290 Janeiro/2017 - Estrada do crescimento

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A VOZ DO FARMACÊUTICO As possibilidades de atuação profissional na área farmacêutica são inúmeras. Indústria, varejo, hospitais e laboratórios são as preferidas

SAZONAL O período do carnaval é um dos momentos que geram alta rentabilidade ao canal farma. Abasteça seu estoque com os itens de maior demanda

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ANO XXIV • Nº 290 JANEIRO DE 2017

ESTRADA DO CRESCIMENTO É fato que o terreno brasileiro ainda é bastante arenoso em relação às expectativas para 2017. Mas, por hora, o que se pode dizer é que a situação começa a voltar aos trilhos, com um pouco mais de otimismo entre os consumidores, empresários e investidores

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O mercado farmacêutico na palma da mão!

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Há mais de 20 anos, a revista Guia da Farmácia é a publicação mais lida e respeitada do setor. Todos os meses traz tendências, notícias e lançamentos do setor, além de suplementos especiais periódicos com análises aprofundadas de temas específicos. Conteúdo relevante e indispensável para você conhecer o mercado com a palma da mão.

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Guia da Farmácia. O canal farma nas suas mãos. guia.indd 1

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EDITORIAL

O ano da retomada Apesar de todas as incertezas que rondam investidores, empresários e a população brasileira como um todo, a indústria farmacêutica se mostra menos suscetível à crise econômica. Um exemplo é o crescimento em vendas do mercado de medicamentos. As vendas de genéricos, por exemplo, cresceram 14,30% em volume no primeiro semestre de 2016 em comparação ao mesmo período de 2015. Foram comercializadas 534,6 milhões de unidades contra 467,7 milhões no ano passado, segundo dados do IMS Health, compilados pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). O mercado farmacêutico total, que inclui as vendas de todas as categorias de medicamentos, também apresentou evolução de 6,14%. Foram comercializados 1,766 bilhão de medicamentos entre janeiro a junho de 2016, contra 1,664 bilhão no mesmo período de 2015. Números como esses também refletem a realidade da população brasileira. O País está envelhecendo e, com isto, a necessidade de uso de medicamentos cresce. Havendo melhora na economia, consequentemente, aumenta o poder de compra da população.

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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Apesar desses números positivos, é fato que o terreno no País ainda é bastante arenoso em relação às expectativas para 2017, especialmente pelas questões políticas. Mas, por hora, o que se pode dizer é que a situação começa a voltar aos trilhos, com um pouco mais de otimismo entre os consumidores, empresários e investidores. A retomada do crescimento é um consenso entre os especialistas. A dúvida fica, apenas, sobre o quanto devemos voltar a crescer. Acompanhe a reportagem de capa da primeira edição de 2017 e veja os principais fatos que serão determinantes para a retomada do Brasil. No mês em que se comemora o Dia do Farmacêutico, o Guia da Farmácia preparou uma matéria especial que fala sobre as possibilidades de atuação profissional; indústria, varejo, hospital e laboratório são as preferências dos graduados na área. Treinamento e profissionalização são requisitos fundamentais para uma carreira sólida e de credibilidade, por isso, atualização constante nunca é demais.

É fato que o terreno no País ainda é bastante arenoso em relação às expectativas para 2017, especialmente pelas questões políticas. Mas, por hora, o que se pode dizer é que a situação começa a voltar aos trilhos

Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Kathlen Ramos, Renata Martorelli, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Camila Pacheco, Marcelo Cristian Ribeiro, Messias Cavalcante e Silvia Osso IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.:(11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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SUMÁRIO #290 JANEIRO 2017

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30 > PANORAMA CAPA

É fato que o terreno no País ainda é bastante arenoso em relação às expectativas para 2017. Porém, os analistas preveem que, neste novo ano, as luzes devem começar a se acender novamente, trazendo um pouco mais de otimismo aos negócios

36 > A VOZ DO FARMACÊUTICO Com mais de 70 possíveis funções na área da saúde, os graduados em Farmácia se destacam pela versatilidade e também pela visão holística que detêm da área da saúde

80 > MIX Os dias mais quentes lembram praia, piscina, viagens e férias. Mas junto com eles, vem um incômodo típico: os pernilongos. Por isso, o uso dos repelentes se torna essencial

82 > OPORTUNIDADE Para o varejo farmacêutico, o retorno às aulas é uma época que confere excelentes oportunidades, tendo em vista o aumento da incidência de quadros, como piolhos, viroses e pequenos ferimentos

ERRATA Diferente do que foi publicado no Suplemento Especial Guia de Sortimento, edição 287 (outubro), pág. 23, categoria Preservativos, a marca Lovetex, não é da Hypermarcas, mas sim, da Reckitt Benckiser (RB), assim como Jontex e Olla. 4

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E MAIS 06 > GUIA ON-LINE 08 > ENTREVISTA 12 > ANTENA LIGADA 22 > ATUALIZANDO

ESPECIAL SAÚDE

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> DESIDRATAÇÃO > OSTEOPOROSE > ESTRESSE E ANSIEDADE > INSUFICIÊNCIA CARDÍACA > DMRI > DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

86 > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 20 > OPINIÃO Camila Pacheco 26 > VAREJO Silvia Osso 28 > GESTÃO Marcelo Cristian Ribeiro IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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Dor Muscular Contusão Tendinite diclofenaco dietilamônio 11,6 mg/g. MS 1.5584.0305. Indicações: No tratamento local de inflamações de origem traumática nos tendões, ligamentos, músculos e articulações. JAN/2017. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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GUIA ON-LINE WWW.GUIADAFARMACIA.COM.BR

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O mercado capilar oferece diversos tipos de finalizadores, cada um com o seu objetivo diferente. O produto apresenta alta demanda no verão e orientar o consumidor é essencial. Acompanhe o Facebook do Guia da Farmácia

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O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS

AS CAMPEÃS DE PREFERÊNCIA

PONTO DE VENDA

Em 2014, os similares puderam passar a ser intercambiáveis com os medicamentos de referência. O consumidor pode fazer a escolha e, para isso, é função do farmacêutico tirar as dúvidas que possam surgir.

MERCADO

O crescimento médio anual registrado pelo setor de suplementos é de 25% nos últimos cinco anos. Esse número é um reflexo direto da procura por mais qualidade de vida e da inclusão de uma alimentação saudável.

GESTÃO

Uma das principais dificuldades para os varejistas é entregar uma experiência omnichannel satisfatória aos consumidores. Ainda mais que, atualmente, quase não há diferenças entre loja física ou virtual. 6

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SAÚDE

Apesar de a menstruação ser algo comum na vida das mulheres, muitas ainda carregam dúvidas simples sobre o assunto. Às vezes, por timidez, a paciente não esclarece suas questões e a interrogação persiste por muito tempo. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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ENTREVISTA – ABBOTT

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Novo Centro de Desenvolvimento no Brasil ABBOTT INAUGURA COMPLEXO, NO RIO DE JANEIRO, QUE SERÁ FOCADO EM PRODUTOS FARMACÊUTICOS PARA ATENDER À DEMANDA NACIONAL DO CONSUMIDOR

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POR LÍGIA FAVORETTO

A Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, inaugurou seu primeiro Centro de Desenvolvimento Farmacêutico no Brasil, localizado no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A empresa investiu R$ 20 milhões e o principal objetivo é responder às necessidades do consumidor brasileiro. A expectativa é de desenvolver, anualmente, em torno de 15 novos medicamentos de marca em áreas, como cardiologia, saúde da mulher, gastroenterologia, respiratória e Sistema Nervoso Central (SNC). A instalação produzirá fórmulas sólidas (cápsulas e comprimidos). Para a empresa americana, ter um complexo desse tipo facilita o acesso da população a importantes medicamentos e reforça o compromisso da companhia com o País. Além disso, fortalece sua estrutura global, que já conta com mais de 13 Centros Farmacêuticos ao redor do mundo. Durante evento de inauguração, ocorrido em setembro de 2016, na capital carioca, o gerente-geral da Abbott no Brasil, Juan Carlos Gaona, explicou que as moléculas serão desenvolvidas em escala-piloto para, posteriormente, ganhar produção em larga escala na fábrica, dependendo da demanda local.

A estratégia faz parte do crescimento orgânico da companhia no Brasil, mercado-chave para a empresa globalmente. Guia da Farmácia • Por que a Abbott decidiu criar esse Centro de Desenvolvimento no Brasil e deu início em suas operações num momento político e econômico tão conturbado? Juan Gaona • O Centro de Desenvolvimento está sendo inaugurado em um momento em que o acesso a medicamentos tem sido cada vez mais importante para o Brasil, visto que a população está envelhecendo, e há uma maior incidência no diagnóstico de doenças crônicas. Apesar de termos um contexto econômico complicado e desafiador nos últimos dois anos, o mercado continua crescendo. Estamos no Brasil há quase 80 anos; nós pretendemos ficar aqui mais 80 anos. A crise vai passar, é temporária e o País sairá mais fortalecido dela, por isso, queremos estar preparados para ser cada vez mais competitivos; sem dúvida, o Centro de Desenvolvimento nos proporcionará isso. Guia • A Abbott tem focado seus investimentos em países emergentes. De que forma um Centro de Desenvolvimento brasileiro proporcionará mais acesso? Gaona • A nossa visão do Brasil é simples, acreditamos que menos é mais. Nós queremos ser a primeira empresa farmacêutica aqui no País e ponto. Um Centro 2017 JANEIRO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA – ABBOTT

“A CRISE VAI PASSAR, É TEMPORÁRIA E O PAÍS SAIRÁ MAIS FORTALECIDO DELA, POR ISSO, QUEREMOS ESTAR PREPARADOS PARA SER CADA VEZ MAIS COMPETITIVOS” de Desenvolvimento local faz com que possamos trabalhar com o portfólio que os brasileiros precisam. Estamos focados em conquistar mercados emergentes e temos uma chance de nos tornarmos líderes. Tendo uma fabricação local, poderemos vender, inclusive, para outras companhias. Para a nossa área farmacêutica, o foco é investir naquilo em que acreditamos que possa ser o número um ou o número dois, e acreditamos que no Brasil é possível. Guia • Como se dá a construção de um portfólio de produtos líderes, que ocupam a primeira ou segunda colocação em vendas? Gaona • Nós temos produtos únicos, cerca de 40 marcas fortes presentes no Brasil na área farmacêutica. Entre elas, provavelmente, umas cinco ou seis são globais. O nosso portfólio está cada vez mais prolongado, o que está disponível no Brasil não está em outros lugares. Os produtos são customizados. O que buscamos sempre é um aprimoramento, com uma formulação farmacêutica diferente, e tecnologia que permita, por exemplo, que um paciente, que toma três comprimidos, passe a tomar apenas um. Trata-se do processo de exclusão, que traz a combinação de moléculas em um mesmo produto. Esse investimento faz com que o Brasil decida qual o portfólio que ele quer ter. A maioria das multinacionais tem marcas globais muito previamente definidas, que são aquelas que estão em todos os mercados. No caso da Abbott, nós temos a chance de escolher o foco de produtos que queremos vender e não será mais necessário pedir aprovação para a matriz na hora de lançar um novo tratamento, uma nova alternativa, desde que

faça sentido. Isso é um grande avanço que nós não tínhamos até hoje. Guia • Esse avanço proporcionará um número maior de lançamentos? O mercado pode contar com novas terapias? Gaona • Nós teremos a capacidade de desenvolver 15 novos medicamentos anualmente, a partir da estrutura que dispomos agora. O foco são medicamentos orais: cápsulas e comprimidos. Já estamos funcionando, operacionalmente, desde julho de 2016. O Centro de Desenvolvimento é dividido em duas grandes áreas; uma que é a parte de desenvolvimento das fórmulas, dos processos do produto realmente farmacêutico, que é a área de desenvolvimento farmacotécnico, o Centro de Desenvolvimento é um centro genial, isso significa muito para nós, porque vamos ter a possibilidade de fazer os lotes de mil equivalentes dos estudos. Quando compramos os equipamentos, conversamos com os órgãos responsáveis para mostrar que teremos uma área de desenvolvimento que possa proporcionar para a Abbott flexibilidade. E a outra parte é analítica, onde desenvolvemos todos os métodos que vão possibilitar que a gente conheça o nosso produto em termos de estabilidade, de absorção, de pureza. Guia • O investimento foi de R$ 20 milhões. O faturamento da Abbott tende a aumentar? Gaona • Nós temos, hoje, uma renda mundial de aproximadamente US$ 20 bilhões e fazemos no Brasil cerca de US$ 400 mil, cerca de R$ 1,3 milhões; continuamos tendo uma linha de crescimento muito positiva, principalmente por conta de grandes lançamentos e grande divulgação que estamos tendo aqui. A companhia é uma multinacional atípica se você comparar todas as companhias multinacionais que têm a prevalência no mercado da saúde. Temos 50% das nossas vendas acontecendo em mercados emergentes. É difícil existir uma companhia americana nesse perfil. Normalmente, as companhias multinacionais têm uma presença muito maior de vendas em outros setores. A Abbott é hoje a única companhia que consegue fornecer para pacientes, em qualquer faixa etária, produtos que vão ajudar com a sua nutrição, que possibilitarão a realização de testes diagnósticos, dispositivos médicos e medicamentos; ou seja, cuidamos do paciente em todos os diferentes níveis e estados de sua vida.

A editora-chefe do Guia da Farmácia, Lígia Favoretto, viajou ao Rio de Janeiro, para evento de inauguração do Centro de Desenvolvimento, a convite da Abbott. 10

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Contém o Lactobacillus acidophilus liofilizado que contribui para a restauração da flora intestinal, mantendo o equilíbrio no organismo. LEIBA® (Lactobacillus acidophilus liofilizado) MS 6.6325.0004.001-9 / 6.6325.0001.001-2 / 6.6325.0003.001-3. Deve ser associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Não contém glúten. SAC 0800 11 15 59 - www.uniaoquimica.com.br - Jan/17.

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ANTENA LIGADA

UM CICLO NOVO A ENTRADA DE 2017 É MARCADA PELA REFORMULAÇÃO DE MARCAS, TROCA DE DIRETORIA, INAUGURAÇÃO DE COMPLEXOS. A POSITIVIDADE AUMENTA A PARTIR DE UMA RETOMADA DA ECONOMIA POR VIVIAN LOURENÇO

POSICIONAMENTO DE MARCA

Após um extenso trabalho de campo para identificar os desejos dos consumidores, a fabricante de camisinhas Blowtex traçou novas diretrizes que envolvem design, comunicação, posicionamento no ponto de venda (PDV) e influenciadores digitais. Tudo para aumentar a interação com a marca. O primeiro passo do projeto foi identificar o desejo dos consumidores, entender suas aspirações, sua linguagem. Com base nas informações apuradas, o projeto passou a ser desenhado por uma equipe de especialistas cuja missão foi traduzir, em um novo posicionamento, o desejo do consumidor. • www.blowtex.com.br 12

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O MELHOR DA PRODUÇÃO MUNDIAL

São Paulo sediou a 24ª edição da Hospitalar Feira + Fórum, principal evento de saúde das Américas e palco para geração de novas oportunidades de negócios às empresas do segmento médico-hospitalar, assim como atualização com as principais tendências e inovações da medicina e do mercado setorial. Em estandes individuais ou pavilhões coletivos, empresas dos mais variados setores tiveram à disposição um leque de oportunidades num mercado formado por mais de seis mil hospitais brasileiros e 288 mil estabelecimentos de saúde. E contaram, também, com a presença importante de compradores latino-americanos, aos quais a feira brasileira é referência para negócios e networking. • www.hospitalar.com

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NOVO POSTO

CONSELHEIRO CONSULTIVO

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, designou o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, para o conselho consultivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mussolini ocupa a cadeira de membro titular reservada ao representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O suplente é Edmundo Klotz, da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). • www.sindusfarma.org.br

O empresário Francisco Deusmar de Queirós foi convidado para integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, da Presidência da República. Em sua fala, o fundador das Farmácias Pague Menos e presidente do conselho diretivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), destacou a importância de repensar o varejo e o papel do profissional farmacêutico, para entregar mais valor à sociedade. “Temos mais de 100 mil farmacêuticos em atividade no Brasil, prontos para contribuir como verdadeiros protagonistas no combate à precariedade do serviço público de saúde brasileiro.” O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), composto por representantes das mais diversas áreas de atuação, constitui um fórum qualificado para discutir políticas públicas e propor medidas que estimulem o desenvolvimento do País. • http://portal.paguemenos.com.br/portal

PARCERIA ESTRATÉGICA

Uma reunião entre representantes do governo da Bahia, da Bahiafarma e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) marcou o início da cooperação internacional entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e o laboratório público baiano na luta contra o avanço global da epidemia de zika. “Devemos assinar em breve, no Brasil, um memorando de entendimentos para formalizar o acordo e dar início aos trabalhos de cooperação”, afirma o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas. “Existe o interesse imediato de aquisição dos testes para uso em áreas onde os surtos de zika já são realidade, sobretudo em países carentes, como Cabo Verde e Guiné-Bissau.” • http://bahiafarma.ba.gov.br

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Investimentos de Mídia

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PEDRA FUNDAMENTAL

Em novembro de 2016, foi lançada a Pedra Fundamental do novo campus da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a ser construído dentro do Parque Científico e Tecnológico de Biociências (BIOPARK). Com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e da vice-governadora do estado do Paraná, Cida Borghetti, os idealizadores do parque, Luiz e Carmen Donaduzzi, apresentaram às autoridades presentes a importância de aproximar o conhecimento científico da indústria. O BIOPARK, que foi lançado em setembro de 2016, tem um investimento inicial de R$ 500 milhões e ocupará uma área de quatro milhões de metros quadrados. O terreno e o prédio da UFPR foram doados pelo casal Donaduzzi e será o primeiro projeto concretizado no parque, com data prevista de conclusão das obras para o primeiro semestre de 2018. • www.biopark.com.br

CAMPEÃ DOS 10º JOGOS SINDUSFARMA

A Eurofarma sagrou-se campeã dos Jogos Sindusfarma 2016, e ergueu o troféu geral pela quarta vez. A empresa conquistou 18 medalhas de ouro, 16 de prata e 18 de bronze. O Butantan foi o vice-campeão com 193 pontos e a Bayer foi a terceira colocada com 186. As competições tiveram início em maio de 2016 e ao longo de sete meses, os cerca de três mil atletas, de 14 empresas, se enfrentaram em 11 modalidades: atletismo, basquete, futebol, futebol society, futsal, jogos de salão (bilhar, pebolim e xadrez), kart, natação, tênis, tênis de mesa e vôlei. • www.sindusfarma.org.br • www.eurofarma.com.br

EXPANSÃO OPERACIONAL

O presidente do laboratório Aché, Paulo Nigro, em anúncio da expansão 16

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O Aché Laboratórios Farmacêuticos anunciou a expansão de suas operações industriais e de distribuição para Pernambuco. O Aché vai investir mais de R$ 500 milhões com a construção de uma fábrica de medicamentos em uma área de 250 mil m², além de um Centro de Distribuição na região metropolitana de Recife. A expectativa é de que a nova unidade, quando estiver em plena operação, em 2021, aumente a capacidade produtiva instalada do Aché em aproximadamente 50%, suportando o crescimento projetado para os próximos 15 anos. A previsão é de que as novas operações gerem cerca de 500 empregos diretos, além de, aproximadamente, 2.500 postos de trabalho indiretos. • www.ache.com.br

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MAIS CANAIS DE RELACIONAMENTO

Para estreitar o relacionamento e criar mais interação com os consumidores, a Libbs lançou a sua página no Facebook. A plataforma também trará dicas de saúde em geral, como cuidados essenciais que homens e mulheres precisam ter no dia a dia para manter uma vida mais saudável, além de destacar a importância da qualidade de vida e assuntos institucionais. Para a gerente de Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e farmacovigilância da Libbs, Emanuela Saraiva, contar com a ampliação de mais um canal para se conectar com o público da Libbs dará agilidade no recebimento de informações, solicitações, reclamações, sugestões e elogios. • www.libbs.com.br

NOVA CAMPANHA

A Neo Química reuniu a família do ator e apresentador Márcio Garcia para estrelar sua nova campanha. Criada pela My Agência, a propaganda reforça o já conhecido slogan da marca – “O remédio da família brasileira” – em cenas gravadas com Márcio em sua casa, no Rio de Janeiro. Durante toda a campanha, Neo Química promoverá, nas redes sociais, a hashtag #momentofamília para incentivar os consumidores a postar seus momentos em família. Os usuários também poderão fazer upload de fotos para homenagear seus familiares e compartilhar em suas redes sociais, como WhatsApp, Instagram e Facebook. • www.neoquimica.com.br

NOVA MARCA

A Drogaria São Paulo renovou a sua marca. A novidade já está presente nas lojas recém-inauguradas e será gradativamente aplicada nas demais lojas da rede. “As mudanças começaram a partir de uma renovação do nosso posicionamento de marca. Aos poucos, nossos clientes também poderão notar que a nossa arquitetura estará mais moderna e funcional”, explica o diretor comercial e de marketing do Grupo DPSP, Roberto Tamaso. Desenvolvida por Ana Couto Branding, a nova marca mantém as cores azul e vermelho como suas principais referências, com maior destaque ao símbolo da cruz (soma), que evidencia a especialização da empresa no fornecimento de medicamentos e produtos para a saúde e bem-estar a seus consumidores. • www.drogariasaopaulo.com.br 18

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OPINIÃO

Cinco dicas para ter mais sucesso

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CONHECER O CLIENTE E OFERECER PROMOÇÕES E EXPERIÊNCIA DE COMPRA PODEM SER O DIFERENCIAL PARA ESTE ANO

CAMILA PACHECO Sócia diretora da Blue Numbers 20

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Não é novidade para ninguém que 2016 foi um ano, no mínimo, intenso. Como consultora, não conheço um único segmento que não tenha sido afetado pelo cenário econômico complicado que vivemos em virtude da recessão econômica e instabilidade política. E sem que tenhamos percebido, 2017 já chegou com tudo, esperando que a gente arregace as mangas e vire o jogo. Por isso, quero dar algumas dicas para que você tenha muito sucesso e aumente suas vendas. 1. Esteja próximo do seu consumidor e entenda suas angústias O consumidor está apreensivo e teve de apertar o cinto. Está mais seletivo e exigente, porque não tem outra escolha a não ser atuar com mais cuidado em suas finanças pessoais. Sendo assim, tenha ciência dessa situação e trabalhe comercialmente com ações que ofereçam conforto para a decisão da compra, por exemplo, com as que tragam sensação de economia: Leve 3 pague 2, de X por Y, descontos progressivos. Sempre! 2. Conheça seus produtos e ofereça alternativas para o consumidor Treine sua equipe de atendimento para que ela conheça profundamente os produtos e possa oferecer possibilidades ao consumidor quando o preço for um problema. Em um ponto de venda, por exemplo, muitas vezes, temos no mix diversos produtos similares que possuem objetivos parecidos. Se o consumidor vem em busca de um produto específico que naquele momento está além de sua intenção de gasto, oferecer uma alternativa

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similar pode fazer com que ele compre. É sempre melhor vender um pouco menos, do que não vender nada. 3. Faça vendas adicionais Um aparelho de pressão pede pilhas; um pacote de fraldas, lenços umedecidos; uma caixa de curativos pede antisséptico. Num momento de pressa, muitas vezes, o consumidor não se lembra de que precisa de outros itens. Ter uma percepção rápida da situação para lembrá-lo disso – seja por argumentação no atendimento, ou pelo bom posicionamento dos produtos no autoatendimento – pode agregar vendas e aumentar o tíquete médio de vendas. Esteja atento! 4. Crie ações de relacionamento e também de fidelização Faça com que os clientes voltem ao seu estabelecimento por meio de ações de relacionamento que mostrem que ele pode confiar em você. Redes sociais, e-mail marketing e programas de relacionamento que ofereçam descontos e vantagens, aliados a preços competitivos, farão com que o consumidor sempre pense em você como primeira opção. 5. Relacionamento em primeiro lugar Além disso, é importante lembrar que, em qualquer cenário, com ou sem crise, um atendimento cordial, primoroso e rápido sempre ajuda a aumentar as vendas. Quem não gosta de se sentir bem recebido, não é verdade? E para isso, sua equipe precisa estar capacitada e motivada. Nunca se esqueça de reuniões de alinhamento, programas de bonificação e metas claras. Seu colaborador precisa ser seu aliado. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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ATUALIZANDO

RENOVAÇÕES E LANÇAMENTOS A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA DISPONIBILIZA NOVAS VERSÕES DE PRODUTOS CONSAGRADOS E APOSTA EM FÓRMULAS QUE VISAM AUMENTAR A LONGEVIDADE DA POPULAÇÃO COM QUALIDADE DE VIDA POR LÍGIA FAVORETTO

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Mundipharma, líder no tratamento da dor, relança Saflutan™, colírio análogo da protaglandina indicado para o tratamento do glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular. O medicamento, que diminui a pressão elevada do olho, evitando a lesão no nervo óptico, é o único da categoria sem conservante e apresenta a mesma efetividade em manter a pressão basal com, aproximadamente, 50% menos efeitos colaterais. Em forma de flaconetes, é indicado para uso noturno e atinge efeito máximo depois de 12 horas, sendo mantido por pelo menos 24 horas. MS 1.0029.0181.001-2 • www.mundipharma.com.br 22

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Com o objetivo de tornar o medicamento ainda mais atrativo no ponto de venda (PDV), a Neo Química apresenta ao mercado a nova identidade visual da marca Massageol®. O novo logo ficou mais moderno, com fontes arredondadas, e a embalagem ganhou design mais clean, com redução de elementos e cores. Tudo sem perder as características visuais do produto, já conhecidas e associadas pelo consumidor à marca. Massageol®, líder de mercado na categoria de produtos para lesões musculares tópicas, é composto por salicilato de metila, mentol, cânfora e essência de terebintina, formulação que promove alívio e tratamento de dores musculares, torcicolos e contusões. As novas embalagens já estão disponíveis em todo o País. Indicações: no tratamento local de manifestações reumáticas, além de dores musculares, nevralgias, torcicolos e contusões. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. NOV/16 MS 1.5584.0307 • www.neoquimica.com.br

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ATUALIZANDO

NOVAMIL RICE BIOLAB

A Biolab Farmacêutica inova e traz com exclusividade ao mercado brasileiro Novamil Rice, única fórmula infantil desenvolvida 100% a partir da proteína de arroz. O produto é indicado para lactentes e crianças de 0 a 36 meses de idade que sofrem de alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). Além de eliminar o risco das reações alérgicas, a fórmula é enriquecida com todos os nutrientes necessários para um adequado crescimento e desenvolvimento da criança, proporcionando uma nutrição completa durante o tratamento da APLV. Novamil Rice está à venda em embalagens de 400 g. MS 6.7235.0001.001-1 • www.biolabfarma.com.br

NAPRONAX® NEO QUÍMICA

Napronax®, medicamento analgésico e anti-inflamatório da linha Neo Química, foi relançado no mercado farmacêutico com nova embalagem. A marca teve o logo modernizado, ganhou um novo pantone amarelo, pensado para trazer mais expressividade ao medicamento no ponto de venda (PDV). O azul da embalagem também foi renovado para um tom uniforme com o objetivo de deixá-la mais limpa e com contrastes mais harmônicos. A nova caixa já está disponível em todo o País em apresentação única de 550 mg com 20 comprimidos, indicado para uso adulto. Indicações: é um agente analgésico, anti-inflamatório e antipirético muito utilizado em diversos tipos de dores. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. NOV/16 MS 1.5584.0084 • www.neoquimica.com.br

EXTIMA® APSEN

DAINITRE (PROPATILNITRATO) DAIICHI-SANKYO

A Daiichi-Sankyo lança o Dainitre (propatilnitrato), pertencente à classe dos vasodilatadores. O produto, que possui o propatilnitrato como princípio ativo, é indicado para o tratamento da crise de angina e na prevenção da angina causada por exercícios em pacientes com insuficiência coronariana crônica. Dainitre está disponível na apresentação de 50 comprimidos de 10 mg. O produto está sendo divulgado para mais de 15 mil médicos em todo o Brasil. MS 1.0454.0182-002-0 • www.daiichisankyo.com.br 24

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Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população idosa e adulta que sofre com a perda muscular e suas implicações, o laboratório Apsen traz ao mercado uma pioneira e inovadora terapia de suplementação alimentar: Extima®. O mais recente lançamento tem em sua composição a tecnologia exclusiva de peptídeos bioativos de colágeno BodyBalance™, desenvolvida em parceira com a Gelita, referência mundial no desenvolvimento dessas moléculas, além de aminoácidos formadores de músculos (BCAA), antioxidantes, como vitaminas C e E, magnésio e vitamina D. Quando associado a exercícios físicos, impulsiona o aumento da massa magra corporal, da força muscular e a diminuição da gordura corporal. O produto está disponível em embalagem com 30 sachês de 20 g. MS Produto isento de registro conforme a RDC 27/10 • www.apsen.com.br

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VAREJO

Como fazer de 2017 um ano positivo

C

INICIAR BEM O NOVO PERÍODO SIGNIFICA FOCAR NA PROFISSIONALIZAÇÃO E NO FORTALECIMENTO DO SEU NEGÓCIO, NA GERAÇÃO DE EMPREGOS E EM MAXIMIZAR OS LUCROS DE SUA EMPRESA

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS . Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 26

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Com certeza, o ano de 2016 vai ficar para a história! Um mundo repleto de transtornos e perplexidades. No Brasil, a crise política, com efeitos na economia e na vida dos cidadãos, afetando todos os setores do País. Felizmente, o varejo farmacêutico não foi tão mal quanto os demais, o que o ajuda a sair com vantagem em relação aos outros no novo ano. Pontos importantes a observar é que “fazer certo e ser ético” passa a ser prioridade; e que “fazer o básico benfeito” já não é o suficiente. Ter um plano de negócios e um planejamento estratégico para ser executado no processo de gestão trará eficácia e eficiência ao negócio. O que focar para que os resultados positivos apareçam: Cuide da Gestão de Estoques: o estoque é o “coração do varejo”; se ele vai mal, todo o restante fica comprometido. É preciso levar a sério desde o cadastro, que deve estar perfeitamente correto, até o cuidado com o sortimento de forma que esteja adequado às necessidades dos clientes; verificar se há produtos sem giro há mais de 90 ou 120 dias, liquidando-os e bloquear sua reposição; cuidar dos excessos e rupturas para não penalizar o desempenho da farmácia. Balanços devem ser constantes para que as possíveis perdas não ocorram, inclusive as de segurança. Tenha uma Gestão Financeira Positiva: comece por não misturar as despesas pessoais com as da empresa, pois fica inviável realizar a análise dos custos, gerando uma aplicação incorreta

GUIA DA FARMÁCIA JANEIRO 2017

de preço nos produtos e serviços oferecidos, além de impossibiltar um Demonstrativo de Resultados (DRE) fidedigno. Cuidar do fluxo de caixa e evitar despesas desnecessárias, praticando programas de redução de despesas, são recomendáveis. Profissionalize a empresa: verifique tudo o que ainda precisa ser profissionalizado, isto vai desde parentes trabalhando em funções para as quais não têm capacitação ou atualização necessárias, passando por utilização de sotfwares de gestão desatualizados para compras, entradas e saídas de mercadorias e outros, até a falta de treinamento e atualização da equipe de funcionários. Fidelize os clientes, caprichando no atendimento: a maioria dos consumidores brasileiros mantém, hoje, um relacionamento menos comprometido com seus varejistas favoritos; apenas 10% deles mantêm uma relação de fidelidade com suas marcas preferidas. Os mais leais são comprometidos com a marca, mais dispostos a compartilhar informações e opiniões e menos propensos a migrar para os concorrentes. Além disso, 68% comprariam mais se os varejistas os tratassem com mais respeito e atenção, ou seja, este vai ser um ano em que a fidelização será fundamental! Vamos ter um primeiro semestre duro e difícil a encarar, mas tenho certeza de que com os cuidados mencionados, a possibilidade de minimizar os problemas e aumentar os bons resultados é grande. Vamos em frente com atitude e coragem: o ano vai ser positivo! IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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GESTÃO

2017...

UM NOVO MOMENTO SE INICIA E UM CICLO SE ABRE, O NOVO ANO PEDE DETERMINAÇÃO, GARRA E MUITAS AÇÕES

U

Uma das qualidades de um empreendedor é olhar para tudo o que se passou e tirar proveito, energizando o ano de 2017. Essa autorreflexão crítica faz parte do profissional de sucesso, que aprende com os erros e reafirma os valores da empresa. A seguir, algumas perguntas ponderosas que contribuem para a construção de 2017: Reúna seus indicadores e analise como foi seu ano de 2016. INDICADORES • Como foi a performance de cada indicador de desempenho da farmácia? • Quais as categorias que mais cresceram, caíram, se mantiveram? VENDEDORES • Quem desempenhou muito bem entre os vendedores e atingiu o potencial? É importante identificar: • Quem se destacou, qual o destaque e como foi essa performance? • O que esses profissionais de destaque fizeram? • Quem caiu, comparando 2016 x 2015? Por que caiu?

MARCELO CRISTIAN RIBEIRO Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento

COMPARAÇÃO • Quais os tópicos de 2016 que merecem sua atenção neste ano? • Comparando seu planejamento de 2016 com o realizado, quais fo-

ram os principais desafios? Como evitar os mesmos erros? • Quais atitudes que devemos tomar em 2017 para evoluir? AÇÕES • O que fará para resolver os pontos levantados? Lembrando você: 1) Para este ano, faça um planejamento por departamento, setor. 2) Marque uma reunião com todos e entregue uma lição de casa... bater a meta para 2017. 3) Solicite apoio da equipe para ideias novas. 4) O que nunca pode deixar de ser feito na farmácia: • Investir em qualificação; • Ampliar a qualidade do serviço; • Diminuir a burocracia, fazer que todos sejam cada vez mais rápidos e eficientes é uma tarefa. 5) Organize seu calendário de eventos, treinamentos, férias, pagamentos e ações promocionais. 6) Tenha orçamentos definidos para as ações levantadas. 7) Acredite no seu potencial e não se intimide com a crise. Identifique oportunidades para criar. 8) Defina metas e objetivos, elabore um planejamento estratégico e o coloque em prática. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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a categoria de

9%

Em 2016,

o mercado de cuidados para os cabelos cresce em valor no Brasil, mesmo sem aumentar em volume e de já estar presente em 96% dos lares.

para os

Como isso acontece?

no Brasil Segmentos premium e alta performance Preço 2,4X maior que itens de média performance ou básicos Premium

16% 73%

Média Performance

50% 27%

Alta Performance

% Vendas (Valor)*

Premium + Alta Performance

Contribuição no crescimento da categoria

Média Performance + Básico

Básico

Pós-Shampoo Tratamentos Alta Rentabilidade

Shampoo

33%

R$ / ml vs. Shampoo

25% Condicionadores

% Vendas (Valor)*

Estratégias para desenvolver a categoria em sua loja Segmentar e simplificar a gôndola

Acelerar as vendas de pós-shampoo

Executar blocos de marca por performance MELHOR ANTICASPA

BOM PREMIUM

ALTA PERFORMANCE

MÉDIA PERFORMANCE

BÁSICO

Para lembrar o consumidor de também comprar tratamentos, execute o Regime Completo Espelhado:

0

E se tenho pouco espaço? No Brasil,

$

Tenha as marcas e versões com maior representatividade de vendas.

das vendas*

são feitas por

6

1

2

Pré-Sh / Sh / Cond

3 TRATAMENTO

2

1

0

Cond / Sh / Pré-Sh

$

AUMENTA RENTABILIDADE

Adicionar passos é Incremental

Passo 1

Passo 2

Passo 3

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R$ 72,00

R$ 109,00

R$ 159,00

R$ 215,00**

representam 80% das buscas das consumidoras*

Aproveite: a P&G ajuda você a incrementar as vendas! Para crescer o segmento premium

Aussie é a marca mais procurada pelas brasileiras!

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Embalagens douradas chamam a atenção dos consumidores

+16% Vendas ***

As vendas aumentam no verão!

+12% Vendas ****

(*) Dados Nielsen Valor (R$) – Total Brasil – Ano Móvel (jan-out). (**) Dados Nielsen – Gasto Anual / Usuário (R$). (***) Teste Interno P&G Realizado em Hiper do Grande Varejo – Ano Móvel (jan-out). (****) Dados Nielsen Valor (R$) Total Brasil – Sazonalidade (out-dez).

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PANORAMA

Sinais de retomada? ANALISTAS PREVEEM QUE, PARA 2017, AS LUZES DEVEM COMEÇAR A SE ACENDER NOVAMENTE, TRAZENDO UM POUCO MAIS DE OTIMISMO AOS NEGÓCIOS POR KATHLEN RAMOS

IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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É

É fato que o terreno no País ainda é bastante arenoso em relação às expectativas para 2017, especialmente pelas questões políticas. Mas, por hora, o que se pode dizer é que a situação começa a voltar aos trilhos, com um pouco mais de otimismo entre os consumidores, empresários e investidores. “A retomada do crescimento é um consenso entre os especialistas. A dúvida fica, apenas, sobre o quanto devemos voltar a crescer. Salvo alguma delação que possa vir a ocorrer e quebrar este ciclo, o que se espera é o início de um período positivo, já que o novo governo está apresentando uma equipe disciplinada e de primeira linha”, considera o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. Para o consumidor, apesar do cenário ainda ser de incertezas, a confiança parece começar a voltar. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) se recuperou da leve queda sofrida em outubro de 2016 e registrou avanço de 4,1% ao passar de 106 pontos em outubro para 110,3 pontos em novembro último. Essa foi a maior pontuação registrada desde fevereiro de 2015. Em relação a novembro do ano anterior, o ICC apresentou crescimento de 28,9%. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, mesmo que ainda não haja uma melhora consistente na renda e no emprego, que são determinantes para o pleno consumo, a recente trajetória positiva do ICC sugere uma avaliação de que existe uma recuperação, mesmo que sutil, da confiança do consumidor, baseada, principalmente, nas expectativas. E assim como os consumidores, os empresários do comércio paulistano estão mais confiantes. Pelo sexto mês consecutivo, em outubro de 2016, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), divulgado pela FecomercioSP, registrou alta de 3,7% ao passar de 89,3 pontos em setembro passado para 92,6 pontos no mês. Em comparação com outubro de 2015, o índice apontou alta de 27,3% quando o ICEC registrava 72,8 pontos. Entretanto, continua abaixo dos 100 pontos, o que denota o pessimismo dos empresários com relação ao nível de atividade em geral da economia. Segundo a entidade, o pessimismo dos empresários reflete, principalmente, na que-

da das vendas do varejo. Mas assim como já vinha sendo observado entre os consumidores, houve uma melhora das expectativas decorrente da formação de uma nova equipe econômica e do anúncio de medidas para enfrentar a crise. Uma importante alavanca que pode fazer o País voltar a crescer é o emprego. De acordo com a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no fim de outubro de 2016, o desemprego ficou em 11,8% no trimestre encerrado em setembro – o maior índice de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que teve início em 2012. Mas há promessas de que esses índices voltem a melhorar. O atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o desemprego “certamente” tende a começar a cair a partir deste ano, segundo informações publicadas no Portal Brasil, com informações da Agência Brasil. De acordo com o executivo, a situação da economia ainda é grave, mas a queda nos indicadores está começando a se estabilizar. “Esperamos que, com o crescimento da economia, a retomada do emprego acontecerá inevitavelmente. Não imediatamente, acreditamos que durante o ano de 2017, certamente. Não há dúvida de que com o crescimento acentuado e continuado da economia nos próximos anos, aí de fato, o desemprego vai tender a cair de uma forma consistente.”, disse o ministro, numa reunião com empresários, no fim de setembro de 2016.

AGENDA PROMISSORA No cenário político, ainda é difícil fazer previsões, dado o número de investigações anticorrupção em andamento, a exemplo da operação Lava Jato. Mas o que os especialistas no setor esperam para um cenário mais estável é: 1) que o presidente Michel Temer não seja envolvido em nenhum esquema de corrupção ou que prejudique o seu mandato; e 2) a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que limita os gastos públicos. Esta medida estabelece que as despesas da União só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior e é considerada um dos mecanismos mais importantes para controlar as contas públicas do País. Terra compartilha de opinião similar. “Para a ‘roda girar’, o País precisa estar organizado e o que mais assustou o empresariado foi o buraco nos gastos públicos e a falta de responsabilidade fiscal. Com essa aprovação, podemos esperar um ciclo mais sólido e consistente”, reforça. 2017 JANEIRO GUIA DA FARMÁCIA

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PANORAMA

LONGE DA RECUPERAÇÃO COMPLETA

CAMINHOS PÓS-CRISE CAPACITAÇÃO Agora é a hora de se modernizar, inovar, renovar e buscar conhecimento por meio de treinamentos. A empresa precisa estar preparada para enfrentar a concorrência, o que também é muito saudável para impulsionar o crescimento. Especificamente no varejo farma, a mão de obra é algo que deixa muito a desejar e é preciso capacitar os profissionais da área. MELHORAR A EFICÁCIA A concorrência no varejo farma, assim como no restante da economia, tem crescido muito nos últimos anos. Isso obriga o empresário a estar sempre disposto a incrementar o negócio, mas, principalmente, melhorando a sua performance, para que consiga ampliar a margem e tenha, assim, condições de superar os tempos difíceis. ACOMPANHAR O CENÁRIO Os empresários devem investir no mesmo ritmo dos fatos, sempre com cautela e racionalidade, já que o quadro não comporta grandes riscos. Mas vale lembrar que, a qualquer momento, pode-se antecipar um ciclo de crescimento e a empresa precisa estar preparada para ele. O endividamento agora, por exemplo, tem de ser evitado pelas taxas de juros ainda altas. Mas a eficiência tem de ser buscada sempre. PRODUTIVIDADE Esse é o momento para reduzir o custo operacional ao mínimo, mas sem perder a qualidade. E buscar negociação com fornecedores para conquistar bons preços e condições de negociação. FOCO CONSTANTE NO CONSUMIDOR Seja qual for o momento da economia, o empresário sempre deve se perguntar “quem eu sirvo”, “como eu sirvo”, “o que eu faço” e “como eu faço para ser eficiente”, sempre com foco no cliente. Às vezes, nem sempre o que o consumidor busca é preço. O que ele quer pode ser proximidade, flexibilidade, entre outros atributos. Assim, conhecer o cliente é fundamental.

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Alguns especialistas em política e economia afirmam que a crise vivida no País já é considerada a maior da história nacional. Assim, falar em recuperação completa da economia ainda é muito prematuro. “Vemos, sim, uma redução da taxa de inflação, câmbio mais estabilizado, repatriação de recursos que estavam no exterior, entre outros sinais, que mostram que o pior já passou. Mas a recuperação deve ser lenta. Vê-se pela redução mais sensível da taxa de juros e também da inflação, que devem se dar de forma vagarosa. O que podemos dizer é que o País parou de piorar e está se preparando para uma retomada”, prevê o assessor econômico da FecomercioSP, Altamiro Carvalho, reforçando que, no próximo um ano e meio, não se devem esperar grandes melhorias. Para o coordenador-geral dos cursos de MBA do Insper, Silvio Laban, 2017 deve ser mais um ano difícil. “O Produto Interno Bruto (PIB) retrocedeu aos níveis de 2011, algo difícil de se recuperar”, considera. Entretanto vêm-se muitos esforços para que o Brasil, de fato, siga em retomada. “Até mesmo a oposição está torcendo para dar certo, exceto radicais”, conclui Terra.

SETOR MENOS SENSÍVEL Apesar de todas as incertezas, a indústria farmacêutica se mostra pouco suscetível à crise econômica. Um exemplo é o crescimento em vendas do mercado de medicamentos. As vendas de genéricos, por exemplo, cresceram 14,30% em volume no primeiro semestre de 2016 em comparação ao mesmo período de 2015. Foram comercializadas 534,6 milhões de unidades contra 467,7 milhões no ano passado, segundo dados do IMS Health, compilados pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). De acordo com o mesmo levantamento, o mercado farmacêutico total, que inclui as vendas de todas as categorias de medicamentos, também apresentou evolução de 6,14%. Foram comercializados 1,766 bilhão de medicamentos entre janeiro a junho de 2016, contra 1,664 no mesmo período de 2015. Números como esses também refletem a realidade da população brasileira. “O País está envelhecendo e, com isto, a necessidade de uso de medicamentos cresce. Havendo melhora na economia, consequentemente, aumenta o poder de compra da população”, analisa o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma-SP), Natanael Aguiar Costa. No caso específico do varejo farma, para Laban, durante a crise, um dos pontos que favoreceram esses canais de vendas foram as questões relacionadas à indulgência. “Em tempos de crise, as pessoas cortam um monte de coisas, mas há um mínimo de válvula de escape. E muitas vezes, essa válvula é cuidar melhor da saúde”, analisa.

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PANORAMA

CONJUNTURA ATUAL E PERSPECTIVAS PARA 2017 No último dia 25 de novembro, o Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim Focus – publicação semanal que reúne projeções de cerca de 100 analistas – e, pela terceira semana consecutiva, registraram-se índices mais otimistas em relação à inflação para o ano de 2016. A expectativa, agora, é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche em 6,72%. Uma semana antes, a previsão estava em 6,80% e, no mês anterior, 6,88%, apontando, assim, uma tendência de queda. Para 2017, ainda de acordo com o mesmo boletim, a expectativa é de que o IPCA atinja a marca de 4,93%, estando, assim, mais próximo da meta do governo, que é de 4,5%. Ainda de acordo com as estimativas do Banco Central, para 2016, a taxa de juros para o fim de 2016 deve fechar em 13,75% ao ano, com previsão de mais um corte até dezembro. Já para o fim de 2017, a estimativa para a taxa de juros segue estável em 10,75% ao ano, prevendo-se, assim, continuação no processo de corte dos juros.

EXPECTATIVAS DE MERCADO 2016

2017

25/10/16

18/11/16

25/11/16

25/10/17

18/11/17

25/11/17

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (%)

6,88

6,80

6,72

5,00

4,93

4,93

Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) (%)

7,29

6,88

6,83

5,38

5,17

5,06

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) (%)

7,53

7,25

7,18

5,41

5,30

5,22

Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) (%)

6,65

6,58

6,58

5,55

5,06

5,06

Taxa de Câmbio – fim de período (R$/US$)

3,20

3,30

3,35

3,40

3,40

3,40

Taxa de Câmbio – média de período (R$/US$)

3,43

3,45

3,45

3,33

3,36

3,40

Meta Taxa Selic – fim do período (% a.a.)

13,50

13,75

13,75

10,75

10,75

10,75

Meta Taxa Selic – média do período (% a.a.)

14,13

14,16

14,16

11,63

11,67

11,69

Dívida líquida do setor público [% do Produto Interno Bruto (PIB)]

45,00

44,90

45,40

49,80

49,90

50,79

PIB (% de crescimento)

-3,30

-3,40

-3,49

1,21

1,00

0,98

Produção Industrial (% de crescimento)

-6,00

-6,02

-6,23

1,11

1,11

1,21

Conta Corrente (US$ bilhões)

-18,00

-19,00

-19,00

-25,70

-25,35

-25,68

Balança Comercial

48,00

47,42

47,00

45,00

45,00

44,07

Invest. Direto no País (US$ bilhões)

65,00

65,00

65,00

68,00

70,00

70,00

Preços Administrados (%)

6,00

6,07

6,02

5,20

5,30

5,28

Fonte: Focus – Relatório de Mercado (25 de novembro de 2016) Obs: a última atualização recebida pela redação do Guia da Farmácia data de 25 de novembro de 2016. O fechamento desta edição ocorreu no dia 15 de dezembro de 2016.

No entanto, segundo o executivo da Sincofarma-SP, no varejo farma, o crescimento deve ser menor em 2017. “A crise já começa a bater na porta do nosso setor e vejo dro34

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garias em excesso na maioria das cidades brasileiras. Vemos as redes despontando progressivamente, porém as pequenas empresas sentindo de forma sensível”, lamenta.

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AF_ANUNCIO_FLOMICIN_20,5X27,5_DEZ_2016.pdf

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O! D A C MER C

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20 DE JANEIRO

A VOZ DO FARMACÊUTICO

Profissional de múltiplas funções

DIA DO FARMACÊUTICO PARABÉNS!!!

COM MAIS DE 70 POSSÍVEIS ÁREAS DE ATUAÇÃO, OS GRADUADOS EM FARMÁCIA ESTÃO APTOS A EXERCER SEU CARGO NA INDÚSTRIA, NO VAREJO, EM HOSPITAIS OU LABORATÓRIOS, E SE DESTACAM PELA VISÃO HOLÍSTICA QUE DETÊM DA ÁREA DA SAÚDE P O R K AT H LEN R A M OS

A

Atuar em todos os níveis de atenção à saúde; pesquisa, desenvolvimento, seleção, manipulação, produção, armazenamento e controle de qualidade de fármacos; avaliação toxicológica de medicamentos; gerenciamento de laboratórios de análises clínicas e toxicológicas; ou responsabilizando-se, tecnicamente, pela análise de alimentos. Essas são algumas das diversas atribuições que o profissional graduado em Farmácia pode exercer. “As

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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diretrizes curriculares do curso de Farmácia descrevem, além das habilidades gerais, 35 específicas do profissional. Dessa forma, além da drogaria, o farmacêutico pode trabalhar em hospitais, indústrias de alimentos, medicamentos e cosméticos, laboratório de análises clínicas, polícia civil e militar, entre outros”, descreve o coordenador do curso de Farmácia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, prof. Eder de Carvalho Pinciato. Caso o especialista opte por atuar no varejo farmacêutico, terá grande responsabilidade no funcionamento da farmácia e também para a saúde da população, já que será o último profissional da saúde a ter contato com o paciente antes do tratamento. “O farmacêutico é responsável pelo uso racional de medicamentos e o profissional que atua no varejo tem papel fundamental na orientação direta ao paciente. Diversos artigos científicos apontam para a melhora em índices de efetividade terapêutica, diminuição de reações adversas e maior adesão do paciente ao tratamento quando o farmacêutico realiza a Atenção Farmacêutica no varejo”, pondera o prof. Pinciato. Para o coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, prof. Valter Luiz da Costa Júnior, esse é o profissional da saúde mais acessível e próximo da população, portanto, pode contribuir, diretamente, na prevenção, recuperação e promoção da saúde. “A carreira é mais bem definida para aqueles que trabalham em redes de drogaria”, acrescenta. Seja qual for a área de atuação escolhida, é fato que grande parte dos alunos que procuram cursar Farmácia conhece pouco sobre a profissão, segundo afirma o prof. Costa Júnior. “Muitos descobrem a diversidade de área durante a formação. No entanto, a maioria tem interesse em trabalhar na indústria farmacêutica, ainda que não saiba, exatamente, quais são as formas de atuação numa indústria de medicamentos”, pondera. Mas é unânime entre os especialistas do setor que esta é uma área bastante promissora para novos formandos. “Como temos muitas farmácias, dificilmente vamos encontrar um farmacêutico desempregado. Também há oportunidades nas áreas públicas, como Sistema Único de Saúde (SUS), Unidade Básica de Saúde (UBS) e prefeituras, que têm muitas vagas para ser preenchidas por recém-formados”, comemora o coordenador-geral do curso de Farmácia da Universidade Paulista (UNIP), prof. Alípio de Oliveira do Carmo.

RECONHECENDO UM BOM CURSO São diversos os caminhos que podem ser usados para identificar uma graduação de excelência em Farmácia. “O curso pode ser escolhido de acordo com o seu desempenho nas avaliações aplicadas pelo Ministério da Educação (MEC) e avaliações particulares, como as realizadas pela Folha RUF e pelo Guia do Estudante, além de observar onde os egressos do curso se encontram”, sinaliza o prof. Pinciato. Segundo ele, também podem ser levados em consideração outros quesitos, como espaço físico, comprometimento com a sociedade (que pode ser avaliado pelos projetos na área de extensão e pesquisa), qualidade do corpo docente e análise da proposta de matriz curricular. Vale, ainda, ao interessado, fazer uma visita pessoal à universidade de interesse. “É fundamental conhecer a instituição e os laboratórios para verificar se aquilo que é prometido no papel realmente existe. Muitas vezes, a universidade não tem infraestrutura e esta é uma falha grave num curso de Farmácia, já que, em muitos casos, 50% da grade curricular é cumprida em laboratórios”, alerta o prof. Carmo. O curso de Farmácia é definido como generalista. Dessa forma, nele, o aluno, necessariamente, passa pelas principais áreas de atuação, que podem ser resumidas em indústria de medicamentos e cosméticos; alimentos; e farmácia clínica, que engloba exames diagnósticos. “As principais disciplinas para a formação do farmacêutico são química geral e orgânica, farmacologia, bioquímica, química farmacêutica, assistência farmacêutica e as disciplinas chamadas de ‘clínicas’, como hematologia e microbiologia”, resume o prof. Pinciato. O prof. Costa Júnior acrescenta a esta lista outras aulas importantes para a formação desse profissional, a exemplo de farmacotécnica, fitoterapia, toxicologia e controle de qualidade de medicamentos. Em relação ao tempo de formação, ele dependerá da instituição escolhida. “O MEC exige que os cursos de Farmácia tenham carga horária mínima de quatro mil horas. Em geral, para atender a estas normas, as instituições de ensino ofertam o curso com a carga horária dividida em quatro ou cinco anos”, afirma o coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo. Em cursos noturnos, o tempo de duração da graduação pode chegar a seis anos. Por hora, todos os cursos de graduação em Farmácia no Brasil são presenciais, mas, em breve, esses profissionais poderão contar com novas opções. “Existem trâmites no MEC para abertura de cursos on-line, alguns deles já com aprovação, porém, ainda há muita 2017 JANEIRO GUIA DA FARMÁCIA

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A VOZ DO FARMACÊUTICO

POSSÍVEIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO 1. Acupuntura 2. Administração de laboratório clínico 3. Administração farmacêutica 4. Administração hospitalar 5. Análises clínicas 6. Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares 7. Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência 8. Auditoria farmacêutica 9. Bacteriologia clínica 10. Banco de cordão umbilical 11. Banco de leite humano 12. Banco de sangue 13. Banco de sêmen 14. Banco de órgãos 15. Biofarmácia 16. Biologia molecular 17. Bioquímica clínica 18. Bromatologia 19. Citologia clínica 20. Citopatologia 21. Citoquímica 22. Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental 23. Controle de vetores e pragas urbanas 24. Cosmetologia 25. Exames de DNA 26. Farmacêutico na análise físico-química do solo 27. Farmácia antroposófica 28. Farmácia clínica 29. Farmácia comunitária 30. Farmácia de dispensação 31. Fracionamento de medicamentos 32. Farmácia dermatológica 33. Farmácia homeopática 34. Farmácia hospitalar 35. Farmácia industrial 36. Farmácia magistral

37. Farmácia nuclear (radiofarmácia) 38. Farmácia oncológica 39. Farmácia pública 40. Farmácia veterinária 41. Farmácia-escola 42. Farmacocinética clínica 43. Farmacoepidemiologia 44. Fitoterapia 45. Gases e misturas de uso terapêutico 46. Genética humana 47. Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde 48. Hematologia clínica 49. Hemoterapia 50. Histopatologia 51. Histoquímica 52. Imunocitoquímica 53. Imunogenética e histocompatibilidade 54. Imunohistoquímica 55. Imunologia clínica 56. Imunopatologia 57. Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social 58. Micologia clínica 59. Microbiologia clínica 60. Nutrição parenteral 61. Parasitologia clínica 62. Saúde pública 63. Toxicologia clínica 64. Toxicologia ambiental 65. Toxicologia de alimentos 66. Toxicologia desportiva 67. Toxicologia farmacêutica 68. Toxicologia forense 69. Toxicologia ocupacional 70. Toxicologia veterinária 71. Vigilância sanitária 72. Virologia clínica

Fonte: dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF), fornecidos pelo coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, prof. Valter Luiz da Costa Júnior

controvérsia e debates acirrados a este respeito”, revela o especialista do Mackenzie. Para o prof. Costa Júnior, o Ensino a Distância (EAD) é questionável para o curso de Farmácia. “Para a formação de um bom 38

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profissional farmacêutico, é necessário uma familiarização com laboratórios diversos, o que exige um grande número de aulas práticas, além de estágios de qualidade”, observa.

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A VOZ DO FARMACÊUTICO

PANORAMA DO VAREJO FARMACÊUTICO

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Estabelecimentos disponíveis São 79.990 farmácias e drogarias comerciais e 8.235 farmácias de manipulação e homeopatia. Há, ainda, 6.539 farmácias hospitalares, 10.463 farmácias públicas, 9.729 laboratórios de análises clínicas, 456 indústrias farmacêuticas, 4.030 distribuidoras de medicamentos e 64 importadoras de medicamentos1.

Número de farmacêuticos No Brasil, existem 195.022 farmacêuticos inscritos nos conselhos regionais de farmácia1. Exigências previstas em lei A regulamentação atual exige a permanência de, pelo menos, um farmacêutico no período em que o estabelecimento estiver aberto. Portanto, em uma jornada de trabalho de oito horas diárias, uma drogaria aberta 24 horas deveria ter três farmacêuticos contratados2.

Piso salarial O piso salarial varia de acordo com a cidade e com o sindicato atuante na área. Nos municípios da região metropolitana de São Paulo (ABCD), por exemplo, o piso é de R$ 3.790,002. No Rio de Janeiro, esse valor atinge R$ 2.574,03; e, em Minas Gerais, pode chegar a R$ 3.711,38 (para 44 horas semanais)4.

Locais de formação No Brasil, o maior número de farmacêuticos é formado nas universidades privadas, devido ao maior número de instituições neste formato. Ao total, hoje, o País disponibiliza 584 cursos de bacharelado em Farmácia em atividade e registrados pelo Ministério da Educação (MEC), sendo que 68 deles são gratuitos/públicos3.

Postos de trabalho Todo ano, oito mil novos profissionais de farmácia se formam no Brasil. Mas, segundo especialistas do setor, esse mercado ainda não está saturado, considerando a quantidade de drogarias instaladas no País. E diversas oportunidades surgem, diariamente, para o farmacêutico no varejo, o que pode ser comprovado pelo alto número de empregos oferecidos em agências de empregos3. Pesquisas apontam que, aproximadamente, 94% de todos os farmacêuticos brasileiros estão trabalhando5. Outro levantamento, divulgado, no primeiro semestre de 2016, mostra que apenas 15 profissões cresceram mesmo em meio à atual crise econômica e, entre elas, está o farmacêutico (14º lugar no ranking), com 6.789 novas vagas de emprego6. Fontes: 1. Dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF), fornecidos pelo coordenador-geral do curso de Farmácia da Universidade Paulista (UNIP), prof. Alípio de Oliveira do Carmo; 2. Coordenador do curso de Farmácia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, prof. Eder de Carvalho Pinciato; 3. Cadastro e-MEC de Instituições e Cursos de Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC); 4. Portal Piso Salarial; 5. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2013; 6. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), fornecidos pelo coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, prof. Valter Luiz da Costa Júnior 40

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A VOZ DO FARMACÊUTICO

EDUCAÇÃO CONTINUADA A educação continuada é essencial ao profissional farmacêutico, uma vez que os temas que envolvem esse universo são dinâmicos, e exigem atualização constante destes profissionais, que precisam conhecer tendências e inovações. “A educação continuada é importante em qualquer área de atuação do farmacêutico e deve ser incentivada desde a graduação”, analisa o coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo. E os temas escolhidos para especialização podem ser os mais diversos, passando pelas áreas administrativas, como gestão de negócios; até técnicos, como farmacologia clínica. A capacitação se torna importante, inclusive, para balconistas que atuam, diretamente, no atendimento ao consumidor. “Para prestarem um serviço de qualidade, esses colaboradores devem conhecer, profundamente, a estrutura da farmácia, os players do mercado, as apresentações de medicamentos, a regulamentação, etc. É um trabalho complexo que exige qualificação, treinamento e atualização constante para melhorar a experiência do consumidor 42

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na hora da compra”, considera a diretora executiva de Neo Química, Vivian Angiolucci. E, nesse sentido, seja para balconistas ou farmacêuticos, a classe é bem assistida. “Estão disponíveis diversos cursos na área de Atenção Farmacêutica ou para a atualização desses profissionais. Alguns têm custos e outros são gratuitos. Esses profissionais podem, inclusive, estar presentes em grupos nas redes sociais que têm cunho profissionalizante; além de estar presentes nos principais eventos que representam o setor”, ensina o prof. do Carmo, da UNIP. A Contento Comunicação, por exemplo, oferece algumas soluções para que o farmacêutico que atua no varejo consiga se atualizar. Entre elas, o Treina PDV Farma, plataforma de cursos de capacitação que atinge todas as esferas da loja, com módulos voltados aos gestores e líderes. Também estão disponíveis cursos rápidos, em formato de videoaulas, com temas pertinentes à área. Além disso, disponibiliza, mensalmente, revistas que podem ajudar na atualização desses profissionais, a exemplo de títulos como este Guia da Farmácia, Essencial e outros. Para mais informações, acesse: www.contento.com.br.

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DESIDRATAÇÃO

Perda impactante DEPENDENDO DA SEVERIDADE DA FALTA DE LÍQUIDOS NO ORGANISMO, TODAS AS FUNÇÕES PODEM FICAR COMPROMETIDAS, MAS AS PRINCIPAIS SÃO AS CARDIOVASCULARES, AS RENAIS E AS NEUROLÓGICAS

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A água é importante para o funcionamento de qualquer organismo e a falta dela pode trazer sérios prejuízos, levando até mesmo à morte. Com a entrada das altas temperaturas, o corpo perde uma quantidade maior de líquidos, o que requer mais atenção na hora de repô-los, para evitar a desidratação. Mas o que é a desidratação? Para explicar, o clínico geral do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Maurício Jordão, destaca que é preciso entender um pouco sobre a composição do sangue. “Há, no sangue, algumas células, como, por exemplo, os leucócitos, plaquetas e hemácias, e um líquido que compõe o plasma. Esse líquido é feito de água, íons (sódio e potássio), proteínas e gás carbônico. A desidratação acontece quando a pessoa perde o componente líquido do sangue, principalmente água e sódio.” De acordo com a nefrologista do Centro do Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, Dra. Zita Brito, a hidratação é regulada no organismo por hormônios que ajudam no controle da entrada e da saí-

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POR VIVIAN LOURENÇO

da de água. Quando ocorre uma perda maior que a reposição, o organismo inicia o processo de desidratação. “Essas perdas, dependendo das condições ou doenças que as causam, podem levar a graus diferentes de gravidade e de perdas de eletrólitos (sais presentes nos fluidos orgânicos); que devem ser, nos casos mais graves, avaliados e tratados por um profissional médico”, completa o clínico geral do Hospital Santa Paula, Dr. Paulo Rocha.

PROBLEMAS DESENCADEADOS A desidratação ocorre sempre que a perda líquida for maior que a ingestão de líquidos. Existem os excessos, que aceleram o processo, como, por exemplo, quadros de diarreia. Dependendo da severidade ou tipo da desidratação, o Dr. Rocha alerta que todas as funções do corpo podem ser comprometidas. “Como o sangue é responsável pelo adequado funcionamento das células, quando seu componente líquido está em falta, a oferta de sangue é inadequada. Alguns órgãos toleram melhor a desidratação que outros. Geralmente, o rim é o primeiro a sentir os efeitos do problema, deixando de filtrar adequadamente o sangue”, explica o Dr. Jordão. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

DESIDRATAÇÃO

“A perda de água leva ao aumento do sódio no sangue e aumento da osmolaridade (quantidade de partículas dissolvidas em um determinado solvente), resultando em estimulação da sede e à diminuição da diurese, isto leva a um aumento da ingestão e à diminuição da eliminação de água para a restauração do equilíbrio”, completa a Dra. Zita. As perdas de água podem ser classificadas, conforme sua forma ou mecanismo de perda, em dois tipos principais, como destaca o clínico geral do Hospital Santa Paula: • Perdas sensíveis (facilmente quantificadas por profissional de saúde): urina, vômitos e fezes. • Perdas insensíveis: transpiração e respiração. “As perdas ocorrem pelo trato gastrointestinal (vômitos e diarreia), pela pele (sudorese e queimaduras), pelos rins (abuso de diurético ou ao urinar em excesso, como no diabetes descompensado) e na situação chamada de sequestro de líquido. Esta última ocorre quando o líquido fica retido e a perda não é aparente, como em fraturas extensas e obstrução intestinal”, detalha o clínico geral do Hospital Samaritano de São Paulo.

SINTOMAS E TRATAMENTOS Uma desidratação de leve a moderada pode causar boca seca, sonolência, cansaço, sede. “A pessoa pode também apresentar dores de cabeça constantes, além de tonturas ou vertigens. Com a desidratação, também podem surgir pele seca, diminuição da produção de urina ou poucas lágrimas ao chorar”, detalha o endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Ricardo Navarrete. “Em casos mais graves, a desidratação pode levar ao choque hipovolêmico (perda severa de fluidos, acarretando na queda da pressão arterial), insuficiência renal, confusão mental, rebaixamento do nível de consciência ou crises até convulsivas. Em casos extremos, a desidratação pode levar à morte do paciente”, completa o Dr. Rocha. O primeiro sintoma é a sede, resposta orgânica fisiológica em que sistemas de “detecção” de perdas hídricas ou de alterações dos sais (eletrólitos) no sangue nos faz ter vontade de ingerir água ou líquidos. “Conforme a perda se intensifica, sintomas, como boca seca, perda do turgor da pele, olhos fundos, aumento da frequência cardíaca (taquicardia), diminuição da diurese (urina), queda da pressão arterial, letargia, sonolência e 46

FORMAS DE ELIMINAÇÃO DE ÁGUA PELO ADULTO Trato respiratório

400 mL

Urina

500 mL

Pele (transpiração)

500 mL

Fezes

200 mL

Fonte: nefrologista do Centro do Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, Dra. Zita Brito

até mesmo coma podem ocorrem com a progressão da desidratação”, alerta. Infelizmente, a sede nem sempre é um indicador confiável da necessidade do corpo por água, especialmente em crianças e idosos. “Por isso, a ingestão de quantidades extras de água em eventos ao ar livre em que há risco de aumento da sudorese é importante, além disso, os indivíduos devem evitar exercício e exposição durante os dias de índice de calor intenso”, orienta o Dr. Navarrete. Outra dica fundamental é orientar os pacientes no que diz respeito ao consumo de álcool, especialmente quando o clima está quente, uma vez que o álcool aumenta a perda de líquido pela urina; fazer uso de roupas de cores claras e soltas se se está ao ar livre no calor; não permanecer o tempo inteiro no sol; controlar o diabetes, são algumas das maneiras de prevenir o problema. Atenção! Especialistas alertam que o melhor indicador de hidratação é a cor da urina: clara, significa que o corpo está bem hidratado, enquanto uma cor amarela ou âmbar-escuro, geralmente, são sinais de desidratação.

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ESPECIAL SAÚDE

DESIDRATAÇÃO

TRATAMENTO RECOMENDADO Para uma desidratação que vai de leve a moderada, pode-se estimular a oferta de água das seguintes maneiras: • Bebericar pequenas quantidades de água; • Ingerir bebidas isotônicas; • Chupar picolés feitos de sucos de frutas e bebidas isotônicas; • Beber por um canudo (funciona bem para alguém com cirurgia recente ou com feridas na boca). Quando a desidratação é severa, será necessário tratamento médico de forma a restaurar o volume de sangue e fluidos corporais, para posteriormente determinar a causa da desidratação. São várias as condutas médicas, entre elas: • Resfriar o corpo do paciente, se a causa for exposição excessiva ao calor; • Fazer a reposição de líquidos via oral se não houver náusea e vômitos ou desidratação excessiva. Caso contrário, recomenda-se fazer a reposição intravenosa; • Fazer exames de sangue e urina para determinar as causas da desidratação. Sob uma dieta normal, sem aumento de perda hídrica, o mínimo de água ingerida por um adulto é estimado em 500 mL por dia, baseado no balanço de água total ingerida e produzida, e o mínimo da taxa de água perdida (diurese mínima de 500 mL). Adultos normais devem ingerir no mínimo 1.300 mL de água por dia, contando com produção de 300 mL endógena. • Ingestão de água – 500 mL. • Água na comida – 800 mL. • Água da oxidação – 300 mL. Fontes: endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Ricardo Navarrete; e nefrologista do Centro do Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, Dra. Zita Brito

RISCO EM ADULTOS E CRIANÇAS Qualquer pessoa pode ficar desidratada se perder muitos líquidos. Quem tem maior risco são os bebês e crian48

GRAUS DA DESIDRATAÇÃO Primeiro Grau ou Leve: sinais discretos de perda do líquido intersticial: 3% a 5% de perda de peso.

Segundo Grau ou Moderada: sinais mais evidentes: 6% a 9% de perda de peso.

• Terceiro Grau ou Grave: sinais muito evidentes de perda de líquido (intersticial e vascular), além de sinais de choque: maior ou igual a 10% da perda de peso.

Fonte: endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Ricardo Navarrete

ças, devido ao baixo peso corporal e à alta rotatividade de água e eletrólitos. Eles também são o grupo mais propenso a sofrer de diarreia. Os idosos também estão mais suscetíveis, pois a capacidade do organismo para conservar a água é reduzida, o senso de sede é menos aguçado e há uma menor capacidade de responder às mudanças de temperatura, explica o Dr. Navarrete. “A febre aumenta as perdas insensíveis (não percebidas) pela pele na tentativa de resfriar o corpo. Febres mais altas podem levar à sudorese. Vômitos e diarreia aumentam as perdas pelo estômago e intestinos, que também levam à diminuição de líquidos do corpo”, finaliza o Dr. Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo.

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OSTEOPOROSE

Fragilidade alarmante QUANDO A QUALIDADE DO OSSO DIMINUI, O ESQUELETO TORNA-SE FRÁGIL E O RISCO DE FRATURAS AUMENTA. ESSE PROBLEMA ATINGE DEZ MILHÕES DE PESSOAS NO BRASIL POR ADRIANA BRUNO E VIVIAN LOURENÇO

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Com o passar dos anos, o corpo não é mais o mesmo e as engrenagens que colocam o organismo humano para funcionar podem apresentar falhas e é aí que os problemas de saúde surgem. Um exemplo é a osteoporose, uma doença que afeta a resistência dos ossos, aumentando a sua porosidade, fazendo com que eles fiquem frágeis, percam qualidade, resistência e massa, favorecendo assim o maior risco de fraturas. A doença atinge dez milhões de brasileiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela é descoberta, normalmente, quando ocorre uma fratura, seja ela de forma espontânea ou por pouco impacto. A dor está diretamente associada ao local lesionado ou ao desgaste ósseo. A coluna vertebral, o quadril e o punho são os locais prevalentes de lesão. Dados da International Osteoporosis Foundation (IOF) apontam que a doença causa quase nove milhões de fraturas anualmente no mundo, o que equivale a uma fratura a cada três segundos. “As projeções estimadas para os próximos dez anos

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revelam que se espera que o número de fraturas de quadril osteoporóticas por ano (atualmente, 121.700 fraturas anuais) atinja 140 mil pessoas por ano até 2020”, conta o presidente da Comissão de Doenças Osteometabólicas e Osteoporose, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Dr. Marco Antonio A. da Rocha Loures. Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada ao envelhecimento e pode manifestar-se em ambos os sexos, mas as mulheres são as maiores acometidas: uma em cada três, acima de 45 anos de idade, tem osteoporose. A incidência da doença pode variar de 14% a 29% em mulheres acima de 50 anos de idade e chegar até 73% em mulheres acima de 80 anos de idade. “Em mulheres acima de 50 anos de idade, o risco de fratura do colo do fêmur é de 17,5% e da coluna, de 16%. A presença de uma fratura vertebral dobra o risco de futuras fraturas vertebrais”, alerta. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) e professor de Reumatologia, Dr. Sebastião Cezar Radominski, as principais causas são deficiência de cálcio, envelhecimento IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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REPOSIÇÃO NECESSÁRIA Vitamina D • Exame de sangue identifica o problema. • Os níveis devem permanecer entre 32 a 100 mg/mL. • Reposição natural: presente nos peixes de água salgada, salmão, atum e sardinha; frutas secas, como nozes, amêndoas, avelãs e castanha-do-pará; fígado; e gema dos ovos. • A ingestão ideal de vitamina D deve variar entre 800 a 1.200 UI por dia. • Suplementação via oral: mil unidades por dia.

Cálcio • Recomendado para mulheres a partir dos 50 anos de idade. • Dieta com suplementação diária de cálcio deve ser de até 1.500 mg em duas doses por dia. • Derivados do leite, queijo, verduras escuras, etc. • Uma dieta não láctea tem até 700 mg de cálcio e uma dieta rica em cálcio tem até 950 mg.

Fontes: coordenadora do Centro de Infusão do Hospital Santa Catarina, Dra. Jaqueline Barros Lopes; endocrinologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dra. Carolina Ferraz; reumatologista do Hospital Santa Paula, Dra. Maria Cecília Anauate; e reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Levi Jales Neto

e menopausa, doenças (autoimunes, por exemplo) ou medicamentos (como cortisona e anticonvulsivantes).

PATOLOGIA SILENCIOSA Osteoporose é uma doença silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que seja. Na maioria dos casos, a doença é uma condição relacionada ao envelhecimento. As mulheres estão no grupo de indivíduos que preferencialmente poderão sofrer as consequências da osteoporose em certo momento da vida. Isso porque es-

se distúrbio osteometabólico está relacionado, entre outras causas, à perda hormonal ocorrida na menopausa. “O estrogênio aciona as células responsáveis pela formação óssea e, na sua ausência, ocorre estimulo à síntese de várias citocinas inflamatórias que aumentam a reabsorção do osso”, explica a endocrinologista do Centro Integrado de Saúde Óssea do Hospital Sírio-Libanês, profa. Dra. Cynthia M. A. Brandão. Para ela, embora a causa hormonal também seja importante para os homens, o próprio envelhecimento, em ambos os sexos, contribui para a má absorção de cálcio, deficiência de vitamina D e sedentarismo, levando à aceleração da perda óssea própria desta fase da vida. 2017 JANEIRO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

OSTEOPOROSE

SUPLEMENTAÇÃO NECESSÁRIA Colágeno, vitamina D, cálcio, entre outras vitaminas, são essenciais para evitar a osteoporose. A falta ou deficiência de um deles pode trazer sérios problemas ao paciente. Veja a seguir a função de cada um: Colágeno De acordo com a reumatologista do Hospital Santa Paula, Dra. Maria Cecília Anauate, o colágeno hidrolisado é um nutracêutico seguro, cuja combinação de aminoácidos estimula a síntese de colágeno na cartilagem e na matriz extracelular dos tecidos. Tem função terapêutica coadjuvante na osteoporose, osteopenia e osteoartrites, com potencial positivo sobre a densidade mineral óssea e efeito protetor na cartilagem articular. “O colágeno, assim como as demais proteínas ingeridas, não é absorvido como colágeno, mas, sim, como aminoácidos e pequenos peptídeos e estes, posteriormente, irão exercer numerosas funções, incluindo a síntese do próprio colágeno novamente que irá se acumular, preferencialmente, na cartilagem e nos ossos”, explica a Dra. Maria Cecília. A síntese do colágeno tipo 1 desempenha um papel importante na diferenciação osteoblástica, isto é, na formação do osso, melhorando a densidade mineral óssea e o conteúdo mineral. Cálcio Já o cálcio é o principal mineral que constitui o osso, muito importante para sua estrutura e resistência. De acordo com o reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Levi Jales Neto, ele é absorvido da dieta no intestino, por ação da vitamina D, por isso a importância de usar de forma associada. A suplementação do cálcio faz parte do tratamento da osteoporose e osteopenia. O cálcio faz parte da composição do cristal de hidroxiapatita que dá resistência mecânica ao osso. Na composição do tecido ósseo, esse cristal corresponde a 65%. “Para as mulheres com mais de 50 anos de idade, fazendo ou não terapia de reposição hormonal, é imprescindível completar a dieta com suplementação diária de cálcio”, alerta a Dra. Maria Cecília. O uso de cálcio na forma de carbonato, citrato ou fosfato tribásico depende das características clínicas dos pacientes, tais como nefrolitiase ou hipocloridria. Vitamina D A vitamina D é um “quase hormônio”. Atua na absorção intestinal do cálcio alimentar e na reabsorção tubular renal do cálcio urinário. Reduz os níveis de paratohormônio e estimula a formação de osso pelos osteoblastos. “Facilita o aumento da força muscular, principalmente na sarcopenia, termo utilizado para definir a perda da massa muscular e força muscular, com risco de desfechos adversos, como incapacidade física e baixa qualidade de vida e sendo muito comum nas pessoas idosas”, detalha a reumatologista do Hospital Santa Paula. O uso de suplementos de cálcio juntamente com a vitamina D auxilia na redução do risco de fraturas em mulheres com osteoporose e deve ser mantido, principalmente naquelas com alto risco de fratura (idade maior que 65 anos; fratura prévia; uso crônico de corticoides; história de fratura na família; peso abaixo de 58 quilos; fumante; consumo excessivo de álcool) e naquelas que tenham níveis baixos de cálcio e/ou de vitamina D. “Recomenda-se sempre o uso de cálcio associado à vitamina D e não de forma isolada. Além do mais, o uso diário de vitamina D está associado a uma diminuição do risco de quedas e pode ser importante na prevenção de fraturas”, orienta o Dr. Neto.

O endocrinologista e membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dr. Francisco Bandeira, ressalta que o estrogênio tem importância fundamental em determinar o pico de massa óssea após a puberdade e sua deficiência, com a menopausa, causa da perda óssea rápida na maioria das mulheres. 52

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Ele lembra ainda que, para prevenir a doença, é preciso investir em uma dieta adequada de cálcio desde a infância, e ao longo da vida, recorrer à suplementação de vitamina D, praticar exercícios físicos, evitar fumo e álcool em excesso. Além disso, o médico recomenda ter avaliações constantes da menopausa.

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ras e 6 a 12 ho d o ã ç a a d Início stão após a inge

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ESTRESSE E ANSIEDADE

Retomando o controle das emoções A MODERNIDADE TRAZ INÚMEROS DESAFIOS NA VIDA DAS PESSOAS. ISSO PODE CAUSAR MALES QUE PRECISAM DE ATENÇÃO E TRATAMENTO PARA QUE AS TAREFAS ROTINEIRAS NÃO SEJAM INCAPACITADAS POR ADRIANA BRUNO E VIVIAN LOURENÇO 54

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Trânsito, rotina, trabalho, transporte público, família, filhos... a lista dos fatores que provocam o estresse e a ansiedade é quase infinita, e muitos deles advindos da vida moderna, como não desligar o celular, levar trabalho para casa e negligenciar o lazer; difícil encontrar quem não se encaixa em uma destas situações. Ao contrário do que se possa pensar, a ansiedade é uma reação natural e indispensável ao ser humano, que pode ser definida como um estado de tensão ou expectativa, que existe entre o presente e o futuro. Pode surgir da percepção de que se está em perigo, de ser ameaçado. IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

ESTRESSE E ANSIEDADE

De acordo com o médico psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doença Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Diego Tavares, a ansiedade é um jeito de o cérebro funcionar, preparando o indivíduo para lidar com uma situação muito nova (desconhecida) ou uma que ele espera muito que aconteça. “Não é uma doença, pois prepara o psiquismo e o corpo para enfrentar a situação (luta) ou fugir dela, caso esta não seja agradável (fuga).” Os transtornos de ansiedade são alterações na forma de funcionar desse centro do cérebro que faz com que os sintomas da ansiedade fisiológica aconteçam, porém de maneira intensa e fora de contexto, atrapalhando o indivíduo ao invés de ajudá-lo e, por isso, é um transtorno psiquiátrico. “Ansiedade fisiológica ajuda a pessoa a lutar e enfrentar um problema difícil, ansiedade doença faz a pessoa sucumbir frente a um problema que nem é tão difícil assim, em virtude do medo que o cérebro produz, exacerbando a situação e atrapalhando a pessoa de pensar e de conseguir enfrentá-la”, esclarece o Dr. Tavares.

CASOS DE ESTRESSE Poluição, violência urbana, trânsito, clima, filas, lugares cheios, relações de trabalho e sociais, entre outros, são alguns dos fatores que levam a situações de estresse. De acordo com pesquisadores da Harvard Medical School (EUA), entre 60% a 90% de todas as consultas médicas no mundo são devidas às doenças ligadas ao estresse. A informação é do psicólogo clínico e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Armando Ribeiro. Ainda segundo o especialista, no Brasil, a prevalência do estresse na população economicamente ativa varia entre 32% e 70%.

Podendo estar ligado ou não a casos de ansiedade, o estresse acontece quando o excesso de atividades (e a quantidade de problemas) sobrecarrega não apenas o físico, mas também o estado mental da pessoa. “Assim como a ansiedade, pode ser caracterizado como um transtorno quando associado a prejuízos importantes que impactam a qualidade de vida, as relações, o trabalho e o cotidiano das pessoas”, revela o psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Daniel de Sousa Filho. Sinais agudos de estresse, diz o especialista, estão incluídos na Classificação Internacional das Doenças em sua décima revisão (CID-10), como reações ao estresse grave e a transtornos de adaptação. “O estresse é uma reação psicofisiológica natural frente ao esforço de adaptação das adversidades. É um problema que afeta a todos, mas pode ter fontes ambientais, sociais ou até mesmo ser resultado de doenças. No Brasil, cerca de 60% da população adulta lida com o estresse, sendo que mulheres têm cerca de duas vezes mais chances de apresentar quadros de estresse e as crianças também são vulneráveis, principalmente quando são criadas por famílias estressadas. É um círculo vicioso, crianças aprendem a lidar com o estresse por meio dos modelos familiares”, diz o Dr. Ribeiro.

TERAPIAS NATURAIS O tratamento para ansiedade e estresse, de acordo com o médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha e membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Prof. Dr. Mario Louzã, depende do tipo de transtorno de ansiedade que a pessoa apresenta. De modo geral, são utilizados os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina. Por um tempo curto, podem ser utilizados também os ansiolíticos. Além da medicação, está indicada a psicoterapia para controle dos sintomas mais a longo prazo.

ENTRE 60% A 90% DE TODAS AS CONSULTAS MÉDICAS NO MUNDO SÃO DEVIDAS ÀS DOENÇAS LIGADAS AO ESTRESSE. NO BRASIL, A PREVALÊNCIA DA PATOLOGIA NA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA VARIA ENTRE 32% E 70% 56

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ESPECIAL SAÚDE

ESTRESSE E ANSIEDADE Entre os diversos tratamentos para ansiedade, destacam-se os fitoterápicos, para combate a quadros de ansiedade leve a moderada e para tratamento da insônia. A passiflora é um dos principais recursos fitoterápicos para ansiedade leve à moderada e irritabilidade, com um mecanismo de ação semelhante às drogas sintéticas mais potentes, como o diazepam e clonazepam, mas sem os riscos de dependência destas últimas, que são substâncias controladas. Valeriana, a kava-kava e a camomila são plantas que também podem ser utilizadas para o tratamento da ansiedade e da insônia. “Quando falamos em fitoterápicos, é importante saber que as ervas diferem dos produtos utilizados na medicina chamada alopática, porque ao invés de conter apenas uma ou duas substâncias específicas, eles contêm um grupo de ativos, denominado de complexo fitoterápico. Esse complexo pode ter quantidades diferentes das substâncias que o constituem, dependendo do terreno de origem, da forma de cultivo, da época do ano em que foi colhida, etc. Assim sendo, a mesma erva pode se comportar de maneira diferente no organismo humano, dependendo do teor dos seus constituintes. Para evitar que isso aconteça, foi desenvolvido o conceito de padronização do extrato da erva. Essa padronização consiste em dosar o componente principal do extrato para garantir que os lotes produzidos tenham sempre o mesmo teor do componente eleito como mais importante”, avalia a neurologista e conselheira para área médico-científica do Herbarium Laboratório Botânico, Dra. Jackeline Barbosa. Tendo isso em mente, é importante que o consumidor opte pela utilização de produtos oriundos de fabricantes tradicionais que garantem a qualidade dos fitoterápicos por eles produzidos. Já o medicamento homeopático apresenta ótimos resultados e não ocasiona efeitos colaterais adversos, como destaca a diretora farmacêutica da Boiron Brasil, Maria Isabel de Almeida Prado. Ele está disponível em farmácias de manipulação e em redes de drogarias convencionais, à disposição da população como mais uma opção dentro de um arsenal terapêutico.

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VODOL® (nitrato de miconazol) Indicado no tratamento de Tinea pedis (pé de atleta), Tinea cruris (micose na região da virilha), Tinea corporis e onicomicoses (micose nas unhas) causadas pelo Trychophyton, Epidermophyton e Microsporum; candidíase cutânea (micose de pele), Tinea versicolor e cromotose. MS–1.0497.1155 / 1.0497.1357. Ref. 1. Bula do produto. SAC 0800 11 15 59 - www.uniaoquimica.com.br - Dez/2016.

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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Problema que bate no peito O SINAL DE ALERTA É QUANDO O PRINCIPAL ÓRGÃO DO ORGANISMO NÃO CONSEGUE BOMBEAR SANGUE PARA TODO O CORPO, A FIM DE SUPRIR AS NECESSIDADES DE NUTRIR TODOS OS OUTROS

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POR VIVIAN LOURENÇO

O coração é uma verdadeira máquina, ele é responsável por bombear o sangue para todas as partes do corpo e manter todos os órgãos funcionando plenamente. Mas ele pode apresentar diversos problemas que comprometem o bom funcionamento do mecanismo humano. Um desses problemas é a Insuficiência Cardíaca (IC), que apesar de apresentar várias denominações, é caracterizada pela deficiência do coração em bombear o sangue. “A IC é uma síndrome, ou seja, quadro clínico causado por uma série de doenças diferentes que acometem o sistema cardiovascular. Ela ocorre quando o coração não consegue bombear o sangue de forma adequada para suprir as necessidades dos tecidos

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do organismo”, detalha o cardiologista do Hospital Santa Paula, Dr. Fabrício Borges. Ela acontece, de acordo com o cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Pedro Mekhitarian, de maneiras diferentes. “Pode ocorrer de modo de instalação rápida [Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), inflamação do músculo cardíaco por um agente viral, ocasionando miocardites, miocardites pós-parto ou do puerpério], ou de instalação lenta e gradual (Doença de Chagas, hipertensão arterial sistêmica não tratada ou negligenciada, entre outras).” A causa mais comum, de acordo com o Dr. Borges, é a doença obstrutiva coronária, quando as artérias que suprem o músculo cardíaco se tornam progressivamente mais finas pelo depósito de gordura (placa aterosclerótica), comproIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

MENOPAUSA

SINTOMAS CARACTERÍSTICOS

Cansaço aos esforços

Inchaço das pernas e pés, geralmente simétrico e mais pronunciado no fim do dia

Chiado ou tosse, principalmente, aos esforços ou ao deitar

Ganho de peso (por retenção de líquidos)

Falta de ar, principalmente, ao deitar

Desânimo, distensão abdominal e confusão mental

Fonte: cardiologista do Hospital Santa Paula, Dr. Fabrício Borges

metendo a irrigação de sangue no coração e, consequentemente, suas funções, ou quando essas obstruções causam o IAM, levando dano irreversível ao músculo e tornando o coração mais fraco.

TIPOS, FATORES E TRATAMENTO Existem basicamente dois tipos de IC: a forma clássica, conhecida como coração “fraco” em que há uma redução da força do músculo cardíaco, geralmente com 62

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aumento das dimensões do coração; e a segunda forma em que o coração tem contração normal, mas é, de alguma maneira, mais rígida, dificultando também que ele exerça suas funções adequadamente. “Os sintomas das duas formas são semelhantes, porém é primordial que se tenha a diferenciação, pois há uma grande diversidade de causas e algumas sutilezas em relação ao tratamento”, explica o cardiologista do Hospital Santa Paula.

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ESPECIAL SAÚDE

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

OUTRAS CAUSAS MAIS COMUNS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) • Hipertensão arterial. • Doenças específicas do músculo cardíaco (miocardiopatias/miocardites/Síndrome de Takotsubo). • Alterações do ritmo do coração (arritmias). • Doenças congênitas do coração (presentes desde o nascimento). • Doenças das valvas cardíacas (incluindo doença reumática). • Doença de Chagas. • Exposição a efeitos tóxicos de medicamentos (alguns quimioterápicos), álcool e drogas ilícitas. • Doenças da tireoide. Observação: a Síndrome de Takotsubo, também conhecida com Síndrome do Coração Partido, é uma causa relativamente nova de IC Aguda, muitas vezes confundida com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e que tem alguns aspectos característicos de agressão do músculo do coração sem ter doença obstrutiva nas coronárias. Seu diagnóstico é feito uma vez excluída a obstrução por meio de uma ressonância cardíaca e, apesar de potencialmente grave, uma vez tratada e diagnosticada corretamente, geralmente, tem uma evolução boa, com recuperação das funções do coração na maioria dos casos. Fonte: cardiologista do Hospital Santa Paula, Dr. Fabrício Borges

Além disso, o cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo divide a IC em dois tipos: • IC sistólica: ocorre quando o músculo cardíaco tem uma diminuição na sua força de contração, tendo dificuldade para ejetar o sangue para fora do coração adequadamente. • IC diastólica: os músculos do coração ficam rígidos, restringindo o enchimento da cavidade cardíaca, ficando com dificuldade para ejetar o sangue. “Os fatores de risco envolvem: pressão arterial elevada, doença arterial coronariana, IAM, diabetes, apneia do sono, cardiopatias congênitas, infecção por vírus, consumo de álcool”, destaca o Dr. Mekhitarian. O tratamento pode ser dividido em três partes, segundo o Dr. Borges: 1) Mudanças de hábitos de vida: - Atividade física regular. - Perda de peso. - Retirada do álcool e do cigarro. - Controle de peso diário. - Redução de sódio na dieta. - Restrição hídrica. 64

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2) Tratamento medicamentoso: Geralmente, com associação de diversas medicações sinérgicas em efeito, que deve ser seguida rigorosamente e ajustada conforme cada caso. 3) Tratamento cirúrgico: - Cirurgia de revascularização miocárdica (ponte de safena) para os casos de obstrução nas artérias coronárias. - Cirurgia de troca de valva – para os casos de disfunção das valvas cardíacas, como a valvopatia reumática e a estenose aórtica. - Aparelhos para sincronizar melhor a contração do coração (marca-passo ressincronizador). - Aparelhos para tratamento de arritmias graves (desfibrilador implantável). - “Devices” de assistência ventricular ou de “corações artificiais”. Os riscos, como alerta o Dr. Mekhitarian, de não realizar o tratamento adequadamente vão desde perda da qualidade de vida, internações hospitalares de repetição, até morte súbita, portanto, uma pessoa diagnosticada com IC, além de seguir corretamente as recomendações médicas, deve fazer uso da medicação prescrita religiosamente.

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DMRI

Inimiga silenciosa SE DESCOBERTA PRECOCEMENTE, A DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE PODE SER CONTROLADA ANTES DE CAUSAR A CEGUEIRA

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POR RENATA MARTORELLI

A população brasileira está envelhecendo e segundo estimativas recentes de projeções populacionais, em 2050, 66,4 milhões de brasileiros terão 60 anos de idade ou mais. Diante dessa realidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) avalia que exista no Brasil cerca de quatro milhões de pessoas com deficiência visual e, aproximadamente, 1,5 milhão de cegos, sendo a grande maioria de idosos.

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Principal causa da perda da acuidade visual a partir dos 50 anos de idade, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) pode ser perigosa se não descoberta logo no início. A mácula é uma pequena área da retina responsável pela visão de detalhes e seu comprometimento por uma lesão degenerativa, que surge com a idade, é chamado de degeneração macular. “É uma doença que acomete a área central da retina, chamada de mácula e que evolui com baixa de viIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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A SUPLEMENTAÇÃO ORAL DE VITAMINAS E ANTIOXIDANTES, COMO LUTEÍNA, VITAMINA C, E, BETACAROTENOS E ZINCO, ALÉM DO ÔMEGA 3, ESTÁ INDICADA PARA ALGUMAS FORMAS DE DMRI

são progressiva. É uma das principais causas de cegueira em pessoas com mais de 50 anos de idade. Alguns depósitos chamados de drusas, que são causados por deficiência no metabolismo da retina, são visualizados a partir de exames de mapeamento de retina. Esses depósitos são indicativos do início da doença, sem necessariamente evoluir para sintomas visuais”, explica o gerente médico do Centro de Estudos do Instituto Cema, Dr. Omar Massayoshi Assae. A DMRI se apresenta de duas maneiras: DMRI seca ou atrófica e DMRI úmida ou exsudativa. “No caso da seca ou atrófica, que é a forma mais comum e mais leve da doença, e representa cerca de 90% dos casos, as drusas estão localizadas na região macular, área central da retina, e evoluem lentamente para atrofia, levando à perda da visão. Não existe hoje nenhum tratamento específico para DMRI seca, sendo necessária reabilitação com auxílios ópticos para visão subnormal. Já na forma mais grave da doença, a DMRI úmida ou exsudativa, existe uma neovascularização, ou seja, a formação de novos vasos sanguíneos ruins sob a retina,

chamados de membrana neovascular sub-retiniana, e que leva a uma perda rápida e irreversível da visão. Para esse quadro, existem tratamentos com laser e injeção intravítrea, que impedem a formação dos novos vasos sanguíneos”, revela o Dr. Assae. Segundo a oftalmologista responsável pelo setor de oftalmologia do HCor, Dra. Camila Ray, a forma seca da doença é menos grave e acontece ao longo de anos; já a úmida causa uma baixa de visão acentuada em poucos dias. “A úmida (exsudativa) forma uma membrana embaixo da retina, e a décima camada, a última camada, a de Bruch, se rompe e o epitélio não dá conta, então surgem diversas membranas. Fumantes têm probabilidade 6,6 vezes maior do que não fumantes de desenvolver a doença, pois apresentam oxidação dos tecidos da retina. Nos Estados Unidos, aproximadamente 1,75 milhão de pessoas são portadoras de DMRI avançada e, até 2020, esse número poderá chegar a três milhões. No Brasil, não há indicadores específicos a respeito, mas acredita-se que o número de casos em todo o mundo deverá triplicar até 2025, com o envelhecimento da população.”

DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO Pessoas de pele clara e olhos azuis ou verdes são propícias à maior incidência da doença, porém seu início e sua gravidade sofrem influência também de exposição solar; tabagismo; hábitos nutricionais nocivos e associação com doenças metabólicas e circulatórias, como o diabetes e a hipertensão arterial; histórico familiar; e dietas com baixo índice de antioxidantes. 2017 JANEIRO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

DMRI

LUTEÍNA NO COMBATE À DMRI A luteína é considerada um carotenoide e é encontrada em vegetais de folhas verde-escuras, como couve e espinafre. Chamada de “vitamina do olho”, protege os olhos dos danos do sol e da oxidação. “A luteína é um carotenoide presente na retina e possui ação antioxidante. Há uma relação da luteína com o aumento da densidade do pigmento macular, responsável pela filtragem e absorção da luz azul, atenuando o processo oxidativo e protegendo consequentemente a retina. Porém, ainda não há evidência clara de que a suplementação com luteína reduz o risco de progressão da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), sendo necessários estudos adicionais para comprovar essa correlação”, revela o farmacêutico pós-graduado em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School, Guilherme Andretta. De acordo com os especialistas em retina do Agora Oftalmologia, do Hospital Santa Cruz, Dra. Tatiana Tanaka e Dr. Zenshi Ishimoto, a luteína atua como se fosse um filtro solar interno, protegendo a mácula dos efeitos da luz ultravioleta por reduzir a quantidade de luz e neutralizar as formas reativas de oxigênio produzidas tanto por estímulo luminoso quanto pelo metabolismo da retina decorrente da idade. A luteína e zeaxantina são os únicos carotenoides encontrados na região central da retina (mácula lútea), onde a acuidade visual é aguçada, por isso a importância destas substâncias. “Os carotenoides são uma família de compostos abundantemente encontrados na natureza. Dos mais de 600 carotenoides existentes na natureza, aproximadamente 20 estão presentes no plasma humano e tecidos, e seis são encontrados em quantidades elevadas, são eles: alfa-caroteno, betacaroteno, beta-criptoxantina, licopeno,

“A perda da visão central pela DMRI ocorre quando as células fotorreceptoras na mácula são afetadas. Inicialmente, os pacientes percebem um embaçamento no centro da visão ou distorção das imagens, mais especificamente durante tarefas que exigem a percepção de detalhes, como leitura ou escri68

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luteína e zeaxantina. O corpo humano não é capaz de produzir estas substâncias e depende da alimentação para adquiri-las. Os carotenoides têm sido assunto de interesse da comunidade científica há muitos anos devido ao fato de que muitos deles se convertem em vitamina A no organismo. Mais recentemente, pesquisas têm demonstrado que os carotenoides atuam como antioxidantes, protegendo as células dos danos oxidativos”, esclarece o gerente médico do Centro de Estudos do Instituto Cema, Dr. Omar Massayoshi Assae. Evidências mostram que os antioxidantes, não apenas a luteína, têm o potencial de aumentar a densidade do pigmento da mácula, responsável pela absorção e filtragem da luz, diminuindo a oxidação da retina e protegendo-a. “Cada vitamina tem uma dose diária recomendada. Isso é analisado em estudos na fase não exsudativa, na tentativa de que a degeneração não progrida”, diz a oftalmologista responsável pelo setor de oftalmologia do HCor, Dra. Camila Ray. Para o farmacêutico Andretta, além da luteína, também existe uma grande importância das vitaminas A e C, que são obtidas pela alimentação e em polivitamínicos. “Elas possuem papel fundamental como antioxidantes, já que neutralizam a ação dos radicais livres, formas não estáveis de oxigênio, que promovem reações que causam a deterioração celular na retina. Além disso, estudos sugerem que o zinco também possui uma ação fundamental na prevenção da DMRI, reduzindo o risco de desenvolver a doença em até 21%. Sua ação principal é na estimulação do sistema imune, que é de extrema importância na manutenção da saúde ocular. O ômega-3 também parece auxiliar na prevenção da doença, já que possui ação anti-inflamatória e pode reduzir a inflamação local na retina, fator patofisiológico importante na degeneração macular.”

ta. O diagnóstico é feito pelo exame do fundo do olho realizado pelo oftalmologista. Outros exames auxiliares são utilizados no acompanhamento e diagnóstico da doença, como é o caso da tomografia de coerência óptica, não invasiva, conhecida pela sigla OCT (em inglês, Optical Coherence Tomography), e da angiofluo-

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ESPECIAL SAÚDE

DMRI

NOS ESTADOS UNIDOS, APROXIMADAMENTE 1,75 MILHÃO DE PESSOAS SÃO PORTADORAS DE DMRI AVANÇADA. NO BRASIL, NÃO HÁ INDICADORES ESPECÍFICOS A RESPEITO, MAS ACREDITA-SE QUE O NÚMERO DE CASOS EM TODO O MUNDO DEVERÁ TRIPLICAR ATÉ 2025 resceinografia, conhecida como retinografia fluorescente,” comenta o especialista em retina do Agora Oftalmologia, do Hospital Santa Cruz, Dr. Zenshi Ishimoto. De acordo com a Dra. Camila, do HCor, após dilatar a pupila, o oftalmologista observa a presença de pintinhas amarelas, que escapam da camada de Bruch. “Não se sabe dizer por que e quando acontece o desenvolvimento da degeneração, não existem causas diretas, mas há fatores relacionados, como diabetes, obesidade, colesterol, histórico familiar, etc. No início, o aco70

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metido tem sintomas muito leves e não percebe, por isso não consegue ver alterações. Começa a ter embaçamento e quando chega ao ponto de ver uma mancha preta no centro da visão, a degeneração já está bem evoluída. Costuma ver linhas tortas, imagens distorcidas no centro e borradas. Para diagnosticar, fazemos também o teste de Amsler, constituído por linhas verticais e horizontais, como uma grade, para ver o estado da DMRI. Damos ao paciente o teste para ir acompanhando a evolução, para observar qualquer piora e controlar o desenvolvimento”, explica a Dra. Camila. Para prevenir e ter o diagnóstico da doença antes que ela se agrave, é imprescindível a consulta periódica com o oftalmologista, que irá avaliar os exames necessários a ser realizados. “A suplementação oral de vitaminas e antioxidantes, como luteína, vitamina C, E, betacarotenos e zinco, além do ômega 3, está indicada para algumas formas de DMRI, como maneira de prevenção para evolução da forma não exsudativa para a forma exsudativa. Os antioxidantes atuam como fator inibidor para retardar ou impedir a forma exsudativa da doença nos pacientes que têm predisposição genética. No caso da DMRI na forma exsudativa, existe tratamento com medicações aplicadas dentro do olho e, quando realizado precocemente, é possível prevenir a cegueira em muitos casos.”, adverte a especialista em retina do Agora Oftalmologia, do Hospital Santa Cruz, Dra. Tatiana Tanaka.

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DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

Época de atenção constante A PREVENÇÃO AINDA É A MELHOR ARMA PARA EVITAR A PICADA DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI, RESPONSÁVEL PELA DISSEMINAÇÃO DE DOENÇAS QUE TÊM PREOCUPADO TANTO A POPULAÇÃO POR VIVIAN LOURENÇO

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Não deixar lixo acumulado nas ruas; evitar água empoçada; tampar caixas d’água; e procurar auxílio médico aos primeiros sintomas de febre, dor no corpo e mal-estar; além de evitar certos tipos de medicamentos. Essas são algumas dicas para prevenção e combate à dengue – acompanhada dos seus quatro sorotipos, além da chikungunya e da zika, amplamente difundidas entre a população. Mas, mesmo assim, o índice da doença nos brasileiros é alto. Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes com a expansão geográfica para novos países e, na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente e que, aproximadamente, 2,5 bilhões de pessoas vivem em países onde o problema é endêmico.

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"SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO". 1. OMS (2009) Dengue Guidelines for Diagnosis, Treatment, Prevention and Control. 2. Ministério da Saúde (2015) Febre de Chikungunya: Manejo Clínico. 3. Ministério da Saúde (2015) Febre do Zika Vírus. *Dor e Febre. SAC: 0800 7286767 ou Serviço ao Profissional 0800 7023522. Impressão e distribuição: Dezembro/2016. ©Johnson & Johnson do Brasil Indústria e Comércio de Produtos para Saúde Ltda.

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A DENGUE Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), foram registrados 1.438.624 casos prováveis de dengue no País até a Semana Epidemiológica (SE) 37 (3/1/2016 a 17/9/2016). Nesse período, a região Sudeste registrou o maior número de casos prováveis (842.741 casos, 58,6%); seguida das regiões Nordeste (317.483 casos, 22,1%); Centro-Oeste (168.498 casos, 11,7%); Sul (72.048 casos, 5,0%); e Norte (37.854 casos, 2,6%). Foram confirmados 762 casos de dengue grave e 7.449 casos com sinais de alarme. No mesmo período de 2015, foram confirmados 1.509 casos de dengue grave e 19.659 casos de dengue com sinais de alarme. Os óbitos, em 2014, chegaram a 563; no mesmo período de 2015, foram confirmados 833 óbitos. Segundo a professora do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Dra. Ione Aquemi Guibu, a dengue é causada por um vírus (arbovírus, gênero Flavivirus) com quatro sorotipos DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. A transmissão é feita por mosquitos Aedes aegypti, principalmente, ou Aedes albopictus, já presente no Brasil. “O tempo quente, aliado às chuvas de verão, possibilitam o aumento da proliferação, principalmente, logo após o período considerado ideal para a infestação do mosquito, que demora de sete a nove dias para se tornar adulto”, explica a Dra. Ione. Além disso, os ovos do Aedes aegypti, que eclodem em menos de trinta minutos após contato com a água, estão, em sua maioria, presentes no ambiente domiciliar e podem aguardar por até um ano as condições favoráveis. O vírus da dengue começa a circular no sangue de uma pessoa infectada, geralmente, um dia antes do aparecimento da febre e fica alojado até o sexto dia da doença. O período de incubação no ser humano varia de quatro a dez dias, sendo que, em média, o mais comum é de cinco a seis dias. Após esse período é que surgem os sintomas da doença. Não há um tratamento específico para a dengue. Basicamente, são realizados a hidratação intensa (que pode ser feita por via oral na grande maioria dos casos, mas, às vezes, é preciso usar a via venosa) e o uso de medicamentos sintomáticos (para dor, febre, náuseas, coceira), que devem ser livres de ácido acetilsalicílico, já que esta molécula pode agravar os quadros de hemorragia. 74

O VÍRUS ZIKA A zika é uma doença introduzida no Brasil em 2015, causada por um vírus identificado em 1947 na floresta denominada Zika, em Uganda. O principal meio de transmissão é pelo mesmo Aedes aegypti de larga infestação no País. Os sintomas, como explica a Dra. Ione, são semelhantes aos da dengue, porém, o que mais tem assustado a população é a possibilidade de uma grávida infectada com zika ter um bebê com microcefalia. “Igualmente relatados casos de pessoas que tiveram zika e, posteriormente, apresentaram Síndrome de Guillain-Barré, com acometimento de músculos, causando fraqueza e paralisia dos membros superiores e/ou inferiores, sendo mais grave quando atinge a musculatura respiratória.” De acordo com o MS, em 2016, até a SE 37, foram registrados 200.465 casos prováveis de febre pelo vírus zika (taxa de incidência de 98,1 casos/100 mil habitantes). Em 2016, foram confirmados laboratorialmente três óbitos por vírus zika: dois no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo. Em relação às gestantes, foram registrados 16.473 casos prováveis, sendo 9.507 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.

A FEBRE CHIKUNGUNYA A chikungunya também pode ser transmitida pelo Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus. A febre também tem sintomas próximos, como dores nas articulações e manchas avermelhadas na pele. A dor provocada pela chikungunya é bem mais forte e pode se arrastar por meses ou anos, deixando sequelas. O vírus, no entanto, possui uma letalidade menor do que a das variações mais pesadas da dengue. Como a doença não tem cura ou vacina, a única forma de proteção é evitar a picada. Os principais sintomas são febre alta, náuseas, dor de cabeça, manchas e pontos avermelhados pelo corpo, dor muscular e nas articulações, geralmente, nas menores do corpo, como as das mãos e as dos pés. De acordo com o MS, em 2015, da SE 1 à SE 52, foram registrados, no País, 38.332 casos prováveis de febre de chikungunya (taxa de incidência de 18,7 casos/100 mil habitantes). Houve também confirmação de seis óbitos. Em 2016, até a SE 37, foram registrados 236.287 casos prováveis e, deste total, 49,3% foram confirmados. No ano, foram 120 óbitos: Pernambuco (54), Paraíba (21), Rio Grande do Norte (19), Ceará (10), Bahia (5), Rio de Janeiro (4), Maranhão (3), Alagoas (2), Piauí (1) e São Paulo (1).

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CURIOSIDADES SOBRE AS DOENÇAS Zika • Vírus foi isolado pela primeira vez na Floresta Zika, em Uganda; • Em virtude da rapidez da disseminação, muitos aspectos ainda não estão esclarecidos; • Pode ser transmitido pelo mosquito ou por relação sexual e transfusão de sangue; • A eliminação do vírus pelo sêmen pode correr até seis meses após a infecção; • A zika pode infectar outros animais, assim como o vírus da febre amarela; • A Síndrome Congênita de Zika Vírus (microcefalia) pode se tornar endêmica; • A infecção também pode estar relacionada ao aumento dos casos da Síndrome de Guillain-Barré, caracterizada por sintomas, como fraqueza e dores nos membros inferiores e ausência de reflexos. Chikungunya • Vírus foi isolado pela primeira vez em 1952, na Tanzânia, em uma epidemia confundida com a dengue; • Algumas epidemias chegam a se alastrar entre 38% e 63% de uma população; • Apareceu pela primeira vez no Brasil em 2014; • Os sintomas costumam durar meses e há casos de dores nas articulações por até três anos. Dengue • O vírus está presente em mais de 100 países na forma endêmica; • Os surtos acontecem nos meses mais quentes e úmidos do ano; • O Brasil já dispõe de uma vacina, com três doses; • Os quadros mais graves da doença exigem acompanhamento médico. Fonte: SBP (Reckitt Benckiser)

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PAPEL DAS FARMÁCIAS E DROGARIAS Como as três doenças dependem da contribuição da população para ser erradicadas, as farmácias e drogarias precisam atuar de forma preventiva, orientando os consumidores tanto sobre os sintomas, quanto às formas de prevenção e combate ao foco do mosquito transmissor. É possível auxiliar na educação da população, conversando com as pessoas sobre os sintomas e o que pode ser feito em casa para evitar que o mosquito procrie. Folhetos com orientações também podem ser distribuídos. A ação, conforme relata a farmacêutica bioquímica, mestranda pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Vera Lúcia Pivello, pode se iniciar na orientação para a eliminação de possíveis criadouros: desde os de pequeno porte (pratinhos de vasos, pneus, garrafas, vasilhas), para que não haja acúmulo de água onde as fêmeas do mosquito Aedes aegypti colocam seus ovos. Porém, não basta apenas retirar a água: os recipientes devem ser limpos com uma esponja, pois os ovos aderem às suas paredes e podem permanecer por meses até encontrar água novamente e se desenvolverem. Nos grandes recipientes (caixas d’água, tonéis, poços), deve ficar clara a necessidade de serem tampados sem deixar nenhuma fresta. Além da orientação para eliminação dos focos, a atenção aos sintomas é fundamental, até mesmo por 78

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conta dos medicamentos proibidos em caso de suspeita de dengue. “Verificar os sintomas e dizer ao paciente sobre a suspeita, bem como orientá-lo a procurar imediatamente um médico”, alerta a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros. O farmacêutico pode ainda escrever em um papel, indicando a sua suspeita e o histórico da conversa com o paciente. Lembrando que o médico é o profissional que efetua o diagnóstico de doenças, assim o farmacêutico pode suspeitar, mas nunca diagnosticar. Nesse sentido, Tatiana complementa dizendo que é muito importante treinar a equipe para que os medicamentos que podem mascarar os sintomas da dengue não sejam vendidos a pacientes com suspeita. Assim, em cidades com casos, antes da venda de produtos, como, por exemplo, paracetamol, deve ser feita uma anamnese para excluir a possibilidade de o paciente estar com dengue. “Mesmo em cidades que não estão com casos, é possível que o paciente tenha viajado, assim os medicamentos sempre devem ser vendidos com orientação e sempre efetuar perguntas antes da venda.” Além disso, o uso de repelentes é de extrema importância. É fundamental orientar os clientes sobre os produtos, sobretudo no dia que diz respeito à formulação, aplicação e reaplicação. Por isso, mantenha seus estoques abastecidos e explore os itens no ponto de venda (PDV).

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MIX

Proteção e combate OS MOSQUITOS NÃO ESCOLHEM COR, CLASSE SOCIAL OU GÊNERO E ASSIM QUE AS TEMPERATURAS COMEÇAM A SUBIR, ELES JÁ APARECEM. POR ISSO, O USO DOS REPELENTES SE TORNA ESSENCIAL POR VIVIAN LOURENÇO

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Os dias mais quentes lembram praia, piscina, viagens e férias. Mas junto com eles, vem um incômodo típico: os pernilongos. Antigamente, as pessoas só se preocupavam com picadas de insetos quando iam à praia ou ao campo; porém, hoje em dia, o uso de repelentes se tornou indispensável para proteção todos os dias, inclusive nas cidades, dentro de casa, shoppings, etc., principalmente, para a prevenção de doenças. Com isso, o canal farma representa mais de 60% das vendas da categoria. Além de livrar a população do incômodo das picadas, o repelente também virou arma contra a dengue, doença que cresce no País a cada ano. “Um exemplo de agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, responsável pela epidemia de zika vírus e dengue, além de transmitir a febre chikungunya e febre amarela. Para se prevenir da contaminação pelo mosquito, o repelente é a arma mais eficaz”, destaca a gerente de produtos do Grupo Cimed, Priscilla Florêncio. “O grande consumo do produto está relacionado ao combate à dengue, porque ele evita a picada do mosquito transmissor da doença,

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auxiliando na profilaxia, não permitindo que as pessoas adoeçam”, completa o departamento de comunicação da Johnson & Johnson Consumo do Brasil.

DIFERENTES FORMULAÇÕES Com relação aos repelentes, os formatos devem ser escolhidos de acordo com a preferência do consumidor e com o tipo de problema causado pelos insetos. “Alguns podem preferir a utilização de cremes, outros, os sprays e aerossóis, dependendo da aplicação mais rápida e conveniência de cada um. Acima de tudo, os consumidores devem consultar e seguir as instruções do rótulo”, orienta a presidente da SC Johnson Brasil, Stephane Reverdy. Hoje, no Brasil, Priscilla destaca que existem três tipos de repelentes: à base de DEET, icaridina e IR3535, onde o DEET é o princípio ativo mais comum e utilizado. Ele é a designação popular do dietílico-toluamida, um líquido oleoso incolor com um odor suave, que é um repelente de insetos eficaz. Muitos deles, incluindo mosquitos adultos do sexo feminino, são atraídos até nós pelo odor do gás dióxido de carbono (CO2) que é exalado. “O DEET afeta os receptores de cheiro em insetos que picam, o que torna difícil para eles IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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COMO OS REPELENTES ATUAM NA PELE

Mosquitos são atraídos pelo odor humano

Ele interfere nos receptores sensoriais Sua aplicação deve dos insetos, ser feita de maneira desorientandoO DEET mascara os, impedindo que O produto age por uniforme por todo esse odor humano até quatro horas corpo e rosto. pousem na pele

4h Fontes: Reckitt Benckiser (RB); Grupo Cimed; e Johnson & Johnson Consumo do Brasil

nos reconhecerem como uma fonte de alimento”, completa Stephane. Segundo ela, os repelentes pessoais devem ser aplicados em todas as partes expostas do corpo e podem ser usados também no rosto, mas primeiro devem ser colocados nas mãos e, então, cuidadosamente espa-

lhados pela face, mas evitando a região dos olhos, boca e narinas. “Os adultos devem usar qualquer spray ou creme repelente primeiro em suas mãos, antes de aplicá-lo em uma criança. É importante que as instruções específicas para seu uso sejam seguidas, por isso, deve-se sempre consultar o rótulo do produto antes”, explica, Stephane.

APRESENTAÇÕES DIVERSAS

TRABALHANDO O MIX Embora a maneira mais eficaz de combater o mosquito seja o controle dos focos de proliferação, a proteção da pele para evitar a picada é necessária. Assim, o uso dos repelentes é sempre aconselhável, especialmente para a prevenção de doenças transmitidas pelos mosquitos. De acordo com o presidente da Nutriex, Leonardo Rezende, uma sugestão para rentabilizar a categoria nesta época é compor um mix com produtos que usualmente são utilizados no período mais quente, por exemplo: filtro solar + repelente + creme pós-sol + produtos para o cabelo com proteção solar. “Uma das táticas é chamar a atenção do consumidor para o produto, com um material diferenciado que o destaque entre as outras opções. Em tempos em que a preocupação com o mosquito é extrema, como no verão, muitos acabam comprando por impulso e se lembram da necessidade quando algo chama atenção além do normal.”

Segundo a marca Repelex, da Reckitt Benckiser (RB), as variantes aerossol, spray, loção e gel (kids) são desenvolvidas para atender a preferências e necessidades informadas pelo consumidor. O aerossol, por exemplo, além de rápida secagem, é prático durante sua aplicação. As opções em spray também são de fácil aplicação, em especial nas áreas em que as mãos não chegam com facilidade, enquanto as loções se espalham suavemente pela pele. Por fim, o gel, formato especialmente criado para crianças, não é oleoso, seca rapidamente e possui uma fragrância agradável. Cada um deles vem com a recomendação de uso no contrarrótulo e a gerente de produto do Grupo Cimed aconselha que o farmacêutico oriente o consumidor a seguir a recomendação do produto/fabricante. “Água e suor: se for nadar ou praticar atividades físicas, o repelente deve ser reaplicado, pois ele perde sua eficácia em contato com a água e o suor intenso; crianças: procure repelentes específicos para elas e os bebês, já que as substâncias utilizadas nos tradicionais podem ser prejudiciais aos pequenos”, orienta. JANEIRO 2017 GUIA DA FARMÁCIA

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OPORTUNIDADE

Operação volta às aulas O MATERIAL ESCOLAR NÃO É A ÚNICA DEMANDA DO MOMENTO. PROBLEMAS, COMO PIOLHO, PEQUENOS FERIMENTOS E VIROSES, PASSAM A FAZER PARTE DA ROTINA DAS CRIANÇAS

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POR KATHLEN RAMOS

Não são apenas as lojas que vendem material escolar que podem lucrar com o período de voltas às aulas. Para o varejo farmacêutico, o retorno ao ano letivo é uma época que confere excelentes oportunidades, tendo

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em vista o aumento da incidência de quadros, como piolhos, viroses e pequenos ferimentos. Entenda, a seguir, um pouco sobre esses problemas e como explorar o sortimento correto para garantir um bom atendimento e alavancar as vendas. IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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pode colocar mais de 100 ovos, em geral, na região da nuca e orelhas; e em poucas semanas, tornam-se insetos adultos. O principal sintoma é a coceira e medidas simples podem prevenir a infestação. Para constatar o problema, o Dr. Carvalho indica colocar a criança sentada em um local de luz intensa e separar o cabelo em diversas partes; ao pentear, as primeiras lêndeas aparecerão.

TRATAMENTO SIMPLIFICADO Antigamente, era comum a criança com piolho precisar raspar o cabelo ou utilizar algumas receitas caseiras, como citronela, álcool ou chás, para tentar amenizar o problema. Hoje, isso não é mais necessário, pois o mercado oferece Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) acessíveis ao consumidor, com apresentações que variam entre xampu e loções, com fácil aplicação.

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PIOLHO: ALTA INFESTAÇÃO PEDE CAUTELA Junto com a volta às aulas, aumenta a reclamação sobre a incidência de piolhos. Embora esse seja um problema possível em quaisquer faixas etárias, a maior frequência costuma ocorrer entre dois e dez anos de idade, segundo afirma o presidente do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Dr. Fausto Flor Carvalho. “A transmissão é facilitada pela concentração e proximidade das crianças dentro das escolas”, explica. Assim, é fundamental que, nessa época, os pais estejam atentos ao cabelo dos filhos, principalmente das crianças pequenas, para evitar a proliferação de lêndeas. Afinal, em um mês, o parasita

Segundo explica o gerente de trade marketing do Grupo Cimed, Lucas Frias, os produtos para tratamento de piolhos não possuem espaço específico na loja, pois se tratam de uma categoria destino, ou seja, o shopper vai buscar esse produto no ponto de venda mesmo que seja pedindo o auxílio para um atendente. Mas as farmácias podem facilitar a experiência de compras. “O ideal é trabalhar a categoria nas áreas mais próximas ao balcão, para poder indicar a quem está buscando. Seguindo esse critério, as categorias correspondentes mais adequadas para se trabalhar são Infantil ou Primeiros Socorros”, aconselha Frias. A assessoria de imprensa de Escabin mostra outra possibilidade de exposição. “Os produtos específicos para tratamento de piolho devem ter comunicação clara e sustentada por marcas de referência na categoria. Preferencialmente, devem estar ao lado da categoria de produtos capilares, como xampus, condicionadores e cremes”, sinaliza.

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OPORTUNIDADE

PEQUENOS FERIMENTOS: CORTES, ARRANHÕES E BATIDAS Correr e brincar são atividades que fazem parte da rotina de qualquer criança saudável, e que também são comuns no dia a dia das escolas. No entanto, todas elas trazem um risco, já que os pequenos ficam mais suscetíveis a ferimentos, como cortes, arranhões ou batidas. “As crianças ficam agitadas e ansiosas para o retorno à escola, o que pode acarretar em pequenas lesões ou pancadas”, adverte a Sanofi, via assessoria de imprensa. No caso de ferimentos comuns, como no joelho ou cotovelo, os antissépticos devem ser usados logo após a limpeza do local, segundo explica a gerente de marketing da divisão de Cuidados Pessoais da 3M, Camila Gallo. “Primeiramente, a região deve ser lavada com água e sabão para limpar e eliminar a sujeira. Posteriormente, deve ser aplicado o antisséptico em spray ou com a espátula. O produto faz a assepsia e trata o ferimento. Logo após, é feita a aplicação do curativo para proteger a pele do contato com germes e bactérias. E a cada troca de curativo, o antisséptico deve ser reaplicado”, esclarece. Outros itens que não podem faltar nas gôndolas são os dirigidos para o alívio de contusões, lesões, dores musculares, cãibras, torcicolos, que já contam com diversas apresentações.

ORGANIZE OS PRODUTOS DA FARMACINHA Para tratar pequenos ferimentos, cortes, arranhões e batidas, é fundamental recomendar, ao shopper, itens para a montagem de um kit de primeiros socorros, trazendo curativos, antissépticos, pomadas, bolsas térmicas, fitas, esparadrapos, curativos adesivos, entre outros. “Recomendamos que os antissépticos sejam expostos logo na primeira prateleira. Em seguida, o álcool em gel e, logo abaixo, na altura dos olhos, os curativos. Na sequência, devem estar expostos as fitas e os esparadrapos e, por último, compressas, gases e soros fisiológicos. Ainda em curativos, recomendamos que sejam expostos também os decorados, que são muito bem requisitados pelas crianças devidos às estampas com personagens”, ensina a gerente de marketing da divisão de Cuidados Pessoais da 3M, Camila Gallo, acrescentando que, além do ponto tradicional, os curativos, caracterizados como compra emergencial, também podem estar na parte do checkout. No caso dos produtos para contusão, como géis e sprays, o ideal é que também estejam próximos aos artigos de primeiros socorros, segundo orienta a Sanofi, via assessoria de imprensa.

ALERTE SOBRE OS ANTIBIÓTICOS Como a virose, geralmente, não traz complicações mais graves, o pediatra do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Marcello Pedreira, aponta que o tratamento consiste no controle dos sintomas, passando por banhos combinados com antitérmicos quando há febre, repouso, hidratação adequada e alimentação saudável, sempre sob orientação do pediatra. Geralmente, os sintomas desaparecem no prazo de uma semana a dez dias. Se persistirem, o pediatra deve ser procurado, imediatamente. “O importante é nunca dar antibióticos por conta própria à criança. Esses medicamentos não combatem problemas causados por vírus e aumentam a resistência bacteriana. Os tratamentos devem seguir a indicação do médico”, adverte o especialista.

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VIROSES: CUIDADOS COM A TRANSMISSÃO O convívio constante com muitas crianças no mesmo local aumenta a incidência de viroses, pelo fato de estarem mais próximas umas das outras, já que os vírus são transmitidos por via respiratória. Assim, podem ser inalados pelo ar ou por contato, seja pela saliva ou pela mão, conforme explica o pediatra do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Marcello Pedreira. “Por mais ventilada e limpa que seja a escola, a transmissão acontece facilmente e com maior rapidez, porque os alunos compartilham os brinquedos, alimentos e, por consequência, os vírus”, justifica o médico. Os sintomas mais comuns das viroses são febre, falta de apetite, abatimento, irritabilidade, dores de cabeça e no corpo, vômitos, espirros, coriza, tosse e, em alguns casos, até mesmo diarreia e erupções na boca e na pele. “Os incômodos podem aparecer isoladamente ou combinados e variam conforme os vírus causadores e o órgão ou o sistema atingidos”, reforça o Dr. Pedreira.

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Com o passar dos anos, a produção natural de ácido hialurônico é reduzida, fazendo com que a pele perca volume e comece a formar rugas. O lançamento desenvolvido por Eucerin, Eucerin Hyaluron-Filler Concentrate, é um sérum preenchedor de rugas, que chega para completar a linha Hyaluron-Filler. Clinicamente testado, o produato possui ácido hialurônico e saponina de soja em alta concentração, o que pode fazer com que o volume da pele seja restaurado e as rugas mais profundas sejam preenchidas de dentro para fora, com efeito contínuo. • www.eucerin.com.br 88

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INSTITUCIONAL – ABRADILAN

Aplicação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos

www.abradilan.com.br

A ANVISA FEZ UM CUIDADOSO TRABALHO DE REVISÃO DOS PONTOS EXISTENTES NA RESOLUÇÃO 54, DE 2013

N

P O R D R . J O S É CA R LOS N OGUEIR A , CON SULTOR J UR ÍD IC O D A AB RAD ILAN

No último dia 7 de dezembro, aconteceu em Brasília, na sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma Audiência Pública para tratar sobre a aplicação do artigo 23 da Resolução 54, do ano de 2013. Dessa forma, tem-se que a partir da publicação da Resolução 114, do ano de 2016, todos os comandos previstos na Resolução 54 ficaram devidamente suspensos. E na Audiência Pública acima comentada ficou reafirmada a posição da Anvisa de manter a suspensão das disposições constantes da norma 54. E isso é dito porque não se tinha a per-

feita convicção de que todos os comandos ali presentes restariam efetivamente suspensos, ou se mesmo a Anvisa apresentaria uma nova proposição para a aplicação em parte do comentado ato normativo. Tem-se agora a segurança jurídica da não implementação da Resolução 54, na sua completude e a certeza de que, com os grupos de trabalho que serão formados a partir do próximo ano, todos os elos do setor poderão contribuir para o detalhamento e aplicação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). Questões fundamentais para a rastreabilidade serão tratadas nesses gru-

pos de trabalho e, entre elas, podemos citar a importação com possibilidade de serialização em todo o território nacional, bem como as tratativas sobre os bancos de dados centralizados, com protocolo de comunicação aberto. E por último, mas não menos importante, temos que a Anvisa fez um cuidadoso trabalho de revisão dos pontos existentes na Resolução 54, de 2013, que agora poderão ser discutidos e implementados com segurança e podendo atingir efetivamente a sua finalidade que é a proteção dos pacientes que se utilizam de medicamentos.

Inovando para o seu bem-estar.

Indústria Farmacêutica

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