281 Abril/2016 - Reajuste dos medicamentos

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TERAPIA Analgésicos e antitérmicos ganham maior importância com a proximidade dos meses mais frios

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ENTREVISTA Herbarium é a primeira empresa a produzir um fitoterápico 100% brasileiro

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+ REAJUSTE X =

O governo surpreendeu com o reajuste de preços dos medicamentos. Há dez anos, o índice ficava abaixo da inflação, mas este ano o valor chegou a 12,5%

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QUEM PAGA A CONTA? . capa_281-escolhida.indd 1

PREÇOS

ANO XXIII • Nº 281 ABRIL DE 2016

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EDITORIAL

Foco no percentual O reajuste no preço dos medicamentos surpreendeu. Há dez anos, o índice ficava abaixo da inflação, mas uma situação atípica aconteceu. Segundo informações divulgadas pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma),a nova porcentagem é de 12,5% a partir de 31 de março. Até então, acreditava-se que o reajuste ficaria em torno de 10%. No entanto, uma conjunção de fatores levou o governo a aplicar um inesperado reajuste acima da inflação. Além do percentual superior ao esperado, outra grande surpresa é que o reajuste será linear para todas as categorias. Acompanhe a reportagem de capa na íntegra e veja todos os detalhes deste tema polêmico e que irá gerar muito debate, já que o cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) EDITORA-ASSISTENTE Flávia Corbó EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br)

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Boa leitura.

Há dez anos, o índice ficava abaixo da inflação, mas, este ano, aconteceu uma situação atípica

Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Claudia Manzzano, Denise Turco, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Renata Martorelli, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Camila Ramos, Gustavo Semblano, Marcelo Cristian Ribeiro e Silvia Osso

ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia

IMPRESSÃO Abril Gráfica

MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira

CAPA Shutterstock

ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto

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enfrenta. Alguns executivos julgam o percentual insuficiente, frente ao aumento de custo operacional sofrido no ano passado. Outro destaque fica por conta da chegada da temporada de outono-inverno. Quando os termômetros começam a marcar temperaturas mais baixas, começam a surgir as doenças típicas dessas estações, principalmente gripes e resfriados. O pico de registro sazonal dessas enfermidades ocorre entre os meses de abril e setembro, no hemisfério sul, e de dezembro a março, no hemisfério norte. Durante esses períodos, a chance de um paciente apresentando febre e tosse estar infectado é de 87%. Por isso, abasteça seus estoques de analgésicos, antitérmicos e antigripais, pois a demanda costuma ser grande.

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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SUMÁRIO #281 ABRIL 2016

E MAIS 8 > GUIA ON-LINE 10 > ENTREVISTA 14 > ANTENA LIGADA 22 > ATUALIZANDO 34 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 50 > PONTO DE VENDA

ESPECIAL SAÚDE

64 44 > ATUALIDADE CAPA

Pela primeira vez em dez anos, o reajuste de medicamentos ficou acima da inflação. Outra mudança foi o índice linear para todas as categorias de medicamentos

58 > OPORTUNIDADE Em tempos de crise, é preciso aumentar a rentabilidade. O checkout pode elevar o tíquete médio da loja, caso o varejista saiba aproveitar o espaço

104 > INVERNO A chegada do outono-inverno provoca mudanças de comportamento nos consumidores. Os varejistas precisam estar atentos a itens específicos que não podem faltar no sortimento

128 > EVENTO A cidade de Curitiba recebeu a 12ª edição da Abradilan Farma, uma das maiores feiras do setor. Mais uma vez, o Espaço do Conhecimento foi um dos destaques 6

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> HIPERTENSÃO > LESÕES MUSCULARES > SECURA VAGINAL > IMUNIDADE > GRIPES E RESFRIADOS

96 > TERAPIA 112 > CATEGORIA 116 > PELE 122 > SORTIMENTO 136 > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 30 > VAREJO Silvia Osso 42 > GESTÃO Marcelo Cristian Ribeiro 33 > CAPACITAÇÃO Camila Ramos 38 > CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano

ERRATA • O registro correto do produto Enfagrow ®, da Mead Johnson Nutrition, publicado no Guia da Farmácia, edição 280 (março), seção Atualizando, página 25, é: Registro no Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob nº 0032/E-I-00139. • Na chamada de capa da edição 280 (março) do Guia da Farmácia consta que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é uma taxa, nos equivocamos. O correto é tributo.

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Qual é a diferença entre diarreia e disenteria? Em ambas as doenças ocorre uma perda de água e eletrólitos que resulta no aumento do número de evacuações, mas o que diferencia uma da outra é, em especial, o aparecimento de sangue nas fezes.

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Segundo dados do Euromonitor, o Brasil será o maior mercado de beleza masculina até 2019. O aumento médio desses produtos será de 7,1% a cada ano. Em 2015, as vendas de itens de cuidado para homens atingiu US$ 5 bilhões.

BELEZA

Maquiagem também tem prazo de validade, por isso é importante que o profissional no ponto de venda oriente o cliente sobre os riscos da utilização de produtos vencidos.

GESTÃO

Otimizar o uso de tecnologias e competências digitais pode injetar dois trilhões de dólares na produção econômica mundial até 2020, de acordo com um estudo realizado pela Accenture. 8

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PONTO DE VENDA

O mercado de dermocosméticos no Brasil cresce a índices anuais de 20% a 30%, por isso o varejista precisa investir em atendimento personalizado. O shopper deseja auxílio para decidir qual melhor produto se adéqua à sua necessidade. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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ENTREVISTA – HERBARIUM LABORATÓRIO BOTÂNICO

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A natureza em benefício da saúde COM 30 ANOS NO MERCADO, A EMPRESA, QUE LANÇOU O PRIMEIRO MEDICAMENTO FITOTERÁPICO TOTALMENTE BRASILEIRO, INVESTE EM NOVAS TECNOLOGIAS PARA TRAZER MAIS BENEFÍCIOS AO CONSUMIDOR POR LÍGIA FAVORETTO E VIVIAN LOURENÇO

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Presente desde 1985 no mercado brasileiro, a Herbarium Laboratório Botânico, sediada em Colombo (PR), é um laboratório farmacêutico referência em Fitomedicina no País e possui uma linha de produtos composta por fitoterápicos tradicionais, suplementos nutricionais, cosméticos e fitomedicamentos éticos, com eficácia validada por diversos estudos científicos. Reconhecida por inserir no mercado brasileiro as grandes novidades, a Herbarium também mantém uma busca constante por novos produtos originados da flora brasileira. Como resultado dessa filosofia, pesquisou e desenvolveu o primeiro fitomedicamento no mundo para o tratamento de herpes. Em entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, o gerente de marketing da marca, Bruno Gallerani, revela quais os planos para este ano e como a empresa tem buscado conquistar o consumidor. Guia da Farmácia • Os medicamentos fitoterápicos ainda não possuem uma grande fatia do mercado, mas aos poucos a população começa a conhecer. Por que há essa demanda por terapias mais naturais? Bruno Gallerani • Todos os fitoterápicos são constituídos de ativos naturais e vegetais. Então

temos diversas espécies e possibilidades na natureza que podem ser utilizadas para muitas indicações. Por exemplo, na Herbarium, conseguimos ter caso de quase 50 plantas para usos específicos. Se você souber tirar exatamente o melhor de cada uma, consegue-se fazer um produto específico. Por que eu falo o melhor dela? O que eu quero dizer com isso? Existe um risco de se extrair algo da natureza e fazer uma mistura em casa. Não é possível saber a concentração exata, não se sabe como aquela planta foi semeada, o que havia na terra. Então existe uma preocupação por parte das indústrias, principalmente da Herbarium que tem um trabalho forte, até mesmo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de entender as plantas e o processo de fabricação bem regulado. Mas de fato, os consumidores estão usando cada vez mais produtos naturais como um todo, é um mercado que vem crescendo; a informação está surgindo. Guia • Mesmo assim, ainda existe certa resistência na prescrição e uso de fitomedicamentos. Por quê? Gallerani • Eu não diria resistência. O que está acontecendo é o seguinte: há anos, vemos campanhas de publicidade e promoção de produtos sintéticos, de multinacionais que sabem fazer bem isso. Não conhecemos muitas empresas que consigam fazer bem os fitoterápicos; 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA – HERBARIUM LABORATÓRIO BOTÂNICO

ainda é algo novo na indústria farmacêutica e, por isso, existe uma participação de mercado menor, mas vem crescendo. Por exemplo, se pegarmos a Alemanha, que é o país com a maior concentração na venda de fitoterápicos do mundo, existe muita divulgação, existem muito mais empresas, então eu acho que é apenas uma consequência de um tempo de formação no mercado. Guia • Então a maioria das empresas não sabe fazer fitoterápicos? Gallerani • Poucas empresas possuem portfólio e quase nenhuma faz comunicação. Eu consigo te dar uma lista de, pelo menos, 50 indústrias que trabalham com produtos sintéticos, mas é difícil você lembrar-se de uma empresa que só faz fitoterápico. A Herbarium é reconhecida exatamente por isso, é a única que eu conheço que só faz fitoterápicos nacionais há 30 anos. Então vivemos nesse ambiente de perceber que todo o consumidor que recebe a informação tem uma visão positiva, mas ainda não temos capilaridade para mostrar isso a todo mundo. Guia • Hoje, o consumidor tem a noção de que o xarope de guaco que ele faz em casa pode ser encontrado pronto na farmácia? Gallerani • Eu diria que a maioria não. Hoje, o que a Anvisa diz é que se você quer buscar um tratamento, que busque algo que está testado, busque algo que tenha uma chancela provando que dá certo. Se você está tomando um medicamento fitoterápico, é 100% de certeza de que ele foi testado e é eficaz. Ele é, de fato, um medicamento, só que faz parte de uma categoria diferente, que diz que ele é de um extrato natural ou vegetal e que não tem algo sintético ou químico dentro de sua formulação. Guia • Em 2005, vocês fizeram o primeiro fitoterápico totalmente brasileiro (Imunomax®). Como foi o caminho para chegar a esse medicamento e como se dá o controle de qualidade que vocês possuem? Gallerani • Trabalhamos com várias instituições e temos uma equipe técnica. Só com o Imunomax®, trabalhamos em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal Fluminense (UFF), mais o Hospital do Cindacta, do Paraná, e eles nos ajudaram a desenvolver essa formulação. A taxa de investimento varia todo o ano, mas a média é em torno de R$ 1 milhão. Nesse momento, a Herbarium está indo para algumas partes do Brasil para estudar plantas. Este ano devemos ultrapassar esse valor até porque estamos tendo 12

uma área nova de produção, queremos trabalhar em uma área de cosméticos; tudo isso é investimento, trazer maquinário, fazer testes de laboratório, formulação, etc. Guia • Qual a importância de existir um fitoterápico 100% nacional? Gallerani • É importante porque isso mostra a capacidade que temos de estudo e de tecnologia; sabemos que a nossa terra é muito rica e temos muitas plantas não estudadas. É muito importante para o mundo inteiro olhar para o mercado nacional com outros olhos, de que a gente não sabe só ser uma commodity e exportar plantas, mas também desenvolver. Guia • Quantos produtos, atualmente, a Herbarium tem no seu portfólio? Gallerani • Temos, hoje, somando as duas áreas de consumo e prescrição, mais de 70 produtos, sendo que a área médica, hoje, representa 65% das vendas e o restante vem da área de venda livre, de consumo Over the Counter (OTC). Guia • Vocês desenvolvem algum trabalho específico para o varejo farmacêutico? Gallerani • Sim, fazemos. Levamos treinamento para todos os balconistas no Brasil que têm uma parceria com a Herbarium. Ou eles pedem ou vemos a oportunidade e oferecemos. O que eu acho mais valioso nisso é que o conteúdo é focado em informações técnicas. Guia • Esse tipo de informação que eles acabam tendo é decisivo para o momento da venda? Gallerani • Muito. A melhor forma que encontramos para disseminar informação é por meio dos profissionais de saúde. Cada vez que um consumidor vai atrás de alguém pedindo uma informação, este alguém deveria ser capaz de falar que existe uma opção natural ou outra opção além do que você vê em uma propaganda. Guia • Qual é o perfil, hoje, do consumidor de fitoterápicos? Gallerani • Percebemos que tem uma ligeira tendência a ser um público feminino, de classe A/B, que tem uma boa escolaridade e que busca informação. Guia • Todas as áreas, hoje, estão cobertas por fitoterápicos ou são somente patologias mais leves? Gallerani • Não, infelizmente não são todas. Não encontramos plantas suficientes para haver uma substituição completa por todos os sintéticos do mercado. Mas, hoje, é possível dizer brevemente que existe desde tratamento de infecções urinárias recorrentes até de tosses e resfriados, passando por problemas de estômago, inflamação. Temos, hoje, na Herbarium, pelo menos 50 indicações.

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VARIAÇÕES IMPORTANTES

OS PREÇOS DOS MEDICAMENTOS NO PAÍS SOFRERAM ALTERAÇÕES CONSIDERÁVEIS DEVIDO A MUDANÇAS NA TRIBUTAÇÃO E REDUÇÃO DE SUBSÍDIO DO GOVERNO A PROGRAMAS POPULARES POR FLAVIA CORBÓ

ENFRENTANDO A CRISE

As vendas de medicamentos no Brasil, ao longo de 2016, devem manter a força exibida no ano passado e seguir em trajetória de expansão, a despeito da expectativa de aprofundamento da crise econômica no País. O ritmo, porém, deve cair ao longo dos meses e, pela primeira vez em 20 anos, a taxa de crescimento poderá ficar abaixo da inflação. Para o IMS Health, a expectativa é de alta de 8% nas vendas em reais no varejo farmacêutico, ao mesmo tempo em que o Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar 3% com base nas estimativas iniciais de mercado. • www.imshealth.com 14

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PESO DA INFLAÇÃO

Algumas categorias de medicamentos, como as usadas para rinite alérgica e até para osteoporose, estão custando mais porque o governo reduziu o chamado subsídio: a parte que era paga pelo Ministério da Saúde justamente para deixar esses produtos mais baratos. Em alguns medicamentos do programa Farmácia Popular, o impacto para o consumidor é expressivo. O alendronato de sódio, para osteoporose, sofreu reajuste de 34%. A sinvastatina, que é para o colesterol, teve um reajuste de 193%. Antes, o consumidor pagava R$ 1,50, agora passou para R$ 4,40. A budesonida, medicamento para asma, passou de R$ 8,64 para R$ 13,34. Medicamentos para pressão alta, diabetes e asma do programa Farmácia Popular continuam sendo distribuídos gratuitamente, mediante apresentação de receita médica. • http://portalsaude.saude.gov.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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APLICAÇÃO DIFERENTE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do Saxenda, a primeira droga contra a obesidade lançada no País desde 1998. O medicamento deve chegar ao mercado no segundo semestre de 2016. Aprovado no Brasil em 2010, com o nome comercial Victoza, como tratamento para o controle do diabetes tipo 2, o medicamento gerou uma corrida às farmácias por pessoas que não tinham a doença, por causar perda de peso. Na época, a Anvisa divulgou comunicado contraindicando qualquer uso do Victoza diferente do aprovado. Agora, a Agência afirma que o Saxenda foi aprovado para controle crônico de peso “em associação a uma dieta baixa em calorias e aumento de exercício físico” e que “a segurança do produto continuará sendo monitorada com estudos pós-comercialização”. • http://portal.anvisa.gov.br

GENÉRICOS EM ALTA

Em 2015, três dos dez medicamentos mais vendidos nas farmácias brasileiras, em unidades, foram genéricos. Segundo o IMS Health, os genéricos cresceram 21% em faturamento entre 2014 e 2015 – ou seja, descontada a inflação, algo em torno de 10%. O mercado de medicamentos teve crescimento nominal de 14%. • www.imshealth.com

NOVO TRATAMENTO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de conceder o registro a Elprolix, da Biogen, para o tratamento da hemofilia tipo B. O principal benefício do medicamento é o de diminuir pela metade a frequência de infusões, em comparação aos tratamentos atuais. A novidade traz conveniência, autonomia e praticidade, facilitando a adesão do paciente que depende do tratamento para a vida toda. Estimase que 400 mil pessoas tenham hemofilia em todo o mundo, sendo que em torno de 12 mil vivem no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. • http://portal.anvisa.gov.br • www.biogenbr.com.br

COMBATE À DENGUE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o pedido feito pela empresa farmacêutica japonesa Takeda Pharma para realizar a última etapa de testes de uma vacina contra a dengue. A aprovação do pedido da Takeda ocorre após a análise de dossiê com dados das fases anteriores da pesquisa clínica, que avaliaram a qualidade e segurança do produto. Agora, a última etapa irá avaliar a eficácia da vacina. Além do Brasil, o estudo deve ser conduzido em outros países, como Tailândia, Panamá, Colômbia, Filipinas e Vietnã. Ao todo, o produto deve ser aplicado em 20.100 crianças e adolescentes de quatro a 16 anos de idade, além de adultos. • www.takedabrasil.com 16

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A VEZ DOS NÃO MEDICAMENTOS Os varejistas do setor farmacêutico têm apostado em não medicamentos para ampliar seus resultados. A estratégia visa aproveitar o aumento, em média de 13,7%, nas vendas de itens de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), em farmácias e drogarias no ano passado, em comparação com 2014. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a venda de não medicamentos nas farmácias brasileiras somou R$ 12 milhões em 2015. No ano anterior, a receita total destes itens foi de R$ 10,6 milhões. • www.abrafarma.com.br

MUDANÇA EM CURSO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda criar resolução que facilita a transformação de alguns medicamentos tarja vermelha, que obrigatoriamente precisam de receita médica para ser comercializados, em Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). A mesma regra pode ainda acelerar a entrada de novos medicamentos sem prescrição no mercado, já que ela prevê a aprovação do princípio ativo – desse modo, não seria necessário que cada fabricante entrasse com um pedido diferente. Um candidato a mudar para a categoria de MIPs é o omeprazol, medicamento bastante utilizado para desconfortos estomacais. • http://portal.anvisa.gov.br

REGIÃO NORDESTE NA MIRA

Em 2015, o Grupo DPSP – administrador das redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo – abriu 23 novas lojas no Nordeste. E a região continua na mira da companhia em 2016, que além de inaugurar novas lojas nas áreas em que a marca já atua, reforçará a presença na Paraíba e em Alagoas, estados onde recentemente foram inauguradas as primeiras lojas da Drogaria São Paulo. Ainda no primeiro semestre, serão inauguradas as primeiras lojas em Sergipe, mantendo o plano de expansão do Grupo, que é de mais de 100 novas unidades em funcionamento até o fim de dezembro deste ano. • www.drogariasaopaulo.com.br • www.drogariaspacheco.com.br

DOENÇA CARA

Nos últimos cinco anos, o combate ao mosquito Aedes aegypti custou R$ 2,2 bilhões à população brasileira. Apenas em 2015, quando o Brasil bateu recorde no número de casos de dengue, com 1,65 milhão de ocorrências da doença, o tratamento de pacientes consumiu pelo menos R$ 804,8 milhões de cofres públicos e privados. De acordo com especialistas, a tendência é de que, em 2016, os gastos com a dengue ultrapassem R$ 1 bilhão. O valor refere-se apenas aos cuidados com quem contrai o vírus e não inclui o gasto com o combate a criadouros do mosquito. • http://portalsaude.saude.gov.br 18

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BOAS PRÁTICAS RECONHECIDAS

A Takeda Farmacêutica, multinacional japonesa, recebeu pela quarta vez o prêmio Top Employers Brasil, que faz avaliação detalhada sobre a performance da gestão de Recursos Humanos empresarial. Desenvolvida pelo Corporate Research Foundation (CRF Institute), a certificação tem como objetivo destacar as melhores práticas de RH entre as empresas participantes. Além da certificação no Brasil, pela primeira vez a Takeda também celebra o reconhecimento do prêmio Top Employers no México. • www.takedabrasil.com

MUDANÇA DE CARGO

Representantes das empresas filiadas à Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) elegeram os novos integrantes do Conselho Diretor e do Conselho Fiscal do órgão. Para a Presidência do Conselho, foi eleito o presidente e gerente-geral da Pfizer, Victor Mezei. Já para o posto de vice-presidente, a gerente-geral da Genzyme, Eliana Tameirão, foi a escolhida – trata-se da primeira mulher a ocupar este cargo na Interfarma. Na mesma oportunidade, também foram eleitos outros quatro vice-presidentes substitutos, que formarão o Comitê Gestor da Entidade. • www.interfarma.org.br

VALOR REVISTO

O Ministério da Fazenda ampliou de US$ 3 mil para US$ 10 mil o limite do valor de medicamentos importados por pessoas físicas que podem ficar livres do imposto de importação. A medicação deve ser para consumo pessoal ou individual, com anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo nota da Receita Federal, a elevação do teto com direito a alíquota zero de imposto de importação deveu-se ao “surgimento de muitos casos em que medicamentos importados dessa maneira superavam o limite, o que levava o contribuinte a recorrer à Justiça”. • www.fazenda.gov.br

NOVOS MÓDULOS JÁ DISPONÍVEIS

Este mês o Treina PDV Farma, plataforma de cursos da Contento Comunicação para os profissionais do varejo farmacêutico, traz o lançamento do módulo 2 da Fase 3, com o tema Como manter a equipe motivada. Este é o segundo módulo da 3ª fase do programa de capacitação, que já conta com as fases 1 e 2, também com 6 módulos cada uma. Basta acessar o site, fazer o cadastro e ter acesso aos cursos rápidos, totalmente gratuitos. Já o programa de capacitação, com os módulos, avaliações e certificados, requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200. • www.treinapdvfarma.com.br 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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ATUALIZANDO

BECLONATO® NEO QUÍMICA

A Neo Química expande seu portfólio com uma novidade para o mercado farmacêutico. A marca lançou o medicamento Beclonato®, indicado para o tratamento de doenças ósseas, articulares e de pele. O medicamento feito à base de betametasona – um corticoide – com ação anti-inflamatória, antialérgica e antirreumática. O Beclonato® vem em apresentação com suspensão injetável 5 mg/mL + 2 mg/mL, em embalagem com ampola e seringa descartável e já está disponível em todas as farmácias e drogarias do País. MS 1.5584.0466 ■■www.neoquimica.com.br

NUTRITÔNICO®

KRESS FARMACÊUTICA

Visando à prevenção de anemias, carências por deficiência de ferro em geral e também por dietas inadequadas, a Kress Farmacêutica lança o Nutritônico®, composto por sulfato ferroso e pirofosfato de ferro. O ferro é um componente essencial da hemoglobina (proteína presente na hemácia), a qual tem como função absorver e transportar o oxigênio do sangue para os tecidos. A deficiência desse componente afeta diretamente a atenção, a imunidade, o desempenho físico, a capacidade de trabalho e o rendimento escolar. Por isso, a suplementação de ferro é essencial para garantir o estoque necessário deste mineral ao organismo de crianças e adultos. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.kress.com.br

ABRIFIT® GEOLAB

INSONOX® TEUTO

O laboratório Teuto disponibiliza ao mercado mais um produto similar. Trata-se do hipnótico Insonox®. O produto, que possui o hemitartarato de zolpidem como princípio ativo, é utilizado para tratamento de insônia ocasional, transitória ou crônica, agindo sobre os centros do sono que estão localizados no cérebro. Insonox® na concentração de 10 mg, na forma farmacêutica de comprimido revestido, encontra-se disponível em apresentação com dez e com 20 comprimidos. MS 1.0370.0570.001-3 (com dez comprimidos) MS 1.0370.0570.002-1 (com 20 comprimidos) ■■www.teuto.com.br 24

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A Geolab amplia sua linha de fitoterápicos com o lançamento do Abrifit®, que possui em sua formulação 7 mg/mL de extrato seco de Hedera helix L . Seu efeito expectorante é indicado para o tratamento de doenças inflamatórias agudas e crônicas das vias respiratórias superiores, como resfriados e bronquites, associadas à hipersecreção de muco e tosse. Pode ser usado por adultos e crianças. A apresentação é em xarope com frasco de 100 mL e copo dosador. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS 1.5423.0216 ■■www.geolab.com.br

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FITA DE KINÉSIO TMAX

PROTEIN CRISP

A aplicação de Kinésio reduz edemas e a dor de lesões musculares. Isso ocorre porque a dor causada pela pressão exercida nos receptores, sensoriais e neurológicos, é aliviada por meio das ondulações que a bandagem promove, elevando a pele. Dessa forma, a circulação sanguínea melhora e permite que o sistema linfático flua mais livremente. Disponível em nove cores, a TMAX é uma fita para quem busca desempenho e qualidade. MS 10410130023 ■■www.controller-sc.com.br

Para auxiliar as pessoas que cuidam do corpo e da alimentação, a Integralmédica® apresenta um novo sabor para Protein Crisp, uma barra proteica desenvolvida para atender às necessidades dos atletas, esportistas, praticantes de atividade física e de quem deseja completar a dieta com nutrientes essenciais. Atendendo ao paladar de um público que já está acostumado com a qualidade e o sabor diferenciado de Protein Crisp, o novo sabor Peanut Butter, com cobertura de chocolate, integra o portfólio de opções saudáveis. MS Produto isento de registro conforme a RDC 27/10 ■■www.integralmedica.com.br

CONTROLLER

INTEGRALMÉDICA®

SPOTNER® SCARS GEL HIDRATANTE MIP BRASIL FARMA

SUPER PROTEIN TRIO

A barra com 43% de proteína contém 17 gramas de proteína de alta qualidade com whey protein e albumina, além de vitaminas e minerais. É ideal para quem pratica exercícios regularmente e busca desenvolvimento corporal e muscular, tanto para ganho de massa magra como para manutenção de uma alimentação balanceada. É uma ótima opção de lanche para o pós-treino e para os intervalos entre as refeições. A Super Protein está disponível nos principais pontos de vendas no Brasil. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■http://trio.net.br

A MIP Brasil Farma, empresa que tem como missão ajudar as pessoas a descomplicar a vida com escolhas inteligentes sobre corpo e saúde, acaba de lançar Spotner® Scars Gel Hidratante. Com o uso diário, o produto melhora a pele com cicatrizes, devolvendo a elasticidade e recuperando o aspecto natural. Sua fórmula contém vitamina E, silicone e exclusivas microesferas massageadoras. A aplicação por meio de um tubo massageador é prática – não é necessário colocar o produto em contato com as mãos para aplicá-lo. MS 25351.153373/2015-74 ■■www.mipbrasilfarma.com.br 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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BROMIDRATO DE CITALOPRAM

VENZER HCT

O laboratório Teuto aumenta seu portfólio de antidepressivos, com lançamento no mercado farmacêutico do medicamento genérico à base de bromidrato de citalopram em comprimido na concentração de 20 mg. O citalopram é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS), que é uma classe do grupo dos antidepressivos. O medicamento age no cérebro, onde corrige as concentrações inadequadas de determinadas substâncias denominadas neurotransmissores, em especial a serotonina, que causam os sintomas na situação de doença. O produto, que é de uso oral, está disponível em embalagens contendo 30 comprimidos cada. MS 1.0370.0611.004-1 ■■www.teuto.com.br

Venzer HCT, produzido pela Libbs Farmacêutica, indicado para controle da hipertensão arterial e que tem em seu princípio ativo candersatana e hidroclorotiazida, chega ao mercado, oferecendo ao paciente uma forma segura e eficaz de tratamento para a doença. Cada pessoa é única e, portanto, o novo medicamento é adequado ao perfil de quem segue um estilo de vida ativo, na faixa etária entre 30 e 55 anos, e que não apresenta outros problemas mais sérios de saúde. Outros benefícios são de que o medicamento tem baixo índice de efeitos adversos e, ao mesmo tempo, protege os órgãos-alvo da hipertensão, como coração rins e vasos sanguíneos. MS 1.0033.0182.0031 (16 mg) MS 1.0033.0182.0015 (8 mg) ■■www.libbs.com.br

TEUTO

LINEA SUCRALOSE LINEA

A Linea amplia seu portfólio com uma linha completa de bolos zero adição de açúcar: mistura para Bolo e Bolo de Caneca. Além de conterem alto teor de fibras e apresentarem entre 20% a 30% menos calorias do que as versões regulares do mercado, os produtos são zero adição de açúcares e zero lactose. As Misturas para Bolos estão disponíveis nos sabores baunilha, coco, chocolate e laranja, todos na versão 300 g. Já os Bolos de Canecas são de chocolate, coco e laranja na versão 60 g. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.lineasucralose.com.br 28

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LIBBS FARMACÊUTICA

RESFRILIV® GEOLAB

Chegam ao mercado novos sabores para o tratamento dos sintomas da gripe: Resfriliv® Laranja/Acerola e Hortelã/Gengibre. Um antigripal em pó que tem sua formulação completa com analgésico, antitérmico, anti-histamínico e descongestionante. Pode ser ingerido quente ou frio. É indicado para o tratamento sintomático dos distúrbios congestivos e exsudativos decorrentes de gripes, resfriados e rinites alérgicas (corizas, dores musculares, febre, cefaleia, congestão nasal e demais sintomas presentes nos estados gripais). Resfriliv® está disponível em apresentação display com 50 envelopes de 5 g. MS 1.5423.0181 ■■www.geolab.com.br

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VAREJO

Algumas dicas para liderar bem

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COLABORADORES PODEM DAR SUGESTÕES E FAZER CRÍTICAS, ALÉM DE PARTICIPAREM DE DECISÕES QUE LEVAM AO APRIMORAMENTO DA EMPRESA, DOS PRODUTOS E SERVIÇOS OFERECIDOS

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 30

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A forma como as empresas se relacionam com seus funcionários vem mudando, assim como a estrutura das organizações. Por isso, o papel do “chefe” também tende a se modificar. Para o empresário que administra a sua farmácia, essa realidade é bastante visível. Quanto mais o trabalho colaborativo for incentivado na empresa, mais ela se desenvolve. Colaboradores devem participar dessa evolução e estar motivados. Por isso, a presença de um chefe que seja líder e até um mentor é fundamental. Existem pessoas que nascem com algumas características para liderar mais desenvolvidas. Mas isso não quer dizer que não é possível desenvolvê-las com o tempo. Liderar é conduzir a equipe com motivação na busca do atingimento dos objetivos. Se conseguir liderar pessoas felizes, elas com certeza produzirão resultados positivos. Um líder inovador está sempre buscando ser mais cuidadoso com as pessoas; sabe que precisa compreender que cada indivíduo possui um lado social, psicológico, organizacional e também biológico e trabalha bem essas características. Veja, a seguir, sugestões de como desenvolver a liderança dentro de sua equipe: Conhecimento: se o líder orienta, ensina e explica os “porquês” das atitudes, a probabilidade de ter mais adeptos é sempre maior. Se o líder está sempre atualizado, estudando, trocando ideias, indo a palestras, mostra que está conquistando mais experiência e sabedoria para compartilhar com os colaboradores.

Respeito: a equipe quer ser ouvida e respeitada. A presença da geração Y (os jovens entre 20 e 29 anos de idade) só reforça essa tendência. O líder só irá obter respeito se respeitar seus liderados. Foco: as metas traçadas auxiliam a equipe e estimulam os liderados. Ter objetivos de curto e médio prazos ajudam todos a saber aonde, quando e como chegar. Organização e processos: pessoas organizadas sabem onde estão as anotações e documentos que economizam tempo e sabem praticá-los. Não é preciso usar aplicativos incríveis para ser organizado; anotações continuam valendo se bem organizadas. Acompanhamento e avaliação: reconhecer nas pessoas habilidades e incentivá-las, fazendo mudanças para que avancem nos projetos. Orientar individualmente é o melhor caminho, a conversa organizada e permanente com a equipe também. Usar a regra do aproveitamento do tempo: conversas curtas, de 10 minutos no máximo, com os grupos antes do início de cada expediente. Celebrar os resultados: dar feedbacks positivos no dia a dia; falar do desempenho deles para outras pessoas e reuni-los para celebrar conquistas estimula a equipe a vivenciar o clima de amorização, gerando resultados cada vez mais positivos. A prática organizada dessas sugestões gera um ciclo que cada vez mais praticado, mais gera confiança e admiração. Quem o admirar o seguirá, simples assim! IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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CAPACITAÇÃO

A importância do treinamento corporativo

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Atualmente, o mercado está passando por diversas dificuldades devido ao cenário econômico do Brasil. Consequentemente, a prestação de serviços com qualidade e eficiência torna-se o diferencial para se destacar em um mercado competitivo. A base para a eficiência no serviço prestado é a educação dos colaboradores, pois as pessoas são, sem dúvida, a parte mais importante de uma empresa e o sucesso de um negócio depende da capacitação da sua organização como um todo. O treinamento tem o objetivo de educar, ensinar, mudar comportamento e fazer com que as pessoas adquiram novos conhecimentos e novas habilidades. Treinar é uma ferramenta eficaz na solução de problemas ou também uma maneira de se antecipar e evitá-los. Quando uma organização não tem a consciência da importância do treinamento, alguns problemas que poderiam ser evitados acabam ocorrendo, como: a perda de qualidade, baixa produtividade, conflitos internos, danos em ferramentas, desperdício de materiais, atrasos e ausências no trabalho. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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Como ação preventiva para que não haja problemas dentro da organização, é primordial a existência de um programa de treinamentos que seja consistente, planejado e estruturado. A execução desse programa inicia-se com a entrada do colaborador na organização, sendo que, o primeiro passo é a integração do mesmo com a empresa. A integração tem o propósito de capacitar e qualificar, visando ao bom desempenho e à aptidão nas tarefas propostas. A administração desse processo é fundamental e os benefícios são conquistados naturalmente, como, por exemplo: aumento de produtividade, melhoria da qualidade, redução da rotatividade de colaboradores, flexibilidade, equipe autogerenciada, velocidade no ritmo das tarefas, empresa mais competitiva, aperfeiçoamento competitivo, descoberta de novas aptidões e habilidades. Com todo esse processo sendo executado corretamente, a organização torna-se treinada e os benefícios ultrapassam os limites da empresa que, de forma positiva, conquista a satisfação dos clientes, realizando naturalmente a prestação do serviço com qualidade.

FERRAMENTA SE TORNA EFICAZ PARA A EDUCAÇÃO, FAZENDO COM QUE AS PESSOAS ADQUIRAM NOVOS CONHECIMENTOS

CAMILA RAMOS Farmacêutica da Ativa Logística – Unidade de São Paulo (SP)

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TENHO UM TERRENO E GOSTARIA DE MONTAR UMA FARMÁCIA. O QUE É NECESSÁRIO PARA ISSO E ONDE COMPRO OS MEDICAMENTOS PARA REVENDA? PERGUNTA ENVIADA POR PEDRO SAMUEL, MOTORISTA, DE GOIÂNIA (GO)

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Prezado leitor, nem sempre é tão simples abrir uma farmácia; mas vou lhe dar algumas informações básicas. 1. PESQUISA e PLANO DE NEGÓCIO: se você já atuou no ramo de farmácia, como empresário ou como empregado, não pense que sabe tudo. Visite o maior número possível de futuros concorrentes, converse com eles, troque ideias, confira diferentes percepções sobre o mercado, sobre as dificuldades, etc. Se você não é do ramo, tem de aprender muito. O caminho é pesquisar, conversar, questionar e entender o melhor caminho possível para ganhar dinheiro no ramo de farmácia. O resultado dessa fase de aprendizado e pesquisas é você formar ideia, e estar convicto sobre como gostaria que sua farmácia fosse.

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Você precisa no mínimo responder as seguintes questões: Onde será localizada sua farmácia; Como será o processo de “venda”, isto é, como conseguir clientes na quantidade necessária; Como será o processo para ocupação do espaço no mercado, com clientes, concorrentes e fornecedores; Como será a operação da farmácia de forma a satisfazer os clientes; Como será sua equipe de funcionários; Como será seu formato de gestão, que inclui fixar metas, elaborar planejamento para realizá-las, apurar resultados, corrigir rumo, obter a colaboração da equipe de funcionários e desenvolver capacidade para aproveitar as oportunidades do dia a dia; Este realmente é um bom negócio para o tipo de pessoa que você é; Qual capital

tem para investir; Em quanto tempo espera recuperar o investimento? Entre outras. Em resumo, responder a estas e outras questões permitirá a você um mínimo de domínio sobre o negócio e o ajudará a ter chances reais de viabilidade. Com esses dados de pesquisa e estudo, você terá suas próprias respostas e estará em condições de realizar o que chamo de planejamento prévio do negócio ou um Plano de Negócio. 2. LOCALIZAÇÃO: é fundamental a escolha adequada do ponto. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a área de abrangência de atendimento de uma farmácia deve ter pelo menos dez mil clientes potenciais. Portanto, pesquise bem antes de adquirir ou construir um imóvel e verifique IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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quantas farmácias existem na região, a fim de conhecer o tamanho de sua concorrência. Lembre-se de que a boa rentabilidade é resultado de uma conjunção de fatores que envolve principalmente o local em que será instalada a farmácia. 3. ESTRUTURA: a estrutura básica deve contar com uma área bem arejada e clara, dividida em espaços para o escritório e estoque; recepção e atendimento ao cliente, entre outros. 4. EQUIPAMENTOS: balcões; prateleiras; móveis para o caixa; computadores; móveis para escritório; etc. 5. MÃO DE OBRA: o número de funcionários irá variar de acordo com a estrutura e o horário de funcionamento, no mínimo, dois balconistas, um farmacêutico e o

dono, que deve se responsabilizar pela parte administrativa financeira. 6. PRODUTOS: basicamente, os produtos comercializados consistem em medicamentos e artigos de Higiene, Perfumaria e Cosméticos. Todos podem ser adquiridos em distribuidoras nacionais/regionais credenciadas para estes fins. 7. LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA: são necessárias algumas providências, para a abertura, tais como: registros na Junta Comercial, Secretaria da Receita Federal, Secretaria da Fazenda, Prefeitura do Município, no Ministério da Saúde, Conselho Regional de Farmácia (CRF), Sindicato Patronal; alvará da Vigilância Sanitária; responsável técnico habilitado; entre outros. Espero ter correspondido às suas expectativas. Agora é iniciar o Plano de Negócios e ir em frente!

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SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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INSTITUCIONAL – FQM

FQM - Farmoquímica traz soluções para atender às demandas do inverno COM TRATAMENTOS CAPAZES DE SERVIR TODA A FAMÍLIA, LABORATÓRIO É REFERÊNCIA EM MEDICAMENTOS DIRIGIDOS AO TRATO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS E SE TORNA, ASSIM, UM GRANDE ALIADO DAS FARMÁCIAS, ESPECIALMENTE DURANTE OS PICOS DE VENDAS

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POR KATHLEN RAMOS

O inverno chega, oficialmente, em 21 de junho. E junto com essa data, se intensificam os problemas respiratórios. O ar seco e a escassez de chuvas característicos desse período, somados à poluição do ar frequente das grandes cidades, deixam o organismo mais suscetível ao desenvolvimento de doenças ou sintomas que prejudicam a qualidade de vida dos acometidos. “São comuns sintomas como a tosse, seja seca ou produtiva, além da coriza e dor de garganta, que podem ser consequência de infecções das vias aéreas superiores”, enumera o gerente de produtos da FQM – Farmoquímica, Gustavo de Oliveira Reis. E não são apenas as alterações climáticas naturais que prejudicam o organismo. “Além das mudanças bruscas de temperatura do verão para o in-

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verno, há também aquelas provocadas pelo ar-condicionado, por exemplo, que deixam o organismo diariamente exposto a choques térmicos e são prejudiciais ao sistema respiratório”, acrescenta Reis. Diante desse cenário, é fundamental que as farmácias estejam preparadas para atender a essa demanda, a começar pela disponibilização do sortimento adequado. O especialista da FQM – Farmoquímica lembra que, do verão para o inverno, as vendas de expectorantes e mucolíticos chegam a crescer 160%. “O aumento de vendas vai depender, é claro, do medicamento e da região em que a farmácia está localizada, mas é fato que há uma alta considerável na demanda por produtos voltados ao tratamento de doenças respiratórias”, comenta. Assim, o ideal é começar o abastecimento três meses antes da chegada do pico das vendas, para evitar rupturas e IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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www.fqm.com.br

prejuízos ao tratamento do paciente. “O receituário médico é soberano e precisa ser respeitado. Mesmo que alguns pacientes solicitem outros medicamentos na falta do que foi prescrito pelo médico, o farmacêutico precisa ter em mente que essa substituição, quando feita sem os devidos cuidados, pode colocar a saúde em risco”, adverte Reis. E quando o paciente busca algum medicamento específico e não encontra disponível, corre-se o risco de um abandono das demais compras planejadas. “Especialmente nas receitas das crianças, os pais costumam ser incansáveis em procurar os produtos indicados pelo médico. E caso não encontrem alguns itens listados na receita, o risco de deixar toda a compra de lado aumenta”, alerta o executivo.

REFERÊNCIA EM TRATAMENTOS RESPIRATÓRIOS A FQM – Farmoquímica é uma indústria farmacêutica especializada em medicamentos de marca vendidos sob prescrição médica, inclusive medicamentos fitoterápicos. Mensalmente, o laboratório visita cerca de 80 mil médicos, com destaque para as especialidades de otorrinolaringologia, pediatria, ginecologia, dermatologia e ortopedia. “Nossa trajetória foi construída no diálogo com às sociedades especializadas nas mais diversas enfermidades. Além disso, temos um corpo clínico forte, formado por médicos especialistas, para que possamos entender, de perto, quais as necessidades e como podemos oferecer a melhor solução aos nossos pacientes”, explica Reis. Especificamente para o trato respiratório, a empresa possui alguns medicamentos de destaque. Entre eles, o Abrilar, um fitoterápico líder no mercado brasileiro de xaropes expectorantes comercializados sob receituário médico. Sua indicação é voltada para o tratamento sintomático de afecções broncopulmonares inflamatórias agudas e crônicas, com aumento de secreções e/ou broncoespasmo associado. “O Abrilar se diferencia pela sua extensa base científica e por sua eficácia comprovada. Por não ser uma droga sintética, não causa reações adversas e trata a tosse com segurança. Vale ressaltar que medicamentos fitoterápicos não possuem similar, uma vez que são fitocomplexos e não é possível uma replicação idêntica, como ocorre com as drogas sintéticas por exemplo”, comenta Reis. Outro medicamento oferecido pela empresa é o Maresis, fluidificante e descongestionante nasal, de uso adulto e pediátrico, indicado no tratamento de sintomas nasais comuns

VALORIZE A EXPERIÊNCIA DO CONSUMIDOR Além de garantir o sortimento adequado no ponto de venda (PDV), outra etapa importantíssima para assegurar uma boa experiência de compras é o atendimento. “Os farmacêuticos precisam orientar os pacientes em relação às receitas, estando aptos a retirar dúvidas sobre posologia, funcionamento, interações, entre outras. Já o balconista, especialmente no caso de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e de produtos de venda livre, precisa apontar com rapidez onde estão, nas gôndolas, os produtos procurados pelo cliente”, analisa o gerente de produtos da FQM – Farmoquímica, Gustavo de Oliveira Reis, complementando que, ações como essas são fundamentais para o processo de fidelização, já que o consumidor se sentirá cada vez mais seguro e satisfeito com aquele PDV. “Especialmente numa farmácia, o consumidor busca um consultor e não um vendedor que quer apenas ‘empurrar’ uma compra”.

a gripes e resfriados e de outras alterações respiratórias, tais como rinite e sinusite. “Com esse medicamento, a FQM – Farmoquímica conseguiu se destacar entre marcas tradicionais já que, por conta de sua tecnologia na aplicação do cloreto de sódio, consegue promover uma eliminação mais efetiva das secreções”, afirma o gerente de produtos da empresa. Por fim, o laboratório também disponibiliza o Umckan, indicado para infecções agudas e crônicas do trato respiratório e ouvido, além de rinofaringites, amidalites, sinusites e bronquites. “Esse medicamento atua na imunidade do paciente, tratando as infecções virais e evitando, assim, a sua progressão. O uso de antibióticos muitas vezes é precipitado e Umckan se mostra como uma excelente alternativa, uma vez que 90% das infecções das vias aéreas são virais”, finaliza o especialista. 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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CONSULTOR JURÍDICO

Você sabia que a Fundação Procon pode interditar a sua farmácia?

É

ESSE ÓRGÃO PÚBLICO TEM O PODER DE APLICAR AS MAIS VARIADAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 38

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É isso mesmo: além da Vigilância Sanitária, a Fundação Procon também pode interditar a sua farmácia! Recentemente (novembro e dezembro de 2015), a Fundação Procon interditou quatro farmácias por ter constatado seu funcionamento sem a presença do farmacêutico no município do Rio de Janeiro, o que gerou um alerta no setor. Com a publicação do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), foi instituído o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), integrado por entidades privadas e por órgãos públicos federais, estaduais e municipais. Um desses órgãos públicos é a Fundação Procon, com poder para aplicar as mais variadas sanções administrativas no caso de um estabelecimento comercial (drogaria, farmácia, etc.) violar normas de defesa do consumidor. Antes de mais nada, é sempre bom lembrar a importância do farmacêutico presente efetivamente na farmácia em todo o horário de funcionamento: sempre que a farmácia estiver aberta, seja aos sábados, domingos, feriados, ou madrugadas, o farmacêutico deve estar lá. É o que diz a legislação brasileira: Lei Federal 5.991 Art. 15 – A farmácia e a drogaria terão, obrigatoriamente, a assistência de técnico responsável, inscrito

no Conselho Regional de Farmácia, na forma da lei. § 1º – A presença do técnico responsável será obrigatória durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Lei Federal 13.021/14 Art. 6º Para o funcionamento das farmácias de qualquer natureza, exigem-se a autorização e o licenciamento da autoridade competente, além das condições: I – ter a presença de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento; A presença desse profissional é, sem dúvida, um ótimo chamariz ao estabelecimento farmacêutico, que logo mostra a seus clientes sua preocupação em dispor de um profissional apto para tirar todas as dúvidas em relação aos medicamentos, além da possibilidade de prestar serviços farmacêuticos, agregando valor à loja. Ainda assim, não custa nada lembrar que a presença do farmacêutico não é mera opção, mas uma obrigação que permite que a vigilância sanitária interdite o estabelecimento que funciona sem ele, o fazendo como proteção da própria sociedade. A presença do farmacêutico possui direta correlação com a legislação de proteção e defesa do consumidor e é por isso que IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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a Fundação Procon também se aproxima bastante das farmácias. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei Federal 8.078/90): a) Reconhece como princípio a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo (art.4º, I), sendo clara a questão do consumidor de medicamentos em uma área que não é a de seu conhecimento técnico; b) Atribui como direito básico do consumidor: b. 1) a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos (art.6º, I); b. 2) a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços (art.6º, II); b. 3) a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição e os riscos que apresentem (art.6º, III); c) Diz que é obrigação dos fornecedores de produtos e serviços (farmácias e drogarias) a prestação de informações necessárias e adequadas a respeito dos produtos e serviços que trazem riscos à saúde (art.8º); d) Diz que os fornecedores de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde (medicamentos) devem informar, de maneira ostensiva e adequada, sobre a nocividade ou periculosidade deles (art.9º); Considerando que os medicamentos – produtos exclusivamente comercializados por farmácias e drogarias – possuem tais riscos, peculiaridades quanto à ingestão e utilização, entre outros, e que pela legislação própria, necessitam da presença do farmacêutico enquanto o estabelecimento estiver aberto ao público, a ausência do responsável técnico gera, sem dúvida, violação ao objetivo da legislação do consumidor. Daí se afirmar que a Fundação Procon pode – ao menos em tese – autuar farmácias que estão sem a presença de farmacêuticos em integral horário de funcionamento. Aliás, é bom que se frise, o próprio Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei Federal 8.078/90) sujeita seus infratores – farmácias que funcionam sem farmacêuticos, por exemplo – à

interdição total ou parcial do estabelecimento, como se vê no inciso X de seu artigo 56: Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas: ... X – interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade; Nem se diga que somente a Vigilância Sanitária poderia fiscalizar e sancionar uma farmácia, sendo entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no sentido de que vem ratificando este entendimento, como se vê de transcrições de uma de suas decisões: A atividade fiscalizadora e normativa das agências reguladoras não exclui a atuação de outros órgãos federais, municipais, estaduais ou do Distrito Federal, como é o caso dos Procons ou da própria Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, por meio de seu Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, que podem fiscalizar, apenas, qualquer pessoa física ou jurídica que se enquadre como fornecedora na relação de consumo, nos termos do art. 3º e parágrafos do Código de Defesa do Consumidor. (STJ – 1ª. Turma – Agravo Regimental no Recurso Especial nº 1.081.366/RJ – Relator Ministro Benedito Gonçalves) Também não se pode esquecer de que esta regra (farmacêutico sempre presente na farmácia) admite exceções previstas na própria legislação: • o farmacêutico pode e deve usufruir do intervalo para alimentação e repouso (art.71, CLT) e, assim, a farmácia funcionará temporariamente sem sua presença; • a farmácia pode funcionar por até 30 (trinta) dias sem o farmacêutico (normalmente por força das férias ou de uma demissão), não podendo manipular medicamentos nem dispensar controlados (art.17, Lei Federal 5.991/73). Por isso, tenha muito cuidado: não funcione sem farmacêutico! 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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INSTITUCIONAL – MELCON

Melcon se consolida no setor de medicamentos hormonais humanos COM ORIGEM GOIANA E 100% NACIONAL, A EMPRESA SEGUE EM CRESCIMENTO MESMO DIANTE DA INSTABILIDADE ECONÔMICA DO PAÍS, TRAZENDO PRODUTOS ACESSÍVEIS E DE QUALIDADE COMPROVADA AOS BRASILEIROS

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POR KATHLEN RAMOS

A história da Melcon Indústria Farmacêutica no mercado nacional começou em 2001 e, hoje, com uma trajetória de 15 anos no País, a empresa se destaca na produção de medicamentos similares de marca “EQ” (equivalentes) hormonais e não hormonais, além de genéricos hormonais. As principais metas da companhia para os próximos anos se consolidam em se tornar uma referência em produtos hormonais humanos; investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para lançamentos de novos produtos, bem como em equipamentos de última geração, otimizando a

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escala de produção; e concluir a ampliação da planta fabril, a fim de triplicar a capacidade produtiva. O objetivo é que esse aporte resulte no aprimoramento dos processos internos e na maior produtividade e capacidade da empresa para atender às demandas do mercado, seja com os produtos próprios ou por meio de parcerias com outros laboratórios farmacêuticos. Esses investimentos visam, ainda, manter e atender a todas as expectativas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no cumprimento da regulamentação técnica, conforme comenta o sócio diretor comercial da Melcon, Jairo de Melo. IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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www.melcon.com.br

Algumas parcerias têm sido importantes para a empresa atingir seus objetivos no mercado nacional. “Desde a nossa fundação até agora, desenvolvemos sólidas parcerias na produção terceirizada de produtos hormonais com grandes empresas do segmento. Um exemplo é a parceria com o laboratório Aché, que passou a deter, desde agosto de 2010, 50% de participação na Melcon”, destaca Melo. Localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), em Goiás, atualmente, a empresa tem capacidade de produção de 50 milhões de comprimidos/mês, e conta com 93 colaboradores diretos e 105 indiretos. Entre os medicamentos de destaque no portfólio do laboratório, estão o Dunia 35 e o Acetato de Ciproterona 2,0 mg + etinilestradiol 0,035 mg (anticoncepcionais de uso contínuo); o Levonorgestrel 1,5 e Hora H Uno (contraceptivos de emergência); além de outras classes terapêuticas não hormonais.

NA CONTRAMÃO DA CRISE Mesmo diante da instabilidade econômica brasileira, a Melcon registrou crescimento de 67% de 2014 para 2015, o que mostra a força da empresa no segmento. “Vários motivos nos levaram a esses resultados, a começar pela mudança de hábito dos consumidores em relação a marcas mais acessíveis; a força do nicho de mercado hormonal, que é favorável para empresas como a Melcon; e o próprio fato do mercado farmacêutico estar menos fragilizado em relação à crise. Afinal, as pessoas deixam de comprar artigos de uso pessoal para continuarem seus tratamentos”, comenta Melo. E para este ano, as expectativas da companhia seguem positivas, e projeta-se alta de 47% em relação a 2015. “Esse crescimento ainda pode ser superior, pois o lançamento de produtos influenciam muito nos resultados. Assim, caso a Anvisa autorize novos medicamentos, nossas projeções podem ser ainda maiores”, analisa o executivo da Melcon.

UMA EMPRESA PARCEIRA DO CANAL FARMA A Melcon, hoje, cobre 100% do território nacional, graças a uma plataforma de negócios formada por mais de 270 parceiros distribuidores. Essa estrutura permite que os medicamentos Melcon estejam disponíveis em

todas as regiões do País, abastecendo todo o varejo farmacêutico, sejam lojas independentes, redes corporativas e associativas. “Para o bom andamento dos negócios nessa rede de abastecimento, contamos com estrutura comercial e de marketing interna, além de 21 representantes comerciais distribuídos nos principais estados brasileiros”, acrescenta Melo. Para trazer ainda mais benefícios ao canal farma, a Melcon está estruturando uma equipe de geração de demanda direta, formada por Key Accounts e GGDs (Gerentes de Geração de Demanda). Antenada com o mercado, a empresa estabeleceu parcerias com entidades e associações de classe, a exemplo da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), entidade em que é sócia colaboradora; da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e da Associação Multimarcas de Farmácias (Farmarcas), ambas também sócias honorárias. 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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GESTÃO

Corrupção no departamento de compras

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SEM O DEVIDO CUIDADO, MUITAS EMPRESAS TÊM SOFRIDO GRAVES IMPACTOS, COMPROMETENDO TODO O NEGÓCIO

MARCELO CRISTIAN RIBEIRO Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento 42

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O Brasil vive uma crise ética. A cada dia, surgem novas notícias sobre falta de ética, suborno, corrupção em compras e negociações. Essa foi a motivação para este artigo, especificamente no segmento de varejo farmacêutico. Em todos os departamentos, deve-se possuir “ética”, mas focaremos o departamento comercial. Isso porque é o coração da empresa, movimenta volume financeiro e é muito visado. Sem o devido cuidado, muitas empresas têm sofrido graves impactos, comprometendo todo o negócio e, tudo isto, fruto de ações de compradores e fornecedores corruptos. Comprovar de maneira clara e inquestionável a desonestidade é difícil, então por que não evitar? O tema ética é quase que indefinível, mas serve como base para o comprador tomar decisões na empresa em que trabalha, zelando pelo bom negócio, com práticas idôneas e sem margem de dúvidas. Ética é não levar “bola”, suborno. Aqui, envolvem-se as negociações que prejudicam a empresa e favorecem apenas os envolvidos na negociação ou um grupo de pessoas. Sua empresa deve possuir um “código de ética”, com práticas antissuborno, conhecido por todos os funcionários. Caso a empresa não possua, é obrigatório deixar as relações transparentes, por isso, consulte seu imediato sobre alguma abordagem estranha por parte dos fornecedores. Lembrando sempre que o bom senso e a transparência são fundamentais.

A seguir, algumas dessas condutas e cuidados que todo o comprador deve possuir quando está em uma negociação: 1) Jamais esquecer que ele não compra para si e, sim, para a empresa em que trabalha. 2) Mostrar sempre aos fornecedores, por meio de atitudes, análises, orçamentos, que o que corrompa a imagem da empresa e do comprador não será aceito. 3) Receber brindes de pequeno valor pode ser aceito, desde que não influencie a tomada de uma decisão tendenciosa: a. Evitar aceitar favores ou presente de caráter pessoal. b. Não aceitar nada que o torne submisso a um fornecedor. c. Brindes de maior valor não devem ir para o comprador e, sim, para a farmácia, que deve utilizá-los para o bem comum, clientes, sorteios, campanhas, etc. 4) Amizade e relações comerciais, como jantares, visitas a fábricas são permitidas, desde que sigam padrões éticos. 5) O comprador deve evitar relações comerciais com empresas que possuem familiares como fornecedores, pois pode fazer com que pensem que ele os favorece, por isso, deixar que outros compradores negociem com estas pessoas. Compradores profissionais, que sabem conduzir uma negociação comercial de maneira ética e transparente, sem se submeter a qualquer tipo de suborno, têm seu valor reconhecido pela empresa, sociedade e até pelos fornecedores. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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Reajuste anual COMO PARTE DE UM SETOR REGULADO, VAREJO E INDÚSTRIA DEBATEM AS CONSEQUÊNCIAS DO AUMENTO DOS PREÇOS DOS MEDICAMENTOS ESTIPULADO PARA ESTE ANO POR FLÁVIA CORBÓ

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O governo surpreendeu indústria, distribuidores, varejo e consumidores com o reajuste de preços dos medicamentos em 2016. Há dez anos, o índice ficava abaixo da inflação, mas, neste ano, foi diferente. Segundo determinação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), o valor subirá 12,5% a partir de 31 de março. Até então, acreditava-se que o percentual ficaria em torno de 10%. No entanto, uma conjunção de fatores levou o governo a aplicar um inesperado reajuste acima da inflação. A base do cálculo que determina o percentual de aumento é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete o custo de vida de

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famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos e é considerado pelo Banco Central do Brasil como o índice oficial da inflação. Entre março de 2015 e fevereiro de 2016, a inflação foi fixada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10,36%. Mas, além disso, são considerados outros três fatores para definir as faixas de correção no valor dos medicamentos ao consumidor final. O primeiro deles considera a produtividade da indústria. Nos últimos anos, o fator foi positivo, mas, diante da crise econômica que o País enfrenta, este ano está sendo diferente. Desta vez, a produtividade da indústria foi negativa, ou seja, a mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Eram definidas três categorias de medicamentos, considerando a participação dos genéricos. Para os produtos cuja concorrência com genéricos era maior, o percentual de reajuste era mais elevado. A medida era usada para compensar possíveis perdas entre segmentos. Setores mais concentrados poderiam repassar para o consumidor as perdas obtidas diante da necessidade de conceder maiores descontos e de trabalhar com preços menores, devido à alta concorrência. “No entanto, com um ganho de produtividade nulo, não há necessidade de fazer esse contraponto, por isso o reajuste será linear para todas as categorias de medicamentos”, explica o diretor de inovação da Interfarma, Pedro Bernardes. Por último, o cálculo leva em consideração forças econômicas, como câmbio e energia elétrica. Neste ano, em razão da desvalorização do real frente ao dólar e aos aumentos no valor da energia elétrica, o terceiro fator adicionou 2,14 pontos percentuais ao IPCA e colaborou para que o reajuste ficasse acima do esperado. “O cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”, afirma o presidente executivo da Interfarma, Antônio Britto, por meio de nota oficial divulgada pela entidade.

POSIÇÃO DOS EXECUTIVOS

“O cálculo é feito para frente, considerando a perspectiva de produtividade. Tendo em vista a crise em que nos encontramos, sabemos que se torna muito difícil que haja de fato uma produtividade positiva para qualquer setor e a indústria farmacêutica não foge disso”, relata o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (SindusfarmaSP), Nelson Mussolini. Como não seria possível inserir um índice negativo na fórmula do cálculo, o governo optou por considerar o valor igual a zero. Com fatores de produtividade nulos, outra mudança ocorreu na política de reajuste de medicamentos em 2016. Até então, o governo estipulava diferentes percentuais de aumento, considerando a concorrência das classes terapêuticas.

Apesar do maior reajuste dos últimos anos, alguns executivos julgam o percentual insuficiente, frente ao aumento de custo operacional sofrido no ano passado. “Nos últimos dez anos, a energia elétrica subiu 74%. Mas somente em 2015 houve um aumento de 50%. Foi um impacto muito grande”, destaca Mussolini, citando também a variação cambial. “Em uma década, o dólar valorizou 66%. Só no ano passado, foi um aumento de 47%”, defende Mussolini. A alta do dólar é um dos fatores que mais impactam sobre o setor farmacêutico, já que em torno de 95% da matéria-prima utilizada na fabricação de medicamentos é importada. Uma das reivindicações dos executivos do setor é que o cálculo utilizado pelo governo não é correto quanto ao peso da importação. “Em um passado recente, houve alteração do peso da fórmula, de 29%, a importação passou a ter relevância de 14% nos cálculos, sendo que o nível de importação só cresceu, não caiu”, afirma Bernardes. Há ainda outro fator que pesa na produtividade das indústrias brasileiras: o reajuste salarial. De acordo com 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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REAJUSTE DOS MEDICAMENTOS PASSA POR ALTERAÇÕES DIFERENCIADAS; O PERCENTUAL DE AUMENTO SERÁ LINEAR E ACIMA DA INFLAÇÃO, COMO NÃO OCORRIA HÁ DEZ ANOS Mussolini, no acumulado de dez anos, o percentual cresceu 117%. Em 2015, o aumento chegou a 8,5%, o que também agravou para que a pressão sobre o custo chegasse a níveis elevados. Apesar do reajuste acima da inflação, os executivos acreditam que o percentual não será suficiente para reequilibrar a rentabilidade das empresas. “Nós ainda vamos ter uma rentabilidade abaixo do que estávamos acostumados. Tivemos um aumento de custo muito acima do que esperávamos. Há três anos não dava para imaginar que teríamos uma desvalorização tão forte da moeda como tivemos. Ninguém pensava que teríamos um impacto tão grande da energia elétrica. Apenas os gastos com mão de obra eram algo mais dentro da nossa realidade, nós sabemos que estavam num nível crescente e, em razão de pressões de mercado, iriam aumentar”, descreve Mussolini.

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ALTERNATIVAS EM VISTA Como reequilibrar a conta? De acordo com o executivo do Sindusfarma, existem três maneiras de balancear a rentabilidade da indústria farmacêutica brasileira: reduzir o custo; aumentar a produtividade; ou aumentar o preço. Para reduzir custos de produção, o caminho é conseguir comprar matéria-prima mais barata ou contar com uma valorização do real. “Provavelmente, o real nunca mais vai voltar àquelas faixas de US$ 1,5, quando a gente estava surfando em ondas muito boas. Mas se chegar a US$ 3, ou um pouco abaixo disto, nós já recuperaremos parte da boa rentabilidade”, prevê. O valor da mão de obra vem em uma crescente, mas, devido ao aumento do desemprego, há uma tendência do salário médio cair. “Isso pode acontecer, o que nos ajuda. E a energia elétrica voltando aos patamares de 2014, já seria boa referência”, complementa. Já o caminho de aumentar a produtividade está no lançamento de produtos. O problema é que todo novo medicamento exige pesquisa, que, por sua vez, demanda dinheiro. Com a queda de rentabilidade da indústria brasileira, o investimento em pesquisas pode ser comprometido a médio e longo prazos. “A indústria ainda não está tirando o pé da pesquisa, mas está reduzindo custos. Infelizmente, existe muita empresa cortando a mão de obra, outras estão tentando racionalizar suas estruturas, para poder manter a pesquisa ativa e lançar novos produtos para melhorar a rentabilidade”, revela Mussolini.

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ATUALIDADE

EVOLUÇÃO DE PREÇO X REAJUSTE MÉDIO DOS MEDICAMENTOS 12,50%

10,36% 7,70%

7,39% 6,01%

5,90%

5,51%

6,31%

5,68%

4,83%

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6,10%

5,85%

6,00%

5,90%

3,02%

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4,71%

4,59%

3,97%

3,53%

3,18%

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Reajuste Médio Medicamento (CAMED/CMED)

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2013

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2015

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IPCA (IBGE)

Elaboração: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) Fontes: Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED); e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

PLAYERS DE MERCADO Em tempos de reajuste de preço dos medicamentos, todos os players do mercado farmacêutico ficam atentos. A indústria espera obter o retorno dos custos envolvidos no processo. “Quando não há remuneração correta do bem comercializado, não importa se você faz, vende ou consome o bem, todos saem perdendo”, defende Mussolini. Para o executivo, o consumidor ganha em um primeiro momento, porque ele vai pagar mais barato, mas, em contrapartida, perde mais à frente, quando a indústria deixa de investir em inovação e não apresenta novos produtos ao mercado. Quanto ao varejo, o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias 48

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(Febrafar), Edison Tamascia, garante que, com as medidas corretas, o dono de farmácia não precisa temer o reajuste ou uma possível queda de rentabilidade. “Se o empresário tem capital disponível, não vai pagar juros, se está em uma condição financeira boa, orientamos para que aumente o nível de estoque dos produtos de curva a e b, que ele vai vender nos próximos três meses. Neste período, ele conseguirá ter um ganho significativo”, aconselha. Com preparo e organização, Tamascia acredita que não há motivos para temer a regulação de preços. “Não havendo regulação, a situação não é muito melhor. Pelo menos temos um preço de referência”, pondera o executivo que espera que o varejo associativista consiga crescer 20% em 2016.

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PONTO DE VENDA

Estratégias na linha de frente AÇÕES PREVENTIVAS E CONTROLES RIGOROSOS NO CAIXA DA LOJA AJUDAM A GERAR RESULTADOS POSITIVOS POR DENISE TURCO

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Com frequência, o caixa é alvo de assaltos e de falhas na operação que corroem os ganhos de uma loja. O combate para afastar os perigos e os prejuízos que rondam esse espaço, em especial neste período de crise econômica, pode ser resumido em uma palavra: prevenção. De acordo com o diretor de comunicação da Gunnebo Gateway, empresa que oferece soluções para proteção eletrônica de mercadorias, Luiz Fernando Sambugaro, pesquisas recentes mostram que de 40% a 60% do furto interno (praticado por funcionários) ocorre no caixa do varejo. O furto externo é responsável por 50% das perdas nessa área das lojas de maneira geral. Esse dado mostra que os estabelecimentos precisam dedicar cuidados e encontrar soluções específicas. As perdas relacionadas ao checkout podem variar conforme o varejista ou a loja e impactam

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de várias formas – na lucratividade, no planejamento de compras e na reposição de produtos. Nesse espaço, os eventos são causados por funcionários ou clientes mal-intencionados, mas também decorrentes de erros na execução de processos. Segundo o administrador do Portal Prevenir Perdas, Carlos Eduardo Santos, uma prática comum ocorre quando o operador não registra o produto, o que, geralmente, é feito em conluio com um amigo ou parente. Assim, a mercadoria não constará no cupom fiscal, mas o cliente levará o item. Às vezes, na hora do pagamento, o consumidor desiste de levar algum produto. O sistema de automação comercial permite cancelar o cupom fiscal de maneira parcial ou total. Até aí, tudo bem. No entanto, em caso de fraude, o operador simula o cancelamento e se apropria do dinheiro. Para se ter uma ideia, com frequência, os operadores de caixas registram produtos com preço abaixo do IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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recomendações para diminuir a atratividade para os assaltantes é definir uma quantia de dinheiro em espécie que ficará no caixa e mandar o restante para cofre do tipo boca de lobo, considerado o mais seguro. “Se houver bandido na loja, ninguém consegue abrir o cofre, porque a chave fica com a empresa de transporte de valores. Isso inibe o furto”, orienta Santos.

PESSOAS E PROCESSOS

estipulado, dão descontos indevidos e trocam a etiqueta de um item pela de outro mais barato (este último também pode ser feito pelo cliente). A digitação do código dos produtos é outra causa de perdas. Eventualmente, o sistema do ponto de venda (PDV) apresenta falhas e o operador precisa realizar essa ação de forma manual, com a possibilidade de digitar erroneamente o código de um item, com preço menor. “Nesse caso, o cliente pagará menos, a loja não terá o registro do produto correto que foi vendido e ainda entrará menos dinheiro no caixa. Ou seja, impacto na gestão de estoque e no financeiro. Esse é um caso de falha operacional que gera perdas”, explica Santos. É raro, mas pode acontecer de o operador digitar um código diferente de forma proposital, a fim de provocar uma perda financeira para a empresa. Mas os problemas não acabam por aí. Criminosos sempre estão de olho nas facilidades que podem encontrar em uma loja para planejar suas ações. Uma das

Na correria do dia a dia, situações como essas podem ser verificadas por meio de controles e auditorias constantes a fim de checar se os procedimentos estão sendo executados corretamente. Muitas farmácias já realizam algum tipo de ação preventiva para evitar as perdas no caixa, como inventários periódicos, aplicação de etiquetas de alarme e antenas antifurto. No entanto, as soluções mais eficientes para prevenir e aprimorar a operação do checkout devem ser integradas e com base no tripé: pessoas, processos e tecnologia. “Se qualquer um desses pontos for falho, não temos segurança para diminuir as perdas”, reforça o diretor do segmento de farmácias da fornecedora de softwares para gestão do varejo Linx, Leandro Lorenzetti. Os processos envolvem as rotinas diárias e a metodologia de trabalho que vão garantir maior segurança, padronização e controle efetivo. A farmácia precisa ser rigorosa com esses procedimentos. Em relação às pessoas, o foco é o treinamento constante a fim de diminuir ou eliminar as falhas operacionais. A capacitação deve ser vista como investimento e não como custo, apesar da alta rotatividade de funcionários que costuma ocorrer no varejo. No entanto, uma visão mais ampla em relação à prevenção de perdas indica que os cuidados já devem começar na contratação. É preciso ser bastante criterioso no processo seletivo para evitar admitir uma pessoa desonesta ou despreparada, que cometerá muitos erros, orienta Santos. Segundo ele, infelizmente, muitos funcionários do varejo cometem fraudes. Portanto, uma vez contratado, é necessário avaliar a produtividade, ou seja, se realiza cancelamentos com frequência e registra muitos códigos manualmente, por exemplo. É importante também observar se um determinado cliente só passa no caixa de um funcionário especificamente. “Adote uma política em relação aos parentes dos operadores, para que eles façam o pagamento em outro caixa. Isso é uma regra fundamental”, recomenda. 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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PONTO DE VENDA

O supervisor de loja tem um papel central no combate às perdas. Os especialistas chamam a atenção para uma falha de processo habitualmente cometida por esse profissional nas farmácias: ele empresta o cartão ou divulga a senha pessoal aos operadores de caixa. Isso implica em riscos, como a possibilidade de furtos. Assim, o ideal é que o supervisor saiba que é corresponsável pelo checkout e pode até colaborar, sem querer, para eventuais ações de má-fé praticadas pela equipe. Muitas vezes, o colaborador comete fraude no caixa porque o clima está ruim, para se vingar do chefe ou por conta de assédio moral que venha sofrendo. Portanto, uma boa gestão de pessoas diminui a vontade de cometer atos ilícitos.

ALIADA DA GESTÃO A tecnologia deve garantir a segurança e a assertividade das operações. “Uma atuação pontual na frente de caixa permite reduzir perdas de inventário e de margem, diminuir a ruptura e identificar melhorias para tornar o processo mais seguro e rápido. Assim, pode gerar ganhos na velocidade da operação, na experiência de compra do cliente e possível aumento da rentabilidade”, enumera o gerente de prevenção de perdas da Tyco Integrated Security (ex-Plastrom Sensormatic), Gilberto Quintanilha. Em geral, as soluções tecnológicas mais eficientes reúnem câmeras de segurança para compor um Circuito Fechado de Televisão (CFTV), para vigilância do local e identificação de ocorrências, integrado a softwares que monitoram as operações do PDV, explica Santos. Desse modo, a empresa consegue ficar de olho nos vídeos da loja e acompanhar a emissão de tíquetes para checar se há algo excepcional. A partir daí, é possível avaliar se os eventos são fraudulentos e até mesmo observar a postura dos funcionários que trabalham de maneira honesta. De acordo com um estudo sobre perdas divulgado em novembro de 2015 pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), apenas 25% das farmácias utilizam CFTV e soluções de monitoramento de caixa. A Gunnebo Gateway, por exemplo, possui a solução Gatecash – um sistema que monitora todos os eventos da frente de caixa em tempo real. É composto por câmera, software e áudio integrados ao sistema do PDV. O Gatecash monitora desde a leitura do 52

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DADOS RELEVANTES As perdas relativas a roubos, furtos e problemas operacionais vêm aumentando no varejo. O índice de perdas no mercado nacional passou de 2,31% para 2,89% sobre o faturamento líquido dos varejistas, entre 2013 e 2014. Os dados constam na 15ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, divulgada em novembro de 2015 pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). Esse é o maior percentual de perdas desde que o estudo começou a ser realizado, em 2002. O resultado também está bem acima da média global que foi de 1,36% no período. Segundo o presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Cláudio Felisoni de Angelo, os resultados revelam, por um lado, que os varejistas reconhecem cada vez mais que têm esse problema, até em virtude da atual situação econômica do País, e começam a medir as perdas. Por outro, mostram que ainda falta implantar medidas preventivas adequadas. A boa notícia é que, no período estudado, o índice de perdas nas farmácias e drogarias teve um recuo importante, passando de 1,37% para 0,38%. Além disso, registrou a menor perda percentual em relação aos outros canais. Em 2014, o índice de perdas nos supermercados foi de 2,98% e nas lojas de material de construção, 1,72%. “As farmácias tiveram um avanço substancial em decorrência da melhor estrutura de apuração das perdas”, avalia de Felisoni. Para compor o estudo, o Ibevar consultou 3.157 lojas, sendo 2.847 supermercados, 145 farmácias e 165 lojas de materiais de construção.

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PONTO DE VENDA

ÍNDICES REGISTRADOS

Índice de perdas sobre o faturamento líquido – farmácias e drogarias • 2013 – 1,37% • 2014 – 0,38% Estimativa de perdas nas farmácias e drogarias • Quebras operacionais – 25% • Erros operacionais – 19% • Fraude de terceiros – 11% • Furto interno – 15% • Furto externo – 15% • Outros – 15% Recursos tecnológicos utilizados em prevenção de perdas Antenas de alarme (AM, RF): 100% Cadeados eletrônicos: 75%

Software de monitoramento e acompanhamento de perdas: 75% Cofre boca de lobo: 75% Alarmes de acesso: 75% Uso de coletor de dados para realização de inventário: 50% Rádios comunicadores: 50% Espelhos: 50% Solução de monitoramento de frente de caixa: 25% Lacradores de sacolas: 25% Circuito Fechado de Televisão (CFTV): 25% Caixas acrílicas: 25% Fonte: 15ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro/Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar)

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PONTO DE VENDA

código do produto, a inserção do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do cliente até a finalização do pagamento. Também possibilita gravar o que é dito por operadores de caixa e clientes. “No primeiro dia, após a implantação do Gatecash, são detectadas fraudes no PDV em 80% dos casos”, comenta Sambugaro. Já a Tyco possui várias soluções de CFTV e oferece também o Checkout Expert, que integra dados de registro das vendas de mercadorias com imagens de câmeras de segurança. Esse serviço gerencia as operações de frente de caixa, possibilitando a realização de auditorias de processo ou análises de situações de exceção e, consequentemente, uma atuação mais otimizada de fraudes, conluio, erros operacionais, produtividade e validação de processos de forma remota. A Tyco desenvolve ainda treinamentos com foco na padronização e diagnóstico dos processos do varejista, a fim de identificar riscos e oportunidades. Além do Linx Farma, sistema que auxilia na gestão financeira, convênios, atendimento ao cliente e integração da rede de lojas, a Linx atua com consultores com vasta experiência no varejo farmacêutico. As soluções oferecidas possuem ferramentas que realizam conferências de caixa, de despacho de produtos e de fluxos de produtos e dinheiro, diz Lorenzetti. Quando se fala em tecnologia, a recomendação dos especialistas é que o sistema de prevenção deve ser ostensivo, ou seja, a câmera deve estar bem à vista. Outra dica simples é zelar pela organização na área do checkout. “A bagunça facilita o furto e, às vezes, dificulta para a câmera registrar as ocorrências”, alerta Sambugaro. Aliás, até mesmo do ponto de vista comercial, a estratégia mais eficiente é expor pouca quantidade de mercadorias no caixa. “Nessa área, coloque apenas algumas categorias de impulso rápido e deixe-as ao alcance das mãos, como barrinhas, analgésicos conhecidos e cremes em embalagens pequenas”, recomenda a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa. Outra prática que ajuda é, com certa frequência, fazer uma espécie de teste nas antenas antifurto que ficam na porta do estabelecimento. Muitas vezes, a eficácia desse equipamento fica desacreditada, porque apresenta falhas constantes, decorrente da falta de manutenção. “Quando a loja estiver cheia, peça para um funcionário entrar e sair com uma mercadoria para mostrar a todos que o equipamento funciona. Quando o varejista 56

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CONHECER PARA COMBATER Confira as perdas que podem ocorrer na frente de caixa e afetar a lucratividade da farmácia: • Furtos externos: assaltos, golpes ou ações de clientes mal-intencionados que cometem pequenos furtos. • Furtos internos: a falta de controle e de gestão gera facilidades para que funcionários cometam infrações que, muitas vezes, demoram a ser descobertas. • Falhas operacionais: são cometidas pelo operador de caixa de forma não intencional. * Exemplos: lançamento errado de uma venda, registro incorreto de um produto, digitação manual incorreta de código de produtos, erro no fechamento de caixa. • Erros administrativos: processos executados de maneira errônea, como gestão das contas a pagar e a receber, entradas de mercadorias e precificação, podem gerar perdas no caixa. • Conluio/má-fé: ações que geram benefício ao funcionário ou a terceiros, mas lesam a empresa. Em geral, são perdas financeiras ou de produtos que geram impacto no estoque, na reposição ou na margem. * Exemplos: descontos ou cancelamentos de cupom indevidos; ausência de registro de produtos; troca de etiqueta de item com preço menor que o estipulado. Fontes: administrador do Portal Prevenir Perdas (www. prevenirperdas.com.br), Carlos Eduardo Santos; Gunnebo Gateway; Linx; e Tyco Integrated Security

não faz isso periodicamente, a tendência é que o funcionário acredite que o alarme dispara à toa e seja menos rigoroso na verificação com o cliente”, sugere Sambugaro. Gestão eficaz, apoio da tecnologia e capacitação da equipe ajudam a compor uma visão de prevenção de perdas mais estratégica. Com a crise rondando um mercado já tão concorrido, otimizar as atividades do checkout pode ser uma importante vantagem competitiva.

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OPORTUNIDADE

Última chance O CHECKOUT É UM LOCAL PRIVILEGIADO PARA INCENTIVAR A COMPRA POR IMPULSO E AUMENTAR O TÍQUETE MÉDIO DA LOJA

P

POR CLAUDIA MANZZANO

Para o varejo prosperar em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso que o proprietário esteja atento a cada ocasião favorável existente a fim de melhorar a performance da loja. Em muitos casos, são os detalhes que fazem a diferença. O checkout, por exemplo, é um espaço importante para aumentar o tíquete médio. Mas o melhor aproveitamento depende de como o varejista trabalha a oportunidade. Entulhar produtos aleatoriamente sem critério e organização não é o melhor caminho.

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O consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Gustavo Carrer, ressalta que quando se trata de vendas no checkout, a escolha do mix e a exposição correta definem o resultado. Carrer lembra que, para escolher o portfólio certeiro, deve-se levar em conta que os produtos no checkout não são categorias destino da loja nem de necessidades recorrentes. Portanto, os itens com maior probabilidade de ser consumidos por impulso são os mais comuns nessa área. A presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa, explica que produtos vendidos por impulso IMAGENS: VICTOR ALMEIDA /SHUTTERSTOCK

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OPORTUNIDADE

são aqueles que não precisam de receita e os que se costuma lembrar na saída. Por exemplo: analgésicos e produtos pequenos para “farmacinha caseira”. Outra opção comum são balas, chicletes, barras de cereal e guloseimas. “Mais do que rentáveis, são venda certa em qualquer farmácia”, garante. O coordenador do Núcleo de Estudos do Varejo da Educação Executiva da ESPM-SP, Ricardo Pastore, reforça a necessidade da farmácia em aproveitar o espaço para vender produtos que não fazem parte do planejamento de compra do cliente. Mas lembra que também é importante observar qual o tíquete médio da farmácia. Segundo o coordenador, o produto do checkout deve adicionar de 15% a 20% do tíquete médio da loja. Carrer lembra que mesmo se alguns produtos não forem tão rentáveis, o ideal é mesclar com itens de margem maior para ter um espaço atrativo. Pastore ressalta que balas e chicletes premium, gourmet, funcionais ou algo do gênero têm esse perfil. Outra opção sugerida, é escolher itens que tenham alto índice de furtos. “A proximidade da área de exposição com o operador de caixa proporciona maior visibilidade e segurança.” O consultor lembra que também é possível escolher um mix de produtos que seja fácil para os operadores de caixa oferecerem aos clientes. Por exemplo, se no checkout existem barras de cereal com alto teor de proteína, é possível indicar o produto para alguém que está com roupa de ginástica. E por último, fala sobre a possibilidade de usar o espaço a fim de expor produtos de sazonalidade. “Em alguns casos, as farmácias usam um ponto extra bem em frente ao caixa para chamar atenção do consumidor. É basicamente a mesma função do checkout”, conclui.

EXPOSIÇÃO ESTRATÉGICA Com mix de produtos bem escolhido e técnica para o checkout estabelecida, é hora de colocar todos os esforços nesse espaço. Tem de ser bem planejado, não é só inserir os produtos nas gôndolas. “O grande desafio da venda em checkout é a exposição e o layout. Pois se não for benfeito, fica poluído. Além da escolha do mix, é preciso escolher bem o mobiliário para que os itens fiquem visíveis e atraentes”, salienta Carrer. Pastore indica utilizar equipamentos de exposição adequados, pois existem displays específicos e muitos são fornecidos pelo próprio fabricante dos produtos. Para ele, o ideal é que a farmácia defina os itens que deseja vender 60

FIQUE ATENTO • Escolher bem o mix. Menos é mais. • Balas e chicletes são certeza de vendas. Mas não esquecer a margem. • Exposição não pode ser carregada. Mas o preço tem de ser visível. • Displays próprios para cada produto e para o checkout. • Checkout é ponto extra. Produto tem de estar no local de origem. • A venda de alguns produtos é proibida. Procurar a entidade da região para conseguir uma liminar.

e então solicite os displays ou desenvolva peças exclusivas que fiquem mais adequadas à loja. O coordenador destaca os displays criativos como uma boa opção para esse espaço. Ele indica que essas peças costumam ser bem projetadas e que podem expor melhor o produto, sem atrapalhar o atendimento ao cliente. “Existem opções bem adaptadas ao local, que normalmente têm pouco espaço. Os bons displays atuam de forma a aumentar a quantidade de produtos expostos, mas destaco ser muito importante contar com o auxílio de um profissional de visual merchandising. Vale o investimento”, garante Pastore. A poluição visual é o maior perigo na hora de arrumar a exposição do checkout. Por isso, Regina sugere que se pense bem antes de inserir um produto na seleção e que não se coloquem itens encalhados, pois dão a impressão que são difíceis de tirar. “Não vá entupindo o checkout achando que vai vender tudo. Quanto mais produtos são colocados, menos se percebe e menos se vende”, complementa. Essas dicas valem também ao espaço da fila para o checkout. Quando houver condições, é interessante criar um corredor. Nesse caso, o excesso e a má exposição continuam sendo um impedimento para melhora do rendimento. Mas Carrer alerta, em ambos os casos, os produtos não podem ficar apenas no checkout, é preciso que eles tenham um espaço na seção original. O checkout deve ser apenas um ponto extra.

PROMOÇÕES INCREMENTAIS Agora que já se sabe como o checkout é um local de impacto e muito importante para a melhora do tíquete

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OPORTUNIDADE

PERFIL DO PÚBLICO Todas as pessoas estão predispostas a fazer compras por impulso. Os jovens podem ser mais propensos, pelo estilo de vida, e atentos às novidades. Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos do Varejo da Educação Executiva da ESPM-SP, Ricardo Pastore, eles gostam de experimentar produtos novos e este é um perfil que compra mais por impulso. Mas o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (SebraeSP), Gustavo Carrer, lembra que é o perfil da farmácia e do local em que está inserida que vai estabelecer o tipo de cliente a ser atraído pelos produtos do checkout. No caso de não haver uma lanchonete no entorno, por exemplo, produtos de alimentação e bebida vão ter grande saída.

médio e da rentabilidade da loja, podemos descobrir como utilizá-lo a fim de fazer promoções e destacar ainda mais sua posição privilegiada. Pastore conta que ações do tipo kits promocionais, leve 3 pague 2, compre-leve, funcionam muito bem, porque elas possuem um apelo muito forte. “Um checkout benfeito pode fazer com que o desempenho de vendas aumente muito, mas é importante saber que há um pico de vendas e depois normaliza.” Ele explica que o produto tem um destaque, um boom de vendas, mas depois a venda cai. “São ações promocionais de curto prazo e devem ser criadas novas de outros produtos, sempre de curto prazo”, ensina Pastore. Regina destaca que, apesar dessas ações serem comuns, muitos varejistas erram a não destacar o preço de maneira correta. “Geralmente, passamos bem rápido pela oferta e precisamos perceber o benefício em três segundos, numa piscada de olhos.” Carrer alerta, por outro lado, que a comunicação no checkout não pode ser agressiva. Ele concorda que os preços dos produtos têm de ser visíveis, pois o interesse do consumidor no item do checkout começa quando ele ainda está na fila. Portanto, se o preço estiver muito pequeno ou mal posicionado, o consumidor não vai enxergar e vai desistir da compra por conta disso.

O QUE DIZ A JUSTIÇA A venda de produtos de conveniências (chamados de produtos alheios à saúde) em farmácias está sendo alvo de 62

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uma disputa acirrada na Justiça. Entidades que representam o varejo farmacêutico querem que a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) e o Conselho Regional de Farmácias do Estado de São Paulo (CRF-SP) liberem a venda desses produtos. Mas os órgãos, por sua vez, não querem abrir mão da venda exclusiva de produtos relacionados à saúde nas farmácias. Para as entidades que representam o varejo farmacêutico, como a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma), esses órgãos não têm competência para fazer tais determinações. No caso da Anvisa, a entidade é uma autarquia federal e não tem poder de legislar. Já o CRF, deve apenas fiscalizar o exercício profissional dos farmacêuticos. Recentemente, a Abrafarma venceu uma disputa contra o CRF-SP, que havia condicionado a emissão e renovação do Certificado de Regularidade Técnica à declaração de não comercialização de artigos de conveniência e bem-estar, hoje uma realidade em todos os estados brasileiros. O relator do processo, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, negou o seguimento de recurso do CRF-SP, argumentando que o órgão não detém competência para exigir que farmácias e drogarias declarem não comercializar tais produtos, uma vez que tal exigência não encontra previsão legal. O relator declarou ainda que a atribuição do CRF-SP é fiscalizar o exercício profissional dos farmacêuticos e punir eventuais infrações desta alçada, sendo de competência exclusiva dos órgãos sanitários vistoriar condições de licenciamento e funcionamento das farmácias. Ademais, reconheceu que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já dirimiu a questão, pois o tribunal declarou a constitucionalidade de todas as leis estaduais. Para o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, a decisão é justa e emblemática. “A exigência arbitrária do CRF viola a liberdade de mercado e, principalmente, o direito do consumidor. Essa vitória reflete a tendência no Brasil de seguir o modelo adotado nos países desenvolvidos, que privilegia não só a saúde, mas também o livre arbítrio e a conveniência do consumidor”, comemora. De acordo com a Abrafarma, a comercialização de artigos diversos por estabelecimentos farmacêuticos em todo o estado de São Paulo tem respaldo na Lei Estadual 12.623/07. O próprio STF, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.093/SP, também havia declarado como legítima essa lei e as de outros estados que regulam a venda de outros produtos, isentando as farmácias de atender à Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44/09 da Anvisa.

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HIPERTENSÃO

Bate coração HIPERTENSÃO ARTERIAL E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SÃO DOENÇAS SÉRIAS CAPAZES DE COMPROMETER A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E, SE NÃO TRATADAS, PODEM LEVAR À MORTE POR ADRIANA BRUNO 64

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V

Viver e envelhecer com saúde é um desafio e tanto para pessoas em todo o mundo. Doenças crônicas, genéticas, hereditárias, adquiridas por hábitos de vida desregrados estão na lista das que mais comprometem a qualidade de vida das pessoas. Entre elas estão a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Insuficiência Cardíaca (IC). Doenças que não escolhem raça, sexo, nem cor para se manifestarem. A hipertensão arterial atinge, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 36 milhões de brasileiros adultos, sendo que entre os gêneros, a prevalência entre as mulheres é de 30%. A HAS é a causa principal do desenvolvimento de outras doenças, como a IC. De acordo com o cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Antonio Carlos Bacelar, existe relação direta e linear da pressão arterial com a idade, sendo a prevalência de HAS superior a 60% na faixa etária acima de 65 anos. “Isso provavelmente acontece devido ao maior enrijecimento dos vasos sanguíneos, processo chamado de arteriosclerose. A IC é mais encontrada na faixa etária acima de 60 anos, onde mais de dois terços (69,8%) das hospitalizações foram realizadas”, diz. O Dr. Bacelar explica ainda que a IC é a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração. “A IC é uma síndrome complexa em que o coração é incapaz de bombear o sangue no volume necessário para suprir as necessidades do organismo. A mortalidade por doenças cardíacas aumenta progressivamente com a elevação da pressão arterial. A IC é a causa mais frequente de internação por doença cardiovascular. É uma doença que causa importante diminuição da qualidade de vida e possui alta mortalidade”, diz. A incidência de casos de HAS e de IC aumenta com o avanço da idade. Segundo o cardiologista, Dr. Giovanni Pinto, a IC está relacionada a diversas doenças que afetam diretamente o coração e estas, em sua grande maioria, ficam mais prevalentes com a idade, por isso a relação com a idade do paciente.

O mesmo acontece com a HAS. “Ela é uma das doenças que podem levar à IC, se não controlada. Também está relacionada com o avanço da idade e entre as causas que aumentam as chances de desenvolver a doença, estão o enrijecimento da parede das artérias e também a chegada da menopausa”, explica. Para o especialista, a incidência e prevalência absoluta de IC é discretamente maior em homens, mas mulheres são menos propensas a ter doença arterial coronariana e mais propensas a ter hipertensão. “Elas geralmente se apresentam, em uma idade mais avançada, com função sistólica melhor do que os homens. Para ambos os sexos, não há uma diferença de morbidade significativa, porém dados revelam que as mulheres têm uma melhor sobrevida”, diz. Ainda de acordo com o Dr. Giovanni Pinto, no Brasil, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham IC e surgem aproximadamente 240 mil novos casos por ano. Em junho de 2015, a revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), publicou um estudo coordenado pelo professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCM-UERJ), Dr. Denílson Albuquerque, mostrando que 50 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil em função de complicações cardíacas. O 1o Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca revelou que dados da American Heart Association (AHA) estimam a prevalência de 5,1 milhões de indivíduos com IC somente nos Estados Unidos, no período de 2007-2012. As projeções mostram que a prevalência da IC aumentará 46% de 2012-2030, resultando em mais de oito milhões de pessoas acima dos 18 anos de idade com IC.

CONJUNTO DE FATORES A insuficiência cardíaca pode ser resultado de inúmeras patologias como, por exemplo, infarto agudo do miocárdio, doenças nas valvas, miocardite, doenças congênitas, alcoolismo, uso de drogas e a própria hipertensão. “No entanto, quase 50% das vezes não conseguimos identificar uma causa para a IC, sendo chamada de idiopática. Como a maioria das causas apresentadas é mais prevalente na população com idade mais avançada, a IC acaba por ser mais comum também nesta faixa etária, 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

HIPERTENSÃO

PRINCIPAIS SINTOMAS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Cansaço depois de esforços

Falta de ar

Dificuldade de dormir com cabeceira baixa

Edema (inchaço), principalmente das pernas

Aumento do volume abdominal

podendo, no entanto, também se manifestar em faixas etárias mais jovens”, explica o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Alexandre Galvão. Ele reforça que a hipertensão é uma doença assintomática. Diferente do que a população acredita, cefaleia não é sintoma de hipertensão. “No momento em que se sente dor, ansiedade, fumar um cigarro ou tomar um café, a pressão pode subir. Na verdade, o 68

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Palpitações

Emagrecimento

aumento da pressão durante a cefaleia é consequência e não causa. O fato de ser uma doença assintomática dificulta bastante o diagnóstico”, explica. Já a insuficiência cardíaca se manifesta com inúmeros sintomas. “Os mais comuns são dispneia que vai desde grandes esforços, como subir uma ladeira, até mesmo em repouso, tosse seca, dispneia ao se deitar (ortopneia), dispneia que desperta o paciente à noite

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ESPECIAL SAÚDE

HIPERTENSÃO

(dispneia paroxística noturna) e edema nos membros inferiores”, diz O Dr. Galvão.

MUDANÇA DE HÁBITOS É consenso entre os médicos e especialistas afirmar que não há como prevenir essas patologias. É preciso, na verdade, maior conscientização da população em geral em consultar periodicamente um médico, realizar exames e acompanhamento, principalmente em casos em que exista prevalência de casos na família para HAS, por exemplo. “Não existem medidas para evitar a hipertensão. O mais importante são as avaliações anuais para identificação precoce e tratamento adequado. Para a IC, o importante é a identificação e o tratamento adequado dos fatores de risco, como controle do colesterol, hipertensão, diabetes e evitar a ingestão de álcool, por exemplo. Assim podemos evitar doenças que possam resultar em IC”, diz o Dr. Galvão. As mudanças do estilo de vida comprovadamente diminuem a incidência de hipertensão e IC, assim como a mortalidade por doenças cardíacas. “Devem-se cultivar hábitos de vida saudáveis com uma alimentação balanceada, restrição de sal e álcool, atividade física regular, perda de peso e combate ao tabagismo. Além de tratar adequadamente as doenças cardíacas que podem levar a IC, como a hipertensão, a doença isquêmica e problemas nas valvas cardíacas”, recomenda o Dr. Bacelar. Segundo ele, o tratamento da hipertensão e da IC é constituído de medidas medicamentosas e não medicamentosas, como cultivar hábitos de vida saudáveis.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO A hipertensão arterial é tratada com medicamentos classificados como anti-hipertensivos e cada classe age de uma forma diferente. Segundo o Dr. Galvão, um exemplo são os diuréticos que agem nos primeiros dias por depleção de volume e posteriormente realizando vasodilatação. “Os mais efetivos são os tiazídicos. Já os betabloqueadores agem de forma complexa, envolvendo

A HIPERTENSÃO ARTERIAL ATINGE 36 MILHÕES DE BRASILEIROS ADULTOS, SENDO QUE ENTRE OS GÊNEROS, A PREVALÊNCIA ENTRE AS MULHERES É DE 30% 70

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DEZ PASSOS PARA O CONTROLE DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA – ORIENTE OS PACIENTES 1° Ter uma alimentação saudável. 2° Controlar a ingestão de líquidos. 3° Praticar exercícios físicos. 4° Controlar o peso. 5° Tomar as medicações. 6° Tomar as vacinas. 7° Não faltar às consultas. 8° Não fumar. 9° Não tomar bebidas alcoólicas. 10° Controlar os fatores de risco. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

diminuição do débito cardíaco inicialmente, e depois reduzindo a secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuindo as catecolaminas nas sinapses nervosas. Os bloqueadores dos canais de cálcio agem reduzindo a resistência vascular periférica por diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares”, conta. Já no tratamento da IC, o objetivo da medicação, segundo o Dr. Bacelar, é facilitar o trabalho do coração já que o mesmo não está funcionando de forma adequada. “Usamos assim os betabloqueadores e a ivabradina para diminuir a frequência cardíaca e aumentar o tempo de enchimento ventricular. Com isso, a cada contração ventricular, como o coração está mais cheio, mais sangue é bombeado para frente. Para facilitar o trabalho do coração, devemos diminuir a pós-carga, ou seja, diminuir a resistência dos vasos para que o coração gaste menos energia para contrair e consiga bombear mais sangue. Usamos então os Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA), Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II (BRA) e associação de hidralazina e mononitrato de isossorbida. O resultado final do insulto ao coração com IC é a morte dos miócitos e, por consequência, a fibrose. Os inibidores da aldosterona agem inibindo exatamente a fibrose, melhorando o prognóstico dos pacientes”, explica o Dr. Galvão. Segundo o especialista, a maioria dos sintomas da IC é resultado do excesso de volume no organismo, para isso podemos associar diuréticos de alça a fim de aumentar a diurese e diminuir os sintomas.

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LESÕES MUSCULARES

Ocorrências prejudiciais NÃO É APENAS A PRÁTICA EXAGERADA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS QUE PODE GERAR UMA LESÃO MUSCULAR. FATORES DO DIA A DIA TAMBÉM INFLUENCIAM E CAUSAM DOR E DESCONFORTO. ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS ATUAM NO CONTROLE

N

POR VIVIAN LOURENÇO

Ninguém gosta de sentir dor, mas ela é um mecanismo de proteção do corpo, ativado diante da possibilidade de aparecimento de lesões. Os receptores da dor são terminações nervosas livres suscetíveis a estímulos mecânicos, térmicos e químicos, que avisam quando o músculo pode ser danificado. A dor muscular está mais relacionada a tensão, uso excessivo ou lesão muscular, por exercício ou trabalho, fisicamente

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desgastante. Nessas situações, os sintomas tendem a envolver músculos específicos e começam durante ou logo após a atividade. Os atletas de fim de semana são os que estão mais propensos a ter alguma lesão, seja por trauma ou por rompimento dos músculos. Entre os esportes mais praticados e apreciados pelos atletas amadores, estão corrida, andar de bicicleta, natação, caminhada ou o famoso futebol. IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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Segundo os médicos ortopedistas, a lesão pode ser tanto de grau leve ou mais intensa. E atenção, os especialistas revelam que os atletas amadores se assemelham muito aos profissionais, pelo menos no quesito lesão: elas são as mesmas em ambos os casos. Qualquer tipo de injuria que atinja o tecido muscular é considerado uma lesão muscular. Elas podem acontecer fundamentalmente de duas formas: trauma direto, tipo uma joelhada na coxa do adversário, ou trauma indireto, que são estiramentos e distensões que podem acontecer durante uma corrida, por exemplo.

PROBLEMAS MAIS COMUNS Com tanto excesso de atividade, as lesões mais comuns dos esportistas esporádicos acabam sendo as mesmas, na maioria dos casos. Elas atingem mais as áreas dos joelhos, coxas e tornozelos. O especialista em coluna pelo Hospital das Clínicas (SP) e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Dr. Rogério Vidal de Lima, destaca que as mais comuns são as dos músculos dos membros inferiores. “Nesses atletas de fim de semana, as contraturas musculares e as lesões por fadiga são as mais frequentes e felizmente as de mais fácil recuperação”, detalha o especialista do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano, Dr. Marco Antonio Ambrósio. As lesões da região inguinal (virilha), coxa e panturrilha são a maioria dos casos de atendimento. A lesão número um no esporte é a distensão (ruptura) do músculo bíceps femoral (região posterolateral da coxa perto do joelho). Os especialistas revelam algumas poucas diferenças entre as lesões nos atletas profissionais e nos amadores. Nos atletas profissionais, elas estão entres as causas mais frequentes de afastamento das atividades físicas, pois têm evolução lenta e culminam com a incapacidade de exercer a profissão. Portanto, o objetivo é restabelecer de uma forma mais eficiente as lesões nesses atletas. O que é diferente é a causa. Nos amadores ou recreacionistas, sedentarismo, sobrepeso, falta de alongamentos desencadeiam o problema. Já nos profissionais, as lesões são causadas por fadiga, excessos de treinos e um calendário absurdo obrigando competições sem intervalo para repousar o músculo. Por fim, o Dr. Ambrósio ressalta que, geralmente, as lesões em profissionais, por terem a musculatura mais

TIPOS DE LESÕES • Lesões grau I: afetam menos de 5% do músculo. Constituem um ponto doloroso e têm bom prognóstico com recuperação rápida. • Lesões grau II: afetam de 5% a 50% da musculatura. Exigem redução ou paralisação temporária das atividades com recuperação em médio prazo. • Lesões grau III: afetam acima de 50% da musculatura. Geram incapacidade funcional e o prognóstico é indeterminado, pois podem proporcionar sequelas. A recuperação é lenta. Fonte: Hospital Alvorada

forte e resistente, quando ocorrem, são mais severas que nos amadores e necessitam – em geral – de um tratamento mais agressivo e precoce. Porém, pode-se dizer que, em termos anatômicos, não existe diferença, quando ocorre um edema ou uma ruptura da musculatura. “A única diferença é que, nos profissionais, o tratamento é muito mais intenso e começa rapidamente após a lesão. Nesses casos, a recuperação é muito mais rápida”, alerta o Dr. Lima.

TRATAMENTOS POSSÍVEIS Após a constatação de uma lesão leve (onde menos de 5% das fibras musculares foram lesionadas) ou moderada (quadro em que mais de 5% das fibras sofreram lesão), a conduta inicial, de acordo com especialistas da área, deve ser o P.R.I.C.E. (Proteção, Repouso, Trioterapia, Compressão e Elevação). Se o paciente apresentar dor importante, pode ser necessária a terapia medicamentosa. Nesses casos, podem ser receitados relaxantes musculares e analgésicos. Ativos como o clonixinato de lisina podem ser indicados em casos de lesões leves ou moderadas, em situações onde a dor é o sintoma principal ou secundário, qualquer que seja seu tipo, intensidade e localização. Aliás, para aliviar as dores, muitos pacientes chegam às farmácias e drogarias buscando alternativas rápidas e acabam se automedicando. Os medicamentos anti-inflamatórios atuam aliviando a dor, o edema e a inflamação. 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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SECURA VAGINAL

Libido feminina na mira DISTÚRBIO ATINGE MULHERES DE TODAS AS IDADES E AFETA DE FORMA SIGNIFICATIVA A VIDA SEXUAL

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POR RENATA MARTORELLI

Problema que aflige milhões de mulheres pelo mundo, a secura vaginal pode tornar desconfortável até mesmo atividades diárias, como sentar, andar e pedalar. A diminuição da lubrificação natural pode estar associada à diminuição da libido, com impacto no período de excitação, ou pela baixa produção hormonal relacionada à menopausa. A secura vaginal, também conhecida como ressecamento vaginal, é um sintoma que decorre da atrofia da mucosa da vagina. A falta de

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lubrificação é um dos vários sintomas que ocorrem na chamada síndrome de atrofia urogenital, que está associada à queda progressiva dos estrogênios, chamada hipoestrogenismo. Segundo o médico ginecologista do laboratório Teva Brasil e 2o vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), Dr. Rogério Bonassi Machado, as condições que geram hipoestrogenismo e levam ao ressecamento vaginal são: menopausa natural ou após a retirada dos ovários; tratamento com radioterapia ou quimioterapia; algumas IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ao envelhecimento, associando-se basicamente a um adelgaçamento do tecido vaginal, redução da circulação sanguínea, da elasticidade e da lubrificação vaginal. “Os pequenos lábios afinam, a entrada da vagina retrai, o meato da uretra torna-se proeminente e sensível ao trauma da mesma forma que a mucosa, que está mais afinada e com perda da flexibilidade. Isso ocorre de uma forma progressiva, variável de mulher para mulher, se não há uma intervenção adequada para a sua prevenção.”

DESCOBERTA, PREVENÇÃO E TRATAMENTO

doenças autoimunes; tabagismo; medicações, como o tamoxifeno e agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH); e o aumento da prolactina durante a lactação. “Todas essas condições clínicas têm como elemento central a falta do estrogênio. Esse hormônio é absolutamente necessário para manter o trofismo vaginal, por ação direta na mucosa da vagina e também propiciando a ação dos lactobacilos, favorecendo o pH baixo no local”, esclarece o Dr. Machado. O médico ginecologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, Dr. Eddy Nishimura, afirma que as alterações anatômicas e fisiológicas na vagina e bexiga associadas com a menopausa estão diretamente relacionadas à redução dos níveis circulantes de estrogênio e

Segundo o site inglês Daily Mail, em 2013, foi realizada uma pesquisa que ouviu duas mil pessoas. O resultado concluiu que 20% das mulheres se sentem depressivas devido à secura vaginal; 25% delas disseram ser “menos femininas” por causa do problema; quase metade disse se sentir mais “velha” por isso; e 50% afirmaram não ter relações sexuais de jeito nenhum devido ao problema. A dor causada pela falta de lubrificação diminui a excitação e a sensação de prazer, reduzindo ainda mais a capacidade de lubrificação. A causa também pode estar relacionada a problemas ginecológicos mais sérios, desequilíbrios na flora vaginal e questões psicológicas. Outros fatores que contribuem são o estresse, a ansiedade, o cansaço e o medo, que acabam prejudicando a lubrificação das paredes vaginais, bloqueando a excitação sexual e a umidificação. O problema pode atingir mulheres de todas as faixas etárias, mas ocorre com mais frequência em mulheres na menopausa, idosas, ou que não estejam preparadas para a relação sexual. Os primeiros sintomas que devem ser observados segundo o coordenador do Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Edilson Ogeda, são: dor e ardor durante as relações sexuais e, algumas vezes, sangramento. De acordo com o Dr. Nishimura, a diminuição do trofismo do tecido vaginal e o aumento da friabilidade também predispõem a traumas com a atividade sexual, causando dor vaginal, queimadura, fissuras, irritação e hemorragia após o sexo. “Coexistem problemas urinários, tais como aumento da frequência de micção, urgência e ardor ao urinar e infecções urinárias recorrentes”, diz o médico. 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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VAGIDRAT® - Ácido Poliacrílico - APRESENTAÇÃO – INFORMAÇÕES Cartucho com 1 bisnaga de 30 g de gel + 10 aplicadores descartáveis. USO ADULTO. O que é Vagidrat®? Vagidrat® é um hidratante intravaginal na forma ® de gel que restaura naturalmente a umidade vaginal, com duração de até 3 (três) dias após cada aplicação. Vagidrat elimina as células epiteliais secas e, quando usado regularmente, restabelece a umidade vaginal natural. Quais as vantagens do uso de Vagidrat®? Vagidrat® não contém hormônios. Vagidrat® contém a quantidade exata a ser aplicada. Vagidrat® é um hidratante intravaginal que proporciona umidade (hidratação) contínua por até 3 (três) dias. Isto ajuda a eliminar as células® epiteliais secas e, quando usado regularmente, restabelece a umidade natural; ao contrário de®um lubrificante tradicional que fornece lubrificação provisória somente para reduzir ® o atrito durante a relação sexual. Vagidrat fará com que a relação sexual®seja mais confortável, restaurando a umidade vaginal. Vagidrat pode ser usado com preservativos. Vagidrat não contém fragrância, não contém parabenos, não possui sabor e não é agressivo. Quando utilizar Vagidrat ? É recomendada uma única aplicação a cada 2 (dois) ou 3 (três) dias. Qual a composição de Vagidrat®? Vagidrat® é um gel que contém® ácido ® poliacrílico, água, carbômero, glicerina, hidróxido de sódio, DMDM hidantoína e iodopropinil butilcarbamato. Quem pode utilizar Vagidrat ? Mulheres que necessitam de hidratação vaginal. Como utilizar Vagidrat ? Puxe o êmbolo do aplicador destravando-o e deslize até o limite máximo que localiza-se na metade do aplicador; 2) Destampe a bisnaga e utilize a ponta da tampa para perfurar vagarosamente o lacre da bisnaga, sem apertar; 3) Encaixe o aplicador na bisnaga já com o êmbolo destravado, mantendo o espaço livre para o preenchimento do gel; 4) Pressione suavemente a bisnaga até que o gel preencha todo o espaço livre. ATENÇÃO: o espaço livre corresponde a aproximadamente metade do aplicador. Não continue pressionando a bisnaga para não desperdiçar o produto; 5) Deitada e com as pernas flexionadas, introduza cuidadosamente o aplicador na vagina de forma

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profunda e confortável. Empurre o êmbolo totalmente até liberar todo o gel. Remova o aplicador e descarte. Vagidrat® pode ser usado antes da relação sexual? Sim, porém, Vagidrat® tem melhor resultado quando usado de ® forma regular e não apenas antes da® relação sexual. Isto porque Vagidrat restabelece a umidade vaginal proporcionando dias e noites confortáveis, tornando assim a relação mais espontânea. Como sei que estou utilizando ® ® a quantidade correta de Vagidrat ? O aplicador de Vagidrat foi desenvolvido para depositar a quantidade recomendada do produto. Por quanto tempo deve-se utilizar Vagidrat ? Não existe tempo determinado para uso de Vagidrat®. Recomenda-se o uso a longo prazo. Quais as precauções para utilização de Vagidrat®? Manter o produto fora do alcance das crianças. Somente para uso intravaginal. Se ocorrer irritação, interrompa o uso. Se persistirem os sintomas, contate seu médico. Não é recomendado o uso no período menstrual. Não utilize o produto se a embalagem estiver violada. Não utilizar após a data da expiração impressa na embalagem. Utilização sob supervisão médica. Hidratante intravaginal. Como Vagidrat® deve ser armazenado? Mantenha-o fora do alcance das crianças. Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15° e 30° C), protegido de luz, calor e umidade. Reg. MS 81085130003. Farm. Resp.: Kelly Cristina S. R. Dezena - CRF-SP n° 66.146 Fabricado por Ativus Farmacêutica Ltda. Comercializado por Teva Farmacêutica Ltda. Referências Vagidrat®: 1. Bula do produto. 2. Sturber C et al. Topical Applications and the Mucosa. Curr Probl Dermatto. 2011. vo440. pp90. 100

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ESPECIAL SAÚDE

SECURA VAGINAL

AS CONDIÇÕES QUE GERAM HIPOESTROGENISMO E LEVAM AO RESSECAMENTO VAGINAL SÃO: MENOPAUSA NATURAL OU APÓS A RETIRADA DOS OVÁRIOS; TRATAMENTO COM RADIOTERAPIA OU QUIMIOTERAPIA; ALGUMAS DOENÇAS AUTOIMUNES; TABAGISMO; MEDICAÇÕES; E O AUMENTO DA PROLACTINA DURANTE A LACTAÇÃO A secura vaginal traz muitos desconfortos para quem sofre com o problema. A dor durante a relação sexual pode acarretar na redução da libido e no afastamento íntimo do casal, interferindo em seu relacionamento. Os sintomas urinários também causam desconfortos, fazendo com que a mulher aumente as idas ao banheiro para reduzir os desconfortos urinários, como incontinência ou urgência para urinar. “Aparecendo o sintoma, a mulher deve ir ao ginecologista para diagnosticar a causa e afastar diagnósticos diferenciais que podem se confundir com a síndrome atrófica urogenital, como alergias e infecções vaginais. A manutenção da atividade sexual colabora com a manutenção da elasticidade e lubrificação da vagina. O uso de terapia de reposição hormonal sistêmica e local genital é importante para reduzir a atrofia genital”, aconselha o Dr. Nishimura. São poucas as mulheres que sofrem com o problema que chegam a relatar os desconfortos para o ginecologista, convivendo anos com o incômodo. De acordo com o Dr. Ogeda, o tratamento indicado depende do diagnóstico. “O ideal é corrigir possíveis causas psicossomáticas, distúrbios sexuais e disfunções hormonais. Os medicamentos podem variar em função do diagnóstico entre lubrificantes íntimos, hormônios de ação local, ou até mesmo terapia hormonal para pacientes que podem e desejam submeter-se a este tipo de tratamento.” O Dr. Nishimura destaca o uso semanal de cremes à base de estrogênios, que colaboram para melhorar 80

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o trofismo vaginal, além de hidratantes vaginais, que podem ser utilizados como auxiliares no tratamento. Uma opção disponível no mercado farmacêutico é o ácido poliacrílico, um polímero bioadesivo. “A bioadesão é uma propriedade que permite que o polímero se ligue à parede vaginal e atue por 72 horas. Sua atuação primária é sobre a hidratação vaginal, ou seja, durante o tempo em que o ácido poliacrílico fica em contato com a vagina, a mucosa vaginal consegue manter a hidratação continuamente. Além disso, por ser um ácido, diminui o pH vaginal. O somatório dessas duas ações leva, do ponto de vista clínico, à melhora dos sintomas da atrofia vaginal, principalmente levando ao conforto durante as relações sexuais”, comenta o Dr. Machado.

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IMUNIDADE

Distúrbios de defesa

ALIMENTAÇÃO CORRETA, ATIVIDADES FÍSICAS E NOITES DE SONO BEM DORMIDAS AUXILIAM NO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO E DIMINUEM AS CHANCES DE DOENÇAS INFECCIOSAS

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POR ADRIANA BRUNO E TASSIA ROCHA

Quem nunca escutou: “Acho que estou com a imunidade baixa”? Esse comentário é proferido por milhares de pessoas, quase todos os dias, em casa ou no trabalho. O que acontece é que as milhares de células que formam o sistema imunológico defendem o organismo do ataque de vírus e bactérias e mantêm o corpo funcionando

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livre de doenças, mas quando há uma queda na defesa, existe a suscetibilidade ao aparecimento de alguns problemas como gripes, resfriados, enfraquecimento das unhas e do cabelo, entre outros. De acordo com a diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), Dra. Ana Paula Moschione Castro, uma série de fatores pode contribuir IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

IMUNIDADE

para a imunodeficiência. “As situações que interferem na resposta imunológica incluem desde tumores, quimioterapia, uso prolongado de corticosteroides por via oral ou injetável. Além de doenças, como diabetes, insuficiência hepática ou renal. A imunidade pode ficar comprometida com doenças como a Aids, mas outros vírus também podem interferir no sistema imunológico. Situações como estresse ou exercício físico de alta performance”, esclarece. Má alimentação, poucas horas de sono, falta de exercício ou atividade física e uma vida desregrada podem levar o organismo a enfraquecer, desencadeando um problema de imunidade comportamental, ou seja, causado pelo estilo de vida do indivíduo. A boa notícia é que tudo isso pode ser prevenido com mudanças no estilo de vida e, a critério médico, com medicamentos específicos para cada situação. Já as imunodeficiências genéticas não podem ser prevenidas e, sim, tratadas. Elas surgem ainda na infância e são chamadas de imunodeficiências primárias. A indústria farmacêutica produz um extenso número de imunomoduladores, como: • Lenalidomida: análogo da talidomida com propriedades imunomoduladoras e antiangiogênicas, indicada para pacientes com anemia dependente de transfusões de sangue. • Interferons (interferonas): essas proteínas são responsáveis pela resposta antiviral do organismo, em particular para a proliferação de linfócitos T e B e para a liberação de imunoglobulinas. São indicadas para tratamento de tumores, como melanomas, linfomas. Agentes que estimulam a produção de leucócitos. A baixa contagem de neutrófilos, ou neutropenia, resulta, com mais frequência, de uma interferência na divisão das células progenitoras (mielossupressão). Para pessoas saudáveis, apenas com hipovitaminose, pode-se também administrar: • Vitamina A: atua no combate ao radicais livres, na formação dos ossos, pele; e nas funções da retina. • Vitamina C: atua no fortalecimento de sistema imunológico, combate os radicais livres e aumenta a absorção do ferro pelo intestino. • Vitamina E: atua como agente antioxidante no combate aos radicais livres. • Vitamina B6: atua no crescimento, na proteção celular, no metabolismo de gorduras e proteínas, na produção de hormônios. 84

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SINAIS DE BAIXA IMUNIDADE

Ouvido: otites 1

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Boca: herpes, amigdalite e estomatite

Sistema respiratório: gripes e resfriados

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4 Pele: infecções recorrentes, abscessos, doenças gerais causadas por fungos, vírus e bactérias

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Região genital: herpes

“O fortalecimento do sistema imune, seja com multivitamínicos, exercícios ou estilo de vida regrada, deve ser feito de maneira preventiva tanto em indivíduos sadios quanto em situações onde se observa uma maior susceptibilidade a infecções (diabéticos, obesos, idosos), sem necessariamente ser diagnosticada uma imunossupressão”, completa a professora do curso de farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul, Dra. Elaine Hatanaka.

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GRIPES E RESFRIADOS

Doenças da estação OS PROBLEMAS QUE TÊM SUA INCIDÊNCIA AUMENTADA NOS MESES MAIS FRIOS DO ANO MERECEM ATENÇÃO, POIS SÃO VILÕES QUE ABALAM A PRODUTIVIDADE DE MUITOS BRASILEIROS POR FLÁVIA CORBÓ E TASSIA ROCHA

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Quando os termômetros começam a marcar temperaturas mais baixas, as roupas grossas saem do armário, as botas protegem os pés e as bebidas quentes aquecem o corpo. Mas nem só de aconchego é feita a época de outono e inverno. À medida que o clima fica mais frio e seco, começam a surgir as doenças típicas dessas estações, principalmente a gripe e o resfriado. O pico de registro sazonal dessas enfermidades ocorre entre os meses de abril e setembro, no hemisfério sul, e de dezembro a março, no hemisfério norte. “Durante esses períodos, a chance de um paciente apresentando febre e tosse estar infectado é de 87%”, destaca a infectologista e professora do setor de viroses respiratórias da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Nancy Bellei. A incidência dessas doenças cresce nessa época do ano, devido alguns hábitos relacionados ao frio. Ambientes fechados, sem ventilação, apresentando aglomerados de pessoas contaminadas, com as outras não contaminadas, favorecem a proliferação de doenças. O problema é global. Os vírus causadores das gripes e resfriados circulam, anualmente, no mundo inteiro, de forma mutante, provocando infecção respiratória com diferentes níveis de gravidade, em todas as faixas etárias – entre 5% e 10% dos casos são detectados em adultos e 20% a 30% em crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A princípio, gripes e resfriados são tratados como algo corriqueiro, mas merecem atenção e tratamento adequado. Somente em 2014, a gripe foi responsável por 326 óbitos no Brasil. Em todo o mundo, estima-se que aconteçam cinco milhões de casos graves por ano, com 250 mil a 500 mil mortes. A situação é agravada nos quadros de gripe, em que os sintomas são intensos desde o início. Isto porque, apesar de gripes e resfriados serem muito confundidos pela semelhança dos sintomas, são doenças distintas, causadas por vírus diferentes. Ambas atacam o sistema respiratório das pessoas, mas o vírus da gripe é o influenza (A e B) e o do resfriado comum é o rinovírus. A principal diferença é que o vírus da gripe atinge todo o sistema respiratório, como traqueia, brônquios e, eventualmente, os pulmões, demonstrando grande intensidade e abrangência no organismo. Devido à sua intensidade, uma gripe mal tra-

PARA O TRATAMENTO DO RESFRIADO, SÃO USADOS MEDICAMENTOS SINTOMÁTICOS, QUE DIMINUEM A TOSSE, E DESCONGESTIONANTES NASAIS. JÁ NA GRIPE, ANALGÉSICOS E ANTIPIRÉTICOS AGEM NO ORGANISMO CONTROLANDO INFLAMAÇÃO, DOR E FEBRE tada pode levar a complicações graves, podendo, inclusive, resultar em morte. A doença pode ser potencialmente grave para os pacientes dos grupos de risco: crianças menores de cinco anos de idade, gestantes, idosos e pacientes crônicos, como os diabéticos, cardiopatas e asmáticos. “As complicações mais frequentes, diretamente relacionadas ao vírus influenza A ou B, são a bronquite, a pneumonia e a otite média. Qualquer pessoa é suscetível à infecção e a eventuais complicações, porém, em pacientes de risco, a exacerbação da doença de base e a pneumonia viral ou bacteriana secundária podem levar à hospitalização e ao óbito”, explica a Dra. Nancy.

FÁCIL TRANSMISSÃO Os vírus são diferentes, mas o contágio ocorre de maneira semelhante. Tanto o resfriado quanto à gripe são facilmente transmitidos de pessoa para pessoa e se disseminam rapidamente em ambientes fechados, como escolas, escritórios, transportes públicos e hospitais. Eventos de massa, que reúnem uma enorme quantidade de pessoas, como shows e jogos de futebol, também apresentam risco maior de contágio. Isso porque, ao tossir, espirrar ou falar, são expelidas gotículas pela boca e pelo nariz, que podem alcançar até 1,8 metro de distância. A transmissão também ocorre por meio do contato das mãos ou objetos contaminados por secreções respiratórias de pessoas infectadas. Estudos recentes revelaram que os vírus são capazes de sobreviver em diferentes superfícies (madeira, plástico, aço e tecidos) por mais de 24 horas. O período de incubação do vírus da gripe é de, em média, dois dias. Um adulto saudável elimina o vírus a partir 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

GRIPES E RESFRIADOS

FIQUE ATENTO! DICAS ÚTEIS PARA FARMÁCIAS E DROGARIAS

O que são Doenças causadas por vírus que circulam, no mundo inteiro, de forma mutante, provocando infecção respiratória com diferentes níveis de gravidade.

Diferenças Ambas as doenças atacam o sistema respiratório das pessoas, mas o vírus da gripe é o influenza (A e B) e o do resfriado comum é o rinovírus. A principal diferença é que o vírus da gripe atinge todo o sistema respiratório, como traqueia, brônquios e, eventualmente, os pulmões, demonstrando grande intensidade e abrangência no organismo.

Sintomas Gripe • Obstrução e secreção nasal; • Tosse seca ou produtiva; • Febre, muitas vezes maior que 38ºC, dura cerca de três dias; • Dores musculares, de garganta e/ou de cabeça podem estar presentes; • Pode apresentar complicações, como: otite, sinusite, traqueobronquite ou pneumonias.

Como ocorre a transmissão? Gotículas que podem alcançar até 1,8 metro de distância são expelidas pela boca e pelo nariz quando o indivíduo fala, espirra ou tosse. A transmissão também ocorre por meio do contato das mãos ou de objetos contaminados por secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Resfriado • Congestão e secreção nasal; • Pouca tosse; • Febre baixa ou subfebril (menor que 38ºC); • Pode causar dores de cabeça, garganta e musculares associadas; • Pode apresentar complicações como as da gripe, mas são menos frequentes.

Fontes: Ministério da Saúde, Sanofi Pasteur e Universidade de Franca (Unifran)

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Caso o paciente já esteja infectado, como reduzir a transmissão? 1. Cobrir o nariz e a boca sempre que for tossir ou espirrar; 2. Tossir ou espirrar no antebraço. Evitar cobrir o nariz e a boca com as mãos, que são veículos de contaminação; 3. Para manter a higiene, usar, de preferência, lenços de papel e descartá-los após o uso; 4. Lavar as mãos depois de tossir ou espirrar. Usar água e sabão e secar as mãos com papel toalha; 5. À mesa, quando a tosse ou o espirro aparecerem, virar-se de lado, baixar a cabeça e levar o guardanapo à boca.

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Repasse a informação

A vacinação pode reduzir em 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonia – uma das complicações que a gripe pode causar – e em 39% a 75% os índices de mortalidade.

Dez dicas para que a população mantenha a saúde em dia durante o outono e o inverno 1. Manter uma alimentação saudável e equilibrada. A não ser que exista indicação médica, não fazer uso de vitaminas por conta própria. É melhor e mais barato investir na alimentação correta. 2. Hidratação vigorosa com bebidas saudáveis é fundamental. 3. Praticar atividade física regular. 4. Descansar e ter boas noites de sono. Em conjunto com as medidas anteriores, este hábito também fortalecerá o sistema de defesa do organismo. 5. Se já for portador de alguma doença, principalmente as que afetam o pulmão, coração e a diabetes, é importante mantê-las sob controle e com acompanhamento médico regular.

6. Checar a carteirinha de vacinação. Ela deve estar sempre em dia. Todo ano há campanha de vacinação contra a gripe. É recomendado procurar o posto de saúde mais perto e conferir se é possível recebê-la. 7. Reconhecer os primeiros sintomas de gripe ou resfriado, procurar pelo médico rapidamente para que seja iniciado o tratamento adequado. 8. Lavar sempre as mãos! É a medida mais eficaz para evitar a transmissão dessas doenças. 9. Ao tossir ou espirrar, proteger a boca e o nariz com as mãos ou lenço. Depois, lavá-las! Evitar uso conjunto de copos, talheres e toalhas. 10. Evitar ambientes fechados e aglomerações, muito comuns em dias frios. Deixar a casa e o ambiente de trabalho sempre arejados.

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ESPECIAL SAÚDE

GRIPES E RESFRIADOS

PATOLOGIAS SÃO TRATADAS COMO ALGO CORRIQUEIRO, MAS MERECEM ATENÇÃO. SOMENTE EM 2014, A GRIPE FOI RESPONSÁVEL POR 326 ÓBITOS NO BRASIL. EM TODO O MUNDO, ESTIMA-SE QUE ACONTEÇAM CINCO MILHÕES DE CASOS GRAVES POR ANO de um dia antes de desenvolver a doença, até cinco a sete dias depois de adoecer. Ou seja, antes mesmo de sentir os sintomas, a pessoa já é capaz de transmitir a doença. Com as crianças, é preciso ter ainda mais cautela, já que, dependendo da carga do vírus, elas podem transmiti-lo por até duas semanas.

SINTOMAS E CONSEQUÊNCIAS As duas doenças causam obstrução nasal, coriza, tosse e espirros, porém, no caso da gripe, os sintomas costumam ser mais severos. “Febre alta, dor no corpo, indisposição geral, inapetência (falta de apetite) são algumas das consequências”, enumera a coordenadora do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), Dra. Rosana Richtmann. No entanto, não são apenas desgastes físicos que os vírus causam. Diversas pesquisas demonstram o impacto financeiro que a gripe e o resfriado são capazes de causar, devido à alta incidência em todo o mundo. Como de 5% a 10% dos infectados são adultos, uma fatia importante da classe trabalhadora ativa tem a produtividade no trabalho comprometida. Nos Estados Unidos, por exemplo, 111 milhões de dias de expediente são perdidos, anualmente, gerando um prejuízo de sete mil dólares com afastamentos causados pelas doenças. Apesar do número de crianças afetadas ser maior que o de adultos, os custos com a população mais velha costuma ser mais alto. Um estudo realizado na França, durante o ano de 2014, mostrou que eram gastos 126 euros por paciente, com média de 6,5 dias de faltas no trabalho. Já o gasto com crianças foi de 70 euros. No Brasil, a prevalência de gripes e resfriados é tanta que um levantamento divulgado, em 2015, pelo Ins94

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tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 17,8% dos brasileiros se ausentaram do trabalho devido a estes episódios. Outro dado, desta vez do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS) de 2014, mostra que a região Sudeste registra o maior número de casos – em torno de 47,5% do total do País, com predomínio do vírus tipo A.

TRATAMENTO CORRETO Para o tratamento do resfriado, são usados medicamentos sintomáticos, que diminuem a tosse, e descongestionantes nasais. Já na gripe, analgésicos e antipiréticos agem no organismo controlando inflamação, dor e febre, atuando como substâncias mediadoras destes sintomas, que causam o processo inflamatório. Além disso, os medicamentos presentes nos antigripais atuam aliviando a congestão nasal, provocando uma diminuição do calibre das artérias que irrigam o nariz (o que provoca a congestão). “Outros medicamentos contêm substâncias antialérgicas, que controlam a liberação de histamina, substância naturalmente existente no organismo, mas que, durante o processo inflamatório, é liberada em maior quantidade, provocando sintomas comuns das gripes e dos resfriados”, detalha o médico da linha de antigripais da Hypermarcas, Dr. Márcio de Queiroz Elias. Além do tratamento medicamentoso, a Dra. Rosana, da SBI, recomenda que, neste período, as pessoas evitem contato direto com outros indivíduos doentes, higienizem frequentemente as mãos (com álcool gel ou água e sabão), usem lenços de papel para tossir e, principalmente no caso da gripe, se imunizem com a vacina. Apesar do tratamento medicamentoso ser eficaz, vacina é a melhor prevenção. Segundo o MS, a vacinação pode reduzir em 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonia – uma das complicações que a gripe pode causar – e em 39% a 75% os índices de mortalidade. De acordo com a pneumologista Dra. Samia Rached, a importância da vacinação se deve ao fato de que existem vários vírus respiratórios que podem causar gripes e resfriados e que sofrem mutações a todo tempo. “A vacina antigripal, fabricada a partir dos principais tipos de vírus influenza, é muito eficaz na prevenção da gripe e, principalmente, da evolução desta para pneumonia na maioria das pessoas. Apesar de não prevenir contra novos vírus ou mutantes, a vacina é um eficiente protetor e deve ser administrada principalmente naquelas pessoas com fatores de risco mais evidentes. A cada episódio de resfriado ou gripe, ganha-se imunidade para aquele vírus causador, mas é possível sempre haver novos episódios pela diversidade de vírus existentes”, informa.

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TERAPIA

Aliados da sazonalidade

COM O AUMENTO DA INCIDÊNCIA DE GRIPES E RESFRIADOS NAS ESTAÇÕES MAIS FRIAS DO ANO, OS ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS MERECEM GANHAR DESTAQUE NAS GÔNDOLAS DE FARMÁCIAS E DROGARIAS

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POR FLÁVIA CORBÓ E KATHLEN RAMOS

Quando o outono e o inverno chegam, poucos são aqueles que conseguem atravessar ambas as estações sem ser atingidos pelo resfriado ou pela gripe. Junto ao crescimento de pessoas infectadas pelos vírus transmissores dessas doenças, aumentam as queixas de dores no corpo e elevação de temperatura – sintomas comuns trazidos por essas enfermidades. Logo, em busca do combate às sensações físicas desagradáveis, a procura por analgésicos e antitérmicos em farmácias e drogarias cresce no mesmo ritmo em que a prevalência das doenças típicas da época fria aumenta.

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Em uma média geral, a comercialização desse grupo de medicamentos representa em torno de 34% do faturamento das indústrias e 38% do volume de vendas. Mas entre os meses de abril e agosto, esse valor tende a ganhar ainda mais importância. De acordo com estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), no outono e inverno, as vendas costumam crescer em torno de 15% a 20%. O crescimento varia muito de ano para ano, dependendo dos surtos de viroses e gripes. Mas, de maneira geral, somente os analgésicos e antitérmicos IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Não se esqueça de colar o cartazete de TYLENOL® dessa edição

na parede da sua farmácia. Ele contém todas as principais informações sobre a Dengue e outras arboviroses.

Seguro para tratar os sintomas da Dengue, Zika e Chikungunya1-5 NÃO USE TYLENOL® JUNTO COM OUTROS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM PARACETAMOL, COM ÁLCOOL, OU EM CASO DE DOENÇA GRAVE DO FÍGADO. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Data da impressão: Dezembro/2015. SAC: 0800 7286767 ou Serviço ao

TYLENOL® MS - 1.1236.3326. INDICAÇÕES: ANALGÉSICO E ANTITÉRMICO. ADVERTÊNCIAS:

Profissional 0800 7023522. ©Johnson & Johnson do Brasil Industria e Comércio de Produtos para Saúde Ltda - 2015. Referências bibliográficas: 1. Organização Mundial da Saúde (2009) Dengue Guidelines for Diagnosis, Treatment, Prevention and Control. 2. Organização Pan-Americana da Saúde (2010) Dengue: Guías de atención para enfermos em la región de las Américas. 3. Ministério da Saúde (2013) Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico - Adulto e Criança.4. Ministério da Saúde (2015) Febre de Chikungunya: Manejo Clínico. 5. Ministério da Saúde (2015) Febre do Zika Vírus (Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/zika).

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da classe não opioides representam 14% de todos os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) disponíveis no mercado. Ou seja, é uma categoria de alta representatividade.

Que não necessitam da apresentação de receita médica para ser comercializados

EXPOSIÇÃO CERTEIRA Ainda que a relevância dos analgésicos e antitérmicos seja inegável para a indústria farmacêutica, no varejo, a situação é ligeiramente diferente. A importância dos MIPs para o rendimento das farmácias varia muito de acordo com o tipo de sortimento da loja, que engloba uma série de outros produtos além dos medicamentos. Unidades que preferem dar ênfase a produtos de beleza e perfumaria não têm nos MIPs uma grande fonte de rendimento. Já em uma farmácia menor, que foca na venda de medicamentos, essa categoria pode representar até 35% do faturamento total. Mas independente do perfil da loja, é certo que o outono e o inverno são as épocas certeiras para dar destaque à exposição da categoria. No entanto, não basta contar apenas com o aumento natural da procura por analgésicos e antitérmicos, devido ao crescimento da incidência de gripes e resfriados. O varejista que pretende explorar esse ganho sazonal deve investir em exposição e Gerenciamento por Categorias (GC) diferenciados. A quantidade de produtos disponíveis no mercado é enorme. Medicamentos mais populares chegam a ter mais de 50 similares e cinco genéricos, o que faz com que a organização da categoria seja essencial para que o consumidor entenda que existem diferenças entre substâncias e apresentações. A melhor opção é distribuir os produtos conforme a indicação terapêutica – medicamentos para gripe em uma mesma prateleira, para dor de cabeça em outra, e assim sucessivamente. Essa organização facilita a escolha do consumidor. Caso os medicamentos fossem separados por ordem alfabética, o cliente teria de percorrer a farmácia inteira para comparar o preço de um produto com o outro. “Os produtos agrupados e a comunicação eficiente da categoria fazem com que o shopper navegue de forma intuitiva e o ajudam a economizar tempo, que é um dos bens mais preciosos nos dias atuais”, sugere a vice-presidente executiva da Abimip, Marli Sileci.

& Johnson, Patricia Gimenes. “A definição da marca é feita previamente e alguns recorrem aos balconistas que encaminham aos farmacêuticos para a orientação adequada. Como a compra é planejada, a preferência é por marcas conhecidas, definidas por experiências anteriores. A troca da marca acontece raramente e os fatores que podem levar a isto é a falta da marca preferida em caso de necessidade ou se o preço compensar muito”, comenta. Mesmo que os clientes entrem na farmácia já sabendo qual medicamento querem comprar, investir em ações de marketing dos fabricantes gera resultados. O checkout é uma área bem interessante a ser explorada. Materiais de ponto de venda, como “berços” para destacar o posicionamento do produto, aumentam a visibilidade da categoria ou de uma marca específica. Quanto mais organizada a categoria, mais fácil o consumidor encontrará os produtos, provavelmente ocasionando aumento nas vendas.

COMO TRABALHAR A CATEGORIA NO PONTO DE VENDA Sugere-se denominá-la de “Dor e Febre” e, se possível, comunicar o nome desta categoria utilizando testeira, faixa de gôndola e stopper. É imprescindível que eles estejam expostos em um local privilegiado. O ideal é aproveitar as chamadas áreas quentes, onde a visualização é maior: áreas centrais das gôndolas, na altura dos olhos, em pontas de gôndolas e em áreas de maior circulação.

ÁREA QUENTE ÁREA QUENTE

COMPRAS PLANEJADAS A compra dos produtos da categoria de MIPs mostra-se bem planejada, por isso é rápida, conforme afirma a gerente de shopper & gerenciamento de categoria da Johnson 98

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OPÇÕES FARMACOLÓGICAS Os principais fármacos utilizados como analgésicos e antitérmicos encontrados em diferentes formas farmacêuticas são: • Ácido acetilsalicílico: apresenta ação analgésica, anti-inflamatória, antipirética e antiplaquetária. Utilizado em cefaleias, dores musculoesqueléticas transitórias, dismenorreia e hipertermia em adultos. - Indicação de bula: baixa a febre, alivia a dor e reduz a inflamação, Por isso, é utilizado para alívio dos sintomas de várias doenças, como gripes, resfriados e outros tipos de infecções. • Paracetamol: apresenta ação analgésica e antipirética. Normalmente utilizado por idosos e é o fármaco de primeira escolha para dor leve. A suscetibilidade à hepato-toxicidade é variável e está relacionada ao indivíduo, entretanto, esse efeito é intensificado pelo consumo de álcool. - Indicação de bula: é utilizado como analgésico e antipirético, ou seja, no combate à dor e à febre. • Ibuprofeno: mais utilizado para dores de origem inflamatória de intensidade moderada. Esse fármaco pode ser comparado ao paracetamol em crianças febris quanto aos aspectos de início de efeito, efeito antipirético e tolerabilidade. - Indicação de bula: febre e dores leves e moderadas, associadas a gripes e resfriados, dor de garganta, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, cólicas menstruais, dores musculares e outras. • Dipirona sódica: apresenta ação analgésica e antipirética. Medicamentos contendo esse fármaco não estão disponíveis em vários países em razão dos efeitos adversos que, embora raros, justificam seu uso com restrição pela gravidade e imprevisibilidade das reações. - Indicação de bula: analgésico e antipirético. Fonte: professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti

AÇÃO NO ORGANISMO Os analgésicos são medicamentos cujos fármacos podem ser classificados como analgésicos não opioides, analgésicos opioides (narcóticos) e analgésicos adjuvantes (que são administrados por outra razão que não dor, mas podem contribuir com a minimização da dor). 100

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ENTRE O OUTONO E O INVERNO, A VENDA DE ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS CRESCE ENTRE 15% E 20% De acordo com a professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti, a seleção e a prescrição de medicamentos analgésicos devem ser feitas a partir da avaliação de vários fatores, como: intensidade de dor do paciente, origem, localização, se é uma dor aguda ou crônica, intermitente ou constante, generalizada ou localizada, latejante ou não, entre outros. Os analgésicos não opioides, como ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, dipirona sódica e paracetamol, que não necessitam de receita médica para ser comercializados, são os mais comumente utilizados. “Normalmente, são administrados para as dores menos intensas e mais corriqueiras, durante um período de tempo curto. Esses medicamentos apresentam propriedades analgésica, antipirética, antitrombótica e anti-inflamatória”, explica Maria Aparecida. A farmacêutica explica que o mecanismo de ação desses medicamentos se dá por meio da inibição da enzima ciclo-oxigenase, diminuindo a formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos, a partir do ácido araquidônico, diminuindo a ação destes mediadores no termostato hipotalâmico e nos receptores de dor (nociceptores). Esses mesmos princípios ativos são utilizados no combate à febre já que apresentam também ação antipirética. “Em presença de febre, o corpo produz em quantidade mais acentuada a enzima denominada de prostaglandina endoperóxido sintase, que, em níveis normais, auxilia na coagulação sanguínea, na produção do suco gástrico, entre outras atividades”, detalha. Em estado febril, essa enzima é produzida em excesso, o que acaba por desequilibrar o funcionamento do hipotálamo. A consequência é a manifestação da febre. Os antitérmicos (antipiréticos) agem no início do processo, inibindo a enzima responsável pela elevação da temperatura corpórea. O farmacêutico deve sempre lembrar o paciente de que os antitérmicos agem apenas no combate ao sintoma e não na causa do problema gerador do sintoma apresentado. A febre é um indicador de que algo não está bem na saúde do indivíduo. É preciso investigar para iniciar o tratamento correto.

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Para diversos tipos de dor de cabeรงa*, Doralgina e esqueรงa.

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ORIENTAÇÃO AO CONSUMIDOR À medida que cresce a procura por analgésicos e antitérmicos, o cuidado com a dispensação de medicamentos deve ser redobrado. Mesmo os produtos de venda livre, como os analgésicos não opioides, característicos por ação mais branda e recomendados para dores moderadas, podem representar risco à saúde se mal utilizados. “A automedicação quase sempre traz consequências, mas por terem acesso facilitado, as pessoas acabam minimizando os riscos. Os analgésicos podem provocar distúrbios gastrointestinais e problemas hepáticos, quando tomados em excesso”, alerta a oncologista Dra. Andréa Naves. No caso do opioides, que por lei só podem ser dispensados mediante a apresentação de receita médica, a atenção deve ser redobrada. Nos Estados Unidos, o abuso de analgésicos já virou problema de saúde pública. Cerca de dois milhões de americanos são viciados em opioides, segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país.

INTENÇÃO DE COMPRA Uma pesquisa realizada pela Johnson & Johnson apontou que:

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não encontraram a marca e, por isso, não compraram

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realizaram a compra impulsionados pelo hábito e com forte ligação com a marca

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Um estudo recente avaliou a eficácia do tratamento com analgésicos em pessoas com dores nas costas, com e sem depressão e ansiedade. Pessoas com altos níveis de depressão e ansiedade tiveram menos alívio de suas dores com a medicação (em torno de 21% de alívio, contra 39% de alívio nas pessoas com menor grau de depressão e ansiedade), mostraram mais dependência do medicamento (39% contra 8%), e relataram mais efeitos colaterais com esses fármacos. Segundo o fisiatra do Spine Center, Dr. Daniel Camargo Pimentel, é comum pacientes com dores crônicas nas costas apresentarem quadro de depressão ou ansiedade. “A dor pode piorar os sintomas, mas estes transtornos também podem aumentar a percepção da dor nas costas”, diz. O estudo serve como alerta aos profissionais que tratam de pacientes com dores nas costas. “Medicamentos potentes podem não ser a melhor alternativa para o problema, o tratamento efetivo deve abranger o paciente como um todo, físico e psicológico. As chances de sucesso na diminuição do quadro de dor aumentam quando os transtornos de humor são cuidados adequadamente”, conclui.

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dos shoppers da categoria já sabiam a marca do MIP que iriam comprar antes de entrar na farmácia

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VOCÊ SABIA?

Os opioides são revestidos por uma camada dupla de proteção, que faz com que a ação analgésica seja liberada, aos poucos, ao longo de 12 horas. No entanto, os viciados maceram o comprimido e inalam o pó, ou o misturam com um solvente e injetam na corrente sanguínea. Dessa maneira, a ação do medicamento ocorre de uma só vez, gerando um pico de euforia. Para o farmacêutico, Alexsandro Macedo Silva, é preciso haver uma mudança no setor farmacêutico e no hábito do consumidor. “O abuso da automedicação e da venda incorreta de medicamentos (sem prescrição) geram mais problemas de saúde, tornando o paciente vulnerável e onerando o sistema de saúde”, opina. Já para o infectologista Dr. Paulo Olzon, o maior problema está no baixo rigor na fiscalização de medicamentos que exigem apresentação de receita médica, como no caso dos analgésicos opioides. “Falta uma lei que seja cumprida, como ocorre com antibiótico”, afirma.

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INVERNO

Cuidados típicos

PELE, CABELOS E OS LÁBIOS MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL NOS MESES MAIS FRIOS DO ANO E DE BAIXA UMIDADE DO AR. NESSE PERÍODO, HÁ MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES, QUE NECESSITAM DE ITENS ESPECÍFICOS POR TASSIA ROCHA

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Com a chegada da temporada de outono-inverno é natural que a pele fique mais ressecada, os cabelos danificados e os lábios rachados. O frio propicia isso pela própria queda da temperatura e baixa umidade do ar, além da ação dos ventos mais frios e pelo agravante do uso da água muito quente e dos banhos demorados, que fazem com que haja uma consequente perda de água.

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“Quando nos expomos a temperaturas muito baixas, sentimos rapidamente os efeitos na pele das áreas expostas. Para as pessoas de pele mais seca, torna-se evidente a piora do ressecamento já constitucional, podendo surgir sintomas, como coceira, além de lesões, descamação, rachaduras, etc.”, informa a dermatologista do Hospital Bandeirantes, Dra. Susy Rabello. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Os problemas da pele seca, geralmente agravados no inverno, podem ser controlados a partir de uma rotina diária de cuidados, como limpeza facial e corporal completa e suave, aliada a bons cuidados de hidratação. É importante ressaltar que os produtos devem ser de qualidade e escolhidos com critério. Eles podem ajudar a acalmar a pele irritada, restaurar sua condição saudável e prevenir o desenvolvimento de doenças. É muito importante lembrar também que o uso de um protetor solar adequado deve permanecer durante todo o ano, inclusive no inverno. “Além de adotar uma boa rotina de limpeza e hidratação, é importante evitar fatores que favorecem o ressecamento da pele, tais como banhos quentes e longos, lavar louças sem luvas e usar sabão com corantes ou perfumes. Evitando esses pontos, os impactos da pele seca e a necessidade de tratamento serão amenizados”, diz a gerente de Marketing Brasil para Eucerin, Orietta Balbontin. O mesmo cuidado estende-se para os lábios. A pele do lábio sofre muito no inverno com rachaduras e fissuras. Isso ocorre porque os lábios não são totalmente queratinizados como na maior parte do corpo, sendo uma pele muito fina e mais vulnerável aos efeitos do ressecamento. O importante é fazer da hidratação labial um hábito durante o ano todo, para que, nas épocas mais frias do ano, a boca esteja protegida. Muitas pessoas não passam protetor solar específico nessa região tão delicada, o que é um perigo. “O ressecamento dos lábios causa incomodo e ardência. Além disso, pode servir como porta de entrada para infecções bacterianas e fúngicas, além de facilitar a infecção ou recidiva de herpes simples. As mulheres devem prestar ainda mais atenção, pois o ressecamento nos lábios pode ser um sinal de alergia ao batom”, alerta a dermatologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, Dra. Aline Marcassi.

DIFERENTES TIPOS Para evitar os problemas, existem alternativas simples e acessíveis. Como, por exemplo, a escolha de um hidratante, que recupera a barreira cutânea, aumentando a quantidade de água nas camadas mais superficiais da pele, mantendo ou potencializando a hidratação. Para isso, é importante analisar alguns fatores: idade, área ressecada, tipo de pele e textura. É essencial que o farmacista conheça a necessidade de cada consumidor para oferecer a melhor opção. A pele hidratada é mais bonita, brilhante, de toque agradável e protegida de agressões e infecções. As brasileiras preferem produtos que espalhem rápido, que ofereçam rápida absorção e toque seco, que não sejam oleosos ou gordurosos, que deixem a pele macia. A TheraSkin explica sobre a escolha dos hidratantes: • Hidratantes faciais precisam ser escolhidos de acordo com o tipo de pele: os de textura mais fluida (como gel creme) para a pele oleosa e os em loção ou creme para a pele seca. Os hidratantes faciais geralmente não possuem fragrância ou têm fragrância suave e podem ter antioxidantes ou outros ativos antienvelhecimento associados. • Hidratantes corporais devem ser de fácil espalhabilidade, e a preferência costuma ser pelas loções que secam rapidamente. Para as consumidoras de pele muito seca ou áreas específicas, como os pés, joelhos e cotovelos, as apresentações em creme são as indicadas. Para as consumidoras que usam perfume diariamente, é importante a escolha de um hidratante de fragrância suave para não haver uma mistura de cheiros. • Para cuidar da pele das crianças, é melhor optar por produtos infantis, que podem ser em loção ou creme (maior poder hidratante), dependendo da necessidade. Nessa época mais seca, é importante orientar a consumidora para que evite esfoliar o corpo com frequência. No máximo uma vez por semana, a fim

OS MAIORES PROBLEMAS OBSERVADOS NO PERÍODO SÃO PELE E LÁBIOS DESIDRATADOS APRESENTANDO-SE RESSECADOS, OPACOS, COM DESCAMAÇÃO E, EM CASOS EXTREMOS, COM RACHADURAS E FISSURAS 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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HIGIENIZAÇÃO NASAL Viver em grandes cidades, exposto diariamente à poluição e ao ar condicionado, deixa o organismo mais vulnerável a infecções respiratórias. A chegada de estações mais frias também agrava o problema. Toda superfície da via respiratória é revestida por uma mucosa que produz muco (secreção). Esse muco é responsável pelo umedecimento do ar para que possa ser absorvido e que haja uma troca gasosa saudável. O muco é produzido o tempo todo e eliminado pela movimentação de cílios que ficam na superfície da mucosa respiratória. Esses cílios carregam e empurram todo o muco, que deve estar bastante fluido e bem líquido para que os cílios consigam carregá-lo. Portanto, se o muco estiver grosso e espesso, os cílios terão mais dificuldade de carregá-lo e ele ficará retido. Se as secreções ficam retidas no nariz e seios da face, isto predispõe a infecções, tanto bacterianas quanto virais. A melhor forma de manter o muco fluido é por meio da hidratação nasal e de sua constante higienização. A hidratação nasal é principalmente feita pelo simples ato de tomar água constantemente, além do uso local de soro fisiológico. A higienização nasal é fundamental para eliminação de partículas de poluição, vírus, bactérias, poeira, fungos, etc. A melhor forma é o uso constante de soro fisiológico no nariz. Existem diversas maneiras de uso de higienizadores nasais: • Pingar com um conta-gotas: trata-se do método mais antigo. Atualmente, é recomendado apenas para bebês muito pequenos, lactentes até dois anos. Nos adultos, esse procedimento é muito desconfortável, além do fato de que as fossas nasais são muito mais amplas e o trajeto do soro pingado não atinge todas as superfícies, tendo então um efeito muito pouco eficiente. • Aspirar: é bastante eficiente e é um método em que o produto é sugado com força pelo nariz. Pode ser feito coletando-se o soro na mão em forma de concha ou por diversos dispositivos existentes para esse fim. • Borrifar: são dispositivos iguais aos usados para os corticoides intranasais. São eficientes, entretanto, é necessário borrifar várias vezes e o dispositivo não funciona de ponta cabeça. • Usar frascos de jato contínuo: trata-se do mais moderno e melhor método de higienização e hidratação nasal. O jato consegue empurrar o muco indesejável, assim como as partículas patológicas. Ao mesmo tempo em que é forte o suficiente, é confortável. Pode ser usado de ponta cabeça, portanto, pode ser aplicado em crianças deitadas e em adultos acamados, no caso de repouso por gripes, resfriados, etc. Fonte: otorrinolaringologista da Clínica Jamal, Dr. Jamal Azzam

de não agredir demais. O hidratante pode ser usado logo após o banho. Além de entrar na rotina diária e tornar a hidratação um hábito, deixa o fim do banho muito mais gostoso.

LEVES, SOLTOS E BEM TRATADOS Os cabelos também passam por transformações no período, devido às agressões que podem estar submetidos. Itens destinados à restauração dos fios passam a ser os mais procurados. 108

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“É importante que o consumidor passe por um ritual de tratamento completo. Além do ‘básico’, com xampu e condicionador, é importante investir em máscaras, ampolas e leave-in. Esses itens são indispensáveis não só para a recuperação dos fios, como também para a precaução de problemas”, informa a técnica da Embelleze, Daniele Nascimento. Durante os dias mais frios, é comum a modelagem dos cabelos com secadores e pranchas quentes, o que é visto por especialistas como uma das principais causas

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INVERNO

dos fios danificados. O calor pode rachar a cutícula dos fios e retirar a umidade do cabelo, deixando-o seco e frágil. O ideal é usar cremes e ampolas de tratamento que além de fechar as pontas duplas, reduzem o frizz, proporcionam brilho ao cabelo e ajudam a reparar os danos. É importante optar por produtos que combinam complexos reconstrutores com silicones, queratina, óleo de argan ou macadâmia africana. Ingredientes que nutrem o cabelo, mantendo-o bonito e saudável e que agem nas áreas mais prejudicadas. No caso de cabelos extremamente danificados, o ideal é procurar um tratamento à base de proteína líquida. Essa proteína irá repor queratina, reconstruir a fibra, fortalecer a cutícula, que é a camada externa do fio, e regenerar as madeixas. Para poder atrair os consumidores desta categoria, é preciso saber como denominá-la. As subcategorias se classificam em xampu, condicionador, tratamento (máscaras), creme para pentear e finalizadores. O ponto de venda é muito importante e a organização dos itens nas gôndolas de cuidados com o cabelo deve respeitar o processo de escolha dos produtos pelo shopper para facilitar a compra, proporcionar uma experiência mais agradável e, desta forma, acelerar o desenvolvimento da categoria por marcas e formatos de maior valor agregado. 11 0

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Para ajudar o entendimento na hora de recomendar um item, o responsável técnico de Phytoervas, Sandro Rodrigues, explica quais são as subcategorias e suas respectivas funções: • O condicionador tem como principal função devolver a oleosidade natural dos cabelos, mantendo-os condicionados e proporcionando uma camada protetora, essencial para o brilho e a nutrição, devolvendo sua maleabilidade. • As máscaras capilares têm a mesma função do condicionador, porém com uma concentração maior de ativos, recuperando os cabelos mais rápido. Seu tempo de permanência nos fios pode variar de três a 30 minutos. • Já as ampolas capilares são ainda mais concentradas do que as máscaras, com a mesma função. Seu tempo de permanência nos cabelos pode variar de 60 segundos a três minutos. Sua aplicação é mais prática do que a máscara capilar. • Leave-in é um creme sem enxágue que hidrata instantaneamente e dependendo do tipo do cabelo, pode definir o cacheado, deixar o fio mais liso e facilitar o penteado. • DD Cream capilar é um produto sem enxágue com textura leve e possui multifunções, como proteção antienvelhecimento, brilho, proteção térmica, hidratante, diminuição de frizz, etc.

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POR KATHLEN RAMOS, TASSIA ROCHA E VIVIAN LOURENÇO

Maturidade, disposição, conhecimento e experiência. Tudo isso vem com a idade e cada vez mais o Brasil está se tornando um País maduro, já que a quantidade de idosos aumenta a cada ano. Com a população vivendo mais e consequentemente melhor, alguns problemas que antes eram tratados de forma reservada, passam a ser tema de discussão. Um deles é a incontinência urinária, que é uma condição que atinge aproximadamente 5% da população, sendo que cerca de dez milhões de

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brasileiros vivem com ela. Existem muitos mitos sobre a condição, especialmente sobre os acometidos. O problema pode atingir homens e mulheres de todas as idades. A maior incidência é em mulheres a partir dos 40 anos, e ocorre devido ao enfraquecimento do músculo do assoalho pélvico, responsável pelo controle de saída de urina pela uretra. Sendo assim, e tendo em vista que há um aumento progressivo com o passar dos anos, as empresas investem em produtos que proporcionam conforto, discrição e segurança aos acometidos. IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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absorvente Bigmaxi, desenvolvido para incontinência leve à moderada, mais discreto e compacto e ideal para pessoas ativas, principalmente no pós-operatório”, detalha Jurema. Dentro das alternativas do mercado, o usuário pode escolher o que se adapta melhor à sua necessidade e perfil. Londoño explica que a SCA oferece ao mercado produtos para diferentes tipos de incontinência e necessidades. “São fabricados com a alta tecnologia e inovação, que proporcionam ao produto melhor qualidade e alta performance. Seus componentes incluem materiais absorventes, como o SAP (polímeros superabsorventes) e a celulose, entre outros”, avalia executivo. O conhecimento dos diversos fabricantes permite encontrar a melhor mistura de componentes, que fazem com que a velocidade de absorção seja maior para evitar vazamentos, sem sacrificar o retorno de umidade na superfície que é o que mantém a pele seca, protegendo-a contra assaduras. Assim, nesse processo, é que se diferenciam os produtos de boa qualidade dos produtos de baixa performance.

ALTERNATIVAS DISPONÍVEIS A categoria de proteção adulta, envolvendo produtos para incontinência urinária, também expandiu o número de itens nas subcategorias envolvidas, com o objetivo de cobrir todas as demandas. “O segmento de roupa íntima, por exemplo, registrou o maior crescimento entre as subcategorias e passou a lançar opções para garantir maior mobilidade, comodidade, discrição, proteção e segurança”, conta o diretor de marketing da SCA do Brasil, Agustín Lodoño. De acordo com a diretora de marketing de Bigfral, Jurema Aguiar de Araujo, a marca possui uma linha completa de produtos para pessoas com diferentes níveis de incontinência urinária, além da linha complementar de toalhas umedecidas e banho de leito, desenvolvidos para a higienização da área íntima. Toda a linha conta com o selo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) em suas embalagens e exclusiva tecnologia antiodor. “O portfólio conta com as versões Bigfral Plus, disponível nos tamanhos Juvenil, P, M, G e XG – desenvolvida para usuários que possuem incontinência urinária intensa e que proporciona dez horas de proteção total; Bigfral Noturna, disponível nos tamanhos M e G – desenvolvida para usuários que possuem incontinência urinária severa, com até 12 horas de proteção máxima, que conta com dupla camada absorvente para garantir mais rapidamente a absorção do maior volume; e o

SORTIMENTO IDEAL Todas as pessoas que necessitam, por algum motivo, usar esse tipo de produto, procuram por qualidade e segurança. Afinal, o objetivo é oferecer à população uma vida normal, mesmo com o uso de fraldas. Mas por ser um produto, muitas vezes, de uso contínuo, é importante que seja acessível. É necessário também que o consumidor saiba avaliar o custo-benefício geral dos itens disponíveis no mercado, considerando variáveis, como a saúde da pele, a segurança quanto a vazamentos e a necessidade de trocas ao longo do dia. Sempre oriente o shopper que um paciente que tem escapes pequenos de urina não precisa usar o modelo fralda, ele pode optar por um absorvente específico para incontinência urinária. Detalhes aparentemente pequenos podem significar uma boa economia para o consumidor e, assim, fidelizar o cliente que confia nas orientações e dicas do profissional da farmácia. Segundo Jurema, o segmento de fraldas geriátricas continua crescendo em números absolutos em volume e valor por ser uma solução que oferece maior segurança, performance e a melhor relação custo-benefício para o uso contínuo, direcionado às pessoas com incontinência moderada à severa. Já as roupas íntimas descartáveis têm um custo em média 54% acima das fraldas, o que as torna pouco acessíveis à maior parte da população, sendo um 2016 ABRIL GUIA DA FARMÁCIA

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CATEGORIA

DECISÃO DE COMPRA NO PONTO DE VENDA

Leve

Moderada

Severa

Restritos de movimentos

Ativos

Independentes

Dependentes

Protetor masculino Homens

Roupa íntima

Fralda

Mulheres Absorvente feminino especializado

ROUPAS ÍNTIMAS X FRALDAS GERIÁTRICAS Algumas orientações sobre as diferentes apresentações são necessárias no ponto de venda. Sobre roupas íntimas, é importante o consumidor saber que absorvem até o nível moderado de incontinência e que foram desenvolvidas para as pessoas que possuem incontinência, mas têm um estilo de vida ativo, portanto, precisam de discrição e conforto, além da absorção. Já as fraldas geriátricas ou de uso adulto são desenvolvidas pensando em uma maior absorção para um consumidor mais idoso e que, em geral, necessita de cuidados especiais.

Fontes: SCA Brasil e Plenitud

produto de uso eventual por pessoas com incontinência moderada. E por fim, o absorvente para incontinência, desenvolvido para pessoas com incontinência leve à moderada. É muito importante que o consumidor saiba que existem diferentes tipos de produtos para cada necessidade de incontinência e que cada um deles foi desenvolvido a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas, para então poder avaliar qual produto se adapta melhor à sua necessidade. “Os profissionais devem escutar o cliente para entender a realidade do problema antes de fazer qualquer sugestão. O tipo de incontinência, volume de urina, 11 4

atividades cotidianas da pessoa, ambientes que ela frequenta, etc. Depois disso, devem guiar o comprador, recomendando o tipo de produto ideal para cada necessidade”, orienta Londoño. Ele informa que os produtos para incontinência urinária precisam ter algumas características fundamentais: devem absorver a urina no menor tempo possível, evitando vazamentos, manter a pele sempre seca e evitar possíveis assaduras. Além disso, devem ter um formato que facilite o processo de colocação, principalmente no caso de pessoas que precisam de ajuda. Outras questões importantes são o controle do odor da urina e que o produto seja discreto.

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PELE

Condição de fragilidade

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A DERME DOS IDOSOS PRECISA DE ATENÇÃO E CUIDADOS REDOBRADOS. DIVERSOS SÃO OS PROBLEMAS QUE ELES PODEM APRESENTAR, PRINCIPALMENTE, POR CONTA DE COMORBIDADES DO ENVELHECIMENTO

A pele é o maior órgão do ser humano. Ela é responsável pela proteção e reflete diretamente na saúde e beleza. Nota-se facilmente quando está bem cuidada e quando há sinais de que algo não vai bem. Na maturidade, os cuidados não devem ser abandonados, muito pelo contrário, é neste período que eles devem ser acentuados. Os idosos estão propensos a ter problemas de pele e entre os mais comuns, estão ressecamento, coceira e alergias.

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POR VIVIAN LOURENÇO

“Eles estão relacionados à secura da pele, tanto em homens, quanto em mulheres, principalmente nos membros superiores e inferiores. Isso acontece, pois existe uma redução do manto lipídico que funciona como uma proteção contra os agentes externos”, explica a diretora da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Dra. Meire Parada. O mais comum, de acordo com a dermatologista de São Paulo e membro efetivo da Sociedade IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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PELE

CONSEQUÊNCIAS DO USO DA FRALDA É comum os idosos precisarem usar fraldas para conter o problema da incontinência urinária. E como os especialistas destacaram, há necessidade de atenção e higiene extra nesses casos. O uso da fralda aumenta muito o número da incidência de assaduras. “Chamamos esse fato de intertrigo, que é um problema de pele causado pela presença de fungos nas dobras na região interna das coxas”, explica a dermatologista de São Paulo e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), Dra. Carla Albuquerque. Tudo o que o fungo gosta é de ambiente quente e úmido. Então a região de dobra sujeita à umidade da fralda é um fator potencial para esse fungo se instalar na pele e causar o desconforto, que são lesões avermelhadas, em alguns casos escamativas, incomodam bastante, dão a sensação de coceira ou queimação e podem evoluir até para uma infecção secundária por bactérias. “O que contribui para o aparecimento de assaduras e feridas é não usar a fralda corretamente. As pessoas a colocam e esquecem que têm de trocá-la de tempos em tempos, de acordo com a necessidade do paciente”, acrescenta o coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, Dr. Marcelos Levites. Para evitar o problema, além de se fazer necessária a troca frequente da fralda e evitar que ocorra contato da pele com a umidade, as dobras devem ser lavadas com água e sabonete e depois secar bem a região. Assim como é utilizado nos bebês, podem ser usados nos idosos os chamados cremes de barreira, que são produtos que fazem uma barreira na pele e ajudam a impedir ou minimizar a instalação dos fungos na região das dobras, assim como lenços ou toalhas umedecidas, já disponíveis no mercado para facilitar o processo de higienização. Se a dermatite já estiver instalada (intertrigo), o cuidado é com o uso de cremes com antifúngicos e, às vezes, associados com corticoide para diminuir o processo anti-inflamatório. Em casos mais extensos, é indicado antifúngico via oral, além do tratamento tópico (cuidados locais na pele).

Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), Dra. Carla Albuquerque, é o prurido asteatósico, que é uma coceira da pele devido à falta de hidratação. “À medida que as pessoas envelhecem, perdem a hidratação da pele e isto é agravado pelo excesso de banhos quentes e demorados ou pela falta do uso de um bom hidratante. Outro problema está relacionado ao excesso de exposição à radiação ultravioleta ao longo da vida, que se acumula e depois vêm as consequências na pele. Existem as lesões que chamamos de queratose actínica, que é vermelha e escamosa. Surge com mais frequência no rosto, nas orelhas, nos lábios, no dorso das mãos, antebraço, nos ombros, no colo, couro cabeludo de pessoas calvas ou em outras áreas do corpo expostas ao sol.” De acordo com a dermatologista, essas são lesões pré-câncer, que se não cuidadas, eventualmente, podem tornar-se um tipo de câncer, chamado carcinoma espinocelular. Além das lesões relacionadas propriamente à 11 8

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exposição solar que podem se tornar carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Além disso, o coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, Dr. Marcelos Levites, destaca as chamadas manchas de Baetman, que ocorrem devido ao envelhecimento da pele seca. Elas são manchas avermelhadas e o aparecimento ou não varia de acordo com os cuidados que se teve com a pele ao longo da vida. “Em idosos com a pele mais oleosa, é mais comum a dermatite seborreica, manchas também avermelhadas e que produzem uma secreção que lembra uma caspa.”

ASSADURAS E FERIDAS Outro problema comum que pode acometer os idosos são as assaduras e feridas. De acordo com a Dra. Carla, elas são mais comuns em pacientes acamados. Os que usam fraldas possuem incidência maior de assaduras. Já as feridas, que são denominadas de escaras, surgem devido à pessoa ficar deitada durante muito

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Indicado para redução da febre e alívio de dores, tais como: dor de garganta, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, cólicas menstruais e dores musculares e dores decorrentes de gripes.

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sac 0800621800 INDICAÇÕES: é um medicamento indicado para redução da febre e para o alívio de dores, tais como: dores decorrentes de gripes e resfriados, dor de garganta, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, cólicas menstruais e dores musculares. CONTRAINDICAÇÕES: Não utilize Ibupril® se você já teve qualquer alergia ou alguma reação incomum a qualquer um dos componentes da fórmula do produto. Este produto contém ibuprofeno que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais a asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Ibupril® exerce atividades contra a dor e contra a febre. O início de ação ocorre de 15 a 30 minutos após sua administração oral e permanece por 4 a 6 horas. POSOLOGIA E MODO DE USAR: O uso de ibuprofeno em crianças com menos de 2 anos de idade e idosos deve ser feito sob orientação médica. Informe sempre o médico sobre possíveis doenças do coração, nos rins, no fígado ou outras que você tenha, para receber uma orientação cuidadosa. Em pacientes com asma ou outras doenças alérgicas, especialmente quando há história de broncoespasmo, o ibuprofeno deve ser usado com cautela. REAÇÕES ADVERSAS: Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):Sistema Nervoso Central: tontura. Pele: rash cutâneo. Sistema gastrintestinal: dor de estomago; náuseas. Sistema gastrintestinal: indigestão; prisão de ventre; perda de apetite; vômitos; diarreia; gases. Sistema geniturinário: retenção de sódio e água.SUPERDOSE: O tratamento da superdose pelo ibuprofeno é de suporte, uma vez que não existem antídotos a este fármaco. Os sintomas podem incluir vertigem, movimento ocular involuntário, parada transitória da respiração, inconsciência, queda da pressão arterial e insuficiência respiratória. Deve-se evitar a provocação de vômitos e a ingestão de alimentos ou bebidas. Procure um serviço médico. ¹BULA

“SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.”

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NÃO USE ESTE MEDICAMENTO EM CASOS DE ÚLCERA, GASTRITE, DOENÇAS DOS RINS, OU SE VOCÊ JÁ TEVE REAÇÃO ALÉRGICA A ANTI-INFLAMATÓRIOS.

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PELE

PROBLEMAS MAIS COMUNS • Prurido asteatósico: coceira da pele devido à falta de hidratação. • Queratose actínica (pré-câncer): lesão vermelha e escamosa que surge com mais frequência no rosto, nas orelhas, nos lábios, no dorso das mãos, nos antebraços, ombros, no colo e couro cabeludo. • Câncer: basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. • Manchas de Baetman: ocorrem devido ao envelhecimento da pele seca. • Dermatite seborreica: produz uma secreção que lembra a caspa. • Intertrigo: causado pela presença de fungos nas dobras na região interna das coxas. • Assaduras. • Feridas (escaras). • Micoses. • Úlcera.

tempo na mesma posição, quando o excesso de pressão pode se instalar em determinados pontos da pele. “As feridas que acontecem em decorrência da pressão de decúbito podem ocorrer em todas as faixas etárias (mais comuns em idosos pela pele fina e maior número de comorbidades) por isso, a necessidade de mudança de posicionamento é sempre recomendada”, destaca a dermatologista membro da SBCD, Dra. Bel Takemoto. “Para preveni-las, é preciso que um acompanhante mude a posição do idoso com certa frequência e mantenha a pele hidratada”, acrescenta o Dr. Levites. As assaduras, segundo a médica assessora da diretoria da SBD, Dra. Caroline Assed Saad, ocorrem principalmente pelo acúmulo de urina e fezes, que são irritantes primários para a pele. Podem também ocorrer alergia ao material da fralda e micoses, principalmente na área com dobras, por ficar úmido e quente o local, servindo de ambiente propício para proliferação de microrganismos. “Recomendamos sempre higiene adequada sem permitir que a pele esteja em contato por muito tempo com urina ou fezes por conta do pH que pode irritar a região e ser porta de entrada para outras infecções (fungos e bactérias)”, completa a Dra. Bel.

TRATAMENTOS DISPONÍVEIS

COMO EVITAR O PROBLEMA DAS ASSADURAS • Lavar com água corrente e sabão neutro; manter a área sempre seca. • Já existem no mercado cremes espumosos sem sabão que podem auxiliar sem irritar. • Óleos, cremes e pomadas são os mais usados na prevenção. Eles devem conter ácidos graxos com foco na manutenção da integridade da barreira cutânea. • Produtos hidratantes e calmantes, como o dexpantenol, o óleo de amêndoas, a vitamina E e a alantoína são alguns exemplos. Fontes: médica assessora da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Caroline Assed Saad; e dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Dra. Bel Takemoto

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Segundo a dermatologista Dra. Carla, o tratamento engloba a mudança do decúbito. Geralmente é recomendado a cada duas horas trocar a posição. Para minimizar o problema, podem-se colocar travesseiros ou utilizar colchão casca de ovo. “Quando a escara está muito grande, às vezes, é necessário um debridamento cirúrgico em que são removidos tecidos desvitalizados e a região é mantida com curativo por 24 horas.” Geralmente são utilizados cremes que evitam o acúmulo de fibrina e possuem ação antibiótica. O Dr. Levites salienta que, se não puder evitar que o idoso fique na mesma posição e a úlcera se instalar, é necessário fazer curativos e utilizar placas de hidrocoloide, de preferência com o auxílio de um profissional. Além disso, a Dra. Caroline destaca que podem ser utilizados cremes de barreira, como os que contêm dexpantenol, para evitar o contato local das fezes e urinas. Cremes antialérgicos, anti-inflamatórios e antifúngicos devem ser usados de acordo com o problema identificado. “O tratamento vai de pomadas e cremes tópicos, antibióticos de uso local ou sistêmico, passando por curativos especiais e até a tecnologia dos Leds a procedimento cirúrgico”, ressalta a Dra. Bel.

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POR TASSIA ROCHA

A população quer, cada vez mais, praticidade e rapidez em seu cotidiano. Afinal, são muitas as tarefas a ser cumpridas e muitas vezes se torna complicado buscar alguns serviços fora de casa, pois exige uma grande reserva de tempo. De olho nessa necessidade, a indústria, aliada às novas tecnologias, viabiliza a melhora em alguns processos. A categoria de testes diagnósticos e eletrônicos, que já se consolidou em farmácias e drogarias, passa a ser uma opção para

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diagnósticos rápidos, práticos, precisos, que podem ser realizados com autonomia e de forma cômoda. Os medidores de pressão, por exemplo, que são divididos em analógicos e digitais, podem aumentar o tíquete médio da farmácia, já que são produtos de alto valor agregado. Como cada vez mais surgem consumidores com necessidades diferentes, a sugestão é ter, pelo menos, um modelo de cada tipo dos mais procurados. Mas as quantidades dependem do tamanho e do fluxo da loja. IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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SORTIMENTO

VERSÃO X FINALIDADE Teste de Gravidez

Menopausa

Objetivo: confirmar a possibilidade de gravidez. Como funciona: o teste pode ser feito a partir do primeiro dia de atraso do período menstrual. Ele detecta a presença do hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (GCH) na urina – as quantidades deste hormônio aumentam durante os primeiros três meses de gravidez.

Objetivo: detectar o possível início da menopausa na mulher. Como funciona: o teste detecta por meio da urina a presença do hormônio Folículo Estimulante (FSH) – que aumenta significativamente quando a mulher chega à menopausa.

Fertilidade

Álcool

Objetivo: ajudar a mulher a descobrir os dias de maior fertilidade ao detectar o pico do Hormônio Luteinizante (LH), de 24 a 48 horas antes da ovulação. Como funciona: por meio de uma amostra de urina, o teste detecta o aumento do hormônio LH. O hormônio é produzido durante todo o período menstrual, porém, no meio do ciclo, a quantidade dele aumenta, indicando o pico de ovulação, onde as chances de engravidar são maiores. Como o espermatozoide pode sobreviver até mais que 72 horas, é possível ficar grávida mantendo relações sexuais três dias antes do primeiro dia fértil.

Objetivo: determinar a concentração de álcool no sangue, analisando o ar exalado dos pulmões. Como funciona: o princípio de detecção do grau alcoólico está fundamentado na avaliação das mudanças das características de um sensor sob os efeitos provocados pelos resíduos de álcool etílico no hálito do indivíduo.

Tiras de Glicose Objetivo: monitorar os níveis de glicose na urina do diabético. Como funciona: uma tira deve ser mergulhada no recipiente onde foi coletada a urina. Após dois segundos, deve-se retirar a tira do recipiente e, em cerca de 30 a 60 segundos, o resultado aparecerá. A cor da tira deve ser comparada com a da escala de cores presente no frasco ou na embalagem. O teste deve ser realizado mais ou menos duas horas após a primeira refeição do dia (desjejum).

Glicose + Corpos Cetônicos Objetivo: oferecer mais uma alternativa de monitoramento aos diabéticos e aos adeptos de dieta com grande restrição de carboidratos, com a vantagem de medir dois parâmetros ao mesmo tempo. Como funciona: são tiras com membranas reagentes para glicose e cetonas afixadas numa das extremidades. A amostra e os resultados são obtidos comparando (por meio de uma amostra de urina) as cores desenvolvidas nas membranas com a tabela de cores no rótulo da embalagem. A detecção da glicose é baseada na reação cromogênica de oxidase-peroxidase. A detecção das cetonas é baseada no princípio onde o ácido acetoacético e cetona formam com o nitroprussiato de sódio em meio alcalino um complexo de cor violeta.

Fonte: bioquímica e diretora da Linha Confirme, Dra. Carolina Ynterian

Na linha hormonal, que inclui gravidez, fertilidade e menopausa, as mulheres querem se conhecer melhor e identificar o início das fases que estão vivendo. Para os portadores de diabetes, os glicosímetros auxiliam no monitoramento dos níveis de glicose no sangue, dessa forma, é possível saber em que momento o paciente deve fazer uma dieta restritiva e/ou realizar a aplicação da insulina. De acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes (FDI) de 2014, em todo o mundo, mais de 400 milhões de pessoas sofrem com a 124

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doença. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já são cerca de 14 milhões de pessoas com diabetes e aparecem 500 novos casos por dia. E como o diabetes é uma doença crônica sem cura, os pacientes são um grupo com grande frequência nas farmácias. “Quanto melhor for o nível de conhecimento dos farmacêuticos e balconistas sobre as categorias e os produtos, maior será a capacidade de a farmácia agregar valor no atendimento ao consumidor e, consequentemente, gerar um impacto relevante nas vendas”, alerta o Country

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SORTIMENTO

VENDAS DA CATEGORIA CATEGORIAS – R$ Testes de Glicose Medidores de Pressão Testes de Gravidez Total

MAT. JAN/15 MAT. JAN/16 CRESCIMENTO

TOTAL PAC

TOTAL CH

TOTAL FARMA

250.009.759 123.134.266 78.221.475 451.365.501

6,4% 3,4% 2,3% -

0,8% 0,4% 0,3% -

0,3% 0,2% 0,1% -

266.737.404 140.988.938 96.678.343 504.404.685

7% 15% 24% 12%

• Total PAC (Cuidados com o paciente) – considerando apenas as categorias de cuidados ao paciente, como incontinência, agulhas e seringas, fraldas, testes diagnósticos, etc. • Total CH (Consumer Health) – agora considerando o total Over The Counter (OTC) + Não medicamentos. • Total Farma – total canal farmácia (medicamentos, OTC e não medicamentos). Fonte: IMS Health

Manager da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott, Sandro Rodrigues.

EXPOSIÇÃO E ATENDIMENTO Para a farmacêutica bioquímica, membro da Comissão Assessora de Farmácia do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), Dra. Elaine Buch do Amaral, a importância da exposição se dá por várias razões, dependendo do perfil de quem compra e do produto de saúde; por exemplo, o paciente deve ter acesso fácil ao teste de gravidez visto que algumas pessoas ainda se sentem constrangidas em pedi-lo ao balconista e/ou farmacêutico, ficando opcional ao comprador se vai ou não querer ser orientado sobre o seu uso. Os aparelhos medidores de glicemia e pressão arterial precisam de uma boa visualização e estar próximos ao balcão, pois o perfil de quem compra estes produtos é o mesmo dos que compram medicamentos para hipertensão e diabetes, fazendo com que a procura de um leve automaticamente ao outro, facilitando a venda. “Esses produtos possuem um valor agregado interessante para a farmácia e remuneram de forma importante o metro quadrado de exposição, desta forma, a categorização de equipamentos para saúde está cada vez mais presente e a exposição no ponto de venda natural (gôndolas e duas réguas) é necessária para impulsionar as vendas desta categoria”, afirma o diretor da Geratherm, Marcio Souza. 126

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“Os aparelhos medidores de glicemia e pressão arterial podem ser oferecidos aos pacientes que realizam os serviços farmacêuticos de aferição de glicemia e pressão arterial como uma alternativa econômica e rápida de medição, visto que o paciente não precisa sair de casa para realizá-lo. Quanto ao teste de gravidez, a venda só será efetiva de acordo com a procura e, para este caso, a venda só não terá sucesso se o paciente não se agradar com o preço ou com a qualidade, para isso, recomendo que se trabalhe com diversas marcas e preços”, informa a Dra. Elaine. Para ela, em relação a todos os produtos de saúde, o paciente precisa saber que tem um farmacêutico que o oriente, e não apenas no momento da venda, mas toda vez que ele tiver dúvidas. “O paciente precisa saber sobre os valores de referência para glicemias e pressão arterial, noções sobre o controle da doença, como medir e o momento certo de medir, como pós ou pré-prandial, o uso do teste, como interpretar os resultados, o que fazer em caso de resultados positivos. O farmacêutico tem o papel imprescindível no amparo desse paciente que, ao adquirir qualquer um desses produtos, pode ter em mãos um meio de descobrir algo que pode mudar sua vida, como uma doença ou um filho. A farmácia deve estar preparada para se comportar como um estabelecimento de saúde, abrangendo o mercado de produtos de saúde como uma forma não só de lucrar, mas também de servir”, completa.

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EVENTO

Curitiba sedia a 12ª edição da Abradilan Farma MAIS UMA VEZ, O ESPAÇO DO CONHECIMENTO FOI UM DOS DESTAQUES DA FEIRA, COM A FARMÁCIA CONCEITO E RENOMADAS PALESTRAS

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POR FLÁVIA CORBÓ

Para discutir avanços e apresentar novidades nos segmentos de saúde, beleza e bem-estar, representantes do setor farmacêutico compareceram ao Expotrade Convention Center, em Curitiba (PR), nos dias 16, 17 e 18 de março. Entre os presentes estavam empresários da indústria farmacêutica, distribuidoras de medicamentos, proprietários de farmácias, além de profissionais de segmentos afins, como Higiene e Beleza (H&B), empresas de tecnologia e automação de

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farmácias, fabricantes de produtos para saúde, entre outros. Apesar da crise econômica que tem abalado o País de forma significativa, os afiliados da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), organizadora do evento, alcançaram um faturamento de R$ 11,6 bilhões e movimentaram 700 milhões de unidades de medicamentos em 2015. O montante representa um crescimento de 18,1% em relação ao ano de 2014; já o volume de unidades vendidas aumentou em 10,5%. IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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EVENTO

Conceitos de Gerenciamento por Categorias puderam ser observados

O interesse em manter esse ritmo fez com que a feira reunisse mais de 100 marcas. Durante os três dias de evento, expositores e visitantes puderam estreitar o relacionamento, promover a realização de novos negócios, abrindo as portas de um grande mercado para indústrias e empresas que queiram ampliar sua atuação no canal farma.

CASES DE DESTAQUE Laboratórios são a maioria entre os expositores das feiras do setor farmacêutico. O Grupo Natulab revelou a expectativa de alcançar R$ 23 milhões em novos negócios, durante o evento. O novo presidente da companhia, Wilson Borges, fez sua primeira participação pública no estande e, na sequência, ofereceu um jantar exclusivo para clientes e distribuidores no Espaço Taboo. “Nosso objetivo é fazer do Grupo Natulab uma das dez principais empresas da indústria farmacêutica até 2018”, declarou. Já o laboratório Teuto apresentou a nova edição do projeto de treinamento Seu Negócio Mais Lucrativo, com visitas agendadas para todas as regiões do Brasil até o fim de 2016. “Os mais recentes números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o varejo farmacêutico vive um momento desafiador. Por isso, muitos farmacistas têm nos procurado para conhecer o projeto, que oferece técnicas de gestão farmacêutica”, explicou o coordenador de treinamento do Teuto e responsável pelo projeto, Cláudio Louzada. Devido ao crescimento expressivo que os produtos de beleza e bem-estar têm trazido às farmácias brasileiras, neste ano, essas categorias chegaram com força. Cientes de dados divulgados pela Associa130

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Marcelo Cristian Ribeiro palestrou no Espaço do Conhecimento

ção Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), que mostram que o brasileiro destina 2% do seu orçamento à compra de produtos de H&B, movimentando US$ 43,5 bilhões em 2014, empresas aproveitaram a Abradilan Farma para se lançar no varejo farmacêutico. É o caso da La Vertuan, empresa brasileira com sede em Santa Catarina, que atua no segmento de dermocosméticos para esteticistas há 25 anos. A primeira linha home care foi apresentada durante a Abradilan Farma. De acordo com a diretora de marketing, Liana Vertuan Gonçalves, o foco da marca é distribuir primeiramente para as farmácias. “Apostamos na feira Abradilan para fechar negócios com parceiros para disponibilizar produtos em todo o País.” A linha de lançamento no varejo farmacêutico é toda voltada para homens. A princípio pode soar arriscado, mas dados de mercado demonstram o contrário. Segundo o instituto Euromonitor, o Brasil será o maior mercado de beleza masculina do mundo até 2019. O aumento médio desses produtos será de 7,1% a cada ano. Somente em 2015, foram movimentados US$ 5 bilhões, o que representa uma alta de 7,1% sobre 2014. Outro grande destaque da 12ª edição da Abradilan Farma foi o mercado de nutracêuticos (probióticos, proteínas, extratos de plantas, minerais, vitaminas, fibras, bebidas funcionais, suplementos, cuidados pessoais). A categoria cresce ano a ano, por isso, as empresas investem cada vez mais para atender à demanda dos consumidores por mais qualidade de vida. De acordo com o relatório publicado pela MarketsandMarkets, estima-se que o mercado de ingredientes nutra-

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EVENTO

AÇÃO INÉDITA Ao entrar no Espaço do Conhecimento, todos os visitantes eram convidados a preencher um formulário com dados pessoais, além de participar de um concurso cultural. O desafio era criar uma frase contendo os termos: farmácia, Flexside e Guia da Farmácia. Ao final dos três dias de evento, o autor da melhor frase foi premiado com todo o mobiliário exposto na Farmácia Conceito, desenvolvido pela Flexside.

cêuticos crescerá de US$ 23,8 bilhões, em 2013, para US$ 33,6 bilhões em 2018.

ESPAÇO DO CONHECIMENTO Nem só de negócios é feita a Abradilan Farma. Os visitantes também têm muitas oportunidades de adquirir novos conhecimentos. Nessa área, um dos destaques é o Espaço do Conhecimento, que marca presença no evento pela quarta vez consecutiva. O projeto é desenvolvido pela Contento Comunicação e tem como objetivo disseminar conteúdos estratégicos aos profissionais que atuam no varejo farmacêutico, oferecendo aos visitantes a possibilidade de interagir com uma área de exposição especializada, embasada na metodologia de Gerenciamento por Categorias (GC): a Farmácia Conceito. Dentro de um ponto de venda montado com a correta exposição do mix de produtos e com mobiliário inovador e inteligente, os varejistas puderam observar na prática conceitos de ambientação e layout de loja, comunicação visual, gestão por categorias, exposição e merchandising. Os visitantes que passaram pelo Espaço do Conhecimento também puderam acompanhar palestras gratuitas ministradas por consultores reconhecidos no setor, sobre temas relevantes para o dia 132

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a dia dos varejistas. No primeiro dia, a farmacêutica do Conselho Regional de Farmácia, do Paraná (CRF-PR), Gladys Marques, falou sobre o diferencial da prestação de serviços clínicos em farmácias. Em seguida, o consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Marcelo Cristian Ribeiro, apontou alguns caminhos para a redução de custos e motivação da equipe em tempos de crise. Parceiro do Espaço do Conhecimento desde o início da empreitada, ele estava feliz por mais um ano de participação. “O Espaço do Conhecimento é o palco onde os melhores conhecedores do mercado farmacêutico se encontram. Aqui, os palestrantes são vistos, lembrados e a repercussão no Brasil após a palestra é ótima. Os clientes realmente vão ao local.” O primeiro dia de evento terminou com o Dr. Leandro Matias demonstrando os diferenciais das escovas dentais Curaprox.

NOVIDADES APROVADAS No segundo dia da Abradilan Farma, o Espaço do Conhecimento recebeu a esperada palestra da consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, que falou sobre oportunidades no momento de crise. “Os últimos anos não têm sido bons para o mundo economicamente falando e menos ainda para o Brasil; mas

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EVENTO

Feira possibilitou novos negócios Farmácia Conceito foi um dos diferenciais do evento

aprendi, nestes longos anos de carreira, que, em momentos de crise, há muitas oportunidades a agarrar.” Para ajudar o varejista a repensar o negócio, tomar atitudes e sair em busca de novas soluções, a palestrante fez um “passeio” pelas oportunidades, ao falar de layout, mix e reorganização do negócio. “O mundo atual vive de informações e elas têm de se transformar em prática com agilidade: quem tem a informação correta tem o poder de transformar o seu negócio.” Além da palestra, Silvia aproveitou a presença no Espaço do Conhecimento para lançar o livro Liderança para Todos, produzido pela Contento Comunicação e pensado para inspirar pessoas a reciclar ou a iniciar o desenvolvimento da liderança. “Esse livro foi pensado desde 2014; é fruto de muitas indagações nas minhas consultorias que sempre pedem dicas sobre liderança e formação de equipes. Penso que ele vai trazer em um único exemplar várias coisas interessantes, como conceitos básicos; frases, assuntos consagrados e dicas sobre como liderar, além de um layout diferenciado e inovador.” 134

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O Espaço do Conhecimento teve também a palestra da mestre em Administração de Empresas pela Universidade de Brasília (UnB), analista da Unidade de Atendimento Setorial Comércio e coordenadora da Carteira de Comércio Eletrônico do Serviço Social de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Natália Bertussi, estreante no projeto. “Quis mostrar como está a participação das farmácias em relação a outros segmentos do varejo, em sua participação no comércio eletrônico, pois, atualmente, não podemos falar em crescimento sem falar deste setor.” Outro profissional que estreou no palco do Espaço do Conhecimento foi Fernando Sales, do Grupo Buzatto’s, que atua há dez anos com projetos de gestão de marketing e vendas. Nesse período, atuou junto a mais de 600 drogarias e farmácias de manipulação na implementação do Programa Farmácia Atual e proferiu mais de 100 palestras sobre “Cenários e tendências do varejo farmacêutico”. Com a experiência, pode passar dados certeiros sobre a necessidade de inovação na gestão de loja.

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