273 Ago/15 Novo padrão de consumo

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ano XXii • nº 273 aGoSTo de 2015

PRESCRIÇÃO ELETRÔNICA O futuro do Projeto de Lei que institui o sistema tecnológico ainda é incerto. Entre os profissionais de saúde, a proposta é bem-aceita

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EDITORIAL

Sistema tecnológico

Existe um caminho a ser seguido para reduzir a quantidade de erros na dispensação e administração de medicamentos: a prescrição eletrônica

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) EDITORA-ASSISTENTE Flávia Corbó ESTAGIÁRIA DE REDAÇÃO Carine Pessoas EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK

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Segundo especialistas do setor da saúde, existe um caminho a ser seguido para reduzir a quantidade de erros na dispensação e administração de medicamentos: a prescrição eletrônica. Por meio de uma receita médica com informações padronizadas, digitadas e compartilhadas em rede, o profissional receberia informações mais claras, legíveis e documentadas, aumentando a eficiência e diminuindo os enganos. No Brasil, essa tecnologia ainda não é regulamentada. Quando se tratam de receitas médicas, vigora a Lei 5.991/73, que estabelece que a prescrição deva estar escrita à tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, ou seja, farmácias e drogarias não poderão aceitar prescrições eletrônicas, até que ocorra uma normatização quanto ao fato, mas há quem esteja batalhando para mudar esta realidade, conforme relata a reportagem de capa desta edição, escrita pela jornalista Flávia Corbó. A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados já aprovou proposta que obriga médicos a emitir receitas digitadas ou eletrônicas aos pacientes. A medida faz parte do Projeto de Lei 3344/12, do deputado Ademir

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira

Camilo (PSD-MG), que também estabelece as informações mínimas a ser incluídas no documento. Uma emenda do relator, deputado Augusto Coutinho (DEM-PE), alterou o texto original para determinar que a obrigatoriedade vale apenas nas cidades com mais de 300 mil habitantes ou no caso do médico receitar produtos integrantes do Programa Farmácia Popular. A matéria mostra também quais seriam os principais ganhos oriundos da adoção da tecnologia, entre eles: o pronto acesso e a rastreabilidade das prescrições, a interface direta com o prescritor, minimização dos erros e diminuição da circulação de receitas falsas. Veja ainda de que forma o público masculino tem cuidado de sua saúde. Foi apurado que os homens temem desenvolver doenças cardiovasculares e problemas relacionados à impotência sexual, mas não costumam frequentar especialistas médicos como medida preventiva, o check-up tende a se iniciar somente aos 40 anos de idade. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe

DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha

COLABORADORES DA EDIÇÃO Revisão Maria Elisa Guedes Textos Bia Fugulin, Claudia Manzzano, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Marcelo de Valécio, Tassia Rocha, Tatiana Ferrador e Vivian Lourenço Colunistas Gustavo Semblano, Luiz Fernando Sambugaro, Marcelo Cristian Ribeiro, Rodnei Domingues e Silvia Osso

ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Antônio Gambeta e Kátia Garcia

IMPRESSÃO Abril Gráfica

MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira

CAPA Shutterstock

DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri

ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto MARKETING DIGITAL Andrea Guimarães e Noemy Rodrigues

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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SUMÁRIO E MAIS #273 AGOSTO 2015 6

156 40 > CIÊNCIA Biofármacos vêm se consolidando como nova opção de acesso a tratamentos mais econômicos, principalmente de doenças complexas

56 > ATUALIDADE CAPA

Especialistas defendem que a prescrição eletrônica deve ser o próximo grande passo para evitar erros dos profissionais de saúde

67 > PESQUISA Estudo realizado pela DUNNHUMBY aponta as nove principais tendências de consumo no varejo global

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GUIA ON-LINE

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ENTREVISTA

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ANTENA LIGADA

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ATUALIZANDO

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GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE

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GESTÃO

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PONTO DE VENDA

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MERCADO

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DISPENSAÇÃO

ESPECIAL SAÚDE 134

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TABAGISMO

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COLESTEROL

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ESTRABISMO

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PELE

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FOTOENVELHECIMENTO

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BELEZA

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TENDÊNCIA

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CABELOS

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CATEGORIA

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SEMPRE EM DIA

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SERVIÇOS

ARTIGOS 52

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82 > PRECIFICAÇÃO

VAREJO Silvia Osso

Estabelecer uma política de preço faz parte da construção de qualquer empresa e exige mais do que conhecimento em números

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DESEMPENHO

112 > ESPECIAL HOMEM

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SEGURANÇA

CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano Marcelo Cristian Ribeiro

O público masculino frequenta cada vez mais o ponto de venda e torna-se um consumidor cobiçado por indústria e varejo 4

Rodnei Domingues 80

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TECNOLOGIA Luiz Fernando Sambugaro

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REGRAS DO SEFAZ

Os caminhos de uma farmácia devem ser traçados no começo de todo o ano. Veja que pontos levar em consideração.

Veja resumo das regras de obrigatoriedade do uso do Sistema Autenticador e Transmissor (SAT).

HOMENS EM CRISE PERFIL DO FUMANTE O consumo de cigarro muda muito de acordo com a região demográfica e perfil socioeconômico. Conheça as diferenças. 6

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A sexualidade tem grande relevância para o bem-estar e autoestima dos homens, segundo dados mostrados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). FOTOS: SHUTTERSTOCK

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Conversa furada. Farmácia e drogaria têm de vender. Ninguém está nem aí para nada. Ricardo Amorim, em resposta à nota Automedicação pode provocar intoxicações, postada no Facebook do Guia da Farmácia no dia 07/05

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Investigadores descobriram que um grupo de medicamentos, conhecidos como fármacos antiinflamatórios não esteroides (AINEs), “inibem de forma significativa a ovulação”. Alexandre Luis, em resposta à nota Diclofenaco e Naproxeno estão inibindo ovulação em apenas 10 dias, alerta cientista, postada no Facebook do Guia da Farmácia no dia 16/06

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Ou seja, realmente não tem nada de bom no inverno. Camila de Almeida, em resposta à nota Você sabia que o risco de infarto aumenta 30% no inverno?, postada no Facebook do Guia da Farmácia no dia 16/07

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ENTREVISTA - MEDLEY

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Competências

reconhecidas O LABORATÓRIO MEDLEY AJUDOU A CONSTRUIR A HISTÓRIA DOS GENÉRICOS NO BRASIL E SE SENTE DESAFIADO, TODOS OS DIAS, A RENOVAR A CONFIANÇA DE SEUS CONSUMIDORES

A

P O R L Í G I A FAV O R E T T O

A Medley Indústria Farmacêutica, empresa do Grupo Sanofi, é uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil, reconhecida, principalmente, pela fabricação de genéricos. Com sede em Campinas (SP) e uma unidade fabril em Brasília (DF), produz comprimidos, cápsulas, drágeas, líquidos, pomadas, cremes e suspensões. No total, somadas as equipes da força de vendas, a empresa emprega cerca de 1.600 colaboradores. O laboratório foi comprado pela Sanofi em 2009, por R$ 1,5 bilhão. O objetivo era de que a Sanofi conseguisse repor sua receita com as patentes de medicamentos que haviam vencido. Porém, nos últimos quatro anos, a empresa trocou de presidente por quatro vezes e perdeu 12 de seus 31 pontos de participação de mercado. O mau momento parece estar sendo solucionado com a chegada de Wilson Borges, diretor-geral da companhia. Prova disso é que pesquisas de mercado revelam que o laboratório se configura como uma das empresas mais confiáveis pela população. O executivo concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revela que quando se trabalha em saúde, confiança é a principal condição que deve existir entre quem desenvolve e produz um medicamento e quem precisa dele. Guia da Farmácia • A Medley lançará 23 novos produtos até 2017. Como se dá a

estratégia de lançamentos da empresa e quais são esses produtos? Wilson Borges • No próximo ano, pretendemos ampliar fortemente o portfólio da Medley em mercados estratégicos. Daremos ênfase a medicamentos para o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, principalmente em cardiologia, Sistema Nervoso Central (SNC) e saúde feminina. Neste ano, já foram lançados quatro produtos, entre eles, um medicamento genérico para depressão e ansiedade e outro para disfunção erétil. Guia • De que forma a Medley investe em novas moléculas já que lidera cinco das mais importantes do mercado? Borges • A Medley é uma empresa do Grupo Sanofi, pioneira no segmento de genéricos e que ajudou a mudar o perfil do mercado de medicamentos no País. Nossos esforços em inovação continuam coerentes com a nossa estratégia de disponibilizar um portfólio de medicamentos relevantes, acessíveis e de qualidade reconhecida. Trata-se de um processo contínuo e que inclui, além de novos fármacos, o aperfeiçoamento de produtos existentes. [Fonte: IMS Health Abr./15 em R$ (PPP)]. Guia • Qual a importância de se colocar novos produtos no mercado? É possível esperar medicamentos mais acessíveis, como os genéricos, para doenças complexas e/ou incuráveis? Borges • Em um mercado dinâmico como esse, lançar produtos tornou-se fundamental para a sustentação dos negócios. Mas é importante lembrar 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA - MEDLEY

que é preciso dar prioridade às necessidades que ainda não foram atendidas. A nossa estratégia é muito simples: um portfólio abrangente e que faça sentido, que dê ao médico a tranquilidade de prescrever e, ao varejo, de disponibilizar produtos de alta qualidade e preços competitivos. Guia • Por que o segmento de genéricos continua tão interessante e impulsionando o crescimento do setor? Borges • Os genéricos ampliaram o acesso a medicamentos essenciais a milhões de brasileiros. Quinze anos depois, eles continuam a desempenhar um papel fundamental, principalmente se considerarmos o envelhecimento acelerado da população brasileira e a importância de investir na prevenção de doenças de alto impacto para a saúde pública. Além disso, o mercado brasileiro possui muitos medicamentos não mais protegidos por patentes e que ainda não têm sua versão genérica. Mas para que continue crescendo, deverá haver um esforço conjugado da indústria, do governo e do varejo para preservar as condições necessárias que garantam competitividade, qualidade e sustentabilidade desse segmento. Guia • A crise econômica brasileira tende a afetar o setor farmacêutico? De que forma a Medley se prepara para enfrentá-la? Borges • O cenário econômico é sempre desafiador para todos os setores, incluindo o farmacêutico. Apesar disso, encaramos o momento como uma oportunidade para crescer. Neste ano, a Medley contratou novos representantes, aumentou seus investimentos promocionais e vem crescendo de forma consistente, com estratégias bem definidas e executadas. Temos, portanto, todas as condições necessárias para aumentar a nossa participação no mercado. Guia • Qual a expectativa de crescimento da empresa (ano/ano)? Borges • A perspectiva é manter um crescimento significativo, aumentando nossa eficiência operacional em toda a cadeia de negócios. Estamos empenhados em fortalecer nossas posições nos principais segmentos em que atuamos e estamos convencidos de que temos a melhor combinação de portfólio e de serviços, além de uma marca respeitada pelos médicos e consumidores em geral. 12

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‘‘A MEDLEY PASSOU POR UM PERÍODO NECESSÁRIO DE REESTRUTURAÇÃO, TODA A NOSSA ENERGIA ESTÁ CONCENTRADA EM RETOMAR UM RITMO DE CRESCIMENTO FORTE, COM BASES MUITO MAIS SÓLIDAS. PRETENDEMOS, SIM, VOLTAR A DISPUTAR POSIÇÕES DE LIDERANÇA’’ Guia • Como a empresa se relaciona com o varejo farmacêutico? Borges • A Medley sempre buscou manter um relacionamento muito próximo com seus parceiros. Estamos investindo fortemente na melhoria de nossa eficiência operacional e na capacitação das equipes comerciais. Contamos com profissionais experientes, bem treinados e comprometidos em oferecer um atendimento diferenciado ao varejo. Guia • Diversas notícias circularam na imprensa brasileira dizendo que a Sanofi, que adquiriu a Medley, em 2009, só teve prejuízos. Por quê? Borges • A aquisição da Medley, em 2009, é resultado da estratégia do Grupo Sanofi de ser um player importante no mercado de genéricos brasileiro. Nos últimos anos, os desafios enfrentados levaram a empresa a redesenhar a sua estratégia comercial, focar na eficiência operacional e dar ênfase à sustentabilidade do negócio. E já estamos obtendo resultados muito positivos desde o final do ano passado, o que se tem confirmado no primeiro trimestre de 2015. Guia • Nos últimos quatro anos, a Medley teve três presidentes, por que aconteceram tantas trocas? Borges • As mudanças na gestão ocorrem ao longo da história de uma organização, geralmente como uma resposta a mudanças mais amplas no cenário econômico. Ao assumir a companhia, em fevereiro de 2013, demos início à construção de um

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novo modelo de gestão, mais moderno e competitivo, focado na sustentabilidade do negócio. Ao longo desse processo, procuramos estabelecer uma comunicação transparente e objetiva com os nossos clientes, parceiros e colaboradores. Guia • Desde 2011, a Medley perdeu 12 de seus 31 pontos de participação de mercado, queda de mais de 38% e agora perdeu para a EMS a liderança que mantinha desde 2002. O que isso significa para a empresa e quais as ações de recuperação? Borges • A Medley passou por um período necessário de reestruturação, decorrente dos aprendizados dos últimos anos, e que teve reflexo em nossa participação de mercado. Agora, toda a nossa energia está concentrada em retomar um ritmo de crescimento forte, com bases muito mais sólidas. Pretendemos, sim, voltar a disputar posições de liderança. Temos uma marca que remete à qualidade, confiança e ao reconhecimento dos profissionais de saúde, consumidores e varejo. Os resultados dos primeiros meses de 2015 mostram que estamos no caminho certo: estamos crescendo mais forte que o mercado e pretendemos ir ainda mais longe. Guia • A política de crescimento da empresa é extremamente agressiva. Os descontos praticados subiram para 90%, sem falar no percentual que as farmácias ainda podem aplicar no preço final. Como se manter competitivo e sustentável no mercado dessa forma? Borges • A competitividade nesse segmento não está necessariamente atrelada a descontos altos. Temos uma política de descontos saudável e competitiva, e oferecemos um excelente nível de serviço aos nossos clientes e pacientes fiéis à nossa marca. A Medley, além de ser a empresa mais admirada pelo consumidor, é a marca de confiança dos médicos e farmacêuticos, segundo pesquisas independentes. Guia • Mas os descontos agressivos não deixam de ser item importante para se manter competitivo. Esse é o caminho? Borges • O mercado de genéricos ainda é “jovem” (15 anos) e vai, com certeza, passar por um processo de amadurecimento. É bom lembrar que a indústria de genéricos gera empregos, dá acesso a tratamentos essenciais e deve combinar produtividade, qualidade e níveis de preços que preservem,

no longo prazo, as conquistas obtidas pela população brasileira. Guia • Qual a melhor forma de atuação para garantir níveis de estoque adequados à demanda? Borges • A Medley está investindo fortemente para aumentar a sua excelência operacional e garantir um serviço diferenciado na distribuição. Essa inteligência deverá garantir que os produtos da companhia estejam à disposição do varejo na hora e nos volumes necessários. Guia • Em outubro de 2013, foi inaugurada uma nova fábrica em Brasília, para a produção de hormônios e antibióticos. Qual o aporte de investimento e quais os resultados esperados? Borges • A fábrica de Brasília foi inaugurada com a produção dos primeiros lotes de antibióticos. A produção de hormônios está prevista para ocorrer no primeiro trimestre de 2016. A unidade emprega mais de 100 pessoas e foi um dos investimentos mais relevantes da Medley nos últimos anos. Guia • Segundo pesquisas de mercado, a Medley configura como uma das empresas mais confiáveis pela população. O que isso significa? Borges • Conquistar a confiança dos nossos consumidores tem sido, ao longo de todos esses anos, um exercício constante de escuta e aprendizado. Entender os nossos clientes, médicos, pacientes, distribuidores e varejo é o desafio que motiva todas as áreas da empresa e está pautado na ética e no respeito que temos por cada um deles. O trabalho, desenvolvido ao longo de muitos anos, tem o seu reconhecimento no mercado e comprova o êxito da Medley na construção de um relacionamento de extrema confiança com todos os seus públicos. Em 2014, pelo quinto ano consecutivo, a Medley conquistou o Prêmio Marcas de Confiança Seleções/Ibope. Ainda pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a empresa alcançou o topo como o laboratório de genéricos de maior confiança e recomendação dos médicos e farmacêuticos. A ABA Top Brands também consagra a companhia, desde 2010, como a mais defendida pelo consumidor, assim como o Instituto Data Folha, que a elegeu em 2013 a mais confiável, e o Reputation Institute, que avaliou a Medley como a de melhor reputação de todo o segmento farmacêutico. 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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MOMENTO DE TRANSIÇÃO APROVAÇÃO DE NOVAS LEIS E ACORDOS MOVIMENTA O MERCADO FARMACÊUTICO E PROMETE MUDANÇAS POSITIVAS PARA O SETOR

FARMACÊUTICOS NO SUS

No dia 1º. de julho último, foi aprovado o Projeto de Lei (PL) 4135/2012, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. De autoria da senadora Vanessa Grazziotin, o projeto altera a Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990, determinando ser obrigatória, em farmácias, drogarias ou dispensários de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência de farmacêuticos responsáveis técnicos habilitados e inscritos no respectivo Conselho Regional de Farmácia (CRF). A proposta tramita em regime de prioridade e em caráter conclusivo (que dispensa a deliberação do Plenário). Para ir à sanção presidencial, depende, apenas, da aprovação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). • http://portalsaude.saude.gov.br • http://portal.crfsp.org.br 16

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GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2015

NOVO ACORDO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) firmaram compromisso para que pesquisadores vinculados ao CNPq elaborem pareceres técnicos sobre resultados de ensaios pré-clínicos e clínicos. O acordo prevê que a contribuição do Conselho se dê nos casos considerados mais complexos e de maior relevância científica. O objetivo é subsidiar a tomada de decisão da Agência na verificação de comprovação de segurança e eficácia de novos medicamentos. As análises técnicas dos pesquisadores serão conduzidas a partir de resultados de estudos préclínicos e clínicos de medicamentos de diversas especialidades terapêuticas, como oncologia, neurologia, pneumologia, cardiologia, endocrinologia e infectologia. • http://portal.anvisa.gov.br • www.cnpq.br FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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PRÁTICA NÃO VINGA

REDUÇÃO DE PRAZO

De acordo com o último levantamento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os prazos médios para a concessão de Autorizações de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) – que em setembro de 2012 eram de 210 dias – chegaram a apenas 45 dias no início de 2015. O que equivale a uma redução de 165 dias. Atualmente, esse é o prazo médio para qualquer tipo de petição relacionada às autorizações. A redução dos tempos de análise é resultado de uma série de ações adotadas pela Anvisa nos últimos dois anos. Entre estas ações, estão a adoção de sistemas informatizados para as AFEs de farmácias e drogarias e a simplificação das regras para as demais empresas em uma única norma publicada no ano passado, a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 16/2014. • http://portal.anvisa.gov.br

FÁCIL ACESSO

O Official Journal of the European Union publicou, no início de julho último, o reconhecimento da equivalência do controle brasileiro ao padrão europeu aplicado a insumos farmacêuticos. Com isso, fica reconhecido que a regulação estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os procedimentos empregados pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), bem como os controles e ações de verificação de cumprimento aplicáveis no Brasil, atingem nível de proteção equivalente ao adotado pela União Europeia. Assim, o Brasil foi oficialmente incluído na lista de países com equivalência nos controles de insumos farmacêuticos. Além de simplificar e agilizar o processo de exportação brasileira de insumos farmacêuticos para o mercado europeu, esse resultado fortalece a imagem brasileira tanto do setor farmacêutico, quanto do SNVS. • http://portal.anvisa.gov.br

A venda dos medicamentos fracionados é até autorizada pelo governo, mas, como não é obrigatória, poucas farmácias oferecem. Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o fracionamento é uma opção dos laboratórios e das farmácias, o que pode contribuir para o uso mais racional dos medicamentos, mas não é uma obrigação. Uma pesquisa recente de uma associação de consumidores, a Proteste, mostra que 80% dos entrevistados gostariam de comprar medicamentos por unidades. “Um barateamento do tratamento. Além disso, inibimos a automedicação, porque diminui a quantidade de medicamentos armazenados em casa, de tratamentos prévios, que não foram utilizados, diminuindo assim a chance de efeitos adversos e intoxicação”, afirma a coordenadora médica da Proteste, Ana Cristina Palieraqui. • http://portal.anvisa.gov.br • www.proteste.org.br

VAREJO PAULISTANO CRESCE

Em São Paulo, as vendas do varejo cresceram 3,2% em março último, na comparação com o mesmo mês de 2014, e totalizaram um faturamento de R$ 13,5 bilhões. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada todos os meses pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), baseada em informações da Secretaria da Fazenda do governo do estado de São Paulo (Sefaz). Essa taxa impulsionou o índice estadual em um ponto percentual. Entre as atividades pesquisadas, seis apresentaram altas na comparação anual. São elas: autopeças e acessórios (29%); materiais de construção (12,3%); farmácias e perfumarias (10,1%), que cresceram acima dos dois dígitos. • www.fecomercio.com.br/Estudos/pccv • www.fazenda.sp.gov.br 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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INVESTIMENTO EM PESQUISA

FORA DE FOCO

O consumidor, apesar de ser, em teoria, o objetivo final, não é o foco da maioria dos CEOs e das empresas brasileiras. É o que descobriu um levantamento da consultoria DOM Strategy Partners após entrevistar 313 CEOs das mil maiores empresas brasileiras. Apenas 36% dos entrevistados responderam que o consumidor é o principal público estratégico das companhias. A pesquisa foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro de 2015 nas empresas com sede nas principais capitais brasileiras e foi conduzida pelo CEO da DOM Strategy Partners, Daniel Domeneghetti. • www.domsp.com.br

Embora a economia brasileira apresente sinais de recessão, queda na produção industrial e retração nos investimentos, as empresas farmacêuticas de capital nacional investiram neste primeiro trimestre R$ 538 milhões em pesquisa e desenvolvimento. O valor é 52% superior aos R$ 258,2 milhões investidos em igual período do ano passado. O levantamento é do Grupo FarmaBrasil, entidade que representa a indústria farmacêutica nacional de pesquisa. Os investimentos foram alocados em projetos para o desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos, em especial, os biossimilares, que começarão a ser produzidos no Brasil a partir das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) firmadas entre as empresas, o governo federal e os laboratórios públicos. • www.grupofarmabrasil.com.br

DIVISÃO NA INDÚSTRIA

Uma Lei Federal de 2009, que prevê um sistema nacional de rastreamento de medicamentos, divide a indústria farmacêutica e pode só ser implementada em 2025. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os objetivos da rastreabilidade são evitar falsificações e contrabando, controlar medicamentos com receita e administrar eventuais recalls ou escassez. A Anvisa esperava um piloto, com ao menos três lotes de produtos rastreáveis, até dezembro deste ano e que o sistema começasse a operar até o final de 2016. O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), porém, que agrega 195 empresas com em torno de 95% do mercado do País, diz que o prazo foi insuficiente. “Nos Estados Unidos, levou dez anos. Aqui, com muito mais dificuldades logísticas, querem fazer em menos tempo, não é realista”, diz o presidente da entidade, Nelson Mussolini. • http://portal.anvisa.gov.br • http://sindusfarma.org.br 20

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DESENVOLVIMENTO ESTIMULA FUSÕES

O setor farmacêutico passa por um frenesi de fusões e aquisições há quase dois anos, e alguns dos maiores nomes da indústria lutam pelo controle de novos medicamentos de alta demanda. O ano passado estabeleceu o recorde de transações de aquisição no setor, e 2015 já teve um começo forte, com US$ 193,9 bilhões em operações no ramo da saúde anunciadas desde janeiro, de acordo com a Thomson Reuters. Com a disparada no valor das transações, subiu também o ágio que os compradores estão dispostos a pagar para garantir o controle de medicamentos novos e potencialmente lucrativos. • http://thomsonreuters.com/en.html

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NOVO PRESIDENTE

O presidente recém-eleito pela Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Francisco Chagas, é bacharel em Ciências Contábeis, possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e mestrado em Administração de Empresas. O empresário, que há 15 anos atua no setor farmacêutico como distribuidor de produtos, tomou posse no dia 18 de junho de 2015. Sua gestão irá intensificar o trabalho que já vem sendo realizado pela associação, baseando-se em dois pilares: representatividade e competitividade. • www.abradilan.com.br

MISSÃO TÉCNICA NACIONAL

A Missão Técnica Nacional (MTN) da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) de 2015 levou 142 associados a Goiânia (GO), entre os dias 13 e 15 de julho. Patrocinado pela Hypermarcas/Neo Química, a MTN foi composta de atividades voltadas para a capacitação de líderes. O dia foi preenchido com visita ao Centro de Distribuição em Goiânia, direcionado para área de consumo e que atende a todo Brasil. Em seguida, o grupo seguiu para o parque fabril de medicamentos em Anápolis, o maior da América Latina. A MTN contou com a presença de toda diretoria empossada recentemente da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) e o time completo de gerentes e diretores da Hypermarca/Neo Química, que atendem a Febrafar, contando com o presidente da divisão Farma, Luiz Violland. • http://febrafar.com.br • www.hypermarcas.com.br • www.neoquimica.com.br • www.abradilan.com.br

ABIHPEC ENTREGA SELO DE QUALIDADE A FORNECEDORES

A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) realizou, no dia 2 de julho último, a cerimônia de entrega do selo do Programa de Qualificação de Fornecedores 2015. A iniciativa reconhece todos os anos as melhores práticas dos fornecedores dos segmentos de embalagens, fragrâncias, ingredientes e serviços. A avaliação é feita com base em uma pesquisa qualitativa, respondida pelas indústrias de produtos acabados. Confira as empresas qualificadas durante a cerimônia: Serviços: Ativa Logística e Medcin. Embalagens: Boxprint, Congraf, Grossplast, Kingraf, Sigmaplasth e Wheaton. Fragrâncias: FAV 105, Firmenich, Givaudan, Robertet e Symrise. Ingredientes: Aqia, Ashland, Assessa, Brenntag, Chemyunion, Cosmotec, D’altomare Química, Focus Química, Oxiteno, Pic Química, Solabia Biotecnológica e VM7. • www.abihpec.org.br 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

VIAGRA FEMININO

Em junho último, um painel consultivo do órgão que regula os medicamentos nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA) aprovou o apoio a uma droga que ajudaria a aumentar a libido em mulheres que não têm desejo sexual, a flibanserin, que será comercializada sob o nome Addyi. A liberação definitiva está prevista para agosto deste ano, mas, antes mesmo dela sair, o medicamento conhecido como “viagra feminino” já causa polêmica, devido a efeitos colaterais e por não levar em conta todos os fatores emocionais envolvidos no desejo sexual feminino, de acordo com médicos e terapeutas. A droga não age diretamente sobre os órgãos genitais e, sim, no cérebro feminino, alterando a forma como respondem à serotonina e à dopamina. • www.fda.gov/Food

NOVO CURSO GRÁTIS: MANUAL DE BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS

Em julho último, a Contento lançou mais um curso rápido gratuito na plataforma on-line Treina PDV Farma. O novo curso fala dos objetivos e benefícios do Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, descreve o conteúdo deste material e ainda dá o passo a passo para a elaboração do manual na farmácia. Além de ser totalmente gratuito, o curso pode ser acessado a qualquer hora e em qualquer lugar: basta fazer o cadastro no site www.treinapdvfarma.com.br. O Treina PDV Farma oferece ainda outros cursos on-line grátis e um programa de capacitação composto por 12 módulos, com ferramentas interativas, avaliações e certificados. O programa de capacitação requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Já para acessar os cursos rápidos não é necessário nenhum investimento: basta se cadastrar! Para conhecer e experimentar, acesse: • www.treinapdvfarma.com.br • Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200

CONSUMO GARANTIDO

Mesmo com a desaceleração econômica em quase todos os setores, a classe média deverá manter o consumo em torno de R$ 1,35 trilhão este ano, segundo o estudo do Instituto Data Popular. Segundo o presidente da entidade, Renato Meirelles, 19% da população mundial vive atualmente com renda per capita de R$ 1.184,00 e que, nos últimos dez anos, a população do País cresceu de baixo para cima, passando de cerca de 40% dos brasileiros na classe média em 2004 para, em 2014, representar 56%. “Este não é o pior momento que o comércio em geral passa. E esses consumidores possuem um perfil mais resiliente, de pessoas acostumadas a passar por situações de crise”, afirma. • www.datapopular.com.br 24

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NOVO MEDICAMENTO

Um estudo sobre a artrite reumatoide foi realizado com a participação de pesquisador do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR), além de outros três centros de estudos do Brasil. Com perfil de segurança e eficácia semelhantes aos imunobiológicos, que são administrados de forma injetável em instituições de saúde, o novo fármaco pode ser usado por via oral, tornando o procedimento economicamente muito mais viável. O fármaco está disponível para uso no Brasil, desde maio último, por intermédio de planos de saúde e vendas em farmácia, sob prescrição médica. A incorporação na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para uso em toda a rede pública ainda está sendo aguardada. • www.hc.ufpr.br • http://portalsaude.saude.gov.br

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ATUALIZANDO

MUDANÇAS DE HÁBITOS A CORRERIA DAS GRANDES CIDADES TEM APRESENTADO ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS. PARA AUXILIAR NO DIA A DIA DOS CONSUMIDORES, INDÚSTRIA OFERECE PRODUTOS CAPAZES DE MELHORAR O BEM-ESTAR E A QUALIDADE DE VIDA POR TASSIA ROCHA

KOLLANGEL® SOLUÇÃO NATULAB

Os maus hábitos alimentares acabam ocasionando o surgimento de dores no estômago, azia e queimação, má digestão e náuseas. Para auxiliar no combate a esses sintomas, o Grupo Natulab apresenta, com uma nova embalagem, o antiácido Kollangel® solução. O medicamento está disponível na apresentação de frasco com 150 mL, nos sabores papaia, morango e hortelã. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº199/2006. AFE Nº 1.03.841-3 ■ www.natulab.com.br 26

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REPOSIT ®

KRESS FARMACÊUTICA

A Kress Farmacêutica acaba de lançar o REPOSIT® cabelos e unhas. É um suplemento vitamínico e mineral formulado com nutrientes essenciais que ajudam na manutenção do equilíbrio fisiológico da pele e dos cabelos. A administração de biotina produz excelentes resultados na queda dos fios, dermatite seborreia e na fragilidade das unhas. Contém em sua formulação vitamina A, vitamina E, cobre, selênio e, principalmente, Biotina. Está disponível no mercado na apresentação de 30 cápsulas em gel. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 ■ www.kress.com.br FOTOS: DIVULGAÇÃO

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COLLESTRA ACHÉ

DOXAPROST ® UNIÃO QUÍMICA

O medicamento Doxaprost®, da União Química, é indicado para o tratamento dos sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e como anti-hipertensivo, agora tem o menor PMC do mercado nas duas apresentações comercializadas (2 mg X 30 comprimidos e 4 mg X 30 comprimidos). Blister picotado – Comprimido sulcado – Cadastro inalterado. Contraindicação: hipersensibilidade à doxazosina ou a qualquer componente da fórmula. MS 1.0497.1234 ■ www.uniaoquimica.com.br

O excesso de colesterol no sangue é bastante prejudicial à saúde uma vez que eleva o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Em todo o mundo, segundo dados revelados recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças do coração são responsáveis pela morte de 17 milhões de pessoas anualmente. Um dos suplementos aliados ao combate do colesterol é o Collestra, um alimento funcional destinado a auxiliar na redução do LDL (colesterol ruim) por meio de ésteres de fitoesteróis de origem vegetal extraídos de soja, girassol e canola. MS 6.2582.0024.001-0 ■ www.ache.com.br

TRIO ACTIVIOS TRIO ALIMENTOS

A Trio Alimentos inova mais uma vez e lança Trio Activios, uma barra com frutas e cobertura sabor iogurte, que graças ao Frutooligossacarídeo (FOS), um composto retirado de vegetais, ajuda no funcionamento gastrointestinal. Além disso, é um alimento fonte de fibras, sem lactose e sem glúten, e que pode ser consumido a qualquer hora e lugar. Disponível em três sabores: morango, pêssego e ameixa, não precisa de refrigeração e apresenta baixas calorias – apenas 79 Kcal por barra. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 ■ http://trio.net.br

ALUMIMAX NATULAB

Aquela sensação de estômago pesado, azia, queimação e má digestão são problemas que já atingiram toda a população, pelo menos uma vez na vida. Esses males podem ser ocasionados, principalmente, pelo exagero e maus hábitos alimentares. O Alumimax é um antiácido, coadjuvante no tratamento de úlceras gástricas e duodenais e esofagite de refluxo. O medicamento está disponível nas apresentações de frascos com 100 mL e 150 mL. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº199/2006. AFE Nº 1.03.841-3 ■ www.natulab.com.br 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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ZYLORIC®

ASPEN PHARMA

O alopurinol ou Zyloric® está de volta ao mercado brasileiro pela farmacêutica Aspen Pharma. Referência no tratamento das crises de gota, o medicamento também pode ser usado em outras condições relacionadas com o excesso de ácido úrico no corpo, como pedras nos rins. Sucesso de vendas há mais de 30 anos, o Zyloric® é um dos medicamentos mais recomendados pelos médicos por sua credibilidade e eficácia durante o tratamento. Desde sua última mudança de embalagem, o produto está mais moderno e atrativo. MS 1.3764.0122 ■ www.aspenpharma.com.br

COLACT®

UNIÃO QUÍMICA

Chegou Colact® – a lactulose que restabelece a função regular do intestino, pois intensifica o acúmulo de água no bolo fecal. Os primeiros efeitos são obtidos após 3 a 4 dias. A lactulose caracteriza-se por não induzir ao hábito e proporciona facilidade na evacuação. Colact® também pode ser utilizado em casos de encefalopatia hepática (mau funcionamento do fígado). MS 6.6325.0020 ■ www.uniaoquimica.com.br

SORO FISIOLÓGICO – DOSE ÚNICA ADV

IRBESARTANA+HIDROCLOROTIAZIDA RANBAXY

A irbesartana+hidroclorotiazida é o mais novo lançamento da Ranbaxy, uma empresa Sun Pharma. É indicada no tratamento da hipertensão arterial em pacientes cuja pressão alta não é controlada adequadamente com o uso de medicação única. Pode ser usada isoladamente ou em associação com outros medicamentos anti-hipertensivos (por exemplo, bloqueadores beta-adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio de ação prolongada). A irbesartana+hidroclorotiazida também pode ser usada como tratamento inicial nos casos em que a hipertensão é suficientemente grave, de forma que o rápido controle da pressão arterial (dentro de dias ou semanas) é de extrema importância. MS 1.2352.0229.002-7 (150 mg + 12,5 mg) MS 1.2352.0229.008-6 (300 mg + 12,5 mg) ■ www.sunpharma.com 30

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Eliminar o risco do paciente inalar fungos ou bactérias no momento de fazer a inalação. Essa é uma das principais características do Soro Fisiológico – Dose Única ADV, que é único no Brasil para a comercialização em farmácias. O produto, que antigamente era feito apenas em frascos de 100, 250 e 500 ml, agora pode ser encontrado nas principais redes de farmácias em doses de 5 ml, na dose certa para a inalação, de acordo com a prescrição médica recomendada. O produto, em doses unitárias, minimiza o risco de contaminação, evita o desperdício, é fácil de abrir e aplicar e não necessita ser guardado na geladeira. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº 199/2006. AFE 1.00210-4 ■ www.advfarma.com.br

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DOSED ACHÉ

BROMETO DE PINAVÉRIO TEUTO

O laboratório Teuto, pioneiro na produção de medicamentos genéricos, apresenta ao mercado mais um produto com sua marca de confiança. Trata-se do medicamento genérico que possui o brometo de pinavério como princípio ativo e está disponível na forma farmacêutica de comprimidos revestidos na concentração de 100 mg. O brometo de pinavério do laboratório Teuto é indicado para tratar cólicas e distúrbios funcionais do intestino. O medicamento genérico é comercializado em embalagens com 30 e 60 comprimidos revestidos. MS 1.0370.0581.017-1 (30 comprimidos) MS 1.0370.0581.018-8 (60 comprimidos) ■ www.teuto.com.br

Mais de um bilhão de pessoas no mundo têm deficiência de vitamina D e a principal causa é a falta de exposição da pele à luz solar. Com o objetivo de suprir a carência de vitamina D no organismo, o Aché Laboratórios Farmacêuticos desenvolveu o DoseD, um suplemento vitamínico que contribui para atingir as quantidades mínimas diárias necessárias da substância, que possui papel importante na manutenção de ossos e dentes. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 ■ www.ache.com.br

GLIBENCLAMIDA GEOLAB

FENOBARBITAL UNIÃO QUÍMICA

O genérico da União Química, fenobarbital, medicamento com ação anticonvulsivante e sedativa acelera as vendas com duas apresentações no mercado: 100 mg X 30 comprimidos e 40 mg/ml frasco X 20 ml. MS 1.0497.1330 ■ www.uniaoquimica.com.br 32

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A Geolab amplia sua linha de medicamentos no Programa Farmácia Popular com o lançamento do genérico glibenclamida, na apresentação de 5 mg com 30 comprimidos. O produto já se encontra cadastrado e pode ser consultado no portalsaude.saude.gov. br, com o código de barras 7899095249707. A glibenclamida faz parte do elenco de medicamentos gratuitos do governo para hipertensão, diabetes e asma que integram o “Saúde Não Tem Preço”. É indicada no tratamento oral do diabetes não insulino – dependente (tipo II ou diabetes do adulto). MS 1.5423.0212 ■ www.geolab.com.br

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GLICELIVY ADULTO E INFANTIL NATULAB

O Grupo Natulab lança no mercado os supositórios Glicelivy Adulto (2,27 g de glicerol) e Infantil (1,37 g de glicerol), laxantes naturais indicados para o tratamento e/ou prevenção da constipação intestinal (prisão de ventre). Os produtos são utilizados para provocar a evacuação natural e suave das fezes. Não provoca cólica, dependência ou danos à flora intestinal. O medicamento à base de glicerol está disponível nas apresentações adulto e infantil, contendo seis unidades por cartucho. O supositório Glicelivy Infantil, por exemplo, possui formato anatômico especial para uso infantil. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº199/2006. AFE Nº 1.03.841-3 ■ www.natulab.com.br

SUPRINAN®

KRESS FARMACÊUTICA

Mais um lançamento da Kress Farmacêutica é o Suprinan®, um suplemento vitamínico para crianças a partir de um ano de idade. Com sabor de frutas tropicais, é indicado para a prevenção das deficiências vitamínicas, especialmente para crianças com pouco apetite ou com maus hábitos alimentares, pois possui em sua composição vitaminas A, B1, B2, B3, B5, B6 e vitamina C que são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento adequado do organismo. Está disponível no mercado na apresentação de frasco em 120 mL. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 ■ www.kress.com.br

HEMIFUMARATO DE QUETIAPINA TEUTO

O Laboratório Teuto aumenta seu portfólio mais uma vez com o lançamento do hemifumarato de quetiapina, comprimido genérico. A quetiapina é um agente antipsicótico atípico indicado para o tratamento da esquizofrenia e no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar e dos episódios de mania e depressão associados ao mesmo. Ainda apresenta reduzida suscetibilidade aos efeitos colaterais extrapiramidais (espasmos musculares, incapacidade de se manter imóvel, parkinsonismo, movimentos involuntários) em comparação aos antipsicóticos típicos. O hemifumarato de quetiapina está disponível em caixas com 14 e 28 comprimidos de 25 mg e caixas com 28 comprimidos de 100 mg e de 200 mg. MS 1.0370.0596.001-5 (25 mg com 14 comprimidos) MS 1.0370.0596.002-3 (25 mg com 28 comprimidos) MS 1.0370.0596.011-2 (100 mg com 28 comprimidos) MS 1.0370.0596.023-6 (200 mg com 28 comprimidos) ■ www.teuto.com.br 34

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Com Biotonico, a brincadeira não tem hora para acabar.

Biotonico tem ferro e fósforo para seu filho ter mais energia na hora de estudar, brincar e se divertir.

Biotonico. Energia de sobra.

sulfato ferroso heptaidratado e ácido fosfórico.

MS 1.7817.0040. Indicações: Suplemento mineral como auxiliar nas anemias carenciais e em dietas inadequadas. Agosto/2014

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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GOSTARIA DE SABER TODAS AS EXIGÊNCIAS DE QUE UMA DROGARIA PRECISA PARA ENTRAR EM FUNCIONAMENTO 36

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FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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ENVIE SUA PERGUNTA, NÓS RESPONDEMOS! GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal)

PERGUNTA ENVIADA POR FRANCISCO FABIELIO DE OLIVEIRA MARTINS, SÓCIO GERENTE DA DROGARIA BOA ESPERANÇA, DE PARNAMIRIM (RN)

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Respondo com base nas exigências mais frequentes feitas a drogarias: I. ter farmacêutico presente em todo o horário de funcionamento; II. formalizar o vínculo do farmacêutico junto ao Conselho Regional de Farmácia (CRF) com assunção da responsabilidade técnica; III. ter licença sanitária emitida pela vigilância sanitária; IV. pagar a Taxa de Inspeção Sanitária (nos municípios em que é cobrada); V. se quiser prestar serviços farmacêuticos, deve necessariamente averbar a licença sanitária; VI. ter Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); VII. pagar a Taxa da Anvisa; VIII. ter Certidão de Regularidade Técnica emitida pelo CRF; IX. ter o documento que comprove a autorização do Corpo de Bombeiros para o funcionamento; X. ter inscrição na Secretaria da Receita Federal [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)]; XI. ter inscrição estadual na Secretaria Estadual de Fazenda e emitir notas fiscais; XII. ter inscrição municipal na Secretaria Municipal de Fazenda e emitir notas fiscais (para os que prestam serviços farmacêuticos); XIII. ter o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS); XIV. ter o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) (para os que dispensam medicamentos de venda controlada); XV. somente permitir o ingresso de medicamentos após a prévia verificação do número de lote, prazo de validade e demais exigências da Portaria da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) nº. 802/98;

XVI. ter folhas de ponto para os empregados se tiver mais de dez empregados; XVII. não permitir que as folhas de ponto tenham registrados horários idênticos diariamente, pois a cada dia o empregado começa e termina seu trabalho em uma diferença de minutos; XVIII. aos que pagam comissões aos empregados, incluí-las integralmente no contracheque; XIX. se participar do Programa Farmácia Popular do Brasil, não violar as normas contidas na Portaria MS 971/12, sobretudo as inerentes à documentação do paciente sob pena de descredenciamento e sanções; XX. evitar propagandas que estimulem a aquisição de medicamentos, para evitar autuação por infração sanitária; XXI. possuir os Procedimentos Operacionais Padrão (POP); XXII. possuir o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas; XXIII. possuir cartaz afixado em local visível ao público contendo: I – razão social; II – número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; III – número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; IV – número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; V – nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu(s) substituto(s), seguido do número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia; VI – horário de trabalho de cada farmacêutico; VII – números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia e do órgão Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária. Como se vê, há diversas exigências, mas todas possíveis de ser cumpridas! 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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CIÊNCIA

Nova fronteira farmacêutica

BIOFÁRMACOS GANHARÃO MAIS ESPAÇO NOS TRATAMENTOS, SOBRETUDO PARA DOENÇAS DE MAIOR COMPLEXIDADE. BIOSSIMILARES DEVEM SER OPÇÃO ECONÔMICA PARA AMPLIAR O ACESSO À POPULAÇÃO

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POR MARCELO DE VALÉCIO

Uma nova fronteira na indústria farmacêutica vem se consolidando nos últimos anos, a dos biofármacos. Produzidos a partir de organismos vivos que interagem com proteínas humanas, esses medicamentos têm sido chamados de medicamentos do futuro pela comunidade científica e pelos grandes laboratórios globais. Sobretudo por serem os mais indicados para tratamento terapêutico de doenças complexas, como o câncer e as moléstias autoimunes.

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Curiosamente, os biofármacos são conhecidos há mais de dois séculos pela medicina – as vacinas são os exemplos mais emblemáticos. Porém, desde o início dos anos 2000, a indústria farmacêutica resolveu investir em uma nova abordagem para esses medicamentos obtidos a partir de células vivas, desenvolvendo drogas capazes de agir praticamente de forma individualizada em determinados tratamentos, ampliando as possibilidades de cura e minimizando os efeitos colaterais. “Medicamentos biológicos, especialmente os biotecnológicos, são produzidos por mudanças genéticas FOTOS: SHUTTERSTOCK

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em seres vivos. Os organismos mais utilizados para isso são bactérias, fungos e células de mamíferos”, explica o professor de Reumatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador do Fórum Brasileiro e do Fórum Latino-Americano de Biossimilares, Valderilio Feijó Azevedo. Eles se diferenciam, portanto, dos sintéticos, que são obtidos somente por métodos químicos, sem necessidade de engenharia genética ou grandes aparelhos para produção industrial. A técnica utilizada na produção dos medicamentos biológicos consiste em fazer com que as células de animais ou bactérias

cultivadas passem a produzir determinadas substâncias a partir da inserção de material genético previamente modificado em laboratório. “O processo de obtenção está relacionado diretamente com a qualidade dos produtos. Uma mudança em qualquer parte dos processos de produção pode alterar sua qualidade final”, sublinha Azevedo. O desenvolvimento de medicamentos por meio da biotecnologia permite a produção de moléculas complexas, impossíveis de ser obtidas por via sintética e o melhor exemplo são os anticorpos monoclonais. Proteínas 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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CIÊNCIA

OS MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS SÃO ADMINISTRADOS, EM GERAL, POR VIA SUBCUTÂNEA, INTRAMUSCULAR OU ENDOVENOSA, EMBORA ISTO DEVA SER MODIFICADO AO LONGO DOS PRÓXIMOS ANOS COM A NANOTECNOLOGIA. ALÉM DISSO, EXIGEM UMA CADEIA FRIA PARA DISTRIBUIÇÃO QUE VAI DESDE A PRODUÇÃO ATÉ A ENTREGA FINAL PARA PACIENTES POTENCIAIS USUÁRIOS humanas, como hormônios (insulina, hormônio de crescimento) e proteínas reguladoras de funções importantes (citocinas, interleucinas, fatores de crescimento celular), podem ser produzidas em cultura de células, aumentando a disponibilidade e viabilizando o seu uso, que, em muitos casos, não seria possível sem a biotecnologia farmacêutica. “A vantagem importante dos medicamentos biológicos está no fato de serem alvos específicos e atuarem inibindo determinados mediadores do processo inflamatório ou importantes moléculas na evolução do crescimento tumoral e das metástases”, observa Azevedo. A principal diferença de ação dos medicamentos biológicos no organismo em relação aos sintéticos concentra-se na individualização do tratamento. O medicamento age em um alvo específico, que pode ser diretamente em uma determinada célula ou um tumor, focando sua ação no problema. Sua capacidade única de se ligar a alvos específicos no interior do corpo contribui significativamente para a melhora da sobrevida e da qualidade de vida do paciente.

TERMINOLOGIAS REAIS Enquanto os medicamentos biológicos agem seletivamente no órgão ou sistema envolvido na doença, os medicamentos convencionais agem de maneira mais difusa. “Biológicos usados no tratamento da artrite reumatoide, por exemplo, geralmente inibem proteínas que mediam o processo inflamatório e, portanto, inibem a inflamação, que é a causa da destruição das articulações”, acrescenta Azevedo. Medicamentos biológicos estão inseridos no conceito da medicina personalizada, que adapta o tratamento a cada paciente para desenvolver soluções terapêuticas e drogas mais eficazes. Esse tipo de abordagem se 44

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baseia na observação de que pacientes com o mesmo diagnóstico reagem de forma diferente ao mesmo tratamento. Características individuais, relacionadas à doença ou ao indivíduo, influenciam o modo como a droga atua, e estas diferenças não são levadas em conta quando se adota uma abordagem genérica, tratando todos os pacientes da mesma forma. Medicamento biológico é indicado para diversas doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, espondilite anquilosante, artrite psoriásica, psoríase. Também pode ser usado no tratamento de vários tipos de câncer e em doenças sistêmicas, como diabetes, deficiências hereditárias de certas proteínas ou enzimas. Há também os hemoderivados, que são obtidos a partir do plasma humano e utilizados, por exemplo, no tratamento de hemofílicos. “No momento, os laboratórios farmacêuticos têm tido mais sucesso no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de câncer, diabetes e doenças degenerativas, como Alzheimer”, afirma o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. “Mas as pesquisas nesse campo estão apenas começando. O leque de terapias que poderão ser contempladas por produtos biológicos é amplo. As principais vantagens dos medicamentos biológicos são a eficácia muito maior, aumentando significativamente a sobrevida dos pacientes, e a drástica redução dos efeitos colaterais adversos. Espera-se que, num futuro próximo, esses produtos possam curar pessoas acometidas por enfermidades que hoje são fatais”, acredita Mussolini. Alguns tratamentos utilizados décadas atrás obtiveram ganhos expressivos com a biotecnologia. Até os anos 1980, lembra o professor da UFPR, crianças com deficiência de GH (hormônio do crescimento) que apresentavam nanismo recebiam hormônio extraído de cadáveres, o que gerava inúmeros problemas clínicos, como a demência. “Isso acabou com o GH obtido por organismos vivos (bactérias) e produzido em larga escala. Em um futuro próximo, os medicamentos biológicos serão usados para tratar quase todos os tipos de enfermidades”, prevê Azevedo.

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INDÚSTRIA SE PREPARA PARA ONDA BIOLÓGICA Além de investir no desenvolvimento de drogas de síntese química de alta complexidade e de medicamentos fitoterápicos, a indústria farmacêutica de capital nacional agora se volta ao desenvolvimento do segmento de biotecnologia. Essa é a opinião do presidente executivo do Grupo Farma Brasil (GFB), Reginaldo Arcuri, que representa os laboratórios farmacêuticos brasileiros. Com uma série de patentes de produtos de biotecnologia farmacêutica de segunda geração entrando em domínio público até 2020, a indústria nacional de inovação começa a dar os primeiros passos na aquisição de know-how para atuar no segmento, primeiro, produzindo biossimilares e depois, liderando a pesquisa de biológicos inovadores. As associadas ao GFB avançam nessa direção, segundo Arcuri. EMS, Aché e União Química se uniram para criar a Bionovis, e Eurofarma, Cristália e Biolab estruturaram a Orygen, as duas primeiras empresas brasileiras, de capital e controle nacional, que irão se dedicar exclusivamente à biotecnologia farmacêutica. Ambas as companhias anunciaram investimentos agregados da ordem de R$ 1 bilhão para ingressarem no novo segmento. Outras duas associadas do GFB, Libbs e Hebron, também desenvolvem projetos importantes ligados à biotecnologia. Enquanto a Hebron concentra esforços no desenvolvimento de kits de diagnósticos, a Libbs anunciou investimentos de R$ 200 milhões para construção de fábrica para produção de biossimilares em parceria com o grupo argentino Chemo. Também as multinacionais estão trazendo cada vez mais biológicos ao Brasil, com perspectiva de produção local em poucos anos. A Eli Lilly afirma ser pioneira na área de medicamentos biológicos, tendo lançado a primeira insulina recombinante nos anos 1980. Atualmente, os principais produtos biológicos comercializados pela empresa no Brasil são as famílias Humalog (insulina lispro) e Humulin (insulina humana), Fortéo Colter Pen (teriparatida), indicado para o tratamento da osteoporose, e ReoPro (abciximabe), auxiliar na prevenção de complicações cardíacas. “Eli Lilly é focada na inovação tecnológica e na descoberta de novas moléculas e seu pipeline indica para um futuro promissor de medicamentos biológicos. A empresa espera lançar no Brasil produtos biológicos inovadores para o tratamento de diabetes e câncer”, revela o diretor de Assuntos Corporativos e Regulatório da companhia, Orlando Vitor da Silva. Também a Sandoz acredita que os medicamentos biológicos representam atualmente a maior fonte de inovação da indústria farmacêutica e soluções para inúmeras doenças até então não tratadas de forma eficaz com as terapias tradicionais. A empresa, que é a divisão de medicamentos genéricos e biossimilares da Novartis, afirma deter mais de 50% do market share de biossimilares do mercado mundial e é líder no segmento de biossimilar. Em 2011, a Sandoz lançou o seu primeiro biossimilar no Brasil, o hormônio de crescimento recombinante somatropina. O produto é indicado para bebês, crianças e adolescentes no tratamento de deficiência do crescimento. “A empresa está realizando estudos clínicos internacionais de Fase III da molécula Rituximab, com a participação do Brasil. Com isso, a Sandoz traz o conhecimento e a experiência sobre biossimilares para o País, contribuindo com o conhecimento neste segmento”, relata o diretor de Especialidades de Sandoz Brasil, Paulo de Camargo.

ADMINISTRAÇÃO CLARA Os medicamentos biológicos são administrados, em geral, por via subcutânea, intramuscular ou endovenosa, embora isto deva ser modificado ao longo dos próximos anos com a nanotecnologia. Além disso, exigem uma cadeia fria para distribuição que vai desde a produção até a entrega final para pacientes potenciais usuários. “Os biológicos são produtos instáveis, sofrendo modificações em suas estruturas com alterações de vibração, temperatura ou pressão”, diz Azevedo. As infinitas possibilidades associadas aos medicamentos biológicos têm estimulado a indústria a apostar suas fichas no segmento. Segundo analistas do setor farmacêutico, em pouco mais de uma década, os

medicamentos biológicos devem responder por uma grande fatia da produção farmacêutica. Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o mercado global de medicamentos biológicos representa hoje perto de 20% do total movimentado pela indústria farmacêutica e cresce a uma velocidade cinco vezes maior do que ela. O Brasil não pode ficar de fora desse movimento, até porque o envelhecimento da população lança um novo desafio, como observa o presidente executivo do Grupo Farma Brasil (GFB), Reginaldo Arcuri. “Em 2030, a população brasileira será de 216 milhões de pessoas, sendo que 40,5 milhões terão mais de 60 anos de idade. Com essa realidade, é sabido que 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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a demanda por medicamentos irá crescer de forma exponencial e os gastos governamentais sofrerão forte expansão para fazer frente à nova realidade”, afirma o executivo, lembrando que, há dez anos, o País gastava R$ 1,9 bilhão por ano com medicamentos. Em 2012, para atender às necessidades do sistema de saúde pública, o número saltou para R$ 9,4 bilhões. “O caso dos medicamentos biológicos é emblemático. Embora tenham respondido por apenas 3,7% do total de unidades de medicamentos adquiridas pelo governo em 2010, esses produtos consumiram 31,9% da verba disponível para as compras públicas destinadas à saúde, volume gasto eminentemente com fármacos importados”, salienta Arcuri.

REALIDADE APURADA O mercado de medicamentos no Brasil, incluindo todos os canais de distribuição no atacado, varejo e exportações, movimentou R$ 125,07 bilhões em 2014 e a expectativa é de que, neste ano, mesmo com a desaceleração econômica, o segmento encerre com R$ 132,15 bilhões, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Com este crescimento, o Brasil figura entre os seis maiores mercados farmacêuticos do mundo, com perspectiva de subir mais uma ou duas posições até 2018. Apesar da pujança, o Brasil tem um longo caminho a percorrer em pesquisa e inovação na área biotecnológica. “Os projetos estão em fase inicial de implementação, num processo que levará vários anos até a produção dos medicamentos biológicos no País, por causa da complexidade tecnológica que envolve o início de fabricação de qualquer produto na indústria farmacêutica. No curto prazo, algumas empresas estão importando os produtos que, em um segundo estágio, pretendem fabricar no Brasil”, avalia Mussolini. “A expansão desse segmento vai depender dos estímulos corretos, como linhas de financiamento adequadas aos altos investimentos e prazos de maturação dos projetos, acordos de fornecimento para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a instauração de um ambiente favorável para a transferência de tecnologia e a realização no País de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, por meio da consolidação de parcerias entre indústria e instituições acadêmicas”, revela o presidente do Sindusfarma. Essa também é a visão do presidente executivo da Interfarma, Antonio Britto, que pede um ambiente propício ao investimento. “Não podemos deixar acontecer 48

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novamente o que ocorreu com a inovação do setor no Brasil. Em torno de 85% dos princípios ativos, que são o coração dos medicamentos, são importados e infelizmente o Brasil tem uma posição medíocre na descoberta, desenvolvimento e patenteamento de novos medicamentos. O País pode se tornar mundialmente competitivo e relevante na inovação farmacêutica a partir dos biológicos”, sustenta. Mas para isso ocorrer, segundo o executivo, é preciso resolver dois problemas fundamentais. O primeiro deles é o ambiente de integração entre universidade e iniciativa privada. “A posição que o País ocupa em inovação é medíocre e desproporcional à qualidade de nossa ciência. Isso significa que, com a qualidade dos cientistas que já temos, poderíamos ser muito mais importantes na pesquisa e no desenvolvimento de novos medicamentos. Isso não acontece porque o Brasil não conseguiu reproduzir o ambiente de cooperação entre governos, universidades e iniciativa privada. Os principais centros geradores de novas drogas no mundo são aqueles em que o governo apoia pesadamente a pesquisa básica. A indústria e a universidade trabalham de forma integrada para transformar a pesquisa básica em pesquisa aplicada, o que significa novos medicamentos no mercado. Já no Brasil, a universidade resiste em trabalhar com a iniciativa privada, e a iniciativa privada resiste em assumir riscos.” O segundo aspecto apontado pelo executivo é o tempo de aprovação da pesquisa clínica no País. “Para que um estudo seja aprovado na Coreia, por exemplo, bastam 30 dias; nos Estados Unidos, são necessários de 45 a 60 dias; e na Europa, até 75 dias. Enquanto isso, no Brasil, espera-se até 365 dias. É fundamental que

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CIÊNCIA

tenhamos mais agilidade, sem abrir mão da qualidade e da ética nas análises, para que o País seja atraente ao desenvolvimento de novas terapias”, revela Britto. Outro aspecto apontado pelo presidente da Interfarma diz respeito ao montante aplicado em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no País. A indústria farmacêutica fatura no mundo, por ano, cerca de US$ 1 trilhão e investe em pesquisa algo entre 12% e 16% de seu faturamento, ou seja, algo entre US$ 120 bilhões e US$ 160 bilhões. “O Brasil recebe cerca de US$ 300 milhões por ano, o que é rigorosamente medíocre”, sublinha Britto. Uma alternativa para que os medicamentos biológicos ganhem espaço mais rapidamente no Brasil, barateando o custo dos tratamentos e ampliando o acesso à população, pode estar relacionada à produção de biossimilares. “Esse tipo de medicamento já é uma realidade e provavelmente deve diminuir os custos gerais com os produtos biológicos. A expectativa é de que, com o desenvolvimento de novos métodos de produção, esses produtos acabem se tornando mais baratos ao longo do tempo, como acontece com todas as tecnologias que barateiam ao longo do tempo”, pondera Azevedo da UFPR.

ACESSO PONDERADO Biossimilar é uma cópia, uma espécie de “genérico” do medicamento biológico inovador. O uso do termo genérico vale apenas para ilustrar, mas é impreciso e impróprio para designar o biossimilar, porque genéricos são cópias químicas exatas de medicamentos tradicionais, de moléculas pequenas, enquanto, para os produtos biológicos, não é possível fazer uma cópia idêntica já que a célula que produzirá o biológico é diferente, o processo para a produção também é diferente e consequentemente o produto final será diferente. “Como o próprio nome diz, são biossimilares e não bioiguais. Não há possibilidade de reproduzir

ENQUANTO OS MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS AGEM SELETIVAMENTE NO ÓRGÃO OU SISTEMA ENVOLVIDO NA DOENÇA, OS MEDICAMENTOS CONVENCIONAIS AGEM DE MANEIRA MAIS DIFUSA 50

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igualmente um medicamento biológico após a queda da sua patente. O banco master para a obtenção de um biossimilar será diverso daquele para obtenção do produto de referência”, afirma Azevedo. Segundo o professor, os medicamentos biossimilares devem provar que são basicamente muito similares em termos físicos, químicos, biológicos, farmacocinéticos, farmacodinâmicos e em seu perfil de segurança e eficácia em seres humanos. Para isso, também precisam ser testados em ensaios clínicos comparativos com os produtos de referência. “Há enorme potencial para que os biossimilares ocupem espaço no tratamento de doenças, principalmente oncológicas e autoimunes. Alguns países já estão optando por utilizar biossimilares como primeira linha de tratamento de muitas enfermidades, especialmente na Europa. Espero que o Brasil possa aproveitar as parcerias para desenvolvimento de produtos. Assim, poderíamos evoluir com nosso parque biotecnológico de medicamentos e baratear custos de biológicos para o SUS”, frisa Azevedo. “Os biossimilares já respondem por quase 40% do orçamento do Ministério da Saúde com medicamentos. À medida que se tornarem mais acessíveis, podem ocupar espaço ainda maior, tendo em vista que são cada vez mais utilizados no tratamento de doenças complexas”, salienta Arcuri. Mussolini pondera que, por conta dos vários testes para comprovar eficácia e segurança, o custo dos biossimilares é elevado. Por isso, segundo ele, a redução de preço dos biossimilares não será tão acentuada quanto a provocada pelos genéricos. Na Alemanha, por exemplo, o biossimilar é, em média, apenas 10% mais barato do que seu produto de referência. “Os investimentos em medicamentos biológicos são mais altos porque a tecnologia é nova e ainda está sendo desenvolvida. À medida que o processo for completamente dominado, os custos de produção serão gradativamente menores, resultando em preços mais baixos”, diz Mussolini e compara. “Os genéricos só existem por causa dos medicamentos de referência inovadores dos quais são cópias exatas. A mesma lógica vale para os biossimilares. Não se trata de defender sua produção e, sim, de criar as condições necessárias para que as empresas voltadas ao segmento de biológicos se consolidem e conquistem mercados. A história dos genéricos no Brasil ilustra perfeitamente o que precisa ser feito para que se viabilize no País a produção de medicamentos biológicos, sejam de referência ou biossimilares.”

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SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 52

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Tenho viajado muito, visitando diversas farmácias. As de fora do País, para pesquisar o que e como podemos melhorar as do Brasil. As de dentro, para pesquisar ou orientar como melhorá-las. No Brasil, tenho tido surpresas agradáveis, encontrando muitas interessantes e cheias de charme. Já em outras, penso que os proprietários desistiram do negócio e estão alheios ao mercado. É para esses que me dirijo a princípio. Avalie seu ponto de venda (PDV) e responda a si mesmo o que precisa melhorar. Entre nele e o olhe com olhos de cliente! Veja se é agradável, limpo e atraente. Olhe para o teto e para a iluminação. Tem altura normal, ou está rebaixado? A iluminação é clara, permitindo que o ambiente pareça maior do que realmente é ou está escura? E o piso? Está novo ou precisa de troca? As gôndolas permitem uma boa exposição dos produtos? E a arrumação? É fácil para o cliente encontrar o que procura? Há uma separação das categorias definindo os locais ideais para cada classe de produto? Há produtos expostos que não têm giro e estão ocupando espaço de mercadorias vendáveis? E a sinalização visual indica mesmo os produtos que estão arrumados abaixo delas? Os checkouts são atraentes ou você ainda tem caixas tradicionais? Possui antenas e alarmes de segurança que ajudam a evitar furtos? Pergunto isso tudo porque o varejo passou por grandes modificações no último ano. Os novos rumos da economia trouxeram novos consumidores. Com isso, surgiram novos hábitos de consumo,

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novos produtos e segmentos diferenciados. A concorrência no setor aumentou significativamente e alguns aspectos do gerenciamento do negócio, antes menosprezados, tornaram-se uma vantagem competitiva. Dessa forma, as decisões de layout em farmácias passaram a ter mais relevância na gestão da loja. A apresentação deve construir a imagem e conquistar as preferências dos clientes, além de estimular maior produtividade da área de venda. Assim, as decisões de layout precisam ter como objetivo: • Adequar a gestão por categorias, classificando os grupos e subgrupos de acordo com a realidade da loja e do negócio. • Alcançar maior produtividade do espaço da loja, trazida não só por meio de maiores vendas, mas por maiores margens de lucros. • Garantir um fluxo eficiente de clientes por todas as áreas da loja, fazendo com que passem o maior tempo possível na loja. • Fidelizar o público, garantido assim o seu retorno. • Minimizar custos operacionais e otimizar lucratividade da loja. • Proporcionar satisfação aos funcionários durante seu trabalho. O problema a ser solucionado é analisar os aspectos atuais e efetuar mudanças, buscando os seguintes resultados: aumentar o retorno sobre o investimento; facilitar a reposição; diminuir os investimentos em estoque; dar mais satisfação ao cliente; e reduzir a falta de produtos. Mãos à obra! FOTO: DIVULGAÇÃO

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ANTES DO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO SANITÁRIA E DA LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA, É PRECISO LEMBRAR QUE EXISTEM DIVERSAS OUTRAS NORMAS, COMO O DIREITO EMPRESARIAL

GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 54

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Considerando a unificação de conceitos de drogaria e farmácia pela Lei Federal 13.021/14, adoto o nome farmácia como o de estabelecimento farmacêutico varejista para este e os próximos artigos. Toda e qualquer farmácia precisa, antes de se preocupar com o integral cumprimento da legislação sanitária e da legislação farmacêutica, lembrar que existem diversas outras normas, dos mais variados ramos do Direito, entre os quais, o direito empresarial. Um dos primeiros passos de uma farmácia para ser aberta é realizar o registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial, que é um órgão local com funções de execução e administração dos serviços de registro. Esse registro alimenta o banco de dados existente na Junta Comercial. Todavia, quase nenhum contabilista informa periodicamente às farmácias de que devem formalizar à Junta Comercial seu interesse em se manter em funcionamento. COMO É QUE É? Sim, existe uma norma que trata do assunto e é importante para, de tempos em tempos, filtrar, naquele banco de dados da Junta Comercial, as empresas ativas e aquelas inativas. É o que dispõe o artigo 60 da Lei Federal nº. 8.934/94: Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a qualquer arquivamento no período de dez anos consecu-

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tivos deverá comunicar à Junta Comercial que deseja se manter em funcionamento. § 1º. Na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil será considerada inativa, promovendo a Junta Comercial o cancelamento do registro, com a perda automática da proteção ao nome empresarial. § 2º. A empresa mercantil deverá ser notificada previamente pela Junta Comercial, mediante comunicação direta ou por edital, para os fins deste artigo. § 3º. A Junta Comercial fará comunicação do cancelamento às autoridades arrecadadoras, no prazo de até dez dias. § 4º. A reativação da empresa obedecerá aos mesmos procedimentos requeridos para sua constituição. Como se vê no texto legal acima, o ônus de comunicar à Junta Comercial de que quer continuar em funcionamento, sob pena de ser considerada inativa, é apenas das farmácias que não tiverem qualquer arquivamento no período de dez anos, isto é, aquelas que sequer tiverem alterações do contrato social neste prazo. De qualquer forma, decorrido esse prazo sem qualquer arquivamento, a farmácia será automaticamente considerada inativa pela Junta Comercial, que comunicará aos demais órgãos públicos em até dez dias. A inatividade da farmácia será comunicada pela Junta Comercial de forma direta (uma correspondência, por exemplo), ou por meio de um edital (o que quase ninguém lê). Por isso, fique atento! FOTO: DIVULGAÇÃO

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O futuro da prescrição A TECNOLOGIA JÁ ESTÁ PRESENTE EM MUITOS NICHOS DO SETOR DE SAÚDE. ESPECIALISTAS DEFENDEM QUE O PRÓXIMO GRANDE PASSO DEVE SER A IMPLANTAÇÃO DA RECEITA MÉDICA ELETRÔNICA

D POR FLÁVIA CORBÓ

Do total de três bilhões de prescrições que são feitas nos Estados Unidos todos os anos, os farmacêuticos contatam o médico 150 milhões de vezes para tirar dúvidas, a principal reclamação está relacionada à escrita ilegível. No entanto, dentro da rotina atribulada do farmacêutico ou balconista, nem sempre existe o cuidado em checar informações que não estão claras. Quando isso ocorre, as consequências podem ser perigosas. No final de 2014, o caso da doméstica Silvana Caetano de Moraes, moradora de Mococa, no interior de São Paulo, ganhou destaque nacional. Por três meses, ela tomou um medicamento usado no tratamento de câncer de mama ao invés do indicado pela médica, para controlar os níveis de colesterol. O erro ocorreu dentro da farmácia, no momento da dispensação, e só foi percebido quando a paciente foi buscar uma nova caixa do produto.

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O medicamento que ela deveria tomar era a atorvastatina cálcica, mas Silvana levou para casa tamoxifeno. A bula do medicamento tomado por engano pela paciente indica diversos efeitos colaterais, como ondas de calor, sangramento vaginal, prurido vulvar e corrimento vaginal, e os efeitos colaterais gerais, como erupção cutânea, intolerância gastrintestinal, tumour flare (exacerbação do quadro clínico no início do tratamento), tontura e retenção de fluidos. Nos hospitais, os equívocos também ocorrem e, muitas vezes, têm consequências irreversíveis. Só nos Estados Unidos, cerca de um milhão de pacientes por ano é vítima de erros médicos e eventos adversos com drogas, sendo a quarta causa de morte no país. Em unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica, em que a complexidade e a frequência de procedimentos são maiores, a ocorrência de erros é ainda mais presente. FOTO: SHUTTERSTOCK

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Dados do artigo Erro médico em pacientes hospitalizados, publicado pelo Jornal de Pediatria, estimam que 15% das internações em unidades de terapia intensiva neonatal sejam acompanhadas de erro médico. A maioria desses erros acontece durante o período noturno, e envolve administração incorreta de droga (35%) e erro na interpretação da prescrição (26%). No Brasil, a situação não é diferente. Entre 2010 e 2014, o número de processos por erro médico que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) aumentou 140%, passando de 260 casos para 626.

SOLUÇÃO À VISTA Segundo especialistas do setor da saúde, existe um caminho a ser seguido para reduzir a quantidade de erros na dispensação e administração de medicamentos: a prescrição eletrônica. Por meio de uma receita médica com informações padronizadas, digitadas e compartilhadas em rede, o profissional recebe informações mais claras, legíveis e documentadas, aumentando a eficiência e diminuindo os enganos. A pesquisa Development of Case-based Medication Alerting and Recommender System: A New Approach to Prevention for Medication Error, realizada com médicos que já usam um sistema de prescrição eletrônica, mostrou que 75% deles indicaram que a tecnologia pode diminuir erros, 70% citaram que aumenta a produtividade e 50% acham que diminui o tempo de consulta e o número de pacientes que procuram serviço sem necessidade. No Brasil, a prescrição eletrônica ainda não é regulamentada. Quando se tratam de receitas médicas, vigora a Lei 5.991/73, que estabelece que a prescrição deva estar escrita à tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais. Posteriormente, criou-se a norma que trata de substâncias sujeitas ao controle especial, Portaria da Secretaria de Vigilância em Saúde/ Ministério da Saúde (SVS/MS) nº. 344/98, que já prevê a possibilidade de preenchimento da Receita de Controle Especial de forma datilografada ou informatizada. “Sendo assim, por se tratar de uma regulamentação mais recente e determinar critérios para produtos de maior risco sanitário e controle, entende-se que existe a possibilidade de emissão de receita de forma datilografada ou informatizada (impressa) para outros medicamentos, mesmo que não apresentem substâncias sujeitas ao controle especial em sua composição”, explica a farmacêutica fiscal do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), Giselle Maria Beneti. 58

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É importante salientar que, por enquanto, é determinante a entrega de uma receita física, ainda que datilografada e impressa. “Não há uma regulamentação sanitária que normatize a prescrição eletrônica, ou seja, a prescrição realizada por sistema informatizado com ausência da receita física em papel. Portanto, estabelecimentos de interesse à saúde que realizam a comercialização/dispensação de medicamentos no País, farmácias e drogarias, não poderão aceitar prescrições eletrônicas, até que ocorra uma normatização quanto ao fato”, complementa também a farmacêutica fiscal do CRF-SP, Daniela Caroline de Camargo Veríssimo. Convencidos dos ganhos que uma regulamentação da prescrição eletrônica traria aos profissionais e pacientes, há quem esteja batalhando para mudar esta realidade. A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados já aprovou proposta que obriga médicos a emitir receitas digitadas ou eletrônicas aos pacientes. A medida faz parte do Projeto de Lei 3344/12, do deputado Ademir Camilo (PSD-MG), que também estabelece as informações mínimas a ser incluídas no documento. Uma emenda do relator, deputado Augusto Coutinho (DEM-PE), alterou o texto original para determinar que a obrigatoriedade vale apenas nas cidades com mais de 300 mil habitantes ou no caso do médico receitar produtos integrantes do Programa Farmácia Popular. Nas cidades menores e na prescrição de medicamentos não subsidiados, fica liberado o uso da receita manual. Entre os principais ganhos apontados pelos defensores da adoção da tecnologia, estão: o pronto acesso e a rastreabilidade das prescrições e informações nelas registradas; a interface direta com o prescritor para esclarecimentos de dúvidas; minimização dos erros, pois serão eliminadas grafias de difícil interpretação e rasuras na prescrição; diminuição da circulação de receitas falsas. A ideia é que esse tipo de receita, que deverá ser acessado por meio de sistema integrado entre médicos, farmácias e órgãos governamentais de fiscalização, dê acesso à dose terapêutica, a medicamentos comercialmente disponíveis ou mesmo informações a respeito de incompatibilidades, interações e inúmeras outras informações que podem ser acessadas eletronicamente. A professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti, ainda destaca outro aspecto positivo: “Como

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existe o código de barras na prescrição, poderá haver monitoramento/rastreabilidade e, com isto, será possível detectar possíveis fraudes em relação à saúde de uma maneira geral. Além disso, o ganho de agilidade na informação que a tecnologia disponibiliza permite que o tempo que se perdia com outras atividades manuais seja aproveitado para a melhoria no manejo do paciente”. A segurança do paciente seria fortalecida.

OPINIÕES DOS PROFISSIONAIS O futuro do Projeto de Lei que institui a prescrição eletrônica ainda é incerto entre os parlamentares, mas entre os profissionais de saúde, a proposta é bem-aceita. Mesmo antes da regulamentação, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já se mostra favorável, caso a obrigatoriedade seja instituída. Na Resolução CFM nº. 1.821/2007, em seu Art. 3º., o órgão determina: “Autorizar o uso de sistemas informatizados para a guarda e o manuseio de prontuários de pacientes e para a troca de informação identificada em saúde, eliminando a obrigatoriedade do registro em papel, desde que esses sistemas atendam integralmente aos requisitos do ‘Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2)’, estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde”. O CRF-SP também vê a utilização da tecnologia com bons olhos, desde que empregada de maneira

regulamentada. “Consideramos que a evolução tecnológica tende a ser sempre benéfica, desde que usada de forma adequada e para os fins necessários. A normatização da prescrição informatizada (impressa) traria benefícios, principalmente, no que se refere à minimização de erros de dispensação por problemas de leitura de receitas com grafias inadequadas”, afirma Giselle. Mesmo ainda não havendo previsão na legislação sanitária para a prescrição eletrônica, o órgão acredita que uma futura implementação da prescrição eletrônica, mediante a modificação das normas atualmente vigentes, seja possível e o paciente será beneficiado. “No entanto, é imprescindível que sejam adotadas providências para garantir a restrição de acesso à prescrição, de forma a manter o sigilo às informações do paciente”, ressalta Daniela, lembrando que “para regulamentar a prescrição eletrônica, muito se tem a caminhar visto ser necessária a alteração de normas, tais como a Lei 5.991 de 1973, Portaria SVS/MS 344 de 1998 e Portaria SVS/MS 06 de 1999”.

O QUE ESTÁ POR VIR Enquanto a adoção de uma prescrição eletrônica não sai do papel, há outras áreas da saúde em que o emprego da tecnologia está bem evoluído, sempre visando aprimorar o atendimento e garantir a segurança do paciente. No Hospital Sírio Libanês, por

INFORMAÇÕES MÍNIMAS Além de regulamentar a prescrição eletrônica, o Projeto de Lei 3344/12 também estabelece as informações mínimas a ser escritas na receita médica. A proposta, que está sujeita a apreciação conclusiva, ainda será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, e estabelece as seguintes informações que deverão constar no documento: a) Identificação do usuário: nome completo, número do documento oficial, idade e, quando apropriado, o seu peso; b) Identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e quantidade; c) Modo de usar ou posologia; d) Duração do tratamento; e) Local e data da emissão; f) Assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no respectivo conselho profissional; g) Espaço em branco para preenchimento, pela farmácia, do número do lote e do prazo de validade do medicamento. Além de: • Indicar a existência ou não de medicamento genérico; • Permitir, no caso de receituário eletrônico, o acesso seguro com a adoção de senha criptografada do prescritor e a integração com as farmácias e com os órgãos de fiscalização governamentais.

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DE OLHO NA RECEITA MÉDICA Enquanto a prescrição eletrônica não é regulamentada, o farmacêutico deve se atentar a algumas informações na receita médica para evitar erros na hora da dispensação. A RDC 44/09 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) trata dessa questão: Art. 44. O farmacêutico deverá avaliar as receitas observando os seguintes itens: I – legibilidade e ausência de rasuras e emendas; II – identificação do usuário; III – identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e quantidade; IV – modo de usar ou posologia; V – duração do tratamento; VI – local e data da emissão; e VII – assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no respectivo conselho profissional. Parágrafo único. O prescritor deve ser contatado para esclarecer eventuais problemas ou dúvidas detectadas no momento da avaliação da receita. Art. 45. Não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou que possam induzir a erro ou confusão.

exemplo, há sete anos, são robôs que cuidam do processo de picking, ou seja, que selecionam os medicamentos prescritos para cada paciente. Caso haja um pedido urgente, as máquinas inteligentes conseguem fazer com que a solicitação passe à frente e seja tratada como prioridade. Por ser um hospital de referência, os recursos tecnológicos aplicados no Sírio Libanês podem ser considerados uma realidade utópica, que pouco conversa com a realidade das filas de espera nos corredores da maioria dos hospitais brasileiros. Mas a verdade é que a adoção de tecnologias na área de saúde é cada vez mais inevitável. “Até 2020, 80% dos dados do setor da saúde passarão pelo cloud computing (armazenagem de dados por meio da internet com a mesma facilidade de tê-los instalados em computadores locais), o que obrigará 70% das instituições de saúde a investir em monitoramento móvel dos pacientes”, aposta o diretor de Soluções de TI para B2B da Oi, Roni Wajnberg. Os smartphones também estão cada vez mais inseridos em uma tendência chamada de e-health ou saúde digital. Atualmente, os aplicativos que tratam do universo saúde e boa forma crescem 62% ao ano, dobro da média geral. Esse universo movimentou US$ 4 bilhões no último ano. Já são mais de 21 milhões de pessoas utilizando os aparelhos móveis para monitorar a saúde. 62

No entanto, o monitoramento da saúde continua muito restrito a aplicativos individuais. O sonho dos profissionais de saúde é transportar as informações colhidas pelos aplicativos, pelas consultas médicas, internações em hospitais e compras de medicamentos em farmácias para um grande e integrado banco de dados. Mas essa, sim, é uma realidade que está longe de ser alcançada. “Prontuário eletrônico é um caminho lindo, mas precisa de integração e padronização. Não acontecerá nesta geração e, provavelmente, nem na próxima”, acredita o CEO da Comtato Saúde, Dr. David Basbaum. Ainda que alguns aspectos da tecnologia em saúde estejam esbarrando em questões regulamentais para saírem do plano de ideias, muitas outras já são realidade, o que deve se consolidar ano a ano. Por isso, estar atento aos novos recursos disponíveis é fundamental para não se tornar um profissional estagnado. “Nem todos estão acostumados com o uso da tecnologia para melhoria das atividades profissionais e, acredito que haverá resistência neste aspecto. Entretanto, não é possível que um profissional esteja atualizado em sua área sem o auxílio da Tecnologia da Informação. Nessa situação, a reciclagem e a promoção de cursos de atualização poderão ajudar“, orienta Maria Aparecida.

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DESEMPENHO

Como obter resultados no segundo semestre

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A FARMÁCIA DEVE FAZER UMA ANÁLISE DOS DADOS GERAIS DA LOJA E DOS FUNCIONÁRIOS, SEMPRE PARTINDO DO GLOBAL ATÉ O ESPECÍFICO

MARCELO CRISTIAN RIBEIRO Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento 64

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Os resultados do segundo semestre não acontecerão por sorte ou de forma espontânea. Empresas de resultado acreditam na lei da ação e reação, por mais que o mercado seja dinâmico. Nossa postura não pode se limitar a analisar. O projeto consiste em buscar um resultado melhor. 1o. Analise o primeiro semestre pelos indicadores Essa análise é importante para realizar o diagnóstico do primeiro semestre. Compare com o ano anterior. A ideia é fazer uma análise da situação por meio dos números. Ver o que deu certo e se estamos cumprindo nosso objetivo. Lembrando que fazemos essa análise com os dados gerais da rede, loja e do funcionário, sempre do global, genérico, até o detalhe do vendedor: • Clientes atendidos; • Faturamento geral e por categoria; • Tíquete médio; • Itens por cupons; • Venda de serviços; • Quem mais vendeu, atendeu, ofertou. 2o. Faça um diagnóstico FOFA de sua farmácia Verifique como foi sua empresa por quatro aspectos: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Essa ferramenta é chamada de FOFA ou análise SWOT (em inglês). 3o. Criando objetivos para o segundo semestre Se nos itens anteriores, analisamos, diagnosticamos, vamos agora para o próximo passo que é criar os objetivos para o segundo semestre. A ferramenta a ser utilizada é o SMART. É necessário utilizar um método para não cair no erro de ser apenas uma intenção ou vontade.

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S – Específico. M – Mensurável. A – Atingível. R – Relevante. T – Tempo. META SMART: ESPECÍFICO: mensure exatamente e de forma específica as metas de vendas, faturamento e de todos os indicadores que você quer e precisam crescer. MENSURÁVEL: só posso melhorar naquilo que posso medir. Por isso, você deve colocar os indicadores que serão validados para o segundo semestre. Aqui não cabe por exemplo: “melhorar o tíquete médio”. Porque melhorar não é mensurável. ATINGÍVEL: metas absurdas de altas e inatingíveis não são ideais. As metas devem estar dentro das possibilidades. RELEVANTE: as metas para o segundo semestre devem ser motivadoras e não fáceis de alcançar. TEMPO: coloque as metas dentro do tempo. Trimestralmente, mensalmente. 4º. Qual o plano para alcançar? Já analisamos, criamos objetivos e agora é a hora de discutirmos sobre o como vamos chegar lá e cumprir as metas estipuladas. Aqui, você deve colocar suas estratégias. O que vai fazer de diferente do primeiro semestre? O que vai ser melhorado? O que vamos manter? 5º. Comunique a equipe Cada gerente, funcionário, líder, independente do departamento/setor, deve saber a análise que foi realizada, os objetivos e o plano para isso. Entender que a equipe com propósito ajudará para um segundo semestre ainda melhor. Todos devem saber sua responsabilidade dentro da meta global. FOTO: DIVULGAÇÃO

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PESQUISA

De olho no futuro ESTAR ATENTO ÀS MOVIMENTAÇÕES DE MERCADO É FUNDAMENTAL PARA SE ANTECIPAR ÀS TENDÊNCIAS E ATENDER AOS DESEJOS QUE OS CONSUMIDORES AINDA NEM SABEM QUE TÊM POR FLÁVIA CORBÓ

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Em tempos de crise, acertar os ponteiros internos e garantir uma operação afinada e sem ruídos é essencial para enfrentar a maré ruim. No entanto, não se pode fechar os olhos para os movimentos ao redor e se concentrar apenas dentro de casa. O varejista precisa fazer o constante exercício de observar a dinâmica de mercado para decifrar novos caminhos e oportunidades. Buscar informações junto a empresas especializadas no estudo de comportamento dos consumidores pode ser um dos caminhos para se manter atualizado. Uma pesquisa realizada pela DUNNHUMBY – empresa líder mundial em ciência do consumidor –, por exemplo, se propõe a apontar as nove principais tendências de consumo identificadas no varejo global. O estudo apresenta comportamentos dos consumidores que moldarão o futuro do varejo e que não devem ser ignorados por quem deseja se manter relevante. “Periodicamente, realizamos estudos

em nossa base de dados (11% dos consumidores mundiais) e também recorremos a várias fontes públicas de informação. Esse estudo que detectou as nove tendências é um deles”, explica o diretor-geral da DUNNHUMBY para a América Latina, José Gomes. Ainda que algumas das oportunidades destacadas pareçam longe da realidade do mercado brasileiro, é importante estar atento ao que está virando realidade lá fora, pois, em um mundo cada vez mais globalizado e integrado, as distâncias somem e comportamentos adotados do outro lado do mundo não tardam a ser aplicados por aqui. De acordo com Gomes, todas as tendências são aplicáveis à realidade brasileira, resguardadas algumas variações caso a caso. Mas para o momento atual do Brasil, manter-se de olho no futuro torna-se uma estratégia importante. “Estudos que apontam tendências dos consumidores, especialmente em momentos de crise e inflação como se vive no Brasil atual, são sempre referências e podem indicar novas alternativas para o varejista.” Confira os principais pontos levantados pela pesquisa: 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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1. CONVENIÊNCIA: Mais do que nunca, os consumidores estão em busca de maneiras mais rápidas, fáceis e simples de fazer suas compras. Será bem-vindo tudo o que trouxer rapidez, facilidade e simplicidade para a vida do cliente. Os consumidores hoje estão à procura de conveniência em todos os níveis e em todos os estágios de sua experiência de compra. Nesse ponto, os varejistas farmacêuticos devem comemorar, já que o canal é fortemente associado à conveniência. “Por seu tamanho e dispersão, a farmácia se encaixa bem nesta tendência”, destaca Gomes, lembrando que, ainda assim, não é possível perder de vista outros canais concorrentes. “Não necessariamente a farmácia é melhor canal que o supermercado, pois a conveniência é uma função da missão de compra.”

2. VALOR: Economia é a palavra de ordem da vez e os consumidores estão cada vez mais comparando preços e marcas. As pessoas querem gastar menos, mas, ainda assim, não abrem mão de qualidade. Sairá na frente quem conseguir oferecer os dois atributos aos seus clientes. Promoções e preços personalizados podem ser boas ferramentas para atingir esse objetivo. Guerra de preço pura e simples não será mais suficiente para ganhar terreno. É preciso encontrar o equilíbrio entre competitividade e diferenciação. “Os varejistas que entenderem melhor os seus consumidores poderão sair na frente, oferecendo os dois atributos: preços baixos nos produtos certos e qualidade em serviços e produtos relevantes.”

3. ECONOMIA SOCIAL: Social, nesse caso, está relacionado ao conceito de sociedade e comunidade. Os negócios hoje devem ouvir e aprender com os clientes. Estar aberto ao diálogo, escutar e responder as questões feitas por eles se tornam essenciais nesse momento e a internet é a ferramenta para isto. Segundo Gomes, a maneira como se dará a coleta de informações pode variar, pode ser feita tanto por programas de fidelidade quanto por pesquisa primária. Independente da ferramenta utilizada, o varejista deve conhecer o que o cliente faz, pensa e sente. “É claro que tanto a coleta quanto a gestão dos dados devem ser feitas de forma transparente e com a autorização do consumidor, respeitando sempre a legislação em vigor”, alerta.

4. PERSONALIZAÇÃO: Os consumidores, hoje em dia, querem cada vez mais produtos e serviços personalizados, com mensagens que 68

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A TENDÊNCIA SUGERE QUE AS FARMÁCIAS DEVAM SE POSICIONAR COMO UM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE E BEM-ESTAR E NÃO SOMENTE DE VENDA DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS QUE SÓ SÃO PROCURADOS EM CASOS DE DOENÇA os atinjam diretamente. A tecnologia e a análise de dados são ferramentas importantes para atingir um alto nível de personalização e ajudar varejistas e marcas nessa tarefa. O emprego de tecnologias, como Big Data, com o objetivo de decifrar o comportamento do consumidor e, a partir disso, poder oferecer produtos e serviços personalizados, é uma das discussões mais atuais do varejo. Há quem acredite que o pequeno e médio varejista ainda não possuem recursos e maturidade necessários para lidar com tais ferramentas. Sobre essa discussão, Gomes acredita que mais importante do que a tecnologia em si é conhecer a experiência de compra desejada pelos seus consumidores. “A tecnologia deve funcionar para entregar essa experiência. Assim, a escolha de investir em tecnologia fica fácil, já que o seu benefício fica claro tanto para o varejista quanto para o consumidor, permitindo avaliar o retorno sobre o investimento.”

5. FUSÃO CULTURAL: Eventos locais, como o Halloween, Ano-Novo Chinês, Ação de Graças, entre outros, estão cada vez mais globalizados e se apresentam como uma oportunidade para varejistas e marcas. Pode-se considerar a Black Friday como exemplo. Cinco anos atrás, esse era um evento que só existia em países, como Reino Unido e Estados Unidos, e, após 2014, se tornou um evento popular entre várias redes varejistas mundiais. Para avaliar a eficiência da Black Friday no Brasil, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e a Virtual Gate mediram o comportamento do fluxo de clientes durante o evento no final de novembro de 2014. Segundo os dados obtidos, o movimento no ano passado foi 46% superior ao de 2013, considerando-se a mesma base nos dois anos.

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ALIVIA ALIVIAAADOR; DOR; IMPEDE IMPEDEAAINFLAMAÇÃO; INFLAMAÇÃO; Registrado Registrado como comoMedicamento MedicamentoFitoterápico; Fitoterápico; Apresentações Apresentações de de30g 30geeembalagem embalagemeconômica econômicadede50g. 50g.

EFEITO EFEITOANTISSÉPTICO; ANTISSÉPTICO; Acompanhe Acompanhe as as nossas nossas páginas páginasnas nasredes redessociais: sociais: Universo Universo Herbarium Herbarium Bioslim Bioslim

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E os bons resultados não se restringiram à sexta-feira. O Índice de Consumidores do Varejo (ICV) também apontou reflexos positivos tanto na quinta-feira (4%), quanto no sábado (14%). Para o presidente da SBVC, Eduardo Terra, a data vinha se firmando aos poucos e, no ano passado, se consolidou em definitivo. “O comércio ganha mais uma data importante em seu calendário. Ainda não sabemos se a Black Friday está antecipando ou dividindo o Natal, mas sinaliza uma recuperação. O que pudemos concluir foi que a sexta alavancou a quinta e mais ainda o sábado.”

6. ON-LINE, SEMPRE: A tecnologia mobile vai continuar a moldar o varejo, tanto como um canal de comercialização de produtos, como também um importante meio de comunicação. Físico e virtual ficarão cada vez mais entrelaçados e a convergência de canais ainda mais complexa. Investir em tecnologia in-store ampliará as maneiras possíveis de interagir com os clientes no mundo virtual, trazendo ainda mais conveniência ao consumidor. A rede varejista Target, por exemplo, utiliza a tecnologia para mapear, dentro das lojas físicas, produtos pré-selecionados pelo cliente em sua lista virtual. Com o aplicativo ligado em seu smartphone, o consumidor pode localizar rapidamente seus itens desejados, enquanto faz suas compras pela loja.

7. SAÚDE E BEM-ESTAR: Saúde e bem-estar é uma área que deve receber atenção dos varejistas. Mais de 70% das pessoas acreditam que são menos saudáveis do que as gerações anteriores e os consumidores esperam que os fabricantes e varejistas forneçam suporte para a adoção a um estilo de vida saudável. Os consumidores estão mais cientes de como esse hábito interfere na qualidade de vida. A tendência sugere que as farmácias devam se posicionar como um estabelecimento de saúde e bem-estar e não somente de venda de medicamentos, produtos que só são procurados em casos de doença. “Já observamos essa tendência nos últimos anos. De modo geral, as farmácias ampliaram suas ofertas de produtos e hoje oferecem muito além de medicamentos. As grandes redes têm áreas para higiene pessoal, beleza, cosméticos, etc.”, diz Gomes. A estratégia mostrou-se acertada quando são comparados os números de duas gigantes do varejo farmacêutico norte-americano. CVS Caremak e Walgreens operam com um número bem próximo de lojas dentro dos Estados Unidos. No entanto, a CVS faturou o dobro que a concorrente no ano passado. 70

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Segundo Terra, o distanciamento de valores se iniciou a partir do momento em que o Walgreens decidiu investir massivamente em produtos de conveniência, como alimentos e bebidas, para fazer frente aos supermercados. Já a CVS concentrou os esforços em criar um conceito e não um portfólio de produtos. “A rede decidiu que queria vender saúde e, a partir desta premissa, foi diversificando os serviços. Hoje, quase todas as lojas contam com uma clínica farmacêutica, que oferece consultas rápidas ao cliente, sem necessidade de agendamento prévio.”

8. NOVO MODELO DE FAMÍLIA: As famílias atuais passaram por uma transformação durante os últimos anos. O conceito de idoso, de chefe de família e a configuração familiar não são os mesmos que antigamente. Eventos importantes da vida, como casamento, nascimento, compra de imóvel, etc., estão sendo adiados cada vez mais e os filhos demorando mais para saírem de casa. Sendo assim, é importante que varejistas e marcas se atentem a essas mudanças na hora de se comunicarem com seus clientes. A princípio pode parecer distante a relação do varejista com o que se passa dentro da casa do seu consumidor, mas Gomes garante que se adaptar às mudanças que a sociedade enfrenta é um passo fundamental para se manter em sintonia com o cliente. “O novo modelo de família obriga os varejistas a reconhecer que os seus clientes são cada vez mais heterogêneos e as suas necessidades não são governadas apenas pela idade, classe social ou estado civil. Assim, o varejista que personalizar a experiência dos clientes primeiro conquistará a sua fidelidade em longo prazo.”

9. CONSUMO ÉTICO: As pessoas tendem a gostar mais e serem mais fiéis a marcas socialmente responsáveis. Da mesma maneira, empresas vistas como não éticas são punidas pelos consumidores, que preferem não consumir seus produtos. Responsabilidade social é mais um motivo para que os clientes optem por determinada marca ou empresa.

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SEGURANÇA

Não seja vítima de desfalque

FRAUDES SÃO RESULTADO DO ACESSO AO DINHEIRO, MAIS O PODER DECISÓRIO, ALIADOS A UM DÉFICIT DE TRANSPARÊNCIA OU FALTA DE VIGILÂNCIA

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RODNEI DOMINGUES Professor e pesquisador do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada (Cpdec) 72

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Uma pesquisa realizada no primeiro semestre de 2015, pelo Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada (Cpdec), sobre fraude e corrupção no segmento do comércio varejista constatou que muitas empresas são vítimas de desfalques promovidos por seus próprios colaboradores. Esses desfalques se apresentam geralmente de duas formas: 1) roubo de dinheiro, 2) roubo de produtos. Em 92% dos casos, os desvios de dinheiro foram feitos por colaboradores da área financeira ou gerencial. Em 52% dos casos, os roubos de produtos foram feitos pelos colaboradores, (41% por balconistas e 11% por entregadores e assistentes) e 48% por clientes. Os roubos de produtos efetuados pelos clientes são maiores em volume, mas menores em valor, isto porque os clientes roubam o que é possível, com maior frequência, em pequenas quantidades; enquanto os colaboradores escolhem o produto do roubo e, por isso, roubam itens de maior valor. Descobrir os roubos dos clientes é mais fácil, devido às câmaras internas e às contagens de produtos. Mas os desfalques realizados pelos funcionários são bem mais difíceis de descobrir, porque, geralmente, os esquemas são concebidos por quem conhece as fragilidades dos sistemas ou dos processos. Estima-se que mais de 50% dos roubos realizados pelos funcionários do comércio varejista não são descobertos. O economista americano Robert Klitgaard criou uma fórmula que descreve a fraude como resultado do acesso

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ao dinheiro, mais o poder decisório, aliados a um déficit de transparência ou falta de vigilância. É comum tratar o roubo e os desfalques como um problema moral, mas não se pode dar ênfase apenas ao papel das pessoas, mas sim às circunstâncias em que o roubo ocorre. Qualquer sistema ou processo, que dependam exclusivamente da honestidade dos envolvidos, terão exposição a um elevado risco. No estudo promovido pelo Cpdec, foi constatado que os roubos no comércio varejista têm menos a ver com a honestidade e mais a ver com oportunidades. A maioria dos roubos foi feita por pessoas “primárias”. Isso significa que, se as condições forem propícias, haverá um incentivo para que ele ocorra. O roubo não pode ser combatido apenas com um discurso moral. É preciso adotar medidas preventivas que permitirão ampliar as chances de sucesso. Os processos devem quebrar concentração de poder e tornar mais abertas as etapas em que o problema tem maior possibilidade de ocorrer. Criar modelos de aprovação que envolvam mais de um árbitro, gerar interdependência e promover conferências constantes são algumas medidas que reduzirão os riscos. Nas empresas que apresentam crescimento rápido, os roubos são mais comuns, porque os dirigentes estão com sua atenção mais concentrada nos aspectos relacionados à garantia das operações, do que nas ações de controle. Essas empresas têm o desafio de compatibilizar crescimento com controle. FOTO: DIVULGAÇÃO

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Ajuste de percurso PASSADO O PRIMEIRO SEMESTRE, CABE AO VAREJISTA REVER O DESEMPENHO DA FARMÁCIA E AVALIAR MUDANÇAS NECESSÁRIAS PARA OS PRÓXIMOS MESES

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POR FLÁVIA CORBÓ

Com expressivo crescimento registrado nos últimos anos, o mercado de medicamentos no Brasil, incluindo todos os canais de distribuição no atacado, varejo e as exportações, movimentou mais de R$ 125 bilhões em 2014. A expectativa é de que, em 2015, mesmo com a desaceleração econômica, o segmento encerre o ano com R$ 132,15 bilhões, segundo estudo concluído pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Os números apontam que as farmácias devem atravessar de maneira segura pela turbulência econômica e política do País. Mesmo assim, não há espaço para descuidos. Em tempos de incertezas, é preciso ajustar a sintonia fina. Ou seja, fazer com que as operações básicas funcionem de maneira precisa para que se tenha tempo e recurso para investir em ações que promovam destaque e rentabilidade ao ponto de venda. “O produto core da marca deve estar bem estruturado e com a política de venda e engajamento simples, de efeito continuado e comu-

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nicação já consolidada. Não há margem para erro ou grandes apostas”, destaca a diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti. Dentro de uma farmácia, as operações básicas são: atendimento ao cliente; pesquisa de mercado; arrumação de loja, produtos disponíveis com índices de ruptura menores possíveis; excelente gestão de números; equipe qualificada; e manutenção de posicionamento (preço e serviço), segundo enumera o sócio diretor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Marcelo Cristian Ribeiro. Feita a conferência das operações básicas, é hora de trabalhar a visão macro do negócio. O início do segundo semestre é o momento ideal para ajustar processos, rever metas e traçar novos objetivos, se necessário. Ao contrário do que muitos pensam, esse balanço não pode ocorrer apenas ao término de cada ano. Deve ser um exercício mais constante, até pelo dinamismo característico do mercado de varejo. “A correção do rumo de suas ações acaba se dando diariamente, de acordo com respostas FOTO: SHUTTERSTOCK

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Composição: Glicerofosfato de Sódio, Glicerofosfato de Cálcio, Glicerofosfato de Manganês, Vitamina B1 (Cloridrato de Tiamina), Vitamina B6 (Cloridrato de Piridoxina), Vitamina PP (Nicotinamida) e Vitamina B12 (Cianocobalamina). Apresentação: Frasco com 500 mL. Número do registro MS ANVISA: 1.0657.0011.002-1. Advertências: "ATENÇÃO DIABÉTICOS: CONTÉM AÇÚCAR.” "Este produto contém corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico." “NEROLOM É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.” Distribuidores: RS: Difremel e Foco Farma | SC: Medchap | PR: BS Farma Distribuidora | SP: Distribuidora Riopretana | MG: Rezende Produtos Farmacêuticos | RJ: Mardimel | ES: Cirúrgica Confiança | BA: Grupo Cordeiro | SE: Simfarma | AL: Distrifar | PE: Compre Mais e Distribuidora Única | PB: Distribuidora Farmacêutica Paraíba CE: Difarma | PI: GM Distribuidora | MA: NC Pharma | PA: Centrofarma, NC Pharma e Iana da Amazônia | AP: Rede de Farmácias Popular | AM: Mapemi Distribuidora AC: Minas Distribuidora | RO: Totalmed | MT: Mega Farma | MS: Coremedic | GO: Labor´s | DF: NR Distribuidora | TO: Centrofarma.

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GESTÃO

FERRAMENTAS ÚTEIS A lentidão ou deficiência das informações é um dos aspectos que mais prejudicam a efetividade dos processos de controle e avaliação. A grande maioria das empresas varejistas ainda sofre pela falta de visão clara de sua operação, consequência do crescimento acelerado, gestão familiar e volume de produtos. Para permitir a visão macro de um empreendimento, vale lançar mão de técnicas difundidas no mundo dos negócios. Veja alguns exemplos:

• Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, em inglês) [ou FOFA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), em português] Uma das ferramentas mais conhecidas por ser de fácil aplicação e compreensão. Muitos outros modelos já foram desenvolvidos e discutidos na economia e podem ser adaptados para este momento de reavaliação.

Ambiente interno

Ajuda

Atrapalha

S O

W T Fraquezas Weaknesses

Forças Strenghts

Ambiente externo

Ameaças Threats

Oportunidades Opportunities

• Diagrama de Ishikawa ou Diagrama de Causa e Efeito É muito utilizado para o controle da qualidade e identificação dos problemas e origens. Para elaborar o diagrama, é preciso definir as “causas principais” de qualquer problema, também são chamados de 6 Ms: “mão de obra”, qualquer fator relacionado à falha humana ou relacionado às pessoas; “material”, problemas ou fatores relacionados com componentes, insumos ou matérias-primas; “máquina”, problemas ou fatores relacionados com equipamentos; “método”, problemas ou fatores relacionados com métodos; “meio ambiente”, problemas ou fatores relacionados com meio/local; “medida”, problemas ou fatores relacionados com controle do processo, monitoramento. Grupo de causas Método

Causa

Causa

Máquina

Causa

Causa

Causa

Medida

Causa

Causa

Causa

Causa

Efeito/Problema Causa

Causa

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Meio ambiente

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Causa

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Mão de obra

Causa

Causa

Material

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Crescimento do Mercado (Market Growth)

• Matriz BCG Outro método bem utilizado e de fácil compreensão, com o entendimento dos reais valores de cada produto para a organização. A Matriz BCG separa os produtos em quatro categorias, sendo cada uma delas um quadrante da matriz. Cada categoria é definida pelo crescimento do mercado e pela participação de mercado e requer ações específicas. Para facilitar a comunicação, cada quadrante recebe um nome de fácil memorização: • Estrela: grande crescimento do mercado e grande participação no mercado. • Vaca leiteira: pequeno crescimento do mercado e grande participação no mercado. • Interrogação: grande crescimento do mercado e baixa participação no mercado. • Abacaxi: baixo crescimento do mercado e baixa participação no mercado.

Estrela

Interrogação

Vaca leiteira

Abacaxi

Quota de Mercado (Market Share)

Quais são os principais pontos que devem ser avaliados antes de seguir para o próximo semestre? • Verificar erros e acertos do primeiro semestre; • Comparar resultados e metas parciais para o objetivo final; • Levantar pontos secundários que podem afetar os pontos principais; • Analisar indicadores de desempenho: - Grupos/categorias de produtos; - Número de clientes atendidos; - Vendas por vendedor; - Rentabilidade; - Custos; - Comparações com dados anteriores.

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GESTÃO

em loja, devolutivas do consumidor, comportamento da venda e até do clima”, explica Patricia. Isso, no entanto, não deve limitar o planejamento estratégico da empresa a longo prazo. A avaliação periódica ao final deste semestre, com a consolidação dos dados, entendimento das dinâmicas do mercado, comportamento de consumo, influências econômicas e previsão das vendas e ações futuras, é primordial para o alcance dos resultados, de acordo com Patricia, lembrando que, em um cenário de crise, esta deve ser uma preocupação ainda maior.

QUE ASPECTOS AVALIAR?

Após definidos metas e objetivos, cabe ao gestor decidir como os planos estratégicos serão compartilhados com a equipe. Há quem defenda que o nível de compartilhamento dos planos e metas depende do grau de importância da decisão. “Existem diferentes planos e metas com níveis de compartilhamentos distintos. Os planos mais estratégicos cabem somente à diretoria, já os táticos precisam ser compartilhados com os gerentes, enquanto os operacionais devem permear toda a organização”, acredita Ribeiro. “Mas não esqueça que todos da farmácia auxiliam no projeto final. Tudo depende de como se passa a informação. O que a prática diz é que todos devem possuir um alvo, um propósito a buscar.” A participação da equipe na busca de uma meta também é defendida por Patricia. Todos os colaboradores precisam estar engajados na causa, com visão de sua parte no processo e no todo. “Sem uma visão dos planos e metas, dificilmente o barco seguirá em um rumo reto”, complementa, lembrando que a revisão de metas e objetivos deve ser uma prática constante, não só em momentos de dificuldade. “As avaliações devem ser periódicas. Avaliações ocasionais em momentos de grande mudança, como crise econômica, alteração tecnológica e entrada de novos players, também são sempre válidas.”

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COMPARTILHAMENTO DE METAS

A definição de metas e estratégias deve ocorrer já no início do ano. Veja o que levar em consideração no planejamento.

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Normalmente, o sucesso de um empreendimento é avaliado por meio de números. O caminho mais simples é identificar todas as receitas e despesas, de preferência, estratificadas por tipo e por grau de importância. Quais são os principais gastos da farmácia? Compra de medicamento, em seguida folha de pagamento, depois energia elétrica? Depois de organizados, costuma-se verificar onde se está gastando a mais ou a menos para que os pontos a ser melhorados sejam identificados. Para os especialistas em varejo, esse tipo de análise deve ser feita mais corriqueiramente. Em momentos-chave, como mudança de semestre ou encerramento de ano, é preciso fazer uma revisão mais profunda. O desempenho de um varejo não pode ser avaliado apenas com foco nos resultados obtidos, vendas X metas e retorno das ações de marketing tomadas. Esses dados puros não demonstram o real cenário. “É importante, acima de tudo, que a empresa consiga medir o sentimento do consumidor com relação ao produto e à marca, os reais motivos da não compra; às influências das políticas econômicas na não conversão; às taxas de recompra e retorno do consumidor à loja, fluxo, etc. Em cenários de instabilidade, são esses os

indicadores que definem se as políticas da empresa estão conseguindo surtir efeito para passar a nuvem negra.” Entre os principais pontos que devem ser avaliados antes de seguir para o próximo semestre estão: estudar os erros e acertos cometidos no período anterior, comparar resultados e metas parciais, além de avaliar indicadores e resultado, como categorias de produtos, número de clientes atendidos, rentabilidade e comparações com dados do mesmo período anterior. Após checar se há necessidade de efetuar alguma mudança, é preciso ser cauteloso e se guiar pelo tipo de mudança que deve ser feito. “Elas podem ser reversíveis, ou seja, podem ser desfeitas voltando ao estágio inicial, ou irreversíveis, como mudanças organizacionais ligadas a pessoas”, exemplifica Ribeiro.

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O INÍCIO DO SEGUNDO SEMESTRE É O MOMENTO IDEAL PARA AJUSTAR PROCESSOS, REVER METAS E TRAÇAR NOVOS OBJETIVOS, SE NECESSÁRIO. AO CONTRÁRIO DO QUE MUITOS PENSAM, ESSE BALANÇO NÃO PODE OCORRER APENAS AO TÉRMINO DE CADA ANO

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TECNOLOGIA

A importância dos contadores de fluxo em farmácias

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AS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PRECISAM SER USADAS DE FORMA A PROFISSIONAL E COMO PARTE DOS PROCEDIMENTOS ROTINEIROS PARA SER EFETIVAS

LUIZ FERNANDO SAMBUGARO

Diretor de comunicação da Gunnebo 80

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Quais os objetivos que teríamos para implantarmos um contador de fluxo? 1º.: A correta informação sobre o fluxo de pessoas na farmácia ou em qualquer outra loja. 2º.: Gestão da equipe e do caixa: trabalho planejado e preventivo, evitando filas no caixa e falta de gente nos horários de pico, melhor atendimento: a) Quais os dias e horários de maior movimento na loja? b) Qual o melhor horário para o rodízio/almoço da equipe? c) Quando acionar caixas extras? d) Para quem tem um critério de avaliação de atendimento, como a DrogaRaia, haveria diferença de resultado nos diversos horários do dia ou da semana? 3º.: Como medir com precisão o resultado de suas campanhas promocionais, diárias ou periódicas: a) Saiu um anúncio na televisão ou no jornal, aumentou o fluxo de clientes? b) O aumento de fluxo está gerando vendas adicionais de não-medicamentos? 4º.: Qual o comportamento da loja A versus as lojas B ou C, quanto ao fluxo e aos resultados de vendas? 5º.: Qual o tempo médio de permanência na loja? O contador de fluxo, como toda tecnologia disponível ao moderno varejista, só é efetivo se usado de forma profissional e como parte da rotina contida nas normas e nos procedimentos. Os mais modernos sistemas permitem, além da contagem de entrada e saída, outras avaliações, como “as chamadas áreas quentes”, isto é, as mais nobres do ponto de vista de vendas, as áreas de maior

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tráfego, etc. São sistemas, como o Gatecount Stand Alone®, que podem funcionar independentemente, nos corredores e/ou em combinação com o fixo, posicionados na entrada da loja. Hoje, essa tecnologia é de fácil instalação, seu aplicativo é inserido no próprio sistema em uso e pode ser configurado pelo próprio usuário. Seu custo-benefício é bem favorável ao varejista, quando usado de forma adequada e bem utilizados os dados estatísticos gerados por ele. Os relatórios criados pelo sistema são de fácil acesso, por qualquer computador da empresa conectado à internet. O software de controle permite executar, consultar e exportar dados de equipamentos instalados em diferentes ambientes. Em resumo, contador de fluxo é usado hoje em quase todos os ambientes de circulação pública, com diversos interesses por parte de cada um deles. Como, por exemplo: comprovar quantas pessoas entram em um determinado shopping center depois de uma campanha realizada com este fim. Quantas pessoas entraram em uma sala de espetáculos versus o número de tíquetes vendidos. Qual o efeito da mudança de fachada de minha farmácia no fluxo de clientes? Como era antes e depois da reforma? A adição de nova linha de cosméticos e outros produtos afim melhorou o fluxo? A conclusão é muito simples: se você quer planejar o futuro, corrigir o presente, deixe de usar o “achometro” de seu gerente e utilize dados concretos e próprios de sua organização. FOTO: DIVULGAÇÃO

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PRECIFICAÇÃO

Construindo valor ESTABELECER UMA POLÍTICA SÓLIDA PARA DEFINIR O MELHOR PREÇO PARA VOCÊ E PARA O SEU CLIENTE EXIGE MAIS DO QUE CONHECIMENTO EM NÚMEROS

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POR CLAUDIA MANZZANO

Preço é importante para todo varejo. Mas isso não significa que ele deve ser baixo sempre. A estratégia que cada empresa desenvolve para estabelecer o seu preço é o que realmente vai importar, tanto ao cliente que vai escolher a loja, quanto para o empresário que busca o lucro. Por isso, estabelecer uma política, estratégia ou posicionamento de preço – independente do nome que se dê – faz parte da construção de qualquer empresa. “Estratégia de preço é o posicionamento da empresa com relação ao preço que vai atuar”, afirma o coordenador dos programas de MBA do Insper, Silvio Laban, que acha o conceito de valor fundamental. “Preço justo é o que você paga. Valor é o que recebe pelo que pagou. Passa a ser justo à medida que o consumidor entende que está recebendo o valor pago no preço”, explica.

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O gerente sênior da consultoria da Ernst & Young (EY), Gustavo Guazzelli, concorda que política de preço é determinar quanto vale um produto ou serviço oferecido ao consumidor final. “O preço está totalmente atrelado à proposta de valor e posicionamento de uma organização e, caso seja um varejista que possua loja física, o preço deve estar alinhado com a ambientação e formatação da loja.” É como se o cliente pudesse votar na loja que mais o agrada com a sua carteira, compara o economista da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), professor Eduardo Luzio. “Por que o cliente prefere a loja A ou B? Tem a ver com conveniência, preço e mix . Produtos certos com preços atraentes.” E para ser chamativos, os preços e os produtos precisam estar dentro do contexto do local e do mercado em que a loja está atuando. “Por exemplo: uma farmácia em São Mateus (bairro da periferia da zona FOTO: SHUTTERSTOCK

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PRECIFICAÇÃO

leste de São Paulo) é diferente de um ponto de venda (PDV) que está no Brooklin (bairro de classe média da zona sul de São Paulo)”, aponta o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo (Sebrae-SP), José Carmo Vieira de Oliveira. Já as lojas da Drogaria Onofre têm posicionamento diferente das farmácias de bairro. “Cada empresa tem de ter uma política de preço conforme sua estratégia organizacional. A estratégia é o que determina o preço”, conclui Laban.

CLAREZA PARA O CONSUMIDOR Para entender como o posicionamento de preço pode definir o perfil da sua loja, Guazzelli exemplifica com o caso do supermercado Walmart, que por muitos anos se posicionou como uma loja de preço baixo, inclusive com o slogan em seu logotipo “Always Low Price” (Sempre preço baixo) e “Save money. Live Better” (Economize dinheiro. Viva melhor), deixando claro aos seus clientes que eles têm a proposta de oferecer o melhor preço. Por outro lado, se utilizarmos o exemplo oposto, o varejo de luxo, em que o preço é formatado por uma estratégia de valor, a política de preço posiciona uma marca como premium e passa a mensagem ao consumidor do quanto determinado produto ou serviço é valioso. Além do fator determinante no posicionamento da marca ou empresa, complementa Guazzelli, existem outras variáveis que determinam a importância da política de preço, como estratégia de atratividade, aumento da frequência de visitas de consumidores, facilidade para entrada em novos mercados ou novas linhas de produtos e serviços, ou ainda “desovar” estoques de altas quantidades de produtos, elevar as vendas e o giro de um determinado produto, competir com a concorrência, flexibilidade na prestação de serviços, relacionamento e parcerias de longo prazo, entre outros fatores. Em varejo que atua com diversas categorias, como é o caso das farmácias, o empresário deve definir se a política de preço vai ser igual a todas as categorias ou não. No âmbito dos medicamentos, a loja pode ter uma política para os que exigem receita e outra para os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), por exemplo. Em higiene e beleza, há uma gama enorme de diferentes produtos para definir o posicionamento. Tudo depende da estratégia. A forma como vai estruturar e organizar os preços 84

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tem de ter como objetivo atrair o maior número possível de consumidores, maximizando o retorno para a empresa. “Se higiene e beleza são atrativos de tráfego, a decisão sobre o preço é uma. Se esses produtos são geradores de margem, a tática é outra. Estratégia de preço é importante para qualquer empresa que quer atrair clientes e maximizar resultados”, reforça Guazzelli. Um exemplo clássico de produto que atrai tráfego é a esfirra do Habib’s. Por ter um preço baixo em comparação com os concorrentes da marca, leva o cliente até a loja. Uma vez convencido de comer no restaurante por conta do baixo preço de um item, o consumidor vai pedir outros produtos além da esfirra, como suco, quibe, sobremesa, etc. Mesmo se não ganhar nada vendendo esfirra, o Habib’s tem lucro ao vender outros produtos com boa margem e grande fluxo na loja. “Essa mesma estratégia serve para a farmácia. O gestor só precisa achar a esfirra que o cliente quer”, aponta Luzio. O economista explica que os produtos atraidores de fluxo são grandes itens de consumo. Por isso, ressalta Luzio, o gestor tem de conhecer seu cliente, o que ele consome e quando vai à sua loja. A época do ano e o clima são outros fatores que interferem na política de preço, pois os produtos sazonais ganham e perdem valor de acordo com essas variações. No verão, explica Luzio, o consumidor tem disponibilidade para pagar um preço no protetor solar ou no inseticida, por exemplo, mas não é o mesmo que ele vai desembolsar em época de frio. Para o farmacêutico, o inverno também é importante, pois os resfriados e gripes são bem mais frequentes. “Isso também vai trazer o cliente para a loja”, endossa o consultor do Sebrae-SP.

CONSTRUINDO NÚMEROS Depois de decidir qual vai ser a política de preço da empresa, o gestor tem de imprimir isso no que será praticado na loja. Conceitualmente, explica Laban, o preço é constituído de estrutura de custos, objetivos (resultado), concorrência e demanda. É comum encontrar empresas que colocam uma margem fixa em cima do preço de custo e acham que está tudo resolvido. Todos os especialistas concordam que esse modelo é ultrapassado. Como vimos, o valor de cada produto da loja é mais do que o preço dele. Oliveira ensina que, para decidir a quanto cada produto será vendido,

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IMPACTO NA RENTABILIDADE E A MATURIDADE DAS POLÍTICAS DE PREÇOS Qual valor eu estou criando ao meu cliente?

Impacto na rentabilidade

Qual é o característica da venda para este cliente?

Qual margem de lucro quero obter considerando meu custo total?

Qual é o preço da melhor alternativa?

Preço baseado em Valor

Preço baseado em Contexto

Contexto de cada venda

Preço baseado em Competição

Preços dos concorrentes

Preço baseado em Custo Reativo

Base para a definição de preços: Valor percebido pelo cliente

Custos históricos

• Preço baseado no valor resulta em uma situação de ganha-ganha tanto para os clientes quanto para o vendedor. • Os clientes lucram com as proposições de valor alinhadas com suas necessidades e exigências. • O vendedor lucra com a melhor seleção do que o cliente está disposto a pagar.

Proativo

Maturidade

Estratégia de Pricing

Preço baseado em Custo Adicionar a margem desejada ao custo total

Preço orientado por Valor ao cliente Produto é precificado com base em “valor – benefícios” que serão oferecidos ao cliente

Preço baseado nos Competidores Precificar um produto baseado na atual e esperada resposta de competidores

Preço orientado pelo Contexto Precificar em relação a cada venda realizada (quem está comprando, quanto está comprando do que, quais as circunstâncias…)

Fonte: Ernst & Young (EY)

é preciso achar o ponto de equilíbrio, ou seja, considerar todos os custos inseridos na venda do produto. A partir da importância encontrada, o gestor estabelece a margem. Mas nem sempre a margem desejada é viável. Ficar de olho na concorrência pode ajudar a estabelecer qual o melhor preço para a sua realidade. “É muito difícil dizer quanto a concorrência pode influenciar nos preços adotados por uma loja, uma vez que existem diversas variáveis que impactam nesta questão”, indica Guazzelli. Para ele, a presença de varejistas próximos, de varejistas com 86

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e-commerce /digital, qualidade do serviço prestado, facilidades de acesso, possibilidades de pagamentos, qualidade da ambientação e layout , poder da marca do varejista, são outros fatores que precisam ser considerados ao estabelecer política de preço e valor. “Vamos supor que existam quatro farmácias a menos de 500 metros da sua loja, com categorias de produtos, serviços prestados e formatação e layout similares, definitivamente preço será um fator importante na decisão de compra do consumidor, embora não sendo o único de importância”, salienta o especialista.

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PRECIFICAÇÃO

EM VAREJO QUE ATUA COM DIVERSAS CATEGORIAS, COMO É O CASO DAS FARMÁCIAS, O EMPRESÁRIO DEVE DEFINIR SE A POLÍTICA DE PREÇO VAI SER IGUAL A TODAS AS CATEGORIAS OU NÃO. NO ÂMBITO DOS MEDICAMENTOS, A LOJA PODE TER UMA POLÍTICA PARA OS QUE EXIGEM RECEITA E OUTRA PARA OS MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Para Guazzelli, não existe certo ou errado na construção da política de preço. “Isso porque os diversos segmentos do varejo possuem características peculiares de mercado. Além dos aspectos, como sazonalidade, região geográfica, localização e presença da concorrência, possuem impacto direto na precificação”. O gerente da Ernst & Young resumiu de forma simples as principais quatro técnicas que costumam ser utilizadas para essa tarefa. São elas: Preço baseado em Valor: o preço é formatado predominantemente pela percepção do cliente. Estratégia característica de novos produtos ou serviços inovadores e varejo de luxo. Preço baseado em Contexto: o preço é formatado conforme o contexto de cada venda. Estratégia muito característica na prestação de serviços. Preço baseado em Competição: o preço é formatado de acordo com os concorrentes. Estratégia característica em varejos com alta presença de concorrentes e negócios com produtos e serviços com muita oferta similar. Preço baseado em Custo: o preço é formatado conforme o custo do produto ou serviço, somado a uma margem de lucro que o varejista definir. Estratégia característica dos varejos de móveis e livros.

DESCONTO PARA LUCRAR Ainda que pareça antagônico, um desconto mal pensado pode ser um tiro no pé. Na hora de precificar, o varejista já deve considerar se é característico 88

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do seu negócio dar descontos e seus percentuais. Para que um desconto seja concedido, é preciso que a redução do preço seja muito bem explicada ao cliente. Caso contrário, ela poderá transmitir uma imagem negativa do varejista. “Já estive em livrarias que ao simples fato de perguntar se o vendedor poderia me dar 10% de desconto, recebi um sim de imediato. Existe muito dinheiro na mesa ao falarmos de desconto, o varejista precisa estar atento ao desconto concedido nos seus PDVs e a política de desconto do negócio deve ser considerada na estratégia de formatação do preço”, conta Guazzelli. Antes de baixar os preços para tirar um sorriso momentâneo do cliente, é preciso saber qual o propósito dessa decisão. Laban explica que o desconto deve estar embutido na estratégia, por exemplo, ele serve para atrair fluxo ou compensar o cliente? O desconto isoladamente, explica, não fideliza. No caso de ter a intenção de criar uma imagem de preço baixo, a loja deve estar voltada para isso, com baixo custo operacional, sortimento reduzido e especializado. Uma estratégia interessante para ser utilizada pelos varejistas com objetivo de transformar o desconto em uma característica ou diferencial em seu negócio é o desconto progressivo, prática em que quanto maior a quantidade de produtos ou valor comprado, maior o desconto recebido pelo cliente. Desse modo, indica Guazzelli, ao incentivar uma compra maior, o vendedor deixa claro ao cliente a razão do benefício, apresentando uma situação de ganha-ganha. Uma segunda estratégia utilizada é o desconto para uma próxima compra, estimulando o cliente a voltar. Uma terceira estratégia é incentivar o cliente a acessar os diversos canais de compra que o varejo disponibiliza, como, por exemplo, oferecer um cupom de desconto a um cliente que esteja comprando pelo site da empresa para ser utilizado em uma loja física. “Muitas pesquisas já apontam que o cliente multicanal, ou seja, que compra por vários canais de venda, tem um tíquete médio e um gasto total maior no negócio”, diz Guazzelli. Mas para não errar na conta, saber na ponta do lápis até onde pode chegar o desconto não depende de estratégia. Conhecer o ponto de equilíbrio dos produtos, ou a média para cada grupo de produtos, é uma conta essencial para não ter prejuízo, segundo Oliveira. Apenas dessa forma o gestor vai saber exatamente o preço mínimo daquele item para a loja não sair perdendo.

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PONTO DE VENDA

Mudança nos Cupons Fiscais Eletrônicos NOVO SISTEMA DA SECRETARIA DA FAZENDA DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO ALTERA MANEIRA DE GERAR NOTA FISCAL E TRANSMISSÃO DE DADOS

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POR CLAUDIA MANZZANO

Desde o dia primeiro de julho deste ano, o varejo de São Paulo convive com uma nova regra da Secretaria da Fazenda (Sefaz): o Sistema Autenticador e Transmissor (SAT) ou Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos (SAT-CF-e). Esse sistema não cria nenhuma nova obrigação tributária; ele tem por objetivo documentar, de forma eletrônica, as operações comerciais do varejo, dos contribuintes do estado de São Paulo, em substituição aos atuais equipamentos Emissores de Cupons Fiscais (ECFs). O SAT

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é, na verdade, um hardware responsável pela geração do Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e), sua assinatura digital e transmissão periódica à Sefaz, sem a necessidade de o contribuinte intervir ou formatar arquivos para o órgão. Os extratos dos documentos fiscais emitidos pelo sistema terão QRCode, que permitirá ao consumidor checar dados da compra e a validade do documento com o uso de smartphone e aplicativo específico da Sefaz. “A mudança do sistema é positiva no médio prazo, porque irá implicar em redução de custos operacionais e agilizar o atendimento por parte dos varejistas”, aprova o ecoILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK

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PONTO DE VENDA

nomista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma-SP) também vê a mudança como positiva, uma vez que simplifica as operações e diminui o uso de papel, pois os arquivos serão armazenados digitalmente por cinco anos ou conforme legislação pertinente. “Também elimina custos com ECFs, compra de novas impressoras, intervenções técnicas e uma impressora para cada sistema de frente de loja, pois, no caso do SAT, apenas um equipamento poderá atender a até três sistemas de frente de loja (caixa)”, diz o diretor executivo do Sincofarma-SP, Juan Carlos Becerra Ligos. A mudança facilita a transmissão dos cupons fiscais para o Programa Nota Fiscal Paulista, pois todo CF-e gerado e transmitido pelo SAT já será carregado automaticamente na conta do Programa, praticamente eliminando os erros no envio. Com isso, a Sefaz acredita na redução do número de reclamações dos consumidores, autuações e multas dos lojistas. Os varejistas também não precisarão mais instalar um equipamento por caixa registradora. O SAT pode ser compartilhado por vários caixas, impressoras e rede de internet. Se o ponto de venda não estiver conectado à rede, o equipamento armazena todas as operações para ser enviadas à Sefaz assim que estabelecer conexão com a internet, ou pelo computador do escritório do estabelecimento comercial. Segundo Solimeo, “com o SAT, o varejista terá um sistema de solução fiscal mais automatizado e prático. A gestão contábil do estabelecimento será totalmente eletrônica, uma vez que o SAT derruba muitas das obrigações acessórias exigidas anteriormente”. Ele acredita que pode haver dificuldades por parte de alguns varejistas no começo, já que se trata de uma tecnologia nova, mas os impactos serão positivos. “O governo do estado terá um controle mais efetivo das aquisições do contribuinte nas farmácias, o que pode levar, caso os dados sejam transformados em informação pelas autoridades, a autuações e fiscalizações rapidamente, uma vez que, se as informações não estiverem corretas, e atendendo à legislação vigente, serão identificadas mais rapidamente, sem a necessidade de verificar uma montanha de documentos”, diz Ligos.

IMPLANTAÇÃO DEFINIDA Os varejistas não precisam ficar preocupados com a troca imediata dos seus equipamentos. A Sefaz esclarece que o início da data para a extinção dos ECFs com mais de cinco anos foi escalonado conforme cronograma estabelecido pela Portaria CAT 59/2015, que leva em 92

EXPECTATIVA DA SEFAZ Com a implantação do Sistema Autenticador e Transmissor (SAT), a Secretaria da Fazenda do governo do estado de São Paulo (Sefaz) espera: • Modernizar a emissão de documentos fiscais no varejo, a exemplo do que já houve com a indústria e atacado [com a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)] e no setor de transportes [com o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)]; • Simplificar obrigações acessórias a que os contribuintes varejistas estão obrigados hoje em dia, tais como a extração de relatórios (leitura X, redução Z, Mapas Resumo), extração de dados para fins da Nota Fiscal Paulista [que atualmente é feita por meio do Registro Eletrônico de Documentos Fiscais (REDF)]; • Reduzir o tempo em que o documento aparece na conta fiscal do programa Nota Fiscal Paulista do consumidor (esse prazo, atualmente, pode demorar até 90 dias e será reduzido para, no máximo, dez dias); • Simplificar a guarda dos documentos fiscais [que passam a ser totalmente eletrônicos e podem ser armazenados em mídias, HDs (Hard Disk, em inglês, ou Disco Rígido, em tradução livre para o português) ou em tecnologia na nuvem]; • Reduzir os custos que o varejista atualmente arca com a manutenção do Emissor de Cupom Fiscal (ECF) ou a necessidade de possuir um equipamento fiscal por frente de caixa; • Possibilidade de automação comercial e utilização de tecnologias móveis de venda; • Possibilitar que o varejista opere sem necessidade de dispor de internet no frente de caixa (e as consequentes e eventuais instabilidades e indisponibilidades); • Melhoria do acompanhamento das operações do varejo pela fiscalização tributária.

consideração a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos contribuintes. Todo o processo será finalizado em janeiro de 2018, quando o varejo com receita bruta anual superior a R$ 60 mil terá de utilizar o CF-e-SAT em substituição à Nota Fiscal de Venda a Consumidor. Salientando que os comerciantes que utilizam Nota Fiscal de Venda a Consumidor – modelo dois (em papel) – também terão de se adequar gradativamente ao SAT.

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Referência: 1. Bula do produto Dymista. Dymista® Spray Nasal (cloridrato de azelastina e propionato de fluticasona). Indicações: alívio dos sintomas da rinite alérgica sazonal (febre do feno) moderada e grave; rinite alérgica crônica (resfriado alérgico crônico); alívio de sintomas alérgicos, como: corrimento nasal, coriza, espirros, coceira nasal ou nariz entupido, lacrimejamento e olhos vermelhos. Contraindicações: alergia ao cloridrato de azelastina, propionato de fluticasona ou a qualquer dos componentes do medicamento. Dymista® é contraindicado para menores de 12 anos. Precauções e advertências: deve-se consultar o médico ou o farmacêutico antes de se utilizar Dymista® em caso de cirurgia ou de infecção recente de nariz, em casos de tuberculose ou outra infecção não medicada, se houve mudanças na visão ou no histórico de aumento de pressão ocular, glaucoma e/ou catarata; em caso de hepatopatia grave ou problemas de restrição de glândulas suprarrenais. Podem ocorrer efeitos sistêmicos de corticosteroides nasais, particularmente se prescritos em altas doses e por períodos prolongados. Tais efeitos são muito menos prováveis que com os corticoides orais, podem variar em cada paciente e entre diferentes preparações com corticoides. Os potenciais efeitos sistêmicos podem incluir: síndrome de Cushing, manifestações Cushingoides, supressão adrenal, retardo do crescimento em crianças e adolescentes, catarata, glaucoma e, mais raramente, uma série de efeitos psicológicos ou comportamentais, incluindo hiperatividade psicomotora, distúrbios do sono, ansiedade, depressão ou agressividade (particularmente em crianças). Dymista® contém cloreto de benzalcônio, um irritante que pode causar reações cutâneas e mucosas. O contato do medicamento com os olhos deve ser evitado. Interações: deve-se ter cautela ao administrar propionato de fluticasona em pacientes que tomam concomitantemente inibidores muito potentes do citocromo P450 3A4 (inibidores de protease, por exemplo, ritonavir). O uso concomitante de fluticasona intranasal e ritonavir pode levar ao aumento da concentração sistêmica da fluticasona, resultando em redução acentuada de concentrações séricas de cortisol. Foram relatados casos de síndrome de Cushing e supressão adrenal. A combinação deve ser evitada, exceto se o benefício superar o aumento do risco de reações adversas dos glicocorticoides sistêmicos. Outros inibidores do citocromo P450 3A4, como a eritromicina e o cetoconazol, geram leves aumentos da exposição sistêmica ao propionato de fluticasona, sem reduções significativas nas concentrações séricas de cortisol. Quanto ao cloridrato de azelastina, não foram realizados estudos específicos de interação com cloridrato de azelastina em spray nasal. Há estudos de interação feitos com altas doses orais, no entanto, eles não têm relevância como dado sobre azelastina em spray nasal, pois a dose nasal recomendada resulta em exposição sistêmica mínima. Gestação/Lactação: Categoria de risco na gravidez: C. Dymista® não deve ser utilizado por grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Não existem dados, ou apenas dados limitados, quanto ao uso de cloridrato de azelastina e propionato de fluticasona em grávidas, portanto, Dymista® deve ser usado durante a gravidez apenas se o benefício potencial superar o risco potencial ao feto. Não se sabe se o cloridrato de azelastina e seus metabólitos, ou o propionato de fluticasona e seus metabólitos, administrados por via nasal, são excretados no leite humano. Como muitos medicamentos são excretados no leite materno humano, deve-se ter cuidado ao administrar Dymista® para lactantes. Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas: Efeitos como fadiga, cansaço, exaustão, tonturas ou fraqueza podem ser causados pela própria doença tratada, mas também podem ocorrer com o uso de Dymista®, portanto recomenda-se evitar essas situações, pois a capacidade de conduzir e utilizar máquinas pode ser prejudicada. Idosos: não há necessidade de ajuste de dose para idosos. Reações adversas: os efeitos colaterais mais comuns com o uso de Dymista® foram sintomas como: sangramento nasal, dor de cabeça, disgeusia, odor desagradável, desconforto nasal, espirros, ressecamento do nariz e garganta, tosse e irritação da garganta. Reações muito raras incluem: hipersensibilidade, angioedema, broncoespasmos, tonturas, sonolência e sintomas de aumento da pressão intraocular, catarata, perfurações do septo nasal, erosão da mucosa, náuseas, exantemas, prurido e urticária, fadiga e fraqueza. Posologia: a dose recomendada para adultos e adolescentes é de um jato em cada narina duas vezes ao dia. A duração do tratamento deve corresponder ao período de exposição ao agente alergênico. Via de administração: nasal. Venda sob prescrição médica. Registro MS: 1.9298.0002 A PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Informações adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação a Meda Pharma Importação e Exportação de Produtos Farmacêuticos Ltda. - Rua da Paz 2059 – Chácara Sto. Antônio – CEP: 04713-002 SAC MEDA: 0800 770 5553

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PONTO DE VENDA

• Equipamento de processamento de dados com porta USB (Universal Serial Bus, em inglês, Porta Universal, em português) – normalmente um microcomputador; • Aplicativo Comercial (AC) compatível com utilização com o equipamento Sistema Autenticador e Transmissor (SAT); • Rede local com acesso à internet; • Impressora comum (não fiscal), podendo ser compartilhada entre diferentes sistemas de frente de loja. Fonte: Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma-SP)

O QUE MUDA PARA A POPULAÇÃO Ao que tudo indica, aponta Solimeo, o consumidor terá ganhos com o SAT que, por ser integrado ao sistema da Nota Fiscal Paulista, irá disponibilizar os créditos muito mais rapidamente. “O consumidor poderá ter seus créditos liberados no período de uma hora a, no máximo, dez dias. Ou seja, não precisará esperar até quase 90 dias como ocorre atualmente.” Como o SAT só opera eletronicamente, não existe documento fiscal impresso. Segundo a Sefaz, o extrato do CF-e-SAT é uma cópia simplificada do documento eletrônico, servindo basicamente para controle das aquisições pelo consumidor. Nele, existe a chave de acesso, que possibilita a consulta do respectivo documento eletrônico no site da Secretaria da Fazenda, que possibilitará a checagem da autenticidade do extrato e fidelidade das informações por meio de telefones celulares compatíveis com a tecnologia, permitindo assim ao consumidor também denunciar o estabelecimento, caso haja irregularidades. Só existe na forma eletrônica e tem validade quando regularmente recepcionado e armazenado pelo Fisco.

Confira as datas em que as implantações definidas pela Secretaria da Fazenda se tornam obrigatórias.

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ESTRUTURA NECESSÁRIA ÀS FARMÁCIAS

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De acordo com a Sefaz, os contribuintes, que não se adequarem às regras dentro dos prazos estabelecidos, estarão sujeitos às penalidades listadas no Artigo 157 do Regulamento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) paulista (RICMS). Solimeo acredita que, com o tempo estabelecido, até as empresas de menor porte poderão se adequar. “Além de comprar o aparelho SAT, já disponível no mercado, o estabelecimento também precisará de um aplicativo eletrônico capaz de conversar com o SAT. O empresário então precisa entrar em contato com seu fornecedor de software para saber como fazer essa adaptação e se ela vai gerar custos.” Ele afirma que até que as micro e pequenas empresas estejam obrigadas à mudança, é provável que os preços dos equipamentos e programas se reduzam devido à concorrência entre os fornecedores. Para Ligos, nem todas as farmácias têm atualmente condições técnicas e estrutura para aderir ao SAT, mas acredita que faz parte da evolução no mercado as empresas usarem cada vez mais a tecnologia, tanto para atender às legislações pertinentes, diminuindo assim custos e melhorando a sustentabilidade do planeta, como também, por meio dela, prestar melhores serviços aos clientes, aprimorando a gestão da empresa e usando informações precisas. “As empresas que não se adaptarem, provavelmente, encerrarão suas atividades”, profetiza Ligos. “O Sincofarma-SP está comprometido em ajudar o varejo que ainda não está preparado para o SAT, com orientação, informação e capacitação quanto a este programa; inclusive, constantemente, realizando palestras com a própria Secretaria da Fazenda, com o diretor adjunto da Sefaz, Dr. Marcelo Fernandez, nas quais esclarece dúvidas”, reforça Solimeo. Esse preparo se faz necessário devido à necessidade do próprio contribuinte em operar o novo sistema. Ligos salienta que o empresário terá de aprofundar seus conhecimentos quanto às mudanças e à legislação do varejo, e assim cabe a ele o envio de dados corretos e não ao contador. Por outro lado, o SAT não precisa de manutenção, a sua atualização é feita via internet, portanto, não há intervenção de técnicos e não existe um tempo de uso predefinido. “Além disso, se um equipamento SAT quebrar, o mesmo poderá ser substituído por outro imediatamente e a empresa poderá até ter um SAT de backup caso seja conveniente, ou seja, a empresa não ficará impossibilitada de emitir o CF-e em caso de problemas com o equipamento.”

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MERCADO

Aposta promissora

NO BRASIL, COM OS AVANÇOS DA ECONOMIA NA ÚLTIMA DÉCADA, QUE PERMITIRAM A INCORPORAÇÃO DE CERCA DE 30 MILHÕES DE NOVOS CONSUMIDORES, O SETOR DE SAÚDE TEVE UM BOOM, AMPLIANDO OS NEGÓCIOS EM DIVERSAS ÁREAS, COMO A FITOTERAPIA POR KATHLEN RAMOS E MARCELO DE VALÉCIO

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O segmento de fitoterápicos manteve o crescimento da sua receita em 2014 e para este ano, as perspectivas continuam boas para o setor. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa), em 2014, o mercado farmacêutico brasileiro de medicamentos fitoterápicos cresceu 6,1% em faturamento, evoluindo de R$ 1,35 bilhão para R$ 1,44 bilhão.

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Já em unidades, a elevação atingiu 5,4%, passando de 49,6 milhões de unidades comercializadas para 52,3 milhões, resultado muito positivo, na avaliação dos analistas da Abifisa, mesmo com o cenário de instabilidade econômica mundial que desaqueceu vários setores da economia. Em termos globais, do total de US$ 320 bilhões em vendas anuais de produtos farmacêuticos, o mercado de fitoterápicos movimenta cerca de US$ 20 bilhões todos os anos e está em ascensão, princiFOTOS: SHUTTERSTOCK

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do mercado total do produto), assim como o fazem mais de 40% dos habitantes dos países asiáticos. Estimativas da Confederação Nacional de Saúde (CNS) indicam que o setor movimenta cerca de R$ 510 bilhões por ano. Tal montante leva em consideração toda a cadeia do segmento, incluindo a indústria médico-hospitalar, as operadoras de planos de saúde e a indústria farmacêutica. Apenas a produção farmacêutica nacional abocanha aproximadamente 13% do total do setor de saúde. Em 2014, o segmento fechou com faturamento de R$ 65,7 bilhões, de acordo com levantamento da consultoria especializada IMS Health.

NA CONTRAMÃO DA ECONOMIA

palmente pelo interesse das pessoas por mais qualidade de vida. Os dados da consultoria Global Industry Analysts indicam que o mercado de produtos que utilizam plantas como matéria-prima (incluindo, além de medicamentos, alimentos e cosméticos) deve atingir US$ 93 bilhões este ano. Atualmente, perto de 80% da população europeia consome de alguma forma medicamento fitoterápico (sendo o consumo da Europa responsável por aproximadamente 50%

A indústria de medicamentos está entre os segmentos que conseguiram passar ao largo da crise internacional e dos percalços da economia brasileira do último ano. A taxa média de expansão gira em torno de 13% ao ano. Em 2014, as vendas unitárias de medicamentos no País subiram 8% em relação ao ano anterior. Para o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, o potencial do País no setor é enorme. “Vide a oferta de serviços e produtos fitoterápicos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede pública, e o incentivo do Ministério da Saúde à pesquisa e ao desenvolvimento de plantas medicinais e fitoterápicos, em parceria com outros órgãos de fomento”, afirma. Além disso, acrescenta Mussolini, a nova regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cria a categoria de Produtos Tradicionais Fitoterápicos, ampliando a lista de produtos com segurança e eficácia comprovadas. “Com a medida, é provável que os laboratórios farmacêuticos aumentem a oferta de medicamentos fitoterápicos”, estima.

RESULTADOS DE QUEM FAZ “Nos últimos três anos, o segmento de fitoterápicos cresceu aproximadamente 20% em unidades vendidas e 24% em valores, resultado muito positivo, mesmo com o cenário adverso na econômica global que influiu em vários setores”, analisa o gerente de produtos Over The Counter (OTC) da 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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MERCADO

O MERCADO DE FITOTERÁPICOS MOVIMENTA CERCA DE US$ 20 BILHÕES TODOS OS ANOS E ESTÁ EM ASCENSÃO, PRINCIPALMENTE PELO INTERESSE DAS PESSOAS POR MAIS QUALIDADE DE VIDA Herbarium, Eduardo Cristiano P. de Oliveira. “Mesmo com crescimento mais discreto em 2014, deve-se destacar que vender 6% a mais em ano de retração é ainda bem positivo”, assinala o executivo, que se mostra otimista para este ano. “Mesmo com uma esperada instabilidade do mercado brasileiro devido a questões político-econômicas, esperamos, para 2015, um melhor desempenho nas vendas de produtos fitoterápicos. A busca por terapêuticas menos agressivas e hábitos de vida mais saudáveis tende a ampliar o número de consumidores do segmento que a cada ano buscam por mais produtos inovadores e sustentáveis.” A Herbarium tem em linha 30 medicamentos fitoterápicos, os quais receberão intensos investimentos em 2015, segundo revela Oliveira. Com grande potencial de crescimento no Brasil, os fitoterápicos avançam mais do que os sintéticos, adiciona o gerente de marketing da Aspen Pharma, Jackson Figueiredo. “Os fitoterápicos possuem alto potencial de mercado e deverão ter um ótimo crescimento em 2015”, acredita. A empresa vai continuar a apostar no segmento, incluindo o lançamento de um novo fitoterápico até o fim do ano. “Cerca de um terço da receita da Aspen no Brasil vem dessa categoria. O crescimento médio nos últimos três anos tem sido de aproximadamente 15%”, diz o executivo. Atualmente, a empresa possui dez marcas de fitoterápicos em seu portfólio, tendo como destaque neste segmento o Calman, líder de venda há dois anos, segundo Figueiredo. 100

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“A companhia registrou aumento de 10% com esse produto, mantendo a liderança de mercado e participação de 49%. Outro item que atingiu a liderança do mercado em que atua foi a Alcachofra, responsável por 58% de market share”, acrescenta. A linha de fitoterápicos da Natulab cresceu 42% em unidades comercializadas e 45% em receita em 2014, se comparada com os números do ano anterior. Segundo a farmacêutica analista de inteligência de mercado e marketing de produto do Natulab, Valnizia Mendes, produtos que atuam no sistema nervoso central, sistema digestivo e expectorantes são os mais vendidos. O grupo possui cerca de 20 medicamentos fitoterápicos no portfólio, sendo que vai continuar a investir na expansão e introdução de novos fitos, sobretudo em produtos diferenciados. “A expectativa para 2015 é de que o mercado continue a crescer a taxas de dois dígitos”, acredita Valnizia. “Quando comparamos os números do mercado de medicamentos fitoterápicos do Brasil com os da Europa, verificamos o quanto existe de oportunidade para o setor se desenvolver”, diz, destacando que produtos que atuam no sistema nervoso central ainda constituem as áreas mais promissoras, em virtude das mudanças que vêm ocorrendo na sociedade e a busca por tratamentos mais alternativos. “Vamos apostar no crescimento, para tanto, temos cerca de dez novos produtos previstos para ser lançados ao longo do ano, a exemplo do Seakalm, que se consolidou como o fitoterápico mais vendido do Brasil em unidades comercializadas, segundo o IMS Health.”

CONHECIMENTO É GARANTIA DE BOM ATENDIMENTO A procura por medicamentos fitoterápicos cresce dia após dia, seja pela busca cada vez maior da população por tratamentos com base em medicamentos “menos agressivos e mais naturais”; pelo maior acesso da população à saúde; ou pela alta de prescrições médicas. Seja qual for o motivo, com exceção dos medicamentos de venda restrita, sob prescrição médica, os fitoterápicos de venda livre ficam sob a responsabilidade do farmacêutico. É esse profissional que tem autonomia para a orientação na automedicação responsável, de acordo com a Resolução nº. 477 de 28 de maio de 2008

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PRINCÍPIOS ATIVOS MAIS UTILIZADOS NO BRASIL • Valeriana ( Valeriana officinalis) – indicada para insônia crônica e como calmante. • Guaco (Mikania glomerata) – funciona como broncodilatador e expectorante, sendo utilizado no combate a doenças respiratórias, dor de garganta e bronquite. • Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) – auxilia no tratamento de gastrite e úlcera duodenal e em sintomas de dispepsias. • Ginkgo (Ginkgo biloba) – reduz tonturas, melhora a memória, alivia as dores nas pernas e nos braços e elimina o zumbido no ouvido. • Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum) – usada contra problemas de circulação sanguínea, varizes, hemorroidas e como anti-inflamatório. Fonte: Vitalab

do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Para isso, é necessário, no entanto, que o farmacêutico conheça as indicações, contraindicações e os riscos envolvidos nessa terapêutica. No caso específico dos fitoterápicos, os cuidados devem ser redobrados no momento da dispensação, já que estes medicamentos ainda são cercados por alguns mitos. A cultura popular prega, erroneamente, que “se é vegetal, não faz mal”. No entanto, um simples extrato vegetal, até mesmo na forma de chá, é constituído de milhares de substâncias químicas diferentes, que podem interagir ne-

gativamente com outros medicamentos que o consumidor eventualmente utilize, ou mesmo com alimentos, ocasionando deficiências nutricionais em longo prazo. Os riscos mais graves incluem interações entre medicamentos fitoterápicos e sintéticos, além de efeitos adversos que os fitoterápicos isoladamente possam apresentar. Todas as plantas têm um potencial de risco. Se um paciente realiza um transplante e toma imunossupressores, que previnem a rejeição do órgão transplantado, por exemplo, o uso de alguns tipos de chás pode reduzir o efeito destes medicamentos. Outro exemplo é a Ginkgo biloba, que pode ser usada por pacientes que procuram afinar o sangue. Quando associada a outro medicamento alopático que tem o mesmo fim, o paciente pode ter pequenas hemorragias. Dessa forma, é fundamental que plantas medicinais e fitoterápicos sejam indicados por profissionais habilitados. Portanto, é fundamental que o farmacêutico conheça a fundo a variedade de reações que um medicamento fitoterápico possa apresentar, sejam elas positivas ou negativas. Muitas vezes, as informações obtidas na graduação não são suficientes em virtude da complexidade desse assunto, bem como em função das descobertas que têm avançado rapidamente. Sendo assim, uma boa dispensação de fitoterápicos requer estudos mais aprofundados, geralmente em cursos de especialização, e atualização constante no que se refere à pesquisa de plantas medicinais. Com os conhecimentos atualizados em fitoterapia, o farmacêutico poderá prestar a assistência adequada à população com base científica e não apenas com base no conhecimento empírico. 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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DISPENSAÇÃO

Orientação necessária DURANTE MUITO TEMPO, OS ANTIBIÓTICOS FORAM UTILIZADOS DE MANEIRA INCORRETA, COM PRESCRIÇÕES INADEQUADAS, USO DESNECESSÁRIO E UTILIZAÇÃO EM QUANTIDADE INSUFICIENTE. ESSES FATORES CONTRIBUÍRAM PARA QUE AS BACTÉRIAS FOSSEM ADQUIRINDO RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EXISTENTES

A POR VIVIAN LOURENÇO

A resistência de bactérias a antibióticos é uma ameaça global à saúde pública. De acordo com estudo divulgado recentemente pelo governo britânico, dez milhões de pessoas morrerão por ano a partir de 2050 por conta das chamadas superbactérias, mais do que o número atual de mortes provocadas por câncer. E alguns países emergentes, como o Brasil, poderão ser os mais atingidos pelo aumento no número de casos. O controle de antimicrobianos foi necessário como uma tentativa de diminuir as ta-

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xas de resistência bacteriana, pois se corre o risco de que, em um futuro próximo, não haja mais antibióticos eficazes. O uso desenfreado de antibióticos sem uma cuidadosa avaliação das suas indicações apropriadas pode acarretar o desenvolvimento de cepas bacterianas multirresistentes, levando a consequências graves, com efeitos diretos na problemática das infecções hospitalares. Além da resistência aos antimicrobianos, a presença de reações adversas constitui outro problema grave de saúde pública, cauFOTOS: SHUTTERSTOCK ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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O uso indiscriminado desses medicamentos aumentou de maneira tão drástica que, em 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teve de adotar medidas rigorosas no controle desses fármacos com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 20/11, como destaca a farmacêutica e mestranda em Biotecnologia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Nadine Cunha Costa. Em decorrência desses acontecimentos, somados a tantos outros, começou a se perceber que os antibióticos não estavam mais promovendo o efeito desejado aos tratamentos clínicos, então, a comunidade médica encontrava dificuldade na escolha de terapias antimicrobianas que fossem mais específicas e eficazes.

RECEITUÁRIO PRECISO

sando hospitalização, aumento de tempo de internação e podendo ainda levar o paciente a óbito. Entre os exemplos de reações adversas ao uso desenfreado de antibióticos, a professora do curso de Farmácia do Centro Universitário Newton Paiva, em Belo Horizonte, Carla Bonanato de Avelar, cita a ocorrência de diarreia, arritmia, mielossupressão e insuficiência renal. Outro fator relevante relacionado à necessidade do controle rígido desses medicamentos são as interações medicamentosas, por exemplo, alguns antibióticos potencializam o efeito do anticoagulante varfarina, podendo causar hemorragia, além do uso de contraceptivos orais que pode resultar na diminuição ou perda da eficácia. Portanto, é importante ressaltar que a racionalização de antimicrobianos oferece a oportunidade de determinar seu uso apropriado nos casos para os quais estão indicados, e assim identificar situações em que seu uso seria impróprio.

Devido à importância do controle do uso desse medicamento, a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros, orienta que o receituário deve seguir as normas estipuladas pela RDC 20/11. Segundo essa legislação, o receituário desses medicamentos deve conter, obrigatoriamente, os seguintes itens: • Nome completo do paciente; • Idade do paciente; • Sexo do paciente; • Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB); • Dose ou concentração do medicamento; • Forma farmacêutica; • Posologia e quantidade; • Nome do prescritor ou nome da instituição; • Número de inscrição no Conselho Regional; • Endereço completo do prescritor ou instituição; • Telefone do prescritor ou instituição; • Assinatura do profissional; • Carimbo; • Data da emissão da prescrição. “Segundo essa legislação, a prescrição deverá ser realizada em receituário próprio do prescritor, não havendo um modelo específico, em duas vias”, completa Carla. A receita é válida por dez dias a contar da data da emissão, sendo proibida a venda após este prazo. Além disso, ela poderá conter outros medicamentos e não há limitação do número de itens. 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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DISPENSAÇÃO

Outra informação importante é que, quando o paciente recebe uma prescrição para uso prolongado de antibiótico, ele poderá utilizar a mesma receita, dentro de um período de 90 dias, a contar da data de emissão, desde que, na receita, esteja mencionado “Uso Contínuo”.

ORIENTAÇÃO AO CONSUMIDOR Os pacientes não procuram muitas orientações sobre o medicamento, pontua Tatiana. Entretanto, o farmacêutico deve ser proativo e oferecer orientações e informações ao consumidor. A principal orientação é que o paciente não deve suspender o tratamento, mesmo ocorrendo a melhora dos sintomas, o que acaba acontecendo na maioria dos casos. O regime posológico dos antibióticos está relacionado à manutenção do fármaco na corrente sistêmica para que os micro-organismos não desenvolvam resistência, conforme esclarece a professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da 106

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DICAS SOBRE O USO CORRETO DOS ANTIBIÓTICOS • Utilizar antibióticos apenas quando prescrito por um médico ou cirurgião-dentista. • Tomar o número correto de doses por dia e em intervalos regulares. • Completar todo o ciclo de antibióticos, conforme prescrito, mesmo que o paciente esteja se sentindo melhor, para garantir que todas as bactérias sejam eliminadas. • Não compartilhar antibióticos com outras pessoas. • Não pular doses, nem tomar duas doses de uma vez para compensar uma dose esquecida. • Armazenar os antibióticos conforme as orientações da bula. • Não guardar antibióticos para utilização futura. Fonte: Abbott

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MEDIDAS QUE O MÉDICO PODE APLICAR • Campanhas educativas; • Comunicação com o paciente durante o tratamento; • Começar a terapia com antimicrobiano de baixo espectro, somente em casos específicos, iniciar com largo espectro; • Demostrar a importância do tratamento ao paciente, facilitando a adesão; • Melhorar a legibilidade da prescrição.

Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti. Daí a grande preocupação com o horário, a frequência e o período de administração destes medicamentos. O usuário de medicamento tem de ter todas as informações necessárias para que ele possa fazer o uso racional de antimicrobianos e, portanto, está muito relacionado ao conhecimento/entendimento que a pessoa tem a respeito desta classe terapêutica. “Na dispensação, o farmacêutico tem de estar certo de que mencionou todas as informações necessárias e, também, de que o usuário do medicamento as entendeu. Os horários devem ser estudados para o estabelecimento de uma farmacoterapia adequada, considerando os inúmeros fatores interferentes. Cada pessoa deve ser tratada individualmente, considerando o universo de características que apresenta naquele momento”, orienta Maria Aparecida. Cada medicamento precisa ser tomado em um horário predeterminado para a obtenção do melhor efeito terapêutico e da redução nos efeitos colaterais. Não existe um horário único e universal para a administração de todos os medicamentos. O horário deve ser estabelecido, considerando uma série de situações, por exemplo, se o usuário está tomando outros medicamentos, se é indicada a ingestão em jejum ou após alimentação, etc. As orientações constantes em bula devem ser obedecidas para a segurança e a eficácia do medicamento, além das recomendações médicas. 108

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A falta de conhecimento sobre o tratamento pelo paciente compromete a obtenção de resultados e a melhora do quadro clínico, como alerta Carla. Enquanto os pacientes não forem devidamente informados sobre todos os passos do tratamento, do diagnóstico até o seu término, comprometendo a adesão, cada vez mais doenças serão reincidentes e resistências bacterianas serão mais presentes. Deve-se ressaltar que a escolha do antibiótico e a explicação sobre o diagnóstico devida ao paciente são responsabilidades dos médicos, cabendo ao profissional farmacêutico avaliar as prescrições, propor o uso racional e praticar a Atenção Farmacêutica, proporcionando informações e orientações imparciais sobre a utilização dos mesmos. É importante que, no processo de avaliação das prescrições, o estudo sobre as interações medicamentosas e interações dos medicamentos com alimentos sejam identificadas e sanadas, além de estabelecer, com o paciente, os esquemas posológicos que se adaptem melhor ao seu estilo de vida. Geralmente, quando se inicia o uso de antimicrobiano, o doente apresenta sintomas como dor e febre. E logo nas primeiras doses do medicamento, as bactérias mais frágeis já começam a ser eliminadas e os sintomas melhoram. Nesse momento, a maioria dos pacientes, como relata Nadine, da UFT, cessa o tratamento, interrompe este antes do término, sendo então que as bactérias mais fortes continuam vivas e começam a se multiplicar novamente e os sintomas retornam.

PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO O Brasil é campeão da automedicação. Medicamentos genéricos, similares ou de referência, com ou sem prescrição, comprados em farmácias reais ou virtuais, sem precisar sair de casa. A opção é muito mais atraente e simples do que marcar uma consulta médica, como faz o alerta a professora do curso de Farmácia do Centro Universitário Newton Paiva. Há muito que se fazer em termos de melhoria de conhecimento da população. Todas as ações, desde que praticadas com fundamentação técnico-científica, contribuirão em algum grau para a melhoria do conhecimento na área da saúde pela população. O País precisa urgentemente melhorar a qualidade de informação da população que, além de heterogê-

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nea, tem características distintas, dependendo da classe social a qual pertence. Por menor que seja a informação fornecida por meio de folders, jornais, banners ou outro veículo de comunicação, a população terá benefícios, comenta Maria Aparecida. Mas o que pouca gente imagina, de acordo com as especialistas, é que os medicamentos são o principal agente causador de intoxicação no Brasil, ocupando lugar de destaque nas estatísticas do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sintox). Do ponto de vista dos medicamentos da classe dos antimicrobianos, a Anvisa adotou providências no sentido de controlar a venda mediante a retenção de uma via da receita e espera, com esta medida, combater um grave problema de saúde pública que é o desenvolvimento de bactérias cada vez mais resistentes por conta do uso indevido ou incorreto dos antibióticos. A automedicação poderá trazer vários malefícios ao indivíduo, como: mascarar os sintomas de males maiores que possam estar ocorrendo e, assim, colocar a vida da pessoa em risco; gerar outro problema de saúde que até então não existia; intensificar o problema já existente; interagir com outros medicamentos que o indivíduo esteja tomando, comprometendo a eficácia terapêutica; além de poder causar inúmeros outros.

ORIENTAÇÕES FUNDAMENTAIS • Tempo de tratamento; • Quantidade de medicamento; • Preço; • Marca do medicamento; • Tempo de duração do tratamento; • Tomar o medicamento na hora correta; • Não desistir da terapia no primeiro sintoma de melhora; • Seguir o tratamento até o final; • Em caso de formas farmacêuticas sólidas, tomar o medicamento com água; • Não se automedicar; • Na dúvida, procurar o médico ou farmacêutico.

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Como os antibióticos são dispensados mediante prescrição médica, infere-se que não seja utilizado como automedicação. Entretanto, sabe-se que muitas vezes alguns familiares utilizam “sobras de medicamentos” e fazem seu uso indiscriminadamente. São atitudes como essas que irão comprometer não somente a saúde de quem está utilizando, mas terão impacto avassalador na resistência microbiana dos antimicrobianos de que a própria pessoa possa ser vítima em um futuro próximo. Porém, para Carla, uma rigorosa supervisão sobre a venda e prescrição médica deveria atingir diversas outras classes de medicamentos, pois todos, inclusive aqueles de venda livre, não podem ser consumidos sem controle. Todos têm indicações e posologias específicas, além do risco de provocarem efeitos colaterais e interagirem com medicamentos ou alimentos, causando danos maiores à saúde. “Eu sempre utilizei uma fala simples e rápida para conscientizar o porquê de ser tão importante usar corretamente esse tipo de medicamento: ‘quando o antibiótico não é utilizado corretamente, se precisar tomar novamente este medicamento, ele não terá mais efeito’. Acredito que essa forma é mais eficaz do que explicar os mecanismos de resistência bacteriana a pessoas leigas”, pondera Tatiana. A farmácia é sem dúvida o melhor lugar para se trabalhar com a conscientização do uso indiscriminado de antimicrobianos. Exigindo profissionais cada vez mais qualificados e preocupados com a saúde pública. “Por exemplo, eu vejo muito isso acontecer, informativos sobre promoções, campanhas, lançamentos dentro das farmácias e dificilmente um informe como este: ‘Diga não ao uso indiscriminado de antibióticos’. É algo tão simples de se fazer e que, com certeza, chamaria a atenção do consumidor em pró da conscientização”, finaliza a farmacêutica e mestranda em Biotecnologia da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Outro aspecto que deve ser muito difundido, para Maria Aparecida, é a orientação correta do descarte de medicamentos (não somente o antibiótico, mas, também, os demais) que não serão mais utilizados, para evitar que outros possam fazer uso irracional dos medicamentos.

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Paciente displicente OS HOMENS TEMEM DESENVOLVER DOENÇAS CARDIOVASCULARES E PROBLEMAS RELACIONADOS À IMPOTÊNCIA SEXUAL, MAS NÃO COSTUMAM FREQUENTAR ESPECIALISTAS MÉDICOS COMO MEDIDA PREVENTIVA POR FLÁVIA CORBÓ

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Desde a infância, a relação dos homens e das mulheres com a saúde é diferente. Enquanto as meninas são levadas pelas mães ao ginecologista logo na primeira menstruação – muitas vezes até antes disto –, os meninos não são estimulados a criar o hábito de fazer visitas periódicas ao médico. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realizada em parceria com a Bayer, com mais de 3,2 mil homens acima dos 35 anos, em oito capitais brasileiras, mostra que 51% nunca foram ao urologista. Entre os que já estiveram em um consultório da especialidade, apenas 42% se cuidam com regularidade, enquanto 52% vão ao médico eventualmente.

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“O homem começa a se preocupar com a saúde a partir dos 40 anos. Antes disso, é raríssimo”, afirma o urologista do Centro de Urologia do Hospital 9 de Julho, Dr. Edgard Romanato. E mesmo nesse estágio da vida, a procura por um médico, normalmente, ocorre devido a uma iniciativa da parceira. “É muito comum o paciente vir acompanhado da esposa e pedir que ela explique o motivo da consulta, os sintomas que vem sentindo”, conta o doutor em Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), membro do núcleo de Urologia da AC Camargo e diretor de comunicação da SBU, Dr. Carlos Sacomani. Desenvolver problemas cardiovasculares e perder o vigor sexual são os maiores medos dos FOTOS: SHUTTERSTOCK

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ESTIMULANTES SEXUAIS Em uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realizada em parceria com a Bayer, descobriu-se que 29% dos brasileiros fazem uso de medicamento para estimular a ereção. Dentro desse universo, 55% visam melhorar a performance sexual, 25% desejam aumentar o apetite sexual, 10% buscam regular os níveis hormonais e outros 10% tomam para tratar andropausa. A Sildenafila é a mais utilizada no combate à disfunção erétil. Os medicamentos compostos por essa substância provocam vasodilatação dos corpos cavernosos, levando a um melhor afluxo de sangue à região do pênis, o que, por sua vez, propicia uma ereção melhor. Para esse tipo de tratamento, existe a necessidade do estímulo sexual e a medicação deve ser tomada com certa antecedência. Quando utilizado com recomendação médica, por pacientes que realmente apresentem problema de ereção, o medicamento atua de forma segura. O problema é que nem sempre a administração é feita dessa maneira. Apenas 38% dos entrevistados garantiram que tomam o medicamento com orientação de um profissional de saúde.

homens, segundo a pesquisa da entidade. Entre os entrevistados, 28% afirmaram que doenças do coração são as que mais preocupam e 19% têm mais temor de desenvolver impotência sexual. Câncer de próstata (14%) e diabetes (13%) foram citados por um percentual menor de participantes do estudo. Mas mesmo diante de tamanho receio, a visita aos especialistas e a realização de exames periódicos ainda têm prevalência baixa. Quando se trata da falta de atenção aos problemas cardiovasculares, o professor colaborador do Departamento de Cardiopneumologia da FMUSP e médico assistente do Hospital das Clínicas, Dr. Maurício Wajngarten, acredita que o fato esteja relacionado à baixa percepção de risco. Em uma pesquisa realizada com os pacientes do Hospital Israelita Albert Einstein, quase a metade dos homens, que realizaram um checkup 11 4

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geral e tinham risco médio a moderado e alto de desenvolver doenças cardiovasculares, achava que não tinha nenhum problema. Essa falta de percepção é extremamente perigosa, já que, depois de fatores externos, como a violência, os acidentes de trânsito e o abuso de drogas lícitas e/ou ilícitas, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre homens. “Os hábitos de vida dos indivíduos do sexo masculino são os que os tornam mais suscetíveis. O uso em excesso de bebida alcoólica, o tabagismo e a elevação da pressão arterial são as principais causas da diferença de expectativa de vida entre os homens e as mulheres”, destaca o coordenador do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano, Dr. Alexandre Crippa. Atualmente, a expectativa de vida das mulheres brasileiras é de 7,3 anos maior que a dos homens, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto elas vivem, em média, 78,6 anos, os homens chegam até os 71,3. A falta de uma rotina de cuidados pode ser a explicação para a diferença. Entre os entrevistados da pesquisa da SBU, 33% disseram que as visitas ao médico são negligenciadas por falta de tempo, 32%, pela ausência de motivos e outros 15%, por medo. “O homem passa outras coisas na frente da saúde, como compromissos profissionais, cuidados com bens materiais. Vemos uma preocupação com doenças, mas não com a prevenção”, opina o presidente da SBU de São Paulo, biênio 2014/2015, e professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Dr. Roni de Carvalho Fernandes. A falta de cuidado do homem com a própria saúde pode ser percebida quando analisado o uso de preservativo nas relações sexuais. Apesar de darem muito valor à performance sexual, boa parte dos homens não se preocupa com a segurança na hora do sexo. Dados coletados pelo Ministério da Saúde em 2014 revelam que pelo menos 45% da população sexualmente ativa do País não usou preservativo em relações sexuais casuais. O percentual reflete nos números atuais de casos novos de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a aids, visto que, o Brasil registra um dos piores indicadores mundiais dessa patologia e o número de casos segue aumentando.

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GRAU DE CONHECIMENTO DOS HOMENS SOBRE SUA SEXUALIDADE E SAÚDE APÓS OS 45 ANOS DE IDADE Problemas de saúde diagnosticados Baixa de libido ou disfunção erétil 3%

Câncer 2%

Depressão 9%

Nenhum 40%

Hipertensão 13%

Doenças cardiovasculares 9%

Diabetes 12%

Obesidade 12%

Utilização de estimulante sexual

Problemas de saúde que mais temem Câncer no estômago 4% Obesidade 6%

Doenças cardiovasculares/ infarto 28% Impotência sexual 19%

Perda da libido 7%

Diabetes 13%

Câncer no pulmão 9%

Câncer de próstata 14%

Motivos para utilização de estimulante sexual Regular os níveis hormonais/ testosterona 10%

Sim 29% Não 71%

Utilização de estimulante sexual por recomendação médica

Melhorar a performance/ maior tempo de ereção 55%

Aumentar o apetite sexual 25%

Tratar a andropausa ou hipogonadismo 10%

Outras recomendações Camelô 5%

Sim 38%

Amigos 41%

Sites e/ou imprensa 15%

Não 62% Direto na farmácia 39%

Fontes: Bayer Healthcare e Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

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Parte do problema está relacionado à imagem que se tem dos portadores de HIV (a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana). Logo no começo da epidemia, nos anos 1980, a doença atingia principalmente os homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, porém, hoje, este cenário mudou. Atualmente, o termo utilizado é o ‘comportamento de risco’, pois qualquer pessoa, mesmo em uma relação heterossexual, pode ter a doença desde que não tome atitudes preventivas, como, por exemplo, ter relação sexual com pessoa infectada e sem uso de preservativos.

A SAÚDE SEXUAL O pouco cuidado com a saúde é um contrassenso masculino quando analisado o medo que os homens têm de desenvolver problemas de impotência sexual. Além de mostrar que a disfunção erétil está entre os problemas mais temidos por eles, a pesquisa da SBU revelou que 42% dos homens têm medo de não ter uma ereção. O mau desempenho na “hora H” afeta a autoestima de 38%, prejudica o relacionamento com a parceira para 33% e diminui a qualidade de vida e bem-estar para 16% deles. 11 8

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Com tamanha preocupação, os especialistas alertam que os homens deveriam se cuidar. A disfunção erétil atinge entre 30% e 40% da população masculina e tem causa multifatorial. “Toda questão que mexe com a vascularização, como diabetes, hipertensão alta e tabagismo, prejudica o caminho do sangue até o corpo cavernoso e pode atrapalhar a ereção”, explica o Dr. Romanato. Por isso, a impotência sexual é mais comum após os 40 anos de idade, pois é nesta fase que as doenças crônicas começam a ter repercussão maior. “Mesmo assim, a maioria dos homens insiste em não se cuidar, sequer mede a pressão arterial, sendo que problemas cardiovasculares são um dos principais causadores de impotência”, lembra o Dr. Fernandes. Doenças metabólicas, como diabetes e obesidade, também podem estar ligadas a outro problema que afeta a vida sexual de cerca de 20% dos homens brasileiros, segundo a SBU: o Declínio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). Popularmente conhecida como andropausa, a disfunção consiste na queda progressiva das taxas dos hormônios masculinos. A desinformação a respeito do tema pode estar levando muitos homens a sofrer com a perda da

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libido sem saber que há tratamento hormonal seguro para reverter a questão. Na pesquisa realizada pela SBU, descobriu-se que 57% dos entrevistados não sabiam o que era andropausa e 71%, desconheciam os sintomas. Quando questionados sobre as razões pelas quais pode ocorrer queda nos níveis de testosterona, a falta de conhecimento persiste. Segundo 30% dos homens ouvidos, o problema está ligado ao excesso de trabalho e estresse do dia a dia e 17% acreditam na relação com problemas emocionais e psicológicos. Apenas 15% entendem que são as mudanças nos níveis hormonais que podem ocasionar a andropausa e 68% não sabem a diferença entre terapia de reposição hormonal e estimulante sexual. Caso frequentassem mais os consultórios médicos, os homens saberiam melhor que o DAEM – ou andropausa – pode ter causa congênita, ou seja, por algum problema genético, a produção de hormônios é falha, ou tardia, e surge com o avançar da idade combinado com comorbidades, como doenças metabólicas. Com uma reposição hormonal intracutânea ou intramuscular é possível estimular a volta da produção de hormônios e cessar os desconfortos causados pela disfunção. O câncer de próstata é outro problema muito comum entre os homens, que deveria justificar uma ida ao urologista periodicamente após os 40 anos. No Brasil, esse tipo de tumor é o segundo mais comum entre o sexo masculino (atrás apenas do câncer de pele não melanoma), segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. O número de casos poderia ser revertido caso a ida ao urologista ainda não fosse vista como um tabu por boa parte da ala masculina. “O mito do toque retal afasta muita gente dos consultórios, mas o exame é rápido e simples. A mulher se sujeita a procedimentos muito mais complicados ao longo de toda a vida”, ressalta o Dr. Fernandes.

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A qualidade de vida dos homens está muito relacionada à sexualidade. Leia mais.

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Há quase duas décadas, era quase que inimaginável associar o termo vaidade ao universo masculino, certo? Pois, hoje, ela define bem o comportamento do homem atual que não busca apenas asseio, como também o bem-estar proporcionado graças aos avanços da indústria com novidades elaboradas especificamente para ele. De acordo com dados da Nielsen, a cesta de produtos masculinos ainda se concentra em três categorias: lâminas, sabonetes e desodorantes. No entanto, a gama de produtos para eles é muito maior, contemplando desde loções faciais, hidratantes faciais e corporais, passando por colorações, até ceras de depilação. Os xampus e condicionadores específicos para homens também seguem em ascensão na lista dos mais adquiridos e com maior potencial de crescimento. Ao considerarmos a cesta de higiene e beleza, o segmento masculino representa 49% do total. As formulações e embalagens dos produtos destinados a homens têm merecido grandes investimentos e estudo por parte das indústrias. A textura é algo muito importante, em que fórmulas grudentas, pesadas e de absorção demorada desagradam e perdem espaço na cesta de compras. As embalagens, por sua vez, devem ser práticas e

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POR TATIANA FERRADOR

funcionais, porém modernas e discretas. E, finalmente, sobre os aromas, a preferência ainda é por produtos sem cheiro ou mentolados e amadeirados, por ser mais suaves. A dermatologista Dra. Jaqueline Mota explica que a pele masculina é mais oleosa, áspera e grossa, demandando produtos diferentes. “Produtos em gel, gel creme ou fluido são mais indicados para eles, que têm uma pele até 25% mais espessa que a da mulher devido, principalmente, à presença dos pelos terminais, que são aqueles mais grossos e pigmentados”, diz. Outra razão para o uso de produtos diferenciados para homens se deve à densidade de colágeno em sua pele, também maior em torno de 25 vezes, motivo pelo qual aparentam menos idade.

ELES DECIDEM Antigamente, era muito comum que as compras relacionadas à higiene e beleza ficassem a cargo das mulheres. Assim, cabia ao homem apenas utilizar o produto e não decidir pela compra. Nos dias atuais, o cenário mudou. O homem hoje tem mais interesse e acesso a produtos de cuidado com a pele e os cabelos desenvolvidos para atender às suas necessidades”, lembra o consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Marcelo Cristian Ribeiro. “Em muitas lojas, há prateleiras e até seções destinadas exclusivamente a produtos masculinos”, pontua. FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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Os barbeadores BIC Comfort 3 e a linha BIC For Men (preparo e pós-barba) continuam como destaques da empresa e atendem a todas as etapas do barbear: a preparação, o barbear e o pós-barbear. A linha Comfort traz nova embalagem, e a linha BIC for Men inclui creme, espuma e gel de barbear, além de bálsamo e gel pós-barba. O Bálsamo Pós-Barba Sensitive nutre e acalma a pele, enquanto o Gel Pós-Barba Refresh hidrata e refresca a pele após o barbear.

A Marco Boni conta com 12 categorias de produtos, como escovas, tesouras, cutelaria, além da linha BeautyCare Cuidados Pessoais, com esponjas, kits de viagem, linha SPA, etc., como esta da foto, que possui itens de primeira necessidade e vem com uma escova para cabelos, um pente, pincel de barbear, porta-escova dental, saboneteira, esponja para banho e um nécessaire.

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A Veet apresenta o creme depilatório para banho For Men que age próximo à raiz, mesmo nos pelos mais curtos, proporcionando resultados duas vezes mais duradouros do que a depilação com lâminas. É indicado para peito, costas, braços e pernas. Há ainda a opção de folhas de cera fria e o creme depilatório corporal.

O Dove Men+Care, desenvolvido especialmente para o público masculino, renova a embalagem da linha de antitranspirantes que conta com um quarto de tecnologia hidratante e proteção de 48 horas contra odor e transpiração. A nova linha já está disponível no mercado brasileiro, nos formatos aerossol (150 mL) e roll-on (50 mL).

A Garnier traz ao mercado o Bí-O Intensive Toque Seco 48h, que garante secagem imediata e de longa duração, graças à sua nova fórmula com micropartículas de Mineralite, um pó mineral de origem vulcânica que tem o poder de absorver até quatro vezes o seu volume de água, e óleos voláteis que secam instantaneamente. O produto, que também conta com a versão feminina, tem toque seco imediato e eficácia antitranspirante que resiste até 45°C.

A Bozzano relança seu portfólio e apresenta novidades nas linhas pré e pósbarba, desodorantes e modeladores de cabelo. Toda linha de barbear possui nova fórmula, com a exclusiva tecnologia b-Effect System, que protege e regenera a pele, evitando irritações, além de oferecer mais proteção e hidratação até o próximo barbear.

A linha Rexona Antibacteriano possui as versões feminina e masculina, nos formatos aerossol (90 g) e roll-on (50 mL) e eficácia de dez vezes mais proteção contra bactérias que causam mau odor. Além da proteção antibacteriana, o antitranspirante contém a exclusiva tecnologia Motionsense, composta por microcápsulas que são ativadas pelo movimento corporal e oferecem 48 horas de proteção e eficácia contra o suor.

A linha Old Spice, da P&G, lançou duas novas fragrâncias, denominadas Matador e Pegador com a tecnologia BCD, que consiste em partículas ativadas em contato com o suor, encapsulando o mau cheiro e o eliminando ao mesmo tempo em que libera a agradável fragrância.

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A marca Enox, da empresa Belliz Company, traz ao mercado o aparador de pelos para região do nariz e das orelhas, com a lâmina circular, que ainda acompanha uma escova para higienização e possui um cabo texturizado que oferece mais firmeza no manuseio. O produto acompanha uma capa protetora para que seja levado a qualquer lugar, sem danificá-lo.

A ISDIN traz o Ureadin® Hydro Lotion, hidratante com ação prolongada de uso diário de rápida absorção, com ação hipoalergênica e dermatologicamente testada; e o Acniben® Rx Gel-Creme Hidratante: gel creme hidratante para cuidado e hidratação diária e para suavizar a pele submetida a tratamentos antiacne.

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Daí a importância de uma exposição diferenciada para eles. “Tudo à mão e na altura de seus olhos, em pontas de gôndola, checkouts e sem ruptura de marcas líderes”, ressalta a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), a utilização de itens de higiene, saúde e beleza por homens aumenta a cada ano. Apenas em 2013, o volume em vendas foi acima dos R$ 9 bilhões no Brasil. Hoje, os produtos masculinos representam mais de 10% do consumo total do mercado de higiene, perfumaria e cosméticos no País, que totaliza US$ 43 bilhões. Os destaques ficam por conta dos produtos para barba (58% das vendas) e dos desodorantes (42%). Ao considerarmos exclusivamente o universo de perfumaria, os homens são responsáveis por 43,3% do consumo brasileiro, totalizando US$ 3,051 bilhões. Para a gerente de marketing da Wahl Brasil, Alice Accioly, as novidades para atender ao exigente perfil de público contemplam uma grande variedade de produtos, como os aparadores de pelos faciais e corporais. “Homens gostam de rapidez e praticidade, então precisam de produtos que sejam de fácil manuseio e que proporcionem resultados instantâneos”, diz. “O homem está cada vez mais vaidoso e preocupado com sua boa aparência, por isso estamos diante de um mercado em potencial que vem evoluindo a cada ano e ainda há muito a ser explorado”, finaliza. Na opinião da diretora de trade marketing da divisão de consumo da Hypermarcas, Ana Aparecida Biguilin, os homens também avaliam bastante o critério custo-benefício, mas geralmente não procuram os produtos na loja, adquirindo-os mais por impulso quando os itens estão visíveis. “A decisão de compras segue três ordens: a primeira, quando o shopper define a categoria que ele procura (pré ou pós-barba); a segunda, pelo segmento (espumas, gel, loções, entre outros) e, por fim, a última, quando o consumidor escolhe o produto ideal para seu tipo de pele”, explica. A concorrência nesse mercado é grande e, constantemente, os principais players investem em novos produtos, com novas tecnologias, novos conceitos, desempenho e perfumação. “Procuramos sempre nos antecipar às necessidades, pois existe uma forte exigência dos consumidores em geral, que esperam cada vez mais produtos práticos, com fórmulas eficazes”, lembra a executiva. “Por isso, benefícios, como proteção, fórmula diferenciada, efeito prolongado e fragrância são essenciais nos produtos, além de novidades com o lançamento de variantes, modernização de embalagens e formulação dos produtos”, conclui.

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Especial Homem ATENDIMENTO

Como eles compram ENTENDER O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR MASCULINO DENTRO DA FARMÁCIA É FUNDAMENTAL PARA O INCREMENTO DAS VENDAS E LUCRATIVIDADE

O

POR TATIANA FERRADOR

Os números comprovam que, na hora das compras, as mulheres ainda lideram as visitas aos pontos de venda (PDVs), sendo as grandes responsáveis pelas decisões de compra no lar. No entanto, é cada vez mais significante a presença masculina que, com o passar dos anos, passou a se interessar mais pelos cuidados pessoais. Agora, eles valorizam os benefícios dos produtos específicos para pele, cabelos, barba, unhas e corpo, mas sem abrir mão da praticidade. De acordo com dados da Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cos-

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méticos (Abihpec), o mercado brasileiro de produtos masculinos dobrou de tamanho de 2008 a 2013, passando de US$ 2,2 bilhões, em 2008, para US$ 4,5 bilhões, em 2013. Hoje, os homens representam mais de 10% do consumo total de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) no Brasil, que totaliza US$ 43 bilhões. Para se ter uma ideia do potencial masculino, apenas em 2013, os produtos para barba representavam 58,1% das vendas, equivalente a um faturamento de US$ 2,658 bilhões, enquanto a categoria de cuidados pessoais somava 42%, totalizando US$ 1,915 bilhão FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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em vendas. Quando o assunto é perfumaria, o consumo deles também nada deixa a desejar, já que respondem por 43,3% do consumo brasileiro, o que representa US$ 3,051 bilhões. Muito além da estética, os homens estão mais preocupados com a saúde e não abrem mão de novidades que, por sinal, ganham cada vez mais espaço nas prateleiras de gôndolas das farmácias de todo o País. Se antes os produtos eram os mesmos utilizados por suas mulheres, mães e irmãs, agora há formulações específicas para as necessidades masculinas. “O homem foi às compras; há 20 anos, quase não existiam produtos de beleza para ele”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. “Impulsionada pelo crescimento de renda da população e mudanças de hábitos do consumidor, uma demanda até então reprimida passou a ter acesso a produtos que foram incorporados ao seu dia a dia e dos quais não quer abrir mão”, pontua.

ASSERTIVIDADE NO PONTO DE VENDA Segundo levantamento da Nielsen, produtos, como desodorantes, sabonetes, tinturas, condicionadores, xampus, creme para pele e lâmina de barbear, representam 50% da cesta total de higiene e beleza, sendo que a participação dos homens no consumo deste grupo de produtos é de 37%. Trata-se de um nicho de maior valor agregado que segue avançando e com um grande potencial de expansão. Foi apontado, ainda, que, atualmente, 100% dos lares brasileiros que têm homem consomem produtos masculinos. A consultoria alerta que é uma boa oportunidade para a indústria e o varejo observarem que eles já estão presentes em 42% de todos os momentos de compra dos produtos da cesta analisada, o que significa que há espaço para se aumentar o tíquete médio e a frequência de visitas ao PDV. Aí está o grande desafio: fazer com que o número de visitação, assim como o tempo de permanência na loja sejam o mais lucrativo possível. Diferentemente das mulheres, que normalmente levam o dobro e até o triplo do que os homens no PDV, eles querem praticidade na hora das compras. Atender o público masculino requer, sobretudo, objetividade e assertividade. Para a diretora de Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing,

ELES COSTUMAM COMPRAR EXATAMENTE AQUILO DE QUE PRECISAM, O QUE DIMINUI AS CHANCES DE SEREM ESTIMULADOS À COMPRA POR IMPULSO. POR ISSO, O PDV DIRECIONADO AO CONSUMIDOR DO SEXO MASCULINO DEVE SER, ANTES DE TUDO, EFICIENTE Fátima Merlin, o homem busca a melhor relação custo-benefício na hora das compras. “O produto precisa ser conhecido e atender diretamente à sua necessidade”, explica. “Além disso, visibilidade é fundamental, já que paciência e tempo não são as palavras de ordem do universo masculino”, brinca. Daí a importância de espaços destinados exclusivamente ao público masculino, com as opções segmentadas por categoria. Sem se esquecer, contudo, da escolha correta quanto ao sortimento de produtos, da

O QUE ELES VALORIZAM NA HORA DAS COMPRAS • Comunicação direcionada ao seu perfil e necessidade no ponto de venda; • Objetividade, modernidade e tecnologia com displays e comunicação visual; • Praticidade e eficiência quanto à organização dos produtos (devem estar ao alcance das mãos); • Agrupamento por finalidades (exemplo: produtos para barbear – como lâminas, cremes para barbear e outros preparos para o pós-barba juntos); • Aparência e design (peças com formato ampliado do frasco do produto, por exemplo, retêm a atenção dos shoppers). Fonte: AZ4 Group

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Especial Homem ATENDIMENTO

PERCEPÇÃO MASCULINA Um estudo sobre a Alma Masculina realizado pela Minds & Hearts, empresa pertencente à holding HSR, identificou que:

60%

dos homens acreditam que as empresas fabricantes de produtos para higiene e beleza se esquecem de que eles também são vaidosos e continuam priorizando as mulheres quanto ao lançamento de novidades.

58%

acreditam que as indústrias deveriam apostar em produtos específicos para homens e não apenas em versões “For Men” de produtos já existentes.

57%

acreditam que as embalagens ainda são muito tradicionais e pouco inovadoras e são parecidas entre si.

????????????

54%

acreditam que ainda falta informação das marcas quanto aos benefícios e formas de utilização.

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organização das prateleiras e gôndolas, de uma sinalização que o induza rapidamente à seção que procura e uma boa exposição que facilite e não dificulte a escolha do produto. É comum que os homens visitem os PDVs desacompanhados e que esta visita tenha como objetivo a reposição de produtos. Em méA diretora da Connect dia, ela dura 15 minutos e, Shopper e consultora de varejo e shopper por isso, é preciso atrai-los marketing, Fátima rapidamente. A inserção Merlin, ressalta que o de produtos no checkout é homem busca a melhor uma boa opção para itens relação custo-benefício de primeira necessidade, na hora da compra mas que normalmente são esquecidos. Em um de seus artigos, a diretora comercial da AZ4 Group, Christiany Zanotto Sena, ressalta que os homens têm grande potencial a ser explorado no PDV, mas a forma da comunicação e abordagem pode ser fundamental para o sucesso ou o fracasso de uma campanha, que deve valorizar, basicamente, três fatores: objetividade, modernidade e tecnologia. “Eles costumam comprar exatamente aquilo de que precisam, o que diminui as chances de serem estimulados à compra por impulso”, diz. “Por isso, o PDV direcionado ao consumidor do sexo masculino deve ser, antes de tudo, eficiente”. As tradicionais mensagens voltadas para o público feminino, destacando valores, beleza e sensibilidade devem dar lugar a resultados e diferenciais, segundo a executiva. Estabelecer uma relação entre produto e conceitos que interessem ao universo masculino também é favorável, como é o caso da tecnologia, tema que acerta na comunicação com os homens. Seja por meio de displays interativos ou com visual hi-tech, a visibilidade e o interesse são imediatos em grande parte do público. “Outra característica importante a ser explorada nos PDVs para o público masculino são a aparência e o design, que fazem sucesso com ele também”, lembra Christiany. Quando o assunto é o gerenciamento por categorias, especialistas do mercado ressaltam a importância de produtos destinados ao público masculino ficarem mais próximos à porta do estabelecimento, de 132

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O MERCADO DE PRODUTOS MASCULINOS DOBROU DE TAMANHO DE 2008 A 2013, PASSANDO DE US$ 2,2 BILHÕES, EM 2008, PARA US$ 4,5 BILHÕES, EM 2013 modo que veja a seção rapidamente, e mais facilmente, de forma que encontre aquilo de que precisa e finalize suas compras em um tempo menor. Produtos expostos no fundo da loja, por sua vez, podem fazer com que os homens desistam da compra. A dupla creme de barbear e desodorante, antes dominante nos armários masculinos, agora divide espaço com sabonetes diversos, protetor solar, cremes, loções, produtos para cabelos e perfumes. Dessa forma, sabendo quais são os itens mais procurados pelos homens, o varejista deve expor os itens na gôndola ou no checkout sempre seguindo a sequência de produtos de maior para menor valor agregado, dando destaque aos tamanhos grandes, que dão maiores margens de lucro. “Os homens são mais objetivos do que as mulheres na hora da compra e também avaliam bastante o critério custo-benefício e, geralmente, não procuram os produtos na loja”, explica a diretora de trade marketing da divisão de consumo da Hypermarcas, Ana Aparecida Biguilin. “A tendência é de comprar mais por impulso quando os itens estão visíveis, e, por este motivo, a concorrência nesse mercado é grande, o que faz com que, constantemente, os principais players invistam em novos produtos, com novas tecnologias, novos conceitos, performance e perfumação, para chamar cada vez mais a atenção no PDV”, diz. Compartilhando da mesma opinião de Ana Aparecida, a gerente de marketing da Wahl Brasil, Alice Accioly, defende que os homens gostam de rapidez e praticidade e, por isso, procuram produtos que sejam de fácil manuseio e que proporcionem resultados instantâneos. “O homem, em geral, é menos impulsivo do que a mulher na hora da decisão da compra, pesquisa sobre o produto a ser adquirido antes e vai ao PDV com mais certeza do que quer e, por isso, a oferta deve ser bem direcionada ao perfil de público da loja, de modo a potencializar as chances de venda”, diz.

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TABAGISMO

Vilão em queda DADOS RECENTES MOSTRAM QUE O NÚMERO DE FUMANTES NO BRASIL VEM CAINDO ANO A ANO. CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO, AUMENTO DE PREÇO E RESTRIÇÃO DE LOCAIS PARA FUMAR SÃO APONTADOS COMO AS PRINCIPAIS CAUSAS

U POR FLÁVIA CORBÓ

Um em cada três brasileiros deixou de fumar nos últimos dez anos. É o que aponta o mais recente levantamento do Ministério da Saúde (MS). Em torno de 25% dos homens e 17% das mulheres se declaram ex-fumantes. Apesar do hábito de fumar ainda fazer parte da vida de um em cada dez brasileiros, os índices já foram bem maiores. Em 2006, esse percentual era de 16%, de acordo com a pesquisa Vigitel, que monitora fatores de risco para a saúde. Nos anos 1960, pelo menos 60% dos maiores de 15 anos fumavam. Há vários fatores e políticas que vêm ajudando na redução do número de pessoas viciadas em cigarro, entre elas: o aumento no preço do

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maço, a proibição da propaganda e o aumento no rigor das leis antifumo, segundo argumentos defendidos pelo MS. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) corrobora as afirmações do governo. Pelo menos 62% dos fumantes pensaram em largar o cigarro por causa dos preços no Brasil. A consciência de que adultos e crianças expostos à fumaça do cigarro alheio também são fumantes está mais clara. De 2008 a 2013, o número de não fumantes expostos ao fumo passivo em suas residências caiu 61%. “Em São Paulo, depois da lei antitabagismo, que restringiu os locais onde é permitido fumar, acabando com a socialização do cigarro, o número de fumantes vem caindo junto com a média nacional. Percebemos isso FOTO: SHUTTERSTOCK ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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nos consultórios”, avalia o cardiologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Dr. Roberto Cury, que acredita que os ganhos poderiam ser ainda maiores se o combate ao tabagismo já acontecesse dentro das escolas, como parte de ações de saúde pública. Apesar dos índices positivos, o consumo de cigarros contrabandeados cresceu. Cerca de um quarto dos fumantes compra seus maços abaixo do preço mínimo legal. O governo acredita que a redução no número de fumantes poderia ter sido ainda mais expressiva se não houvesse o crescimento do mercado ilegal de cigarros. Em cinco anos, o consumo de cigarros ilegais passou de 2,4% para 3,7%, segundo o Inca. Nas cidades próximas à fronteira com o Paraguai, o consumo de cigarro ilegal atinge 40% dos fumantes.

OS PERIGOS DO CIGARRO A queda do tabagismo deve ser amplamente comemorada já que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) define o cigarro como a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo. Todos os anos, cerca de cinco milhões de pessoas morrem em decorrência do tabagismo, segundo a

OMS. A cada hora, 23 brasileiros perdem a vida devido a complicações associadas ao vício. Ainda de acordo com a OMS, são estimadas cerca de 600 mil mortes anuais entre os indivíduos não fumantes expostos à fumaça do cigarro. “O tabagismo é reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental, semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas, como álcool, cocaína e heroína”, destaca o pneumologista do Norte D’Or, Dr. Gabriel Ferreira Santiago. Tamanha dependência ocorre devido à presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. Mas, além do tabaco, os cigarros são compostos por outras 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, entre elas arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas. Todas essas substâncias fazem um trajeto perigoso pelo corpo cada vez que o fumante traga um cigarro. A fumaça quente e tóxica passa pela boca e garganta até entrar pelos pulmões, onde chega aos alvéolos e cai na corrente sanguínea. A partir daí, as toxinas se espalham pelo corpo inteiro. Quando está no ar, a fumaça também tem potencial irritante para os olhos e nariz, por isso o fumo passivo é altamente prejudicial à saúde.

FONTES DIVERSAS O efeito danoso do cigarro ao organismo ocorre por meios diferentes, desde alteração da composição do DNA celular, levando ao aparecimento de células cancerígenas, até a destruição dos alvéolos pulmonares. Com tamanho poder destrutivo, o tabagismo é apontado como causa de aproximadamente 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais, como câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios crônicos. “As complicações mais prevalentes e diretamente relacionadas ao cigarro são a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), caracterizada por duas entidades clínicas distintas, o enfisema e a bronquite crônica, que se complementam e levam a maior chance de infecções pulmonares, episódios de crises de falta de ar, e destruição progressiva do pulmão, evoluindo para degradação de todo o organismo, dependência física e funcional, muitas vezes com necessidade de oxigênio”, detalha o Dr. Santiago. De acordo com o oncologista especialista em câncer de pulmão do Grupo de Oncologia D’Or, Dr. Carlos 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

TABAGISMO

COMO CALCULAR A CARGA ARGA TABÁGI TABÁGICA

= 20 cigarros Quantidade de maços por dia X número de anos do hábito Maços por dia

Anos

Carga tabágica

1,5

20

30

3

10

30

As duas apresentam o mesmo risco, apesar do tempo de exposição diferente. Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)

Gil, o tabagismo é, provavelmente, responsável por até 30% de todos os tumores. Quando se trata somente de câncer de pulmão, os números são ainda mais assustadores. O cigarro é o desencadeador de mais de 95% dos casos da doença, que apresenta péssimo prognóstico, tratamento complexo, com diversas complicações e baixo percentual de cura. Além do pulmão, boca, garganta, bexiga, esôfago e pâncreas também são comumente afetados por tumores devido ao tabagismo. “Fora as doenças no sistema respiratório, o cigarro leva a complicações relacionadas à falta de oxigênio em todos os tecidos, o que contribui para o aumento de eventos cardiovasculares, como o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC), sendo um dos maiores fatores de risco para a ocorrência dos mesmos”, complementa o Dr. Santiago.

TEMPO DE AÇÃO Para calcular o risco de desenvolvimento de doenças nos fumantes, é comum fazer uso da carga tabágica – cálculo que multiplica a quantidade de maços por dia pelo número de anos do hábito. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), doenças 136

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como a DPOC começam a surgir a partir de 20 maços/ ano. Sendo mais comumente encontrada em cargas tabágicas iguais ou superiores a 40 maços/ano. “Os efeitos maléficos do cigarro são diversos e podem se iniciar mesmo com uma carga tabágica pequena, mas quanto maior for a carga tabágica, maior o risco e maior a gravidade da doença”, destaca o Dr. Santiago. O aumento dos perigos do cigarro ao longo dos anos de consumo é alarmante, já que os brasileiros começam a fumar ainda jovens. De acordo com um levantamento do Inca, a idade média de consumo regular de cigarros no Brasil está por volta de 18 anos. No entanto, a experimentação ocorre em idades mais jovens. O acesso facilitado aos cigarros e o fato de poder comprá-los de forma avulsa podem estar contribuindo para a experimentação de cigarros e o início do fumo entre os adolescentes. E mesmo no início do vício, já é possível detectar no organismo os efeitos nocivos do fumo. “Alterações de paladar, irritação da mucosa oral, perda de olfato são alguns dos sintomas mais leves. A ansiedade também aumenta, por isso, muitas pessoas, que começam a parar de fumar, ganham peso, pois acabam descontando

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TABAGISMO

esta ansiedade em comida, na falta do tabaco”, explica o Dr. Cury, do Lavoisier Medicina Diagnóstica.

CIGARRO X CÂNCER

TRATAMENTO DISPONÍVEL

FARMACÊUTICOS NO COMBATE AO TABAGISMO O constante contato com o consumidor deixa o farmacêutico em uma posição relevante na campanha de combate ao cigarro. O profissional pode lançar mão de diversas ferramentas que auxiliem na educação em saúde, bem como na divulgação dos malefícios do fumo. “As possibilidades são inúmeras e a criatividade poderá desencadear uma enormidade de ações inovadoras no combate ao tabagismo”, incentiva a professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti.

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de mascar ou pastilhas que substituem a nicotina do cigarro. Em vez de ingerir as 4,7 mil substâncias nocivas contidas no cigarro, o indivíduo troca apenas pela nicotina. Com duração de 12 semanas, o tratamento faz com que a pessoa perca a sensibilidade ao cigarro e o hábito de fumar. A rede pública de saúde também disponibiliza o tratamento com buprobriona, um antidepressivo que age no cérebro, aumenta a produção de dopamina e diminui a sensação de dependência. Há ainda a opção do uso da vareniclina, substância que se liga a um receptor de nicotina do cérebro e faz o cigarro perder sabor, diminuindo o prazer em fumar. No entanto, por mais que a medicina avance cada vez mais no combate ao vício, o esforço do paciente segue sendo fundamental para o sucesso do tratamento. “Não é incomum pacientes pós-infarto, internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que não conseguem deixar de fumar”, garante o Dr. Cury. Por isso, além de terapia medicamentosa, é importante haver um acompanhamento psicológico e muito acesso à informação. “O fator mais importante para o sucesso do tratamento é a resolução do paciente, que é adquirida por meio da percepção do efeito maléfico e de possíveis complicações provenientes do efeito do cigarro e do ganho considerável em qualidade de vida com a interrupção do hábito”, completa o Dr. Santiago.

E CO N TEÚDO

Confira algumas dicas • Por meio de parcerias com os centros de saúde ou hospitais próximos, o farmacêutico pode desenvolver campanhas específicas antitabagistas e com a orientação ao fumante. • Cartilhas com a representação dos principais malefícios da utilização do cigarro podem orientar as crianças que, por ter uma frequência respiratória mais elevada, são as mais atingidas pela inalação da fumaça. • Televisores dispostos próximos aos caixas permitem que o consumidor assista a vídeos relacionados às campanhas antitabagistas, enquanto aguarda na fila.

• O tabagismo é responsável por até 30% de todos os tumores. • Quando se trata de câncer de pulmão, o índice chega a mais de 95% e há baixo percentual de cura. • O cigarro também é grande causador dos tumores de boca, garganta, bexiga, esôfago e pâncreas.

O consumo de cigarro varia muito de acordo com a região e o perfil socioeconômico. Confira as estatísticas. AL

O combate ao vício necessita de um acompanhamento multiprofissional, baseando-se na terapia comportamental, associado ao acompanhamento médico e suporte farmacológico, que visa o controle do vício químico, para suprir a dependência que o organismo cria da nicotina, associado ao tratamento ansiolítico, que busca inibir ou reduzir os sintomas de abstinência. Entre as medicações que atuam diretamente nos receptores relacionados ao vício, o tratamento mais difundido é a reposição de nicotina. São adesivos, gomas

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contra as infecções virais4

INDICAÇÃO } Amigdalite2,3,6 } Faringite2,3,6 } Resfriado4,6

} Sinusite1,5,6 } Bronquite6

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Crianças de 1 a 5 anos:

10 gotas 3x ao dia6

Crianças de 6 a 12 anos:

20 gotas 3x ao dia6

Adultos e crianças acima de 12 anos:

30 gotas 3x ao dia6

Umckan® (Pelargonium sidoides). Forma farmacêutica e apresentações: solução oral – embalagens com 20 ml e 50 ml. Indicação: Umckan® é indicado para o tratamento das infecções virais do trato respiratório, ouvido, nariz e garganta, tais como rinofaringite, amigdalite, sinusite e bronquite. Contraindicações: pacientes com tendência à sangramento, pacientes em uso de anticoagulantes, doença do fígado, doença dos rins, gravidez, amamentação, pacientes com história de hipersensibilidade ao Pelargonium sidoides ou a qualquer um dos componentes da fórmula. Precauções e advertências: devido à insuficiência de estudos clínicos em crianças menores de 1 ano de idade, não é recomendado o uso deste produto nesta faixa etária. Cada cinco gotas do produto contém 0,03 ml de etanol. Reações adversas: em casos raros podem ocorrer alterações gastrointestinais como dor de estômago, náuseas e diarreia; leve sangramento gengival ou nasal, ou reações de hipersensibilidade, como erupção cutânea, urticária e coceiras. Interações medicamentosas: Não foram relatados casos de interações medicamentosas, mas devido à presença de pequena quantidade de cumarínicos no fitomedicamento, é possível que ocorra aumento da ação anticoagulante de drogas como heparina e varfarina, em caso de administração simultânea. Posologia: adultos e crianças acima de 12 anos de idade: tomar 30 gotas, três vezes ao dia. Crianças entre 6 -12 anos de idade: tomar 20 gotas, três vezes ao dia. Crianças de 1 a 5 anos de idade: tomar 10 gotas, três vezes ao dia. A ingestão deve ocorrer com líquidos, pela manhã, à tarde e a noite, meia hora antes das refeições. A duração média do tratamento é de cinco a sete dias, não devendo exceder três semanas consecutivas. Como tratamento subsequente, particularmente no caso de evolução crônica da doença ou recorrência frequente, a dose administrada para adultos e crianças maiores de 12 anos é a de 20 gotas três vezes ao dia. MS: 1.0390.0170. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SAC 08000-250110. Para ver o texto de bula na íntegra, acesse o site www.fqm.com.br. Referências Bibliográficas: 1. FOKKENS, WJ. et al. EPOS 2012: European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps 2012. A summary for otorhinolaryngologists. Rhinology, n. 50, p. 1-12, 2012. 2. KIRK, KM; GARBES NETTO, PG. Vigilância pós-comercialização do pelargonium sidoides no tratamento das tonsilofaringites comunitárias agudas de origem presumidamente viral. Rev. panam. infectol, v. 9, n. 1, p. 15-24, 2007. 3. BEREZNOY VV et al. Efficacy of extract of Pelargonium sidoides in children with acute non-group A beta-hemolytic streptococcus tonsillopharyngitis: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Alternative Therapies; 9 (5): 68- 79, 2003. 4. LIZOGUB VG; RILEY DS; HEGER M. Efficacy of a Pelargonium sidoides preparation in patients with the common cold: A randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial. Explore; 3 (6):573-584, 2007. 5. BACHERT C. et al. Treatment of acute rhinosinusitis with the preparation from Pelargonium sidoides EPs 7630: a randomized, double-blind, placebo-controlled Trial. Rhinology; 47 (1):51-59, 2009. 6. Bula do produto Umckan®. 2015

Material destinado exclusivamente à classe médica.

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COLESTEROL

Sob controle IDADE AVANÇADA, FUMO, DIABETES, HIPERTENSÃO, PROBLEMAS CARDIOVASCULARES, PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA E MÁ ALIMENTAÇÃO SÃO FATORES QUE PODEM DESENCADEAR O PROBLEMA POR TASSIA ROCHA

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FOTOS: SHUTTERSTOCK

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Muito se fala sobre colesterol, mas será que todos sabem o que ele significa? De acordo com especialistas, existem diversos tipos de lipídeos (gorduras) no organismo, sendo os mais relevantes os fosfolipídeos, o colesterol, os triglicérides e os ácidos graxos. O colesterol é precursor de alguns hormônios, dos ácidos biliares e da vitamina D. Além disso, tem participação importante na formação das membranas das células no organismo. Ou seja, ao contrário do que muitos pensam, o colesterol em si não é um problema, pois ele tem funções importantes, desde que esteja presente nas quantidades normais. O problema surge quando há um aumento inadequado dos níveis de gordura, situação conhecida como dislipidemia. Enquanto 70% dele é fabricado pelo próprio organismo, no fígado, os outros 30% vêm da dieta. “No entanto, em excesso, ou quando existe dificuldade do organismo em removê-lo da circulação, pode se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e produzir a aterosclerose, que leva ao infarto do miocárdio ou ao Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, explica a médica cardiologista, especialista em dislipidemias, com doutorado em Cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), professora afiliada livre-docente da disciplina de cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Maria Cristina Izar. Segundo ela, existem estudos demonstrando que possuir níveis mais baixos de colesterol ao longo da vida se associa a um menor risco de doenças cardiovasculares. Indivíduos que naturalmente apresentam valores de colesterol mais baixos (por características genéticas ou por estilo de vida saudável) possuem um risco menor de doenças e eventos cardiovasculares em todas as faixas etárias, sendo a magnitude do benefício maior nos mais jovens. “Já os estudos que avaliaram o tratamento para redução de colesterol com medicamentos demonstraram que o tratamento por cinco anos seja capaz de reduzir em 39 mg/dL o LDL-colesterol (ou colesterol ruim), acompanhado da redução de cerca de 20% dos eventos cardiovasculares. Reduções maiores (de 80-120 mg/dL no colesterol ruim) em cinco anos, reduzem em 40-50% as

O COLESTEROL SE ELEVA AO LONGO DA VIDA, EM AMBOS OS SEXOS, MAS NAS MULHERES HÁ UM AUMENTO SIGNIFICATIVO APÓS A MENOPAUSA taxas de eventos cardiovasculares. Esse tratamento foi efetivo em homens, mulheres, idosos, diabéticos ou não, em quem já teve infarto ou não, reduziu mortalidade e não aumentou a incidência de câncer com o tratamento”, completa a Dra. Maria Cristina. Existe uma associação entre níveis de colesterol total e mortalidade por doença coronária, sendo que quanto maior o nível de colesterol, maior a mortalidade tanto em homens, como em mulheres e em todas as faixas etárias. “A importância de se controlar os níveis de colesterol está relacionada, em última análise, à prevenção de uma condição clínica grave, que é a aterosclerose. A dislipidemia é reconhecidamente um dos principais fatores de risco para essa condição clínica, que envolve o acúmulo progressivo de gordura no revestimento interno das artérias. O grande problema é que a formação da placa aterosclerótica ocorre de forma silenciosa ao longo do tempo, ou seja, a doença progride sem que a pessoa tenha sintomas. O resultado final é a obstrução de artérias importantes (por exemplo, as artérias coronárias), o que impede o fluxo de sangue para órgãos vitais, como coração, cérebro e rins”, informa o gerente médico da unidade MIP Aché, Dr. Carlos Eduardo Travassos. Portanto, pessoas que não controlam o colesterol podem não perceber o problema até que se manifeste alguma complicação grave, como um infarto ou um AVC. “Normalmente, um evento coronário agudo (angina ou infarto) é a primeira manifestação clínica em pelo menos metade dos indivíduos com aterosclerose”, sinaliza o Dr. Travassos.

CONTROLANDO OS NÍVEIS Existem dois grandes grupos de dislipidemias (distúrbio que altera os níveis séricos dos lipídeos-gorduras), os primários e os secundários. As dislipidemias 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

COLESTEROL

AVALIAÇÃO LABORATORIAL Os valores ideais para adultos, conforme a V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, estão na tabela abaixo: LÍPIDES CT

LDL-C

HDL-C

TG

Colesterol não-HDL

VALORES (MG/DL)

CATEGORIA

<200

Desejável

200-239

Limítrofe

240

Alto

<100

Ótimo

100-129

Desejável

130-159

Limítrofe

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Alto

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Fonte: gerente médico da unidade MIP Aché, Dr. Carlos Eduardo Travassos

primárias são consequência de um problema genético, embora possam se manifestar, em alguns casos, apenas na ocorrência de alguma influência ambiental. Por outro lado, as dislipidemias secundárias são aquelas relacionadas com condições clínicas, patologias ou mesmo com o uso de alguns medicamentos. Entre as causas secundárias, podem-se citar como exemplos a obesidade, o alcoolismo, o hipotireoidismo e o uso de certos medicamentos, tais como os corticoides. Sabe-se também que a dieta inadequada pode contribuir para o aumento do colesterol. As gorduras saturadas são os componentes da dieta que mais elevam 144

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os níveis de colesterol, por reduzirem a capacidade de remoção do colesterol da circulação. As gorduras trans fazem o mesmo papel, além de diminuírem o “bom” colesterol, sendo um componente alimentar ainda mais prejudicial à saúde. O sedentarismo afeta principalmente os níveis de triglicérides e de glicose sanguínea, pois promove a obesidade, pelo desequilíbrio entre ingestão calórica e gasto energético, e ainda se associa a alterações na liberação de insulina. Segundo a Dra. Maria Cristina, fatores genéticos e ambientais podem elevar o colesterol. “O colesterol se eleva ao longo da vida, em ambos os sexos, mas nas mulheres há um aumento significativo após a menopausa. Algumas causas secundárias de aumento do colesterol são doenças da tireoide, como o hipotireoidismo, doenças renais, doenças hepáticas, algumas doenças imunológicas, após transplantes, no diabetes e com o uso de certos medicamentos (corticosteroides, imunossupressores, certos diuréticos, entre outros fármacos).” A dieta rica em gorduras saturadas e colesterol também eleva os níveis de colesterol. A hipercolesterolemia familiar, defeito genético associado à elevação importante do colesterol e que ocorre em um a cada 200 ou 300 indivíduos da população geral, deve ser identificada, pois uma família que apresente essa condição pode ter a metade de seus integrantes também portadores dessa doença. Quando expostos ao longo da vida ao colesterol elevado e sem tratamento, apresentam um risco também elevado de doenças cardiovasculares. “Para manter o colesterol em níveis aceitáveis, a recomendação é a prática de atividades físicas regular, na maior parte dos dias da semana, alimentação equilibrada, diminuindo os exageros, principalmente em relação às gorduras de origem animal, e manutenção do peso. O ideal é que o paciente não espere os sintomas para só então tratar essa doença silenciosa e traiçoeira”, orienta o especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dr. Carlos Scherr.

FORMAS DE TRATAMENTOS De acordo com o Dr. Travassos, o controle deve ser realizado, a princípio, pelo médico. A decisão sobre iniciar ou não um tratamento medicamentoso e qual a melhor opção para cada caso dependem da avaliação desse profissional. Vale lembrar que os medicamentos

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ESPECIAL SAÚDE

COLESTEROL

utilizados são, em regra, os que necessitam de prescrição médica. Além disso, é necessário avaliar a presença de outros fatores de risco, doenças associadas ou mesmo a presença de doença aterosclerótica e suas complicações, e o paciente deve permanecer em acompanhamento médico para garantir que a evolução esteja ocorrendo da forma esperada, ou se há condutas diferentes a ser adotadas. “Com base em critérios bem estabelecidos, o paciente pode ser classificado em baixo, médio ou alto risco e, para cada categoria, é estabelecida uma meta de redução do colesterol. Existem diversas classes de fármacos que podem ser utilizadas, com diferentes potências e também efeitos colaterais específicos, sendo a mais comum a das estatinas. Vale lembrar que esses medicamentos podem ter restrições de uso em populações especiais, como crianças e gestantes, de forma que apenas o médico pode prescrevê-los”, enfatiza. No geral, as estatinas reduzem o colesterol e as dosagens prescritas variam conforme os níveis de colesterol do paciente e o seu perfil de risco cardiovascular. “Os fibratos reduzem os triglicérides e elevam o HDL-colesterol. Os ácidos graxos ômega 3 e o ácido nicotínico reduzem os triglicérides e elevam o HDL-colesterol, sendo que este último também reduz o LDL-colesterol. Os fitosteróis, que são análogos do colesterol, porém produzidos pelos vegetais, competem com o colesterol por sua absorção no intestino e reduzem em 10% os níveis do LDL-colesterol, na dose de 1,6 a dois gramas ao dia”, recomenda a Dra. Maria Cristina.

ADESÃO CORRETA Uma orientação essencial que o farmacêutico pode oferecer ao paciente é referente à importância no uso regular do medicamento, por sua eficácia e perfil de segurança favorável. “Um dos possíveis efeitos adversos associados ao uso de estatina é a dor muscular. Mas se for de intensidade tolerável, em geral, é seguro manter o medicamento. Caso a dor seja intolerável, o paciente pode ser orientado a cessar o uso do medicamento e retornar ao seu médico, que poderá tentar uma dose mais baixa ou outra droga”, orienta a médica da Unidade de Lípides e Prevenção da Aterosclerose do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor/FMUSP) e da clínica do CheckUp Fleury, Dra. Viviane Zorzanelli Rocha Giraldez. 146

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COMO EVITAR

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ESTRABISMO

Distúrbio da visão

ATINGINDO ENTRE 5% E 6% DAS CRIANÇAS BRASILEIRAS, O ESTRABISMO PRECISA DA ADESÃO DELAS AO TRATAMENTO, O QUE TRAZ ALGUMAS DIFICULDADES PARA PAIS E ESPECIALISTAS. ENTENDA COMO O PROCESSO PODE SER FACILITADO

O

POR KATHLEN RAMOS

O estrabismo, termo médico usado para qualquer desalinhamento de um dos dois olhos, pode acometer uma boa parcela da população, especialmente as crianças. “Não existe uma estatística precisa, mas o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que a prevalência de estrabismo no Brasil seja em 5% a 6%”, afirma o chefe do setor de catarata do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo e médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Richard Yudi Hida. Conhecida popularmente como vesgueira, de acordo com o Dr. Hida, as causas do estra-

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bismo podem ser diversas. “As mais comuns passam por desequilíbrio dos músculos responsáveis pelo movimento ocular; doenças neurológicas; ou traumas”, enumera o especialista, salientando que a doença pode ser assintomática, dependendo da idade, ou, em alguns casos, gerar desvio ocular, diplopia (visão dupla) ou baixa visão. E quanto mais rápido for realizado o tratamento para esse distúrbio, mais eficaz pode ser o resultado. Segundo o Dr. Hida, o tratamento pode ter algumas frentes, dependendo do quadro. “Pode ser necessário o uso de oclusores, que são utilizados a critério do médico, que julgará a gravidade do desvio e duração do tratamento”, enumera o oftalmologista. FOTO: SHUTTERSTOCK

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ENTENDA OS MOTIVOS DA DOENÇA Para se focalizar um objeto, todos os músculos de cada olho devem estar trabalhando harmoniosamente. E é o cérebro que controla esses músculos por meio de impulsos nervosos. Assim, traumas e doenças que afetam a atividade cerebral, como paralisia, Síndrome de Down, hidrocefalia, prematuridade, viroses e tumores cranianos são acompanhadas, frequentemente, de estrabismo. Em alguns casos, o olho afetado pode estar desviado em direção ao nariz (estrabismo convergente), para o lado (estrabismo divergente), para cima ou para baixo (estrabismo vertical). Pode haver, ainda, uma combinação de desvio horizontal e vertical num mesmo paciente. Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

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O uso de oclusores, também conhecidos por tampões, é essencial. “Eles são fundamentais para uma boa recuperação visual e do próprio estrabismo. É necessário disciplina e insistência dos pais para o sucesso do tratamento”, afirma o Dr. Hida. Mas o mercado já tem soluções que podem auxiliar nesse sentido, trazendo produtos especialmente desenvolvidos ao universo infantil, com cores e personagens. A empresa AMP Soluções Terapêuticas, por exemplo, oferece oclusores com diversas tonalidades e ainda versões dirigidas a meninos e meninas. “Quando se adota o universo lúdico, a criança tem menos resistência ao tratamento”, garante o diretor da companhia, José Américo Madeira Pinto Jr., salientando que o produto precisa ser de qualidade para trazer os resultados esperados. “Um bom oclusor precisa ser aderente à pele, para que não vaze luz. Quando se tampa o olho, ele fica em repouso e o tratamento é realizado com eficácia”, explica.

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PELE

Vida plena à pele no inverno RESSECAMENTO E OPACIDADE PROVOCADOS NOS DIAS MAIS FRIOS E DOENÇAS QUE PODEM TER OS SINTOMAS INTENSIFICADOS POR CONTA DA BAIXA TEMPERATURA, COMO DERMATITE ATÓPICA, PEDEM FORMULAÇÕES ESPECIAIS PARA CONTROLE DO PROBLEMA POR KATHLEN RAMOS

É

É comum os dias mais frios do inverno serem acompanhados de baixa umidade relativa do ar, fazendo com que a água presente nas camadas superficiais da pele evapore para o meio ambiente. Essas características do clima trazem danos ainda piores quando acompanhadas de vento e banhos quentes, típicos da estação. Juntos, esses agentes podem fazer com que a pele ganhe um aspecto áspero e opaco, podendo se tornar seca. “Faz-se referência à pele seca quando, em determinado momento, sob a influência de banhos quentes, do clima seco,

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do uso de sabonetes inadequados, ela sofra um dano da barreira cutânea resultando em maior perda de água transepidérmica e, consequente, ressecamento da mesma”, descreve o consultor médico do Laboratório ISDIN e chefe do serviço de dermatologia do Hospital Ipiranga de São Paulo, Dr. Cristiano Horta. Aqueles que sofrem por dermatite atópica também podem ser prejudicados pela ação do inverno, conforme explica a dermatologista e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Érica Monteiro. “Essa doença é um defeito na barreira cutânea e do sistema imunológico, que protege a pele das agressões FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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PELE

FAZ-SE REFERÊNCIA À PELE SECA QUANDO, EM DETERMINADO MOMENTO, SOB A INFLUÊNCIA DE BANHOS QUENTES, DO CLIMA SECO, DO USO DE SABONETES INADEQUADOS, ELA SOFRA UM DANO DA BARREIRA CUTÂNEA

do meio ambiente. E o quadro pode ser agravado pelo frio e baixa umidade relativa do ar”, alerta. O Dr. Horta reforça que o grau de ressecamento da pele em geral não leva à dermatite atópica, mas em indivíduos atópicos, o ressecamento da pele pode desencadear, estender e piorar a crise atópica da pele e, inclusive desencadear, estender e piorar crises respiratórias (asma e rinite) nestes indivíduos.

FORMULAÇÃO DIFERENCIADA O principal foco do tratamento da doença deve estar em fortalecer a pele com o uso contínuo de hidratantes funcionais, já que as versões comuns apenas impedem a perda de água da pele. “Os hidratantes funcionais desenvolvidos para pele atópica, além de impedir a perda de água, formam filme protetor, pois têm componentes que são semelhantes à estrutura da pele e são capazes de restaurar a pele danificada”, justifica a especialista da Unifesp, reforçando, ainda, que o tratamento depende da fase da doença. O Dr. Horta acrescenta que esses produtos devem ser hipoalergênicos, isentos de fragrâncias que mais se relacionam à dermatite de contato, não conter corantes, apresentar cosmética agradável e, se possível, conter ativos que reduzam a coceira, reparem a barreira cutânea e mantenham a pele atópica mais tempo sob controle. A linha Umiditá, recentemente lançada pela Libbs Farmacêutica, foi desenvolvida, exclusivamente, para auxiliar todas as fases do tratamento da dermatite atópi152

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ca, desde a crise até a manutenção. Com agentes, como aveia coloidal e o óleo de canola, a linha traz produtos, como Umiditá AI (hidratação com propriedades anti-inflamatórias para a crise atópica); Umiditá Loção (hidratação calmante para a pele atópica); Umiditá Rosto (hidratação e proteção diária para a pele sensível ou atópica); e Umiditá Infantil (cuidado diário da pele sensível da criança e do bebê). Já a linha Nutratopic, da ISDIN, oferece versões dirigidas à pele reativa (sensível e irritável), composta por produtos, como Nutratopic Rx Creme (traz agentes emolientes, umectantes e lipídeos e é adjuvante no cuidado da pele reativa, garantindo hidratação intensa para as áreas localizadas e de dobras); Nutratopic Loção Emoliente (conta com agentes emolientes de uso corporal diário, umectantes e lipídeos, proporcionando hidratação profunda); e Nutratopic Gel de Banho (gel de banho corporal de uso diário, com hidratantes e agentes limpadores).

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Hidratação Hidratação para a para a

e proteção diária e proteção diária pele atópica pele atópica

Cuidado diário Cuidado diário da pele sensível da pele sensível

1 HENGELTRAUB, S.F.; MONTEIRO, E.O. Avaliação da atividade anti-inflamatória do Umiditá AI creme e do Umidità AI loção em cultura de queratinócitos humanos normais expostos a agente surfactante irritante. Rev Bras Med, março, 2014. n press. 1 HENGELTRAUB, S.F.; MONTEIRO, E.O. Avaliação da atividade anti-inflamatória do Umiditá AI creme e do Umidità AI loção em cultura de queratinócitos humanos normais expostos a agente surfactante irritante. Rev Bras Med, março, 2014. n press. (Edição Especial Dermatologia e Cosmiatria). (Edição Especial Dermatologia e Cosmiatria).

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PELE

E seja qual for o produto utilizado, vale estar atento a alguns conceitos e propriedades. “Os produtos emolientes são aqueles destinados a promover a suavidade da pele; os umectantes atraem água para o estrato córneo; e hidratantes oclusivos impedem a perda de água transepidérmica”, descreve o Dr. Horta. Portanto, a formulação dos produtos destinados à hidratação da pele atua na superfície e, não, necessariamente, precisa agir de forma mais profunda. “Alguns produtos hidratantes são mais completos e permitem atuar tanto atraindo água como impedindo que a água saia da pele”, acrescenta.

ENTENDA A DERMATITE ATÓPICA Doença de pele crônica e não contagiosa que cursa em paralelo com outras patologias de origem alérgica, como a asma e a rinite alérgica, a dermatite atópica decorre, especialmente, por herança hereditária. “Observa-se que crianças com um dos pais portadores da condição atópica (dermatite atópica, rinite ou asma) têm 25% de chance de desenvolver a dermatite, e para as que têm ambos os pais afetados, a chance sobe para 50%”, constata a Dra. Érica, da Unifesp.

DIFERENCIE A PELE SECA DA EXTRASSECA A pele extrasseca é aquela que, em condições normais, se apresenta ressecada, como no caso do envelhecimento e de doenças dermatológicas, como dermatite atópica, ictiose, diabetes, entre outras, que, em determinado momento, sofre o mesmo processo de ressecamento da pela seca, tornando-se acentuadamente seca. Assim, é fundamental entender as diferenças, para garantir o melhor tratamento, em cada caso. “O entendimento desse processo é necessário para indicação de produtos hidratantes, emolientes e umectantes adequados, além de medidas gerais cabíveis a cada pele”, conclui o consultor médico do Laboratório ISDIN e chefe do serviço de dermatologia do Hospital Ipiranga de São Paulo, Dr. Cristiano Horta.

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O PRINCIPAL FOCO DO TRATAMENTO DA DOENÇA DEVE ESTAR EM FORTALECER A PELE COM O USO CONTÍNUO DE HIDRATANTES FUNCIONAIS, JÁ QUE AS VERSÕES COMUNS APENAS IMPEDEM A PERDA DE ÁGUA DA PELE A inflamação da pele na dermatite atópica aparece de forma repetitiva e em longo prazo, o que provoca uma evolução da doença por crises que podem ser espontâneas ou provocadas, por exemplo, pelo contato com diferentes alérgenos. “Isso ocorre devido ao defeito na barreira cutânea que facilita a penetração de agentes agressores externos (do meio ambiente, chamado de alérgenos) na pele”, esclarece. Os sinais de inflamação são vermelhidão, inchaço, vesículas e muita coceira, o que piora a inflamação e as lesões na pele. Normalmente, a doença surge no primeiro ano de vida, segue intensa até os cinco anos de idade com períodos de melhora e de piora. “Em 75% dos casos, desaparece a partir dessa faixa etária. Durante a infância, as lesões são avermelhadas e descamativas e localizam-se na face, no tronco e nas superfícies externas dos membros. Em crianças maiores e adultos, as lesões são secas, escuras e localizam-se nas dobras do corpo”, diferencia a pesquisadora da Unifesp. Para garantir a eficácia no tratamento da dermatite atópica, o Dr. Horta cita que se deve adotar o banho morno e rápido, restringindo o uso de sabonetes em barra, substituindo-os por sabonetes líquidos e, se possível, utilizar os chamados “syndets” (detergentes sintéticos); roupas leves, de cor clara e de algodão, evitando-se o uso de roupas apertadas; tentar manter-se em temperaturas estáveis; evitar ambientes com aeroalérgenos (como carpetes, tapetes e brinquedos de pelúcia); evitar alimentos com corantes ou liberadores de histamina (como morango, kiwi, ostras e mariscos); evitar sudorese excessiva; e procurar manter uma hidratação cutânea adequada e frequente. “A pele hidratada é um dos maiores objetivos do tratamento da dermatite atópica”, finaliza o médico.

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FOTOENVELHECIMENTO

Proteção constante MANTER A PELE BRONZEADA O ANO INTEIRO É O DESEJO DE MUITAS PESSOAS, MAS EM UM PAÍS TROPICAL COMO O BRASIL, ALGUNS CUIDADOS SÃO NECESSÁRIOS PARA EVITAR QUE OS MALEFÍCIOS DO SOL ROUBEM A CENA

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POR KATHLEN RAMOS E TASSIA ROCHA

A proteção solar é usada no combate às ações das radiações no corpo, absorvendo ou refletindo os raios solares, prevenindo vermelhidões e, principalmente, o fotoenvelhecimento. Mesmo nos dias mais frios, os cuidados com a proteção não podem ser deixados de lado. Cada vez mais os brasileiros estão se conscientizando sobre a importância de se proteger dos malefícios dos raios ultravioleta vindos do sol. A derme espelha os sinais do tempo e o seu processo de deterioração progressiva pode ser intensificado pela exposição solar. A radiação solar altera morfologicamente as estruturas celulares, causando danos irreversíveis.

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O fotoenvelhecimento é causado pela exposição solar prolongada. Desde a infância, as pessoas são expostas ao sol – além de luzes artificiais, em casa e no escritório, que contam com radiação e que também prejudicam a pele – e, na grande maioria das vezes, a população está livre de proteção ou fazendo uso de proteção inadequada. Os raios penetram na pele, degeneram o colágeno e contribuem para um envelhecimento além do normal, acelerando o aparecimento de linhas finas, rugas e marcas de expressão, além das temidas manchas, as melanoses solares. As radiações solares são divididas em dois tipos: Ultravioleta-B (UVB), responsável pela queimadura na pele, ou seFOTOS: SHUTTERSTOCK ILUSTRAÇÃO:SHUTTERSTOCK

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PASSO A PASSO DA PROTEÇÃO Segundo o estudo da Johnson & Johnson sobre proteção solar (Usage and Purchase Attitudes for Sun Care, Brasil, 2014 – Sense Envirossel), 80% dos brasileiros se expõem ao sol diariamente, porém, o hábito de se proteger ainda é baixo, já que o índice de penetração do protetor solar é de 26% em todo País. Além do baixo índice de uso do protetor solar no Brasil, os brasileiros também tendem a aplicar errado o produto. Recentes publicações constataram que o consumidor aplica uma quantidade de protetor solar três vezes menor do que deveria. Por isso, vale reforçar que o uso do protetor solar não pode ficar restrito somente à praia ou à piscina e, por isso, é tão importante educar e ensinar o consumidor sobre o uso correto e seus benefícios para a saúde, já que o protetor solar previne, além das queimaduras, envelhecimento precoce da pele, rugas, manchas, entre outros. Recomende à consumidora reaplicar o protetor solar de duas em duas horas. Essa é a indicação ideal, mas deve-se levar em consideração a necessidade. 1. Se a exposição solar for intensa, o ideal é limpar bem a pele, usando um demaquilante para eliminar os resquícios de maquiagem e completar a limpeza com sabonete líquido e adstringente, específicos para cada tipo de pele.

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2. O próximo passo é a hidratação e, por fim, aplicar o protetor solar e só depois disso a maquiagem. Vale reforçar que esse é o cenário ideal e caso a exposição solar não seja intensa, não é necessária a reaplicação do produto.

2 Fonte: diretora de marketing das marcas de Sun Care da Johnson & Johnson, Tatiana Miana

ja, uma reação imediata, e Ultravioleta-A (UVA), que causa o envelhecimento e tem efeito tardio. Juntas, as radiações ultravioleta emitem radicais livres que aceleram o processo de envelhecimento, ocasionando o aparecimento de rugas, manchas, ressecamento, podendo levar ao câncer de pele. Com isso, é fundamental que o varejista saiba ajudar o consumidor a identificar os sinais do fotoenvelhecimento na pele e quais são os produtos mais indicados para atuar de forma preventiva. Esse é um diferencial estratégico, que faz toda diferença no momento da venda. Produtos que auxiliam na prevenção e recuperação da saúde da derme são cada vez mais procurados nos pontos de venda (PDVs).

Afinal, quem não deseja manter a jovialidade da pele por tempo indeterminado?

O QUE AS CONSUMIDORAS PROCURAM? O shopper busca cada vez mais benefícios para a pele. Os protetores solares são associados à prevenção de efeitos não desejados de longo prazo, por isso benefícios cosméticos são cada vez mais esperados desses produtos. “A falta de tempo e o dia a dia atribulado influenciam totalmente, porque tornam as pessoas mais ansiosas e, consequentemente, em suas tomadas de decisão, vão vencer aquelas soluções que se apresentarem mais práticas e fun2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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FOTOENVELHECIMENTO

É FUNDAMENTAL QUE O VAREJISTA SAIBA AJUDAR O CONSUMIDOR A IDENTIFICAR OS SINAIS DO FOTOENVELHECIMENTO NA PELE E QUAIS SÃO OS PRODUTOS MAIS INDICADOS. ESSE É UM DIFERENCIAL ESTRATÉGICO cionais. Somam-se a isso outros fatores, como economia na ponta do lápis e sustentabilidade (fazer mais com menos, pensando em gerações futuras)”, considera a diretora da Unidade de Dermocosméticos do Aché Laboratórios e responsável pela marca Profuse, Monica Branco. Diante dessa demanda do consumidor, os dermocosméticos também aderiram a essa realidade e passaram a condensar diversos benefícios numa única embalagem. “Esses produtos já possuem, na composição, ingredientes que atuam de forma variada, trazendo antiaging, despigmentantes, antioxidantes, hidratantes, nutrientes, Fator de Proteção

ALTA PROTEÇÃO De acordo com a diretora de marketing das marcas de Sun Care da Johnson & Johnson, Tatiana Miana, não há uma relação direta entre radiação e Fator de Proteção Solar (FPS). O FPS indica a efetividade do filtro solar à proteção contra a radiação Ultravioleta-B (UVB). Isso é refletido na relação entre o tempo que a pessoa pode se expor à luz solar, sem se queimar (eritema) usando filtro solar. Por exemplo, FPS = 30, indica 30 vezes mais tempo de exposição do que sem o uso do filtro. Assim, sem filtro solar, uma pessoa de um determinado fototipo desenvolve eritema após cinco minutos de exposição sem filtro. Com o filtro, esse tempo seria de cinco vezes 30 = 150 minutos. Porém, a eficiência do filtro depende de diversos fatores: uso correto, aplicação correta, reaplicação, sudorese, etc.

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POSSIBILIDADE DE VENDA CASADA • Protetores solares + limpeza pele oleosa. • Protetor solar rosto e/ou corpo + protetor labial com Fator de Proteção Solar (FPS). • Protetor solar + anti-idade. • Clareadores/uniformizadores de pele + protetores solares com FPS alto. • Antiacne + limpeza pele oleosa a acneica. • Anti-idade face + anti-idade olhos. • Hidratantes corporais + esfoliantes corporais. • Nutracêuticos para queda capilar + xampu antiqueda. • Nutracêuticos + anti-idade. Fonte: diretora da Unidade de Negócios Dermocosméticos do Laboratório Aché, Mônica Branco

Solar (FPS), entre outros. Todos os benefícios são agregados num dermocosmético bem formulado”, lembra a cosmetóloga da Mesoestetic, Andrea Hollaender. De acordo com dados fornecidos pela Johnson & Johnson, no último verão, o mercado de proteção solar cresceu 23% comparado ao ano anterior e deve manter ou mesmo aumentar o crescimento para o próximo ano. A categoria ainda apresenta boas oportunidades de crescimento, uma vez que a penetração dos protetores nos lares brasileiros ainda é em torno de 26%. “Um bom índice de fotoproteção e a cosmeticidade são pontos valorizados pela consumidora brasileira. O primeiro é extremamente importante em um país tropical como o Brasil, onde há regiões, como o Nordeste e o Norte, em que se têm dias ensolarados quase durante todo o ano. Hoje, recomenda-se o uso de fotoprotetores com FPS maior ou igual a 30 para uso diário. Já a textura também é valorizada pelas consumidoras: a pele das brasileiras é, em geral, mais oleosa. Por isso, fotoprotetores com texturas leves são os preferidos”, aponta a gerente de comunicação científica do La Roche-Posay, Giselle Canavaci. Como grande parte das mulheres brasileiras possui pele oleosa ou com tendência à acne, o uso desses produtos pode agravar o quadro. Nesse caso, consumidoras com esse tipo de pele buscam produtos que combinem a proteção solar com o controle da oleosidade, que além de protegerem a pele do sol e hidratar, também oferecem controle de oleosidade. Ou seja, esses produtos entregam três benefícios em apenas um. E são diversos outros dermo-

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Alívio da sensação de peso e cansaço nas pernas e pés1,2

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FOTOENVELHECIMENTO

SAZONALIDADE DA CATEGORIA 1) Outono/Inverno: hidratação corporal e labial, clareamento/uniformização de pele, anticaspa/antiqueda, produtos para peles sensíveis/sensibilizadas, anti-idade. Motivo: em função do clima seco, com pouca umidade, a pele requer um cuidado de hidratação especial. E neste período, pós-verão, aumenta a procura por produtos que diminuem melasmas e melanoses (áreas escurecidas na pele causadas pela exposição ao sol) e nos consultórios/clínicas de dermatologia, aumenta a procura por procedimentos estéticos que podem sensibilizar a pele. E com os banhos mais quentes, surgem as caspas/seborreicas que favorecem a queda capilar e a desidratação da pele. 2) Primavera/Verão: proteção solar, cuidados com o corpo. Motivo: no verão, a exposição ao sol é intensa, o clima é de praia, onde o corpo está sempre em evidência, portanto, os cuidados estão sempre em destaque. Fonte: diretora da Unidade de Negócios Dermocosméticos do Laboratório Aché, Mônica Branco

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cosméticos apresentados pela indústria que possuem essas características. E mesmo nos multifuncionais, a qualidade não é deixada de lado pelos usuários. O consumidor busca praticidade nos cuidados diários com a pele, mas não está disposto a comprometer a eficácia do produto. As formulações que fazem combinações de diferentes benefícios de forma a manter a entrega com alta qualidade de cada um deles costumam ser bem avaliadas pelos consumidores. Diante de tantos benefícios e eficácia comprovada desses produtos, eles se concretizam como aposta certeira para o PDV, já que são capazes de atrair diversos perfis de usuários de dermocosméticos. “De forma geral, quase todo consumidor requer resultados e praticidade”, comenta a cosmetóloga da Mesoestetic. Segundo Monica, do Aché, entre eles, estão os jovens que, por natureza, são práticos e ansiosos e, por isso, querem agilizar a rotina de cuidados com a pele. Outro grupo de usuários é aquele composto pelos que têm uma rotina intensa de trabalho. “Eles não abrem mão de usar um dermocosmético, mas preferem os que simplifiquem seu dia a dia”, afirma. E, por último, outro perfil que aprecia produtos multifuncionais é o dos heavy users. “Em sua rotina diária, esses consumidores não abrem mão de produtos de limpeza, hidratação, fotoproteção e antirrugas. Portanto, diante de tantos produtos, o multifuncional resolve mais facilmente suas necessidades”, justifica a especialista do Aché.

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BELEZA

Prevenção das estrias na gravidez AS INDESEJÁVEIS MARCAS ESTÃO RELACIONADAS COM O AUMENTO DE PESO E A ATIVIDADE HORMONAL, COMUNS DURANTE A GESTAÇÃO POR BIA FUGULIN

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Dez entre dez mulheres temem o aparecimento de estrias ao engravidar. A razão desse pesadelo é a constatação de que 70% a 90% das grávidas desenvolvem esse problema durante a gestação. A boa notícia é que há formas de prevenir, claro que com muita dedicação e disciplina. Estrias são cicatrizes decorrentes da destruição das fibras elásticas e colágenas da derme, causadas pela distensão da pele. Em

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razão do estiramento da pele, há a diminuição da espessura da derme e da epiderme e o resultado são linhas identificadas como as temidas estrias. A pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e dermatologista, Dra. Érica Monteiro, diz que as causas do aparecimento de estrias nas gestantes não são completamente elucidadas, mas há claras evidências de que estão relacionadas com o aumento de peso e a atividade hormonal, comuns durante a gestação. Mas o alerta e a prevenção também serFOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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A PELE COM ESTRIA PODE SE RECUPERAR BEM, MAS VAI DEPENDER DE ALGUNS FATORES, COMO O TEMPO DE APARECIMENTO DELAS E AS CARACTERÍSTICAS DO TECIDO COLÁGENO DA PESSOA, QUE TEM BASE GENÉTICA. QUANTO MAIS CEDO INICIAR O TRATAMENTO, MAIS CHANCES DE ÊXITO E DE MELHORAR SEU ASPECTO. OS ÁCIDOS E HIDRATANTES SÃO INDICADOS PARA TRATÁ-LAS

vem para as gestantes que não engordam muito durante a gravidez, pois as magras também podem ser vítimas desse problema. A predisposição individual parece ser ainda o principal fator contribuinte para sua formação, ou seja, a tal da genética. Normalmente, as estrias costumam aparecer a partir da 24ª. semana de gravidez e estão associadas ao excesso de peso do bebê e da mãe. As regiões mais acometidas são abdômen e mamas, mas bumbum, coxas, braços e dorso também são áreas

de risco. Em geral, não apresentam sintomas, mas quando começam a se formar, podem coçar e arder. O que se pode fazer para evitá-las é manter a pele hidratada, principalmente, nas áreas de risco. Segundo a médica, as estrias são consideradas dermatoses inestéticas e não oferecem risco de vida à gestante ou ao feto, assim, o tratamento durante o período da gravidez ou da lactação obedece aos princípios gerais da terapêutica na gestação. “Desse modo, por maior que sejam o estresse emocional e o impacto psicossocial que as estrias causam, só devem ser indicados procedimentos e princípios ativos sabidamente isentos de efeitos nocivos à gestante e ao seu concepto”, alerta ela. Então, o uso de hidratantes durante a gestação deve ser obrigatório como forma de tentar a prevenção, embora isto não garanta 100% de êxito. “Produtos hidratantes com ácido hialurônico podem ser considerados seguros para uso na gestação, uma vez que esta substância está presente em abundância nos tecidos do feto. O pantenol, muito prescrito por médicos para auxiliar na hidratação da pele, também demonstra ser um ativo seguro para uso nas gestantes por fazer parte da constituição normal da pele. Óleos de origem vegetal são muito utilizados nas formulações hidratantes; ao con2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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algumas farmácias ficavam assim na hora de recomendar um hidratante para gestante.

Chegou Umiditá. Uma linha completa de hidratantes pensada e desenvolvida especifícamente para a gestante e a mamãe. Produtos hipoalergênicos. Formulação com uso exclusivo de substâncias seguras na gestação, pós gestação e para o bebê. Tem tudo o que é mais importante. Principalmente a recomedação que elas mais precisam: a do médico de confiança.1-12 Referências: 1.LIPOTEC. Vanistryl® Barcelona: Poligon, Ago, 2010. 2.ASHLAND. Prolipid™ 141: lamellar gel. Multi-functional personal care lammelar gels that seal, shield and feel. 2013. 3.AJINOMOTO. AJIDEW: amino acid based humectant, 2000. 4.CPN. Hylsink®. Dolní Dobrouč: CPN, 2009. 5.BAUMANN, L. Glycerin. In: Cosmeceuticals and cosmetic ingredients. New York: McGrawHill, 2015. Cap.56, p.182-7. 6.BAUMANN, L. Tocopherol(Vitamin E). In: Cosmeceuticals and cosmetic ingredients. New York: McGrawHill, 2015. Cap.25, p.74-76. 7.PROVITAL GROUP NATURAL EFFICACY. Legactif. Barcelona: Provital. 8.PROVITAL. Centella Asiática Eco. Barcelona: Provital 9.SYMRISE. Frescolat x cool. São Paulo: SYMRISE Brasil. 01/2012. 10.AAK-AARHUSKARLSHAMM SWEDEN AB. Lipex Shea Tris: the natural bioactive ingredient for functional skin care. Suécia: AAK. 11.CHEMYUNION. Revinage: the real retinoid-like. São Paulo: Chemyunion. Disponível em: http://www.alfa-chemicals.co.uk/Libraries/Sucragel/Revinage.sflb.ashx. Acesso em: Abr.2015. 12.GIANNOCARO, R.G. et al. Aplicação dos triglicérides de cadeia média (TCM) no tratamento da dermatite amoniacal. Pediatria Moderna, v.31, n.2, p.141-54, 1995.

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mas agora ficam assim ao recomendar o que existe de melhor para ela.

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O HIDRATANTE CHEGOU AO FUTURO.

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BELEZA

OPÇÕES DE COMBATE À ESTRIA Memê Care, da Cimed Memê Care protege a pele da mulher grávida, atuando como um aliado na prevenção de estrias. Ele hidrata intensivamente e estimula a formação de colágeno e elastina, proporcionando melhor firmeza e textura da pele. Contém em sua fórmula D-Pantenol, precursor da pró-vitamina B5, que, ao ser aplicado na pele, converte-se em um ácido extremamente importante para a manutenção dos tecidos da pele. Possui também óleo de amêndoas doce, que protege a pele contra a perda de água, além de propriedades que desinflamam e acalmam irritações cutâneas. Já o óleo de calêndula, também presente na formulação do produto, tem ação emoliente, calmante, refrescante, suavizante, anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica, antialérgica e antisséptica. O creme também conta com Hydroxyprolisilane CN, ácido lático, cera branca (cera de abelha), silicone, entre outros elementos que, juntos, previnem o aparecimento de estrias e ajudam a manter a pele saudável e hidratada ao mesmo tempo em que potencializa a elasticidade, fator primordial no período gestacional.

Umiditá Gestante Corpo, da Libbs Seu uso é indicado logo que a pele inicia o estiramento nos primeiros meses de gravidez até o momento do parto. O produto tem ingredientes tradicionais e seguros para a gestante e para o feto, como manteiga de karitê, pantenol, glicerina e vitamina E. Contém ainda ingredientes inovadores, como o ácido hialurônico que hidrata profundamente a pele e a estrutura da emulsão se assemelha à estrutura das células da pele. O Umiditá Gestante Corpo é um hidrante funcional desenvolvido especialmente para acompanhar o estiramento da pele durante a gravidez, graças à sinergia dos seus ativos que preservam a umidade e restauram a barreira cutânea. Sua ação é baseada na formação de um filme protetor e uniforme que impede o ressecamento excessivo da pele e ajuda na restauração da mesma. Ele não contém perfume e não tem nem mesmo cheiro dos princípios ativos que o compõem, justamente para atender também as gestantes que sentem náuseas.

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Luciara, do Zodiac Possui ação de dupla hidratação profunda (ativa e passiva), que potencializa a elasticidade da pele por até 24 horas. Com fórmula hipoalergênica, tem segurança e tolerabilidade comprovadas. Não irrita a pele, pois é produzido sem perfume e sem conservantes, elaborado com um mínimo de ingredientes, todos de caráter farmacêutico, a fim de garantir a segurança da gestante e bebê e não agravar o estado nauseoso da gestante.

Bio-Oil, da Union Swiss Bio-Oil, um óleo hidratante multifuncional que pode ser usado no corpo e no rosto. Com a aplicação diária, ele reduz a possibilidade de formação de estrias, melhora a aparência das marcas já existentes e ajuda a uniformizar tons de pele desiguais. Composto por vitaminas A e E, óleo de calêndula, lavanda, alecrim e camomila, o produto ainda conta com a exclusiva fórmula PurCellin Oil, que acelera o processo de absorção do produto pela pele, além de atuar como um emoliente, deixando-a suave e elástica. Há estudos sobre o produto que registraram melhora na aparência das estrias após duas semanas de uso. Bio-Oil deve ser aplicado em movimentos circulares, duas vezes ao dia. Caso a paciente faça uso de protetor solar, Bio-Oil deve ser aplicado antes.

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trário dos óleos de origem mineral, os vegetais causam menos reações alérgicas”, orienta a Dra. Érica. Depois de desenvolvidas, as estrias não regridem e há casos em que até se agravam após a gestação. Há dois tipos de estrias, a que está na fase inicial e a que está em estágio avançado. Logo que surgem, adquirem cor vermelha, com aspecto vinhoso e podem apresentar discreta coceira, já que são acompanhadas de um processo inflamatório no local. Com o tempo, elas clareiam e se tornam brancas, com aspecto nacarado, estas reconhecidamente estão em estágio tardio. Como nessa fase já ocorreu a atrofia mais intensa das fibras colágenas e elásticas, não há mais inflamação. Nas pessoas de pele morena ou negra, as estrias podem aparecer com uma cor mais escura que o tom de pele. Existem tratamentos que amenizam o problema, mas não eliminam totalmente. Segundo a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira 168

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de Dermatologia (SBD), Dra. Edileia Bagatin, com tratamento, a pele com estria pode se recuperar bem, mas vai depender de alguns fatores, como o tempo de aparecimento delas e as características do tecido colágeno da pessoa, que tem base genética. Quando estão em estágio inicial, os lasers e a luz intensa pulsada melhoraram as lesões e quanto mais cedo iniciar o tratamento, mais chances de êxito e de melhorar seu aspecto. Os ácidos e hidratantes também são indicados para tratá-las. Já as estrias em estágio avançado são mais difíceis de ser tratadas e o que se aplica atualmente são laser fracionado, hidratantes e ácidos. A Dra. Edileia alerta que as gestantes devem evitar o uso de corticoides tópicos, sejam eles cremes ou pomadas, assim como os sistêmicos de uso oral ou injetável, sem indicação médica.

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TENDÊNCIA

Paixão mundial FOI-SE O TEMPO EM QUE AS MULHERES COMPRAVAM DEZENAS DE PRODUTOS EM BUSCA DE UM ÚNICO RESULTADO. ATENTA ÀS NECESSIDADES DAS CONSUMIDORAS QUE PROCURAM PRATICIDADE, INDÚSTRIA APOSTA NO BB CREAM POR TASSIA ROCHA

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FOTOS: SHUTTERSTOCK

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Para as consumidoras que desejam aliar a cobertura perfeita da base com o protetor solar, o mercado disponibiliza diversos produtos que atendem a essa necessidade. É o caso do BB Cream que se refere ao Beauty Balm, ou seja, Bálsamo de Beleza. O termo é muito comum dentro de categoria de maquiagem. Já o CC Cream refere-se a Colour Control Cream ou Color Correcting Cream. A diferença entre os dois é sutil, já que o CC Cream é destinado ao público que tem como foco principal uniformizar o tom da pele. A mulher moderna é prática e, muitas vezes, tem uma rotina tão corrida que não dá tempo de ficar horas em frente ao espelho, num passo a passo interminável em busca do make perfeito, com grandes quantidades de produtos. Por isso, ela assumiu o BB Cream como um dos seus melhores amigos no dia a dia, afinal, ele corrige as imperfeições, mantendo o visual na medida exata, trata e protege, permitindo que ela tenha, consequentemente, mais tempo para si própria e para as tarefas diárias. Enquanto atua como uma base mais leve, uniformizando a tonalidade da pele, o BB Cream contém outros ativos de cuidados, que vão desde a prevenção contra o envelhecimento precoce até a incorporação de filtro solar na fórmula. Devido ao sucesso e eficácia do produto, já é possível encontrar várias opções e marcas que agradem ao bolso e à pele do cliente. “Os benefícios variam de marca para marca. Na Vult, por exemplo, ele oferece as seguintes funções: atua como “primer” (com efeito de disfarce ótico de poros e pequenas linhas de expressão), hidrata por até oito horas seguidas, contém AntiOx 3D – um ativo de ação antioxidante que previne o envelhecimento precoce da pele – e ainda possui Fator de Proteção Solar (FPS) 35, um dos mais altos do mercado brasileiro para o produto”, informa o maquiador oficial Vult, Rony Noivo.

A CONSUMIDORA DE HOJE É MAIS EXIGENTE, ELA BUSCA POR COSMÉTICOS QUE LEVAM EM SUA FORMULAÇÃO DIVERSOS PAPÉIS, COM ATIVOS COMPATÍVEIS ENTRE SI. O IDEAL É OFERECER PRODUTOS COM BOM CUSTO E BENEFÍCIO, APOSTAR EM PROMOÇÕES E BOM ACESSO NAS GÔNDOLAS O BB Cream é um produto que exige mais tecnologia, entrega mais benefícios do que produtos “comuns” e supre as exigências da mulher moderna. Simples, como todas as consumidoras gostam que as coisas sejam. O tempo não para e o mercado de beleza segue esta tendência. “Que o tempo é valioso, todos sabem, inclusive as marcas de produtos de beleza. Foi pensando também na otimização do tempo que foram desenvolvidos os BB Cream, CC Cream e, mais recentemente, DD Cream. Esses itens são multifuncionais, oferecendo diversos benefícios em um só produto, sendo ideais para os consumidores dos dias atuais, sempre com pressa e com milhares de coisas para fazer ao mesmo tempo. Na pesquisa atual, a correria do dia a dia é citada por quase três em cada dez consumidores de produtos para cuidados com o corpo”, informa a analista de beleza e cuidados pessoais da Mintel, Juliana Martins. Os produtos multifuncionais aumentaram significativamente a sua popularidade desde o seu surgimento na Ásia. A cultura asiática exerce uma grande influência nas tendências ocidentais. O BB Cream e os produtos para iluminar o rosto são exemplos na categoria de beleza que chegaram ao Ocidente para ficar. “A proteção da pele contra raios ultravioleta (UV), poluição, radicais livres, etc. é importan2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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TENDÊNCIA

O BB CREAM É UM PRODUTO QUE EXIGE MAIS TECNOLOGIA, ENTREGA MAIS BENEFÍCIOS DO QUE PRODUTOS “COMUNS” E SUPRE AS EXIGÊNCIAS DA MULHER MODERNA. SIMPLES, COMO TODAS AS CONSUMIDORAS GOSTAM QUE AS COISAS SEJAM. O TEMPO NÃO PARA E O MERCADO DE BELEZA SEGUE ESTA TENDÊNCIA

VÁRIOS BENEFÍCIOS EM UM ÚNICO PRODUTO 1- Efeito mate; 2- Controle da oleosidade; 3- Reduz imperfeições; 4- Fator de Proteção Solar (FPS); 5- Cobertura perfeita e natural; 6- Hidrata e suaviza; 7- Atua como primer; 8- Se adapta ao tom da pele.

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te. Inicialmente desenvolvidos para o cuidado com o rosto, esses produtos customizáveis estão se tornando uma tendência mundial crescente no mercado de beleza e cuidados pessoais e se estendendo para outras áreas, como lábios, olhos, produtos para os cabelos e o corpo”, acrescenta Juliana.

ATENDIMENTO DIFERENCIADO A consumidora de hoje é mais exigente, ela busca por cosméticos que levam em sua formulação diversos papéis, com ativos compatíveis entre si. Elas buscam indicação de produtos certos para cada tipo de pele, por isso, farmácias e drogarias precisam estar atentas às novidades do mercado. O ideal é oferecer produtos com bom custo e benefício, apostar em promoções e bom acesso nas gôndolas. A dermoconsultora também precisa estar bem informada para poder ajudar o consumidor e indicar produtos de acordo com o tipo e tonalidade da pele. Por tratar-se relativamente de uma novidade no mercado, os BB Creams devem estar expostos, além de nos respectivos pontos naturais (dentro do guarda-chuva das marcas, sejam elas massivas ou éticas), também nas pontas de gôndola, displays de balcão, displays de chão, vitrines e nos checkouts. “O destaque dos atributos do produto também é uma forma de chamar a atenção da consumidora para este item que proporciona uma mudança na rotina de beleza da mulher brasileira”, informa o gerente de trade marketing da Divisão Cosmética Ativa da L’Oréal, Raphael Simões.

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Controle fio por fio EXISTEM INÚMERAS CAUSAS PARA A QUEDA DE CABELO, COMO ESTRESSE, DISTÚRBIOS HORMONAIS OU CARÊNCIAS NUTRICIONAIS. É IMPORTANTE RESSALTAR QUE NEM TUDO É CALVÍCIE, JÁ QUE, AO CUIDAR DE SUA CAUSA, AS MADEIXAS VOLTAM A CRESCER NOVAMENTE

Q POR VIVIAN LOURENÇO

Quando o assunto é aparência, os cabelos são uma das principais preocupações, tanto de homens como de mulheres. A moldura do rosto requer todos os cuidados, por isso, não faltam no mercado tratamentos para deixar os fios mais bonitos e esconder os sinais da idade. Mas nem sempre apenas isso resolve. Quando o assunto é queda de cabelo, a preocupação vai além, principalmente entre os homens, que possuem uma chance maior de ficar carecas. De acordo com os especialistas, a queda de cabelos é considerada fisiológica, ou natural, quando a perda não ultrapassa 100-150 fios diários. A partir daí, passa a ser patológica e alguma comorbidade pode estar envolvida com o problema. Os sinais indiretos de que a queda está excessiva são muitos fios soltos na escova, na blusa, no chão do banheiro e/ou no travesseiro, como destaca a dermatologista de São Paulo e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD),

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Dra. Carla Albuquerque. Outra forma de saber se a queda está excessiva é a “prova da tração”. Se numa puxada forte de cabelos caírem mais de seis fios, é um sinal indireto de que a queda está acima do normal. O crescimento e queda do cabelo são um processo que ocorre em cadeia: enquanto alguns fios nascem, outros estão crescendo, alguns ainda estão presos no bulbo capilar e outros estão em processo de se soltarem do bulbo e serem eliminados. Quando essas três fases de crescimento estão em equilíbrio, a pessoa não percebe a queda. Quando há uma exacerbação dessa queda, algum problema pode estar acontecendo. Existem diferentes tipos de queda excessiva de cabelos, algumas com causas não muito bem definidas, explica a farmacêutica bioquímica pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenadora da assessoria farmacêutica da Farmacotécnica e consultora técnica da Naiak, Leandra Sá de Lima. As causas mais comuns são: estresse, distúrbios hormonais, carências nutricionais (regimes e dietas), focos inflamatórios e infecciosos, além de dermatites do FOTO: SHUTTERSTOCK

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O PRODUTO MAIS EFETIVO DE QUALQUER LINHA CAPILAR QUE SE PROPONHA A REDUZIR A QUEDA DOS FIOS É O TÔNICO. ESTE É O ITEM QUE TEM NA SUA COMPOSIÇÃO A MAIOR CONCENTRAÇÃO DE ATIVOS E QUE, DE FATO PERMANECE NO COURO CABELUDO couro cabeludo pós-cirúrgicas, danos provocados por produtos químicos, maus tratos com os cabelos,etc. De acordo com a Dra. Carla, em ambos os sexos, a queda de cabelo pode acontecer, mas mulheres queixam-se mais sobre isto. Nos homens, a causa mais comum é a genética, quadro denominado “alopecia androgenética masculina”. No entanto, outros fatores, como a alimentação inadequada e problemas na tireoide, podem estar envolvidos. Já nas mulheres, as causas mais frequentes são os distúrbios hormonais, estresse, anemia, ferro baixo no sangue, falta de vitaminas, alterações na tireoide, entre outros. Segundo o pós-graduado em Dermatologia, tricologista, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo e professor da Associação Pele Saudável, Dr. Adriano Almeida, muitos nutrientes são essenciais ao crescimento e desenvolvimento dos cabelos. Isso justifica o fato de dietas muito restritivas, gravidez e cirurgia bariátrica poderem causar queda de cabelos. Também existe a “alopecia androgenética feminina”, mas é bem menos frequente que nos homens. O problema acomete cerca de 20% das mulheres em diferentes faixas etárias. Quando o quadro está instalado, pode-se observar um afinamento dos fios, além de rarefação dos mesmos, sendo possível visualizar o couro cabeludo nos casos mais avançados. O especialista em transplante capilar, graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com título em Dermatologia Clínica e Cirúrgica, pela SBD e especialista em Cosmiatria e Cirurgia Dermatológica, pela Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina, Dr. João Carlos Pereira, explica que a alopecia androgenética é uma manifestação fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos, não sendo considerada uma doença. 176

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A herança genética pode vir da família paterna, materna ou de ambas. Pode iniciar-se na puberdade ou aos 20, 30 anos de idade. “Normalmente, na puberdade, o organismo começa a produzir a enzima 5-alfa-redutase. Quando a testosterona se junta com a essa enzima, se transforma em dihidrotestosterona (DHT)”, detalha o especialista. Os folículos pilosos são sensíveis à DHT e, então, se inicia o processo de calvície. É a DHT que age sobre os folículos pilosos, juntamente com herança para a calvície, os responsáveis pelo início da redução progressiva das madeixas. O resultado final desse processo é o afinamento dos fios de cabelo até a sua queda definitiva em forma de velos (penugem). Esse processo é chamado de miniaturização. Áreas calvas começam a surgir, podendo ser localizadas ou totais. Somente as laterais e a parte posterior da cabeça são preservadas, pois os folículos destas áreas não têm a genética da calvície. A queda depende muito do caso, mas, geralmente, ocorre após a puberdade, podendo ter até inícios bem tardios (como após a menopausa, por exemplo). Nos homens, segundo o Dr. Almeida, 10% terão algum grau de calvície antes dos 20 anos; de 20% a 30% terão algum grau de calvície entre os 20 e 30 anos e de 60% a 70% terão algum grau de calvície após os 40 anos. “É importante ressaltar que nem toda queda de cabelo é calvície. Se o problema causador da queda for algum dos já citados, ao cuidar de sua causa, o cabelo para de cair e volta a crescer novamente. Já no caso da calvície, se o indivíduo apresentar áreas calvas, somente o transplante de cabelos irá resolver”, alerta o Dr. Pereira.

CONTROLANDO O PROBLEMA Após ser detectada que a quantidade de fios que está caindo ultrapassa a média normal, é preciso controlar o problema. Segundo os especialistas, uma alimentação adequada, juntamente com o controle do estresse e cuidados com a oleosidade do couro cabeludo são importantes para frear o processo de queda. Com diagnóstico e tratamento adequados, os cabelos param de cair e voltam a nascer e a crescer novamente. Como destaca o Dr. Pereira, o tratamento consiste em eliminar a causa e estimular o folículo piloso por meio de soluções tópicas, medicações injetáveis no couro cabeludo, aplicações de laserterapia e medicações orais, de acordo com a necessidade de cada caso. Já no processo da calvície, as raízes vão atrofiando até o seu desaparecimento. Para as raízes sobreviventes da ação androgenética, existem hoje tratamentos eficientes à base de substâncias de polivitamínicos específicos,

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ATIVOS DISPONÍVEIS NO MERCADO • Minoxidil: age melhorando a circulação no couro cabeludo e, consequentemente, retardando a queda do cabelo. Isoladamente, os resultados são limitados. Não há recuperação total dos fios, mas reduz a perda de cabelos. • Finasterida: utilizada na forma oral ou tópica. Atua bloqueando a ação da dihidrotestosterona (DHT) sobre os receptores dos bulbos capilares dos fios predispostos à calvície. Funciona bem para as áreas do meio e da coroa, não atuando do mesmo modo para a frente e as entradas. Os resultados podem ser observados após seis ou oito meses de tratamento. • 17 Alfa Estradiol: solução capilar indicada nos casos de diminuição da fase anágena no ciclo de desenvolvimento capilar na alopecia leve a moderada, em homens e mulheres (queda de cabelos por fatores hormonais). • Vitaminas: o fator-chave para o crescimento do cabelo é uma dieta rica em vitaminas. Todas contribuem para a melhoria dos fios, mas algumas são fundamentais na restauração do folículo, como a vitamina B, uma das melhores para o crescimento do cabelo; a vitamina A, que se não for fornecida nas quantidades adequadas ao corpo, leva à perda de cabelo; e a vitamina E, que ajuda na melhoria da textura dos fios. • Minerais: a falta de minerais, como silício e zinco, enfraquece não só o cabelo, mas unhas e pele. O zinco tem ação principalmente quando os pacientes são idosos e os seus cabelos vão ficando finos e frágeis. • Xampu de Cetoconazol: antifúngico usado topicamente no couro cabeludo para diminuir a população de fungos, possui ação anti-inflamatória. Fonte: especialista em transplante capilar, graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com título em Dermatologia Clínica e Cirúrgica, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e especialista em Cosmiatria e Cirurgia Dermatológica, pela Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina, Dr. João Carlos Pereira

loções capilares com ativos como o Minoxidil e o alfaestradiol, medicamentos sistêmicos como a espironolactona e a Finasterida, e, mais recentemente, a bimatoprosta, que podem controlar o problema e retardar um procedimento cirúrgico. Nas mulheres menopausadas, a reposição hormonal pode ajudar. Mas em casos extremos, em que já existe área calva, somente o transplante poderá revertê-la”, completa a Dra. Carla.

ALIADOS DO COMBATE Para obter resultados mais rápidos, o Dr. Almeida, da Sociedade Brasileira do Cabelo, destaca também o uso dos nutricosméticos, que trazem melhor resultado do que as medicações tópicas quando se tem uma deficiência nutricional, pois as vitaminas, mesmo quando adicionadas ao xampu, não conseguem nutrir adequadamente os cabelos. “Os tratamentos duram pelo menos três meses até anos, dependendo do diagnóstico. O uso contínuo é benéfico.” Normalmente as linhas, segundo Leandra, da Naiak, que se destinam à queda de cabelos são compostas por xampu, condicionador e tônico capilar. A função de cada produto é distinta. O xampu vai favorecer a limpeza adequada e o controle da oleosidade; o condicionador compõe a linha, mas continua tendo a função de desembaraçar 178

os fios e facilitar o pentear. “Não deve ser usado no couro cabeludo e deve ser bem enxaguado. O produto mais efetivo de qualquer linha capilar que se proponha a reduzir a queda dos fios é o tônico. Este é o item que tem na sua composição a maior concentração de ativos e que, de fato permanece no couro cabeludo, alvo da ação antiqueda. Há uma complementariedade da linha, com potencialização de resultados, mas o tônico é o item mais efetivo do conjunto.” Já para a Dra. Carla, os xampus são apenas coadjuvantes no tratamento da queda de cabelos, pois os princípios ativos ficam muito pouco tempo em contato com o couro cabeludo, proporcionando resultados discretos. Os resultados dependem da causa e do tratamento necessário, que pode ser via oral, tópico e, mais frequentemente, combinado. “Eles atuam de diversas formas: ação antiantrogênica (bloqueio periférico da ação hormonal), reposição de vitaminas e oligoelementos, ação vasodilatadora, entre outras.” O uso de nutricosméticos pode ser contínuo, pois ele suplementa as necessidades básicas diárias do organismo em relação às vitaminas e aos minerais. Assim a pessoa terá sempre cabelos saudáveis, capazes de tolerar tinturas, escovas progressivas, etc.

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Líderes à vista

ESMALTES AINDA SÃO OS MAIS VENDIDOS ENTRE OS ITENS DE CUTELARIA NAS FARMÁCIAS E INCREMENTAM AS VENDAS O ANO TODO POR TATIANA FERRADOR

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Engana-se quem pensa que apenas cabelos bem cuidados e pele em dia compõem uma boa imagem. As mãos não podem ser esquecidas e, tanto para homens quanto para mulheres, dizem muito sobre como está o trato com a saúde, higiene e beleza, bem como sobre a personalidade e o zelo com este importante cartão de visita. Os itens de cutelaria nas farmácias seguem em crescimento, como apontam as pesquisas, e são responsáveis pelo incremento nos lucros. Lixas de unha, alicates, espátulas, esmaltes, assim como itens complementares, como algodão, removedores ou acetonas, ganharam ainda mais destaque graças à maior participação das mulheres no mercado de trabalho e ascensão da classe C, que inseriu em sua rotina os cuidados com as unhas com maior frequência. Assim, quando falamos em beleza, está comprovado que ela não se restringe mais apenas às roupas e aos cabelos e, sim, a detalhes, como

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cuidados com mãos e pés, que chamam ainda mais a atenção das mulheres. Para elas, unhas impecáveis passaram a ser essenciais para complementar o look. A indústria, por sua vez, corrobora para esse interesse predominantemente feminino e lança novidades a todo o momento em cores, texturas, finalidade e tecnologia. Se há dez anos basicamente existiam os esmaltes claros e vermelhos, atualmente, a variedade é grande, com centenas de tons. Um estudo realizado pela Nielsen apontou que a farmácia ainda é a primeira opção de compra para itens de cutelaria, o que comprova a importância do investimento em um mix completo de alicates, lixas de unha, algodão e esmaltes. O destaque mais expressivo fica a cargo dos esmaltes, cuja frequência de compra é ascendente e o volume de vendas cresce na ordem de 4% em média ao ano. De acordo com a consultoria, de 2010 para 2012, a categoria de esmaltes cresceu 6% em volume, em todo o País. Em faturamento, nesse mesmo período, o FOTO: SHUTTERSTOCK

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PLANOGRAMA RECOMENDADO Correlatos como spray de secagem de unhas e removedores de esmaltes

Coleções e edições: lançamentos

Cores clássicas (escuras)

Cores clássicas (claras)

• Recomenda-se expor as marcas verticalmente; • A exposição dos segmentos deve ser feita horizontalmente, iniciando na parte superior com lançamentos, coleções e edições especiais (produtos que têm valor diferenciado); • Nas barras de gancho inferiores, a exposição da linha regular deve ser feita por plataforma de cores, agrupando as cores da mais escura até a mais clara.

Como aumentar as vendas de itens de cutelaria • Checkouts ou pontas de gôndola podem ser espaços estratégicos, pois favorecem a compra por impulso; • Produtos com grande geração de fluxo ou de alto valor agregado devem ter um espaço maior e mais privilegiado nas gôndolas; • Boa iluminação – que destaque os produtos de cutelaria a fim de atrair a atenção dos consumidores; • Evitar rupturas, tornando a farmácia atrativa à compra desse tipo de produto; • Bom sortimento – lançamentos e linhas tradicionais agrupados por segmento (natural, cremoso, metálico e cintilante) e divididos por cor; • Exposição de complementos da esmaltação, como removedores de esmaltes, espátulas, amaciante de cutículas; • Posicionamento na área de perfumaria, próximo a itens de pós-banho, hidratantes, protetores solar, maquiagens para os lábios, demaquilantes, limpeza facial, tonificantes, hidratantes para o rosto e mãos. Fontes: Risqué e Marco Boni

Participação de venda de cada tipo de esmalte:

67% 31% 1% Cremoso

Cintilante

Fosco e kit

Fonte: Risqué

crescimento chegou a 27,3%. Farmácias e lojas de autosserviço com até quatro caixas são os canais com mais destaque nessas vendas. Estas últimas com quase 10% de participação de mercado. No inverno de 2013, aqui considerado de maio a agosto, o faturamento de esmaltes cresceu 2,3%, comparado ao ano anterior. Vale lembrar que o Brasil é hoje o segundo maior mercado consumidor de esmaltes do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, conforme dados da consultoria Euromonitor. De acordo com a gerente de marketing da Mundial Impala, Soraia Arraes, inovação é o caminho para o sucesso, e os consumidores de hoje buscam por ela avidamente. “Esse é o diferencial para conquistá-los: ter produtos sempre atualizados com as mais novas tecnologias do mercado, a fim de apresentar o melhor produto.” Para esta estação, a empresa aposta em cores fortes, como o marrom e roxo-profundo, dividindo a atenção

com o tradicional nude, que continua em alta nesta temporada, assim como o vermelho e o ultravioleta. A grande novidade fica a cargo da tecnologia empregada no “Fiquei Rosa”, uma cobertura reveladora com micropartículas em tons cor-de-rosa que podem modificar o efeito ou a tonalidade do esmalte que está por baixo. E por falar em tecnologia, ela tem sido uma grande aliada também para atender um público específico e cada vez mais comum de consumidoras: as que possuem alergia a alguns componentes presentes nos esmaltes. A Risqué lançou, recentemente, a coleção 100% hipoalergênica, que conta ainda com pincel de mais cerdas para uma melhor aplicação e novas embalagens, que foram modernizadas e ficaram mais ergonômicas. “A atual coleção prioriza o laranja, sucesso nas últimas estações e que continua nesta também, azul-escuro, além dos rosas e cinzas metálicos e chumbo”, explica a diretora de marketing da empresa, Daniela Brilha. 2015 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA

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OS ITENS DE CUTELARIA NAS FARMÁCIAS SEGUEM EM CRESCIMENTO, COMO APONTAM AS PESQUISAS, E SÃO RESPONSÁVEIS PELO INCREMENTO NOS LUCROS. GANHARAM AINDA MAIS DESTAQUE GRAÇAS À MAIOR PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO E ASCENSÃO DA CLASSE C A Hits possui em suas linhas a formulação 4FREE – livre de quatro componentes que tendem a causar alergia [tolueno, formaldeído, dibutil ftalato (DBP) e cânfora], com maior durabilidade e melhor acabamento. Além das necessidades específicas relacionadas à saúde, fatores, como maior brilho, durabilidade e cores modernas e vibrantes, estão entre as exigências da consumidora brasileira, que costuma fazer as unhas pelo menos uma vez por semana. Daí a explicação para os esmaltes liderarem as vendas de produtos de cutelaria. “A escolha do esmalte está diretamente relacionada ao estado de espírito da mulher que, na mesma semana, pode fazer entre duas e três esmaltações diferentes, já que o leque de opções disponíveis é bem variado”, explica a gerente de marketing da Mundial Impala. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) apontam que, normalmente, as unhas das mãos são esmaltadas semanalmente e as dos pés, quinzenalmente e que a prática já virou rotina na agenda e na vida de muitas mulheres brasileiras, fato este potencializado após a ascensão da classe C na economia. Por isso, é importante os pontos de venda (PDVs) manterem o mix variado, para agradar a diferentes tipos de consumidoras, e investirem nas novidades, com vistas ao aumento das compras por impulso, ressalta a Associação.

DESTAQUE NA LOJA Como ressalta a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin, 182

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para compor um mix atraente, a loja deverá ter, a princípio, as marcas mais tradicionais, além das novidades da estação. “Para a melhor tomada de decisão sobre o que expor conjuntamente, onde, em que quantidade, vale fazer uso de análises, tais como: cesta de compra, tíquete, comportamento do cliente, momento de uso, análise do sortimento e desenvolvimento do planograma, entre outros”, diz. “Já sobre a exposição, o ideal é que os produtos sejam agrupados conforme o tipo de uso, lembrando que as áreas mais importantes são aquelas que estão ao alcance dos olhos”, pontua. “No geral, produtos com maiores margens ficam na altura dos olhos e início do fluxo; produtos com alto giro, no final do fluxo; e produtos de rotina, no meio”, conclui.

PARTICULARIDADES DO CANAL No caso de farmácias e drogarias, a exposição deve contemplar esmaltes das cores tradicionais do portfólio e todas as novidades lançadas ao longo do ano, como coleções e edições limitadas. Além disso, uma boa identificação e organização das gôndolas facilita o ato de compra, já que, com muitas opções, o consumidor tende a se confundir entre as variantes do produto. A técnica de produtos da Marco Boni, que possui em sua linha tesouras, alicates, lixas e unhas postiças, Kátia Toledo, ressalta a necessidade da linha complementar de cutelaria, uma vez que a consumidora que compra o esmalte precisa remover a cutícula e cortar as unhas, portanto necessita de um material completo. “Há, ainda, as que não removem a cutícula, mas que fazem uso de espátula para empurrá-la, além do palito de inox”, lembra. “Encontrar tudo em um único lugar não só apenas facilita a compra, como fideliza o cliente à loja.” A recomendação da Impala no PDV para um mix atraente aos olhos do consumidor é aquela que contempla pelo menos 30 cores diferentes, desde as tradicionais até as novidades da estação. Uma boa alternativa, segundo Fátima, é a adoção do cross-merchandising, onde os esmaltes e a linha de cuidados com unhas, mãos e pés estão posicionados próximos a outros itens de beleza de uso diário. Lidar com a sazonalidade das temporadas e abrir espaço para lançamentos são um desafio para as farmácias, onde cada local é precioso. Por esse motivo, as novidades devem ser a prioridade na composição do mix, dividindo espaço com as cores mais tradicionais cujas vendas independem da estação do ano, como cores neutras, nude e brancos.

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Nova Linha Risqué Inovação única no varejo brasileiro!

NOVA EMBALAGEM Mais moderna e ergonômica.

NOVO DESIGN GRÁFICO Divisão das linhas por cores. + fácil para encontrar na gôndola.

NOVA FÓRMULA Hipoalergênica Mantém alto brilho, durabilidade e secagem rápida.

NOVO PINCEL Aplicação Perfeita Mais cerdas no formato da unha.

BENEFÍCIOS PARA O VAREJO • Maior destaque em gôndola: consumidoras e manicures escolheram a nova embalagem de Risqué como a mais atrativa da categoria*. • Campeão de Vendas: 90% do público entrevistado* declara intenção de compra da inovação.

BENEFÍCIOS À CONSUMIDORA

• Inovação: 93% das consumidoras* declaram o lançamento de Risqué como sendo mais moderno, sofisticado e de alta qualidade. • Alta Performance: Fórmula hipoalergênica e pincel de aplicação perfeita. *Fonte: Pesquisa EyeTracking 2012

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SEMPRE EM DIA

Mais proteção OS CONSUMIDORES ESTÃO CADA VEZ MAIS ATENTOS ÀS NOVIDADES QUE PREVINEM OS POSSÍVEIS DESCONFORTOS CAUSADOS NO DIA A DIA. EFICIENTES TECNOLOGIAS SÃO CRIADAS A FAVOR DA POPULAÇÃO POR TASSIA ROCHA

CONTRA ODORES

Os pés das crianças também precisam de cuidados diários, e sem dúvida esta tarefa é para um grupo seleto de super-heróis. A Baruel acaba de lançar o Tenys Pé Baruel Pó Avengers. Aprovado por dermatologistas, sua fórmula suave foi elaborada especialmente para o público infantil. Tem ação desodorante que protege os pequenos contra os odores da transpiração, deixando-os secos e protegidos o dia todo. ■ www.baruel.com.br 184

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LIVRE DE BACTÉRIAS Protex, marca sinônimo de saúde e proteção, entra na categoria de sabonetes íntimos com o lançamento de Protex Cuidado Íntimo. O novo produto foi desenvolvido por meio de intensas pesquisas científicas, testado e aprovado pelas consumidoras. A novidade conta com a tecnologia exclusiva Protex System, que tem em sua composição o ácido lático, ingrediente que mantém o pH equilibrado e fortalece a barreira natural da área íntima, ajudando a prevenir a proliferação de bactérias que podem causar infecções. ■ www.colgate.com.br FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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SEMPRE EM DIA

SINAIS DE RESSECAMENTO

A La Roche-Posay lança o novo cuidado para peles muito ressecadas que sofrem com dermatite atópica: o bálsamo emoliente Lipikar Baume AP [+]. O produto age na restauração de todas as dimensões da pele muito seca e atópica, desde a reparação da barreira de proteção da pele, até o reequilíbrio do microbioma (conjunto de microorganismos que habitam a pele) e o alívio dos sinais de ressecamento intenso. ■ www.laroche-posay.com.br

BLOQUEADOR DE ODORES O mercado brasileiro acaba de ganhar um produto inovador no segmento de higiene pessoal que promete acabar de vez com a saia justa de milhões de pessoas. O FreeCô é o primeiro bloqueador de odores sanitários, com uma fórmula 100% natural, composta por óleos essenciais de capim-limão e eucalipto, capaz de neutralizar o mau cheiro. Feito para toda a família, não faz mal à saúde nem ao meio ambiente, já que possui formato de spray e não de aerossol. ■ www.freeco.com.br

FÓRMULA INOVADORA FIM DAS OLHEIRAS

ESSENCELE filler R olhos diminui rugas finas e moderadas. Reduz as indesejáveis bolsas e suaviza a aparência das olheiras pela presença de Ginkgo biloba na fórmula. A área dos olhos fica mais lisa, com tonalidade mais uniforme e um toque aveludado. Aplicar diariamente à noite ao redor dos olhos, ou conforme orientação médica. ■ www.profuse.com.br 186

Bí-O, a marca de desodorantes que cuida da pele, apresenta a nova linha Intensive Toque Seco 48h. Os laboratórios L’Oréal desenvolveram a fórmula de Bí-O Intensive Toque Seco com a nova Tecnologia THE, que garante três vezes mais eficácia antitranspirante; Mineralite, um pó mineral de origem vulcânica que tem o poder de absorver até quatro vezes o volume de água; e Óleos Voláteis que secam instantaneamente. ■ www.garnier.com.br

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SEMPRE EM DIA

CRESCIMENTO DOS FIOS

Embelleze acaba de lançar mais uma novidade: o Novex Pra Bombar. A dupla xampu e tratamento condicionante Novex Pra Bombar foi desenvolvida para ajudar no crescimento do cabelo. Sua fórmula poderosa é uma verdadeira explosão de força e nutrição: uma boa dose de vitamina A, que é essencial para o crescimento dos fios; Whey Protein para dar força; e uma medida generosa de D-Pantenol, que traz uma super-hidratação, além de brilho, maciez e eliminar as pontas duplas. ■ www.embelleze.com/produtos/novex

ALÍVIO IMEDIATO

Os Laboratórios Dermatológicos Avène acabam de criar novos produtos, com multi-performance, para o cuidado da pele. Eles são indicados especialmente para as peles com ressecamento, coceira e peles atópicas. Fórmula altamente segura com mínimo de ingredientes, garante ultra-hidratação e absorção rápida. ■ www.eau-thermale-avene.com.br

TOQUE SOFISTICADO

A condor lança no mercado as novas escovas fashion para as consumidoras que não dispensam cuidados com os fios. As peças da linha Carmim têm almofadas estampadas com as tendências da moda outono-inverno: a animal print vem em versão multicolor e a geométrica brinca com o contraste preto e branco. O lançamento está disponível em quatro versões. ■ www.condor.ind.br 188

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INSTITUCIONAL – DORALGINA

Hypermarcas aposta em campanha irreverente para Doralgina TRAZENDO CASAIS APAIXONADOS COMO PROTAGONISTAS DA AÇÃO QUE ATRAIU A ATENÇÃO E RISOS DE DIVERSOS CONSUMIDORES, INTENÇÃO DA EMPRESA É TORNAR A MARCA AINDA MAIS POPULAR ENTRE OS USUÁRIOS

A P O R K AT H L EN RA M OS

“As Dores de Cabeça da Era Conectada”. Esse é o principal foco da nova campanha publicitária de Doralgina, medicamento que atua no tratamento de dores de cabeça. O objetivo dessa ação, que ganhou um viés irreverente e conseguiu atrair a atenção dos consumidores, é o de tornar a marca ainda mais conhecida entre os usuários e reforçar recomendação do produto. “Buscamos falar das dores de cabeça não literais que algumas situações causam no dia a dia. A ideia também era fugir dos clichês de campanhas para o Dia dos Namorados com uma brincadeira que pudesse falar de algo extremamente atual, que são os ciúmes causados por mensagens de celular”, explica o diretor executivo de marketing de Doralgina, Diego Luz. Para realizar esta ação, foi utilizado o conceito de prankvertising, que se trata de utilizar pegadinhas para divulgar ações voltadas à publicidade. “Como o Serginho Mallandro possui histórico com programas de pegadinhas na TV brasileira, decidimos trabalhar com ele”, justifica Luz. E os objetivos da campanha de Doralgina têm sido alcançados com êxito. Até o momento, já foi ultrapas-

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sada a marca de 18 milhões de visualizações no Facebook e de mais de três milhões no YouTube. Além disso, a nova campanha foi compartilhada cerca de 200 mil vezes e obteve, aproximadamente, 70 mil comentários em redes sociais. “A maioria dos comentários considerou a ação como inovadora, atual e moderna. Sem dúvida, o retorno foi bastante positivo para Doralgina”, comemora o executivo. Como os canais de divulgação são internet e celulares, a nova campanha, além de impactar os consumidores, também foi bem divulgada entre farmacêuticos, balconistas e equipes comerciais. “Fizemos alguns vídeos extras que nossa força de vendas compartilhará com nossos clientes para fortalecer o relacionamento e dar segurança para aumentar o trabalho em torno da marca”, destaca.

EFEITOS CONTRA A DOR Doralgina é um medicamento isento de prescrição com atividade analgésica e antipasmódica, composto por dipirona sódica, mucato de isometepteno e cafeína. Ele é indicado para o tratamento de diversos tipos de dor de cabeça ou cólicas. Conforme bula, seu uso é recomendado a cada seis horas com a ingestão de uma a duas drágeas. Vale reforçar que, se os sintomas persistirem, um médico deve ser consultado. FOTO: DIVULGAÇÃO

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Para diversos tipos de dor de cabeรงa*, Doralgina e esqueรงa.

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INSTITUCIONAL – ABRADILAN

Atribuições indispensáveis

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A EFICIÊNCIA DE UM REPRESENTANTE DE VENDAS E O CAMINHO DO SUCESSO NA DISTRIBUIÇÃO SÃO DETERMINANTES PARA O SUCESSO DO CANAL FARMA P O R G E R A L D O M O NTEI R O - DI R ETOR EX EC U TI V O DA A BRADILAN

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A função de um vendedor é a divulgação e a venda dos produtos ou serviços de uma distribuidora junto a um universo de farmácias de uma região definida. O desenvolvimento do trabalho inclui a pesquisa, localização e o contrato com esses “clientes potenciais” para a compra e o uso (ou revenda) dos produtos oferecidos. A realização da venda propriamente dita, da obtenção de pedidos, é a faceta mais importante e característica da função do representante. No entanto, existem muitos aspectos relevantes que devem ser considerados e colocados em ação, para que ela se torne mais efetiva.

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O resultado do trabalho do representante não pode ser uma simples alternativa. Vendeu ou não vendeu. A cada visita, o representante deve perseguir os seguintes objetivos: 1 – Efetuar vendas/Obter pedidos Devem ser as principais preocupações do representante. 2 – Levar novas informações de produtos, serviços e promoções Se ocorrer de, em determinada visita, não obter nenhum pedido, o representante deverá pelo menos certificar-se de que, como consequência de cada novo contato, o cliente conhece e compreende melhor sua empresa e to-

dos os seus produtos e serviços disponíveis para o mercado. 3 – Angariar novas informações Para poder planejar novas visitas que propiciem obter pedidos, o representante deverá também certificar-se de que deve conhecer melhor o cliente e todas as suas necessidades, assim como a atuação da concorrência junto a ele. 4 – Melhorar o ambiente de relacionamento entre a sua distribuidora e o cliente Precisa certificar-se de que, a cada nova visita, o cliente aceita melhor e aprecia mais a sua distribuidora, seus produtos e serviços e o próprio representante.

Empresas sócias colaboradoras da Abradilan

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Seja do Seja voluntário voluntário do Programa um Sorriso. Sorriso. Programa Adotei um EE descubra existe recompensa recompensa descubra que que não existe melhor alegria. melhor do do que a alegria.

Adote um Sorriso.Seja Sejavoluntário voluntárioda daFundação Fundação Abrinq. Adote um Sorriso. Abrinq. Você que é dentista,psicólogo, psicólogo,fonoaudiólogo, fonoaudiólogo, pediatra, pediatra, nutricionista, ee Você que é dentista, nutricionista,oftalmologista oftalmologista apaixonado peloque quefaz fazpode podefazer fazerparte parte da da equipe equipe de e se apaixonado pelo de voluntários voluntáriosda daFundação FundaçãoAbrinq Abrinq e se dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem em sorrisos. em sorrisos. Inscreva-se pelowww.fundabrinq.org.br/adotei www.fundabrinq.org.br/adotei Inscreva-se pelo Atuando seuconsultório consultórioou oudentro dentrode de organizações organizações sociais, Atuando nono seu sociais,você vocêvai vaifazer fazera adiferença. diferença.

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ABIFISA www.abifisa.org.br ABIHPEC www.abihpec.org.br

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO www.fcmsantacasasp.edu.br

ACHÉ www.ache.com.br

FEA-USP https://www.portalfea.fea.usp.br

AMP SOLUÇÕES TERAPÊUTICAS http://ampltda.com.br

FMUSP www.fm.usp.br

ANVISA http://portal.anvisa.gov.br ASPEN PHARMA www.aspenpharma.com.br AZ4 GROUP www.az4group.com

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H HERBARIUM www.herbarium.com.br HITS https://speciallita.com.br

C CBO www.cbo.com.br

HOSPITAL DAS CLÍNICAS www.hcnet.usp.br

CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA www.newtonpaiva.br

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN www.einstein.br

CFF www.cff.org.br

HOSPITAL SAMARITANO www.samaritano.org.br

CONNECT SHOPPER http://connect-shopper.com.br

HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS www.hospitalsiriolibanes.org.br

CNS http://conselho.saude.gov.br

HYPERMARCAS www.hypermarcas.com.br

CONTATO SAÚDE www.contatosaude.com.br CRF-SP http://portal.crfsp.org.br

D DESENVOLVA CONSULTORIA E TREINAMENTO www.desenvolvaconsultoria.com.br DUNNHUMBY https://www.dunnhumby.com/brazil

EUROMONITOR www.euromonitor.com EY www.ey.com/BR

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L LABORATÓRIO ISDIN www.isdin.com LA ROCHE-POSAY www.laroche-posay.com.br LAVOISIER MEDICINA DIAGNÓSTICA www.lavoisier.com.br

INTEGRALMÉDICA SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS www.integralmedica.com.br INTERFARMA www.interfarma.org.br

SBPT http://sbpt.org.br SBU www.sbu.org.br SBVC www.sbvc.com.br

SINDUSFARMA www.sindusfarma.org.br

M MEDLEY www.medley.com.br MESOESTETIC www.mesoestetic.com.br MINISTÉRIO DA SAÚDE www.saude.gov.br MINTEL http://brasil.mintel.com MUNDIAL IMPALA www.impala.com.br

N NAIAK www.naiak.com.br NATULAB www.natulab.com.br

NORTE D’OR www.nortedor.com.br

INCOR www.incor.usp.br

SBD www.sbd.org.br

L’ORÉAL http://loreal.com.br

IBPT www.ibpt.org.br

INCA www.inca.gov.br

SBC www.cardiol.br

SEBRAE-SP www.sebraesp.com.br

NIELSEN www.nielsen.com

IMS HEALTH www.imshealth.com

S SANDOZ BRASIL www.sandoz.com.br

LIBBS FARMACÊUTICA www.libbs.com.br

IBEVAR www.ibevar.org.br

INSPER www.insper.edu.br

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J JOHNSON & JOHNSON www.jnjbrasil.com.br

O OMS www.paho.org/bra OI www.oi.com.br

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SOCIEDADE BRASILEIRA DO CABELO www.sociedadedocabelo.com.br

U UFPR www.ufpr.br UFT www.uft.edu.br UNG www.ung.br UNESP www.unesp.br UNIFESP www.unifesp.br UNIVERSIDADE DE BUENOS AIRES www.uba.ar UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO www.ufrj.br UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA www.unimep.br

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