adequarem às cotas.
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-chefe Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) assistente de redação Flávia Corbó EDITORas de arte Mariana Sobral e Larissa Lapa Assistente de arte Junior B. Santos DEPARTAMENTO COMERCIAL executivas de contas Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) 4
Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe
assistentes do Comercial Juliana Guimarães e Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE assinaturas Morgana Rodrigues coordenador DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Fabíola Rocha e Cláudia Simplício ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia e Antônio Gambeta Marketing e Projetos Luciana Bandeira
Colaboradores da edição Revisão Maria Stella Valli Textos Kathlen Ramos, Marcelo de Valécio, Raquel Sena e Rodrigo Rodrigues Colunistas Fátima Merlin, Gustavo Semblano, Julio Gomes, Olegário Araújo e Silvia OSSO
Empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a destinar de 2% a 5% das vagas aos portadores de deficiência física ou necessidades especiais. O varejo farmacêutico está de olho e lança ações de treinamento e capacitação próprios
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IMPRESSÃO Abril Gráfica
Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br
capa Shutterstock
Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.
analista de marketing Lyvia Peixoto
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O varejo farmacêutico está de olho e lança ações de treinamento e capacitação próprios. Acompanhe na reportagem de capa, desta edição, iniciativas da Panvel, Raia/Drogasil e Drogaria São Paulo. A valorização do profissional farmacêutico e das farmácias como estabelecimentos de saúde sempre esteve presente nos discursos dos principais dirigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde 2009 as entidades profissionais do setor aguardam a regulamentação do artigo 6º da Lei 11.903/2009, que estabelece a criação de uma lista de medicamentos de venda “sob responsabilidade do farmacêutico”; este é outro assunto de destaque do Guia da Farmácia. Veja o debate na íntegra, sobretudo no que diz respeito ao papel que a Agência deve ter em criar este documento. Fique de olho nesses e outros assuntos como a esperada desoneração tributária dos medicamentos e os prejuízos que farmácias e drogarias podem ter com a circulação de notas falsas, roubos e furtos, além da ruptura, um dos erros mais comuns e totalmente evitável.
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sumário #248 julho 2013
58 36 > social CA P A
O cumprimento da Lei de Cotas para deficientes é obrigação legal para todas as empresas com mais de 100 funcionários. Saiba como se adequar a essa realidade inclusiva
50 > debate Instituições do setor farmacêutico pressionam governos estaduais a adotarem medidas para promover a desoneração tributária dos medicamentos
58 > negócios Empresários de primeira viagem relatam as realizações e decepções que tiveram ao ingressarem no varejo farmacêutico
70 > estrutura As entidades profissionais do setor aguardam a regulamentação do artigo 6º da Lei 11.903/2009, que estabelece a criação de uma lista de medicamentos de venda “sob responsabilidade do farmacêutico”. Veja como anda o impasse
94 > ponto de venda O Banco Central afirma que 30% dos brasileiros já receberam uma nota falsa e 17% deles repassaram a cédula adiante. Aprenda a reconhecer as falsificações e evitar prejuízos
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e mais 08 12 16 24 28 78 88 104 110
> guia on-line > entrevista > Antena Ligada > Atualizando > pesquisa > guia da farmácia responde > operacional > atualidade > gestão
Caderno Saúde 122 132 138 144
> garganta e ouvido > constipação > visão > tpm
117 150 156 162 168 174 178
> atendimento > sortimento > pele > evento – andorinha > evento – econofarma > sempre em dia > serviços
colunas 48
> Varejo Silvia Osso 68 > Cenário Olegário Araujo 83 > competitividade Fátima Merlin 86 > consultor jurídico Gustavo Semblano 103 > Estratégia Julio Augusto Mello Gomes
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gu ia on- l i ne www.guiadafarmacia.com.br Informações exclusivas na internet AL
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fique atento Confira dicas básicas para identificar atitudes suspeitas dentro de uma loja para poder agir mais rapidamente
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o que rola nas redes sociais
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Johnson & Johnson faz recall de pílula anticoncepcional
maioria dos novos medicamentos não tem efeito terapêutico
sua opinião é muito importante para nós Para fazer elogios, críticas ou dar sugestões ao Guia da Farmácia, escreva para a redação: Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 ou ligia@contento.com.br. Queremos saber o que você pensa!
em busca de orientação e esclarecimento de dúvidas
Me chamo João Paulo e sou farmacêutico da principal rede de drogarias do País, a Raia/Drogasil. Primeiramente, gostaria deixar aqui minha admiração pelo trabalho da colunista Silvia Osso. Na maioria das vezes leio seus artigos no Guia da Farmácia. Sempre me ajudam, podem ter certeza! Bem, preciso de uma orientação em relação ao trabalho do farmacêutico quando há uma gerência (às vezes, não ativa), que ainda não permite algumas autonomias. Como nós, farmacêuticos, podemos contribuir para melhoria das vendas sem deixar de fazer nossas funções? João Montini, em e-mail enviado à colunista Silvia Osso
atendimento em primeiro lugar Anvisa estuda ampliar registro de fitoterápicos no brasil
anvisa suspende dois medicamentos por irregularidades
Sou Fatima Bassetti, gerente da Rede Farma 100, pósgraduada em marketing. Concordo plenamente que todo farmacista tem de ter um padrão de atendimento, mas sempre deve superar as expectativas dos clientes. O público brasileiro está mudando de comportamento e faixa etária. Precisa-se de adequação para atendê-lo. Temos de nos preparar para as mudanças que estão por vir. Além do atendimento, o espaço físico merece ser repensado para os clientes de maior idade. O cliente que vai à farmácia quer receber o melhor tratamento, explicações claras, atenção especial, cuidados contínuos. Fatima Bassetti, gerente da Rede Farma100, em resposta à coluna Atendimento Nota 10, de Silvia Osso, publicada no Portal do Guia da Farmácia
Obs.: Os leitores já obtiveram respostas personalizadas pelos consultores e pela equipe de reportagem do Guia da Farmácia
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Qualidade francesa,
competência brasileira Líder mundial na fabricação e venda de medicamentos homeopáticos, a Boiron aposta no bom momento econômico brasileiro
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Por lígia favoretto
A Boiron encerrou o primeiro trimestre de 2013 com um crescimento de 49% no faturamento de suas operações no Brasil. Ao longo de janeiro, fevereiro e março, alavancou o faturamento global com 22,4% de crescimento em suas vendas, o que corresponde a 158 milhões de euros no primeiro trimestre de 2013. No ano passado, a Boiron fechou o faturamento anual mundial em 566 milhões de euros. Para falar com exclusividade sobre a importância do Brasil para os negócios do Grupo, a francesa Valérie Poinsot, 44 anos, graduada em marketing e administração, hoje diretora-geral do Grupo Boiron, que tem sede na França e onde atua há mais de 13 anos, recebeu o Guia da Farmácia. Ela fala francês e contou com a tradução de Ricardo Ferreira, diretor-geral da Boiron para o Brasil. A empresa tem um portfólio de mais de 250 medicamentos e três mil substâncias unitárias registradas, produtos líderes em vendas em vários países, como França e Estados Unidos. No Brasil um dos motivos para esse aumento foi o impacto da forte epidemia gripal no hemisfério norte durante esse período, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Na França, país sede do laboratório, o crescimento foi de 13,6%. Em toda a Europa, excluindo a França, o crescimento no consumo dos produtos da Boiron chegou a 30%, e nos EUA esse número atingiu a casa dos 51,3% no primeiro trimestre de 2013.
Guia da Farmácia • Em 2012, a Boiron teve um crescimento global de 8,2%, sendo que na filial brasileira esse crescimento foi de 70% (maior crescimento do grupo). Qual a importância do Brasil para os negócios da Boiron? Valérie Poinsot • O Brasil é muito importante para a Boiron. A Boiron já investiu mais de 30 milhões de reais na filial brasileira. É o maior investimento do Grupo no mundo. Em nível profissional, foi um médico de Lion, cidade da França, que trouxe a homeopatia para o Brasil. Economicamente falando, o Brasil é um dos países mais importantes para o equilíbrio mundial. E no que diz respeito à homeopatia propriamente dita, ela tem forte expressão. É uma especialidade de importância, não como na Europa e nos Estados Unidos, mas é uma especialidade que abre muitas oportunidades. Muitos médicos brasileiros estiveram na França e aprenderam a falar francês para estudar e pôr em prática a homeopatia. Apesar das dificuldades e das particularidades internas, estamos em um bom momento, pois hoje o Brasil é muito importante para o equilíbrio econômico do mundo. É pacífico, não há terrorismo, ele contribui do ponto de vista positivo à paz mundial. 2013 julho guia da farmácia
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Guia • Por que a homeopatia tem se tornado tão importante em comparação aos medicamentos alopáticos? Valérie • A homeopatia tem uma razão de destino. Ela está no mercado há 250 anos, antes de Pasteur e as descobertas na alopatia mais recentes. A aspirina, por exemplo, tem 100 anos de mercado. Os consumidores sabem que podem tratar de forma eficaz sem efeitos secundários. O mundo está no final dos extremos, sou a favor dos medicamentos alopáticos, como no caso das morfinas e antibióticos, e até mesmo a quimioterapia, mas é preciso, cada vez mais, que a alopatia e a homeopatia trabalhem em conjunto, sejam complementares e o consumidor tem consciência disso. Um exemplo pragmático e muito interessante no caso da oncologia é que os pacientes procuram os médicos para tratar os efeitos colaterais da quimioterapia com homeopatia. Não se trata de uma alternativa, mas de uma necessidade, elas se complementam, a Homeopatia ajuda o paciente a suportar melhor o tratamento. Guia • Podemos esperar medicamentos homeopáticos para doenças graves e complexas como o câncer? Valérie • O que se sabe, de fato, é que quando a homeopatia foi criada, anos atrás, destinou-se a patologias pesadas como cólera, peste, sífilis. Se pensarmos na evolução do tratamento do câncer, ao longo de toda a história, desde o tempo dos egípcios, pode ser tratado com cirurgia, depois radioterapia, quimioterapia, genética, nanotecnologia e agora há o suporte da homeopatia, portanto, o futuro está em contínua evolução. Guia • De que forma a Boiron atua com esses profissionais para aumentar o conhecimento? Valérie • É um trabalho a longo prazo; desde já temos equipes no terreno, que visitam os pontos de venda e contamos com a mídia especializada, como o Guia da Farmácia, para que as informações cheguem de forma mais eficaz até eles, pois acabam levando conteúdo para avançar a farmácia e avançar o próprio médico. No Brasil, a Boiron já está presente em 90% das farmácias em São Paulo e 60% das farmácias no Rio de Janeiro. Além disso, seus produtos são comercializados em todos os estados. Guia • Existe a expectativa de aumentar a vinda de novos produtos para o Brasil? Valérie • No Brasil, a empresa comercializa três medicamentos que podem ser encontrados em todas as farmácias e drogarias do País. Só em 2012, o Oscillicoccinum 200K, indicado como auxiliar na prevenção e tratamento dos estados gripais, registrou um crescimento de 55%, e o Sédatif PC, que auxilia no tratamento da ansiedade e distúrbios do 14
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sono, um crescimento de 40%. O outro medicamento, Stodal, auxiliar no tratamento da tosse, apresentou 56% de crescimento no último ano. Em outros países há mais medicamentos, mas também lá estão há 20, 30 anos. Para nós não é uma questão de quantidade, é uma questão de boa adequação entre necessidades do consumidor brasileiro e o mercado. Guia • Como as necessidades do consumidor brasileiro são identificadas? Valérie • Há patologias que são comuns no mundo inteiro, no caso dos antigripais existem poucas alternativas, no caso dos antitussígenos, xaropes, também existem poucas alternativas e no caso, inclusive, dos ansiolíticos, não existem alternativas sem efeitos secundários. As alternativas alopáticas que existem são muito agressivas. Em outros países temos usos unitários, um princípio ativo só, medicamentos únicos em glóbulo. Isso não existe no Brasil ainda, pois as farmácias de manipulação já os produzem, só lançaremos no Brasil quando essa necessidade for indicada. Guia • Existe a previsão da chegada de algum outro produto em breve? Valérie • Vários produtos estão na fila de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todos são fabricados em Lion, na França, para garantia de um alto nível de qualidade. Guia • A aprovação comercial dos medicamentos é mais difícil no Brasil? Valérie • No início não, mas nos últimos anos sim. Globalmente cada país tem a sua particularidade. Guia • Quem é o consumidor de homeopatia no Brasil atualmente? Valérie • Depende muito de país para país, mas globalmente mais mulheres. Elas são a ministra da Saúde da família, portanto têm uma capacidade maior de comprar e oferecer a todos os membros. Guia • Quais os principais avanços e o que ainda é um desafio para a homeopatia? Valérie • Compreender como funciona a homeopatia, este é o primeiro grande desafio, e acredito que todas as indústrias terão medicamentos homeopáticos para podermos melhor utilizá-la. E estamos muito próximos disso, avançamos muito. Numa escala tecnológica de zero a dez, atingimos oito. O principal desafio é fazer com que os médicos e os farmacêuticos estejam mais abertos à especialidade.
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cenário otimista
O bom desempenho do setor farmacêutico impulsiona o investimento em pesquisa de novos medicamentos, ampliação de fábricas, além da criação de novas ferramentas de gestão
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Investimento em larga escala
O presidente da multinacional farmacêutica Novartis, Adib Jacob, revelou que a empresa destina, em média, US$ 10 bilhões ao ano em pesquisas. Este montante no Brasil equivale, segundo o executivo, a 20% das vendas totais da empresa que lança, anualmente, de oito a 10 produtos no País. Ainda de acordo com Adib Jacob, a Novartis tem, mundialmente, cerca de 200 projetos em testes; o tempo para lançar um novo produto pode chegar a 10 anos e somar investimentos De até US$ 2 bi. • www.novartis.com.br 16
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Aquisição bilionária
A AstraZeneca anunciou a compra da companhia americana especializada em medicamentos respiratórios Pearl Therapeutics por cerca de US$ 1,15 bilhão. A compra da Pearl, com sede na Califórnia, preencherá uma lacuna no portfólio respiratório da AstraZeneca, embora ela ainda fique atrás de rivais como GlaxoSmithKline e Novartis, na corrida para desenvolver o novo tipo de droga inalada. • www.astrazeneca.com • www.pearltherapeutics.com
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Informação on-line
O laboratório Teuto/Pfizer apresenta um novo “Espaço Farmacêutico”, com um design ainda mais atraente e mais ferramentas. O site é destinado a profissionais do segmento e oferece conteúdos exclusivos, como notícias, vídeos 3D, promoções on-line, fóruns de discussão sobre diversos temas, uma lista completa de medicamentos da companhia e entretenimento. O objetivo é fazer do ‘Espaço Farmacêutico’ uma referência para os profissionais de farmácia, em todo o País. • www.espacofarmaceutico.com.br • www.teuto.com.br Guia de Farmácia.pdf 1 27/05/2013 10:15:54
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Os produtos da linha Vitgold, de acordo com a determinação da ANVISA (RDC-44/2009), são registrados na classe de alimentos começando com os numerais 4, 5 e/ou 6, portanto, podem ficar expostos no autoatendimento das farmácias e drogarias ao alcance do consumidor, ao contrário dos medicamentos.
PREFIXO ANVISA 1 Medicamentos 2 Cosméticos 3 Saneantes 4,5 ou 6 Alimentos 1 ou 8 Produtos para Saúde
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DISPONÍVEIS NAS PRINCIPAIS REDES DE FARMÁCIAS, DROGARIAS E LOJAS DE PRODUTOS NATURAIS. Gestantes, nutrizes e crianças até 3 (três) anos, somente devem consumir estes produtos sob orientação do nutricionista ou médico. Consumir os produtos conforme a ingestão diária constante na embalagem. NÃO CONTÉM GLÚTEN * Óleo de Prímula Reg. M.S. Nº 6.2002.0009.001-7; Ômega 3 Reg. M.S. Nº 6.2002.0005.001-5; Óleo de Alho 1500mg, Alho Odor Less 1000mg e 500mg Reg. M.S. Nº 6.2002.0007.001-6; Gelatina Reg. M.S. Nº 6.2002.0006.001-0; Licopeno Reg. M.S. Nº 6.2002.0016.001-5. Todos os outros produtos são isentos da obrigatoriedade de registro conforme (RDC nº 27/2010).
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Iniciativa saudável
A Medley está realizando a “Caravana dos Genéricos”, com a intenção de ficar mais próxima do seu público-alvo. Esse projeto consiste em promover gratuitamente, em algumas praças do País, avaliações clínicas (testes de glicemia) e exames físicos (pressão arterial, peso, altura e IMC), além de apresentar um filme em 3D sobre o conceito dos medicamentos genéricos e suas vantagens. • www.medley.com.br
Recall de pílula
A Johnson & Johnson convocou recall voluntário de cerca de 32 milhões de embalagens da pílula anticoncepcional Cilest na Europa, Ásia e América Latina, porque um ingrediente ativo da droga não atingiu uma “especificação definida” em um teste de rotina interno. Segundo informações da mídia, os testes mostraram que um dos dois hormônios no Cilest estava sendo liberado mais lentamente do que o pretendido. A pílula está disponível em 43 países, mas não é vendida nos EUA. • www.jnjbrasil.com.br
Sem prescrição Aproximadamente 20% dos brasileiros consomem medicamento controlado (tarja preta ou vermelha) sem receita médica, segundo dados de uma pesquisa do Instituto de Pós-graduação para Farmacêuticos (ICTQ), em parceria com o Datafolha. O relatório indica também que o comércio indiscriminado de medicamentos é maior em Fortaleza (38%), Goiânia (33%), Rio de Janeiro (25%), Salvador (25%), Curitiba (24%) e Belém (24%). • www.ictq.com.br • http://datafolha.folha.uol.com.br
Prejuízo alto
O vice-presidente do Grupo Assa, consultoria empresarial com a vertical saúde estruturada por indústria farmacêutica, dispositivos médicos e seguradoras, Ariel Capone, afirma que há cerca de 15 bilhões de medicamentos falsos no mundo. O número representa para a indústria farmacêutica perda anual de US$ 2 bilhões. De acordo com o executivo, isto significa que 15% dos medicamentos que são comprados mundialmente podem ser falsos. Estima-se que o valor de todas as drogas adulteradas ou falsificadas em circulação supera US$ 75 bilhões por ano no mundo. • www.grupoassa.com 18
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Trabalho reconhecido
A DHL Supply Chain ganhou, pela oitava vez consecutiva, o Prêmio Sindusfarma de Qualidade na categoria Armazenagem e Distribuição de Medicamentos. A escolha dos vencedores ocorreu após um processo de votação em que as indústrias farmacêuticas apontaram os melhores fornecedores em 27 categorias, divididas em Máquinas e Equipamentos, Prestadores de Serviço, Matérias-primas e Material de Embalagem. A apuração dos votos foi validada pela Fundação Instituto de Pesquisas Farmacêuticas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FIPFARMA). • www.dhl.com.br
Novo medicamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação de Perjeta (pertuzumabe) para o tratamento de câncer de mama metastático HER2 positivo, uma forma particularmente agressiva de câncer de mama, que representa um quarto do total de casos de tumores na mama. O medicamento foi aprovado em combinação com Herceptin (trastuzumabe) e docetaxel para pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado HER2 positivo, sem tratamento prévio para a doença metastática. • www.anvisa.gov.br
Luta conjunta
A deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB) criou a Frente Parlamentar para Desoneração Tributária de Medicamentos na Assembleia Legislativa de São Paulo. A iniciativa conta com o apoio de diversas entidades do setor farmacêutico. Os medicamentos representam 61% dos gastos para as famílias brasileiras de baixa renda. Já as despesas com saúde aparecem em terceiro lugar entre os gastos familiares, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). • www.al.sp.gov.br • www.ibge.gov.br
Pensando à frente
A meta da Rede de Farmácias Pague Menos é de, nos próximos quatro anos, chegar a mil estabelecimentos no País. A partir daí, o presidente do grupo, Deusmar Queirós, pretende expandir seus negócios no exterior, iniciando pelos Estados Unidos. Mas antes de ingressar no mercado externo, Deusmar diz que irá lançar ações da empresa na Bolsa de Valores, o que, segundo ele, deve acontecer nos próximos dois anos. • www.paguemenos.com.br 2013 julho guia da farmácia
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Expectativa otimista
A Estação Aduaneira de Sorocaba (Eadi Aurora), situada no interior de São Paulo, tem a expectativa de dobrar a atuação na área de armazenamento de insumos para a indústria farmacêutica e de produtos médicos, devido à expansão do setor de saúde e à presença de empresas produtoras de medicamentos, equipamentos, aparelhos e maquinários médicos na região. Também chamada de Porto Seco, a empresa aguarda um crescimento de 20% em 2013 com relação ao ano passado. • www.eadiaurora.com.br
Imposto zero Teste suspenso
O grupo farmacêutico americano Merck anunciou o fim dos testes clínicos com o Preladenant, um medicamento com potencial para tratar o mal de Parkinson, diante de resultados abaixo do esperado. Merck destaca que um estudo de dados provenientes de três testes diferentes de fase 3 – o último passo antes da comercialização –, não proporcionou evidência da efetividade do Preladenant em relação ao placebo. • www.merck.com.br
Sete medicamentos utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS), e sem concorrentes fabricados no Brasil, tiveram o Imposto de Importação zerado, após decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex). De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a diminuição das tarifas vai contribuir para a redução das despesas do SUS, porque os medicamentos são caros e provocam grande impacto no orçamento do Ministério da Saúde. A medida abrange três medicamentos usados no tratamento da artrite reumatoide, hepatite C e de hemofílicos. • www.saude.gov.br • www.camex.gov.br
Preço salgado O recente reajuste de até 6,31% autorizado pelo governo federal renovou a batalha do consumidor brasileiro pela economia na compra de medicamentos. O pesquisador de preços de medicamentos Cliquefarma registrou um aumento de consultas de 10% em maio. As diferenças de valores entre as farmácias podem chegar a até 155% para o mesmo produto. Segundo o índice de inflação IPC-Fipe, a cesta de produtos e serviços relacionados à saúde foi uma das que mais puxaram o custo de vida para cima. • www.cliquefarma.com.br 20
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Combate ao câncer
A Roche divulgou os resultados finais do estudo de fase III AVAglio, em pacientes com diagnóstico recente de glioblastoma, forma mais comum e agressiva do câncer de cérebro. Os resultados finais confirmaram que os pacientes tratados com bevacizumabe, mais radioterapia e quimioterapia com temozolomida, tiveram melhora significativa da sobrevida livre de progressão com redução de 36% do risco de piora do glioblastoma ou de morte. • www.roche.com.br
Negociação de porte
A qualquer idade
Os Estados Unidos decidiram permitir a venda da pílula do dia seguinte para meninas de qualquer idade, suspendendo a restrição da comercialização do medicamento que só podia ser adquirido sem receita a partir dos 15 anos. Trata-se de uma importante mudança na política de saúde do governo americano, que vinha enfrentando há mais de dez anos uma batalha judicial para manter o acesso à pílula restrito. •www.fda.gov
A Valeant, grupo de produtos farmacêuticos especiais sediado nas Ilhas Bermudas, anunciou a compra, por US$ 8,7 bilhões, da empresa de produtos oftalmológicos de capital fechado americana Bausch & Lomb. O negócio criará uma empresa com uma receita líquida de mais de US$ 3,5 bilhões em 2013. A aquisição é a maior de cerca de 60 negócios desse gênero efetuados desde que o executivo Michael Pearson assumiu a Valeant, cinco anos atrás, impulsionando significativamente o preço das ações do grupo. • www.valeant.com.br • www.bausch.com.br
Implantação de farmácias
Municípios de extrema pobreza interessados em fortalecer o uso racional e a qualidade do acesso a medicamentos da atenção básica já podem se inscrever no Eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica – QualifarSUS. O Ministério da Saúde vai selecionar mais 453 municípios que serão beneficiados com R$ 17 milhões, ao todo. O recurso deve ser investido em equipamentos, contratação de pessoal e mobiliário das Centrais de Abastecimento Farmacêutico e das farmácias nas Unidades Básicas de Saúde. • www.saude.gov.br 2013 julho guia da farmácia
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atualizando
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Hábitos de consumo Os medicamentos são o principal agente tóxico no Brasil. Todos eles oferecem riscos a quem os consome. O limite entre o terapêutico e o tóxico está na dose P o r l í g i a fav o r etto
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Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que cerca de 27 mil casos de intoxicação por medicamento são registrados todos os anos no País. Os maiores índices são os de acidente individual (cerca de 9 mil) e tentativa de suicídio (11 mil casos aproximadamente). A coordenadora do Sinitox, Dra. Rosany Bochner, explica que a apuração desses dados é difícil de ser feita porque só são computados quando há atendimento hospitalar ou quando o cidadão recorre aos foto: shutterstock
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centros de informação e assistência toxicológicas e, na maioria das vezes, o indivíduo não relata o que de fato aconteceu, por vergonha. A automedicação preocupa entidades e profissionais da saúde. O consumo errado ou exagerado de medicamentos pode acontecer também por indicação familiar ou de amigos. Há ainda casos em que as próprias farmácias fazem promoções do tipo leve 4 pague 3. “O usuário é muito sugestionado, ele se esquece de que aquele medicamento foi usado e fez bem para um indivíduo que não é ele.” O vice-presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, é enfático, e discorda. “As propagandas, normalmente, são de produtos de uso contínuo, não de MIPs, já que com o MIP existe a guerra de preços. A pessoa vai levar aquele em que confia mais. Não é porque artistas famosos dizem usar que as pessoas vão sair comprando; ninguém toma MIP para prevenir alguma coisa que ainda não aconteceu. A propaganda influencia sim um comprador, quando este comprador tem o problema”, pontua. Mussolini afirma que ninguém compra medicamento se não precisa dele. “Uma pessoa só compra um antiácido, por exemplo, se está com azia ou queimação. Achar que, como no supermercado, a população compra medicamento para fazer estoque é um equívoco.”
Perfil dos Consumidores de Medicamentos no Brasil, feito pelo Datafolha/ICTQ – Pós-graduação para Farmacêuticos, 74% das pessoas buscam auxílio principalmente de um médico em caso de reação causada por medicamento. Hospital fica em segundo lugar, com 29%, e o profissional farmacêutico aparece em terceiro lugar, com 12%. Dos 74% que procuram um médico, 80% têm 60 anos de idade, ou mais, e são pertencentes à classe A. A diretora de pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade Industrial (ICTQ), Thaís Bueno, explica que o estudo buscou apreender apenas o comportamento do consumidor diante de uma reação adversa com medicamento, sendo de suma importância elucidar a diferença entre intoxicação e reação adversa. Segundo ela, intoxicação é o efeito nocivo causado por um medicamento quando administrado em dose superior à indicada, sem prescrição, ou por engano, podendo enquadrar-se aqui os usos como: acidental terapêutico, voluntário (tentativa de suicídio), agressão (homicídio), dentre outros. Já a reação adversa é descrita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas, ou seja, quando o medicamento correto é administrado de forma adequada e percebe-se reações associadas ao seu uso. “A busca pelo médico se mostra em destaque nos índices obtidos pela pesquisa, sendo este um fator de origem cultural entre os consumidores brasileiros, pois o médico é uma dentre as várias opções de notificação existentes. Esta notificação pode ser encaminhada tanto a profissionais da saúde, farmácias notificadoras, hospitais, SAC das indústrias, quanto feita pela população em geral em canais como o site da Anvisa.” A pesquisadora diz ainda que essa notificação consiste na comunicação do paciente junto ao médico ou unidade notificadora, relatando o efeito indesejado após o uso de produtos classificados como: medicamentos, produtos para saúde, cosméticos, saneantes, derivados do sangue, entre outros. “Este é um procedimento
A busca pelo médico se mostra em destaque nos índices obtidos pela pesquisa, sendo este um fator de origem cultural entre os consumidores brasileiros, pois o médico é uma dentre as várias opções de notificação existentes De acordo com o executivo, quem se intoxica quer se intoxicar, toma de forma consciente, para tentar o suicídio, ou erra e toma nos horários errados e em doses erradas. Segundo ele, a decisão da compra está nas mãos de um interventor, que acaba oferecendo um produto mais rentável para a comissão dele. A essência é a participação da população, quando o produto vai para atrás do balcão, perde-se isso.
Comportamento apurado De acordo com o Primeiro Levantamento Nacional do 30
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onde o brasileiro busca auxílio em caso de reações adversas
D/E
Não Trabalha
75
C
Trabalha
70
B
Superior
76
A
Médio
De 26 a 40 anos
72
Atividade Remunerada
Fundamental
De 18 a 25 anos
74
Escolaridade
60 anos ou mais
Feminino
Médico (%)
Classe
De 41 a 59 anos
A busca pelo médico em caso de reação adversa do medicamento é maior entre os de 60 anos ou mais na classe A
Masculino
Idade
Total
Sexo
74
80
83
74
74
75
74
74
75
74
76
Hospital (%)
29
29
30
36
30
27
23
29
29
30
27
26
30
32
29
29
Farmacêutico (%)
12
14
10
12
12
10
12
10
11
13
9
12
10
12
12
11
Anvisa (%)
6
6
5
8
6
5
5
9
8
5
1
2
7
10
6
6
SAC da empresa que produziu o medicamento (%)
5
5
5
3
8
6
1
3
7
4
3
2
5
9
6
3
Ninguém (%)
1
1
1
1
-
2
2
-
1
1
3
2
1
1
1
1
884
325
566
490
230
69
618
788
136
536
722
353
1.126
484
Base
1.611 727
Fonte: Datafolha/ICTQ – Pós-Graduação para Farmacêuticos
de fundamental importância, pois torna possível a criação de um banco de dados com informações técnicas sobre a segurança e eficácia de produtos farmacêuticos, informações estas que devem subsidiar as ações regulatórias no mercado brasileiro tais como: revalidação de registros de produtos e certificação de Boas Práticas de Fabricação de Produtos, publicação de alertas, retirada de produtos do mercado e inspeções em empresas, assim como procedimentos do setor regulador para redução de risco sanitário nas investigações de agravos.” Thaís comenta que é importante salientar que também podem ser notificadas a ausência ou a redução da resposta terapêutica esperada de um medicamento, sob as condições de uso prescritas ou indicadas em bula; alterações físico-químicas e organolépticas, adulterações, falsificações, problemas de rotulagem e de embalagem, entre outras.
Papel do farmacêutico O farmacêutico é o profissional que está na linha de frente nos tratamentos, na última etapa de acesso aos medicamentos. Por este motivo, sua contribuição na garantia da ação terapêutica do medicamento no organismo do paciente é fundamental. Para o farmacêutico e secretário-geral do Conselho Re32
gional de Farmácia de Pernambuco (CRF-PE), Eugênio Muniz, o farmacêutico é quem esclarece as últimas dúvidas do paciente, é quem indica o meio de administração e o principal: é quem presta o esclarecimento das ações terapêuticas-fins, desejadas, e as adversas, indesejadas, que determinam e sinalizam ao paciente o momento de suspender o uso da droga, se seus efeitos não estiverem sendo benignos. “Quando ocorrem casos de suspensão do uso da droga por efeitos indesejados, o farmacêutico, quando procurado, deve realizar junto ao paciente uma anamnese, a fim de orientá-lo quanto à suspensão imediata do medicamento e retorno ao médico prescritor, ou para direcioná-lo imediatamente à emergência dependendo da gravidade do caso. A partir disto, é responsabilidade do farmacêutico notificar os órgãos reguladores.” Muniz enfatiza que a busca pelo profissional farmacêutico normalmente ocorre em farmácias comunitárias. Nestes casos é importante que o profissional tenha uma sala para atendimento reservado, com um ambiente que possibilite coletar o máximo de informações para a partir de então prestar a melhor orientação ao paciente.
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Os profissionais devem ter a percepção da linguagem mais adequada para conversar com o público, já que grande parte da população brasileira não é alfabetizada. É importante que a informação fique sedimentada na mente do usuário; ele não pode sair pior do que entrou Também existe um canal relevante em algumas farmácias e drogarias chamado de SAF (Serviço de Assistência Farmacêutica), como nos SACs das indústrias. Este canal possui um profissional habilitado à disposição de pacientes para esclarecer dúvidas e efetivar as devidas orientações. “Acredito que a busca de ajuda nesses casos está diretamente relacionada às reações adversas impostas pelo medicamento e não pelo grau de instrução educacional. Nos pacientes com um nível educacional melhor observam-se mais questionamentos antes da aquisição da droga, prevenindo-se tais efeitos, contudo, com os sintomas adversos instaurados no organismo, a busca pelo médico ou farmacêutico é certa e imediata para todas as pessoas – independentemente da classe social ou escolaridade.” Segundo Muniz, a busca de ajuda é de grande importância individual e coletiva para o paciente. “Quando sinalizamos o individual, queremos destacar a não continuidade do tratamento, a substituição por outros princípios ativos e principalmente pela preservação da homeostase do organismo. Quando sinalizamos o coletivo, queremos destacar a importância da farmacovigilância que ajuda no desenvolvimento da pesquisa clínica dos medicamentos comercializados e dá subsídios às agências reguladoras quanto à permanência de tais medicamentos no mercado.” O risco que um paciente corre, a partir de uma intoxicação, são diversos. Em alguns casos, ele pode desenvolver outras patologias, e o seu quadro clínico agravar-se quando não ocorre a suspensão e substituição do tratamento. Em casos mais extremos, o paciente pode até morrer. Ele lembra que a fácil acessibilidade, a generosidade do marketing, a dificuldade de atendimento médico facilitam e garantem o sucesso da automedicação.
Controle e atendimento A população vai ao médico e sai com dúvidas. Por timidez, não consegue esclarecer tudo, não conta se faz uso de plantas medicinais, de tratamentos alternativos, ou não diz se está usando outros medicamentos no momento, assim as possíveis interações não são identificadas. “Neste ponto, 34
a posição do profissional farmacêutico deverá ser mais exigida. Com a revisão de receitas, muitos problemas são minimizados em um único atendimento. O profissional deve informar se um medicamento pode ser tomado com outro, se não é indicado para determinada faixa etária e assim por diante”, diz a Dra. Rosany, do Sinitox. A farmacêutica responsável pela Farmácia Escola, do departamento de Farmácia da Univerdisade de São Paulo (USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti, acredita que a maioria dos casos de intoxicação ou ineficácia nos tratamentos acontece por falta de conhecimento. Segundo ela, a população brasileira não conhece o próprio corpo. Falta informação básica em relação à saúde. “As pessoas não têm a menor noção de uso de medicamentos, não sabem nem identificar a via de administração correta, o que gera problema. Os farmacêuticos devem ser educadores, caso contrário não conseguiremos melhorar os resultados de atendimento da população e administração de medicamentos.”Ela lembra de um fato curioso: “certa vez, um paciente não conseguia engoliar o comprimido, ele tirou todos da cartela, triturou, misturou com água e tomou como se fosse um xarope. Este problema poderia ter sido resolvido com uma substituição de fórmula farmacêutica de sólida para líquida.” Os profissionais devem ter a percepção da linguagem mais adequada para conversar com o público, já que grande parte da população brasileira não é alfabetizada. “É importante que a informação fique sedimentada na mente do usuário; ele não pode sair pior do que entrou”, esclarece Maria Aparecida. A farmacêutica diz que o paciente não tem de ser sempre paciente; ele precisa ser ativo. “A recuperação da saúde envolve múltiplas pessoas e o paciente é uma dessas pessoas. O farmacêutico deve inseri-lo como participante ativo desse processo.”
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é preciso Cumprimento da Lei de Cotas para deficientes é obrigação legal para todas as empresas com mais de 100 funcionários e pode gerar multa. Saiba qual o valor e onde buscar profissionais para se adequar a essa realidade P o r r o d r ig o r o dr i g u es 36
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Prestes a completar 22 anos de existência, a Lei de Cotas, que estabelece a contratação de pessoas com deficiência, ainda é um desafio para empregadores e empregados no Brasil. Segundo a lei, empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a destinar de 2% a 5% das vagas aos portadores de deficiência física ou necessidades especiais. Apesar de o Brasil ter cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, fotos: shutterstock/divulgação/felipe mariano
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Em pelo menos cinco lojas da rede Panvel, há dois massoterapeutas cegos, que oferecem 20 minutos de massagem para os clientes que comprarem mais de R$ 30,00
segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 13 milhões são deficientes físicos –, apenas 25% das vagas destinadas a esse público no mercado de trabalho são preenchidas. Os motivos são os mais variados: falta de qualificação, dificuldade de mobilidade dos empregados nos centros urbanos, falta de informação, preconceito, baixos salários e até medo dos deficientes de perder os benefícios dados pelo governo. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, pelo menos 1,2 milhão de pessoas deveriam estar empregadas no Brasil em virtude da Lei de Cotas. Mas o último levantamento do órgão mostra que apenas 300 mil deficientes estão registrados em empregos com carteira assinada no País. Segundo a coordenadora de RH do grupo Dimed/Panvel/Lifar, Vivian Stumpf Faria Correa, essa lacuna de oportunidades se dá, principalmente, por falta de capacitação profissional dos concorrentes às vagas oferecidas pelo mercado. “Mui-
tos deficientes têm nível de escolaridade baixo em virtude da incapacidade que tiveram no passado de frequentar um curso regular, justamente por conta da limitação”, justifica. O preconceito e os baixos salários são apontados pela coordenadora do Serviço de Orientação e Empregabilidade da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Cristina Masiero, também como fator determinante para o baixo preenchimento das vagas existentes no mercado. “Muitas empresas ainda enxergam o deficiente como mão de obra barata, que serve apenas para cumprir uma formalidade da lei. Isso gera preconceito no ambiente de trabalho, onde esses empregados não são bem aceitos e são subestimados. Os salários são os mais baixos na escala hierárquica, o que gera também muita troca entre aqueles que já estão empregados”, destaca. 2013 julho guia da farmácia
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Daniella Aparecida Lamin, 26 anos, trabalha no suporte técnico da Raia/Drogasil há sete anos. Ela é portadora da Síndrome de Down
desafios presentes Apesar dos problemas e limitações do mercado, os órgãos de fiscalização têm pegado pesado com as empresas que não acatam a lei. Só no último ano cerca de 1.500 empresas foram autuadas no Brasil por não se adequarem às cotas. Para minimizar esses problemas, muitas empresas têm adotado programas de formação própria desses profissionais. A Drogaria São Paulo/Pacheco desde 2002 tem uma recrutadora na área de seleção de pessoal apenas para a busca de talentos com algum tipo de deficiência. Além do trabalho tradicional dos anúncios em mídia, a empresa tem buscado parceria com instituições de capacitação, como ONGs e escolas que atendem e oferecem cursos para esse público. Mas o trabalho mais importante da Drogaria São Paulo está na formação dentro da empresa dos candidatos com deficiência. Na prática, isso quer dizer 38
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que, mesmo que o candidato não esteja 100% no perfil de que a farmácia precisa, ele passa por uma série de treinamentos e capacitação antes de assumir de fato as funções da vaga. “Nós não nos prendemos às dificuldades (de achar candidatos), porque isso ocorre aqui e em todos os lugares. Mas buscamos nos adequar e flexibilizar a jornada de trabalho e salários, de acordo com as deficiências ou interesse dos candidatos, sem distingui-los, e fazendo o que pode ser melhor para os dois lados, empresa ou candidato”, explica a coordenadora de Recrutamento & Seleção da Drogaria São Paulo, Priscila Luiz. Segunda maior bandeira farmacêutica do País, com cerca de 720 lojas e faturamento anual de R$ 4,4 bilhões, a Drogaria São Paulo conta hoje com 535 empregados portadores de deficiência, 342 na DSP e 193 na Pacheco. Eles estão encaixados em diversas funções, desde administrativas, até de atendimento direto ao cliente.
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Silvia Regina Gimenez Nuvens, 32 anos, atua como auxiliar de recrutamento e seleção há três meses e Denis Ribeiro dos Santos, 19 anos, é auxiliar administrativo há três anos. Ambos fazem parte do quadro de funcionários especiais da Drogaria São Paulo. Eles possuem baixa audição
A coordenadora de recrutamento da empresa admite, contudo, a dificuldade inicial de integrar esses funcionários de forma natural nos espaços físicos da farmácia. Para lidar com isso, a empresa desenvolve um trabalho de acompanhamento e avaliação que envolve colegas de trabalho, gestores e supervisores, no intuito de tornar a experiência corriqueira dentro do ambiente de trabalho. A ação ajuda não apenas na valorização do empregado deficiente físico, mas também na retenção de talentos. “Passamos a focar o acompanhamento dos funcionários com o objetivo de retê-los e adequar situações que podem ser mais bem trabalhadas, seja com o gestor, a equipe e o tipo de trabalho, esperando que não deixem de ser tão responsáveis quanto os demais funcionários, e respeitando a limitação de cada um”, explica. O processo de sensibilização e adequação dos funcionários a essa nova realidade hoje ocorre desde a seleção e integração de todos os novos empregados 40
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na empresa. O fator-chave para o sucesso da empreitada até agora é o trabalho direto com os gerentes e futuros gerentes, que são as pessoas que diretamente podem mudar a cultura do “coitadinho” e do “funcionário limitado”. “Aos poucos buscamos flexibilizar as diferenças por todos os lados. Cada vez mais atingimos áreas diferentes da empresa e agora temos a necessidade de retomar a ‘reciclagem’ dessas informações”, conta Priscila.
Regra clara A Lei das Cotas determina que o número de pessoas com deficiência no quadro de empregados tenha uma variação de acordo com o número de funcionários da empresa. A cota foi fixada em 2% para quem tem entre 100 e 200 funcionários, 3% para 201 a 500 funcionários, 4% para aqueles que possuem entre 501 e
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variação da multa para descumprimento da lei de cotas Número de empregados da empresa 100 a 200 empregados 201 a 500 empregados 501 a 1.000 empregados Mais de 1.000 empregados
Variação da multa (por empregado não contratado) R$ 1.195,13 a R$ 1.434,16 R$ 1.434,16 a R$ 1.553,67 R$ 1.553,67 a R$ 1.673,18 R$ 1.673,18 a R$ 1.792,70
Fonte: Art. 93 da Lei nº 8.213/91, Ministério do Trabalho e Emprego
1.000 e 5% para as empresas cujo quadro supera os mil empregados. Na rede Panvel, quinta maior do País em faturamento e número de lojas, a cota estabelece 5%, o que equivale a 243 empregados com deficiência. Atualmente a companhia tem apenas 92 funcionários no perfil. Para atingir a meta, o departamento de recrutamento tem estimulado os próprios gerentes a participarem da busca de talentos nessa área, seja falando com os clientes, seja estreitando os laços com entidades de sua cidade. “Para uma loja que está em Lajes (RS), por exemplo, é muito mais fácil o gerente encontrar na cidade uma pessoa dentro do perfil e encaminhá-la para treinamento do que o RH. Isso ajuda os gestores a participarem mais do processo e entenderem a importância da integração natural desses empregados com necessidades especiais no dia a dia”, afirma Vivian Stumpf Faria Correa, do grupo Dimed/Panvel/Lifar. Outra estratégia usada pela empresa para diminuir a resistência dos empregados aos colegas deficientes foi mostrar que, em sua maioria, os de-
ficientes que ali estão hoje não O descumprimento nasceram com a deficiência, da Lei de Cotas mas adquiriram ao longo da pode gerar multa vida, seja em acidentes ou com doenças degenerativas. “No início é normal em qualquer empresa o estranhamento diante de um cego ou um cadeirante no ambiente de trabalho. Mas quando aproximamos as duas realidades e mostramos que qualquer família poderia estar passando pelo mesmo problema, todos se sensibilizam e passam a ser mais solidários com os colegas deficientes”, conta Vivian. Depois da sensibilização, o maior inimigo das cotas na Panvel hoje não é mais o preconceito, mas sim o alto turn over dos empregados. Seja pela disputa do mercado frente aos profissionais já capacitados, seja por problemas externos as empresas, a alta rotatividade tem sido um grande desafio para os empresários manterem preenchidas as cotas estabelecidas em lei. “As famílias dos portadores de deficiência recebem uma ajuda do governo de cerca de um salário mínimo. Para não perderem o benefício, preferem que o trabalhador fique em casa. Ao menor sinal de desgaste ou irritação do funcionário, as famílias já pedem para que eles deixem o emprego. Muitas até acham que não é necessário trabalhar e não os autorizam sequer a entrarem no mercado de trabalho. É um problema que o governo vai precisar rever se quiser que as cotas tenham um efeito social relevante”, desabafa a coordenadora de RH. Para implantar a Lei de Cotas plenamente nas 300 lojas da bandeira, dando oportunidades para os trabalhadores de variadas deficiências, a Panvel também usa a criatividade. Além de tentar encaixar os funcionários deficientes nas atividades já existentes na linha de negócio, a empresa tem criado novos espaços para encaixar essa força de trabalho especial. Em pelo menos cinco lojas de Porto Alegre, a rede conta com dois massoterapeutas cegos, que oferecem 20 minutos de massagem para os clientes que comprarem mais de R$ 30,00 nessas lojas. São seis cegos que fazem quick massage,
segundo o ministério do trabalho e emprego, pelo menos 1,2 milhão de pessoas deveriam estar empregadas no brasil em virtude da lei de cotas. mas o último levantamento do órgão mostra que apenas 300 mil deficientes estão registrados em empregos com carteira assinada 42
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onde buscar talentos com deficiência para sua empresa? AACD (Associação de Apoio à Criança com Deficiência) Site: www.aacd.org.br Telefone: (11) 5084 0896 APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) Site: www.apaebrasil.org.br Telefone: (61) 3224 9922 AVAPE (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência) Site: www.avape.org.br Telefone: 11 4993 9200 Fundação Dorina Nowill Site: www.fundacaodorina.org.br Telefone: (11) 5083 3405 Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT) Telefone SP: (11) 2106 5200 Telefone RJ: (21) 3157 2860
ajudando no processo de fidelização e satisfação dos clientes. “Além de satisfazer o cliente, conseguimos conciliar a satisfação desses empregados, que querem se sentir úteis e trabalhar como os demais. A gente já percebeu que o movimento cresceu e os funcionários estão satisfeitos, porque o que não falta é trabalho nessas lojas”, entusiasma-se Vivian. A Panvel também investe na formação própria desses profissionais, buscando corrigir os desvios já mencionados. Através de parcerias com o Senac, Senai e outros institutos. A bandeira oferece uma capacitação de até 10 meses de curso antes de iniciar a integração dos empregados deficientes no dia a dia da empresa. Para facilitar a interação e parceria desse grupo com os demais colaboradores, a capacitação é feita muitas vezes junto com os jovens do programa “Jovem Aprendiz”, que também serão incorporados ao grupo de funcionários ao final da formação.
iniciativas de sucesso A Raia/Drogasil também lidera o quadro de empregados com deficiência, segundo dados da própria empresa. São quase 1.000 empregados oriundos da Lei de Cotas, com 100% das vagas preenchidas. A empresa também tem a maior variação de funcionários com deficiências diversas, que vão desde de cadeiran44
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tes, até surdos, cegos e portadores de doenças intelectuais, como autismo e síndromes de Down ou Asperge. Assim como nas outras redes, esses empregados são alocados nas áreas de distribuição, administrativas e até de atendimento direto aos consumidores nas lojas. “Inclusão de deficientes é sempre um desafio, porque, embora estejamos com o time completo, sempre estamos precisando de novos talentos para corrigir o turn over alto. Superamos a desconfiança e a cultura de que o deficiente não produz tanto quanto um funcionário normal, mas o desafio agora é fazer com que essas pessoas cresçam e ocupem lugares de destaque na empresa”, aponta o analista de RH da Raia/ Drogasil, Fernando Braconnot.
futuro projetado A Raia/Drogasil faz parte de um grupo de 50 empresas chamado de “Rede Empresarial de Inclusão Social”, que é formado também por companhias como Natura, Pão de Açúcar, Serasa, entre outras, que discutem ações e formas de aproximar as iniciativas de inclusão social. As empresas trocam experiências e fazem ações em conjunto, e um dos temas mais debatidos, óbvio, é o do cumprimento da Lei de Cotas. “Juntos conseguimos superar a dificuldade da inclusão, mas a preocupação maior agora é como incluir esse grupo em cargos expressivos dentro das empresas. Está claro para nós que quanto maior o cargo ocupado, mais dificuldade de inclusão dos deficientes na equipe. Essa barreira só se supera com formação. Mas quantos de nós, que frequentamos a universidade, estudamos com algum cego, deficiente físico ou cadeirante?”, questiona Braconnot. “Além do papel das empresas, o Estado precisa fazer mais para incluir essas pessoas. As escolas muitas vezes não são adaptadas, e também o transporte público e até as universidades. Não dá para as empresas fazerem tudo. O Estado precisa ser mais atuante e cumprir o básico, para ajudar esse grupo. Só assim superaremos a Lei de Cotas e incluiremos os deficientes de forma natural no mercado de trabalho, sem necessidade de leis”, analisa.
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Desafios existentes Cristina Masiero, da AACD, vê algumas deficiências do Estado na maior democratização do acesso aos deficientes, mas reconhece que muita coisa já evoluiu. “A fiscalização dos órgãos competentes e o investimento em capacitação são provas de que o Estado está preocupado. Não é desejo do Poder Público de apenas aplicar multas por aplicar. O que se quer é educar e buscar maior participação dos deficientes no mercado, que é garantido por lei a eles”, aponta. E profissionais não faltam no mercado para preencher as vagas excedentes, segundo a representante da AACD. Só a entidade tem um banco de talentos com mais de três mil currículos de deficientes que gostariam de trabalhar. Outras enti-
menos 10% de suas vagas a Profissionais não faltam no mercado pessoas com deficiência. “As para preencher as empresas enfrentam dificuldavagas excedentes des quase intransponíveis para seguir tal comando, ao passo que, caso a exigência legal fosse transformada em incentivos fiscais, o efeito de integração social seria obtido sem dar lugar aos diversos problemas que as empresas têm de enfrentar para cumprir as exigências da Lei de Cotas, justifica o senador Mário Couto (PSDB-PA), autor do projeto. A ideia ainda precisa passar por outras comissões e ser apreciada pelo plenário do Senado e da Câmara dos Deputados. Mas a intenção, segundo o autor, é estimular que todos os empresários participem do processo de inclusão dos deficientes.
Apesar dos problemas e limitações do mercado, os órgãos de fiscalização têm pegado pesado com as empresas que não acatam a lei. só no último ano cerca de 1.500 empresas foram autuadas no brasil por não se adequarem às cotas dades como Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação Dorina Nowil e a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (AVAPE) também oferecem um extenso banco de currículos para quem quiser contratar esse tipo de profissional e ficar em dia com a lei. Todos os anos a própria AACD ajuda a formar cerca de dois mil jovens e adultos que por acaso tiveram de abandonar os estudos por conta do tratamento, a fim de que eles sejam incorporados ao mercado de trabalho. “O Poder Público e as associações têm se unido para reverter o atual quadro e temos feito grandes conquistas. Falta para alguns empresários, principalmente o pequeno e o médio, um esforço de também adaptar o ambiente de trabalho para esse grupo que precisa ser incorporado”, opina Cristina Masiero. Para aprimorar a Lei de Cotas e estimular ainda mais a inclusão dos deficientes no mercado de trabalho, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal já tem em mãos um projeto de lei que reduz a alíquota de Imposto de Renda para as empresas que destinarem pelo
O descumprimento da Lei de Cotas pode gerar multa que varia de R$ 1.195,13 a R$ 119.512,33. O cálculo é feito pelo número de vagas que a empresa deveria ter, vezes o número de empregados deficientes que estão ou não trabalhando. Num cálculo simples, supondo-se uma empresa com 1.010 empregados, que deveria ter 51 empregados com deficiência e tem apenas oito nessa condição: nesse caso, multiplica-se 43 (o número de empregados com deficiência que deixou de ser contratado) pelo valor previsto para as empresas com mais de 1.000 empregados. Na vigência da Portaria MPS nº 142, de 11 de abril de 2007, multiplicar-se-ia 43 por um valor entre R$ 1.673,18 e R$ 1.792,70 por empregado. No total, a multa para essa empresa teria o teto de R$ 77 mil. “Com esforço e boa vontade qualquer empresário consegue romper a barreira do preconceito e ajudar o Brasil a ter um mercado de trabalho inclusivo e aberto a esses profissionais, que só querem oportunidades para mostrar o seu valor”, conclui a coordenadora do Serviço de Orientação e Empregabilidade da AACD, Cristina Masiero. 2013 julho guia da farmácia
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Navegando nas redes sociais
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farmácias e drogarias podem fazer uso das mídias para promover ações e metas do negócio
silvia os s o Palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing de varejo. É autora dos livros Atender Bem Dá Lucro, Programa Prático de Marketing para Farmácias e Administração de Recursos Humanos para Farmácias E-mail siosso@uol.com.br 48
Tenho visto que farmácias e drogarias ainda estão muito distantes das mídias sociais, talvez por desconhecimento ou acanhamento; acho importante que os farmacistas pensem em utilizar outras formas de divulgação de sua farmácia além da mídia comum. As mídias sociais são instrumentos que permitem a criação e o intercâmbio de conteúdos, muitos dos quais gerados pelos próprios usuários. Estar presente nas redes sociais exige conhecimento das ferramentas e, principalmente, do público com o qual a empresa deseja se comunicar. É importante também traçar metas ligadas ao negócio e a essas mídias, alinhadas aos objetivos da empresa. Para trabalhar com mídias sociais é preciso inspiração. O trabalho é contínuo, requer dedicação e atualização constante, tanto da forma quanto do conteúdo. 1. Pesquise informações atraentes para alimentar o site ou blog. A presença nas mídias sociais só deve ser pensada depois de prontas essas páginas. Elas vão centralizar as ações on-line da empresa. Não adianta manter um perfil no Twitter se você não pode convidar o leitor para outro local na web, onde ele pode preencher um formulário – aumentando seus conhecimentos sobre seu público – comprar ou conhecer seu produto ou serviço. 2. As mídias sociais são feitas de diálogos e, antes de entrar na conversa, aproveite para ouvir. Você deve seguir essas empresas e prestar bastante aten-
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ção em como elas se comunicam com seus clientes para se espelhar nelas. Depois de feito isso, veja se seu site ou blog tem conteúdos interessantes. Mas lembre-se também de que é preciso monitorar. Como sites ou blogs permitem maior interação do que no Twitter, veja o que as pessoas perguntam às empresas, como elas reagem ao que é postado, quais as solicitações mais comuns e quais as necessidades dos clientes dos concorrentes em termos de informações, conteúdo e atendimento. 3. No Twitter, descreva seu negócio com palavras-chave precisas. A pergunta é: “se alguém fosse me procurar na internet, o que ela digitaria?” Não se esqueça de inserir uma imagem que caracterize a empresa. Caso a logomarca não remeta, de imediato, à sua empresa, opte por fotos mais representativas. Sempre mantenha o mesmo padrão visual em todas as mídias. Siga esses passos também no Facebook. 4. No Facebook não há perfis, mas linhas do tempo que contam cronologicamente a história da empresa. É possível inserir uma imagem maior, de fundo, que simbolize o seu diferencial (no exemplo da drogaria, uma foto de pessoas sendo atendidas por um balconista ou farmacêutico) e uma menor, normalmente, a logomarca. Como veem, não é tão difícil trilhar esse caminho das mídias sociais: um pouco de força de vontade e pesquisa podem auxiliar a iniciar essa aventura. foto: DIVULGAÇãO
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Guerra contra
os impostos Apesar do fracasso na tentativa de acordo do Ministério da Saúde para zerar a alíquota do ICMS dos medicamentos nos Estados, entidades pressionam governos estaduais a adotarem medidas para evitar efeitos nocivos à disputa fiscal Por R odrigo R odrigues e flávia co rbó
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O Brasil vive atualmente uma guerra silenciosa que destrói famílias, empresas e empregos: a dos impostos. Não é de hoje que sabemos que a alta carga tributária corresponde a mais de 33,7% do valor final do medicamento para o consumidor, segundo estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). A média mundial é de 6,3%, mas na Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Suécia e até na vizinha Colômbia esse valor é zero. O principal vilão do momento no Brasil é
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o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços), cuja alíquota varia de Estado para Estado da Federação e tem dizimado empregos em muitas partes do País. Na maioria dos Estados a alíquota média é de 17%, o Rio de Janeiro cobra 19% e São Paulo 17,5%. Mas essa alta taxa já tem causado prejuízos a esses Estados e o mercado farmacêutico de medicamentos está no centro de uma batalha que no Brasil habituou-se a chamar de “Guerra Fiscal”.
Brasil afora Nessa guerra, o Sudeste tem sido uma das regiões mais prejudicadas do País. São Paulo, por exemplo, já perdeu 58 empresas farmacêuticas para os Estados onde a carga tributária é menor, deixando de gerar pelo menos 30 mil postos de trabalho no período, segundo estudo encomendado pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). O levantamento mapeou as empresas farmacêuticas do Estado de São Paulo entre 2007 e 2011 e descobriu que, das 253 companhias, só
derativo no campo de batalhas da guerra fiscal. Em Minas Gerais, por exemplo, a alíquota de ICMS para medicamentos foi reduzida para 2%. Em Goiás esse valor é de 9% e no Paraná 12%. Nos cálculos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a guerra fiscal já custou cerca de 770 mil postos de trabalho no Brasil na última década, inclusive perdendo para o exterior. Para pôr fim a esse conflito pelo menos no que diz respeito aos medicamentos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou em junho de 2012 que tentava um acordo no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para diminuir a alíquota de ICMS no País inteiro, pelo menos para o que se refere aos medicamentos que participam do Programa “Aqui tem Farmácia Popular”. O governo é o principal comprador desses produtos e, por isso, estava no prejuízo em relação ao recolhimento desses impostos. Contudo, passado quase um ano completo, nada aconteceu e o governo simplesmente silenciou-se sobre o assunto. O conselho é constituído por membros de todos os Estados da Federação. As decisões são tomadas apenas por unanimidade. E, como já se esperava, o acordo não aconteceu. “É lamentável que os Estados não consigam entrar num acordo tão importante para o País. A costura que o ministro tentava fazer beneficiaria o próprio Estado e, principalmente a população, que teria mais acesso ao medicamento. Mas parece que os interesses políticos sempre se sobrepõem ao interesse público”, desabafa o vice-presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini. O presidente da Federação Brasileira das Redes de Farmácias Associativistas (Febrafar), Edison Tamascia, também lamenta a falta de acordo entre os Estados. “Não é importante apenas para o setor. É importante para o consumidor. Pois quem paga esse imposto é o consumidor. Se baixar o ICMS, baixa o preço do produto. Nesse caso (do Farmácia Popular), como o pagador é o governo, se diminuir o imposto ele
Para reforçar a luta pela queda dos impostos, o projeto do setor recebeu apoio das maiores centrais sindicais do Brasil. O argumento principal dos sindicalistas é que São Paulo está perdendo postos de trabalho e tem levado a pior na queda de braço com outras unidades da Federação 195 ainda estão instaladas na região. O estudo ainda aponta que São Paulo teve um crescimento de 13,32% na geração de postos de trabalho durante o período analisado, enquanto Minas Gerais teve 25%, Goiás 19% e Paraná 17%. É para esses Estados que muitas empresas antes instaladas em São Paulo estão migrando, justamente pela política de impostos menores e pelo oferecimento de isenções tributárias para a migração, arma importantíssima para o duelo fe52
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o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços), cuja alíquota varia de Estado para Estado da Federação e tem dizimado empregos em muitas partes do País. Na maioria dos Estados a alíquota média é de 17%, o Rio de Janeiro cobra 19% e São Paulo 18%. Mas essa alta taxa já tem causado prejuízos a esses Estados e o mercado farmacêutico de medicamentos está no centro de uma batalha que no Brasil habituou-se a chamar de “Guerra Fiscal”.
Brasil afora Nessa guerra, o Sudeste tem sido uma das regiões mais prejudicadas do País. São Paulo, por exemplo, já perdeu 58 empresas farmacêuticas para os Estados onde a carga tributária é menor, deixando de gerar pelo menos 30 mil postos de trabalho no período, segundo estudo encomendado pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). O levantamento mapeou as empresas farmacêuticas do Estado de São Paulo entre 2007 e 2011 e descobriu que, das 253 companhias, só
derativo no campo de batalhas da guerra fiscal. Em Minas Gerais, por exemplo, a alíquota de ICMS para medicamentos foi reduzida para 12%. Em Goiás esse valor é de 9% e no Paraná 12%. Nos cálculos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a guerra fiscal já custou cerca de 770 mil postos de trabalho no Brasil na última década, inclusive perdendo para o exterior. Para pôr fim a esse conflito pelo menos no que diz respeito aos medicamentos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou em junho de 2012 que tentava um acordo no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para diminuir a alíquota de ICMS no País inteiro, pelo menos para o que se refere aos medicamentos que participam do Programa “Aqui tem Farmácia Popular”. O governo é o principal comprador desses produtos e, por isso, estava no prejuízo em relação ao recolhimento desses impostos. Contudo, passado quase um ano completo, nada aconteceu e o governo simplesmente silenciou-se sobre o assunto. O conselho é constituído por membros de todos os Estados da Federação. As decisões são tomadas apenas por unanimidade. E, como já se esperava, o acordo não aconteceu. “É lamentável que os Estados não consigam entrar num acordo tão importante para o País. A costura que o ministro tentava fazer beneficiaria o próprio Estado e, principalmente a população, que teria mais acesso ao medicamento. Mas parece que os interesses políticos sempre se sobrepõem ao interesse público”, desabafa o vice-presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini. O presidente da Federação Brasileira das Redes de Farmácias Associativistas (Febrafar), Edison Tamascia, também lamenta a falta de acordo entre os Estados. “Não é importante apenas para o setor. É importante para o consumidor. Pois quem paga esse imposto é o consumidor. Se baixar o ICMS, baixa o preço do produto. Nesse caso (do Farmácia Popular), como o pagador é o governo, se diminuir o imposto ele
Para reforçar a luta pela queda dos impostos, o projeto do setor recebeu apoio das maiores centrais sindicais do Brasil. O argumento principal dos sindicalistas é que São Paulo está perdendo postos de trabalho e tem levado a pior na queda de braço com outras unidades da Federação 195 ainda estão instaladas na região. O estudo ainda aponta que São Paulo teve um crescimento de 13,32% na geração de postos de trabalho durante o período analisado, enquanto Minas Gerais teve 25%, Goiás 19% e Paraná 17%. É para esses Estados que muitas empresas antes instaladas em São Paulo estão migrando, justamente pela política de impostos menores e pelo oferecimento de isenções tributárias para a migração, arma importantíssima para o duelo fe52
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irá remunerar com valores menores as drogarias que dispensam os medicamentos. Para nós não existe nem ganho e nem perda direta, existe o ganho indireto do aumento do consumo”, avalia. De acordo com Nelson Mussolini, quando o próprio governo paga menos impostos, ele pode oferecer uma gama maior de produtos gratuitos no Farmácia Popular para a população, melhorando a qualidade de vida, o acesso, o consumo e, consequentemente, gerando também mais empregos. Experiente e com mais de vinte anos na militância pela queda dos impostos, o executivo da Febrafar lembra que o acordo anunciado precipitadamente pelo ministro já nasceu fracassado. “O governo federal não tem nenhuma ingerência sobre ICMS, pois esse é um imposto estadual, portanto o máximo que o Padilha pode fazer é pedir, mas jamais determinar que o ICMS seja reduzido e, além disso, a decisão depende de um parecer unânime de todas as Secretarias de Fazenda e como sabemos isso é quase impossível”, lamenta. Segundo Mussolini, que acompanha de perto as reuniões do Confaz que discutem a redução do ICMS a zero para os 100 produtos do Farmácia Popular, as discussões nesse sentido não foram completamente encerradas. O assunto deve voltar à pauta nas próximas reuniões mensais, mas a esperança do acordo é remota: “É preciso que os 54
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Estados entendam que é uma falácia essa história de reduzir a alíquota do ICMS. É mentira. Quando o ICMS é menor, mais pessoas têm acesso ao medicamento e o consumo aumenta, sustentando a arrecadação. Além disso, as pessoas quando pagam menos por um produto, ficam com mais dinheiro no bolso e podem consumir outros produtos que também geram impostos para os governos”, argumenta o vice-presidente do Sindusfarma.
Nova forma de calcular Na tentativa de amenizar o problema, o governo do Estado de São Paulo mudou a forma de cálculo do recolhimento desse imposto nos medicamentos em setembro de 2011. Ao determinar a mudança na forma de cálculo, contudo, o governador Geraldo Alckmin não alterou o preço final para o consumidor e, de quebra, aumentou o preço médio do medicamento genérico, prejudicando a competitividade do produto, segundo a associação Pró Genéricos. Em virtude disso e para resgatar a competitividade do Estado de São Paulo na atração de empresas fabricantes de medicamentos e evitar novas perdas para outros Estados, as associações do setor farmacêutico lideradas pelo Sindusfarma entregaram ao governador Geraldo Alckmin um projeto para a redução gradual do ICMS. Na proposta, a alíquota de 18,5% seria reduzida
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irá remunerar com valores menores as drogarias que dispensam os medicamentos. Para nós não existe nem ganho e nem perda direta, existe o ganho indireto do aumento do consumo”, avalia. De acordo com Nelson Mussolini, quando o próprio governo paga menos impostos, ele pode oferecer uma gama maior de produtos gratuitos no Farmácia Popular para a população, melhorando a qualidade de vida, o acesso, o consumo e, consequentemente, gerando também mais empregos. Experiente e com mais de vinte anos na militância pela queda dos impostos, o executivo da Febrafar lembra que o acordo anunciado precipitadamente pelo ministro já nasceu fracassado. “O governo federal não tem nenhuma ingerência sobre ICMS, pois esse é um imposto estadual, portanto o máximo que o Padilha pode fazer é pedir, mas jamais determinar que o ICMS seja reduzido e, além disso, a decisão depende de um parecer unânime de todas as Secretarias de Fazenda e como sabemos isso é quase impossível”, lamenta. Segundo Mussolini, que acompanha de perto as reuniões do Confaz que discutem a redução do ICMS a zero para os 100 produtos do Farmácia Popular, as discussões nesse sentido não foram completamente encerradas. O assunto deve voltar à pauta nas próximas reuniões mensais, mas a esperança do acordo é remota: “É preciso que os 54
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Estados entendam que é uma falácia essa história de reduzir a alíquota do ICMS. É mentira. Quando o ICMS é menor, mais pessoas têm acesso ao medicamento e o consumo aumenta, sustentando a arrecadação. Além disso, as pessoas quando pagam menos por um produto, ficam com mais dinheiro no bolso e podem consumir outros produtos que também geram impostos para os governos”, argumenta o vice-presidente do Sindusfarma.
Nova forma de calcular Na tentativa de amenizar o problema, o governo do Estado de São Paulo mudou a forma de cálculo do recolhimento desse imposto nos medicamentos em setembro de 2011. Ao determinar a mudança na forma de cálculo, contudo, o governador Geraldo Alckmin não alterou o preço final para o consumidor e, de quebra, aumentou o preço médio do medicamento genérico, prejudicando a competitividade do produto, segundo a associação Pró Genéricos. Em virtude disso e para resgatar a competitividade do Estado de São Paulo na atração de empresas fabricantes de medicamentos e evitar novas perdas para outros Estados, as associações do setor farmacêutico lideradas pelo Sindusfarma entregaram ao governador Geraldo Alckmin um projeto para a redução gradual do ICMS. Na proposta, a alíquota de 18% seria reduzida
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a carga tributária que incide sobre os medicamentos no Brasil é uma das maiores do mundo. Estudos recentes apontam que mais de 50% da população brasileira não tem condições de adquirir um medicamento, especialmente os idosos para 12% num primeiro momento, até chegar ao percentual de 7% num segundo momento, mesmo que a redução seja gradual. “Argumentamos com o governador que já há uma experiência bem-sucedida em São Paulo em relação ao soro fisiológico, que no ano passado teve a redução do ICMS e não reduziu a arrecadação. Ele mostrou bastante receptividade e prometeu marcar um novo encontro com o secretário Andrea Calabi para falar sobre o assunto”, diz Mussolini. Para reforçar a luta a favor da queda dos impostos, o projeto do setor recebeu apoio das maiores centrais sindicais do Brasil: Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores. O argumento principal dos sindicalistas é que São Paulo está perdendo postos de trabalho e tem levado a pior na queda de braço com outras unidades da Federação. Outro reforço de peso na luta contra a alta carga tributária vem da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Pelo menos 26 deputados estaduais de vários partidos formaram uma “Frente Parlamentar de Desoneração dos Medicamentos”, a fim de pressionar o governo de São Paulo a estudar medidas de redução da carga tributária que incide sobre os medicamentos. “Se o governo tem uma política para desonerar a cesta básica, acredito que temos de sensibilizar o Executivo para desonerar os impostos também sobre os medicamentos, que são tão essenciais para a população quanto os alimentos que a ajudam a sobreviver”, adverte a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB), coordenadora do grupo. A parlamentar lembra que a carga tributária que incide sobre os medicamentos no Brasil é uma das maiores do mundo. Estudos recentes apontam que mais de 50% da população brasileira não tem condições de adquirir um medicamento, especialmente os idosos. Aliás, o alto custo dos medicamentos é apontado em várias pesquisas como um dos fatores
primordiais de comprometimento da renda e endividamento dos idosos no país. “Reduzir os impostos é a forma mais eficaz de garantir com plenitude os preceitos constitucionais de garantia a uma saúde plena e universal”, diz Maria Lúcia Amary. O presidente-executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, também opina: “Sabemos que o deputado estadual não tem condições legais para reduzir os impostos. Um projeto de lei da Assembleia Legislativa não tem esse poder, mas trazer a discussão para cá é gerar pressão”. O executivo só conhece esse caminho. “Os deputados podem fazer audiências públicas, podem fazer movimentos, pronunciamentos, levar o assunto para as comunidades. Esta pressão e movimento podem fazer o Executivo se mexer.” No que diz respeito à atuação do governador Geraldo Alckmin, ele diz que é óbvio que ele tenha seus compromissos com orçamento, mas é possível tomar uma iniciativa de redução gradual dos impostos. “O Paraná fez, Minas fez uma vez para algumas categorias de medicamentos.” Todos os fabricantes, atacadistas, varejistas têm de estar conscientes disso. Segundo Mena Barreto, é importante que todos estejam envolvidos e que seja um discurso setorial, para não ser uma coisa vazia. “Por que não é a população que está pedindo isso? Porque a população não tem capacidade de se organizar; nós temos. Então, fazemos isso para tentar movimentar essa roda.” A Abrafarma pretende colocar listas de abaixo-assinado nas lojas, mas a iniciativa ainda não tem data definida para ser iniciada. “Estamos em fase de orçamento, de criação da campanha... mas provavelmente, se tudo der certo, em meados de julho começaremos a distribuir o documento em 6 mil lojas associadas e outros 1.200 estabelecimentos – de outras farmácias e locais públicos”, finaliza. 2013 julho guia da farmácia
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Lições da primeira vez Empresários recém-chegados ao varejo farmacêutico contam as experiências e frustrações na abertura da primeira farmácia P o r r o d r ig o r o dr i g u es 58
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A publicidade consagrou a frase “o primeiro sutiã a gente nunca esquece” e desde então, ela é usada em diversos segmentos, e por que não no farmacêutico? Abrir a primeira farmácia é uma experiência tão singular, para o bem ou para o mal, que fotos: shutterstock/divulgação
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O brasil lidera o crescimento de empresas no mundo, graças à figura do “microempreendedor individual”, criada pelo governo com o intuito de formalizar diversos trabalhadores autônomos que estavam na informalidade os farmacêuticos costumam brincar dizendo que “a primeira farmácia a gente nunca esquece”. Seja pelo prazer de se tornar pela primeira vez um empresário autônomo e sem patrão, seja pela oportunidade de obter ganhos expressivos, cada vez mais brasileiros estão embarcando na onda empreendedorista no País. De acordo com levantamento feito pela Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil é hoje o terceiro maior país do mundo em número de empreendedores, chegando a 27 milhões de pessoas envolvidas em algum processo de criação de negócio próprio, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Apesar da terceira colocação, o relatório aponta que o Brasil lidera o crescimento de empresas no mundo, graças à figura do “microempreendedor individual”, criada pelo governo com o intuito de formalizar diversos trabalhadores autônomos que estavam na informalidade. Esse segmento, segundo o Sebrae, corresponde hoje a 2,6 milhões de pessoas, chegando a 4 milhões em 2014 e dobrando de tamanho, com 8 milhões em 2020. De acordo com o estudo da GEM, os empreendedores representam 27% da população adulta brasileira atualmente. Em 2002, esse percentual era de 21%. A China, que lidera o ranking, tem quase 370 milhões de empresários. Já os Estados Unidos, que ocupam a segunda posição, cerca de 40 milhões. Dos 27 milhões de empreendedores existentes no Brasil, 85% estão no mercado há mais de três meses. Desses, 12 milhões, o equivalente a 45%, estão estabelecidos em seus segmentos de atuação, ou seja, operam no mercado há mais de 42 meses. A GEM e o Sebrae apuraram ainda que outros 11 milhões, 40% do total, são classificados como novos empreendimentos por funcionarem há mais de três meses e menos de 42 meses. A pesquisa aponta também que 15% dos empreendedores, ou 4 milhões de pessoas, estão envolvidas na criação do próprio negócio. Nesse grupo estão incluídas pessoas que se encontram no estágio inicial da montagem do empreendimento, como no levantamento de informações sobre o mercado, por exemplo.
Tendência empreendedora
Os motivos para a abertura do próprio negócio são variados. A maioria dos empresários abre o negócio porque constatou uma oportunidade de mercado e não por necessidade, segundo a pesquisa, que foi realizada em 54 países do mundo. A estimativa é que, para cada negócio aberto por necessidade, por motivo de desemprego, por exemplo, 2,24 começam pela identificação de uma oportunidade. O número é o maior desde que a pesquisa GEM começou a ser realizada, em 1999, mas ainda é inferior à média dos 54 países, que é de 4,35 negócios por oportunidade para cada um aberto por necessidade. Esse desejo também se reflete no mercado farmacêutico. Embora não se tenha um número exato de quantas farmácias são abertas no ano, é possível perceber o movimento comparando os números de hoje com os da década passada. Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Brasil tem hoje 65 mil farmácias espalhadas pelo País. Em 2000 esse número estava abaixo de 55 mil. Estudo publicado pela Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, o número de farmácias no Brasil cresce cerca de 11,4% por ano. Seja para abarcar os cerca de 15 mil novos farmacêuticos que se formam todos os anos no Brasil, seja pela possibilidade de obtenção de lucros rápidos num segmento que cresce dois dígitos há mais de uma década e sempre acima da média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, a abertura de novos negócios no ramo farmacêutico é uma realidade. É o caso de Felipe Scavuzzi, de 23 anos, e já dono de uma farmácia na região de Sapopemba, em São Paulo. Recém-formado em Farmácia, o empresário resolveu abrir o negócio próprio em virtude da falta de emprego e da baixa remuneração paga pelo mercado aos recém-formados. A experiência exigiu um investimento inicial de R$ 200 mil para abertura da loja, compra de estoques, emissão de autorizações sanitárias, contratação de empregados e reserva de caixa. Os recursos vieram de empréstimos familiares, que foram pagos graduamente e já foram quita2013 julho guia da farmácia
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Felipe Scavuzzi, de 23 anos, já é dono de uma farmácia na região de Sapopemba, em São Paulo. Recém-formado em Farmácia, o empresário resolveu abrir o negócio próprio em virtude da falta de emprego e da baixa remuneração
gado a abrir mão de atividades que gostava para conseguir sustentar o novo negócio. “Eu certamente trabalho mais hoje do que se fosse empregado de alguma outra empresa, com hora pra entrar e sair. No início eu ainda mantinha minhas atividades como músico, tocando samba na noite, mas hoje me dedico 100% a isso, deixando de lado muitas atividades sociais com amigos e com a família. Mas estou muito satisfeito”, comenta. Para Scavuzzi, a maior surpresa ao abrir o negócio próprio foi o número de impostos que precisa pagar todos os meses e as licenças de funcionamento que teve de providenciar antes de abrir a loja, que nas contas dele somam mais de dez.“Antes de ser empresário, achava que a reclamação em relação aos impostos era egoísmo para não aumentar os funcionários. Hoje vejo que a carga tributária é incompatível com a situação atual do comércio”, desabafa. PIS, Cofins, IRPJ, CSLL, ICMS, ISS, FGTS e INSS Patronal e dos empregados, SIMPLES e IPTU são apenas alguns dos impostos que o empresário tem de recolher mensalmente para manter a empresa ativa e funcionando. Com quatro funcionários, a loja de Felipe Scavuzzi em Sapopemba funciona das
os motivos para a abertura do próprio negócio são variados. a maioria dos empresários abre porque constatou uma oportunidade de mercado e não por necessidade dos pelo empresário de primeira viagem. “Apesar da concorrência, o mercado ainda é bastante estável e possibilita uma remuneração acima do que eu ganharia como empregado. Em pouco mais de dois anos e meio já consegui reaver o investimento inicial e saldar as dívidas que tinha com a família e agora já estou prospectando a abertura de uma nova unidade”, comemora Scavuzzi. Mas o caminho até aqui não tem sido tão harmonioso quanto parece. A primeira experiência como empreendedor assustou o empresário e o colocou numa realidade dura para muitos que se aventuram pelo caminho do negócio próprio. Seja pela alta carga tributária, seja pela mudança de preços rápida em tempos de inflação elevada ou as perdas em virtude de vencimentos ou roubo, o sucesso no negócio exige dedicação integral ao empresário, que trabalha no mínimo 12 horas por dia e foi obri60
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8h00 às 20h00 e também nos fins de semana. Ele está presente durante todo o período de funcionamento como dono e farmacêutico responsável, para controlar o fluxo de caixa e também atender aos requisitos estabelecidos em lei para o funcionamento legal da farmácia. Com tantas despesas, o primeiro ano foi o mais difícil para o empresário de Sapopemba. Novo no ramo e instalado numa região sem grande fluxo diário de pessoas, penou até conseguir cativar a freguesia e conquistar os clientes. Mas, contrariando todas as estatísticas que dizem que 60% das empresas fecham no primeiro ano, em virtude de falta de planejamento e faturamento, Scavuzzi sobreviveu. “Quando você não está num lugar de passagem e grande circulação de pessoas, a conquista de
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seja para abarcar os cerca de 15 mil novos farmacêuticos que se formam todos os anos no brasil, seja pela possibilidade de obtenção de lucros rápidos num segmento que cresce dois dígitos há mais de uma década e sempre acima da média de crescimento do produto interno bruto nacional, a abertura de novos negócios no ramo farmacêutico é uma realidade clientes é mais penosa. As pessoas estão vinculadas à imagem que você passa e a entrada dos primeiros clientes na loja é sempre mais difícil até a vizinhança se acostumar com o seu jeito e seu trabalho. Mas eu me considero um sobrevivente e hoje o faturamento é 110% maior que no primeiro ano de funcionamento”, entusiasma-se. O empresário paulistano atribui a sobrevivência, contudo, à ajuda que recebeu dos colegas de associativismo. Instalado sob o chapéu do grupo Farma&Cia, Scavuzzi diz que sem a ajuda e orientação dos colegas talvez não tivesse conseguido sobreviver sozinho no mercado. “A experiência deles foi uma segurança. Era a eles que eu recorria sempre que tinha alguma dificuldade. A bagagem dos colegas e a facilidade de negociar medicamentos e compras coletivamente me ajudaram a enfrentar o primeiro ano difícil. Quando não havia ninguém para recorrer, era eles que eu procurava”, relata.
Por conta do trabalho malfeito na instalação de pias, paredes e banheiros, o cronograma atrasou em quase um mês a abertura da loja, deixando o empresário de cabeça quente já no primeiro mês no negócio. “A escassez de mão de obra na construção civil coloca a gente numa encruzilhada da qual é difícil fugir se não houver ajuda e indicação. Hoje eu sei que o melhor é buscar um pedreiro, pintor e encanador que seja indicação de um colega do setor, mesmo que ele cobre um pouco mais caro pelo serviço”, completa Alvarenga. O empresário mineiro é herdeiro de uma família de comerciantes farmacêuticos. O pai e o avô eram do ramo e ele decidiu continuar, mesmo depois de se for-
Em terras mineiras O mesmo ocorre com o empresário José Augusto Alvarenga, de Minas Gerais. Com 35 anos, ele está abrindo a primeira farmácia pela bandeira associativista Ultrapopular. A cidade escolhida foi Poços de Caldas e a farmácia deve iniciar as atividades na primeira semana de julho. Graças à ajuda dos colegas de bandeira, a parte burocrática foi tirada de letra, já que os amigos conheciam o caminho e a própria bandeira conta com ajuda jurídica para que as coisas comecem a acontecer. A maior cilada, contudo, foi a instalação física da loja, pois o empresário teve de contratar pintor, encanador e pedreiro duas vezes, para corrigir o trabalho feito pelo primeiro grupo. “A gente nunca pensa que vai ter dificuldade até com isso e no princípio nem pede ajuda. Busca o orçamento mais em conta, sem saber antes se o profissional que você está contratando tem experiência nesse tipo de serviço comercial”, conta Alvarenga. 62
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José Augusto Alvarenga, 35 anos, está abrindo a primeira farmácia pela bandeira associativista Ultrapopular. A cidade escolhida foi Poços de Caldas
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mar engenheiro. Ele e o irmão herdaram do pai a farmácia da família na cidade de Candeia, também em Minas, que hoje é administrada pelo irmão. Por conta da restrição do mercado de Candeia, Alvarenga decidiu mudar de cidade e começar do zero uma nova farmácia e surpreendeu-se com a burocracia e a quantidade de licenças necessárias para abrir o negócio. “Criar uma empresa na Junta Comercial nem foi a parte mais penosa. O ruim é a espera na Anvisa, na prefeitura, que muitas vezes demoram até 15, 30 dias para dar um carimbo ou uma autorização simples. Sem contar a quantidade de dinheiro que se gasta em cada uma das repartições por que se passa nesse País. É realmente assustador”, conta. O grupo Farma&Farma, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, disponibiliza na internet um manual que conta a saga de como abrir uma farmácia. O intuito do material é ajudar o recém-ingressado na bandeira a lidar com a burocracia estatal. Nos cálculos do grupo, são exigidas 64
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13 licenças diferentes, como Autorização de Funcionamento da Anvisa (válida apenas por um ano), Habite-se de prefeitura, CNPJ, Cadastro na Junta Comercial, registro do Conselho Regional de Farmácia, Inscrição Estadual, Alvará de Funcionamento e Licença, Certificado de Regularidade, entre outros, para iniciar as atividades de uma farmácia no País. Mesmo assim, Alvarenga decidiu ir em frente e enfrentar o desafio de abrir uma loja do zero, atraído pela estabilidade e a chance de estar mais perto da família. “Casei recentemente e a segurança de não ser mandado embora a qualquer momento certamente foi o que mais me atraiu para esse ramo. Fazer seus próprios horários e perceber que o seu sucesso depende apenas do seu esforço, sem ter de contar com simpatia e bom humor do chefe, é algo que não tem preço”, afirma o empresário. A unidade Ultrapopular que Alvarenga pretende erguer em Poços de Caldas foi escolhida em virtude do perfil popular da marca. Na empresa da família, que pertence á bandeira associativista Entrefarma, Alvarenga diz que percebeu uma estrutura inflada que não deseja ter hoje na sua própria farmácia. Por conta da herança da família, a farmácia é baseada em serviços de atenção farmacêutica e facilidades que hoje ele não deseja ter na sua nova loja. “O intuito é trabalhar apenas com produtos de altíssima rotatividade, populares e preços baixos. Com a minha experiência de família deu para perceber que trabalhar com leque muito grande de mercadorias gera prejuízos e perdas desnecessárias, principalmente na parte de perfumaria”, relata.
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seja pelo prazer de se tornar pela primeira vez um empresário autônomo e sem patrão, seja pela oportunidade de obter ganhos expressivos, cada vez mais brasileiros estão embarcando na onda empreendedorista no país Medida de segurança Uma das restrições que o empresário adotou foi em relação à compra de tinturas e protetores solares, que, segundo ele, estão no topo da lista de perdas da empresa familiar. A tintura, segundo ele, apresenta mudança de cores e tonalidades muito rápido, que contribui para o encalhe dos produtos em loja e perdas no armazenamento, pois muitas caixas se danificam durante o transporte ou a estocagem. Já os protetores solares são alvos de constantes furtos nas lojas. “O custo e a margem de lucro desses produtos não compensam as despesas que temos de ter com instalação de equipamento de vigilância e com um funcionário para controlar as câmeras durante o período de funcionamento da loja”, argumenta. “Quanto mais valor agregado do produto de perfumaria, mais ele é visado e mais despesas o empresário tem com contratação de perfumista, segurança, etc. Minha decisão agora é trabalhar com produtos de alta saída e preços atrativos. É uma aposta em que estou muito confiante”, completa. Para abrir a loja própria, o empresário mineiro investiu inicialmente R$ 80 mil, só com despesas fixas de instalação, layout, reforma, papéis burocráticos e contratação de empregados. Nos sonhos mais otimistas, ele espera que a loja dê um faturamento de R$ 200 mil nos primeiros meses de vida, a fim de reverter os investimentos iniciais e se sustentar. Para chegar ao objetivo, ele suspendeu o antigo crediário da loja herdada do pai pelo cartão de crédito, a fim de reverter os prejuízos com falta de pagamento e continuar parcelando as compras para os clientes com segurança para o negócio. A semelhança entre os dois empresários de São Paulo e Minas Gerais está no otimismo e na esperança de lucratividade. “O mercado de farmácia é muito promissor e vai continuar aquecido pelos próximos anos. Toda aposta inclui risco, mas com trabalho e muito esforço é possível construir algo sólido”, diz Felipe Scavuzzi. Entusiasta do empreendedorismo farmacêutico, o presidente do grupo Farma&Farma, Rinaldo Ferreira, que tam-
bém preside a Associação de Farmacêuticos Proprietários de Farmácia do Brasil (AFPFB), aposta no aquecimento desse mercado ainda mais. Ele recomenda, contudo, cautela na hora de montar a empresa própria. “O empreendedorismo é ótimo, mas o que não pode é montar farmácia de forma amadora. É preciso entender tudo que envolve as farmácias e suas peculiaridades e encarar a farmácia como uma empresa, que precisa também de uma gestão eficiente. A ideia é do menor custo possível com o maior faturamento possível, não esquecendo que a farmácia é uma empresa diferente, porque não trabalha com uma mercadoria qualquer. O medicamento tem um fim nobre que é curar e recuperar as pessoas. Isso é, de alguma forma, um serviço social que a farmácia presta para a sociedade”, ensina. Com mais de vinte anos de atuação no varejo farmacêutico, a dica do empresário é pesquisar os vários perfis de farmácias, conversar com grupos diferentes de empresários e trocar experiências novas, além de buscar um capital inicial para investimento a custo baixo, para não comprometer os primeiros anos de funcionamento da empresa. “Hoje existem vários perfis de farmácia fazendo sucesso no mercado. O estabelecimento de preço baixo, popular, é um perfil que tem sido aberto no Brasil todo, com baixo custo e baixo preço. Existem farmácias com perfil mais sofisticado, mais bonitas, maiores e com layout mais interessante, que trabalham mais a questão da perfumaria, dos dermocosméticos, além daquelas que atendem públicos diversos. É preciso definir o perfil de público, de local, do bairro, fazendo um planejamento geral e traçando as expectativas que se quer ter. Mas o mais importante é o foco, a dedicação e o planejamento, para não se dar mal como acontece com muitos aventureiros”, conclui Ferreira. 2013 julho guia da farmácia
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Na era
da comunicação
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Garantir que a empresa tenha conhecimento estruturado é fundamental para que decisões sejam bem fundamentadas. A eficiência exige um verdadeiro banco de dados
Olegár i o Ar a uj o Diretor de atendimento da Nielsen 68
A informação tem um papel de grande relevância dentro das empresas e deve apoiar seus executivos a compreenderem questões importantes do negócio relacionadas à estratégia, posicionamento no mercado, sortimento, preço, negociação, entre outras. Por isso, apesar de fundamentais, preço e prazo não são as únicas informações que devem ser monitoradas. Isso deveria ocorrer em ciclos cada vez menores pela velocidade das mudanças econômicas, tecnológicas, do consumidor, do ambiente competitivo e outras. Entretanto, a qualidade dessa revisão, por vezes, fica comprometida por sua confiabilidade. Vejamos como isso pode impactar os negócios: Gestão de estoques e rupturas: na vida real, estoque negativo não existe, mas da perspectiva de sistema isso é possível. Estoque negativo no sistema pode gerar subestocagem de alguns produtos e superestocagem de outros. Por vezes, há itens sem vendas e outros com vendas altas que não correspondem à realidade pelo simples fato de que a operadora de caixa, por exemplo, fez a leitura de único código de barras e multiplicou a quantidade total, quando na verdade a consumidora realizou a compra de diferentes versões da marca com mesmo tamanho e preço, do mesmo fabricante, mas com algumas características diferentes. Consolidação de vendas em códigos internos: por inúmeras razões, muitos varejistas preferem consolidar as informações de códigos de barras em seus
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códigos internos. É muito comum constatarmos que informações relevantes se perdem ao longo do processo por causa desse procedimento interno. Gerenciamento por Categorias: esta é uma iniciativa que ganha cada vez mais relevância no varejo, mas que depende totalmente da qualidade dos dados. Por vezes, o que constatamos é que o executivo que coordenará esta atividade, investindo meses na organização do cadastro para depois iniciar as atividades para as quais foi designado, não poderá fazê-lo pelo fato de não ter a informação no sistema. Por onde começar?: o ponto de partida é a estratégia, definida de acordo com seu público-alvo primário e na construção da diferenciação competitiva e eficiência na gestão. O banco de dados deve refletir suas iniciativas estratégicas no médio e longo prazos. Só pode ser gerenciado o que é medido. Sendo assim, o segundo passo é a definição de indicadores-chave que integrem todas as áreas, sendo a linguagem comum entre elas. A padronização é essencial para que se tenha integridade e confiança nos dados. O cadastro é parte vital desse processo desde a utilização correta dos códigos, padronização de descritivos, etc. Portanto, reitero que sem indicadores não saberemos onde estamos e muito menos aonde queremos chegar. Garantir que a empresa tenha informações estruturadas é fundamental para que decisões sejam bem fundamentadas. foto: DIVULGAÇãO
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Guerra pela
prescrição Entidades de profissionais farmacêuticos pressionam a Anvisa para a criação de uma lista de medicamentos sob responsabilidade do farmacêutico, prevista pela lei 11.903/2009 Por rodrigo rod ri gue s 70
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A valorização do profissional farmacêutico e das farmácias como estabelecimentos de saúde sempre estiveram presentes nos discursos dos principais dirigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em palestras, fóruns ou audiências públicas, elogios e promessas de defesa da saúde e da prestação de serviços farmacêuticos sempre são destacados. Mas, na prática, a coisa para por aí. Desde 2009 que as entidades profissionais do setor aguardam a regulamentação do artigo 6º da Lei 11.903/2009, que estabelece a criação de uma lista de medicamentos de venda “sob responsabilidade do farmacêutico”. De acordo com essa lei, além das listas de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e de venda sob prescrição e retenção de receita, a Anvisa é obrigada a criar uma lista de medicamentos sob responsabilidade do farmacêutico. Essa lista é apontada por alguns membros do setor como fator determinante para a valorização do farmacêutico perante a sociedade como profissional de saúde, não apenas como vendedor de medicamentos. “Essa lista permite que alguns produtos como o omeprazol, por exemplo, consumidos apenas sob prescrição médica, que são seguros e usados para tratamentos menores, possam ser incorporados sob a responsabilidade do farmacêutico, sem passar pelo médico. São medicamentos destinados a pacientes que precisam de maior orientação e não podem ser simplesmente automedicados. Nesses casos, o uso pode ser feito de forma racional, já que todo medicamento envolve risco,
maior ou menor”, afirma o presidente da Associação de Farmacêuticos Proprietários de Farmácia do Brasil (AFPFB) e do grupo Farma&Farma, Rinaldo Ferreira. Ele explica que a intenção dessa nova lista de medicamentos não é competir com médicos, dentistas ou veterinários, que hoje, pelas leis brasileiras, são os únicos que podem prescrever medicamentos no País. “Na própria relação de MIPs existem medicamentos que têm um pouco mais de risco que os demais, como o paracetamol, que talvez pudesse fazer parte dessa lista. Hoje ele é de venda livre e é um medicamento usado para dores de cabeça e dores gerais, mas que tem o risco de causar hepatite por intoxicação. Em alguns casos o paciente não poderia usar esse medicamento. Se esse item estivesse na lista, diminuiria os efeitos indesejáveis”, argumenta. “A intenção é que o farmacêutico exerça maior controle sobre os medicamentos e seja a ponte entre o médico e o paciente, acompanhando o tratamento de forma adequada”, completa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é no Brasil que ocorre o maior número de mortes por intoxicação medicamentosa da América Latina. Cerca de 29% dos óbitos no País são oriundos de complicações geradas pelo uso incorreto de medicamentos. Segundo o médico membro do Núcleo de Medicina Nuclear do Hospital das Clínicas de São Paulo, Rafael Fernandes, a intoxicação é agravada pela facilidade de acesso aos medicamentos nos balcões de farmácias, pelo hábito da população de fazer uso de fármacos caseiros e pelo estoque em casa de medicamentos sem condições básicas de conservação. “Em qualquer domicílio é possível encontrar caixas e caixas de medicamentos guardadas, que são usadas sem discriminação e sem consulta prévia, ao menor sinal de dor. É um expediente extremamente perigoso, que contribui ainda mais para o problema da intoxicação”, aponta.
a lista de medicamentos sob orientação farmacêutica atuaria como aliada da saúde pública no controle mais rigoroso sobre o medicamento. a intenção é que o farmacêutico exerça maior poder sobre os medicamentos e seja a ponte entre o médico e o paciente, acompanhando o tratamento de forma adequada
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Controle necessário Segundo estudo publicado pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 97% das residências de Porto Alegre possuem algum medicamento estocado sem condições físicas de preservação. A pesquisa, publicada no início desta década, afirma ainda que na média das residências visitadas na capital gaúcha, cada casa possuía ao menos 20 itens diferentes guardados sem a menor preocupação quanto ao vencimento e a preservação, chegando em alguns casos a 89 itens. O trabalho também identificou que cerca de 55% dos medicamentos foram adquiridos sem prescrição. Do total, 25% estavam vencidos e destes, 24% continuavam sendo utilizados. “É preciso reforçar o controle sobre todo tipo de medicamento comercializado e informar a população sobre os riscos da automedicação”, diz Fernandes. A opinião é compartilhada pelo vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), Denis Bertolini. De acordo com ele, a lista de medicamentos sob orientação farmacêutica atuaria como aliada da saúde pública no controle mais rigoroso sobre o medicamento. “Nós não queremos substituir o médico ou o dentista. A ideia é atuar em conjunto, encaminhando o paciente para tratamento e análise clínica ao menor sinal de que o uso da medicação não seja solução suficiente para equilibrar a saúde do usuário que se apresenta ao farmacêutico para adquirir o produto sem consulta prévia de especialistas”, avalia. O modelo já existe em países como Inglaterra, por exemplo. Lá, a campanha governamental “Abra a boca para o seu farmacêutico” ajudou no uso consciente do medicamento e também a desafogar o sistema público de saúde em mais de 30%, segundo pesquisa publicada pela London School no início da década passada. Ao contrário do Brasil, na Inglaterra os farmacêuticos podem receitar alguns tipos de medicamentos, assim como os enfermeiros. Para tanto, eles 72
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tos. Em 2003, a Anvisa publicou a RDC nº 138, de 29 de maio (republicada em 6 de janeiro de 2004), que é o principal regulamento dos MIPs. Baseada em critérios como índice terapêutico, toxicidade, legislações internacionais e a lista de medicamentos essenciais (Rename), a RDC nº 138/03 estabelece quais medicamentos são considerados isentos de prescrição através da lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE). Se um medicamento apresenta indicações que se enquadram dentro do GITE, ele será considerado um MIP”. Pela resposta dada, é possível verificar que a Anvisa não tem nenhuma intenção de regulamentar a lista de medicamentos sob responsabilidade farmacêutica. No entendimento dela, qualquer medicamento que não exija a prescrição médica é um MIP e, portanto, já foi regulamentado. As fontes ouvidas pelo Guia da Farmácia lamentam o entendimento da Agência e dizem que isso é reflexo de pressões exercidas por entidades de classe, como médicos, enfermeiros e fabricantes de medicamentos. “É lamentável que o assunto caminhe para isso. A Anvisa tem conhecimento da lei e sabe que tem obrigação de criar essa lista, porém ainda não publicaram e não convocaram a sociedade para debater. Nós vamos lutar até o fim para que a lista seja criada. Eles continuam falando em estudar lista de medicamento sob prescrição e MIPs, mas não falam em estudar essa lista que deveriam estar estudando para publicação. A lei é clara e nós, profissionais farmacêuticos, não podemos deixar que esse assunto caia simplesmente no esquecimento”, diz Rinaldo Ferreira. Denis Bertolini, vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), também acha inadmissível a forma com que a Anvisa vem tratando o tema e diz que Agência deixa passar uma oportunidade real de oferecer segurança para a população na hora em que se adquire um medicamento. “Uma entidade tão bem estruturada como a Anvisa não pode ser submetida a pressões e tem de tomar decisões apenas considerando a segurança dos pacientes brasileiros. A revogação da restrição aos
é no Brasil que ocorre o maior número de mortes por intoxicação medicamentosa da América Latina. Cerca de 29% dos óbitos no País são oriundos de complicações geradas pelo uso incorreto de medicamentos passam por alguns cursos de formação após o término da graduação. Ao estimular a campanha, a intenção do governo era ajudar o paciente a separar o que era uma infecção de garganta bacteriana de uma simples gripe. Ao abrir a boca para o farmacêutico, é possível identificar o problema através da observação das amígdalas e então prescrever um medicamento (em caso de apenas gripe) ou encaminhar o paciente para o sistema de saúde, caso haja secreção ou pus. No Brasil, a lei estabelece que os enfermeiros podem prescrever alguns medicamentos pertencentes ao Remume (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) dentro das unidades públicas de saúde. Essa prescrição é feita apenas para medicamentos de uso contínuo, destinados ao tratamento de doenças crônicas. Na prática, o enfermeiro pode controlar a quantidade de medicamento e estender ou não o período do tratamento já diagnosticado por um médico. “Se os enfermeiros já fazem isso, por que o farmacêutico, que tem formação profissional e acadêmica, também não pode fazer o mesmo fora ou dentro do âmbito hospitalar?”, questiona Denis Bertolini. “O farmacêutico sabe distinguir um fármaco do outro para que não haja interações e reações indesejadas. Já está mais do que na hora de delegar essa tarefa a esses profissionais”, completa.
Entraves legislativos O Guia da Farmácia procurou a Anvisa e questionou os motivos da demora para a promulgação dessa lista de medicamentos estabelecida em lei. Numa resposta protocolar, por meio de nota assinada pela assessoria de imprensa, o órgão diz o seguinte: “Os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) foram mencionados pela primeira vez na legislação sanitária brasileira na Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário de medicamen74
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Em qualquer domicílio é possível encontrar caixas e caixas de medicamentos guardadas, que são usadas sem discriminação e sem consulta prévia, ao menor sinal de dor MIPs, que voltaram em boa parte do País a serem comercializados livremente nas gôndolas, já foi feita de forma arbitrária, sem consenso entre as entidades do setor. Não podemos admitir que esse assunto tão caro aos profissionais do segmento seja ignorado”, argumenta Bertolini. A crítica do vice-presidente do CRF-PR diz respeito à revogação da Instrução Normativa nº 10, que em junho de 2012 voltou a permitir a venda indiscriminada dos MIPs ao alcance da população, nas gôndolas e prateleiras das farmácias de todo o País. Na época da revogação, a Agência tinha um grupo de trabalho para discutir a retomada e as consequências da restrição no mercado de varejo farmacêutico. Várias entidades e conselhos regionais do setor participavam das discussões. Mas foram surpreendidos, segundo Bertolini, pela decisão da Anvisa de retomar a venda. “O entendimento do grupo caminhava para a continuidade da restrição. Mas a Anvisa retomou a venda indiscriminada, baseada apenas numa pesquisa feita em São Paulo, onde a maioria das redes tinha liminar para manter a comercialização dos produtos, e que dizia que a venda não tinha sido alterada com a restrição. 76
A Agência não deu acesso à metodologia da pesquisa e, passado tanto tempo, tem ignorado o pedido do Conselho Federal de Farmácia (CCF) de trazer a público a pesquisa completa. A falta de transparência coloca o processo sob suspeita e mostra, no mínimo, algo estranho dentro da Anvisa”, argumenta o representante do CRF-PR. A restrição aos Medicamentos Isentos de Prescrição durou quase dois anos e meio e nesse intervalo onze estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Acre, Ceará, Pernambuco, criaram leis estaduais que revertiam a decisão da Anvisa e esvaziava o controle dos MIPs. O Paraná foi na decisão contrária e aprovou uma resolução estadual que vai na contramão, restringindo o acesso aos MIPs. A lei ainda é válida e a maioria dos estabelecimentos cumpre essa restrição. Bertolini diz que a restrição aos MIPs é um passo importante para que a lista de medicamentos sob orientação farmacêutica seja criada e diz que os conselhos regionais continuam na briga para que o assunto volte à pauta da Anvisa. Para ele, existem várias categorias de antitérmicos, xaropes, analgésicos e alguns anti-inflamatórios que precisam de supervisão farmacêutica para serem oferecidos aos pacientes. “Trata-se de uma briga pela saúde pública dos brasileiros e não daremos o braço a torcer”, avisa. Procurada, a Anvisa não se pronunciou até o fechamento desta edição sobre as críticas ao processo que culminou com a revisão da RDC 44/09 e liberou a venda dos Medicamentos Isentos de Prescrição nas gôndolas das farmácias.
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Como calcular a ST? 78
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Novo Conceito Fique atento e veja como realizar os cálculos da forma correta
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U
Uma mudança na forma do cálculo do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por Substituição Tributária (ST) para medicamentos entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2012. Estamos falando da portaria CAT 101, de 30 de junho de 2011, que estabelecia que as novas regras entrariam em vigor a partir de 1º de outubro daquele ano. Mas, em 29 de setembro, o governo publicou a portaria (CAT 137) prorrogando o prazo para 1º de janeiro de 2012. A Substituição Tributária (ST) é o sistema pelo qual o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido pela farmácia e distribuidor é pago antecipadamente pela indústria farmacêutica e repassado com base em cálculos que veremos a seguir. Atualmente esse imposto é pago com base nas margens sobre o preço faturado pela indústria e, a partir de outubro, o imposto antecipado será recolhido com base no Preço Máximo ao Consumidor (PMC). Como os preços praticados pelas farmácias estão abaixo do PMC, é permitido aplicar descontos no valor do PMC e é sobre esses valores com descontos que o ICMS será calculado.
Cálculos da nova ST A nova ST vem com um conceito novo. Trata-se de usar um valor como base de cálculo fixo tendo como referência o PMC usando um redutor de acordo com a categoria em que o medicamento se encontra (referência, genérico e/ou similar). Anteriormente, na base de cálculo usava-se um índice e esse índice era aplicado sobre o preço de nota fiscal, fazendo com que a base se tornasse flutuante. O impacto do imposto em % era sempre o mesmo enquanto que no novo momento o impacto do imposto depende do valor da nota em relação ao valor fixo definido, portanto, quanto menor o valor na nota maior será o imposto. O cálculo da nova ST é feito através da redução do PMC de acordo com o grupo do produto, conforme a tabela abaixo: Percentual (%) de desconto Categoria
Referência
Genéricos
Similares
Outros
Positiva
22,55
28,70
15,62
22,80
Negativa
16,62
24,53
17,12
17,70
Neutra
20,32
28,17
16,93
20,52
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Atraia o
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consumidor
Ao descobrir o motivo pelo qual um cliente frequenta sua loja, há uma série de ações que o varejista pode e deve oferecer em cada uma das etapas de seu processo de compra. Nesse aspecto, tão logo o cliente entre em seu estabelecimento, ele deve ter facilidade para encontrar as seções ou os itens que busca. Ele deve caminhar facilmente pela loja, com clareza sobre a sua oferta de sortimento, de valor. Loja bem organizada, sinalizada adequadamente, é essencial para atrair a atenção, ou seja, guiar e direcionar o cliente para aquilo que você quer mostrar. Mas cuidado com o que comunica, como comunica e a quantidade de ações dentro da loja. Temos uma capacidade limitada de atenção, lemos poucas palavras e somos mais visuais; assim, um ambiente muito poluído pode gerar influência negativa. Para chamar a atenção, é muito eficaz o uso de cores, luzes, imagens, etc. Seja qual for o material empregado (cartazes, displays, etc.), atenção especial deve ser dada às condições desses materiais. Não há espaço para materiais danificados, sujos ou letras ilegíveis. Outro desafio é conseguir que o cliente dedique mais tempo dentro da loja para um item específico e estimular a compra por impulso, por exemplo. Instigar ou estimular os “sentidos” utilizando promotoras/demonstradoras que saibam dar informações sobre o produto, dicas sobre uso, ou trabalhar aromas, músicas, são eficientes se de-
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senvolvidos adequados ao perfil e necessidades do cliente. Faz-se necessário destacar um ponto relevante. Pode-se evidenciar um benefício específico do produto, valorizar e destacar produtos relacionados a uma sazonalidade, valorizar um aspecto, entre outros. No canal farma, por exemplo, peças que destaquem alguns produtos relacionados ao verão, como os protetores e bronzeadores solares, hidratantes, ou que coloquem em evidência “produtos que fazem bem ao coração”. Neste aspecto, alguns varejistas já investem em inúmeras ações para influenciar e estimular o cliente a consumir. Dicas sobre como melhorar a experiência de compra: • No mínimo, faça o básico: sirva bem para servir sempre! • Equipe: com foco no cliente, com disposição em ajudar. Disponibilidade e envolvimento. • Ambiente: disponibilizar um espaço aconchegante, acolhedor: dar à loja uma atmosfera e um layout marcantes, exposição e organização. Considerar arquitetura, ambientação, aspectos visuais. • Produtos e serviços: excelente qualidade, disponibilidade (evitar rupturas), alinhadas às necessidades do cliente. • Jornada de compra: tornar o processo de compra o mais agradável possível: diversão, interação do cliente com produto e equipe, aspectos sensoriais. Além de tudo isso, é preciso operar sem falhas, inovar, fazer uso da tecnologia, ter preços alinhados e solucionar problemas.
Você sabe qual é a razão do cliente ir à sua loja? Fique de olho no comportamento e na rotina de compra
Fátima Merlin Economista, Master Business em Marketing pela FIA e especialista em varejo. É sócia-fundadora e diretora executiva da Connect Shopper – assessoria e consultoria na área de inteligência, varejo e shopper
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Saúde e vida Os medicamentos tarjados, a exigência de prescrição e o uso racional. Uma realidade próxima no Brasil?
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Gustavo S e m blano Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (regional Estado do Rio de Janeiro) – Anfarmag. Atualmente cursa a pósgraduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 86
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No segundo semestre de 2012 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retomou a discussão de um assunto deveras complexo: a exigência de prescrição (médica ou odontológica) como pressuposto à dispensação de medicamentos tarjados por farmácias e drogarias do Brasil. O País tem poucos laboratórios oficiais, mais precisamente 20 laboratórios públicos, encarregados da produção de medicamentos e, naturalmente, não atinge a demanda necessária. Não é por outra razão que a mesma Constituição permite que a iniciativa privada tenha certa liberdade para participar da assistência à saúde, como a produção, a distribuição e a comercialização de medicamentos. Dentre os medicamentos que necessitam de prescrição há dois tipos: os medicamentos que possuem substâncias sujeitas a controle especial (chamados de “controlados” ou “tarja preta”) e os que não as possuem, mas levam uma tarja de cor rubra em suas embalagens. Tanto farmácias, quanto drogarias, não realizam simplesmente a mercancia, a comercialização pura do medicamento; fazem e devem fazer algo maior, denominado de dispensação, sob pena de praticarem infração sanitária. E esta dispensação exige um profissional qualificado, que é o farmacêutico, cuja presença na farmácia e na drogaria é obrigatória durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. No Brasil, sempre houve uma tole-
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rância do poder público para permitir que os chamados “medicamentos tarjados” fossem dispensados sem a apresentação da devida prescrição. Apenas 26,3% da população brasileira possui planos de saúde e, assim, maior facilidade de contato com os prescritores; isto é, praticamente 3/4 da população brasileira depende única e exclusivamente do SUS que, infelizmente, está sobrecarregado e não atende como deveria. Outro fato é que se torna absolutamente impossível (ou possível se analisado de forma utópica, demagógica e populista) que estes os milhões de brasileiros consigam atendimento médico ou odontológico com celeridade, brevidade, rapidez. A doença atinge hoje uma pessoa e esta sabidamente necessita de um medicamento para combatê-la; todavia, ao se dirigir ao serviço público de saúde, é informada – invariavelmente em todo o País – que somente há vagas no ambulatório para dentro de tantos meses ou mesmo anos. Com a efetivação deste plano da Anvisa de condicionar a dispensação de medicamentos tarjados à prévia apresentação da prescrição, as farmácias e drogarias não poderão dispensar os medicamentos tarjados sem a prescrição, sob pena até de serem interditadas. E o que fazer com a doença, a dor, o sofrimento? Não se está defendendo que os medicamentos tarjados se transformem da noite para o dia em medicamentos anódinos; não, pois a prescrição e a dispensação devem caminhar de mãos juntas. foto: DIVULGAÇãO
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Corrida de
barreiras
Mesmo diante de infraestrutura precária e burocracia tributária, o mercado de distribuição e logística segue investindo em melhorias para aprimorar a qualidade do serviço oferecido
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Somente os filiados à Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan) arrecadaram R$ 5,92 bilhões em 2012, movimentando 444 milhões de unidades. As empresas registraram um crescimento de 39% em faturamento e 29% em unidade, em relação ao ano de 2011. A evolução do setor é impulsionada por seguidos resultados positivos apresentados pelas indústrias de medicamentos e de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC). No entanto, os cifrões e percentuais mascaram as dificuldades com as quais o setor de distribuição e logística tem de lidar para seguir operando no Brasil.
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Enquanto a infraestrutura é precária, a burocracia é bem airraigada e o sistema tributário caótico. Mas mesmo diante deste cenário desanimador, as distribuidoras e empresas de logística precisam seguir investindo em melhorias e profissionalização para não perderem terreno aos concorrentes e conseguirem acompanhar o ritmo de crescimento dos setores que atendem. “As empresas como um todo têm investido tanto na ampliação dos Centros de Distribuição (CDs), quanto na qualificação da equipe para poder atender a essa demanda cada vez mais crescente. E, obviamente, se atentando à questão do serviço prestado aos clientes”, diz o diretor-executivo da Abradilan, Geraldo Monteiro. fotos: shutterstock
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mesmo diante das dificuldades, as empresas mantêm expectativas positivas para 2013. de acordo com a abradilan, o setor deve crescer entre 15% e 20% em 2013. principalmente se forem trabalhados outros aspectos além das melhorias implantadas pelo setor privado A Ativa Logística, por exemplo, iniciou o investimento em melhorias no ano de 2012, inaugurando um novo terminal de 25 mil metros quadrados, sendo 13 mil de área construída, visando aprimorar a pulverização da distribuição e para tornar mais fácil atender aos critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a respeito do transporte de medicamentos. “O fato de termos mudado de local refletiu, sensivelmente, na produtividade. Melhoramos o escoamento de produtos e o tempo deste processo. Quando você tem um CD melhor localizado e melhor estruturado, você acaba otimizando a sua operação”, explica o diretor da Ativa Logística, Newton Tosim. Dentro da Distribuidora Navarro de Medicamentos, a iniciativa de aprimorar os processos ocorreu com a troca de todo o sistema de software utilizado pela equipe de vendas que atua na rua. “Adotamos um sistema mais prático, 100% informatizado, para que o pessoal esteja mais bem preparado nas negociações”, explica o diretor da empresa, Marcelo Navarro. Já a Andorinha Distribuidora de Medicamentos preferiu focar as mudanças no pessoal, ao invés de modificar a estrutura física. Após realizar estudos de custo e planejamento, a empresa decidiu investir na profissionalização de seus colaboradores. Uma das iniciativas foi a criação do curso MBA Andorinha, voltado a todos os supervisores, inclusive com a participação de membros da indústria. “Estamos passando por uma remodelação, tanto do ponto de vista de profissionalização interna de processos, quanto de pessoas. O que queremos hoje é ter um time azeitado. Aqueles que não se encaixarem nesse esquema não ficarão. Aliás, já reduzimos nosso quadro de funcionários”, conta o assessor da diretoria-executiva da Andorinha, Jorge Bertolino Filho. Também na busca por relações de trabalho mais profissionais, a distribuidora carioca Rio Drog’s investe na capacitação de seus 90
clientes, em grande parte pequenos varejistas. Ao retornarem da National Retail Federation, maior feira do varjeo mundial, realizada no início do ano em Nova York, profissionais da empresa realizaram uma série de palestras sobre as melhores novidades e práticas observadas lá fora. “Nós temos um papel importante na profissionalização do varejo. Além de distribuidores de produtos, temos que ser distribuidores de informações, de tecnologias e melhorias. Temos de alavancar isso nos clientes que não têm a mesma capacidade que as grandes redes”, acredita o diretor da Rio Drog’s, Ricardo Scaroni. O trabalho junto a pequenos e médios varejistas também é o foco da JK Medicamentos. Na empresa, a importância de fortalecer o cliente para também atingir um nível maior de maturidade é trabalhado, principalmente por meio do site farmaJá. Criado há um ano, todas as dúvidas sobre normas, questões jurídicas e de gestão são disponibilizadas na web, para auxiliar no dia a dia desses profissionais.” Os varejistas estão entendendo que não estamos em crise, pois crise passa. O mercado é assim, é competitivo, só quer os melhores. Para isso é preciso informação”, alerta o diretor comercial, José Carlos Sousa.
Obstáculos no caminho Todos esses esforços feitos pelas empresas geram resultados positivos e visíveis, mas poderiam atingir níveis ainda mais significativos se não fossem os diversos entraves enfrentados tanto pela logística quanto pela distribuição. Os problemas passam por várias frentes, como infraestrutura da malha viária e de transportes, burocracia tributária e concorrência acirrada, o que gera uma
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ta em outros estados, onde não existe a Substituição Tributária, para depois darem entrada no Estado de São Paulo. Com isso, conseguem vender os produtos a preços mais competitivos. “Dizem que o Fisco está pegando essas empresas, mas até hoje não vi acontecer”, lamenta Marcelo Navarro. Jorge Bertolino acredita em uma inevitável punição, mas que não impede os prejuízos imediatos. “Essas empresas que entram fazendo lambança no mercado não duram muito tempo, acabam sendo expurgadas. Mas durante o tempo que elas vivem, acabam prejudicando aqueles que estão sendo corretos.”
o varejista exige distribuição quase imediata e cabe às empresas estarem prontas para atender a esta nova realidade, pois concorrência é o que não falta. neste sentido, a disputa acirrada por clientes e melhores preços representa outro dos diversos complicadores enfrentados pelo setor guerra de preços nem sempre disputada de maneira leal. Para a Ativa Logística, possuidora de uma frota de mais de 500 veículos, que realizam operacões por meio de 23 filiais localizadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, as péssimas condições das estradas e algumas restrições à circulação existentes em grandes capitais causam grandes prejuízos. “Em São Paulo, enfrentamos um problema sério com o rodízio de veículos e o impedimento de circulação em vias importantes como as Marginais. Também temos que trabalhar com um gerenciamento de risco, tentando evitar o roubo de carga. Isso acaba sendo um dos maiores custos dos transportadores”, aponta Newton. Já para as empresas distribuidoras, a adaptação à Substituição Tributária (ST), iniciada há seis meses, é o maior obstáculo atualmente. Por obrigar o recolhimento do imposto já na saída do medicamento do fabricante, o mecanismo fez com que as empresas mudassem o modo de trabalhar. “Isso reflete em toda a cadeia de valor. A possível recuperação virá depois, então exige mais desembolso”, destaca Jorge Bertolino, da Andorinha, explicando que a prática de se trabalhar com um estoque muito grande tornou-se cara. “Hoje, estocar medicamento é estocar imposto. Muitas vezes, inclusive, o imposto tem um preço igual ou maior que o próprio valor do produto.” A desvantagem de manter esse estoque obrigou o distribuidor a trabalhar com uma logística mais intensa e ágil. O varejista exige distribuição quase imediata e cabe às empresas estarem prontas para atender a esta nova realidade, pois concorrência é o que não falta. Neste sentido, a disputa acirrada por clientes e melhores preços representa outro dos diversos complicadores enfrentados pelo setor. Para ganhar vantagem, empresas aventureiras e ‘laranjas’ recorrem a uma prática ilegal. A compra de medicamentos é fei92
Expectativas Mesmo diante das dificuldades, as empresas mantêm expectativas positivas para 2013. De acordo com a Abradilan, o setor deve crescer entre 15% e 20% em 2013. Principalmente se forem trabalhados outros aspectos além das melhorias implantadas pelo setor privado. “As empresas procuram cada vez mais melhorar serviços e produtos, mas também dependemos do trabalho do governo em desenvolver a economia, combater o desemprego e gerar renda. Se todas essas varíaveis forem positivas, irão influenciar no desempenho dos negócios”, avalia Geraldo Monteiro. A guerra desenfreada e até ilegal de preços também deve ser combatida para que o setor se desenvolva, segundo avaliação de José Carlos Sousa, da JK Medicamentos. “O mercado para distribuição está bom, mas o que me faz perceber um sinal amarelo é que não se busca muita qualidade, somente preços. Mas preço tem um limite, ele é finito. Em algum momento isso deve ser olhado.” Quando o preço deixar de ser o atrativo único e absoluto e forem privilegiados os serviços corretos e de qualidade, os esforços das empresas serão reconhecidos. Por isso, para Jorge Bertolino, da Andorinha, vale a pena seguir investindo para obter destaque e o reconhecimento no mercado. “Percebemos que o caminho que trilhamos até aqui não vai nos levar para a frente. A gente vai ter de achar um caminho diferente. Aquela ideia de ‘sempre fizemos assim’ não funciona mais. É urgente que se comece a pensar em mudar. A mudança é fundamental”, afirma.
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Chega de
prejuízo
Nos quatro primeiros meses do ano o Banco Central detectou 96 mil notas falsas circulando pelo País. Aprenda a identificar uma cédula verdadeira e proteja-se desse crime Por Flávia Corbó
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Ainda que o volume de compras e pagamentos realizados com cartões de débito e crédito apresentem um constante e significativo crescimento no País, o dinheiro vivo ainda tem grande importância para o brasileiro. Uma pesquisa realizada em 2010 pelo Banco Central revelou que cerca de 55% da população economicamente ativa no Brasil recebe o salário em dinheiro. Entre os que são remunerados por meio de contas bancárias, 29% realizam o saque do salário em caixas eletrônicos. Esta realidade faz com que haja uma enorme quantia de dinheiro em circulação no mercado fotos: shutterstock/milton galvani
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que 17% destes consumidores que receberam uma nota falsificada a passaram para a frente, transferindo o prejuízo para os donos dos estabelecimentos em que eles fizeram suas compras. Passar adiante notas falsificadas é crime. Elas devem ser entregues em uma agência bancária para ajudar a polícia a rastrear as quadrilhas de falsificadores. “Muitas vezes, o lojista também, por falta de orientação, acaba simplesmente descartando essa cédula, ao invés de reportar o ocorrido às autoridades. A falta de registro da ocorrência dificulta o combate à prática criminosa e leva a crer que os índices relacionados à circulação de notas falsas são, na verdade, ainda maiores do que os apresentados oficialmente”, reflete o presidente do comitê de prevenção de perda do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Carlos Santos.
Como identificar?
varejista e, junto a isso, uma alta incidência de notas falsas na praça. De acordo com dados fornecidos pelo Banco Central, somente até abril de 2013 já foram encontradas aproximadamente 96 mil cédulas falsas em todo o País. O índice pode ser ainda maior dependendo da região analisada. Os cinco estados com os maiores volumes de ocorrência são: Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que estas duas últimas localidades acumulam cerca de 40% das notas falsas. O montante significativo faz com que 30% dos brasileiros já tenham recebido alguma cédula falsificada. E um dado alarmante investigado pelo Banco Central mostra
As cédulas de R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 20,00 são as mais falsificadas. E vale redobrar a atenção nas épocas de maior movimento no comércio, como o Natal, quando as quadrilhas aproveitam a pressa dos caixas, que precisam atender muita gente em pouco tempo, e a desinformação do brasileiro, para soltarem um maior número de cédulas falsas. “Toda cédula tem vários detalhes que podem indicar que ela é verdadeira. Em uma nota nova de R$ 50,00 por exemplo, a faixa holográfica mostra o valor e a palavra ‘reais’ se alternando. Olhando contra a luz, a marca d’água revela a figura da onça e novamente o valor. No fio de segurança também está escrito ‘cinquenta reais’ e algumas partes da cédula, como a efígie da República, estão em alto relevo, por isso são mais ásperas ao toque”, explica o Banco Central em orientações oficiais publicadas no site da Instituição. As empresas, em particular os pontos de venda, não possuem profissionais especialistas quanto à análise de cédulas falsas, mas uma rápida análise dessas marcas de segurança pode diminuir o prejuízo. “Existem ainda situações em que a falsificação é grosseira, permitindo a identificação apenas comparando com outra cédula tida como verdadeira”, opina Carlos Santos. Conforme orientação do Banco Central do Brasil, após serem verificados os elementos de segurança das cédulas ou ser feita a comparação com outra cédula legítima, os pontos de venda podem 2013 julho guia da farmácia
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detalhes da identificação de cédulas verdadeiras Cédula da Primeira Família do Real (1994) 1. Observe a marca d’água. Segure a cédula contra a luz, olhando para o lado que contém a numeração. Observe na área clara, à esquerda, as figuras que representam a República ou a Bandeira Nacional, em tons que variam do claro ao escuro:
• As cédulas de R$ 50,00 e R$ 100,00 da Primeira Família apresentam como marca d’água apenas a figura da República. • As cédulas de R$ 10,00, R$ 5,00 e R$ 10,00 da Primeira Família podem apresentar como marca d’água a figura da República ou a Bandeira Nacional. • A cédula de R$ 2,00 da Primeira Família apresenta como marca d’água apenas a figura da tartarugamarinha com o número 2. • A cédula de R$ 20,00 da Primeira Família apresenta como marca d’água apenas a figura do mico-leão-dourado com o número 20.
Cédula da Segunda Família do Real (2010) 1. Veja a marca d’água. Segure a cédula contra a luz, olhando pela frente da nota (lado que contém a efígie), e observe na área clara as figuras que representam os animais, em tons que variam do claro ao escuro:
Observe que a imagem que aparece na marca d’água é diferente para cada cédula: • R$ 50,00: figura da onça-pintada e número 50. • R$ 100,00: figura da garoupa e número 100. 2. Descubra o número escondido:
• Com a frente da nota na altura dos olhos, na posição horizontal, em um local com bastante luz, você vê aparecer o número indicativo do valor dentro do retângulo no lado direito da nota. 3. Descubra a faixa holográfica:
2. Observe a imagem latente: • Observe a frente da cédula da Primeira Família (lado que contém a numeração), olhe a partir do canto inferior esquerdo, colocando-a na altura dos olhos, sob luz natural abundante: ficarão visíveis as letras “B” e “C”. 3. Observe a estrela do símbolo das Armas Nacionais nos dois lados da cédula da Primeira Família: • Olhando a nota contra a luz, o desenho das Armas Nacionais impresso em um lado deve se ajustar exatamente ao mesmo desenho do outro lado.
4. Sinta com os dedos o papel e a impressão: • O papel legítimo é menos liso que o papel comum. • A impressão apresenta relevo na figura.
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Ao movimentar a nota, você vê, nessa faixa à esquerda da frente da cédula, os seguintes efeitos: • Na nota de R$ 50,00 o número 50 e a palavra REAIS se alternam, a figura da onça fica colorida, e na folha aparecem diversas cores em movimento. • Na nota de R$ 100,00 o número 100 e a palavra REAIS se alternam, a figura da garoupa fica colorida, e no coral aparecem diversas cores em movimento. 4. Sinta o alto-relevo: Pelo tato, você sente o relevo em algumas áreas da nota. Na frente: • Na legenda “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”; • No numeral do canto inferior esquerdo; • No numeral do canto superior direito (somente nas notas de 50 e 100 reais); • Nas extremidades laterais da nota. No verso (somente nas notas de R$20,00 R$50,00 e R$100,00): • Na legenda “BANCO CENTRAL DO BRASIL”; • Na figura do animal; • No numeral.
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como agir ao receber uma nota falsa a) De um terminal de autoatendimento ou caixa eletrônico: Dentro de uma agência bancária e durante o expediente: neste caso é indispensável retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão deve procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência. b) Fora de uma agência ou do horário do expediente bancário: o cidadão deve retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e procurar em seguida uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência. Na primeira oportunidade, dirigir-se ao gerente de sua agência bancária para pedir providências. c) Numa transação do dia a dia: Se você desconfiar da autenticidade de uma nota após observar os elementos de segurança ou comparar com outra cédula legítima, você pode recusá-la. É importante sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central. Alerta: Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa-fé, pode ser condenado a uma pena de seis meses a dois anos de detenção.
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é possível ver mais claramente as marcas típicas de uma nota verdadeira. Também existem canetas que quando passadas pelo papel moeda soltam uma tinta de cor diferente caso esse seja falso. Quando o problema for percebido apenas após a conclusão da venda, a nota deve ser enviada junto ao numerário para depósito, onde será analisada pelo banco que a direcionará ao Banco Central.
Veja como funcionam os equipamentos que auxiliam a identificar cédulas. AL
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sim recusar-se a receber a cédula suspeita. Nesse momento é importante informar ao cliente que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central. “A loja deve abordar o consumidor de forma muito transparente e educada, de maneira a evitar qualquer tipo de indignação ou constrangimento a seu cliente, afastando assim perdas muito maiores. Mostre uma nota verdadeira, faça a comparação e sugira que ele procure o estabelecimento em que a recebeu para tentar obter uma substituição. Fale isso de forma clara, mas discreta, sem que os demais clientes ouçam”, orienta Carlos Santos. Nessa verificação, também é possível contar com a ajuda de tecnologias desenvolvidas para a identificação de notas falsas. Existem alguns aparelhos que testam notas por meio de uma luz utravioleta. Ao posicionar a cédula contra a luz,
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estratégia
O caminho
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Todos os momentos são oportunidades de compras, especialmente para o número crescente de shoppers que já incorporaram seus smartphones a essa função. A tendência torna difícil a tarefa de identificar com clareza quando é que um consumidor vai adquirir um produto ou serviço. Os modelos de jornada de compra, ou “path to purchase”, são comumente descritos como um percurso linear que começa quando o consumidor reconhece uma necessidade. Logo em seguida eles passam a ser avaliados por um processo de compra multipasso até o ponto no qual o consumidor avalia a experiência com o produto adquirido, a fase conhecida como satisfação do consumidor. Com a crescente adoção de ferramentas e tecnologias digitais, os modelos de análise da jornada de compra ganharam novas e inúmeras formas. A única coisa que os aproxima é o fato de todos não serem lineares. Nesse modelo pós-digital, um novo paradigma sustenta que os shoppers repetem seus passos, reconsideram e revisam alternativas em diversos canais e pontos de contato, formando um modelo circular ou não sincronizado. O processo de compras na era digital é, de fato, linear no sentido de que uma linha reta pode ser traçada a partir do momento em que se considera a realização de uma compra (ponto A) até a compra efetivamente realizada (ponto B). Independentemente do caminho, o objetivo final é o mesmo: a conversão. A forma mais representativa de mapear o comportamento do ponto A ao
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das compras ponto B é a transformação da linha reta em sequência linear, ou seja, em uma série contínua de eventos relacionados, que parecem estar linearmente em zigue-zague até que uma compra seja feita. Com a variedade de recursos disponíveis para a escolha do canal de compras, o próprio conceito de canal se torna menos relevante para um shopper que se percebe onipresente em sua interação com varejistas e marcas, tanto no mundo real quanto no virtual. A grande transformação do varejo acontece quando é possível entregar ao shopper uma combinação entre acesso, informação e engajamento, imprescindíveis ao novo modelo da jornada de compras. Pelos motivos citados acima, acreditamos que essa é uma grande oportunidade para o canal farma, pois nos fundamentos da sua vantagem competitiva estão: o acesso, a informação e o engajamento. Isto se traduz em prática na conveniência e no serviço oferecidos em loja, ou seja, na “compra assistida”. Para gerar mais convenções e recrutar cada vez mais compradores é essencial desenvolver um profundo conhecimento do shopper – e de sua jornada de compra –, pois isso ajuda na construção de categorias e no “shopability” (facilidade de navegar pelas categorias dentro das lojas). Muitas redes – mundo afora – transformaram a experiência de compra, e consequentemente suas lojas, focando esses alicerces de forma colaborativa com a indústria. Está claro que este é um caminho inevitável.
Com a crescente adoção de ferramentas e tecnologias digitais, os modelos de análise da jornada de compra ganharam novas e inúmeras formas
Ju l i o A ugusto M e l l o Gomes Diretor de consultoria da Kantar Retail South America
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Dentre as inúmeras opções de aparelhos, ferramentas e serviços é preciso saber qual a necessidade do estabelecimento, para realizar um investimento certeiro e que trará reais benefícios. um profissional poderá identificar as áreas de vulnerabilidade, o tipo de equipamento necessário e a quantidade adequada drogarias levam grande desvantagem em relação a outros setores do varejo por lidar com volumes pequenos e, muitas vezes, de alto valor agregado. Além disso, os produtos são facilmente comercializados no mercado paralelo. “Outro complicador é o fato de muitas lojas permanecerem abertas 24 horas. A madrugada é um período favorável a ações de bandidos. Somando todos os fatores, temos de ter em mente que além do cuidado com o patrimônio, estoque, medicamentos e dinheiro, qualquer tipo de ação nesses locais pode levar a uma situação mais complexa e oferecer risco a quem está dentro do estabelecimento”, alerta o especialista e gerente de projetos de segurança do Grupo GR, Niv Yossef. Por isso, a preocupação crescente em cercar-se de equipamentos de segurança. Mas dentre as inúmeras opções de aparelhos, ferramentas e serviços é preciso saber qual a necessidade do estabelecimento, para realizar um investimento certeiro e que trará reais benefícios. Um profissional poderá identificar as áreas de vulnerabilidade, o tipo de equipamento necessário e a quantidade adequada ao porte da loja. “Acaba-se economizando muito dinheiro e aumentando a eficiência da segurança. Há equipamentos de funções semelhantes que não precisam ser instalados juntos. É desnecessário; um supre a função do outro”, destaca o especialista.
Serviços disponíveis Atualmente, a tecnologia mais utilizada é a associação de imagens de câmeras ao sinal de alarme, que funcionam por meio de sensores de movimento. Esse tipo de tecnologia é instalado em portas, janelas e outras áreas de acesso, para evitar que uma invasão ocorra. Durante o período em que a loja está fechada, o sistema é acionado. Caso algum movimento seja detectado, o alarme é disparado e a imagem da câmera mostra a movimentação na área violada. Esse tipo de tecnologia é mais bem aproveitado quando a empresa conta com o serviço de monitoria remota. Ao soar o alar106
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atenção necessária Dicas básicas para evitar roubos e furtos em farmácias e drogarias: 1. Mantenha a loja sempre arrumada; 2. Tenha iluminação adequada; 3. Evite pontos escuros do ponto de vista de observação eletrônica; 4. Tenha proteção do PAR (produtos de alto risco) em 100% dos itens; 5. Antenas e câmeras devem ser ostensivamente colocadas, lembrando que o objetivo é evitar o furto e não pegar o ladrão; 6. Trate os funcionários com dignidade e cordialidade sem privilégios de uns em detrimento de outros, pois essas são as causas constantes de furtos internos. Fonte: Luiz Fernando Sambugaro, diretor de comunicação da Gunnebo Gateway Brasil
me, a empresa de segurança passa a acompanhar as imagens e prepara uma ação rápida de intervenção no local. “Essa ferramenta nos ajuda a não só combater uma tentativa de arrastão, por exemplo, como também nos permite agir rapidamente, porque nem sempre é possível contar com a polícia, pois muitas vezes não há previsão de chegada da viatura. Além disso, as imagens ajudam a identificar os autores da ação”, explica o diretor da Haganá Eletrônica, Luiz Sérgio Landini. Já na área interna dos estabelecimentos é aconselhado o uso de câmeras de vigilância e as imagens são controladas pelos próprios funcionários. Caso seja detectada uma ação suspeita, entra em cena outro dispositivo disponibilizado pelas empresas de segurança: o botão de pânico. “O funcionário está na loja e percebe que entraram dois elementos de capacete. Fica desconfiado da movimentação e aciona o botão de pânico. Nesse momento, a empresa de segurança é avisada e passa a acompanhar as imagens internas. Caso a ação se confirme suspeita, uma viatura particular é enviada ao local”, completa Luiz Sérgio. De acordo com um levantamento realizado junto a empresas especializadas em segurança de varejo, uma loja de pequeno/médio porte gastaria entre R$ 5 mil e R$ 6 mil em equipamentos para tornar seu estabelecimento mais seguro, além de um custo mensal de R$ 450,00, caso seja contratado o serviço de monitoramento remoto. “Se o estabelecimento tiver condições de ter um segurança, principalmente em período noturno, também é recomendável. Esse funcionário poderá ajudar na recepção
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Disposição ideal dos equipamentos de segurança
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dos veículos do lado de fora e ter outras funções dentro do estabelecimento, assim não fica tão oneroso, gera benefícios e não se torna somente mais um salário a ser pago”, aconselha Niv Yossef. O investimento pode variar de acordo com a instalação local, a quantidade de câmeras necessárias e a infraestrutura física existente para a instalação do equipamento. Mas para o diretor de comunicação da Gunnebo Gateway Brasil, Luiz Fernando Sambugaro, o custo da implantação de sistemas de prevenção de perdas sempre é positivo em relação ao custo-benefício. “O que pode variar é o tempo de retorno, isto em função das características e o custo dos equipamentos a serem implantados (tecnologia, custo de manutenção, renovação, suporte do fornecedor etc.).”
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ramenta, o momento certo de utilizá-las e inclusive quando é melhor não acionar nenhum dispositivo, para evitar colocar em risco a vida de alguém. Tanto os proprietários quanto os funcionários devem receber essa orientação profissional”, afirma Niv Yossef. Dentro desse treinamento podem estar inclusas dicas de como abordar um cliente pego furtando algum produto. Tecnicamente, a pessoa só pode ser abordada depois de ter passado pelo caixa e ao tentar sair sem pagar. “Para evitar situações de constrangimento é necessário treinamento adequado feito pelo fornecedor e uma clara e eficaz política com norma de procedimentos específicos de cada empresa”, diz Luiz Fernando.
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Além da instalação de equipamentos e dispositivos de segurança, é preciso preocupar-se com o preparo dos funcionários. Tanto a área de prevenção como a gerência, funcionários de caixa e chão de loja devem receber treinamentos internos, revisão periódica e campanhas de motivação, devendo ser gerida por profissionais específicos e não por qualquer funcionário da organização. “Os equipamentos não funcionam sem procedimento, ou seja, sem mão de obra. Tem que haver alguém que saiba a função de cada fer-
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câmera de segurança
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Aprenda a identificar atitudes suspeitas dentro de uma loja. www.guiadafarmacia.com.br
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Deixar de atender a uma expectativa do consumidor é o primeiro passo para perdê-lo à concorrência. Especialistas mostram o caminho para manter um sortimento completo, variado e atrativo Por Flávia Corbó 11 0
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Erro fatal D Dentro do casamento a fidelidade ainda é exigida pela maioria dos casais, mas no varejo essa premissa já foi abandonada há tempos. A busca pela comodidade, rapidez e conveniência faz com que os consumidores troquem de loja sem titubear, caso não tenham seus desejos atendidos ou enxerguem na concorrência atrativos mais interessantes. E uma das maneiras de fazer com que seu cliente não sinta vontade de olhar a loja ao lado é garantir que nada lhe falte no momento da compra. “A ausência de qualquer produto enfotos: shutterstock
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Médias Empresas dos Cursos de Férias da ESPM, Roberto Nascimento Azevedo de Oliveira, nos quesitos abastecimento de loja e planejamento de compras o varejo brasileiro ainda está muito atrasado. Além disso, há uma série de entraves que pioram a realidade. “Temos uma infraestrutura muito ruim, tanto rodoviária, quanto portuária e ferroviária – essa praticamente nula. A soma destes fatores prejudica muito o desempenho do empresário brasileiro.”
Reflexo negativo
trega de bandeja esse consumidor para a farmácia do concorrente”, alerta a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa. O erro da ruptura é tão grave quanto comum no varejo brasileiro. Enquanto especialistas avaliam que o índice aceitável de falta de produtos em uma farmácia ou drogaria deve gerar em torno dos 3% do total de itens da loja, o varejo farmacêutico brasileiro apresenta um percentual médio de 10%. O valor sofre uma redução quando avaliadas apenas as grandes redes, que apresentam índice de ruptura na casa dos 5%. De acordo com o professor do Curso de Pequenas e
As consequências para esse erro de gestão são as mais variadas possíveis. A primeira, e mais comum delas, é a perda da venda do item não encontrado. Mas, como o consumidor raramente vai a uma farmácia ou drogaria em busca de apenas um item, na falta de um produto o varejista pode deixar de realizar a venda de uma cesta inteira. “Tentamos resolver todas as necessidade no one stop shop. Por isso, o shopping center e polos de compra fazem tanto sucesso. Trata-se de resolver tudo de uma vez, com lojas completas e variadas que atendam a diversas necessidades”, avalia sócia-diretora de Inteligência de Mercado na Gouvêa de Souza, Cristiane Haase Osso. O problema torna-se ainda mais inconveniente quando, ao invés de um item de Higiene, Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), o produto em falta é um medicamento, solicitado por orientação médica, com prazo para começar o tratamento. “Isso gera uma frustração, pois o consumidor terá de resolver essa demanda em outro PDV, talvez somente em outro dia ou outro canal. A ruptura gera um desconforto, atraso de tempo e quebra de expectativa”, complementa. Além dos efeitos imediatos da venda não efetuada, a ruptura pode causar a perda definitiva de um cliente. “Quando não encontra o que procura, o consumidor se vê obrigado a ir à concorrência. Em uma dessas visitas, pode gostar da nova alternativa e decidir torná-la permanente”, pondera o professor de Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), Juracy Parente. A ruptura também pode ser fatal para a longevidade de um empreendimento. “Cerca de 80% do que falta são itens de alta lucratividade. Se dei2013 julho guia da farmácia
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Ferramentas aliadas
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Programa de gestão de estoque: independentemente do tamanho ou formato da loja, é preciso ter um sistema de gerenciamento de estoque e abastecimento. Treinamento: os funcionários que lidam com a comercialização e operação de estoque precisam ser capacitados a exercerem tal função. Logística integrada com fornecedor: a responsabilidade do sortimento completo não é só de quem compra. É preciso haver sinergia entre indústria, distribuidor e varejo.
Fonte: Roberto Nascimento Azevedo de Oliveira, professor do Curso de Pequenas e Médias Empresas dos Cursos de Férias da ESPM
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lumbrar com cada novidade que aparece, pois todas não caberiam em loja nenhuma, principalmente se a loja for pequena e o público limitado”, complementa. O varejista moderno precisa reconhecer que a decisão sobre o sortimento da loja deve partir do shopper. Antes de vender ou comprar uma mercadoria é preciso fazer pesquisa. Para isso, nada melhor do que estar presente no ponto de venda (PDV), em contato direto com o cliente. Todos os membros de uma empresa, desde o dono até o auxiliar administrativo, devem fazer pesquisa de campo. “Muitas empresas não têm a cultura de se relacionar com o consumidor. Os funcionários ficam atrás do computador, sem conversar com ninguém. Temos bons exemplos no comércio de bairro, feiras livres e padarias, por exemplo, onde se conversa muito mais com o shopper”, diz Roberto Nascimento Azevedo, ESPM.
Veja como o estoque virtual é essencial no combate à ruptura. AL
Procedimentos que evitam altos índices de ruptura
Os softwares de controle de estoque e abastecimento são os grandes aliados dos varejistas no esforço de manter um sortimento completo e variado. Algumas lojas possuem sistemas informatizados, integrados com suas matrizes e até com seus fornecedores principais, e outras, porque são independentes ou redes de menor porte, contam com sistemas menos sofisticados. Mas, independentemente do tamanho ou faturamento da farmácia ou drogaria, é importante que exista um controle organizado de compra e acompanhamento de giro. “Quanto tenho de estoque na loja? Quanto em depósito ou centros de distribuição? É preciso saber quanto eu compro e com qual frequência de abastecimento, para que exista um planejamento de reposição, com a estimativa de cada item versus a estimativa de recompra, planejada com meus distribuidores e fornecedores. Acompanho isso considerando a margem de segurança, que me permita minimizar rupturas”, detalha Cristiane Osso. Os sistemas mais elaborados possuem mecanismos de aviso, permitem a programação de margens de erro, prazo de reposição, em função das datas de distribuidores e fabricantes. Essas ferramentas mais precisas garantem um ganho maior ao gestor, por permitirem ajustes personalizados a cada loja e deixam o gestor menos dependente de uma análise item a item. Já os sistemas mais simples são mais acessíveis financeiramente e menos complexos de serem administrados, porém oferecem possibilidades mais limitadas de gestão. Independentemente do tipo de software adotado, é essencial ter conhecimento e dedicação ao gerenciá-lo. “É preciso ter treinamento, integração com o fornecedor, detalhamento das premissas que são utilizadas para alimentar esses sistemas”, diz Cristiane Osso.
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Novas indicações Os consumidores brasileiros estão em busca de opções de tratamento que lhes proporcionem menos riscos e mais qualidade de vida P o r K at h len R a m o s e Ma r c elo de V a léc i o
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Reconhecidos no mundo todo como elementos importantes na prevenção, promoção e recuperação da saúde, os fitoterápicos ganham terreno também no Brasil. A demanda por esse tipo de medicamentos no País acompanha o interesse internacional por uma alternativa mais saudável, ou menos danosa, de tratamento. Produzidos a partir de plantas frescas ou secas e de seus derivados que ganham diferentes formas farmacêuticas, como xaropes, soluções, comprimidos, pomadas, géis e cremes, os fitoterápicos desempenham 2013 julho guia da farmácia
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farmácias e drogarias também têm a missão de investir em ações de conscientização sobre o uso correto de medicamentos, particularmente para os isentos de prescrição. essa atenção ao consumidor pode incluir a criação de folhetos explicativos sobre fitoterápicos papel importante no cuidado contra dores, inflamações, disfunções e outros incômodos. São particularmente indicados para o alívio sintomático de doenças de baixa gravidade e por curtos períodos de tempo. Com a ampliação do consumo, cresce a demanda por novos compostos, inclusive para doenças mais complexas. Porém, segundo informa o diretor-presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa) e presidente da Bionatus Laboratório Botânico, Elzo Velani, o setor passa pela fase de consolidação da utilização para doenças de baixa complexidade e recorrentes. “O desenvolvimento de medicamentos para moléstias mais complexas deve constar nos projetos de desenvolvimento de longo prazo”, afirma. De acordo com ele, primeiro é necessário desmistificar o uso de fitoterápicos pela maior parte da população, além de promover uma ampla campanha junto aos médicos prescritores, tanto nos consultórios, quanto nas unidades básicas de saúde. Uma segunda etapa, intermediária, que as empresas já estão implantando, é inovar nas apresentações dos medicamentos tradicionais, descobrindo novas indicações para os medicamentos existentes, além de desenvolver apresentações de utilização mais confortável para o paciente.
Bom momento De olho nos resultados do setor farmacêutico como um todo, o segmento de fitoterápicos visa manter os negócios em alta e abocanhar novos nacos nessa indústria. A elevação do poder de compra das classes C, D e E reflete diretamente na expansão positiva, uma vez que esses medicamentos são mais acessíveis. Além disso, com a elevação do poder aquisitivo aumenta a preocupação com a saúde e a qualidade de vida. Consequentemente, cresce a procura por medicamentos preventivos e que tragam bem-estar. 11 8
Aproveitar esse movimento e aprender a lucrar mais com os fitoterápicos são desafios para farmácias e drogarias brasileiras. As empresas podem otimizar seus recursos e ampliar ganhos com medidas simples, como organizar os produtos de acordo com os interesses dos consumidores. No caso dos fitoterápicos, se possível, reservar a eles um local específico e próximo a produtos relacionados com o bem-estar, como os alimentos funcionais. “Criar uma seção de fitoterápicos é a melhor solução. Quando o consumidor identifica a categoria, toma intimidade com os produtos e escolhe com mais facilidade; isso aumenta as vendas”, sugere a analista de varejo Regina Blessa. Ela explica que os fitoterápicos devem ter sua categoria numa gôndola se forem da mesma família. “Eles até podem ficar nos checkouts, mas só se forem para fazer um ponto extra.” Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os medicamentos fitoterápicos seguem as mesmas regras de exposição de qualquer medicamento; os isentos de prescrição podem ser mantidos na área de autosserviço, enquanto os de venda sob prescrição médica devem ser mantidos atrás do balcão. Farmácias e drogarias também têm a missão de investir em ações de conscientização sobre o uso correto de medicamentos, particularmente para os isentos de prescrição. Essa atenção ao consumidor pode incluir a criação de folhetos explicativos sobre fitoterápicos, folders para públicos específicos (mulheres grávidas, lactantes, idosos, crianças) e até a contratação de especialistas para dar palestra sobre o tema para a população. Além de contribuir para o uso responsável, essas ações trazem incremento à imagem da marca e se traduzem em resultados de vendas, com a fidelização da clientela. Tais práticas devem ser utilizadas sem, contudo, esbarrar na indução ao consumo. Tudo vai depender do critério escolhido nas campanhas.
Dispensação responsável A procura por medicamentos fitoterápicos cresce dia após dia, seja pela busca cada vez maior por tratamentos com base em medicamentos “menos agressivos e mais
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naturais”; pelo maior acesso da população à saúde; ou pela alta de prescrições médicas. Seja qual for o motivo, com exceção dos medicamentos de venda restrita, sob prescrição médica, os fitoterápicos de venda livre ficam sob a responsabilidade do farmacêutico. É esse profissional que tem autonomia para a orientação na automedicação responsável, de acordo com a Resolução nº 477 de 28 de maio de 2008 do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Para isso, é necessário, no entanto, que o farmacêutico conheça as indicações, contraindicações e riscos envolvidos nessa terapêutica. No caso específico dos fitoterápicos, os cuidados devem ser redobrados no momento da dispensação, já que esses medicamentos ainda são cercados por alguns mitos, conforme alerta a docente do curso de Farmácia da Universidade Anhembi Morumbi, profª Dra. Raquel Donatini. “A cultura popular prega, erroneamente, que ‘se é vegetal, não faz mal’. No entanto, um simples extrato vegetal, até mesmo na forma de chá, é constituído de milhares de substâncias químicas diferentes, que podem interagir negativamente com outros medicamentos que o consumidor eventualmente utilize, ou mesmo com alimentos, ocasionando deficiências nutricionais em longo prazo. Os riscos mais graves incluem interações entre medicamentos fitoterápicos e sintéticos, além de efeitos adversos que os fitoterápicos isoladamente possam apresentar”, alerta a especialista. André Hinsberger, professor da graduação em Naturologia da Universidade Anhembi Morumbi (curso que também contempla a disciplina de Fitoterapia na grade curricular), lembra
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Princípios ativos mais utilizados no Brasil Guaco (Milania glomerata): funciona como broncodilatador e expectorante, sendo utilizado no combate a doenças respiratórias, dor de garganta e bronquite. Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia): auxilia no tratamento de gastrite, úlcera duodenal e sintomas de dispepsias. Ginkgo (Ginkgo biloba): reduz tonteiras, melhora a memória, alivia as dores nas pernas e nos braços e elimina o zumbido no ouvido. Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum): usado contra problemas de circulação sanguínea, varizes, hemorroidas e como anti-inflamatório. Valeriana (Valeriana officinalis): indicada para insônia crônica e como calmante. Fontes: Abifisa, Ministério da Saúde e Anvisa
alguns riscos que fitoterápicos ou plantas medicinais podem trazer. “Todas as plantas têm um potencial de risco. Se um paciente realiza um transplante e toma imunossupressores, que previnem a rejeição do órgão transplantado, por exemplo, o uso de alguns tipos de chás pode reduzir o efeito desses medicamentos. Outro exemplo é a Ginkgo biloba, que pode ser usada para pacientes que procuram afinar o sangue. Quando associada a outro medicamento alopático que tem o mesmo fim, o paciente pode ter pequenas hemorragias. Dessa forma, é fundamental que plantas medicinais e fitoterápicos sejam indicados por profissionais habilitados”, adverte. Portanto, é preciso que o farmacêutico conheça a fundo a variedade de reações que um medicamento fitoterápico possa apresentar, sejam elas positivas ou negativas. “Muitas vezes as informações obtidas na graduação não são suficientes em virtude da complexidade desse assunto, bem como em função das descobertas que têm avançado rapidamente. Sendo assim, uma boa dispensação de fitoterápicos requer estudos mais aprofundados, geralmente em cursos de especialização, e atualização constante no que se refere à pesquisa de plantas medicinais”, avisa a profª. Raquel Donatini. “Com os conhecimentos atualizados em fitoterapia, o farmacêutico poderá prestar a assistência adequada à população com base científica e não apenas com base no conhecimento empírico”, acrescenta o coordenador do curso de graduação em Farmácia do Centro Universitário São Camilo – SP, prof. Alexsandro Macedo Silva.
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Regiões fragilizadas Mudanças bruscas de temperatura facilitam o surgimento de doenças, e a garganta e os ouvidos ficam mais propensos às infecções. Entenda como surgem as doenças e conheça os métodos preventivos Por raqu e l s e n a
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Está cada vez mais comum observar que as quatro estações do ano se tornam presentes em um único dia. As oscilações climáticas facilitam o surgimento de doenças, entre elas as inflamações na garganta e no ouvido. As infecções de garganta, mais comumente chamadas de faringites, podem ser virais ou bacterianas. De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Oswaldo Laércio de Mendonça Cruz, as infecções virais são adquiridas da mesma maneira que a gripe: transmissão por saliva, ou seja, proximidade com pessoas, copos ou talheres contaminados. Já as infecções bacterianas normalmente ocorrem quando o indivíduo enfrenta um período de baixa resistência, como por exemplo cansaço, estresse ou má alimentação. “As bactérias
que habitualmente se alojam na garganta aproveitam-se desse momento e desencadeiam a infecção”, afirma. As infecções alérgicas são também frequentes quando ocorrem mudanças do clima de forma abrupta, quando as pessoas entram em contato com poeira, objetos embolorados ou produtos químicos que desencadeiam a reação alérgica. Os principais sintomas relacionados às infecções da garganta são: dor na região, febre, dificuldade para engolir alimentos ou líquidos, além da indisposição, cansaço e mal-estar. Porém, no caso da infecção por vírus, a febre é de menor intensidade. “Algumas crianças podem apresentar dificuldade para engolir saliva e ficam com a boca cheia de secreção, a sialorreia”, explica o otorrinolaringologista e vice-presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
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A escolha dos medicamentos dependerá do tipo de infecção. De acordo com a necessidade, pode-se introduzir antipiréticos, analgésicos e até anti-inflamatórios. Quando houver infecções bacterianas, o antibiótico costuma ser o principal medicamento para o tratamento
métodos preventivos Algumas práticas no dia a dia ajudam a evitar as infecções. Oriente seu cliente a: • Fazer uma boa higienização das mãos, principalmente antes das refeições; • Evitar aglomerações de pessoas, principalmente nas epidemias de gripe com especial atenção às pessoas do grupo de risco: gestantes, criança abaixo de dois anos e idosos com idade superior a 60 anos; • Após o início dos sintomas gripais, fazer hidratação e procurar auxílio médico assim que perceber exacerbação do quadro clínico; • Evitar excesso de água nos ouvidos e não usar cotonetes; • Manter o calendário de vacinação em dia. Fontes: Dr. Cícero Matsuyama, do Hospital CEMA, e Dr. Oswaldo Laércio de Mendonça Cruz, do Hospital Sírio-Libanês
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(ABORL-CCF), Dr. Luciano Rodrigues Neves. A infecção, quando é viral, permanece entre três e quatro dias. Já a bacteriana dura mais, sendo necessário o uso de medicamento para seu controle.
Em sintonia Os ouvidos e a garganta são órgãos intimamente relacionados, tanto no que diz respeito à sua localização quanto à sua função. Segundo o Dr. Oswaldo Laércio de Mendonça Cruz, do Hospital Sírio-Libanês, a orelha média se conecta com o nariz através da tuba auditiva. Assim, pode-se considerar o ouvido médio uma extensão do aparelho respiratório alto. Como a amígdala está na transição entre boca e faringe, faz também parte do aparelho respiratório. Sendo assim, essas estruturas comunicam o ouvido ao nariz e, por conseguinte, à garganta. Como essas áreas estão conectadas, uma infecção de garganta pode progredir para uma infecção de ouvido – conhecida como otite – e vice-versa. Da mesma forma que as faringites, as infecções de ouvido também ocorrem quando há um desequilíbrio do sistema imunológico diante do contato com os agressores (bactérias ou vírus). A única diferença é o local onde se instala a infecção.
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orientação de ponta No inverno aumentam todas as infecções respiratórias em virtude das alternâncias da temperatura e do aumento da poluição, que agridem o aparelho respiratório. O clima seco, caracterizado pela baixa umidade do ar e comum nessa época do ano, torna as pessoas mais suscetíveis a doenças, sejam elas infecciosas, inflamatórias ou alérgicas transmitidas pelo ar. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 30% da população mundial sofre com algum tipo de alergia respiratória. Uma das infecções mais comuns com o tempo seco é a irritação na garganta. Para que os clientes se previnam da enfermidade o ideal é que evitem ar condicionado e umedeçam o ambiente. “Além disso, é importante não permanecer em ambientes fechados e se vacinar contra as bactérias Hemophilus e Pneumococo – hoje em dia já incluídas no calendário de vacinação infantil – e também contra o vírus Influenza”, garante.
As infecções, se não tratadas corretamente, podem evoluir para quadros clínicos mais graves, tais como pneumonia, meningite, abscessos cervicais e até abscessos cerebrais 126
Há dois tipos de infecção de ouvido: a externa aguda e a média. “A primeira resulta da infecção e inflamação do conduto auditivo externo, associado normalmente à manipulação inadequada do conduto auditivo externo (por hastes flexíveis com ponta de algodão) ou lesão da pele do conduto ou até mesmo a exposição excessiva de umidade como após banho na praia ou piscina. Já a otite média pode ser originada após uma infecção das vias aéreas superiores”, detalha o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Dr. Cícero Matsuyama. Da mesma maneira que as faringites, as otites causam sintomas e sinais generalizados, como mal-estar,
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febre e irritabilidade. O incômodo nos ouvidos pode ser referido como dor local, dificuldade para escutar, zumbido e até tontura. Alguns pacientes também podem referir sensação de ouvidos entupidos. Nas crianças pode ocorrer febre e diarreia. Segundo o Dr. Luciano Rodrigues Neves, da ABORL-CCF, as faringites e otites são contagiosas. “Como os principais causadores são bactérias e vírus, é muito comum observar uma família inteira ser contaminada a partir de um ente doente”, garante.
Cuidando da saúde do paciente Para o adequado tratamento do paciente acometido por uma dessas infecções, o médico deve avaliá-lo por meio de um interrogatório sobre os principais sintomas e sinais apresentados por ele. Após isso, o especialista realizará um minucioso exame clínico com intuito de detectar as alterações. Diante dos resultados, é indicado o melhor tratamento. A escolha dos medicamentos dependerá do tipo de infecção. De acordo com a necessidade, pode-se introduzir antipiréticos, analgésicos e até anti-inflamatórios. Quando houver infecções bacterianas, o antibiótico costuma ser o principal medicamento para o tratamento. Mas vale ressaltar que todo e qualquer produto utilizado sem necessida128
de pode piorar a doença ou até apresentar complicações. Por isso, os pacientes da farmácia devem ser orientados a evitar a automedicação. Há também casos em que a cirurgia é indicada aos pacientes, como por exemplo nas amigdalites recorrentes ou crônicas. “Aconselha-se a cirurgia quando a pessoa apresenta dois ou mais episódios de infecção bacteriana aguda por ano. No caso das otites, a cirurgia pode ser indicada quando existe a otite crônica secretora de base, facilitando a infecção de repetição. A drenagem e colocação de tubo de ventilação é um procedimento muito comum, especialmente em crianças, pela disfunção da tuba auditiva. As otites crônicas com perfuração do tímpano e alterações do osso temporal também são tratadas cirurgicamente”, explica o otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês. As infecções, se não tratadas corretamente, podem evoluir para quadros clínicos mais graves, tais como pneumonia, meningite, abscessos cervicais e até abscessos cerebrais. “As populações que merecem mais atenção são as crianças pequenas e os idosos. Por isso, é sempre importante que os pais observem e acompanhem as crianças durante o processo de recuperação. Caso haja algo que não esteja bem, devem retornar ao médico o quanto antes”, sugere o Dr. Neves, da ABORL-CCF.
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Muito comum entre o público feminino, a constipação ainda é considerada tabu por muitas mulheres. A ingestão de fibras e líquidos pode solucionar o problema
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Sair da rotina, mudar um pouco de ares é sempre bom, porém para algumas pessoas a mudança de ambiente pode trazer problemas à saúde, como por exemplo a prisão de ventre. A prisão de ventre e o intestino preso são os nomes populares pelos quais é conhecida a constipação intestinal, um distúrbio comum caracterizado pela dificuldade persistente para evacuar, que afeta homens e mulheres. De acordo com o especialista em coloproctologia e gastroenterologia do Hospital São Camilo, Dr. Henrique Perobelli, até 25% da população mundial
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sofre de constipação. As mulheres são a maioria em uma proporção de 7:3. A vergonha em torno desse tema ronda mulheres no Brasil todo e nas mais diversas faixas etárias. Foi o que apontou a pesquisa realizada em 2010 pela TNS Research Market, encomendada pela Danone, com mais de mil brasileiras entre 18 e 70 anos em 11 cidades do País. O estudo mostrou que 76% delas não conversam abertamente com os médicos sobre problemas intestinais. Apesar de ainda ser um tabu para muitas mulheres, as principais causas da constipação são conhecidas e podem ser modificadas pelo acompanhamento do especialista. fotos: shutterstock
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o farmacêutico deve ficar atento no caso em que o cliente esteja decidido a se automedicar. é importante destacar a importância do acompanhamento médico e os riscos de uma automedicação não orientada Dentre elas a dieta pobre em fibras, sedentarismo, abuso de certas medicações e uso indiscriminado de laxantes. “Entender as suas causas, prevenção e tratamento é fundamental para trazer alívio a uma parcela significativa da população moderna”, garante o Dr. Perobelli. Não atender à urgência para evacuar, quando ela se manifesta, também pode comprometer o funcionamento regular dos intestinos. Pessoas que evacuam entre três e 17 vezes por semana são consideradas normais. Pacientes que evacuam menos de três vezes por semana são ditos constipados crônicos e merecem investigação médica. “As mulheres têm mais tendência ao problema pelo fato de uma educação restritiva. Muitas delas aprendem que não se deve evacuar em ambiente que não seja a própria casa. Consequentemente, quando surge o desejo evacuatório, elas não o obedecem, o que só tende a interferir no hábito intestinal. De fato, isso leva indivíduos a deixar de receber esse estímulo paulatinamente a cada dia que passa”, explica o gastroenterologista do Hospital Albert Einstein, Dr. Sidney Klajner.
Durante a gestação No caso das mulheres grávidas, as alterações hormonais são as principais causadoras da constipação intestinal. “O hormônio progesterona age relaxando a musculatura do intestino, deixando-o mais lento. Com o avançar da gestação, a cavidade pélvica e abdominal é ocupada pelo útero que pressiona e empurra os demais órgãos, dificultando a livre passagem de fezes. A gestante também requer mais água para manter o líquido amniótico, o qual é retirado das fezes, caso a futura mamãe não se hidrate bem”, detalha o especialista Henrique Perobelli. A prisão de ventre pode, ainda, estar associada a doenças do cólon e do reto, como diverticulose, hemorroidas, fissuras anais e câncer colorretal.
Influência direta Alguns fatores cotidianos influenciam no aparecimento da constipação tais como alimentação inadequada e irregular, 134
estresse, excesso de trabalho e pouco tempo para cuidar de si próprio. Os sintomas da prisão de ventre podem variar de uma pessoa para outra ou na mesma pessoa nas diferentes crises. Os mais característicos são cólicas, distensão abdominal, sensação de flatulência, dificuldade em evacuar e força extrema para excretar as fezes. O levantamento da história do paciente, seguido de um exame clínico minucioso, é o passo fundamental para o diagnóstico da constipação. Esse diagnóstico é feito a partir do levantamento da história do paciente, seguido de um exame clínico. “Caso seja constatado, exames complementares são necessários para que se possa classificar o tipo de constipação intestinal”, afirma o Dr. Perobelli.
Tratamento O tratamento para esses casos é simples. O paciente precisa fazer uma reeducação alimentar, praticar exercícios físicos, adquirir hábitos saudáveis, ingerir líquidos e observar o desejo de evacuar. Medicamentos e laxantes também podem ser utilizados no tratamento, porém apenas sob orientação de um especialista. “A constipação não tratada pode evoluir para formas mais graves e causar algumas complicações sendo as mais comuns a fissura anal, hemorroidas, abscesso perianal e fístula anorretal”, alerta o coloproctologista do Hospital Samaritano, Dr. Miguel Russo. O especialista esclarece ainda que o tratamento cirúrgico não é comum. Entretanto, em alguns casos a cirurgia está indicada: “é o caso de tumores do colo e reto, endometriose colorretal profunda, megacolo da doença de Chagas, entre outros”.
Atendimento de qualidade A orientação farmacêutica pode contribuir na prevenção
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da constipação, permitindo a identificação das causas, que podem incluir doenças, má alimentação ou hábitos inadequados ou ainda uso de medicamentos. De acordo com o professor doutor do Departamento de Fármacos e Medicamentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Jean Leandro dos Santos, o farmacêutico deve primeiro tentar investigar a causa do problema, pois muitos deles são resolvidos através de medidas não farmacológicas, e nesse aspecto a orientação do farmacêutico é muito importante. Com relação ao uso de medicamentos que podem levar à constipação, o Dr. Santos cita como exemplo os analgésicos opioides. “Nesse aspecto, sempre que um medicamento causar efeito adverso – no caso, a constipação – o farmacêutico pode auxiliar indicando medidas não farmacológicas como, por exemplo, aumento da ingestão de água, alimentação saudável, rica em fibras, realização de atividade física, entre outras. Importante destacar que a farmácia é geralmente o último momento antes do uso do medicamento, e por isso serve como ponto de orientação aos usuários quanto aos problemas de saúde e uso de medicamentos.” O farmacêutico deve ficar atento no caso em que o cliente esteja decidido a se automedicar. “É importante destacar a importância do acompanhamento médico e os riscos de uma automedicação não orientada. Mesmo os medicamentos considerados de venda livre devem ser prescritos pelo especialista e acompanhados pelo farmacêutico”, destaca o Dr. Santos.
constipação
Dicas para ajudar o intestino a funcionar melhor Recomende aos clientes da farmácia que: • Mantenham hábitos alimentares regulares, ricos em fibras. • Bebam no mínimo 1,5 litro de água por dia. • Pratiquem atividades físicas. • Evitem usar medicações como ansiolíticos e antidepressivos por conta própria. • Obedeçam aos desejos do intestino e sempre que possível se lavem após evacuar, evitando microtraumas diários da região com o uso de papel higiênico. • Evitem dizer à criança que não deve evacuar fora de casa, pois isso pode gerar nela dificuldade para ir ao banheiro. • Procurem sempre ajuda especializada caso o seu intestino não funcione mesmo com a ingestão de fibras e práticas esportivas. Fonte: Dr. Henrique Perobelli, do Hospital São Camilo, e Dr. Miguel Russo, do Hospital Samaritano
Hemorroidas, mal certeiro A constipação favorece o aparecimento de hemorroidas pelo aumento do volume das fezes causando um maior atrito no canal anal e pelo esforço evacuatório, frequente na constipação. As veias hemorroidárias estão presentes no organismo humano desde o nascimento e só são consideradas como doença quando se tornam clinicamente sintomáticas. Segundo o especialista em coloproctologia e gastroenterologia do Hospital São Camilo, Dr. Henrique Perobelli, a doença hemorroidária é oriunda de um desabamento do tecido conectivo adjacente, resultado do excesso de força ao evacuar, constipação crônica, dieta pobre em fibras, gravidez, hereditariedade, idade, ocupação, dentre outras causas. De acordo com o coloproctologista do Hospital Samaritano, Dr. Miguel Russo, a doença hemorroidária pode ser assintomática, mas em geral apresenta sintomas, sendo os principais o sangramento, o prurido, a dor e o desconforto quando há o prolapso hemorroidário, causando uma dificuldade para evacuação normal. A hemorroida pode surgir desde a fase de crianças maiores e adolescentes, porém acomete principalmente as mulheres. “Primeiro pelo maior número de pacientes que sofrem de constipação intestinal e segundo pela gestação. O aumento do volume
do útero ao avançar da gestação causa uma dificuldade de retorno venoso pela veia cava inferior e um represamento de sangue nas partes baixas do corpo, o que pode levar a uma dilatação irreversível das veias hemorroidárias”, afirma o Dr. Perobelli. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. Clinicamente são indicadas medidas higienodietéticas ( abolir o papel higiênico e substituir por ducha higiênica ou chuveirinho) e ingerir alimentos ricos em fibras e muito líquido. A medicação tópica é realizada com pomadas e/ou supositórios à base de anestésicos, anti-inflamatórios e corticoides. “Utilizamos ainda drogas vasoativas que diminuem o sangramento, o edema, a inflamação e a dor local”, conta o Dr. Russo. Para se prevenir é importante que o paciente tenha bons hábitos alimentares, evite pimentas e temperos picantes, faça exercícios físicos regularmente e evacue sempre que sentir vontade. 2013 julho guia da farmácia
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Informação
às escuras Cerca de 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados com diagnóstico precoce, mas a falta de preocupação do brasileiro com a saúde dos olhos colabora para a alta incidência de doenças oculares
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Por flávia corbó
Enquanto o ponteiro do relógio segue seu movimento ininterrupto, a cada cinco segundos uma pessoa fica cega no mundo. Passado um minuto uma criança perde a visão. São 285 milhões de pessoas vivendo com baixa visão ou cegueira. Dessas, 39 milhões são cegas e 246 milhões têm moderada ou grave deficiência visual. Esses dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as doenças da visão têm grande incidência e podem ter consequências graves quando tratadas da
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maneira incorreta ou tardiamente. No Brasil, a situação é semelhante. Segundo informações do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no País, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão. Mas o dado mais alarmante é que 80% dos casos de cegueira resultam de causas previsíveis e/ou tratáveis, que com um diagnóstico precoce poderiam ser evitadas. Muitas doenças relacionadas à visão não aprefotos: shutterstock
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quando o uso de óculos se faz necessário? Veja os problemas mais comuns que atrapalham a visão do brasileiro no dia a dia: Presbiopia A presbiopia ou vista cansada é a perda natural e progressiva da capacidade do olho em focalizar objetos de perto e de longe. Sintomas: desconforto nos olhos durante a leitura, impossibilidade de focalizar os objetos que se encontram mais próximos durante períodos prolongados, as letras impressas só são reconhecidas quando mantidas suficientemente afastadas dos olhos, dores de cabeça, os olhos ficam cansados e, principalmente, a vista desfocada. Astigmatismo É uma deficiência visual causada pelo formato irregular da córnea ou do cristalino, formando uma imagem em vários focos que se encontram em eixos diferenciados. Uma córnea normal é redonda e lisa. Nos casos de astigmatismo, a curvatura da córnea é mais ovalada, como uma bola de futebol americano. Este desajuste faz com que a luz se refrate por vários pontos da retina em vez de se focar em apenas um. Sintomas: todos os objetos – tanto próximos como distantes – ficam distorcidos. Embora o astigmatismo brando possa ser assintomático, graus mais intensos podem causar visão borrada, fadiga ou dores de cabeça. Miopia Miopia é o distúrbio visual que acarreta uma focalização da imagem antes que esta chegue à retina. Uma pessoa míope consegue ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes são visualizados como se estivessem embaçados (desfocados). Sintomas: má visão ao longe, estando a visão de perto salvaguardada, além de fadiga ocular e dores de cabeça (fato incomum). Fonte: Dr. Sérgio Crivelin, oftalmologista do Hospital CEMA
sentam sintomas e, quando descobertas, já estão em estágio bastante avançado e de difícil regressão. Visitas periódicas ao oftalmologista são a melhor maneira de detectar algum problema, mas a consulta a um especialista em saúde dos olhos parece não estar na agenda de compromissos da maioria dos brasileiros. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, o laboratório Bayer realizou uma pesquisa com 4.030 pessoas, entre homens e mulheres acima dos 35 anos, nas cidades de Recife, Porto Alegre, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Apenas 23% dos entrevistados consultam um oftalmologista uma vez por ano e 11% nunca se consultaram com este tipo de especialista. A baixa frequência de consultas chama ainda mais a atenção quando é avaliado que 75% dos participantes da pesquisa revelaram que sofrem de algum problema
de visão. E a falta do hábito de visitar o médico faz com que 55% deles não saibam especificar qual seria esse problema. Dentre os que têm informação sobre sua doença, a catarata foi a mais citada, com 16%. A catarata é uma patologia dos olhos que consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou de sua cápsula. Pode ser desencadeada por vários fatores, como traumatismo, idade, Diabetes mellitus, uveítes, uso de medicamentos, etc. Tipicamente, apresenta-se como embaçamento visual progressivo que pode levar à cegueira ou visão subnormal. “É uma doença conhecida há milhares de anos e sua cirurgia já é realizada há séculos. Atualmente a técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento consiste na remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado Faco2013 julho guia da farmácia
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tempo precioso A cada cinco segundos Passado um minuto uma pessoa fica cega uma criança perde a visão. no mundo.
80% dos casos de cegueira resultam de causas previsíveis e/ou tratáveis, que com um diagnóstico precoce poderiam ser evitadas. São 285 milhões de pessoas No Brasil, a situação é semelhante. São 6,5 vivendo com baixa visão ou milhões de pessoas cegueira. Dessas, 39 milhões com deficiência visual no são cegas e 246 milhões 582 mil País, sendo têm moderada ou grave cegas e 6 milhões deficiência visual. com baixa visão Fontes: OMS e IBGE
-emulsificação, e posterior implante de uma lente intraocular”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Dr. Sérgio Crivelin.
Inimigo próximo Nem a proximidade com pessoas que sofrem de problemas na visão é o suficiente para incentivar visitas mais recorrentes ao oftalmologista. Quando perguntados se conheciam algum idoso que perdeu a visão, 61% dos participantes responderam que sim. Em relação ao histórico familiar, 59% dos entrevistados afirmaram que seus pais ou avós tinham problema de visão na terceira idade. Glaucoma e descolamento da retina representam 89% dos problemas citados. Ao mesmo tempo que a pesquisa brasileira descobriu que o glaucoma é o problema de visão mais recorrente entre idosos, de acordo com a experiência pessoal dos entrevistados, outro estudo – esse desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a norte-americana Thomas Jefferson Medical College de Philadelphia – revelou que o desconhe140
cimento da doença é grande nos dois países. Os pesquisadores entrevistaram 100 pacientes no Brasil e 183 nos Estados Unidos, todos diagnosticados e em tratamento. Nos Estados Unidos, 44% não sabiam responder adequadamente o que é o glaucoma; no Brasil, a porcentagem é maior, 54%. O oftalmologista Thiago Pacini não se surpreende com os dados. Ele explica que a doença é difícil de diagnosticar e de ser entendida pelo paciente. A prevenção e o acompanhamento são fundamentais para que seja controlada e o paciente não perca a visão. ‘‘O tratamento do glaucoma é caro e diário e pode ter efeitos colaterais. O uso do colírio pode deixar o olho vermelho, pigmentar a pele, criando olheiras e até mesmo pigmentar o olho. Como não sentem nada, os pacientes param de usar os colírios e isso é um grande problema. O tratamento é algo que deve ser feito até o fim da vida e do qual não se pode abrir mão.’’ A pesquisa mostra também que 30% dos americanos não sabiam por que usavam as medicações e 45% desconheciam os valores considerados normais de pressão
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uma pesquisa realizada com 4.030 brasileiros revelou que apenas 23% dos entrevistados consultam um oftalmologista uma vez por ano e 11% nunca se consultaram com este tipo de especialista intraocular. Entre os brasileiros, mais da metade, 54%, não sabiam o porquê do uso dos medicamentos e 80% desconheciam os valores adequados da pressão do olho. O glaucoma ocorre quando a pressão elevada no interior do olho, no decorrer de alguns anos, danifica as fibras nervosas do nervo óptico. Se não tratado a tempo, o glaucoma pode causar cegueira. A doença não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. De acordo com a Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores do Glaucoma, no Brasil, um milhão de pessoas são portadoras dessa enfermidade. A doença é silenciosa, em 80% dos casos não apresenta sintomas no estágio inicial. O Dr. Pacini reforça a necessidade de acompanhamento desde cedo. ‘‘Criança tem de ir ao médico. Com um ano os pais devem levá-la ao oftalmologista para saberem se há algum fator de risco. As que apresentarem algum desses indícios devem, pelo menos uma vez por ano, medir a pressão intraocular, avaliar o nervo óptico e, se for constatada alguma alteração, exames serão solicitados para identificar qualquer problema já no estágio inicial.” Os fatores de risco do glaucoma são: idade a partir dos 40 anos, hipertensão arterial, miopia elevada, raça negra e hereditariedade. Os tratamentos atualmente são diversos, podendo ser feitos por meio de comprimidos, colírio, laser ou cirurgias. Segundo o Ministério da Saúde, 95% dos tratamentos de glaucoma são feitos em regime ambulatorial, com uso de colírio.
Alerta na terceira idade Outra doença perigosa e pouco conhecida da população brasileira é a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a DMRI úmida – pior estágio da doença – atinge 30 milhões de pessoas ao redor do mundo, representando 7,8% de todos os casos de cegueira e 50% dos casos de perda de visão em países industrializados. Mas mesmo sendo a maior causa de cegueira após os 65 anos, a pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira 142
de Retina e Vítreo, apoiada pela Bayer, revelou que 79% dos entrevistados nunca ouviram falar dessa doença. A DMRI está diretamente relacionada ao envelhecimento, pois ocorre a partir da oxidação dos tecidos. Esse processo ocasiona o aumento de produção de uma substância chamada VEGF, responsável pela formação e permeabilidade dos vasos sanguíneos. Em quantidades normais, o VEGF é fundamental para o bom desenvolvimento do organismo, mas quando produzido em excesso danifica os fotorreceptores, encarregados de levar as imagens captadas pela retina para o cérebro. A área atingida chama-se mácula – daí o nome da patologia. Apesar de ocupar apenas 3% da retina, esse setor é responsável pela visão central e pela definição de detalhes e cores. Quando o funcionamento da mácula é danificado, a visão fica embaçada, com uma mancha escura na parte central. “O idoso passa a ter dificuldade de realizar atividades básicas e de praticar hobbies comuns à idade. Sem contar que a chance de tropeçar e sofrer uma queda aumenta muito”, descreve o professor-associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dr. Walter Takahashi. Há diferentes fatores de risco que provocam a DMRI. Alguns não podem ser evitados, como envelhecimento, presença de membros da família com a doença, mas boa parte das causas poderia ser prevenida. A obesidade e a hipertensão arterial aumentam o risco de desenvolver a patologia, assim como uma dieta pobre em alimentos antioxidantes. Mas o grande vilão da DMRI é o tabagismo. Estudos revelam que os fumantes são duas vezes mais propensos a desenvolver o problema, já que as toxinas presentes no cigarro aumentam o estresse oxidativo da retina. O tratamento consiste em drogas injetadas dentro do olho (no vítreo), que impedem que o VEGF se ligue aos fotorreceptores e prejudiquem a transferência de imagens ao cérebro. O tratamento bloqueia o estímulo ao crescimento de novos vasos sanguíneos anormais na retina, fazendo diminuir a perda de fluido (o edema) e o sangramento, salvando dessa forma a visão.
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Nervos
à flor da pele
A tensão pré-menstrual é um período muitas vezes estressante para as mulheres. Por se tratar de uma síndrome, não existem tratamentos específicos, mas é possível dar dicas para que os sintomas sejam aliviados P o r R a q u el Sena
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Irritabilidade, estresse, crises de choro. Basta a mulher apresentar esses sintomas que logo vem a famosa frase: “Deve estar na TPM”. A Tensão Pré-Menstrual – popularmente conhecida como TPM – atinge mulheres de várias idades, prevalecendo entre as de 20 a 40 anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez mulheres sofrem constantemente os efeitos da TPM, que afetam as atividades cotidianas, relações de trabalho e convivência familiar e social. A TPM é uma síndrome que atinge a maioria das mulheres e pode ocorrer até dez dias antes da menstruação. Os níveis de estrogênio aumentam nas três primeiras semanas do ciclo, assim como ocorre com as endorfinas (substâncias analgésicas produzidas pelo sistema nervoso central). Isso é potencializado pelo aumento do hormônio progesterona seguido fotos: shutterstock
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oriente as consumidoras da farmácia Muitas dúvidas pairam sobre a cabeça das mulheres quando o assunto é Tensão Pré-Menstrual (TPM). Saiba quais são elas elas e oriente a paciente da melhor forma possível.
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• O que é TPM? São alterações orgânicas que acontecem na mulher e que duram de um a 15 dias antes da menstruação.
podem apresentar os sintomas, porém ainda não está documentada a porcentagem exata desta tendência.
• Quais os principais sintomas? Dor de cabeça, retenção de líquidos, cólicas, fadigas, irritabilidade, alterações de humor, distensão abdominal, compulsividade por alimentos doces ou salgados e insônia.
• Se a mulher tem TPM hoje, isto significa que sempre terá? Não. Com o tempo esses sintomas tendem a diminuir, porém, quando a mulher chega próximo à sua última menstruação (prémenopausa), os sinais tendem a voltar. • Por que as mulheres sentem muita vontade de comer doce durante esse período? Devido a um desequilíbrio do sistema nervoso que diminui as taxas de açúcar no organismo.
• Quando os sintomas se manifestam? Cerca de sete a dez dias antes da menstruação. • Cólica é igual a TPM? Não. Ela é apenas um dos sintomas que podem ocorrer durante o período pré-menstrual. • O uso de anticoncepcionais orais é benéfico para todas as mulheres com TPM? Sim, mas não para todas as mulheres, pois depende dos sintomas predominantes. O ideal é procurar um médico especialista que indicará o melhor tratamento. • Os fitoterápicos aliviam os sintomas? Quais os mais indicados? Sim. Os mais indicados são o óleo de prímula, que ajuda a equilibrar os hormônios femininos e o óleo de linhaça, que auxilia na redução das cólicas e retenção de líquidos. • Existe uma tendência familiar para TPM? Sim. Há estudos que mostram que mães e filhas
• A TPM interfere no comportamento sexual? Sim, pois nesse período a mulher tende a ficar mais irritada, inchada e não sente vontade de ter relações com o parceiro. Aconselha-se a procurar um tratamento médico. • A ingestão de bebidas alcoólicas pode acentuar a TPM? Sim. Ela acentua os sintomas.
• A TPM pode causar depressão? Ela não causa a depressão, mas se os sintomas forem psíquicos, com mais ação no equilíbrio do sistema nervoso central, pode levar à depressão. Mulheres com sintomalogia mais intensa precisam de acompanhamento médico e psicoterápico.
Fonte: Dra. Sônia Maria Rolim Rosa Lima, professora adjunta do departamento de obstetrícia e ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo
da ovulação. Além de sua contribuição para a sensação de bem-estar, as endorfinas também potencializam as sensações de fadiga – uma queixa recorrente do período. Quando os estrógenos e a progesterona diminuem, na quarta semana do ciclo, também diminui a produção das endorfinas. Nessa fase, surge a ansiedade, tensão, cólicas abdominais, cefaleia, entre outros sintomas. Quanto mais uma situação estressante persistir durante a fase final do
ciclo, maior será o desconforto na TPM. “A taxa de hormônio feminino oscila muito, bem diferente do que acontece com os homens, nos quais a produção de testosterona é constante”, conta o ginecologista e obstetra do Hospital Santa Joana, Dr. Luiz Fernando Leite. O problema acomete tantas mulheres devido à gama de sintomas que engloba e ao fato de não ter uma origem única. Por isso, grande parte da população feminina apre2013 julho guia da farmácia
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há cerca de 150 sintomas diferentes para a síndrome. isso varia de organismo para organismo. porém, os mais comuns são irritabilidade, compulsividade devido à diminuição da taxa de açúcar, dor de cabeça, retenção de líquido, cólica, entre outros
senta o problema e em graus variados de intensidade. “Trata-se de um conjunto de alterações somáticas e comportamentais que surgem após a ovulação e que têm característica de se resolverem quando a menstruação tem início”, explica a professora adjunta do departamento de obstetrícia e ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo, Dra. Sônia Maria Rolim Rosa Lima.
Possíveis causas Durante o período, além das questões hormonais – queda na produção de progesterona e o aumento do estrogênio –, o excesso de responsabilidade depositada na mulher, o estresse do dia a dia, uma dieta alimentar desequilibrada e o sedentarismo também fazem parte do conjunto de fatores que predispõem à síndrome. “Outras hipóteses são a deficiência de vitaminas, principalmente a B6, hipoglicemia, fatores emocionais, alteração na interação entre esteroides e neurotransmissores e retenção líquida, que é responsável pelas dores nas mamas, as dores musculares e abdominais e pelo inchaço das mãos e pés”, garante o ginecologista Luiz Fernando Leite. O especialista afirma que há cerca de 150 sintomas di146
ferentes para a síndrome. Isso varia de organismo para organismo. Porém, os mais comuns são irritabilidade, compulsividade devido à diminuição da taxa de açúcar, dor de cabeça, retenção de líquido, cólica, entre outros. A OMS estabelece quatro tipos de TPM, classificadas de acordo com os sintomas sofridos: Tipo A: o sintoma principal é a ansiedade. Neste caso, prevalece a tensão nervosa, agressividade, oscilações de humor e irritabilidade. Tipo C: a cefaleia (dor de cabeça), o aumento no apetite, palpitações, cansaço, tonturas ou desmaios são mais comuns durante o período que antecede a menstruação. Tipo D: a depressão é o principal sintoma. É o tipo em que prevalece o estado depressivo e o desânimo. Podem ocorrer também esquecimento, crises de choro repentinas, confusão e insônia. Tipo H: prepondera a retenção hídrica. Por razões também hormonais, algumas mulheres têm maior propensão a reter líquido na TPM e, mesmo durante a menstruação, algumas chegam até a engordar dois quilos. Todos esses sintomas devem desaparecer com o início da menstruação. Caso isso não ocorra, o ideal é que a paciente procure um especialista, pois pode ser outra alteração orgânica. “Muitas vezes a mulher acha que está com uma síndrome pré-menstrual e na verdade pode ter problema de tireoide, alteração psiquiátrica, distúrbio gastrointestinal, fadiga crônica ou até o sintoma estar relacionado ao uso de alguns medicamentos.” Há casos em que os sintomas são tão excessivos que a mulher fica impossibilitada de realizar tarefas do dia a dia, perde o controle das situações, age de forma extrema, desenvolvendo até uma depressão. “Trata-se da Síndrome Disfólica Pré-menstrual. São casos menores, que não atingem nem 10% das mulheres com TPM, porém necessitam de tratamento específico”, conta a Dra. Sônia, da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo.
Sintomas sob controle Não há tratamentos específicos para combater a TPM.
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O que se propõe são formas de controle, que em alguns casos podem ser bastante eficazes. “O tratamento é individualizado, de acordo com as queixas da paciente. Ela me diz os sintomas e eu direciono o medicamento a ser utilizado. Por exemplo, se o sintoma for comportamental eu indico um inibidor de serotonina; se estiver com muita dor, posso indicar um anti-inflamatório”, conta Sônia. Para o obstetra Luiz Leite, do Hospital Santa Joana, o melhor tratamento ainda é a pílula anticoncepcional, pois mantém a estabilidade hormonal. “Até a ovulação, o que predomina é o estrogênio, depois da ovulação é a progesterona, então, quando os níveis de estrogênio caem, começa a manifestação do problema, mas com a ingestão da pílula a queda é controlada e, com isso, a mulher não tem a TPM.” Existem várias medidas de ordem geral e medicamentosa que podem ser tomadas para melhorar ou pelo menos minimizar os sintomas apresentados nesse período. Porém, o ideal é consultar um especialista e descrever a ele todos os sintomas, pois qualquer medicamento, mesmo natural, só deve ser usado mediante prescrição médica. Caso a paciente se dirija até uma farmácia ou drogaria “o farmacêutico deve prestar sua assistência de forma responsável e explicar os principais aspectos dessa síndrome à paciente, além de orientá-la a procurar o médico”, 148
explica o farmacêutico, docente do Senac – São Paulo, Pedro Boareto Goicoechea.
Tratamentos alternativos O tratamento com fitoterápicos pode ser utilizado como alternativa para amenizar os sintomas da TPM. O óleo de prímula, por exemplo, tem como principal componente o ácido gama-linolênico (GLA), um ácido graxo essencial não produzido pelo organismo e, portanto, deve ser ingerido na alimentação. O GLA apresenta diversas funções no organismo, sendo a principal delas a regulação da síntese de prostaglandinas. Muitos dos sintomas da tensão pré-menstrual estão relacionados a alterações no metabolismo de prostaglandinas. Portanto, a ingestão desses alimentos auxilia na regulação do metabolismo das prostaglandinas, atenuando os sintomas da tensão pré-menstrual. O óleo de linhaça também é um grande aliado. Trata-se de um anti-inflamatório natural, que ajuda a reduzir as cólicas e a retenção de líquidos. “Mudar o estilo de vida, praticar atividades físicas, ter uma alimentação balanceada, diminuindo a ingestão de sal, evitando doces e café, são recomendados, e até a acupuntura também pode ajudar a aliviar os sintomas”, garante o ginecologista Luiz Fernando Leite.
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Cabelos
de diva
Alisamentos, luzes, escovas... São diversos os truques que as mulheres usam para transformar os fios. Mas, com tantas químicas, as madeixas pedem por restauração intensa. Conheça o que a indústria oferece Por Kathlen R amos 150
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Que as brasileiras são vaidosas, isso é incontestável. E quando o assunto são os cabelos, sem dúvida, eles estão entre os maiores investimentos das mulheres por aqui. Para ter cabelos de diva, lisos, brilhantes e com as cores da moda, elas fazem uso de todos os tipos de transformação, sejam elas químicas (alisamentos, tinturas, luzes...) ou físicas (com escovas, pranchas e baby liss). Na pesquisa “Brasileiras e os Cabelos” realizada em 2011, pela Unilever, em parceira com o Ibope, ficou evidente o desejo natural das mulheres de se transformarem por meio de mudanças no cabelo. Mais da metade das entrevistadas (58%) estava com o cabelo diferente do natural. O levantamento também constatou que elas estão cada vez mais buscando cabelos lisos. Das entrevistadas com cabelos transformados, 45% disseram ter realizado algum tipo de procedimento para alisá-los. A preferência pelo liso também é comprovada por uma pesquisa do Instituto Inexplorado, fornecida pela Hypermarcas. Segundo o estudo, 67% das mulheres afirmam que os cabelos lisos são os preferidos e que o Brasil é o primeiro país do mundo em alisamento: cerca de 40% das mulheres que possuem cabelo cacheado ou crespo alisam. As mudanças de cor dos fios também são muito comuns, sendo que 86% das entrevistadas pela pesquisa da Unilever já tingiram os cabelos. Das que tingiram, 45% fazem o processo mensalmente, sendo a cor loira a mais procurada (74%). O embaixador de TRESemmé, Ricardo Cassolari, constata que as químicas mais realizadas hoje pelas brasileiras são as colorações, reflexos e progressivas/alisamentos e que a maioria das mulheres utiliza pelo menos uma delas nos fios. ‘‘As brasileiras, assim como todas as mulheres, sonham com um cabelo farto, saudável, forte e brilhoso. A maioria ainda prefere o cabelo longo, mas é importante sempre cuidar muito bem das madeixas porque um cabelo comprido, porém maltratado, serve apenas para envelhecer e pesar o visual’’, alerta.
Comportamento que gera vendas Tantas transformações refletem no aumento de vendas de produtos com esse fim. ‘‘Nos últimos cinco anos, o setor de tinturas teve um crescimento médio de 14,2%, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Em 2012, a receita com a venda de xampus, tinturas e condicionadores cresceu pelo menos 15%, segundo a Nielsen’’, constata a Hypermarcas, detentora das marcas Monange, Éh, Aquamarine e BIOCOLOR, via assessoria de imprensa. A gerente de produtos da Niely, Delane D’Azevedo, afirma, ainda, que a frequência com que as brasileiras submetem seus fios a procedimentos químicos aumenta os danos a eles e, consequentemente, a necessidade de tratamentos restauradores, potencializando, igualmente, esse mercado. “O cenário de tantas transformações ajudou a fazer do Brasil o segundo maior mercado consumidor de produtos capilares no mundo e o segundo país com maior gasto por pessoa – aproximadamente US$ 26 ao ano, segundo dados da Abihpec”, destaca. 2013 julho guia da farmácia
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as químicas mais realizadas hoje pelas brasileiras são as colorações, reflexos e progressivas/alisamentos. elas, assim como todas as mulheres, sonham com um cabelo farto, saudável, forte e brilhoso Cada vez mais cedo Seja qual for a idade, a mulher quer se transformar e mudar. Então, hoje não são mais os cabelos brancos a justificativa para mudanças. Elas aderem a transformações seguindo tendências ou seu próprio estilo. “A mulher brasileira é muito vaidosa e o cabelo ainda é seu foco de atenção. Assim, existem crianças que logo cedo iniciam seus alisamentos, até por hábitos familiares. O maior grupo é o da coloração”, afirma a diretora Education da marca Alta Moda É..., Carmen Marijuan. A gerente de produtos da Niely, Delane D’Azevedo, também avalia que o ato de colorir deixou de ser somente para cobrir fios brancos. “Colorir o cabelo virou item de moda e de estado de espírito, uma possibilidade de mudar sem ter de desembolsar muito. Com tantas possibilidades sendo lançadas e aprimoradas no mercado de cosméticos, está ficando cada vez mais precoce a utilização dos métodos de transformação”, diz. A indústria de hair care percebeu essa necessidade e desenvolve, inclusive, fórmulas para pré-adolescentes. A Embelleze, por exemplo, detém a marca Toin! Floft para esse público. “O produto possui o selo Alisamento legal e é um Sistema de Relaxamento e Encacheamento para meninas a partir de 12 anos de idade, com uma fórmula sem amônia e mais suave”, descreve a gestora do Centro de Experiência do Consumidor (CEC) da Embelleze, Vanderlina Oliveira.
O que o mercado oferece para: 1. Danos causados por alisamentos e progressivas Dentre os ativos mais usados hoje com esse fim está a queratina, proteína fibrosa presente no cabelo que envolve os fios, tornando-os mais resistentes e elásticos. Para repor essa proteína, que se perde por conta das agressões que os fios sofrem, seja por tintura ou alisamentos, a indústria investe em produtos que a tenham na formulação. A Colgate-Palmolive, por exemplo, desenvolveu a linha Palmolive Natural Pós-Química, que reúne a queratina e o karité, utilizados para hidratar profundamente os fios danifi152
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cados. Seda também aposta no poder da queratina com a linha SOS Reconstrução Estrutural Progressiva, que traz esse ativo e outros ingredientes que penetram na fibra capilar, deixando os fios macios e saudáveis. Outra substância que tem sido bastante usada pela indústria é o óleo de argan e, mais recentemente, o óleo de ojon. A marca Novex, da Embelleze, aposta nesses ativos na família Novex Óleo de Ojon. “A linha funciona como um verdadeiro remédio natural para os cabelos, promovendo uma restauração de alto impacto contra os danos causados pelo verão, processos químicos e escovas”, explica Vanderlina Oliveira, da Embelleze. Já Niely aposta na mistura do óleo de argan com MaxQueratina para a linha Niely Gold Pós-Química, que cuida das partes secas e quebradiças dos cabelos. Outra tendência fica com as fórmulas sem sal. A Alta Moda É..., marca do Grupo Alfaparf Cosmética di Trattamento, desenvolveu a Coleção Extra Reparação Reconstrutora com esse perfil. Com o objetivo principal de resgatar e recuperar a vitalidade dos fios, a linha surge numa formulação sem sal e enriquecida com phytoqueratina e ceramidas. Seda também aposta em formulações sem adição de cloreto de sódio com o xampu Pós Alisamento Químico, que chega com Escova Protect™, uma combinação de pH baixo e ultra-hidratação, que oferece um cuidado diário sem agredir os fios quimicamente alisados e promete prolongar o efeito do alisamento. O mercado também investe nas ampolas de tratamento, que prometem restauração dos fios em poucos minutos. A P&G, por exemplo, desenvolveu a Ampola Pantene 3 minutos milagrosos, que combate os sete maiores problemas que sinalizam cabelos danificados: extremidades com pontas duplas, cabelo seco, aspecto áspero, sem brilho, fraco, quebradiço e que embaraça com facilidade. Outro destaque da marca que permite resultados em três minutos é a Ampola de Tratamento head&shoulders, composta por ativos de zinco que ajudam a combater a caspa e a coceira do couro cabeludo. 2. Manutenção da cor Manter a tonalidade dos cabelos vibrante entre uma
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O cenário de tantas transformações ajudou a fazer do Brasil o segundo maior mercado consumidor de produtos capilares no mundo e o segundo país com maior gasto por pessoa coloração e outra também é uma grande demanda das mulheres. Dessa forma, surgem muitas linhas com o intuito de manter a uniformidade da cor até o retoque. TRESemmé, por exemplo, aposta na linha Cor Radiante, que promete manter as moléculas de tinta no fio por mais tempo, preservando a cor por até 40 lavagens. “O condicionador Cor Radiante sela as cutículas de forma que a cor permaneça viva por mais tempo, além de deixar os fios brilhosos. O creme de tratamento cumpre a promessa de fornecer proteínas aos fios, restaurando-os dos danos causados pelos processos químicos”, destaca Cassolari. Já Seda desenvolveu a linha Pro Color, com agentes antioxidantes e bioqueratina, que ajudam na manutenção da cor dos fios por quatro semanas e recuperam os danos causados pelo processo químico. Também com foco na manutenção da cor, Niely desenvolveu a linha Gold Proteção da Cor, contendo MaxQueratina+ e Color-Plus (complexo que une os ômegas 3, 6 e 9) e proteção do filtro UV. Juntos, esses ativos ajudam a manter as cores vivas, promovendo vitalidade e fortalecimento. 3. Proteção térmica Finalizar com um bom penteado também faz parte do processo de deixar os cabelos com liso perfeito e acabamento impecável. Mas esse processo, que exige o uso de escovas e chapinhas, também pode quebrar os fios. A indústria já atende a essa demanda, trazendo produtos que protegem contra ressecamento causado pela exposição contínua a agentes térmicos. Monange desenvolveu a linha Proteção Térmica, que contém o óleo de argan como principal ativo, garantindo efeito antioxidante e regenerativo. Os cabelos ficam protegidos contra o ressecamento causado pela exposição contínua a agentes térmicos. Segundo a assessoria de imprensa da Hypermarcas, “sua fórmula penetra profundamente nos fios, deixando-os resistentes a até 40 passagens de chapinha, uma hora de secador e duas horas de água quente”. 4. Combater o efeito frizz Com tantas transformações, também é comum que 154
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percepção das mulheres sobre seus cabelos De acordo com a pesquisa sobre a rotina de cuidados capilares realizada por Pantene e head&shoulders, por conta do alto índice de tratamentos capilares, exposição a diferentes procedimentos, e ainda, uso frequente de coloração, as mulheres alegaram que já sofreram ou sofrem com queda capilar, cabelos ressecados, coceira e ressecamento do couro cabeludo, muito mais do que os homens. No Brasil, considerado o país da escova progressiva, a percepção do nível do dano ocasionado aos cabelos varia:
28%
consideram que o seu cabelo não é danificado
41%
afirmaram que o cabelo é levemente danificado
19%
Entre os agentes causadores dos danos, as entrevistadas citaram: tratamentos químicos, pentear e escovar os cabelos e acessórios de cabelos. Em contrapartida, os benefícios que elas mais desejam são:
17% 11% 8%
hidratação
moderadamente danificado
força
12%
reparação
muito danificado
A pesquisa revelou que a maior preocupação das consumidoras brasileiras em relação aos cabelos quimicamente tratados é encontrar produtos que hidratem os fios, mas que não anulem o efeito do processo químico. Fontes: gerente da marca head&shoulders, Tarik Mohallem; e gerente de Pantene, Silvia Andrade
o cabelo fique arrepiado, com efeito conhecido hoje por frizz. Mas já existem linhas de produtos para amenizar esse aspecto. Monange disponibiliza a linha Monange Anti Frizz, que traz como ativo o óleo de CottonBlue, componente rico em proteínas e carboidratos. Segundo a assessoria de imprensa da Hypermarcas, “o produto absorve e retém a água necessária para hidratar os cabelos por até 48 horas e controla o frizz por até 36 horas. A linha trata ao mesmo tempo em que ajuda na reparação e selagem dos fios, mesmo em ambientes úmidos”.
5. Regenerar pontas duplas O cabelo é feito de ligações químicas (bissulfeto) que se quebram ao sofrerem agressões – causadas, por exemplo, pela exposição aos raios solares, processos químicos e uso de equipamentos como secadores e chapinhas –, gerando pontas duplas. Para resolver esse problema surgem produtos que nascem com o intuito de selar essas pontas, como o TRESemmé Split Remedy. Trazendo ativos como queratina e arginina, a linha é composta por xampu, condicionador, creme de tratamento, ampolas de tratamento de resgate, creme para pentear, spray para pentear e o sérum reparador. 2013 julho guia da farmácia
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pele
Proteção
vital
O uso do protetor solar deve fazer parte da rotina diária da população. Todos são registrados como cosméticos, mas existem os que, além de proteger, possuem ingredientes agregados P o r l í g i a fav o r etto 156
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H
Há algum tempo, o protetor solar tornou-se uma questão de saúde para a vida das pessoas. O produto é muito importante, em especial para três situações: proteção contra o fotoenvelhecimento (processo que acelera o envelhecimento natural da pele), prevenção na formação de manchas escuras como o melasma, e fundamental para prevenir o câncer de pele. Os fotoprotetores atuam contra as radiações UVA e UVB. Mesmo que não haja uma exposição prolongada ao sol, foto: shutterstock
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Veículos Loção: creme fluido, de rápida absorção, ideal para as peles oleosas.
Cremes: melhores para a pele seca e rosto. Spray: são fáceis de aplicar e alcançam todos os
ângulos do corpo.
Gel: esta versão é boa para áreas pilosas, como couro cabeludo ou no peito masculino.
Mousse: formato leve, que se espalha rapidamente na pele. Os consumidores devem sempre se certificar de usar a quantidade suficiente desses produtos, para cobrir completamente toda a superfície do corpo a ser exposta ao sol. Há filtros feitos para fins específicos: para a pele sensível ao sol como a de bebês e crianças, ou ainda para peles oleosas. Há ainda as versões sport que são resistentes ao suor ou à água. Fontes: Medical Affairs Advisor MCC-Brazil e FQM Derma
devem ser usados todos os dias e reaplicados a cada duas horas. Segundo explica a gerente médica da Medical Affairs Advisor MCC – Brazil, Dra. Glaucimar Baságlia, os raios UVB são aqueles que causam queimaduras solares e que têm maior incidência entre 10h00 e 16h00. Eles não atravessam os vidros das janelas. “Por outro lado, os raios UVA têm incidência uniforme durante o dia todo e ultrapassam os vidros. Além disso, as luzes artificiais emitidas pelas lâmpadas de iluminação, das telas dos computadores e de outros equipamentos podem emitir raios UV. Assim, é muito importante utilizar produtos com proteção equilibrada contra os raios UVB e UVA.” A La Roche-Posay diz que mesmo em dias nublados ou chuvosos ainda há incidência de raios UV. As nuvens, por exemplo, filtram parte da radiação UVB, mas não filtram a radiação UVA. No verão, quando a Terra está próxima do Sol, os índices de radiação chegam ao máximo. De olho nesta demanda, a indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos disponibiliza uma infinidade de produtos. Antes, a população fazia uso dos protetores apenas em ocasiões de exposição solar, ou seja, quando frequentavam praias ou clubes. Hoje, o uso é diário e faz com que cada pessoa tenha uma necessidade específica, de acordo com o tipo de pele e rotina. Surgiram então, os protetores solares dermocosméticos. Todos os protetores são registrados como cosméticos. Há produtos que além da proteção solar adicionam ingredientes 158
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com alguma função cosmecêutica na fórmula. Estas características vêm acompanhadas de elevação de preço, ou seja, são mais caros. “Os dermocosméticos são produtos que complementam tratamentos dermatológicos e trazem alternativas na prevenção e controle de efeitos nocivos causados na pele. Eles se diferenciam dos cremes comuns por serem produtos compostos por princípios ativos em maiores concentrações, que agem em camadas mais profundas da pele e promovem modificações fisiológicas, abalizadas por estudos clínicos”, explica a gerente de Eucerin no Aché Laboratórios, Thais Mattar Costa. De acordo com a La Roche-Posay, esses itens são formulados com modernas tecnologias e moléculas fotoprotetoras de última geração, que permitem associar proteção contra a radiação UVA e UVB a uma textura mais leve, adequada à pele brasileira. Podem ainda ser associados a outros ativos, como por exemplo antioxidantes que potencializam a proteção contra os radicais livres, promovida pela radiação UV, e hidratantes que ajudam a uniformizar a textura da pele. Para a FQM Derma, várias características podem diferenciar um protetor solar comum de um dermocosmético, como os tipos de filtros, o veículo, o tipo de conservantes e algumas substâncias adicionais. Os dermocosméticos utilizam filtros mais modernos com baixo poder de irritação especiais para peles sensíveis. Além disso, esses produtos trazem uma cosmética mais leve, toque seco, oil free e não são comedogênicos. Por fim, não utilizam parabenos como conservantes e podem ser enriquecidos com substâncias antioxidantes como vitamina E, chá-verde, canola, etc. Independente do tipo, os dermocosméticos são compostos, na maioria das vezes, por filtros orgânicos e/ou inorgânicos que protegem contra as radiações, solubilizantes, emolientes e conservantes. No caso dos dermocosméticos, podem ser acrescentadas substâncias antioxidantes e modificadoras de sensorial como os silicones, por exemplo e se apresentam em gel, loção, creme ou mousse. Para o gerente-geral da Futura Biotech, Wagner Falci, a principal diferença entre um protetor solar comum e um dermocosmético está nos diferenciais agregados ao produto. “Atender às necessidades do consumidor é uma regra básica do mercado. As indústrias nacionais conquistaram espaço exatamente por compreender essas necessidades e as multinacionais estão se adaptando rapidamente.”
Necessidade típica As loções estão cada vez mais fluidas e livres de óleo.
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pele
Efeitos nocivos A radiação solar pode ocasionar diversos males na pele, como: Envelhecimento precoce. Rugas. Linhas de expressão. Manchas. Sardas. Alergias e irritações. Câncer de pele. Fonte: Sundown
Essa é uma necessidade dos brasileiros. Com as altas temperaturas, a população busca por produtos mais leves e capazes de diminuir ou disfarçar a oleosidade da pele. Apresentar produtos que atendam à necessidade do “mais seco melhor” é uma busca crescente e constante no setor de cosméticos. Na indicação de uso do protetor solar dermocosmético, deve-se levar em conta o tipo de pele. “Quanto mais clara é a pele, mais alto deve ser o fator de proteção. A textura do produto também deve ser levada em consideração. Para facilitar o uso, as brasileiras podem investir, por exemplo, em fotoprotetores com textura fluida/ultrafluida (que tem absorção mais rápida), com propriedades de controle do brilho ou com efeito matificante”, recomenda a FQM Derma. Como nenhuma pele é igual a outra, é preciso que a consumidora experimente alguns produtos até encontrar a textura ideal. Muitas vezes o que é bom para uma pessoa não é tão bom para outra. Não há uma regra geral.
Informação no ponto de venda A farmácia é o local de escolha para aquisição desse tipo de produto, visto que o perfeito entendimento do modo de uso e mecanismo de ação, por parte dos balconistas, farmacêuticos e dermoconsultores, dá confiança e suporte na pós-prescrição 160
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todos os hábitos da vida do cliente devem ser investigados no momento da compra, para que a orientação seja a melhor possível; o mais importante é que o paciente consiga aderir ao uso aos consumidores, que por vezes têm dúvidas de como aplicar corretamente. De acordo com Thais Mattar, do Aché, o papel dos atendentes é de extrema importância para a farmácia e para o consumidor. “Os treinamentos sobre como as substâncias e princípios ativos dos produtos agem no organismo, por parte da indústria, também são fundamentais para que as informações sejam repassadas de forma correta.” Todos os hábitos de vida do cliente devem ser investigados no momento da compra, para que a orientação seja a melhor possível; o mais importante é que o paciente consiga aderir ao uso. Cada tipo de protetor depende do tipo da pele, idade e necessidade. Com os dermocosméticos, se a pessoa escolhe uma alta proteção para a sua pele oleosa, ela poderá usá-lo tanto no escritório como em uma praia ou piscina que estará protegida. As pessoas que trabalham expostas ao sol, geralmente, necessitam de um protetor com fator de proteção mais alto. Além disso, devem seguir a recomendação de repassar o produto a cada duas horas, devido à maior interferência dos fatores climáticos, como vento, suor, poluição. Já quem trabalha em ambientes fechados está menos exposto às radiações, porém outros fatores devem ser levados em consideração, como presença de melasma, fototipo, patologias cutâneas. Para auxiliar o paciente a encontrar um produto que atenda às necessidades, da prescrição médica, muitas vezes o dermatologista prescreve duas ou três opções. No ponto de venda, os profissionais, munidos das informações, podem ajudar na decisão da compra.” As dermoconsultoras devem tirar as dúvidas do shopper e informar sobre as diferenças dos produtos, como textura, FPS, indicação de uso.
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evento – expo management andorinha
Atrativos
diferenciados
Com base nos pilares inovação, relacionamento, entretenimento e negociação, a Andorinha Distribuidora promoveu encontro entre fabricantes e varejistas no interior de São Paulo
F
Por flávia corbó
Feiras de negócios existem aos montes pelo Brasil, nos mais diferentes setores da economia e diversas localidades. Mas mesmo em ramos de atuação diferentes e cidades distintas, os eventos costumam ter o mesmo formato. Estandes de fabricantes se aglomeram em busca da atenção dos clientes e uma possível conclusão de venda. Para se destacar entre tantos eventos, a Andorinha Distribuidora de Medicamentos elaborou um formato diferenciado para a Expo Management Andorinha, ocorrida nos dias 23 e 24 de maio, no centro de distribuição da empresa, situado em Valinhos, no interior de São Paulo.
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Quinze indústrias marcaram presença com seus estandes de exposição, mas outros atrativos buscaram trazer um novo conceito de feira de negócios. “Queríamos que o nosso cliente viesse a um lugar onde encontrasse outros atributos além da possibilidade de fechar negócios, que não sentisse que veio a um evento onde só é obrigado a comprar”, explica o assessor da diretoria executiva da Andorinha, Jorge Bertolino Filho. Para alcançar este novo conceito, a empresa trabalhou com base em quatro pilares de atratividade: relacionamento, inovação, entretenimento e, também, a negociação. fotos: divulgação
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Atrativos
diferenciados
Com base nos pilares inovação, relacionamento, entretenimento e negociação, a Andorinha Distribuidora promoveu encontro entre fabricantes e varejistas no interior de São Paulo
F
Por flávia corbó
Feiras de negócios existem aos montes pelo Brasil, nos mais diferentes setores da economia e diversas localidades. Mas mesmo em ramos de atuação diferentes e cidades distintas, os eventos costumam ter o mesmo formato. Estandes de fabricantes se aglomeram em busca da atenção dos clientes e uma possível conclusão de venda. Para se destacar entre tantos eventos, a Andorinha Distribuidora de Medicamentos elaborou um formato diferenciado para a Expo Management Andorinha, ocorrida nos dias 23 e 24 de maio, no centro de distribuição da empresa, situado em Valinhos, no interior de São Paulo.
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Quinze indústrias marcaram presença com seus estandes de exposição, mas outros atrativos buscaram trazer um novo conceito de feira de negócios. “Queríamos que o nosso cliente viesse a um lugar onde encontrasse outros atributos além da possibilidade de fechar negócios, que não sentisse que veio a um evento onde só é obrigado a comprar”, explica o diretor de negócios e operações, Juliano Sacco. Para alcançar este novo conceito, a empresa trabalhou com base em quatro pilares de atratividade: relacionamento, inovação, entretenimento e, também, a negociação. fotos: divulgação
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evento – expo management andorinha
a expo management andorinha também contou com ciclo de palestras sobre temas da atualidade do mercado farmacêutico, conduzidas por profissionais renomados no setor, bem como das áreas de treinamento e capacitação Dentro do vetor relacionamento, a intenção era que os visitantes e expositores tivessem a oportunidade de trocar informações, conhecer a distribuidora e também trabalhar o networking. Para a consultora de vendas da Nutrifarm, Flávia Mendonça, esse objetivo foi atingido nos dois dias de feira. “Como nossa marca tem apenas cinco anos no Brasil, é importante que o varejista nos conheça. Não temos o mesmo investimento em mídia que os concorrentes, então é importante estarmos em contato direto com o cliente. Este é o momento de nos apresentarmos”, avalia. A mesma opinião é compartilhada pela consultora de compras da Cimed, Ana Paula Cooper. “Atendo pequenos e médios clientes e a presença nesta feira é muito importante para consolidarmos a amizade e os negócios. Não só estreita relacionamento com a distribuidora, mas com os clientes dela, que, indiretamente, são também clientes do laboratório”, afirma. Já no pilar inovação, a Andorinha decidiu levar aos visitantes a oportunidade de obter informações e conhecimento em meio a uma feira de negócios. Entre os estandes dos fabricantes estavam expositores representantes de entidades de apoio ao varejista como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empresas de consultoria como a Desenvolva Consultoria e Kwaap, além da Contento Comunicação, que apresentou suas principais publicações aos visitantes. “Nosso cliente não vem para a feira e vai encontrar apenas a indústria vendendo coisas. Ele tem entidades de apoio, dando informação ao varejista, mostrando que ele tem a possibilidade de crescer e explicando como”, garante Jorge Bertolino.
Disseminando conhecimento A Expo Management Andorinha também contou com ciclo de palestras sobre temas da atualidade do mercado farmacêutico, conduzidas por profissionais renomados no setor, bem como, das áreas de treinamento e capacitação. A Contento Comunicação esteve presente e contou com a presença do diretor Gustavo Godoy, como debatedor de uma mesa-redonda que abordou a questão do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC); e da editora-chefe do Núcleo Farma, Lígia Favoretto, que foi mediadora de um debate sobre como aumentar a rentabilidade da farmácia. Cerca de 30 pessoas es164
tiveram presentes em cada palestra e puderam questionar os executivos e especialistas do setor ali presentes. Em meio a informações de cunho profissional, os visitantes também tiveram espaço para entretenimento dentro do evento. O espaço Andorinha Gourmet ofereceu uma feijoada antes do início da feira e a área dos estandes contava com a animação da música ao vivo. Outro diferencial foi que os visitantes puderam levar a família inteira para Valinhos. As esposas foram levadas para visitar a Campinas Décor, em um traslado gratuito, enquanto as crianças podiam brincar em um espaço preparado especialmente para elas, com brinquedos e monitores. “Também tivemos a ideia de estimular a cultura brasileira. Durante o almoço era possível ler sobre a história da feijoada e também montamos um estande de cachaça”, conta Jorge.
Negociação Ainda que o lado comercial não tenha sido o único foco do evento, a negociação é um pilar importante. “Tentamos trazer uma diversidade de indústrias, não só de medicamentos. Compareceram empresas do setor de alimentos funcionais, de suplementação alimentícia, cosméticos, acessórios. É uma série de categorias diferentes que dão possibilidades para o varejista”, afirma Bertolino. Clientes antigos e recentes da Andorinha fizeram questão de estar presentes para fomentar o relacionamento profissional. O representante da Medquímica no Estado de São Paulo, João Batista dos Santos, comparece a todos os eventos da distribuidora desde 2007, quando o primeiro contrato foi assinado. “Na época eu era gerente da Medquímica e tornei a Andorinha nosso parceiro prioritário. Trabalhamos com seis meses de exclusividade e desconto prioritário, o trabalho deu certo e aumentou a representatividade do laboratório no Estado de São Paulo. Hoje, vendemos cinco vezes mais na região, devido a esta parceria, que segue firme”, revela. Mais ou menos no mesmo período o Laboratório do Pé tornou-se cliente da Andorinha. A intenção da empresa era ganhar apoio de uma distribuidora conhecida no mercado para obter maior penetração no setor fár-
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a expo management andorinha também contou com ciclo de palestras sobre temas da atualidade do mercado farmacêutico, conduzidas por profissionais renomados no setor, bem como das áreas de treinamento e capacitação Dentro do vetor relacionamento, a intenção era que os visitantes e expositores tivessem a oportunidade de trocar informações, conhecer a distribuidora e também trabalhar o networking. Para a consultora de vendas da Nutrifarm, Flávia Mendonça, esse objetivo foi atingido nos dois dias de feira. “Como nossa marca tem apenas cinco anos no Brasil, é importante que o varejista nos conheça. Não temos o mesmo investimento em mídia que os concorrentes, então é importante estarmos em contato direto com o cliente. Este é o momento de nos apresentarmos”, avalia. A mesma opinião é compartilhada pela consultora de compras da Cimed, Ana Paula Cooper. “Atendo pequenos e médios clientes e a presença nesta feira é muito importante para consolidarmos a amizade e os negócios. Não só estreita relacionamento com a distribuidora, mas com os clientes dela, que, indiretamente, são também clientes do laboratório”, afirma. Já no pilar inovação, a Andorinha decidiu levar aos visitantes a oportunidade de obter informações e conhecimento em meio a uma feira de negócios. Entre os estandes dos fabricantes estavam expositores representantes de entidades de apoio ao varejista como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empresas de consultoria como a Desenvolva Consultoria e Kwaap, além da Contento Comunicação, que apresentou suas principais publicações aos visitantes. “Nosso cliente não vem para a feira e vai encontrar apenas a indústria vendendo coisas. Ele tem entidades de apoio, dando informação ao varejista, mostrando que ele tem a possibilidade de crescer e explicando como”, garante o assessor da diretoria executiva da Andorinha, Jorge Bertolino Filho.
Disseminando conhecimento A Expo Management Andorinha também contou com ciclo de palestras sobre temas da atualidade do mercado farmacêutico, conduzidas por profissionais renomados no setor, bem como, das áreas de treinamento e capacitação. A Contento Comunicação esteve presente e contou com a presença do diretor Gustavo Godoy, como debatedor de uma mesa-redonda que abordou a questão do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC); e da editora-chefe do Núcleo Farma, Lígia Favoretto, que foi mediadora de um debate sobre como 164
aumentar a rentabilidade da farmácia. Os participantes de cada palestra puderam questionar os executivos e especialistas do setor ali presentes. Em meio a informações de cunho profissional, os visitantes também tiveram espaço para entretenimento dentro do evento. O espaço Andorinha Gourmet ofereceu uma feijoada antes do início da feira e a área dos estandes contava com a animação da música ao vivo. Outro diferencial foi que os visitantes puderam levar a família inteira para Valinhos. As esposas foram levadas para visitar a Campinas Décor, em um traslado gratuito, enquanto as crianças podiam brincar em um espaço preparado especialmente para elas, com brinquedos e monitores. “Também tivemos a ideia de estimular a cultura brasileira. Durante o almoço era possível ler sobre a história da feijoada e também montamos um estande de cachaça”, conta Jorge.
Negociação Ainda que o lado comercial não tenha sido o único foco do evento, a negociação é um pilar importante. “Tentamos trazer uma diversidade de indústrias, não só de medicamentos. Compareceram empresas do setor de alimentos funcionais, de suplementação alimentícia, cosméticos, acessórios. É uma série de categorias diferentes que dão possibilidades para o varejista”, afirma Bertolino. Clientes antigos e recentes da Andorinha fizeram questão de estar presentes para fomentar o relacionamento profissional. O representante da Medquímica no Estado de São Paulo, João Batista dos Santos, comparece a todos os eventos da distribuidora desde 2007, quando o primeiro contrato foi assinado. “Na época eu era gerente da Medquímica e tornei a Andorinha nosso parceiro prioritário. Trabalhamos com seis meses de exclusividade e desconto prioritário, o trabalho deu certo e aumentou a representatividade do laboratório no Estado de São Paulo. Hoje, vendemos cinco vezes mais na região, devido a esta parceria, que segue firme”, revela. Mais ou menos no mesmo período o Laboratório do Pé tornou-se cliente da Andorinha. A intenção da empresa era ganhar apoio de uma distribuidora conhecida no mer-
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evento – expo management andorinha
Varejistas e fabricantes se reuniram na feira
Evento promoveu aproximação entre distribuidores e clientes
Nos estandes foram feitas negociações
Laboratórios marcaram presença no evento
Prudence foi celebrar parceria recém-iniciada
Fabricantes de HPC e correlatos também estiveram presentes
maco, já que os produtos têm origem em cirurgia ortopédica. “Como somos fabricantes, muitas vezes o farmacêutico não tem condição de comprar diretamente conosco, devido ao volume. Pela distribuidora conseguimos pulverizar o produto dentro da realidade de um varejista, que às vezes quer repor uma quantidade mínima”, explica o gerente comercial do Laboratório do Pé, Ademir Vidal. Já a Neoquímica retomou há três meses a parceria com a distribuidora para fomentar a presença da empresa no interior de São Paulo, conforme contou a consultora de vendas Aline de Andrade. “Na região de Campinas eles são fortes e presentes, inclusive com entrega no mesmo dia dependendo do pedido. Com isso, acabaram fidelizando grande parcela de varejistas por aqui.” 166
Parceiros recém-chegados também marcaram presença na Expo Management Andorinha. Antonio Sabino, gestor de negócios da DKT do Brasil, conta que a parceria de menos de um mês já mostrava sintonia e sinais de que daria bons frutos. Segundo a Nielsen, a marca de preservativos Prudence é a segunda maior marca no Brasil; para chegar à sonhada liderança a parceria foi acertada. “A DKT não tem condições de atender as farmácias diretamente, então a Andorinha é superimportante neste momento. É um namoro que acontece há dois anos, mas só agora deu certo a gente fazer parte deste negócio. A nossa expectativa é passar a liderar o mercado de preservativos de maneira rápida, mas sólida. Para isso, a Andorinha vai contribuir bastante”, acredita.
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Varejistas e fabricantes se reuniram na feira
Evento promoveu aproximação entre indústria e clientes
Nos estandes foram feitas negociações
Laboratórios marcaram presença no evento
Prudence foi celebrar parceria recém-iniciada
Fabricantes de HPC e correlatos também estiveram presentes
cado para obter maior penetração no setor fármaco, já que os produtos têm origem em cirurgia ortopédica. “Como somos fabricantes, muitas vezes o farmacêutico não tem condição de comprar diretamente conosco, devido ao volume. Pela distribuidora conseguimos pulverizar o produto dentro da realidade de um varejista, que às vezes quer repor uma quantidade mínima”, explica o gerente comercial do Laboratório do Pé, Ademir Vidal. Já a Neoquímica retomou há três meses a parceria com a distribuidora para fomentar a presença da empresa no interior de São Paulo, conforme contou a consultora de vendas Aline de Andrade. “Na região de Campinas eles são fortes e presentes, inclusive com entrega no mesmo dia dependendo do pedido. Com isso, acabaram fidelizando grande parcela de varejistas por aqui.” 166
Parceiros recém-chegados também marcaram presença na Expo Management Andorinha. Antonio Sabino, gestor de negócios da DKT do Brasil, conta que a parceria de menos de um mês já mostrava sintonia e sinais de que daria bons frutos. Segundo a Nielsen, a marca de preservativos Prudence é a segunda maior marca no Brasil; para chegar à sonhada liderança a parceria foi acertada. “A DKT não tem condições de atender as farmácias diretamente, então a Andorinha é superimportante neste momento. É um namoro que acontece há dois anos, mas só agora deu certo a gente fazer parte deste negócio. A nossa expectativa é passar a liderar o mercado de preservativos de maneira rápida, mas sólida. Para isso, a Andorinha vai contribuir bastante”, acredita.
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evento – econofarma
Negócios de
conteúdo
Aliando estandes de exposição e vendas, com workshops e uma drogaria modelo, a 11ª Econofarma pretende se destacar ainda mais entre as feiras do setor farmacêutico
J
Já consolidada como um dos maiores eventos do setor farmacêutico, a Econofarma conseguiu atingir as metas da edição 2013. De acordo com a assessoria de imprensa da PH Eventos, empresa organizadora da feira, houve um aumento de 15% no número de visitantes e foram fechados 10% a mais em negócios durante os dias 13 e 14 de junho, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP). “Este foi um ano marcante, pois tivemos a preocupação de montar uma feira de conteúdo e não somente de negócios”, cita o diretor da PH Eventos, Paulo Heitor. Para promover esta evolução, ele contou com três ferramentas: a Drogaria Modelo, os workshops e o “Guia Prático do PDV”, que trabalhou de forma integrada todos os concei-
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tos apresentados durante o evento. A 11ª Econofarma preparou um ciclo de palestras para abordar temas de relevância para a atualidade do varejo farmacêutico. Os visitantes puderam conferir os conceitos de Elizangela Kioko, gerente-executiva de trade categoria da Divisão Farma na Hypermarcas; Rodrigo Fagundes, consultor responsável de treinamentos ACADEMS da EMS Genéricos; Silvia Osso, consultora e palestrante especializada no varejo farmacêutico; e Dirceu Raposo de Mello, farmacêutico-bioquímico, doutor e mestre em Ciência da Saúde e Análises Clínicas. Já entre os expositores, o objetivo foi estreitar relacionamentos e fechar vendas. Para a Laboratório Catarinense, as negociações fechadas fotos: divulgação
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Negócios de
conteúdo
Aliando estandes de exposição e vendas, com workshops e uma drogaria modelo, a 11ª Econofarma pretende se destacar ainda mais entre as feiras do setor farmacêutico
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Por flávia corbó e raquel sena
Já consolidada como um dos maiores eventos do setor farmacêutico, a Econofarma conseguiu atingir as metas da edição 2013. De acordo com a assessoria de imprensa da PH Eventos, empresa organizadora da feira, houve um aumento de 15% no número de visitantes e foram fechados 10% a mais em negócios durante os dias 13 e 14 de junho, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP). “Este foi um ano marcante, pois tivemos a preocupação de montar uma feira de conteúdo e não somente de negócios”, cita o diretor da PH Eventos, Paulo Heitor. Para promover esta evolução, ele contou com três ferramentas: a Drogaria Modelo, os workshops e o “Guia Prático do PDV”, que trabalhou de forma integrada todos os concei-
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tos apresentados durante o evento. A 11ª Econofarma preparou um ciclo de palestras para abordar temas de relevância para a atualidade do varejo farmacêutico. Os visitantes puderam conferir os conceitos de Elizangela Kioko, gerente-executiva de trade categoria da Divisão Farma na Hypermarcas; Rodrigo Fagundes, consultor responsável de treinamentos ACADEMS da EMS Genéricos; Silvia Osso, consultora e palestrante especializada no varejo farmacêutico; e Dirceu Raposo de Mello, farmacêutico-bioquímico, doutor e mestre em Ciência da Saúde e Análises Clínicas. Já entre os expositores, o objetivo foi estreitar relacionamentos e fechar vendas. Para a Laboratório Catarinense, as negociações fechadas fotos: divulgação
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O diretor da PH Eventos, Paulo Heitor, celebra o crescimento da feira
A consultora Silvia Osso aborda as principais tendências do varejo
na 11ª Econofarma irão ajudar a apresentar números ainda melhores ao fim do primeiro semestre, sempre muito positivo em função das vendas do Melagrião. “Fomentar relacionamento acontece, mas acabamos fazendo um volume considerável de negócios. O movimento foi ótimo”, conta o gerente de marketing da empresa, Paulino Duarte. Até o final do ano, o foco será a linha de nutrição, que terá as embalagens reformuladas e ganhará mais oito produtos novos. Outras diversas empresas fabricantes de suplementos e alimentos funcionais também estiveram presentes na feira, apostando no crescimento deste segmento no Brasil. “Cerca de 99% dos nossos clientes são farmácias, devido à alta rentabilidadade que nossos produtos trazem ao varejista. Além disso, somos considerados o mercado do futuro, diante da procura pela qualidade de vida”, conta o responsável pelo departamento de marketing da Midway, Maurício Costato, que afirma ter inclusive problemas de produção para suportar a demanda brasileira. No estande da Boehringer-Ingelheim, era possível mais do que apenas negociar bons preços de produtos. Os vendedores estavam dispostos a oferecer uma consultoria aos clientes, dando dicas de exposição para atingir uma demanda maior. “Temos alguns materiais institucionais, displays e outras ferramentas que utilizamos no ponto de venda. Conseguimos oferecer um leque completo”, conta o analista de trade marketing, Wellington Silva. Ao contrário de outras empresas que participam da Econofarma desde a primeira edição, o laboratório Prati-Donaduzzi estava pela segunda vez no evento, pois tinha um trabalho voltado para o canal hospitalar. “Este evento é uma boa oportunidade para fortalecer o nome da empresa junto ao varejo farmacêutico e, seguramente, é a feira que nos dá mais visibilidade por estar na região Sudeste”, avalia o diretor comecial do laboratório, Marco Aurélio Miguel. Já a estratégia da Boiron é estar presente na feira para alavancar os planos de expansão da empresa no Brasil, que está 170
no País há apenas quatro anos. “Nós ainda estamos em uma fase de divulgação e aqui recebemos a atenção de profissionais de outras cidades e estados, onde nossos produtos ainda não chegam”, explica o diretor da Boiron para o Brasil, Ricardo Ferreira.
Crescendo lado a lado Os brasileiros já estão entre os maiores consumidores de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo, alcançando o posto de terceiro maior mercado global de produtos HPC, estando atrás somente dos Estados Unidos e Japão. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), foram gastos US$ 42 bilhões em 2012. A expansão feminina no mercado de trabalho é uma das principais responsáveis por tal crescimento. Diante desse cenário, as empresas passaram a investir mais em novidades, buscando suprir os anseios de seus consumidores. E para ganhar espaço no mercado, o canal farma tem sido um grande aliado. “Hoje vemos uma grande oportunidade nesse canal. Para se ter uma ideia, o faturamento de grandes farmácias em HPC está chegando aos patamares de 40% e, diante disso, o nosso objetivo é oferecer nossos produtos para que eles aumentem a lucratividade através dessa categoria. Isso se torna interessante para ambos os lados”, garante a coordenadora de vendas da Unilever, Camila Oliboni. O diretor-presidente da Dailus Color, Fernando Governatore Rossi, concorda e complementa: “Hoje existem cerca de dez farmácias para cada perfumaria. Investir nesse canal dará muita visibilidade aos nossos negócios”. A Dailus montou um estande com toda a linha de produtos. O destaque ficou por conta do lançamento de esmaltes com nanotecnologia. “Até o final do ano iremos
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Edição 2013 da Econofarma apresentou 15% a mais de visitantes
lançar mais oito itens de maquiagem e também aumentar a participação no segmento de unhas”, garante Rossi. Durante a 11ª Econofarma, as empresas de HPC tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos e estreitar relacionamentos. A Orange, por exemplo, preparou exclusivamente para a feira dois lançamentos, porém não deixou de apresentar toda a linha de produtos da marca. “Como somos uma empresa nova no mercado, o nosso principal objetivo é poder divulgar a marca. Queremos atender o público mais carente, com preços acessíveis, o que consequentemente gera um grande volume de vendas para nós. De 2012 até o momento já crescemos 40%; a perspectiva até o final do ano é crescer mais 20%”, afirma o gerente da empresa, Leandro Casella. A novidade apresentada pela Hypermarcas foi a Hyperweb, uma plataforma de pedidos via web. “Trata-se de uma plataforma de relacionamento com os nossos clientes estratégicos (varejistas) do canal indireto, para que eles possam fazer seus pedidos pelo site, no momento que desejar”, conta o diretor executivo comercial da Divisão Farma da Hypermarcas, Argemiro Cintra dos Santos. A feira também contou com novos expositores, como a Protector Nail, empresa mineira que comercializa adesivos protetores de unhas, e a You Care Cosméticos que apresentou, dentro da Drogaria Modelo, sua linha de unhas e cílios postiços.
Drogaria Modelo Um dos grandes destaques do evento foi a Drogaria Modelo, com um conceito que foi estruturado através de informações retiradas de pesquisas elaboradas pela Hypermarcas. Segundo Argemiro dos Santos, pesquisas apontam que a satisfação do cliente farma é baseada na categoria de medicamentos, dessa forma é imprescindível investir na exposição desses produtos para entregar a melhor experiência de compra para o cliente da loja. 172
A Hypermarcas apresentou inovação no layout da categoria de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs ou OTC). “O ideal é que esses produtos sejam tratados como uma categoria de rotina e conveniência”, afirma. Dessa forma, a exposição dos MIPs foi estruturada na lateral esquerda da loja, fazendo a transição entre o medicamento de prescrição no fundo da loja e o checkout. As subcategorias foram segmentadas por sintomas, diferenciadas por cores e imagens que remetem qualidade de vida. Outra inovação é que dentro das subcategorias a exposição foi estruturada por marca, considerando no mesmo ambiente as apresentações de blister e caixa, uma ao lado da outra, para que a decisão de compra fique na mão do consumidor. “A nossa expectativa é de que o varejo farma se mobilize para criar uma certa padronização na exposição da categoria de medicamentos, visando melhorar a experiência de compra para o seu cliente”, almeja Santos. A construção da Drogaria Modelo contou também com a ajuda da Metalfarma, empresa especializada em mobiliário de farmácias. De acordo com diretor da empresa, Régis Rodero, com um investimento de R$ 900 por metro quadrado os varejistas que adotarem o sistema sugerido podem atingir cerca de 30% de crescimento no faturamento. “Mas o valor depende de cada situação. Tenho um cliente que não acreditava na importância do projeto, mas com a mudança conseguiu 40% de crescimento”, destaca. O conceito deve ser novamente apresentado na próxima edição da Econofarma, que deve ocorrer em agosto do próximo ano. “Já planejamos um crescimento de 20% para o ano que vem. Traremos mais inovações e de maneira mais ousada”, promete Paulo Heitor, da PH Eventos.
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compra democrática Os lançamentos do setor de higiene, perfumaria e cosméticos são voltados aos mais variados públicos. Mães, filhos, adolescentes e adultos encontram novidades nas farmácias e drogarias para cuidar do bem-estar e do visual Opção para grandinhos
A Pom Pom reformula sua linha Protek Baby e apresenta ao mercado o formato Fit Baby: mais cavado e que se ajusta melhor ao corpo da criança. A marca lança também a variante Protek Baby Grandinhos, especialmente desenvolvida para bebês e crianças que pesam entre 15 e 24 kg. Grandinhos é a única do mercado que atende este público e possui formato tradicional anatômico, com garantia 10 horas de proteção. Preço médio: R$ 14,77 Na gôndola: cantinho do bebê Site: www.pompom.com.br 174
Lavagem a seco
Chega ao mercado brasileiro um produto que promete transformar fios sem vida e oleosos em um cabelo leve e com volume. Com alguns jatos de spray do Batiste Shampoo Seco na raiz e uma escovada rápida, o excesso de oleosidade desaparece e o perfume que fica é delicioso. O produto dá uma nova cara ao cabelo para enfrentar um dia longo ou uma supernoite, sem precisar de uma grande produção. Preço médio: 50 ml - R$ 14,90 150 ml - R$ 19,00 200 ml - R$ 25,00 Na gôndola: cabelos Site: www.batiste.com.br
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Pele hidratada e fresquinha
Loiro bem cuidado
A Nouvelle lança o xampu e condicionador N Essenciale Desamarelador sem sal, unissex, ideal para cabelos louros coloridos, descoloridos, com mechas e grisalhos. Sua formulação com micropigmentos violeta atua na redução progressiva do indesejável efeito amarelado, mas sem conter os solventes comuns às outras marcas, que causam o ressecamento dos fios. Além disso, possui pH ácido, que fecha as cutículas dos cabelos, é enriquecida com silicone, extratos de tamarindo e sândalo, que envolvem os fios, regeneram e hidratam a fibra capilar.
A Johnson’s preparou uma novidade para quem já é fã dos produtos da marca: Softlotion Pele Fresquinha que as consumidoras já adoram, agora na versão econômica de 400 ml. Sua fragrância tem uma combinação de notas frutais, como melão e bergamota, que é liberada gradualmente por meio de uma avançada tecnologia de fragrância microencapsulada, que prolonga a sensação de pele hidratada e fresquinha durante o dia. Preço sugerido: R$ 10,49 Na gôndola: pele/checkout Site: www.jnjbrasil.com.br
Preço médio: Xampu - R$ 12,99 Condicionador - R$ 13,71 Na gôndola: cabelos Site: www.nouvelle.com.br
Mãos glamourosas
Para celebrar o sucesso da 1ª edição de Glitteríssima, a DNA Italy baseou-se em elementos que garantem uma boa comemoração para solenizar o lançamento da nova coleção. O resultado são seis cores exclusivas que trazem toda a intensidade, agitação e energia de uma festa de “arromba”. As nuances são perfeitas para enfeitar as unhas de mulheres modernas e ousadas. Todos os esmaltes são ricos em D-Pantenol, que cuida, fortalece e reequilibra as unhas danificadas, deixandoas com aspecto saudável. Preço sugerido: R$ 3,00 Na gôndola: cutelaria/checkout Site: http://dnaitaly.com.br
Hippie chique
Locomotiva 70 é a coleção de esmaltes criada pela Super Pérola para o inverno 2013. Com temática baseada no clima de paz e amor, as tonalidades selecionadas pela marca para as unhas desta temporada são sóbrias e fechadas. Os nomes relembram as divertidas gírias populares dos anos 70. Preço médio: R$ 2,50 Na gôndola: cutelaria/checkout Site: www.afetivacosmetica.com.br/superperola
Obs.: Os preços sugeridos são informados pela indústria fabricante de cada produto 2013 julho guia da farmácia
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serviços A
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AACD www.aacd.org.br Abifisa www.abifito.org.br Aborl-CCF www.sborl.org.br Abradilan www.abradilan.com.br ABRAFARMA www.abrafarma.com.br ACHÉ www.ache.com.br Andorinha www.andorinhamed.com.br Anhembi Morumbi http://portal.anhembi.br Anvisa http://anvisa.gov.br APAE www.apaesp.org.br AVAPE www.avape.org.br Ativa Logística www.ativalog.com.br
b BANCO CENTRAL www.bcb.gov.br Bionatus www.bionatus.com.br BNDES www.bndes.gov.br boiron www.boiron.com.br
C CEMA www.cemahospital.com.br CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO http://saocamilo-sp.br CFF www.cff.org.br CONFAZ www.fazenda.gov.br/confaz CRF-pr www.crf-pr.org.br
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DROGARIA PACHECO www.drogariaspacheco.com.br DROGARIA SÃO PAULO www.drogariasaopaulo.com.br DKT BRASIL www.dkt.com.br
e EMBELEZZE www.embelleze.com ESPM www.espm.br
f FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS da SANTA CASA de SÃO PAULO www.fcmscsp.edu.br FEBRAFAR www.febrafar.com.br FGV www.fgv.br FQM DERMA www.fqm.com.br Farma&Farma www.farmaefarma.com.br
g Global Entrepreneurship Monitor www.gemconsortium.org GRUPO ALPARF www.altamoda.com.br GRUPO GR http:// grupogr.com.br GS&MD www.gsmd.com.br GUNNEBO GATEWAY www.gateway-security.com.br
h HAGANÁ ELETRÔNICA www.haganaeletronica.com.br HOSPITAL ALBERT EINSTEIN www.einstein.br HOSPITAL SAMARITANO www.samaritano.org.br HOSPITAL SANTA JOANA www.hmsj.com.br Hospital Sírio-Libanês www.hospitalsiriolibanes.org.br HYPERMARCAS www.hypermarcas.com.br
i IBEVAR www.ibevar.org.br IBGE www.ibge.gov.br IBOPE www.ibope.com.br IBPT www.ibpt.com.br ICTQ http://ictq.com.br
l LABORATÓRIO DO PÉ http://laboratoriodope.com.br LA ROCHE-POSAY www.laroche-posay.com.br
m MEDQUÍMICA www.portalmedquimica.com.br MMC - BRAZIL http://mmcbrazil.com
n Navarro www.navarromed.com.br NEOQUímica www.neoquimica.com.br NIELSEN www.nielsen.com NIELY www.niely.com.br NUTRIFARM www.nutrifarm.com.br
o OMS www.who.int
p PANVEL www.panvel.com P&G www.pg.com
r Rio Drog’s www.riodrogs.com.br
s Sebrae www.sebrae.com.br
t TNS RESEARCH MARKET www.tnsglobal.com.br TRESEMMÉ www.tresemme.com.br
u UFRGS www.ufrgs.br UNILEVER www.unilever.com.br
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