Especial Terceira Idade 2016

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Parte integrante do

Especial

TERCEIRA

ANO XXIII | Nº 286 | SETEMBRO DE 2016

IDADE

R E V I S TA

D I R I G I D A

A O S

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P R O F I S S I O N A I S 8/19/16

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Melhor idade é transformar experiência em felicidade. Saúde e bem-estar para toda a família.

Isto é Neo Química.

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Medicamento Genérico Lei nº 9.787/99



EDITORIAL

EXPEDIENTE DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br)

Até 2004, as pessoas de 0 a 29 anos de idade ainda eram maioria (54,4%) na população, no entanto, dez anos depois, o indicador já diminuiu para 45,7%. Ao mesmo tempo, a proporção de adultos de 30 a 59 anos de idade cresceu no período, passando de 35,9% para 40,6%, assim como a participação dos idosos de 60 anos ou mais de idade subiu de 9,7% para 13,7%. Os números já consolidados mostram que o Brasil envelheceu. Segundo dados da Projeção da População por Sexo e Idade, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030, 18,6% da população deverá ter mais de 60 anos de idade e, em 2060, o percentual deve alcançar 33,7%. Dos 23,5 milhões de idosos brasileiros, 29,1% estão ativos no mercado de trabalho, com acesso às mais variadas fontes de renda. Os idosos brasileiros representam uma força de consumo que não pode ser ignorada. Além de ser mais indulgente, o público da terceira idade também não é afeito a economias. Ele busca produtos e serviços de qualidade, sem se importar tanto com o fator preço. Os mais variados tipos de idosos frequentam farmácias e drogarias e cada um deles vai atrás de uma modalidade de produtos. Para oferecer um atendimento adequado, preparamos este Suplemento Especial, o objetivo é que você esteja livre de preconceitos e tenha uma equipe preparada a se relacionar com esse público, que, normalmente, demanda mais atenção, mais diálogo e solução de dúvidas. Assim, o seu negócio tende a deslanchar e o cliente será cada vez mais fiel. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DE ARTE Flávio Cardamone DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTE DE MARKETING E PROJETOS Lyvia Peixoto PROJETO GRÁFICO Junior B. Santos COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Flávia Corbó Revisão Maria Elisa Guedes Diagramação Kátia P. Prenholato IMRESSÃO Prol Gráfica

> www.guiadafarmacia.com.br Suplemento Especial Terceira Idade é uma publicação anual da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino São Paulo (SP), CEP 04039-010 Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.

2016

do século 21

EDITOR DE ARTE Junior B. Santos

3 SETEMBRO

Fenômeno

ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço


SUMÁRIO

12

06

28

4

6 CENÁRIO

16 CONSUMO

24 LONGEVIDADE

O aumento da população com mais de 60 anos de idade é uma tendência global. Dados mostram que o Brasil envelheceu e as projeções apontam que o amadurecimento da população deve seguir forte nos próximos anos

A ideia de que os idosos são dependentes da família e que possuem poucas exigências quanto aos produtos que consomem ficou para trás. Com poder de renda, eles querem aproveitar a vida com conveniência e serviços de qualidade

Uma onda de atenção com a saúde, a alimentação e a prática de exercícios físicos tomou conta dos idosos. Eles estão mais preocupados em manter bons hábitos de vida e, para isso, fazem uso de diversos artifícios que prometem prevenção

12 PERFIL

20 SAÚDE

A pirâmide etária brasileira mudou. É preciso conhecer seus detalhes, como, por exemplo, que a população idosa é composta em sua maioria por mulheres: 55,7% do total

A possibilidade de viver além da média de expectativa de vida no Brasil se dá por conta do avanço no acesso ao tratamento. Assim sendo, a população da terceira idade requer cuidados especiais

28 BELEZA A mulher brasileira é vaidosa e mantém uma rotina de cuidados com a pele, o cabelo e o corpo, mesmo com o passar dos anos

32 ATENDIMENTO Embora o envelhecimento normal não deva ser associado a doenças, o desgaste natural do organismo coloca o idoso como indivíduo mais predisposto a alguma patologia. Por isso, eles são clientes assíduos das farmácias e merecem atenção e apoio


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CENÁRIO

IDADE

Velho mundo TERCEIRA

6

O AUMENTO DA POPULAÇÃO COM MAIS DE 60 ANOS DE IDADE É UMA TENDÊNCIA GLOBAL; MESMO PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO ESTÃO OBSERVANDO O CRESCIMENTO CONTÍNUO DO NÚMERO DE IDOSOS TEXTOS FLÁVIA CORBÓ

IMAGENS: SHUTTERSTOCK


7 SETEMBRO

MAPA DA LONGEVIDADE Confira os países em que se vive mais: RANKING

PAÍS

EXPECTATIVA DE VIDA

Mônaco

89,5

Japão

84,7

Singapura

84,6

Macau

84,5

San Marino

83,2

Islândia

82,7

Hong Kong

82,8

Andorra

82,7

Suíça

82,5

10°

Jersey

82,4

129°

Brasil

75,2

Fonte: CIA World Factbook

2016

A

Antes da era da globalização, a realidade de países com economias maduras costumava ser bem diferente das nações ainda em desenvolvimento. Na Europa, onde o acesso à saúde de qualidade e a informações sobre métodos anticoncepcionais era bem difundido, o número de idosos sempre foi alto e a taxa de natalidade apresentava constante queda. Enquanto isso, em países de economia mais jovem como o Brasil, a saúde pública precária e a inexistência de políticas de controle de natalidade formavam um quadro inverso: alto índice de fecundidade e expectativa de vida abaixo da média mundial. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ilustram bem como era a realidade brasileira antes que o País começasse a despontar como uma das principais economias mundiais. Na década de 1980, a média de expectativa de vida do brasileiro era de 62,52 anos. No mesmo período, entre mil adultos, 656,2 pessoas que completaram 60 anos de idade podiam não completar 80 anos de idade. Enquanto os adultos não contavam com boas perspectivas para a velhice, a taxa de fecundidade era alta. Também em 1980, cada mulher brasileira tinha, em média, 4,4 filhos – índice já em queda, pois, em 1960, o número era de 6,3 filhos por mulher. A combinação desses dados fez com que o Brasil fosse considerado um país jovem. De acordo com o Censo realizado pelo IGBE em 1980, 26,22% da população tinha entre 0 e 9 anos de idade; 23,38%, entre 9 e 19 anos de idade; 44,24% estava na faixa de 20 a 59 anos de idade;


CENÁRIO

enquanto os adultos com mais de 60 anos de idade representavam apenas 6,07% da população. Nos últimos anos, a situação começou a se inverter. Até 2004, as pessoas de 0 a 29 anos de idade ainda eram maioria (54,4%) na população, no entanto, dez anos depois o indicador já diminuiu para 45,7%. Ao mesmo tempo, a proporção de adultos de 30 a 59 anos de idade cresceu no período, passando de 35,9% para 40,6%, assim como a participação dos idosos de 60 anos ou mais de idade subiu de 9,7% para 13,7%. Os números já consolidados mostram que o Brasil envelheceu e as projeções apontam que o amadurecimento da população deve seguir forte nos próximos anos. Segundo dados da Projeção da População por Sexo e Idade, divulgada pelo IBGE, em 2030, 18,6% deverá ter mais de 60 anos de idade e, em 2060, o percentual deve alcançar 33,7%. Proporcionalmente, o número de jovens deve cair nas próximas décadas. Em 2060, a proporção da população com

até 14 anos de idade seria de 13%; a de jovens de 15 a 29 anos de idade, de 15,3%; e a de pessoas de 30 a 59 anos de idade, de 38%.

A DINÂMICA DO ENVELHECIMENTO

IDADE

Para a história de um país, três décadas é um período curto. Como o Brasil conseguiu mudar bruscamente a configuração da população em tão pouco tempo? De acordo com os especialistas entrevistados pelo Guia da Farmácia, o fenômeno do envelhecimento populacional segue uma tendência global, impulsionada por uma combinação de fatores. “A longevidade e o envelhecimento são fenômenos do século 21. Estão intimamente relacionados aos avanços da ciência e da medicina que, por meio dos seus estudos, vêm diminuindo o índice de mortalidade, devido ao maior controle sobre várias patologias”, explica a professora e coordenadora de Pós-Graduação em Gerontologia

TERCEIRA

8

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE, POR GRUPOS DE IDADE BRASIL – 2004/2060 60 50 40 30 20 10 0

2004

2014

2030 (1)

2060 (1)

0 a 14 anos

27,1

21,6

17,6

13,0

15 a 29 anos

27,3

24,1

21,0

15,3

30 a 59 anos

35,9

40,6

42,7

38,0

60 anos ou mais

9,7

13,7

18,6

33,7

(1) Dados Projetados Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( PNAD) 2004/2014; Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o período 2000/2060 – Revisão 2013


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Alendronato de sódio. INDICAÇÕES: tratamento da osteoporose. Prevenção do desenvolvimento de fraturas. CONTRAINDICAÇÕES: O alendronato de sódio não deve ser tomado se o paciente se encaixar em algum dos casos a seguir: presença de distúrbio do esôfago; incapacidade de permanecer em pé ou na posição sentada durante, pelo menos, 30 minutos; hipersensibilidade a qualquer componente do produto; ou no caso de hipocalcemia. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O alendronato de sódio deve ser tomado em jejum, apenas com água filtrada. Não deve ser tomado com água mineral, café, chás ou sucos. Após engolir o comprimido de alendronato de sódio, espere pelo menos 30 minutos antes de se alimentar, beber ou tomar qualquer outra medicação. Alendronato de sódio só é eficaz se ingerido quando seu estômago estiver vazio. REAÇÕES ADVERSAS: Alguns pacientes podem apresentar distúrbios digestivos, como náusea, vômito ou fezes escuras e/ou sanguinolentas, irritação ou ulceração do esôfago, refluxo gastroesofágico, dificuldade para engolir ou dor após a deglutição. Estas reações podem ocorrer especialmente se os pacientes não tomarem alendronato de sódio com um copo cheio de água e/ou se deitarem menos de 30 minutos após tomar alendronato de sódio, ou antes da primeira refeição do dia. Algumas reações são raras como inchaço nas juntas, nas mãos ou pernas, gripe, febre e resfriado, coceira, dor ocular ou erupções cutâneas que podem piorar à luz do sol, perda de cabelo, reações cutâneas graves, reações alérgicas, como urticária, ou inchaço da face, dos lábios, da língua e/ou garganta, que podem causar dificuldade de respiração ou de deglutição, úlceras gástricas ou outras úlceras pépticas (algumas graves), úlceras na boca (quando o comprimido foi mastigado ou dissolvido na boca), problemas maxilares associados com o atraso na cura de infecções, frequentemente após extração dentária, dor óssea, muscular ou das articulações. A maioria dos pacientes experimentou alívio após interromper o uso. Pacientes podem experimentar vertigem ou alterações no paladar. Os pacientes raramente fraturas em partes específicas do osso da coxa. POSOLOGIA: Deve ser tomado um comprimido, uma vez por semana. MS 1.5584.0415. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Brometo de ipratrópio. Indicações: Tratamento da exacerbação aguda da bronquite crônica,tratamento do broncoespasmo em pacientes asmáticos e como droga de manutenção nas doenças pulmonares obstrutivas. Contraindicações: para pacientes com hipersensibilidade conhecida às substâncias atropínicas ou a quaisquer dos componentes da fórmula. A relação risco/benefício deverá ser avaliada na presença de obstrução do colo vesical, Hipertrofia prostática, glaucoma de ângulo fechado e retenção urinária. Precauções: Brometo de Ipratrópio contem como conservante, o cloreto de benzalcônio a 0,01%. Em casos isolados, este conservante pode causar broncoconstrição. Para crianças recomenda-se que o medicamento seja administrado sob supervisão de um adulto. A segurança o uso do brometo de ipratrópio durante a gravidez ainda não foi estabelecida. Desse modo devem-se observar as precauções habituais quanto ao uso do produto durante esse período, especialmente durante o primeiro trimestre. A segurança do uso do brometo de ipratrópio durante a lactação ainda não foi estabelecida. “Este medicamento não deve ser usado em crianças menores de 2 anos de idade”. Interações medicamentosas: O brometo de ipratrópio potencializa o efeito broncodilatador dos beta-2-adrenérgicos e da aminofilina, podendo, a critério médico, ser associado aos mesmos e aos corticosteróides. Brometo de Ipratrópio não deve ser misturado ao cromoglicato. Reações adversas: Em casos isolados, podem ocorrer, secura da boca, irritação da garganta e tosse. Quando em contato acidental com os olhos, podem ocorrer ligeiros transtornos reversíveis da acomodação visual. Reações de hipersensibilidade imediata como urticária, angioedema, erupção cutânea, broncoespasmo e edema orofaríngeo. Se, por manuseio indevido, o produto entrar nos olhos de pacientes com glaucoma de ângulo fechado, poderá ocorrer aumento da pressão intra-ocular. Posologia: Adultos: 0,25 a 0,50mg (20-40 gotas ou 1-2mL), a cada 4-6 horas. Crianças acima de 6 anos: 0,125 a 0,25mg (10-20 gotas ou 1mL), a cada 4 - 6 horas. Crianças menores de 5 anos: 0,05 a 0,125mg (4-10 gotas ou 0,2 - 0,5mL), a cada 4 - 6 horas. . MS 1.5584.0104. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Captopril. INDICAÇÕES: tratamento da hipertensão e insuficiência cardíaca. PRECAUÇÕES: A transpiração excessiva e desidratação podem levar a uma excessiva queda da pressão arterial. Pacientes com insuficiência cardíaca usando captopril devem ter cautela quanto ao rápido aumento na atividade física. É necessário cautela para proceder a atividades que exijam alerta, como dirigir. CONTRAINDICAÇÕES: Em casos de pacientes com história prévia de hipersensibilidade ao captopril, ou pacientes que tenham apresentado angioedema, ou outras reações alérgicas, durante a terapia com qualquer outro inibidor da ECA. Pacientes portadores de estenose aórtica; pacientes que apresentam quadro de hipercalemia, estenose da artéria renal e transplantado renais. Contraindicado em casos de insuficiência renal não-dialítica ,agranulocitose, proteinúria e neutropenia. Contraindicado durante a gravidez e lactação. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O uso concomitante com bebidas alcoólicas, diuréticos, medicamentos hipotensores e antiácidos. Os anti-inflamatórios não esteroidais, podem antagonizar o efeito anti-hipertensivo. Ciclosporina, diuréticos poupadores de potássio, alguns hemoderivados, substâncias contendo altas concentrações de potássio podem acarretar hipercalemia. Agentes imunossupressores diminuem a excreção de captopril. Opioides incluindo encefalina, pode atuar como substrato para a ECA inibindo a degradação de encefalinas, levando a analgesia e depressão respiratória. Tem sido relatados casos de intoxicação do uso concomitante de lítio. O uso concomitante com alopurinol foi associado a neutropenia. Os estrogênios podem reduzir seus efeitos anti-hipertensivos. REAÇÕES ADVERSAS: Dor de Cabeça, náuseas, eritema cutâneo e tosse . Diarreia, cansaço e perda da gustação, podendo estar associado à perda de peso. Digeusia, proteinúria, Neutropenia e agranulocitose também podem ocorrer, assim como, anemia, trombocitopenia e pancitopenia. Pode ocorrer hipotensão, dores no peito e palpitações.Tem sido detectada neutropenia no tratamento da insuficiência cardíaca. Raramente são detectados casos de angioedema dores no pulmão, hiperpotassemia. POSOLOGIA: Na hipertensão, a dose inicial deve ser de 50mg por dia ou 25mg, 2 (duas) vezes ao dia MS 1.5584.0109. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Incluir data (mês/ano). Cloridrato de metformina. Comprimidos revestidos 850 mg. Embalagens com 15, 30, 105*, 210*, 450*, 600* comprimidos revestidos (*embalagem hospitalar). Indicações: Como agente antidiabético, associado ao regime alimentar, para o tratamento de: diabetes do Tipo 2, diabetes do Tipo 1, também indicado na Síndrome dos Ovários Policísticos. Contraindicações: em caso de: Gravidez; insuficiência renal orgânica ou funcional, insuficiência cardíaca congestiva, patologias agudas comportando risco de alteração da função renal, insuficiência hepatocelular, intoxicação alcoólica aguda, alcoolismo crônico, descompensação ceto-acidótica, pré-coma diabético e reconhecida hipersensibilidade a qualquer um dos componentes dos produtos. Precauções e Advertências: O uso da metformina não elimina a necessidade de regime hipoglicídico em todos os casos de diabetes. Antes de iniciar o tratamento com a metformina, deve ser medida a creatinina sérica e, a seguir, monitorada regularmente. É necessária cautela se houver qualquer elevação da creatinina sérica. A metformina é excretada por via urinária inalterada e de forma muito rápida. Em caso de insuficiência renal, a meia-vida da metformina é aumentada, expondo o risco de acumulação. Interações Medicamentosas: Certos agentes hiperglicemiantes (corticoesteroides, diuréticos tiazídicos, contraceptivos orais) podem alterar o curso do diabetes e tornar necessário aumento da dose de metformina ou sua combinação com sulfonilureias hipoglicemiantes ou terapia com insulina. A metformina, usada isoladamente, nunca ocasiona hipoglicemia. Entretanto, é necessário estar atento à potencialização de ação, quando é administrada em associação com insulina ou sulfonilureias hipoglicemiantes. Reações Adversas: alterações gastrintestinais, do tipo náuseas, vômitos e diarreia, que ocorrem mais no início do tratamento e desaparecem espontaneamente na maioria dos casos. Para reduzir a ocorrência de alterações digestivas, recomenda-se administrar a metformina em duas ou três tomadas diárias, durante ou ao término de refeições. Posologia: A posologia da metformina deve ser individualizada, tomando como bases a eficácia e a tolerância ao produto. Não deve ser excedida a dose máxima recomendada que é de 2550 mg. MS 1.5537.0009. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Cloridrato de propranolol. INDICAÇÕES: tratamento de hipertensão, angina pectoris, arritmia, infarto do miocárdio, enxaqueca, estenose subaórtica e feocromocitoma. PRECAUÇÕES: Pode promover broncoconstrição e ataques de asma em pacientes asmáticos. Se ocorrer broncoespasmo deve ser usado um agonista beta 2 ou aminofilina. Pacientes com doença broncoespástica não alérgica não devem receber bloqueadores betaadrenérgicos. Agentes beta-bloqueadores, devem ser utilizados com cautela em pacientes diabéticos, em pacientes com insuficiência hepática, renal, distúrbios da tireóide e doença mental. Os betabloqueadores podem causar redução da pressão intra-ocular, impotência sexual e perda da libido. A suspensão do tratamento deve ser gradual. CONTRAINDICAÇÕES: Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, choque cardiogênico, bradicardia sinusal, bloqueio átrio – ventricularde segundo e terceiro graus, asma brônquica e síndrome de raynaud. Quando for utilizado em infarto do miocárdio é contraindicado se a pressão sistólica for menor que 100 mmhg. CONTRAINDICADO NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Pacientes que recebem drogas depletoras de catecolaminas, tais como reserpina. Cautela ao administrar drogas bloqueadoras de canais de cálcio em pacientes que estejam recebendo beta-bloqueadores. O gel de hidróxido de alumínio reduz a absorção intestinal de propranolol. O álcool etílico diminui a velocidade de absorção do propranolol. A fenitoína, fenobarbital e rifampicina aceleram a depuração de propranolol. A clorpromazina usada com propranolol resulta em aumento do nível plasmático de ambas as drogas. A antipirina e a lidocaína têm a depuração reduzida quando usadas concomitantemente ao propranolol. A administração de tiroxina e propranolol podem resultar em concentração de T3 menor do que a esperada. Xantinas podem provocar inibição mútua dos efeitos terapêuticos. Hipotensão e parada cardíaca já foram reportadas com o uso de propranolol e haloperidol. A cimetidina diminui o metabolismo hepático do propranolol. REAÇÕES ADVERSAS: As mais comuns são: depressão mental, insônia, fraqueza, distúrbios gastrintestinais, discrasias sanguíneas, febre, tontura, queiloestomatite, olhos secos, impotência sexual e alopécia. Pode ocorrer também bradicardia, insuficiência cardíaca congestiva, intensificação do bloqueio Átrio - Ventricular,hipotensão, parestesia das mãos, púrpura trombocitopênica, púrpura não trombocitopênica, insuficiência arterial e reações dermatológicas. POSOLOGIA: Na hipertensão: 40mg duas vezes ao dia. Em arritmias: 10mg a 30mg três ou quatro vezes ao dia antes das refeições e ao deitar. No infarto do miocárdio: 180 a 240mg por dia em doses divididas. No uso pediátrico: 1mg por kg de peso corporal por dia. A dose de manutenção é de 2mg a 4mg por kg/dia em doses divididas. Doses acima de 16mg por kg não devem ser usadas em crianças. O uso em pacientes idosos (acima de 60 anos) requer prescrição e acompanhamento médico. MS. 1.5584.0208 SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Glibenclamida. Indicações: para o tratamento oral do diabetes mellito não insulinodependente (Tipo 2 ou diabetes do adulto). Contraindicações: não deve ser administrada em pacientes com diabetes mellitus insulinodependente, no tratamento de cetoacidose diabética; no tratamento de pré-coma ou coma diabético; em pacientes com disfunção severa dos rins; em pacientes com disfunção severa do fígado; em pacientes com alergia à glibenclamida ou a qualquer um dos componentes da fórmula; em mulheres grávidas e em mulheres que amamentam; em pacientes tratados com bosentana. Precauções e Advertências: Hiperglicemia: sede severa, secura na boca, pele seca e diurese frequente. Hipoglicemia: fome intensa, sudorese, tremor, agitação, irritabilidade, cefaleias, distúrbios do sono, depressão do humor e distúrbios neurológicos transitórios. Interações Medicamentosas: Pode ocorrer potencialização ou redução de efeito da glibenclamida em pacientes fazendo uso concomitante de clonidina, reserpina, com drogas antagonistas de H2, derivados cumarínicos, ingestão de álcool. Potencializam o efeito hipoglicemiante: Insulina e outros antidiabéticos orais, agentes anabolizantes e hormônios sexuais masculinos, inibidores da ECA, quinolonas; disopiramida, fluoxetina, guanetidina, ácido paramino-salicílico, probenicida, tritoqualina, trofosfamida, beta-bloqueadores, cloranfenicol, derivados cumarínicos, fenfluramina, feniramidol, inibidores da M.A.O., miconazol, pentoxifilina, fenilbutazona, fosfamidas, salicilatos, sulfimpirazona, sulfonamidas e preparações de tetraciclina, azapropazone, oxifembutazona, ciclofosfamida e fibratos. Atenuam o efeito hipoglicemiante: acetazolamida, barbitúricos, corticosteroides, diazóxido, diuréticos, epinefrina (adrenalina), e outras medicações simpaticomiméticas, glucagon, laxativos, ácidos nicotínico, estrógenos e progesteronas, fenotiazínicos, fenitoína, hormônios tireoidianos e rifampicina. Reações adversas: náuseas, vômitos, dor abdominal, sensação de plenitude gástrica ou peso no epigastro e diarreias são observados em casos excepcionais. Reações alérgicas envolvendo a pele, incluindo fotossensibilidade, ocorreram somente em casos isolados. Podem ocorrer raros casos de reações alérgicas inclusive com risco de vida. Podem ocorrer alterações no e distúrbios do sistema endócrino com prejuízo do controle metabólico da hiperglicemia. O uso de glibenclamida pode causar prurido. Podem ocorrer alterações do estado de atenção do paciente ao dirigir ou operar máquinas. Posologia: De maneira geral, a dose inicial é de 1/2 a 1 comprimido diário. MS 1.5584.0287. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Losartana potássica. Indicações: é indicada para o tratamento da hipertensão. Contraindicações: para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto. Precauções e Advertências: Hipersensibilidade: Angioedema. Hipotensão e desequilíbrio hidroeletrolítico: Em pacientes que apresentam depleção de volume intravascular, pode ocorrer hipotensão sintomática. Em um estudo clínico que envolveu pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria, a incidência de hipercalemia foi mais alta no grupo tratado com losartana potássica quando comparado ao grupo placebo. Deve-se considerar doses mais baixas para pacientes com histórico de insuficiência hepática. Quando houver confirmação de gravidez, o tratamento com losartana potássica deve ser suspenso o mais rapidamente possível. Interações Medicamentosas: Redução dos níveis do metabólito ativo pela rifampicina e pelo fluconazol. O efeito anti-hipertensivo da losartana pode ser atenuado pelo anti-inflamatório não esteroide indometacina. Reações Adversas: Tontura, astenia/fadiga e vertigem, hipotensão e hipercalemia. Hipersensibilidade: reações anafiláticas, angioedema, incluindo edema de laringe e glote, com obstrução das vias aéreas e/ou edema de face, lábios, faringe e/ou língua, foram. Vasculite, incluindo púrpura de Henoch-Schoenlein. Anormalidades da função hepática; Anemia; Mialgia; enxaqueca, tosse e prurido. Posologia: A dose usual inicial e de manutenção é de 50 mg uma vez ao dia para a maioria dos pacientes. MS 1.5584.0428. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Maleato de enalapril. INDICAÇÕES: O maleato de enalapril é indicado no tratamento de hipertensão e prevenção e tratamento de todos os graus de insuficiência cardíaca sintomática e assintomática. Prevenção de eventos isquêmicos coronarianos em pacientes com disfunção ventricular esquerda. CONTRAINDICAÇÕES: O maleato de enalapril é contraindicado a pacientes com história prévia de edema angioneurótico, seja hereditário ou idiopático; ou que possuam hipersensibilidade a qualquer componente da formulação ou mesmo a outros inibidores da ECA. PRECAUÇÕES: Hipotensão sintomática raramente foi observada, em hipertensos sem complicações. Existe maior probabilidade de ocorrer hipotensão, quando houver depleção do volume, devido a terapia dietética de sal, diálise, diarreia ou vômitos. Em pacientes com insuficiência cardíaca, com ou sem insuficiência renal associada, foi observada hipotensão sintomática, principalmente naqueles com graus mais avançados de insuficiência cardíaca, conforme indicado pelo uso de altas doses de diuréticos de alça, hiponatremia ou insuficiência renal. Nesses casos, a terapia deve ser iniciada sob supervisão médica e os pacientes devem ser seguidos cuidadosamente, sempre que a dose for ajustada. A hipotensão pode levar a insuficiência renal aguda reversível. Pacientes com insuficiência renal podem requerer ajustes de dose. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Pacientes tratados com um diurético tiazídico em associação com maleato de enalapril, podem apresentar atenuação no efeito espoliador de potássio provocado pelo diurético, mesmo já se houver hipocalemia. O uso do maleato de enalapril pode aumentar o potássio sérico, ocasionando a possibilidade de ocorrência de hipercalemia, se usado concomitantemente a diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, ou substitutos do sal de cozinha contendo potássio. Caso esta associação seja necessária, os níveis de potássio devem ser monitorados com frequência. Os antiácidos podem reduzir a absorção dos inibidores da ECA. Se o uso em conjunto for recomendado, as doses devem ser separadas por duas horas. Os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), especialmente a indometacina podem antagonizar o efeito anti-hipertensivo pela inibição da síntese de prostaglandinas renais. O uso concomitante com sais de lítio pode aumentar a concentração sérica deste, sendo necessário uma intensa monitorização destes pacientes. REAÇÕES ADVERSAS: Os efeitos colaterais mais comumente relatados em estudos são dores de cabeça e tonturas. Outros efeitos são náuseas, fadiga e menos comumente hipotensão, síncopes, diarreias e tosse. Estes sintomas, quando persistentes, merecem atenção médica. Há possibilidade da ocorrência de reações de hipersensibilidade/edema angioneurótico da face, língua, lábios, glote e/ou laringe e extremidades. Em pacientes de alto risco, pode ocorrer infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, dor torácica, alterações do ritmo cardíaco, palpitações. Podem ser desencadeadas reações adversas gastrintestinais como, estomatite, pancreatite, insuficiência hepática, vômitos, constipação, dores abdominais, dispepsia e anorexia. No sistema nervoso pode ocorrer depressão, confusão mental, insônia, nervosismo, sonolência e vertigens. Reações adversas podem ser observadas no trato respiratório: infiltrado pulmonar, dispneia, rinorreia, dor de garganta, rouquidão, broncoespasmo/asma. Pode ocorrer dermatite esfoliativa, diaforese, prurido, pênfigo, alopecia, urticária, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, impotência, alteração do paladar, rubor facial, zumbido, glossite, visão embaraçada, hipotensão principalmente após dose inicial em pacientes hipovolêmicos ou com deficiência de sódio. O uso de inibidores da ECA durante o 2º e 3º trimestres de gravidez tem sido associado a dano fetal e morte neonatal. Não há evidências de teratogenicidade e carcinogenicidade. POSOLOGIA: Hipertensão arterial essencial- dose usual de 10 ou 20mg, dependendo do grau de hipertensão, em dose única diária. A dose poderá ser ajustada conforme a necessidade do paciente, até a dose máxima de 40mg/dia. MS 1.5584.0108. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Maleato de timolol. Indicações: Maleato de timolol é indicado para a redução da pressão intra-ocular elevada. Contraindicações: contraindicado para pacientes com: asma brônquica ou histórico de asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica grave; bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro grau, insuficiência cardíaca manifesta, choque cardiogênico; hipersensibilidade a qualquer componente do produto. Precauções e advertências: Maleato de Timolol pode ser absorvido sistemicamente. A insuficiência cardíaca deve ser adequadamente controlada antes de dar início à terapia com Maleato de Timolol. Em pacientes com histórico de cardiopatia grave.Reações respiratórias e cardíacas e raramente morte em associação com insuficiência cardíaca foram relatadas após a administração de Maleato de Timolol. Pacientes em tratamento com bloqueadores betadrenérgicos por via sistêmica devem ser observados quanto ao potencial efeito aditivo, seja na pressão intraocular ou nos conhecidos efeitos sistêmicos do bloqueio betadrenérgico. Em pacientes com glaucoma de ângulo fechado, o objetivo imediato do tratamento é reabrir o ângulo. Isto requer a constrição da pupila com um miótico. Maleato de Timolol tem pouco ou nenhum efeito sobre a pupila. O conservante pode depositar-se em lentes de contato gelatinosas; assim, Maleato de Timolol não deve ser usado quando essas lentes estiverem sendo utilizadas. Interações medicamentosas: foi relatado, ocasionalmente, midríase resultante da terapia concomitante com epinefrina. Houve relato de bloqueio betadrenérgico sistêmico potencializado durante tratamento de combinação entre quinidina e timolol. É possível ocorrer hipotensão, distúrbios da condução atrioventricular (AV) e insuficiência ventricular esquerda quando um bloqueador dos canais de cálcio for adicionado a um esquema terapêutico contendo um betabloqueador. Os derivados da diidropiridina, como a nifedipina, podem causar hipotensão, ao passo que o verapamil ou o diltiazem são mais propensos a causar distúrbios da condução AV ou insuficiência ventricular esquerda quando utilizados com um betabloqueador. Antagonistas do cálcio orais devem ser evitados em pacientes com insuficiência cardíaca. Os bloqueadores dos canais de cálcio intravenosos devem ser utilizados com cautela em pacientes em tratamento com bloqueadores betadrenérgicos. Reações adversas: Foram relatados sinais e sintomas de irritação ocular, incluindo queimação e pontadas, conjuntivite, blefarite, ceratite, diminuição da sensibilidade corneana, ressecamento dos olhos e distúrbios visuais, incluindo alterações na refração, diplopia, ptose, descolamento da coróide após cirurgia de filtração e zumbido no ouvido. Cardiovasculares: bradicardia, arritmia, hipotensão, síncope, bloqueio cardíaco, acidente vascular cerebral, isquemia cerebral, insuficiência cardíaca congestiva, palpitação, parada cardíaca, edema, claudicação, fenômeno de Raynaud e mãos e pés frios. Respiratório: broncoespasmo, insuficiência respiratória, dispnéia e tosse. Corpo como um todo: cefaléia, astenia, fadiga e dor torácica. Pele: alopécia, erupção cutânea psoriasiforme ou exacerbação da psoríase. Digestivo: náuseas, diarréia, dispepsia e boca seca. Geniturinário: diminuição da libido e doença de Peyronie. Imunológico: lúpus eritematoso sistêmico.Posologia: Cada mL da solução oftálmica corresponde a 35 gotas. A dose inicial usual é uma gota de maleato de timolol 0,25% no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia. Se a resposta clínica não for adequada, a posologia pode ser modificada para uma gota de Maleato de Timolol 0,50% no(s) olho(s) afetado(s), duas vezes ao dia. MS 1.5584.0202. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Setembro/2016.

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8/23/16 11:27 AM


NOVO ESTILO DE VIDA Cuidar melhor da saúde da população teve grande importância no fenômeno do envelhecimento, mas outros fatores diretamente ligadas à mudança de estilo de vida da mulher também contribuíram para que a pirâmide etária sofresse alterações na estrutura. Preocupadas em ter maior grau de escolaridade e construir uma carreira profissional sólida, as mulheres passaram a adiar cada vez mais a maternidade, além de optar por ter um menor número de filhos. A taxa de fecundidade no Brasil caiu para 1,77 filhos por mulher – abaixo do nível natural de reposição da população –, de acordo com o Censo Demográfico 2013. Desde a década de 1960, quando o governo começou a divulgar métodos anticoncepcionais e as mulheres passaram a ingressar no mercado de trabalho, o número de filhos por mulher apresentou queda. Somente nos últimos 14 anos, o índice caiu 26%, passando de 2,39 filhos por mulher para menos de dois, entre 2000 e 2013. Além disso, as brasileiras estão optando por ter filhos cada vez mais tarde. Cerca de 30% delas têm o primeiro filho depois dos 30 anos – em 2000, o índice era de 22,5%. Também cresceu o número de mulheres sem filhos no País. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013 mostravam que 38,4% das mulheres de 15 a 49 anos de idade não tinham filho. Entre as mulheres de 25 a 29 anos de idade, o percentual era de 40,4%.

MAIS CONSCIÊNCIA Outro movimento recente que também vem colaborando para que o brasileiro viva mais é o crescimento da preocupação com a saúde. De acordo com o Instituto Euromonitor,

A LONGEVIDADE E O ENVELHECIMENTO ESTÃO INTIMAMENTE RELACIONADOS AOS AVANÇOS DA CIÊNCIA E DA MEDICINA QUE, POR MEIO DOS SEUS ESTUDOS, VÊM DIMINUINDO O ÍNDICE DE MORTALIDADE, DEVIDO AO MAIOR CONTROLE SOBRE VÁRIAS PATOLOGIAS

11 o mercado de alimentos saudáveis teve um crescimento de 95% nos últimos cinco anos, no Brasil – hoje, este setor é três vezes maior do que há uma década no País. O fenômeno é resposta ao descuido da saúde que o brasileiro apresentou logo que ganhou maior poder de renda. Com poder de compra, passou a fazer más escolhas na alimentação e tornou-se mais sedentário. Os índices de obesidade e outras doenças crônicas relacionadas à má alimentação e falta de exercício físico atingiram níveis preocupantes. A boa notícia é que dados da última Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), pesquisa anual feita pelo Ministério da Saúde (MS), mostram que o brasileiro se deu conta do problema e está começando a correr atrás do prejuízo. Os níveis de obesidade se mantiveram estáveis (17,9% da população geral), mas cresceu a prática de atividades preventivas ao excesso de peso. Em 2014, houve um aumento de 18% no percentual de pessoas que declaram praticar exercícios físicos regularmente – considerando somente os homens, o índice aumentou 42%. O prato do brasileiro também está mais colorido e saudável. A pesquisa mostrou 35,5% dos brasileiros comem legumes e hortaliças regularmente – entre as mulheres, o índice sobe para 42,5%.

SETEMBRO

Interdisciplinar, da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Maristela Poubel. O Brasil conseguiu embarcar nessa tendência global a partir do momento em que melhoraram as políticas públicas de saúde e passou a ter acesso quase imediato às novidades em tratamentos de doenças, com a chegada da globalização. Diante do novo cenário, os brasileiros passaram a viver mais. Em 2014, dado mais atual divulgado pelo IBGE, a expectativa de vida ao nascer no Brasil já era de 75,2 anos. Ou seja, entre 1980 e 2014, houve um aumento de 12,4 anos no índice. Os avanços também aumentaram a chance de se chegar a uma idade avançada. Em um grupo de mil pessoas que alcançaram os 60 anos de idade, mais da metade delas (553) devem chegar aos 80 anos de idade. No último Censo, descobriu-se que o Brasil contava com quase 500 mil idosos com mais de 90 anos de idade. A expectativa é de que, em 2060, essa população aumente em mais de dez vezes, chegando a cinco milhões de cidadãos.

2016

CENÁRIO


IDADE

PERFIL

TERCEIRA

12

Quem é o idoso brasileiro? A POPULAÇÃO DA TERCEIRA IDADE DEVE CRESCER EXPRESSIVAMENTE NOS PRÓXIMOS ANOS. PARA ESTAR PREPARA DO À MUDANÇA NA PIRÂMIDE ETÁRIA, É PRECISO CONHECER SUAS CARACTERÍSTICAS

O

Os idosos já representam 13,7% da população brasileira, o que significa que o País conta com mais de 26 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade – montante superior à população total de muitos países ao redor do mundo. Como a expectativa é de que esse contingente só cresça nos próximos anos – em 2025, a população da terceira idade deve somar 32 milhões de cidadãos –, é fundamental que se conheça o perfil médio desta faixa etária. Uma das características principais da população idosa é que ela é composta na maioria por mulheres

– 55,7% do total. Isso pode ser explicado pelo fato de que a expectativa de vida do sexo feminino é 7,3 anos maior que a dos homens, segundo os dados das Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também é notada uma maioria da raça branca. Mais da metade dos idosos (52,6%) se declara como tal. Em um País de proporções continentais como o Brasil, há uma diferença relevante entre a prevalência de idosos nas diferentes localidades. O número mais IMAGENS: SHUTTERSTOCK


DEPENDÊNCIA NA TERCEIRA IDADE De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, 6,8% das pessoas de 60 anos ou mais de idade tinham limitação funcional para realizar suas atividades de vida diária. Quanto mais elevada a idade, maior era a proporção de pessoas com tais limitações, variando de 2,8%, para aquelas de 60 a 64 anos, a 15,6%, para as de 75 anos ou mais de idade. Entre as regiões brasileiras, o Sudeste apresentou proporções baixas nas idades analisadas. Os diferenciais por sexo também são importantes: 7,3% das mulheres de 60 anos ou mais de idade tinham limitação funcional para realizar suas atividades de vida diária, e para os homens, o indicador foi de 6,1%. Pode-se notar que o diferencial por sexo foi mais marcante na área rural, de 8,8% para as mulheres e 5,5% para os homens. O custo de um idoso de classe média na cidade de São Paulo e com grau médio de dependência pode ultrapassar R$ 10 mil em convênio médico, medicação, reabilitação, cuidadores e, eventualmente, moradia, segundo a geriatra do Hospital Santa Paula, Dra. Maristela Soubihe. “O envelhecimento muitas vezes traz doenças e limitações que fazem a vida do idoso ser muito cara. Tanto as famílias quanto o governo não estão preparados para suprir as necessidades financeiras de um idoso comum.”

Proporção de pessoas com 60 anos ou mais de idade com limitação funcional para realizar Atividades de Vida Diária – AVD (%) Sexo

Grupos de idade

6,8

6,1

7,3

2,8

4,4

15,6

2,3

4,8

13,4

Grandes Regiões Norte

5,7

Nordeste

8,4

7,3

9,3

3,1

5,4

18,9

Sudeste

5,8

5,6

6,0

2,4

3,3

14,0

Sul

7,0

5,9

7,9

3,4

5,2

15,1

Centro-Oeste

8,1

6,1

9,8

3,7

6,6

17,7

5,9

5,6

Situação do domicílio

Urbano

6,8

6,3

7,1

3,0

4,2

15,7

Rural

7,1

5,5

8,8

1,8

5,5

15,4

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013

elevado de cidadãos com mais de 60 anos de idade está concentrado nas Regiões Sul (15,2%) e Sudeste (15,1%) e menos expressivo na Região Norte (9,1%). Também nessas áreas foi constatado um aumento mais expressivo de municípios com presença de conselhos municipais de direitos do idoso, que realizam a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da política nacional do idoso. No geral, a existência desse tipo de

serviço passou de 35,5% dos municípios brasileiros, em 2009, para 61,9%, em 2014. Apesar dos dados positivos, a geriatra do Hospital Santa Paula, Dra. Maristela Soubihe, acredita que o País ainda tem muito a evoluir quanto à cultura do envelhecimento. “A infraestrutura das nossas cidades é voltada para os jovens. Temos problemas no âmbito previdenciário e a saúde pública e privada ainda está

13 SETEMBRO

DE 60 A DE 65 A COM 75 64 ANOS 74 ANOS ANOS

TOTAL Brasil

2016

GRANDES REGIÕES E SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO


PERFIL

FATOS DA TERCEIRA IDADE Renda média do

Somente em 2015, a população da

idoso brasileiro:

terceira idade ganhou

R$ 1,4 mil.

R$ 456 bilhões: 19% do total da massa dos rendimentos.

Os idosos movimentam

R$ 20 de cada R$ 100

Os idosos gastam 56% mais em viagens que os Millennials

gastos no País.

(geração nascida entre 1980 e 1990): US$ 11 mil por pessoa contra US$ 7 mil.

Apenas 4,6% dos idosos – um milhão de

O maior investimento nessa faixa de idade é

pessoas – vivem com alto padrão de vida. O

IDADE

com as viagens e com

TERCEIRA

14

percentual que reside em regiões pobres é mais

educação.

que o dobro – 10,8% possui baixa renda e vive em condições precárias.

Idosos são otimistas, mas menos que a média brasileira: Idosos têm opiniões mais conservadoras do que os brasileiros em geral:

Quando questionados sobre expectativa de melhora da vida no

próximo ano, 79% estão otimistas,

61% afirmam que é

44% acreditam que

papel do homem ser

as tarefas do lar são de

o provedor da casa,

responsabilidades das

contra 89% dos brasileiros em geral.

enquanto que 54%

mulheres, contra apenas

dos brasileiros pensam

37% dos brasileiros

da mesma maneira.

em geral.

Fontes: Agência Brasil; Data Popular; revista Exame; e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

aprendendo a acolher o idoso e suas necessidades adequadamente”, destaca. Uma das provas de que a qualidade de vida do idoso merece muita atenção é o fato de que 84% declararam que precisam de ajuda para realizar as atividades de vida diária. São milhões de pessoas, o que mostra a necessidade de se colocar, na agenda das políticas públicas, o tratamento dado a essa população. Atualmente, essa responsabilidade está concentrada na família. Segundo o IBGE, 78,8% dos idosos recebem cuidados de familiares; 17,8%, cuidados remunerados;

e 10,9% não recebem ajuda para a realização de seus afazeres. Por conta da dependência física ou falta de recursos, a maioria dos idosos vive com alguém da família, segundo dados da pesquisa Idosos no Brasil, realizada pelo Data Popular. Apenas 2,7 milhões moram sozinhos, sendo que 1,8 milhão são mulheres, enquanto 938 mil são homens. A convivência com familiares mais jovens parece ser um ponto desgastante para a população da terceira idade. A mesma pesquisa mostra que 64% dos entrevistados reclamaram do mau humor; 55%,


do egoísmo; 46%, do desrespeito; e 25%, da frieza dos adultos e jovens. A educação do idoso brasileiro é outro aspecto que precisa de atenção. A média de anos de estudo das pessoas com mais de 60 anos de idade é inferior à da população de 15 anos ou mais de idade. A boa notícia é que o grau de instrução vem melhorando. Aumentou de 3,5 anos de estudo, em 2004, para 4,8, em 2014. Consequentemente, a proporção de idosos com nove anos ou mais de estudo cresceu de forma expressiva, passando de 12,7% para 20,7%, no mesmo período. Ao mesmo tempo, caiu a proporção daqueles com menos de um ano de estudo – de 36,5% para 27,3% no período.

15 SETEMBRO

Quanto à presença no mercado de trabalho, o nível de ocupação dos idosos foi de 29,1% em 2014, sendo que, para os homens, o indicador foi de 41,9% e para as mulheres, de 18,9%. À medida que a idade aumenta, o percentual de ocupação cai, chegando a 30% para os homens com 65 anos ou mais de idade e 23,5% para aqueles com 70 anos ou mais de idade, sendo que, em todas as faixas de idade analisadas, os homens estão mais presentes na força de trabalho. A média de horas trabalhadas foi de 33,9 para os idosos ocupados, valor abaixo do tempo médio para a população em geral. A coordenadora da Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Kathya Maria Ayres de Godoy, que convive com idosos ativos diariamente, afirma notar que a renda desta população tem feito a diferença no orçamento familiar, principalmente em tempos de crise. “Os filhos desses idosos não estão conseguindo se segurar economicamente. Os idosos não têm mais o papel de cuidar dos netos enquanto os pais trabalham, até porque eles não têm mais tempo para isso. Eles ajudam financeiramente. Vejo que 90% deles pagam as escolas dos netos. Com o País em crise, o dinheiro deles conta muito.” Os números da pesquisa do Data Popular corroboram com essa percepção da professora da Unesp. O estudo aponta que pelo menos 15,8 milhões de brasileiros com 60 anos de idade ou mais são identificados como principais responsáveis pela renda no domicílio em que habitam. Nesse grupo, 55,4% são homens e 44,6%, mulheres. Em relação ao acesso dos idosos ao esporte e lazer, a proporção de pessoas com mais de 60 anos de idade que praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer foi somente de 13,6%, segundo o IBGE. Isso pode

2016

TRABALHO E LAZER

ser explicado pelo fato de que uma das atividades de lazer preferidas entre os idosos é assistir à televisão – em torno de 32% declarou fazer isso por três horas ou mais ao dia. Entre os idosos mais ativos e com maior poder aquisitivo, o tempo livre e o dinheiro são gastos com outras atividades. Turismo e educação são as áreas em que a população da terceira idade está mais propensa a gastar, segundo a pesquisa Idosos no Brasil, do Data Popular. O problema é que dos mais de 21 milhões de idosos brasileiros, apenas 4,6% vivem com alto padrão de vida. De acordo com o estudo da Serasa Experian, apenas um milhão de idosos têm elevada escolaridade, vive em áreas nobres e desfruta de carros de luxo. O percentual que reside em regiões pobres é mais que o dobro – 10,8% desse possui baixa renda e vive em condições precárias.


IDADE

CONSUMO

TERCEIRA

16

Bolso maduro FOI-SE O TEMPO EM QUE OS IDOSOS ERA M DEPENDENTES DOS FAMILIARES E TINHAM POUCAS EXIGÊNCIAS QUANTO AOS PRODUTOS QUE CONSUMIAM. COM PODER DE RENDA, ELES QUEREM APROVEITAR A VIDA COM CONVENIÊNCIA E SERVIÇOS DE QUALIDADE

H

Há quem ainda olhe para o idoso com olhar de pena, enxergando alguém que se aproxima do fim da vida e tornou-se dependente dos familiares. A visão está desatualizada, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Dos 23,5 milhões de idosos brasileiros, 29,1% estão ativos no mercado de trabalho. Quando consideramos apenas os homens, o percentual salta para 41,9% – entre as mulheres, 18,9% trabalham.

Em 2014, entre idosos de 60 anos de idade ou mais, 57,5% eram somente aposentados, 9,5% eram somente pensionistas e 8,2% acumulavam aposentadoria e pensão. A aposentadoria ou pensão foi a principal fonte do rendimento (66,4%), sendo que o trabalho também foi uma importante fonte (29,3%). Além disso, a geração que está se aposentando nesta década já deve desfrutar dos benefícios da previdência IMAGENS: SHUTTERSTOCK


Durante a vida adulta, os ganhos obtidos com o trabalho são dedicados à educação dos filhos, à aquisição da casa própria, à compra de carros ou a outros bens que possam garantir alguma renda extra. Depois que esses objetivos são alcançados e os filhos tornam-se independentes financeiramente, esse indivíduo passa a dar outro destino à renda, em que a prioridade é o bem-estar próprio. Segundo um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), seis de cada dez idosos afirmam que aproveitar a vida é prioridade. Quase metade dos entrevistados diz que prefere gastar mais com produtos que deseja do que com itens de necessidade básica da casa. Além de ser mais indulgente, o idoso também não é afeito a economias. O público mais velho busca produtos e serviços de qualidade, sem se importar tanto com o fator preço. “Esse perfil populacional tem muito

ESTEJA PREPARADO! Mesmo com dinheiro no bolso e disposição para gastar, os idosos dizem ser esquecidos pelo mercado de consumo. De acordo com uma pesquisa da Serasa Experian, dos 632 entrevistados em 27 capitais brasileiras, 45% reclamam que há pouca oferta de produtos voltados para o público acima dos 70 anos de idade. Outro estudo, dessa vez feito pela Nielsen, aponta que 69% dos idosos brasileiros não se veem representados na comunicação das marcas atualmente. Como mudar essa realidade e ter um estabelecimento que atenda um público que está afoito para ver seus desejos e demandas atendidos? O caminho passa por vencer preconceitos, mas manter-se atento a necessidades específicas. “Um erro comum do marketing é estabelecer ‘pré-conceitos’ com relação aos produtos que este público tenderia a consumir e locais que ele poderia frequentar. A terceira idade tem, muitas vezes, mentalidade jovem”, destaca Andrea. Ficar sentado dentro de casa, fazendo crochê ou jogando dominó já não combina com boa parte dos idosos atuais. Por isso, os empresários precisam estar atentos, oferecer produtos e serviços que proporcio-

OS GASTOS COM MEDICAMENTOS FAZEM PARTE DO ORÇAMENTO FIXO. TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO, POR EXEMPLO, PODE CONSUMIR ENTRE 1% E 20% DE UM SALÁRIO MÍNIMO. JÁ COM DIABETES, O PERCENTUAL CHEGA A 30%

2016

PERFIL DO CONSUMIDOR IDOSO

com o que gastar. Ele já realizou muitas coisas na vida e tende, agora, a não se preocupar tanto com poupanças ou questões financeiras racionais. A experiência faz com que tudo valha a pena, ‘se permitir’ é tolerável e, muitas vezes, preciso”, explica Andrea. Por isso, boa parte dos gastos é dedicada a atividades que tragam prazer e aticem a vaidade. Segundo 46% dos entrevistados pelo SPC Brasil, as atividades de lazer se tornaram mais frequentes com a chegada da terceira idade. “Os principais gastos estão ligados à boa aparência, como: serviços de beleza e vestuários. No quesito lazer, as opções de gastos estão em viagens, restaurantes, academias e aulas de dança, por exemplo”, afirma Andrea.

17 SETEMBRO

privada e de outros investimentos. “Acreditar que a média de renda está atrelada a questões de aposentadoria, com tíquete baixo, é um erro. Esse público investiu em sua vida e carreira e, hoje, possui uma renda e investimentos consideráveis”, garante a presidente da Academia de Varejo e Diretoria Executiva da UBS-Escola de Negócios, Andrea Securato. Com acesso às mais variadas fontes de renda, os idosos brasileiros representam uma força de consumo que não pode ser ignorada. Os rendimentos desta população somaram R$ 456 bilhões, em 2015, representando 19% do total da massa. Isso quer dizer que os idosos contribuem mais com os rendimentos (19%) do que com sua representatividade na população que é de apenas 13%. “Portanto, desenvolver produtos e serviços para terceira idade é capturar uma oportunidade onde poucas empresas têm investido”, alerta a professora do MBA em Trade Marketing da ESPM-SP, Tania Zahar Miné.


CONSUMO

FIQUE DE OLHO

2015

Em , o Instituto Euromonitor fez um estudo global sobre o envelhecimento, os consumidores com

60 anos de idade ou mais e as principais

oportunidades de expansão em alguns segmentos de mercado. Os resultados demonstraram que os segmentos que se destacam são:

IDADE

• Tecnologia: e-health, serviços em domicílio, internet. • “Eyewear”: óculos e lentes. • Artigos de luxo. • Moda. • Beleza. • Jardinagem. • Produtos para incontinência.

TERCEIRA

18

nem vitalidade e qualidade de vida. Os consumidores da terceira idade têm buscado socialização, inclusão e formas de aumentar sua expectativa de vida. Mas, ainda assim, é importante se atentar que esse público apresenta certas limitações que demandam uma estrutura e atendimento diferenciados. “Devem-se levar em conta os fatores físicos que diferenciam a forma com que os mais velhos consomem, como a mobilidade, uma vez que o idoso passa a ter algumas restrições na sua locomoção, mais lentidão ao caminhar, dificuldade com escadas e de carregar pro-

dutos pesados. A visão também sofre mudanças, por isso, as letras em embalagens, sinalizações e cardápios devem ser maiores para que as informações possam ser lidas e entendidas”, destaca Tania. A audição se modifica e deve ser ponto de atenção para evitar problemas de comunicação. “É primordial dispensar uma atenção maior que a usual a esse tipo de cliente, tendo em vista que as pessoas mais velhas, normalmente, possuem mais dúvidas sobre os procedimentos e irão dialogar mais e requerer mais atenção. Esses empresários devem ter consciência de que acabam se tornando parte da família dessas pessoas”, complementa Andrea. As dicas devem ser especialmente levadas em considerações pelos varejistas farmacêuticos. Apesar dos idosos estarem mais interessados em gastar dinheiro com lazer, os gastos com medicamentos fazem parte do orçamento fixo. Tratamento de hipertensão, por exemplo, pode consumir entre 1% e 20% de um salário mínimo. Já com diabetes, o percentual chega a 30%, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Devido à necessidade constante de tratamento das doenças crônicas, tão prevalentes na terceira idade, o idoso é frequentador assíduo das farmácias. Apesar do tíquete médio da faixa etária não ser dos mais altos – R$ 50,49, segundo a Nielsen –, a frequência de compra é maior que a média. Enquanto jovens visitam o ponto de venda a cada 4,4 dias, o ciclo dos idosos é de 3,1 dias.


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IDADE

SAÚDE

TERCEIRA

20

Raio X do idoso A POPULAÇÃO DA TERCEIRA IDADE ESTÁ CRESCENDO À MEDIDA QUE A MEDICINA AVANÇA, AINDA ASSIM, A FAIXA ETÁRIA REQUER CUIDADOS ESPECIAIS PARA ALCANÇAR A LONGEVIDADE

E

Estudos demográficos recentes mostram que o envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude mundial, sendo que os muito idosos (com 80 anos de idade ou mais) constituem o grupo etário de maior crescimento. Entre 2000 e 2010, a faixa etária dos brasileiros com 80 anos de idade ou mais cresceu 70%, segundo os dados mais atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A possibilidade de viver além da média de expectativa de vida no Brasil se dá por conta do avanço no acesso ao tratamento às doenças que mais afetam a população da terceira idade.

As doenças infecciosas e os acidentes têm grande impacto na qualidade de vida dos idosos, mas são as doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes mellitus e as consequências da hipertensão arterial, que mais prejudicam a saúde da terceira idade no Brasil. “À medida que as pessoas atingem idades avançadas, seu organismo passa a sofrer maiores interferências intrínsecas e extrínsecas, ou seja, influências de fatores internos, do próprio organismo; e fatores externos próprios do ambiente do qual fazem parte. Nesse contexto, o indivíduo torna-se IMAGENS: SHUTTERSTOCK


PREVENÇÃO COMO ALIADA De maneira geral, todas as doenças crônicas não transmissíveis estão relacionadas aos hábitos adquiridos ao longo da vida. “As patologias podem ser evitadas por meio de medidas muitas vezes simples de prevenção. O cuidado com a saúde, com acompanhamento médico regular, a alimentação balanceada, atividades sociais e de lazer, por exemplo, são boas formas de evitar doenças e comprometimentos futuros”, destaca a Dra. Maristela. Os hábitos saudáveis estimulam os fatores que proporcionam melhor qualidade de vida e reduzem as chances do surgimento de doenças. “Por isso, é preciso lembrar que, mesmo sem tempo, é preciso comer de forma adequada, evitar alimentos industrializados, bem como o consumo de tabaco e bebidas alcoólicas em excesso. Além disso, o ideal é praticar regularmente exercícios físicos”, complementa o Dr. Scariot. A nutrição tem grande relevância na prevenção de doenças na terceira idade, pois condições características desta faixa etária comprometem o estado nutricional dos idosos. Alterações fisiológicas naturais do próprio envelhecimento, enfermidades já presentes, práticas danosas à saúde ao longo da vida (fumo, dieta desbalanceada, falta de atividade física) e situação socioeconômica

SAÚDE DA TERCEIRA IDADE Confira os principais motivos de internação e causas de morte entre os idosos, segundo o Ministério da Saúde (MS): CAUSAS DE INTERNAÇÕES DE IDOSOS 1º

Doenças do aparelho circulatório (24,5%)

Doenças do aparelho respiratório (14,90%)

Doenças do aparelho digestivo (10,45%)

Neoplasias (10,38%)

Pneumonias (8,58%)

Doenças do aparelho circulatório (34,7%)

Neoplasias (17,24%)

Doenças do aparelho respiratório (14,51%)

Doenças cerebrovasculares (10,57%)

Doenças Isquêmicas do Coração (10,43%)

estão entre os fatores que prejudicam os hábitos alimentares e a absorção de nutrientes. “A manutenção de um estado nutricional adequado é muito importante, pois, de um lado, encontra-se o baixo peso, que aumenta o risco de infecções e mortalidade, e do outro, o sobrepeso, que aumenta o risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como hipertensão, diabetes mellitus e hiperlipidemias”, alerta o Dr. Scariot. Já para prevenir outros problemas de causas externas, como quedas e acidentes, a participação da família ou de um responsável é fundamental, principalmente quando há dependência na locomoção. “Nesse caso, os idosos devem ser acompanhados continuamente por seus cuidadores e precisam contar com ambientes adequados para que seja minimizado o risco de acidentes”, lembra o Dr. Scariot. Uma vez que a doença já se instalou no organismo, o idoso demanda abordagem e tratamento diferenciados. Assim como crianças e jovens apresentam especificidades e são tratados pelo pediatra, a população com mais de 60 anos de idade deve ser assistida por um geriatra. Esse especialista é capaz de enxergar além das doenças em si, como as demências, a hipertensão arterial, o diabetes e a osteoporose, e tratar também de problemas com múltiplas causas, como tonturas, incontinência urinária e tendência a quedas.

2016

CAUSAS DE MORTE DE IDOSOS

21 SETEMBRO

mais frágil e mais suscetível ao aparecimento de patologias, principalmente as doenças crônicas não transmissíveis”, explica a professora e coordenadora de Pós-Graduação em Gerontologia Interdisciplinar da Universidade Veiga de Almeida (UVA) Dra. Maristela Poubel. De acordo com o geriatra do Imed – Medicina Diagnóstica, Dr. André Scariot, as patologias que mais acometem os idosos devem ser divididas em cinco grandes grupos: doenças cardiovasculares (42,3%) – que compõem infarto, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e sequelas, todas com proporções parecidas –; seguidas das doenças neoplásicas (17,2%); respiratórias (15,4%), que são as pneumonias e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); do sistema nervoso (9,4%), como demências; e as causas externas (5,6%) – principalmente quedas e acidentes domésticos. A maioria das doenças mencionadas acima pode ser prevenida e/ou adiada com um estilo de vida saudável e tratamentos adequados, mas geralmente não é possível evitar completamente a doença. “Uma vez que a pessoa a tenha, ela vai acompanhar o indivíduo até o fim da vida. Nesse contexto, é importante privilegiar ações preventivas e de tratamento e recuperação que preservem a autonomia da pessoa idosa, ou seja, que permitam à pessoa continuar desempenhando suas atividades sem depender da ajuda dos outros”, explica o Dr. Scariot.


SAÚDE

DOENÇAS MAIS COMUNS E SEUS TRATAMENTOS

DIABETES MELLITUS TIPO 2

IDADE

Prevalência: aproximadamente um em cada quatro indivíduos com idade superior a 60 anos é portador de diabetes mellitus tipo 2, com taxas maiores relacionadas às pessoas de mais de 75 anos. Mais da metade dos portadores de diabetes têm mais de 60 anos de idade. Tratamento: consiste no uso de hipoglicemiantes orais e insulinas. Os antidiabéticos orais podem ser divididos de acordo com seu mecanismo de ação: • Estimular a secreção de insulina (sulfonilureias e glinidas); • Reduzir a resistência periférica à insulina, isto é, aumentando a utilização periférica de glicose (glitazonas); • Diminuir a velocidade de absorção dos glicídeos (acarbose, inibidores da DPP IV); • Reduzir a produção hepática de glicose (biguanidas). A introdução da insulinoterapia é resultado do inadequado controle da glicemia, apesar da adoção de medidas gerais e dos hipoglicemiantes orais.

TERCEIRA

22 HIPERTENSÃO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES (INFARTO E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL) Prevalência: presente em mais de 60% dos idosos, encontra-se frequentemente associada a outras doenças, aumentando o risco cardiovascular e, consequentemente, aumentando o risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Tratamento: considerando a meta da Pressão Arterial (PA) menor ou igual a 139 x 89 mmHg, as recomendações de tratamento das sociedades de cardiologia são: • Hipertensão estágio 1 (PA sistólica 140-159 mmHg ou PA diastólica 90-99 mmHg) pode ser tratada com mudanças de estilo de vida e, se necessário, com um diurético tiazídico. • Hipertensão estágio 2 (PA sistólica >160 mmHg ou PA diastólica >100 mmHg) pode ser tratada com a combinação de um diurético tiazídico e um inibidor da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA) ou Bloqueador de Canal de Cálcio (BRA). Para pacientes que não conseguem atingir a meta de PA, as doses das medicações podem ser aumentadas e/ou uma droga de uma classe diferente pode ser adicionada ao tratamento. Se a meta de PA do paciente não for atingida dentro de um mês de tratamento, aumentar a dose do agente inicial ou adicionar droga de outra das classes recomendadas. Se terapia com duas drogas não obtiver sucesso, adicionar um terceiro agente. Em pacientes que não atingirem a meta com três drogas, usar drogas de outras classes e/ou encaminhar para um especialista.

Fonte: geriatra do Hospital Sepaco, Dra. Renata Facury Arroyo


DOENÇA DE ALZHEIMER

2016

Prevalência: aumenta com a idade. As taxas de demência de qualquer etiologia são de aproximadamente menos de 1% em pessoas entre 60 e 69 anos de idade, aumentando para 39% em indivíduos de 90 a 95 anos de idade. A prevalência dobra a cada cinco anos de idade dentro dessa faixa etária. Tratamento: atualmente, apenas terapias sintomáticas estão disponíveis para a Doença de Alzheimer, sendo que o tratamento-padrão inclui inibidores da colinesterase (Rivastigmina, Donepezila, Galantamina) ou antagonista NMDA (Memantina). Os sintomas secundários, como depressão, agitação, agressão, alucinações, delírios, alterações de sono, podem ser problemáticos. As seguintes classes podem ser usadas: • Antidepressivos. • Ansiolíticos. • Agentes antiparkinsonianos. • Betabloqueadores. • Drogas anticonvulsivantes. • Neurolépticos.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA Prevalência: aumenta com a idade e é mais frequente entre as mulheres. Afeta 30% dos idosos na comunidade e 50% daqueles internados em casa de repouso. Tratamento: varia de acordo com o tipo de incontinência: • Incontinência de esforço: cirurgia, fisioterapia do assoalho pélvico, medidas anti-incontinência e medicações; • Incontinência de urgência: mudanças na dieta, mudanças de estilo de vida, fisioterapia do assoalho pélvico e medicações; • Incontinência mista: drogas anticolinérgicas e cirurgia; • Incontinência por transbordamento: sondagem vesical de alívio; • Incontinência funcional: tratar a causa-base. As medicações usadas para tratamento da incontinência urinária são: • Agonistas alfa-adrenérgicos. • Drogas anticolinérgicas. • Drogas antiespasmódicas. • Antidepressivos tricíclicos. • Estrogênio. • Bloqueadores alfa-adrenérgicos. • Toxina botulínica.

Prevalência: o problema afeta 50% dos homens acima de 40 anos de idade, chegando a 67% dos pacientes acima de 70 anos de idade. Tratamento: na prática diária, os inibidores da PDE-5 são os mais comumente usados para o tratamento da disfunção erétil. Essa classe de drogas consiste em sildenafil e tadalafila. Reposição hormonal pode ser benéfica em homens com hipogonadismo grave e pode ser útil como terapia adjuvante. Injeção intracavernosa de vasodilatadores também é uma opção, além de prótese peniana.

23 SETEMBRO

DISFUNÇÃO ERÉTIL


IDADE

LONGEVIDADE

TERCEIRA

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Vida longa

U

ALÉM DE SEREM MAIS ATIVOS, OS IDOSOS DE HOJE EM DIA ESTÃO MAIS PREOCUPADOS EM MANTER BONS HÁBITOS DE VIDA PARA ENVELHECER COM SAÚDE E BEM-ESTAR

Uma onda de atenção com a saúde, a alimentação e a prática de exercícios físicos tomou conta do Brasil. O País já ocupa a segunda posição entre as nações com maior número de academias – só perde para os Estados Unidos –, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A intenção de reduzir o consumo de refrigerantes, frituras e alimentos industrializados em geral e substituí-los por alternativas mais naturais fez com que o mercado de alimentação saudável triplicasse em dez anos, de acordo com o Euromonitor.

As notícias são boas, já que manter hábitos saudáveis é fundamental para envelhecer com saúde e vitalidade. Principalmente, em relação à alimentação, pois os idosos fazem parte da faixa etária que mais sofre de carência de vitaminas e minerais. Com o passar da idade, o corpo passa por transformações que dificultam a absorção de certos nutrientes. “O idoso sofre com um processo natural da idade, chamado atrofia da mucosa gástrica. O pH estomacal sofre mudanças, se tornando mais básico e afetando a incorporação de alguns IMAGENS: SHUTTERSTOCK


COMO AGEM Com a busca por uma vida saudável em alta, as prateleiras das farmácias estão lotadas de opções que prometem energia e vitalidade. Mas é preciso entender a função de cada um desses medicamentos para orientar o consumidor da melhor maneira possível. Vitaminas são substâncias essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo que precisam ser consumidas diariamente na forma de alimentos. Quando no formato de medicamento, os compostos se apresentam de uma forma mais concentrada.

VIDA SAUDÁVEL

Cálcio: é um mineral importante para prevenção de osteoporose. Pessoas idosas absorvem cerca de apenas 26% do mineral ingerido. A acidez gástrica também interfere na sua absorção. Em mulheres na menopausa, a recomendação de cálcio é aumentada, sendo necessária, em alguns casos, a suplementação para evitar maiores perdas de cálcio nos ossos. Vitamina D: a ingestão inadequada dessa vitamina aumenta a perda óssea e o risco de osteoporose. Em idosos, essa diminuição da vitamina está relacionada com a baixa ingestão e falta de exposição a luz solar. A vitamina D previne fraturas, melhora a força muscular. Ferro: a deficiência de ferro está relacionada à anemia e, geralmente, ocorre em idosos que possuem doenças inflamatórias crônicas. Vitamina B12: idosos podem apresentar deficiência desta vitamina devido a alteração de pH que acontece no estômago e pelo uso de vários medicamentos. Sua deficiência pode estar relacionada ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. Zinco: está muito relacionado à qualidade do sistema imunológico. Estresse, traumatismo, perda muscular e medicamentos podem contribuir para que a deficiência ocorra. Nutracêuticos, nutricosméticos e cosmecêuticos são produtos que podem ajudar a manter a vitalidade dos idosos, por possuir em sua composição nutrientes com algum benefício comprovado cientificamente, de forma isolada. Conheça a diferenças entre eles para fazer a indicação correta ao cliente. Nutracêuticos: são indicados para a prevenção e/ ou tratamento de certas doenças, pois possuem um apelo mais terapêutico Nutricosméticos: têm um apelo mais estético. Cosmecêuticos: têm uma aplicação tópica, geralmente na forma de filtros solares, hidratantes e clareadores. Fonte: nutricionista voluntária do Horas da Vida, Dra. Mariane Savassi

2016

Confira quais são as vitaminas essenciais na terceira idade e a importância de cada uma delas para o organismo:

25 SETEMBRO

nutrientes. Essa alteração do pH é chamada de hipocloridria e preojudica principalmente a absorção de cálcio, ferro e vitamina B12”, explica a nutricionista voluntária do Horas da Vida, Dra. Mariane Savassi. Além dessa falha na captação dos nutrientes, a idade avançada também altera o paladar, o que propicia uma diminuição da quantidade de alimentos ingeridos, logo uma possível carência alimentar. “Sem contar que existe risco de interferência na absorção de vitaminas e minerais quando se consome uma grande quantidade de medicamentos”, complementa. Até alguns anos atrás, havia pouca informação e acesso a tratamentos inovadores, por isso os idosos tinham uma aparência mais abatida e senil. Hoje em dia, existe uma gama variada de produtos que garante mais vitalidade e qualidade de vida, como vitaminas, polivitamínicos e suplementos alimentares. Deve-se fazer reposição, assim que constatado o déficit em exames de rotina, sempre respeitando a indicação médica. “Existem tabelas que nos dizem a quantidade ideal que cada pessoa de determinado gênero e idade deve consumir para que essas deficiências não existam, chamamos de Ingestão Diária Recomendada (IDR); a partir do momento em que o consumo de determinada vitamina e/ou mineral mesmo pela alimentação não é atingido, é necessário que o idoso inicie uma suplementação”, detalha a Dra. Mariane. As carências nutricionais tipicamente relacionadas ao envelhecimento são de vitamina D, vitaminas do complexo B e proteínas em geral. A geriatra do Hospital Santa Paula, Dra. Maristela Soubihe, destaca que todas as vitaminas são importantes nesta etapa da vida, mas que algumas merecem maior atenção devido à função que desempenham no organismo. “Na prática clínica, buscamos repor vitamina D, que está relacionada à osteoporose e fragilidade, além das vitaminas do complexo B, que se ocupam em formar as células vermelhas do sangue e interferem na condução nervosa do sistema nervoso central e periférico.”


LONGEVIDADE

COMO EXPOR A CATEGORIA NO PONTO DE VENDA Além de oferecer informações adequadas sobre vitaminas e suplementos alimentares, o varejista deve preparar uma exposição especial para essa categoria. Há duas formas principais de trabalhar esses produtos na gôndola: Reunir os produtos por categoria ou subcategorias, deixando juntas as monovitaminas, os suplementos de cálcio e a vitamina C. No caso dos multivitamínicos, é recomendável organizá-los por marca.

Blocados na vertical Correlatos Antigripais

OU IDADE

Multivitamínicos marca A

TERCEIRA

26

Multivitamínicos marca B Monovitaminas Suplementos de cálcio Vitamina C

Organizar os produtos de maneira blocada na vertical e distribuídos próximos a produtos correlatos para que o consumidor não tenha dificuldade de encontrá-los nas gôndolas. Expor próximo a antigripais, por exemplo, é uma forma de trabalhar o cross-merchandising.

ATENÇÃO! É aconselhável também incentivar a compra por impulso, ao dispor os produtos em cima do balcão; aplicação de displays de chão também ajudam o consumidor a localizar a categoria dentro da loja.

HOJE EM DIA, EXISTE UMA GAMA VARIADA DE PRODUTOS QUE GARANTE MAIS VITALIDADE E QUALIDADE DE VIDA, COMO VITAMINAS, POLIVITAMÍNICOS E SUPLEMENTOS ALIMENTARES

Já os suplementos alimentares combinam vitaminas e minerais, que servem para complementar a dieta diária de qualquer pessoa saudável que não atinge a recomendação da IDR por meio da alimentação. Os polivitamínicos também são considerados suplementos alimentares, só que na apresentação de cápsulas ou comprimidos que possuem algumas vitaminas em específico ou não. Suplementos alimentares podem ajudar na saúde do idoso, mas vale deixar bem claro que eles não podem substituir os alimentos, nem devem ser considerados como dieta exclusiva. No Brasil, os suplementos precisam conter apenas vitaminas e/ou minerais, com no mínimo 25%, e no máximo, até 100% da IDR, os suplementos alimentares podem ser encontrados na forma de pó e acrescidos em bebidas ou nas refeições.


Nada tem o direito de tirar a liberdade das mulheres. Nem a menopausa. Libiam. A tibolona mais prescrita pelos médicos.1

• Alivia os sintomas da menopausa3 • Melhora a libido3 • Proporciona sensação de bem-estar3 • Contribui para a prevenção da osteoporose4 • Melhora a memória, a concentração e o raciocínio3 • Oferece benefícios cardiovasculares4,5 • Reduz os sintomas vasomotores3

Com duas apresentações: 1,25 mg e 2,5 mg Doses adequadas às necessidades de cada mulher2 LIBIAM® tibolona 1,25 mg ou 2,5 mg, com 28 comprimidos. Uso oral e adulto. Indicações: tratamento dos transtornos da menopausa natural ou cirúrgica, como fogachos, sudorese, irritabilidade, atrofia da mucosa urogenital e diminuição da libido. Prevenção da osteoporose pós-menopausa. Contraindicações: gravidez e lactação, câncer de mama, neoplasias estrógenos-dependentes, processos tromboembólicos ou história pregressa dessas condições, doença tromboembólica arterial ativa ou recente (angina, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral), sangramento vaginal anormal, hiperplasia endometrial não tratada, doença hepática aguda ou história de doença hepática enquanto os testes de função hepática não retornarem aos níveis normais, porfiria, hipersensibilidade a tibolona ou a qualquer outro componente da formulação. Precauções e Advertências: monitoramento: leiomioma ou endometriose; histórico ou fatores de risco para distúrbios tromboembólicos; fatores de risco para tumores estrógenos-dependentes; hipertensão, distúrbios hepáticos, diabetes mellitus (com ou sem envolvimento vascular); colelitíase, enxaqueca, cefaleia grave; lúpus eritematoso sistêmico; história de hiperplasia endometrial; epilepsia, asma, otosclerose; tratamentos prolongados. Interrupção do tratamento: icterícia ou deterioração da função hepática; hipertensão arterial; dor de cabeça tipo enxaqueca pela primeira vez. Hiperplasia endometrial, câncer de mama ou ovário, tromboembolismo venoso, doença coronariana arterial, AVC. Irregularidades do ciclo e inibição da ovulação pré-menopausais. Pode causar uma leve diminuição da TBG e T4 total. Gravidez e lactação: Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: fenitoína, carbamazepina e rifampicina podem reduzir a atividade da tibolona; varfarina: não recomendada essa coadministração, risco de hemorragia; amitriptilina, amoxapina, clomipramina, desipramina, dotiepina, doxepina, imipramina, lofepramina, nortriptilina: diminuição ou aumento dos efeitos desses medicamentos. Reações Adversas e alterações em exames laboratoriais: cefaleia, enxaqueca, vertigem, distúrbios visuais, transtorno gastrintestinal, edema, aumento de pelos faciais, dermatite seborreica, artralgia e mialgia. Dor abdominal, aumento de peso, spotting, leucorreia, prurido genital, dor mamária, monilíase genital, vaginite e hipertricose. Alterações transitórias nos testes de função hepática e outros parâmetros bioquímicos. Posologia: sintomas menopausais, prevenção da perda óssea e manutenção da morfologia endometrial: 1,25 mg/d. Sintomatologia mais acentuada e que necessita de alívio mais rápido dos sintomas: 2,5 mg/d. Deve ser administrado, de preferência, no mesmo horário. Para melhores resultados, o tratamento deve ter a duração de, pelo menos, três meses. Mulheres menopausadas naturalmente devem iniciar LIBIAM®, pelo menos, 12 meses após seu último sangramento natural; em caso de menopausa artificial, LIBIAM® pode ser iniciado imediatamente. Alteração de TRH combinada ou sequencial: começar no dia seguinte ao término do regime anterior. Na alteração de uma terapia de reposição combinada para LIBIAM®, o tratamento pode ser iniciado a qualquer momento. Reg. MS 1.0033.0128 (Libiam 1,25 mg) e MS 1.0033.0087 (Libiam 2,5 mg)/Farm. resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA/CNPJ 61.230.314/0001-75 / Rua Alberto Correia Francfort, 88 / Embu das Artes-SP/Indústria Brasileira / LIBIAM-MB02-11/Serviço de Atendimento LIBBS: 0800-0135044. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. Documentação científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. Referências Bibliográficas: 1. PHARMAMIX 2015, versão 3.2s. Receituário de Tibolona no Brasil, de junho de 2015 a maio de 2016. São Paulo: Closeup, 2016. 2. LIBIAM® (tibolona). São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento. 3. GENAZZANI, A. R. et al. Beneficial effect of tibolone on mood, cognition, well-being, and sexuality in menopausal women. Neuropsychiatr. Dis. Treat., v. 2, n. 3, p. 299-307, 2006. 4. KENEMANS, P.; SPEROFF, L. Tibolone: clinical recommendations and practical guidelines. A report of the International Tibolone Consensus Group. Maturitas, v. 51, p. 21-8, 2005. 5. VASSALLE, C. et al. Effects of menopause and tibolone on different cardiovascular biomarkers in healthy women. Gynecol. Endocrinol., v. 27, n. 3, p. 163-9, 2011.

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IDADE

BELEZA

Vaidade não tem hora

TERCEIRA

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É

NÃO É PORQUE A IDADE CHEGOU QUE A MULHER VAI DEIX AR DE CUIDAR DE SI; PESQUISAS MOSTR AM QUE ELAS SEGUEM UMA ROTINA CRITERIOSA E, MUITAS VEZES, ESTÃO MAIS SATISFEITAS QUE AS JOVENS

É possível ganhar mais idade sem perder a saúde e a beleza. A mulher brasileira já está ciente disso, por isso mantém uma rotina de cuidados com a pele, o cabelo e o corpo, mesmo com o passar dos anos. A vaidade está tão presente, que um estudo realizado pelo Grupo Minha Vida, com mais de 18 mil participantes, mostrou que, em alguns aspectos, as mulheres maduras se cuidam mais do que as jovens. O uso de protetor solar é um exemplo. Enquanto 68% das entrevistadas com mais de 60 anos de idade garantem proteger a pele todos os dias, apenas 20% das jovens de 20 a 29 anos de idade incluem essa etapa em sua rotina. Enquanto a preocupação em proteger a pele dos raios solares cresce, o uso de maquiagem cai. Mais da metade das

entrevistadas pinta o rosto apenas em ocasiões especiais. Ainda assim, dá preferência a produtos tradicionais, como batom (76%), lápis de olho (46%) e rímel (43%). O foco na saúde, mais do que na aparência, resulta em mulheres maduras mais satisfeitas do que as de pouca idade. É entre as entrevistadas com mais de 60 anos de idade que está o índice mais positivo – 11% delas estão muito satisfeitas com a pele do rosto que veem no espelho; entre as jovens, o percentual cai para 6%. Os defeitos que mais incomodam a mulher também variam bastante. Entre as entrevistadas de 20 a 29 anos de idade, a maior preocupação são as linhas de expressão. Já para as idosas, a flacidez no pescoço é o maior transtorno. Os mecanismos de desgaste sofridos pelo rosto são bem semelhantes aos apresentados pelo corpo. Há um declínio das IMAGENS: SHUTTERSTOCK


funções das células de defesa e de regeneração, redução de colágeno, ácido hialurônico, elastina e da capacidade de renovação epidérmica, provocando flacidez mais evidente. A queda na produção de hormônios também favorece a desidratação.

SAÚDE DOS FIOS Outra queixa muito comum entre as mulheres com mais de 60 anos de idade é a respeito da mudança do cabelo. Entre os

problemas que mais incomodam e geram queixas, estão a falta de volume (26%) e a queda (17%). De acordo com a assessora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Tatiana Steiner, as reclamações não são à toa. “Com o passar do tempo, os fios vão perdendo a quantidade de massa capilar, ficando mais finos, menos volumosos, sem brilho e sujeitos à quebra”, afirma.

DEMANDAS ESPECÍFICAS COM O ROSTO Quão satisfeito(a) você está com sua pele do rosto? Mais ou menos satisfeito(a)

Muito satisfeito(a)

Nada satisfeito(a)

Pouco satisfeito(a)

8%

55%

50-59 anos

8%

9%

25%

11%

7%

26%

11%

28%

40-49 anos

54%

30-39 anos

49%

6%

14%

30%

20-29 anos

49%

7%

15%

30%

2016

58%

60+ anos

29 SETEMBRO

Quais são as maiores preocupações com a pele do rosto? 49% 52% 55%

60+ anos

56% 52% 50-59 anos

59%

52% 52% 38% 55%

40-49 anos

42% 34% 22%

44%

25%

30-39 anos 19% 12% 20-29 anos

Fonte: Grupo Minha Vida

23% 11% 14%

Flacidez nos olhos

Rugas

Linhas de expressão

Flacidez no pescoço


BELEZA Antes dos 50 anos de idade, a mulher tem uma média de três fios de cabelo em cada folículo piloso. Após essa idade, a queda na produção de hormônios provoca uma diminuição dessa quantidade, passando para um fio por folículo piloso. Por isso, com a chegada da menopausa, é comum que eles fiquem mais ralos. Há diminuição da densidade dos cabelos e a duração da fase de crescimento dos fios é menor. Além disso, a queda também tende a aumentar com o envelhecimento. “As alterações hormonais decorrentes da menopausa vão afetar não somente a quantidade de fios, mas também a hidratação natural dos cabelos. A lubrificação natural do couro cabeludo e dos fios se torna menor com a idade e faz parte do processo de envelhecimento”, conta a Dra. Tatiana, ressaltando que, quanto mais a mulher fez uso de produtos químicos em alisamentos,

tinturas ou permanentes, maior a chance de ressecamento e afinamento dos fios. Outro grande pesadelo de toda mulher vaidosa aparece: os fios brancos. Isso ocorre devido à queda na produção de melanina, que pode ser mais intensa dependendo da herança genética e do tipo e características do cabelo de cada mulher. Enquanto apenas 4% das jovens (20 a 29 anos de idade) fazem uso de tinturas capilares, 33% das entrevistadas com mais de 60 anos de idade pintam ou já pintaram os cabelos.

DENTRO DO NÉCESSAIRE Com tantas mudanças ocorridas na terceira idade, é essencial que se escolha produtos formulados especificamente para essa fase da vida. Para a pele, sabonete facial, hidrante e protetor solar

BELEZA POR INTEIRO

IDADE

Confira quais produtos não podem faltar nas gôndolas para atender às necessidades das consumidoras maduras:

TERCEIRA

30

Cabelo: produtos formulados com polímeros de acrilato, capazes de fornecer movimento aos fios. Para recuperar o brilho, finalizadores à base de silicone. Para os cabelos grisalhos, xampus específicos que evitam o amarelamento dos fios.

Rosto: sabonete facial, hidratante, protetor solar e creme antirrugas. Dar preferência a produtos que contenham retinol e peptídeos. Em casos de manchas provocadas pela idade, é indicado o uso de clareadores compostos por vitamina C e a hidroquinona.

Lábios: protetor solar e creme antirrugas ao redor da boca.

Corpo: cosméticos com efeitos antioxidante e tensor, para combater os radicais livres e favorecer o tônus e a firmeza da pele.


DEMANDAS ESPECÍFICAS COM O CORPO Quão satisfeito(a) você está com sua pele do corpo? Mais ou menos satisfeito(a)

Nada satisfeito(a)

Muito satisfeito(a)

Pouco satisfeito(a) 8%

25%

60+ anos

58%

50-59 anos

55%

8%

40-49 anos

54%

7%

30-39 anos

49%

6%

14%

30%

20-29 anos

49%

7%

15%

30%

9%

11% 11%

26% 28%

Preocupações com o corpo que aumentam com a idade 18%

60+ anos

63% 15%

50-59 anos

30-39 anos 20-29 anos

60%

8% 7%

31

55% 42%

Pintas Flacidez

Fonte: Grupo Minha Vida

são essenciais. Apesar do Fator de Proteção Solar (FPS) 30 ser o mais usual, é preciso lembrar que ele mede somente a proteção ultravioleta B (UVB). “Temos ainda que pensar na proteção UVA contra luz visível, principalmente no caso de pacientes com melasma (manchas na pele) ou que fazem uso de tratamentos com infravermelho. Em exposições mais intensas, o FPS pode e deve ser maior que 40”, lembra a assessora do Departamento de Dermatologia Geriátrica da SBD, Dra. Renata Valente. Além do protetor solar, as mulheres mais maduras lançam mão de outra série de produtos para desacelerar o envelhecimento da pele. Entre os itens mais utilizados pelas mulheres no combate ao envelhecimento da pele, estão creme hidratante (66%) e creme antirrugas (51%). O ideal é que se busquem formulações compostas de ingredientes capazes de estimular a produção de colágeno, como retinol e peptídeo. Dessa forma, é possível amenizar as marcas já existentes e evitar as futuras. “Outros produtos podem ser

associados, como antioxidantes, ácidos, clareadores, etc. E devem ser prescritos especificamente para cada pessoa em relação a concentrações e posologia”, comenta. Para o cabelo, existem produtos de uso tópico que ajudam a fortalecer e dar mais resistência aos fios, deixando os cabelos mais volumosos. Normalmente, esses produtos contêm polímeros de acrilato (agentes espessantes e emulsificantes, capazes de fornecer movimento aos fios), e devem ser aplicados após o uso do xampu e condicionador. “São muitos os cosméticos capilares enriquecidos com polímeros de acrilato disponíveis no mercado, como spray, gel, creme para pentear”, enumera a Dra. Tatiana. Para recuperar o brilho, uma das opções é aplicar finalizadores à base de silicone (garantem a aderência do produto ao fio), sprays de brilho e óleos vegetais com silicone na composição. Recomenda-se usar depois do banho, com os cabelos úmidos. Para os cabelos grisalhos ou totalmente brancos, há xampus apropriados que ajudam a manter o brilho e a cor, livre do amarelamento.

SETEMBRO

11%

40-49 anos

2016

65%


IDADE

ATENDIMENTO

TERCEIRA

32

Cliente fiel

E

POR MAIS QUE OS IDOSOS ESTEJAM ATIVOS, AS DOENÇAS CRÔNICAS AINDA FAZEM PARTE DO COTIDIANO DESTA FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO. POR ISSO, SÃO CLIENTES ASSÍDUOS DAS FARMÁCIAS E MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL

Embora o envelhecimento normal não deva ser associado a doenças, o desgaste natural do organismo coloca o idoso como indivíduo mais predisposto a alguma patologia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), três em cada quatro idosos têm alguma doença crônica, ou seja, uma doença de curso arrastado, boa parte delas incurável. Logo, pessoas com mais de 60

anos de idade costumam ser clientes regulares de farmácias e drogarias e merecem receber atenção diferenciada. Falar alto e pausadamente. Explicar todos os detalhes do tratamento – duas vezes se necessário. Essas poderiam ser as recomendações básicas para um bom atendimento a um cliente idoso até alguns anos atrás. Hoje em dia, já estão defasadas, porque nem todo indivíduo com mais 60 anos de idade tem a aparência frágil e depressiva. IMAGENS: SHUTTERSTOCK


ESTRUTURA DA FARMÁCIA Como a onda do envelhecimento populacional é relativamente recente no Brasil, a maioria dos estabelecimentos não está preparada para atender os consumidores mais velhos. Ainda que o perfil do idoso esteja mudando, é essencial contar com alguns quesitos que criem um bom ambiente de compras, levando em conta a iluminação, acessibilidade, o atendimento diferenciado e sortimento. Uma pesquisa realizada pela Nielsen globalmente demonstrou algumas oportunidades para prover uma experiência de compra melhor aos mais velhos. “As lojas devem

ADESÃO AO TRATAMENTO

oferecer estacionamento com muitas vagas aos idosos, instalações com rampas de acesso, iluminação farta, banheiros adequados, atendimento de pessoal especializado, bancos para descansar, filas prioritárias, opções de entrega em domicílio, e-commerce, serviços de transporte às lojas, sinalização com letras maiores, etc.”, enumera a professora do MBA em Trade Marketing da ESPM-SP, Tania Zahar Miné.

DIFERENCIAIS IMPORTANTES Outro nicho de atendimento ao idoso que ainda é pouco explorado pelas farmácias no Brasil são os serviços clínicos, que envolvem procedimentos simples, como aferição de pressão, teste de glicemia, aplicação de injeções, vacinas, entre outros. “Sou totalmente favorável que esses serviços sejam feitos de forma paga como o é em outros países em farmácias. Acho que é um facilitador para os clientes, já que, com 75 mil farmácias no Brasil, a democratização da saúde seria muito mais ampla”, opina Silvia. A Lei 3.021/14, que trata dos serviços de Atenção Farmacêutica, já autoriza que as farmácias prestem este tipo de atendimento. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa emitir uma norma técnica que regulamente a atividade. “A prática já é bem estabelecida em países, como Estados Unidos, mas pode demorar a se consolidar por aqui”, segundo Silvia. “Há muitos lobbys fortes envolvidos: o dos médicos e o dos laboratórios de análise clínicas, que lutam para que isso não se concretize e também porque o custo de sua implantação para a maioria das farmácias é muito alto.” Para a consultora, será necessária a implantação de uma política pública semelhante à da Farmácia Popular, para que os procedimentos clínicos sejam efetivamente realizados dentro das farmácias.

2016

Tanto balconistas como farmacêuticos podem orientar os clientes e colaborar com a adesão ao tratamento. Diante de um cliente idoso, o atendente deve ler bem a receita e, pelo menos na primeira vez que o paciente está adquirindo o medicamento, fazer com que o cliente leve toda a quantidade necessária de tratamento para essa primeira fase. Cabe também aos atendentes orientarem sobre a necessidade de tomar toda a quantidade certa, nas horas corretas para que o tratamento se efetive e estimularem que voltem ao médico para os exames de rotina.

33 SETEMBRO

“Os mais variados tipos de idosos frequentam a farmácia e cada um deles vai atrás de uma modalidade de produtos, que vão desde medicamentos de uso contínuo a medicamentos para ereção, até vitaminas e dermocosméticos”, destaca a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. Para oferecer um atendimento adequado, mas livre de preconceitos e estereótipos, é preciso contar com uma equipe preparada a se relacionar com esse público, que, normalmente, demanda mais atenção, mais diálogo e solução de dúvidas. A fim de oferecer um atendimento condizente com cada perfil do cliente, o atendente deve estar disposto a ouvir e a dispender um tempo maior que a média de atendimento. “Os que usam medicamentos de uso contínuo privilegiam a possibilidade de desconto e preço, até porque, numa época de crise econômica, isto faz diferença em seus bolsos. Também gostam de saber sobre eventos de saúde, como aferição de pressão e glicemia gratuita”, destaca. Já aqueles idosos enxutos, praticantes de esportes, que desejam manter a vitalidade, têm mais interesse em novidades nas prateleiras voltadas para sua idade. “Os novidadeiros de boa saúde gostam de saber sobre cremes anti-idade, maquiagem, esmaltes e outros. Gostam de estar informados sobre eventos de lançamentos de produtos ou de cursos que realcem sua beleza”, complementa Silvia. Outro cuidado primordial é não os subestimar pela possível aparência frágil, ou dificuldade de audição e locomoção. O idoso atual sabe o que quer e exige um bom atendimento. “Há dez anos, ele aceitava tudo o que lhe impunham. Hoje, é resistente, não é dócil e é proativo. Quer ser visível, quer ser ouvido. Nosso atendimento, em geral, não dá conta desse perfil de idoso sadio”, ressalta a coordenadora da Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Kathya Maria Ayres de Godoy.


ATENDIMENTO

O PASSO A PASSO DE UM BOM ATENDIMENTO AO IDOSO Caso seja um cliente regular, é importante que o atendente o conheça pelo nome, pois o idoso costuma se apegar às pessoas que lhe prestam um bom serviço.

Bom dia! Em que posso ajudar?

O atendente checa a receita. Vou pegar o medicamento para a senhora. Aguarde um instante, por favor.

IDADE

Bom dia, jovem! Estou com um problema no estômago. Estou aqui com a receita.

TERCEIRA

34

Senhora, aqui está o medicamento que o médico lhe receitou. É preciso levar duas caixas, para completar o tratamento de 15 dias, OK?

O atendente deve separar a quantidade necessária para todo o tratamento.

Em seguida, o atendente deve explicar a forma correta de administrar o medicamento.

Está bem!

Senhora, é preciso tomar um comprimido, duas vezes ao dia. Um no almoço outro no jantar, OK?

a senhora gostaria que eu tomasse nota de quantos comprimidos deve tomar ao dia?

Pode ser, obrigada!

Mesmo se a senhora se sentir melhor após o tratamento, é bom voltar ao médico para checar se o problema foi resolvido, está bem? Mais alguma dúvida?

Não, obrigada!



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MÓDULO 5 DISPONÍVEL A FARMÁCIA COMO ESTABELECIMENTO DE SAÚDE

Confirmadas como estabelecimentos de saúde pela Lei 13.021/14, as farmácias e drogarias estão cada vez mais preparadas para atender o paciente de forma mais completa, eficaz e segura.

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