284 Julho/2016 - Novos Postos

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ANO XXIII • Nº 284 JULHO DE 2016

LOJA PERFEITA A categoria de skin care tem se tornado cada vez mais importante para farmácias e drogarias, sobretudo com a incorporação dos hidratantes à cesta de compras dos consumidores

NOVOS POSTOS

ATUALIDADE Se a aplicação das vacinas já tivesse sido regulamentada para farmácias e drogarias, a capacidade privada de atendimento à população seria muito maior

Ricardo Barros é novo Ministro da Saúde. Em sua primeira declaração, revelou que o Brasil não conseguiria mais sustentar os direitos de acesso universal à saúde, por arrecadar menos do que precisa Capa Guia 284.indd 1

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EDITORIAL

A saída da recuperação Após o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que aguarda os 180 dias de afastamento para o julgamento, Michel Temer assumiu o comando do Brasil. Um dos primeiros atos do presidente interino foi realizar mudanças nos ministérios. A transição representa a oportunidade de fazer diferente e romper com compromissos do passado gerando uma expectativa que, até o momento, é otimista. Não existe solução milagrosa, mas espera-se que a incerteza diminua com esse processo e que investidores tenham mais subsídios para tomar decisões. Agora, quem está à frente do Ministério da Saúde é Ricardo Barros (PP-PR), engenheiro civil que ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados. As primeiras declarações do novo ministro são preocupantes e coloca o setor em alerta. Logo que assumiu, afirmou que o País não conseguiria mais sustentar os direitos que a Constituição garante, como o acesso universal à saúde, por arrecadar menos do que gasta. Hoje, mesmo com a garantia de um percentual obrigatório, a situa-

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Flávio Cardamone DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) 4

Boa leitura! Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha

O afastamento da presidente Dilma, por 180 dias, gera um clima de otimismo, o que favorece a retomada de investimentos

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Marcelo de Valécio, Renata Martorelli, Tassia Rocha, Tatiana Ferrador e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Leo Gmeiner, Jorge Bertolino Filho, Marcelo Nicioli, Messias Cavalcante e Silvia Osso

ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia

IMPRESSÃO Abril Gráfica

MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira

CAPA Shutterstock

ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto

GUIA DA FARMÁCIA JULHO 2016

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ção da Saúde já é preocupante. Dos R$ 118 bilhões previstos no orçamento de 2016, R$ 5,5 bilhões não estão disponíveis. Com isso, programas sociais, como o Farmácia Popular, só têm verba suficiente para funcionar até o próximo mês. Explicar como o Brasil passou da “menina dos olhos” para ter a credibilidade rebaixada a níveis desconcertantes é complexo. Acompanhe a reportagem de capa desta edição, feita com maestria pela jornalista Flávia Corbó, e veja as possíveis soluções para uma situação caótica, que tende a começar a apresentar resultados somente em 2018. Leia ainda sobre a espera da regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que farmácias e drogarias possam aplicar vacinas. Essa ação faria com que muitas pessoas tivessem acesso a imunizações em épocas de surtos.

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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APRESENTAÇÕES: blisters com 4 drágeas e cartucho com 20 drágeas. INDICAÇÕES: Como analgésico e antiespasmódico. *Bula do produto. MS 1.5584.0380. Julho / 2016.

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SUMÁRIO #284 JULHO 2016

E MAIS 8 > GUIA ON-LINE 10 > ENTREVISTA 14 > ANTENA LIGADA 22 > ATUALIZANDO 70 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE

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72 > MARKETING

ESPECIAL IDOSOS 78 > SAÚDE

40 > ATUALIDADE Apesar da alta procura, principalmente diante do surto de H1N1, as farmácias estão impedidas de aplicar vacinas. Entidades representantes do varejo farmacêutico pressionam a Anvisa para regulamentar a ação dentro dos estabelecimentos

48 > DESEMPENHO Quando se trata do mercado farmacêutico, podemos dizer que o Brasil é uma potência mundial. Apoiadas pelo envelhecimento da população e aumento da exigência do consumidor, as grandes redes apresentam crescimento mesmo neste período conturbado

56 > DEBATE CAPA

Os erros cometidos na política econômica somado aos gastos excessivos do governo resultaram no aumento da inflação e do dólar. O País está mergulhado em uma crise que pode afetar programas sociais

66 > GESTÃO Em momentos de desafios políticos e econômicos, muitos empresários optam por reduzir os custos da folha de pagamento, com o temor de grandes prejuízos financeiros ou para manter o equilíbrio econômico da organização 6

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84 > BELEZA

ESPECIAL SAÚDE 90 > TABAGISMO 98 > ASMA E BRONQUITE 104 > GARGANTA E OUVIDO 110 > CONSTIPAÇÃO 116 > VITAMINAS 120 > ROTAVÍRUS E NOROVÍRUS 124 > HIPERTENSÃO 132 > TENDÊNCIA 140 > LOJA PERFEITA 146 > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 34 > VAREJO Silvia Osso 38 > DIGITAL Leo Gmeiner 54 > LOGÍSTICA Marcelo Nicioli 64 > OPINIÃO Messias Cavalcante 154 > CRÔNICA Jorge Bertolino Filho IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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O aumento da concorrência, desaquecimento econômico e interrupção de negócios são considerados uma ameaça para o varejista. Com isso, gerenciar riscos tornou-se uma das principais preocupações das empresas.

O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS

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Ter uma pele sempre bonita, saudável e hidratada é um desafio em qualquer fase da vida. Orientar a consumidora com os cuidados básicos em cada idade é fundamental.

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Para que o shopper se sinta à vontade na loja, especialistas orientam que o varejista faça a setorização do espaço físico. Eles afirmam que organizar a loja vai muito além de dispor de forma harmônica os produtos.

SAÚDE

Com a chegada de épocas mais frias, a incidência de gripes e resfriados aumenta. O que muitos não sabem é que, além de existir diferenças entre essas doenças, se não bem tratadas, podem virar complicações. 8

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MERCADO

Desde que começaram a ser comercializados, em maio de 1999, os genéricos ampliaram o volume de vendas totais e já correspondem a 30% da comercialização dos medicamentos. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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Fonte: Nielsen Total Brasil - YTD 2016

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ENTREVISTA – MILLIPHARMA

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Millipharma chega ao Brasil EMPRESA EUROPEIA APRESENTA SUA LINHA DE MULTIVITAMÍNICOS EUNOVA, A PRIMEIRA DE SEU PORTFÓLIO A SER TRABALHADA NO PAÍS, E REVELA SEUS PLANOS DE EXPANSÃO POR LÍGIA FAVORETTO

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A Millipharma é uma divisão do Grupo STADA, um dos líderes do mercado farmacêutico na Europa, com mais de um século de atuação no setor. O grupo alemão tem 50 filiais em mais de 30 países, atuando na Europa Central, Leste Europeu, Alemanha, Ásia e Pacífico, possui mais de 16 mil produtos em seu portfólio e gera mais de dez mil empregos. Há mais de um século, o cuidado com a saúde e o bem-estar das pessoas está no cerne de tudo o que a STADA produz. Fazer tudo de melhor é a diretriz intrínseca em todos os produtos, serviços e condições de trabalho. A empresa tem uma filosofia que é ao mesmo tempo um desejo universal: saúde ao alcance de todos. É isso que a Millipharma traz para o Brasil. O CEO da marca Eunova para o mundo

todo, Steffen Retzlaff, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, quando esteve no País para anunciar oficialmente o início das atividades da companhia em solo brasileiro, com a linha de multivitamínicos Eunova. Guia da Farmácia • A Millipharma é uma empresa do Grupo STADA, fundada na Alemanha, há 120 anos, responsável por um portfólio de mais de 16 mil SKUs (a sigla que representa o termo Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de um produto e é utilizada para manutenção de estoque) no mundo todo. Agora, a companhia chegou ao Brasil. Quais são as expectativas de negócios no País? Steffen Retzlaff • A empresa foi fundada há mais de 100 anos, em Dresden, na Alemanha, por farmacêuticos, o nome vem de Standard Pharmaceutical Products 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA – MILLIPHARMA

“SE EU TENHO TRÊS JOGADORES, PODERIA QUERER TER, ENTRE ELES, O NÚMERO 1, MAS EU NÃO PRECISO SER O NÚMERO 1, POSSO SER O TERCEIRO MAIS FORTE EM CADA CAMPO” of German Pharmacists. A ideia inovadora era ter um padrão e tornar os produtos acessíveis e disponíveis para toda a população, com qualidade. Essa continua sendo uma estratégia inovadora com os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), estratégia essa que trouxemos ao Brasil, nosso país número 31. Guia • Por que investir no Brasil? Retzlaff • O Brasil é, em primeiro lugar, um mercado altamente comercial, tem uma população de mais de 200 milhões de pessoas. E é um belo mercado para nós. Estamos de olho na América Latina há um bom tempo, chegamos à Argentina e agora lançamos produtos com o motor de arranque característico da Millipharma aqui no Brasil. Guia • Vocês pretendem expandir para outros países? Retzlaff • É claro. Como eu disse, toda a América era um alvo para nós e continua sendo. Começamos com a Argentina e o Brasil e, por fim, gostaríamos de expandir também para outros países estrategicamente interessantes. Guia • O cenário econômico e político atual do Brasil é um obstáculo para vocês? Retzlaff • Bem, esses problemas acontecem e é preciso saber conviver com eles. Temos muita experiência com países onde a situação política é crítica. Um dos nossos mercados de maiores exportações é a Rússia, onde a conversão para o euro gera muitas perdas. Mas produzimos na Rússia e vendemos na Rússia, então, há crescimento. A conversão de moedas pode ser o único problema encontrado aqui, mas produziremos aqui e venderemos aqui. Portanto, somos, como eu disse, muito experientes para lidar com países críticos. Guia • Quais são as estratégias para fazer parte do mercado farmacêutico brasileiro que é tão competitivo? 12

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Retzlaff • Esse não é um mercado fácil. Temos experiência em diferentes mercados e o que precisamos é de uma boa equipe, para isso, preciso ter as melhores pessoas em campo, nós devemos ter isso. Guia • A Millipharma começa com multivitaminas, autotestes e cosméticos. Qual desses é mais importante para você? Retzlaff • Todos os produtos são muito importantes. Você tem de ter um bom portfólio para se tornar um grande jogador e é exatamente isto o que nós queremos. Se eu tenho três jogadores, poderia querer ter, entre eles, o número 1, mas eu não preciso ser o número 1, posso ser o terceiro mais forte em cada campo. Guia • Os produtos Millipharma serão comercializados somente em grandes redes ou nas farmácias independentes também? E qual o nicho de consumidores que querem atingir? As classes A, B, C ou D? Retzlaff • Nossos produtos estarão disponíveis em todos os canais com um preço justo. Então, nós atingiremos todas as classes de consumidores, com boa qualidade. Guia • Como você pretende trabalhar os produtos nas lojas? Haverá ações para os profissionais de ponto de venda: gerentes, farmacêuticos e balconistas? Retzlaff • É claro que eu não posso contar todos os segredos, mas há um enorme plano de marketing por trás disso. Eu acho que nós seremos muito bem-sucedidos com tudo o que planejamos. Ações com blogueiros e influenciadores digitais, publicações do setor, seções de fotos, doações para a Fundação Cafú e Associação Desportiva para Deficientes (ADD) e trabalho com atletas paralímpicos estão previstas. E a cada mês, vamos trabalhar os diferentes produtos, iniciando com a linha Eunova, multivitamínicos segmentados para a mulher, para o público de mais de 50 anos de idade, para as crianças, entre outras. Guia • Haverá visitação médica também? Retzlaff • Vamos visitar os médicos que atuam com esses produtos. O médico pode desempenhar um papel importante nas vendas, mas não é o foco. Guia • Então, finalmente, qual é a quota de mercado que você deseja alcançar com cada linha de produtos nos próximos anos? Retzlaff • Nós queremos ser, pelo menos, o terceiro mais forte em cada campo.

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ANTENA LIGADA

INVESTIMENTOS E CARGOS REESTRUTURADOS APESAR DO CENÁRIO ECONÔMICO ADVERSO, OS MEDICAMENTOS REGISTRARAM AUMENTO EM SUAS VENDAS. PARA MANTER O MERCADO AQUECIDO, INDÚSTRIAS INVESTEM EM EXPANSÃO E TROCAS DE DIRETORIA POR VIVIAN LOURENÇO

NOVA ÁREA DERMATOLÓGICA

O Aché Laboratórios reestruturou sua área de dermatologia, unindo dermomedicamentos e dermocosméticos em uma diretoria chamada Aché Derma. O objetivo da companhia é acelerar o crescimento para ganhar participação de mercado com produtos inovadores e diferenciados. Atualmente, a unidade Aché Derma abrange sete dermomedicamentos para tratamento de doenças, como herpes, alergias e dermatites. A unidade também engloba 21 dermocosméticos da marca Profuse, divididos em oito categorias: Puriance para peles oleosas e acneicas; Ensolei para proteção solar; Nutrel para peles sensíveis e sensibilizadas; Clair para clareamento da pele; Hidradeep para hidratação; Essencele como anti-idade para peles jovens e adultas; Densifiant como anti-idade para peles maduras; e Água Dermatológica para acalmar, refrescar e hidratar a pele. • www.ache.com.br 14

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POTENCIAL EM LANÇAMENTOS

Em uma apresentação para a comunidade de investidores, a Eli Lilly and Company afirmou que tem potencial para lançar 20 novos produtos em dez anos, o início da contagem começou em 2014 e se estende até 2023. Adicionalmente, a Lilly pode lançar por ano, em média, duas ou mais novas indicações para produtos já aprovados durante este mesmo período. Os esforços de Pesquisa e Desenvolvimento da Lilly são focados em cinco áreas terapêuticas em que a empresa tem meios e capacidade para competir com sucesso. Isso inclui quatro principais áreas – diabetes, oncologia, autoimune e neurodegeneração – e uma área emergente – dor. • www.lilly.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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ALTA NO FATURAMENTO

Em abril de 2016, os associados da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) alcançaram um faturamento R$ 1,25 bilhões, movimentando 68,64 milhões de unidades de medicamentos. No mesmo período do ano passado, o faturamento correspondia a R$ 1,14 bilhão com a movimentação de 66,79 milhões de unidades de medicamentos, segundo a pesquisa realizada pelo IMS Health. No primeiro quadrimestre de 2016, o setor teve um crescimento no faturamento de 21,75% em relação ao mesmo período do ano de 2015, e as unidades vendidas também no mesmo período tiveram um acréscimo de 16,02%. • www.abradilan.com.br

Fernanda Machado e Márcia Goraieb

DIRETORIA RENOVADA

CONSELHO ELEITO

O presidente do Grupo Natulab, Wilson Borges, foi eleito conselheiro fiscal da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). Em assembleia realizada no último dia 7 de junho, na sede da Associação, foram definidos os representantes que farão parte de sua diretoria, conselho deliberativo e conselho fiscal, de 2016 a 2018. “Fazer parte do conselho fiscal da Alanac é uma honra e me dá orgulho, mas também me mantenho ciente das responsabilidades”, comentou o executivo, que possui mais de 30 anos de experiência no mercado farmacêutico. Além de Borges, foram eleitos 12 executivos de laboratórios de medicamentos de uso humano e 11 representantes de empresas fabricantes de produtos veterinários. • www.alanac.org.br

O Grupo Sanofi anuncia sua diretora de Acesso ao Mercado no Brasil. Fernanda Machado chega à companhia para assumir a posição recémcriada. Acumulando mais de 15 anos de carreira, Fernanda tem passagens pelos mercados hospitalar, de dispositivos e inovações médicas, no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. O grupo também anunciou a sua nova diretora de Comunicação no Brasil, com mais de 20 anos de experiência profissional em grandes empresas, Márcia Goraieb. Ela liderará as estratégias de comunicação do Grupo Sanofi no Brasil, incluindo institucional, produtos, comunicação interna, comunicação externa e responsabilidade social corporativa. • www.sanofi.com.br

CRESCIMENTO SÓLIDO

No primeiro trimestre de 2016, a Roche registrou vendas globais de 12,4 bilhões de francos suíços, um crescimento de 4% em relação ao mesmo período no ano anterior. As vendas, somente na divisão farmacêutica, cresceram 4%, chegando a 9,8 bilhões de francos suíços. Na Europa, o crescimento foi de 5%, nos Estados Unidos, aumentaram 3%. Na divisão Diagnóstica, as vendas cresceram 5%, totalizando 2,6 bilhões de francos suíços. • www.roche.com.br 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

ELEIÇÃO DO CONSELHO DIRETIVO

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) anunciou seu novo conselho diretivo para um mandato de dois anos, válido até maio de 2018. Fundador e presidente do conselho das Farmácias Pague Menos (CE), Francisco Deusmar de Queirós foi eleito por aclamação para a presidência da entidade. O quadro de dirigentes inclui também o vice-presidente Eugenio De Zagottis (Raia Drogasil-SP); o diretor financeiro Modesto Carvalho de Araújo Neto (AraujoMG); o diretor de relações institucionais Gilberto Martins Ferreira (Drogaria São Paulo-SP); e o diretor de planejamento Julio Ricardo Mottin Neto (Panvel-RS). • www.abrafarma.com.br

ISENTO DE ORIGEM ANIMAL

Após anos de pesquisa e investimento de R$ 120 milhões, o Laboratório Cristália recebeu o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) Colagenase animal-free. Trata-se do primeiro IFA biotecnológico obtido a partir da biodiversidade brasileira, desenvolvido em meio de cultura isenta de componentes de origem animal, o que confere maior atividade enzimática e pureza mais elevada em relação à Colagenase comum importada. O IFA Colagenase Cristália passará a ser utilizado na produção da pomada Kollagenase e permitirá o desenvolvimento de novas formulações, apresentações e associações terapêuticas voltadas para os mercados interno e externo. O Cristália possui 64% de participação no mercado brasileiro de produtos à base de Colagenase. • www.2cristalia.com.br

NO TOPO DA LISTA

Dos 50 medicamentos genéricos mais vendidos em abril deste ano, 39 são de uso contínuo — sendo a maioria voltada ao controle de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e colesterol alto. De acordo com uma pesquisa inédita da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), o segmento genérico ocupa uma fatia de 28,5% de todo o faturamento do setor farmacêutico no mês, com R$ 144,5 milhões. Um exemplo é o anti-hipertensivo Losartana, um dos mais populares: foram vendidas 91,4 milhões de unidades entre maio de 2015 e abril de 2016, sendo 85% de genéricos. Os dados da pesquisa são produzidos pelo IMS Health. • www.progenericos.org.br • www.imshealth.com 18

Francisco Deusmar de Queirós

MIGRAÇÃO DE PLATAFORMA

O Aché Laboratórios finalizou a migração do ambiente tecnológico para o Office 365. Com a implementação, todas as áreas da companhia foram unificadas em uma plataforma na nuvem. O resultado impacta positivamente na produtividade comercial da empresa, além de reduzir custos com infraestrutura em aproximadamente 20%. Além de contribuir com a economia, o projeto contemplou diversos recursos para aumentar a interação entre os 4,5 mil colaboradores da companhia, sobretudo das equipes externas de Geração de Demanda e Vendas, que somam cerca de duas mil pessoas. • www.ache.com.br

NOVO DIRETOR DE OPERAÇÕES

Formado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia e com MBA em Gestão de Saúde e Mercado pela IBMEC, Luis Marcelo chega à AstraZeneca para comandar as equipes de Operações, sendo responsável pelas áreas de Qualidade; Produção; Supply Chain; Importação/Exportação; Segurança; Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SHE); Custos; Funções de Armazenamento e Distribuição, totalizando 215 colaboradores. Ele já esteve à frente das áreas de Operação em outras multinacionais, como a Janssen do Brasil, da Johnson & Johnson. • www.astrazeneca.com.br

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DIRETORIA DE GENÉRICOS

LANÇAMENTO DO 4º MÓDULO DA FASE 3 DO TREINA PDV FARMA

Agora, no mês de julho, é lançado mais um módulo no Treina PDV Farma, plataforma de cursos da Contento Comunicação para os profissionais do varejo farmacêutico. O 4º módulo da Fase 3 do programa traz o tema “Atendimento como diferencial estratégico”, afinal, os consumidores esperam ser “cuidados” nas farmácias, querem ser ouvidos e ter dúvidas esclarecidas. O objetivo é munir os profissionais de informações úteis para acolher os clientes, solucionar problemas e reverter reclamações. Para experimentar o site , basta acessar www.treinapdvfarma.com.br, fazer o cadastro e ter acesso aos cursos rápidos, totalmente gratuitos. Já o programa de capacitação, com os módulos, avaliações e certificados, requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento. com.br) ou ligue (11) 5082 2200.

A Merck anunciou a criação da diretoria de genéricos como parte da divisão Biopharma no Brasil. Com uma equipe especializada, a nova área se dedicará exclusivamente à gestão de portfólio e comercialização dos produtos genéricos da empresa no País e terá como foco alavancar a presença da empresa neste segmento. Para liderar a nova estrutura, a Merck contratou Eduardo Lima, que será responsável por estruturar a unidade de negócio e desenvolver estratégias para que a Merck Genéricos se destaque como um importante player em portfólio de produtos, políticas de rentabilidade para os parceiros, prestação de serviço no processo de comercialização, buscando novos negócios. • www.merck.com.br

NO MERCADO HÁ 235 ANOS

Fundada em 1781 por Chobei I, em Osaka, no Japão, a Takeda Farmacêutica completou, em junho passado, 235 anos. Presente no mundo todo, atualmente é uma das vinte maiores farmacêuticas e a número 1 no Japão. Sua história de sucesso baseia-se em grandes investimentos em pesquisa e inovação, comercializando hoje mais de 700 produtos em 70 países. A companhia conta com mais de 31 mil colaboradores ao redor do mundo. No Brasil, a companhia possui cerca de dois mil colaboradores divididos entre a sede, em São Paulo, e as fábricas em Jaguariúna (SP) e São Jerônimo (RS). Atualmente, está entre os dez maiores grupos farmacêuticos do País e o posicionamento da empresa está focado em especialidades, com soluções terapêuticas na área de gastroenterologia (líder de mercado), cardiovascular e sistema nervoso central, oncologia e vacinas. • www.takedabrasil.com 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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O Aché Laboratórios lança DayVit Kids 1+, suplemento com dez vitaminas e quatro minerais, desenvolvido especialmente para crianças acima de um ano de idade. O produto contém 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR), fornecendo nutrientes para a fase de crescimento e desenvolvimento. DayVit Kids 1+ tem licenciamento da Disney, com o Mickey Mouse estampando suas embalagens, folheto educativo e todo o material de ponto de venda. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.ache.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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FLORATIL® AT 250

A pomada Ad.muc® foi recentemente lançada nos pontos de venda pela Avert Laboratórios. É um fitoterápico à base de camomila, que alivia e trata as aftas, gengivites e inflamações na boca, como as causadas pelo uso de aparelhos dentais. Livre de prescrição médica e formulada com componentes naturais, possui tripla ação: anti-inflamatória, antibacteriana e cicatrizante, o que auxilia de maneira eficaz no tratamento da mucosa oral, além de não conter corticoide e possuir sabor de menta. MS 1.0974.0172.001-0 ■■www.avert.com.br

Chega ao mercado mais um produto da família Floratil. A Merck lança Floratil® AT 250, desenvolvido pela divisão de Consumer Health, indicado para prevenir e tratar a Diarreia Associada a Antibióticos (DAA). Esse é um problema recorrente, uma vez que cerca de 40% dos pacientes, principalmente crianças, que fazem tratamento com antibióticos, podem ter a sua flora intestinal desequilibrada, podendo apresentar quadros de diarreia. MS 1.0089.0090 ■■www.merck.com.br

AVERT

MERCK

FISIOGEN FERRO ZAMBON

TYLENOL® MASTIGÁVEL JOHNSON & JOHNSON

Sem a necessidade de ser ingerido com água, com composição de fácil dissolução e sabor tutti frutti, Tylenol® Mastigável chega como mais uma opção de tratamento para pais e médicos a ser utilizado na fase de transição entre o medicamento líquido e o comprimido (6 a 10 anos de idade). Neste período, as crianças ainda não conseguem engolir um comprimido, mas, ao mesmo tempo, podem não aceitar tão bem o formato líquido utilizado até então. MS 1.1236.3326.093-3 ■■www.jnjbrasil.com.br

O Laboratório Zambon lançou o Fisiogen Ferro, um novo suplemento alimentar destinado a pessoas que necessitam complementar e suplementar a dieta em casos de deficiência de ferro. Ele traz uma nova tecnologia chamada lipossomal que facilita o uso do produto, especialmente quando existe necessidade do suplemento por períodos prolongados. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.zambon.com.br

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ATUALIZANDO

BARYTA COMPOSTA KLEIN VIDORA

LONQUEX®

TEVA FARMACÊUTICA

A Teva traz ao mercado brasileiro um novo medicamento para prevenir a neutropenia que se caracteriza pela redução dos níveis dos glóbulos brancos e, por consequência, diminuição da imunidade. Essa nova substância é denominada lipegfilgrastim e pode prevenir a ocorrência da neutropenia em pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico, evitando a redução de dose ou a interrupção da quimioterapia. O lipegfilgrastim, comercializado no Brasil com o nome de Lonquex®, é uma terapia avançada, que evita a necessidade de múltiplas injeções diárias, prevenindo a ocorrência de neutropenia com apenas uma injeção por ciclo de quimioterapia. MS 1.5573.0032 ■■www.tevabrasil.com.br

ENO® GSK

A GSK, farmacêutica inglesa responsável pelo Sal de Frutas ENO® no Brasil, líder na categoria de antiácidos, lança o sabor Camomila. A novidade busca atender não apenas o público já acostumado a utilizar medicamentos para combater a má digestão, mas também quem necessita do medicamento e prefere sabores mais suaves, como os de chás, para driblar o desconforto no estômago. MS 1.0107.0056. CHBR/ CHENO/0012/16b-ABR/16 ■■www.eno.com.br 26

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A Vidora Farmacêutica traz ao mercado o produto Solução de Baryta Composta Klein na apresentação spray. Com a mesma eficácia da apresentação gotas, a válvula spray permite a aplicação do medicamento direto na garganta. Solução de Baryta Composta Klein é indicada como auxiliar no tratamento das amigdalites e seus sintomas, como inflamações agudas das amígdalas e dor de garganta. MS 1.0473.0022.003-2 ■■www.vidora.com.br

EUNOVA MULHER

MILLIPHARMA

O Eunova Mulher contém substâncias importantes para as necessidades diárias, como as principais vitaminas e minerais antioxidantes (vitaminas A, C, E e selênio). O produto ainda traz na sua composição o colágeno – substância importante para a manutenção da saúde da pele – e licopeno sintético com potente ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres, causadores do envelhecimento. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Eunova Mulher, da Millipharma, não contém glúten, lactose e proteínas do leite e pode ser encontrado nas principais farmácias e drogarias de São Paulo e Rio de Janeiro. MS 6.6339.0019.001-6 ■■www.millipharma.com.br

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ADVITIL® KRESS

Formulado com vitaminas A e D, o ADvitil® chega ao mercado para suprir as carências dessas vitaminas que são essenciais para a saúde da pele, visão e ossos. A vitamina D atua aumentando a absorção intestinal do cálcio, ocorrendo aumento da mineralização óssea. Enquanto que a vitamina A auxilia na saúde da visão, desenvolvimento de ossos saudáveis, proteção de pele e mucosas e fortalecimento do sistema imune. A combinação destas duas vitaminas torna o ADvitil® um suplemento completo para a manutenção da saúde da pele e dos ossos. ADvitil® é encontrado em frasco de 20 mL no sabor laranja. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.kress.com.br

VENOCEL GEL CIFARMA

A Cifarma amplia seu portfólio com o lançamento do Venocel Gel, hidratante de fácil absorção que minimiza a sensação de inchaço e cansaço das pernas. Venocel Gel possui em sua formulação extrato de arruda, extrato de ginkgo biloba e castanha-da-índia que melhoraram a aparência e a circulação geral das pernas, proporcionando relaxamento e hidratação. Venocel Gel é apresentado em frasco de 300 g. MS 25351.393933/2015-19 ■■www.cifarma.com.br

REDOXITOS®+ BAYER

Com tripla suplementação e um mix de sabores que inclui laranja, morango e papaia, Redoxitos®+ possui em sua formulação nutrientes que ajudam a proteger o sistema imunológico da criança, principalmente nos momentos em que ela mais precisa, por exemplo, na volta às aulas, no início do inverno ou em qualquer situação na qual o sistema imune tenha que estar em excelente funcionamento. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.redoxitos.com.br

MARESIS BABY

FQM FARMOQUÍMICA

Fluidificante nasal em jato contínuo exclusivo para pediatria (indicado a partir de zero anos), 100% estéril a cada uso, aplicável em qualquer posição e com exclusiva Tecnologia Baby Comfort. Ideal para uma limpeza nasal diária em crianças e bebês (desde o recém-nascido), trazendo mais qualidade ao sono e facilitando a respiração durante a amamentação. MS Medicamento de notificação simplificada RDC 199/2006. AFE 1.00390.6 ■■www.fqm.com.br 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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INSTITUCIONAL - CIMED

Gigante brasileira

DE ORIGEM 100% NACIONAL, O GRUPO CIMED OCUPA A QUARTA POSIÇÃO NO RANKING DOS MAIORES LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS DE ATUAÇÃO NO PAÍS

F

Fundado em 1977, o Grupo Cimed trabalha há quase 40 anos para crescer de maneira sustentável e sólida dentro do território brasileiro. A empresa expandiu a atuação e, hoje, reúne nove empresas: Cimed Indústria, One Farma, Tec Color, Predileta, Instituto Claudia Marques de Pesquisa e Desenvolvimento (ICM P&D), Nutracom, Cimed Racing, Cimed Indústria de Embalagens e Associação Educacional Claudia Marques (AECM). Todo esse conglomerado reúne um portfólio de 800 produtos, 24 centros de 30

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PO R FLÁVIA C O RB Ó

distribuição, 40 mil pontos de vendas atendidos/mês e 270 milhões de unidades produzidas. Internamente, já se tinha ciência da representatividade do Grupo Cimed no mercado farmacêutico nacional. No entanto, quando os executivos da empresa tomaram a decisão estratégica de passar a divulgar oficialmente os dados da companhia ao IMS Health, a relevância da companhia tornou-se pública. Assim que as informações foram computadas, juntamente aos dados do mercado em geral, confirmou-

-se que a Cimed ocupa a quarta colocação entre as maiores empresas farmacêuticas do Brasil. O ingresso da Cimed no ranking dos maiores laboratórios de atuação nacional faz com que seja acrescido um percentual de 3% no tamanho do mercado farmacêutico brasileiro. Ser responsável por fortalecer a economia do País é algo muito valorizado dentro do Grupo Cimed. “Nossa identidade brasileira é motivo de orgulho e busca constante por excelência. Por isso, procuramos reafirIMAGEM: DIVULGAÇÃO

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má-la, principalmente, proporcionando saúde e qualidade de vida para os brasileiros, mas também investindo em nosso País. Somos uma indústria farmacêutica brasileira, com identidade brasileira e que investe no Brasil”, afirma o diretor de marketing do Grupo Cimed, Helio Melo. Para atingir o nível de excelência como indústria e distribuição no segmento de beleza e saúde, em todo o território nacional, o Grupo Cimed investe no domínio de toda a cadeia produtiva. A companhia acredita que manter o processo produtivo completo em mãos é a melhor maneira de garantir a qualidade dos produtos, agilidade nos lançamentos, assertividade na distribuição e preço justo. Os dados contidos no relatório de sustentabilidade de 2015 atestam que a companhia está alinhada com a missão de que saúde e qualidade de vida são indispensáveis para que o ser humano viva plenamente, seja feliz e conquiste seus sonhos. “Buscamos constantemente oferecer serviços de alto nível, além de uma variedade de itens ao consumidor. Temos um vasto portfólio de produtos para cuidados de beleza e higiene pessoal, incluindo 14 marcas líderes de mercado no segmento. Apenas no primeiro semestre de 2016, foram mais de 50 itens lançados em diversas classes terapêuticas”, garante Melo. Esses números não poderiam ser alcançados sem a valorização da força de trabalho dos mais de 2,4 mil colaboradores. Além da distribuição de vagas entre homens e mulheres estar alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU),

o Grupo Cimed trabalha para oferecer excelentes condições de trabalho. “Consideramos o capital humano o nosso ativo mais importante, por isso, para desenvolver e reter nossos talentos, buscamos criar um ambiente de trabalho estimulante, que valoriza o alto desempenho de seus colaboradores, respeitando nossos valores com ética, transparência e meritocracia”, diz Melo. CONSCIÊNCIA SOCIAL Com a adoção de uma gestão de resíduos sólidos, sistema de captação de água de chuva e tratamento de efluentes, em maio de 2013, o Grupo Cimed conquistou o certificado ISO 14001 – norma internacionalmente reconhecida, que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo. Ações de conscientização e educação ambiental são feitas não só com colaboradores diretos, mas também com as crianças que estudam na AECM, escola integrada ao parque fabril em Pouso Alegre (MG). Com o intuito de atender às necessidades das suas colaboradoras mães, o Grupo Cimed atende, nesse espaço, mais de 100 crianças, de quatro meses até cinco anos de idade, em período integral. Apoiar o esporte nacional foi outra maneira encontrada pela companhia de contribuir para o desenvolvimento do País. “Se o futebol é a paixão nacional, estamos presentes: nossa maior conquista foi o anúncio de patrocínio da Seleção Brasileira, válido pelos próximos quatro anos. Também apoiamos nove times brasileiros de futebol”, reve-

la Melo. O gosto do brasileiro por carro e velocidade também é prestigiado pela empresa, que participa da Stock Car, com equipe própria: a Cimed Racing. PLANOS FUTUROS Em 40 anos, o Grupo Cimed alcançou uma posição de extrema relevância dentro do setor farmacêutico nacional, mas o desejo de tornar-se maior segue firme. “Queremos consolidar nosso crescimento acima de dois dígitos ao ano e solidificar posição entre as três maiores indústrias farmacêuticas do mercado nacional”, conta Melo. Para atingir as metas, a empresa aposta no avanço da linha de genéricos e de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) como o motor do crescimento, já que eles representam a maior fatia de lucratividade do grupo. Para isso, a companhia tem investido pesado na elaboração de novos produtos e ampliação das linhas existentes para melhor atender a população e conquistar mais mercado. Investimento fabril e entrada em novos mercados com lançamento de moléculas também estão previstos entre os próximos passos. “Além disso, estamos focados no aumento da rentabilidade do negócio tendo como base os valores de nossa empresa, que norteiam todas as nossas ações: a busca constante em oferecer produtos e serviços de alto nível, a objetividade, a rapidez, a assertividade e responsabilidade, a paixão pelo que fazemos e, principalmente, o trabalho em equipe. Tudo isso é fundamental para o alcance dos nossos objetivos”, conclui Melo. 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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INSTITUCIONAL - MARESIS (FQM FARMOQUÍMICA)

Evolução constante DEPOIS DE INOVAR COM O LANÇAMENTO DO PRIMEIRO FLUIDIFICANTE NASAL DE JATO CONTÍNUO, A FQM FARMOQUÍMICA SEGUIU EM BUSCA DE NOVIDADES E SURGE COM DUAS NOVAS APRESENTAÇÕES DO JÁ CONSAGRADO MARESIS

E

P O R F L Á V I A COR BÓ

Em 2010, a FQM Farmoquímica revolucionou o mercado ao lançar o Maresis, primeiro fluidificante nasal de jato contínuo, com tecnologia que permite a liberação do produto sem interrupção, enquanto o paciente pressiona a válvula. Totalmente inovador, o frasco foi elaborado com saída única, que impede que qualquer substância retorne para dentro do produto, ao contrário dos formatos conta-gotas e pump, que estão sujeitos à contaminação de secreções externas. Também com a possibilidade de ser aplicado em qualquer posição, sem a necessidade de virar a cabeça ou manter-se em pé, como as apresentações convencionais, o produto conquistou o mercado e alcançou a média de venda de 1,4 milhões de unidades por ano. “Os produtos anteriores ao Maresis apenas umidificavam o nariz, mas diante da quantidade de poluição, poeira, vírus e bactérias a que somos expostos, isto não era suficiente. Nós surgimos com a proposta de lavagem nasal eficaz e efetiva”, explica o gerente de produto, Gustavo Reis. Ainda que satisfeitos com o produto criado, a FQM Farmoquímica seguiu acompanhando as necessidades dos pacientes, a fim de promover melhorias constantes. Diante de algumas demandas apresentadas, o laboratório desenvolveu duas apresentações de fluidificante nasal: Maresis Baby Trata-se de um fluidificante nasal em jato contínuo exclusivo para pediatria – indicado para pacientes a partir de zero anos. Elaborado com saída única, é 100% estéril a cada uso, não contém conservantes, além de ser aplicável em qualquer posição e contar com a exclusiva Tecnologia Baby Comfort, que promove a liberação de um jato mais suave e menos incômodo aos pequenos pacientes. “Decidimos investir na apresentação infantil porque é um público que precisa de produtos específicos, adequados e 100% seguros. Até a chegada do Maresis Baby, o que se tinha disponível no mercado eram opções incompletas”, destaca Reis. Por não conhecer o artifício de respirar pela boca, os pequenos sofrem muito diante do quadro de congestão nasal. “Eles têm problemas na hora de dormir e dificuldades no momento da amamentação. E, caso a criança aprenda a respirar pela boca, isto pode causar mudanças na estrutura da face e na arcada dentária”, alerta Reis, reforçando a importância de um produto destinado exclusivamente ao público infantil. Maresis AR Fluidificante nasal de alta performance, com exclusiva Tecnologia de Alto Rendimento (AR), que confere um melhor desempenho do jato durante a lavagem nasal. Com maior pressurização, o produto consegue promover uma limpeza mais intensa, sendo ideal para portadores de doenças alérgicas, como rinite, ou pessoas que são expostas diariamente a agentes irritantes, como poluição, poeira, ar condicionado, e que precisam de uma lavagem nasal ainda mais efetiva. Todas as apresentações do Maresis não possuem restrição de uso, podem ser aplicadas continuamente, sem risco de causar qualquer dependência ou alterações no batimento ciliar. Composto à base de cloreto de sódio, o produto foi criado com o objetivo de promover limpeza nasal diária. “Assim como escovamos os dentes todos os dias, deveríamos ter a preocupação em promover a limpeza do nariz, que é a principal porta de entrada de poluentes e vírus”, afirma Reis.

MARESIS® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Maresis® (solução de cloreto de sódio 0,9%). Indicação: Maresis® é indicado como fluidificante e descongestionante nasal. Contraindicação: Maresis® é contraindicado em caso de antecedentes de hipersensibilidade aos componentes da fórmula. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC ANVISA n°199/2006. AFE n° 1.00390.6. Para maiores informações, vide encarte entre as páginas 34 e 35, nesta edição. 32

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VAREJO

Erros de gestão que sua

empresa não deve cometer O MAR NÃO ESTÁ PARA PEIXE, DIZEM ALGUNS; HÁ OPORTUNIDADES, DIZEM OUTROS. QUALQUER QUE SEJA O SEU CASO, VALE LER E PONDERAR SOBRE ESSE ASSUNTO

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II. E-mail siosso@uol.com.br 34

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Q

Quem deseja expandir os seus negócios ainda em 2016 ou precisa reestruturar sua empresa deve se preparar para encarar as mudanças necessárias que vêm por aí. O profissionalismo precisa ser posto em prática e mudanças estratégicas devem ser implementadas. Se o objetivo é crescer ou reestruturar, todos, da empresa, precisam estar envolvidos nas ideias e nas atitudes da mudança. Veja, a seguir, os questionamentos que faço um a um e verifique quais são as falhas que a sua empresa costuma cometer e as corrija o quanto antes: 1. Sua empresa tem um plano de negócios, um planejamento estratégico e uma análise mercadológica? Essas são três ferramentas essenciais para gerar controle nas atividades da equipe, envolvendo os aspectos econômico, administrativo e comercial da empresa, podendo, inclusive, ser utilizadas como instrumentos de solicitação de crédito ou para a entrada de sócios e investidores, uma vez que elas dão mais credibilidade e profissionalismo ao seu negócio. 2. Tem na gestão amigos ou membros da família ao invés de profissionais capacitados e adequados? Estabeleça os pré-requisitos de cada cargo e função. Tome como base análises racionais e de mercado, levando em conta competências necessárias para o cumprimento das tarefas. O coleguismo e família sem preparo podem ser um “tiro no pé” para a empresa. Se quiser mantê-los, faça-os se qualificarem para ocupar os cargos. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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VAREJO

3. Mistura as contas e receitas da empresa com as dos proprietários ou sócios? Misturar as despesas da empresa com as pessoais torna impossível realizar uma análise dos custos da empresa, o que, por sua vez, gera uma aplicação incorreta de preço nos produtos e serviços oferecidos. É impossível fazer um Demonstrativo de Resultados (DRE) se as despesas estão misturadas. Se elas estão misturadas, separe-as. 4. As decisões são tomadas apenas com dados subjetivos, sem relatórios confiáveis, sem informações precisas, principalmente as financeiras? Você precisa saber exatamente qual o custo operacional da empresa, área por área. Essas informações são de importância para definir o preço correto de venda dos produtos, políticas de descontos e outras. É necessário conhecer e detalhar as despesas fixas e variáveis, das receitas, das despesas e dos investimentos. 5. Os sócios, gestores, líderes e membros das equipes têm tarefas e prazos definidos para cumprir? São acompanhados? Definir tarefas e prazos para sócios, gestores, líderes e colaboradores é uma atividade de extrema importância. Assim como contas têm vencimento com data fixa para pagamento e quando não executadas, podem provocar multas, as tarefas devem ser divididas e ter prazos para seu cumprimento. Caso não se cumpram, influenciam negativamente o resultado e a receita final da empresa. 6. As decisões são retardadas ou postergadas? Tenha em mente que prorrogar decisões só aumenta o problema e compromete o processo de mudança, reestruturação ou crescimento; ainda mais se estas decisões envolverem mudanças de procedimentos, demissões, suspensão de operações, au-

mento no investimento, etc. Se há decisões a tomar, fundamente-as e tome-as! 7. Depende de funcionários, fornecedores ou clientes? A dica importante é: não fique na mão de um só! A dependência traz riscos para a empresa. Por isso, treine mais de um funcionário com o mesmo conhecimento para as atividades principais, assim, caso ele saia da equipe, a empresa não será prejudicada. O mesmo serve para os fornecedores e clientes: construa relacionamento com, no mínimo, dois fornecedores da mesma área e com clientes de mais de uma especialidade. 8. Há soberba e prepotência organizacional? Costuma ouvir os sócios, gestores, colaboradores e outros? Está suficientemente informado sobre o mercado em que atua e a atualidade em geral? É importante levar em consideração a opinião de sócios, gestores, funcionários, clientes e fornecedores. Ouvi-los faz parte de se preparar para tomar decisões mais assertivas e amplas. É preciso ainda estar atualizado de forma ampla e contínua sobre a atualidade regional, estadual e federal, por meio da maioria das mídias disponíveis. Se dos oito questionamentos listados, existem mais do que quatro para corrigir, atenção, sua empresa precisa de ajuda! É preciso orientação de um consultor experiente para ajudá-lo na correção de rumos, estabelecimento de metas e outros. Se estiver com três ou abaixo de três questionamentos para corrigir: ela exige cuidados, mas com uma boa dose de profissionalismo e atitude tudo pode mudar para melhor. Tendo noção dos resultados obtidos, agora, o importante mesmo é corrigir os erros e partir para os resultados positivos. Ótimo trabalho! 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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INSTITUCIONAL – MEDLEY

Medley comemora

20 anos de atuação NOVA CAMPANHA DE MÍDIA E CARAVANA DOS GENÉRICOS SÃO ALGUMAS DAS AÇÕES ESPECIAIS QUE IRÃO CELEBRAR A DATA

A

A Medley, uma empresa do Grupo Sanofi, celebra 20 anos em 2016. Considerada uma das maiores indústrias farmacêuticas do País, em duas décadas de atuação, a companhia conseguiu formar uma equipe de 1,6 mil colaboradores engajados em pro36

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mover saúde e bem-estar à população brasileira, por meio de um amplo portfólio de medicamentos genéricos e de marca. “Completamos 20 anos de história com uma qualidade que levou a empresa a ser escolhida por seis anos

consecutivos como o laboratório de genéricos mais confiável pelos brasileiros, por meio de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope)”, orgulha-se o diretor de negócios da Medley, Carlos Aguiar. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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Para comemorar esse importante marco, a Medley preparou algumas ações especiais. Entre elas está uma nova campanha de mídia, intitulada “Medley, traçando confiança”. O filme usa o recurso de animação para envolver o espectador na história da marca de maneira inovadora. A narrativa do filme foi construída com foco na família e na saúde, alinhada com os valores da Medley e do Grupo Sanofi. Para simbolizar a união entre os pilares da companhia, o enredo é conduzido por um traço, que toma diferentes formatos de acordo com a parte da história que está sendo narrada. O roteiro se inicia com um médico, que assina a letra ‘M’, de Medley. Segue, então, para uma farmácia, em que pacientes estão recebendo atendimento. As ações sociais tão valorizadas pela Medley, como Caravana dos Genéricos e Blitz da Saúde, também surgem representadas no filme. “Nossa missão é levar aos pacientes o tratamento que eles necessitam, com preços acessíveis. É esse empenho que queremos transmitir por meio da nova campanha”, comenta Aguiar. A estreia do filme ocorreu no dia 17 de junho último, em grande estilo. Ocupou o horário nobre, no intervalo do Jornal Nacional (TV Globo), com exibição em São Paulo e região metropolitana. No dia 19 de junho, a campanha também estrelou o intervalo do Fantástico, com exibição para outras regiões do Brasil. Já

nos canais fechados – operadoras de TV por assinatura – e na internet, a exibição tem abrangência nacional. A campanha, criada pela agência Publicis, permanecerá no ar até agosto próximo. “Com essa campanha, comemoramos a história de confiança da marca Medley, além de fortalecer a presença do Grupo Sanofi no Brasil, já que somos uma empresa que oferece mais de 350 produtos para saúde, que vão desde cuidados primários e prevenção até tratamento de doenças crônicas e complexas”, diz a diretora de comunicação e responsabilidade corporativa do Grupo Sanofi no Brasil, Márcia Goraieb. CARAVANA DOS GENÉRICOS A celebração de 20 anos de atuação merece ser grande, por isso vai além de trabalhos de divulgação na mídia e se estende a outras ações da companhia, como campanha de endomarketing e Caravana dos Genéricos, que chega à quinta edição. Neste ano, outras seis importantes regiões metropolitanas do País receberão a Caravana, que promove atendimento gratuito à população, com testes de taxa de glicemia, colesterol, pressão arterial e Índice de Massa Corporal (IMC), além de medir a circunferência abdominal. Os exames são realizados por profissionais da saúde e os resultados divulgados na hora. Quando é detectada alguma alteração nas taxas verificadas, os profissionais de saú-

de orientam o paciente a procurar atendimento médico especializado para iniciar o tratamento adequado. Em edições anteriores, a Caravana tinha capacidade para atender oito pessoas em cada seção. Neste ano, a Truckvan, maior fabricante de unidades móveis do Brasil e parceira na ação, realizou ajustes internos no design original da carreta. Com espaço ampliado, será possível atender dez pessoas simultaneamente, garantindo maior agilidade sem perda de qualidade. Além do atendimento médico, os participantes poderão assistir a um filme em 3D sobre medicamentos genéricos, que abordará desde o conceito e até como são produzidos esses medicamentos, passando pelos atributos mais importantes: preço, qualidade, eficácia e segurança. Ao sair, todos receberão material informativo com dicas para tratamento e prevenção a respeito das doenças para as quais fizeram os testes. ROTEIRO DO ATENDIMENTO Entre os meses de junho e julho, a Caravana irá percorrer mais de oito mil quilômetros, atendendo mais de seis mil pessoas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Em cada cidade, o caminhão permanecerá por dois dias. As primeiras localidades a receber a ação foram Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). Em seguida, a Caravana seguirá para Recife (PE); Rio de Janeiro (RJ); Campinas (SP); e São Paulo (SP). 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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DIGITAL

Seu Orfeu versão hi-tech

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O VAREJO FAZ MUITO O USO DE TECNOLOGIAS, ATÉ PORQUE EXISTE A NECESSIDADE DE SE CONECTAR AO CLIENTE DE FORMA CONSTANTE

LEO GMEINER CEO da Intuitive Appz 38

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Quando eu era criança, meus pais e todos nossos amigos iam até o seu Orfeu, lá no bairro em que morávamos, para comprar remédios, medir o peso, auferir a pressão e prosear um pouco. Ir à farmácia fazia parte da rotina das famílias do mesmo modo que, hoje, o e-commerce, cada vez mais, faz parte da rotina dos brasileiros. Tudo bem que, de certa forma, perdemos essa proximidade, no entanto, com as tecnologias existentes, conseguimos nos aproximar de muitos outros clientes que estão além do nosso bairro. E sabe o que é bom nisso tudo? O varejo, de forma geral, tem muita predisposição ao uso de tecnologias, até porque a necessidade de se conectar ao cliente de forma constante e eficaz é, provavelmente, mais primordial neste segmento do que na maioria dos outros. E mesmo com suas especificidades, farmácias não são diferentes. Assim como não é diferente a necessidade de se encontrarem soluções justas e que se encaixem perfeitamente a essas peculiaridades e aos orçamentos das redes e estabelecimentos. Numa conversa recente com dois amigos do setor, em que estávamos justamente analisando o segmento, pudemos identificar oportunidades tanto no ponto de venda (PDV), como no e-commerce e, claro, com a possibilidade (na verdade, neces-

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sidade) de convergir tudo isso nos smartphones e tablets. Um bom começo pode ser oferecer um aplicativo bem pensado e benfeito, que entregue mais do que produtos e ofertas e possa levar facilidade e comodidade, com funcionalidades, como, entre outras, alertas de uso de medicamento. Isso pode ser tão bom para o cliente como ao negócio, afinal, ao mesmo tempo em que você o lembra de tomar o medicamento, você consegue saber a hora de ele comprá-lo novamente. Feito isso, muitas outras possibilidades surgem. Podemos utilizar geolocalização, para saber quando o cliente está por perto e atraí-lo para nosso PDV. Instalar sensores de proximidade, como os beacons, para ofertar, de forma customizada, produtos que façam sentido para este ou aquele consumidor. Criar um programa de fidelidade simples e mobile, em que o cliente seja reconhecido por todas suas interações com sua empresa, mas que também nos ensine sobre os hábitos de cada uma das pessoas que compram com a gente. E esses são só alguns rápidos exemplos. Agora, o que me parece ser mesmo o tom da inovação que o mercado pede é trazer de volta o conhecimento, a proximidade e o cuidado do seu Orfeu, utilizando essas e outras tecnologias disponíveis, é claro. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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ATUALIDADE

Ampliação de serviço ENTIDADES REPRESENTANTES DO VAREJO FARMACÊUTICO PRESSIONAM ANVISA PARA REGULAMENTAR A VACINAÇÃO DENTRO DAS FARMÁCIAS BRASILEIRAS

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POR FLÁVIA CORBÓ

O fato de que a incidência de gripe aumenta no inverno é de conhecimento geral. No entanto, em meados de marços deste ano, um surto de H1N1, fora de hora, causou alvoroço entre os brasileiros. Enquanto ao longo de 2015 foram registrados 141 casos e 36 mortes relacionados ao vírus H1N1, até o início de junho, foram notificados 1.050 casos e 310 mortes atribuídas à doença. O resultado foi que, logo no início do ano, quando os termômetros ainda marcavam altas temperaturas, as notícias sobre uma possível nova epidemia fizeram lotar os postos de saúde pública. No entanto, o governo não estava preparado para um surto antecipado. A solução foi liberar lotes de vacina apenas para membros dos grupos de risco, como crianças,

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idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas. No entanto, quem não se enquadrava nesses grupos também queria proteção. Além disso, queria ter acesso à versão mais atualizada da vacina, essencial para o combate a um vírus que está em constante mutação. Isso fez com que se formassem longas filas nas clínicas particulares que ofereciam o serviço. Na cidade de São Paulo, pessoas chegaram a aguardar até cinco horas para receber a imunização. Como manda a lei máxima do capitalismo – oferta e procura –, muitas clínicas se aproveitaram da busca desesperada pela vacina e elevaram os preços às alturas. O abuso foi tanto que denúncias de consumidores levaram a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) a notificar alguns estabelecimentos a prestar esclarecimentos sobre aumento excessivo do preço da vacina contra a gripe H1N1. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Em uma das clínicas vistoriadas, foi constatado o aumento de 50% do preço anterior referente ao primeiro lote. Nelas, as vacinas variavam de R$ 90 a R$ 120. Ao Procon, as empresas notificadas alegaram que o reajuste se deu por conta dos fornecedores, que aumentaram em 13,5% o valor das vacinas.

SOLUÇÃO À VISTA Enquanto o consumidor fica desprotegido, sem acesso pleno à vacina gratuita concedida pelo governo e à mercê de preços altos e filas imensas em estabelecimentos particulares, farmácias preparadas para oferecer vacinação estão impedidas de colocar à disposição o serviço. A Lei 13.021/14, que trata dos serviços de Atenção Farmacêutica, já autoriza que as farmácias disponibilizem vacinas para uso imediato por parte da população. No entanto, antes que o serviço entre em vigor, de fato, é necessário que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emita uma norma técnica que regulamente a atividade. Entretanto, depois de dois anos desde que a lei foi aprovada e sancionada, a norma ainda não foi divulgada. “Se a aplicação das vacinas nas farmácias já tivesse sido regulamentada, teríamos aumentado muito a capacidade privada de atendimento à população. Isso sem falar na facilidade de acesso, com os horários extensivos de atendimento, e um provável preço bem mais acessível do serviço. Tudo isso com a segurança necessária, pois será o farmacêutico o profissional responsável por conduzir o serviço”, afirma o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto. De acordo com o executivo, a prática já se mostrou acertada em outros países e não somente em relação à gripe. Com a possibilidade de obter as mais diversas vacinas nas farmácias, aumentou-se muito o nível de imunização dos cidadãos para doenças, como, herpes zoster, hepatite A e B, HPV, meningite, pneumonia, tétano e outras. “Nos Estados Unidos, por exemplo, nos estados onde as farmácias oferecem vacinação, houve aumento na cobertura vacinal de 148% contra pneumococos – principalmente em idosos, que são os mais atingidos pela doença – e de 77% contra herpes zoster, em comparação a outros locais onde o serviço não é oferecido” argumenta Mena Barreto. 42

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O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) também defende a regulamentação que permitirá que farmácias possam aplicar vacinas e soros. “São estabelecimentos capilarizados por todo o território e o acesso facilitado poderia aumentar o volume de imunizações, e, com isso, até baratear o preço dessa vacina, sem diminuir a qualidade do serviço, visto que o farmacêutico é um profissional qualificado para realizar esse procedimento de forma segura”, afirma a gerente de Secretaria Central das Comissões de Ética do CRF-SP, Dra. Luciane Maria Ribeiro Neto.

BUROCRACIA NO CAMINHO Apesar da Lei 13.021/14 permitir que farmácias de qualquer natureza disponham de vacinas para atendimento à população, o estabelecimento, que opte por prestar o serviço de aplicação de injetáveis, está condicionado à autorização prévia por parte do órgão sanitário, conforme disposto na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44/09 da Anvisa, mediante cumprimento de requisitos exigidos de infraestrutura e materiais, por isso nada pode ser colocado em prática sem a norma técnica. “Ressaltamos que o fornecimento e aplicação de vacinas ainda pode estar condicionado a outros critérios, que devem ser verificados junto ao órgão de vigilância sanitária e até mesmo epidemiológica”, esclarece a Dra. Luciane. De acordo com a assessoria de imprensa da Anvisa, o arcabouço regulatório já existe e não há impedimento legal que proíba a aplicação de vacinas em farmácias. O órgão, inclusive, destacou diversas legislações que tratam do tema: Portaria Conjunta Anvisa/ Funasa nº 01, de 2 de agosto de 2000, que já prevê vacinação em estabelecimentos privados de vacinas; a Lei 5991/73; o Decreto 74170/74; e a RDC 44/09. “O que está sendo trabalhado agora é uma norma técnica para deixar mais clara a execução dessa atividade em farmácias, já que há entendimentos diferentes da norma atual. O prazo é de um mês, no máximo”, informou a assessoria de imprensa no dia 16 de maio último (data em que esta reportagem foi apurada. Até o dia 18/06, data de fechamento desta edição, nenhuma novidade foi anunciada). A Abrafarma reconhece o apoio e o esforço que a atual diretoria vem fazendo para tentar modificar a estrutura da Anvisa, sem deixar de lado a defesa da

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VACINAÇÃO NA FARMÁCIA Saiba quais são os investimentos necessários para estar apto à prestação do serviço de aplicação de injetáveis de forma geral em farmácias, conforme previsto na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44/09, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): Dentro da farmácia, é preciso ter uma sala exclusiva para a aplicação de vacinas, com dimensões, mobiliário e infraestrutura compatíveis com as atividades e serviço oferecido:

Estoque com câmaras de conservação ou geladeiras de uso exclusivo para as vacinas, com regulagem precisa de temperatura e distantes de qualquer fonte de calor

Lavatório contendo água corrente, toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, gel bactericida e lixeira com pedal e tampa

Paredes azulejadas na cor branca ou pintadas com tinta acrílica lavável

Um balcão para preparo dos imunobiológicos

Piso de fácil higienização

Uma pia preferencialmente de aço inox, mármore ou granito

ATENDIMENTO • A responsabilidade técnica por farmácias é exclusiva do farmacêutico. • Todos os tipos de vacina poderão ser aplicados, desde que a vacina esteja contemplada no calendário oficial de vacinação e para aquelas que não estão, é preciso exigir prescrição médica. Fontes: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP); e professora titular e farmacêutica responsável pela FarmáciaEscola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti

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A LEI 13.021/14 JÁ AUTORIZA QUE AS FARMÁCIAS DISPONIBILIZEM VACINAS PARA USO IMEDIATO. NO ENTANTO, ANTES QUE O SERVIÇO ENTRE EM VIGOR, DE FATO, É NECESSÁRIO QUE A ANVISA EMITA UMA NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTE A ATIVIDADE segurança na qualidade dos produtos e serviços de saúde, mas critica o excesso burocrático que impacta o tempo de análises de processos. Não faz nenhum sentido entulhar a estrutura com autorizações de funcionamento de filiais, um processo meramente burocrático e sem sentido, e que duplica a ação dos municípios, que efetivamente são os responsáveis por licenciar e fiscalizar os estabelecimentos farmacêuticos. Isso sem falar das inúmeras reuniões da Diretoria Colegiada que se dedicam a avaliar recursos e mais recursos administrativos, atravancando a pauta, protelando a discussão de assuntos muito mais nobres.

NORMA TÉCNICA A Lei 13.021/14 não trata de aspectos técnicos sobre a aplicação de vacinas, mas a prestação do serviço de aplicação de injetáveis de forma geral em farmácias está prevista na RDC 44/09 com algumas exigências, como a presença de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento; localização conveniente, sob o aspecto sanitário; equipamentos necessários à conservação adequada de imunobiológicos; acessórios que satisfaçam os requisitos técnicos estabelecidos pela vigilância sanitária; além de destacar a responsabilidade do farmacêutico quanto à garantia, eficácia e segurança da terapêutica prescrita e da observação dos aspectos técnicos e legais do receituário. 46

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CONSERVAÇÃO DAS VACINAS De acordo com a Dra. Luciane, vacinas requerem condições especiais de temperatura de armazenamento e conforme previsto na RDC 44/09. “Para aqueles produtos em que há exigência de condições especiais de armazenamento, devem ser obedecidas as especificações declaradas na respectiva embalagem, devendo a temperatura do local de armazenamento ser medida e registrada diariamente, sendo do farmacêutico a responsabilidade pela manutenção da adequada conservação e armazenamento de produtos farmacêuticos ou não dispensados na farmácia.” Por isso, a Norma Técnica da Anvisa deve conter exigências como: • A conservação das vacinas é feita por meio do sistema denominado rede ou cadeia de frio. Esse sistema inclui o armazenamento, o transporte e a manipulação de vacinas em condições adequadas de refrigeração desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é aplicada. • Esse sistema rede ou cadeia de frio é respeitado em quatro níveis: 1. nível nacional, 2. central estadual, 3. regional e 4. local. As câmaras de conservação ou geladeiras deverão ser usadas única e exclusivamente para os imunobiológicos, ou seja, serão câmaras de conservação ou geladeira dedicadas às vacinas. Deverão ter regulagem de temperatura máxima e mínima e devem ter um rígido controle. Deverão ficar longe de fontes de calor, como estufa, autoclave, raios solares, etc. A fonte de energia elétrica deverá ser unicamente destinada ao refrigerador. Nunca ligá-lo em T ou com benjamim. O estabelecimento deverá criar Procedimentos Operacionais Padrão para todas as operações demandadas a esta finalidade. “É necessário prever quais ações serão necessárias em situação de emergência, por exemplo, quebra de um refrigerador, entre outras, como: arrumação das vacinas no refrigerador; ordem de colocação; congelamento ou não e seu impacto na estabilidade das vacinas. Além disso, será preciso estabelecer o controle de toda a documentação necessária para assegurar a rastreabilidade das ações”, destaca a professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti.

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Farmácias de elite

APOIADAS PELO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E AUMENTO DA EXIGÊNCIA DO CONSUMIDOR, AS GRANDES REDES MOSTRAM POTENCIAL PARA CRESCIMENTO MESMO EM UM PERÍODO CONTURBADO DO PAÍS

Q

POR FLÁVIA CORBÓ

Quando se trata de mercado farmacêutico, podemos dizer que o Brasil é uma potência mundial, pois ocupa a sexta posição entre os maiores mercados consumidores de medicamentos no cenário mundial. Mesmo com a economia abalada, a expectativa é de que, até 2018, o País alcance a quarta posição, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão, segundo projeções do IMS Health. Uma conjunção de acontecimentos permitiu que se alcançasse esse nível. Um dos fatores dessa equação é o envelhecimento da população brasileira, que vem avançando ano a ano. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população acima dos 60 anos de idade deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para

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58,4 milhões (26,7% do total) até 2060, devido ao contínuo aumento da expectativa de vida. Maior número de idosos significa crescimento no consumo de medicamentos, já que doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, tendem a surgir com o avançar da idade. As farmácias e drogarias são o principal canal de dispensação de medicamentos, logo, não há crise capaz de frear o crescimento do varejo farmacêutico, impulsionado por uma demanda natural. No entanto, ainda que o setor como um todo se encontre em solo fértil para crescimento, nem todos os modelos de farmácias existentes no País crescem na mesma proporção. Atualmente, o Brasil possui em torno de 70,4 mil farmácias, das quais 72% são representadas pelas independentes e 14% são ocupadas pelas grandes redes – conIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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CRESCIMENTO TOTAL DO VAREJO FARMACÊUTICO Categoria

1º TRI./2015

1º TRI./2016

Crescimento %

Prescrição

R$ 11.203.564.957

R$ 13.009.510.586

16%

MIPs

R$ 3.851.453.862

R$ 4.264.094.192

11%

Personal Care

R$ 3.132.376.465

R$ 3.519.595.145

12%

Patient Care

R$ 912.548.769

R$ 1.075.618.412

18%

Nutrição

R$ 451.562.750

R$ 535.866.884

19%

Total

R$ 19.551.506.803

R$ 22.404.685.218

15%

*MIPs = Medicamentos Isentos de Prescrição Médica (Dorflex, Anador, Advil, etc.). *Personal Care = produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC). *Patient Care = produtos para cuidados ao paciente (testes diagnósticos, curativos, seringas, agulhas, medidores de pressão, etc.). *Nutrição = (fórmulas infantis, suplementos nutricionais, barrinhas de cereais, balas, chocolates, etc.). Desempenho grandes redes Comparativo (Jan. a Mar./2015 x Jan. a Mar./2016) 1º TRI./2015

1º TRI./2016

Vendas

R$ 8.239.343.104

R$ 9.335.333.811

13,30%

Vendas de medicamentos

R$ 5.393.252.104

R$ 6.121.105.354

7,54%

Vendas de não medicamentos

R$ 2.846.091.000

R$ 3.214.228.457

12,93%

Vendas de genéricos

R$ 949.129.369

R$ 1.073.925.203

13,14%

Unidades vendidas (Total)

520.587.548

542.101.326

4,13%

Total de lojas

5.626

6.009

6,80%

Evolução da representatividade dos modelos de farmácia de quatro em quatro anos

Variação (%)

2015 – Representatividade por volume de vendas e número de pontos de venda Representatividade em vendas

42%

54%

56%

3% 9%

Redes

56%

14%

Febrafar 14%

55% 37%

30%

Independentes

2011

2015

Independentes

Pontos de venda

30% 14%

2007

Redes Febrafar

14% 72%

Redes Febrafar Independentes

Fonte: IMS Distribution Services

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glomerados de lojas com expansão agressiva e alto poder de investimento.

DOMÍNIO DE FATURAMENTO É preciso ter cautela na análise dos percentuais para que não se chegue a conclusões errôneas. Quantidade não significa domínio de mercado, quando se trata de varejo econômico. Um grupo de 28 redes, todas ligadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), concentra 44,5% das vendas de medicamentos, mesmo tendo apenas 7% dos pontos de venda (PDVs) instalados no País, segundo indicadores divulgados pelo IMS Distribution Services. Em relação ao volume de vendas, a representatividade dessas grandes redes cresceu de 42% para 56% entre 2007 e 2015. Enquanto isso, as farmácias independentes encolheram de 55% para 30%. Para o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, a explicação para um desempenho tão superior está em um cenário favorável surgido a partir do fim da década passada. O aumento da renda da população brasileira promoveu uma mudança no perfil do consumidor e estimulou a abertura de novos PDVs. “A necessidade de absorver a crescente demanda e o maior grau de exigência do consumidor favoreceu as marcas com mais representatividade geográfica e fôlego financeiro. Além disso, as principais redes do País se beneficiaram com a maior capacidade de gerenciar estoques e a compra em grande escala de medicamentos e não medicamentos”, argumenta Mena Barreto, que ainda atribui o desempenho à boa gestão de estoque e à abrangência geográfica. Mesmo a inserção de grupos estrangeiros, como a norte-americana CVS, no mercado nacional, colaborou para impulsionar o grande varejo farmacêutico. Antes vista como ameaça, a expectativa de uma internacionalização acabou por estimular que redes locais investissem em lojas maiores e mais modernas, com diferenciais, como pequenas clínicas instaladas no interior da farmácia. Diante disso, pequenos e médios empresários, que trabalham com capital limitado, perdem poder de concorrência e as grandes redes saltam à frente.

FIRMES NA CRISE O único obstáculo que parece ser capaz de reduzir os bons resultados obtidos pelas grandes redes é a crise econômica brasileira. O varejo farmacêutico como um todo foi pouco abalado e segue crescendo acima de dois dígitos, embora em ritmo mais lento. No primeiro trimestre de 2016, o setor movimentou R$ 22 bilhões no preço consu52

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midor – montante 15% maior que o mesmo período do ano passado. No mesmo período, as grandes redes ligadas à Abrafarma faturaram, juntas, cerca de R$ 9,3 bilhões – um valor 13,3% superior ao mesmo período do ano anterior, mas abaixo da média de mercado. O resultado é inferior ao apresentado por outro modelo de negócio: o associativismo. As farmácias ligadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) conseguiram crescer 16,8% na venda de unidades, no primeiro trimestre de 2016, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, o associativismo encontrou uma maneira de se imunizar contra as ameaças de capitais maiores. “É necessário se unir para ganhar escala, aumentar o nível de profissionalização. Quinze anos atrás, as redes regionais eram maioria nos Estados Unidos, mas, aos poucos, foram sendo absorvidas pela Walgreens e CVS”, conta. Uma explicação para o crescimento abaixo da média do mercado apresentado pelas grandes redes pode estar na venda de medicamentos. Enquanto no acumulado dos três primeiros meses de 2016 o mercado farmacêutico como um todo cresceu 16% na venda de medicamentos de prescrição e 11% nos produtos isentos de receita médica, as redes da Abrafarma cresceram apenas 7,54% nos medicamentos em geral. Já nos itens da categoria “não medicamentos”, que inclui produtos de higiene pessoal, cosméticos, perfumaria, xampus, absorventes íntimos, adoçantes, tinturas de cabelo, preservativos e protetores solares, entre outros, os números superaram a média de mercado, o que mostra que a força das grandes redes está concentrada em produtos diferenciados e não apenas em medicamentos. A categoria foi responsável por movimentar R$ 3,21 bilhões entre janeiro e março deste ano nas grandes redes – um acréscimo de 12,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015 –, enquanto o mercado cresceu 12%. “Os não medicamentos já representam 34,43% do total comercializado. Isso mostra que, cada vez mais, os clientes querem mais conveniência, buscando um mix de produtos em um único lugar”, avalia Mena Barreto.

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Ajuda na prevenção da degradação da cartilagem2,3 Auxilia na melhora da articulação3

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da INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA1

Cartigen C® é composto por Colágeno hidrolisado, hibiscus solúvel (Hibiscus Não contém glúten. SAC: 0800 25 01 10. PRODUTO DISPENSADO DA OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO - RESOLUÇÃO RDC 27/2010. Referência bibliográficas: 1. Embalagem do produto. 2. Zuckley L, Angelopoulou K, Carpenter MR: Collagen hydrolysate improves joint function in adults with mild symptoms of osteoarthritis of the knee. Medicine and Science in Sports and Exercise 2004, 36 (Supplement), 153 – 154. 3. Bello, AE. Et al. Collagen hydrolysate for the treatment of osteoarthritis and other joint disorders: a review of the literature. Curr Med res. Opin. Nov 22 (11) 2221-32e.2006.

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LOGÍSTICA

O desafio do transporte de vacinas e medicamentos na cadeia do frio

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HÁ UM GRANDE NÚMERO DE PRODUTOS QUE NECESSITAM QUE A TEMPERATURA DO TRANSPORTE SEJA CONTROLADA PARA A SUA CONSERVAÇÃO

MARCELO NICIOLI Gerente de produtos Truck & Trailer da Thermo King 54

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Nas últimas décadas, a indústria farmacêutica tem enfrentado uma série de condições que fizeram com que o setor se transformasse profundamente para encarar os desafios de um novo ambiente de negócios e fornecer uma resposta em tempo hábil à crescente demanda por medicamentos. Quando se fala em regulamentação para transporte refrigerado de cargas no Brasil, o setor de fármacos está entre os que mais geram preocupação ao mercado. Sabe-se que existe uma demanda considerável para produtos farmacêuticos sensíveis ao calor, exigindo acondicionamento entre 15ºC e 30ºC. Outros produtos, como os hemoderivados, necessitam de ambientes extremamente gelados. E há também os que precisam de ambiente refrigerado, como as vacinas e insulinas, que exigem condições de temperatura entre 2ºC e 8ºC. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 25% das vacinas chegam ao seu destino em condições degradadas devido ao transporte inadequado. Além disso, cerca de 20% dos produtos farmacêuticos com sensibilidade à temperatura são danificados durante o transporte, devido a uma interrupção da cadeia do frio.

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O transporte de fármacos precisa de cuidados em embalagens, limpeza e acompanhamento de profissionais da saúde. Na prática, toda a cadeia, desde a fabricação até a aquisição pelo consumidor, é acompanhada por normas e todas as empresas envolvidas devem possuir autorização para operar. Ou seja, toda a cadeia compartilha responsabilidade pelo produto final. É por isso que a manipulação eficiente desses produtos pode não só ajudar a evitar que a saúde da população seja afetada, mas também criar, manter e reforçar a boa relação de negócios com parceiros que percebem o comprometimento da empresa em manter a qualidade dos medicamentos em todo o fornecimento da cadeia fria. Escolher um parceiro logístico que ajuda a indústria farmacêutica a assumir o desafio do transporte refrigerado é um passo importante para o sucesso. Dado esse cenário, o mercado oferece uma ampla gama de sistemas de controle de temperatura para veículos – caminhões, reboques, aeronaves e contêineres –, permitindo que as empresas farmacêuticas atendam aos desafios da cadeia de frio em medicamentos e vacinas. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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A maior competição de esportes do mundo desembarca na cidade maravilhosa. O cuidado com a saúde não pode ficar de fora, nem o bom atendimento.

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DEBATE

Brasil em alerta ERROS NA POLÍTICA ECONÔMICA E GASTOS EXCESSIVOS DO GOVERNO AUMENTARAM A INFLAÇÃO E O DÓLAR E DEIXARAM O CONSUMIDOR DESCONFIADO. POR ISSO, OS INVESTIMENTOS CESSARAM, O DESEMPREGO CRESCEU E O PAÍS MERGULHOU EM UMA CRISE QUE PODE AFETAR PROGRAMAS SOCIAIS

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POR FLÁVIA CORBÓ

Ultimamente, ler as manchetes dos jornais tem exigido estômago forte. A dívida pública já atinge quase R$ 2,8 trilhões, o que representa mais de 66% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Por sua vez, o índice que trata das riquezas produzidas pelo País também vai de mal a pior. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a perspectiva é de que 2016 se encerre com uma retração de 3,88% no PIB. Com queda na produção de riquezas internas, fechar as contas no azul tornou-se tarefa impossível. O déficit primário – diferença entre o dinheiro arrecadado e os gastos do governo – está em R$ 170,5 bilhões, isto sem considerar o pagamento de juros de mais de R$ 300 bilhões em 2016. E as notícias preocupantes não ficam apenas no âmbito da macroeconomia. Chegaram ao cotidiano do brasileiro. No primeiro trimestre de 2016, a taxa de desemprego no Brasil já bateu um novo recorde. São 11,4 milhões de pessoas sem trabalho – o equivalente a toda a população da cidade de São Paulo –, que resulta em uma taxa de desocupação de 11,2%. E quem abre o jornal em busca de oportunidades de emprego se depara com contínuas denúncias de corrupção, que surgem com o avançar da Operação Lava Jato.

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK/AGÊNCIA BRASIL

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O desvio desmedido de recursos públicos foi um dos fatores que levou à atual crise econômica e política, mas, segundo especialistas, há diversos outros culpados para a situação atual. Explicar como o Brasil passou da “menina dos olhos” do mercado internacional para ter a credibilidade rebaixada a níveis desconcertantes é complexo, inclusive para economistas e analistas de mercado. As variáveis são muitas e vêm de longa data. “O Brasil promissor da ‘Era Lula’ já tinha escondido muitos dos problemas que estão causando a crise econômica que estamos vivendo desde o final de 2014. Entretanto, o governo Lula beneficiou-se de dois fatores que esconderam os perigos: herdou um País com inflação baixa e controlada, devido ao Plano Real, o que permitiu a redução da taxa de juros, e ganhou divisas, investimentos e empregos com o fortíssimo crescimento da China, a qual importou todas as commodities (minérios, cereais e carnes) que o Brasil pôde exportar”, descreve o consultor, instrutor em finanças e diretor executivo da Miyamoto&Cia, Gilberto Miyamoto.

O DESANDAR DA CARRUAGEM Os especialistas são unânimes em dizer que o principal erro do governo Dilma foi não ter promovido mudanças estruturais necessárias em um momento em que o País seguia firme e equilibrado. “Deveríamos ter aproveitado aquela oportunidade para fazer as reformas fiscal, previdenciária, política, entre outras, que precisávamos para sermos mais competitivos no cenário internacional”, opina o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e diretor da Saint Paul Advisors, José Roberto Securato Júnior. Como as mudanças não ocorreram, o País estagnou. “Então, quando as economias desenvolvidas se reergueram, o Brasil perdeu sua vantagem competitiva. O modelo de estímulo ao consumo perdeu eficácia e o real, muito valorizado, começou a nos impactar negativamente.” Más decisões na política econômica dificultaram ainda mais o caminho. De acordo com o economista e professor da Faculdade de Administração da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Tharcisio Souza Santos, no início do mandato de Dilma, era preciso ter mantido a política de equilíbrio fiscal, o superávit primário, mas o governo seguiu uma linha oposta. “Começou a dar aumento de salário acima da inflação, achando que com isto resolveria o problema da distribuição de renda; o crédito cresceu muito, isto contribuiu para aumentar a inflação; a Petrobras entrou em colapso não só pela corrupção, mas também porque o governo manteve a gasolina barata, em uma tentativa de conter a inflação. Esqueceram que isso tudo só funciona

por um breve período. Chegou uma hora em que a conta foi apresentada.” Quando o descontrole das finanças do governo ficou escancarado, o mercado entrou em alerta. Investidores recuaram diante da queda da credibilidade do País, que teve a nota de “bom pagador” reduzida algumas vezes por agências de classificação de risco. Os empresários, receosos, cortaram investimentos, custos e vagas de emprego. A população freou o consumo, por conta do desemprego ou pelo receio de ficar sem trabalho dentro de um futuro próximo. “Nos últimos três anos, o elemento confiança na economia despencou. O mau humor do consumidor fez com que houvesse uma retração, que gerou efeito cascata: diminuição das vendas, do emprego, do crédito, isto nos trouxe para o ponto em que estamos hoje. Junto com isso, veio a crise política e a economia do País se deteriorou”, resume o presidente executivo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra.

ESPERANÇA OU TEMOR? A soma da ineficiência da gestão pública a recorrentes denúncias de corrupção no governo culminou em manifestações populares que levaram milhões de pessoas às ruas, nas mais diversas cidades do País. Quando um pedido de impeachment protocolado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, além da advogada e professora da Universidade de São Paulo (USP) Janaina Paschoal, chegou ao Congresso Nacional, os parlamentares votaram em maioria pelo acolhimento do processo. Em seguida, o pedido foi analisado pelo Senado Federal, onde também recebeu autorização para ser levado adiante. A legislação brasileira determina que, durante tempo máximo de 180 dias que o Senado tem para processar e julgar a presidente, ela deve se manter afastada do cargo. Cumprida a lei, quem assumiu a liderança do País foi o vice-presidente Michel Temer. O parlamentar só assumirá a cadeira definitivamente caso a presidente perca de fato o mandato, mas, ainda que de forma temporária, Temer deu início a um novo governo. Um dos primeiros atos do presidente interino foi realizar mudanças nos ministérios. Das 32 pastas criadas durante o governo Dilma, Temer manteve apenas 23 e trocou todos os ministros. Para o mercado, o afastamento da presidente Dilma Rousseff e os primeiros passos de Temer foram bem-aceitos e vistos como um sinal de esperança. “Essa transição representa uma ruptura, a oportunidade de fazer diferente e romper com compromissos do passado. Essa oportunidade gera uma expectativa que, 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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DEBATE

ALTERAÇÕES NO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Alexandre Padilha

Arthur Chioro José Agenor Álvarez

até o momento, é otimista. Ao longo do tempo, vamos conhecer melhor o tamanho do problema e a efetiva habilidade do novo governo para remediar. Não existe solução milagrosa, mas espera-se que a incerteza diminua com esse processo e que investidores tenham mais subsídios para tomar decisões de investimento”, pondera Securato Júnior.

SAÚDE INCERTA No entanto, nem todos se sentiram seguros diante das mudanças. Representantes de entidades do setor farmacêutico estão apreensivos. Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde sofreu inúmeras mudanças no comando. Em janeiro de 2014, Alexandre Padilha deixou a pasta visando concorrer ao governo do estado de São Paulo. Quem assumiu foi Arthur Chioro, que foi demitido pela presidente afastada em setembro de 2015. O deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) foi, então, o escolhido para assumir o ministério, mas, em abril de 2016, quando o PMDB saiu da base aliada, o parlamentar se retirou do cargo, que ficou nas mãos de José Agenor Álvarez. Esse, por sua vez, teve pouco tempo de ação, já que foi demitido assim que o governo provisório de Temer assumiu o poder, em maio último. Agora, quem está à frente do ministério é Ricardo Barros (PP-PR), engenheiro civil que ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados. “A alternância de ministros é preocupante, porque perdemos todas as pontes de contato. É preciso começar a expor o que é e como funciona o setor farmacêutico no País para novos interlocutores. Essa última mudança foi 58

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Ricardo Barros assumiu o poder em maio último

a mais radical, porque também saíram secretários. Toda a diretoria vai mudar. Já estamos no começo de junho e, por enquanto, apenas um nome foi indicado”, expõe o presidente executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. Além da falta de diálogo, as constantes mudanças no Ministério da Saúde deixam dúvidas quanto à relação entre indústrias e governo. “Precisamos ter uma interlocução para saber como fica, por exemplo, a questão das Parcerias Público-Privadas (PPPs). São investimentos que a indústria farmacêutica vinha fazendo, com a expectativa de realizar vendas de produtos para o governo. Precisamos ver se esses negócios vão continuar vigorando. Essa é uma dúvida muito grande. No plano do legislativo, temos temas, como rastreabilidade, que já foi aprovado no Senado, e agora está no Congresso Nacional. Esperamos que ande rapidamente, passada esta fase de turbulência”, relata.

PROGRAMAS SOCIAIS As primeiras declarações do novo ministro da saúde são preocupantes e coloca o setor em alerta. Logo que assumiu, Barros afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o País não conseguiria mais sustentar os direitos que a Constituição garante, como o acesso universal à saúde. Por arrecadar menos do que precisa, o governo teria de limitar gastos obrigatórios, o que representa um impacto direto no Sistema Único de Saúde (SUS). A legislação atual determina que o governo federal aplique, no mínimo, 13,2% de sua receita líquida em Saúde.

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DEBATE

A CRISE EM NÚMEROS

Inadimplentes:

Dívida pública: Desempregados: R$ 2,8 trilhões, 11,4 milhões = taxa de 11,2% mais de 66% do Produto Interno Bruto (PIB)

60 milhões, totalizando

de desocupação

R$ 256 bilhões em dívidas

Déficit primário (diferença entre o dinheiro arrecadado e os gastos do governo):

PIB 2016: perspectiva de

R$ 170,5 bilhões

Número de ministérios

Inflação 2016: expectativa de

– 3,88%

7,12%

GOVERNO LULA

GOVERNO DILMA

33

39; em 2015, foi para 32

Número de funcionários públicos 485 mil

617 mil

Despesas com pessoal

R$ 236 bilhões

VOCÊ SABIA?

R$ 143 bilhões

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Dos 513 deputados federais brasileiros, apenas 35 chegaram ao poder por voto direto; o restante é beneficiado pelo voto na legenda do partido.

Fontes: consultor, instrutor em finanças e diretor executivo da Miyamoto&Cia, Gilberto Miyamoto; economista e professor da Faculdade de Administração da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Tharcisio Souza Santos; Fundação Getulio Vargas (FGV); e Serasa Experian

Com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sugerida pelo governo provisório, seria extinta a exigência de uma quantidade obrigatória. A União cumpriria um valor mínimo, que seria corrigido anualmente pela inflação. Hoje, mesmo com a garantia de um percentual obrigatório, a situação da Saúde já é preocupante. Dos R$ 118 bilhões previstos no orçamento de 2016, R$ 5,5 bilhões 60

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não estão disponíveis. Com isso, programas como o Farmácia Popular, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) só têm verba suficiente para funcionar até agosto próximo. Diante das incertezas, Mussolini defende a manutenção dos programas sociais. “O Farmácia Popular é extremamente importante, pois dá acesso a tratamentos e evita

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DEBATE

mácia Popular e o SUS seria dar um tiro no pé. Investimento na saúde da população não é populismo, é investimento na produtividade da economia brasileira. Temos de ver estes gastos pela ótica econômica, não filosófica. Essa suposta economia de curto prazo vem com a redução de despesas muito maiores e menos importantes que a saúde da população”, rebate Securato Júnior.

QUAL É O CAMINHO?

Ainda que de forma temporária, Michel Temer deu início a um novo governo

internações e outras despesas. Tratar uma doença fora do hospital é investimento; dentro, é despesa. Fora, a pessoa está gerando riqueza, dentro, está inativa, não compra, não paga impostos”, alerta, se posicionando também a favor do SUS. “É um sistema maravilhoso comparado a outros países, mas tem uma série de problemas de administração. Não faltam recursos, falta boa gestão.” Outros especialistas em saúde e economia, assim como a opinião pública, também reagiram negativamente diante das falas de Barros. Não tardou para que Temer viesse a público desmentir as afirmações e garantir que a área da saúde não será afetada neste momento. Junto com a equipe econômica, o ministério está buscando outros meios para reequilibrar o orçamento da área. Apesar da tentativa de acalmar os ânimos, as dúvidas quanto ao rumo dos programas sociais persistem. Há quem acredite que cortes de recursos são um mal necessário para colocar as contas do governo de volta aos trilhos. “Devido à gravíssima situação fiscal do governo federal, podem ser esperadas reduções em todos os programas por ele mantidos. Não tenho informações específicas sobre os programas ligados ao Ministério da Saúde, mas a questão não é se haverá cortes e sim, de quanto eles serão. É como numa família em que há muitos desempregados: todos os gastos devem ser reduzidos”, defende Miyamoto. Outros são contrários aos cortes em áreas vitais, como a da Saúde, e acreditam que a União não seguirá adiante com a proposta. “Economizar com programas como Far62

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Se cortar gastos em programas sociais não parece ser a atitude mais viável a ser tomada, o que o governo deve fazer para sanar as dívidas e fazer o País voltar a crescer? Todos os especialistas entrevistados pelo Guia da Farmácia concordam que será um processo lento, de médio a longo prazo, cujos resultados devem começar a aparecer apenas em 2018, caso as atitudes corretas sejam tomadas. “O governo federal precisa restabelecer a confiança de investidores e consumidores. Isso será feito colocando a própria casa em ordem, cortando gastos e transferindo para o setor privado obrigações de investimento que atualmente são do governo. Para isso, deve ter o apoio da maioria dos parlamentares nas duas casas do Congresso Nacional. Depois, deve começar a reduzir a taxa de juros”, acredita Miyamoto. Essas medidas mais imediatas já devem trazer certo alívio e garantir um final de ano ligeiramente mais tranquilo aos brasileiros, segundo Terra. “Como a situação é muito ruim, estamos sensíveis a qualquer retomada. Meu prognóstico é que vamos ter um último trimestre bem mais interessante. Em termos históricos, parecerá pouco, mas para quem estava na lama, a sensação será positiva, de que voltamos a crescer. Será uma leve retomada, uma recuperação lenta, mas no cenário do caos, já gera um otimismo”, aposta o presidente da SBVC, lembrando que por mais que pareça subjetivo, a confiança é fundamental para a economia. “É um efeito muito importante. Melhorando o humor do consumidor, poderemos ter um Natal mais impactante para o varejo. Com isso, a roda começa a girar; o círculo vicioso de demissão, desemprego pode se reverter.” No entanto, para que as mudanças sejam efetivas, é preciso ir além de sanar problemas atuais. Há questões crônicas a ser resolvidas, que envolvem processos mais complexos, como reformas política, tributária e trabalhista, fundamentais para melhorar o ambiente de negócios, atrair investimentos e reduzir o peso do Estado quanto à interferência do governo na economia.

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Em períodos mais complicados, vencer sendo proprietário de um varejo do segmento farmacêutico requer cada dia mais uma mudança de atitude na relação com o consumidor. Isso porque mesmo para uma farmácia, onde parte dos consumidores utiliza medicamento de forma contínua, isto é, tem sua reposição mensal prevista, é necessária uma nova postura para manter esta reposição vinculada à sua loja. E com certeza estamos falando mais do que desconto para isso, na verdade, estamos falando de uma postura de gerenciamento da carteira de clientes. Isso porque esse público, se bem trabalhado, pode ser uma boa garantia de demanda para os seus produtos de uso contínuo. Em outras palavras, é preciso atuar como repositor de forma ativa para esse grupo de pacientes, só assim você irá fugir do leilão da reposição, e como o próprio nome diz, vence quem participa com o menor preço e não quem oferece o melhor serviço, ficando assim claro a importância de um serviço bem estruturado para sair na frente da concorrência. Hoje, o mercado de produtos de uso contínuo, considerando também os produtos controlados com esta característica, deve chegar próximo a 30% da demanda dos produtos tarjados, o que reforça a importância de estar atento a essa reposição. ESTRUTURANDO O GERENCIAMENTO DA SUA CARTEIRA DE CLIENTES 1. Identifique os produtos com essa característica e que valem a pena ser acompanhados.

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2. Ao vender, identifique seus consumidores e os cadastre em uma base de contatos futuros. 3. Próximo ao fim da medicação, entre em contato com o paciente e proponha a reposição do produto, ainda que por meio de entrega na residência ou até mesmo com o convite para a prestação de um serviço na sua loja. A oferta do serviço de aferição de glicemia/pressão arterial, por exemplo, pode ser um motivo, ou seja, você precisa trazer o cliente para sua loja antes do término do produto levar o cliente à primeira loja que encontrar na frente. Bom, agora que você já tem o cliente na loja, é a hora de valorizar ainda mais a presença dele por meio de um atendimento personalizado, identificar as possíveis vendas cruzadas que possam interessar a este consumidor e, é claro, melhorar o tíquete médio da sua loja. Um exemplo: o uso de hidratantes como a ureia para pacientes diabéticos é algo recomendado por muitos médicos por conta dos cuidados que o pé diabético exige, logo, esta pode ser uma alternativa para complementar e melhorar o tíquete médio desse consumidor que foi convidado a voltar à loja para reposição de um produto para diabetes. Acredite, um atendimento diferenciado é aquele que entende o motivo de ida à farmácia como o primeiro produto a ser comprado e não o único a ser levado pelo consumidor. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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GESTÃO

Na ponta do lápis

EM MOMENTOS DE CRISE, MUITAS EMPRESAS OPTAM PELA REDUÇÃO DO QUADRO DE COLABORADORES COM O TEMOR DE GRANDES PREJUÍZOS FINANCEIROS OU PARA MANTER O EQUILÍBRIO ECONÔMICO DA ORGANIZAÇÃO

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POR VIVIAN LOURENÇO

Neste momento difícil pelo qual o País passa, tanto economicamente, quanto politicamente, os reflexos caem diretamente sobre as empresas e respigam na população brasileira. Já são mais de 11 milhões de brasileiros desempregados. Em situações de restrição contínua da demanda, é inevitável se avaliar a possibilidade de demissões, como ocorre atualmente em quase todos os mercados por conta da perda da capacidade de compra dos consumidores. É uma decisão difícil e complexa que

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deve ser analisada com bastante critério e racionalidade para se evitarem problemas futuros, principalmente quando houver uma estabilização do cenário. O aumento das demissões se dá pelo fato de as empresas recearem que as despesas sejam superiores aos seus ganhos neste período, já que a capacidade de lucratividade está reduzida, e também por acreditarem que essa solução é a mais eficaz para o corte de custos. Para o diretor acadêmico de pós-graduação da ESPM-Rio, professor Luiz Romero, a questão central não significa uma ideia de preferência, mas, sim, de IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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adequação da demanda à oferta de serviços/produtos. “Uma das questões centrais da boa administração é o equilíbrio entre demanda e oferta. Se a demanda é superior à oferta, a empresa deixa de ganhar (e crescer) e ainda corre o risco de fortalecer o concorrente.” Para manter o equilíbrio, o professor Romero destaca que existem diversos recursos, tais como hora extra, férias, contratação temporária, etc. “Pressupondo, evidentemente, uma boa previsão de demanda. Porém, se esgotados todos estes recursos ainda persistir o desequilíbrio, torna-se inevitável o ajuste da capacidade de trabalho por meio de demissões ou contratações, conforme a direção do desequilíbrio.” No entanto, para a assessora de carreiras da Catho, Carla Carvalho, é preciso avaliar os prós e os contras dessa decisão, já que a demissão de funcionários também requer saída de dinheiro e, dependendo da situação de cada empresa, este talvez não seja o caminho mais adequado. “O pensamento em longo prazo também deve ser considerado, pois o tempo de crise tende a passar com a melhora da economia, trazendo aumento de demanda e poder de compra, ou seja, novamente a necessidade de se recobrar o quadro de funcionários, o que é sinônimo de gastos e ações de contratação trabalhosas que, com um pouco mais de planejamento, poderiam ser evitados”, alerta Carla. O mesmo pensamento é compartilhado pelo coordenador de Ciências Econômicas e Gestão de Recursos Humanos da Newton Paiva, de Belo Horizonte (MG), Leonardo Bastos, que destaca que toda crise passa e, após a turbulência, as mesmas empresas demandantes passam a ter dificuldades de recrutamento. “Defendo que, neste contexto, a redução da jornada de trabalho seria a solução.”

CUSTOS DE UMA DEMISSÃO Se a empresa optar por demitir colaboradores nesta época, Bastos explica que deverá desembolsar gastos com férias, salários e 13° proporcionais acrescidos da multa de 50% do saldo de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) acumulado no período em que o empregado esteve na empresa. Além disso, os dias trabalhados no mês e o cumprimento ou não de aviso prévio, já são logo de início fatores para se avaliar, já que os dois juntos apresentam uma despesa em torno de dois salários.

A REDUÇÃO DO QUADRO DE COLABORADORES DEVE SER MUITO BEM PLANEJADA, PRINCIPALMENTE EM MOMENTO DE CRISE, EM QUE AS DEMISSÕES OCORREM EM GRANDE QUANTIDADE O professor da ESPM-Rio destaca ainda que o gestor deve levar em conta o custo funcional, que deve ser avaliado em relação à função exercida pelo demitido, sua facilidade de substituição se necessária, bem como o risco da sua absorção pela concorrência. “O processo demissional de um colaborador é alto, por isso, antes de tomar essa atitude, é importante colocar na ponta do lápis as despesas que isto implicará, sendo importante realizar um orçamento prévio desse ‘investimento’”, alerta Carla. Em algumas situações, as empresas ficarão com despesas correspondentes ao tempo que levariam para se recuperar da crise, o que torna, em muitos casos, a redução do quadro corporativo uma estratégia não tão favorável. “Por isso, a equipe de gestores tem o grande papel de estudar todas as possibilidades antes de estabelecer a decisão final”, sinaliza a assessora de carreiras da Catho.

CUSTOS DA ESTABILIDADE Por terem características que compõem custos e tributações próprias, muitas empresas têm variações na hora de estruturar a folha de pagamento, no entanto, a manutenção mensal inclui despesas básicas, como: encargos de contribuições sociais [Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e FGTS] e trabalhistas [provisões de férias, 13º salário e Descanso Semanal Remunerado (DSR)] e Vale Transporte, além, é claro, do salário do colaborador. No caso do INSS, Carla explica que a contribuição por parte da empresa é de 20% (para não optantes pelo Simples Nacional) e do FGTS, de 8%, mas ocorre também a tributação de 1% a 3% referente a Riscos de Acidente no Trabalho (RAT), com possível adicional conforme o grau de risco da atividade e Fator Aci2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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GESTÃO

dentário de Prevenção (FAP) e de 5,8% de contribuição variável de entidades terceiras [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Social da Indústria (Sesi), etc.]. “É importante lembrar que, além disso, ocorrem os acordos sindicais e convenções coletivas, que implicam no aumento de benefícios e, com eles, mais despesas para a empresa calcular na hora de estruturar a folha de pagamento de seu colaborador”, destaca.

EXISTE ECONOMIA NESSES CASOS? O segmento varejista é um dos primeiros ramos a demonstrar o enfraquecimento e a desaceleração do mercado, em consequência disto, ocorrem as demissões de alta escala com o intuito de controlar os gastos e evitar desperdícios. Isso ocorre, pois com o cenário menos propício, a escassez de clientela é nítida, os números de vendas caem e não faz sentido manter um grande quadro de colaboradores sem uma demanda que o justifique, sendo este o aspecto de real economia para os empreendedores. A economia efetiva, para Bastos, seria a de ajustar o quadro de funcionários à sua demanda de vendas e/ ou produção. Do contrário, haverá mão de obra ociosa e perda de produtividade com consequente prejuízo.

IMPORTÂNCIA DE PLANEJAR A redução do quadro de colaboradores deve ser muito bem planejada, principalmente em momento de crise, em que as demissões ocorrem em grande quantidade. “É preciso pensar que o planejamento vai além do contexto financeiro, onde é investido um alto valor de capital, mas também no planejamento de tarefas, no cuidado com a qualidade dos processos internos e no clima organizacional que se deixa após esse episódio”, orienta a assessora de carreiras da Catho. Complicações financeiras são, sem dúvida, o receio que toda empresa tem ao fazer um programa interno de demissões sem muito planejamento, mas não é somente essa a preocupação que acomete os gestores. 68

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“Os impactos que demissões em massa provocam internamente podem tomar proporções gigantescas, a começar do clima organizacional que costuma ficar muito tenso, comprometendo o desempenho dos funcionários”, enfatiza Carla. A insegurança dos empregados e até casos mais específicos, como agitações sindicais, elevação de turnover, entre outros, também já foram evidenciados em empresas que não tomaram a devida cautela na hora de conduzir esse processo. Para os especialistas, a imagem organizacional como um todo deve ser zelada, de modo a não obter prejuízo tanto ao desempenho de funcionários remanescentes, como na visão social da empresa frente à sociedade, por isso, toda e qualquer decisão a ser tomada deve ser bem avaliada pelo corpo de gestores, a fim de que seja possível prevenir aspectos negativos que comprometam a identidade e o desempenho corporativo como um todo. No caso de uma demissão, por exemplo, Bastos recomenda que o desempenho do funcionário, habilidades, competências, custo de reposição futura e, principalmente, se ele possui flexibilidade para ocupar outros cargos ou realizar outras tarefas, sejam observados. “Deve-se estimar o impacto nos custos e na produtividade (incluindo o nível de qualidade), a necessidade efetiva da demissão, a previsão do comportamento da demanda (ciclo de recessão/crescimento) e o reflexo no ambiente organizacional (influência nos demais empregados). Uma vez decidido pela demissão, deve-se avaliar com bastante cuidado a forma de fazê-la. Ética, transparência, respeito, empatia e compaixão devem estar presentes na maneira de conduzir o processo de demissão”, finaliza o professor Romero, da ESPM-Rio.

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A VENDA DE ANTIBIÓTICOS SÓ PODE SER FEITA COM PRESCRIÇÃO MÉDICA E RETENÇÃO DA RECEITA. QUANDO O CLIENTE FAZ O PEDIDO PARA ENTREGA EM DOMICÍLIO, MESMO ELE TENDO O RECEITUÁRIO, A AÇÃO PODE SER REALIZADA? PERGUNTA ENVIADA POR ROGERIO CARVALHO, GERENTE DA DROGARIA SANTA ALICE, DE VASSOURAS (RJ)

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Em relação a esta indagação, temos duas legislações que abordam este aspecto. A primeira delas é a Resolução da Diretoria Colegiada 44/09 que dispõe sobre Boas Práticas de Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produto e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Em seu texto, podemos ressaltar: - Seção V – Da Dispensação de Medicamentos em sua Subseção I – Da Solicitação Remota para Dispensação de Medicamentos § É imprescindível a apresentação e a avaliação da receita pelo

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farmacêutico para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por meio remoto. A segunda legislação é Resolução da Diretoria Colegiada 20/11 que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. Capítulo I – Da Abrangência Art. 1º – Esta Resolução estabelece os critérios para a prescrição, dispensação, controle, embalagem e rotulagem de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação.

Capítulo IV – Da Dispensação e da Retenção da Receita Art. 9° – A dispensação em farmácias e drogarias públicas e privadas dar-se-á mediante a retenção da segunda via da receita, devendo a primeira via ser devolvida ao paciente. Face à legislação e, conforme a pergunta realizada, a prescrição poderá ser feita, também, por outro profissional da saúde legalmente habilitado, como, por exemplo, o dentista, e não somente o médico. A dispensação remota de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos poderá ser realizada se, inicialmente, o usuário do mediIMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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camento a ser dispensado encaminhar a prescrição à farmácia/ drogaria, por fax ou por e-mail (prescrição escaneada), para que o(a) farmacêutico(a) possa realizar a análise da prescrição, no sentido de avaliar o cumprimento de todas as exigências legais relativas à prescrição, que permitam a dispensação por meio remoto. Ressalte-se que o encaminhamento citado anteriormente diz respeito somente à avaliação da prescrição. Portanto, a partir da aprovação da avaliação, se for efetivada a entrega do medicamento em domicílio ao usuário, este deverá entregar a segunda via da prescrição ao entregador

que, por sua vez, encaminhará ao farmacêutico(a) para que se possa, a partir da retenção da receita (física) em mãos, dar andamento em todas exigências legais necessárias para o registro da dispensação que ocorreu. Portanto, se as condições colocadas forem contempladas, poderá ocorrer a entrega, em domicílio, do medicamento solicitado. É necessário, também, salientar que somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto.

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MARIA APARECIDA NICOLETTI Professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG) 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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MARKETING

Rentabilidade em dobro ORGANIZAR AS GÔNDOLAS DE MANEIRA EFICIENTE, CRUZANDO PRODUTOS QUE TENHAM RELAÇÃO ENTRE SI, FAZ COM QUE O CONSUMIDOR TENHA INTERESSE EM ALGUMA CATEGORIA QUE NÃO ESTAVA NA SUA LISTA DE COMPRAS

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POR VIVIAN LOURENÇO

Com o orçamento cada vez mais apertado, o consumidor vai até o ponto de venda (PDV) com os produtos que precisa comprar em mente. E isso pode reduzir o tíquete médio do varejista. Porém, existe uma maneira de chamar a atenção do shopper para categorias que ele não estava esperando comprar. O cross-merchandising é uma técnica que, como explica a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros, é uma exposição cruzada de produtos, ou seja, a expo-

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sição mais próxima de produtos que têm alguma relação pelo uso. O objetivo do cross-merchandising é aumentar as vendas de itens que normalmente são esquecidos pelos clientes e que, por meio de técnicas de estímulo por associação, passam a adquiri-los por impulso ou conveniência, acrescenta a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. A ideia é aproximar fisicamente itens que não ficam na mesma gôndola ou prateleira. O objetivo é lembrar o cliente que ele pode precisar desse outro produto e gerar compra. “Um exemplo é aproximar IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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MARKETING

lenços de papel a medicamentos para resfriado ou algodão dos esmaltes”, explica Tatiana. Para a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa, cross-merchandising é um ponto extra. Mas não é qualquer ponto extra, é um “ponto extraturbinado” porque vende muito mais de que um “ponto extracomum”. “Qualquer produto fora do seu posicionamento, junto da categoria, pode ser chamado de ponto extra, mas um cross é aquele que agrupa dois tipos de itens complementares ou correlatos. Por exemplo: fraldas com pomadas para assadura.”

COMO UTILIZAR Obviamente em um cenário de ultracompetição entre varejistas, uma estratégia de inteligência de negócios e definição científica de como aproveitar e explorar a disposição de produtos em seu PDV, certamente potencializa vendas. Assim como a publicidade convencional, o sócio diretor da IWM Agency, agência especializada em influencers marketing, Felipe Iacocca, orienta que as gôndolas e disposição de produtos no comércio devem seguir uma lógica de como melhor chamar a atenção e interesse em poucos segundos quando o usuário está planejando sua compra. No segmento farmacêutico, normalmente, o cliente entra com o interesse específico de aquisição de algum produto que já tinha em mente e se, com inteligência, houver a disposição de demais itens que agreguem valor ao interesse inicial, as vendas aumentam. Para Silvia, inicialmente, é preciso escolher qual (ou quais) departamento(s) e categoria(s) receberão a exposição cruzada e, em seguida, identificar quais produtos têm potencial de cruzamento (itens com estoque alto podem ser uma boa escolha). “Esse produto ficará no ponto natural e será levado também para outro local em outra categoria, próximo a algum item que possa estimular sua venda”, orienta. Para definir quais itens podem ser cruzados, Tatiana orienta que é necessário pensar no momento de uso de cada um deles. “Por exemplo, quando alguém vai passar um demaquilante, precisará de algodão para aplicar o produto. Assim, esses dois produtos podem ser aproximados.” Além disso, para a diretora de atendimento da agência de pesquisa de mercado e inteligência Hello Research, Stella Mattos, existem duas formas 74

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EXEMPLOS DE CROSS-MERCHANDISING Existem inúmeros produtos que podem ser correlacionados com outros, tais como: • Lenços umedecidos com fraldas. • Escovas com xampus. • Esfoliantes com protetores solares. • Algodão ou gaze com antissépticos • Removedores com esmaltes. • Loção facial com aparelhos para barba. • Fio dental com creme dental. • Removedor de maquiagem com máscara para cílios. • Termômetros com medicamentos antitérmicos, etc.

Fonte: consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso

de determinar as categorias, fazendo uma pesquisa com o shopper ou pela base da tentativa e do erro. “O ideal é expor categorias de baixo giro e alto lucro com as de alto giro, por exemplo, lenços umedecidos com fraldas descartáveis, lenços de papel com antigripais, sabonete íntimo com absorventes”. Pode ser feita com diversos tipos de produtos, desde que a combinação faça sentido para o consumidor e não polua visualmente a loja. Alguns segmentos são mais óbvios. No caso do farmacêutico, inclui desde produtos de higiene pessoal complementares, cosméticos, fitoterápicos e os próprios medicamentos. “Não precisamos ir muito longe para entender que quem compra fraldas para bebês irá precisar de lenços umedecidos, mas este é só o básico. Um cross-merchandising bem elaborado deve ser pensado holisticamente em toda a distribuição de produtos como um grande quebra-cabeça, lembrando que mensuração, business inteligence e tecnologia são parte fundamental em todo o processo”, salienta Iacocca. Porém, Regina alerta que não adianta ficar pendurando qualquer produto pelas colunas das gôndolas, achando que faz um cross. “O cross tem

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algo que o relaciona com a categoria onde ele foi pendurado. Se não tiver isso, vende bem menos.” Outro ponto sobre o qual Tatiana alerta é que o cross deve ser feito com vários itens do mesmo produto, senão vai parecer que o item foi esquecido em uma prateleira por outro cliente e não que é uma exposição proposital.

QUANDO FAZER O USO Para Stella, o cross-merchandising pode ser aplicado de forma contínua, porém o desempenho de cada ação deve ter os seus resultados medidos para avaliar sua manutenção ou descontinuação. Pode ser intensificado em algumas épocas do ano, tais como inverno, quando há aumento de doenças respiratórias e resfriados; no verão, quando há maior cuidado com a pele e o cabelo, após as festas natalinas, quando há procura por produtos para perda de peso. O cross-merchandising além de ser uma prática pontual em si, acima de tudo, é uma filosofia e um conjunto de melhores práticas, destaca o sócio diretor da IWM Agency. Para ele, hoje não há mais espaço para o varejo que não utilize de data inteligence para gerenciar a disposição de display em seu comércio. “O mercado farmacêutico enfrenta concorrência acirrada como nenhum outro, veja pelo volume de farmácias em todos os bairros; a otimização e potencialização máxima de seu PDV não é mais uma questão de opção. Todos os recursos devem ser utilizados, senão, é operar no vermelho. O cross-merchandising é uma ferramenta essencial neste conjunto”, completa. Para Regina, a loja deve se utilizar da técnica quando não faz seus planogramas corretamente ou não agrupa categorias pensando nos consumidores, sendo assim, os fornecedores são obrigados a fazer alguns cross para criar impulso de compra. “O correto é a loja expor as fraldas e na sequência, as pomadas. Se isso não foi feito, só resta ao fabricante de pomadas criar e pendurar um clip-strip sobre as fraldas para lembrar a compra complementar.” Como início, Silvia sugere selecionar alguns produtos de cada categoria para não poluir demais a farmácia e acompanhar por 30 dias (nem menos e nem mais). Após esse prazo, devem-se mudar os itens. “É necessário fazer um rodízio dos produtos colocados

PRÓS E CONTRAS Vantagens

Desvantagens

Aumento de vendas com baixo custo de investimento

Se mal aplicado, pode causar sensação de indução no cliente

Fácil aplicabilidade no pequeno varejo

Falta de técnica na aplicação pode gerar confusão para o comprador

em cross, pois o consumidor ‘enjoa’ da exposição e a troca dá uma cara de novidade”, completa Tatiana.

VANTAGENS E DESVANTAGENS As ações bem desenvolvidas trazem vantagens para todos. Ao consumidor que tem a compra facilitada, pois economiza tempo e tem as necessidades lembradas e para o varejista, que tem um investimento praticamente zero, cria fidelidade à loja, atrai novos consumidores, tem seu espaço valorizado, aumento no giro e lucro dos produtos, com isso tem aumento do poder de negociação. “Para o fornecedor: aumenta o giro dos produtos com consequente aumento de vendas, além de barrar as ações dos concorrentes”, destaca Stella. Segundo a diretora de atendimento da agência de pesquisa de mercado e inteligência Hello Research, ações malfeitas ou em quantidade exagerada confundem e podem gerar uma experiência negativa, fazendo com que o cliente não retorne à loja. Outra desvantagem é que pode haver alguns consumidores que se sentem enganados ou induzidos devido à exposição dos produtos. Além disso, a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni alerta que o produto em cross não pode ser muito grande, é necessário um clip para pendurar o produto, então itens grandes podem causar medo no cliente de derrubar todos os outros. Produtos que quebram com facilidade também não devem ser colocados nesse clip. 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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Especial Idosos

SAÚDE

A nova terceira idade A POPULAÇÃO PREDOMINANTEMENTE JOVEM ESTÁ FICANDO ESCASSA. O PAÍS VIVE UM PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E É NECESSÁRIO SE ADEQUAR AOS DESAFIOS QUE ESSE NOVO CENÁRIO IMPÕE

O

PO R A DR I A NA BRUNO, MARCELO DE VALÉCIO E VIVIAN LOURENÇO

O Brasil está ficando velho. Em apenas duas décadas, a configuração populacional brasileira estará completamente alterada pela primeira vez na história. As projeções apontam que, após 2030, o contingente acima dos 60 anos de idade será maior do que o de crianças e adolescentes de até 14 anos de idade. Em 2050, os idosos representarão o dobro dessa população jovem. Esse novo perfil se deve a fatores, como diminuição da mortalidade infantil e adulta e queda da natalidade; a partir de 2040, os únicos grupos populacionais que vão crescer serão os de pessoas com 55 anos de idade ou mais. A população brasileira está vivendo mais e melhor. Neste ano, a expectativa de vida ao nascer subiu para 75 anos de idade, um acréscimo de 3,7 anos em uma década. Se comparado aos últimos quinze anos, o aumento é de seis anos. Para se ter uma ideia, em 1900, a expectativa de vida do brasileiro era de 33 anos de idade. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima em 77,8 anos a expectativa de vida do brasileiro em 2025 e de 81,2 anos em 2060. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que existem, atualmente, no mundo, perto de 800 milhões

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de pessoas com mais de 60 anos de idade. E projeções da entidade indicam que esse contingente populacional deve atingir dois bilhões de pessoas em 2050, o que representará 25% do total de habitantes do planeta. Ou seja, uma pessoa em cada cinco será idosa nos próximos 35 anos. Boa parte das causas para o envelhecimento da população é reflexo das políticas públicas de saúde preventiva, como as campanhas de vacinação que, no caso do Brasil, contribuíram para que a mortalidade infantil caísse de 20 mil nascidos, em 2000, para 14 por mil neste ano, devendo chegar a 11 por mil em 2015, segundo levantamento do IBGE. Para a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, com o aumento da população idosa, será necessário proporcionar um excelente atendimento, tendo em vista que o idoso quer cuidar de sua longevidade e saúde e não da doença. “Há muitos idosos com excelente saúde e que exigem cuidados de prevenção, tanto para a saúde como para a beleza.” Para o governo, o aumento do número de idosos acarreta uma despesa maior se pensarmos na aposentadoria; para o varejo, inúmeras oportunidades. Já para as farmácias, Silvia indica que será necessário iniciar um IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Especial Idosos

SAÚDE

trabalho de Atenção Farmacêutica e qualificação dos profissionais da farmácia para esse atendimento. Apesar de boa parte da sociedade encarar o envelhecimento como doenças e fragilidade, os idosos do século 21 têm um novo perfil, estão mais ativos e apesar de muitos serem portadores de patologias crônicas, conseguem melhorar a qualidade de vida quando praticam atividades físicas, por exemplo. Veja a seguir, as principais doenças que mais acometem a população idosa brasileira e de que forma as pessoas estão lidando com elas:

HIPERTENSÃO ARTERIAL É uma condição clínica que se caracteriza por níveis elevados de Pressão Arterial (PA). A pessoa é considerada hipertensa quando a PA sistólica ou máxima for ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ou mínima for ≥ 90 mmHg. Trata-se do principal fator de risco para derrames, doenças do coração, como infartos, paralisação dos rins, lesões nas artérias e alterações no olho. Ela atinge 32,5% (36 milhões) de brasileiros adultos, mais de 60% dos idosos, sendo responsável por 80% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), 60% dos infartos do miocárdio, 40% dos casos de insuficiência cardíaca e 37% das insuficiências renais terminais que precisam de diálise.

DIABETES O diabetes mellitus é uma doença que ocorre quando há o aumento da glicose no sangue. É classificado em tipo 1 e 2. O tipo 1, que é o mais grave e ocorre principalmente em crianças e adultos jovens, sendo necessário o tratamento com aplicações de insulina. Já o diabetes tipo 2, que é o mais frequente, está associado à resistência à insulina provocada pela obesidade e so80

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brepeso. Em idosos, o excesso de peso é uma das maiores causas do diabetes tipo 2, o que exige cuidados ainda maiores com a alimentação e a prática regular de alguma atividade física.

OSTEOPOROSE A perda de minerais, como o cálcio, e a deficiência de vitamina D são fatores que contribuem para o surgimento de doenças, como a osteoporose, tão comum em idosos e mulheres na menopausa. Crônica, a doença torna os ossos tão frágeis que podem se quebrar mesmo sem causa aparente.

ARTROSE É uma patologia que já atinge dez milhões de pessoas no País, sendo que apenas 42% delas já estão diagnosticadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), 20% dos adultos brasileiros já são acometidos pela doença e o excesso de exercícios físicos será a causa de 45% dos casos de artrose no futuro.

ARTRITE É um processo inflamatório em qualquer uma das 68 articulações. Caracteriza-se por dor aguda, inchaço, vermelhidão, aumento do volume local e limitação da articulação, manifesta-se em algumas doenças reumatológicas ou não, lúpus, artrite reumatoide, gota, anemia falciforme, entre outras.

MAL DE ALZHEIMER Doença degenerativa do cérebro, que piora com o tempo de modo lento, afetando o funcionamento intelectual e as atividades da vida diária. Ocorrem algumas alterações com umas proteínas no cérebro que matam os neurônios e prejudicam a comunicação entre as células.

PERDA DA AUDIÇÃO Com o avançar da idade, a pessoa começa a apresentar um processo natural de envelhecimento de seus órgãos, incluindo o sistema auditivo. O envelhecimento do ouvido humano é resultado dos efeitos cumulativos de vários fatores extrínsecos ao sujeito, tais como a exposição a ruídos, nutrição, estresse e uso de medicamento, somados ao envelhecimento.

IMPOTÊNCIA SEXUAL Diferentemente de uma “falha” ocasional, a Disfunção Erétil (DE) incapacita o homem, de forma permanente, em ter ou manter uma ereção peniana suficiente para uma relação sexual satisfatória. O problema pode estar associado a

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COMBATE DEFICIÊNCIAS NUTRITIVAS DAS COMBATE DEFICIÊNCIAS DAS E DO VITAMINAS B1, B6, B12,NUTRITIVAS NICOTINAMIDA VITAMINAS B6, B12, NICOTINAMIDA E DO MINERALB1, MANGANÊS. MINERAL MANGANÊS.

O BOM O QUE QUE E E BOM A NAO A GENTE GENTE NAO

ESQUECE. ESQUECE.

Composição: Glicerofosfato de Sódio, Glicerofosfato de Cálcio, Glicerofosfato de Manganês, Vitamina B1 (Cloridrato de Tiamina), Vitamina B6 (Cloridrato de Piridoxina), Composição: Glicerofosfato deeSódio, Glicerofosfato de Cálcio, Glicerofosfato de Frasco Manganês, Vitamina B1 (Cloridrato de Tiamina), Vitamina1.0657.0011.002-1. B6 (Cloridrato de Piridoxina), Vitamina PP (Nicotinamida) Vitamina B12 (Cianocobalamina). Apresentação: com 500 mL. Número do registro MS ANVISA: Vitamina PP (Nicotinamida) e Vitamina B12 (Cianocobalamina). Apresentação: Frasco comCONTÉM 500 mL. Número do registro MS ANVISA: 1.0657.0011.002-1. Advertências: “ATENÇÃO DIABÉTICOS: AÇÚCAR.” Advertências: “ATENÇÃO DIABÉTICOS: CONTÉM AÇÚCAR.” “Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ácido acetilsalicílico.” “Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causaraoreações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.” “NEROLOM® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. AO PERSISTIREM OSPODE SINTOMAS, O MÉDICO SEROCONSULTADO.” “NEROLOM® É UM MEDICAMENTO. SEU USO TRAZER RISCOS.DEVERÁ PROCURE MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.”

Distribuidores: RS: Medpharma | SC: Medchap | PR: BS Farma Distribuidora | SP: Distribuidora Rio Pretana | MG: Rezende Produtos Farmacêuticos | RJ: Mardimel |RS: ES:Medpharma Cirúrgica Confiança | BA: Grupo | SE: Simfarma | |AL: | PB: Distribuidora Paraíba | CE:Farmacêuticos Difarma | Distribuidores: | SC: Medchap | PR:Cordeiro BS Farma Distribuidora SP:Distrifar Distribuidora Rio PretanaFarmacêutica | MG: Rezende Produtos | PI: Delta |Distribuidora | MA: NC Pharma PA: Centrofarma, Pharma | AP: Rede de Farmácias Popular | AM: OC Pereira Distribuidora | RJ: Mardimel ES: Cirúrgica Confiança | BA:| Grupo Cordeiro |NC SE: Simfarma | AL: Distrifar | PB: Distribuidora Farmacêutica Paraíba | CE: Difarma | AC: Minas Distribuidora | RO: Totalmed | RR: Santa Mega Farma | MS: Coremedic | PI: Delta Distribuidora | MA: NC Pharma | PA: Centrofarma, NCMônica PharmaDistribuidora | AP: Rede |deMT: Farmácias Popular | AM: OC Pereira Distribuidora | GO: Labor’s | DF: NR Distribuidora | TO: Centrofarma AC: Minas Distribuidora | RO: Totalmed | RR: Santa Mônica Distribuidora | MT: Mega Farma | MS: Coremedic | GO: Labor’s | DF: NR Distribuidora | TO: Centrofarma

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Especial Idosos

SAÚDE

COM O AUMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA, SERÁ NECESSÁRIO PROPORCIONAR UM EXCELENTE ATENDIMENTO, TENDO EM VISTA QUE O IDOSO QUER CUIDAR DE SUA LONGEVIDADE E SAÚDE E NÃO DA DOENÇA outras doenças, entre elas, principalmente: diabetes, pressão alta, dislipidemia, doenças neurológicas e o envelhecimento.

DOENÇA DE PARKINSON É causada pela morte progressiva de células nervosas no cérebro, mas especialmente de um grupo particular que produz a dopamina. A doença atinge cerca de 3% das pessoas com mais de 64 anos de idade e a frequência aumenta em idades cada vez mais avançadas. Os sintomas característicos da doença são os tremores, a pobreza e lentidão dos movimentos, rigidez muscular e o aparecimento progressivo de desequilíbrio e dificuldade para a marcha. Outros problemas também ocorrem e são frequentes, como: urgência para urinar quando a bexiga está cheia, intestino preso, perda do olfato, problemas com o sono, sonolência durante o dia.

VISÃO Catarata, glaucoma, retinopatia diabética, obstrução venosa retiniana, degeneração macular relacionada à idade são alguns dos males que podem prejudicar a visão do idoso. Esses problemas também podem ser secundários a doenças sistêmicas que aparecem com a idade, como diabetes (retinopatia diabética) ou aterosclerose (obstrução venosa).

INCONTINÊNCIA URINÁRIA A doença afeta uma em cada três pessoas acima dos 60 anos de idade e é conhecida mundialmente como “câncer social”, por causar, na maioria dos casos, constrangimento e isolamento, podendo levar à depressão. No Brasil, cerca de dez milhões de pessoas apresentam algum tipo de incontinência e muitas não procuram ajuda médica por acreditarem que o problema é normal ou natural da idade ou por acreditarem que não há tratamentos efetivos. 82

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PELE FRÁGIL A pele do idoso precisa de mais hidratação e é comum a pele seca (xerose) como uma das causas de coceira (prurido) e até predisposição para eczemas. Com o envelhecimento, a estrutura dérmica se modifica e há fragilidade dos vasos que facilmente se rompem mesmo sem trauma – púrpura senil. Importante fazer uma visita ao dermatologista para diferenciar de outras púrpuras e vasculites que podem ocorrer em associação com outras patologias.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES Infarto, angina e insuficiência cardíaca. Todas elas têm como fatores de risco a pouca atividade física (sedentarismo), fumo, diabetes, alta taxa de gordura no sangue (colesterol) e obesidade (gordura). Entre os principais sintomas, estão falta de ar, dor no peito, inchaço e palpitações. A melhor forma de prevenção envolve a prática de atividade física de forma sistemática, não fumar e controlar o peso, o colesterol e o diabetes.

CÂNCER Moléstia que mais preocupa a população em geral e, em particular, os idosos. O câncer tem entre os fatores de risco o fumo, a exposição ao sol, a alimentação inadequada, a obesidade, o alcoolismo e casos na família. Dependendo do tipo de câncer, um dos sintomas mais comuns é o emagrecimento inexplicável. A melhor forma de prevenção é consultar o médico, pelo menos, uma vez por ano, para fazer exames, evitar exposição ao sol em excesso e não fumar.

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Especial Idosos

BELEZA

O passar dos anos COM O AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO, CRESCE A PREOCUPAÇÃO COM A APARÊNCIA. FARMÁCIAS E DROGARIAS PRECISAM ESTAR ATENTAS ÀS NOVAS DEMANDAS PARA OFERECER AS MELHORES OPÇÕES AOS CLIENTES POR TASSIA ROCHA

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Hoje, os cuidados com a beleza não se aplicam somente para os jovens, mas também aos consumidores que estão na terceira idade e que, anos atrás, não tinham acesso aos produtos. Essa procura está relacionada ao aumento da expectativa de vida e com as mudanças de hábitos. “Atualmente, o conceito de maturidade não significa mais que a pessoa irá se aposentar e deixar de trabalhar, pelo contrário, ela permanece no mercado de trabalho onde precisa competir

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com os mais jovens e então vê a necessidade de se arrumar, cuidar do corO ideal é po, cuidar da pele, parecer mais jotratar a pele a vem”, informa o farmacêutico e cos- partir dos 20 anos metólogo, Maurizio Pupo. de idade As mulheres, por exemplo, se cuidam mais, não são apenas donas de casa. Elas trabalham e possuem condições de comprar produtos que auxiliam nos cuidados com a beleza. Já o jovem de hoje, que cresceu com a noção da imporIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Preços sempre em dia: na internet, no balcão, ou no celular! Com o Guia Digital, você consulta a lista de preços de medicamento online, no computador e no seu celular com o aplicativo gratuito. E ainda conta com a lista de preços impressa possibilitando a consulta de seus clientes no balcão. O Guia da Farmácia te ajuda a manter os preços da sua loja sempre atualizados!

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BELEZA

tância de cuidar da saúde e da beleza, será um idoso mais consciente. Isso ocorre pelo aumento da longevidade do ser humano que vem acontecendo em quase todos os países do mundo, graças aos avanços da medicina e da disseminação de informações mais precisas sobre saúde, como a importância de se alimentar corretamente, se suplementar com vitaminas e antioxidantes e de se exercitar. Isso faz com que as pessoas vivam mais. Mas não é só isso. “Os hábitos e conceitos que regem o comportamento humano estão mudando e para melhor. Hoje em dia, é muito comum se falar em sexo na maturidade e as uniões de pessoas mais maduras com pessoas mais jovens estão cada vez mais comuns. E é claro que mesmo que a união seja com uma

NA TERCEIRA IDADE, A DERME TORNA-SE MAIS ÁSPERA E SECA, SENSÍVEL, OCORREM SINAIS DE INFLAMAÇÃO, MANCHAS, RUGAS DE EXPRESSÃO E RUGAS PROFUNDAS POR OCASIÃO DA IDADE pessoa da mesma faixa etária, ainda assim irá querer parecer mais bonita e atraente para o parceiro. E tudo isso demanda uma grande quantidade de cremes, loções, etc.”, comenta Pupo.

SINAIS DO ENVELHECIMENTO E TRATAMENTO

Cabelo: com o aumento da idade, é natural que os fios se tornem ralos, mais finos e percam a coloração, o que tem sido uma das principais queixas. Fazer uso de: estimulantes dos fios, antiquedas, aumentadores do volume, tinturas, condicionantes com ação sobre o brilho e maciez ou ainda hidratação dos fios.

Rosto: normalmente, as mulheres, com o passar do tempo, buscam por renovação da textura e do viço da pele, pois a pele tende a tornar-se flácida, mais fina e frágil. Fazer uso de: protetor solar, produtos com vitamina C, antirrugas, antiflacidez, clareadores e hidratantes.

Lábios: perda de volume e de linhas de expressão no contorno, chamadas popularmente de “código de barras”. Fazer uso de: protetores hidratantes, estimulantes do colágeno, protetores solares.

Fonte: farmacêuticos de comunicação científica, da FQM Derma, Juliana Cotta e Diego Vieira

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Especial Idosos

BELEZA

PRINCIPAIS DEMANDAS DA POPULAÇÃO

Uso diário do protetor solar aumenta com a idade 16% 18%

60+ anos

48% 18% 17%

50-59 anos

48% 21%

40-49 anos

15% 45% 27%

30-39 anos

16% 35% apenas quando me lembro de passar apenas quando me exponho ao sol todos os dias

30%

20-29 anos

17% 20%

Uso de tintura no cabelo aumenta com a idade 60+ anos

33% 28%

50-59 anos 40-49 anos

18% 5%

30-39 anos 20-29 anos

4%

tintura ou descoloração

Fonte: Grupo Minha Vida

PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES Na terceira idade, uma série de fatores pode contribuir para o desenvolvimento de patologias. O envelhecimento cronológico é marcado por como é tratada a pele ao longo dos anos de vida. A derme torna-se mais áspera e seca, sensível, ocorrem sinais de inflamação, manchas, rugas de expressão e rugas profundas por ocasião da idade. 88

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Isso ocorre naturalmente, é o chamado envelhecimento intrínseco, fisiológico, que acomete todas as pessoas. Os radicais livres gerados, principalmente, pela radiação solar, mas também por outros fatores, destroem lentamente as proteínas (colágeno e elastina) que dão sustentação à pele, além de causar manchas escuras e aspereza intensa.

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Preocupações com o rosto que aumentam com a idade 49% 52% 55% 56%

60+ anos

52%

50-59 anos

59%

52% 52% 38% 55%

40-49 anos

34%

42%

22% 44%

30-39 anos

19% 12%

20-29 anos

25% flacidez nos olhos linhas de expressão rugas flacidez no pescoço

23%

11% 14%

Preocupações com o corpo que aumentam com a idade 18%

60+ anos

15%

50-59 anos 40-49 anos 30-39 anos 20-29 anos

63% 65%

11%

60%

8%

55%

7% 42%

Além disso, o estilo de vida estressante, a falta da prática de exercícios físicos e a alimentação não saudável, entre outros fatores, contribuem para as alterações do corpo com o passar dos anos. O ideal é tratar a pele a partir dos 20 anos de idade para envelhecer de forma saudável, aplicar filtro solar diariamente e creme antienvelhecimento com antioxidantes antes de dormir.

pintas flacidez

“Além desses, estão em evidência os suplementos de uso oral, os nutricosméticos ou nutracêuticos, formulados para auxiliar ou prevenir sinais de flacidez, rugas, queda capilar, redução de gordura corporal e outras queixas”, afirmam os farmacêuticos de comunicação Científica, da FQM Derma, Juliana Cotta e Diego Vieira. 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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TABAGISMO

A luta contra o vício

O CIGARRO É RESPONSÁVEL POR SEIS MILHÕES DE MORTES TODOS OS ANOS NO MUNDO TODO. A ESTIMATIVA É DE QUE ESSE NÚMERO SALTE PARA OITO MILHÕES A PARTIR DE 2030

S

POR RENATA MARTORELLI

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é responsável por uma morte a cada seis segundos no mundo e é a principal causa de morte evitável. Esse hábito contabiliza 63% dos óbitos causados por doenças crônicas não transmissíveis no mundo, 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% por câncer, 25% por doença coronariana e 25% por doenças cerebrovasculares. A previsão é que o mundo passe a registrar mais de oito milhões de mortes ao ano a partir de 2030, caso não sejam tomadas medidas urgentes de combate e prevenção ao tabagismo, sendo os mais vulneráveis os países de média e baixa renda.

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De acordo com a OMS, existe hoje uma epidemia global do tabaco, com aproximadamente seis milhões de mortes todos os anos, sendo 600 mil fumantes passivos, que não fumam, mas convivem com fumantes ativos. “O tabagismo é capaz de causar diferentes males ao organismo, tanto por efeito tóxico direto das substâncias contidas no cigarro quanto por reações alérgicas ou indução de mutações no DNA das nossas células. Dependendo da pessoa, os malefícios podem ser imediatos, como no caso de reações alérgicas a componentes da fumaça do cigarro; quanto demorar anos, como nos casos de câncer e enfisema”, alerta o pneumologista do Hospital 9 de Julho, Dr. Alexandre Kawassaki. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

TABAGISMO

O Ministério da Saúde (MS) divulgou uma baixa de 30,7% no número de fumantes brasileiros em 2015. Segundo o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), no Brasil, o índice ainda é maior entre os homens, correspondendo a 12,8%, do que entre as mulheres, 9%. A faixa etária de maior consumo está entre os 45 e os 54 anos, representando 13,2% e a menor, entre os 18 e 24 anos, com 7,8%, de acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2014 (Vigitel 2014).

SUBSTÂNCIAS E PREJUÍZOS À SAÚDE O cigarro é o único produto legalizado que causa a morte da metade de seus usuários regulares. Composto por folhas de fumo, contém mais de 4.700 componentes, entre arsênico; amônia; sulfito de hidrogênio; cianeto hidrogenado; monóxido de carbono; e al-

CAMPANHA IMPORTANTE Farmácias e drogarias também podem auxiliar no combate ao tabagismo e no tratamento. Segundo a psicóloga gerente do Programa de Controle do Fumo do Hospital do Coração (HCor), Silvia Cury, uma ação eficaz seria a distribuição de folhetos, principalmente nos dias de combate ao fumo (31/05 e 29/08), além da orientação aos pacientes que buscam tratamento sem receita médica, incentivando a procura de um profissional especializado para que adesão seja maiores, já que o mau uso e os efeitos contrários seriam evitados. “Os folhetos devem conter informações sobre os malefícios do tabagismo e métodos farmacológicos que ajudam a parar de fumar, isto poderia partir da própria indústria; e as farmácias e drogarias entrariam nesta divulgação, explicando sobre os métodos de prevenção e medicamentos disponíveis para o tratamento, sempre orientando a supervisão médica”, sugere o coordenador do Hospital do Coração (HCor Onco) e professor titular de hematologia e oncologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Auro Del Giglio.

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catrão, originado da destilação de matérias orgânicas, como carvão, ossos e madeiras resinosas, que provoca obstrução dos pulmões e perturbações respiratórias, além da dependência. O primeiro problema que o cigarro traz é a submissão à nicotina, também presente em charuto, cigarrilha, narguilé, entre outros. “Mais de 50 doenças podem ser originadas ou agravadas com o tabagismo. O tempo para o surgimento das doenças demora de acordo com o período de exposição à substância, mas varia entre 20 e 25 anos, podendo ser antes ou depois”, explica o pneumologista responsável pela cessação do tabagismo nas Clínicas Oncológicas Integradas (Grupo COI), Dr. Ricardo Meirelles. Para o Dr. Kawassaki, são diversas as patologias associadas ao tabagismo, sendo válido citar as mais importantes, como enfisema; bronquite crônica; fibrose pulmonar; gastrite; angina ou infarto do coração; derrames cerebrais; insuficiências vasculares (que podem culminar com amputação de membros ou parte deles, por exemplo); e os mais diversos cânceres, entre eles, o de pulmão, boca e garganta, esôfago e bexiga. Osteoporose, catarata, menopausa precoce, diabetes, impotência sexual, também são relatadas.

AVANÇOS NO COMBATE O primeiro passo para parar de fumar é ter a consciência de que o tabaco é uma substância nociva e deve ser evitada em qualquer momento da vida, seja no início do tabagismo ou quando a dependência já estiver em estágio avançado. “Assim que a pessoa para de fumar, já pode sentir benefícios imediatos: sua respiração, seu paladar, seu olfato e sua pele melhoram. Alguns anos após a interrupção, é observada uma diminuição dos riscos associados ao desenvolvimento de algumas doenças: depois de um ano, o risco para infarto é reduzido à metade; em cinco anos, o mesmo acontece com o risco para câncer de boca; após 15 anos, o risco para cânceres de esôfago e de pâncreas se torna igual ao de quem nunca fumou, assim como acontece com o risco para câncer de pulmão após 20 anos sem fumar”, conta o Dr. Meirelles. O segundo passo é reconhecer o tabagismo como uma doença que tem tratamento. “A nicotina, presente em derivados do tabaco, causa dependência física e o tratamento consiste em conhecer o grau dessa dependência e o papel do cigarro na vida do fumante. Quais associações ele faz? Sempre fuma quando toma café e

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ESPECIAL SAÚDE

TABAGISMO

NÚMEROS DO VÍCIO

Fumantes no mundo:

1,3 bilhão

O percentual total de fumantes com 18 anos de idade ou mais no Brasil é de:

10,8% 12,8% homens 9% mulheres

21% dos brasileiros se declaram ex-fumantes. O tabagismo passivo é considerado a terceira maior causa de morte evitável no mundo, atingindo cerca de dois bilhões de pessoas De cada dois fumantes, um morre por doença causada pelo cigarro Quem fuma perde em média 22 anos de vida

Idade média de experimentação do tabaco: 16 anos, tanto para meninos, como para meninas Faixa etária com maior percentual: de 45 a 54 anos (13,2%) A capital com o maior percentual de fumantes é Porto Alegre (RS), com 16,4%. Em seguida, vêm São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A com menos fumantes é São Luís (MA), com 5,5% De 80% que tentam parar de fumar, apenas 3% conseguem

Se o fumante fuma um maço/dia, o que equivale a 20 cigarros, e dá 15 tragadas por cigarro, consome 300 doses de nicotina por dia

• O tabaco ocupa o segundo lugar no ranking de drogas mais experimentadas no País. • Os cigarros contrabandeados representaram 31% do consumo do produto no mercado brasileiro em 2014. E o consumo de produtos ilegais é maior nos estados que fazem fronteira com o Paraguai, em especial no Paraná e Mato Grosso do Sul.

Fontes: Instituto Nacional de Câncer (Inca); Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2014 (Vigitel 2014); Organização Mundial de Saúde (OMS); Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Inteligência; e Ministério da Saúde

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Resfriliv® (paracetamol + maleato de clorfeniramina + cloridrato de fenilefrina). MS 1.5423.0181. Indicações: Tratamento sintomático dos distúrbios congestivos e exsudativos decorrentes das gripes, resfriados e rinites alérgicas (corizas, dores musculares, febre, cefaleia, congestão nasal e demais sintomas presentes nos estados gripais). Abrifit® (Hedera helix L.). M.S. 1.5423.0216. Indicações: Abrifit possui efeito espectorante, sendo indicado para tratamento de doenças inflamatórias agudas e crônicasdas das vias respiratórias superiores, como resfriados e bronquites, associadas a hipersecreção de muco e tosse. Loritil® (loratadina). MS 1.5423.0003. Indicações: Alívio dos sintomas associados com rinite alérgica tais como: coriza, espirros e prurido nasal, ardor e prurido ocular. Também indicado para o alívio dos sinais e sintomas de urticária e outras alergias da pele. Hystin® (maleato de dexclorfeniramina). MS 1.5423.0012. Indicações: Alívio sintomático de manifestações alérgicas. Vitacin® (ácido ascórbico). MS 1.5423.0045. Indicações: Recomendado como suplemento vitamínico nos casos: pós-cirúrgicos/cicatrizantes, auxílio nas anemias carenciais, dietas restritivas e inadequadas, doenças crônicas/convalescença, idosos, antioxidante, auxílio do sistema imunológico. JUNHO/2016.

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ESPECIAL SAÚDE

TABAGISMO

MAIS DE 50 DOENÇAS PODEM SER ORIGINADAS OU AGRAVADAS COM O TABAGISMO. O TEMPO PARA O SURGIMENTO DAS DOENÇAS DEMORA DE ACORDO COM O PERÍODO DE EXPOSIÇÃO À SUBSTÂNCIA bebida alcoólica, ao entrar no carro e após as refeições? Utiliza o cigarro como uma companhia ou como uma válvula de escape para o estresse e a ansiedade? Apresenta sinais de abstinência à nicotina? A partir daí, começa o trabalho de orientação para a mudança de comportamento e de pensamento. Algumas vezes, é indicado o uso associado de medicamentos – que têm a função de reduzir os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina”, explica.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Os medicamentos disponíveis no mercado surtem efeito se forem ministrados em paralelo com o acompanhamento médico. De acordo com o Dr. Meirelles, existem atualmente três opções de tratamentos. A terapia de reposição de nicotina fornece ao paciente dose de uma das substâncias mais viciantes do cigarro sem o risco das outras substâncias tóxicas presentes nele, ajudando a reduzir as crises de abstinência, retirando a nicotina aos poucos e ajudando a parar de fumar. A terapia está disponível também em adesivos, goma de mascar, pastilha e spray nasal. A bupropiona, que inicialmente era usada como antidepressivo, mas que se mostrou altamente eficaz em amenizar os sintomas da abstinência do tabaco, age no cérebro, competindo com a nicotina pelos receptores de dopamina, fazendo com que fumar mais um cigarro para ter liberação de bem-estar seja cada vez menos necessário. Outra substância eficaz é a vareniclina, que atua no cérebro, reduzindo a vontade de fumar e os sintomas de abstinência, e reduz a intensidade do desejo pelo cigarro e os sintomas relacionados à abstinência. Ainda assim, não há uma receita mágica para largar o cigarro. “Algumas pessoas podem parar de forma abrupta, enquanto outras podem optar por uma redução gradual do número de cigarros diários, até alcançar a interrupção. Nesses casos, porém, a recomendação é que esse período não dure mais do que duas se96

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manas”, explica o Dr. Meirelles, complementando que o tratamento com o uso de medicamentos dura, em média, três meses. A psicóloga gerente do Programa de Controle do Fumo do HCor, Silvia Cury, afirma que a nicotina não causa apenas dependência física, mas também psicológica. “Toda vez que o dependente fica ansioso, nervoso ou triste, busca o cigarro, que está geralmente ligado a emoções negativas. Ao invés de sentir essas emoções e enfrentar as situações, ele fuma para mascarar os problemas.”

PREVENINDO O TABAGISMO Uma das melhores formas de evitar o problema é a educação. O tabagismo é considerado uma doença pediátrica, já que 80% a 90% dos indivíduos começam a fumar na infância ou adolescência. Para o Dr. Meirelles, o ideal é fazer com que o jovem não comece a fumar. “Ele deve ser alertado que o tabagismo é uma doença, que causa dependência química e que estamos numa epidemia. As escolas devem fazer este alerta.” O médico destaca que outro ponto importante foi a proibição de propagandas na televisão e no rádio, e as gravuras com doenças estampadas nos maços de cigarros. “Na minha opinião, seria de extrema importância também a proibição de aditivos no cigarro para ficar agradável ao paladar, como chocolate, menta, etc.; e a implantação de maços padronizados, sem cor, como tramita no Congresso.” Já Silvia acredita ser fundamental focar o trabalho nas escolas, com jovens entre 10 e 19 anos de idade, faixa etária que costuma buscar o cigarro. “A parte educacional nas escolas é muito importante, mas também dentro de casa, já que muitos pais compram narguilé para os filhos fumarem sem nem imaginar que ele corresponde a 100 cigarros em quantidade de nicotina.” Neste ano, a OMS destacou, no Dia Mundial sem Tabaco, a campanha pela padronização das embalagens de produtos do tabaco e seus derivados. Essa medida propõe a restrição do uso de cores, elementos gráficos e informações promocionais nos maços de cigarros. “Sabe-se o quanto as embalagens chamativas podem levar o jovem a saciar sua curiosidade em conhecer determinado produto, principalmente porque, nos pontos de venda, eles são colocados em locais estratégicos, como perto de doces, balas, chocolates, entre outros. Pesquisas mostram que toda forma de restrição estabelecida para o cigarro ajuda a diminuir sua iniciação e prevalência”, diz a psicóloga Silvia.

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ASMA E BRONQUITE

Alerta constante CARACTERIZADAS POR SEREM DOENÇAS DECORRENTES DE INFLAMAÇÕES, ELAS PROVOCAM CRISES GRAVES E FAZEM COM OS PACIENTES RECORRAM AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO FREQUENTEMENTE

O

POR VIVIAN LOURENÇO

Os dias mais frios trazem conforto para alguns e desconforto para tantos outros. É nesta época do ano que a população passa a ser mais acometida por doenças, principalmente as respiratórias que, em sua maioria, estão relacionadas com problemas alérgicos. Estima-se que, no Brasil, existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos. Ela é uma causa importante de faltas escolares e no trabalho. Segundo o DATASUS, o banco de dados do Sistema Único de

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Saúde (SUS), ligado ao Ministério da Saúde (MS), ocorrem, anualmente no Brasil, em média, 350 mil internações. A asma está entre a terceira ou quarta causa de hospitalizações (2,3% do total). A doença é considerada crônica e atinge todas as faixas etárias, sendo que o primeiro episódio acontece 90% das vezes nos primeiros cinco anos de vida. De acordo com o coordenador da comissão de asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dr. Emílio Pizzichini, a asma é uma doença complexa, IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Chegou o Ciclo da Saúde Nasal. Começa com a higienização, passa pela hidratação e termina com conforto e bem-estar. 1-3

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SALSEP® 360 0,9% - cloreto de sódio - Solução nasal com 9 mg/mL em frasco spray com 15 ou 50 mL. Cada nebulização (puff) libera 0,05 mL de solução. USO NASAL. USO PEDIÁTRICO (Entre 0 e 4 anos de idade). Indicações: como fluidificante e descongestionante nasal. Salsep®360 age na mucosa nasal fluidificando a secreção, facilitando assim a eliminação do muco. Salsep®360 pode ser usado como fluidificante das secreções nasais em resfriados, rinites, sinusites e quaisquer outras condições relacionadas ao ressecamento da mucosa nasal, como baixa umidade do ar, exposição ao ar condicionado e poluição. Pode ser utilizado também para limpeza delicada das secreções em pós-operatórios nasossinusais. Contraindicações: para pacientes com antecedentes de hipersensibilidade (alergia) aos componentes da fórmula. Precauções e Advertências: Não há registros de reações adversas relacionadas ao uso deste medicamento. Gravidez e lactação: Apesar de não existirem estudos específicos durante a gestação e amamentação o uso de Salsep®360 é considerado seguro, não existindo contraindicação ao seu uso nessas situações. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: Não há registros de interações clinicamente relevantes relacionadas ao uso de Salsep®360. Reações adversas: Ainda não é conhecida a intensidade e a frequência das reações adversas específicas deste medicamento devido à ausência de relatos científicos a respeito dele. Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. Posologia: Aplique a solução nas narinas, conforme necessidade. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA/ CNPJ 61.230.314/0005-07/Rua Alberto Correia Francfort, 88/Embu das Artes-SP/Indústria Brasileira /SALSEP 360-MB01-15/Serviço de Atendimento LIBBS: 08000-135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP® 360 É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. MAXIDRATE® - cloreto de sódio 6,0 mg/g. Gel nasal contendo 1 frasco aplicador em frascos com 10 g ou 30 g. USO TÓPICO NASAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. Indicações: Hidratação da mucosa nasal ressecada devido a condições climáticas de baixa temperatura ou baixa umidade; condições ambientais como exposição ao ar condicionado; utilização de betabloqueadores ou das seguintes substâncias: alprazolam, perfenazina, amitriptilina, tioridazina e isotretinoína; resfriados, alergias e sinusite crônica; senilidade; pós-radioterapia, reduzindo a formação de crostas. Reg. MS 1.0033.0126. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125 Libbs Farmacêutica Ltda. CNPJ 61.230.314/0001-75. Rua Alberto Correia Francfort, 88. Embu das Artes-SP. Indústria Brasileira. MAXIDRATE-MB10-15. Serviço de Atendimento Libbs: 0800-0135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MAXIDRATE É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. Referências - 1. SALSEP 360®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento. - 2. SALSEP®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento. - 3. MAXIDRATE®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do Medicamento. - 4. MION, O.; MELLO JUNIOR, J.F. O uso das soluções salinas no nariz e seios paranasais. RBM-ORL, v.2, n.3, p.77-83, 2007. - 5. MIYAKE, M.A.M. Medicamentos intranasais: aspectos a considerar na prática clínica diária. RBM-ORL, v.2, n.3, p.92-99, 2007. - 6. JEFFE, J.S. et al. Nasal saline irrigation in children: a study of compliance and tolerance. Int. J. Pediatr. Otorhinolaryngol., v.76, n.3, p.409-13, 2012. - 7. CHIRICO, G.; BECCAGUTTI, F. Nasal obstruction in neonates and infants. Minerva Pediatr., v.62, n.5, p.499-505, 2010. - 8. CHIRICO, G. et al. Nasal congestion in infants and children: a literature review on efficacy and safety of non-pharmacological treatments. Minerva Pediatr., v.66, n.6, p.549 -57, 2014. - 9. TANO, L.; TANO, K. A daily nasal spray with saline prevents symptoms of rhinitis. Acta Otolaryngol., v.124, p.1-4, 2004. - 10. GUIA DA FARMÁCIA. São Paulo: Contento, v.23, n.280, mar. 2016. (Suplemento Lista de Preços).

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ESPECIAL SAÚDE

ASMA E BRONQUITE

geralmente determinada pela combinação de fatores hereditários e ambientais, ou seja, ela não é apenas hereditária. Não que a predisposição genética não tenha influência nos casos da asma, como explica a médica pneumologista e intensivista do Hospital Israelita Albert Einstein e professora livre-docente da disciplina de pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dra. Carmen Silvia Valente Barbas: “O paciente tem de ter uma predisposição genética para iniciar um quadro de asma, que é uma doença inflamatória das vias aéreas, mais comumente iniciada após infecção respiratória, contato com alérgeno, frio, exercício físico”.

DIFERENÇAS ENTRE AS DOENÇAS A asma, segundo os especialistas, é caracterizada por uma resposta inflamatória do tipo alérgica, na mucosa respiratória e que resulta em uma hiperatividade brônquica. Os principais sintomas são cansaço, tosse noturna, tosse induzida por exercícios físicos, vômitos pós-tosse, entre outros. A principal característica clínica é a ocorrência de episódios intermitentes (crises) de falta de ar, principalmente à noite ou de madrugada, seguida por chiado, sensação de aperto ou peso no peito, tosse seca (que pode ser de manifestação isolada). Inicialmente, esses sintomas podem aparecer somente quando o paciente pratica algum exercício físico, mas se houver agravamento da doença, eles passam a existir mesmo em repouso, sendo piorados pela atividade. Além disso, o mestre e doutor em alergia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), integrante da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), Dr. Raul Emrich, esclarece que existem variações da asma. “Por exemplo, há a que só aparece em crianças pequenas, junto com doenças virais febris e desaparece com o crescimento; a que só aparece com exercício, a não alérgica que surge na vida adulta, etc.” Em muitas dessas situações, existirá a necessidade de tratamento prolongado, visando uma vida melhor. Tratar, nesse caso, de acordo com o médico, não significa curar, mas permitir uma boa qualidade de vida. Quando o indivíduo passa por uma mudança de fase na vida (por exemplo, da infância para a adolescência, ou após uma gravidez), é possível que a asma se modifique, ou “sossegue”. Recentemente, a diretriz internacional chamada de GINA (iniciativa global para asma, ou Global Initiative for Asthma – www.ginasthma.com) propôs os termos Asma Controlada e Asma Não Controlada. “Asma não tem cura, mas hoje existem tratamentos eficientes para minimizar ao máximo todos os sintomas e controlar eficientemente a inflamação, evitando crises e hospitalizações, 100

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A COMPANHEIRA DOS ASMÁTICOS A bombinha é um dispositivo que armazena o medicamento na forma de aerossol que é inalado, muito seguro e eficiente, mas deve ser usado corretamente para ter o seu efeito otimizado. Pode conter broncodilatadores, corticoide inalatório ou associações dos dois. O mestre e doutor em alergia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), integrante da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), Dr. Raul Emrich, ressalta que é importante entender que uma bombinha é apenas o dispositivo, geralmente feito de plástico e alumínio, que facilita a aplicação do medicamento. O fato de algumas pessoas ficarem preocupadas quando se deparam com um inalador de bolso é explicado por uma série de malentendidos que ocorreram no passado. Primeiro mal-entendido: a bombinha “vicia”. “Quando as crises são intensas e frequentes, um erro grave é usar somente o remédio que produz alívio temporário dos sintomas, sem tratar a causa da doença que é a inflamação”, alerta o Dr. Emrich. Assim, cada vez mais, e em intervalos cada vez menores, será necessário usar o medicamento de alívio, dando a impressão de que o paciente está ficando viciado no uso da bombinha. Segundo mal-entendido: a bombinha faz mal ao coração. Na verdade, o pesquisador da Unifesp esclarece que a medicação que costuma causar a sensação de alívio, é um relaxante muscular brônquico, chamado de broncodilatador. Por ter uma ação muscular, ao cair na circulação sanguínea, o broncodilatador pode produzir tremor em outros músculos do corpo, com efeito inclusive no coração, causando taquicardia.

proporcionando ao paciente uma excelente qualidade de vida”, completa o Dr. Emrich. Já a bronquite é uma inflamação da árvore brônquica e pode ser aguda ou crônica. A bronquite aguda é causada, em geral, por vírus, mas pode ser decorrente também de infecções bacterianas. É mais frequente nos meses de outono e inverno. A bronquite crônica é um termo antigo, substituído hoje pela designação Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que engloba a bronquite crônica e o enfisema.

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ESPECIAL SAÚDE

ASMA E BRONQUITE

PANORAMA GERAL

alê rev o Ap n tor

35% da população é alérgica.

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Estima-se que 18% da população seja portadora de asma.

nc a de ia glob a asm l al d u 7% op a 18,4% da p

Para outros especialistas, o termo asma é empregado para a doença mais crônica, enquanto bronquite pode ser um quadro mais agudo. A bronquite, em adultos, está também associada ao uso do tabaco e outros poluentes ambientais.

O QUE DESENCADEIA UMA CRISE? Os principais sintomas da asma são crises de dispneia (“falta de ar”), sibilos (“chiado”) e tosse. Os principais sintomas de DPOC são a tosse produtiva (com secreção), praticamente diária, e dispneia relacionada aos esforços físicos, com agravamento progressivo. Os pacientes com DPOC também podem apresentar sibilos. Os principais fatores desencadeantes de crises de asma são a exposição aos alérgenos inaláveis (ácaros, fungos, pelos de animais, pólens, alérgenos ocupacionais, etc.) e aos poluentes intradomiciliares e extradomiciliares (fumaça de cigarro, odores fortes, poluentes da combustão de veículos, poluentes industriais, etc.). Contudo, outros agentes/ fatores também podem ocasionar crises de asma em determinados indivíduos, tais como exercício físico, medicamentos, infecções respiratórias, alimentos e estresse emocional, explica a Dra. Norma. Apesar de serem consideradas doenças sem cura, mas que exigem cuidados, essas enfermidades levam ao remodelamento do brônquio. Por exemplo, quando a pessoa se corta, aparece uma cicatriz. Isso acontece com o brônquio, levando a troca do tecido por tecido cicatrizante, que não tem a mesma elasticidade, o que faz com que haja uma restrição e a diminuição da capacidade respiratória. A condição pode causar até problemas cardíacos, se não tratada adequadamente. 102

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Aproximadamente 20% das pessoas que fumam irão desenvolver DPOC.

Asma e bronquite têm aumento de 50% no inverno.

A prevalência da bronquite está em torno de 10,5% a 14,5%.

FORMAS DE CONTROLE O tratamento de ambas as doenças é dirigido ao combate dos sintomas. Nos pacientes asmáticos, a normalização da função pulmonar é objetivada. A estratégia terapêutica vai depender da gravidade da doença individual de cada paciente, bem como a resposta ao tratamento. “Alguns cuidados servem para ambas as doenças, como vacinação contra o vírus influenza anualmente, e para aqueles usuários do tabaco, a cessação é obrigatória”, complementa o pneumologista do Hospital Bandeirantes, Dr. André Suzuki. De modo geral, a Dra. Norma explica que o tratamento da asma inclui medidas de controle ambiental, tratamento medicamentoso e imunoterapia (vacinas). O controle ambiental visa à prevenção da exposição aos alérgenos e poluentes ambientais. O tratamento medicamentoso subdivide-se em tratamento das crises e tratamento intercrise. Nas crises, utiliza-se, de acordo com a gravidade do caso, beta-agonistas de ação curta por via inalatória e corticosteroides sistêmicos (via oral ou endovenosa). Na intercrise, também de acordo com a gravidade da doença e faixa etária, estão indicados os corticosteroides inalados, beta-agonistas de ação prolongada via inalatória, antileucotrienos, cromoglicato, corticosteroides orais, anti-IgE e terapia imunossupressora. A imunoterapia específica está indicada nos casos em que há sensibilização alergênica comprovada aos alérgenos inaláveis. O tratamento da DPOC inclui a terapia não medicamentosa e medicamentosa. O asmático, quando bem tratado, deve ter uma vida normal. Os cuidados são os mesmos da população em geral, como presença de doenças infecciosas (especialmente a gripe), atividades físicas e boa alimentação.

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GARGANTA E OUVIDO

Ocorrência típica É NO INVERNO QUE O CORPO FICA MAIS SUJEITO A INFECÇÕES NAS VIAS RESPIRATÓRIAS SUPERIORES. E SÃO AS CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES QUE MAIS SOFREM COM ESSES PROBLEMAS

S

POR VIVIAN LOURENÇO

Saem os programas ao ar livre, as roupas leves e as comidas saudáveis que dão lugar às atividades caseiras, vestimentas mais quentes e alimentos calóricos. A mudança de comportamento é um dos indícios da chegada dos dias mais frios e, com eles, a saúde tende a ficar mais debilitada. É no inverno que o corpo está mais propenso a infecções e inflamações, principalmente, nas vias respiratórias, sobretudo nas superiores.

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Entre os motivos do aumento da incidência de problemas na região da garganta, do nariz e do ouvido, segundo informa o pediatra, Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros, estão as alterações bruscas de temperatura, ar mais seco, maior poluição ambiental e maior contato interpessoal, principalmente em locais fechados. No ouvido, é comum o aparecimento das otites, que são infecções bacterianas do ouvido médio, uma região que fica entre o tímpano e o ouvido interno. Essa doença é muito comum nas crianças, porém, pode atingir adultos com IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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certa frequência. Ela, geralmente, é causada por vírus e bactérias que infectaram a garganta e vão migrando até o ouvido e se multiplicam, graças às secreções da área. Por isso dores de garganta e ouvido estão interligadas.

INFECÇÃO X INFLAMAÇÃO Nem toda dor de garganta ou de ouvido é igual. As inflamações são reações do organismo a diferentes estímulos, como infecções, traumas, cortes, etc. Elas causam dor, edema e vermelhidão no local, enquanto o corpo tenta reagir. Não precisam necessariamente de um agente infeccioso para desencadear tal processo. A inflamação da garganta é caracterizada, geralmente, apenas por vermelhidão, dor ou sensação de irritação e aumento das amígdalas. É muito comum nos períodos de resfriados e gripes ou outras síndromes virais e deve ser combatida com o uso de anti-inflamatórios e analgésicos. Por outro lado, uma infecção é a invasão de tecidos corporais por parte de organismos vivos, como bactérias, vírus ou fungos. Normalmente, inúmeros agentes infecciosos vivem no corpo de um indivíduo sem causar doenças porque estão contidos pelo sistema imunológico. No entanto, se esse equilíbrio for desfeito, sobrevém uma doença infecciosa. O sistema imunológico do hospedeiro reage, mas nem sempre é capaz de vencer os agentes infecciosos sem a ajuda de medicações. Caso a infecção de garganta seja causada por bactérias, deverá ser feito uso de antibióticos. Se viral, o próprio corpo consegue reagir na maioria das vezes. Uma febre mais elevada (acima de 39ºC), prostração intensa do paciente, além de placas esbranquiçadas nas amígdalas, que não melhoram em até 48 horas, são indicativos de infecções bacterianas. Já no caso do ouvido, o processo infeccioso, ou otite, geralmente, é causado por uma infecção bacteriana. O processo inflamatório de ouvido pode ocorrer como

OS SINTOMAS EM CRIANÇAS MAIS VELHAS OU EM ADULTOS INCLUEM: • Dor de ouvido. • Ouvido tapado. • Mal-estar geral. • Vômitos. • Diarreia. • Perda de audição no ouvido infectado.

DICAS DE PROTEÇÃO AOS PACIENTES DA FARMÁCIA • Beber bastante líquido (mas evitar bebidas alcoólicas); • Não deixar de fazer exercícios físicos (nadar, correr e caminhar são especialmente importantes porque aumentam a capacidade respiratória); • Comer alimentos ricos em vitamina C, como limão, laranja, abacaxi e acerola; • Manter limpas as roupas de cama, especialmente cobertas e edredons; • Evitar lugares fechados e pouco arejados; • Evitar fumar e conviver com fumantes; • Secar roupas no sol; • Lavar as mãos com frequência; • A vacinação anual é importante, não causa gripe e evita complicações mais sérias; • Para bebês, a amamentação é indispensável, pois garante a proteção da criança. Fonte: Hospital Escola de Itajubá (MG)

resultado dessa e outras agressões a esse órgão (doenças virais, por exemplo). Porém, como nem toda infecção de garganta ou de ouvido é igual, algumas necessitam de antibióticos e outras são curadas apenas com a administração de anti-inflamatórios.

DORES SIMULTÂNEAS Não é raro ver as pessoas reclamando de dor de ouvido e, logo em seguida, de dor de garganta. Esse fator é explicado pelo otorrinolaringologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. André Ricardo Mateus. Devido às características anatômicas da inervação sensitiva dos ouvidos e da garganta, uma dor por alteração na garganta pode desencadear uma representação da dor na profundidade dos ouvidos (chamada dor referida). “Entretanto, por possuirmos um canal que comunica os ouvidos com a garganta (chamado tuba auditiva), uma infecção na garganta pode progredir para infecção no ouvido”, destaca o Dr. Mateus. Uma dica importante para diferenciar as situações é a de que, quando existe uma infecção propagando para o ouvido e não apenas uma dor referida, são apresentados, 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

GARGANTA E OUVIDO

CAUSAS DAS DORES DE OUVIDO • Alergias. • Resfriados e sinusites. • Excesso de secreção e saliva produzidas durante a dentição. • Adenoides infectadas ou aumentadas. • Fumaça de cigarro ou outros irritantes.

Além das crianças, pessoas imunocomprometidas (como idosos, pessoas em tratamento para câncer ou HIV+) possuem maior chance de adquirir essas enfermidades. Quando as amigdalites são recorrentes, as amígdalas sofrem uma alteração no formato, de tanto inchar e desinchar. Além dos poros, elas ficam com mais relevo, dobras que facilitam o acúmulo de vírus e bactérias, fato que provova o surgimento de novas infecções. Pesquisas mostram que até os sete anos de idade, 90% das crianças terão apresentado pelo menos um episódio de infecção de ouvido.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO concomitantemente, uma diminuição da audição ou zumbido e, por vezes, tontura. A situação de acometimento de ouvido e garganta merece avaliação do otorrinolaringologista para diferenciação. Além disso, quando se tem uma amigdalite ou faringite, ocorre dor na região da garganta devido à inflamação ou infecção. Esses patógenos podem chegar ao ouvido por disseminação direta através da tuba auditiva, uma comunicação que temos entre a faringe e o ouvido médio. Outro mecanismo que explica essa relação seria a dor irradiada, já que as amígdalas recebem alguns feixes nervosos comuns com o ouvido, como o nervo glossofaríngeo. Isso explica o porquê, após amigdalectomias, muitos pacientes acabam referindo dor de ouvido.

OS MAIS ACOMETIDOS As infecções das vias aéreas superiores são mais frequentes no inverno por conta dos ambientes fechados e pouco ventilados, que favorecem a transmissão de agentes infecciosos entre as pessoas. Além disso, o mecanismo de autolimpeza do tecido que reveste as vias respiratórias perde a eficiência ao ser submetido a temperaturas baixas. As pessoas mais acometidas por essas doenças são as crianças, o que pode ser explicado por alguns fatores. As amígdalas em crescimento são naturalmente mais expostas ao risco de inflamação. O sistema de defesa delas ainda não está completamente desenvolvido e não é tão forte quanto o dos adultos. Além disso, ambientes, como berçários e festas infantis, facilitam a transmissão de vírus e bactérias. Elas também correm maior risco de ter refluxo, que é um agravante. Além de possuírem a tuba auditiva menor e mais horizontalizada, favorecendo a migração de patógenos ao ouvido médio, oriundos da orofaringe. 108

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As inflamações devem ser tratadas com repouso, analgésicos e anti-inflamatórios. Devem ser evitadas bebidas geladas e ambientes frios, pois agravam a dor. Quando a região da garganta está irritada, os vasos sanguíneos sofrem dilatação, eles incham, reação natural do organismo para sua defesa. A partir do momento em que há ingestão de sorvete ou bebidas geladas, a temperatura da região diminui, dificultando esse processo natural, piorando a dor. A hidratação é extremamente essencial para a saúde do corpo em geral. Manter a garganta seca piora a dor significativamente quando se está com infecção. “O uso de anti-inflamatórios auxilia no alívio sintomático e, normalmente, são utilizados, principalmente na fase inicial de tratamento, que pode durar de sete a 21 dias”, completa o Dr. Mateus. Já uma infecção deve ser tratada de acordo com a causa. Quando se trata de uma infecção viral, os mesmos tratamentos da inflamação devem ser instituídos. Quando há evidências de infecções causadas por bactérias, deve-se lançar mão de antibióticos. Devido ao uso indiscriminado dessas drogas, muitas pessoas vêm criando resistência às mesmas. Assim, geralmente, é usado o tratamento convencional. Se o paciente não melhorar em até 48 horas, troca-se o antibiótico por outro com um maior espectro de ação. Por isso, é essencial haver diferenciação entre as doenças virais das bacterianas, evitando a seleção de bactérias, deixando-as mais resistentes. Além disso, a orientação dos especialistas é para uma boa alimentação. Evitar ambientes com grande aglomeração humana e pouca ventilação nos dias frios e evitar a mudança brusca de temperatura corporal, além de manter as cavidades nasais umedecidas com soro fisiológico 0,9%.

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CONSTIPAÇÃO

Ritmo ideal UM ASSUNTO DELICADO E DIFÍCIL DE COMPARTILHAR. PACIENTES QUE SOFREM COM INTESTINO PRESO DEVEM MUDAR ALGUNS HÁBITOS PARA REVERTER E ACABAR DE VEZ COM O PROBLEMA

E POR TASSIA ROCHA

Evacuar com dificuldade ou com pouca frequência são problemas que atingem várias pessoas. Conhecida popularmente como intestino preguiçoso e/ ou preso, a prisão de ventre ou constipação intestinal causa dores abdominais, gases, inchaços e tira o humor de qualquer um. De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), o problema afeta dois ou três em cada dez indivíduos. É no intestino que se origina a maior concentração de serotonina do organismo – cerca de 80% – o que revela sua relação direta com a sensação de bem-estar. Além disto, possui cerca de 100 milhões de neurônios diretamente conectados com o cérebro e a maior parte das células de defesa do corpo. A pesquisa revela que a incidência de constipação intestinal é quatro vezes maior nas mulheres do que nos homens. Isso está diretamente relacionado a questões alimentares e de saúde e também sociais e culturais.

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“Como órgão fundamental para manter o equilíbrio do organismo, o intestino vem sendo considerado o ‘segundo cérebro’, tamanha a sua relevância para a nossa saúde”, comenta o presidente da Federação de Gastroenterologia (FBG), Dr. José Galvão-Alves. A coordenação da FBG, em parceria com o Danone Research, realizou o Estudo SIM Brasil – Saúde Intestinal da Mulher (feito com cerca de 3.500 mulheres em dez cidades do País), os dados mostram que 72% dos episódios ocorrem durante os dias úteis, quando a rotina é mais intensa e estressante, o que enfatiza a relação de causa e consequência das emoções nos distúrbios gastrointestinais, sobretudo entre as mulheres.

COMO FUNCIONA O tubo digestivo é dividido em trato gastrointestinal superior e inferior. O trato gastrointestinal superior é composto pela boca, faringe, esôfago e estômago, sendo responsáveis, respectivamente, pela mastigação, deglutição, caIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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nal de passagem até o estômago e iniciação do processo de degradação dos alimentos. O trato gastrointestinal inferior é composto pelo intestino delgado e intestino grosso, que possuem uma função básica na digestão e absorção dos alimentos, porém são órgãos que estabelecem relações complexas com o sistema nervoso central, endócrino e imunológico. Por exemplo, o trato gastrointestinal inferior é descrito como o maior órgão imunológico do corpo humano. Ele representa a maior área de contato da mucosa do hospedeiro com o ambiente e contém cerca de 80% de todas as células que produzem anticorpos. A microbiota intestinal, que são os microrganismos que coabitam o intestino grosso, principalmente a porção do cólon, é também uma parte essencial do sistema de defesa do corpo humano. “Os fatores que mais causam esse mau funcionamento intestinal são dieta e sedentarismo. Outras questões comportamentais também podem prejudicar o funcionamento intestinal, como: não atender à urgência para evacuar, quando ela se manifesta; além de estresse, depressão e ansiedade. Vale lembrar que o mau funcionamento intestinal também pode ser causado por certos medicamentos e determinadas doenças”, esclarece a nutricionista, Anna Paula Lacerda.

SINTOMAS E TRATAMENTO Os sinais podem variar de uma pessoa para outra, porém os mais comuns são: número reduzido de evacuações; dificuldade durante a evacuação, com fezes ressecadas, muito duras e pouco volumosas; sensação de esvaziamento incom-

CAUSAS COMUNS DE CONSTIPAÇÃO • Baixa ingesta de fibra. • Baixa ingesta de água. • Sedentarismo. • Medicamentos. • Síndrome do Intestino Irritável. • Mudanças no estilo de vida, viagem, idade. • Gravidez. • Uso abusivo de laxantes. • Não respeitar o reflexo (vontade) de evacuar. • Acidente Vascular Cerebral. • Problemas do cólon e reto. • Baixa ingestão de fibra. Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG)

FIBRAS PREBIÓTICAS Para ser considerada prebiótica, é necessário que a fibra apresente algumas características: 1. Ser resistente à acidez gástrica, hidrólise por enzimas digestivas (bile) e absorção gastrointestinal. 2. Ser fermentada pelo intestino delgado e grosso (cólon). 3. Estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade dos microrganismos vivos (probióticos) que são benéficos ao corpo. Fonte: médico da Hypermarcas, Dr. Márcio de Queiroz Elias

pleto. Além de outros sintomas, como: desconforto, distensão e inchaço abdominal, mal-estar e gases. “As pessoas com prisão de ventre tendem a apresentar, em longo prazo, problemas intestinais e orificiais, ou seja, hemorroidas, fissuras anais, doença diverticular e até extremos de câncer colorretal. O mau funcionamento implica em irritabilidade e vice-versa. Também se observa uma piora no aspecto da pele das pessoas, mas por conta da associação com a pouca ingestão de líquidos”, relata o gastrocirurgião da Clínica Nomina, Dr. Eduardo Grecco. Ele compartilha que comer devagar, mastigar várias vezes, manter uma alimentação saudável e equilibrada sem exagero de carboidratos e leguminosas, rica em fibras, além de aumentar o consumo de iogurtes (probióticos), auxilia no bom funcionamento do intestino. Já no caso da necessidade do uso de medicamentos, os mais utilizados, segundo o Dr. Grecco, são inicialmente para combater os sintomas de gases, com a simeticona; e de cólicas, como a escopolamina. “Medicações laxantes podem se fazer necessárias, pois facilitam a saída das fezes e o esvaziamento do intestino muito rapidamente. Além disso, existem opções naturais, como medicamentos homeopáticos, que podem ser usados para tratar a prisão de ventre e têm menos efeitos colaterais por se tratarem de medicamentos naturais. Porém o uso indiscriminado, por longos períodos, pode trazer prejuízos ao intestino e até mesmo piorar seu funcionamento”, explica o gastrocirurgião.

ATUAÇÃO DAS FIBRAS NO ORGANISMO As fibras estimulam a mastigação, assim como, a secreção de saliva e suco gástrico, aumentam o volume gástrico, proporcionando saciedade que consequentemen2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

CONSTIPAÇÃO

IMPACTO NA VIDA DA MULHER Alteração no humor

Falta de concentração

Piora na vida sexual

89%

88%

79%

67%

das mulheres declaram sofrer de problemas intestinais. O problema está presente em todas as regiões do País e em todas as classes sociais estudadas. Gases

Inchaço

Sensação de peso

Prisão de ventre

57%

56%

46%

26%

*Pesquisa realizada com 3.500 mulheres em dez cidades do País – considerando todas as regiões do Brasil. Fonte: Estudo SIM Brasil – Saúde Intestinal da Mulher

te diminui a quantidade de alimentos ingeridos e regulam o tempo do trânsito intestinal, retardando o esvaziamento gástrico. “Elas atuam no metabolismo lipídico, sendo que as fibras insolúveis, por não serem digeridas, se O colesterol LDL ligam aos sais biliares e reduzem a absorção é o responsável das gorduras e do colesterol e as fibras solúpela formação veis diminuem especificamente o colesterol das placas de ateromas nos LDL”, esclarece o Dr. Grecco. vasos do coração O gastrocirurgião explica que elas aumene do cérebro, tam o número de bactérias boas (ácidos grarestringindo xos) que protegem a mucosa do intestino, a passagem de sangue, sendo reabsorvidas, voltam à corrente sanfavorecendo guínea e vão para o fígado, onde inibem a o infarto ou síntese de colesterol, auxiliando na redução Acidente Vascular dos triglicérides. Cerebral (AVC) 11 2

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As fibras solúveis atuam no metabolismo de carboidratos e reduzem a absorção de glicose, formando um gel no intestino que retarda a absorção dos nutrientes. Com a lentificação da absorção de carboidratos, evitam-se picos hiperglicêmicos e, consequentemente, há a produção imediata de insulina. “Uma flora bacteriana de melhor qualidade colabora para maior produção de ácidos graxos que protegem o organismo de substâncias tóxicas, podendo levar à redução na incidência e prevalência de câncer de cólon”, afirma o Dr. Grecco.

PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS. QUAL A DIFERENÇA? A flora intestinal é um conjunto de bactérias boas e ruins que vivem no organismo de forma equilibrada e que

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ESPECIAL SAÚDE

CONSTIPAÇÃO

O PAPEL DAS FIBRAS NA ALIMENTAÇÃO Após a ingestão das fibras solúveis, elas absorvem água e se tornam um gel, que “aprisiona” açúcares e gorduras no estômago, e os carrega ao longo do tubo digestivo. As fibras insolúveis passam intactas pelo tubo.

Esôfago Fibras Alimento Estômago

As fibras insolúveis se misturam com o alimento parcialmente digerido no estômago

No intestino delgado, as fibras solúveis aprisionam açúcares, colesterol e gorduras e reduzem sua absorção

Intestino delgado

As fibras insolúveis seguem para o intestino grosso, onde serão alimento para bactérias benéficas, e melhoram a regularidade intestinal

Intestino grosso (Cólon) Reto

Fonte: Dr. Mauricio Garcia, do site comeceaemagrecer.com.br

servem para proteger de várias patologias. Os probióticos são as bactérias boas do intestino, como Lactobacillus e Bifidobacterium que possuem cepas específicas. Exemplo: iogurtes, coalhadas e até no molho de soja. Os prebióticos são os alimentos para as bactérias boas do intestino, sendo carboidratos que não são digeridos e que acabam por estimular a proliferação e a ação das bactérias que proporcionam benefícios ao organismo. Enquadram-se na definição de fibras, tendo como fonte a inuli11 4

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na e oligofrutose, que são fibras solúveis e fermentáveis. Leite materno e fórmulas infantis são ricos em prebióticos. Também são encontrados em alimentos de origem vegetal, como cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel e cerveja. Já a inulina está presente, principalmente, na raiz da chicória e também no alho, na cebola, no aspargo e na alcachofra. Um mesmo produto que contenha o probiótico e o prebiótico é chamado de simbiótico.

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VITAMINAS

Essenciais para adultos e crianças CARÊNCIA DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS É COMUM ENTRE BRASILEIROS DE TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS, TRAZENDO PREJUÍZOS AO BOM FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO. ENTENDA O PAPEL DE ALGUMAS VITAMINAS E AS APRESENTAÇÕES DO MERCADO PARA SUPLEMENTAÇÃO

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POR KATHLEN RAMOS

Uma dieta equilibrada contemplando carboidratos, gorduras, proteínas, minerais e vitaminas. Essa é sempre a recomendação dos médicos, mas seguir as orientações é uma meta pouco alcançada por grande parte da população, com destaque para as vitaminas. “De forma geral, os brasileiros não costumam suprir as taxas adequadas e isto acontece por diversos motivos, passando pela falta de informação sobre a importância

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desses nutrientes, hábitos alimentares ruins, excesso de produtos industrializados na dieta, erros no preparo dos alimentos, dietas restritivas, entre diversas outras razões”, afirma a nutricionista do Hapvida, Maria Cristina Câmara Bernhard. Seja qual for o motivo para essa carência nutricional, sabe-se que são muitos os prejuízos que a deficiência vitamínica pode trazer ao organismo. “As vitaminas são importantes para inúmeras funções biológicas. Elas participam da formação da IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

VITAMINAS

estrutura óssea e dos dentes, são importantes para a cicatrização, para a integridade do sistema imunológico e também podem evitar problemas, como anemia, falta de apetite e até alguns tipos de câncer, por exemplo”, mostra. Acompanhe, a seguir, o papel de algumas vitaminas para o bom funcionamento do corpo em algumas fases da vida: Vitamina C: o organismo armazena uma quantidade pequena desta vitamina. Por isso, sua ingestão deve ser adequada para evitar esse déficit, segundo explica a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Cintya Bassi. E os sinais dessa carência podem aparecer logo no início da vida. “Os sintomas costumam aparecer em, aproximadamente, seis meses de uma ingestão deficiente, promovendo o aparecimento de petéquias (pequenos pontos vermelhos no corpo) e manchas arroxeadas na pele. Também são associados à carência de vitamina C, o surgimento de gengivite, dificuldades de cicatrização, deficiência no sistema imunológico, podendo aumentar a ocorrência de gripes e resfriados, além de anemia ferropriva”, enumera Cintya. Em adultos, os sintomas da hipovitaminose C são os mesmos. Mas dois grupos merecem atenção: o de fumantes e o de gestantes. “Adultos fumantes têm a absorção da vitamina reduzida, o que pode resultar em doenças como o escorbuto, embora o surgimento dessa enfermidade atualmente seja raro. Em gestantes, a carência está relacionada ao aumento na incidência de doença hipertensiva e pré-eclâmpsia”, lembra. Vitamina D: em crianças, os sinais da deficiência de vitamina D podem demorar a surgir, dependendo de fatores, como a velocidade de crescimento, grau de deficiência e a quantidade de cálcio da dieta, segundo explica Cintya. “O problema mais comumente associado à hipovitaminose D em crianças é o raquitismo, que tem como manifestações clínicas atrasos no crescimento, palidez, deficiência do sistema motor, irritabilidade, sudorese, entre outros”, afirma a especialista. Já em adultos, conforme aponta a nutricionista do São Cristóvão, a forma mais comum de manifestação dessa deficiência é a osteomalácia, doença que leva ao amolecimento dos ossos. “Deficiência de cálcio também pode ocorrer, já que a absorção fica prejudicada”, acrescenta. 11 8

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DIVERSAS APRESENTAÇÕES NO MERCADO Caso não se atinjam os índices ideais de vitaminas com a alimentação, a suplementação, com prescrição médica, é recomendada. E para essa etapa do tratamento, a indústria oferece diversas apresentações, trazendo opções que podem facilitar a adesão ao tratamento. Vitaminas efervescentes, gomas, cápsulas e sachês são algumas das ofertas disponíveis e, segundo a nutricionista do Hapvida, Maria Cristina Câmara Bernhard, as diferenças de resultado final são pequenas, principalmente no que diz respeito à absorção, desde que sejam respeitadas as recomendações dos fabricantes. “A vitamina C efervescente não deve ficar exposta por muito tempo, pois é mais volátil; já os comprimidos costumam concentrar doses maiores”, diferencia. Para as crianças, a adesão costuma ser aumentada com as apresentações em goma, conforme analisa a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Cintya Bassi. Vale, apenas, uma ressalva. “No caso dessas apresentações, é importante verificar se são isentas de adoçantes artificiais”, sinaliza. Maria Cristina reforça que a fonte de consumo preferencial de vitaminas deve ser a alimentação e que superdosagens devem ser desestimuladas. “Em alguns casos, a hipervitaminose pode trazer consequências contrárias ao desejado”, finaliza.

ZINCO: é um mineral presente em mais de 200 enzimas e tem participação essencial no metabolismo de macronutrientes, conforme sinaliza Cintya. “Sua deficiência primeiramente mobiliza as reservas. Porém, se o quadro é prolongado, pode gerar anorexia, cicatrização lenta, intolerância à glicose, atrofia testicular e disfunções imunológicas”, alerta. Em crianças, além de anorexia e comprometimento do sistema imunológico, esta faixa etária também está suscetível a outros problemas. “Podem ocorrer diarreia, retardo no crescimento e na maturação sexual, hipogeusia (diminuição do paladar), além de falta de memória”, avisa Maria Cristina.

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ROTAVÍRUS E NOROVÍRUS

Qual a

diferença? AMBOS SÃO CAUSADORES DA DOENÇA DIARREICA E OS SURTOS SÃO COMUMENTE RELACIONADOS À INFECÇÃO ALIMENTAR. ENTENDER AS VARIAÇÕES DE CADA UM AUXILIA NO TRATAMENTO MAIS EFICAZ DA GASTROENTERITE VIRAL

C

POR TATIANA FERRADOR

Cada vez mais comuns, os surtos de gastroenterocolites vêm chamando a atenção da Secretaria da Saúde Pública, que investe constantemente em campanhas para a conscientização da população acerca dos cuidados para a prevenção da doença, bem como formas de tratá-las. Sintomas, como diarreia, vômitos, dores estomacais e cólicas, são típicos de quadros de gastroenterite viral que remetem ao diagnóstico de rotavírus. No entanto, são cada vez mais frequentes surtos causados por norovírus, outro tipo de vírus cuja facilidade de transmissão é muito maior que a do rotavírus. No Brasil, os norovírus são tão ou mais frequentes do que o rotavírus como causadores de grandes surtos, variando de 21,4% a 35%, maiores do que para rotavírus. No entanto, são mais comumente registrados em transatlânticos, lugares típicos para surtos de doença diarreica, devido a grandes grupos de pessoas confinadas em um ambiente restrito. Já nos Estados Unidos, o norovírus é responsável por estimados 19 a 21 milhões de casos, com entre

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60 a 70 mil internações e entre 600 a 800 óbitos por ano. É a mais comum causa de gastroenterite aguda naquele país em todas as idades e a mais importante causa de surtos de infecção alimentar. Como explica o infectologista Dr. Marcelo Luiz Galotti Pereira, o norovírus, ainda desconhecido do público, acomete mais adultos, enquanto o rotavírus, crianças. “Locais confinados, como creches, asilos, escolas e navios, bem como ambientes hospitalares, são propícios para surtos no norovírus”, diz. “Como são muito resistentes, tendem a permanecer por um bom período em superfícies que o doente teve contato.”

CRIANÇAS MAIS AFETADAS A pediatra da rede Dr. Consulta, Dra. Marcela Angeli Oliveira, alerta que clinicamente não há diferença entre o rotavírus e norovírus, já que ambos pacientes apresentam diarreia e vômitos, e que estes sintomas duram em torno de dois a cinco dias. “Os dois vírus atingem pessoas de todas as idades: crianças, adultos e idosos, porém é mais comum em crianças”, diz. “A única diferença é o período em IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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que ocorre o surto de cada vírus: o rotavírus predomina no verão e o norovírus durante todo o ano, com um leve aumento dos casos no inverno.” As crianças, principalmente as menores, são mais afetadas por levarem muito as mãos à boca e por não as lavar adequadamente. Os sintomas são vômitos, diarreia, dor abdominal, náusea, febre baixa, fadiga e até dor muscular, levando às vezes a uma importante desidratação. “A transmissão acontece por água ou alimentos contaminados, transmissão fecal, oral e até mesmo por vias aéreas, como contatos com partículas presentes nos vômitos”, explica a Dra. Marcela. “É importante destacar que, com apenas uma partícula, a transmissão já pode acontecer, e que cerca de 30% das pessoas infectadas pelo norovírus são assintomáticas, mas podem transmitir a doença.” A pediatra alerta, ainda, que pessoas que apresentaram os sintomas, no caso do norovírus, continuam transmitindo os vírus por até três semanas, enquanto que, no caso das infecções por rotavírus, a transmissão ainda pode ocorrer por três a cinco dias, após cessar o quadro de diarreia. Segundo um estudo de vigilância de norovírus, realizado no Instituto Adolf Lutz, durante os anos de 2005 a 2008, no estado do Rio de Janeiro, cerca de 35% dos casos diag-

MOVIMENTO BRASIL SEM PARASITOSE O Movimento Brasil Sem Parasitose (MBSP), ação social e educacional de iniciativa da Federação Brasileira de Gastrenterologia (FBG) com o apoio da FQM Farmoquímica, é uma ação itinerante que percorrerá, até outubro de 2016, 11 cidades brasileiras levando à população atendimento médico especializado. O objetivo é reduzir a ocorrência das doenças parasitológicas, evitando consequências severas e o óbito. Uma unidade móvel alerta sobre a importância de hábitos de higiene pessoal e doméstica que evitam a transmissão de parasitas, bem como o correto tratamento antiparasitário para o controle de doenças. São três consultórios, onde inicialmente a população passa por um pré-atendimento com enfermeiros, seguindo para o atendimento com médicos gastroenterologistas e gastroenterologistas pediátricos. As cidades em que o movimento passará são: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, Natal, Fortaleza, São Luiz, Brasília e Belo Horizonte. Para acompanhar a caravana e conferir as datas de atendimento, acesse o site: www.movimentobrasilsemparasitose.com.br.

nosticados foram positivos. Em outro estudo, também realizado pelo Instituto, em 2004, 41% das gastroenterites foram causadas pelo rotavírus. Concluindo, assim, a importância da prevenção para combater o número elevado de casos. No Brasil, temos a doença o ano todo, porém, como já dito, a maior ocorrência das gastroenterites por rotavírus predomina no verão.

SURTO NAS FÉRIAS E RETORNO ÀS AULAS A infecção por norovírus, como dito anteriormente, acomete mais as crianças que frequentam escolas e no verão. Cerca de 30% dos indivíduos acometidos podem ser assintomáticos. Além disso, mesmo após melhora clínica da doença, continua-se eliminando vírus nas fezes por cerca de duas semanas. Nas férias escolares, é muito comum a ocorrência de quadros de gastroenterites por ingestão de alimentos ou água contaminados, sobretudo em viagens para locais quentes, como as praias. Basta que uma criança apareça na escola doente (ou eliminado o vírus já assintomática), que existe a possibilidade de surto. “Caso ela não lave as mãos após uso de sanitário e esteja com as mãos contaminadas, pode acabar levando o vírus para algum colega. Basta um único vírus para contaminar uma criança”, explica a pediatra Dra. Letícia Rubim. “Além disso, o norovírus é extremamente resistente, podendo sobreviver em superfícies inanimadas, como mesas e carteiras, entre oito horas a sete dias”, diz. Outro problema são os manipuladores de alimentos. Toda escola costuma ter uma cantina e, caso o alimento preparado se contamine com mãos em que o vírus esteja presente, o surto está garantido. A volta às aulas é, portanto, um prato cheio para a ocorrência de surtos. Para minimizar o problema, a pediatra ratifica a importância às medidas preventivas já citadas, com especial atenção para a higiene das mãos e cuidado dos manipuladores de alimentos nas cantinas. “A prevenção passa pela educação de cuidadores e funcionários de creches e escolas e dos responsáveis A pediatra Dra. Letícia pela preparação das refeiRubim explica que o ções, em relação aos cuidanorovírus é extremamente resistente, podendo dos de lavagem das mãos e sobreviver nas mais limpeza dos objetos e do lodiversas superfícies cal de preparo dos alimen2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

ROTAVÍRUS E NOROVÍRUS

INCIDÊNCIA DO PROBLEMA NO BRASIL No Brasil, a incidência de norovírus é maior na primavera e no verão. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre os anos 2000 e 2015, a incidência de casos de diarreia transmitida por alimentos secundários ao norovírus foi de 2,3%. Essa grande diferença de prevalência em relação ao percentual em outras localidades do mundo se deve à baixa notificação e à pequena quantidade de estudos de prevalência fora dos períodos de grandes surtos, como o ocorrido em

São Paulo em 2008.

tos com produtos adequados”, complementa a diretora da Homeped, Dra. Cristiana Meirelles. “Embora a sua grande maioria apresente uma evolução curta e benigna, a gastroenterite aguda pode se tornar grave, levando a quadros de desidratação e choque hipovolêmico. Como não há tratamento específico eficaz contra os vírus causadores, é fundamental a prevenção da doença por meio da vacinação contra rotavírus, estímulo ao aleitamento materno e medidas de higiene no ambiente”, esclarece a Dra. Cristiana.

PREVENÇÃO AINDA É O MELHOR REMÉDIO Para o rotavírus, existe uma sequência de vacinas que se inicia aos dois meses de idade, com reforço nos quarto e sexto mês. Como a imunização tem início aos dois meses, vale ressaltar que o leite materno já fornece uma proteção contra doenças, inclusive diarreias agudas. “Todavia, o método mais eficaz de prevenção é interromper a transmissão, o que pode ser feito com os seguintes cuidados: lavar as mãos com água e sabão abundantemente, lavar os alimentos de maneira adequada e o tratamento da água”, lembra a Dra. Marcela. “O uso do álcool em gel ajuda, mas higienizar bem as mãos com frequência é fundamental, lembrando que os objetos utilizados por pessoas doentes deverão ser sempre higienizados com hipoclorito a 2%, para eliminar o vírus”, orienta a pediatra da rede Dr. Consulta. Os mesmos cuidados valem para prevenção do norovírus, uma vez que não existem vacinas para evitá-lo. Os surtos em escolas acontecem por conta da facilidade de transmissão. Uma única criança contaminada poderá espalhar para todas as outras. Para minimizar o problema, será necessário o afastamento das crianças contaminadas e redobrar atenção na higiene do local. Já nas férias, as crianças geralmente têm mais acessos a locais públicos, como clube, praia e piscinas, aumentando o risco de contaminação. 122

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TRATAMENTO ASSERTIVO Na maioria dos casos, o tratamento é feito com hidratação oral ou soro caseiro. Apesar da natural perda de apetite, a alimentação saudável também é fundamental para a recuperação. E no caso de recém-nascidos e lactentes, o aleitamento materno é a forma mais eficaz para combater a desidratação que, em geral, é mais grave nas idades extremas: crianças e idosos. Um tratamento que elimine o vírus não existe. É preciso dar ao organismo condições de combatê-lo. Muitas vezes, a internação é necessária para agilizar a recuperação. Como regra, a doença dura de dois a três dias. Para a pediatra da Clínica Fares, Dra. Veridiana Rolim Soares de Abreu, a ingestão abundante de líquidos a fim de evitar desidratação, assim como de alimentos leves, associada a antipiréticos e analgésicos para febre e dor abdominal, antiemético para náusea e vômitos, ajudam a agilizar o pronto restabelecimento do paciente acometido pela gastroenterite viral. “A diarreia do rotavírus pode durar de três a sete dias, enquanto a do norovírus tende à resolução mais rápida, de 24 a 72 horas”, ressalta. O gastroenterologista e assessor médico na Farmoquímica, Dr. Ronaldo Carneiro, alerta ainda sobre a importância da higiene das mãos para a prevenção e tratamento de surtos de gastroenterocolite, com cuidados redobrados após a utilização do banheiro e de transporte público. “É fundamental, ainda, evitar a mão na boca e roer unhas, por exemplo. A educação sanitária é de extrema relevância para a redução de tempo dos sintomas e eficácia do tratamento”, diz o médico. Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento de gastroenterocolite, está a nitazoxanida, que atua no sentido de inibir a ação da enzima fundamental para a multiplicação dos parasitas e dos vírus.

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Indicado para parasitoses intestinais e gastroenterites virais1

1 dose

1

3 dias 1

2xdia ao

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Mesma posologia para todas as indicações 1* * Exceto para criptosporidíase

Seringa com escala de peso

CONTRAINDICAÇÃO: DIABETES. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: NÃO EXISTEM INTERAÇÕES COM O CITOCROMO CYP 450, NÃO HAVENDO, PORTANTO, CONTRAINDICAÇÕES DE USO CONCOMITANTE COM OUTROS MEDICAMENTOS. OBSERVAR O ITEM PRECAUÇÕES EM RELAÇÃO À ADMINISTRAÇÃO COM ANTICOAGULANTES E ANTICONVULSIVANTES. Annita® (nitazoxanida). Apresentações: pó para suspensão oral - embalagem contendo pó para 45 ml ou 100 ml, após reconstituição. Comprimido revestido embalagem contendo 6 comprimidos revestidos. Indicações: Gastroenterites virais causadas por Rotavírus e Norovírus, nas helmintíases por nematódeos, cestódeos e trematódeos, no tratamento de Enterobius vermiculares, Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercolaris, Ancilostomíase, Trichuris trichiura, Taenia sp, Hymenolepis nana, no tratamento da diarreia causada por amebíases intestinais agudas ou disenteria amebiana causada pelo complexo Entamoeba histolytica/dispar, Giardia lamblia ou Giardia intestinalis, no tratamento da diarreia causada por Cryptosporidium parvum (Criptosporidíase), e também está indicado no tratamento do Blastocistis hominis, Balantidium coli e Isospora belli. Contraindicações: Diabetes, doença hepática ou doença renal, pacientes com história de hipersensibilidade e/ou alergia à nitazoxanida ou aos componentes da fórmula. A forma farmacêutica comprimido revestido não deve ser administrada em crianças de zero a 11 anos. A forma farmacêutica pó para suspensão oral não deve ser administrada em menores de 1 ano. Advertências e precauções: Annita® somente deve ser utilizado durante a lactação se os benefícios justificarem o risco potencial para o lactente. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Pacientes diabéticos devem ser advertidos de que Annita® possui açúcar. Interações medicamentosas: não existem interações com o citocromo CYP 450, não havendo, portanto, contraindicação de uso concomitante com outros medicamentos. Porém, o uso de Annita® com anticoagulantes do tipo cumarínicos como a varfarina e com o anticonvulsivante fenitoína deve ser avaliado com cautela. Reações adversas: as reações adversas mais comumente relatadas ocorrem no trato gastrointestinal. Náuseas, algumas vezes acompanhadas de cefaleia, anorexia, ocasionalmente vômitos, mal estar abdominal inespecífico e dor abdominal tipo cólica. Annita® pode produzir alteração da cor dos fluidos fisiológicos (ex: urina, esperma) para amarelo esverdeado, sem qualquer significado clínico. Posologia: Annita® deve ser administrado com alimentos. Suspensão oral - Crianças acima de 12 meses em gastroenterites virais causadas por Rotavírus e Norovírus, helmintíases, amebíase, giardíase, isosporíase, balantidíase, blastocistose, criptosporidíase em pacientes sem imunodepressão, a posologia indicada é de 0,375 ml (7,5 mg) por kg, 2 vezes por dia (a cada 12 horas), por 3 dias consecutivos. Na criptosporidíase em pacientes imunodeprimidos, 0,375 ml (7,5 mg) por kg, 2 vezes por dia (a cada 12 horas), por 14 dias, se a contagem de CD4 for superior a 50 céls/mm3. Caso a contagem de CD4 seja inferior a 50 céls/mm3, deve-se manter a medicação por, no mínimo, 8 semanas ou até a resolução dos sintomas e negativação dos oocistos. Comprimidos revestidos - Adultos e crianças acima de 12 anos de idade: gastroenterites virais causadas por Rotavírus e Norovírus, helmintíases, amebíase, giardíase, isosporíase, balantidíase, blastocistose e criptosporidíase em pacientes sem imunodepressão - 1 comprimido (500 mg), 2 vezes por dia (a cada 12 horas), por 3 dias consecutivos. Na criptosporidíase em pacientes imunodeprimidos, 500 a 1000 mg, 2 vezes por dia (a cada 12 horas), por 14 dias, se a contagem de CD4 for superior a 50 céls/mm3. Caso a contagem de CD4 seja inferior a 50 céls/mm3, deve-se manter a medicação por, no mínimo, 8 semanas ou até a resolução dos sintomas e negativação dos oocistos. MS: 1.0390.0173. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SAC 08000 25 01 10. Para ver o texto de bula na íntegra, acesse o site www.fqm.com.br. Referências Bibliográficas: 1. ANNITA. Bula do Produto..

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HIPERTENSÃO

Coração valente A PRESSÃO ALTA E A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SÃO DOENÇAS SÉRIAS CAPAZES DE COMPROMETER A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E, SE NÃO TRATADAS, LEVAM À MORTE

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POR ADRIANA BRUNO, FLÁVIA CORBÓ E TASSIA ROCHA

Viver e envelhecer com saúde é um desafio e tanto para pessoas em todo o mundo. Doenças crônicas, genéticas, hereditárias, adquiridas por hábitos de vida desregrados estão na lista das que mais comprometem a qualidade de vida das pessoas. A incidência de hipertensão entre a população mundial é muito alta e, no Brasil, não é diferente. Segundo informações fornecidas pelo presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), Dr. Marcelo Cantarelli, estima-se no mundo que a hipertensão arterial atinja entre 8% e 30% da população, dependendo da região estudada. No Brasil, mais de 17 milhões de pessoas são hipertensas. A

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prevalência aumenta com a idade, enquanto incide em 14% da população até 34 anos de idade, entre os idosos acima dos 65 anos de idade, ela atinge mais de 63%. Mesmo convivendo muito de perto com o fantasma da hipertensão, o brasileiro parece não estar preocupado com a saúde e segue ignorando os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento do problema. O número de brasileiros obesos, por exemplo, cresce ano a ano. Dados divulgados em 2015 pelo Ministério da Saúde (MS) mostram que, em 2006, 43% da população estava acima do peso. Hoje, o índice chega a 52,5%. Ou seja, mais da metade dos brasileiros apresenta pelo menos um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como a hipertensão. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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O aumento do número de pessoas de mal com a balança pode ser explicado pela falta de atividade física. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 46% da população – um total de 67,2 milhões pessoas – com 18 anos de idade ou mais é sedentária, o que ajuda a agravar o quadro de hipertensos no País. Outros maus hábitos, o avanço da idade e características raciais também podem influenciar no descontrole da Pressão Arterial (PA). “A ingestão excessiva de sal e álcool, tabagismo e fatores socioeconômicos também são desencadeadores”, relata a cardiologista do Centro de Cardiologia do Hospital 9 de Julho, Dra. Beatriz da Silva Costa. A consequência dessa falta de cuidado com o corpo é perigosa. Todos os anos, 300 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência de doenças cardiovasculares, sendo que mais da metade das complicações fatais tem origem na pressão alta. Pelo menos 40% dos infartos e 80% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) ocorrem devido ao descontrole da PA.

EFEITOS NO ORGANISMO Por que a hipertensão é tão perigosa e aparece como o principal fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares? Segundo descreve a Dra. Beatriz, a pressão alta compromete o equilíbrio entre o relaxamento e a contração dos vasos, levando a um aumento da tensão sanguínea, isto é, a força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, sendo capaz de prejudicar a irrigação tecidual e provocar danos aos órgãos irrigados. Quando o organismo está sob o efeito desse desequilíbrio, inúmeras podem ser as consequências: complicações vasculares (para cada 10 mmHg de elevação da PA, o risco vascular se eleva em 28%); Doença Arterial Coronariana Aguda e Crônica (DAC); Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC); Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo (HVE); AVC Isquêmico e Hemorrágico; Insuficiência Renal Crônica; e Hipertensão Maligna.

COMO PREVENIR E TRATAR A hipertensão é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis. Hereditariedade e idade avançada são fatores que não podem ser trabalhados, mas há diversos outros agentes da doença que, se evitados, podem reduzir – e muito – a chance de desenvolvimento do problema. Antes de ser obrigado a procurar um médico e passar a ter de se medicar diariamente, há uma série de comportamentos que podem ser adotados por uma pessoa que deseja frear os riscos de se tornar um

doente crônico. “A prevenção primária e a detecção precoce são as formas mais efetivas de evitar as doenças e devem ser metas prioritárias dos profissionais de saúde”, acredita a Dra. Beatriz. Segundo a nefrologista membro da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Dra. Frida Liane Plavnik, para evitar a doença, é preciso tomar medidas gerais de reeducação, também conhecidas como modificações no estilo de vida. A mudança de hábitos é necessária, principalmente, em indivíduos com PA limítrofe (PA < 140/90 mmHg). Entre as novas atitudes, devem estar: medição regular da PA, alimentação saudável, prática de atividade física pelo menos cinco dias por semana, manutenção de peso adequado, diminuição do consumo de bebidas alcoólicas, não fumar e controle do estresse (nervosismo). “Tentar administrar os problemas de uma maneira mais tranquila. A arte de viver bem é enfrentar os obstáculos do dia a dia com sabedoria e equilíbrio”, aconselha a Dra. Frida.

TERAPIA MEDICAMENTOSA A menos que haja uma necessidade evidente para o uso imediato de medicamentos, como no caso de pacientes com níveis de PA acima de 180/110 mmHg, a maioria dos pacientes, primeiramente, deve ter oportunidade de tentar reduzí-la por meio de tratamento não farmacológico, a partir das modificações no estilo de vida citados anteriormente. No entanto, uma vez já instalada a hipertensão, medidas farmacológicas devem ser instituídas. A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas deve ser tratada para impedir complicações. Em indivíduos com PA limítrofe, recomenda-se tratamento medicamentoso apenas em condições de Risco Cardiovascular Global alto ou muito alto. Esse risco é definido como a probabilidade de um indivíduo ter um evento [angina, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), AVC ou morte], durante um período de dez anos. Quanto maior o risco, maior o potencial benéfico de uma intervenção terapêutica ou preventiva. Apesar de eficazes, os medicamentos não conseguem realizar a tarefa da redução de PA sozinhos. O sucesso do tratamento depende fundamentalmente de mudança comportamental e da adesão a um plano alimentar saudável. “Pequena perda do peso corporal está associada a reduções na PA em pessoas com sobrepeso. Reduzir a ingestão de álcool para no máximo 30 g de etanol para homens e 15 g para mulheres também surte efeitos, assim como a cessação do tabagismo”, aponta a Dra. Beatriz. Quando benfeito, o tratamento farmacológico junto a atitudes saudáveis conseguem reduzir a morbidade e mortalidade. Assim, os anti-hipertensivos e as mudanças de 2016 JULHO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

HIPERTENSÃO

hábito são capazes não só de reduzir a PA, como também diminuir os eventos cardiovasculares fatais e não fatais.

A SERVIÇO DA POPULAÇÃO

PROCEDIMENTO PARA A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após a medida, selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço. 2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, dois a três centímetros acima da fossa cubital. 3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial. 4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu reaparecimento corresponderá à Pressão Arterial (PA) sistólica. 5. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva. 6. Inflar, rapidamente, até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação. 7. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo). 8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff*), que é em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação. 9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff*). 10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. 11. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff*) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero. 12. Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida. 13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente. 14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. *Korotkoff são os sons ouvidos durante a medição da PA. Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol 2010. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)/Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)/Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)

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O procedimento de medida de PA pode ser realizado por todos os profissionais da área de saúde habilitados para tal. No entanto, apesar do procedimento ser simples, existem algumas particularidades que precisam ser respeitadas. É importante que todos os profissionais de saúde tenham conhecimento das técnicas padronizadas para tal procedimento. Os mesmos devem ser treinados e certificados como aptos e periodicamente reavaliados para confirmar a adequação de como a PA está sendo avaliada. Da mesma forma, o local onde a medida de pressão será feita deve respeitar algumas exigências. Há necessidade de uma sala separada onde o paciente possa permanecer em repouso por no mínimo de três a cinco minutos e que o ambiente não sofra interferência de sons externos. Não é correto fazer a medida em condições ambientais diferentes da situação exposta acima. Em nota, a SBH afirma que não é contrária à medida de pressão na farmácia, desde que o profissional responsável por tal procedimento seja devidamente treinado e certificado. A instituição tem, inclusive, disponível material educativo para profissionais da saúde e pode promover treinamento, quando solicitado. É importante orientar aos pacientes da farmácia que: Evitem: açúcares e doces, derivados de leite na forma integral, com gorduras, carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras, temperos prontos, alimentos industrializados que vêm em latas ou vidros, alimentos processados e industrializados, como embutidos, conservas, enlatados, defumados, charque. Prefiram: alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados, temperos naturais, como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha, frutas, verduras e legumes, produtos lácteos desnatados.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA De acordo com o cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Antonio Carlos Bacelar, a Insuficiência Cardíaca (IC) é a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração. “A IC é uma síndrome complexa em que o coração é incapaz de bombear o sangue no volume necessário para suprir as necessidades do organismo. A mortalidade por doenças cardíacas aumenta progressivamente com a elevação da PA. A IC é a causa mais frequente de internação por doença cardiovascular. É uma doença que causa im-

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ESPECIAL SAÚDE

HIPERTENSÃO

VALORES DA PRESSÃO ARTERIAL Ao medir a Pressão Arterial (PA) obtém-se dois valores, um maior (pressão sistólica) e um menor (pressão diastólica). A pressão sistólica ou máxima reflete a pressão com que o sangue sai do coração, ou seja, é gerada em grande parte pela força que o coração faz para bombeá-lo. A pressão mínima ou diastólica é gerada pela resistência que os vasos fazem ao fluxo sanguíneo. Se essa resistência não existisse, o sangue não teria como retornar ao coração. Os valores normais seriam até 120 mmHg para a pressão sistólica e até 80 mmHg para a pressão diastólica. Classificação

Pressão sistólica (mmHg)

Pressão diastólica (mmHg)

Ótima

< 120

< 80

Normal

< 130

< 85

Limítrofe***

130-139

85-89

Hipertensão estágio 1

140-159

90-99

Hipertensão estágio 2

160-179

100-109

Hipertensão estágio 3

> ou igual a 180

> ou igual a 110

Hipertensão sistólica isolada

> ou igual a 140

< 90

Fontes: presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), Dr. Marcelo Cantarelli; e VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

portante diminuição da qualidade de vida e possui alta mortalidade”, diz. Segundo o cardiologista, Dr. Giovanni Pinto, a IC está relacionada a diversas doenças que afetam diretamente o coração e estas, em sua grande maioria, ficam mais prevalentes com a idade, por isso a relação com a idade do paciente. Para ele, a incidência e prevalência absoluta de IC é discretamente maior em homens, mas mulheres são menos propensas a ter doença arterial coronariana e mais propensas a ter hipertensão. Ainda de acordo com o Dr. Giovanni Pinto, no Brasil, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham IC e surgem aproximadamente 240 mil novos casos por ano. Em junho de 2015, a revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), publicou um estudo coordenado pelo professor da Faculdade 130

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de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FMC-UERJ), Dr. Denílson Albuquerque, mostrando que 50 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil em função de complicações cardíacas. A IC pode ser resultado de inúmeras patologias como, por exemplo, IAM, doenças nas valvas, miocardite, doenças congênitas, alcoolismo, uso de drogas e a própria hipertensão. “No entanto, quase 50% das vezes não conseguimos identificar uma causa para a IC, sendo chamada de idiopática. Como a maioria das causas apresentadas é mais prevalente na população com idade mais avançada, a IC acaba por ser mais comum também nesta faixa etária, podendo, no entanto, também se manifestar em faixas etárias mais jovens”, explica o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Alexandre Galvão.

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TENDÊNCIA

Momento de observação e cuidado O SETOR DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS TEVE A SUA PRIMEIRA RETRAÇÃO APÓS 23 ANOS. O LONGO PERÍODO DE TURBULÊNCIA REFLETIU DIRETAMENTE NO PODER DE COMPRA DO CONSUMIDOR E NA MUDANÇA DE HÁBITOS DO BRASILEIRO

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Economia em recessão, desemprego em alta e consumidor mais atento às suas escolhas. Este novo cenário faz com que o shopper mude o seu comportamento de compra, indicando que o varejista precisa se adaptar rapidamente ao seu novo estilo, se não quiser perder o cliente. Considerando o atual momento político-econômico do Brasil que levou o consumidor a mudar seus hábitos, com consequências refletidas nos negócios da indústria, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), realizou, no último mês de maio, o Seminário Abihpec com o tema: “A visão dos institutos de pesquisa sobre o mercado

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GUIA DA FARMÁCIA JULHO 2016

POR VIVIAN LOURENÇO

brasileiro de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC)”. A iniciativa contou com palestras de especialistas do Euromonitor, da Factor Kline, do IMS Health, e da Kantar Worldpanel, da LCA Consultoria, da Mintel da e Nielsen, que analisam o mercado em diferentes vertentes para aprofundar sobre o setor, sobretudo com relação às perspectivas 2016/2017. Para o presidente executivo da Abihpec, João Carlos Basilio, a mudança de hábitos dos consumidores brasileiros é necessária e é preciso que o varejista se adapte a essa nova realidade. “O setor tem de inovar e se reinventar. Quarenta por cento do faturamento bianual foi fruto dos lançamentos; se continuar neste ritmo, em cinco anos, haverá a troca total do portfólio do seIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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tor de HPC. Além disso, é preciso fazer mais com menos para caber no bolso do consumidor; quem achar essa fórmula terá sucesso”, destacou Basilio no discurso de abertura. O setor teve a sua primeira retração em 23 anos. “O longo período de turbulência refletiu diretamente no poder de compra do consumidor e na mudança de hábitos do brasileiro”, comentou o executivo. O seminário começou com o panorama econômico do País, além das projeções para os próximos anos; somente analisando a atual situação e vendo as possibilidades futuras é que indústria e varejo podem traçar metas e realizar ações para fugir deste ambiente hostil. Segundo a diretora de regulação econômica da LCA Consultores, Cláudia Viegas, os países desenvolvidos estão se recuperando de forma lenta da economia desacelerada em conjunto com as taxas de juros elevadas; a queda no rating mostra a dificuldade dos países de saírem desta situação. A América Latina está em desaceleração desde 2011, mas o Brasil já sentia os seus efeitos desde 2010. O setor de serviços, de acordo com Cláudia, só começou a ser atingido em 2014. “No fim de 2017, deverá se recuperar o nível observado em junho de 2014. A retomada da governabilidade deve ajudar este cenário. Ou seja, o que precisa ser feito na economia não é receita nova.”

Para a diretora da LCA Consultores, o Produto Interno Bruto (PIB) real deverá atingir os mesmos níveis de 2014 apenas em 2019 e a inflação deverá convergir para alcançar a meta em 2017. “O PIB real brasileiro só deve voltar ao mesmo patamar de 2013 em 2021, ou seja, temos um retrocesso de oito anos na economia”, alerta Cláudia. Segundo o marketing Consumer Health do Instituto IMS Health, Rodrigo Kurata, 41% da população maior de 18 anos está inadimplente e 77% dos devedores ganham até dois salários mínimos. “Esse cenário fez com que as vendas no varejo caíssem 1,5%, se tornando o pior resultado em 11 anos.”

REFLEXOS NO MERCADO A executiva de atendimento para a cesta de Higiene & Beleza (H&B) da Nielsen, Tatiene Spósito do Vale, complementou, em sua palestra, que o cenário econômico impactou 4% das famílias brasileiras, mas, mesmo assim, 93% não acreditam em recessão. “Houve uma queda real de 6% na renda do consumidor. Isso restringiu os gastos.” Em 2016, o consumidor está disposto a trocar conveniência por economia e não só as indústrias como o varejo devem estar atentos para este momento de “experimentação” dos consumidores. Neste momento crítico, para Tatiene, o consumidor está mais atento ao preço e pesquisando mais e troca a conve-

A GRANDE MAIORIA DOS SHOPPERS ASSOCIA VANTAGENS À COMPRA COMBINADA DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS HPC

34%

vai comprar medicamentos e aproveita para comprar Higiene & Beleza.

14%

compra Higiene & Beleza na farmácia, pois encontra produtos diferenciados.

14%

compra Higiene & Beleza na farmácia, pois os preços são mais baixos.

13%

compra Higiene & Beleza na farmácia, pois encontra maior variedade de itens.

11%

compra Higiene & Beleza na farmácia devido ao ambiente mais organizado da loja.

Fonte: IMS Health – Pesquisa Shopper Canal Farma Abril/16 – N = 850 – Todas as regiões do Brasil

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TENDÊNCIA

niência por economia. “Ele está disposto a andar mais para comprar mais barato. Esse melhor planejamento é a resposta do brasileiro para este momento de crise.” O ano de 2015, segundo levantamento da Nielsen, mostrou a lealdade do consumidor, que não abre mão de alguns produtos, porém, as marcas líderes perdem importância – seis das top 10 perderam relevância. “As mulheres são mais fiéis às marcas líderes, porém quanto mais idade a consumidora tem, menos fiel ela é; ela troca preferência por preço mais baixo”, analisa Tatiene. Com isso, a executiva alerta que é necessário que o varejista tenha cuidado com o estoque, já que a ruptura estraga a lealdade. “Saber executar ações no ponto de ven-

QUAIS FATORES CONTRIBUÍRAM PARA O CRESCIMENTO ACIMA DA MÉDIA DO CANAL FARMA EM 2015? Essencialidade dos medicamentos na cesta de compras Aumento de preços Aumento da inflação refletiu no bolso do consumidor Epidemias Dengue, zika, H1N1 e outras aqueceram a demanda de algumas categorias Patologias crônicas Medicamentos para doenças crônicas cresceram 16% em 2015. Até 2050, a quantidade de idosos triplicará no Brasil, sendo 30% da população HPC cresce no farma Primeira queda do setor de beleza em 23 anos. Canal farma continua crescendo Crescimento orgânico Melhor e maior relevância de categorias disponível na farmácia; novas lojas; melhoria de mix Fontes: IMS Health Analysis; Desk Research 2016; Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético (Abihpec); PM_CH

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COMO “SOLUCIONAR” AS DEMANDAS DOS DIFERENTES PERFIS QUE EMERGEM NA POPULAÇÃO Millennials (24-31 anos) • 45% dos shoppers farma são millennials (primeira geração nascida no mundo tecnológico). • População já é maior que a Espanha. • Potencial de consumo de R$ 75 bi até 2019. • Compram por impulso. • Não abrem mão do que gostam. • Conectados (e-commerce e social media). • Compram rápido, em até 10 minutos. Idosos • Número de idosos triplicará até 2050. • Serão 30% da população em 2050. • 1/3 dos idosos usa cinco ou mais medicamentos de uso contínuo. • Demandam por assistência farmacêutica. Fonte: IMS Health – Pesquisa Shopper Canal Farma Abril/16 – N = 850 – Todas as regiões do Brasil

da (PDV) rende 25% de market share. Investir, mesmo em tempo de crise, gera bons resultados depois.” Em complemento a esses dados, a gerente de atendimento da Kantar Worldpanel, Gabriela Fujita, traçou o comportamento de compra do consumidor frente ao momento de crise econômica, apontando a tendência do crescimento no atacarejo. Segundo a Kantar, 2015 foi um ano economicamente difícil e consequentemente o ano das “smart choices” (escolhas inteligentes) em que se percebeu o consumidor ainda mais bem informado, totalmente multitelas (TV + smartphone + computador), além de uma queda de 5% na cesta de H&B.

FARMÁCIAS PRECISAM ESTAR ATENTAS O Instituto IMS Health trouxe um overview sobre o segmento de farmácias e as principais tendências desta categoria. Kurata tratou sobre a importância de realizar promoções que atraiam o consumidor que procurou a drogaria para medicamentos, mas que pode ampliar o leque de compras. Segundo o IMS Health, existem 80 mil farmácias ativas no Brasil, sendo que o País é o sexto maior mercado mundial do setor farma e o quarto maior em HPC – a crise eco-

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Fonte: IMS Health

nômica e a valorização do dólar resultaram na perda de posição do Brasil no ranking de HPC (antes era o terceiro). Apesar do cenário conturbado, Kurata destaca que, entre os diversos canais do varejo, a farmácia se destacou e cresceu dois dígitos em valor em 2015 (13%), arrecadando R$ 86 bilhões. Mesmo com a “blindagem” do canal farma, o cenário econômico atual já provoca mudanças de comportamento no canal, já que o shopper está muito mais atento ao preço. “Economia acima da conveniência. Ele aumenta a busca de preço e promoção nas farmácias”, alerta Kurata. Entre os principais motivos para escolha da farmácia: • 44%, encontrar preços baixos e promoções. • 23%, proximidade de casa ou trabalho. • 21%, certeza de encontrar o produto que procura. • 7%, atendimento personalizado e presença de farmacêutico na loja. Além disso, a pesquisa do IMS Health apontou que: 62% dos shoppers declaram já saber exatamente o que adquirir antes da compra; 37% gastam mais que o planejado quando encontram promoções; 21% consomem mais que o planejado ao encontrar algo que haviam esquecido no ponto extra. A grande maioria dos brasileiros vai uma vez por mês ao PDV farma. Desse total, 86% mantiveram ou aumentaram frequência de ida. Entre os principais motivos, estão problemas de saúde (18%) e o fracionamento da compra (14%). Entre aqueles que deixaram de ir à farmácia, os motivos apontados foram corte de gastos (7%) e compra de HPC em outro canal (4%). O sucesso do canal farma, segundo Kurata, pode ser explicado por ser de compra rápido, os medicamentos de referência e Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) são os carros-chefes, mas a compra de produtos de HPC 138

já faz parte da rotina do shopper da farmácia. “A cesta de Consumer Health já fatura R$ 36 bi e representa 42% do faturamento no canal farma”, avalia Kurata.

COMO FICA O SETOR DE HPC Segundo Cláudia, da LCA Consultores, os investimentos de grandes players nacionais e internacionais fizeram com que o setor apresentasse crescimento sempre acima do PIB desde 1996; 97% do mercado foi atendido por produção doméstica em 2014 e o número de estabelecimentos de HPC cresceu 4% em 2014, 1 p.p. acima da média da economia brasileira. Já o número de microempreendedores individuais no setor cresceu 15,3% em 2015. Para o marketing Consumer Health do Instituto IMS Health, o mercado do HPC foi o mais impactado pela crise no canal farma. Este é uma categoria que tem crescimento de 8%, e peso de 27,7% no canal, atingindo R$ 10,1 bi. “O setor de HPC no canal farma endereça mulheres com mais de 30 anos de idade e das classes mais altas da sociedade. Três a cada quatro consumidores que vão ao PDV costumam desembolsar algum valor com produtos HPC”, explica Kurata. Para tentar garantir que o consumidor não deixe de comprar algum produto, apesar do cenário adverso, Tatiene, da Nielsen, destaca que 60% das categorias crescem por causa das embalagens econômicas. “Os tamanhos de embalagens são opções de desembolso para o consumidor.” Dentro da cesta de HPC, a pesquisa do IMS Health aponta que hair care (33% de market share) é o maior segmento; destaque também para o crescimento de desodorantes (21,4%). Body care é o maior segmento de cosméticos nas farmácias e avançou 10%. Já a categoria de esmaltes representa 1/3 das vendas de maquiagem no canal, e apresentou queda de 13%.

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LOJA PERFEITA

Skin Care

ENTENDER O MIX, DISPONIBILIZAR ATENDIMENTO ESPECIALIZADO E CONHECER A ROTINA DE COMPRAS DO SHOPPER SÃO AÇÕES FUNDAMENTAIS PARA GERAR BONS RESULTADOS COM A CATEGORIA

N

Nesta edição do Guia da Farmácia, damos continuidade ao especial Loja Perfeita, que visa trazer as melhores ferramentas e fundamentos táticos para fazer com que a farmácia traga as soluções de compras esperadas nesses pontos de venda (PDVs). Agora é a vez de abordar a categoria de skin care (cuidados com a pele), que tem se tornado cada vez mais importante às farmácias e drogarias. Explica-se esse fenômeno até mesmo pelos novos hábitos do consumidor. Há 10 anos, os hidratantes, por exemplo, não faziam parte do cotidiano, mas hoje já foram incorporados à lista de compras de boa parte dos brasileiros. A penetração atinge 67% dos lares no País, no caso das versões corporais; e 21% nas versões faciais (Fonte: Kantar/2013). Assim, com um mix variado e muitos deles trazendo um alto valor agregado, esses produtos podem ser sinônimo de grande rentabilidade para as lojas que praticam uma boa execução.

Segundo dados do IMS Health, somente no acumulado de outubro de 2015*, juntas, as categorias de body care (cuidados com o corpo), face care (cuidados com o rosto) e eye care (cuidados com a região dos olhos) movimentaram R$ 1,87 bilhão, alta de 19,2% em relação ao mesmo período de 2014. Hoje, esse mercado é dividido entre produtos massivos (92% em volume e 64% em valor), que são as marcas mais acessíveis e de uso cotidiano, e dermocosméticos (8% em volume e 36% em valor), que são compostos por marcas indicadas por dermatologistas, de acordo com dados da Nielsen/2014. Para lucrar com essa categoria, são diversas as ações que as farmácias podem promover a fim de atrair o shopper. Sabe-se, por exemplo, que alguns dos fatores que mais atraem os usuários dessas categorias são as promoções e os preços. Entre as promoções, aquelas que costumam agradar mais são as de “Leve 3, Pague 2”; e as de brindes oferecidos (que podem ser nécessaires, lançamentos ou extensões

*Os números referem-se ao ano móvel acumulado de 12 meses (outubro 14 e outubro 15). 140

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AAA TRANQUILIDADE TRANQUILIDADE TRANQUILIDADE Ade TRANQUILIDADE de quem quem se se sente sente de quem se sente

PROTEGIDO PROTEGIDO PROTEGIDO PROTEGIDO de quem se sente

Indicação: Indicação: ADvitil® éADvitil um suplemento ® é um suplemento à base deàacetato base dedeacetato retinol de (Vitamina retinol (Vitamina A) e colecalciferol A) e colecalciferol (Vitamina (Vitamina D3). É indicado D3). É indicado para suprirpara as carências suprir as carências das vitaminas das vitaminas A e D, asA e D, as Indicação: ADvitil® é um suplemento à base de acetato de retinol (Vitamina A) e colecalciferol (Vitamina D3). É indicado para suprir as carências das vitaminas A e D, as quais sãoquais essenciais são essenciais para a saúde parada a saúde pele, visão da pele, e ossos. visão e ossos. quais são essenciais para a saúde da pele, visão e ossos. Composição: Composição: Acetato de Acetato Retinolde (vitamina (vitamina 5500 A)UI/mL – 5500 - Colecalciferol UI/mL - Colecalciferol D3) (vitamina – 2000 D3)UI/mL – 2000 Apresentação: UI/mL Apresentação: Frasco com Frasco 20 mL com - Sabor 20 mL Laranja - Sabor Laranja Indicação: ADvitil ® é um suplemento àRetinol base A) de–acetato de retinol (Vitamina A)(vitamina e colecalciferol (Vitamina D3). É indicado para suprir as carências das vitaminas A e D, as Composição: Acetato de Retinol (vitamina A) – 5500 UI/mL - Colecalciferol (vitamina D3) – 2000 UI/mL Apresentação: Frasco com 20 mL - Sabor Laranja quais são essenciais para a saúde da pele, visão e ossos. Composição: Acetato de Retinol (vitamina A) –saudáveis, 5500 - Colecalciferol D3)mais – 2000 UI/mL com 20 mL - Sabor Laranja Benefícios: Benefícios: Fortalecimento Fortalecimento ósseo, olhos ósseo, olhosUI/mL saudáveis, combate ao combate envelhecimento, ao(vitamina envelhecimento, pele pele firmemais e lisafirme eApresentação: sistema e lisa eimonológico sistemaFrasco imonológico fortalecido. fortalecido. Benefícios: Fortalecimento ósseo, olhos saudáveis, combate ao envelhecimento, pele mais firme e lisa e sistema imonológico fortalecido. Produto Dispensado Produto Dispensado de Registro deconforme Registro conforme RDCRDC nºolhos 27/2010 RDC nº 27/2010 - Consumir - Consumir este produto esteconforme produto conforme Ingestão Diária Ingestão Recomendada Diária (IDR) (IDR) constante (IDR) constante da embalagem. da embalagem. Produto Dispensado de Registro conforme nº 27/2010 - combate Consumir esteenvelhecimento, produto conforme Ingestão Diária constante da embalagem. Benefícios: Fortalecimento ósseo, saudáveis, ao pele mais firme eRecomendada lisaRecomendada e sistema imonológico fortalecido. Gestantes, Gestantes, nutrizes e nutrizes crianças e até crianças 3 (três) até anos, 3 (três) somente anos, devem somente consumir devem este consumir produto este sob produto orientação sob orientação de nutricionista de nutricionista ou médico. ou médico. Gestantes, nutrizes e crianças até 3 (três) anos, somente devem consumir este produto sob orientação de nutricionista ou médico. Produto Dispensado de Registro conforme RDC nº 27/2010 - Consumir este produto conforme NÃO CONTÉM NÃO CONTÉM GLÚTEN. GLÚTEN.Ingestão Diária Recomendada (IDR) constante da embalagem. NÃO CONTÉM GLÚTEN. Gestantes, nutrizes e crianças até 3 (três) anos, somente devem consumir produto sob orientação de nutricionista ou médico. ALÉRGICOS: ALÉRGICOS: CONTÉM CONTÉM DERIVADOS DERIVADOS DEeste AMENDOIM. DE AMENDOIM.

ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE AMENDOIM. NÃO CONTÉM GLÚTEN. MODO DEMODO USAR: DE USAR: MODO DE USAR: ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE AMENDOIM. Uso interno Uso / interno Uso adulto / Uso e pediátrico adulto e pediátrico

Uso interno / Uso adulto e pediátrico MODO USAR: Ingerir 2 (duas) Ingerir gotas 2 (duas) ao gotas dia. ao Não dia. administre Não administre diretamente diretamente naDE boca, na utilize boca, umautilize colher uma para colher pingar para aspingar gotinhas. as gotinhas. Ingerir 2 (duas) gotas ao Não dia. administre diretamente na boca, utilize uma colher para pingar as gotinhas. Uso interno / Uso adulto e pediátrico DISTRIBUIDORES: DISTRIBUIDORES: Ingerir 2 (duas) gotas ao dia. Não administreDISTRIBUIDORES: diretamente na boca, utilize uma colher para pingar as gotinhas.

RS: Medpharma RS: Medpharma | SC:| Medchap SC: Medchap | PR:| PR: BS|Farma PR: BSDistribuidora Farma Distribuidora | SP:| Distribuidora | Distribuidora SP: Distribuidora Rio Pretana Rio |Pretana MG: Rezende | MG: Rezende Produtos Produtos Farmacêuticos Farmacêuticos | RJ:| Mardimel RJ: Mardimel | | | RS: Medpharma SC:| Medchap BS Farma Distribuidora SP: Rio Pretana | MG: Rezende Produtos Farmacêuticos RJ:| Mardimel DISTRIBUIDORES: ES: Cirúrgica ES: Cirúrgica Confiança Confiança | BA:| BA: Grupo | BA: Cordeiro Grupo Cordeiro | SE:| Simfarma SE: Simfarma | AL:| Distrifar AL:|Distrifar PB:| PB: Distribuidora | PB: Distribuidora Farmacêutica Farmacêutica Paraíba Paraíba | CE:| Difarma CE: Difarma | | | ES: Cirúrgica Confiança Grupo Cordeiro SE:| Simfarma AL:| Distrifar Distribuidora Farmacêutica Paraíba CE:| Difarma RS:PI: Medpharma | SC: Medchap PR:NC BS |Farma Distribuidora | SP: Distribuidora Rio Pretana | MG: Rezende Produtos Farmacêuticos | RJ: | Delta PI: Distribuidora Delta Distribuidora | MA: NC | |MA: Pharma Pharma PA:| Centrofarma, | Centrofarma, PA: Centrofarma, NC Pharma NC |Pharma AP:| AP: Rede | AP: de Rede Farmácias de Farmácias Popular |Popular AM: OC | AM: Pereira OC Distribuidora Pereira Distribuidora | Mardimel PI: Delta Distribuidora | MA: NC Pharma PA: NC Pharma Rede de Farmácias Popular | AM: OC Pereira Distribuidora | | ES: Cirúrgica Confiança | BA: Grupo Cordeiro | SE: Simfarma | AL: Distrifar | PB: Distribuidora Farmacêutica Paraíba | CE: Difarma | AC: Minas AC:Distribuidora Minas Distribuidora | RO:| RO: Totalmed | RO: Totalmed | RR:| RR: Santa | RR: Mônica Santa Mônica Distribuidora Distribuidora | MT: Mega | MT: Farma Mega | MS: Farma Coremedic | MS: Coremedic | | | AC: Minas Distribuidora Totalmed Santa Mônica Distribuidora | MT: Mega Farma | MS: Coremedic PI: Delta Distribuidora | MA: NC PharmaGO: | PA: Centrofarma, NCDistribuidora Pharma AP: Rede Farmácias Popular | AM: OC Pereira Distribuidora | Labor’s GO: | Labor’s DF:| NR DF: NR Distribuidora | |TO: | Centrofarma TO:de Centrofarma GO: Labor’s DF:| Distribuidora NR | Centrofarma TO: AC: Minas Distribuidora | RO: Totalmed | RR: Santa Mônica Distribuidora | MT: Mega Farma | MS: Coremedic | GO: Labor’s | DF: NR Distribuidora | TO: Centrofarma

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LOJA PERFEITA

de linha do item principal). Há, ainda, muitos que compram por impulso, tornando importante a visibilidade e boa exposição da categoria. Os gastos com esses produtos podem variar de acordo com os benefícios oferecidos, alternando entre aproximadamente R$ 8 para as versões mais básicas de hidratantes e passando para um desembolso superior a R$ 35, quando a escolha for pelas versões que oferecem cuidados especiais. Na hora da compra, os principais influenciadores da categoria são os blogs, revistas especializadas, amigas e esteticistas, além das dermoconsultoras (as lojas que disponibilizam esse serviço tendem a vender mais). Os testers também são facilitadores importantes para garantir uma boa experiência de compras.

AMPLO SORTIMENTO E EXTENSÕES DE LINHA Antes de trabalhar a exposição, é importante entender como funciona a categoria de skin care, que ganhou diversos players ao longo dos anos, trazendo, assim, mais opções ao consumidor, que contemplam extensões de linha, fragrâncias diferenciadas e novos benefícios, divididos entre produtos para corpo e rosto. No caso dos cuidados faciais, o shopper se relaciona com a categoria de acordo com as suas rotinas com a pele. São

elas: limpeza (a porta de entrada da categoria), sendo usados itens tanto por adolescentes, que estão em tratamento de acne, quanto por pessoas com peles maduras, para manter os cuidados; tonificação; hidratação; e anti-idades (esses produtos têm sido utilizados por pessoas cada vez mais jovens – a partir dos 25 anos de idade – como prevenção ao envelhecimento). Já as versões para o corpo são divididas entre hidratação básica e cuidados especiais (aquelas com benefícios extras, como para tratamento de estrias ou celulites, por exemplo). Há, ainda, os produtos para hidratação intensa (reconhecidos pela alta densidade), e os cuidados específicos, para mãos e pés. Ainda em relação a hidratantes corporais, outros produtos passam a incorporar a categoria de cuidados com a pele como substitutos ou complementares aos itens tradicionais, a exemplo dos óleos e os hidratantes para o banho, que embora tenham uma penetração menor, porque são novos, já ganharam um espaço importante no mercado. Para as farmácias, também é importante distinguir os produtos de massa, que devem estar nas gôndolas tradicionais, e os dermocosméticos, que são aqueles que costumam ser recomendados pelos dermatologistas e, na loja,

RACIONAL DE EXPOSIÇÃO 1. Separe os blocos de marcas, a fim de facilitar a visualização da linha completa de cada uma delas. 2. Dê destaque para as marcas de maior valor agregado. 3. Agrupe as subcategorias entre Cuidados Especiais, Cuidados Específicos (mãos e pés), Hidratação Intensa, Hidratação Básica, Hidratante para o Banho e Óleos Corporais, conforme mostra a imagem. 4. Ordene os tamanhos das embalagens, das maiores para o menores, deixando as variantes/fragrâncias sempre próximas umas das outras. Anti-idade

Tônicos

Hidratantes

FACE

Limpeza Cuidados Especiais

Cuidados Específicos (mãos e pés)

Hidratação Intensa

Hidratação Básica Hidratante para banho

Óleos corporais

CORPO

5. Dentro de cuidados faciais, devem começar o fluxo, os anti-idade, seguidos pelos tônicos, hidratantes, por último, os produtos para limpeza. Dentro de cada uma delas, agrupam-se as marcas, sempre do maior para o menor valor agregado. 6. As gôndolas de skin care podem estar localizadas próximas a outros produtos relacionados à beleza, como cuidados com as unhas e com os cabelos, por exemplo. 142

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LOJA PERFEITA

ÁRVORE DE DECISÃO POR CATEGORIA Marca Tipo (uso diário, hidratação intensiva, cuidado especial, partes específicas) Embalagem Fragrância Preço Fonte: Pesquisa Mind Shopper

podem ser encontrados nas gôndolas das próprias marcas. Em relação às tendências, as embalagens maiores (entre 200 mL e 400 mL) têm caído no gosto dos consumidores, que as enxergam como uma oportunidade.

FILTROS SOLARES, UM CAPÍTULO ADICIONAL Inseridos dentro de skin care, o protetor solar constitui outra categoria em ascensão no País. Além do clima tropical do Brasil, que incentiva ao uso do produtos, também há uma vasta gama de usuários que passam a utilizá-los como forma de prevenção ao envelhecimento precoce. Assim, não é só no alto verão que os produtos precisam estar bem expostos. É fundamental encontrá-los no ponto de venda (PDV) em todas as épocas do ano, seguindo a árvore de decisão do shopper. Nas gôndolas, o ideal é que se comece a exposição pela segmentação de filtros faciais, que são os produtos de maior valor agregado. Na sequência, devem aparecer as versões kids e, por fim, os corporais. Cada um desses blocos deve ser segmentado por marcas e, dentro delas, a organização se dá pelos Fatores de Proteção Solar (FPS), dispostos do maior para o menor. Em cada FPS devem estar os aplicadores disponíveis: spray, aerossol e tradicional, nessa ordem. Aliás, vale lembrar que o FPS é um critério importantíssimo para a compra e quando o estabelecimento não tem o produto com a versão procurada, a tendência é a de trocar de loja. As marcas são igualmente importantes, já que há um hall de preferidas, que o shopper não costuma trocar. 144

BENEFÍCIOS VISTOS PELO SHOPPER EM COMPRAR EM FARMÁCIAS • Ambiente bonito, agradável, luminoso e bem perfumado (essas características estimulam o desejo de cuidar-se e de experimentar novos produtos); • Maior organização das gôndolas, com segmentações claras; • Atendimento mais atencioso e qualificado, com menos filas; • Diversidade de produtos, com a presença dos hidratantes estéticos e específicos; • Mais ações no ponto de venda (PDV), com demonstradoras e/ou amostra grátis; • Mais promoções, contemplando ações como redução de preço, kits e vendas casadas.

MAIOR FPS

MENOR FPS

Facial Kids Corporal

MARCA MAIS RENTÁVEL

Corporal Corporal

MARCA BAIXO DESEMBOLSO

Nesse sentido, o ideal é trabalhar com três marcas (uma delas de baixo preço). Além de manter o ponto natural com esse modelo, durante o período de sazonalidade, torna-se importante explorar pontos extras, como pontas de gôndola, balcão ou checkouts, por exemplo.

Conteúdo customizado, produzido pela diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima. Texto de Kathlen Ramos.

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• Protege por até 10 horas contra os mosquitos Aëdes aegypti e Aëdes albopictus, transmissores da Dengue, Zika vírus, Chikungunya e Febre Amarela; • Protege por até 8 horas contra Pernilongos e mosquito da Malária; • Pode ser usado de noite ou de dia; • Ativo: Icaridina.

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Época de proteção e recuperação A INDÚSTRIA, EM CONSTANTE INOVAÇÃO, OFERECE AOS CONSUMIDORES DIVERSOS PRODUTOS DE CUIDADOS E TRATAMENTO DOS FIOS. SAIBA QUAIS SÃO AS NOVIDADES E ABASTEÇA AS GÔNDOLAS POR TASSIA ROCHA

FIM DO DESCONFORTO

CABELOS DESCOLORIDOS E PROTEGIDOS A marca Lightner, da Cless Cosméticos, apresenta ao mercado Lightner Blonder Plex, um sérum protetor para ser usado no processo de descoloração, junto com o pó descolorante e a água oxigenada. O produto foi desenvolvido com tecnologia exclusiva para atender aos mais altos níveis de exigência, permitindo atingir os tons mais claros de descoloração sem danos e sem influenciar no tempo de abertura, inclusive em cabelos quimicamente tratados. ■■www.cless.com.br 146

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Cuidar dos cabelos com caspa sem ser vítima do ressecamento não é uma tarefa fácil. Há mais de 100 anos, os tratamentos convencionais anticaspa focam em eliminar somente o fungo Malassezia – um dos fatores responsáveis pela produção da caspa. Mas, mais uma vez, a tecnologia vence a batalha e oferece uma nova possibilidade para quem sofre com esse desconforto. A marca francesa Vichy, da Divisão Cosmética Ativa da L’Oréal, lança Dercos Technique, um xampu intensivo, que ajuda a eliminar 100% das caspas visíveis, agindo a partir da primeira aplicação. ■■ www.vichy.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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LIMPOS E CHEIROSOS O aspecto de cabelo sujo ou oleoso após festas ou academia está com os dias contados. Para tornar o dia a dia mais prático e manter os cabelos com aparência de limpos 24 horas, sem excesso de lavagem, a Phytoervas apresenta seu novo Shampoo Seco, que controla a oleosidade dos fios, elimina odores e não deixa resíduos visíveis. ■■www.phytoervas.com.br

PELE RADIANTE

Para auxiliar no processo de hidratação e entrar de vez na rotina de beleza do dia a dia, a Elke Skin, linha de cuidados com a pele da marca, desenvolveu o Hidratante Facial FPS 20. Com Fator de Proteção Solar (FPS) e textura em gel de rápida absorção, o produto controla o brilho e protege a pele dos raios solares e da poluição. Também possui efeito soft focus, tecnologia que permite disfarce visual das linhas de expressão. ■■www.elkebr.com.br

ACABAMENTO MATTE

A pressão excessiva e o uso de sapatos baixos durante o dia podem deixar o calcanhar ressecado e áspero. O tempo seco piora o quadro, por isso a atenção com a pele dos pés deve ser constante. Para auxiliar nesses cuidados, a Mercurochrome lança no Brasil a Lixa Elétrica para pés. Com resultados desde a primeira utilização, o produto tem um rolo rotativo de 360º que elimina as células mortas sem causar dor.

As amantes de lábios coloridos agora já podem contar com mais uma supernovidade para deixar as bocas irresistíveis. A Vult lança a sua primeira linha de Batom Stick com alta cobertura, longa duração e fácil aplicação. E além de todos esses benefícios, esta é a primeira coleção de batom stick que possui acabamento matte no Brasil. Ao todo, são 12 cores que passam pelos tons de nude, rosados, vermelhos, vinhos e roxos e chegam para conquistar todas as mulheres que buscam lábios lindos, hidratados e deslumbrantes.

■■www.mercurochrome.com.br

■■http://vult.com.br

CUIDADOS COM OS PÉS

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Mais do que preço competitivo, os consumidores procuram por excelência no atendimento e esperam ser "cuidados" nas farmácias. Eles querem ser ouvidos, bem recebidos e ter suas dúvidas esclarecidas. Esse é o desejo da maioria dos consumidores e, quando se fala do canal farma, as demandas por um bom atendimento são muito maiores. Veja como acolher seus clientes, solucionar seus problemas e reverter uma reclamação.

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TRESemmé, a marca expert em resultado de salão em casa, traz ao mercado a nova embalagem de 200 mL para facilitar o dia a dia de suas consumidoras. Agora, além de encontrar as embalagens convencionais da marca (400 mL e 700 mL), as mulheres poderão optar pela versão menor. ■■www.tresemme.com.br

DENTES BEM-CUIDADOS

TONS DE PELE

As consumidoras brasileiras estão sempre em busca da cútis perfeita e com aparência natural. Porém, com tantos tons de pele no Brasil e as altas temperaturas e umidade do País, nem sempre essa busca é fácil – a escolha da base errada pode deixar um “efeito fantasma” em peles amarelas ou um tom cinza em peles negras, por exemplo. Além disso, a textura é muito importante para evitar que o produto não destaque ainda mais as imperfeições. Pensando em soluções para todos esses problemas e dificuldades, Maybelline apresenta FIT me!, sua nova linha para face desenvolvida especialmente para a brasileira. Com 19 tons de base, FIT me! cobre 96% dos tons de pele brasileira. ■■www.maybelline.com.br 150

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Sorriso, a marca de higiene bucal 100% brasileira da Colgate-Palmolive, apresenta a novidade Sorriso Fort Protect, composta por creme e escova dental que possui um sistema antiplaca + branqueamento para dentes fortes e ainda mais brancos. O novo creme dental possui ação contra a formação da placa e remove manchas, polindo os dentes para um sorriso mais branco e protegido. Já a escova possui cerdas multiniveladas, que permitem limpeza total dos dentes, e um cabo emborrachado para maior conforto no momento da escovação. ■■www.colgate.com.br

CICATRIZAÇÃO ADEQUADA

A Mundipharma lança a linha de curativos BETAplast™, que protege pequenos ferimentos e cria condições apropriadas para a cicatrização adequada. Os produtos contam com formatos inovadores para cuidar de forma rápida e segura de todos os tipos de ferimentos, e apresentam exclusiva tecnologia que facilita a maior absorção e a troca do curativo, sem aderir à ferida, reduzindo a experiência de dor do usuário. ■■www.mundipharma.com.br

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A importância de um bom vendedor para a distribuidora

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MANTER-SE ATUALIZADO, ESTUDAR O PRODUTO, CONVERSAR COM O FORNECEDOR, BUSCAR ENTENDER O CLIENTE, SER PROFISSIONAL É A BASE DO SUCESSO EM VENDAS

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PO R G E R A L D O M ON TEIR O, DIR ETOR EXECUTIVO DA AB RAD ILAN

A função do vendedor é a divulgação e a venda dos produtos ou serviços de uma empresa junto a um universo específico de clientes destes produtos. Entretanto, existem alguns aspectos que devem ser prioritários no momento da venda, pois não pode haver conformismo apenas com a venda simples, ou seja, o cliente pede o que quer, o vendedor vende e o cliente vira as costas e vai embora. O vendedor deve se preocupar com um algo a mais, para buscar uma satisfação completa do seu cliente, que é a razão da existência dele no mercado. Em primeiro lugar, é primordial conhecer minuciosamente o que está vendendo, estar bem informado sobre cada detalhe, cada especificação, com o objetivo de fazer com que o cliente compreenda melhor o produto e faça uma compra com precisão e tranquilidade.

Mesmo que o cliente não faça a compra de imediato, é importante atendê-lo bem e com segurança, fortalecendo a marca, atitude que levará confiança ao cliente, fazendo com que ele retome o contato posteriormente. Vale ressaltar que é muito importante conhecer o próprio cliente, seu perfil, suas necessidades, o seu verdadeiro gosto e assim poder apresentá-lo àquilo que ele espera, ou até mesmo superar suas expectativas, para isso, conversar com ele e deixá-lo à vontade, é de suma importância. Outro fator também muito importante, que é desprezado por muitos, é a pós-venda. Após ter concluído a venda, jamais se esquecer do cliente, ou seja, fazer uma pós-venda é retomar o contato com ele para saber a sua satisfação ou insatisfação, é mais uma prova de profissionalismo que aguça a credibilidade. A pós-venda é a única forma

de garantir a permanência e a fidelidade do cliente. Aliados a todo esse processo, existem outros fatores importantes a que um bom vendedor deve se apegar: Pesquisar concorrentes: uma boa maneira de saber como anda o mercado, se o produto que está vendendo e o preço estão de acordo com o que os clientes buscam. Postura adequada: um bom profissional de vendas depende de uma postura firme, segurança, entusiasmo, equilíbrio emocional e pensamentos positivos, é a chave para uma boa venda. A aparência também deve ser levada em conta, asseio pessoal e o vestuário adequado são primordiais. Sinceridade: ser sincero com o cliente, nunca deixá-lo na mão. Ser claro no que diz respeito a preço, prazo de entrega, forma de pagamento, assistência técnica e garantia do produto.

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Crônica

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Água pura?

Consumir água de qualidade sempre foi uma preocupação em minha casa. Até a uns cinco anos atrás, utilizávamos água mineral engarrafada. Mas o custo era elevado e o transtorno para armazenar a grande quantidade de vasilhames, maior ainda. Foi assim que resolvi substituir as garrafas por um equipamento de purificação. Eu poderia ter comprado uma máquina, mas optei pelo aluguel. Achei que seria mais seguro e prático, pois dessa maneira a limpeza e a manutenção constante que o equipamento exige ficariam a cargo de especialistas. Optei por um fabricante renomado, na certeza de que teria um serviço confiável. No início, foi tudo bem. A cada seis meses, a empresa ligava e agendava uma visita para verificar as condições do equipamento e fazer a manutenção preventiva. Fiquei muito satisfeito com o serviço. Enfim, a ideia de locar a máquina foi exatamente deixar o problema nas mãos de quem é pago para isso. Mas infelizmente, não foi assim que as coisas aconteceram. Com o tempo, as visitas foram escasseando. Não sei bem por que cargas d’água, dia desses, lembrei-me da máquina e resolvi verificar como andava a manutenção. Descobri que a última visita havia ocorrido à quase dois anos. Que absurdo, pensei! Estou pagando para garantir água de qualidade para minha família, mas não é isto que está acontecendo. Imediatamente, entrei no site da empresa para exigir o agendamento da manutenção, o que acabou sendo um transtorno. Depois de muitas idas e vindas, finalmente consegui agendar a visita do técnico. Mas o ponto mais intrigante da história ainda está por vir. Ao entrar no site, encontrei um grande banner que oferecia a locação de um equipamento igual ao meu por quarenta reais mensais. Nessa hora, me dei conta de que eu não sabia exatamente quanto estava pagando por mês. Essas coisas são assim, o desconto é feito diretamente na conta

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bancária e, com o tempo, a gente deixa de acompanhar. Entrei no site do banco e “Bingo”. Minha mensalidade era de sessenta reais por mês, ou seja, 50% mais caro do que a dos novos clientes. Liguei novamente para a empresa e após ameaçar cancelar o contrato, a pessoa responsável me disse: “Vou fazer um desconto especial para o senhor. O seu aluguel será de vinte e nove reais por mês, ou seja, 27% mais barato do que estamos cobrando dos novos clientes”. Aceitei a oferta porque o transtorno de mudar para uma nova empresa seria enorme. Mas confesso que continuo indignado. Se a empresa podia praticar esse valor, porque estava me cobrando o dobro? Onde está o respeito com o cliente? Além disso, qual é o valor que essa empresa dá ao cliente fiel, àquele que permanece com ela em longo prazo? Infelizmente, esse é um problema recorrente em nosso País. Muitas empresas investem pesadamente na conquista de novos clientes e se descuidam totalmente daqueles que já fazem parte de sua carteira. É uma prática comum nos mercados de baixa concorrência, mas por incrível que pareça, é também observada em mercados altamente competitivos. Acredito que muitos empresários ainda não se deram conta de que é muito mais vantajoso e barato fidelizar os clientes atuais do que conquistar novos clientes. Em regra, clientes antigos, quando satisfeitos, compram em maior quantidade, mantêm seus pagamentos em dia e divulgam positivamente a imagem da empresa. Mais do que consumidores, esses clientes são defensores da marca. E você, o que você está fazendo para fidelizar seus clientes atuais? Já pensou nisso?

Jorge Bertolino Filho Palestrante e consultor de empresas. Especialista em Gestão de Pessoas, Marketing, Estratégia e Relacionamento com o Cliente. Professor de graduação e pós-graduação nas áreas de Gestão Empresarial. www.jorgebertolino.com.br IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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