ANO XXIII • Nº 289 DEZEMBRO DE 2016
LOJA PERFEITA Os Medicamentos Isentos de Prescrição são de extrema importância ao canal farma. Trabalhar a exposição de forma eficiente aumenta ainda mais os resultados
RASTREABILIDADE Prazo de implantação previsto para dezembro foi prorrogado. Até o momento, não há uma data definida
SUBSTITUIÇÃO
OTIMISTA
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Enquanto os economistas estão satisfeitos com os primeiros passos do governo Temer, as entidades da área da saúde também se mostram aliviadas com o tratamento dado ao setor. Expectativas são positivas, mas momento ainda pede cautela
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EDITORIAL
O desafio continua Nos últimos dois anos, a crise econômica atrapalhou e muito o sono dos brasileiros. Milhares de pessoas perderam seus empregos, pequenas e médias empresas enxugaram todos os seus custos e as multinacionais reduziram investimentos. É fato que a confiança ficou em choque e tudo está mais caro. O impeachmet sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff ainda não surtiu o efeito desejado, mas foi possível tomar fôlego. Há a sensação de que bom ou ruim algo foi feito, fato que tende a elevar o otimismo. As expetactivas são de que 2016 se encerre de uma forma menos ruim do que quando Dilma ainda estava na presidência, mas economistas afirmam que os próximos dois anos exigem cautela. Este é nosso assunto de capa. A última edição do ano faz uma retrospectiva política e de que forma essa turbulência impactou o mercado farmacêutico e o setor da saúde como um todo. Com a chegada no novo período, é hora de arregaçar as mangas e mon-
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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tar o seu planejamento estratégico, a fim de analisar resultados, antever obstáculos e detectar oportunidades, com base em informações recolhidas junto a todos os envolvidos com o negócio. Durante momentos econômicos desfavoráveis, a incerteza permanece, portanto, é preciso ter flexibilidade em suas metas e estar pronto para executar mudanças a qualquer hora. Apesar das adversidades, temporadas difíceis servem de aprendizado e geram crescimento, pois as experiências adquiridas na instabilidade são maiores do que as vivenciadas na estabilidade. Por isso, não deixe de se mover, de se informar, de se atualizar, de identificar as tendências de mercado, de elaborar o melhor mix, de conhecer as regras e os tributos que regem o setor. É para isso que estamos aqui e esperamos continuar juntos em 2017! Boa leitura e Boas-Festas!
DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira
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Os próximos dois anos ainda serão de cautela, segundo especialistas
COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flavia Corbó, Kathlen Ramos e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Estagiária Carine Pessoas Colunistas Gustavo Semblano, Jorge Bertolino Filho, Luiz Muniz, Marcelo Cristian Ribeiro, Marcus Cordeiro e Silvia Osso IMPRESSÃO Abril Gráfica
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Lígia Favoretto Editora-chefe
ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira
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> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.:(11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.
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SUMÁRIO #289 DEZEMBRO 2016
60 E MAIS 06 > GUIA ON-LINE 08 > ENTREVISTA 14 > ANTENA LIGADA 24 > ATUALIZANDO 30 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 54 > RASTREABILIDADE
38 > DEBATE Associação dos Distribuidores de Medicamentos do Estado do Rio Grande do Sul (ADIMERS) promoveu um evento para discutir um tema que tem impactado de forma significativa o varejo e a população em geral: a precificação dos medicamentos
44 > ATUALIDADE Após resolução que fixa sete novas exigências para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição o varejista deve dar maior atenção à categoria
60 > RETROSPECTIVA CAPA
Depois da saída da presidente Dilma Rousseff, o mercado observa atentamente os passos do novo presidente da República, Michel Temer. O resultado de todas essas turbulências políticas e econômicas foi de um ano desafiador
64 > PONTO DE VENDA A chegada de lojas de grandes redes preocupou os donos dos pequenos e médios estabelecimentos. Com isso, muitos empresários decidiram enfrentar a concorrência por meio da definição e execução de um planejamento estratégico 4
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ESPECIAL SAÚDE
72 > CEFALEIA 80 > EXCESSOS ALIMENTARES 86 > MENOPAUSA
92 > SORTIMENTO 98 > OPORTUNIDADE 102 > LOJA PERFEITA 104 > PARCERIA 108 > EVENTO 110 > SEMPRE EM DIA
ARTIGOS 32 > VAREJO Silvia Osso 34 > OPINIÃO Luiz Muniz 36 > CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano 52 > FINANCEIRO Marcus Cordeiro 70 > GESTÃO Marcelo Cristian Ribeiro 114 > CRÔNICA Jorge Bertolino Filho IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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CONTEÚDO EXTRA NO PORTAL (A PARTIR DO DIA 15 DE CADA MÊS) BELEZA
Diariamente, várias mulheres seguem um ritual de beleza. Mas o que muitas delas não sabem é que o uso desses cosméticos também pode ajudar a prevenir e combater o envelhecimento. Acompanhe o Facebook do Guia da Farmácia
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O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS
PROBLEMAS DAS LESÕES
PONTO DE VENDA
Nada é pior para um varejista do que a sua loja ficar mal falada pelos consumidores por causa da ruptura, ou seja, pela falta de produtos. A perda nesses casos é desde a financeira até a de clientela.
SAÚDE
Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que a demanda não atendida por contracepção no Brasil seja de aproximadamente 6%. A falta de informação ainda é um dos maiores problemas, por isso aumenta a importância dos Programas de Planejamento Familiar.
GESTÃO
A crise já não é mais novidade para ninguém. No entanto, as maneiras de driblá-la e superá-la se mostram cada vez mais criativas e inovadoras. É preciso fazer uma reflexão: o que realmente importa? 6
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MERCADO
A administradora de redes de drogarias Farmarcas vem percorrendo um caminho inverso. Em números totais, o faturamento das lojas associadas à Farmarcas passou de R$ 55 milhões em agosto de 2015 para R$ 87 milhões em agosto de 2016. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK
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ENTREVISTA – LIBBS
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Construindo o futuro A LIBBS FARMACÊUTICA ACABA DE INAUGURAR A BIOTEC, SUA FÁBRICA DE PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS. A INICIATIVA NASCE COM A VOCAÇÃO DE SER UMA PLATAFORMA DE DESENVOLVIMENTO, PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE BIOMEDICAMENTOS
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POR LÍGIA FAVORETTO
Medicamentos biológicos são o que há de mais moderno no tratamento de várias doenças, entre elas, o câncer e as autoimunes. Por isso, a Libbs investiu pesado na construção da fábrica Biotec, para que a produção desses fármacos aconteça no Brasil, o que proporcionará mais acesso a mais pessoas e fará com que o País reduza a atual dependência tecnológica e vulnerabilidade em relação ao mercado internacional. Esse é o foco. A diretora de relações institucionais da Libbs, Márcia Bueno, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revelou todos os detalhes da construção e atuação dessa fábrica nacional de produção e desenvolvimento de medicamentos biológicos à base de anticorpos monoclonais. O projeto todo levou cerca de três anos para ser concretizado e a atuação acontecerá de forma completa, desde a cultura de células vivas, produção e purificação dos biofármacos até o envase e embalagem final.
Com capacidade total para a produção de 400 kg de biofármacos por ano, a Biotec utiliza o sistema single-use, uma tecnologia de produção que usa biorreatores com bolsas descartáveis. O portfólio inicial contempla, no total, cinco biossimilares, todos eles focos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), o programa do Ministério da Saúde (MS), de estímulo à produção nacional de fármacos e medicamentos e que prevê a transferência do conhecimento para laboratórios públicos. Os investimentos somam R$ 500 milhões e tiveram apoio de financiamentos. Guia da Farmácia • Quais são as expetativas da Libbs com a inauguração da Biotec em um ano de recessão e crise econômica? Márcia Bueno • Bom, estamos felizes de conseguir concluir essa primeira etapa de todo o projeto de biotecnologia, porque esse é o futuro da terapêutica, os biofármacos. E por que eles são o futuro? Justamente pelo maior conhecimento da engenharia genética, os avanços da imunologia, da biologia molecular, então 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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ENTREVISTA – LIBBS
o desenvolvimento deste tipo de fármaco vai ser muito mais acelerado. Guia • E hoje qual o caminho para o Brasil se tornar um grande player nessa área, visto que, na área dos sintéticos, nós perdemos para a Índia e a China? Márcia • A Biotec tem capacidade de entrar nesse jogo e, como prova disso, a fábrica é uma demonstração de que estamos “par e passo” com o mundo, porque essa planta foi projetada por uma empresa que projeta as plantas de biofármacos do mundo. A tecnologia dos nossos biossimilares foi desenvolvida na Europa e nos Estados Unidos, que é onde os produtos de referência são desenvolvidos. E essa transferência de tecnologia veio por meio de um parceiro, que é a MacScience, que tem plantas na Argentina e Lyon. Então, nós já estamos, desde que assinamos essa parceria, a trabalhar nesse processo de transferência de tecnologia, e a fábrica é, agora, a concretização dessa etapa, com o primeiro produto, Rituximabe, que atua em terapias combinadas para o tratamento de linfoma não Hodgkin, linfoma folicular, leucemia linfoide crônica, artrite reumatoide e outras doenças autoimunes. Guia • Todo o processo de fabricação utilizado no exterior será implantado aqui no mesmo formato? 10
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Márcia • Tudo será feito aqui, só que com um diferencial. Essa transferência de tecnologia é de um medicamento biossimilar, então nós tivemos três desafios simultâneos, grandes: construir a fábrica, usando os mesmos equipamentos, a mesma configuração dos nossos parceiros; realizar estudos clínicos, que são para registrar esses medicamentos, porque diferente de um medicamento genérico, os biossimilares necessitam de uma grande quantidade de estudos, tanto in vitro, como estudos pré-clínicos, que são realizados em animais, além dos estudos in vivo, que são os estudos de pesquisa clínica; por fim, a capacitação da equipe. Então nós fizemos a fábrica, reconduzimos os estudos clínicos internacionais, mas com uma parte grande feita aqui no Brasil, e transferimos a tecnologia. Guia • De que forma a Libbs se estruturou para aprender tudo isso? Havia mão de obra qualificada? Márcia • Estávamos aprendendo a tecnologia onde? No nosso parceiro, nos fornecedores. Enquanto a fábrica estava sendo construída, nossos recursos humanos estavam sendo treinados na fábrica do nosso parceiro e também nos nossos fornecedores, que produziram os equipamentos e treinaram nossa equipe para utilizá-los. Guia • Qual a capacidade produtiva da nova fábrica? Márcia • A fábrica é grande e foi concebida para ter uma capacidade produtiva de, no mínimo, 400 quilos de anticorpos monoclonais, por ano. Ela foi dividida em três suítes independentes: a primeira suíte é a que nós estamos utilizando agora, que tem um fluxo que chamamos de upstream, onde as células vão crescer; depois, downstream, onde as células vão ser purificadas e o produto passa a ser isolado e transformado no biofármaco. Guia • O que é preciso para que as células cresçam e se multipliquem? Qual o meio utilizado? Márcia • Meio de cultura, que alimenta as células para elas crescerem. Eu tenho uma área produtiva e uma de suporte que produz todos esses meios, tudo em ambiente estéril, que nós chamamos de tecnologia single-use, que é a que você usa e joga fora. Se não possuíssemos isso, seria preciso purificar os equipamentos e o processo levaria em torno de 45 dias. Essa tecnologia dá flexibilidade para que, na mesma linha, aconteça a produção de vários produtos, o que possibilita também a produção de medicamentos inovadores.
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Guia • No que os medicamentos inovadores se diferenciam dos anticorpos monoclonais? Márcia • São proteínas também, mas não são anticorpos. Por exemplo, temos uma proteína em desenvolvimento que é para uma doença negligenciada, a eclampsia. Hoje, não existe tratamento para as mulheres que têm esse problema e o que acontece são os nascimentos prematuros. Esse medicamento está numa fase bastante inicial, mas ele visa prolongar a gravidez. Guia • Por isso a planta é maior do que a pensada incialmente? Márcia • Nós poderíamos ter construído uma planta menor, que daria para atender a toda produção de anticorpos monoclonais que temos planejado, mas depois, se fosse necessário, e nós acreditamos que isso vai acontecer, que o mercado vai crescer, à medida que os custos diminuírem, temos uma planta pronta, que não vai precisar de reformas e ampliação. Então a ideia foi construir uma estrutura que suporte crescimento e que possibilite a diversidade de linhas. Guia • De que forma o laboratório Libbs está à frente da concorrência? Márcia • Hoje, nenhuma bigfarma brasileira desenvolve seus produtos isoladamente, todas trabalham em rede. Então nossas chances aumentam. Nós podemos ficar aqui, trabalhar aqui e ter conexões internacionais. Por estar aqui, por trabalhar com parcerias no desenvolvimento produtivo como, por exemplo, o Butantan, faz com que tudo o que aprendemos aqui seja transferindo para o Instituto Butantan, ou seja, a tecnologia vai ser do Brasil, não só da Libbs, mas do País. Além disso, os medicamentos biológicos são importados e conferem um alto custo para o governo. A partir do momento que o Brasil passa a produzir esses medicamentos, ampliamos e melhoramos o acesso, diminuindo a dependência internacional e fortalecendo o parque tecnológico brasileiro. Guia • A Libbs tem a tradição de dominar suas etapas produtivas, desde o insumo até o produto final. Qual é o ganho para uma farmacêutica que tem o domínio de todos esses processos internos? É tempo? Custos? Márcia • É justamente você conhecer o seu produto do começo ao fim. Custo? Nem sempre, às vezes, nossos custos são maiores, mas qual é a garantia que temos? Do trabalho de equipes multidisciplinares. Você tem a equipe que está desenvolvendo
o medicamento conversando com a equipe química, entre outras. Esse conhecimento faz com que os processos saiam cada vez mais robustos, ganhamos tempo e superamos desafios tecnológicos com uma facilidade que antigamente dependeríamos de consultores externos. Guia • Por que a Biotec inicia suas operações com os anticorpos monoclonais? Márcia • Porque é uma geração bastante avançada de biofármacos e, hoje, o MS consome muito do seu orçamento na aquisição desses medicamentos. Os monoclonais representam 1% das compras feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas esse valor consome em torno de 40% do orçamento do MS. Guia • De que forma o farmacêutico se insere nesse processo todo? Márcia • Em tudo. Ele está em todas as etapas: controle de qualidade, fabricação, desenvolvimento, pesquisa clínica, farmacovigilância, assuntos regulatórios, inspeção de fábrica, Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC), entre outras. Cada vez mais, precisamos dessa especialização para um melhor atendimento, uma aproximação maior com os nossos clientes. Guia • O farmacêutico chega, hoje, às indústrias bem preparado para atuar com biológicos? Márcia • Quando falamos especificamente da produção de produtos biológicos, entrando nessa parte toda do cultivo de células de mamíferos, essa ainda é uma necessidade que precisa ser desenvolvida. Seria muito importante que as faculdades viessem até nós para conhecer nossos processos, conhecer as nossas necessidades, não só da Libbs, mas de outras empresas de biotecnologia, para justamente fazer essas adequações do currículo, porque mudou muito, é uma nova realidade. Guia • Para finalizar, qual é o principal desafio do setor e a principal conquista? O que vocês esperam deixar como um legado para que outras empresas atuem da mesma forma ou que haja essa melhora como um todo para o Brasil? Márcia • Eu acho que, como um legado, é acreditar em nosso País, acreditar em nosso potencial, nos nossos recursos humanos. A Libbs acredita nisso. Um exemplo a ser seguido, é buscar sempre as melhores práticas, os modelos mais avançados para se inspirar. Os desafios envolvem a mudança do cenário econômico. 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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RESULTADO POSITIVO O FECHAMENTO DO ÚLTIMO SEMESTRE DO ANO TROUXE MAIS ÂNIMO PARA A INDÚSTRIA QUE TAMBÉM FOI RECONHECIDA POR PREMIAÇÕES QUE RECEBEU PELO TRABALHO REALIZADO POR VIVIAN LOURENÇO
BOM MOMENTO REGISTRADO
A One Medicamentos, distribuidora de medicamentos e itens de perfumaria para o estado de São Paulo, celebra o bom momento do setor, que fechou o primeiro semestre com alta de 11,9% nas vendas [segundo dados da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan)] e anuncia os excelentes resultados conquistados no mesmo período. O faturamento da empresa cresceu 36% em relação ao primeiro semestre de 2015. “Acredito que esse resultado, 200% acima da média do setor, é consequência de um formato de entrega flexível e customizado. Do total de 72 mil farmácias do País, 80% são pequenas e médias. Dessa forma, reduzir os custos operacionais e manter a qualidade de entrega para esse público tornam-se a bola da vez no setor”, explica o sócio da One Medicamentos, Marcos Avelar. • www.onemedicamentos.com.br 14
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ALTA NO MERCADO
Durante o 2º Encontro Febrafar 2016, o diretor de relacionamento do IMS Health, Eduardo Rocha, apresentou uma consolidação de dados promovida pela parceria entre a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e IMS Health. Segundo esses números, as farmácias das redes ligadas à Febrafar tiveram crescimento muito acima do mercado, entretanto, o mais importante foi a constatação de que as utilizações efetivamente das ferramentas de gestão oferecidas pela Federação proporcionaram um aumento ainda maior. De acordo com o levantamento, os associados Febrafar estão presentes em todo o território nacional, sendo representados por 52 bandeiras e 9.332 lojas ativas, que atingiram R$ 8,5 bilhões em faturamento nos últimos doze meses. • http://febrafar.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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RETOMADA DA ECONOMIA
FASE 3 TOTALMENTE DISPONÍVEL: SÃO SEIS NOVOS TEMAS!
A Fase 3 do Treina PDV Farma, plataforma de cursos on-line para os profissionais do varejo farmacêutico, já se encontra totalmente disponível: são seis temas essenciais ao canal farma, com telas animadas para facilitar o aprendizado, avaliações e certificados de participação. Veja os módulos: 1 - Como se reinventar em momento de crise. 2 - Como manter a equipe motivada. 3 - Cross-merchandising. 4 - Atendimento como diferencial estratégico. 5 - A farmácia como clínica de saúde. 6 - Sazonalidade. Para experimentar, acesse: www.treinapdvfarma. com.br, faça o cadastro e assista aos cursos rápidos, totalmente gratuitos. Já o programa de capacitação requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200.
Segundo pesquisa recente realizada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) com 155 executivos das principais empresas brasileiras, 24% deles enxergam uma retomada concreta da economia devido à atual agenda econômica e ajustes do governo. Exemplo disso é a Ativa Logística, que já pretende realizar um investimento superior a R$ 8 milhões em caminhões e armazéns climatizados. “Para a retomada da economia, o País precisava de uma resolução para que os empresários pudessem planejar seus investimentos e tomar decisões estratégicas. Com a certeza de um novo governo definitivo, o rumo da economia deve criar fôlego nos próximos meses”, acredita o presidente da Ativa Logística, Clóvis A. Gil. • www.ativalog.com.br
VENCEDOR NA CATEGORIA FARMACÊUTICA E COSMÉTICOS
Hypermarcas é a vencedora do Prêmio Valor 1000, concedido pelo jornal Valor Econômico, na categoria Farmacêutica e Cosméticos. A premiação aconteceu durante o evento de lançamento do Anuário Valor 1000, em São Paulo, em setembro último. O trabalho de análises para definição do ranking, dividido em 25 setores, é feito em parceria com a Serasa Experian e com o Centro de Estudos e Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV). Os critérios utilizados para o estudo dos balanços são Receita Líquida, Crescimento Sustentável, Margem de Atividade, Giro Ativo, Margem Ebitda, Rentabilidade, Liquidez Corrente e Cobertura de Juros. • www.hypermarcas.com.br • www.valor.com.br
AVANÇO GLOBAL
Os planos de expansão do Grupo Aspen estão em ascensão. Três meses após o anúncio do acordo global, de US$ 520 milhões para comercialização dos anestésicos AstraZeneca, o Grupo Aspen anuncia nova aquisição no setor, desta vez da farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK), no valor de £180 milhões. O portfólio de anestésicos da GSK compreende cinco medicamentos estabelecidos no mercado, chamados Ultiva (anestesia geral) e quatro relaxantes musculares (Nimbex, Mivacron, Tracrium e Anectine). Com o novo acordo, a Aspen espera que o portfólio gere uma receita de aproximadamente £ 70 milhões até o fim deste mês. • www.aspenpharma.com.br • www.astrazeneca.com.br • http://br.gsk.com 16
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PRIMEIRA LOJA
A Panvel Farmácias estreou a sua presença física em São Paulo em outubro último, com a abertura de sua primeira loja na capital. Localizada no Shopping Morumbi Town e com 370 m², a loja terá como principal destaque a oferta da linha da beleza dos produtos Panvel, já conhecidos por parte dos paulistanos pelas redes sociais e pela loja on-line. A cidade de São Paulo já é um dos principais mercados da loja on-line e o terceiro lugar no ranking da Panvel no Facebook, que conta atualmente com mais de 1,4 milhões de seguidores. O ponto de venda segue um padrão novo em fase de testes com mais espaços de mostruário para experimentação de produtos e sinalização de itens mais destacada. Shopping Morumbi Town: Avenida Giovanni Gronchi, 5.930, São Paulo (SP). • www.panvel.com
VENDAS ACIMA DA MÉDIA
No primeiro semestre de 2016, os associados da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), alcançaram um faturamento de R$ 7,72 bilhões, representando um crescimento de 11,9%, enquanto o mercado, em média, registrou crescimento 6,9% no mesmo período. Além disso, foram mais de 470 milhões de unidades de medicamentos comercializadas nos primeiros seis meses do ano, de acordo com dados do IMS Health. Responsáveis pela distribuição de 16,5% das unidades vendidas dos medicamentos no Brasil, e 27% dos medicamentos genéricos, os associados da Abradilan visitam 95% dos municípios do País e atendem a 71% das farmácias em todo território nacional. • www.abradilan.com.br
VACINA CONTRA PNEUMONIA
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de ampliar no País a indicação da vacina Prevenar 13, que protege contra as infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), como a pneumonia. Desenvolvida pela Pfizer, a vacina já era indicada para crianças e adolescentes de dois meses a 17 anos de idade e adultos com 50 anos de idade ou mais. Agora, Prevenar 13 poderá ser utilizada também para a imunização de jovens e adultos entre 18 e 49 anos de idade. “Com a ampliação da indicação de Prevenar 13, pessoas de todas as faixas etárias poderão se proteger da pneumonia e outras infecções causadas pelo pneumococo. Essa medida é especialmente importante para os pacientes com comorbidades, como os asmáticos, hipertensos, imunocomprometidos e os portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)”, afirma o diretor médico da Pfizer, Dr. Eurico Correia. • http://portal.anvisa.gov.br • www.pfizer.com.br
NOVO APLICATIVO
A NIVEA desenvolveu o novo aplicativo que oferece serviços do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) NIVEA. Gratuito para smartphones com sistema Android e iOS, o consumidor pode abrir um chamado, acompanhar o andamento da solicitação, tirar foto do produto, encontrar o estabelecimento mais próximo que vende os produtos da marca, enviar sugestões e fazer elogios. Além de ser um canal direto com o SAC NIVEA, que atualmente equilibra o número de reclamações e elogios, é o primeiro app da categoria de cuidados com a pele no mercado. • www.nivea.com.br 18
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VACINA CONTRA ZIKA
A Sanofi Pasteur anunciou que a Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa em Biomedicina Avançada [Biomedical Advanced Research and Development Authority (BARDA)], do gabinete do secretário adjunto de Prontidão e Resposta do Departamento de Serviços Humanos e Saúde dos Estados Unidos, aprovou a proposta para liberar recursos para fabricação de uma vacina inativada contra a zika para fins de desenvolvimento de fase II. A Sanofi Pasteur comprometeu-se a pesquisar e desenvolver uma vacina contra a zika em fevereiro último, logo após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado emergência em Saúde Pública. • www.sanofipasteur.com.br
ESTRATÉGIA DIGITAL
Alivium inova para atrair consumidores que estiverem perto de farmácias. Desenvolvida em parceria com a In Loco Media, a ação digital inédita da marca tem como principal objetivo reforçar a versão Alivium Comprimidos 400 mg, além de conquistar novos consumidores. A partir da tecnologia de geolocalização via mobile, a marca decidiu usar uma linguagem jovem, moderna e criativa na comunicação. Quando o consumidor estiver no raio de proximidade de três metros de distância da farmácia, receberá uma solicitação de amizade da dor de cabeça, dor muscular ou dor nas costas, com a mensagem: Exclua já! Tem Alivium na farmácia mais próxima. • www.inlocomedia.com
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CAMPANHA #PAUSANAPAF
Com apoio de vários craques brasileiros, incluindo o ex-jogador Cafu, embaixador da campanha no Brasil, e da Pfizer, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) acaba de lançar a campanha #PAUSANAPAF, para chamar a atenção para uma doença genética pouco conhecida que afeta milhares de brasileiros: a Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), ou paramiloidose. O objetivo da ação é mudar o cenário de desinformação que envolve a doença e incentivar o diagnóstico precoce, criando uma grande rede de mobilização contra a doença nos próximos meses. A ideia é desafiar o maior número de internautas a gravar um vídeo em que a pessoa apareça totalmente parada, por alguns segundos, em algum cenário com bastante movimento ao fundo. Depois, basta postar essa “selfie pausada” no Facebook ou Instagram, como forma de aguçar a curiosidade sobre a doença e estimular a busca por mais informações em seu círculo de amizades. • www.pfizer.com.br • http://abneuro.org.br
CAMPEÃ REGIONAL
As Farmácias Pague Menos foram classificadas como a melhor empresa da região nordeste segundo o ranking Empresas Mais, do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, as empresas que mais se destacaram nas cinco regiões do Brasil têm em comum o fato de fortalecerem as localidades onde atuam, serem polos de atração e retenção de mão de obra qualificada e importantes na geração de riqueza regional. Das 1.500 empresas selecionadas, a rede figurou na 14ª colocação. • http://loja.paguemenos.com.br • www.estadao.com.br
GUIA DA FARMÁCIA DEZEMBRO 2016
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ANTENA LIGADA
NOVO SERVIÇO NO VAREJO FARMACÊUTICO
As marcas Droga Raia e Drogasil lançaram um novo serviço e pioneiro no varejo farmacêutico brasileiro: a troca em loja para produtos comprados pela internet e por televendas. Os clientes que comprarem no site ou pelo televendas podem trocar seus produtos em qualquer uma das lojas físicas da rede. O procedimento para realizar a troca de produto é simples. Basta o cliente levar o item à loja física que desejar e da mesma bandeira que fez a compra. O produto deverá estar na embalagem original, inviolada e com a nota fiscal. Se o preço do produto escolhido para a troca for maior que o comprado no site ou por televendas, a diferença será cobrada de acordo com o preço praticado na loja física. Se o preço do produto trocado for menor, o cliente pode usar a diferença para comprar outro item ou solicitar o reembolso. • www.drogaraia.com.br • www.drogasil.com.br
LUTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA
A Dermafeme, marca de higiene íntima feminina do Grupo Cimed, sabe que o bem-estar da mulher está diretamente ligado à sua saúde. Por esse motivo, a marca fez diversas ações no “Outubro Rosa”. Foram produzidas 100 mil unidades comemorativas com embalagens cor-de-rosa, que foram comercializadas durante o mês de outubro, cujo percentual das vendas será revertido para pesquisas, diagnósticos, ensino e tratamento do câncer. Para as colaboradoras, houve ações de endomarketing com palestras educativas, dicas de saúde e a exposição “Câncer – conhecer para prevenir”, com 18 painéis retráteis que abordaram o tema de forma lúdica e informativa. • www.grupocimed.com.br
RANKING DAS FARMACÊUTICAS MAIS VALIOSAS
DESTAQUE NO SETOR
O Aché Laboratórios recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio Estadão Empresas Mais, por conta do desempenho de destaque no setor farmacêutico. O reconhecimento foi recebido pelo presidente do Aché, Paulo Nigro, em cerimônia realizada na Casa Petra, na capital paulista, em setembro último. O prêmio é realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA). O evento contou com a presença de autoridades, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. • www.ache.com.br • www.estadao.com.br 22
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A terceira edição do ranking Mais Valor Produzido – Farma, conduzido pela consultoria 100% nacional DOM Strategy Partners, elegeu a Pfizer como a empresa do ramo farmacêutico que melhor sabe entregar e proteger valor aos seus stakeholders. Na prática, isso significa que a Pfizer soube dialogar efetivamente com cada um dos atores que compõem a sua sociedade, formada por consumidores, clientes, acionistas e funcionários. Com nota 8,11, a multinacional americana ocupa o posto de liderança conquistados por dois anos consecutivos pela Roche, que, nesta edição, ficou em segundo lugar com a pontuação 8,07. Na versão do ano passado, a Pzifer ficou na terceira posição com a nota 7,83. • http://dom-ecc.com.br • www.pfizer.com.br
GUIA DA FARMÁCIA DEZEMBRO 2016
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O Uniprazol®, da União Química, é a segunda marca com maior crescimento na categoria alticulcerosos com sua apresentação de 28 cápsulas. Agora traz para o mercado a apresentação de 56 cápsulas em blister, o que torna seu acondicionamento seguro e prático. O produto é indicado para tratar hiperacidez no estômago em casos de úlceras gástricas e duodenais, refluxo gastresofágico, úlceras associadas a infecções causadas pela bactéria Helycobacter pylori, doença de Zollinger-Ellison e dispepsia. Uso adulto e pediátrico a partir de um ano. MS 1.0497.1196.014-1 • www.uniaoquimica.com.br 24
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GUIA DA FARMÁCIA DEZEMBRO 2016
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A Biolab Farmacêutica, alinhada ao compromisso de levar benefícios aos seus pacientes e aumentar o seu portfólio, desenvolveu uma nova apresentação de DOSS (colecalciferol), vitamina D com 1.000 UI, com 90 cápsulas gelatinosas. Essa apresentação tem o diferencial competitivo de ser uma embalagem econômica, com custo menor por dose. O paciente tem economia de aproximadamente 30%. DOSS vitamina D na dose certa, na quantidade ideal e pelo menor preço. Apresentação: embalagens contendo DOSS com 30, 60 e 90 cápsulas gelatinosas. MS 1.0974.0223.003-3 • www.biolabfarma.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO
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EYLIA® BAYER
Pacientes diagnosticados com Edema Macular Diabético (EMD) tem à disposição uma nova terapia para o tratamento da doença. Nas principais doenças vasculares de retina, como a EMD, são liberados fatores de crescimento, como o vascular endotelial denominado VEGF (tipos A e B), além do fator de crescimento placentário (PLGF). O excesso desses fatores de crescimento é uma resposta do organismo frente a essas doenças e estimula os vasos mal formados. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Eylia®, da Bayer, atua no combate do EMD por meio do fator antiVEGF e antiPLGF, sendo o único no mercado que age como um receptor solúvel que se liga não apenas ao VEGF-A, mas também ao VEGF-B e ao PLGF, inibindo a formação de novos vasos e atuando na inflamação decorrente de doenças vasculares. Seu mecanismo de ação permite que tenha uma ação prolongada dentro do olho para o tratamento de importantes doenças vasculares, diferente de outros antiVEGFs. MS 1.7056.009 • www.bayer.com.br
FLEX-S
UNIÃO QUÍMICA
A União Química anuncia seu mais novo lançamento: Flex-S. Um colágeno hidrolisado tipo II (Kollagen II-xs™) indicado como auxiliar na manutenção da saúde da cartilagem. Flex-S contém as vitaminas A, C, E e os minerais selênio e zinco que atuam como antioxidantes. O produto é apresentado na forma de sachês e possui sabor abacaxi com hortelã. Não contém glúten, lactose e açúcar. Pode ser usado por qualquer pessoa com dores articulares de origens variadas. Não tem contraindicações. MS Produto isento de registro conforme a RDC 27/10 • www.uniaoquimica.com.br
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A Marjan Farma lança Tenflax® Plus, uma associação de colágeno hidrolisado, vitaminas e minerais, com sabor abacaxi. Além de fornecer aminoácidos importantes para a síntese de colágeno, proporcionando a manutenção da estrutura e da função da cartilagem articular, o produto é composto por cobre, zinco e vitamina C, nutrientes fundamentais para a formação do tecido cartilaginoso e para combater o excesso de radicais livre, e por vitamina D, que auxilia a manutenção da saúde óssea. Todas essas características com a praticidade da dissolução instantânea e zero açúcar. Contém glúten, aromatizante sintético idêntico ao natural. MS Produto isento de registro conforme a RDC 27/10 • www.marjan.com.br 26
A Linha Confirme, pioneira na comercialização de produtos de autotestes no Brasil, lança no mercado o Confirme Fertilidade Masculina®, que é o primeiro autoteste comercializado no Brasil com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O produto é distribuído pela empresa Analitc Tecnologia de Precisão, produzido por Alamar, uma indústria brasileira, que atua na área de testes rápidos há 30 anos. O Confirme Fertilidade Masculina® chega às prateleiras para mudar o conceito dos brasileiros que se importam, cuidam da saúde reprodutiva do casal e se preocupam com o planejamento familiar, sem preconceitos em dividir com naturalidade a responsabilidade na hora de engravidar. Manter relações sexuais nesses dias é muito importante, quando o casal está tentando ter filhos. Porém, será muito mais assertivo quando a fertilidade é monitorada de ambos os lados de forma simples e rápida. O sêmen é obtido por masturbação após dois ou três dias de abstinência sexual. Períodos inferiores há um dia ou superior a cinco não são recomendados. MS 80049120101 • www.analitic.com.br
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Um dos medicamentos mais conhecidos no mundo, a ASPIRINA® surgiu como um inovador e poderoso analgésico vendido em pó e não parou de se reinventar desde então. Atualmente, na continuação do seu patrimônio de sucesso e compromisso com a inovação, a Bayer anuncia o lançamento da ASPIRINA® Microativa, disponibilizando uma das maiores inovações da história da marca. A tecnologia Microativa contribui para a rápida liberação do ácido acetilsalicílico, tornando a sua absorção mais eficaz, além de atingir a corrente sanguínea em segundos. A nova ASPIRINA® Microativa também ajuda a reduzir as partículas do princípio ativo em micropartículas que são menores do que as da ASPIRINA® tradicional. A combinação das partículas do ácido acetilsalicílico com carbonato de sódio ajuda no alívio das dores de intensidade leve a moderada duas vezes mais rápido, do que a ASPIRINA® tradicional de 500 mg. MS 1.7056.0020.028-1 • www.bayer.com.br
O Norfloxacino é o novo medicamento da linha de genéricos da Medquímica. Ele é indicado para infecções do trato urinário, inflamação do estômago e intestino (gastrenterite) causados por alguns tipos de bactérias, gonorreia, febre tifoide e também é usado na prevenção de outras infecções. Norfloxacino é encontrado na apresentação de 400 mg com 14 comprimidos revestidos. MS 1.0917.0100001-4 • http://medquimica.ind.br
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EPOCLER®
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Medicamento indicado para o tratamento dos sintomas de distúrbios metabólicos hepáticos, Epocler® – apresenta nova embalagem, que auxilia o consumidor a identificar de forma mais evidente o produto na gôndola. Além de se diferenciar da concorrência, a marca traz seu característico tom irreverente, também para o ponto de venda e reforça sua eficiência contra os sintomas causados pelo fígado. O símbolo, que remete ao sinal de positivo, foi inserido na tampinha do flaconete com o objetivo de aumentar o reconhecimento e exposição do produto. Já utilizado anteriormente na campanha de 2012, com o slogan “Com Epocler, tudo bem, tudo bom”, a mãozinha se tornou ícone da marca, principalmente por reforçar ao consumidor o modo mais prático e fácil de abrir a embalagem. MS 1.7817.0079 • www.hypermarcas.com.br 28
Líder global no segmento de diabetes, a Lilly traz para o Brasil Trulicity (dulaglutida), o primeiro medicamento injetável de uso semanal indicado para tratamento do diabetes tipo 2 do País. A nova terapia foi especialmente desenvolvida para simplificar o tratamento da doença crônica. A dulaglutida é uma molécula inovadora, agonista do receptor de GLP-1, hormônio produzido naturalmente pelo organismo, responsável por estimular a secreção da insulina e inibir a liberação do glucagon. O medicamento estimula o organismo a liberar insulina na presença de altos níveis de glicose, diminuir a concentração de glucagon e atrasar o esvaziamento do estômago. Foi desenvolvido para ter ação prolongada, o que permite a aplicação apenas uma vez por semana, reduzindo a quantidade de injeções de 365 para apenas 52 ao ano. Outra inovação do produto é a caneta aplicadora inteligente, que vem pronta para uso. Basta acioná-la com um clique para que o medicamento seja administrado por meio de uma agulha de pequeno calibre, que não fica visível, e conferir no dispositivo a confirmação da aplicação da dose. MS 1.1260.0190.002-7 (1,5 mg) • www.lilly.com.br
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MAIS PERFORMANCE NAS SUAS VENDAS.
*Em relação ao ano de 2014 - Mercado Feminino
Fonte: Nielsen Dados Retail Index Desodorantes - T. Brasil - 2015
NOVA LINHA DE ANTITRANSPIRANTES ADIDAS: > DESENVOLVIDA COM ATLETAS > GARANTE ALTA PERFORMANCE E MÁXIMA ABSORÇÃO > COM REFRESCÂNCIA NA APLICAÇÃO
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O MERCADO DE DESODORANTES MERCADO EM VALOR R$
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COMO PROCEDER COM OS MEDICAMENTOS CASO A FARMÁCIA PRECISE SER FECHADA POR TEMPO INDETERMINADO (MÍNIMO CINCO MESES)? COMO ARMAZENÁ-LOS? PERGUNTA ENVIADA POR ANA RODRIGUES, ESTUDANTE DE FARMÁCIA, DE FORTALEZA (CE)
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É preciso ter em mente que a suspenção das atividades do estabelecimento demanda notificação junto aos órgãos competentes. O estabelecimento que está registrado junto ao Conselho Regional de Farmácia (CRF) necessita informar ao mesmo que haverá paralisação temporária das atividades de atendimento na farmácia/drogaria, para que a entidade tenha as informações atualizadas a respeito do estabelecimento, considerando que poderá haver inspeção fiscal durante o período de cessação das atividades, além de que deverá ser informada a razão para a interrupção das atividades e o período previsto para tal. Em relação aos procedimentos junto à Vigilância Sanitária do local que, também realiza inspeção, haverá necessidade do contato direto com o órgão para a verificação dos proce-
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dimentos relativos à suspensão temporária das atividades. O artigo 19 do Código de Ética Farmacêutica [Anexo I da Res 596/14 do Conselho Federal de Farmácia (CFF)] determina que o farmacêutico, no exercício profissional, é obrigado a informar por escrito ao respectivo CRF sobre todos os seus vínculos, com dados completos da empresa [razão social, nome(s) do(s) sócio(s), Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço, horários de funcionamento, de Responsabilidade Técnica (RT)], mantendo atualizados os seus endereços residencial e eletrônico, os horários de responsabilidade técnica ou de substituição, bem como sobre qualquer outra atividade profissional que exerça, com seus respectivos horários e atribuições. Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 44, de 18 de agos-
to de 2009, as condições de armazenamento dos produtos deverão ser seguidas conforme estabelecido em sua Seção III (Das Condições de Armazenamento) que, a seguir, estão destacados alguns artigos: Art. 4º Esses estabelecimentos têm a responsabilidade de garantir e zelar pela manutenção da qualidade e segurança dos produtos objeto desta Resolução, bem como pelo uso racional de medicamentos, a fim de evitar riscos e efeitos nocivos à saúde. Art. 35. Todos os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as especificações do fabricante e sob condições que garantam a manutenção de sua identidade, integridade, qualidade, segurança, eficácia e rastreabilidade. §1º O ambiente destinado ao armazenamento deve ter capacidade suficiente para assegurar o armazeIMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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namento ordenado das diversas categorias de produtos. §2º O ambiente deve ser mantido limpo, protegido da ação direta da luz solar, umidade e calor, de modo a preservar a identidade e integridade química, física e microbiológica, garantindo a qualidadee segurança dos mesmos. §3º Para aqueles produtos que exigem armazenamento em temperatura abaixo da temperatura ambiente, devem ser obedecidas as especificações declaradas na respectiva embalagem, devendo a temperatura do local ser medida e registrada diariamente. Art. 36. Os produtos devem ser armazenados em gavetas, prateleiras ou suporte equivalente, afastados do piso, parede e teto, a fim de permitir sua fácil limpeza e inspeção. Art. 37. O estabelecimento que realizar dispensação de medicamen-
tos sujeitos a controle especial deve dispor de sistema segregado (armário resistente ou sala própria) com chave para o seu armazenamento, sob a guarda do farmacêutico, observando as demais condições estabelecidas em legislação específica. Portanto, o estabelecimento deverá manter as condições estabelecidas pela legislação vigente independentemente de estar ou não com atividade de atendimento e os procedimentos adotados deverão assegurar a estabilidade do medicamento para a manutenção de sua segurança, qualidade e efetividade. O farmacêutico responsável deverá, também, estar atendo aos medicamentos a vencer e vencidos durante o período, para a sua retirada, segregação e devida destinação conforme normatização estabelecida pela Gestão de Resíduos em Saúde.
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BAIXE O APP QR CODE OU ENVIE SUA PERGUNTA DIRETAMENTE NO E-MAIL: REDACAO@GUIADAFARMACIA.COM.BR NÓS RESPONDEMOS!
MARIA APARECIDA NICOLETTI Farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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VAREJO
Que aprendizados do varejo em 2016 devemos levar para 2017?
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NO BRASIL, A CRISE POLÍTICA, COM EFEITOS NA ECONOMIA, AFETOU DIVERSOS SETORES, FELIZMENTE NÃO TÃO IMPACTANTEMENTE O FARMACÊUTICO
SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS . Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 32
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Em meu livro Liderança para todos, cito uma frase de Peter Drucker que diz “Gerenciar é fazer direito as coisas, liderar é fazer as coisas certas”. Este é um ponto importante a ser observado, mas que muitos não enxergam; “fazer as coisas certas” passa a ser não só uma prioridade, mas uma obrigação e isso é falar do básico: planejamento, gestão em todas as suas formas, eficiência e eficácia. A preparação para 2017 começa agora e é muito importante que os varejistas do canal farma façam isso, para fortalecer o setor, manter e gerar mais empregos e maximizar os lucros. Destaco alguns pontos importantes que devem ser observados no ano que se aproxima: Sair da zona de conforto: é preciso estar atento aos indicadores, aos cenários e, principalmente, às projeções e expectativas de médio prazo. É no momento do “conforto” que as atenções devem ser redobradas. Processos, padrões e operações: deixar de fazer as coisas como sempre foram feitas e adotar novos métodos de trabalho, implantando rotinas de execução. Pessoas: desenvolver, capacitar e valorizar as pessoas dentro do negócio. É o momento do varejo deixar de ser uma opção de trabalho, para ser uma definição de carreira. Dada a complexidade das operações, como compras, logística, vendas, perdas, etc., para alcançar os resultados necessários, o varejo precisa de pessoas envolvidas, remuneradas pelos resultados, em constante capacitação e apaixonadas pelo negócio. Gestão e controles: ter uma empresa rentável implica em estabelecer ferramentas de gestão para controlar a execução das operações e, assim, obter o
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máximo de eficiência. O que muitos ainda não percebem é que adotar modelos de gestão é um dos elementos primordiais para ser sustentável. Clientes: no momento em que as vendas diminuem, percebe-se que não se conhece os clientes e nem se cuidou o suficiente para fidelizá-los. Há uma quantidade enorme de formas, tanto pessoais quanto tecnológicas que podem ser utilizadas. Assim, é possível desenvolver melhores ambientes de loja, marketing mais assertivo, atendimento personalizado, serviços mais interessantes para que, enfim, os clientes compreendam que a experiência de compra na sua farmácia é única e deve ser repetida. Finanças equilibradas: ter um fluxo de caixa seguro minimiza momentos de incerteza e garante um momento de serenidade para posicionar ou reposicionar-se. Ganhos imediatos não garantem sustentabilidade. Ter tido um fluxo de caixa saudável foi um dos aprendizados mais importantes de 2016. As estratégias para 2017 sofrem impactos externos da economia ou da política, mas são principalmente impactadas e precisam acontecer internamente na empresa dentro da cabeça dos responsáveis pelos varejos farma. Em 2016, as empresas que sofreram o menor impacto com os acontecimentos econômicos foram aquelas que, alguns anos atrás, tomaram a decisão de alterar sua conduta e adotar novas e eficientes práticas de maneira estruturada e consciente, para tornarem-se empresas com alto desempenho. Que venha 2017 com muitos resultados positivos por meio das “coisas certas”! IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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Bio-Oil é um óleo de tratamento que ajuda a melhorar a aparência da pele com cicatrizes, estrias e tons de pele desiguais. Também contém óleos naturais, vitaminas e o ingrediente inovador PurCellin Oil . Bio-Oil é a marca mais vendida no segmento de cicatrizes e estrias em 20 países. Bio-Oil está disponível em farmácias com preço sugerido de R$ 34,90 (60ml). ®
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A magia de janeiro
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VOCÊ TEM PROVISÃO DE CAIXA PARA TODOS OS MESES DE 2017? A MAGIA DO INÍCIO DE ANO PODE SER APROVEITADA SE SEU PLANEJAMENTO COMEÇAR AGORA MESMO
LUIZ MUNIZ Diretor da Telos Resultados, engenheiro químico, mestre em Estratégia de Operações e especialista em empresas familiares, fez parte da equipe da Falconi Consultores de Resultados 34
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Gosto do mês de janeiro. Ele é mágico, pois há verão, férias e até menos trânsito. É o mês de renovar as expectativas para o ano que se inicia. É como a segunda-feira para quem faz dieta. Com uma empresa é igual: em dezembro, já se espera janeiro. “No ano que vem, a gente vê isso” ou “Agora não adianta fazer nada de diferente”. O mês de dezembro traz certa paralisia quando o assunto é aumento de lucro. Explico-me. Mês de dezembro é culturalmente o mês de “correria”. Tudo o que não foi feito durante os últimos 11 meses o será em dezembro. Depois das 23h59 do dia 31 tudo se acaba e tudo começa novamente. Claro! Janeiro chegou! Tudo novo! Mas como a mão que afaga é a mesma que bate, janeiro também traz Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a fatura do cartão de dezembro, matrícula da escola. Traz os impostos trimestrais (para aqueles que são lucro presumido) e, em algumas regiões, menor fluxo na loja. Em janeiro se gasta mais e se ganha menos. Epa! Mas e a magia? Se você não cursa mais a escola e tem aquele alívio de ser aprovado (chamávamos isto de passar de ano), a magia do mês de janeiro só existe quando sua empresa utiliza o que chamamos planejamento. Refiro-me a orçamento. Orçamento é o planejamento mais simples e básico que qualquer empresa precisa ter para que sempre cresça e tenha cada vez mais lucro. Ainda mais em um setor dinâmico como o varejo farmacêu-
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tico. Quanto vai vender? Quanto vai gastar? Quanto vai sobrar? Sem isso, tem-se a sensação de que o negócio não dá lucro. Na verdade, o que existe é falta de orçamento. Quem nunca se deixou seduzir pela proposta de comprar um determinado produto 30% mais barato, desde que dobrasse o volume da compra? Coisas assim acontecem. O ímpeto pelo bom negócio é tão grande que não se considera o tempo que esse estoque vai ficar na loja nem as ações necessárias para acelerar a venda desses produtos. “Do couro sai a correia.” Como o farmacista vai honrar com seus compromissos se não vender? Tirar do seu lucro para pagar “o mico” daquela compra “muito boa”? Deixar de pagar? Meses de março e abril são ricos em situações como essa... Voltando a dezembro: independente de qual mês seja, sempre é tempo de olhar para o negócio. O melhor momento para melhorar seu negócio é agora. A vida não para em dezembro para recomeçar em janeiro. Com uma empresa acontece o mesmo. Você já tem uma provisão de caixa para todos os meses de 2017? Você já sabe qual o crescimento esperado para 2017 e como vai conseguir isso? Você já sabe quais parceiros estratégicos vão te ajudar a crescer? Você já sabe quanto seu negócio terá de lucro em 2017 e o quanto você e sua família poderão usufruir disto? Se você respondeu sim a essas perguntas, seu negócio viverá a magia não apenas no mês de janeiro, mas em todos os meses do ano. Boas-Festas! IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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CONSULTOR JURÍDICO
Normas sobre termômetro, aparelho de medicação de glicose e de pressão arterial QUEM É RESPONSÁVEL PELOS DEFEITOS APRESENTADOS: A FARMÁCIA OU O FABRICANTE?
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GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, pós-graduado em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 36
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A farmácia é um estabelecimento empresarial onde, além de se poder prestar uma gama de serviços farmacêuticos, podem ser comercializados produtos correlatos (art. 3º, Lei 13.021/14), entre os quais os aparelhos de medição de temperatura corporal (termômetros, de glicose e pressão arterial (art. 4º, inciso IV, Lei 5.991/73). O primeiro cuidado que uma farmácia precisa ter é confirmar se tais produtos se encontram devidamente registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou em outros órgãos competentes (arts. 1º e 2º, Lei 6.360/76), sob pena de infração sanitária. No entanto, estes e outros produtos correlatos comercializados em farmácias por todo o País chegam ao estabelecimento devidamente lacrados, mas, por vezes, contendo defeitos que somente poderão ser constatados pelo consumidor que os adquirir. Se o consumidor comprar, por exemplo, um termômetro e ao utilizá-lo constatar que o mesmo não funciona, de quem será a responsabilidade, se o mesmo vem lacrado da fábrica? Em um primeiro momento, poderia se afirmar: o responsável é o fabricante, pois a farmácia não apenas não fabrica, como o vende devidamente lacrado em sua embalagem original, além do fato do fabricante ser facilmente identifica-
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do na embalagem do produto (interpretação ao artigo 13, da Lei 8.078/90). No entanto, tem sido recorrente a condenação de farmácias (juntamente com os fabricantes) a indenizar os consumidores pela venda de produtos defeituosos, mesmo que estes venham lacrados da fábrica. O fundamento legal dos magistrados se encontra no parágrafo único do artigo 13 da Lei 8.078/90: Art. 13. ... Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso. Os juízes entendem que se a farmácia vendeu o produto defeituoso – mesmo que não tendo ciência do defeito –, é corresponsável com o fabricante, pois com a venda do produto, teria lucro ou outra vantagem e, assim, assumiria o risco do negócio. Caso seja condenada sozinha, pode buscar do fabricante a indenização que pagou ao consumidor. Por isso é tão relevante qualificar os fornecedores de cada farmácia, estabelecendo um canal direto de contato para problemas existentes quando do surgimento de reclamações por parte de consumidores em relação a defeitos de fabricação. Portanto: atenção! IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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DEBATE
Tributação em pauta gaúcha ASSOCIAÇÃO DOS DISTRIBUIDORES DE MEDICAMENTOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROMOVEU O 2º FÓRUM ADIMERS SOBRE MERCADO E REGULAÇÃO DE PREÇOS
A
POR LÍGIA FAVORETTO
Na tarde do dia 26 de outubro último, a Associação dos Distribuidores de Medicamentos do Estado do Rio Grande do Sul (ADIMERS) realizou o 2º Fórum ADIMERS, em Porto Alegre, para discutir um tema que tem impactado de forma significativa a atuação dos distribuidores gaúchos e a população em geral: a precificação dos medicamentos. O objetivo é ampliar discussões sobre a regulação e os preços, especialmente no que se refere à
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sistemática de tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nesses produtos. Hoje, além de gerar o encarecimento dos itens para a população, a carga tributária inviabiliza o desenvolvimento econômico das empresas distribuidoras. A ADIMERS alerta para o fato de seus associados estarem sujeitos a um regime de tributação muito complexo, que exige extrema atenção e cuidado para ser gerido, sob pena de arcar com elevados encargos que se transformam IMAGENS: LARRY SILVA
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em demandas judiciais. “A tributação sobre medicamentos afeta a competitividade entre as empresas, distorce o mercado e prejudica o usuário de medicamento”, destaca o diretor jurídico da Associação e advogado tributarista, Ricardo Bernardes Machado. “Em muitos casos, o valor do ICMS é superior ao preço do próprio medicamento”, completa. A entidade reforça a busca por uma carga tributária adequada para que toda a população tenha acesso à saúde. “Temos alternativas estratégicas para conduzir o assunto e desejamos trabalhar na construção de soluções para os desafios enfrentados pelo setor atacadista de medicamentos”, ressalta o presidente da ADIMERS, Márcio Cervo. O executivo disse ainda que a Substituição Tributária (ST) incidente no estado do Rio Grande do Sul acontece a partir da operação do distribuidor para frente, ou seja, o distribuidor é o substituto tributário, ele acaba recolhendo a parcela tributária do ICMS próprio e da ST, que é referente à parcela da farmácia e do consumidor final. Ele enfatizou: “Na busca de negociações ao longo dos anos, tentando buscar um regime de tributação que fosse mais adequado, criou-se um sistema que hoje é quase impraticável. Nós temos vinte formas de apurar a base de cálculo da ST. Parece que estamos sempre transitando em um terreno movediço, nunca se tem certeza de que se está fazendo a coisa correta. Esse é um problema que o setor enfrenta”. Outro ponto que merece atenção, segundo Cervo, é o enquadramento de produtos como similares, genéricos, referência, fitoterápico. “Como é que eu classifico? Às vezes, o produto tem uma denominação para efeitos de legislação sanitária e regulatória, mas, para fins tributários, vale outra classificação. Há ainda a questão da legislação tributária federal para Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), regras de lista positiva, negativa e neutra, além das listas de preços. O que vale efetivamente é a lista de preços da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)? É a lista de preços do Guia da Farmácia? Da ABCFARMA?” O executivo ressaltou que as regras tributárias não evoluem, elas continuam sendo balizadas pelo Preço Máximo ao Consumidor (PMC), ou preço teto. Só que o PMC é um preço de controle do governo para que não haja nenhum abuso junto ao consumidor em um produto tão importante para as pessoas como é o medicamento. “O que se busca é um entendimento das autoridades no sentido de desassociar a regra tributária da regra regulatória, isso traria benefícios ao consumidor, traria uma simplificação tributária em termos de organização das empresas e de cumprimento das obrigações.”
Presidente da Associação dos Distribuidores de Medicamentos do Estado do Rio Grande do Sul (ADIMERS), Márcio Cervo
REGULAÇÃO DO SETOR A própria CMED não recomenda a utilização do valor do PMC para fins de determinação de base de cálculo do ICMS-ST nas operações com medicamentos, tendo em vista que o valor do PMC é um instrumento criado exclusivamente para fins de regulação do mercado e, por ser um balizador de teto, não reflete a média dos preços praticados pelo varejo, destacou o secretário executivo da CMED, Leandro Safatle. Ele explicou que o mercado de medicamentos é chamado de bem credencial. Como é que seria isso? Há uma característica essencial que é o fato de quem concluiu a compra não é quem escolhe pelo produto. Quem escolhe o produto, normalmente, é o médico. E quem vai pagar pelo item não é o médico, será o paciente, ou vai ser o estado, ou será o plano de saúde. “Veja quem está escolhendo o produto não é quem paga por ele, a oferta de demanda deixa de ter essa característica que é a variável preço. Ela não entra no caráter de escolha do médico e nem deve entrar. É por isso, então, que a variável preço desse mercado acaba sendo regulada no Brasil e no mundo. São raros os países que não regulam o mercado de medicamentos. Você junta a questão do bem credencial e outras características básicas, isso justifica a regulação.” Ele lembra que, na década de 90, quando o mercado não era regulado, os preços aumentaram muito, houve até Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os tributos dos medicamentos usados de forma imprópria. O interessante é que os preços subiram muito em 1990 e, no ano 2000, as vendas caíram, ou seja, a desregulação 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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fez o mercado se desiquilibrar, os preços ficaram mais caros e com queda real de vendas. “Desde a regulação, os preços reais vêm caindo e o setor, crescendo ano a ano, desde o início.”
DIFERENÇAS ENTRE LISTAS A lista de preços da CMED existe para que os preços não sejam maiores que os internacionais. Então o foco é tentar trazer os preços para mais perto dos praticados no exterior. Safatle explicou, durante o evento, que ela foi feita para que se alguém começar a comercializar com um preço acima do que nela consta, a atitude passa a ser considerada como abuso de preço. “Essa é a função da lista de preços da CMED, ela não tem a intenção de estabelecer preço médio de mercado e vejam que essa função é muito útil e muito importante. É um avanço muito grande para a regulação, eu sei que existem produtos lá fora com preço mais barato do que aqui, isso acontece. Mas eu estou falando de uma média próxima à internacional. Isso é um grande feito. Medicamentos talvez sejam os únicos bens industriais que tenham preços parecidos com os de fora, no Brasil.” A lista não vai mostrar preço médio de mercado. A empresa pode vender por qualquer preço abaixo do PMC, não há problemas com a CMED quanto a isto. Segundo
Secretário executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), Leandro Safatle, durante palestra 42
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Diretor jurídico da Associação dos Distribuidores de Medicamentos do Estado do Rio Grande do Sul (ADIMERS) e advogado tributarista, Ricardo Bernardes Machado
informou Safatle, é possível aplicar o desconto que for, quanto mais melhor, melhor para o consumidor, melhor para o País, melhor para o mercado. “Agora, acima do PMC, a gente sabe que há indícios de abuso de mercado e esse preço está sendo praticado sem referências internacionais.” No que diz respeito às listas das revistas, elas podem publicar qualquer preço inferior ao preço da CMED. O que não pode acontecer, esclareceu o executivo, é colocar preço superior ao da lista da CMED. “Se isso ocorrer, as empresas produtoras das listas podem ser responsabilizadas, junto da empresa que está comercializando.” Para que os participantes pudessem entender um pouco mais sobre as funções da lista da CMED, o executivo comentou que ela faz a regulação do mercado de medicamentos, a justificação e ajuste de preço, estabelece preços novos, preços de teto, cadastra as margens de comercialização e monitora o mercado de medicamentos. Quem preside é o conselho ligado ao presidente da República, ministro da Saúde, mas participam desse conselho o ministro da Justiça, o ministro da Fazenda e o ministro da Casa Civil, existe um comitê técnico. “Parar entrar no mercado de medicamentos público ou privado, você precisa ter o preço da CMED. E como é que se define o preço de medicamentos? Quando o produto é novo, ele vai ter o preço internacional; se ele for terapêutico, terá um preço internacional menor; se não for terapêutico, vai ter uma comparação com o preço nacional; e se ele é um similar, terá um preço de mercado máximo estabelecido como teto e terá o desconto obrigatório do produto de referência.”
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MIPS com novos critérios APÓS RESOLUÇÃO QUE FIXA SETE NOVAS EXIGÊNCIAS PARA O ENQUADRAMENTO DE MEDICAMENTOS COMO ISENTOS DE PRESCRIÇÃO, FICA A QUESTÃO: CATEGORIA PASSA A TER A DEVIDA ATENÇÃO E VALORIZAÇÃO NAS FARMÁCIAS?
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POR KATHLEN RAMOS
A classificação de um medicamento como isento de prescrição médica passa a ter de atender a sete critérios definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 98/16, publicada no Diário Oficial da União no início de agosto passado, como já relato em reportagens de edições anteriores.
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O texto fixa sete exigências para que um medicamento seja registrado como Medicamento Isento de Prescrição (MIP). Entre elas: tempo de comercialização; segurança; sintomas identificáveis; tempo de utilização; ser manejável pelo paciente; apresentar baixo potencial de risco; e não apresentar dependência. A vice-presidnte executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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Dor Muscular Contusão Tendinite C
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diclofenaco dietilamônio 11,6 mg/g. MS 1.5584.0305. Indicações: No tratamento local de inflamações de origem traumática nos tendões, ligamentos, músculos e articulações. NOV/ 2016. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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O QUE SE PERCEBE É QUE FARMÁCIAS E DROGARIAS TÊM NOTADO A IMPORTÂNCIA E A RENTABILIDADE DESSES MEDICAMENTOS E, POR ISSO, EXISTE ATUALMENTE UMA MOVIMENTAÇÃO DE DIVERSOS VAREJOS PARA REVER A ORGANIZAÇÃO E A EXPOSIÇÃO DOS PRODUTOS
SORTIMENTO E EXPOSIÇÃO Na seção de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), é importante que o varejo garanta variedade de apresentações, tamanhos de embalagens, atendendo os diferentes usuários, e tenha marcas conhecidas pelo público, que agreguem relevância ao sortimento da loja, segundo orienta a diretora de trade marketing da Hypermarcas, Shelida Vicentini. Na hora da exposição, a especialista indica organizar os MIPs por sintomas, no autosserviço, tornando a navegação na gôndola mais fácil para o cliente da loja. O diretor de projetos LATAM da Kantar Retail e professor do Núcleo de Varejo da ESPM, Rogério Lima, recomenda, ainda, que as gôndolas de MIPs fiquem próximas ao balcão de atendimento, no fundo da loja. “Além de favorecer os usuários que querem tirar dúvidas em relação aos MIPs e tenham um farmacêutico/balconista por perto, essa localização permite que o cliente circule em todo o estabelecimento antes de encontrar o que procura. Nesse percurso, ele pode incluir outros produtos na lista”, acrescenta Lima.
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(Abimip), Marli Sileci, vê que a norma é um avanço positivo para a categoria e espera que, com a nova resolução, os medicamentos hoje aptos a ser reclassificados como MIPs possam ser fornecidos a um maior número de pessoas. “Esses medicamentos se constituem como uma parte essencial da saúde da população. Eles permitem que os indivíduos possam fazer uso de tratamentos com segurança, qualidade e eficácia comprovadas, para tratar sintomas e males menores já diagnosticados ou conhecidos, como dores de cabeça, resfriados e má digestão, ou como ferramenta essencial de prevenção, como é o caso de vitaminas e antioxidantes”, observa Marli. Com as novas regras da Anvisa, projeta-se que a classe de MIPs cresça para a população. “Estima-se que 30 substâncias novas, que hoje são de prescrição, passem a ficar isentas de receita médica”, revela o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto. Essa mudança dependerá da submissão do pedido de reclassificação a ser feito pelas farmacêuticas detentoras dos medicamentos. Aliás, a Anvisa detém uma página para solicitação de enquadramento de medicamento como isento de prescrição e confere outras informações gerais sobre esta categoria de produtos, como lista de MIPs e legislação pertinente. Para mais informações, acesse: http://portal.anvisa.gov.br/mip-medicamentos-isentos-de-prescricao-medica.
O ESPAÇO IDEAL Em 2009, uma resolução da Anvisa vetou a presença de MIPs no autosserviço de farmácias. No entanto, quando a Agência voltou atrás com essa resolução, não foram todas as lojas que voltaram a trazer os MIPs para o alcance do consumidor. Apesar de se passarem seis anos desde essa medida, a situação ainda não foi completamente contornada. “Muitas lojas haviam investido em reorganizar seu espaço físico expondo os MIPs atrás do balcão, e após a queda da regra da Anvisa, acabaram não readequando a exposição em loja, que implica em levar os MIPs para o autosserviço”, comenta a diretora de trade marketing da Hypermarcas, Shelida Vicentini. Mas sabe-se, entretanto, que eles são responsáveis por uma parcela bastante considerável do faturamento de uma farmácia. “Quando se observam os números do autosserviço, esses produtos representam 35% do todo das grandes redes. Nas farmácias indepen-
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LISTA COMPLETA A Instrução Normativa (IN) 11, de 29 de setembro de 2016, trouxe a lista atual de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Confira: GRUPOS TERAPÊUTICOS Antiacneicos e tópicos adstringentes
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
OBSERVAÇÕES
Acne, acne vulgar, rosácea, espinhas
Restrição: retinoides
Acidez estomacal, dor de estômago, dispepsia, enjoo, náusea, vômito, epigastralgia, má digestão, queimação, pirose, esofagite péptica, distensão abdominal, cinetose, hérnia de hiato
Restrições: metoclopramida, bromoprida, mebeverina, Inibidor da Bomba de Proton
Antibacterianos tópicos
Infecções bacterianas da pele
Permitidos: bacitracina e neomicina
Antidiarreicos
Diarreia, disenteria
Restrições: loperamida infantil, opiáceos
Antiespasmódicos
Cólica, cólica menstrual, dismenorreia, desconforto pré-menstrual, cólica biliar/ renal/intestinal
Restrição: mebeverina
Anti-histamínicos antisseborréicos
Alergia, coceira, prurido, coriza, rinite alérgica, urticária, picada de inseto, ardência, ardor, conjuntivite alérgica, prurido senil, prurido nasal, prurido ocular alérgico, febre do feno, dermatite atópica, eczemas, caspa, dermatite seborreica, seborreia, oleosidade
Restrições: adrenérgicos, corticoide (exceto hidrocortisona de uso tópico)
Antissépticos orais, antissépticos bucofaringeos
Aftas, dor de garganta, profilaxia das cáries
Antissépticos nasais, fluidificantes nasais, umectantes nasais
Antissépticos nasais, fluidificantes nasais, umectantes nasais
Antissépticos oculares
Antissépticos oculares
Antissépticos da pele e mucosas
Assaduras, dermatite de fraldas, dermatite de contato, dermatite amoniacal, intertrigo mamário/perianal/interdigital/axilar, odores dos pés e axilas
Antissépticos urinários
Disúria, dor/ardor/desconforto para urinar
Antissépticos vaginais tópicos
Higiene íntima, desodorizante
Aminoácidos, vitaminas, minerais
Suplemento vitamínico e/ou mineral pós-cirúrgico/cicatrizante, suplemento vitamínico e/ou mineral como auxiliar nas anemias carenciais, suplemento vitamínico e/ou mineral em dietas restritivas e inadequadas, suplemento vitamínico e/ou mineral em doenças crônicas/convalescença, suplemento vitamínico e/ou mineral em idosos, suplemento vitamínico e/ou mineral em períodos de crescimento acelerado, suplemento vitamínico e/ou mineral na gestação e aleitamento, suplemento vitamínico e/ou mineral para recém-nascidos,lactentes e crianças em fase de crescimento, suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção do raquitismo, suplemento vitamínico e/ou mineral para a prevenção/tratamento auxiliar na desmineralização óssea pré e pós-menopausal, suplemento vitamínico e minerais antioxidantes, suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção de cegueira noturna/xeroftalmia, suplemento vitamínico como auxiliar do sistema imunológico
Anti-inflamatórios
Lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor muscular, dor na perna, dor varicosa, contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago, dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões, flebites superficiais, inflamações varicosas, quadros dolorosos da coluna vertebral, lesões leves oriundas da prática esportiva
Antiflebites
Dor nas pernas, dor varicosa, sintomas de varizes, dores das pernas relacionadas a varizes, dores após escleroterapia venosa
Antifiséticos, antiflatulentos, carminativos
Eructação, flatulência, empachamento, estufamento, aerofagia pós-operatória, gases, meteorismo
Antiácidos, antieméticos, acidez estomacal, azia, desconforto eupépticos, enzimas digestivas
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Restrições: adrenérgicos, (exceto nafazolina com concentração < 0,1%), corticoides
Permitidos: naproxeno, ibuprofeno, cetoprofeno. Tópicos não esteroidais
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GRUPOS TERAPÊUTICOS
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
OBSERVAÇÕES
Antifúngicos, antimicóticos
Micoses de pele, frieira, micoses de unha, pano branco, infecções fúngicas das unhas, onicomicoses, dermatomicoses, pitiríase versicolor, tínea das mãos, tínea dos pés, pé de atleta, tínea do corpo, micose de praia, tínea da virilha, candidíase cutânea, monilíase cutânea, dermatite seborreica, dermatomicoses superficiais, vulvovaginites, dermatiteperianal, balanopostite, candidíase vaginal, candidíase oral
Permitidos: tópicos
Anti-hemorroidários
Sintomas de hemorroidas
Permitidos: tópicos
Antiparasitários orais, anti-helmínticos
Verminoses
Permitidos: mebendazol, levamizol
Antiparasitários tópicos, escabicidas, ectoparasiticidas
Piolhos, sarna, escabiose, carrapatos, pediculose, lêndea
Antitabágicos
Alívio dos sintomas decorrentes do abandono do hábito de fumar, alívio dos sintomas da síndrome de abstinência
Restrição: bupropiona
Analgésicos, antitérmicos, antipiréticos
Dor, dor de dente, dor de cabeça, dor abdominal e pélvica, enxaqueca, sintomas da gripe, sintomas do resfriados, febre, cefaleia, dores reumáticas, nevralgias, lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor muscular, contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago, dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões
Permitidos: analgésicos (exceto narcóticos)
Ceratolíticos
Descamação, esfoliação da pele, calos, verrugas, verruga plantar, verruga vulgar
Cicatrizantes
Feridas, escaras, fissuras de pele e mucosas, rachaduras
Colagogos, coleréticos
Distúrbios digestivos, distúrbios hepáticos
Descongestionantes nasais tópicos
Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido
Restrições: vasoconstritores
Descongestionantes nasais sistêmicos
Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido
Permitido: fenilefrina
Emolientes e lubrificantes cutâneos e de mucosas
Hidratante, dermatoses hiperqueratóticas, dermatoses secas, pele seca e áspera, ictiose vulgar, hiperqueratose palmar e plantar, ressecamento da pele, substituto artificial da saliva, saliva artificial para tratamento da xerostomia
Emolientes, lubrificantes e adstringentes oculares
Secura nos olhos, falta de lacrimejamento, irritação ocular
Expectorantes, balsâmicos, mucolíticos, sedativos da tosse
Tosse, tosse seca, tosse produtiva, tosse irritativa, tosse com catarro, mucofluidificante
Laxantes, catárticos
Prisão de ventre, obstipação intestinal, constipação intestinal, intestino preso
Reidratante oral
Hidratação oral, reidratação oral
Relaxantes musculares
Torcicolo, contratura muscular, dor muscular, lumbago, entorses
Rubefacientes
Vermelhidão, rubor
Tônicos orais
Estimulante do apetite, astenia
dentes, essa fatia sobe para 59%”, afirma o diretor de projetos LATAM da Kantar Retail e professor do Núcleo de Varejo da ESPM, Rogério Lima. Contudo, nem sempre eles ocupam um espaço compatível com essa representatividade. “É importante destinar aos MIPs um local condizente com seu potencial. Os consumidores estão cada vez mais exigentes com
relação à sua saúde e as farmácias podem ajudar bastante neste contexto”, analisa a vice-presidente executiva da Abimip. Os especialistas concluem, assim, que o confinamento de MIPs traz prejuízos para todos os envolvidos. As farmácias, além do risco de redução do faturamento, podem comprometer o tempo de farmacêuticos e bal2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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SEGURANÇA E BENEFÍCIO DOS MIPS O fato dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentarem um alto grau de segurança está mais ligado às suas características – reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após a sua suspensão, baixo potencial de interações (medicamentosa e alimentar), período curto de utilização, facilidade de uso pelo paciente e baixo potencial de toxicidade e risco (mau uso/abuso/intoxicação) – do que, propriamente, aos princípios ativos que eles possuem. Segundo explica a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Marli Sileci, quando um medicamento novo é lançado, inicialmente, ele é enquadrado pela Autoridade Sanitária como medicamento de venda sob prescrição médica. Com o passar dos anos, após ser utilizado em larga escala por um grande número de pacientes, de terem sido levantadas informações suficientes acerca da segurança de seu uso e, também, por possuir características típicas de um MIP, a empresa poderá submeter à Autoridade Sanitária um pedido de reclassificação do enquadramento da categoria de venda do produto. E para que a segurança de uso desses medicamentos seja preservada entre os usuários, é fundamental que as farmácias estimulem a automedicação responsável. “Sempre que o consumidor optar por usar um MIP, deve seguir as orientações da bula e rotulagem, e ter em mente que, se os sintomas persistirem, a suspensão do medicamento deve ser imediata e um médico deve ser procurado”, analisa Marli. Quando esses requisitos são cumpridos, os benefícios são múltiplos, trazendo, inclusive, ganhos para a saúde pública. “Esses medicamentos reduzem a fila do sistema público, já que o paciente não precisa ir a um hospital para tratar um problema simples. Pode-se fazer com que esses estabelecimentos permaneçam focados em casos mais complicados e quadros simples podem ser tratados pelo próprio paciente, com autocuidado consciente”, justifica o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto.
conistas, por terem de dedicar estes funcionários ao atendimento de consumidores que já sabem do que precisam. “Em momentos em que a loja estiver cheia, o farmacêutico tem sua atenção diluída e aqueles consumidores que precisam de atendimento mais cuidadoso podem se sentir mal atendidos”, alerta Marli.
GERENCIAMENTO POR CATEGORIAS Com a esperada ampliação da categoria de MIPs no mercado, entra-se, novamente, numa fase de transição para estes produtos. “As farmácias devem se antecipar a essa mudança e trazer um novo posicionamento para esses itens. Nas novas gerações de farmácias nos Estados Unidos, por exemplo, as gôndolas praticamente conversam com o consumidor, que entende, intuitivamente, do que precisa, sem pedir ajuda ao balconista. E é nessa linha que devemos seguir”, analisa Mena Barreto. Assim, quando as farmácias focam no sortimento e no espaço correto de seções relevantes em vendas, 50
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como é o caso dos MIPs, o shopper tem uma experiência de compra mais agradável, o que naturalmente traz resultados positivos para a loja. Segundo Shelida, o que se percebe é que farmácias e drogarias têm notado a importância e a rentabilidade desses medicamentos e, por isso, existe atualmente uma movimentação de diversos varejos para rever a organização e a exposição dos produtos. Para que esses resultados aconteçam, é fundamental manter a visibilidade, já que muitas vezes os MIP são comprados por impulso. “Muitas lojas, especialmente do varejo independente, deixam os MIPs atrás do balcão alegando que, neste espaço, os balconistas conseguem ter um diálogo com o consumidor. No entanto, perde-se nas compras por impulso, por lembrança. O consumidor sempre tem uma farmacinha em casa. E se ele lembrar que está faltando, vai comprar, o que não acontece quando os artigos estão atrás no balcão. Quanto o produto está no autosserviço, as vendas aumentam entre 20% a 30%”, constata Lima.
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Pela saúde do negócio
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A PALAVRA DE ORDEM É DISCIPLINA. O EMPRESÁRIO DEVE CONHECER A FUNDO O SEU EMPREENDIMENTO E O DE SEUS CONCORRENTES. MOMENTOS DE CRISE EXIGEM RESERVA DE CAIXA E CAUTELA
Muitos brasileiros querem ser donos do próprio negócio, mas ao percorrem o caminho em busca da realização deste sonho, alguns acabam topando com um obstáculo que pode transformar tudo em um verdadeiro pesadelo: o descontrole financeiro. Existem algumas dicas preciosas para manter o dinheiro em ordem e evitar tropeços dessa natureza. COMECE DO ZERO O orçamento base zero é uma metodologia valiosa para empreendedores. É como se todo o ano começassemos uma nova empresa. Se deixamos de comparar o orçamento deste ano com o histórico dos anos anteriores, olhamos de forma atenta e individualizada os gastos, o que permite que a alocação dos recursos seja feita de forma eficiente e evite inflações desnecessárias.
CADA COISA EM SEU LUGAR Erro cometido com muita frequência pelos pequenos empreendedores é o de misturar finanças pessoais com as da empresa. A pessoa física e a jurídica devem permanecer separadas, quando se fala em contas correntes e, inclusive, quando o assunto é a retirada ou pró-labore.
MARCUS CORDEIRO Sócio diretor da ba} BANCODENEGÓCIOS 52
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DE GOTA EM GOTA SE FAZ O OCEANO Uma pequena despesa pode parecer inofensiva se comparada ao controle financeiro da empresa como um todo. Por isso: registre tudo para não ser pego de surpresa. Ver e planejar todas as pequenas despesas é de suma importância, se o orçamento for bem planejado e executado, não haverá problemas. O empreendedor deve ter um excelente do fluxo de caixa e registrar absolutamente tudo para que conheça a real saúde do negócio. O ideal é ter um controle
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financeiro on-line e em tempo real, relatando sempre qualquer movimentação. OLHOS SEMPRE ABERTOS Havendo sinal de fumaça, o alerta deve ser acionado em tempo hábil para que as medidas necessárias sejam tomadas a tempo. NEM TUDO O QUE PARECE É A regra de ouro é simples: nem tudo o que sobra é lucro e nem tudo o que falta é prejuízo. É muito comum misturar resultado da operação com a posição de caixa. A posição de caixa tem a ver com o ciclo financeiro da empresa, como prazo de pagamento, recebimento e estoque. EMPRÉSTIMOS PODEM SER BONS Empréstimo não é sempre negativo: se há um bom motivo, houve planejamento e as condições são favoráveis, um bom empréstimo pode ser muito interessante para a empresa. MANTENHA ALGUM DINHEIRO NO COLCHÃO Ter reservas financeiras estratégicas é fundamental para o empresário não se expor diante da crise. Toda empresa passa por altos e baixos e é para estes momentos mais difíceis que serve a reserva de caixa. CONHEÇA O NEGÓCIO Conhecer a rentabilidade por categoria, produto, região, vendedor, etc. pode ser decisivo na tomada de decisões para a empresa. Além disso, é fundamental conhecer os passos dos concorrentes e procurar se antecipar em relação às novidades e tendências, buscando, sempre, sair na frente para ganhar a dianteira. E tudo isso só é possível com a gestão financeira bem planejada, unindo o preparo com a oportunidade. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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Ação em suspenso ANVISA DECIDE ADIAR A IMPLANTAÇÃO DA RASTREABILIDADE DE MEDICAMENTOS, ATÉ ENTÃO PREVISTA PARA ENTRAR EM VIGOR ATÉ DEZEMBRO DE 2016
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Desde o ano de 2002, quando a até então deputada federal pelo estado do Amazonas e farmacêutica, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), apresentou à Câmara Federal um Projeto de Lei (PL) que visava à implantação de um sistema de rastreabilidade de medicamentos, o tema é debatido entre o governo, os órgãos de vigilância sanitária e todos os players da cadeia farmacêutica. Por cinco anos, representantes de todas essas esferas discutiram a melhor forma de implan-
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POR FLÁVIA CORBÓ
tar a rastreabilidade, até que, em 2007, o projeto fosse aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e encaminhado ao poder executivo. Dois anos depois, a Lei 11.903/09 foi promulgada e, assim, nasceu o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, que determina que todo e qualquer medicamento produzido, dispensado ou vendido no território nacional, deve ser controlado por meio de sistema de identificação exclusivo dos produtos, prestadores de serviços e usuários, com o emprego de tecnologias IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados – a chamada rastreabilidade. Inicialmente, a previsão era de que o sistema fosse implementado dentro do prazo de três anos após a promulgação da lei, ou seja, em 2012, mas o processo foi suspenso. No ano seguinte, em 2013, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou uma nova resolução que definia que o sistema passaria por testes até 2015 e começaria a funcionar em dezembro de 2016. No entanto, três meses antes da chegada do prazo final, no dia 27 de setembro de 2016, a implantação da rastreabilidade sofreu um novo revés. A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou um regulamento que suspende a eficácia do artigo 23 da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 54/13, que trata dos prazos para a implantação da rastreabilidade de medicamentos no País. A decisão foi necessária, de acordo com o diretor da Agência, José Carlos Moutinho. “Tendo em vista a complexidade das ações a ser implementadas, tanto pelo setor público quanto regulado, o que inviabilizaria a correta implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos e os mecanismos e procedimentos para rastreamento de medicamentos na cadeia dos produtos farmacêuticos”. O também diretor da Anvisa, Fernando Mendes acrescenta: “Trata-se de um processo de alto custo e complexidade para todo o setor. Acredito que essa medida da Anvisa fará com que a indústria invista de modo prudente e eficaz, contribuindo para o sucesso da implementação do sistema”. O coordenador científico do Conselho Federal de Farmácia (CFF), José Luis Maldonado, tem uma visão diferente do porquê se fez necessário adiar a rastreabilidade no País: “Nos reunimos por diversas vezes com todos os atores envolvidos nesse processo, apresentamos modelos de outros países, fizemos simulações, tivemos muitas discussões, em todas as instâncias. Quando a Anvisa tomou a posição de que cuidaria da regulamentação, passamos a receber respostas de que os diretores estavam tratando do assunto. A decisão de suspender a rastreabilidade é necessária porque nada foi feito pela Anvisa até agora”.
MOTIVO DO IMPASSE Uma das razões que impediram que a rastreabilidade fosse levada adiante foi um impasse entre as entidades representativas do setor com relação ao compartilhamento de informações. 56
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A CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE RASTREABILIDADE É COMPLEXA E DIVIDIU OPINIÕES DENTRO DO SETOR FARMACÊUTICO. O ÚNICO PONTO QUE OBTÉM UNANIMIDADE É QUANTO AOS BENEFÍCIOS QUE SERÃO OBTIDOS A PARTIR DA ADOÇÃO DO CONTROLE DE CIRCULAÇÃO DE MEDICAMENTOS De acordo com a Lei 11.903/09, as informações lidas pelos setores de distribuição e varejo a respeito da movimentação de medicamentos deveriam ser compartilhadas com o fabricante, para que houvesse controle total da circulação a respeito da mercadoria. Distribuição e varejo mostraram-se contrários à ideia de dividir dados comerciais considerados estratégicos. Esse entrave foi corrigido pelo PL 4.069/15, que se encontra em fase final de aprovação, aguardando apenas a votação da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para depois ser sancionado. O texto prevê que as informações concedidas pelos fabricantes, distribuidores e varejistas a respeito da circulação de medicamentos serão armazenadas em banco de dados, centralizado pelo governo federal. Os registros serão confidenciais e não poderão ser divulgados ou comercializados. Um elo da cadeia farmacêutica poderá consultar apenas os dados que ele mesmo inseriu no sistema. “Esse projeto deixa a rastreabilidade mais factível para todos os elos da cadeia. Sempre defendemos que tínhamos que ter rastreabilidade para todo mundo, não só para o setor produtivo, senão seria uma rastreabilidade saci, como costumávamos dizer. Só uma parte do mercado estaria fazendo. Agora ficou claro que tanto as farmácias quanto os distribuidores não vão precisar repassar dados para a indústria e, sim, para a Anvisa. A lei anterior dificilmente seria aplicada, tanto que se passaram anos e ela não conseguiu sair do papel”, defende o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini.
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RASTREABILIDADE
A SAGA DA RASTREABILIDADE DE MEDICAMENTOS NO BRASIL
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A então deputada federal pelo estado do Amazonas, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresenta à Câmara Federal um Projeto de Lei (PL) que visava à implantação de um sistema de rastreabilidade de medicamentos.
O PL 11.903/09, que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, é aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais e enviado para o poder executivo.
O despreparo do mercado para a adoção da legislação pode ser notado em uma pesquisa realizada pela Accenture com executivos sênior de 79 companhias de operação logística que atuam no País, entre novembro e dezembro de 2015 – um ano antes da suposta implantação do sistema de rastreabilidade. Apesar de 70% dos entrevistados afirmarem ter como uma das principais metas adequarem-se a regulações vigentes, quando questionados a respeito das novas regras de rastreabilidade de medicamentos, apenas 58% das empresas participantes da pesquisa afirmaram estar prontas para operar dentro do novo modelo no prazo estipulado. Agora, as empresas que ainda não estavam adequadas ao sistema ganharam mais tempo para realizar os ajustes necessários. Além de dar nova solução para o compartilhamento de informações sobre a circulação de medicamentos, o PL também fixa novos prazos para que esse Sistema seja implantado. De acordo com o diretor presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, a apresentação de novas datas foi a principal razão para o adiamento da implantação da rastreabilidade ainda em 2016. “Com a medida, a Agência dá garantia jurídica e previsibilidade ao funcionamento do sistema regulatório de medicamentos, uma vez que os prazos que estavam vigentes estabeleciam a implementação total da rastreabilidade para todos os medicamentos comercializados e distribuídos no Brasil até 11 de dezembro 58
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2009: A Lei 11.903/09 é sancionada pelo então presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva.
de 2016, em discordância com o que está sendo proposto no PL 4.069/15”, justifica.
NOVOS PRAZOS Como o PL 4.069/15 não precisa ser votado em plenário, apenas depende da votação da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, espera-se que seja aprovado ainda este ano. Depois de promulgado pelo presidente da república, Michel Temer, serão colocadas em prática as quatro etapas de implantação da rastreabilidade, previstas no próprio texto do PL: 1. Uma vez promulgada a nova lei, a Anvisa terá quatro meses para concluir as normas de regulamentações do sistema, definindo, por exemplo, as categorias de medicamentos que estarão sujeitas ao rastreamento. 2. Depois de concluída a regulamentação, a indústria, os importadores e os representantes da distribuição e do varejo escolhidos pela Anvisa terão até um ano para, em caráter experimental, receber e transmitir dados referentes a, no mínimo, três lotes de medicamentos. 3. Depois disso, o órgão fiscalizador terá até oito meses para análise e correção dos resultados obtidos na fase experimental. 4. A partir daí, serão mais três anos para a completa implementação do sistema.
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2012: Fim do prazo para a adoção da rastreabilidade, conforme previsto em lei.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou uma nova resolução que definia que o sistema começaria a funcionar somente em dezembro de 2016.
Em setembro, a Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou um regulamento que suspende a eficácia do artigo 23 da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 54/13 e adia a implantação da rastreabilidade
CURIOSIDADES • Estima-se que 3,9 bilhões de medicamentos circulem por ano no Brasil. • O Projeto de Lei 4.069/15 prevê que os fabricantes de medicamentos terão de inserir, tanto na embalagem primária quanto na secundária, um código bidimensional (semelhante ao código de barras). • Esse código é capaz de armazenar uma série de informações, como número serial, validade e lote, denominado de Identificador Único de Medicamento (IUM). • Todos os elos da cadeia que separam o fabricante do consumidor – distribuidores, hospitais, laboratórios e farmácias – terão de adotar sistemas capazes de ler essas informações e repassar os dados a um banco de dados de responsabilidade do governo federal. • Com esses dados, será possível ter controle sobre o histórico, a aplicação ou localização de medicamentos, evitando falsificação, roubo ou desvio de cargas.
BENEFÍCIOS FINAIS A criação de um sistema de rastreabilidade é complexa e, por muitas vezes, dividiu opiniões den-
tro do setor farmacêutico. O único ponto que obtém unanimidade é quanto aos benefícios que serão obtidos a partir da adoção do controle de circulação de medicamentos. “A implantação da rastreabilidade de todos os medicamentos no País garante que as autoridades sanitárias tenham condições de atuar de forma efetiva nas ações de fiscalização e em situações como o desvio de qualidade e a retirada de produtos irregulares do mercado. A rastreabilidade é uma ferramenta fundamental para o monitoramento, controle e segurança dos medicamentos aos pacientes e profissionais de saúde”, declara o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CFR-SP). A medida ganha ainda mais urgência se forem consideradas questões, como: os altos níveis de falsificação, contrabando e desvio de cargas de medicamentos registrados no País. Nos três primeiros meses de 2016, por exemplo, somente a região do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, registrou um crescimento de 37% no número de roubos de carga. Para evitar o problema, as transportadoras investem pesado. Em alguns casos, a metade do valor pago em frete é voltado para a segurança. Com um sistema nacional de controle de medicamentos, essas despesas com o monitoramento da mercadoria seriam diluídas entre todos os players do mercado. 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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Um ano de transição PRESSIONADA PELO FRACASSO ECONÔMICO E POR SUCESSIVAS DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO ENVOLVENDO ALIADOS, DILMA ROUSSEFF FOI RETIRADA DO GOVERNO. AGORA, O MERCADO OBSERVA ATENTAMENTE OS PASSOS DO NOVO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MICHEL TEMER POR FLÁVIA CORBÓ
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No ano de 2009, quando o Brasil ainda era governado por Luiz Inácio Lula da Silva, um Cristo Redentor em ascensão estampou a capa da revista britânica The Economist, junto a um editorial de 14 páginas que afirmava que o País havia conquistado seu espaço no cenário mundial. Na ocasião, a recente escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 foi considerada o marco simbólico da força dessa potência emergente.
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As Olimpíadas, de fato, ocorreram em solo brasileiro, mas em um cenário muito diferente daquele desenhado pela publicação britânica há sete anos. Desde que Dilma Rousseff assumiu a presidência da República em 2011, os rumos da economia começaram a mudar, até atingir uma grave crise durante o segundo mandato, iniciado em 2015 e interrompido precocemente por meio de um processo de impeachment. De acordo com o economista Ricardo Amorim, em palestra no Fórum de Beleza Beauty Fair, a exIMAGENS: SHUTTERSTOCK
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O PANORAMA DE UMA TRANSIÇÃO
Março de 2015 Denúncias da Operação Lava Jato da Polícia Federal provoca protesto de um milhão de pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, e em outras regiões do País.
Setembro de 2015 Os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior e a advogada e professora da Universidade de São Paulo (USP) Janaina Paschoal entregam um pedido de impeachment à Câmara Federal. Ao longo do segundo mandato de Dilma, a Casa recebeu mais de trinta pedidos semelhantes.
Dezembro de 2015 O então presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, aceita o pedido e solicita a formação de comissão especial do impeachment.
Março de 2016 A comissão é formada, seguindo as orientações do Superior Tribunal Federal (STF). Uma comissão anterior foi considerada irregular pelo órgão.
Abril de 2016 Plenário da Câmara decide abrir inquérito contra a então presidente da República Dilma Rousseff.
Maio de 2016
Agosto de 2016 NÃO SIM Depois do período de 180 dias para NÃO defesa e acusação apresentarem suas justificativas, o processo de impeachment começa a ser julgado no Senado.
NÃO
SIM
SIM
O Senado Federal também acata o pedido de abertura do impeachment e Dilma é obrigada a se afastar do cargo durante as investigações. Michel Temer assume a presidência interinamente. 31 de agosto de 2016 O impeachment é aprovado por 61 senadores e Dilma Rousseff perde o mandato. No mesmo dia, Michel Temer faz o discurso de posse.
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RETROSPECTIVA
-presidente tomou uma série de decisões equivocadas, que fizeram o País acompanhar a retomada da inflação, um desemprego assustador, alta do dólar, fuga do capital estrangeiro, entre outras mazelas. Ao mesmo tempo em que a economia afundou, a ponto do mesmo Cristo Redentor ser novamente capa da The Economist , mas, dessa vez, em queda, a Operação Lava Jato expôs um dos maiores esquemas de corrupção já descobertos no País. Dilma sofreu um processo de impeachment e Michel Temer assumiu a presidência. O resultado de todas essas turbulências políticas e econômicas foi de um ano desafiador. No entanto, agora a expectativa é de que 2016 se encerre de maneira menos ruim do que o esperado antes da saída da ex-presidente Dilma. Ainda que se veja um horizonte mais azul adiante, muitos problemas seguem sem solução. A indústria farmacêutica, por exemplo, deve fechar o ano com crescimento abaixo da inflação. Um dos grandes vilões do setor é o desemprego, que afeta os usuários de planos de saúde e, consequentemente, a venda de medicamentos na ponta. Além disso, toda a indústria enfrenta uma crise de queda de rentabilidade. “Nos últimos três anos, perdemos muita rentabilidade por conta da alta do dólar, dos custos trabalhistas, da tributação. Isso tem impactado muito o setor. Sabemos que temos de apertar o cinto como toda economia do País”, revela o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma-SP), Nelson Mussolini. O governo atual tem se mostrado disposto a propor novas soluções para antigas questões, mas há quem ainda se mantenha receoso quanto às iniciativas.
RUMOS DA SAÚDE Enquanto os economistas estão satisfeitos com os primeiros passos do governo Temer, as entidades da área da saúde também se mostram aliviadas com o tratamento dado ao setor. A princípio, a chegada de uma nova na liderança no ministério, com as mudanças efetuadas por Temer, deixou todos apreensivos. Nos últimos dois anos, a pasta já havia sofrido três mudanças no comando, até que Ricardo Barros (PP-PR), engenheiro civil que ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados, foi o escolhido de 62
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Temer. “O ministro está pouco tempo à frente da Pasta, mas já temos um diálogo muito transparente. Ele coloca de forma muito clara as dificuldades que o Ministério está enfrentando e a necessidade de fazer uma renegociação do que o governo compra e da forma que compra. Também pudemos explicar nossos problemas e, assim, procurar soluções conjuntas”, garante Mussolini. Nem mesmo a apresentação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que prevê um congelamento dos gastos públicos – incluindo Saúde – para os próximos 20 anos, tira a confiança da indústria farmacêutica no novo governo. Mussolini se mostra tranquilo em relação à medida, que está perto de ser aprovada no Senado Federal. “Temos de ter isso. Não há que se discutir uma possível perda de direitos sociais. O Brasil foi obrigado a tomar esse remédio amargo, porque estava numa situação muito ruim”, defende. Para Mussolini, a alternativa para reequilibrar as contas seria o aumento da arrecadação, por meio de impostos. Para ele, um remédio ainda mais amargo: “Nossa carga tributária já é extremamente alta pelos serviços que pagamos. Acho que o melhor a fazer é economizar, como parece que o governo está tentando agora”. O executivo ainda garante que a Saúde não irá perder recursos. “Não adianta bater na tecla de que a Saúde precisa de 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Se ele continuasse a cair, perderíamos muito mais dinheiro. Há instrumentos que garantem que a Saúde continue recebendo as verbas necessárias. As apresentações feitas pelo Ministério da Saúde mostram que temos um problema sério de gestão. Precisamos cuidar melhor do dinheiro do contribuinte. Isso vai, sem dúvida, melhorar a performance do País e poderemos melhorar o nível de saúde que temos hoje.” Outra questão que vem sendo debatida, ainda que com muito menos alvoroço, são as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) entre governo e indústrias farmacêuticas. “Percebemos que há um alinhamento muito claro de transformar políticas de Ministério em políticas de Estado. É isso que estamos enxergando com esse novo grupo que está comandando o País”, aponta Mussolini. O próximo ano será cheio de desafios e os próximos meses serão cruciais para os dois anos subsequentes.
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PONTO DE VENDA
Planejar para prosperar DEPOIS DE UM 2016 DESAFIADOR, EMPRESÁRIOS E GESTORES PRECISAM TER FOCO E CAUTELA PARA TRAÇAR OS RUMOS DE 2017. CRIAR UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PODE AUXILIAR A TRAÇAR METAS CLARAS E FACTÍVEIS
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POR FLÁVIA CORBÓ
Nos últimos dois anos, não foi somente a crise econômica que atrapalhou o sono dos donos de pequenas e médias farmácias, a chegada de lojas de grandes redes também preocupava. Mas em vez de se intimidar diante do obstáculo, muitos empresários decidiram enfrentar a concorrência por meio da definição e execução de um planejamento estratégico – documento elaborado pelos gestores
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de um empreendimento, a fim de analisar resultados, antever obstáculos e detectar oportunidades. O ideal é que esse processo seja feito anualmente, a partir do início do último trimestre do ano, com base em informações recolhidas junto a todos os envolvidos com o negócio – consultores, concorrentes, fornecedores, clientes, funcionários –, além da consulta em revistas e pesquisas de indústrias e entidades do setor. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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PONTO DE VENDA
SOBRE OS CONCORRENTES O varejista precisa se perguntar quem são os concorrentes diretos, como estão posicionados, quais diferenciais possuem em termos de estrutura, produtos, serviços oferecidos, preço e margem de operação que executam. “As respostas a essas perguntas ajudarão na identificação dos pontos de melhoria do negócio e farão com que os varejistas enxerguem como podem se diferenciar em relação aos concorrentes para conquistar mais clientes e fidelizar os atuais”, explica o docente da Business School São Paulo (BSP), Fabio Gonçalves de Oliveira. Depois de estudadas as ameaças oferecidas pelos concorrentes atuais, é preciso se questionar se existe a possibilidade de novos entrantes no mercado. Se sim, como eles atuarão, o que eles oferecerão e como será possível evitar perder espaço (market share)? Em um movimento oposto, o gestor também deve identificar se haverá saída de concorrentes do mercado. Se sim, as perguntas devem avaliar se há oportunidades de preencher a lacuna aberta e como isso poderia ser feito.
SOBRE OS CLIENTES É hora de mostrar o nível de conhecimento que o varejista tem de seu consumidor. Segundo Oliveira, é preciso fazer as seguintes perguntas: quem são os meus principais clientes, qual o perfil deles, o que gostam sobre o meu serviço e produto, o que não gostam e como posso melhorar? Há algum serviço ou produto que não ofereço hoje que pode ser complementar e gerar mais receita, ao mesmo tempo em que encante os clientes?
Considerar possíveis mudanças de hábito de consumo também é importante. Para isso, valem os seguintes questionamentos: há alguma mudança no perfil dos meus clientes? Estão dispostos a comprar pelo celular? De que forma e em qual grau foram afetados pela crise econômica?
SOBRE OS FORNECEDORES A exemplo do exercício feito com a concorrência, é preciso definir quais são os principais fornecedores, como funciona a negociação com cada um deles, quais os planos de lançamento de novos produtos, preços de vendas, condições de negociação, volume e como eles consideram a empresa/farmácia no plano de negócios deles. Avaliar riscos e oportunidades também é importante: é possível a redução de portfólio/mix de produtos? É necessário fazer uma mudança de faixa de preço? É possível negociar um prazo e preço melhores?
ESTRUTURA ATUAL E FUTURA É o momento de olhar para dentro, de forma honesta, sem esconder falhas ou defeitos. O varejista deve avaliar se o quadro de funcionários está capacitado e é suficiente para o plano do próximo ano, se há gargalo ou necessidade de desenvolvimento, considerando o faturamento da loja, se o nível de estoque está adequado ou há altos índices de ruptura, entre outros pontos da gestão interna. A partir disso, é preciso definir onde estão os pontos de melhoria e o que deve ser feito para que as melhoras aconteçam: treinar, contratar, substituir, demitir? É necessário ampliação ou otimização do espaço? É possível melhorar a negociação com os fornecedores para ser mais competitivo?
PLANEJAMENTO NA CRISE Durante momentos econômicos desfavoráveis, a incerteza aumenta, portanto, o planejamento estratégico deve ser flexível e os gestores devem estar prontos para executar mudanças a qualquer hora. Os principais fatores de risco a ser considerados são os que estão relacionados com a estrutura da empresa, pois alterações neste aspecto têm custo alto e será requerido mais tempo para a execução. Ao mesmo tempo, empresas que têm uma boa reserva de caixa podem pensar em expansão, já que preços de compra ou aluguel de imóvel tendem a apresentar valores mais baixos em momentos de crise. Também se devem buscar melhores negociações com fornecedores, já que todos estão interessados em manter a clientela a qualquer custo.
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PONTO DE VENDA
VISÃO DA EMPRESA NA PRÁTICA Uma ferramenta gerencial importante para a criação de um planejamento estratégico é o Balanced Scorecard (BSC), que alinha as atividades do negócio com a visão e missão da empresa, melhorando a comunicação interna e externa ao mesmo tempo em que auxilia o administrador a medir a performance da empresa. Essa teoria foi desenvolvida por Robert Kaplan e por David Norton, da Harvard Business School. A figura abaixo ilustra e exemplifica um modelo de BSC que pode ser adaptado para a realidade de cada empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte.
MAPAS ESTRATÉGICOS: MODELO SIMPLES DE CRIAÇÃO DE VALOR
ESTRATÉGIA
• Perspectiva do cliente “Para realizar a visão como devemos cuidar de nossos clientes?”
• Perspectiva financeira “Se formos bem-sucedidos, como seremos percebidos pelos nossos acionistas?”
• Perspectiva de aprendizado e crescimento “Para realizar nossa visão, como a organização deve aprender a melhorar?” Fonte: MAPAS ESTRATÉGICOS, Robert, S. Kaplan e David P. Norton. Ed. Campus
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SETOR PRIVADO
• Perspectiva interna “Para satisfazer os clientes, em que processos devemos ser excelentes?”
AÇÕES PRÁTICAS Depois de destacadas as oportunidades que estão no horizonte, os riscos que podem ameaçar a prosperidade dos negócios e as ações que devem ser tomadas ao longo do próximo ano, é preciso definir as responsabilidades de cada um dentro de cada medida a ser tomada, os custos de cada uma delas, além de criar um cronograma para que a execução das tarefas seja monitorada e, efetivamente, saia do papel. “A maior dificuldade das pequenas e médias farmácias é a falta de cultura de planejamento. A maioria dos pontos de venda tem uma gestão tradicional, que passa de pai para filho. Ganham dinheiro mesmo atuando sempre no ritmo, então acabam se acomodando. Não se atentam que o mercado está mais agressivo, que as grandes redes estão vindo com mais força”, alerta o analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Anderson Gulatieri Corrêa. Planejamento estratégico é fundamental, principalmente para quem precisa buscar novos clientes a fim de conseguir superar a migração de parte deles para farmácias de maior porte. “Tem de pensar estrategicamente, melhorar faturamento por meio da gestão da clientela. As farmácias que já possuem uma boa carteira de clientes têm de focar em fazer com que eles gastem mais, melhorar o tíquete médio”, orienta Corrêa.
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GESTÃO
Festa de confraternização DEPOIS DE UM ANO TODO, DE MUITO TRABALHO E DEDICAÇÃO, COLABORADORES ESPERAM POR UM MOMENTO DE DESCONTRAÇÃO. ELES SE SENTEM ACARICIADOS PELA EMPRESA
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MARCELO CRISTIAN RIBEIRO Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento 70
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A festa de confraternização é um momento importante na empresa e, apesar de toda a “crise” de orçamento e pressão por custo, ela possui muitas vantagens. 1. Para muitas empresas, ela é a única oportunidade de se reunir. 2. Não pode ser encarada como “despesa”, mas como um investimento... com a premissa de que funcionários mais integrados geram mais resultados. 3. Gera comprometimento e sensação de pertencimento. Algumas dicas: 1. Utilize como uma ferramenta importante e motivadora. 2. A empresa precisa fazer parte da organização. Saiba o que está acontecendo, evite deixar os funcionários fazerem, como se fosse uma ação deles... é mais vantajoso quando a empresa está envolvida. 3. Faça uma retrospectiva sobre o que houve no mercado, descubra as coisas boas para falar: as ruins, ou melhor, as que precisam ser melhoradas, deixe para quando você realizar a primeira reunião do ano, que trata do planejamento. 4. Antecipe as coisas boas que acontecerão: reformas, troca de mobiliário, casamentos, programas de treinamento. 5. Oriente seus gerentes, para que repassem a equipe o “bom senso” e postura ética durante a festa. 6. Crie um clima amistoso na festa. 7. Inove na sua festa, festas temáticas são marcantes (country, Havaí). 8. Faça um convite (impresso) para que todos estejam presentes.
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9. Vá conversar pessoalmente com funcionários que não queiram ir, descubra os motivos... 10. Se você se planejou, utilize os brindes adquiridos durante o ano para presentear a equipe. 11. Evite sorteios, empresas vivem de resultados e não de sorte! Distribua os melhores presentes devido a MERITROCRACIA de cada um. 12. Brindes melhores podem ser utilizados como ferramentas: a. Melhor atendente; b. Melhor vendedor; c. Profissional destaque; d. Crie suas premiações; e. Melhor gerente; f. Gerente destaque; g. Reconhecimento da equipe; h. Reconhecimento dos clientes. (Peça para os clientes votarem nos funcionários que mais gostam). 13. Faça um concurso de talentos (poesia, música, teatro). 14. Peça para que tragam um quilo de alimentos e depois leve todos a uma instituição. 15. Tire fotos, imprima e depois coloque no mural. 16. Faça uma dinâmica dos SONHOS: peça para escreverem seu sonho em um papel, coloque dentro de uma bexiga e encha com gás hélio. Solte todos juntos para o céu. 17. Testemunhos: combine com três ou mais pessoas sobre como é trabalhar na sua empresa, como se sentem e o que almejam. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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CEFALEIA
nte Dor late latente EXISTEM MAIS DE 200 TIPOS DE DORES DE CABEÇA, PORÉM, AS MAIS COMUNS SÃO A ENXAQUECA E A CEFALEIA TENSIONAL. ESTIMA-SE QUE CERCA DE 90% DA POPULAÇÃO ADULTA SOFRA COM EPISÓDIOS FREQUENTES POR VIVIAN LOURENÇO
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Ter qualquer tipo de dor é um problema, mas quando ela é na cabeça, parece que o incômodo é ainda maior. Ela acaba prejudicando o andamento das tarefas do dia a dia e faz com que a pessoa recorra aos medicamentos para aliviar a tensão. Mas é preciso cuidado, nem toda dor de cabeça é igual e alguns sintomas específicos servem de alerta para distingui-las. Segundo a médica neurologista, membro titular e vice-coordenadora do departamento científico de cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Dra. Celia Roesler, existem mais de 200 tipos de dores de cabeça e, dentro deste universo, elas podem ser classificadas em primárias e secundárias; sendo que as primárias são a própria doença e as secundárias são as dores de cabeça que ocorrem como sintoma de outra doença (por exemplo, sinusite, meningite, tumores cerebrais, aneurismas, etc.). “As dores de cabeça mais comuns são: enxaqueca, cefaleia em salvas e cefaleia do tipo tensional.” Além disso, o neurologista do Hospital Villa-Lobos, da Rede D’Or São Luiz, Dr. Flávio Sekeff Sallem, explica que as cefaleias primárias dividemse em enxaqueca ou migrânea, cefaleia tipo tensional, cefaleias trigêmino-autonômicas, sendo a mais comum a cefaleia em salvas, e outros tipos mais raros, como cefaleia hípnica, cefaleia do esforço, cefaleia por atividade sexual, cefaleia em facada primária, cefaleia em trovoada primária, etc. Outro ponto destacado pelo neurologista do Hospital Santa Catarina (SP), Dr. Rogério Adas Aires, é que a maioria das dores de cabeça é considerada primária, sem causas definidas. “O mais comum é a cefaleia tipo tensional e a enxaqueca, que atingem cerca de 80% das pessoas.”
CONTROLE DA DOR De acordo com o neurologista do Hospital Villa-Lobos, da Rede D’Or São Luiz, Dr. Flávio Sekeff Sallem, os analgésicos devem ser usados com parcimônia. Em casos de cefaleias primárias mais frequentes, aconselha-se o uso de medicações profiláticas, de uso diário. A médica neurologista, membro titular e vicecoordenadora do departamento científico de cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Dra. Celia Roesler, destaca que, especificamente para enxaqueca, há medicamentos vasoconstritores, recomendados para abortar crises de dor, pois, numa crise, o paciente tem vaso dilatação e um processo inflamatório (por isso a dor latejante). “Os analgésicos comuns associados à cafeína são indicados para cefaleia tensional ou àquela enxaqueca esporádica, que ocorre uma vez por semana. Já para a cefaleia em salvas, não existe um tratamento específico porque não sabemos quando ela irá acontecer. Os tratamentos são totalmente personalizados segundo a crise de cada paciente”, detalha a especialista. Os tipos de medicamentos mais utilizados, como destaca o Dr. Sallem, são: analgésicos comuns, como dipirona e paracetamol; derivados do ergot, triptanos, como o sumatriptano e o naratriptano; e anti-inflamatórios não hormonais, como o naproxeno e o cetoprofeno. “Medicações profiláticas em casos de crises mais do que uma a duas vezes por semana ou em crises intensas, como topiramato, propranolol, antidepressivos tricíclicos, divalproato de sódio e flunarizina; além de acupuntura, biofeedback, terapia nutricional, fisioterapia e Reavaliação Postural Global (RPG) também podem ser combinados com os medicamentos.”
CARACTERÍSTICAS DE CADA UMA Cada dor de cabeça, como mencionado, tem uma característica diferente e a Dra. Celia orienta como cada uma se manifesta e qual é o público mais acometido: • Enxaqueca: essa é a dor de cabeça mais rica em sintomas. Mais comum em mulheres e pode ser hereditária. Geralmente, ela é
pulsátil e pode acometer um lado da cabeça, mas quando muito forte, também pode atingir os dois lados da cabeça ou a cabeça toda; pode durar de quatro a 72 horas e vir acompanhada de náuseas ou vômitos, intolerância a luz, cheiro, movimento e barulho. É uma das dores de cabeça mais incapacitantes, pois interrompe os bons momentos da vida. 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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ESPECIAL SAÚDE
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Dentro desse cenário, também existe a enxaqueca com aura e sem aura; ambas têm os mesmos sintomas já descritos anteriormente, mas a diferença é que a com aura, antes de se instalar a dor, o paciente tem alterações visuais, como luzes tremulantes, bolas escuras ou cobras luminosas, e pode até perder metade da visão (ver metade de uma pessoa, por exemplo) e alterações sensitivas, dormência só de um lado que começa na mão, vai para o antebraço, braço, a metade do rosto e metade da
Cerca de 90% da língua, tudo progressivo, e população adulta sofre com o a fase sensitiva e visual poproblema de durar de dez a 40 minutos. Importante: as mulheres acometidas pela enxaqueca com aura não podem usar anticoncepcional combinado (ou seja, que contém progesterona e estrogênio). Elas devem usar os que são compostos só de progesterona – além de não poderem fumar porque aumenta o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e trombose.
LOCALIZAÇÃO DAS DORES Enxaqueca: geralmente, ela é pulsátil e pode acometer um lado da cabeça, mas quando muito forte, também pode atingir os dois lados da cabeça ou a cabeça toda
Cefaleia tensional: a dor se localiza em peso na nuca ou na cabeça toda e sua intensidade pode ser moderada
Cefaleia em salvas: a dor é lancinante, muito forte, insuportável – como se o ferro em brasa perfurasse o cérebro. Ela pega um lado só da cabeça e em cima dos olhos
Fonte: médica neurologista, membro titular e vice-coordenadora do departamento científico de cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Dra. Celia Roesler
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MITOS E VERDADES Existem alguns mitos e verdades muito interessantes em torno desse tema: MITOS • Criança não tem enxaqueca: elas também podem sofrer com dor de cabeça devido a muito esforço, falta de sono, má alimentação. Os gatilhos comuns para adultos atuam da mesma forma no organismo das crianças. • Cefaleia forte é enxaqueca: enxaqueca pode ser de moderada a forte intensidade, mas há muitas condições, muitas delas graves, que podem produzir cefaleia intensa. • Enxaqueca crônica não tem tratamento: embora a doença não tenha cura, sempre é possível tratála, espaçando a ocorrência de crises e amenizando a intensidade dos sintomas. Para tanto, é necessário um seguimento profissional com orientações dirigidas para cada caso. • Os medicamentos analgésicos para dor de cabeça podem ser tomados livremente: o uso indiscriminado de analgésicos em médio e longo prazo gera efeito rebote, requerendo o consumo de mais medicamento, com consequente aumento das crises e de sua intensidade. • A toxina botulínica cura a enxaqueca crônica: embora se mostre como um tratamento eficaz para a prevenção das crises e da intensidade dos sintomas, assim como os medicamentos orais (betabloqueadores, antidepressivos e neuromoduladores), a toxina botulínica não cura a doença. • Dor de cabeça crônica pode ser aneurisma cerebral: aneurisma cerebral pode levar a sintomas, quer seja por compressão de estruturas adjacentes e, neste caso, levaria a sinais focais, como perda de visão, fraqueza e alterações de fala, ou quando de sua ruptura, ocasionando cefaleia de intensidade insuportável, de início súbito, caracterizando a hemorragia subaracnoide.
• Dor de cabeça crônica significa sinusite: sinusite produz cefaleia em ataques de agudização da infecção, com febre, dor facial e secreção nasal amarelada ou esverdeada. As sinusopatias, ou espessamento de mucosa nasal, raramente produzem cefaleia. VERDADES • A enxaqueca pode ser hereditária: sim, a enxaqueca pode ser hereditária, ou seja, herdada de pais para filhos. Tal fato faz com que muitas pessoas acreditem que sofrer com o problema é normal. Porém, sentir dor nunca é normal e ela pode ser tratada. • Mulheres são mais acometidas por enxaqueca crônica: embora muitas das causas da enxaqueca não estejam definidas, é fato que existe um volume maior de mulheres acometidas pela doença, o que leva a indicações de fatores hormonais. • Hábitos saudáveis amenizam os sintomas da enxaqueca crônica: uma vez que os pontos de gatilho das crises de enxaqueca estão diretamente relacionados aos hábitos de vida, manter uma rotina de alimentação e atividades físicas equilibradas favorece a qualidade de vida de quem sofre com a doença. Além disso, complementar esses hábitos com psicoterapia comportamental direcionada para dor, acupuntura, técnicas de relaxamento, hidroginástica, atividade física de relaxamento (ioga, pilates) e massagem são excelentes alternativas que podem ajudar no alívio da dor e até atuar como preventivos. • O abuso de analgésicos pode levar a piora da dor: o abuso de analgésicos, especialmente em enxaqueca, pode desestruturar os mecanismos endógenos de compensação de dor, além de causar anormalidades bioquímicas que podem levar à cronificação da cefaleia. • Alimentos podem desencadear dor de cabeça: alguns alimentos, como chocolate, café, doces, gorduras, embutidos, podem levar, através de mecanismos bioquímicos, por substâncias presentes em suas fórmulas, ao início ou à piora de uma crise de enxaqueca.
Fontes: neurologista do Hospital Villa-Lobos, da Rede D’Or São Luiz, Dr. Flávio Sekeff Sallem; e médica neurologista, membro titular e vice-coordenadora do departamento científico de cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Dra. Celia Roesler
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• Cefaleia tensional: é a mais comum de todas. Apresenta dor moderada e acontece de vez em quando porque a pessoa dormiu pouco, trabalhou muito, ou consumiu bebida alcoólica em excesso, e a dor cede com qualquer analgésico (paracetamol, por exemplo). A dor se localiza em peso na nuca ou na cabeça toda e sua intensidade pode ser moderada. • Cefaleia em salvas: é a pior dor de cabeça que existe e é mais comum em homens. É uma dor que acomete, geralmente, pessoas tabagistas. A dor é lancinante, muito forte, insuportável – como se o ferro em brasa perfurasse o cérebro. Ela pega um lado só da cabeça e em cima dos olhos, que lacrimejam; a pálpebra cai e o nariz também entope. Pode durar até três meses, cada crise pode ter de 15 a 180 minutos e o paciente pode ter até oito crises por dia se não estiver sendo tratado. E a dor não melhora com repouso. Não existe tratamento preventivo para essa cefaleia, mas há tratamento abortivo para cessar a dor e tirar o paciente da crise, pois se trata de uma dor sazonal, que pode ocorrer de uma a duas vezes por ano. Para se ter uma ideia, essa cefaleia já foi conhecida como cefaleia suicida porque pacientes tentaram se matar com o intuito de dar fim às dores.
INCIDÊNCIA NA POPULAÇÃO Além da dor de cabeça, o Dr. Sallem, do hospital Villa-Lobos, salienta que o acometido pode ter ainda, durante uma crise, náuseas, vômitos, mal-estar, sintomas disautonômicos, como diarreia ou sudorese em casos mais intensos, fotofobia e fonofobia no caso da enxaqueca, etc. “Algumas cefaleias secundárias podem vir acompanhadas de alteração visual (glaucoma), rigidez de nuca (meningite e hemorragia subaracnoide), sinal focal (isquemia ou hemorragia cerebral), edema de papila (hidrocefalia aguda e hipertensão intracraniana).” Segundo o neurologista, a incidência da doença na população varia conforme o tipo. “No caso da enxaqueca, provavelmente por fatores hormonais sexuais, as mulheres são de duas a três vezes mais afetadas do que os homens. A cefaleia tensional pode acometer ambos os sexos, ligeiramente mais os homens.
Já a cefaleia em salvas ocorre quase duas vezes mais em homens.” Com relação às cefaleias secundárias, não há distinção de frequência entre sexos. “Em torno de 75% a 90% da população adulta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sofre com cefaleia. Apesar da tensional responder pela maior parte dos casos totais, a enxaqueca responde pela maior parte dos casos vistos em serviços médicos. A enxaqueca responde por 20% das cefaleia em adultos”, alerta o Dr. Sallem. Porém, não é porque a dor de cabeça é comum que o paciente não precisa investigar suas causas, como alerta o Dr. Aires, do Hospital Santa Catarina (SP). “Os sinais de alerta começam quando a dor é diferente da usual (nunca teve na vida) ou é uma dor repentina e muito forte. Também é bom procurar um especialista quando a dor acontecer mais de uma vez por semana.” 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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Desconfortos do período MUITA COMIDA E BEBIDA, JUNTAMENTE COM O CALOR, TRAZEM À TONA PROBLEMAS ESTOMACAIS RECORRENTES DO EXAGERO. SINTOMAS, COMO MÁ DIGESTÃO, AZIA, ESTUFAMENTO E QUEIMAÇÃO, TORNAM-SE RECORRENTES POR KATHLEN RAMOS E VIVIAN LOURENÇO IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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O clima mais quente e a proximidade das festas de fim de ano são extremamente propícios para que as pessoas comam e bebam mais. Contudo, nem sempre essa alimentação é saudável, já que são consumidos alimentos gordurosos e com poucos nutrientes. Nesta época do ano, os brasileiros preferem os alimentos ricos em carboidratos, doces e bebidas alcoólicas. De acordo com a nutricionista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dra. Mirian Martinez, o consumo de alimentos em volume maior do que a necessidade do corpo faz com que o excesso seja convertido em gorduras, que se acumula e resulta naqueles quilos a mais, além de propiciar inchaço e sobrecarga de alguns órgãos, como fígado e rins, que são os responsáveis pela eliminação das toxinas do organismo. Essa sobrecarga pode gerar os sintomas citados e, por isso, evitar os excessos é uma questão de saúde e bem-estar. Segundo informa a assessoria de imprensa de Estomazil®, na ingestão de alimentos ricos em gorduras, frituras ou bebidas gaseificadas, como refrigerante e cerveja, existe risco de sintomas, como má digestão, azia, estufamento e queimação. Isso costuma passar após algumas horas de repouso e/ou com o uso de antiácidos.
SINTOMAS COMUNS Quem sofre com os excessos alimentares apresenta sintomas bem distintos, sendo de fácil detecção. Os mais comuns, como destaca a Dra. Mirian, são náuseas, vômitos, azia, má digestão, sensação de empachamento, gases, diarreia. Além disso, podem aparecer alergias com vermelhidão, prurido e coceiras; e também dor de cabeça, náusea e tontura. A assessoria de imprensa de Estomazil® explica como ocorrem os principais desconfortos: • Azia: sensação de queimação. Ocorre no esôfago e se propaga até a faringe. Além da queimação, o paciente pode apresentar arrotos e aumento da salivação. • Má digestão: dificuldade que o estômago tem de digerir determinados alimentos, especialmente os mais pesados e gordurosos. • Estufamento: sensação de que o estômago está muito cheio. Em alguns casos, por excesso de gases. 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA Antes da recomendação, é importante que o farmacêutico entenda quais sintomas o consumidor está sentindo para ajudá-lo na hora da compra. Além disso, é necessário conhecer de maneira detalhada as apresentações, composição, formas terapêuticas e indicações de cada medicamento. Em algumas situações, o farmacêutico também deve direcionar o paciente a uma consulta médica, são elas: • Pessoas com mais de 60 anos de idade. • Pessoas com histórico de mudança recente no aspecto ou consistência das fezes. • Histórico de mudança de hábito intestinal. • Emagrecimento (sem regime). • Ocorrência de sintomas muito frequente. Os antiácidos aliviam a azia, o estufamento e a má digestão. O medicamento atua neutralizando o excesso de ácido clorídrico no estômago. Já os indicados para problemas digestivos e relacionados ao fígado atuam ajudando a eliminar as toxinas do fígado, causadas pela ingestão em excesso de alimentos e/ou bebidas. Para aqueles que sofrem com os males da ressaca, os analgésicos são os mais indicados, para aliviar as dores de cabeça. Por isso, mantenha seu estoque abastecido e privilegie a exposição dos produtos de venda livre no balcão e no checkout. Nos casos de azia, um dos mais utilizados são os antiácidos, substâncias que atuam contra azia, desconforto estomacal, dor de estômago, dispepsia ou neutralizam a acidez do trato gastrointestinal. Hoje, os antiácidos estão disponíveis no mercado em duas apresentações: em sachê (pós-efervescentes de dose única) e pastilhas (comprimidos mastigáveis). Também para os casos de azia, podem ser indicados, de acordo com orientação médica, os bloqueadores H. Fonte: assessoria de imprensa de Estomazil®
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MAIS DO QUE INDICAR OU ORIENTAR UM PACIENTE COM ESSES PROBLEMAS, O FARMACÊUTICO PODE FAZER UM ÓTIMO TRABALHO EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO EM SAÚDE
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TRATAMENTOS INDICADOS A azia é o sintoma relacionado ao refluxo do suco gástrico para o esôfago. Quando isso ocorre, tem-se a sensação de queimação, que costuma ocorrer pouco depois das refeições ou ao deitar. Normalmente, quando esses sinais aparecem, um dos primeiros aspectos que podem ser observados pelos especialistas da área da saúde é a alimentação dos acometidos. Dietas muito temperadas ou gordurosas, aliadas com bebidas alcoólicas ou cigarro, podem desencadear mal-estar gástrico. De acordo com o especialista em gastroenterologia, Dr Décio Chinzon e o médico gastroenterologista, cirurgião geral da Clínica Healthme, Dr. Sérgio Barrichello são muitas as opções simples que podem aliviar a azia, passando desde um chá (camomila, alecrim, chá verde, hortelã, boldo, entre outros) até os pós-efervescentes (normalmente associações contendo bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico, ou outros sais). Alguns outros medicamentos também podem ajudar, como aqueles contendo hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio e salicilato de bismuto. Medicamentos contendo extratos de origem vegetal compostos (boldo, cáscara sagrada, ruibarbo, etc.) também podem ser eficazes. Como a acidez é uma produção excessiva de ácido clorídrico pelo estômago, alguns fármacos agem por neutralizar o excesso de acidez e outros agem por promover uma camada protetora sobre a mucosa gástrica. 84
Também conhecido por intestino preso, a prisão de ventre ou obstipação, é um distúrbio que caracteriza a dificuldade, constante, para evacuar. Um quadro de prisão de ventre (que faz com que o indivíduo evacue uma ou duas vezes por semana, com dificuldades), pode ter diversas causas, que passam por dieta com quantidade reduzida de fibras ou pouca ingestão de líquidos, por exemplo. Nestes casos, a ingestão de farelo de trigo, ameixas pretas, mel e chá de bardana poderão ajudar no alívio aos sintomas. Além disso, existem muitos laxantes à base de drogas de origem vegetal, como sene, Plantago ovata, tamarindo, alcaçuz, Cassia fistula, Coriandrum sativum, etc. Entre os medicamentos, estão o bisacodil, óleo mineral, associação de macrogol + bicarbonato de sódio + cloreto de sódio + cloreto de potássio, lactulose, sorbitol + lauril sulfato de sódio, entre outros. Mais do que indicar ou orientar um paciente com esses problemas, o farmacêutico pode fazer um ótimo trabalho em relação à educação em saúde com os usuários da drogaria. Inicialmente, os acometidos precisam saber sobre a importância da alimentação rica em fibras e prática de atividade física para a melhoria do trânsito do bolo fecal e a ingestão suficiente de água. É preciso lembrar, ainda, de que para casos específicos de prisão de ventre, é necessário um cuidado muito grande com os idosos, considerando que poderão perder, rapidamente, muito líquido com o uso de laxantes.
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MENOPAUSA
Fase delicada CONDIÇÃO FEMININA MARCA UMA SÉRIE DE MUDANÇAS EMOCIONAIS E FÍSICAS NA MULHER E UMA DELAS É O RESSECAMENTO VAGINAL, UMA SITUAÇÃO QUE ATINGE A MAIORIA DAQUELAS QUE ESTÃO VIVENDO O PERÍODO
E
POR ADRIANA BRUNO
Ela não tem data exata para chegar, mas a partir dos 45 até os 55 anos idade, é esperada. É essa a faixa etária para que as mulheres encerrem seu ciclo fértil e entrem em uma nova fase, a menopausa. Marcada pelo fim da menstruação e consequentemente da atividade ovariana, a menopausa traz consigo uma série de transformações. São mudanças que podem afetar também o lado emocional, uma vez que mexem, literalmente, com o funcionamento
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de um organismo tão complexo e ao mesmo tempo tão delicado. De acordo com estimativas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em 2007, a população feminina brasileira totalizava mais de 98 milhões de indivíduos. Nesse universo, cerca de 30 milhões tinham entre 40 e 65 anos de idade, o que significa que 32% delas estavam na faixa etária em que ocorre o climatério. “Atualizando esses dados para 2016, considerando que as proporções foram mantidas, temos mais IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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de 34 milhões de mulheres nessa faixa”, diz o ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Sérgio Podgaec. Na menopausa, os ovários param de produzir o hormônio estrogênio, completa ou quase que completamente, e esta alteração tem como consequência problemas, como o ressecamento vaginal, isto porque o estrogênio é o grande responsável pela manutenção das várias camadas de células da mucosa vaginal, produtoras da boa lubrificação da região. Além disso, a mulher pode apresentar queda na libido e fogachos ou calorões. “A vaginite atrófica, ou ressecamento vaginal, pós-menopausa acomete 40% das mulheres nessa faixa etária, sendo 20% sintomáticas. Quanto mais avança a idade, mais frequente esse sintoma se torna”, diz o Dr. Podgaec. Ele explica ainda que especificamente na vagina há redução do número de camadas celulares no epitélio da parede vaginal; estas células tinham a função de acumular glicogênio e, sob ação do estrogênio, transformá-lo em ácido lático para manter o pH vaginal mais ácido, em torno de 3,8-4,0. “Quando essas células estão reduzidas, além dos desconfortos causados pelo ressecamento, o pH fica mais alcalino, mudando a flora bacteriana local e permitindo mais infecções urinárias e vulvovaginites”, diz. Há, ainda, alterações anatômicas trazidas pela falta de estrogênios dessa fase, determinando encurtamento do canal vaginal e mudanças na própria uretra que, em última análise, podem desencadear incontinência urinária.
CAUSAS DIVERSAS O ressecamento vaginal também é uma condição comum em mulheres que tenham tido ambos os ovários removidos em cirurgias, em fumantes, pacientes em tratamento contra o câncer de mama (quimioterapia e radioterapia) e também no pós-parto e na fase de amamentação, mas a menopausa é mesmo a causa principal. “A frequência de ressecamento vaginal em um estudo foi de 4% no início de transição da menopausa, 21% na transição final da menopausa, e 47% das mulheres nos três anos pós-menopausa, respectivamente”, diz a ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, Dra. Bárbara Murayama. De acordo com a médica, no início da transição da menopausa, as mulheres podem notar uma li-
geira diminuição da lubrificação vaginal após a excitação sexual, o que é muitas vezes um dos primeiros sinais de insuficiência do estrogênio. “Quando o hipoestrogenismo se torna crônico, sintomas adicionais podem ser relatados pela mulher, incluindo uma sensação de ressecamento vaginal durante as atividades diárias, não necessariamente durante a sexual”, completa a Dra. Bárbara. Mesmo na menopausa, as mulheres obesas tendem a ter menos problemas com o ressecamento vaginal. “A gordura corporal produz um pouco de estrogênio, fraco, o que minimiza os sintomas”, explica a ginecologista e diretora do Centro de Endometriose São Paulo, Dra. Rosa Maria Neme. Diferentemente das demais causas, todas ligadas à falta ou à drástica diminuição de estrogênio, o tabagismo, por exemplo, leva a uma constrição dos vasos sanguíneos, diminuindo a irrigação das paredes vaginais. “Já o álcool diminui a secreção vaginal por ter um efeito desidratante nos tecidos. Importante salientar que não é só vaginal, estes efeitos deletérios acontecem no organismo como um todo”, explica o ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Rodrigo Pereira de Freitas.
MENOS FLUIDOS, MAIS SINTOMAS A diminuição na quantidade de fluidos vaginais naturais que as paredes da vagina secretam frente a diferentes estímulos, tanto do cotidiano, como meio de autolimpeza vaginal, quanto sexual, caracteriza a condição de ressecamento vaginal. E claro que isso vem acompanhado de uma série de sintomas bastante desagradáveis, entre eles, ardor vaginal, coceira, sensação de queimação local, dor e até sangramento durante as relações sexuais. “Os sintomas dependerão da intensidade da secura vaginal, ou seja, quanto menos secreção, mais intensos eles serão. Essa condição pode levar a mulher a ter, inclusive, quadros de lesões nas paredes vaginais, infecções vaginais e urinárias de repetição”, afirma o Dr. Freitas. Segundo o médico, o tratamento para o ressecamento vaginal depende da causa dessa atrofia. Além dos sintomas físicos, o ressecamento também tem impacto psicológico, pois pode comprometer atividades do cotidiano feminino e até mesmo atrapalhar o relacionamento afetivo, inibindo a prática sexual saudável e prazerosa. 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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HIDRATANTE X LUBRIFICANTE – AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS Hidratantes • São de uso contínuo, independente das relações sexuais. • Têm ação prolongada por 72 horas. • Restauram o pH natural da vagina. • Não contêm agentes hormonais. • Restabelecem a umidade natural. Lubrificantes • São de uso pontual. • Têm curta duração, necessitando ser reaplicados a cada relação sexual. • Não alteram o pH vaginal. Fonte: Teva
REPOSIÇÃO DA HIDRATAÇÃO PERDIDA O tratamento para o ressecamento vaginal se dá por meio do uso de cremes ou óvulos vaginais que podem ser ou não hormonais, ou seja, contendo ou não estrogênio. Segundo o ginecologista, Dr. Luciano de Melo Pompei, os não hormonais contêm substâncias que retêm a umidade na mucosa vaginal, hidratando-a. “É importante não confundir os cremes ou géis hidratantes não hormonais, também chamados de hidratantes vaginais, com os lubrificantes íntimos. Os lubrificantes são produtos que devem ser usados durante a relação sexual. Os hidratantes são empregados fora das relações sexuais, bem como os cremes/ óvulos hormonais”, orienta. Ainda segundo o médico, tanto os cremes/óvulos hormonais quanto os hidratantes vaginais promovem 90
boa melhora dos sintomas. “Uma vantagem dos hidratantes é que podem ser usados mesmo quando há contraindicações aos hormônios”, diz. Em relação à duração do tratamento, o Dr. Pompei afirma que isso é muito variável, mas geralmente é de longo prazo, ou prazo indeterminado, já que a condição está ligada a falta do estrogênio. Além disso, ele destaca a importância do tratamento adequado e de acordo com a prescrição médica. “A adesão é o que vai permitir que se obtenha o melhor resultado que o tratamento pode oferecer. Além disso, se não houver o uso apropriado do que o médico prescreveu, fica difícil saber a causa de uma eventual falha no tratamento. Portanto, não interrompê-lo é fundamental, se isso acontecer, provavelmente, haverá recidiva dos sintomas”, alerta.
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Em linha com as rotinas do bebê SEJA PARA A COMPOSIÇÃO DO MIX, ORGANIZAÇÃO DAS GÔNDOLAS OU ORIENTAÇÃO AO SHOPPER, É FUNDAMENTAL QUE FARMACÊUTICOS E BALCONISTAS CONHEÇAM AS DEMANDAS ESPECÍFICAS PARA OFERECER A MELHOR SOLUÇÃO
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POR KATHLEN RAMOS
Segurança e qualidade. Esses são os principais desejos das mães quando escolhem produtos para os seus pequenos. Assim, mesmo em tempos de crise, o fator preço é deixado em segundo plano para garantir a saúde e o bem-estar dos bebês. “As mães escolhem produtos levando em consideração uma relação de qualidade versus marca e preço, em menor grau. Preço é importante, mas a qualidade do produto é mais. O shopper prefere pagar mais por marcas de confiança e que não são nocivas ao bebê”, analisa a gerente shopper &
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gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson Consumo do Brasil, Patrícia Gimenes. E esse comportamento se reflete em números bastante positivos para o setor de higiene pessoal e perfumaria infantil. Segundo dados da Nielsen, entre junho de 2015 a maio de 2016, em valor, somente a categoria de lenços umedecidos infantis cresceu 20%, passando de um faturamento de R$ 605,2 milhões para R$ 729,3 milhões. Outras categorias, como fraldas e xampus infantis, também registraram crescimento no período, com alta de 9% e 5%, respectivamente. Aliás, no universo de fraldas, entre IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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Medicamento Genérico Lei nº 9.787/99 Outubro/2016 MS 1.5584.0113. Indicações: Para alívio das assaduras de bebês, principalmente relacionadas ao uso de fraldas. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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as mães que precisam desses produtos, os gastos tendem a ser maiores. “O shopper de fraldas é um comprador extremamente importante por ter um gasto médio 41% maior do que compradores que não tenham filhos, ou com filhos maiores de quatro anos. Além disso, têm uma frequência de visitas 21% maior no ponto de venda (PDV)”, enfatiza a gerente de trade marketing da Kimberly-Clark Brasil, Tatiana Chistotkin. E não é apenas com as fraldas que as farmácias podem lucrar. Esses canais podem comemorar os resultados da categoria infantil como um todo, já que centralizam aproximadamente 44%* das vendas da categoria de cosméticos para bebês, de acordo com dados da Nielsen, fornecidos pela Johnson’s. Já para a categoria de higiene pessoal (sem contabilizar Medicamentos Isentos de Prescrição – MIPs), essa fatia chega a 59%*.
MIX IDEAL O universo de produtos oferecido na indústria é extremamente vasto e cresce diariamente com lançamentos que trazem novas soluções. Assim, para acertar o sortimento adequado às necessidades do shopper, é fundamental estar em linha com as principais rotinas do bebê. Além dos produtos sugeridos, alguns acessórios podem ser necessários, a exemplo de chupetas e prendedores, mamadeiras (para leites, sucos e água), inaladores, higienizadores de utensílios, tira leite, bombas para extração de leite elétricas ou manuais, recipientes para leite, mordedores, cortadores de unhas, escovas de pentes, colheres de silicone, termômetros, tesouras, escovas para limpeza de mamadeiras, babadores, etc. Mas diante de tantos itens, é fundamental estar atento às escolhas para ser assertivo. “É preferível ter um mix mais profundo do que abrangente. Ou seja, escolha uma marca líder, boas marcas seguidoras e opções de marcas de baixo preço e trabalhe a extensão de linha de cada uma delas”, indica a diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima.
ESPAÇO RESERVADO A compra de produtos do universo infantil é um momento de total prazer para as mães, e a farmácia é considerada uma importante fonte de informação. É o lugar onde elas podem adquirir conhecimento sobre as novidades e estreitar o vínculo com a categoria. Devido a esse alto envolvimento emocional, os aspectos sensoriais e prazerosos no cuidado com o bebê impactam, diretamente, no comportamento e decisão de compra. E as lojas podem incorpo-
rar esses elementos, expondo todos os itens numa mesma área com ambientação especial. “Espaços temáticos atraem a atenção do consumidor e direcionam o consumo de forma eficaz. Além disso, estimulam a compra por impulso e potencializam a comunicação aplicada no PDV, incrementando as vendas”, analisa a diretora de marketing sênior da Lillo, Rosana Fiorelli. No momento de organizar as gôndola, Patrícia, da Johnson & Johnson, indica que os produtos de higiene infantil fiquem separados de acordo com as rotinas do bebê. “Recomenda-se separar os itens em dois grupos: Pós-Banho + Banho e Específicos** + Troca”, esclarece, acrescentando que, dentro do grupo de Pós-Banho + Banho, a indicação fica para organizar os artigos por rotina, na horizontal. “Deixe Pós-Banho e cuidados com o cabelo na parte superior e coloque sabonetes na parte inferior da gôndola”, ensina. Há, ainda, a oportunidade de migrar as vendas de sabonetes em barra (grande gerador de tráfego para a categoria) para sabonetes líquidos, incentivando o aumento de tíquete. Para isso, Patrícia orienta separar os sabonetes por formato (líquido e barra) e colocar os líquidos logo acima dos em barra. Por fim, sugere-se que, em cada bloco de idade, sejam agrupados os produtos por marca. Já o grupo de produtos dedicados à Troca + Específicos deve ser segmentado em específicos, troca e lenços umedecidos. No caso das fraldas infantis, a diretora da marca Pampers no Brasil, Laura Vicentini, afirma que é extremamente importante ter todos os tamanhos do produto na loja, começando por aqueles indicados aos recém-nascidos; e que as fraldas e os lenços umedecidos mais procurados devem, preferencialmente, ser alocados nas gôndolas. Tatiana, da Kimberly-Clark, recomenda, ainda, que os produtos sejam expostos por marca e, dentro de cada uma delas, blocados por segmento, sempre saindo daquele de maior valor para o de menor valor, seguindo o fluxo da loja. “Também é regra importante posicionar cada tamanho em uma prateleira, seguindo ordem crescente, ou seja, de cima para baixo, do menor tamanho (RN/P) ao maior tamanho (XXG)”, afirma, complementando que as fraldas tamanho G, que abocanham uma média de 35% das vendas, devem ter mais espaço. Já em relação aos lenços umedecidos, ela recomenda blocá-los nas gôndolas por qualidade do produto (do mais premium ao mais econômico). Outra regra é expor primeiro (seguindo o fluxo do corredor) os pacotes maiores, com em média 96 lenços; e depois os pacotes menores com, em média, 48 lenços. * Período junho de 2015 a junho de 2016.
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** Em Específicos, consideram-se itens como absorventes e pomadas para seios, algodão e hastes flexíveis.
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TRATAMENTO INDISPENSÁVEL Pensando num bebê de quatro meses, acompanhe, a seguir, os principais itens de Higiene & Beleza (H&B) que fazem parte da rotina diária.
BANHO Nesse momento, os pais precisam contar com sabonete, xampu, condicionador, colônia e hastes flexíveis com pontas de algodão, que são comprados, em média, uma vez por mês. Para não errar na temperatura do banho, deixando-o muito quente ou muito frio, já existem termômetros que podem ajudar nesta função. O ideal é que a água esteja entre 36 ou 37 graus.
PÓS-BANHO Nessa hora, é importante promover mais um momento de relaxamento do bebê e deixá-lo com o cheirinho que as mães tanto gostam. Assim, podem ser usados cremes hidratantes e lavandas. Nos cabelos, para facilitar os cuidados, cremes para pentear também podem ser utilizados. Em relação às fraldas, durante o dia, indicam-se os modelos com fechos macios e cintura elástica, que se ajustam ao bebê e não deixam que a fralda fique caída por conta do peso do xixi.
Fontes: portal JOHNSON’S® baby; Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); gerente de trade marketing da Kimberly-Clark Brasil, Tatiana Chistotkin; e diretora da marca Pampers no Brasil, Laura Vicentini
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TROCA DE FRALDAS Iniciando-se pela limpeza do bebê, que pede por lenços umedecidos, em média, são utilizados 3 lenços por troca (geralmente são 3 lenços para fraldas de xixi e 6 lenços para fraldas de cocô), o que representa um total de 521 lenços por mês. Caso sejam compradas embalagens com 48 lenços, o uso totaliza dez pacotes no período. Para bebês com pele sensível, são indicadas as versões sem álcool ou perfume. Para completar a hora da troca, deve ser utilizado o creme de assaduras e a média de compra mensal é de apenas um tubo. Finalizando o processo com as fraldas, um bebê de quatro meses utiliza, em média, 6 por dia, o que totaliza 186 fraldas por mês. Caso a preferência fique para o pacote com 52 fraldas, eles utilizarão até quatro embalagens do produto no período. Um bebê de quatro meses, com peso entre 5 kg a 7 kg, usa fraldas tamanho P.
HORA DO SONO Antes de colocar o pijama do bebê, uma sugestão é aplicar uma pequena quantidade de óleo ou loção específica para a idade, na palma das mãos e, depois, massagear, suavemente, na pele do bebê. Esse processo CHUPETAS & MAMADEIRAS ajuda para uma noite de sono mais tranquila. Seja na hora do sono ou em outros momentos do dia, é comum o uso de chupetas na rotina dos bebês e, para aqueles de quatro meses, a indicação fica para as da Fase 1. É importante alertar que os produtos devem ter selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia TRATANDO ASSADURAS (Inmetro) e que modelos customizados, Entre 50% e 60% de todos os bebês sofrerão com com cristais ou outras peças, são proibidos assaduras em algum momento. E elas podem levar à para venda e podem colocar a saúde do bebê em risco. maior frequência de choro, mudanças nos hábitos aliAs mamadeiras também precisam desse mentares e padrões de sono, entre outros problemas. selo. Aliás, desde novembro de 2015, Para tratá-las, limpe suavemente a pele do bebê, usando varejo e indústria não podem vender lenços suaves ou um algodão úmido (é importante gamodelos produzidos com bisferantir que a pele esteja o mais seca possível). Também é nol-a (BPA), substância considefundamental aplicar uma camada grossa de creme para rada tóxica. assaduras em toda a área da fralda, a cada troca.
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Cuidados específicos OS PÉS, POR MUITAS VEZES, SÃO NEGLIGENCIADOS, O QUE PODE ACARRETAR PROBLEMAS GRAVES. SAIBA COMO ORIENTAR CORRETAMENTE O CONSUMIDOR
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POR VIVIAN LOURENÇO
Cabelo, rosto, corpo, mãos, etc., a lista de cuidados com bem-estar, beleza e saúde é inúmera, porém, por mais que a pessoa seja atenta, acaba inconscientemente deixando de lado alguma parte importante. E os pés são um dos renegados. A podologia é uma área especializada em tratar afecções dos pés. Esses cuidados ganham cada vez mais destaque, pois muitas pessoas cuidam de seus problemas de forma individual.
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Segundo a dermatologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, Dra. Aline Marcassi, os problemas mais comuns nos pés são as micoses (pés e unhas), disidroses (bolha), calosidades, verrugas e unhas encravadas (onicocriptose). “Além disso, as pessoas podem ser acometidas por intertrigo (frieira) e ressecamento”, completa o dermatologista de São Paulo e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Daniel Dziabas. IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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VODOL® (nitrato de miconazol) Indicado no tratamento de Tinea pedis (pé de atleta), Tinea cruris (micose na região da virilha), Tinea corporis e onicomicoses (micose nas unhas) causadas pelo Trychophyton, Epidermophyton e Microsporum; candidíase cutânea (micose de pele), Tinea versicolor e cromotose. MS–1.0497.1155 / 1.0497.1357. Ref. 1. Bula do produto. SAC 0800 11 15 59 - www.uniaoquimica.com.br - Dez/2016.
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AGRAVAMENTO DO PROBLEMA A falta de informação perpetua hábitos que impedem a melhora ou provocam o agravamento do quadro clínico apresentado. Como exemplifica a Dra. Aline: “Muitas pessoas acham que uma descamação nos pés é um sinal de excesso de ácido úrico, o que não é verdade”. “A hiperuricemia, ou excesso de ácido úrico, não provoca descamação plantar, isto normalmente é um sinal de micose, disidrose, dermatite de contato ou até psoríase. A falta de cuidados, segundo informa a Dra. Aline, pode levar ao agravamento da saúde. “A micose pode servir como porta de entrada para bactérias, que podem causar a erisipela, principalmente em diabéticos, obesos e pessoas com insuficiência venosa. Além disso, devemos prestar atenção também em unhas com listras enegrecidas, pois podem ser um sinal de melanoma, um tipo de câncer de pele que pode dar metástases” diz.
COMO ACONTECEM A micose dos pés e unhas apresenta como principal fator predisponente o excesso de umidade da região, associado ao uso contínuo de calçados fechados. Pode ser adquirida pelo contato com outras pessoas ou ambientes contaminados. Já a disidrose, segundo a dermatologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, é caracterizada por vesículas e descamação nas mãos e nos pés; apresenta como principais causas a dermatite de contato, infecção fúngica e o excesso de suor. Os calos são caracterizados por uma área de pele espessada devido a problemas ortopédicos ou uso de sapatos inadequados. As verrugas plantares, também conhecidas como “olhos de peixe”, são resultado de infecção pelo vírus HPV (do inglês Human Papiloma Virus), por meio de contato com pessoas ou ambientes contaminados. A unha encravada, normalmente, é resultante do corte errado das unhas e uso de calçados muito apertados. “A psoríase se manifesta como uma placa vermelha e descamativa, sua causa não é bem esclarecida. A úlcera do pé diabético surge por perda da sensibilidade ocasionada pelo descontrole da doença; traumas recorrentes não sentidos pela alteração da sensibilidade geram a formação da úlcera”, completa o Dr. Dziabas. 100
PRODUTOS DISPONÍVEIS Farmácias e drogarias podem ser excelentes lugares para a compra dos itens podológicos. Abasteça seu estoque com: • Desodorantes para pés; • Palmilhas; • Talcos; • Alicates; • Hidratantes antirressecamento;
• Lixas para unha; • Lixas rotativas; • Lixas para pés; • Protetores antibolhas; • Esfoliantes; • Calcanheiras; • Curativos para bolha.
COMO DEVEM SER TRATADOS As micoses das unhas e pés podem ser tratadas com antifúngicos tópicos (pomadas, loções ou esmaltes) ou sistêmicos (comprimidos), dependendo de cada caso. “A disidrose pode ser tratada conforme a causa nos casos em que é possível identificá-la, além do uso de corticoides tópicos ou sistêmicos nas ocorrências mais graves. As calosidades devem ser vistas em conjunto com um ortopedista especialista em pé, que poderá avaliar melhor as alterações na pisada e tratá-las adequadamente”, esclarece a Dr. Aline. As verrugas, normalmente, são tratadas com ácidos, crioterapia ou procedimentos cirúrgicos. “A unha encravada, muitas vezes, pode ser tratada clinicamente, cortando-a da maneira correta, mas alguns casos necessitam de cirurgia.” Para evitar que os problemas apareçam, a Dr. Aline recomenda que os pacientes sequem bem os pés após o banho, especialmente entre os dedos. Evitem repetir a mesma meia em dias consecutivos e revezem os sapatos diariamente. “É aconselhável cortar as unhas quadradas, evitando cortar o canto delas, o que pode causar o encravamento. Evitar o compartilhamento do material de unha, que pode transmitir doenças. Evitar sapatos apertados que possam traumatizar os pés e unhas”, orienta a dermatologista do Amato Instituto de Medicina Avançada.
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Exposicão acessível e funcional IMPORTANTÍSSIMOS PARA O FATURAMENTO DE QUAISQUER FARMÁCIAS, OS MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO PRECISAM SEGUIR A LÓGICA DO CONSUMIDOR NAS GÔNDOLAS E MANTEREM-SE NO AUTOSSERVIÇO
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Os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) constituem uma categoria que tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para se manter no autosserviço das farmácias – já que não necessitam de prescrição médica para uso. Assim, o ideal é que o shopper, que se dirige a essas gôndolas, tenha fácil acesso a esses produtos, mas nem sempre é isto o que acontece na prática. O que se vê é que as grandes redes de farmácia trabalham um pouco melhor a categoria e, em algumas delas, é possível encontrar um agrupamento por patologia e sinalização dos principais segmentos, dando lugar ao antigo modelo de exposição por ordem alfabética. No entanto, boa parte das farmácias menores e independentes ainda trabalham mal esses produtos. E sem um agrupamento adequado ou sinalização, eles acabam ficando totalmen-
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te dependentes do atendimento do balconista para impulsionar a venda da categoria. Sabe-se que a compra dos MIPs ainda é um pouco complexa ao shopper, já que existem diversos princípios ativos dentro de cada subcategoria e cada uma das substâncias pode ter melhor eficácia, dependendo do sintoma apresentado. Como exemplo, pode-se citar a classe dos analgésicos, constituída por ativos como dipirona, paracetamol e ibupronefo em que, cada um deles é mais indicado para um sintoma específico. Por este motivo, conclui-se que o shopper tem uma grande necessidade tanto de clareza na exposição quanto de ajuda do atendente/farmacêutico quando necessário. Portanto, além de um gerenciamento por categorias, é fundamental que os profissionais da loja estejam sempre muito bem treinados e preparados para oferecer a melhor solução e, ao mesmo tempo, gerem maior valor para a farmácia. IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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PASSO A PASSO PARA A EXPOSIÇÃO IDEAL 1. Agrupar os produtos por patologia, como: gastro, gripes e resfriados, dor e febre. 2. Agrupar os respectivos segm`entos dentro de cada patologia: a) Gastro: antiácido, antigases e reguladores intestinais; b) Gripes e resfriados: antigripal, descongestionante, garganta, xaropes e antialérgicos; c) Dor e febre: dor de cabeça, dor muscular, cólica e febre. 3. Iniciar a exposição com gastro, seguida de gripes e resfriados e depois dor e febre. 4. Dentro de cada patologia, distribuir os espaços dos segmentos de acordo com o giro dos produtos: itens de maior giro ficam no fim do fluxo, produtos de menor giro ficam no início do fluxo dos shoppers na gôndola.
NA PRÁTICA A maior parte das compras de MIPs ainda é realizada no balcão de atendimento, onde o shopper pode recorrer à ajuda do atendente ou apenas pedir a ele algum medicamento que já conheça e planeje comprar. Mas, cada vez mais, a gôndola vem ganhando participação e importância. Afinal, com esses medicamentos confinados, perdem-se as compras por lembrança do consumidor e também em conhecimento daqueles que estão no ponto de venda (PDV). Assim, para a gôndola se tornar rentável e eficaz ao cliente, é necessário que os produtos estejam expostos de forma muito clara e com uma boa comunicação, explicando quais são as categorias, subcategorias, além de Materiais de Ponto de Venda (MPDVs) explicativos e educativos. E lembre-se: a ordem alfabética é a pior solução de exposição desses produtos. Vale reforçar, ainda, que apesar de existirem muitas categorias complementares ou que podem auxiliar no tratamento (como antigripal, xaropes, garganta e descongestionante, por exemplo), o shopper costuma comprar apenas uma delas em cada visita à loja. Portanto, é essencial um racional de exposição que facilite a navegação pela loja e que estimule o contato com outros produtos MIPs.
AS PREFERÊNCIAS Para a categoria de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) como um todo, os fatores relevantes são patologia (sintomas), usuário (quem vai consumir) e missão de compra (compra de reposição ou emergencial, por exemplo). Cada segmento, certamente, tem uma árvore de decisão diferente e os fatores que mais influenciam a compra são: princípio ativo, marca, indicação do balconista, embalagem e preço (não necessariamente nesta ordem). As categorias que possuem maior interação e maior volume de compras são analgésicos, antigripais e terapia do fígado. Já os que possuem o maior índice de conversão são os antigases, antiácidos e analgésicos.
IMPORTÂNCIA DO AUTOSSERVIÇO Quando surgiu a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44/09, da Anvisa, que dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas, ficou estabelecido que os MIPs deveriam ficar atrás do balcão. No entanto, essa norma culminou num interrompimento do processo de maturação da categoria, já que o shopper estava começando a se acostumar a comprar esses produtos, correlacionando o momento da compra com o abastecimento da “farmacinha” que tinha em casa. A resolução, então, trouxe um retrocesso e o shopper voltou a ter uma alta dependência do balconista, limitando sua experiência com a categoria. Mas esse momento ficou para trás e é extremamente importante que esses produtos voltem ao autosserviço, já que apresenta oportunidades para a compra ou mesmo a lembrança da necessidade de comprar outros produtos.
AÇÕES COMPLEMENTARES Quase todos os shoppers que compram MIPs também adquirem outros medicamentos (balcão de atendimento), mas também compram vitaminas e algumas categorias de Higiene e Beleza (H&B), como higiene oral, cuidados com os cabelos, desodorantes, absorventes, etc. E, em alguns casos, podem-se unir algumas dessas categorias quando houver sinergia. Um exemplo clássico é a exposição de analgésicos na gôndola de absorventes, já que a cliente pode estar sofrendo com cólicas e dores de cabeça provenientes do período menstrual. Em relação aos materiais de merchandising, sabe-se que o balcão de informações é o ponto mais quente da loja. Portanto, qualquer item que fique nessa área ou próxima a ela, tem maiores chances de gerar a conversão da compra.
Conteúdo customizado, produzido pela diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima. Texto de Kathlen Ramos.
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Gerenciamento por Categorias em nova discussão PROCESSO PODE APRESENTAR, SE BEM APLICADO, MELHORIAS CONTÍNUAS PARA INDÚSTRIA E VAREJO. PARA DEBATER O ASSUNTO, INTERPLAYERS E CONTENTO COMUNICAÇÃO PROMOVERAM EVENTO CONJUNTO
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POR LÍGIA FAVORETTO
Cada vez mais lojas trabalham com a finalidade de prestar melhores serviços ao consumidor e trazer evolução positiva ao ponto de venda (PDV). Uma prática bastante utilizada hoje em dia é o de Gerenciamento por Categorias (GC), que pode ser a chave para o sucesso. A técnica consiste na organização da estrutura de produtos dentro da loja, com base no comportamento do consumidor. O grande objetivo é fazer com que cada categoria seja considerada como uma unidade estratégica para o negócio.
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Nesse contexto, abre-se um debate sobre a melhor forma de aplicação da ferramenta, custo X benefício, resultados, perfil de loja e público-alvo. Por isso, o Grupo InterPlayers e a Contento Comunicação promoveram o evento: Gerenciamento de Categoria no Mercado Farma, que aconteceu no último dia 3 de novembro, na sede da InterPlayers. “Essa é uma excelente oportunidade de se aprofundar no tema. Há cinco anos, quando o Guia da Farmácia começou a tocar no assunto, ele era tido como uma utopia, hoje, vemos que disponibilizar a ferramenta aos clientes é uma forma de otimizar as vendas. Apesar de ser um assunto IMAGENS: FABIANO VIANA
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velho, fica cada vez mais em ebuliação, e como formadores de opinião, não podemos deixar de falar de tendências”, disse o diretor da Contento Comunicação, Gustavo Godoy. Para o diretor de marketing e efetividade do Grupo InterPlayers, Fernando Carcardo, o evento foi criado pelo tamanho da oportunidade que o canal farma oferece. “A projeção é de R$ 50 bilhões até 2019, com mais de 60 mil SKUs (a sigla representa o termo Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de produto e é utilizada para manutenção de estoques) ativos, que respondem por 80% das vendas. O grande objetivo é compartilhar conhecimento. É sempre importante pensar em como o mercado se organiza para apresentar soluções que melhorem a gestão.” O executivo ressaltou que, em recente pesquisa, foi possível observar que entre os principais desafios encontrados no setor, 69% dos profissionais consideram muito importante mitigar a ruptura na execução do PDV; 63% acham muito importante potencializar o ROI (Return on Investiment, em português, Retorno Sobre Investimento) de investimentos no trade; 60% acreditam que o mix ideal seja muito importante para elevar o potencial de loja e canal; e 52% consideram muito importante a implementação do GC.
ESMIUÇANDO O ASSUNTO Para desmistificar o tema, a palestrante convidada foi a sócia diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima. Ela apontou que o GC sempre transitou pelo canal farma, mas nunca se consolidou. “Isso se deve ao fato de que antigamente o consumidor tinha um consumo preestabelecido, o processo de escolha era mais fácil, sobretudo, no que diz respeito às marcas; hoje, é diferente, ele recebe diversos estímulos.” Outro ponto que merece destaque é a relação transicional existente entre indústria e varejo e vice-versa. Segundo Alessandra, pouco se olha para o shopper, que evolui cada vez mais. “Como mudar? Colocando o shopper no centro das atenções! A relação precisa ser transformacional”, enfatizou. Para a aplicação efetiva e resultados tangíveis do GC, é preciso ter em mente que não se trata de um projeto, mas sim de um processo, fato que envolve mudança de cultura, o que é muito difícil. A busca do desenvolvimento de categorias deve acontecer de forma colaborativa. “Categoria não é o que a indústria fabrica, nem o que o varejo vende, é o que o shopper entende”, explicou Alessandra. Durante sua apresentação, a executiva foi clara ao dizer que escolhas são necessárias. Não dá para a indústria atender a todos os varejos. “O que precisa ser avaliado? Plano de trade, atendimento de merchandising, sell in vs. sell out, estrutura da loja, share da região/canal.” 106
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Diretor de marketing e efetividade do Grupo InterPlayers, Fernando Cascardo; sócia diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima; gerente de marketing e projetos da Contento, Luciana Bandeira; e diretor da Contento, Gustavo Godoy
Uma novidade de grande repercussão e ponto alto da palestra foi a sugestão feita por Alessandra de que os tradicionais oito pontos para aplicação do GC sejam esquecidos. “Isso não significa que eles não estejam presentes, mas houve uma evolução. Trabalhamos agora com: integração, auditoria, análise comercial, estratégia, recomendação tática e compliance.” Integração: imersão com o varejo a fim de entender sua estrutura, carecterísticas, estratégias e objetivos. Auditoria: olhar para a loja. Há empresas que desejam aplicar o GC, mas nunca estiveram presencialmente no estabelecimento. Aqui acontece a determinação da localização da categoria, qual o tamanho da gôndola, quanto ela suporta, é preciso afinar ou ampliar? “O racional de exposição é imprescindível. Será por bloco de marcas, bloco de preços, participação da marca, categorias vizinhas, sortimento atual?”, exemplificou Alessandra. Análise comercial: tópicos, como estrutura mercadológica, performance de mercado, vendas por valor, rentabilidade, giro, capacidade modular e preço devem ser avaliados. Estratégia: scorecard, plataforma de crescimento, estratégia de sortimento, racional de exposição, calendário promocional. Recomendação tática: modelos de capilaridade. Compliance: acompanhar resultados semanais, realizar visitas semanais à loja com auditoria randômica do sortimento e da exposição, acompanhamento dos resultados de vendas.
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Com a Flexside você pode contar com uma linha completa de mobiliários que deixam a sua farmácia mais funcional e inteligente. De forma versátil, facilitamos a identificação dos seus produtos, trazendo melhores resultados no fluxo interno para seus clientes, proporcionando mais atratividade visual e promovendo uma melhor intuição de consumo. Ocasionando uma logística mais ágil, harmoniosa e mais eficaz para sua farmácia. Tudo isso, dentro das normas específicas ministeriais e da Vigilância Sanitária.
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EVENTO
Melhores do marketing farmacêutico EM SUA 40ª EDIÇÃO, LUPA DE OURO ACONTECEU EM GRANDE FESTA NO WTC. CERCA DE 700 PESSOAS ESTIVERAM PRESENTES PARA A CERIMÔNIA QUE TEVE SHOW DE TIAGO ABRAVANEL E FOI APRESENTADA POR RENATA FAN
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POR LÍGIA FAVORETTO
As melhores campanhas e os melhores profissionais de marketing da indústria farmacêutica, em 16 categorias, receberam o Prêmio Lupa de Ouro na noite do último dia 28 de outubro, em cerimônia realizada no Golden Hall do WTC. A festa marcou o 40º aniversário da premiação. Na abertura da cerimônia, o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Cleiton de Castro Marques, destacou o fato de que, ao assumir a realização do Lupa de Ouro, que antes era realizado pelo Grupemef, a entidade está dando continuidade aos 40 anos de uma
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história rica e emocionante, incorporando um grande evento a outros grandes que a entidade vem promovendo nas últimas décadas. Ele também falou da criação do Prêmio Excelência em Marketing Adalmiro Baptista, homenagem a uma figura que revolucionou o marketing farmacêutico no Brasil à frente do laboratório Aché, que comandou junto com outros grandes empreendedores − Gilberto Depieri e Victor Siaulys. “Trata-se de um justo reconhecimento a uma personalidade do setor cujo talento e capacidade de trabalho indicaram o bom caminho, elevando o marketing farmacêutico à prestigiosa posição dos dias atuais, inspirando a todos”, afirmou Marques. IMAGENS: DIVULGAÇÃO
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Do Sindusfarma: presidente executivo, Nelson Mussolini; consultora de inteligência de mercado, divisão Grupemef, Antonia Rodrigues; vice-presidente, Maurizio Billi; presidente, Cleiton de Castro Marques
PREMIADOS PELO LUPA DE OURO 2016 • Melhor Projeto de Criação: EMS, com Winner, de Adriel Bono. • Melhor Projeto Original: Sanofi, com Dorflex Music Experiment, de Natália Ramos e Débora Pimenta. • Non Retail: Bristol-Myers Squibb, com Daklinza, de Rossana Uessugui. • MIP: EMS, com Bálsamo Bengué, de Everton Schemes e Luana Montagnini. • Prescrição Gastrointestinais e Vitaminas: Aché, com Adipept, de Raphael Costa Ribeiro e Amanda Tribes. • Prescrição Saúde Masculina e Feminina: Besins Healthcare, com Androgel, de Guilherme Luiz da Costa. • Prescrição Anti-Hipertensivos: EMS, com Brasart BCC, de Letícia Dias. • Prescrição Sistema Cardiovascular: Biolab, com Prevelip ZS, de Marcelo Kozuka. • Prescrição Aparelho Respiratório: Aché, com Montelair, de Karla Tambellini Amaral. • Prescrição Depressão, Ansiedade e Psicóticos: Cristália, com Quetipin, de Márcio Tinelli. • Prescrição Sistema Nervoso Central: Supera RX, com Senes, de Bruno Monzani. • Prescrição Dermatológicos: Glenmark, com Halobex, de Sérgio Eidi Hikawa. • Prescrição Dor e Inflamação: Aché, com Revange, de Paulo Souza e Lídia Machado. • Prescrição Sistema Músculo-Esquelético: EMS, com Condres, de Patrícia Poiani. • Prescrição Demais Classes Terapêuticas: Marjan, com Vicog, de Beatriz Apolinário. • Prêmio Excelência em Marketing Adalmiro Baptista: Eurofarma.
Para o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, o prêmio Lupa de Ouro é o Oscar da Indústria Farmacêutica e as áreas de marketing e inovação geram seus melhores negócios. “Nossa diretoria viu uma excelente oportunidade de ampliar os serviços prestados aos nossos associados e não apenas no Lupa de Ouro, mas também aproveitar a sinergia dessas tradicionais entidades, principalmente no que concerne a pesquisas sobre market share e todas as áreas ligadas à inteligência de mercado”.
ORGULHO DOS VENCEDORES Dorflex, da Sanofi, foi o campeão da categoria “Melhor Projeto Original”. A analista de marketing da empresa, Débora Pimenta, disse que Dorflex Music representou de fato um novo momento, um marco para o produto. “Pudemos quebrar paradigmas dentro de uma indústria
farmacêutica, mostrando que um medicamento pode conversar de uma forma diferente, ousada e irreverente com o consumidor.” O Aché Laboratórios foi reconhecido com 12 troféus. Além de vencer em três categorias, a companhia recebeu outros nove reconhecimentos em segundo e terceiro lugares por conta de performances de destaque em campanhas de produtos. A EMS foi premiada em quatro categorias: “Melhor Projeto de Criação” – com o projeto Winner, da unidade de negócios EMS Hospitalar; em “MIP − Medicamentos Isentos de Prescrição” – com o produto Bálsamo Bengué, da EMS OTC; em “Prescrição Anti-Hipertensivos” – com o produto Brasart BCC, da EMS Prescrição; e em “Prescrição Sistema Músculo-Esquelético” – com o Condres, também da EMS Prescrição. 2016 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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SEMPRE EM DIA
Hábito típico O BRASILEIRO É UM DOS POVOS QUE MAIS TOMAM BANHO E, CONSEQUENTE, O QUE MAIS FAZ USO DE DESODORANTES E SABONETES. A CHEGADA DOS DIAS MAIS QUENTES FAZ COM QUE ESSE CONSUMO AUMENTE POR LÍGIA FAVORETTO E RENATA MARTORELLI
LIVRE DE AGENTES QUÍMICOS
PROTEÇÃO APÓS A DEPILAÇÃO
A JOHNSON’S®, marca da Johnson & Johnson Consumo Brasil, apresenta o antitranspirante JOHNSON’S® Pure Renew, desenvolvido com a Tecnologia Proteção Pura, livre de adição de álcool etílico, triclosan, parabenos, corantes e silicone, especial para o consumo após a depilação. Com o D-Pantenol como principal ativo, a novidade ajuda a restabelecer o equilíbrio da cútis ao agir como umectante, estimulando a proliferação de células que auxiliam na recuperação da pele irritada.
A Memphis, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) e em parceria com pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a fabricante de óleos essenciais Tekton, desenvolveu a linha de sabonetes antibacterianos Biocrema Proteção Natural à base de capim-limão, ativo que elimina microrganismos sem prejudicar a saúde da pele. Livre de triclosan e demais substâncias químicas suspensas recentemente pelo órgão regulatório de remédios e alimentos norte-americano Food and Drug Administration (FDA), o lançamento é dermatologicamente testado, hipoalergênico, não resseca ou causa alergias e está disponível nas fragrâncias Capim-Limão e Flor de Laranjeira. • www.memphisbr.com/pt
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CUIDADOS PARA MAMÃES
COLEÇÃO DE VERÃO
Após o sucesso da primeira edição, a Impala apresenta as novidades da parceria com a cantora Sandy para o verão 2016/2017. Na cartela, a linha Impala Sandy conta com seis cores de esmaltes com inspiração no universo floral vintage e, também, alguns tons que serão tendência para 2017: rosa, nude e azul. Ainda fazem parte da coleção, o vermelho-intenso, o vermelho-vibrante e o coral-rosado.
A Mustela® lança no mercado brasileiro a linha Maternité (#mustelamaternite), que traz produtos para cuidados com a pele das futuras mamães ao longo da gravidez e nos meses que sucedem o nascimento do bebê. São seis soluções que oferecem eficácia clinicamente comprovada, elaboradas para proporcionar às mulheres o conforto e bem-estar necessários diante das mudanças na pele sofridas durante a gestação. Os produtos foram elaborados com ingredientes ativos patenteados que agem diretamente sobre os efeitos de distensão dos tecidos, prevenindo e recuperando as tão temidas estrias. • www.mustela.com.br
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Com fórmula enriquecida com ingredientes hidratantes e vitamina E, o novo NIVEA Sabonete Facial 2 em 1 é indicado para todos os tipos de pele. Sua fórmula limpa profundamente, removendo as células mortas e impurezas da pele, ao mesmo tempo em que proporciona sensação de pele hidratada. Dermatologicamente testado, o lançamento teve 100% de aprovação em teste de percepção realizado com consumidoras.
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A Mundipharma lançou no Brasil a linha Betaplast™ Professional. Os curativos de alta tecnologia voltada para o mercado hospitalar são específicos para tratamento de feridas pós-cirúrgicas, traumáticas, incisões, queimaduras, úlceras de pressão, epidermólise bolhosa, úlceras de perna e pé diabético. O grande diferencial é a tecnologia smartpore que promove maior velocidade e segurança na cicatrização, além de não aderir à superfície da ferida. Em seis tipos diferentes, Betaplast™ Professional conta ainda com capacidade de absorção de 13,5 vezes do seu peso inicial para absorção de exsudatos, alta capacidade de retenção de até seis vezes o seu peso e absorção vertical para evitar maceração.
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INSTITUCIONAL – ABRADILAN
As salas da saúde
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A REGULAMENTAÇÃO DESTE TIPO DE SERVIÇO DEVE SER ACOMPANHADO POR TODA A SOCIEDADE, NÃO SOMENTE PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES
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P O R J O S É C AR LOS N OGUEIR A – A SSESSOR J UR ÍDICO AB RAD ILAN
Em que pese o esforço das autoridades sanitárias em apresentar soluções para o atendimento de parte da população brasileira que enfrenta dificuldades juntos aos Postos de Saúde para vacinação, entre outros procedimentos, certo é que a preparação das chamadas salas de saúde em farmácias e drogarias não devem passar por regramentos sem o acompanhamento devido de toda a sociedade. Exatamente por haver uma legislação que trata das farmácias e drogarias como postos avançados de saúde é que as salas de saúde não podem se converter em um fator de risco para a continuidade dos estabelecimentos farmacêuticos, sobretudo àqueles que não pertencem às grandes redes. De fato, é preciso que se perceba que, para a grande maioria da popula-
ção que vive em áreas mais afastadas das grandes metrópoles, as farmácias e drogarias, na maioria das vezes, de pequeno porte, é que podem socorrê-la com a entrega de medicamentos e demais produtos submetidos ao sistema de vigilância sanitária. E para que as denominadas salas de saúde não sejam lançadas como um fator de risco de sobrevivência para as farmácias e drogarias independentes, é fundamental que todos os setores da sociedade sejam devidamente consultados e tenham as suas sugestões consideradas. Não há dúvida de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), antes de lançar qualquer regramento sobre as citadas salas de saúde, deve abrir espaço para uma discussão ampla e profícua.
Regras estabelecidas em matéria sanitária devem sempre considerar a diminuição de riscos sanitários. Restringir o acesso da população a medicamentos, por meio do fortalecimento de estabelecimentos de grande porte, aniquilando as pequenas e médias farmácias, é, de certo modo, alimentar o risco sanitário para a população. A hipótese das farmácias e drogarias de pequeno e médio portes não poderem atender às exigências feitas pela Anvisa no regramento que pretende lançar, por meio de resolução para as condições das salas de saúde (e se serão obrigatórias), há de ser considerada de grave risco para a população e, portanto, deve ser editada de forma cautelosa e respeitando as limitações geográficas e materiais de todos os envolvidos.
Inovando para o seu bem-estar.
Indústria Farmacêutica
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Empresas sócias colaboradoras da Abradilan
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Crônica
Que hambúrguer é esse?
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Minha aula de pós-graduação havia terminado há pouco e eu me preparava para sair da sala quando fui abordado por um aluno. Ele se aproximou e disse: “Professor, o senhor sempre comenta sobre como é importante uma empresa propiciar experiências positivas para seus clientes, mas parece que poucas são as que compreendem isto; esta semana, passei por uma situação constrangedora”. Percebendo seu ar de indignação, pedi que me contasse o que havia acontecido. Segue seu relato: “Na quarta-feira passada, cheguei à minha casa por volta das 22h. Encontrei minha esposa chateada, pois ela havia tido um dia difícil no trabalho. Já era tarde, mas como estávamos sem jantar, convidei-a para sair. Comer fora sempre a deixa animada e, sem dúvida, naquele dia, havia um bom motivo para isto. Decidimos ir a uma hamburgueria, dessas bastante conhecidas. Chegamos ao local por volta das 22h30. O restaurante estava praticamente vazio. Apenas três mesas eram ocupadas por outros casais. Notei certa algazarra no lado de dentro da loja. Os funcionários faziam brincadeiras uns com os outros, de tal forma que o barulho das risadas tomava conta do local. Não havia ninguém nos caixas para me atender. Depois de quase dois minutos, um funcionário apareceu e finalmente anotou meu pedido. Sentamos à mesa e ficamos aguardando nossa refeição por aproximadamente 20 minutos. Venhamos e convenhamos que, para um fast-food, esse tempo é uma eternidade. Enfim, quando tudo parecia que ia ficar bem, percebemos que os problemas estavam apenas começando: os sanduíches estavam frios, a aparência era horrível e ainda faltavam alguns ingredientes. Pedimos para falar com o gerente. Após nova espera, fomos atendidos por um rapaz jovem e muito rude. Ele sequer ouviu o que tínhamos a dizer, em vez disso, afirmou que não havia motivos para nossa reclamação. Descontentes, fomos embora sem comer os sanduíches. O que deveria ser um momento de descontração se transformou em um grande transtorno. Minha esposa ficou pior do que antes. No dia
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seguinte, entrei no site da empresa para registrar minha insatisfação, mas o espaço disponível era muito restrito, não dava para contar praticamente nada do que havia acontecido. Acabei não fazendo a reclamação. Estou inconformado, me sinto injustiçado e não sei o que fazer. O senhor tem alguma sugestão para esse caso?” Diante dos fatos, sugeri que ele utilizasse o site “Reclame Aqui”. Ele agradeceu pela ideia e disse que, naquele mesmo dia, iria registar o ocorrido. Na semana seguinte, reencontrei o aluno e perguntei como estava o caso. Ele me disse: “Dias depois de ter postado a reclamação, uma pessoa da empresa entrou em contato comigo. Após ouvir o meu relato, se desculpou e disse que iria conversar com o gerente da loja. Não era bem o que eu esperava, mas estou um pouco mais conformado. De qualquer maneira, dificilmente volto àquele lugar”. É inacreditável saber que situações como essas acontecem aos montes nas empresas brasileiras. E nesse caso, em particular, não estamos falando de uma empresa do tipo “fundo de quintal”, mas de uma multinacional. Como consultor, sou frequentemente procurado por empresas com elevado nível de dificuldades. Invariavelmente, quando questiono seus líderes sobre os motivos dos problemas, eles apontam para todos os lados, menos para eles mesmos. Não conseguem ver, ou não querem admitir, os erros que frequentemente comentem diante do aspecto mais importante para o sucesso dos negócios: o relacionamento com os clientes. A verdade por trás dos fatos é que a maioria esquece que a insatisfação dos clientes representa a pior doença que uma empresa pode enfrentar. Vale destacar a célebre frase de Sam Walton, o fundador da Walmart: “Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar”. É importante nos lembrarmos disso enquanto tudo está bem, pois quando a doença se manifesta, o remédio é amargo e a cura praticamente impossível. Jorge Bertolino Filho Palestrante e consultor de empresas. Especialista em Gestão de Pessoas, Marketing, Estratégia e Relacionamento com o Cliente. Professor de graduação e pós-graduação nas áreas de Gestão Empresarial www.jorgebertolino.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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2016 foi mais um grandE ano na história da mEdlEy. Confiança é o que nos move e o que nos torna cada vez mais presentes na vida e na lembrança das pessoas. Essa é a nossa marca e você faz parte das nossas conquistas. Marcas de Confiança da Revista Seleções / Data Folha pelo 7º ano consecutivo conquistamos o prêmio da Revista seleções/data Folha na categoria Laboratório de Medicamento Genérico mais confiável pelos consumidores.1
Caravana dos Genéricos
Medley na Mídia: campanha MEDLEY 20 ANOS Mais uma vez, marcamos presença nos principais canais de comunicação on-line e off-line com abrangência nacional.
Dia do Genérico
Pelo 5º ano consecutivo viajamos pelo Brasil com o projeto Caravana dos Genéricos.
divulgamos a importância da data para a população e atraímos as pessoas para as farmácias que realizaram a Blitz da saúde. Mais de 10 mil pessoas realizaram exames gratuitos.
Ao Farmacêutico por meio do portal ao Farmacêutico, mais profissionais puderam se desenvolver e se atualizar com conteúdo chancelado pelo instituto Racine.
Digital Com conteúdo relevante alcançamos mais de 330 mil fãs no Facebook.
Há 20 anos a gente faz a nossa parte para você viver melhor. Serviço de Informações Medley
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Medicamento Genérico – Lei 9.787/99. ©Medley 2016. ®Marca Registrada. anúnCio RetRospeCtiva MedLey 2016 – novembro/2016. Material destinado ao profissional de saúde.
1. Revista seleções Marcas de sucessos, setembro/2016.
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