ANO XXIII • Nº 285 AGOSTO DE 2016
PROPORÇÕES PANDÊMICAS Estima-se que 12% da população adulta seja diabética. Esse crescimento está associado à elevação da taxa de obesidade e sobrepeso. Até 2035, serão mais de 600 milhões de pessoas acometidas no mundo todo
LOJA PERFEITA Sabonetes e desodorantes são categorias presentes em praticamente todos os lares do País e que, portanto, merecem destaque no ponto de venda
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CENÁRIO Em tempos de crise, os genéricos tendem a crescer acima do mercado farmacêutico total. Consumidor busca economizar
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EDITORIAL
Muitas faces e poucas vozes A cada dez segundos, uma pessoa morre por diabetes em todo o mundo e a cada 30 segundos, outras duas pessoas desenvolvem a doença. O mundo vive hoje uma pandemia do diabetes e ela não é repentina, nem algo imprevisível. Ela se desenvolve há pelo menos meio século e pode ser comparada à ponta de um iceberg ou às grandes catástrofes ambientais, que causam grande devastação, com uma diferença, as consequências da doença podem ser evitadas. A insulina é o oxigênio para grande parte dos portadores de diabetes, mas muitos não sabem ao certo todos os parâmetros que envolvem sua aplicação. O papel do farmacêutico é fundamental nesse processo. Cabe a ele informar. Essa ação não só permite que o paciente tenha acesso ao tratamento, mas que o faça com qualidade. Este profissional é o primeiro a dar orientações primordiais, se souber fazer de maneira adequada, consegue fidelizar esse cliente e aumentar suas vendas. Em média, um portador de diabetes gasta R$ 250,00 por mês. Em casos específicos, este valor pode chegar a até mil reais. Para entender melhor tudo o que permeia o universo do diabetes, preparamos um especial completo, para que seu aten-
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Flávio Cardamone DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) 4
Boa leitura.
O farmacêutico é o primeiro a dar orientações primordiais, se souber fazer de maneira adequada, consegue fidelizar o cliente e aumentar as vendas
Lígia Favoretto Editora-chefe
ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto
GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2016
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dimento seja primoroso. Mas é preciso sempre lembrar a todos que, depois da educação, ainda é necessário enfrentar dois estágios para a boa qualidade de vida dos diabéticos: o da conscientização e o da mudança de atitude. Outro destaque desta edição fica para a venda de não medicamentos. Dados do IMS Health mostram que, no acumulado dos meses de junho de 2015 até maio de 2016, essa categoria faturou R$ 23,4 bilhões no Brasil, o que representa um crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2015 – número muito expressivo em tempos de crise econômica. Há cerca de 15 anos, as farmácias brasileiras começaram a se diversificar. Hoje, os estabelecimentos são mais amplos e a maior parte do espaço está ocupada pelos mais variados artigos de higiene pessoal, beleza, cosméticos, cuidados pessoais e nutrição. O varejista passou a entender a importância da expansão do mix. Já que você tem um estabelecimento aberto, por que não ter outros produtos para vender?
COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Tassia Rocha, Tatiana Ferrador e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Diagramação Kátia P. Prenholato Colunistas Gustavo Semblano, Marcelo Cristian Ribeiro, Pedro Sampaio e Silvia Osso IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock
> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.
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SUMÁRIO #285 AGOSTO 2016
102 E MAIS 10 > ENTREVISTA
O diretor de marketing da unidade de negócios OTC da EMS, Everton Schemes, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revelou, durante o bate-papo, as estratégias da empresa para o sucesso obtido com o Bálsamo Bengué e com o Lacday, último lançamento
08 > GUIA ON-LINE 18 > ANTENA LIGADA 26 > ATUALIZANDO 32 > MERCADO 40 > PESQUISA 48 > CENÁRIO
ESPECIAL SAÚDE 54 > TRANSPORTE
Há produtos cujos cuidados vão muito além da conservação na loja, eles necessitam de atenção redobrada de toda a cadeia, desde a produção, logística até o estoque no ponto de venda
64 > OPORTUNIDADE
O shopper está em busca de agilidade, facilidade e praticidade. Hoje, ele encontra isso nas soluções oferecidas no canal farma, com os produtos correlatos, que têm gerado margens e rentabilidade maiores
74 > ESPECIAL DIABETES
CAPA
O diabetes tipo 2 se constitui como um dos mais sérios problemas de saúde da atualidade. Ele gera incapacitação, mortalidade prematura, custa caro e tem como principal fator de risco as doenças cardiovasculares 6
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94 > DOR CRÔNICA
102 > COLESTEROL, DISLIPDEMIA E TRIGLICÉRIDES 106 > SORTIMENTO 110 > SAZONAL 116 > PELE 120 > CUIDADOS 126 > LOJA PERFEITA 132 > SEMPRE EM DIA
ARTIGOS 34 > GESTÃO Marcelo Cristian Ribeiro 36 > CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano 62 > VAREJO Silvia Osso 72 > TECNOLOGIA Pedro Sampaio IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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Chegou o Ciclo da Saúde Nasal. Começa com a higienização, passa pela hidratação e termina com conforto e bem-estar. 1-3
Cuidado completo. Higienizar com Salsep ou Salsep 360 para remover impurezas, vírus e bactérias. Hidratar com Maxidrate nova fórmula para evitar o ressecamento da mucosa nasal, prevenindo contra infecções respiratórias e proporcionando conforto e qualidade de vida para o paciente.1-9
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Higienizar e hidratar todo dia: um novo hábito de saúde.
SALSEP®0,9% - cloreto de sódio - Solução nasal com 9 mg/mL em frasco spray com 30 ou 50 mL. Cada nebulização (puff) libera 0,1 mL de solução. USO NASAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. Indicações: como fluidificante e descongestionante nasal. age na mucosa nasal fluidificando a secreção, facilitando assim a eliminação do muco. Salsep® pode ser usado como fluidificante das secreções nasais em resfriados, rinites, sinusites e quaisquer outras condições relacionadas ao ressecamento da mucosa nasal, como baixa umidade do ar, exposição ao ar condicionado e poluição. Pode ser utilizado também para limpeza delicada das secreções em pós-operatórios nasossinusais. Contraindicações: para pacientes com antecedentes de hipersensibilidade (alergia) aos componentes da fórmula. Precauções e advertências: Não há registros de reações adversas relacionadas ao uso deste medicamento. Gravidez e lactação: Apesar de não existirem estudos específicos durante a gestação e amamentação o uso de Salsep® é considerado seguro, não existindo contraindicação ao seu uso nessas situações. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: Não há registros de interações clinicamente relevantes relacionadas ao uso de Salsep®. Reações adversas: Ainda não foram relatadas reações adversas específicas com o uso do medicamento. Posologia: Aplique a solução nas narinas, conforme necessidade. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA/ CNPJ 61.230.314/0005-07/Rua Alberto Correia Francfort, 88/Embu das Artes-SP/Indústria Brasileira / SALSEP-MB01-15/Serviço de Atendimento LIBBS: 08000-135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação.
SALSEP® 360 0,9% - cloreto de sódio - Solução nasal com 9 mg/mL em frasco spray com 15 ou 50 mL. Cada nebulização (puff) libera 0,05 mL de solução. USO NASAL. USO PEDIÁTRICO (Entre 0 e 4 anos de idade). Indicações: como fluidificante e descongestionante nasal. Salsep®360 age na mucosa nasal fluidificando a secreção, facilitando assim a eliminação do muco. Salsep®360 pode ser usado como fluidificante das secreções nasais em resfriados, rinites, sinusites e quaisquer outras condições relacionadas ao ressecamento da mucosa nasal, como baixa umidade do ar, exposição ao ar condicionado e poluição. Pode ser utilizado também para limpeza delicada das secreções em pós-operatórios nasossinusais. Contraindicações: para pacientes com antecedentes de hipersensibilidade (alergia) aos componentes da fórmula. Precauções e Advertências: Não há registros de reações adversas relacionadas ao uso deste medicamento. Gravidez e lactação: Apesar de não existirem estudos específicos durante a gestação e amamentação o uso de Salsep®360 é considerado seguro, não existindo contraindicação ao seu uso nessas situações. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: Não há registros de interações clinicamente relevantes relacionadas ao uso de Salsep®360. Reações adversas: Ainda não é conhecida a intensidade e a frequência das reações adversas específicas deste medicamento devido à ausência de relatos científicos a respeito dele. Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. Posologia: Aplique a solução nas narinas, conforme necessidade. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA/ CNPJ 61.230.314/0005-07/Rua Alberto Correia Francfort, 88/Embu das Artes-SP/Indústria Brasileira /SALSEP 360-MB01-15/Serviço de Atendimento LIBBS: 08000-135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP® 360 É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. MAXIDRATE® - cloreto de sódio 6,0 mg/g. Gel nasal contendo 1 frasco aplicador em frascos com 10 g ou 30 g. USO TÓPICO NASAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. Indicações: Hidratação da mucosa nasal ressecada devido a condições climáticas de baixa temperatura ou baixa umidade; condições ambientais como exposição ao ar condicionado; utilização de betabloqueadores ou das seguintes substâncias: alprazolam, perfenazina, amitriptilina, tioridazina e isotretinoína; resfriados, alergias e sinusite crônica; senilidade; pós-radioterapia, reduzindo a formação de crostas. Reg. MS 1.0033.0126. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125 Libbs Farmacêutica Ltda. CNPJ 61.230.314/0001-75. Rua Alberto Correia Francfort, 88. Embu das Artes-SP. Indústria Brasileira. MAXIDRATE-MB10-15. Serviço de Atendimento Libbs: 0800-0135044. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MAXIDRATE É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. Referências - 1. SALSEP 360®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento. - 2. SALSEP®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento. - 3. MAXIDRATE®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do Medicamento. - 4. MION, O.; MELLO JUNIOR, J.F. O uso das soluções salinas no nariz e seios paranasais. RBM-ORL, v.2, n.3, p.77-83, 2007. - 5. MIYAKE, M.A.M. Medicamentos intranasais: aspectos a considerar na prática clínica diária. RBM-ORL, v.2, n.3, p.92-99, 2007. - 6. JEFFE, J.S. et al. Nasal saline irrigation in children: a study of compliance and tolerance. Int. J. Pediatr. Otorhinolaryngol., v.76, n.3, p.409-13, 2012. - 7. CHIRICO, G.; BECCAGUTTI, F. Nasal obstruction in neonates and infants. Minerva Pediatr., v.62, n.5, p.499-505, 2010. - 8. CHIRICO, G. et al. Nasal congestion in infants and children: a literature review on efficacy and safety of non-pharmacological treatments. Minerva Pediatr., v.66, n.6, p.549 -57, 2014. - 9. TANO, L.; TANO, K. A daily nasal spray with saline prevents symptoms of rhinitis. Acta Otolaryngol., v.124, p.1-4, 2004. - 10. GUIA DA FARMÁCIA. São Paulo: Contento, v.23, n.280, mar. 2016. (Suplemento Lista de Preços).
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O ano de 2016 iniciou-se com o País numa das maiores crises já existentes, expandindo os seus reflexos para todas as áreas e, no varejo, não tem sido diferente, por isso é necessário adaptar-se a esse cenário.
O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS
COMO NASCE UM MIP
BELEZA
O batom é o item de maquiagem do qual a mulher não abre mão e orientar a consumidora, na hora da compra, sobre qual o melhor tipo para cada ocasião, é fundamental para fidelizá-la.
PONTO DE VENDA
O homem passou a se preocupar mais com o bem-estar e parte em busca de produtos feitos especialmente para ele. Atender bem esse shopper é fundamental.
SAÚDE
O câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre as mulheres; a expectativa é de 16 mil novos casos neste ano. Com os avanços da medicina, elas já conseguem viver mais e melhor. 8
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MERCADO
As pequenas redes, que imaginavam ser engolidas pelos grandes varejos, conseguiram apresentar um faturamento superior ao esperado. E ações específicas refletiram neste número. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK
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Leveza para as pernas de sua cliente
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ENTREVISTA – EMS
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Acima da média do mercado EMS INVESTE MAIS DE R$ 100 MILHÕES EM NOVOS PRODUTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO. ENQUANTO ESSE SETOR REGISTROU 15% DE CRESCIMENTO, O LABORATÓRIO AVANÇOU 24% EM 2015
A
POR LÍGIA FAVORETTO
A unidade de Negócios OTC (Over The Counter), ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) da EMS, registrou crescimento acima do mercado em 2015. Enquanto o setor cresceu 15%, o laboratório registrou 24% de avanço de 2014 para 2015, percentual também superior ao alcançado no último período, de 18%. Para este ano, a farmacêutica projeta um crescimento ainda mais agressivo, entre 30% e 35%, com a previsão de dois a três lançamentos de produtos com foco em inovação, palavra que tem guiado a atuação de todas as unidades de negócios do laboratório. A empresa, que investiu mais de R$ 100 milhões somente na área de OTC nos últimos dois anos, já tem colhido resultados. O diretor de marketing da unidade de negócios OTC da EMS, Everton Schemes, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revelou, durante o bate-papo, as estratégias da empresa para o sucesso obtido com o Bálsamo Bengué e com o Lacday, último lançamento. Guia da Farmácia • A unidade de Negócios OTC ou MIPs, da EMS, registrou crescimento acima do mercado em 2015. Enquanto o setor cresceu 15%, o laboratório registrou 24% de avanço de 2014 para 2015, percentual também
superior ao alcançado no último período, de 18%. Qual a importância dessa área para a empresa e como conquistar esses resultados, mesmo em um período de incertezas, com a crise político-econômica? Everton Schemes • A EMS entende que a unidade de negócios OTC ou MIP é estratégica para os resultados e crescimento da empresa. Temos a visão de que, dentro dos vários segmentos da indústria farmacêutica, a área de MIPs apresenta oportunidade de crescimento acelerado. Por isso, nos últimos dois anos, investimos fortemente na unidade: foram mais de R$ 100 milhões, o que nos permitiu alcançar esses significativos índices de crescimento. A comunicação é um dos elementos-chave em relação à escolha de produtos isentos de prescrição. O consumidor sente-se confortável quando conhece os atributos do produto e que tipo de benefício pode esperar dele. Esses aspectos têm sido cada vez mais relevantes e são os diferenciais de nosso planejamento. Por isso, atualmente, nosso investimento está concentrado em TV, com foco na construção de grandes marcas e no resgate de outras que já estão há muito tempo fora da mídia. Independentemente do cenário econômico, estamos investindo pesado, pois entendemos que há espaço para isso. No último mês de maio, por exemplo, lançamos a nova campanha publicitária do Bálsamo Bengué, ainda em exibição na grade do SBT. O produto registrou 75% de cresci2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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ENTREVISTA – EMS
mento em vendas, saltando da sétima colocação no mercado de anti-inflamatórios tópicos OTC, em 2013, para a vice-liderança em 2015. Guia • A crise os impactou de que forma e como projetar crescimento tão agressivo? Schemes • A indústria farmacêutica foi afetada pela crise, mas não de forma tão intensa se comparamos com outros setores da economia. Prova disso é que continua com crescimento na casa dos dois dígitos – a EMS fechou 2015 com um crescimento de 14% em faturamento em relação a 2014. Nós, da unidade OTC, sentimos de certa forma os impactos do mercado no último quadrimestre de 2015. No período, houve uma movimentação do varejo e do atacado farmacêuticos no sentido de diminuir o nível de estoques, o que interferiu em nosso desempenho, apesar de conseguirmos um resultado positivo e acima do mercado – enquanto o setor de MIPs cresceu 15% no último ano, o laboratório registrou 24% de avanço. Já no primeiro quadrimestre de 2016, percebemos que o próprio varejo e o atacado vêm buscando recompor o estoque daqueles produtos que possuem um giro alto. Nosso portfólio conta com excelentes produtos, estamos constantemente criando demanda e, assim, conseguimos alavancar os negócios. Para 2016, projetamos um crescimento agressivo de 30%. Guia • Ainda para este ano, a farmacêutica prevê lançamentos de produtos com foco em inovação. O 14
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que é ser inovador para a EMS? De que forma a empresa se estrutura para oferecer produtos dos quais o mercado ainda não dispõe? Schemes • Ser inovador é, por exemplo, buscar, dentro de produtos ou segmentos já estabelecidos no mercado, novas apresentações, formas farmacêuticas e indicações, que tragam algum tipo de benefício para o paciente, ou seja, ser inovador é buscar melhorar a vida das pessoas, disponibilizando a elas terapias inéditas. Hoje, a EMS tem como foco o investimento em inovação para manter sua acelerada trajetória de crescimento. Para isso, investe 6% do faturamento anual em seu Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, o maior e mais moderno da América Latina, que já conta com mais de 400 pesquisadores. Também estamos sempre atentos às tendências no exterior. Um exemplo disso é o lançamento recente do Lacday, uma inovação para auxiliar consumidores com intolerância à lactose. Tínhamos uma noção de que a questão da intolerância à lactose interessava a um público grande, as pesquisas apontavam isso. Apostamos e temos investido nesse mercado, que mais do que dobrou desde a chegada do Lacday. Com menos de um ano nas prateleiras, nosso produto já alcançou a liderança da categoria, com 50% de market share. Guia • Uns dos destaques da unidade é o Bálsamo Bengué, indicado para alívio de dores reumáticas. De que forma a EMS promove o conhecimento por parte da população para que ela faça suas escolhas de forma consciente? E a quais fatores se devem o sucesso desse produto? Schemes • Uma das coisas que priorizamos em nossas campanhas é reforçar a principal característica do produto, sua indicação. O Bálsamo Bengué é uma marca já tradicional, há mais de 20 anos no portfólio EMS e reconhecida pelo público para alívio das dores musculares. Como ele tem uma ação analgésica realmente potente, trabalhamos com uma campanha massiva em TV focada em demonstrar sua ação e forma de uso. Em paralelo, usando outras plataformas – mídias sociais e site, orientamos o público sobre as várias utilidades e oportunidades do produto, deixando um canal aberto para receber opiniões e dúvidas do consumidor final. O que percebemos é que, ao longo do tempo, à medida que as pessoas vão adotando o produto, elas se tornam defensoras da marca. O Bálsamo Bengué, indicado para alívio de dores reumáticas, representa 40% do investimento da área hoje e cresceu 72% em demanda em 2015 em comparação com
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2014, saltando da sétima colocação entre os concorrentes, em 2013, para a vice-liderança em 2015. Enquanto em outubro de 2014, o produto registrou demanda de R$ 23 milhões, em outubro de 2015, o Bengué alcançou demanda de quase R$ 42 milhões, à frente do principal concorrente. Guia • Você acredita que, de uma forma geral, os brasileiros sabem se automedicar? Schemes • Essa é uma discussão importante. Nosso posicionamento sempre foi o de tentar orientar ao máximo os nossos consumidores. Quando as pessoas entram em contato conosco para tirar alguma dúvida, seja via mídia social ou Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), atuamos no sentido de dar a melhor orientação sobre o problema. Evidentemente que, quando necessário, indicamos para que procure orientação médica. O importante é que as categorias que estamos trabalhando em OTC – vitaminas, anti-inflamatórios tópicos – envolvem situações em que as pessoas rapidamente identificam a diferença entre o problema que pode ser controlado em casa e aquele que precisa passar por um profissional de saúde. Guia • Entidades do setor têm disseminado o conceito de autocuidado no lugar de automedicação. O que você acha disso e de que forma a EMS trabalha para promover o autocuidado? Schemes • Acreditamos em um conceito mais amplo de autocuidado, valorizamos o cuidado da saúde como um todo. Isso inclui uma dieta balanceada, a prática de atividades físicas, hábitos saudáveis e até mesmo uma questão que trabalhamos frequentemente na EMS: o acesso ao tratamento. Disponibilizar medicamento a um preço acessível para a população, para que todos possam receber um tratamento de qualidade e seguro, é o que defendemos. Guia • Os MIPs são produtos que estão muito próximos do dia a dia do consumidor e, consequentemente, do ponto de venda (PDV). Quais as estratégias de comunicação e relacionamento da EMS para o varejo farmacêutico? Schemes • Atualmente, nossa estratégia principal é gerar demanda e levar os consumidores ao PDV. Para isso, trabalhamos massivamente com campanhas em TV. É indiscutível o alcance que a TV ainda tem hoje. Com isso, geramos uma grande massa de demanda, para que o PDV busque nosso portfólio, pois são produtos de alto giro. Além disso, mantemos um relacionamento estreito de longa data com o profissional farmacêutico, levando a ele informações técnicas e esclarecendo sobre os nossos produtos. Guia • Qual o papel do farmacêutico na consolidação dos MIPs? Ele é fundamental e um agente defini-
tivo para a venda de MIPs? Muitas prescrições acabam acontecendo por parte desse profissional? Schemes • Sem dúvida, o farmacêutico é um agente fundamental em todo o processo. Por mais que façamos uma comunicação esclarecedora, demonstrando onde e como o produto age; no PDV, o elo fundamental sempre será o farmacêutico, que pode orientar adequadamente o consumidor sobre a melhor forma de utilizar o produto. Guia • Hoje, os MIPs cobrem boa parte das necessidades dos brasileiros ou ainda temos áreas que precisam ser supridas? Schemes • Nossa visão é de que o mercado de OTC deve expandir muito, pois ainda existem categorias terapêuticas/medicamentos tarjados que podem passar a ser OTC. Hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já está realizando essa análise e, certamente, teremos muitas novidades em breve. É importante destacar que ainda existem várias oportunidades que devem ser supridas pela indústria. Isso é uma tendência que vem se consolidando no mercado brasileiro, basta observar o volume crescente de investimentos em comunicação que as indústrias farmacêuticas têm realizado nos últimos anos. Guia • O último lançamento da unidade, Lacday, apresenta uma tecnologia inovadora para intolerantes à lactose. De que forma vocês identificam as demandas do mercado? Schemes • Observamos muito o que acontece no mercado internacional, em especial nos Estados Unidos, Itália e França, países que têm o segmento MIP bem desenvolvido, e buscamos sempre trazer essas inovações para o Brasil. Investir em inovação significa, para a população, garantir o acesso a medicamentos importantes, inéditos, diferenciados no mercado. Para a EMS, representa mais um importante passo para a sua consolidação como uma big pharma 100% brasileira. O Lacday é um coadjuvante de tecnologia inovador para intolerantes à lactose, distinto de seus concorrentes por apresentar tabletes dispersíveis alocados em blister em vez de sachês, contou com um investimento de R$ 20 milhões e espera uma demanda de R$ 10 milhões já no primeiro ano de comercialização. O mercado atual de produtos à base da enzima Lactase (enzimas digestivas para intolerância à lactose), estimado em R$ 7 milhões, ainda está em desenvolvimento e tem grande potencial de crescimento. A empresa aposta em patamares superiores a R$ 100 milhões para os próximos cinco anos. No Brasil, estima-se que cerca de 35 milhões a 40 milhões de adultos tenham perturbações digestivas após a ingestão de leite de vaca e/ou de seus derivados. 2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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Naproxeno Sódico. MS 1.5584.0161. Indicações: É um agente analgésico, anti-inflamatório e antipirético muito utilizado em diversos tipos de dores. Genérico do Flanax (Bayer). Brainfarma. Julho/2016. 1. Fonte: Bula do produto. 2. Fonte: IMS Health Março/15. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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BONS FRUTOS O VAREJO E AS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS SE ESFORÇAM PARA TRAZER NOVIDADES AOS CONSUMIDORES, COMO INVESTIMENTOS EM EXPANSÃO E RENOVAÇÃO DE PORTFÓLIO POR VIVIAN LOURENÇO
VACINA APROVADA
A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da Sanofi, anunciou que o Ministério da Saúde da Costa Rica aprovou a vacina tetravalente da Sanofi Pasteur contra a dengue, para proteção de indivíduos entre nove e 45 anos de idade contra os quatro sorotipos da dengue, especialmente em zonas endêmicas. A Costa Rica torna-se o quarto país latino-americano a registrar a vacina contra a dengue, e o quinto país mundialmente. O México, Brasil, El Salvador e Filipinas já contam com seu registro. • www.sanofipasteur.com 18
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DIREITOS EXCLUSIVOS
A Aspen Pharmacare assinou um acordo para adquirir os direitos exclusivos de comercialização do portfólio de anestésicos da AstraZeneca globalmente, com exceção do mercado dos Estados Unidos. O portfólio compreende medicamentos estabelecidos no mercado, chamados Diprivan (anestesia geral), EMLA (anestesia tópica) e sete anestésicos locais (Xilocaína, Xylocard, Xyloproct, Marcaína, Naropin, Carbocaína e Citanest). Os produtos do portfólio são vendidos em mais de cem países ao redor do mundo, incluindo China, Japão, Austrália e Brasil. Esses produtos geraram uma venda anual de US$ 592 milhões em 2015. • www.aspenpharma.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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PORTFÓLIO OFTALMOLÓGICO
A Mundipharma anunciou a compra do portfólio de glaucoma da farmacêutica MSD, conhecida como Merck nos Estados Unidos e Canadá. A negociação envolveu todos os medicamentos indicados para a doença – COSOPT®, SAFLUTAN®, TIMOPTIC®, TIMOPTIC XE® e TRUSOPT® – que é considerada a segunda causa mais comum de cegueira no mundo. “Para a farmacêutica, essa aquisição é uma entrada estratégica para o setor de oftalmologia global com uma forte base comprovada e confiável de produtos. Em números, o mercado de glaucoma deve crescer por volta de 11% em 2016 e queremos reposicionar o portfólio de forma mais competitiva”, explica o general manager da Mundipharma do Brasil, Nestor Sequeiros. • www.mundipharma.com.br
JÁ SÃO QUATRO NOVOS TEMAS DE CURSOS ON-LINE!
Em 2016, já foram lançados quatro temas no Treina PDV Farma, plataforma de cursos da Contento Comunicação para os profissionais do varejo farmacêutico. Os novos módulos são parte da Fase 3 do programa de capacitação e contam com telas animadas, avaliações on-line e certificados de participação: 1) Como se reinventar em momento de crise. 2) Como manter a equipe motivada. 3) Cross-merchandising: venda casada e venda extra. 4) Atendimento como diferencial estratégico. O Treina PDV Farma oferece também cursos rápidos totalmente gratuitos: para acessá-los, basta fazer o cadastro! E para participar do programa de capacitação, com os módulos, avaliações e certificados, você pode adquirir o acesso anual ilimitado, com um ótimo custo-benefício, para capacitação de toda a equipe da farmácia. Para conhecer e experimentar, acesse: www.treinapdvfarma.com.br. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200.
EFICIÊNCIA E INOVAÇÃO
Com 40 anos de atuação, a Incoterm Soluções em Medição, de Porto Alegre (RS), é referência no mercado de termômetros, densímetros e outros instrumentos de medição. Nestas décadas, a empresa vem aprimorando e inovando dentro das suas áreas de atuação, que abrangem diversos setores, divididos por Unidades de Negócios. Atualmente, a marca é considerada referência em monitoramento, medição e termometria, sendo líder na América Latina. Isso é resultado de um extenso processo de acompanhamento dos passos da evolução do mercado, no qual a empresa dispõe de uma equipe técnica, na área de termometria, com engenheiros altamente capacitados para planejar projetos diferenciados nacionalmente. • www.incoterm.com.br
EXPANSÃO DA LINHA
Em dezembro de 2008, as Farmácias Pague Menos criaram uma linha de produtos de marca própria nas áreas de higiene pessoal, cosméticos e itens de primeiros socorros. Desde então, a linha não parou de crescer, ganhando diversas marcas – Amorável, Dauf, Pague Menos, Power Vita, Balance, ProVider, Gnano, Hiulyfe, Cepura, Atividay, Speed+, etc. – e hoje já abrange mais de 1.100 itens. O crescimento em vendas nessa categoria foi de 35% em relação ao ano anterior. Mesmo com uma participação discreta em comparação ao faturamento total da rede, a linha própria já representa 6,5% da receita. • www.paguemenos.com.br 2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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DESENVOLVIMENTO PARA O FUTURO
SITE EXCLUSIVO
Os mais de 111 mil colaboradores atuantes nas maiores redes de drogarias do País, incluindo 18 mil farmacêuticos, passam a contar com um canal exclusivo para atualização e qualificação profissional. O portal Assistência Farmacêutica Avançada apresenta em detalhes as modalidades de cuidados clínicos que integram o projeto homônimo lançado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), além de um amplo conteúdo informativo e serviços direcionados a este público. Por meio desse projeto, amparado pela Lei Federal 13.901, a entidade deseja desenvolver a implantação de serviços, como imunização, testes rápidos de saúde, acompanhamento de pacientes crônicos e promoção de adesão ao tratamento junto aos estabelecimentos farmacêuticos. “Em paralelo, queremos qualificar ainda mais os profissionais farmacêuticos e assim melhorar o cenário da saúde brasileira”, avalia o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. • www.abrafarma.com.br • www.assistenciafarmaceutica.far.br
NOVA FÁBRICA
O grupo Chiesi, empresa farmacêutica com mais de 80 anos dedicados à pesquisa e ao desenvolvimento de medicamentos e novas tecnologias, está completando 40 anos no Brasil. Presente no País desde 1976, em agosto de 1981, a Chiesi inaugurou sua fábrica em Santana de Parnaíba, SP. E para marcar a data, a empresa está em fase de expansão e modernização e anunciou um investimento R$ 21 milhões até 2020. A expansão faz parte de uma estratégia da companhia para atender à demanda global do medicamento Clenil® (beclometasona), um corticoide inalatório indicado para asma, rinite, sinusite e rinofaringite, fazendo com que a fábrica brasileira absorva mais uma parte do volume global. • www.chiesi.com.br 22
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Por meio do programa Conexão Juvenil, a Drogaria São Paulo fechou uma parceria com o Instituto Ser +, organização sem fins lucrativos que oferece assessoria social e profissional para jovens entre 15 e 24 anos de idade, em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa da Drogaria São Paulo começou com a contratação de 37 jovens na segunda quinzena de abril deste ano. Os selecionados participaram de um treinamento intensivo de capacitação no Instituto Ser +, com duração de 14 dias. Após essa etapa, os adolescentes passaram a atuar nas lojas da Drogaria São Paulo e também nas áreas administrativas da empresa, onde podem aplicar o aprendizado em atividades práticas. • www.drogariasaopaulo.com.br • http://sermais.org.br
CRESCIMENTO LOGÍSTICO
Em abril de 2016, o setor farmacêutico alcançou um faturamento R$ 1,25 bilhões, movimentando 68,64 milhões de unidades de medicamentos. Ou seja, o canal farma é um dos poucos que cresce em cenário de crise e, ao mesmo tempo, impulsiona os negócios de outros segmentos, devido à sua demanda de armazenamento e distribuição de medicamentos em todo o País. Diante desse cenário, a Ativa Logística, que cresceu em 2015 18%, tem expectativa de alcançar 20% neste ano. Para aumentar a produtividade e atender mais clientes e superar este momento, a Ativa Logística investiu R$ 8 milhões em renovação da frota e na ampliação dos centros de distribuição das cidades de Viana (ES), Curitiba (PR) e Itapevi (SP). • www.ativalog.com.br
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AQUISIÇÃO PARA EXPANSÃO
O Aché anunciou a aquisição do Laboratório Químico Farmacêutico Tiaraju, empresa gaúcha voltada à produção de fitomedicamentos. Além disso, irá acessar o portfólio diferenciado de nutracêuticos e nutricosméticos desenvolvido pelo Laboratório Tiaraju Alimentos. A aquisição faz parte dos investimentos previstos pelo Aché no ano em que completa 50 anos, que devem ser da ordem de R$ 160 milhões em 2016. Com amplo histórico de inovação à base de plantas medicinais, o Aché é a segunda farmacêutica no mercado brasileiro de fitomedicamentos que movimentou R$ 1,1 bilhão em 2015. Com a aquisição, a companhia irá incorporar 12 novos produtos. • www.ache.com.br
CONQUISTA RECONHECIDA
O Laboratório Cristália conquistou o Prêmio Melhores e Maiores 2016 no setor Farmacêutico. A premiação, que está na 43ª edição, é promovida pela revista Exame, que reconheceu as empresas brasileiras com melhor desempenho financeiro em 2015, a partir dos critérios da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da Universidade de São Paulo (USP). A cerimônia de entrega da premiação ocorreu em junho último, no Teatro Santander, em São Paulo. Atualmente, o Cristália produz 53% dos insumos utilizados em seus medicamentos, enquanto o mercado farmacêutico importa 90% das matérias-primas. O Cristália investiu cerca de R$ 450 milhões nos últimos 10 anos em biotecnologia. • www.cristalia.com.br
PESQUISA INÉDITA
Quantas vezes ouve-se comentários como “esse esporte não é para meninas”? Qual é o impacto que isso tem na vida delas? Em um momento em que o mundo se prepara para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a Always® quer convidar, incentivar e inspirar meninas do mundo todo a “Continuar Jogando #TipoMenina”. Dados da mais recente Pesquisa de Confiança e Puberdade da Always® mostram que, no Brasil, até o final da puberdade, 53% das meninas que participaram do estudo terão abandonado os esportes. A última pesquisa da Always® descobriu que, para elas, dois dos principais benefícios de continuar no esporte são o aumento da autoconfiança e o trabalho em equipe. Entretanto, embora os benefícios sejam conhecidos, as meninas ainda acham que o esporte não é lugar para elas. E mais: 74% das meninas sentem que a sociedade não as incentiva. • www.alwaysbrasil.com.br
FORNECEDOR OFICIAL
A marca OFF!® anunciou que será o fornecedor oficial de repelentes de insetos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O Comitê Organizador Rio 2016 distribuirá repelentes de insetos OFF!® para atletas, voluntários e funcionários dos Jogos. “Acreditamos que é importante ajudar a educar as famílias sobre como se protegerem contra os mosquitos”, disse o presidente executivo e do conselho de administração da empresa controladora da marca OFF!®, Fisk Johnson. Os produtos OFF!® estarão disponíveis para ser adquiridos nas lojas oficiais do Rio 2016 e, também, em mais de 80 mil supermercados e farmácias do País, onde são vendidos regularmente. Durante os Jogos, serão distribuídas amostras grátis em alguns locais de competição e em pontos de grande concentração de público na cidade do Rio de Janeiro. • www.linhaoff.com.br 2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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ALÍVIO DAS DORES INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS OFERECE ALTERNATIVAS PARA O MAL-ESTAR QUE INCAPACITA AS PESSOAS NA REALIZAÇÃO DE SUAS ATIVIDADES DIÁRIAS. CONHEÇAS ESSA E OUTRAS NOVIDADES DO SETOR POR TASSIA ROCHA
CLONIXINATO DE LISINA + CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA EMS GENÉRICOS
O clonixinato de lisina + cloridrato de ciclobenzaprina é o mais novo lançamento da unidade de Genéricos da EMS que, mais uma vez, traz ao mercado a primeira opção de genérico da molécula. Indicado para o tratamento da dor de origem musculoesquelética, principalmente quando acompanhada de contratura muscular, como ocorre nos quadros associados ao período pós-operatório, lombalgia, cervicobraquialgia, fibromialgia e torcicolo. Categorizada como relaxante muscular, a classe terapêutica está entre as top 10 do mercado. Disponível em única apresentação de 125 mg + 5 mg com embalagem contendo 15 comprimidos revestidos. MS 1.0235.1126.002-9 ■■www.ems.com.br
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FENAFLAN® TEUTO
Chega ao mercado o mais novo integrante da família Fenaflan® do Laboratório Teuto. Trata-se do Fenaflan® Suspensão Oral Gotas. O medicamento possui em sua formulação o diclofenaco resinato cujas propriedades analgésica, anti-inflamatória e antipirética ajudam no tratamento de estados dolorosos e/ ou inflamatórios agudos, principalmente para o uso em crianças. Apresenta sabor tutti frutti e está disponível em frasco gotejador de 20 mL. MS 1.0370.0651.003-1 ■■www.teuto.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO
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MARESIS AR FQM
Fluidificante nasal de alta performance, com exclusiva tecnologia de Alto Rendimento (AR), que confere um melhor desempenho do jato durante a lavagem nasal. Ideal para pessoas expostas diariamente a poluição, poeira, ar condicionado e que precisam de uma lavagem nasal ainda mais efetiva. MS Medicamento de notificação simplificada RDC ANVISA 199/06. AFE 1.00390.6 ■■www.fqm.com.br
EZETIMIBA + SINVASTATINA EMS GENÉRICOS
O primeiro genérico do mercado da molécula ezetimiba + sinvastatina é indicado para diminuir os níveis sanguíneos de colesterol total, colesterol LDL (“mau” colesterol) e substâncias gordurosas denominadas triglicérides. Além disso, aumenta os níveis de colesterol HDL (“bom” colesterol). Disponível em três apresentações: 10 mg + 10 mg, 10 mg + 20 mg e 10 mg + 40 mg com 30 comprimidos revestidos, garantindo um mês de tratamento em uma única caixa, contribuindo para uma maior adesão ao tratamento. MS 1.0235.1139 ■■www.ems.com.br
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ALLEGRA® D SANOFI
Allegra® D 24h possui uma tecnologia osmótica de liberação controlada de pseudoefedrina ao longo de 24 horas. Esse mecanismo evita os picos plasmáticos e possibilita maior adesão ao tratamento. O medicamento possui ainda um rápido início de ação, com a liberação imediata de fexofenadina 180 mg, aliviando a rinite alérgica sazonal em até uma hora. Os comprimidos do medicamento ainda são menores, de fácil deglutição. MS 1.1300.0262 ■■www.sanofi.com.br
VITABERRY
GERMED PHARMA
O Vitaberry chega ao mercado como o único da categoria com cranberry, vitamina C e zinco, agindo como poderoso aliado na prevenção de infecções do trato urinário e no fortalecimento do sistema imunológico, com altíssima concentração de cranberry, fruta conhecida secularmente pelos benefícios medicinais. MS Medicamento isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.germedpharma.com.br
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SPORTVIS®
BIOLAB FARMACÊUTICA
BESILATO DE ANLODIPINO + LOSARTANA POTÁSSICA EMS GENÉRICOS
A EMS Genéricos lançou, em junho de 2016, o primeiro genérico do mercado da molécula besilato de anlodipino + losartana potássica. Medicamento indicado para o tratamento de hipertensão arterial está disponível em três apresentações: 2,5 mg + 50 mg, 5 mg + 50 mg e 5 mg + 100 mg todas com embalagem contendo 30 cápsulas. O novo produto possui um mercado de R$ 47 milhões e mais de 130 unidades vendidas por hora em todo o Brasil. Contraindicações: a losartana potássica não deve ser administrada com alisquireno em pacientes com diabetes. MS 1.0235.1130 ■■www.ems.com.br
A Biolab Farmacêutica traz para o Brasil, SportVis®, uma importante novidade para o tratamento de lesões de ligamentos e tendões em atletas profissionais e amadores, que faz grande sucesso nos países onde já está presente, como no continente europeu. Estudos comprovam que o período de recuperação de torções com o uso de SportVis® é de 17 dias. Já o tratamento convencional chega a 40 dias. Além de rápida ação e cicatrização completa da contusão em relação às soluções disponíveis no Brasil até o momento, o medicamento fortalece o local lesionado, protegendo-o contra novas torções. É composto por ácido hialurônico biocompatível e produzido por uma tecnologia patenteada que permite a utilização específica para o tratamento desse tipo de contusão. A Biolab recomenda que a administração seja feita por médicos. MS 80522910004 ■■www.biolabfarma.com.br
DESOGESTREL SANDOZ
A Sandoz reforça seu portfólio de saúde da mulher com um importante lançamento. A divisão do Grupo Novartis acaba de disponibilizar no mercado a primeira apresentação trimestral genérica do Desogestrel, garantindo ainda mais acesso aos medicamentos de contracepção oral para o público feminino. O lançamento conta com apresentação com 84 comprimidos. MS 1004705170037 ■■www.sandoz.com.br 30
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MERCADO
Setor em ebulição ACORDO COMERCIAL ENTRE HERBARIUM E HEEL DÁ INDÍCIOS DE QUE O MOVIMENTO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES NA CADEIA FARMACÊUTICA SEGUE FORTE
E
POR FLÁVIA CORBÓ
Especialistas costumam dizer que, a cada década, todo setor apresenta uma onda de fusões e aquisições. No mercado farmacêutico, a última grande movimentação ocorreu em 2014, quando o País atingiu o recorde de 818 transações – sendo que 399 operações (47% do total) foram lideradas por companhias estrangeiras. Ao que tudo indica, não será necessário esperar outros dez anos para uma nova leva de negociações entre companhias farmacêuticas. O anúncio de que a Herbarium Laboratório Botânico, indústria nacional especializada na produção de medicamentos fitoterápicos, fechou acordo operacional com a subsidiária brasileira do Laboratório Alemão Heel, dá sinais de que a movimentação entre laboratórios não se encerrou e, melhor, desta vez pode ter empresas nacionais como protagonistas. A Heel do Brasil disponibiliza parte de seu portfólio de produtos naturais, como Traumeel e Vertigoheel, desde 2008 no Brasil, mas apenas na região da Grande São Paulo. Com capacidade de atuar em todo território brasileiro, a Herbarium enxergou a oportunidade de aumentar o alcance desses medicamentos. Com o novo acordo, a venda, distribuição e divulgação junto à classe médica dos produtos Heel em todo o Brasil passa a ser manejada pela Herbarium. 32
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“Inicialmente, o que chamou a atenção foram os produtos, mas com o tempo, percebemos que a Herbarium tem muito em comum com a Heel. A começar pela sua orientação exclusiva a produtos farmacêuticos naturais. Além disso, ambas baseiam seu trabalho em levar à classe médica marcas de referência, com embasamento científico e estudos clínicos relevantes comprovando a eficácia e a segurança dos seus produtos. E, finalmente, a filosofia das empresas é muito alinhada, tanto na forma de fazer negócios como no cuidado com os colaboradores”, explica o presidente da Herbarium, Marcelo Geraldi. Com o acordo comercial, a empresa espera apresentar resultados ainda mais positivos do que em 2015, quando registrou vendas de R$ 123 milhões, com crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Ainda que não estejam nos planos atuais da empresa, Geraldi não descarta a possibilidade de realizar negociações com outros laboratórios no futuro. “Por sermos uma empresa focada em produtos farmacêuticos naturais, nosso campo de atuação é mais seletivo, mas estamos sempre atentos a oportunidades que estejam em linha com nossa estratégia e filosofia de negócios. Temos uma ótima rede de parceiros nacionais e internacionais que podemos acionar para viabilizar eventuais oportunidades de negócios.” IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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GESTÃO
Estratégia da diferenciação
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O PAÍS ESTÁ EM CRISE E TODO MUNDO SABE. AS FARMÁCIAS NÃO ESTÃO IMUNES E DEVEM REVER SEUS PROCESSOS PARA EVITAR DESPERDÍCIOS
MARCELO CRISTIAN RIBEIRO Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento 34
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A crise que o Brasil enfrenta afeta as farmácias também, à medida que o cliente fica mais seletivo. A lógica diz que se os consumidores estão com menos dinheiro, mesmo que busquem produtos essenciais, como os medicamentos, existe uma maior seletividade também. Já não compram toda a cesta, os farmacêuticos e balconistas insistem para que o cliente leve a “receita prescrita” de forma completa a fim de não haver prejuízo ao tratamento. No quesito perfumaria, o consumidor tem pesquisado muito o preço. Tudo isso exige das farmácias algumas posturas: a. Investir na equipe, para aproveitar as oportunidades: não desperdiçando a “visita” do cliente à farmácia. Ele não deixou de ir até a drogaria. O que é essencial: técnicas de vendas e contorno de objeções. b. Atender o cliente: nunca foi tão essencial o atendimento aos clientes em drogarias neste momento, isso porque eles as têm escolhido cada vez mais. Se todas as lojas estão “iguais”, sua equipe pode se diferenciar neste quesito. Aqui não quero dizer apenas simpatia, sorriso e esse básico de atendimento, mas gerar uma maior conexão. O que é essencial: conhecimento de produto e saber dirimir as dúvidas dos pacientes. c. Gerar vantagens comerciais ao cliente: isso fará a diferença; se o cliente está seletivo, ele precisa valo-
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rizar o dinheiro investido. Aqui temos as oportunidades de: parcelamento; vendas com desconto, dependendo do volume; vendas garantidas, com o melhor preço, principalmente nos produtos de uso contínuo; mix de produtos valorizando todas as faixas de valores, para que não se perca nenhum cliente; mix de produtos com os combos, mostrando vantagens ao cliente. d. Fidelizar: as políticas de fidelização geram prêmios, descontos menores e diferenciados. Por isso, investir em fidelização é muito importante, retendo o cliente por meio das vantagens. Em contrapartida a tudo isso, deve-se aumentar a qualidade da gestão, da performance, pois em primeiro momento, aumentar-se-ão os custos... (descontos, investimentos...) Por isso: 1. Monitoramento frenético: utilize mais controle nas operações. Tenha mais indicadores de desempenho da farmácia. Isso ajudará a mudar as estratégias. 2. Metas em todas as áreas: só podemos melhorar aquilo que medimos. 3. Caça aos desperdícios: forte controle nos custos; políticas de eficiência, com ganhos de escala; corte pessoas que não estão agregando valor ao negócio; coloque a remuneração focada na rentabilidade e não apenas em comissão (lembre-se de que devemos vender de tudo na farmácia e não apenas uma linha de produtos). IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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CONSULTOR JURÍDICO
O Direito Constitucional à
devida pelo Uso Obrigatório de TODA FARMÁCIA OU DROGARIA PODE PEDIR A SEUS EMPREGADOS QUE UTILIZEM UNIFORMES COM PROPAGANDAS, MAS DEVEM TER O CUIDADO DE SOLICITAR UMA AUTORIZAÇÃO FORMAL EM RELAÇÃO AO DIREITO DE IMAGEM OU MESMO PAGAR POR ISTO
GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, pós-graduado em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 36
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A Constituição brasileira diz que a imagem de uma pessoa é inviolável, assegurando-se a esta uma indenização por dano material, dano moral ou dano à imagem, quando ocorrer sua violação (art.5º, incisos V, X, XXVIII, a). O Código Civil também teve o cuidado de proteger a imagem de uma pessoa, resguardando-lhe o direito a uma indenização em caso de vilipêndio do seu direito à imagem, como, por exemplo, a utilização da imagem para fins comerciais sem sua prévia autorização, como se vê em seu artigo 20: Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Tem sido bastante comum a realização de acordos comerciais entre a indústria e o varejo farmacêutico a fim de estampar no uniforme de empregados de farmácias e drogarias logomarcas deste ou daquele produto (por exemplo: uso de camiseta promocional), visando atuar no subconsciente do consumidor, gerando um estímulo à aquisição do aludido medicamento. A Justiça do Trabalho não tem deixado de se manifestar sobre o caso, reconhecendo que é pressuposto inafastável a essa conduta a prévia autorização formal do empregado ou uma compensação financeira, sob pena de se ter que indenizar o emIMAGEM: DIVULGAÇÃO
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Imagem e a Indenização Uniforme com Logomarcas pregado, como se vê, à guisa de exemplo, das razões ocorridas em um julgamento realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho – órgão de cúpula da Justiça do Trabalho (Processo E-RR – 40540-81.2006.5.01.0049): “... Consoante se depreende do art. 20 do Código Civil de 2002, o uso da imagem de uma pessoa, sem autorização, para fins comerciais, ainda que não haja ofensa, constitui ato ilícito. ... Empregador que determina o uso de camisetas com logotipos de empresas fornecedoras e de produtos comercializados, sem possibilidade de recusa pelo empregado e sem compensação pecuniária. Destinação comercial inequívoca, haja vista que os empregados, em ambiente frequentado por muitos consumidores, divulgavam marcas dos clientes do seu empregador. ... Cabe ao empregador, por conseguinte, responsabilizar-se pelo ilícito praticado em face de direito personalíssimo dos empregados, daí defluindo a respectiva obrigação de reparar o dano moral causado pelo uso indevido da imagem.” Em diversos outros julgamentos, esse entendimento vem sendo mantido: RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. USO DE CAMISETAS COM PROPAGANDAS DE PRODUTOS COMERCIALIZADOS PELO EMPREGADOR. DIREITO DE IMAGEM. VIOLAÇÃO CARACTERIZADA. O uso não autorizado da imagem das pessoas, ainda que não lhe atinja a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, impõe indenização por danos, nos ter-
mos do artigo 5º, X, da Constituição Federal e artigo 20 do Código Civil de 2002, caso se destine a fim comercial ... (Processo RR – 237-58.2012.5.05.0031) RECURSO DE REVISTA. UTILIZAÇÃO OBRIGATÓRIA DE CAMISETAS PUBLICITÁRIAS. EXPOSIÇÃO DA IMAGEM. INDENIZAÇÃO. O direito à imagem é um direito autônomo e compreende todas as características do indivíduo como ser social. Dessa forma, depreende-se por – imagem – não apenas a representação física da pessoa, mas todos os caracteres que a envolvem. O direito à imagem reveste-se de características comuns aos direitos da personalidade, sendo inalienável, impenhorável, absoluto, imprescritível, irrenunciável e intransmissível, vez que não pode se dissociar de seu titular. Além disso, apresenta a peculiaridade da disponibilidade, a qual consiste na possibilidade de o indivíduo usar livremente a sua própria imagem ou impedir que outros a utilizem. O uso indevido da imagem do trabalhador, sem qualquer autorização do titular, constitui violação desse direito, e, via de consequência, um dano, o qual é passível de reparação civil, nos termos dos artigos 5º, X, da Constituição Federal e 186 Código Civil... (Processo RR-113800-26.2009.5.05.0034) Como se vê, toda farmácia ou drogaria pode pedir a seus empregados que utilizem uniformes com propagandas de laboratórios farmacêuticos e/ou medicamentos, mas devem ter o cuidado de solicitar uma autorização formal de seus empregados em relação ao direito de imagem ou mesmo pagar por isto, sob pena de responderem por indenizações na Justiça do Trabalho. 2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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O que eles buscam na hora de comprar OS BRASILEIROS PREFEREM AS MARCAS GLOBAIS PARA BENS DURÁVEIS. SORTIMENTO, PREÇO E BENEFÍCIOS SÃO TÃO IMPORTANTES QUANTO A ORIGEM DO PRODUTO. MAS O FATOR PREÇO AINDA PREVALECE NA HORA DA COMPRA
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POR VIVIAN LOURENÇO
O Brasil vive um dos momentos mais desafiadores para o varejo. O consumidor mostrou que está em uma mudança visível quando o assunto é consumo. Mais consciente das suas escolhas, ele obriga o comércio a mudar totalmente a forma como se relaciona com o shopper moderno. Neste cenário incerto, com a alta da inflação, o crescimento do desemprego e maior endividamento, o consumidor se adéqua a uma nova realidade, buscando alternativas
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para continuar consumindo ou, até mesmo, reduzindo o volume de compras. E é diante desse novo comportamento, mais planejado e mais decidido a fazer escolhas para equilibrar seu orçamento, que a Nielsen divulgou a nova edição da análise anual Mudanças no Mercado Brasileiro 2016. A pesquisa estudou os cinco fatores essenciais sobre o consumidor, de curto e médio/longo prazo, para que fabricantes e varejistas se adaptem à dinâmica atual, saiam fortalecidos e vençam nos próximos anos. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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RELAÇÃO COM A MARCA
Ao redor do mundo, as multinacionais e as empresas locais estão competindo em uma batalha pelas preferências e pelos carrinhos dos consumidores. Baseado em respostas de mais de 30 mil entrevistados on-line em 61 países, abrangendo 40 categorias, o recente Estudo Global da Nielsen sobre Origem das Marcas examinou se os consumidores preferem produtos produzidos por marcas globais (definidos como aqueles que operam em muitos mercados) ou por agentes locais (que operam apenas em um mercado único – país de origem do entrevistado).
• Quase 3/4 dos entrevistados globais, em média, dizem que a origem da marca é tão importante quanto ou mais do que outros nove motivadores de compra, como seleção/ escolha, preço, função e qualidade. • Há exceções para cada categoria e em cada país, mas a origem da marca preferida para as principais categorias de produtos são geralmente agrupadas da seguinte forma: Global: fraldas para bebês; cuidado pessoal e beleza; bebidas gaseificadas; automóveis e eletrônicos; cigarros. Local: alimentos frescos; alimentos/petiscos embalados; café/chá; suco/água/leite. Mista: alimentação/fórmula para bebês; suprimentos para limpeza doméstica; bebidas alcoólicas; alimentos para animais de estimação. • As principais razões para escolher uma marca local ou global são as mesmas: preço/valor, experiência positiva com a marca, ingredientes e processamento mais seguro, melhores benefícios do produto e das promoções. • Cerca de seis em cada dez respondentes globais (59%) dizem que compram marcas locais porque apoiam negócios locais, e a maior porcentagem está na América do Norte (65%). Entrevistados de mercados em desenvolvimento são mais propensos do que entrevistados em mercados desenvolvidos a dizer que as marcas locais estão mais sintonizadas com suas necessidades/gostos e que marcas globais oferecem as ofertas mais recentes/ inovadoras de produtos e que são de melhor qualidade. • Quando se trata de compras on-line, os entrevistados globais são mais propensos a procurar marcas globais para produtos duráveis e eletrônicos, e marcas locais para produtos de consumo. Fonte: Estudo Global da Nielsen sobre Origem das Marcas
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RESULTADOS BRASILEIROS Em geral, ao comparar ambas as marcas, os brasileiros preferem as globais no quesito de percepção de qualidade e inovação que esses produtos trazem, mesmo considerando que eles sejam mais caros. Entretanto, mais de 60% dos entrevistados concordam que, de alguma forma, ao comprar as marcas de seu mercado, apóiam as empresas locais, beneficiando assim a economia. Por outro lado, poucos acreditam plenamente que as marcas locais estão em sintonia com suas necessidades e gostos. Para os brasileiros, sortimento, preço e benefícios são tão importantes quanto a origem do item.
Assim como os latinos, os brasileiros preferem as marcas globais para bens duráveis, principalmente produtos tecnológicos, como computadores e laptops (73%), celulares (73%), televisão (73%) e câmera/equipamentos de vídeo (63%). Eles também buscam marcas de fora para alguns produtos de cuidado pessoal, como xampu, condicionador e pasta de dente As marcas locais lideram a mente dos brasileiros quando o assunto é alimentação, com destaque para frutas (64%), vegetais (63%), carne (58%), leite (52%) e água (47%). Na hora de comprar tanto uma marca global quanto uma local, o consumidor sempre olha primeiro
58%.
BOLSO APERTADO PESA NA TOMADA DE DECISÃO PARTICIPAÇÃO EM VALOR DAS MARCAS (%)
57,8
58,2
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VICE-LÍDERES OUTRAS
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41%
MARCA
MARCA
DAS MARCAS LÍDERES CAEM (vs. 22% em 2014)
6 DAS TOP 10 MARCAS líderes perdem LEALDADE em 2015 (TOP 10 marcas líderes, lealdade dentro da principal categoria vs. 2014)
Fonte: Nielsen Retail Index – Faturamento e variação em volume das marcas líderes – Base 131 categorias/Nielsen Homescan Share of Requirements das marcas líderes (2015 vs. 2014)
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Preço é fator fundamental: defina seus reajustes, levando em consideração o preço de seus principais concorrentes, planejando todo o portfólio e entendendo quais as melhores promoções para vender mais com margens saudáveis.
Entenda o que o brasileiro vai buscar em cada loja: colaboração entre varejo e indústria é fundamental nesse momento, garantindo a melhor oferta para os consumidores em cada canal, formato e até mesmo por bandeira.
INÍCIO CHEGADA
ADAPTE SEU JOGO
• Supere as barreiras do e-commerce para sair na frente nesse canal de vendas que já é realidade no Brasil para outros segmentos.
• Invista em campanhas digitais para conquistar a preferência desse consumidor multiconectado.
O futuro começa agora: planeje seu portfólio entendendo as preferências dos Millennials.
3. Mídia: mensagens customizadas, eficientes e cross mídia geram um consumidor mais engajado.
2. Inovação: escolhas inteligentes (custo x benefício) e real entrega de saúde e bem-estar devem continuar sendo bem trabalhados.
Encante seu consumidor para garantir lealdade: três pontos são fundamentais:
1. Excelência em execução: não permita a experimentação de seu concorrente por indisponibilidade.
Fonte: Mudanças no Mercado Brasileiro 2016, Nielsen
48% e 49% respectivamente. para o preço Em segundo lugar, o fator decisivo para levar a marca global é a experiência prévia com o produto e para a local, é a promoção 37%. Neste momento crítico, para a executiva de atendimento para a cesta de Higiene & Beleza da Nielsen, Tatiene Spósito do Vale, o consumidor está mais atento ao preço e pesquisando mais e troca a conveniência por economia. “Ele está disposto a 44
andar mais para comprar mais barato. Esse melhor planejamento é a resposta do brasileiro para este momento de crise.”
41%
CATEGORIAS MAIS PROCURADAS O ano de 2015, segundo levantamento da Nielsen, mostrou a lealdade do consumidor, que não abre mão de alguns produtos, porém, as marcas líderes perdem importância – seis das top 10 perderam relevância.
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Previsão de muitas vendas para você! Aproveite essa promoção e abasteça sua gôndola. Você aumenta suas vendas e seus clientes podem ganhar prêmios incríveis!
Oportunidades C&B
Plano 360º
C&B consolida-se como a 3º marca do mercado de solar.
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*Fonte: Nielsen Retail Index – Mercado Massa – Alta Temporada Set/Fev (Volume)
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Bronzeador: C&B, a marca referência em bronzeadores no Brasil!
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Efeito Dourado: Em 2 anos C&B já representa 23% do mercado, e segue crescendo!
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Faciais: Oportunidade de venda o ano inteiro, no segmento de maior crescimento.
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Protetores: C&B segue ganhando share ano após ano, e consolidando sua posição no segmento.
Portfólio da marca Regular
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Efeito Dourado e Bronzeador
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NA HORA DE COMPRAR, O CONSUMIDOR SEMPRE OLHA PRIMEIRO PARA O PREÇO. EM SEGUNDO LUGAR, O FATOR DECISIVO PARA LEVAR A MARCA GLOBAL É A EXPERIÊNCIA PRÉVIA COM O PRODUTO (41%) E PARA A LOCAL, É A PROMOÇÃO (37%) “As mulheres são mais fiéis às marcas líderes, porém quanto mais idade a consumidora tem, menos fiel é; ela troca preferência por preço mais baixo”, analisa Tatiene. Com isso, a executiva alerta que é necessário que o varejista tenha cuidado com o estoque, já que a ruptura estraga a lealdade. “Saber executar ações no ponto de venda (PDV) rende 25% de market share. Investir, mesmo em tempo de crise, gera bons resultados depois.” Segundo o estudo da Nielsen, para as marcas globais, os brasileiros buscam mais de forma on-line celulares (67%), computadores e laptops (61%), televisão (49%) e roupa e calçado (39%). Já para as marcas locais, os entrevistados procuram mais pela internet roupa e calçado (41%), comida e bebida (40%), produtos de cuidado pessoal/ beleza (30%) e de limpeza (29%). Antes de ir à loja física, os brasileiros preferem comprar de forma on-line marcas globais ou locais pelo melhor preço (66%), conveniência (60%), disponibilidade do produto melhor sortimento e qualidade Para tentar garantir que o consumidor não deixe de comprar nenhum produto, apesar do cenário adverso, Tatiene destaca que 60% das categorias crescem por embalagens econômicas. “Os tamanhos de embalagens são opções de desembolso para o consumidor.”
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Segmento promissor COM DESEMPENHO ACIMA DO MERCADO TOTAL DE MEDICAMENTOS NO BRASIL, OS GENÉRICOS SE CONSOLIDAM COMO CATEGORIA RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DO SETOR POR FLÁVIA CORBÓ E VIVIAN LOURENÇO
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Todos os setores da economia foram e estão sendo afetados pela crise econômica e política pela qual o Brasil passa. Os reflexos estão sendo sentidos desde as indústrias, passando pelo varejo e chegando ao consumidor. Porém, os medicamentos ainda são um dos poucos que podem comemorar resultados positivos, sobretudo a categoria de genéricos. Contudo isso não indica que o mercado não sofreu com a turbulência. Ao mesmo tempo em que a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) anunciou que os medicamentos
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genéricos tiveram um desempenho acima da média do mercado farmacêutico, os números apontam o pior índice de crescimento nos últimos três anos. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, as vendas de medicamentos genéricos cresceram 18,7% em unidades comercializadas. Ao todo, foram 270 milhões, entre janeiro e março de 2016, contra 227,4 milhões no mesmo período de 2015. Já em desempenho de vendas, março deste ano apresentou um número bastante expressivo: 107,5 milhões contra 81,5 milhões em janeiro. Em valores, as vendas movimentaram R$ 1,456 bilhão no primeiro trimestre de 2016 contra R$ 1,329 bilhão IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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no mesmo período do ano passado, proporcionando uma alta de 9,52%. A projeção de crescimento do IMS Health, para este ano, é de 13% a 15%.
OPÇÃO ECONÔMICA A crise econômica pode não ser de todo o mal para o setor de genéricos. Em função do cenário econômico pouco favorável, com aumento das taxas de desemprego e inflação de dois dígitos, os genéricos tornam-se a alternativa mais viável para o bolso enxuto dos consumidores por conta do preço mais acessível. “Em tempos de crise, os genéricos tendem a crescer acima do mercado farmacêutico total, em razão, principalmente, da migração de demanda dos medicamentos de referência para os genéricos pelo mercado consumidor, que busca economizar. Como medicamento é um item com o qual o consumidor não pode ficar sem, ele opta por uma alternativa mais econômica, no caso os medicamentos genéricos”, aposta o farmacêutico do setor de lançamentos do Teuto, Thiago Lobo Matos. Apesar de o Brasil estar muito distante de mercados como o dos Estados Unidos, onde o setor representa cerca de 80% do volume comercializado, alguns sinais demonstram que a categoria está no caminho certo em busca do aumento na participação de mercado. Segundo pesquisa do Datafolha, em 2012, o índice de confiança era de 70% e, em 2014, já havia passado para 73% – o que mostra um crescente ganho de credibilidade para os brasileiros. Para a presidente da PróGenéricos, Telma Salles, o receio quanto à eficiência e qualidade dos genéricos é um obstáculo superado. “A desconfiança ocorreu em um primeiro momento, hoje, os consumidores entenderam que são produtos exatamente iguais; também passaram a reconhecer as empresas fabricantes, sabem que são sérias e renomadas. Se não houve um avanço em participação de mercado como gostaríamos, foi por conta de fatores econômicos”, pontua.
PRECIFICAÇÃO CORRETA Apesar de lidar com produtos de saúde, farmácias são comércio, logo, também devem estar atentas às mudanças de comportamento da população. Por isso, o preço baixo costuma ser o atrativo da maioria das lojas, independentemente do tamanho ou da região em que atua. A grande diferença entre farmácias e varejo em geral é que os medicamentos 50
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TOP 10 MARCAS 1ª. Losartana Potássica (Neo Química) 2ª. Citrato de Sildenafila (Neo Química) 3ª. Sinvastatina (Sandoz) 4ª. Citrato de Sildenafila (Eurofarma) 5ª. Losartana Potássica (EMS) 6ª. Losartana Potássica (Medley) 7ª. Losartana Potássica (Eurofarma) 8ª. Pantoprazol (Aché) 9ª. Clopidrogel (Sandoz) 10ª. Pantoprazol (Medley) Fonte: IMS Health
têm preços regulados, o que exige maior atenção no momento de conceder descontos. No caso dos genéricos, a lei determina que os produtos sejam, pelo menos, 35% mais baratos que os itens de referência. Ainda assim, o consumidor e a alta concorrência demandam por mais descontos. Diante desse cenário, o varejista precisa traçar estratégias corretas, que permitam oferecer um preço competitivo, mas sem gerar prejuízos ao ponto de venda. Nessa corda bamba, alguns erros são cometidos com frequência. De acordo com a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, os varejistas tendem a trocar de fornecedores constantemente, em busca de algumas ofertas com preço baixo, mas acabam não tendo vantagem alguma nos demais produtos. “Isso espanta o cliente que vem em busca de um produto que, a cada mês, se apresenta com um preço diferente”, aponta. Os equívocos de precificação ocorrem porque lojas de pequeno e médio portes tentam superar os preços fornecidos pelas grandes redes a qualquer custo. O consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Marcelo Cristian Ribeiro, aponta as consequências desse comportamento. “O varejista acaba por colocar um preço muito abaixo que o de mercado, sacrificando a rentabilidade geral. Outras vezes, comunica o preço, mas não tem o medicamento disponível, pois falta poder de negociação em volume.”
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Quando os genéricos foram lançados no Brasil, em 1999, a resistência ao produto foi enorme. Muitos varejistas acreditavam ser impossível obter lucro ao vender um produto com custo 35% mais baixo. Hoje, quem trabalha bem a categoria sabe que as vantagens são muitas, a começar pela relação indústria-varejo. Mesmo diante da pressão da concorrência, os especialistas em varejo garantem que é possível ser competitivo, sem sacrificar a rentabilidade da farmácia. “O percentual de desconto nos genéricos é bem maior no preço de fábrica. Enquanto nos medicamentos de referência, a indústria costuma conceder descontos de 7% a 11%; nos genéricos, o fabricante disponibiliza uma condição comercial de 60% a 70% de desconto”, destaca o coordenador de treinamento do Teuto, Claudio Louzada. Vale lembrar que boas condições de preço são concedidas quando há uma relação de fidelidade
e confiança entre o varejista e o fabricante ou distribuidor. Por isso, Silvia destaca novamente a importância da escolha do fornecedor da farmácia. “É preciso ter ótimos parceiros, que permitam trabalhar com margens interessantes. O fundamental é não sair fazendo ‘leilão nas compras e nas vendas’ porque desta forma sempre se sai perdendo.” O segredo da rentabilidade está em estabelecer uma média ponderada na hora de definir a precificação da farmácia. Na prática, é preciso despertar a percepção dos clientes em relação às vantagens dos genéricos. “Em produtos que o consumidor adquire de forma continuada, cujo gasto já está inserido no orçamento mensal da família, é fundamental que o varejista seja competitivo.” Com maior desconto nos produtos certos, a chance de conseguir a fidelização do cliente aumenta muito mais. “Com um atrativo para voltar, o consu-
DESEMPENHO DO MERCADO 2013
2014
2013
2014
23.787.855.107
27.765.409.014
17.115.946.995
18.791.701.009
CRESCIMENTO Marca
CRESCIMENTO
Referência
13%
9%
31.847.524.844
36.083.615.103
20.392.166.414
22.271.777.673
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2015
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12.207.690.887
14.679.150.626
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61.236.260.649
Genérico
CRESCIMENTO
Total
20%
CRESCIMENTO 14%
17.608.716.717
21.059.489.995
69.848.407.975
79.414.882.770
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Os resultados apresentados são em R$ e correspondem ao mês de maio dos anos móveis (12 meses). Fonte: IMS Health
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midor vai à loja com muito mais frequência e acaba levando outros medicamentos, além de produtos de Higiene & Beleza (H&B), que costumam trazer muita rentabilidade ao varejista”, orienta Louzada.
GENÉRICOS INÉDITOS LANÇADOS EM 2015
BOAS PERSPECTIVAS Apesar de ainda enfrentar entraves no momento do registro de medicamentos, o ano promete ser abundante em lançamentos de genéricos. Um levantamento realizado pela PróGenéricos mostra que, em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a cópia de 35 medicamentos de referência. “Claro que há muito a ser aprimorado, mas nos últimos dois anos, a Anvisa vem se mostrando bem competente no enfrentamento dos problemas. E a priorização foi para os genéricos inéditos. Tem sido feito um trabalho muito bom. Percebemos o esforço e a resposta tem sido satisfatória”, elogia Telma. A expectativa é de que as novas moléculas gerem um ganho de R$ 615 milhões por ano. E não deve parar por aí: estima-se que a lista de medicamentos inovadores que poderão ganhar cópias só tende a crescer. Até 2025, as novidades que irão surgir no mercado deverão ser capazes de gerar um faturamento extra de R$ 1,7 bilhão. Genéricos altamente rentáveis já começaram a surgir nas prateleiras. A Neo Química, divisão de genéricos da Hypermarcas, prepara, ainda para este ano, o lançamento de genéricos de três dos 35 medicamentos que perderam a patente recentemente: tadalafila, celecoxibe e cloridrato de olopatadina. A EMS, que lidera o mercado de genéricos há três anos, também tem lançamentos importantes para 2016, com aproximadamente dez moléculas já aprovadas pela Anvisa, sendo que, destas, sete são iné-
AS VENDAS DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS CRESCERAM 18,7% EM UNIDADES COMERCIALIZADAS. AO TODO, FORAM 270 MILHÕES, ENTRE JANEIRO E MARÇO DE 2016, CONTRA 227,4 MILHÕES NO MESMO PERÍODO DE 2015 52
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Podem incrementar as vendas do segmento em até
35 R$ 615,7 milhões
ao todo
em 2016
Geram economia aproximada de
R$ 215 milhões aos consumidores. Fonte: IMS Health
ditas, ou seja, representam a primeira versão genérica do medicamento após a expiração da patente. “Juntos, apenas esses lançamentos de novos genéricos, previstos para chegarem às farmácias nos próximos três meses, representam um mercado de no mínimo R$ 500 milhões em faturamento”, destaca o diretor comercial da unidade de Genéricos da EMS, Aramis Domont. Reforçando o cenário de contradição, a Sandoz, divisão de genéricos da Novartis, sofreu as consequências do mau momento vivido pela economia brasileira, mas, ainda assim, a fábrica instalada em Cambé (PR) registrou recorde de produção, com 1,6 bilhão de comprimidos produzidos – aumento de 23% em relação ao ano anterior. “Foi maior que a projeção, alavancada por alguns lançamentos bem-sucedidos, recuperação de portfólio, mas, principalmente, por um cuidadoso e consistente trabalho de nossa equipe para entender e atender cada vez melhor às necessidades de nossos clientes e pacientes”, acredita o diretor-geral da Sandoz Brasil, André Brázay.
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TRANSPORTE
Medicamentos em trânsito O TRAJETO DOS PRODUTOS FARMACÊUTICOS DESDE A INDÚSTRIA ATÉ O PONTO DE VENDA É LONGO E ENVOLVE UMA EXTENSA CADEIA. A MOVIMENTAÇÃO GANHA AINDA MAIS COMPLEXIDADE QUANDO A MERCADORIA EXIGE RÍGIDO CONTROLE DE TEMPERATURA POR FLÁVIA CORBÓ
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Basta olhar com atenção a embalagem de qualquer medicamento para entender que a temperatura tem grande influência na eficácia e segurança de todo produto farmacêutico. Entre as recomendações de uso, dosagem e alertas de contraindicações, sempre há informação a respeito da armazenagem. Na maior parte dos casos, o fabricante aconselha que o medicamento seja conservado em temperatura ambiente, protegido de luz e umidade. Mas há produtos cujos cuidados vão muito além e necessitam de atenção redobrada de toda a cadeia, desde a produção, logística de transporte até o estoque no ponto de venda (PDV). Medicamentos que necessitam de um controle especial de temperatura são chamados de termolábeis e requerem armazenamento sob refrigeração entre 2°C e 8°C, a depender da recomendação do fabricante. Encaixam-se nessa categoria: soros, va-
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cinas, hormônios, reagentes de laboratório, produtos biológicos, entre outros. Para os termolábeis, a temperatura é um fator que está diretamente ligado à estabilidade do medicamento, porque intensifica a velocidade de degradação do fármaco, afetando as estabilidades física, química e microbiológicas da substância. “As temperaturas elevadas são contraindicadas para os medicamentos porque podem acelerar a indução de reações químicas e biológicas, ocasionando a decomposição dos produtos e alterando os prazos de validade”, conforme alerta do Departamento de Orientação Farmacêutica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP). Quando a estabilidade do medicamento é comprometida, as consequências são perigosas. “Podem ser gerados produtos de degradação que talvez resultem em toxicidade, além da efetividade do medicamento estar comprometida. Portanto, haverá inúmeros riscos para o indivíduo que fizer IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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EMBALAGENS RECOMENDADAS Para que o tipo de gelo escolhido tenha a performance esperada, é preciso também utilizar a embalagem mais adequada. Entre os tipos mais comum disponibilizados pelo mercado estão: • EPS (isopor); • XCS (isopor, com partículas mais unidas, que garantem maior grau de isolamento); • Poliuretano; • Caixas invictas (plástico rígido); e • FIT: embalagem com tecnologia com maior grau de isolamento.
uso”, destaca a professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti. Um exemplo que ilustra bem a importância de respeitar a temperatura indicada pelo fabricante é a insulina. “Ela tem certa tolerância, caso fique um pouco acima da temperatura ideal. No entanto, não pode congelar em hipótese nenhuma. Caso o paciente administre essa insulina que foi congelada em algum momento, ele pode desenvolver nódulos e outras lesões cutâneas”, relata a farmacêutica do Grupo Polar, Natália Lima.
EMBALAGEM ESPECIAL Com tamanha sensibilidade à variação de temperatura, os termolábeis necessitam de condições especiais de armazenamento no trajeto entre a indústria, distribuidora e PDV ou consumidor final. Para essa logística especial, é utiliza-
da a expressão ‘cadeia do frio’ – nome dado ao processo que mantém as condições ideais durante o transporte, o armazenamento e a manipulação de produtos termolábeis. O deslocamento desses itens representa uma etapa de grande importância na garantia da integridade até a destinação final. “A manutenção da temperatura durante os diferentes trajetos é uma exigência inquestionável para a segurança dos produtos”, afirma Maria Aparecida. Para atender a todas as demandas especiais exigidas pelos termolábeis, há empresas especializadas em cadeia do frio. É o caso do Valida, laboratório do Grupo Polar, responsável pela qualificação do transporte. Ou seja, a empresa presta serviço a indústrias e transportadoras para ajudar a definir o tipo de embalagem adequado e a melhor configuração de gelo a cada produto, considerando o tipo de medicamento e a duração do trajeto até o destino final. As tecnologias utilizadas no armazenamento dos termolábeis envolvem tipos diferentes de gelo e de caixas. Entre as categorias de gelo que podem ser usadas na conservação dos medicamentos durante o transporte estão: gelo água (o mesmo que é feito em um freezer caseiro), gelo rígido (em gel) e gelo em espuma. A diferença está na eficácia, segundo Natália, do Grupo Polar. “Gelo em água tem uma performance muito baixa, descongela muito rápido e danifica a aparência do medicamento, pois molha o rótulo, o cartucho e até o produto”, explica. O gelo rígido tem um uso maior, tanto por farmacêuticas como por fabricantes de produtos veterinários, pois tem maior eficácia. No entanto, pode dar picos de temperatura e não atende à demanda de transportes longos. Nesse caso, a tecnologia do gelo em espuma é a mais indicada. “O descongelamento ocorre de dentro para fora, então isto proporciona um tempo maior para a manutenção térmica do produto.” 2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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TRANSPORTE
PASSO A PASSO DA CADEIA DO FRIO
1 Indústria: depois de pronto, o medicamento é armazenado em embalagem adequada à manutenção da temperatura.
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Transporte: já embalado, o medicamento é transportado em veículos adaptados à manutenção de baixas temperaturas. Sensores instalados nos carros e chips acoplados às caixas ajudam a monitorar a temperatura. Validação: a embalagem adequada é determinada por empresas especializadas na qualificação do transporte. Dependendo da temperatura exigida e do tempo de trajeto, é definido o tipo de refrigeração e de caixa mais adequada.
Estocagem: dentro da farmácia, devem ser seguidos Procedimentos Operacionais Padrão (POP) que garantam a integridade de produtos farmacêuticos que necessitem de refrigeração. As planilhas de verificação de temperatura e umidade deverão conter informações, como data, hora de medição, temperatura, umidade e a assinatura de quem verificou a checagem com periodicidade elevada e diariamente.
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Quanto mais espessa e robusta a parede da embalagem, maior é a eficácia de conservação. “Quando vamos qualificar o transporte para o cliente, levamos em conta o tempo e a temperatura. Pela nossa expertise e pela demanda, definimos o melhor tipo de embalagem e gelo”, resume Natália.
TRAJETO MONITORADO Definida a embalagem correta, é hora de colocar as caixas nos veículos transportadores, que também contam com tecnologia diferenciada para garantir que a tempe58
3
Ponto de venda: na chegada da mercadoria, o farmacêutico responsável deve checar as condições de armazenagem do produto (temperatura correta, veículos com isolamento térmico ou caixas térmicas, controle e registro de temperatura de saída e chegada).
ratura dos produtos seja mantida dentro dos padrões ideais durante todo o percurso. Mais uma vez, são empresas especializadas na cadeia do frio que fazem esse transporte especial.
NO PONTO DE VENDA Antes de traçar parceria comercial com distribuidoras/ou fornecedores de produtos farmacêuticos, é recomendável que as empresas sejam avaliadas pelo farmacêutico responsável para que possam ser qualificadas
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TRANSPORTE
CONDIÇÃO DE ARMAZENAMENTO CORRETA EM RELAÇÃO À FAIXA DE TEMPERATURA DETERMINADA PELO FABRICANTE Faixa de temperatura Freezer: de -20°C a -10°C Refrigeração: de 2°C a 8°C Local fresco: de 8°C a 15°C Temperatura ambiente: de 15°C a Local quente: de 30°C a 40°C
30°C
Local excessivamente quente: acima de 40°C Armazenar até 8°C: de 2°C a 8°C Armazenar até 15°C: de 2°C a 15°C Armazenar até 25°C: de 2°C a 25°C Não armazenar abaixo de 8°C: de 8°C a 30°C
Fonte: professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti
pela farmácia. “Quando presente “in loco”, o profissional poderá avaliar todas as condições estabelecidas para o recebimento e armazenamento dos produtos farmacêuticos, considerando se o local tem boas condições de infraestrutura física, isolamento térmico, limpeza, instalações elétricas, carrinhos para transporte, sistema de condicionamento de ar, ventiladores, exaustores, termômetros, higrômetros, termo-hidrômetros, câmara fria, etc., além de averiguar os documentos relacionados ao controle de limpeza, manutenção e temperatura dos equipamentos e salas que assegurem as condições de armazenamento e transporte”, aconselha Maria Aparecida. Atestada a idoneidade da transportadora, outros cuidados devem ser tomados quando o carregamento de termolábeis é entregue no PDV. A partir desse momento, a responsabilidade da manutenção da temperatura passa a ser do farmacêutico responsável, por isso, é importante que o profissional confira as condições do produto antes de aceitar a mercadoria. “Ao receber medicamentos termolábeis em seu estabelecimento, o varejista deve observar se eles chegaram na temperatura adequada ao produto, conforme orientação do fabricante; se o transporte ocorreu em veículos com isolamento térmico ou caixas térmicas, com controle e
registro de temperatura de saída e chegada”, orienta o Departamento de Orientação Farmacêutica do CRF-SP. Além do estado do veículo transportador, é necessária a verificação do nome dos produtos, nome do fabricante, número do transportador, número da placa e tipo do veículo, condições higiênicas, carga transportada e empilhamento realizado, checagem da nota fiscal e da integridade dos produtos recebidos. As condições devem ser monitoradas e registradas. Medicamentos termolábeis fora das especificações expostas não devem ser aceitos. Atestada as boas condições de entrega, a farmácia deve colocar o medicamento, imediatamente, em geladeira ou temperatura indicada pelo fabricante. Para garantir a conservação do produto, o estabelecimento deve seguir alguns Procedimentos Operacionais Padrão (POP), que demandam planilhas de verificação de temperatura e umidade, contendo informações, como data, hora de medição, temperatura, umidade e a assinatura de quem verificou a checagem com periodicidade elevada diariamente. “Qualquer intercorrência verificada na manutenção da temperatura ou umidade deve ser comunicada ao farmacêutico responsável para que sejam tomadas as medidas cabíveis em relação ao produto farmacêutico envolvido e ao equipamento”, destaca Maria Aparecida.
Tome nota! Para conhecer mais sobre o assunto, recomenda-se a leitura dos livros Logística Farmacêutica Geral da teoria à prática e Boas Práticas de Armazenagem, Distribuição e Transporte de Medicamentos, da Contento Comunicação. Os livros podem ser adquiridos no site da loja Contento: www.lojacontento.com.br/p/44/combo-logistica 60
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para os profissionais do varejo farmacêutico! 2016
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VAREJO
Felicidade e
produtividade
A
ESQUEÇA AS ALTERNATIVAS MIRABOLANTES; HÁ MANEIRAS SIMPLES PARA UM LÍDER UNIR SUA EQUIPE E DEIXÁ-LA MAIS MOTIVADA E EFICIENTE
SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 62
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A maioria dos líderes sabe que, quando seus funcionários estão felizes, eles são mais produtivos. O desafio é como fazê-los felizes mesmo em cenários em que palavras, como crise, desemprego e aumento salarial, são abolidas temporariamente do dicionário da empresa. De que maneira realista é possível ter uma equipe otimista e contente com o que faz? Vamos ver se consigo ajudar: Foque menos nos resultados e mais nas pessoas: por falta de tempo e às vezes de amadurecimento para gerir pessoas, é comum que os líderes deixem de lado seus funcionários e passem a controlar obsessivamente apenas os números, métricas e resultados. Isso é um objetivo que pode trazer retorno rápido, mas nem um pouco sustentável a longo prazo. É preciso que os líderes entendam que conhecer suas habilidades, bem como as dos membros de sua equipe, é o maior investimento que podem fazer para conseguir resultados necessários para a empresa. Cada um podendo contribuir com suas habilidades se sente mais pertencente à equipe e participa com mais alegria. Saiba aonde o colaborador quer chegar e diga como: o líder precisa mostrar aos profissionais quais competências precisam ser desenvolvidas, no que melhorar e onde já avançaram para chegar aos objetivos. Quando funcionários sabem que há um caminho claro para crescer na empresa, se sentem motivados a persistir em seus sonhos, fazer o seu melhor. Essa troca só faz sentido se a empresa tiver regras claras e justas de desempenho e se houver espaço para que os funcionários falem abertamente sobre o assunto.
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Há empresas que preferem avaliar os funcionários por meio de metas individuais, sem pensar no risco de instaurar um clima de guerra interna. Objetivos individuais não motivam o trabalho em grupo. O ideal é estabelecer objetivos mistos para fazer com que a equipe entenda que é preciso a colaboração de todos para chegar às metas. Incentive o cooperativismo: se os funcionários entenderem que a associação e a colaboração entre eles, com mesmos interesses, para obter vantagens comuns é interessante para o resultado de todos, os objetivos se cumprirão. O auxílio mútuo dos que se encontram numa mesma situação consegue, pela soma de esforços, garantir soluções e resultados positivos. Assim, em vez de favorecer apenas os que cumprem individualmente o estabelecido custe o que custar, o líder consegue avaliar também os que cumprem seus objetivos próprios, sem deixar de ajudar os demais colegas a atingir os resultados da empresa. Quando a pessoa faz parte de uma equipe mais agradável, mais leve e unida, é fato que se compromete mais e se sente mais feliz. Alinhe expectativas: o líder precisa alinhar as expectativas da empresa com a de seus funcionários. Como cada profissional do time tem um sonho, um objetivo profissional, é preciso que o líder conheça bem seus colaboradores para saber como ajudá-los a chegar aonde querem e, assim, cumprir sua missão de desenvolvê-las, com base no desempenho. Quer aprender mais sobre o assunto? No meu livro Liderança para todos, lançado pela Contento Comunicação, há um texto intitulado: “É bom ter uma empresa divertida e feliz!” que pode contribuir ainda mais para o seu desenvolvimento. Confira! IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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OPORTUNIDADE
Muito além do óbvio A FARMÁCIA CONTINUA SENDO CONSIDERADA UM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE, MAS HÁ TEMPOS JÁ OFERECE AO CONSUMIDOR MUITAS OUTRAS POSSIBILIDADES ALÉM DE MEDICAMENTOS
H POR FLÁVIA CORBÓ
Há cerca de 15 anos, as farmácias brasileiras começaram a se diversificar. Antes, eram lojas de pequeno porte, focadas basicamente na venda de medicamentos. Aos poucos, essa realidade ficou para trás. Hoje, os estabelecimentos são mais amplos e a maior parte do espaço não está ocupada por pílulas, comprimidos, cápsulas e pomadas. A área destinada aos medicamentos está cada vez mais restrita para dar espaço a prateleiras e gôndolas ocupadas pelos mais variados artigos de higiene pessoal, beleza, cosméticos, cuidados pessoais e nutrição. A internacionalização de mercado fez com que varejistas nacionais tivessem contato com os modelos de lojas de países mais maduros, como os Estados Unidos. Fascinados com as enormes farmácias estrangeiras, em que as lojas ofereciam não só
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saúde, como conveniência, os empresários começaram a implementar esse formato nos grandes centros do País. “Passamos a entender a importância da expansão do mix. Já que você tem um estabelecimento aberto, por que não ter outros produtos para vender? O medicamento é cada vez mais uma commodity, muito pressionado pelo preço, onde se ganha cada vez menos dinheiro. De que forma você recompõe o seu lucro? A partir da venda de outros produtos”, explica o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, lembrando que o avanço por parte de legislações estaduais, que passaram a permitir a venda de itens que até então não eram permitidos nas farmácias, contribuiu para esse movimento ganhar força. Ao mesmo tempo, os consumidores, atribulados por uma rotina cada vez mais corrida, passaram a demandar IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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conveniência, a buscar uma loja que oferecesse diversas soluções ao mesmo tempo. “O shopper estava à procura de maior agilidade, facilidade e praticidade. Hoje, ele encontra isso nas soluções oferecidas no canal farma. Somando-se a isso, vieram mudanças de hábitos e comportamento que impactaram nas decisões e compra. Surgiu um consumidor em busca de mais qualidade de vida, onde cuidado da beleza e saúde se destacam; um consumidor que vive mais e quer viver melhor; mais mulheres no mercado de trabalho que exigem mais cuidado com a beleza, entre outros fatores”, detalha a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Além do interesse do empresariado e da demanda por parte do consumidor, a transformação da farmácia brasileira só obteve tamanho êxito porque a indústria da beleza estava disposta a apostar no País. “A categoria de dermocosmético, por exemplo, que hoje é extremamente importante para nós, não existia há três, quatro anos. A própria área de beleza no Brasil colaborou muito para nosso desenvolvimento”, ressalta Tamascia.
SEGMENTOS LUCRATIVOS
TOP CATEGORIAS – NÃO MEDICAMENTOS TOP 20 CATEGORIAS
MAT* R$ 2015.05
Protetor Solar
1.353.481.759
1.489.775.386
10%
Desodorantes
1.137.359.321
1.348.543.045
19%
Fraldas infantis
1.081.500.135
1.343.215.690
24%
Cremes e loções para corpo
962.816.126
1.106.284.152
15%
Fórmulas infantis
820.769.410
1.093.884.516
33%
Cremes e loções para face
701.068.979
761.228.597
9%
Xampu
615.011.058
675.780.470
10%
Pós-xampu
589.772.037
645.452.920
9%
Coloração
567.305.263
596.759.231
5%
Multivitamínicos com minerais
573.320.795
576.973.005
1%
Higiene bebê
475.260.786
545.246.864
15%
Roupa íntima incontinência
411.887.377
525.132.178
27%
Absorvente feminino
476.272.175
517.766.029
9%
Sabonetes
466.216.859
475.729.901
2%
Assaduras bebê
406.146.259
433.468.176
7%
Suplementos minerais
336.799.919
408.542.092
21%
Creme dental
379.968.919
391.466.825
3%
Escova dental
353.168.221
381.203.442
8%
Lâminas de barbear
351.545.245
380.763.918
8%
Produtos antisseborreicos
346.260.569
368.146.142
6%
Outros
8.381.141.416
9.387.526.970
12%
Total
20.787.072.630
23.452.889.550
13%
* MAT – Moving Anual Total (Movimento Anual Total) – Ano móvel acumulado de maio (12 meses).
Fonte: IMS Health
A combinação desses fatores foi certeira. Dados do IMS Health mostram que, no acumulado dos meses de junho de 2015 até maio de 2016, a categoria de não medicamentos faturou R$ 23,4 bilhões no Brasil, o que representa um crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2015 – número muito expressivo em tempos de crise econômica. Nas grandes redes de farmácia ligadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a venda de artigos correlatos foi a grande mola propulsora dos últimos anos. Entre janeiro de 2011 e 2016, os ganhos com não medicamentos tiveram um crescimento acumulado de 132%; no mesmo período, os medicamentos evoluíram 92%. 66
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MAT R$ 2016.05 CRESC. %
Atualmente, os produtos correlatos já representam 34% do total de vendas das lojas ligadas à Abrafarma. O sucesso não veio à toa. “Quando vimos os novos formatos no exterior, percebemos a importância dos dermocosméticos, passamos a entender e incorporar esse tipo de produto, e investir em lojas melhores, acabamos induzindo o consumidor a querer voltar à farmácia em busca de novos produtos. À medida que o varejo foi incorporando essa nova estrutura de loja, o consumidor, que já estava ávido por ter um novo tipo de produto e de abordagem na loja, começou a buscar este tipo de estabelecimento. Quem entendeu esse comportamento está hoje colhen-
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OPORTUNIDADE
PERFIL DAS BANDEIRAS QUE MAIS SE DESTACAM NA VENDA DE NÃO MEDICAMENTOS Entre as estratégias do varejo, boa parte das bandeiras, que mais cresceram, se posicionam com foco em conveniência e serviço Posicionamento das TOP 37 bandeiras Maior crescimento
< Portfólio e serviço
Menor crescimento
Conveniência e serviço
Média = 6,040
Preço médio SKU* – R$–Preço Consumidor
28,0 26,0 24,0 22,0 20,0 18,0
Média = 18,49
16,0 14,0 12,0 10,0 < Portfólio e preço
#SKUs* trabalhados
Conveniência e preço
* SKU (a sigla representa o termo Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de produto e é utilizada para manutenção de estoques). Fonte: IMS Health
do os frutos. Foi uma aposta feita lá atrás que está se reforçando”, conta o presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.
VARIEDADE ESSENCIAL A possibilidade de investir em lojas com estruturas maiores fez toda a diferença para as grandes redes, já que possibilitou investir em mix variado e completo, que atendesse a todas as demandas do consumidor. Segundo uma pesquisa divulgada pela Abrafarma, das 285 bandeiras – redes com seis ou mais lojas – do Brasil, 68
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as 37 que mais crescem são aquelas que trabalham com um número maior de itens na farmácia. “São as que oferecem mais conveniência pelo volume de itens e também nível de serviço, ou seja, não deixam faltar produtos. E, por incrível que pareça, oferecem preço mais alto que a média. O consumidor está disposto a pagar mais caro, ir a uma loja que ofereça mais opção de compra, sem correr o risco de não encontrar o que procura”, destaca Mena Barreto. Ter espaço físico para oferecer toda essa variedade que o shopper busca, mantendo um baixo nível de ruptura, é
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OPORTUNIDADE
ANÁLISE DO CANAL FARMA TOTAL MEDICAMENTOS DE PRESCRIÇÃO MAT* R$ 2015.05 45.622.695.456
MAT* R$ 2016.05
NÃO MEDICAMENTOS MAT* R$ 2015.05
MAT* R$ 2016.05
20.787.072.630
23.452.889.550
Importância%
Crescimento %
26%
13%
51.952.376.821
Importância%
Crescimento %
59%
14%
TOTAL
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
MAT* R$ 2015.05 12.599.760.321
MAT* R$ 2016.05 13.201.559.4791
Importância%
Crescimento %
15%
5%
MAT* R$ 2015.05
MAT* R$ 2016.05
79.009.528.406
88.606.825.851
Importância%
Crescimento %
100%
12%
* MAT – Moving Anual Total (Movimento Anual Total) – Ano móvel acumulado de maio (12 meses).
Fonte: IMS Health
o grande desafio do médio e pequeno varejista. Para driblar esse obstáculo, é preciso ter cautela e planejamento. “Primeiramente, ter clareza de propósito, conhecer seu público-alvo, conhecer os concorrentes, para garantir efetividade na escolha do mix e das soluções a ser exploradas. Nos correlatos, entra uma enorme variedade de itens, daí a importância de conhecer a fundo o perfil, as necessidades e preferências do público-alvo para não errar na oferta”, aconselha Fátima. Definido o sortimento ideal, o varejista precisa trabalhar a exposição desses produtos. Para se obterem melhores resultados, é fundamental explorar as áreas mais quentes da loja, para inspirar o shopper a experimentar, a interagir com as opções, entre outros. “Os produtos correlatos trazem diversidade e variedade e ajudam a vender mais, aumentando o tíquete médio. Deve-se investir em ações de merchandising, visibilidade, precificação e, com certeza, serviços e atendimento. Treinar a equipe passa a ser um desafio constante”, complementa Fátima. 70
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Em busca dessa assertividade, a Febrafar criou um projeto para qualificar as farmácias para realizar um trabalho mais forte na venda de não medicamentos. Além de trabalhar conceitos de layoutização e a melhoria no atendimento por meio de promotoras de loja, os varejistas aprendem como tirar melhor proveito de uma loja com espaço físico limitado. “Temos que eleger os produtos de curva A e trabalhá-los melhor. É ocupar o espaço com produtos com maior relevância. No momento, são 300 itens que compõem a curva de trabalho inicial. Com eles, queremos fazer um trabalho relevante, com exposição correta, precificação, reposição automática”, conta Tamascia. Por enquanto, trata-se de um projeto-piloto, realizado em um menor número de farmácias, mas que a Febrafar pretende expandir aos associados de todo o Brasil, com a meta de melhorar a performance nas vendas de não medicamentos. Atualmente, essas categorias representam 30% do faturamento das redes associativistas, mas o objetivo é chegar a 40% dentro de até dois anos.
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TECNOLOGIA
Os desafios do setor farmacêutico e a
transformação digital (Parte 1)
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AS EMPRESAS DO SÉCULO 21 TERÃO DE SER ÁGEIS, POIS DESLOCAR O SEU POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO DO MUNDO FÍSICO PARA O VIRTUAL NÃO É APENAS UMA OPÇÃO, MAS UMA NECESSIDADE
PEDRO SAMPAIO CEO da SternTI Consulting 72
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Como o assunto é vasto e bastante desafiador, este artigo foi dividido em duas partes. Nesta primeira etapa, consideramos os seguintes pontos: O QUE É TRANSFORMAÇÃO DIGITAL? As tecnologias digitais alteraram como as pessoas e as empresas interagem. Forças digitais criaram níveis sem precedentes de deslocamento na indústria e estão mudando fundamentalmente a economia. Para ter sucesso neste ambiente de ruptura, as organizações terão de oferecer novas experiências, estabelecer novo foco, construir novos conhecimentos e conceber novas formas de trabalhar. Uma reinvenção digital de sucesso envolverá uma releitura de como uma organização opera e como ela interage com seu ambiente. QUEBRA DE PARADIGMAS A maioria das empresas olha apenas para seus concorrentes como fonte de competição. Mas esta virá de fora do setor da sua indústria ou de startups. O Skype e o WhatsApp não nasceram no setor de telecomunicações. O Uber não saiu dos taxistas e a Amazon não nasceu no varejo. “Neste novo mundo, não é o peixe grande que come o peixe pequeno, é o peixe rápido que come o peixe lento” – Klaus Schwab – World Economic Forum.
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SETOR FARMACÊUTICO Muitos CEOs do setor farmacêutico acreditam que as restrições ao crescimento aumentaram nos últimos anos. O excesso de regulamentação, a pressão de governos endividados para conter custos e incertezas políticas são as principais fontes de preocupação, além disso, espera-se um acirramento da competição no setor vindo, principalmente, de empresas de tecnologia. TENDÊNCIAS NO SETOR FARMACÊUTICO MUNDIAL • Nova geração de equipamentos médicos inteligentes conectados – novos instrumentos que detectam, coletam, armazenam e analisam informações – gerando um grande volume de novas informações. Esses dispositivos devem ter a capacidade de compartilhar insights sobre esses dados. • Medicamentos personalizados – desenvolvidos com base no genoma de cada indivíduo, reduzindo drasticamente os efeitos colaterais. • Desenvolvimento de “aplicações mobile” para pacientes com o objetivo de monitorar o consumo de drogas para doenças crônicas e infecções – importante passo na redução da necessidade de cuidados de emergência. Veja, na próxima edição, a segunda parte deste artigo. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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Resfriliv® (paracetamol + maleato de clorfeniramina + cloridrato de fenilefrina). MS 1.5423.0181. Indicações: Tratamento sintomático dos distúrbios congestivos e exsudativos decorrentes das gripes, resfriados e rinites alérgicas (corizas, dores musculares, febre, cefaleia, congestão nasal e demais sintomas presentes nos estados gripais). Abrifit® (Hedera helix L.). M.S. 1.5423.0216. Indicações: Abrifit possui efeito espectorante, sendo indicado para tratamento de doenças inflamatórias agudas e crônicasdas das vias respiratórias superiores, como resfriados e bronquites, associadas a hipersecreção de muco e tosse. Loritil® (loratadina). MS 1.5423.0003. Indicações: Alívio dos sintomas associados com rinite alérgica tais como: coriza, espirros e prurido nasal, ardor e prurido ocular. Também indicado para o alívio dos sinais e sintomas de urticária e outras alergias da pele. Hystin® (maleato de dexclorfeniramina). MS 1.5423.0012. Indicações: Alívio sintomático de manifestações alérgicas. Vitacin® (ácido ascórbico). MS 1.5423.0045. Indicações: Recomendado como suplemento vitamínico nos casos: pós-cirúrgicos/cicatrizantes, auxílio nas anemias carenciais, dietas restritivas e inadequadas, doenças crônicas/convalescença, idosos, antioxidante, auxílio do sistema imunológico. JUNHO/2016.
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Especial Diabetes PANORAMA
Um desafio diário SEJA SOB A ÓTICA DOS PACIENTES COM DIABETES OU DA INDÚSTRIA, OS ESFORÇOS SÃO INCESSANTES PARA TRAZER NOVAS E MELHORES EXPECTATIVAS AOS PORTADORES DA DOENÇA, QUE AUMENTA MUNDIALMENTE EM NÚMERO DE CASOS
A
POR KATHLEN RAMOS
A era da tecnologia, que chega rodeada de facilidades, como telefones sem fio, celulares e automóveis, está cada vez mais presente e acessível. Junto a isso tudo, chegam também as facilidades na alimentação, com infinitas ofertas de cardápios pré-preparados. Apesar de toda esta comodidade marcante no mundo moderno, essas facilidades trazem o seu viés de risco. Esses movimentos têm levado a população ao sedentarismo e à uma dieta enfraquecida de bons nutrientes e rica em gorduras, açúcares e sódio, que geram o excesso de peso.
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E é justamente diante desse cenário que cresce o número de pessoas com diabetes, doença crônica, autoimune e caracterizada pela deficiência da produção de insulina pelo organismo. “Hoje, estima-se que 12% da população adulta tenha diabetes, e esse número apresenta um aumento significativo ao longo dos anos. Esse crescimento está associado à elevação da taxa de obesidade e sobrepeso, que são os fatores de risco mais importantes. Estima-se que, no mundo, em 2035, serão mais de 600 milhões de pessoas acometidas com a doença”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Dr. Luiz Turatti. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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Especial Diabetes PANORAMA Embora o tipo 1 da doença esteja muito atrelado à questões genéticas – já que começa a se desenvolver entre crianças e jovens –, o tipo 2, que representa entre 90% e 95% dos casos, está muito ligado à obesidade. Segundo a médica com atuação em endocrinologia e clínica médica, Dra. Vanessa M. Scalfi Favoretto, o diabetes tipo 2 se constitui como um dos mais sérios problemas de saúde na atualidade, tanto em número de pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade prematura, como pelos custos envolvidos no seu controle e no tratamento das complicações. “Sua prevalência mundial tem crescido em proporções epidêmicas. Esse aumento deve-se à maior longevidade das pessoas, associada a um crescente consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras saturadas, sedentarismo e, consequentemente, obesidade”, ressalta a médica. Junto com o diabetes, quando a doença não tem controle, surgem os problemas secundários e que colocam a vida dos pacientes em risco. Afinal, a hiperglicemia, comum em todos os tipos de diabetes, está frequentemente associada a dano, disfunção e insuficiência de vários órgãos, principalmente olhos, rins, coração e vasos sanguíneos. “Os pacientes diabéticos apresentam, em comparação à população não afetada pela doença, elevada morbidade, como perda de visão, insuficiência renal, amputação de membros inferiores, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, constata a Dra. Vanessa.
RISCO AUMENTADO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES O diabetes é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como IAM, AVC e entupimento de artérias, especialmente das pernas e dos pés, além de formação de aneurismas (dilatação de um vaso sanguíneo), segundo adverte a campanha Coração Alerta, desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A campanha mostra que o risco de sofrer um infarto aumenta 40% nos diabéticos homens e 50% nas mulheres que têm a doença. Dados das diretrizes da SBD, de 2015, apontam, ainda, que pessoas com diabetes têm risco aumentado de duas a quatro vezes para o AVC, comparado a quem não tem a doença. “Os eventos cardiovasculares são mais frequentes nos pacientes diabéticos e, para sua redução, além do tratamento adequado da glicemia, devem-se controlar tam76
BOMBAS DE INSULINA: UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO AO DIABETES TIPO 1 A bomba de infusão contínua de insulina é um aparelho similar a um bip, do tamanho de um cartão de crédito, e que tem cerca de três centímetros de espessura. Sua grande vantagem é que permanece conectado ao corpo por meio de um cateter. A maioria dos modelos disponíveis no mercado não pesa mais do que 100 gramas. Alguns fabricantes disponibilizam modelos com controle remoto e sensor de medição de glicose em tempo real. O objetivo desses equipamentos é o de garantir um controle eficiente da glicemia e o fim das indesejáveis “agulhadas”. “As bombas têm uma missão ambiciosa: injetar continuamente doses de insulina no paciente, numa quantidade determinada, de acordo com suas características”, explica o coordenador do site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o endocrinologista Dr.Walter Minicucci. Segundo explica a endocrinologista do Hospital do Coração (HCor), Dra. Regeane Trabulfi Cronfli, esse tipo de tratamento é indicado para pacientes do tipo 1 da doença e que tenham o quadro mal controlado. E apesar dos benefícios, a acessibilidade ainda é um problema. “O equipamento, custa o valor de um carro popular, e sua manutenção, pode chegar a R$ 5 mil por mês”, lamenta a especialista.
bém os lipídios (perfil de colesterol) e a pressão arterial. São igualmente importantes o abandono do tabagismo, a manutenção de peso corporal e atividade física adequada”, enumera a Dra. Vanessa.
FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO A evolução indesejada da doença poderia ser amenizada – ou parcialmente evitada – pelo diagnóstico e tratamento precoce tanto do diabetes quanto de suas complicações. No entanto, são diversos os fatores que podem prejudicar a adesão ou o início da terapêutica, a começar pela ausência de sintomas no início do quadro. “Sabe-se que metade dos diabéticos abandonam o tratamento depois de um ano de diagnóstico, provavelmente por ser uma doença silenciosa e não apresentar grandes sintomas nos primeiros anos, fazendo com que
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Especial Diabetes PANORAMA NÚMEROS DA DOENÇA ALERTA GLOBAL PANORAMA
NO MUNDO
NO BRASIL
Número de acometidos
1 em cada 11 adultos (415 milhões)
14,3 milhões
Diagnóstico
1 em cada 2 adultos com diabetes ainda não foi diagnosticado
1 em cada 2 adultos com diabetes ainda não foi diagnosticado
Gastos
12% das despesas de saúde no mundo são gastos com diabetes (USD 673 bilhões)
US$ 21,8 bilhões
Mortalidade
A cada 6 segundos, 1 pessoa morre devido ao diabetes
130.700 pessoas
FUTURO ALARMANTE Em 2040, estima-se que, no mundo, um em cada dez adultos terá diabetes
(642 milhões)
As despesas de saúde relacionadas com o diabetes serão superior a
USD 802 bilhões
No Brasil, em 2040, estima-se que o número de pessoas com diabetes atinja
23,2 milhões
Fontes: International Diabetes Federation (IDF) e Sanofi
o paciente tenha a falsa sensação de estar com o diabetes controlado”, alerta a Business Unit Manager Brazil de Diabetes Care Johnson & Johnson, Débora Hila. O gerente médico de Diabetes da Novo Nordisk Brasil, Dr. Fabiano de Oliveira Griciunas, reforça que apesar de mostrar uma evolução com as novas classes terapêuticas, a adesão ao tratamento ainda é muito aquém do esperado. E além da ausência de sintomas, outras razões podem prejudicar a continuidade da orientação médica. “Uma das principais razões para esse problema é o número elevado de medicações utilizadas pelos pacientes com diabetes, que habitualmente tratam outras doenças 78
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associadas”, analisa. O Dr. Turatti alerta que 50% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença.
AVANÇOS TERAPÊUTICOS No caminho contrário à falta de adesão, estão os avanços no tratamento do diabetes, que têm trazido rotas cada vez mais eficazes para o controle da doença. A primeira delas surgiu em 1922, quando a insulina foi usada pela primeira vez. “Essa é uma das medicações que mais salva viEstado de das, tanto quanto o antibiótico. Antes da insulina, as extrema pessoas morriam por uma dieta de inanição”, afirdebilidade por falta de alimentação
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TIPO 1 X TIPO 2
RANKING MUNDIAL: Top 10 de países pelo número de adultos com diabetes
Estima-se que o diabetes
mellitus do tipo 1 está presente em cerca de
China: 109,6 milhões . Índia: 69,2 milhões . Estados Unidos: 29,3 milhões . Brasil: 14,3 milhões Rússia: 12,1 milhões . México: 11,5 milhões . Indonésia: 10 milhões . Egito: 7,8 milhões . Japão: 7,2 milhões . Bangladesh: 7,1 milhões
Já o tipo 2 prevalece em cerca de
5% a 10% 90% a 95% dos casos de diabetes.
dos casos.
PREVALÊNCIA
%
De acordo com o Estudo Multicêntrico sobre a Prevalência do Diabetes no Brasil, coordenado pelo Ministério da Saúde (MS), fica evidente a influência da idade no desenvolvimento de diabetes. O estudo mostra que há um incremento de 2,7% na faixa etária de 30 a 59 anos, e essa porcentagem sobe para 17,4% entre os que têm 60 a 69 anos, um incremento de 6,4 vezes.
%
ALIMENTAÇÃO IRREGULAR Outra pesquisa, também do MS, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2015, mostrou que, entre as pessoas ouvidas, 28,5% delas são jovens entre 18 e 24 anos de idade, cuja alimentação é essencialmente doce. Sem falar que 30% delas afirmam tomar refrigerantes diariamente.
ma a endocrinologista, pesquisadora do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin) e coordenadora do Departamento de Novas Terapias da SBD, Dra. Denise Reis Franco. E de lá para cá, os avanços para o tratamento do diabetes têm evoluído a passos largos, aumentando a expectativa e qualidade de vida desses pacientes. A Novo Nordisk, por exemplo, apresentou, recentemente, um estudo internacional LEADER, que avaliou a segurança cardiovascular da liraglutida em pessoas com diabetes e alto risco cardiovascular. O estudo mostrou que esse medicamento reduziu em 13% o risco de eventos cardiovasculares graves (como óbito cardiovascular, ata-
que cardíaco e AVC) em comparação ao placebo, quando adicionado ao tratamento-padrão. Em relação às insulinas, algumas já nascem com o propósito de reduzir os riscos de hipoglicemia. A Sanofi acaba de lançar no mercado a Toujeo, insulina glargina de última geração para o tratamento de diabetes tipo 1 e tipo 2 em adultos. Esse medicamento, que chega em forma de solução injetável (300 U/mL), com aplicação via caneta descartável, oferece uma nova opção para o controle da doença. Toujeo proporciona um efeito estável e prolongado de controle do nível glicêmico, para além de 24 horas. 2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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Estudos clínicos apontam que, com esse medicamento, são reduzidas as ocorrências de hipoglicemia, problema que pode aumentar em quatro vezes os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. “Por ter um absorção diferente das insulinas usuais, Toujeo permite maior flexibilidade ao paciente. A insulina de 300 U/mL funciona de acordo com o metabolismo do indivíduo e sua concentração age por mais tempo”, afirma a diretora médica da Sanofi, Dra. Luciana Giangrande. O Dr. Griciunas também comenta o progresso no tratamento do diabetes. “Com relação às insulinas, a novidade está na degludeca, com ultralonga duração, que além de oferecer para o paciente a comodidade de aplicação uma vez ao dia, também traz o benefício de redução nos episódios de hipoglicemia. Nas medicações orais e subcutâneas, as novidades estão nas classes de análogos de GLP-1, inibidores da DPP-4 e inibidores de SGLT2, que possuem um perfil de eficácia e segurança muito desejados para o tratamento do diabetes tipo 2”, mostra. A gerente médica da AstraZeneca reforça, igualmente, o surgimento de drogas com risco reduzido de causar hipoglicemia. “A classe mais nova de antidiabéticos orais são os inibidores de SGLT2, drogas que atuam nos rins, bloqueando a reabsorção da glicose que foi filtrada, eliminando-a na urina. E além de controlar a glicemia, essa nova classe também auxilia na perda de peso”, acrescenta. A empagliflozina, substância da classe dos inibidores de SGLT2, traz, ainda, outros benefícios aos pacientes, além dos já citados. “Esse medicamento foi capaz de promover um efeito positivo adicional, quando combinado com os tratamentos já utilizados, desacelerando o declínio da função renal ao longo do tempo, de modo mais significativo do que a terapia-padrão”, acrescenta a gerente médica da Boehringer Ingelheim, Dra. Thais Melo.
AUXÍLIO ADICIONAL NO CONTROLE Além do nítido avanço nos medicamentos orais e insulinas, os pacientes com diabetes podem contar com glicosímetros de última geração, capazes de aliar médicos e pacientes no controle da doença. Accu-chek, da Roche, por exemplo, traz uma plataforma que integra o monitor Accu-Chek, o aplicativo Accu-Chek Connect e a ferramenta de Cálculo de Bolus Accu-Chek em um único sistema, sendo que todas essas informações são consolidadas no Portal Accu-Chek Connect. Até mesmo os lancetadores desses aparelhos também trouxeram inovações importantes. “Muitos pacientes tinham receio da agulha e o medo da dor, o que acarre80
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HOJE, ESTIMA-SE QUE 12% DA POPULAÇÃO ADULTA TENHA DIABETES, ESSE CRESCIMENTO ESTÁ ASSOCIADO À ELEVAÇÃO DA TAXA DE OBESIDADE E SOBREPESO. AS EXPECTATIVAS SÃO DE QUE, NO MUNDO, EM 2035, EXISTAM MAIS DE 600 MILHÕES DE PESSOAS ACOMETIDAS COM A DOENÇA tava numa barreira para a aferição. Mas, hoje, os lancetadores são protegidos e não há contato visual, além de serem praticamente indolores”, afirma o gerente de produto da Roche Diabetes Care, André Saraiva. Recentemente, também está disponível no mercado uma nova geração de aparelhos para monitorar a doença, que dispensa o uso de lancetadores. A Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, lançou o FreeStyle® Libre. O aparelho é composto por um sensor redondo, com tamanho similar ao de uma moeda de 1 real e é aplicado de forma indolor na parte traseira superior do braço. Esse sensor capta os níveis de glicose por meio de um microfilamento (0,4 milímetro de largura por 5 milímetros de comprimento) que, sob a pele e em contato com o líquido intersticial, mensura a cada minuto a glicose presente. O leitor é escaneado sobre um sensor e mostra o valor da glicose medida em menos de um segundo. Cada sensor pode permanecer no braço do paciente por até 14 dias consecutivos. Voltado apenas para pacientes maiores de 18 anos de idade, o produto, por enquanto, está disponível apenas para vendas no site: www.freestylelibre.com.br. As agulhas usadas para a aplicação de insulinas também mostram avanços, ao passo que se apresentam mais curtas e praticamente indolores. E além das seringas, também estão disponíveis as canetas, que estão se tornando gradativamente mais populares por serem mais práticas para o manuseio e transporte, além da opção das agulhas mais curtas e finas. “Essas vantagens proporcionam maior aceitação e adesão do tratamento injetável do diabetes melhorando, consequentemente, o controle da doença”, sinaliza a consultora educação diabetes care da BD, Carolina Mauro.
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Orientação profissional DIANTE DAS ESTATÍSTICAS QUE INDICAM MAIS DE 14 MILHÕES DE DIABÉTICOS NO PAÍS, AS FARMÁCIAS PRECISAM SE PREPARAR PARA ATENDÊ-LOS, VISTO QUE ESSE CANAL É UM IMPORTANTE ALIADO À ADESÃO AO TRATAMENTO P O R K AT H L E N R A M O S
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Segundo dados da International Diabetes Federation (IDF), estima-se que cerca 14,3 milhões de brasileiros tenham diabetes, número que faz o País figurar como o quarto, no mundo, entre os que mais sofrem com a doença. Assim, é fundamental que os agentes de saúde estejam preparados para atender às demandas desse público, a fim de que cresçam as taxas de adesão ao tratamento. Nesse sentido, as farmácias desempenham um papel crucial. Afinal, são nesses canais que as pessoas chegam com suas receitas médicas, com dúvidas no uso das medicações ou questionando como será a rotina pós-diagnóstico. “Vejo que, hoje, o principal influenciador no tratamento é o farmacêutico, porque muitos médicos prescrevem a insulina, por exemplo, e não mostram como é o uso”, lamenta o gerente de produto da Roche Diabetes Care, André Saraiva. Diante dessa demanda, o tema ‘educação em diabetes’ ganha bastante relevância na hora da dispensação, e o auxílio do farmacêutico precisa incluir desde o esclarecimento sobre os mitos relacionados à doença, passando pela adesão ao tratamento e, por fim, chegando à necessidade de se realizar uma constante monitoração da glicemia capilar. “Na dispensação dos medicamentos em geral, vale alertar para os cuidados com as reações adversas e esclarecer os riscos da hipoglicemia, em particular se for um paciente usuário de insulina”, avalia o membro de comissões assessoras do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), José Vanilton de Almeida. É igualmente importante mostrar-se interessado pela saúde geral do paciente e se dispor a passar mais informações. “Na dispensação de qualquer medicamento, o farmacêutico deve questionar como está o controle glicêmico, advertir sobre possíveis reações adversas ou verificar se tem ido regularmente ao médico, por exemplo”, recomenda Almeida. A gerente de produto da AstraZeneca, Monique Mazzaron, reforça que a falta de entendimento sobre o diabetes e pouco conhecimento em relação às medicações são fatores que contribuem para a falta de adesão, trazendo à tona a importância dos farmacêuticos para preencher essa lacuna. “Profissionais treinados sobre a doença e que estão em contato direto com o paciente podem ajudar a reforçar a orientação médica, via diálogo com o paciente”, aconselha.
GLICEMIA CAPILAR Um dos serviços que as farmácias podem oferecer aos pacientes com diabetes é o de monitoração da glicemia capilar. Segundo esclarece o membro de comissões assessoras do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), José Vanilton de Almeida, para realizar esse serviço, a farmácia precisa obedecer as regras da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44/09, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A resolução implica cumprir, no mínimo: • Adequação física da farmácia para montar a Sala de Serviços Farmacêuticos; • Adequação documental interna, com a criação dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs); • Adequação documental junto à Vigilância Sanitária local, solicitando a alteração na Licença de Funcionamento, detalhando os serviços a ser efetuados. A consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, lembra que esse serviço é importante para todos: farmácia, atendentes, balconistas, clientes e não clientes. “Quando oferecido em dias especiais, como um evento, propicia o aumento das vendas ou o retorno em breve de novos compradores, já que muitos acabam identificando-se diabéticos pelos exames realizados”, justifica.
AÇÕES DE REFORÇO As farmácias podem desenvolver ações direcionadas no ponto de venda (PDV), conforme orienta a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. “Podem-se realizar testes de glicemia em dias especiais; palestras sobre a doença ou alimentação; caminhadas em locais próximos da farmácia patrocinados pelo estabelecimento; ou exercícios à sua porta ou no estacionamento da loja, incentivando os clientes a prática constante”, sugere. As lojas podem, ainda, desenvolver folders com informações gerais sobre a doença. “Esses materiais podem contemplar dados gerais sobre o diabetes, sobre a necessidade de monitoração glicêmi2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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Especial Diabetes ATENDIMENTO APLICAÇÃO CORRETA DA INSULINA Para algumas pessoas com diabetes, a aplicação diária de insulina pode assustar ou gerar diversas dúvidas. Portanto, é na farmácia que elas irão esclarecer tudo. Assim, farmacêutico e balconistas precisam saber como auxiliar os pacientes. 1. Alerte o paciente que alguns tipos de insulina requerem que o frasco (de aspecto leitoso), seja rolado levemente entre as mãos por, no mínimo, 20 vezes, para garantir ação correta da insulina. Procedimento similar deve ser realizado com as canetas. 3. Depois dessa preparação, o passo seguinte é a assepsia do local escolhido que pode ser feita com álcool 70% com um movimento único.
2. Outro ponto importante, anterior à aplicação, é mostrar que a insulina precisa ser injetada no tecido subcutâneo, camada de gordura que fica logo abaixo da Tecido pele. Se a agulha atingir o músculo, por subcutâneo exemplo, o produto será absorvido mais rapidamente e trará dor ao paciente; e se a injeção for mais superficial, o hormônio ficará na pele, afetando o início de ação e a duração no organismo.
4. Dependendo do tamanho da agulha usada, orienta-se fazer uma prega subcutânea e inseri-la em um ângulo de 90 graus (no caso de agulhas de 4 mm e 5 mm, a prega subcutânea é dispensável). É importante ressaltar, ainda, que se a área do corpo tem menos gordura, a aplicação deve ser feita em um ângulo de 45 graus para evitar injeção intramuscular.
Músculo
90º
45º
5. As regiões recomendadas para aplicação da insulina são: abdome, coxas, braços ou nádegas. É fundamental que haja um rodízio entre os locais.
canetas antes de retirar a agulha da pele e, em seguida, soltar a prega subcutânea. As agulhas e seringas não devem ser reutilizadas.
6. Depois de empurrado o êmbolo (ou botão no caso de caneta) para injetar a insulina, deve-se esperar cinco segundos no caso de seringa e 10 segundos no caso de
7. Após a aplicação, deve-se realizar o descarte a agulha em um coletor para perfurocortantes ou recipiente com paredes rígidas.
INSULINA
TEMPERATURA
VALIDADE
2ºC a 8ºC
De dois a três anos, de acordo com o fabricante, a partir da data de fabricação
Em temperatura ambiente, até 30ºC ou de 2ºC a 8ºC
De quatro a seis semanas, de acordo com o fabricante, após a data de abertura e início de uso
Embalagem lacrada • Frasco • Refil • Caneta descartável Insulina em uso • Frasco • Caneta descartável Insulina em uso • Caneta recarregável
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Derme
Epiderme
Em temperatura ambiente, até 30ºC
De quatro a seis semanas, de acordo com o fabricante, após a data de abertura e início de uso
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Especial Diabetes ATENDIMENTO ca capilar, a importância da adesão ao tratamento de uma doença crônica, os benefícios da alimentação saudável e das atividades físicas e cuidados com as complicações”, ensina o especialista do CRF-SP. O atendimento pode, inclusive, continuar após a venda dos medicamentos, usando a tecnologia como aliada. “Atualmente, esse contato pode ser feito via telefone e outros recursos de mídias sociais, como Facebook, WhatsApp, entre outros”, aponta Silvia. Vale, ainda, a discrição na hora da abordagem. “Há muitos clientes que não gostam de se expor como diabéticos”, alerta. Para conquistar mais informações e programas diferenciados de atendimento ao consumidor, as farmácias podem buscar parcerias com as fabricantes. De modo geral, as grandes indústrias possuem, por exemplo, programas de descontos para medicamentos de doenças crônicas e eles também podem ser disseminados no PDV. Essa parceria também é importante pela troca de informação e pelo suporte com o abastecimento de materiais educacionais, segundo mostra a Business Unit Manager Brazil de Diabetes Care Johnson & Johnson, Débora Hila. “Essa união pode gerar, entre outras, ações de medições do nível glicêmico na loja e desenvolvimento de materiais informativos”, diz. A OneTouch ®, por exemplo, possui um time de consultores que atendem a lojas em todo o Brasil para atuar no treinamento de vendedores. “Há, ainda, o apoio às lojas na gestão da gôndola de diabetes ao agrupar os produtos em Checar, Cuidar, Consumir e Controlar”, acrescenta Débora.
GARANTIA DE FIDELIDADE Pacientes com doenças crônicas costumam ser clientes fiéis e importantes para as farmácias. “Pelas últimas pesquisas, eles vão até três vezes ao mês a esses estabelecimentos. E os clientes que têm atendimento personalizado acabam consumindo mais”, sinaliza Silvia. O tíquete médio desembolsado em cada visita tende a ser alto, embora varie bastante de acordo com o tipo de tratamento realizado. “Se considerarmos um paciente que comprará apenas produtos relacionados diretamente ao tratamento, como um refil de insulina, agulhas, adoçantes, lenços para limpeza da pele, monitor de glicemia, lancetas e tiras de monitor, esse cliente gastará cerca de R$ 600,00”, exemplifica a consultora educacio86
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MIX DIRECIONADO Também faz parte do bom atendimento na farmácia, o sortimento que a loja oferece a seus clientes. Segundo o membro de comissões assessoras do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), José Vanilton de Almeida, as pessoas com diabetes necessitam de uma gama enorme de produtos, que vão muito além dos medicamentos. Entre as necessidades, estão os aparelhos e acessórios para glicemia capilar, alimentação especial, contendo artigos diets e lights; além de produtos para o cuidado com os pés. Segundo orienta a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, não podem faltar: • Acessórios, como medidores de pressão, sapatos, palmilhas e meias especiais para o amortecimento e prevenção a ferimentos nos pés dos diabéticos. • Itens para controle glicêmico, como monitores, lancetas e tiras de teste. • Tratamento e prevenção, como soluções para limpeza prévia da região a ser aplicada, como álcool em gel; cremes hidratantes; protetores de pele; antirrachaduras; além de curativos pós-aplicação. • Aplicadores de insulina, como canetas, agulhas, seringas e antisséptico para limpeza prévia da região a ser aplicada, além de curativos pós-aplicação. • Alimentos e suplementos, como produtos diet, adoçantes, vitaminas e suplementos alimentares.
nal diabetes care da BD, Carolina Mauro, reforçando que, nesse cálculo, não estão inclusos o desembolso para o tratamento de outras doenças concomitantes, além de outros produtos, como cuidados gerais e alimentos diets. Monique, da AstraZeneca, também aponta como os gastos podem ser elevados. “As medicações mais modernas custam, em média, R$ 120,00 por mês e, muitas vezes, são usadas em combinação, ou seja, somente para tratar o diabetes, o paciente pode usar até três produtos”, analisa.
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Cuidados especiais com a pele e a alimentação ALGUMAS DAS MUDANÇAS MARCANTES QUE ACONTECEM COM OS ACOMETIDOS COM DIABETES ESTÃO NA PELE, QUE SE TORNA MAIS SECA E SENSÍVEL; BEM COMO COM A DIETA, QUE PRECISA SER SAUDÁVEL PARA O SUCESSO DO TRATAMENTO P O R K AT H LEN R A M OS
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Os mitos, dúvidas e receios que cercam a alimentação dos pacientes com diabetes são inúmeros. “Não posso mais comer doces” ou “não posso ingerir carboidratos” são algumas afirmações que podem cercar a realidade dessas pessoas e prejudicar o seu estímulo para seguir adiante com o tratamento. Entretanto, a realidade se mostra muito mais flexível. É fato, sim, que os acometidos precisam ter cuidado com a dieta, mas ela não é tão inflexível quanto se imagina quando existe o controle da doença. “A alimentação de um indivíduo com diabetes só se difere de uma pessoa sem a doença no tocante do açúcar, já que, naquelas pessoas, ele pode ser convertido muito rapidamente em glicose”, esclarece a endocrinologista do Hospital do Coração (HCor), Dra. Regeane Trabulfi Cronfli. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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Mas para um indivíduo que tenha a doença controlada e prática esportiva como aliada ao tratamento, podem-se abrir algumas exceções. “O que se pede, basicamente, para o paciente com diabetes, é uma alimentação saudável e fracionada – com cinco refeições ao dia –, que é exatamente aquilo que se indica para quaisquer pessoas que desejam um bom estilo de vida”, acrescenta a especialista. A médica com atuação em endocrinologia e clínica médica, Dra. Vanessa M. Scalfi Favoretto, lembra que, para esses pacientes, torna-se importante comer pouca quantidade e várias vezes ao dia, e tentar manter um intervalo de três a quatro horas entre cada refeição. “Principalmente entre aqueles que fazem uso de insulina, deve-se ter os horários de refeições o mais fixos possíveis, tentando não variar os tipos e quantidades de alimentos na rotina”, lembra. Ela indica, ainda, dar preferência para cereais integrais, ingestão regular de frutas (sempre uma de cada vez) e evitar grande quantidade de gorduras, especialmente em casos de excesso de peso e/ou alterações de colesterol e triglicérides.
SORTIMENTO PERSONALIZADO Seja para ajudar os pacientes com os cuidados com a pele ou com a alimentação, a indústria traz uma infinidade de produtos para atender a essas demandas. Na alimentação, por exemplo, um dos destaques são os adoçantes, que trazem versões diversas, passando por sacarina, aspartame, sucralose e stévia, além das opções dirigidas à culinária. E as farmácias passam a ser cada vez mais relevantes para a compra desses produtos. “Sabemos que o canal mais relevante para a categoria de adoçantes é o alimentar, porém a farmácia é um local de venda importante, pela grande relação com produtos voltados à saúde. Além disso, o fato da farmácia possuir pessoas capacitadas, ajuda na decisão de escolha das várias substâncias de adoçantes e suas funcionalidades”, analisa a diretora de trade e marketing da Hypermarcas, empresa detentora das marcas Zero-Cal, Finn e Adocyl, Jurema Aguiar. Os alimentos, em geral, também passam a ter versões dedicadas aos pacientes com diabetes. “As companhias entenderam a necessidade e oportunidade de ofertar alimentos que atendem as pessoas que buscam a alimentação saudável e também aqueles que possuem algum tipo de restrição alimentar. Como, por exemplo, os diabéticos que necessitam de produtos zero açúcar”, mos90
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FAVOREÇA OS RESULTADOS COM A EXPOSIÇÃO Adoçantes: na gôndola, estimula-se a separação desses produtos por marca e, em seguida, por substâncias. Segmentar a marca em pó e líquido também facilita o momento de escolha, que não passa de um minuto. Essa categoria pode estar próxima aos produtos de nutrição e diet/ light. Também existem oportunidades de exposição cruzada com shakes, bebidas proteicas, nutrientes e complementos alimentares. Alimentos diets: no canal farma, a compra desses produtos costuma se dar por impulso. Então, além de estarem na ponto natural, num espaço dividido entre diets, lights e integrais, é importante que alguns itens, como as monoporções, estejam próximos ao checkout. Vale, ainda, garantir colaboradores capacitados (inclusive os que atuam no caixa, já que alguns itens podem estar próximos a esses locais), que possam explicar as diferenças entre os produtos na hora da compra. A complementaridade dos produtos também pode ser explorada, trazendo seringas e agulhas de insulina próximas aos adoçantes, por exemplo. Hidratantes: no canal farma, o conhecimento da equipe de loja, seja entre farmacêuticos, dermoconsultoras e balconistas, é muito importante para as vendas desses itens. Aconselha-se, assim, alocar os itens para hidratação na mesma prateleira e visíveis aos olhos do consumidor. Nesse espaço, é importante segmentá-los por tipo de pele, ou seja, deixar todos os produtos indicados para pele sensível juntos, depois para pele seca, e assim por diante.
tra o gerente nacional de vendas e trade marketing da Linea, Wilton Oliveira. Esses alimentos já estão disponíveis, entre outros, nas versões diets de leite condensado, doce de leite, paçoca, bolos e chocolates. São produtos que, até pouco tempo, eram vetados da lista de pacientes com diabetes. O diretor de marketing da Suavipan, Lucas Augusto Christino, reforça o desenvolvimento da indústria dos
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SUCRALOSE
SUCRALOSE JÁ REPRESENTA O 2º MAIOR FATURAMENTO DA CATEGORIA. Sucralose é uma substância derivada da cana de açúcar, portanto de origem natural e que tem o sabor doce como o açúcar. Pode ser usada com segurança por toda a família, inclusive crianças, gestantes e mulheres amamentando e até pessoas com diabetes.
Zero-Cal, líder da categoria, relança sua versão Sucralose, com uma nova embalagem, mais moderna e com mais destaque na gôndola, com a mesma fórmula vencedora que tem o sabor doce como o do açúcar.
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Especial Diabetes MIX CUIDADOS GERAIS COM A PELE E OS PÉS Nos pacientes com diabetes, a saúde da pele tende a ficar comprometida, já que ela se torna tipicamente seca e escamosa e essa condição pode levar a rachaduras, aumentando o risco de infecções por fungos e/ou bactérias. A falta de controle da doença também pode levar ao pé diabético, que culmina em sintomas, como formigamento nas pernas, perda da sensibilidade local, dores, queimação, sensação de agulhadas, dormência, além de fraqueza nos membros inferiores. Acompanhe, a seguir, alguns cuidados:
PELE: pacientes com diabetes precisam usar um bom creme após o banho e sempre que sentirem a pele desidratada. Nessas pessoas, os calos tendem a aparecer com mais frequência e, quando não tratados, podem se transformar em úlceras (feridas abertas). Vale lembrar, ainda, que algumas feridas não doem, mas devem ser avaliadas imediatamente. Desprezálas pode abrir as portas para infecções – o que pode culminar até a perda de um membro. A pele dos pacientes com diabetes também está mais propensa a micose, especialmente entre dobras e dedos.
diets/lights. “Esses artigos vêm se desenvolvendo muito nos últimos 20 anos, e há muitos investimentos em produtos que caracterizam indulgência, como um alfajor diet ou canudinhos de sorvete zero açúcar. E como nem todo produto diet é, necessariamente, menos calórico, há ainda as linhas diets e lights ao mesmo tempo, favorecendo muitos consumidores”, mostra. Itens como esses também merecem atenção especial no ponto de venda. “O canal farma possui uma vantagem considerável versus outros canais, pois tem um tráfego intenso de pessoas com restrição alimentar, que geralmente 92
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PÉS: a prevenção é a maneira mais eficaz de evitar o pé diabético. A medida principal é manter os níveis da glicemia controlados e realizar um exame visual dos pés diariamente, verificando a existência de frieira, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Também é fundamental manter a região sempre limpa, usando água morna e toalha macia para secagem. Os pés também precisam ser hidratados, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas, e ter as unhas periodicamente cortadas (corte quadrado, levemente arredondado nas laterais e sem tirar a cutícula). Para aumentar os cuidados, as preferências devem ser para as meias sem costura, de algodão ou lã; e os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza.
visitam com elevada frequência as farmácias para adquirirem o tratamento”, analisa Oliveira. Já para a pele dos pacientes com diabetes, que precisam de hidratação especial, também há avanços nessa área. Há os hidratantes desenvolvidos para peles secas e sensíveis, que também podem ser utilizados com sucesso pelo público com diabetes. “A ureia se tornou o ingrediente mais usado para a pele seca, cada vez mais comum, especialmente em climas mais frios, como o inverno”, mostra a gerente de marketing Brasil para Eucerin, Orietta Balbontin.
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DOR CRÔNICA
Qualidade de vida comprometida PROBLEMA INTERFERE, DIRETA E INDIRETAMENTE, NO BEM-ESTAR DOS ACOMETIDOS. NO BRASIL, O PERCENTUAL MÉDIO DE PESSOAS AFETADAS POR ALGUM TIPO DE DOR CRÔNICA É DE 15% A 40%, OU SEJA, CERCA DE 60 MILHÕES DE PORTADORES
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POR VIVIAN LOURENÇO
Se qualquer desconforto, por menor que seja, já gera um transtorno na vida de qualquer um, imagina o que ele pode fazer quando se prolonga por horas, dias, semanas, meses e até mesmo, anos. Sentir dor não é normal e a cada dia mais os médicos alertam para esta condição. A definição de dor mais utilizada é a da Associação Americana para o Estudo da Dor (IASP): a dor é uma experiência emocional desagradável, associada a dano tecidual real ou potencial, ou descrita nos termos de tal dano. De acordo com o gerente da área médica da Mundipharma, Dr. Eduardo Aguiar, a dor crônica é definida como aquela que persiste ou recorre
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por mais de três meses. “A dor deve sempre ser encarada como subjetiva e pessoal. Diversos fatores podem influenciar sua intensidade, tais como: fadiga, depressão, raiva, medo, ansiedade e sentimento de falta de esperança e desamparo”, destaca. Para a anestesiologista e médica da dor do Hospital Santa Paula, Dra. Angela Maria Sousa, a palavra dor tem múltiplos sentidos, mas sempre está relacionada a sofrimento. Dor é multidimensional e varia desde a dimensão sensitiva, passando pela afetiva e motivacional, chegando à cognitiva, social e espiritual. “Dor crônica é definida como a que não cessou após o término do processo de cicatrização, ou aquela que IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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DOR CRÔNICA
persiste por meses. Pode receber o status de doença, deixando de ser apenas um sintoma. Esta geralmente não apresenta alterações orgânicas evidentes e é difícil de ser compreendida”, completa.
INCIDÊNCIA DA DOENÇA No Brasil, inexiste, até o presente, um estudo epidemiológico que abranja todo o território nacional. No entanto, o neurocirurgião especialista em dor, Dr. Claudio Corrêa, estima que cerca de 30% da população brasileira sofra de dor crônica. Esta estimativa está de acordo com o observado em outros países, inclusive com índice de desenvolvimento humano mais elevado.
O CASO DA FIBROMIALGIA A fibromialgia ocorre em 2% da população. Ela responde por cerca de 5% dos atendimentos de ambulatório de clínica geral e 15% dos de reumatologia. É muito mais frequente em mulheres (seis a dez casos para cada homem) e se inicia dos 25 aos 50 anos de idade. Ela é uma doença crônica, ainda sem causa definida, que ocasiona dores musculares intensas, cansaço e distúrbio do sono. “Os sintomas podem ser desencadeados por fatores, como infecções, insatisfações pessoais, doenças autoimunes, traumatismos físicos e anormalidades psicológicas que, entre outros, contribuem para a percepção e o agravamento da dor”, explica o diretor técnico da divisão de clínica neurocirúrgica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Dr. Manoel Jacobsen Teixeira. Como a fibromialgia não tem cura, o neurocirurgião especialista em dor, Dr. Claudio Corrêa, destaca que o tratamento visa melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo as crises de dor. Para tanto, deve compreender acompanhamento multiprofissional e multidisciplinar, composto por medicamentos, terapias de reabilitação física (fisioterapia e outras atividades afins), terapia comportamental e, em última instância, procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos para inserção de bombas de morfina no corpo, cujas doses são administradas pelo paciente, conforme a prescrição e monitoração do médico.
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“Aproximadamente 1/3 da população brasileira é acometida por dor crônica. O número é maior no norte e nordeste do Brasil. Predominam as dores musculoesqueléticas (síndromes dolorosas miofasciais, osteoartrites), seguindo-se as neuropáticas (neuropatia diabética dolorosa, neuralgia pós-herpética, neuropatias tóxicas, neuropatias traumáticas) e as disfuncionais (síndrome fibromiálgica, cefaleias)”, destaca o diretor técnico da divisão de clínica neurocirúrgica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Dr. Manoel Jacobsen Teixeira. De acordo com uma pesquisa realizada com uma amostra de 505 funcionários da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a prevalência de dor crônica encontrada no Paraná foi de 61,4%; mais mulheres do que homens relataram dor crônica, conforme acrescentou o ortopedista Dr. Maurício Marteleto. Os locais de dor mais prevalentes foram cabeça (26,7%), região lombar (19,4%) e membros inferiores (13,3%). “A dor lombar, por exemplo, é um problema de alto custo médico e social nos Estados Unidos, sendo causa de perda de 1.400 dias de trabalho por mil habitantes por ano; na Europa, é a mais frequente causa de limitação em pessoas com menos de 45 anos de idade e a segunda causa mais frequente de consulta médica. Na Holanda, são registrados dez mil casos novos, a cada ano, de pacientes incapacitados para o trabalho pela dor. No Brasil, em estudo realizado com pacientes com dor crônica, verificou-se que 94,9% apresentavam comprometimento da atividade profissional”, destaca o Dr. Marteleto.
TRATAMENTOS DISPONÍVEIS A dor crônica interfere, direta e indiretamente, na qualidade de vida de quem é acometido por ela. Muitas vezes, os pacientes tendem a se isolar, se afastar das atividades pessoais e profissionais, ocasionando problemas psicológicos, como depressão, irritabilidade, ansiedade, angústia e dificuldades no convívio social. De um modo geral, 50% a 60% das pessoas que sofrem de dor crônica ficam parcial ou totalmente incapacitadas, de maneira transitória ou permanente. “Segundo inquérito populacional realizado no Brasil, mais de 1/3 da população apresenta comprometimento das atividades habituais devido à dor crônica e mais de 3/4 consideram que a dor crônica limita as atividades de lazer, relacionamentos com amigos e familiares”, com-
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DOR CRÔNICA
TIPOS DE DORES A dor aguda é causada por um traumatismo, um procedimento cirúrgico ou uma inflamação, que cessa num período curto (por exemplo: apendicite, infarto do miocárdio, cólica renal). Já a dor crônica é aquela de duração contínua e que exige cuidados constantes, pois debilita com o passar do tempo. Em geral, ela não deriva de uma só causa, mas sim, de vários fatores que interagem e favorecem o seu desenvolvimento.
DORES AGUDAS MAIS COMUNS:
DORES DE CABEÇA
81% DORES NAS COSTAS
46% DORES ABDOMINAIS
26% DORES MUSCULARES
40% DORES NAS PERNAS OU NOS PÉS
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A DOR DO CÂNCER Uma pesquisa realizada pelo Instituto Oncoguia com pacientes oncológicos, demonstrou que: • 89% dos pacientes oncológicos que sofrem de dor crônica relatam ter sua rotina afetada pelo sintoma. • Mais de 80% relataram que a dor afeta o desempenho no trabalho, muitas vezes levando à perda do emprego. • Quando questionados sobre qual palavra descreveria melhor a convivência com esse sintoma, os resultados foram: desânimo (40,4%), angústia (35,6%) e desespero
(17,5%).
• Além disso, 52% entrevistados atribuem à persistência da dor o surgimento de outros problemas de saúde, como depressão, ansiedade e aumento de doenças crônicas e obesidade. Fonte: gerente da área médica da Mundipharma, Dr. Eduardo Aguiar
plementa a anestesiologista e médica da dor do Hospital Santa Paula. O tratamento, segundo o Dr. Aguiar, deve ter como base a melhora da qualidade de vida do paciente e, para isto, geralmente, é necessário uma abordagem multidisciplinar que inclui medicações, aconselhamento psicoterápico, fisioterapia, bloqueio de nervos e mesmo intervenções cirúrgicas. “Em termos de medicações, devemos seguir a escada analgésica da Organização Mundial da Saúde (OMS), iniciando com analgésicos de menor potência, como a dipirona e o paracetamol, podendo-se associar ao uso de anti-inflamatórios não hormonais ou hormonais (recomendados por curto período de tempo). Nas dores moderadas, podemos utilizar os opioides fracos ou mesmo os fortes em baixas dosagens, e nas dores intensas, a recomendação é de utilizarmos os opioides fortes. O uso combinado de antidepressivos e outros medicamentos que agem no sistema nervoso central como adjuvantes ao tratamento pode auxiliar na obtenção do efeito esperado.” Em algumas situações, quando a dor é mais difícil de ser controlada com medicação, podem ser reali100
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zados procedimentos intervencionistas pouco invasivos, com a finalidade de bloquear a sensação dolorosa. Nesse caso, infiltrações de raízes nervosas ou bloqueio da sensibilidade por radiofrequência podem inibir a sensação de dor e permitir que o paciente realize suas atividades complementares.
ADESÃO AO TRATAMENTO Considerando-se que tanto o quadro quanto o tratamento são prolongados, a adesão ao tratamento é essencial. Porém, o Dr. Aguiar destaca que, na prática clínica, isso é difícil de ser obtido. “Segundo estudos internacionais e brasileiros, a plena adesão ao tratamento da dor crônica gira ao redor de 40% a 50%, ou seja, mais da metade dos pacientes não aderem ou aderem parcialmente ao tratamento, com prejuízo do resultado terapêutico obtido.” Muitas vezes, segundo a Dra. Angela Maria, a melhora da funcionalidade é mais importante que a redução na intensidade da dor. “É importante que o doente compreenda que a medicação que foi prescrita pelo médico não cura a doença, mas melhora a funcionalidade.” Além disso, algumas atividades, como fisioterapia, nem sempre são fáceis de ser cumpridas, mas podem ser a solução que o doente precisa.
PAPEL DO FARMACÊUTICO O farmacêutico é parte integrante da equipe multidisciplinar de tratamento da dor crônica e, assim como o médico, o fisioterapeuta e outros profissionais da equipe, deve sempre agir de forma a obter o máximo de adesão do paciente ao tratamento. Nas comunidades, é muitas vezes o farmacêutico o primeiro profissional a ser consultado pelas pessoas, o que lhe possibilita exercer a atividade educacional essencial no sentido de corrigir conceitos mal elaborados pelos doentes sobre preconceitos em relação ao uso de medicamentos ou uso abusivo e indiscriminado de produtos que, administrados de modo indiscriminado, sem obedecer as recomendações quanto às doses, à duração do tratamento e às contraindicações clínicas, podem desencadear condições médicas de alto risco. “Além disso, existe o compromisso de enfatizar as razões do uso e da manutenção dos programas terapêuticos, quanto à natureza, à dose, aos momentos de uso e ao período de tratamento e de esclarecer eventuais dúvidas emanadas dos doentes e que não foram adequadamente esclarecidas pelos prescritores”, enfatiza o Dr. Teixeira.
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COLESTEROL, DISLIPIDEMIA E TRIGLICÉRIDES
Uma questão de hábitos O ESTILO DE VIDA ATUAL DA POPULAÇÃO AUMENTA A INCIDÊNCIA DE PROBLEMAS QUE PREJUDICAM O SISTEMA CARDIOVASCULAR. ESSAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS CORRESPONDEM A MAIS DE 70% DAS CAUSAS DE MORTES NO BRASIL
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POR ADRIANA BRUNO E VIVIAN LOURENÇO
Aumento do sedentarismo, do consumo de produtos industrializados, má alimentação e dia a dia corrido. A mudança nos hábitos de vida da população brasileira e mundial resultou na elevação das taxas de doenças crônicas e, consequentemente, no número de mortes em decorrência desses males. Um dos problemas que mais cresce atualmente é o do colesterol. Cerca de 70% dele é fabricado pelo organismo e 30% proveniente da dieta. De acordo com a conselheira de Prevenção Cardiovascular em Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dra. Tânia Martinez, o colesterol
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e o triglicérides são lipídios que têm funções metabólicas específicas, sendo que o aumento da concentração de cada um traz prejuízos para a saúde. “O colesterol é necessário, principalmente, para a integridade da membrana celular, a síntese de hormônios esteroides (sexuais) e a composição dos sais biliares. O acúmulo do colesterol em excesso se faz nas placas de ateroma, causando aterosclerose, associada a eventos cardiovasculares cardíacos, cerebrais e periféricos.” A elevação dos índices de colesterol leva à dislipidemia, que é o aumento das concentrações de lipídeos e/ou lipoproteínas no sangue, como o colesterol, por exemplo, como completa a nutricionista da Unilever, IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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Renata Carsava. “Já os triglicerídeos são a forma como nosso corpo armazena gordura, servindo de reserva energética do organismo.”
O QUE SÃO O colesterol e os triglicérides, como explica a Dra. Tânia, por serem substâncias apolares (sem carga), são transportados no sangue por partículas chamadas lipoproteínas, que existem nas características correspondentes às suas densidades. Assim, existem: o HDL (High Density – alta densidade), o LDL (Low Density – baixa densidade) e o VLDL (Very Low Density – muito baixa densidade). A lipoproteína LDL é a que faz o aporte do colesterol para as células. Quando aumentada, torna-se fator de risco para as doenças cardiovasculares (angina, infarto, acidente vascular cerebral, etc.) e, portanto, é sempre citada como o colesterol ruim. A lipoproteína HDL, no entanto, faz o transporte reverso do colesterol, retirando-o das células e o levando ao fígado para remetabolização. “É mencionado como colesterol bom, por ser como um ‘caminhão de lixo do colesterol’. Assim sendo, quanto maior a concentração, melhor”, detalha a conselheira de Prevenção Cardiovascular em Aterosclerose da SBC. Os triglicérides, por sua vez, são moléculas armazenadoras de energia. Quando há demanda de energia, como quando cai o nível de glicose no sangue, os triglicérides, para compensar, sofrem ação de lipases e se transformam em três monoglicerídeos produtores dela. Além disso, podem ser deflagradores de pancreatite, quando em concentrações muito altas. Essa condição é também de risco e deve ser atendida rapidamente.
PROBLEMAS DECORRENTES A dislipidemia pode estar associada a outras doenças cardiovasculares, como a aterosclerose e hipertensão arterial, por isso é importante realizar exames de rotina. “Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), as doenças crônicas não transmissíveis correspondem a mais de 70% das causas de mortes no Brasil”, alerta Renata. Chamam-se de “dislipidemias” todas as condições metabólicas em que há o aumento de colesterol (hipercolesterolemia), de triglicérides (hipertrigliceridemia) ou de ambos (dislipidemia mista). Essas três condições podem acontecer simplesmente por hábitos inadequados: dieta, sedentarismo, muitas vezes associados a sobrepeso e obesidade. “Nesses casos, se impõe controle, correção,
modificação do estilo de vida. Há também a herança genética familiar, com variados graus de influência, fazendo com que, além das medidas comportamentais saudáveis, haja necessidade de complementação medicamentosa”, avalia a Dra. Tânia.
HÁBITOS DE VIDA Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças coronarianas são a principal causa de mortes no mundo. A estimativa mais recente apontou que 17,1 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência delas, seguida por câncer, doenças
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA: UMA SÍNDROME COMPLEXA Quando o coração sofre uma agressão, seja por um infarto, uma doença na válvula ou por medicações, como quimioterápicos, ele perde a capacidade de bombear adequadamente sangue para os órgãos. Esta incapacidade é a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). É considerada, de acordo com o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Maurício Jordão, a via final comum de qualquer doença do coração quando não tratada. Estimase que 23 milhões de pessoas sofram dessa condição no mundo. Sua prevalência aumenta consideravelmente com a idade, sendo de oito casos por mil pessoas entre 50 a 59 anos, chegando a 66 por mil após os 80 anos. “A hipertensão e o diabetes mal controlados são causas importantes da ICC. Estima-se que, no Brasil, existam dois milhões de casos e aproximadamente 240 mil casos novos por ano. A faixa etária mais acometida é aquela a partir dos 60 anos”, completa o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Dr. Otavio Gebara. O primeiro passo para o tratamento é focar na causa. O tratamento em si da insuficiência cárdica é feito com medicamentos que melhoram a capacidade de bombear sangue e evitam a progressão da doença. Casos mais avançados necessitam de dispositivos que auxiliem no trabalho do coração, como os ressincronizadores e os corações artificiais. Estes, geralmente, servem de tratamento provisório nos casos em que o transplante é a melhor opção de tratamento. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
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COLESTEROL, DISLIPIDEMIA E TRIGLICÉRIDES
INCIDÊNCIA DA DOENÇA Quase
40% da população brasileira apresenta algum tipo de doença crônica.
A prevalência de diagnóstico médico de colesterol alto em mulheres acima de 18 anos de idade é de
A prevalência de diagnóstico médico de colesterol alto em pessoas acima de 18 anos de idade é de
A prevalência de diagnóstico médico de colesterol alto em homens acima de 18 anos de idade é de
15,1%
12,5%
9,7%
Fontes: nutricionista da Unilever, Renata Carsava; Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)
ÍNDICES DE COLESTEROL HDL: desejável: homens Para adultos, os valores de triglicérides devem ser
< ou = 150 mg/mL. LDL: Risco alto:
Valores de colesterol normais são os
< ou = 200 mg/mL.
< 70 mg/mL.
Risco intermediário:
> ou = 40 mg/mL, mulheres
> ou = 50 mg/mL. < 100 mg/mL.
Fonte: conselheira de Prevenção Cardiovascular em Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dra. Tânia Martinez
respiratórias e diabetes – sendo que estas quatro doenças correspondem a 82% de todas as mortes por doenças crônicas não transmissíveis. O aumento dessas taxas, segundo a nutricionista Renata, é fruto do sedentarismo e de uma alimentação desequilibrada, rica em gorduras “ruins” e pobre em frutas, legumes e verduras. Esse quadro contribui para o aumento do risco de dislipidemia. Para a Dra. Tânia, a prevalência maior das dislipidemias ocorre na idade adulta, porém, com o advento de cadeias de “fast-food” e das modalidades de programas de internet, o sobrepeso e a obe104
sidade ocorrem também em crianças, em proporções alarmantes. “Levantamentos realizados com amostras da população economicamente ativa mostraram prevalência de hipercolesterolemia entre 25% e 28%. Em populações infantis, há índices de 18%. As mulheres, após a menopausa, apresentam perfis lipídios semelhantes aos dos homens. Essas taxas estão na mesma ordem de grandeza de todos os países com hábitos de vida ocidentalizados”, completa a conselheira de Prevenção Cardiovascular em Aterosclerose da SBC.
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Bons ares O TEMPO SECO, ALÉM DE INCÔMODO, CAUSA PROBLEMAS DE SAÚDE, COMO ALERGIAS RESPIRATÓRIAS, QUE EXIGEM CUIDADOS ESPECIAIS. OS DESCONGESTIONANTES E OS HIGIENIZADORES NASAIS TORNAM-SE ÓTIMOS ALIADOS POR KATHLEN RAMOS E TASSIA ROCHA
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Espirros, obstrução nasal, respiração prejudicada e idas mais frequentes aos postos de saúde para buscar ajuda são alguns alertas que sinalizam os problemas causados pelas mudanças climáticas. Durante os dias secos, de poluição elevada e com redução das chuvas, muitos problemas respiratórios são notificados entre a população. Roupas guardadas há meses, impregnadas pelo mofo, ácaros ou poeira e ambientes mais fechados também são fatores que propiciam a disseminação das alergias respiratórias. De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Luiz Augusto de Lima e Silva, o nariz tem a função de purificar, umidificar e aquecer o ar para que, ao chegar à traqueia e aos pulmões, esteja sem partículas, umedecido e aquecido à temperatura de aproximadamente 37 graus.
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A purificação se inicia nas vibrissas (pelos) que existem na entrada da narina (vestíbulo nasal) onde as partículas maiores são retidas, em seguida, o muco nasal ajuda a fixar as partículas menores e a umidificar o ar. O aquecimento se faz nas paredes laterais do nariz com o ar em contato com os cornetos nasais, principalmente o inferior que, por um sistema de vasodilatação, aumenta a superfície de contato com o ar, produzindo o aquecimento. O Dr. Lima e Silva conta que se eventualmente a temperatura ambiente estiver a 40 graus, o nariz vai resfriar o ar para próximo de 37 graus, reduzindo a área de contato com os cornetos nasais. “O problema mais frequente do clima seco, quando a umidade relativa do ar se aproxima de 20%, é o ressecamento da mucosa nasal que se torna frágil, fazendo com que os capilares da região anterior do septo fiquem expostos ao contato com o fluxo de ar, produzindo sangramento. Concomitante, com frequência, ocorre obstrução IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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nasal, fazendo com que a respiração bucal se faça necessária, o que vai aumentar o ressecamento da faringe, laringe e traqueia, produzindo ardor, rouquidão e, eventualmente, tosse”, salienta.
MAL-ESTAR NOTÁVEL Os sintomas variam, mas podem passar por coriza, prurido nasal ou coceira, espirros e obstrução nasal, rinite e dispneia (ou falta de ar), tosse seca e chiado no peito, especialmente nos casos de asma ou bronquite. As alergias respiratórias podem afetar pessoas de quaisquer idade. Entretanto, em alguns grupos, a atenção precisa ser redobrada. Em crianças, por exemplo, as chances de evolução do quadro alérgico para pneumonia são muito maiores. “É muito importante que todos estejam atentos aos primeiros sinais de uma alergia respiratória”, adverte o alergista e coordenador técnico do projeto social Brasil Sem Alergia, Dr. Marcello Bossois. Segundo informam os especialistas, as doenças alérgicas podem ser prevenidas e controladas. Segundo o pneumologista e sócio da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Dr. André Luís Albuquerque, é importante que se atue diretamente na causa do problema, reduzindo a exposição aos agentes desencadeantes. “O primeiro passo é o paciente evitar o contato com possíveis alérgenos”, orienta. Vale, ainda, estar em dia com os principais cuidados ambientais. “Na residência, o mais importante é priorizar a limpeza, evitar o acúmulo de pó ou mofo e manter o ambiente sempre arejado”, aconselha o otorrinolaringologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, Dr. Valter Hirome Tanaka.
USO DO SORO FISIOLÓGICO Conta-gotas: trata-se do método mais antigo. Atualmente, recomenda-se apenas para bebês muito pequenos, os lactentes até dois anos. Nos adultos, o procedimento é muito desconfortável, além do fato de que as fossas nasais são muito mais amplas e o trajeto do soro pingado não atinge todas as superfícies, tendo então um efeito muito pouco eficiente. Aspirar: é um método em que o soro é sugado com força pelo nariz, sendo bastante eficiente. Pode ser feito coletando-se o soro na mão em forma de concha, ou por meio de diversos dispositivos que existem para este fim. Borrifar: tratam-se de dispositivos iguais aos usados para os corticoides intranasais. São eficientes, entretanto, é necessário borrifar várias vezes e o dispositivo não funciona de ponta cabeça. Jato contínuo: trata-se do mais moderno método de higienização e hidratação nasal. O jato é emitido de modo que consegue empurrar o muco indesejável e as partículas patológicas também. Ao mesmo tempo em que é forte o suficiente para isso, é confortável. Pode ser usado de ponta cabeça, portanto pode ser utilizado em crianças deitadas, ou adultos deitados em caso de repouso por gripes, resfriados, etc. Fonte: otorrinolaringologista, Dr. Jamal Azzam
EM BUSCA DE ALÍVIO Caso as crises respiratórias apareçam, há diversas formas eficazes de tratamento. “Na fase aguda, ajudam muito os anti-histamínicos via oral e os corticoides tópicos nasais”, descreve o Dr. Tanaka. Já para situações em que o paciente sofre por obstrução nasal, ele chega à farmácia em busca de descongestionantes nasais. Há basicamente dois tipos de produtos para solucionar o problema, os fármacos vasoconstritores e os medicamentos que efetuam a umidificação da cavidade nasal e que são à base de soro fisiológico em concentração de 0,9% No caso dos medicamentos com vasoconstritores, estes devem ser utilizados com cautela e é necessário que o farmacêutico forneça informações e orientação quanto ao seu uso e contraindicações. 108
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Os medicamentos à base de soro fisiológico 0,9% podem ser utilizados também por crianças, idosos, cardiopatas e os demais pacientes sem contraindicações. Alguns descongestionantes precisam de prescrição, mas é uma minoria. A maioria deles é isenta de prescrição, mesmo tendo vasoconstritor. Segundo informa a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros, esses medicamentos podem ser expostos próximos a demais itens relacionados com a coriza, como, por exemplo, lenços de papel. O ideal também é separá-los por tipo de princípio ativo, pois facilita a escolha do consumidor.
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Cores que fazem a diferença ESMALTAR AS UNHAS É UMA FEBRE ENTRE AS BRASILEIRAS. DURANTE AS MUDANÇAS DE ESTAÇÕES, A INDÚSTRIA DISPONIBILIZA NOVAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIAS PARA AGRADAR E ATENDER AOS DESEJOS DESSE PÚBLICO TÃO FIEL POR TASSIA ROCHA, TATIANA FERRADOR E VIVIAN LOURENÇO
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Para as mulheres, não basta apenas cuidar da maquiagem, da roupa ou da pele, as mãos precisam estar sempre impecáveis, já que elas acabam compondo a aparência do dia a dia e são o principal “cartão de visita” do público feminino. Como não podem trocar frequentemente as cores dos cabelos, por exemplo, elas investem em outras formas de se destacar, por isso esmaltar as unhas, com diferentes tonalidades, cria a sensação de poder, chamando a atenção das pessoas ao seu redor. No Brasil, o esmalte deixou de ser só um item básico de higiene para ser um acessório essencial que está intimamente relacionado com as tendências de moda, personalidade e estado de espírito. A mulher brasileira tem o hábito de fazer as unhas regularmente e, por isso, tem à sua disposição diversos formatos de produtos e cores. Fazer a unha no Brasil é algo extremamente acessível, uma forma fácil de estar sempre em dia com a beleza. De olho nesse perfil de consumidoras, a indústria lança novidades a todo o momento e aposta em cores, texturas, finalidade e tecnologia para manter essa demanda crescente. Há de se considerar que se há algumas décadas existiam basicamente esmaltes claros e vermelhos, hoje, a paleta de tons, nuances e efeitos não para de aumentar. Ainda que o varejo de modo geral venha acumulando índices negativos ao longo dos últimos meses em decorrência da crise econômica do País, a indústria de Higiene & Beleza (H&B) segue apostando em lançamentos que mantêm o segmento num patamar positivo, diferentemente de muitos outros que amargam com a puxada de cintos do consumidor brasileiro. Aliás, a indulgência cabe bem quando se fala de beleza. O “eu mereço” movimenta a indústria em todos os perfis de público. Ainda que precise mudar uma marca ou reduzir o consumo, é uma dificuldade para o consumidor abrir mão de um bem conquistado. Como defende o diretor de Inteligência de Varejo, Olegário Araújo, o desafio da família brasileira é a manutenção do bem-estar conquistado, e a melhor metáfora é a de um malabarista. “Há muitas coisas que as famílias querem preservar, ainda que o consumo se dê com mais moderação.” Nesse cenário, começa o movimento de buscar marcas que gerarão um menor desembolso e em que a variável sortimento passa a ser decisiva para as escolhas do consumidor.
OPÇÕES VARIADAS Segundo dados do IMS Health, a categoria de esmaltes movimentou R$ 140 milhões no último ano móvel de maio/16 (acumulado de junho de 2015 a maio de 2016), apresentando queda de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados fornecidos no ano anterior pela consultoria Euromonitor, o Brasil é o segundo maior mercado consumidor de esmaltes do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Por isso, é importante que os pontos de venda (PDVs) invistam em atualização constante e sortimento variado, a fim de agradar às mais diferentes exigências das consumidoras, sempre com novidades e com vistas ao aumento das compras por impulso. Assim, a coordenadora de marketing da Mundial Impala, Patricia Porta, afirma que a empresa está sempre inovando para conquistar continuamente suas consumidoras. “Investir constantemente e ter um portfólio atualizado é o grande diferencial para conquistá-las”, diz. Normalmente, as unhas das mãos são esmaltadas semanalmente e as dos pés, quinzenalmente, e a prática já virou rotina na agenda e na vida de muitas mulheres brasileiras, como apontam dados da Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Daí a explicação para os esmaltes liderarem as vendas de produtos de cutelaria. “A escolha está diretamente relacionada ao estado de espírito da mulher que, na mesma semana, pode fazer entre duas e três esmaltações diferentes, já que o leque de opções disponíveis é bem variado”, explica a coordenadora da Mundial Impala. Por trás de grandes lançamentos e efeitos diferenciados, está a tecnologia de ponta como uma grande aliada também para atender um público específico e cada vez mais comum de consumidoras: as que possuem alergia a alguns componentes presentes nos esmaltes. A Risqué, por exemplo, lançou, a coleção 100% hipoalérgica com cores tradicionalmente conhecidas e consideradas clássicas por suas consumidoras, além das novidades. A marca informa que além da nova fórmula, toda linha conta com pincel de mais cerdas para uma melhor aplicação e embalagens mais ergonômicas. Outra empresa que aposta em tecnologia para atrair o público feminino é a Hits, com a Livre de quatro formulação 4FREE. Os produtos componentes que tendem a causar alergia prometem mais durabilidade e fi(tolueno, formaldeído, no acabamento. DBP e cânfora) Além das necessidades específicas relacionadas à saúde, fatores, como maior brilho, durabilidade e cores modernas e vibrantes, estão entre as 2016 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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ALAVANQUE AS VENDAS • É fundamental investir em um bom sortimento (lançamentos e linhas tradicionais agrupados por segmento – natural, cremoso, metálico e cintilante) e dividido por cor; • Evite rupturas e torne sua loja atrativa à compra desse tipo de produto; • Aposte em produtos com grande geração de fluxo ou de alto valor agregado e destine um espaço maior e mais privilegiado a eles nas gôndolas; • Invista na compra por impulso e destine espaços estratégicos para isto, como checkouts ou pontas de gôndola; • Aposte em uma boa iluminação para destacar produtos de cutelaria a fim de atrair a atenção dos consumidores; • Exponha complementos da esmaltação, como removedores de esmaltes, espátulas, amaciante de cutículas; • Posicione na área de perfumaria, próximo a itens de pós-banho, hidratantes, protetores solares, maquiagens para os lábios, demaquilantes, limpeza facial, tonificantes, hidratantes para o rosto e mãos. Fontes: Risqué e Marco Boni
exigências da consumidora brasileira. Daí a explicação para os esmaltes liderarem as vendas de produtos de cutelaria: frequência, novidades e alta tecnologia em prol da saúde e bem-estar.
DE ACORDO COM A ESTAÇÃO Para que a loja consiga atender aos desejos das consumidoras, é preciso saber o que é tendência. Em suas pesquisas, a marca Risqué observou que o vermelho, o verde, o azul e até mesmo o vibrante lilás, surgiram de forma recorrente em diferentes tons e consolidaram-se, portanto, como algumas das cores que vão inspirar as mulheres nesta temporada. O tom alaranjado e o cinza também foram mapeados e marcam presença durante o inverno. A Betulla Cosméticos oferece às consumidoras os esmaltes Dote, que trazem seis cores cremosas que pas11 2
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seiam entre as principais tendências de moda para a estação: tons terrosos e mais fechados, off white e o tão amado rosa em uma tonalidade suavemente invernal. O clássico off white, um tom de branco levemente acinzentado, vem retratado em “Frio na Barriga” e mantém seu status fashion de uma das principais estrelas para a temporada. Por sua vez, os tons terrosos, sinônimo de sucesso nas passarelas nacionais e internacionais, recebem destaque com as cores “Beijo Gelado” (nude puxado para o marrom), “Abraço Apertado” (verde-militar) e “Olhar Penetrante” (bordô). Afinal, essas tonalidades garantem à produção aquela cara mais fechada típica do inverno, assim como “Look Congelante” (roxo-escuro), mais uma escolha certeira para a coleção. O “Cuca Fresca” (rosa-claro) vem para dar leveza e serenidade ao visual, e atende as mulheres que dão preferência a tonalidades mais claras, mas não abrem mão de usar o que está em destaque no universo da moda. Em parceria com a Sandy, a Impala apresentou, no primeiro semestre, sua coleção composta de seis cores com máximo brilho e durabilidade, que segue as principais tendências da temporada outono-inverno. As cores foram nomeadas com as músicas da cantora: Quem sou eu, Ninguém é perfeito, Aquela dos 30, Ponto final, Escolho você e Manuscrito. A Colorama também aposta em celebridades e tem a atriz Giovanna Antonelli como sua embaixadora. Ela assina uma linha de 11 esmaltes, reforçando a democratização das cores que valem para todas as estações e podem ser usadas por todo tipo de mulher, a coleção ganhou o nome de Gio Antonelli, e passeia entre vermelhos, nudes, laranjas, chegando a um azul bem marcante. Ao todo, são seis opções de esmaltes cremosos, dois cintilantes e dois de efeitos especiais, além de um de cobertura fosca. A temporada primavera-verão 2016/2017 será marcada pelas cores vibrantes e os acabamentos diferenciados. Segundo informa a Risqué, a cartela será alegre e colorida, com destaque para tons intensos, como roxo, rosa, azul e laranja. Isso não quer dizer que as cores mais clássicas sairão de cena. O nude conquista mais espaço a cada estação e, por ser muito versátil, se tornou o novo queridinho nas unhas. Outra aposta que combina com o clima mais leve da primavera e do verão são os tons de azul mais suaves, que transmitem sensação de calma e, inclusive, foram escolhidos como uma das cores do ano. O efeito metalizado estará em alta, principalmente em tons, como o prata e o azul.
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TOP 10 MARCAS 1ª. Risqué (Coty) 2ª. Colorama (L’Oréal) 3ª. Impala (Mundial) 4ª. Revlon (Revlon) 5ª. Vult (Vult) 6ª. Belliz (Belliz) 7ª. First Kiss (Kiss New York) 8ª. Impress (Kiss New York) 9ª. Maybelline (L’Oréal) 10ª. Panvel Make-Up (Panvel) Fonte: IMS Health
Já a marca Dote, em parceria com a cantora Ludmilla, vai apostar nas cores: Lacrar (lilás), Arrasar (nude rosado), Divar (rosa-goiaba), Pirar (branco), Sensualizar (preto) e Trem Bala (azul-klein), todos contam com o brilho intenso e diferenciado do efeito gel.
EXPOSIÇÃO CERTEIRA O dito popular anônimo que diz que quem não é visto não é lembrado pode ser bem apropriado quando se fala de produtos no PDV. Uma adaptação aos moldes varejistas também caberia como “tudo o que é visto, pode ser comprado”. Por essa razão, especialistas em varejo e consumo defendem essa premissa também com itens de cutelaria – e mais especificamente com esmaltes – nas lojas. Ou seja, é preciso investir em um layout que seja ao mesmo tempo atraente e funcional. Afinal, com tanta variedade, destacar-se perante uma infinidade de cores, embalagens e funcionalidades exige técnica. A diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin, explica que, para compor um layout atraente, é preciso focar, antes de qualquer coisa, no mix de produtos que a loja terá. “O estabelecimento deverá ter, a princípio, as marcas mais tradicionais, além das novidades da estação”, lembra. “Para decidir o que será exposto e quais as quantidades recomendadas, é preciso investir em análises que deem uma ‘radiografia’ da loja e apontem como é composta a cesta de compra, tíquete, comportamento do cliente, mo11 4
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mento de uso, análise do sortimento e desenvolvimento do planograma, entre outros”, diz. Sobre a exposição, a especialista defende que o ideal é que os produtos sejam agrupados conforme o tipo de uso, lembrando, novamente, que as áreas mais importantes são aquelas que estão ao alcance dos olhos. “Na maioria dos casos, produtos com maiores margens ficam na altura dos olhos e início do fluxo; produtos com alto giro, no fim do fluxo; e produtos de rotina, no meio”, conclui. Vale ressaltar que tão importante quanto possuir lançamentos e novidades é destinar um espaço às linhas tradicionais. Além disso, uma boa identificação e organização das gôndolas facilita o ato de compra, já que, com muitas opções, o consumidor tende a se confundir entre as variantes do produto. “O cross-merchandising, onde os esmaltes e a linha de cuidados com unhas, mãos e pés estão posicionados próximos a outros itens de beleza de uso diário, é uma ótima opção”, defende Fátima. Compartilhando da mesma opinião da especialista de varejo, a técnica de produtos da Marco Boni, Kátia Toledo, ratifica a necessidade da linha complementar de cutelaria, uma vez que a consumidora que compra o esmalte, precisa remover a cutícula e cortar as unhas, portanto, necessita de um material completo. A empresa possui em seu portfólio uma completa linha de tesouras, alicates, lixas e unhas postiças “Encontrar tudo em um único lugar não apenas facilita a compra, como fideliza o cliente à loja”, conclui.
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Proteção e tratamento OS CUIDADOS COM A DERME SÃO IMPORTANTES POR DIFERENTES MOTIVOS EM CADA UMA DAS ESTAÇÕES DO ANO. MACIEZ E VIÇO SÃO OS ATRIBUTOS MAIS BUSCADOS PELA POPULAÇÃO POR TASSIA ROCHA
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Hidratação não é uma questão apenas de estética, mas também de saúde. Afinal, a pele é o maior órgão do corpo humano e responsável por proteger o organismo. Por isso, a importância do cuidado diário para manter ou recuperar a barreira cutânea. Os brasileiros já estão mais que acostumados com as mudanças bruscas de temperatura, mais precisamente com as alterações que a pele sofre com a chegada das épocas mais frias ou das mais quentes do ano. O ambiente interage com ela o tempo todo. Quanto mais úmido, menos água sai da pele para o ambiente; quanto mais seco, tende-se a perder mais água da pele para o meio. Essa é a chamada perda transepider-
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mal de água. Componentes produzidos na própria pele são capazes de controlar essa perda. São os lipídeos, o conhecido Fator Natural de Hidratação (Natural Moisture Factor – NMF) e alguns outros componentes estruturais da pele um pouco menos conhecidos: filagrinas, involucrinas, aquaporinas. “Os lipídeos e o NMF formam uma espécie de ‘emulsão’ natural que cria um filme sobre a pele, reduzindo sua perda para o ambiente, ao mesmo tempo em que segura a água entre as células. Os componentes estruturais organizam essa pele de forma a reter mais água na sua superfície”, explica a farmacêutica da marca de dermocosméticos Kosmein, Leandra Sá. Ela conta que, quando não há produção de lipídeos na quantidade adequada, a barreira mais primária fica prejudicada, interferindo assim em todas IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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as outras barreiras. O desequilíbrio pode começar tanto pela proteção lipídica, pela perda de água ou ainda, a pele agredida por agentes externos perde a sua estrutura ideal e a sua funcionalidade. Forma-se um círculo vicioso. “Uma pele desidratada perde sua estrutura e tende a ficar cada vez mais ressecada. Por isso o uso de hidratantes: o intuito é ‘repor’ o que o corpo não consegue mais produzir adequadamente e interromper o círculo vicioso.” Além das alterações de temperaturas, existe também a mudança no comportamento do consumidor que modifica a saúde da pele. No inverno, banhos quentes e demorados retiram a oleosidade natural da pele. No verão, a exposição solar faz com que a pele sofra queimaduras. Para que o hidratante cumpra seu papel, o ideal é recomendar aquele que mais se encaixar com as descrições e tipo de pele do consumidor, além de orientar como usá-lo. O ideal é usar os produtos principalmente após a ducha, quando se tem melhor absorção.
ALÉM DO RESSECAMENTO Todos os tipos de pele passam por processo de ressecamento e requerem hidratação, mas algumas pessoas estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de problemas mais profundos, como a dermatite atópica. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia de Minas Gerais (SBD-MG), a dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele que apresenta uma evolução cíclica com períodos de melhora e piora. Leandra, da Kosmein, compartilha que a etiologia não é exatamente conhecida, sendo multifatorial. Observa-se um caráter familiar e frequentemente está associada à asma ou bronquite e rinite alérgica. “Não é uma doença contagiosa e a sua frequência na população vem aumentando gradativamente, principalmente nas áreas urbanas, chegando a até 20% em algumas localidades. O eczema atópico, é sua manifestação mais comum e caracteriza-se por lesões inflamadas da pele, avermelhadas, que coçam, descamam e, às vezes, ficam úmidas. Inicia-se no primeiro ano de vida, na maioria dos casos, tem uma evolução crônica e cerca de 60% das crianças apresentam redução ou desaparecimento das lesões antes da adolescência”, conta. O tratamento depende se o paciente se encontra em crise. Medidas ambientais e alimentares podem 11 8
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TIPO DE PELE Pele seca • A pele levemente seca dá a sensação de rigidez, sensibilidade, aspereza e opacidade. Ela também tem pouca elasticidade. Pele muito seca • Apresenta leve descamação ou áreas escamosas; • Aspecto áspero e manchado (às vezes parece ser precocemente envelhecida); • Sensação de rigidez; • Possibilidade de coceira; • Ela é também mais sensível à irritação, vermelhidão e ao risco de infecção. Pele extremamente seca • Aspereza; • Rachaduras com tendência a formar frestas; • Calos; • Descamação; • Coceira frequente. Fonte: Eucerin
favorecer muito o controle do quadro. O uso regular de hidratantes específicos para esses pacientes é fundamental, pois favorece o equilíbrio da pele, podendo afastar as crises. Manter a pele hidratada é o maior objetivo do tratamento da dermatite atópica. “Os hidratantes devem ser aplicados generosamente, em quantidades suficientes para perceber o efeito de hidratação. O ideal é sair do banho, secar a pele e passar o produto, pois neste período a pele está mais receptiva e com maior poder de absorção”, acrescenta a cientista da Johnson & Johnson, Cristina Vendruscolo. Peles extrassecas tendem naturalmente a produzir menos óleo, portanto, além de promover a hidratação funcional, o produto deve conter um reforço nos ativos e uma carga de componentes oleosos um pouco superior. Com os ingredientes certos, ocorre um conforto maior para o consumidor que percebe os resultados de forma mais rápida. O uso de hidratantes é de fundamental importância para qualquer tipo de pele.
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Mais do que o aumento populacional, o Brasil está passando pelo processo de envelhecimento da população devido à queda da taxa de mortalidade. Mas isso não significa que as pessoas estejam menos ativas. A disposição da nova terceira idade faz com que problemas que antes a impossibilitavam de ter uma vida plena, já não a incomodem mais. Essa mudança atinge todos os âmbitos sociais, a saúde, as estruturas da cidade e os comportamentos de consumo, que estão se adequando a uma população mais velha.
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“A grande diferença é que os idosos de hoje são totalmente diferentes dos de antigamente, pois estão mais ativos social e profissionalmente, ou seja, continuam trabalhando, namorando e entretidos com diferentes atividades em seu dia a dia. Por isso, é necessário que a sociedade se adapte a essa mudança e que a indústria trabalhe para atender à demanda desse novo consumidor”, analisa a diretora de trade e marketing da Hypermarcas, detentora da marca Bigfral, Jurema Aguiar. Com a população vivendo mais e consequentemente melhor, alguns problemas que antes eram lidados de IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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forma reservada, passam a ser tema de discussão. Um deles é a incontinência urinária, que é uma condição que atinge aproximadamente 5% da população, sendo que cerca de dez milhões de brasileiros vivem com ela. Existem muitos mitos sobre a condição, especialmente sobre os acometidos por ela. Diferente do que a maioria das pessoas pensa, a incontinência urinária pode atingir homens e mulheres de todas as idades. A maior incidência é em mulheres a partir dos 40 anos de idade, e ocorre devido ao enfraquecimento do músculo do assoalho pélvico, responsável pelo controle de saída de urina pela uretra. Ter de usar produtos da categoria adult care (ou descartável adulto) pode causar certa vergonha ao consumidor. E é papel das farmácias e drogarias proporcionar o melhor atendimento a esse shopper.
DESENVOLVIMENTO PLENO De acordo com a marca Plenitud, da Kimberly-Clark, o adult care é uma categoria que está em constante crescimento e que possui grande potencial de mercado no Brasil. As causas mais comuns das disfunções do trato urinário são pós-operatório, obesidade, genética, envelhecimento, gestação ou até mesmo a prática de esportes. Além disso, pesquisas indicam que em torno de 66% das pessoas que têm incontinência urinária possuem vida ativa. Por isso, a categoria de descartáveis adultos apresenta crescimento progressivo, sempre buscando oferecer produtos de alta qualidade para garantir conforto e segurança às pessoas que são acometidas com incontinência urinária. Com isso, Jurema destaca que o mercado de descartáveis adultos está em constante expansão e, por isso, cada vez mais distribuído nos autosserviços e farmácias do País. “A presença do farmacêutico também é um diferencial, pois o profissional auxilia o consumidor a encontrar o produto adequado para a sua condição.”
ALTERNATIVAS DISPONÍVEIS A categoria de proteção adulta, envolvendo produtos para incontinência urinária, também expandiu o número de produtos nas subcategorias envolvidas, com o objetivo de cobrir todas as demandas. A empresa SCA do Brasil revelou que o segmento de roupa íntima, por exemplo, registrou o maior crescimento entre as subcategorias e passou a lançar op122
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ROUPAS ÍNTIMAS X FRALDAS GERIÁTRICAS Algumas orientações sobre as diferentes apresentações são necessárias no ponto de venda (PDV). Sobre roupas íntimas, é importante o consumidor saber que absorve até o nível moderado de incontinência, e que foram desenvolvidas para as pessoas que possuem incontinência, mas têm um estilo de vida ativo, portanto, precisam de discrição e conforto, além da absorção. Já as fraldas geriátricas ou de uso adulto são desenvolvidas pensando em uma maior absorção para um consumidor mais idoso e que, em geral, necessita de cuidados especiais. Fonte: Plenitud
ções para garantir maior mobilidade, comodidade, discrição, proteção e segurança. Dentro da categoria de descartáveis adultos, as fraldas adultas são os produtos mais vendidos, como destaca Jurema. A SCA oferece ao mercado produtos para diferentes tipos de incontinência e necessidades. São fabricados com a alta tecnologia e inovação, que proporcionam ao produto melhor qualidade e alta performance. Seus componentes incluem materiais absorventes, como o SAP (polímeros superabsorventes) e a celulose, entre outros. O segmento de fraldas geriátricas continua crescendo em números absolutos em volume e valor por ser uma solução que oferece maior segurança, performance e a melhor relação custo-benefício para o uso contínuo, direcionado para pessoas com incontinência moderada à severa. Já as roupas íntimas descartáveis têm um custo em média 54% acima das fraldas, o que as torna pouco acessíveis à maior parte da população, sendo um produto de uso eventual por pessoas com incontinência moderada. E por fim, o absorvente para incontinência, desenvolvido para pessoas com incontinência leve à moderada. Os absorventes desenvolvidos para incontinência, por exemplo, são indicados principalmente para casos leves, são do tamanho de um absorvente menstrual, mas têm tecnologia específica para absorver líquidos
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rapidamente e em maior quantidade, além de controlar o odor da urina. Os produtos tipo roupa íntima têm maior poder de absorção e são especialmente recomendados para pessoas com incontinência forte que levam vidas ativas, por serem práticos, seguros e mais discretos que os modelos tipo fralda. O conhecimento dos diversos fabricantes permite encontrar a melhor mistura de componentes, que permitam que a velocidade de absorção seja a maior para evitar vazamentos, sem sacrificar o retorno de umidade na superfície que é o que mantém a pele seca, protegendo-a contra assaduras. Assim, nesse processo, é onde se diferenciam os produtos de boa qualidade dos de baixa performance. Para garantir a qualidade, o coordenador de vendas da Mili, Jimmy Goulart, destaca que são realizados testes diários com o controle de qualidade, analisando todos os lotes de produção para manter o compromisso de oferecer e entregar ao consumidor um produto de ponta, fabricado com o que há de melhor em matéria-prima e tecnologia.
ATENDIMENTO PERSONALIZADO Todas as pessoas que necessitam, por algum motivo, usar esse tipo de produto, procuram por qualidade
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REPRESENTATIVIDADE DA CATEGORIA A categoria de fraldas adultas para incontinência movimentou R$ 525 milhões no último ano móvel de maio (acumulado de junho de 2015 até maio de 2016), apresentando crescimento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado. As três primeiras marcas mais vendidas são: Bigfral (Hypermarcas), Plenitud (Kimberly-Clark) e Biogral (SCA). Fonte: IMS Health
e segurança. Afinal, o objetivo é oferecer à população uma vida normal, mesmo com o uso de fraldas. Mas por ser um produto, muitas vezes, de uso contínuo, é importante que seja acessível. É necessário também que o consumidor saiba avaliar o custo-benefício geral dos itens disponíveis no mercado, considerando variáveis, como a saúde da pele, a segurança quanto a vazamentos e a necessidade de trocas ao longo do dia. Outro aspecto que pode ter impacto, é o uso do produto adequado para cada necessidade. Sempre oriente ao shopper que um paciente que tem escapes pequenos de urina não precisa usar o modelo fralda, ele pode optar por um absorvente específico para incontinência urinária. Detalhes aparentemente pequenos podem significar uma boa economia para o consumidor e, assim, fidelizar o cliente que confia nas orientações e dicas do profissional de farmácia. É muito importante que o consumidor saiba que existem diferentes tipos de produtos para cada necessidade de incontinência e que cada um deles foi desenvolvido a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas, para então poder avaliar qual produto se adapta melhor à sua necessidade. Os profissionais devem escutar o cliente para entender a realidade do problema antes de fazer qualquer sugestão. O tipo de incontinência, volume de urina, atividades cotidianas da pessoa, ambientes que ela frequenta, etc. Depois disso, devem guiar o comprador, recomendando o tipo de produto ideal para cada necessidade.
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Os medicamentos, sem dúvida, formam o core business das farmácias, mas não é somente com eles que o faturamento destas lojas é composto. Ultimamente, os não medicamentos – constituídos com destaque pelas categorias de Higiene & Beleza (H&B) – têm formado uma fatia importantíssima para os resultados, especialmente nas grandes redes, que têm explorado melhor este tipo de produto. E essa aposta é certeira, visto que
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o shopper enxerga o canal farma como ponto importante para a aquisição desses itens. Esses estabelecimentos são tidos como um ambiente mais individual, aconchegante, prazeroso e propício para experimentações, assim, se torna fundamental sair do básico para explorar os produtos diferenciados e lançamentos. Algumas pesquisas chegam a apontar que 40% dos shoppers procuram a cesta de H&B, em primeiro lugar, nas farmácias. IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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Num país tropical como o Brasil e no qual, em boa parte dos estados, há altas temperaturas o ano inteiro, esses artigos fazem parte da lista de primeiras necessidades do consumidor, o que torna a compra desses itens, usualmente, mais racional do que emocional. Portanto, a disposição dos produtos precisa ser muito esclarecida nas gôndolas para que não se percam vendas.
SABONETE: O PRIMEIRO PASSO O sabonete é considerado o produto mais básico dentro da higiene pessoal, já que o seu papel principal é o de limpar a pele das impurezas do dia a dia. Assim, esses itens têm penetração em praticamente todos os lares brasileiros e, ao longo dos anos, cresceram em número de apresentações (com destaque para as versões líquidas) e fragrâncias, além de incorporarem benefícios específicos, como hidratação, esfoliação, firmeza da pele, entre outros. Como nas farmácias, de modo geral, as compras dessa categoria são de reposição ou exploratórias, nas versões em barra, por exemplo, devem ser valorizados os itens com características especiais, como os antibacterianos. As linhas
consideradas comuns (com poucos benefícios) ficam em segundo plano. Na hora da exposição, deve-se seguir o racional de compra do consumidor, separando os produtos entre barra e líquido (sendo que os líquidos precisam ter maior destaque) e, em cada uma das apresentações, a indicação fica para separá-las entre adulto e infantil. No caso das versões para adultos, ganha importância a segmentação por benefícios, em que as opções em barras ficam divididas entre perfumadas, glicerinadas, antibacterianas e hidratantes; e as líquidas, entre mãos, rosto e banho. Já os sabonetes para o rosto, se a loja dispuser de espaço, o ideal é alocar estes produtos numa seção específica para estes cuidados, já que eles podem ser desvalorizados (em preço) quando aparecem ao lado das versões corporais. Também vale uma atenção diferenciada aos sabonetes infantis, tanto líquidos quanto em barra, que devem ficar junto com o espaço dedicado à perfumaria infantil. E no momento da composição do sortimento de farmácias e drogarias, oferecer as marcas líderes, para a categoria de sabonetes, é fundamental.
GÔNDOLA IDEAL PARA SABONETES LÍQUIDOS
SABONETES
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LÍQUIDOS
Hidratação Antibacteriano
Infantil
Adulto
Infantil
Adulto
Glicerinado Perfumados
Perfumados
Mãos/Rosto
Glicerinado
Banho
Antibacteriano Hidratação 128
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DESODORANTES: COMPLEMENTO ESSENCIAL Assim como acontece com a categoria de sabonetes, a penetração dos desodorantes também é grande entre os brasileiros e faz o País o segundo maior consumidor mundial destes itens. Diante dessa importância, o investimento da indústria nesses esses produtos é maciço, constituindo uma grande oferta entre aplicadores, como sprays, aerossol, stick, roll-on e cremes, além das versões para os pés, capazes de aumentar o tíquete médio da categoria. Nas gôndolas, as versões em aerossol devem ser consideradas a porta de entrada e ocupar o maior espaço da categoria, sempre próximas às apresentações em spray, que são as mais consumidas no Brasil. Essa proximidade é estratégica, já que estimula os usuários dos sprays à experimentação e migração para os aerossóis. Na sequência, na parte superior da gôndola e com menor espaço, aparecem as versões creme e stick. Na altura dos olhos e ocupando uma área maior, ficam os roll-ons. No caso das versões masculinas, o ideal é que elas sejam alocadas nas gôndolas específicas para este público, compostas por categorias, como géis para cabelo, produtos para barbear, preservativos e outros. Caso esse espaço inexista, é válido deixar a segmentação clara na gôndola, já que este é o primeiro critério de escolha do shopper. Com desodorantes, a indicação fica para que a loja trabalhe com as marcas líderes, além de oferecer uma opção
GÔNDOLA IDEAL PARA A CATEGORIA DE DESODORANTES As variantes devem ser posicionadas e agrupadas dentro de marca, seguindo a ordem de valor agregado
CREME STICK
AEROSSOL PÉS
SPRAY
ROLL-ON
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E DICAS DE VENDAS • Lembre-se de que, no caso uma gôndola mista, onde há produtos para homens e mulheres, as mulheres, nesse caso, se sentem com pouca privacidade para fazer as experimentações que gostam. Dessa forma, desodorantes masculinos devem estar dispostos num espaço específico para esse público, ação que melhora a experiência de compras. • Seja com desodorantes ou sabonetes, as mulheres formam maior público consumidor, já que são responsáveis pela cesta da família. • Ao comprar sabonetes, o shopper costuma ter uma maior interação com a leitura da embalagem, além de dar atenção especial ao perfume. Já com os desodorantes, a experimentação do produto na pele é comum, bem como o hábito de optar sempre pelo produto que está mais ao fundo da prateleira (com a sensação de que aquela embalagem não foi usada por outras pessoas). • Em ambas as categorias, não existe uma sazonalidade forte para fragrâncias. O que impera, nesse sentido, é o gosto pessoal. Sabe-se, no entanto, que na região Nordeste do País, as perfumações mais fortes e marcantes são as preferidas. • Ações de cross-merchandising podem ser exploradas por ambas as categorias e, com sabonetes, por exemplo, podem-se desenvolver as vendas junto com hidratantes. E como são categorias de alta penetração, ações promocionais como “leve 3 e pague 2”, ou alguns mL grátis, podem surtir ótimos resultados.
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DESODORANTE CORPO
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Creme
DESODORANTE PÉS
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intermediária e outra de preço baixo. E a preferência deve ser a de oferecer poucas marcas, mas, em cada uma delas, dispor de extensões de linha, privilegiando as principais fragrâncias.
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Recentemente, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma reunião para tratar da Resolução 54/15 e de suas novas abordagens (uma nova versão). Essa Resolução, como se sabe, trata sobre a rastreabilidade de medicamentos. Na comentada reunião, houve um pedido de vista feito pelo presidente Jarbas Barbosa, dada a complexidade da matéria em si e por alguns efeitos que já foram antevistos pelos membros da cadeia farmacêutica, entre eles, potenciais práticas anticoncorrenciais que poderiam sugerir a permanência do texto como então proposto. Com o citado pedido de vista, temos que a decisão sobre a continuidade dos termos das novas abordagens, como na minuta de Resolução apresentada, poderá ser revista. De qualquer forma, é importante notar que a questão que trata do comparti-
lhamento de dados, tendo um elo da cadeia como depositário das informações comerciais dos demais agentes econômicos envolvidos na movimentação dos medicamentos, parece ter sido superada e ter sido aceito o fato de que um agente público é que deve ser responsável pelo banco de dados respectivos. Assim, será lançada uma Consulta Pública para que detalhes de regulamentação ainda possam ser debatidos e tratados para o texto final da nova resolução a ser editada. Independentemente do novo texto a ser lançado, e as suas especificações sobre o novo detentor dos dados comerciais de mercado, fato é que a rastreabilidade que será estabelecida carregará o condão de afetar outra ponta do negócio de distribuidores (e deverá ser analisado se para o bem ou para o mal), a saber, a comercialização de medicamentos entre distribuidores.
Não se pode negar que a vedação existente na Portaria 802, do ano de 1998, que cuida de instituir o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos, para a comercialização de medicamentos entre distribuidores (uma vez que pela norma apontada somente pode haver a compra de medicamentos do titular do registro), pode cair por terra. E isso porque sabemos que essa vedação tinha como fim precípuo controlar a rastreabilidade dos medicamentos. Evidentemente que, com a nova norma e com a alta tecnologia que se espera empregar no processo de rastreamento de medicamentos, a vedação acima apontada perderá sentido, querendo parecer-me, em um primeiro momento, que teremos um novo momento e possibilidade de relações comerciais, atualmente vedadas pela regra sanitária.
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