Edição 267 - Público feminino

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ano XXii • nº 267 fevereiro de 2015

PÚBLICO FEMININO O consumidor-padrão das farmácias tem como características ser mulher, mãe e ter entre 25 e 50 anos. Elas vão às compras duas vezes ao mês, sendo que a média global é de uma vez e meia ao mês

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EDITORIAL

Universo feminino As mulheres estão vivendo mais e melhor, não apenas pelo fato da evolução dos cuidados médicos e da qualidade de vida. Elas, ao contrário dos homens, pensam mais na saúde quando o assunto é prevenção. Além de ter hábitos de vida mais saudáveis, elas também optam por ter filhos mais tarde. A proporção de nascimentos provenientes de mulheres entre 20 e 24 anos de idade passou de 30,9% para 25,3%. Já entre as mulheres de 30 a 34 anos, houve aumento de 14,5% para 19,4% no mesmo período. Outro dado relevante é que a proporção de mulheres com ao menos um filho caiu em todas as faixas etárias. As principais alterações de saúde, levantadas na série de reportagens especiais desta edição, são doenças infecciosas, alterações cardiovasculares e o câncer. Como se cuidam mais do que os homens e, consequentemente, realizam exames com maior frequência, tendem a receber diagnósticos precoces com chances de tratamentos mais efetivos. Outra preocupação nítida é com a beleza. Vaidosas por natureza, contribuem para a plena ascensão do setor de higie-

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br)

ne pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil há anos. A mulher brasileira é uma das que mais se preocupa com a beleza no mundo. Por isso que, cada vez mais, as indústrias lançam novidades e investem no País. A expectativa de crescimento para a indústria cosmética, em 2014, era de 11,8%, o que significa faturamento das empresas do setor na casa de R$ 42,6 bilhões. Acompanhe todas as informações na íntegra e saiba como prestar o melhor atendimento às mulheres, que respondem por pelo menos 65% do público consumidor do canal farma. Veja ainda de que forma a expansão das redes de farmácias e drogarias influencia a dinâmica do mercado. Outro destaque fica por conta de uma alternativa no tratamento de usuários de crack. A ibogaína pode ser uma opção importante no abandono do vício. Boa leitura.

As mulheres pensam mais na saúde que os homens, por isso recebem diagnósticos mais precoces

Lígia Favoretto Editora-chefe

DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTES DO COMERCIAL Juliana Guimarães e Mariana Batista Pereira

ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto MARKETING DIGITAL Andrea Guimarães Noemy Rodrigues

EDITORA-ASSISTENTE Flávia Corbó

DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues

ESTAGIÁRIA DE REDAÇÃO Carine Pessoas

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri

EDITOR DE ARTE Junior B. Santos

DEPARTAMENTO FINANCEIRO Fabíola Rocha e Cláudia Simplício

COLABORADORES DA EDIÇÃO Revisão Maria Elisa Guedes Textos Adriana Bruno, Egle Leonardi, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Diagramação Marcelo Kilhian Colunistas Cassia Verginia, Dolores Affonso, Gustavo Semblano, Magnus Franzen, Sílvia Osso e Valéria Carinhato

ASSISTENTES DE ARTE Rodolpho A. Lopes e Flávio Cardamone

ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia e Antônio Gambeta

IMPRESSÃO Abril Gráfica

MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira

CAPA Shutterstock

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GUIA DA FARMÁCIA FEVEREIRO 2015

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> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.

FOTO: SHUTTERSTOCK

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SUMÁRIO #267 FEVEREIRO 2015

E MAIS

116 36 > EXPANSÃO Com índices de crescimento de fazer inveja à economia brasileira e mundial, os grandes players do varejo farmacêutico estão traçando ousadas estratégias de crescimento

56 > ATUALIDADE O consumo de drogas tornou-se um grave caso de saúde em cidades de todo o País. Um novo medicamento promete ser um aliado no combate ao vício

60 > MARKETING Tendo de competir com o comércio on-line, as lojas físicas precisam se tornar cada vez mais atraentes. A organização e destaque oferecidos pelos displays são um bom investimento

CAPA

68 > ESPECIAL MULHER As grandes clientes das farmácias são as mulheres, por isso é importante compreendê-las desde os cuidados com a saúde até os desejos de consumo

140 > TENDÊNCIA Em busca do bronzeado perfeito, muitos consumidores estão à procura de nutricosméticos e nutricomplexos que auxiliam nesta tarefa

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GUIA ON-LINE

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ENTREVISTA

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ANTENA LIGADA

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ATUALIZANDO

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GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE

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GESTÃO

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CIÊNCIA

ESPECIAL SAÚDE 116

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OLHOS

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DOR

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COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES

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BELEZA

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TENDÊNCIA

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COMPORTAMENTO

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SEMPRE EM DIA

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>

SERVIÇOS

ARTIGOS 32

>

TECNOLOGIA Magnus Franzen

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>

CENÁRIO Valéria Carinhato

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>

CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano

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>

MERCADO Cassia Verginia

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>

RECURSOS HUMANOS Dolores Affonso

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VAREJO Silvia Osso

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REFORÇO NECESSÁRIO O MAL DO SÉCULO As doenças cardiovasculares fazem um número cada vez maior de vítimas todos os anos. Entenda o porquê. 8

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Aprenda a diferença entre os protetores solares disponíveis no mercado para indicar aos pacientes que consomem medicamentos que aumentam a fotossensibilidade. FOTOS: SHUTTERSTOCK

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O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS

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BRASILEIROS CONHECEM AS INOVAÇÕES E ESTRATÉGIAS DAS FARMÁCIAS AMERICANAS SAIBA SOBRE A PÍLULA QUE ENGANA O CÉREBRO E FAZ EMAGRECER

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SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS Para fazer elogios, críticas ou dar sugestões ao Guia da Farmácia, escreva para a redação: Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 ou ligia@contento.com.br. Queremos saber o que você pensa!

FARMÁCIAS ESTRANGEIRAS

Desse jeito nunca vão enxergar a farmácia como promotora de saúde. A visão comercial é fortalecida. Rafaella Rodrigues, em resposta à nota Brasileiros conhecem as inovações e estratégias das farmácias americanas, publicada no dia 13 de janeiro no Facebook do Guia da Farmácia

OPINIÃO CONTRÁRIA

Não entendo como conseguem licença para trabalhar dessa forma, ainda mais com consultório médico dentro do estabelecimento. Cristine Monteiro, em resposta à nota Brasileiros conhecem as inovações e estratégias das farmácias americanas, publicada no dia 13 de janeiro no Facebook do Guia da Farmácia

DIFERENTES CATEGORIAS

Referência e genéricos têm a mesma bioequivalência comprovada. São totalmente iguais, não muda nada. Já o similar, não. Eles podem mudar formas, cores, entre outras coisas, mas isso não quer dizer que não vá fazer o mesmo efeito. Os similares também são liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a venda ao consumidor. Taty Dantas, em resposta à nota Medicamento de marca, genérico e similar: qual a diferença?, publicada no dia 10 de janeiro no Facebook do Guia da Farmácia

PERGUNTE E NÓS RESPONDEREMOS!

Se você tem dúvidas ou qualquer tipo de curiosidade sobre o mercado, empresas ou sobre suas atribuições, escreva para nós! Nossos colunistas estão de plantão para atendê-lo na seção Guia da Farmácia Responde. Veja mais na pág. 30.

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ENTREVISTA - CRISTÁLIA

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FOTOS: GUILHERME BESSA

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À frente

de seu tempo COM CAPITAL 100% NACIONAL, O LABORATÓRIO É A ÚNICA EMPRESA FARMACÊUTICA BRASILEIRA QUE REALIZA A CADEIA COMPLETA DE UM MEDICAMENTO, DESDE A CONCEPÇÃO DA MOLÉCULA, ATÉ O PRODUTO FINAL P O R L Í G I A FAV O R E T T O

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A atuação do laboratório Cristália no Brasil começou no início dos anos 1970, quando um grupo de médicos fundou uma clínica de repouso em Itapira (SP). Para suprir as necessidades da clínica com medicamentos, decidiram criar um laboratório. Com uma capacidade produtiva superior às necessidades internas, começaram a vender o excedente.

Atualmente, o Cristália é o maior produtor de anestesia de toda a América Latina. A empresa produz os quatro anestésicos inalatórios mais consumidos no mundo, assim como os três principais anestésicos de bloqueio. É também o maior fabricante de dois dos relaxantes musculares mais utilizados e de todos os narcoanalgésicos disponíveis, como morfina e meperidina. 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA - CRISTÁLIA

Há 42 anos no mercado brasileiro, o laboratório é um Complexo Farmoquímico, Farmacêutico, Biotecnológico e de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. O Guia da Farmácia conversou com exclusividade, com o presidente da companhia, Dr. Ogari de Castro Pacheco, que revela a estratégia de atuação para que estejam sempre um passo à frente deles mesmos. Ele tem 76 anos de idade, é médico pós-graduado pela Universidade de São Paulo (USP) e tem 4 filhos. Guia da Farmácia • O laboratório Cristália é 100% brasileiro. Quais são as vantagens de ser genuinamente brasileiro? Dr. Ogari de Castro Pacheco • Primeiro vou falar quais são as vantagens de ser integrado, quer dizer, de ser um complexo farmoquímico, tecnológico e farmacêutico. O Cristália é um laboratório atípico justamente porque é integrado; a grande massa de laboratórios nacionais produz medicamentos a partir de insumos farmacêuticos ativos, adquiridos do exterior, nós produzimos os nossos princípios ativos. 16

O Brasil tem um potencial enorme, aliás, se existe tanta gente trabalhando, tem de crescer ainda mais. O mercado é grande, a extensão territorial nem precisa falar, a população é enorme e, portanto, a necessidade de medicamento para cumprir essa demanda é muito grande. Guia • Qual a vantagem disso, já que é possível comprar lá fora? Dr. Pacheco • Primeiro, a vantagem é que eu tenho certeza de que meu insumo não vai faltar. Segundo, o País hoje tem um déficit orçamentário enorme no que diz respeito a medicamentos e insumos farmacêuticos, de 13 bilhões de dólares, e uma hora o País vai acordar e ver que não pode ficar na dependência eterna, deitado eternamente em berço esplêndido, vamos ruindo. Ou seja, a gente precisa adquirir tecnologia, se desenvolver e ser capaz de fazer o que consumimos, o que precisamos. Ao fazer isso, eu tenho possibilidade de escolher qual o insumo ativo vou produzir, portanto, eu escolho os que permitam fabricar medicamentos menos facilmente canibalizados. Quem fabrica genéricos está sujeito a uma enxurrada de concorrentes que fazem as mesmas coisas. Então, seguimos uma outra filosofia; para nós, produto bom é produto difícil de copiar. Guia • Podemos dizer então que vocês atuam na contramão dos principais concorrentes? Dr. Pacheco • Eu não diria na contramão porque nela você tromba, eu jogo pelas pontas. Nós fazemos 50% dos nossos insumos e os outros 50% importamos. Quanto que o Brasil importa, na média? Mais de 90%, nós fazemos 50% do nosso. Guia • Por que não há investimento da grande maioria das empresas para a produção de insumos no País? Sempre será mais vantajoso importar? Dr. Pacheco • Eu vou dar um exemplo que é para não denegrir a imagem de nenhuma empresa, não quero minimizar os custos de ninguém, mas é um jeito bem elucidativo. Quantos moinhos produtores de farinha de trigo você conhece? Poucos. Quantas padarias existem? Uma infinidade. Quanto custa 1 kg de farinha? Quando você vai lá comprar no supermercado, para fazer um bolo na sua casa, você encontra farinha por R$ 2, R$ 3. Quanto você paga em um pãozinho de 50 gramas? A margem maior está no pãozinho. A estrutura que precisa

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ter para fabricar a farinha é muito maior, mais cara, mais difícil, você tem de controlar desde a produção do trigo até para fazer o pãozinho que é um pouco mais fácil, mais rápido o retorno. A analogia é: usando os insumos prontos, o retorno é mais rápido e é muito mais fácil fazer medicamentos do que fazer insumos farmacêuticos, tanto os de síntese, quanto os biotecnológicos, que são mais difíceis ainda. Guia • Vocês inclusive importam os insumos. Como funciona esse processo? Dr. Pacheco • A principal finalidade é o autoabastecimento. Nós exportamos também, mas para laboratórios nacionais que trabalham em outros países e que não têm produtividade nenhuma. Guia • Temos visto uma grande onda de fusões e aquisições, como estratégia de negociação de diversos laboratórios, e no Cristália não vemos este tipo de noticiário, o que vemos é a atuação da Supera, que é uma união de laboratórios (MSD, Eurofarma e Cristália). Por que o Cristália decidiu fazer parte desse grupo? Dr. Pacheco • Para a união de portfólios, para incrementar a venda no mercado. Nós somos muito fortes no mercado hospitalar, nós não somos tão fortes no de farmácia. A Eurofarma e a MSD têm experiência em farmácia, então nós entramos nesta associação para aumentar a nossa participação em farmácias e captar, aprender, como se processa a negociação neste segmento. Guia • Como se dá a estratégia de lançamentos de produtos da Supera? Dr. Pacheco • Há uma série de produtos que foram licenciados pelo Cristália, Eurofarma, MSD e Supera. A Supera passou a registrar os produtos dela. Guia • O senhor, por todos estes anos de experiência, acha que ainda falta muita informação para o consumidor final, no que diz respeito à credibilidade de um produto? Dr. Pacheco • Veja bem, existe, progressivamente, uma preocupação em aumentar o acesso da população aos medicamentos e isto se faz não só pelo fornecimento de medicamentos pelo governo, como também pelos genéricos, que promoveram uma redução no preço. Agora, com a intercambiabilidade, os similares podem ser trocados. Acho que isso é um mecanismo pelo qual haverá um aumento

do acesso da população aos medicamentos. A qualidade é mantida e os preços caem. Guia • E para as indústrias que investem milhões em descobrimento de uma nova molécula e que atuam nesta linha de frente de pesquisa e desenvolvimento. Isso é uma concorrência leal? Dr. Pacheco • Quanto que o Brasil investiu na prospecção de petróleo? Gastou um dinheirão, mas quando achou áreas em que existia petróleo, pôde retirar e daí recuperar o investimento feito. Comparo da mesma maneira, quando uma empresa investe para desenvolver uma molécula, ela está correndo risco. Muita gente prospectou petróleo e não achou, acabou perdendo dinheiro, faz parte do jogo. Você pode trabalhar, trabalhar e trabalhar e não desenvolver molécula nenhuma ou desenvolve uma molécula que parece ser boa, mas depois de um tempo fica tóxica, ou provoca câncer. Esse investimento é de risco. Quando o investidor encontra uma molécula que seja efetivamente útil, as empresas certamente recuperam, e bem, o que investiram. Guia • O senhor acredita que exista uma área farmacológica ou clínica de maior demanda no Brasil? De que forma vocês se atualizam para entender esta demanda? Dr. Pacheco • Um dos maiores campos de desenvolvimento hoje é o da oncologia. As pessoas estão vivendo mais e quem vive mais fica mais velho, consequentemente, quem fica mais velho tem mais chance de desenvolver algum tipo de câncer. Então o desenvolvimento de produtos para esta doença está acontecendo de uma forma importante. Guia • O setor como um todo enfrenta que tipo de carência para que esse desenvolvimento aconteça? Dr. Pacheco • A grande deficiência é a falta de apoio para pesquisa, já que a grande maioria dos testes necessários para aprovação de medicamentos precisam de recursos de laboratórios do exterior. Guia • De que forma esse apoio poderia acontecer de uma maneira mais substancial, governo, iniciativas privadas? Dr. Pacheco • Eu acredito que o governo pode exercer um papel importante como condutor, como alavancador dessa estrutura. O que precisa é existir clareza nas leis, nas regras, nas diretrizes, para que o investidor privado tenha segurança do que vai acontecer e, portanto, aceite arriscar-se, já que todo o investimento é de risco. 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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NEGOCIAÇÃO ESTRATÉGICA A INDÚSTRIA BRASILEIRA REALIZA INVESTIMENTOS RELEVANTES POR MEIO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES. O SEGMENTO ESTÁ EM CONSTANTE CRESCIMENTO E BUSCA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL POR TASSIA ROCHA

MOVIMENTAÇÃO DE PESO

Empresas farmacêuticas provavelmente ficarão ocupadas novamente após anunciarem US$ 234 bilhões em aquisições no ano passado. Após um ano de quebras de recordes em fusões e aquisições no setor de saúde, banqueiros, capitalistas de risco e analistas dizem que há previsão de mais atividades em empresas como Pfizer Inc. e Actavis Plc. Para as grandes fabricantes de medicamentos, “a única forma real de encontrar o crescimento é por meio de aquisições”, disse o chefe de banco de investimento, Jeff Stute. Os investidores vão procurar indícios de futuros acordos na conferência anual de saúde do JPMorgan, em São Francisco. Lá, executivos de mais de 300 empresas, incluindo gigantes do setor como Merck Co. e Roche Holding AG, farão apresentações para gestores de fundos e outros convidados a respeito dos próximos doze meses, enquanto equipes de desenvolvimento de negócios e banqueiros lotam as suítes dos hotéis das proximidades em reuniões com alvos potenciais. • www.pfizer.com.br 20

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EXPANSÃO CONSOLIDADA

A Galderma, companhia farmacêutica exclusivamente dermatológica, anunciou, em dezembro de 2014, a aquisição da Moderm, empresa brasileira de dermocosméticos criada em 2012. A compra faz parte da estratégia da Galderma de entrar em um novo mercado, ampliando sua atuação em regiões e entre consumidores ainda não atendidos, por meio de produtos de qualidade e eficácia, com preços mais acessíveis. A Moderm permanecerá como marca independente e plano de negócios próprio. Está presente em cerca de mil pontos de venda nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Paraná. Com a aquisição, a marca expandirá sua atuação para, aproximadamente, 20 mil pontos de venda distribuídos pelo País. • www.galderma.com.br ILUSTRAÇÃO/FOTOS: SHUTTERSTOCK

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CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO

VACINA CONTRA EBOLA

A Johnson & Johnson anunciou o início de um estudo clínico de fase 1, o primeiro realizado em humanos, de um programa de desenvolvimento de uma vacina preventiva contra o Ebola feito pela Janssen (companhia farmacêutica da Johnson & Johnson). O estudo está sendo conduzido pela Oxford Vaccine Group, parte do Departamento de Pediatria da Universidade de Oxford. A fase de recrutamento para o estudo está em andamento e os primeiros voluntários já receberam a primeira dose da vacina. A Johnson & Johnson também anunciou que a Janssen, em parceria com a Bavarian Nordic A/S, produzirá mais de 400 mil regimes duplos de vacinação para uso em estudos clínicos em larga escala até abril de 2015. Ao longo de 2015, um total de 2 milhões de regimes estarão disponíveis, com capacidade de escalar rapidamente esse número para 5 milhões de regimes, se necessário, por um período de 12 a 18 meses. • www.jnjbrasil.com.br

PRESCRIÇÃO DO CANABIDIOL

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou, em dezembro de 2014, a resolução autorizando a prescrição do canabidiol (CBD) – produto obtido da maconha – para crianças e adolescentes (até 18 anos) epilépticos que não respondam a tratamentos convencionais. Mas nem todos os médicos poderão fazer isso. Apenas os que têm especialidade em psiquiatria, neurocirurgia e neurologia terão a prerrogativa. Além disso, esses profissionais devem estar previamente cadastrados em plataforma on-line desenvolvida pelo CFM. A prescrição da maconha propriamente dita, além de outros derivados, continua proibida. • http://portal.cfm.org.br 22

Muitas empresas erram tentando fazer aquilo que não estão preparadas e, consequentemente, atrapalham seu negócio. Ciente disso, desde 2011, a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) vem se esforçando para montar uma grade de cursos que capacite as organizações de seus associados e sócios colaboradores. Muitas negociações foram feitas, porém somente em 2014 o projeto saiu do papel e se tornou realidade. Em parceria com a consultoria ACG Internacional e o Grupo Educa+, a Abradilan lançou, em janeiro de 2015, a Universidade Corporativa Abradilan, inicialmente com 22 cursos a longa distância que visam oferecer aos colaboradores das organizações formação, treinamento ou complementação específicos. O consórcio será responsável pela montagem e gestão de todo o projeto. • www.abradilan.com.br

NOVOS INVESTIMENTOS

O laboratório brasileiro Cristália, que opera um complexo industrial farmoquímico, farmacêutico e biotecnológico em Itapira, no interior de São Paulo, vai expandir a capacidade produtiva em 2015, mediante investimentos de R$ 220 milhões que já estão em curso, e ampliar o portfólio de medicamentos, a partir do lançamento de novos produtos e incorporação de linhas, por meio de aquisições. Com essas iniciativas, disse o presidente e um dos fundadores da farmacêutica, Dr. Ogari de Castro Pacheco, a projeção de alta de 11% do faturamento, para mais de R$ 1,6 bilhão no próximo ano, poderá ser alcançada. “É ambicioso, mas temos motivos para pensar assim”, informou. Também poderá contribuir para a expansão dos negócios a assinatura de mais um acordo de transferência de tecnologia a uma empresa no exterior. • www.2cristalia.com.br

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MEDICAMENTO EM ALTA

O disputado mercado da Finasterida, principal medicamento utilizado no tratamento do câncer de próstata, cresceu 78,9% nos últimos cinco anos, com o aumento da participação de medicamentos genéricos. Empresas como Eurofarma, EMS, Medley e Aché brigam pelas primeiras posições nas vendas. Enquanto que, em 2010, foram comercializadas 860,2 mil unidades do produto, em 2014, o número saltou para 1,309 milhões. Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), demonstra que se, em 2010, os genéricos respondiam por 67% do volume de unidades de Finasterida comercializado no País, hoje a categoria de medicamento representa 79,5%. “Trata-se de mais um caso de doença grave e com alta prevalência no País em que os genéricos vêm se posicionando como principal instrumento de saúde pública de promoção do acesso”, afirma a presidente executiva da Pró Genéricos, Telma Salles. • www.progenericos.org.br

RASTREABILIDADE SAI DO PAPEL

A tecnologia pode por fim à falsificação de medicamentos, desvios de cargas que geram pontos de venda informais e outros problemas com impacto na segurança do paciente e na integridade das marcas de laboratórios e farmácias. A Lei 11.903/14, a RDC 54/13 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a instrução normativa N˚ 6, de 18/8/2014, determinam que todos os medicamentos produzidos no Brasil passem a contar, até dezembro de 2016, com um código bidimensional que garanta monitoramento dos produtos desde sua produção até sua chegada às drogarias. Ao fim das adequações, inicia-se o funcionamento do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, em que todos os atores da cadeia farmacêutica devem armazenar as informações em sistemas especializados e assim permitir o acesso da Anvisa que poderá fiscalizar o setor e garantir a segurança dos medicamentos. O controle também permitirá ação imediata para o recolhimento de medicamentos com erros de fabricação e assim evitar que prejuízos possam ser causados aos consumidores. • http://portal.anvisa.gov.br 24

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Este ano, o Treina PDV Farma, plataforma de cursos on-line da Contento Comunicação para o varejo farmacêutico, continuará investindo no oferecimento de cursos rápidos gratuitos aos profissionais do canal. A proposta é de que, através desses cursos, farmacêuticos, balconistas e gestores de farmácias e drogarias tenham acesso a informações estratégicas de forma prática, objetiva e, além disso: gratuita. Depois de lançar o tema Como contornar objeções dos clientes na farmácia, o Treina PDV Farma prepara para março um vídeo sobre Como implementar a Atenção Farmacêutica nas farmácias e drogarias, que apresentará o passo a passo para iniciar o serviço na loja, melhorar o atendimento e fidelizar os clientes. Na plataforma, é possível encontrar ainda diversos cursos rápidos gratuitos, além de um programa de capacitação composto por 12 módulos, ferramentas interativas, avaliações e certificados. Para acessar os cursos, basta apenas preencher um pequeno cadastro. Já o programa de capacitação fica disponível para acesso ilimitado por um ano, mediante o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Para conhecer e experimentar, acesse: • www.treinapdvfarma.com.br Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200

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A Natulab está lançando o Unha® Gold, um antifúngico que atua no combate às micoses nas unhas. A ação do Unha® Gold ocorre pela associação dos ácidos benzoico e salicílico e o iodo ressublimado, que penetram na unha limpando e inibindo a proliferação de bactérias. A apresentação em spray permite maior facilidade de aplicação e possibilita que o medicamento atinja exatamente a área afetada. O Unha® Gold é um tratamento prático, seguro, barato e eficaz ao combate às micoses. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa nº 199/2006. afe. nº 1.03.841-3 www.natulab.com.br FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Cravosan gel (peróxido de benzoíla) é um medicamento para tratamento tópico da acne, agindo como bactericida e redutor da oleosidade. O produto está disponível em bisnaga de 20 g. MS medicamento de notificação simplificada conforme RDC Anvisa 199/2006 – AFE nº 1.00.497-7. www.uniaoquimica.com.br

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As pastilhas Wilds são gomas refrescantes nos sabores eucalipto e menta com apenas 6 calorias por unidade. O produto refresca a garganta e deixa o hálito mais puro e saudável por muito mais tempo. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 www.naturelifenutricao.com.br

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A União Química acaba de lançar PROCTS H, pomada para o tratamento das hemorroidas internas ou externas. É indicado para o tratamento da dor e sangramento de hemorroidas, pruridos anais, eczema perianal, proctite branda, fissuras, pró e pós-operatório em cirurgias anorretais (proctológicas). PROCTS H está disponível em pomada de 20 g (acompanha um aplicador). MS medicamento de notificação simplificada conforme RDC Anvisa 199/2006 – AFE nº 1.00.497-7 www.uniaoquimica.com.br

O Grupo Natulab está lançando, por intermédio da Naturelife Suplementos Alimentares, o PROTOWIN, um suplemento sabor laranja, que contém as vitaminas adequadas para crianças a partir de 1 ano até a fase adulta. O suplemento é composto pelas vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B8), além das vitaminas A, C, D e E, micronutrientes importantes para o desenvolvimento físico e mental das crianças. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 www.naturelifenutricao.com.br

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Conhecido pela folhagem densa, aroma forte e propriedades curativas, o boldo estimula as funções digestivas do organismo e é diurético. Com o objetivo de aproveitar as propriedades dessa planta, o Grupo Natulab lançou o Epaliv (Peumus boldus), um fitoterápico indicado para facilitar a digestão de alimentos gordurosos, aliviando a sensação de desconforto estomacal. O produto tem apresentações em cápsulas, solução e agora também está disponível na versão flaconete. O medicamento tem extrato de origem alemã e possui a maior concentração de boldo do mercado. MS 1.3841.55 www.natulab.com.br 28

A Zodiac Produtos Farmacêuticos confirma o lançamento do Tridevit, suplemento de Vitamina D que se revela inovação na categoria. Tridevit é o primeiro produto classificado como alimento comercializado pela Zodiac e estará disponível no mercado em quatro apresentações: de 60 e 120 comprimidos e em gotas, com 10 mL e 20 mL. O produto tem apresentação em minicompridos mastigáveis com sabor morango e com a apresentação em gotas sem sabor residual, com óleo de coco, importante aliado do sistema cardiovascular e imunológico. Indicado como complemento no tratamento e prevenção de muitas patologias, o produto será promovido para diversas especialidades médicas, nos principais pontos de venda e diretamente para o consumidor. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 www.zodiac.com.br

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O novo sachê do Kit Coletor Universal contém coletor, pipeta e ColOff®, um exclusivo revestimento de assento sanitário para coleta de fezes e de urina. O procedimento pode ser realizado pelo paciente confortavelmente sentado no vaso sanitário – com higiene, conforto e cuidado. Sol, mar, calor, praia e areia são sinônimos de contágio de vírus, bactérias e parasitas muito comuns nestas condições e locais. Febre, vômito, diarreia e mal-estar são sintomas de doenças transmitidas por água e alimentos com alta incidência, no verão, por maus hábitos de higiene e condições sanitárias. O diagnóstico mais comum é virose, mas pode ser verminose, parasitose e outras enterites. Sem o exame de fezes, não há o diagnóstico correto. Quando tratadas de forma inadequada, com antibióticos, vermicidas e antiparasitários, podem surgir complicações. MS ColOff® e Pipeta Produtos isentos de registro conforme portaria 1480 de 31/12/1990 e dispensados de registro na Anvisa conforme RDC Nº 206/2006, RDC Nº 185/2001 e Nota Técnica Nº 001/2011 - GGTPS Anvisa. MS 80097910001 (Coletor Universal) www.coloff.com.br

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AS FARMÁCIAS DO INTERIOR NÃO TÊM FARMACÊUTICO DISPONÍVEL NO MERCADO PORQUE ELES PREFEREM TRABALHAR EM CENTROS MAIORES. O QUE FAZER PARA NÃO FECHARMOS AS PORTAS? 30

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ENVIE SUA PERGUNTA, NÓS RESPONDEMOS!

M A R I A A PA R E C I DA N IC O L ET T I Farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG)

PERGUNTA FEITA POR ALEXANDRE ZANATTA, PROPRIETÁRIO DA FARMÁCIA DUDA LTDA., NO MUNICÍPIO DE RONDINHA, NO RIO GRANDE DO SUL

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Com a publicação da Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014, que dispõe so sobre o exercício e a fiscalização das ativi atividades farmacêuticas, há determinação de que a farmácia seja uma unidade de prestação de serviços destinada a pres prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos. Algumas ações são específicas e privativas do farmacêutico não podendo ser delegadas a outros profissionais. A atuação do farmacêutico deve ser direcionada para o paciente, ou seja, em modelo denominado biopsicossocial. Não é possível desvencilhar o paciente/usuário do medicamento do meio em que vive e de

suas caraterísticas. Esse modelo está sendo universalmente assumido, considerando que o farmacêutico deve ter o foco humanístico no paciente e não mais no medicamento, como estabelecia o modelo biomédico. Portanto, a presença do farmacêutico é inquestionável e imprescindível para a segurança do paciente/usuário de medicamento. Certamente, o farmacêutico, como outros profissionais com formação específica, deve ser valorizado em qualquer local onde atua e com salário e benefícios compatíveis e atrativos. Dessa maneira, as lacunas existentes poderão ser preenchidas, assim como, em qualquer outra atividade profissional, considerando que as cidades pequenas podem ter dificuldades no preenchimento de vagas em relação à grande parte das atividades que exijam profissionais especializados, e não tão somente a farmacêuticos. 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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TECNOLOGIA

Trabalho de acesso TRATA-SE DE ALGO ESSENCIAL PARA A SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA E AO SISTEMA DE SAÚDE

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MAGNUS FRANZEN Head of Business Intelligence Pharma do eyeforpharma (mfranzen@eyeforpharma.com) 32

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Acesso é algo difícil e, na verdade, são poucos os laboratórios que puderam realmente integrar um pensamento nesse sentido em todos os aspectos de sua organização. Ao mesmo tempo, não há dúvidas de que o caminho do acesso é aquele que a indústria farmacêutica deve tomar, e os laboratórios que trabalham arduamente com esse tema já podem ver os benefícios – em seu resultado final – na relação com o pagador e nos resultados em matéria de saúde. Sendo um tema de alta complexidade, não basta assistir a um cursinho do YouTube para alcançar uma capacidade de acesso ao mercado que o nome merece. Na verdade, é preciso: • Capacitar a equipe de acesso, os gerentes de linha e a direção para que sejam especialistas e saibam lidar com o novo pensamento e com a maior complexidade que significa o acesso; • Realmente dedicar-se à criação de uma estrutura de acesso que passe por toda a organização; e • Discutir o que deve significar “acesso” para a empresa. Durante os últimos meses, mostramos por meio de estudos, artigos, seminários on-line e discussões em grupo do LinkedIn como o trabalho de acesso ao mercado é – e será cada vez mais – fundamental para o sucesso no mercado colombiano, por exemplo. Estamos vendo uma regulamentação mais aperfeiçoada e avançada em 2015

diversas áreas, novas instituições para a avaliação de tecnologias em saúde, bem como pagadores, prestadores e pacientes cada vez mais conscientes do que necessitam e desejam. E caso ainda não tenha feito a transição para o novo paradigma, você deve entender que não será fácil e, provavelmente, tampouco barato. Mas trata-se de algo essencial, e não só para a sobrevivência da sua empresa, como também para a dos seus clientes – o sistema de saúde e os seus pacientes. No Congresso eyeforpharma 2015, que acontecerá nos dias 26 e 27 de maio, no Hotel Tivoli, em São Paulo, ofereceremos um espaço para capacitar as equipes de acesso e gerentes de brands de alto custo a aprender, com casos de sucesso e discussões abertas, sobre como criar uma estrutura de acesso. Além disso, o evento é um espaço para atualizar-se a respeito das mudanças no ambiente regulatório e no mercado, e compreender como o acesso pode – ou deve – ser trabalhado na sua organização. Reuniremos, em uma série de apresentações, workshops e mesas redondas, os tomadores de decisão governamentais, do setor privado de saúde, de fundações de pacientes e da indústria farmacêutica. Haverá contato direto com os pagadores para construir pontes e encontrar objetivos em comum e soluções em que todos saiam ganhando. FOTO: DIVULGAÇÃO

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CENÁRIO

As mudanças no setor de medicamentos

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FORTALECIMENTO DOS GENÉRICOS IMPACTOU A ESTRUTURA DOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO

VALÉRIA CARINHATO Diretora para o segmento de Life Scienses da Fesa, consultoria de busca e seleção de altos executivos 34

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A chegada dos genéricos tem mudado significativamente a estrutura do mercado farmacêutico e promoveu forte competição entre as indústrias do setor, ampliando a disponibilidade de novos produtos e o acesso da população a diversos tratamentos. Por outro lado, aumentou também a dificuldade de lançar medicamentos blockbusters e, consequentemente, um novo cenário se apresenta para as multinacionais: a maior necessidade de investimentos em pesquisa e margens muito mais apertadas. Apesar disso, a tendência desse mercado é a de continuar crescendo, além de aumentar ainda mais a competitividade no setor. Estudos revelam que uma grande fatia dos remédios prescritos no Brasil já é de produtos genéricos e há ainda muito espaço para este mercado alavancar, já que o consumo destes medicamentos é ainda muito pequeno nas regiões Norte e Centro-Oeste quando comparado ao estado de São Paulo. Em função dessa transformação e com o intuito de sobreviverem em um mercado extremamente competitivo, uma aposta surge e um novo movimento se destaca. Além da indústria se dedicar à produção de drogas extremamente sofisticadas, está também agora fortalecendo suas estratégias e aumentando a presença em Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), segmento este de R$ 14 bilhões no Brasil e caracterizado por multivitamínicos, dermocosméticos, nutrição esportiva, antigripais e analgésicos. 2015

Diante dos números positivos e das formas de aproveitar o potencial de crescimento do segmento de MIPs, fusões e aquisições têm ficado constantemente no radar das farmacêuticas. Para crescerem em medicamentos que não precisam de prescrição médica no Brasil, a alemã Bayer, por exemplo, adquiriu a divisão de OTC da Merck; a britânica Reckitt Benckiser adquiriu da americana Bristol-Myers Squibb o antigripal Naldecon e o antigases Luftal em um acordo de US$ 482 milhões; enquanto que a farmacêutica Boehringer Ingelheim está avaliando empresas para aquisição no Brasil, além de parcerias para licenciamento de produto, em busca da ampliação de seu portfólio. Este cenário tem exigido da indústria farmacêutica um olhar diferenciado no momento da contratação, já que o perfil do executivo para esse segmento exige profissionais com características diferenciadas das que eram necessárias anteriormente. A procura tem sido especialmente por pessoas dinâmicas, com um elevado senso de urgência, inovadoras e que transitem bem entre todas as áreas de negócio de uma organização. O Brasil tem um mercado farmacêutico muito competitivo e atraente. O setor de medicamentos “isentos de prescrição” cresceu 15% nos últimos anos e deverá manter expansão acima de dois dígitos daqui para frente. Com isso, o potencial dos MIPs no País é extremamente significativo, tendo se tornado um segmento altamente aquecido que se consolida como uma forte aposta nacional. FOTO: DIVULGAÇÃO

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EXPANSÃO

Em fase de crescimento

COM DESEMPENHO ACIMA DA MÉDIA MUNDIAL, VAREJO FARMACÊUTICO BRASILEIRO INVESTE EM OUSADAS ESTRATÉGIAS DE PROGRESSO

H POR FLÁVIA CORBÓ

Há mais de dez anos, o varejo farmacêutico brasileiro apresenta índices de crescimento invejáveis. No ano passado, não foi diferente. Enquanto a inflação oficial no Brasil fechou o ano na casa do 6,4%, o setor de farmácias e drogarias apresentou crescimento nominal de 9,6%, de acordo com números da Nielsen. As grandes redes são o canal que mais impulsiona esse bom desempenho, com 15%, em média, de evolução entre 2013 e 2014, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que concentra menos de 10% das cerca de 68 mil farmácias em funcionamento no País. Caso os resultados sigam no mesmo patamar nos próximos anos, a expectativa é de que, até 2018, o Brasil passe de 6º para 4º maior mercado farmacêutico no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão, estimam as projeções do IMS Health. O otimismo pode ser explicado por uma conjunção de fatores que, quando combinados, transformam o mercado farmacêutico brasileiro em uma potência.

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O mais notório desses movimentos combinados é o envelhecimento da população. Durante anos, o Brasil foi composto em maioria por crianças e jovens, mas, agora, a situação começa a se inverter. Desde 2004, a faixa da população que mais cresceu está situada entre os 30 e 80 anos, enquanto a quantidade de cidadãos com menos de 24 anos caiu. Até 2060, o número de brasileiros acima de 65 anos deve quadruplicar. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com essa faixa etária deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. A consequência será que cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustentará 65,9 indivíduos. Essa mudança na pirâmide etária ocorrerá principalmente devido ao aumento da expectativa de vida do brasileiro, à queda na taxa de fecundidade e aos avanços da medicina. O resultado é que, com um maior número de idosos, o consumo de medicamentos, principalmente aqueles de uso contínuo, deve crescer exponencialmente. Os produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) também passam por um momento positivo denFOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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EXPANSÃO

tro do País. O ganho de renda dos brasileiros nos últimos anos fez crescer o consumo de certas categorias. Segundo o IMS Health, 34% das vendas das farmácias vêm de não medicamentos. E mesmo com o crescimento da inflação, do endividamento e de outros tropeços da economia, esses novos consumidores não se mostram dispostos a recuar. De acordo com o coordenador de atendimento ao varejo da Nielsen, Carlos Gouveia, esse resultado foi possível, pois a cesta de produtos de higiene e beleza é a última em que o consumidor corta gastos, quando a situação financeira vai mal. “Ele prefere cortar primeiro os supérfluos e até mesmo diminuir gastos com alimentação.” Este comportamento é observado em todos os tempos de crise financeira. Em momentos críticos, o consumidor reduz os gastos com itens de alto valor agregado e aumenta o consumo daqueles ligados a cuidados pessoais, como forma de indulgência.

CONSEQUÊNCIAS ORIUNDAS Essa conjunção de fatores positivos para as vendas das farmácias e drogarias fez acender o interesse de empresários de todo o mundo no mercado brasileiro. As primeiras movimentações ocorreram internamente na forma de fusões e aquisições. Segundo o ranking do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo de 2014 (Ibevar 2014), que lista as 120 maiores do varejo brasileiro, no segmento de drogarias e perfumarias, há oito redes com faturamento na casa do bilhão. O ano de 2011 foi um marco para as mudanças que estariam por vir, com a fusão da Droga Raia e Drogasil e, logo depois, Drogaria São Paulo e Pacheco. As duas uniões se provaram certeiras e fizeram o mercado estrangeiro passar a olhar para o varejo brasileiro com maior interesse. No ano de 2014, o grupo DPSP obteve um faturamento estimado em R$ 6,4 bilhões. A Raia Drogasil teve um desempenho ainda melhor, com R$ 7,38 bilhões. A expansão agressiva do número de lojas é a principal estratégia dessas potências do varejo. Somente no ano passado, a Raia Drogasil realizou a abertura de 130 novas lojas, com operações em 17 estados da Federação, incluindo o ingresso em cinco novos mercados. Ao todo, a rede já soma mais de mil pontos de venda. O crescimento das lojas em operação a mais de um ano representou 10,9%, enquanto nas lojas maduras (aquelas com mais de três anos em operação), o incremento foi de 6,1%. “Tivemos um trimestre excepcional, e estamos muito satisfeitos com o nosso desempenho no ano como um todo. Concluímos a integração de todos os nossos sistemas corporativos em fevereiro passado, e este é o primeiro ano 38

A CONJUNÇÃO DE FATORES POSITIVOS PARA AS VENDAS DAS FARMÁCIAS E DROGARIAS FEZ ACENDER O INTERESSE DE EMPRESÁRIOS DE TODO O MUNDO NO MERCADO BRASILEIRO. A EXPANSÃO AGRESSIVA DO NÚMERO DE LOJAS É A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DESSAS POTÊNCIAS DO VAREJO em que operamos de forma efetivamente integrada, podendo colher os benefícios da fusão que originou a Raia Drogasil. Pudemos compartilhar os ativos e competências de Droga Raia e de Drogasil, gerando ganhos de produtividade e, sobretudo, melhorando a experiência de compra dos nossos clientes”, destaca o presidente da companhia, Marcilio Pousada.

TENDÊNCIA DE MOVIMENTOS Outra companhia com postura agressiva quando se trata de expansão é a Pague Menos. De origem nordestina, hoje ela é a única presente em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Entre as metas que foram cumpridas no ano passado, estava o crescimento de 18%, com a abertura de 90 novas unidades. “O volume de lojas é um dos principais vetores de crescimento da empresa. A abertura de pontos de vendas, juntamente com o crescimento das mesmas unidades, se mantém na base de 10% ao ano. Esses são os veículos de crescimento da companhia”, destaca o responsável pela área de planejamento e relações com investidores das Farmácias Pague Menos, Eduardo Dias. Para sustentar tal ritmo de crescimento, a companhia busca manter uma forte liderança do time e boa gestão de processos, principalmente na área de tecnologia e de operações em loja. “Ainda contamos com o apoio do Instituto Áquila em relação à metodologia de gestão. Esses três pilares dão sustentação à alavancagem operacional da empresa à medi-

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da que aumentamos o ritmo de vendas e número de lojas”, conta Dias. Entre os recursos disponíveis, estão plataformas de geomarketing cujas informações permitem uma série de análises sobre o comportamento do shopper e de suas necessidades, bem como o perfil dos concorrentes em relação a preço, mix e posicionamento. Além disso, uma equipe de campo realiza análises qualitativas do ambiente. Em proporções menores, outras redes também estão buscando se unir para ter mais potencial de crescimento, principalmente no volume de lojas em funcionamento. Em 2013, a Profarma comprou as redes cariocas Drogasmil e Farmalife e, além da abertura de novas unidades, investiu no remodelamento das unidades, o que resultou em um aumento de 20% no faturamento. A Panvel também trabalha em ritmo acelerado de expansão e tem um número expressivo de lojas, considerando que atua somente na região Sul. Em 2014, eram 321 pontos de venda, responsáveis por 67% do faturamento do grupo gaúcho Dimed. Das vendas, 35% vêm de itens de beleza, com 20% do total de artigos de marca própria.

CHEGADA INTERNACIONAL Há dois anos, deu-se a primeira invasão estrangeira no território das gigantes do varejo farmacêutico brasileiro. A norte-americana CVS adquiriu o controle da rede de drogarias Onofre, a oitava maior do País em receita. A operação envolveu a venda de 80% das ações da Onofre, fundada pela família Arede, por R$ 600 milhões. A quantia incluiria as dívidas da companhia, referentes a passivos tributários. As empresas não confirmam o valor do negócio. O anúncio foi feito durante a divulgação dos resultados trimestrais da CVS. Desde então, a rede americana tenta implementar uma nova fase na Drogaria Onofre. A estratégia de expansão da marca envolve a ampliação de oferta de medicamentos a custos competitivos. Com a inauguração de uma unidade no bairro paulistano do Itaim, em dezembro de 2014, a rede fechou o ano com 47 lojas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. A unidade reúne um portfólio diversificado de saúde e bem-estar e contará com mais de 100 m² e 12 funcionários, entre eles 3 farmacêuticos à disposição para uma atenção personalizada. Especulações do mercado financeiro mostram que, estabelecidas as diretrizes para o crescimento da Onofre, o grupo estrangeiro começou a traçar planos mais ambiciosos, que envolvem a compra do grupo São Paulo Pacheco. Se40

A rede de drogarias Onofre teve seu controle adquirido pela norteamericana CVS

gundo analistas, três propostas já teriam sido feitas, sendo a mais recente delas costurada ao redor de cifras superiores a R$ 6 bilhões, todas recusadas pelo sócio controlador do grupo e responsável pela gestão da rede carioca Pacheco, Samuel Barata.

PROJEÇÃO COM CONTEÚDO Talvez pela ameaça de invasão das gigantes estrangeiras, se observa que, apesar de agressiva, a estratégia de crescimento é calculada e inclui lojas que apresentem diferenciais em relação à concorrência. Uma das tendências que deve crescer, em 2015, é a abertura de pontos de venda preparados para prestar serviços de atenção farmacêutica, que envolvem revisão de medicação, sistema de dispensação personalizada, programas de tratamento e atendimentos ambulatoriais, como imunização, nebulização e testes de saúde. A Abrafarma já começou a dar os primeiros passos para preparar as redes filiadas. Em julho de 2014, a entidade iniciou um trabalho que envolve a elaboração de manuais, reuniões com grupos de especialistas e a capacitação de farmacêuticos. Neste ano, ocorrerá a implantação de serviços em lojas-piloto, o monitoramento dos resultados e o desenvolvimento final do modelo de negócios. As diretrizes da Abrafarma ainda não foram definidas, mas as Farmácias Pague Menos já iniciaram a ampliação dos serviços de assistência farmacêutica. No segundo semestre de 2014, a rede implantou o Clinic Farma, serviço que dispõe de uma sala de atenção farmacêutica, que já está disponível em cinco unidades da rede e deve ser alvo de rápida expansão. O sistema começou a funcionar na unidade junto à matriz, em Fortaleza (CE), e a intenção é chegar a, no mínimo, uma loja em cada capital brasileira em 2015.

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CONSULTOR JURÍDICO

O papel de

cada um

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A FUNÇÃO DO CRF É DE ARQUIVADOR DE ATOS CONSTITUTIVOS E ALTERAÇÕES DOS MESMOS, SENDO ASSIM, ELE NÃO PODE DETERMINAR O OBJETO SOCIAL DE UMA FARMÁCIA

GUSTAVO S E M BLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 42

A Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) nº 521/09 dispõe sobre a inscrição, o registro, o cancelamento de inscrição e a averbação nos Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs), e dá outras providências. De acordo com os incisos II e III do artigo 1º desta norma, considera-se: Registro: transcrição de dados das pessoas jurídicas em cadastro ou livro próprio dos Conselhos Regionais de Farmácia. Averbação: transcrição de novos dados na inscrição dos profissionais e no registro das pessoas jurídicas em cadastro ou livro próprio dos Conselhos Regionais de Farmácia, para controle, fiscalização e concessão de atribuições profissionais específicas. O registro de uma farmácia em um Conselho Regional de Farmácia necessita da prévia apresentação dos atos constitutivos (contrato social, estatuto social, etc.) e qualquer alteração em tais atos constitutivos deve ser devidamente averbada. Como se vê, a função dos CRFs é de mero arquivador de atos constitutivos e alterações dos mesmos, servindo como verdadeiro banco de dados de tais informações. Todavia, a maior parte dos Conselhos tem ido além ao que determina a Resolução CFF nº. 521/09, criando obstáculos à emissão da certidão de regularidade técnica às farmácias cujos atos

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constitutivos contenham atividades com as quais não concordam. Explico: uma farmácia coloca no objeto social de seu contrato social que realiza a dispensação de medicamentos, manipulação de fórmulas magistrais e oficinais e venda de picolés. Alguns Conselhos Regionais de Farmácia simplesmente não admitem que conste do contrato social de uma farmácia a “venda de picolés” e não expede a certidão de regularidade técnica. Com todo o respeito das opiniões em contrário, não é isso o que o Conselho Federal de Farmácia quis autorizar quando da elaboração e publicação da Resolução CFF nº. 521/09, se não teria discriminado essa postura. É que, no Brasil, vivemos sob o princípio da legalidade, e se o Conselho Federal de Farmácia (órgão supremo da atividade) não especificou que os Conselhos Regionais de Farmácia poderiam se imiscuir no objeto social das farmácias, não podem os CRFs simplesmente interpretar neste sentido. Ninguém melhor do que o próprio empresário para decidir o que incluir no objeto social dos atos constitutivos de sua empresa, e não um Conselho Regional de Farmácia. Às farmácias que se encontram nesta situação, o caminho poderá ser administrativo (pedir uma reconsideração) ou judicial (mandado se segurança, ação de obrigação de fazer, etc.). FOTO: DIVULGAÇÃO

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Foldan® (tiabendazol) trata a infecção em pele ocasionada pelo bicho geográfico. Além do pé, o bicho geográfico atinge também outras áreas do corpo como nádegas, coxas, braços, mãos e couro cabeludo.2 Apresentações: Pomada: bisnaga com 45 gramas (50 mg/g); Sabonete: barra de 70 gramas (50 mg/g); Loção Cremosa: frasco com 50 ml (50 mg/ml)

Foldan® (tiabendazol) é um parasiticida indicado para o tratamento de infecções na pele causadas pela Larva migrans (bicho geográfico).1 Referência: 1. Bula do produto; 2. Peruca, L.CB., et al. Larva migrans e cutânea como zoonoses: revisão e literatura. Vet. E Zootec., p.601-616, v.16, n.4, dez., 2009. FOLDAN® (tiabendazol) Indicado para o tratamento de infecção na pele causada pela Larva migrans (comumente conhecida como“bicho geográfico” ou dermatite serpiginosa). MS – 1.0497.1151. FOLDAN® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. JAN/2015

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GESTÃO

O emprego

dos sonhos TODOS OS ANOS, CENTENAS DE EMPRESAS DISPUTAM UM LUGAR NA LISTA DAS MELHORES COMPANHIAS PARA SE TRABALHAR. CONHEÇA OS DIFERENCIAIS DAS VENCEDORAS

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POR FLÁVIA CORBÓ

Em 1981, o jornalista Robert Levering foi convidado para escrever um livro sobre as melhores empresas para se trabalhar. Durante estudo de campo junto aos gestores das empresas e seus funcionários, ele constatou que as considerações dos funcionários nada tinham a ver com programas e práticas para funcionário. Da descoberta surgiu o livro As 100 Melhores Empresas para Trabalhar na América e na sequência, A Great Place to Work: what makes some employers so good – and most so bad (Um excelente lugar para trabalhar – por que alguns empregadores são tão bons e outros tão ruins). Os conceitos apresentados nas obras deram origem à instituição Great Place to Work® (GPTW), que visa disseminar maneiras das empresas criarem um bom ambiente de trabalho. Desde a fundação, o Great Place to Work® abriu unidades em 53 países. Durante um ano normal, o Great Place to Work® trabalha com mais de 6.200

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empresas, representando mais de 12 milhões de funcionários. No Brasil, a entidade publica, desde 1997, um ranking com a lista das 100 melhores empresas para se trabalhar. Para elaborar o ranking divulgado ao redor do mundo, a relação de confiança é a essência da pesquisa. O entendimento dos pilares dessa relação gerou o Modelo Great Place to Work®, construído a partir de duas visões complementares: o Trust Index© e o Culture Audit©. O Trust Index© – ou Índice de Confiança – é extraído a partir do questionário respondido pelos funcionários. As respostas são agrupadas em cinco dimensões: Credibilidade, Respeito, Imparcialidade, Orgulho e Camaradagem. Essas dimensões explicam o que é um excelente lugar para se trabalhar na visão dos funcionários: um lugar onde você confia nas pessoas para quem trabalha; tem orgulho do que faz e gosta das pessoas com quem trabalha. Respondem o questionário todos os colaboradores da empresa que tenham mais de 3 meses de casa. Essa pesquisa FOTO: SHUTTERSTOCK

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representa 2/3 do peso do processo. A pesquisa quantitativa com 58 afirmativas (62%) e as duas questões abertas (5%). O Culture Audit© é obtido a partir da análise das práticas culturais, descritas em um segundo questionário, respondido pela empresa, que permite compreender o que é um excelente lugar para se trabalhar na visão da liderança: é uma organização que atinge seus objetivos; com pessoas que dão o melhor de si; e que trabalham em equipe. O preenchimento desse material corresponde a 1/3 (33%) do peso da nota para o processo e é avaliado sobre 5 critérios: Variedade, Originalidade, Abrangência, Calor Humano e Integração. Todas as empresas participantes precisam, na pesquisa com os colaboradores (Trust Index©), atingir um número mínimo de respondentes para que o resultado represente o todo de modo estatístico. Tendo a adesão mínima necessária de respondentes, o resultado deve conter a nota final (Índice de confiança), igual ou superior a 70%. “As empresas que atingirem essa porcentagem terão seus comentários e suas práticas e políticas de gestão avaliados (Culture Audit). Assim, teremos as notas referentes a todas as etapas. Com a média final de cada empresa, montamos o ranking”, explica a consultora de inteligência de mercado do Great Place to Work®, Carla Costa.

SAÚDE EM DESTAQUE Em 2014, o GPTW lançou a primeira edição do ranking 1 específico das empresas do setor da Saúde. Conduzida em parceria com a revista IT Mídia, a pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar – GPTW Saúde foi realizada somente com empresas com 50 ou mais funcionários. Puderam participar hospitais, clínicas, laboratórios, operadoras de saúde e indústrias farmacêuticas. Os resultados revelaram que as empresas do setor da saúde, em geral, são bons locais para se trabalhar. As companhias premiadas na lista GPTW – Saúde têm, em média, 113 candidatos para cada vaga aberta, número 24% a mais do que nas premiadas na lista nacional. Entre aqueles que já são colaboradores, os bons resultados permanecem. Os índices revelam que 85% dos colaboradores têm orgulho de contar para seus amigos e familiares que trabalham na empresa. Muito deste bom resultado pode ser atribuído ao papel da liderança, considerado pelo GPTW um item crucial para criar e manter um bom ambiente de trabalho. Na pesquisa do segmento saúde, 81% dos funcionários dessas empresas confiam, de forma geral, na credibilidade de seus gestores na gestão de seus funcionários e na condução dos negócios.

“Essa confiança não é conquistada por acaso. Práticas importantes relacionadas à gestão de pessoas diferenciam essas empresas da maioria do mercado. Os colaboradores dessas organizações aprovam as práticas relacionadas ao cuidado com o bem-estar do funcionário; de contratar pessoas competentes e alinhadas com os valores da empresa”, explica Carla. Dentro desse ambiente de confiança, a capacidade de retenção dessas empresas torna-se uma característica marcante. A taxa de turnover das empresas premiadas na lista saúde 2013 foi de apenas 19,9%, taxa esta bem abaixo da média nacional. Segundo a pesquisa, o principal fator de retenção para essas pessoas são as oportunidades de crescimento e desenvolvimento que essas empresas proporcionam: 41% consideram este o principal motivo de permanecer na companhia.

NA PRÁTICA Entre as farmacêuticas, a multinacional AstraZeneca foi eleita, pela 10ª vez consecutiva, como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil pelo Great Place to Work®. Além disso, a empresa figura entre as “Melhores do Setor Indústria” e “As empresas com Maior Escolaridade”, apresentando 82,1% de colaboradores com nível superior ou acima. “Vemos evolução dentro do Great Place to Work®. Desde que começamos a participar, estamos entre as 100 melhores, mas a cada ano, progredimos um pouco. No ano de 2013, conseguimos ser a 20ª melhor no geral, mas a primeira farmacêutica. E quando começamos, havia 400 participantes. Estando entre as 100, estávamos entre os 25% melhores colocados. Agora, são mais de 1.100 companhias, o que significa que hoje estamos entre 9%. O número de empresas avaliadas triplicou, mas conseguimos nos manter dentro do grupo”, revela o diretor de Recursos Humanos e Comunicação da AstraZeneca, Miguel Monzu. Entre as iniciativas realizadas pela empresa, as quais colaboraram para a boa colocação, estão: curta-sexta, com o expediente até às 14 horas; véspera de feriado light, com também até às 14 horas; horário flexível; home office; dia de folga no mês do aniversário e, em caso de promoção; bolsa de estudos; aposentaria privada; auxílio academia; transporte fretado; grêmio recreativo com serviços de manicure, pedicure e cabeleireiro; entre outros. Para o executivo, a boa performance da Astrazenaca, assim como de boa parte das empresas ligadas à saúde, está relacionada ao core business do setor, que é cuidar de gente. “O objetivo final do nosso negócio é melhorar a vida das pessoas, investir em medicamentos inovadores, que salvam vidas, criar terapias para doenças que até então não tinham 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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GESTÃO

RANKING DAS MELHORES EM SAÚDE OU FARMA

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Astellas Empregados: 90 Sites: www.astellasfarma.com.br/ www.astellas.com/worldwide.html Indústrias: Biotechnology & Pharmaceuticals Propriedade: privada

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Genzyme Empregados: 102 Site: www.genzyme.com.br Indústrias: Biotechnology & Pharmaceuticals Propriedade: privada

AstraZeneca Empregados: 1.028 Site: www.astrazeneca.com.br Indústrias: Biotechnology & Pharmaceuticals // Pharmaceuticals Propriedade: privada

ACRIPEL FARMA Empregados: 234 Site: www.acripel.com.br Indústrias: Health Care // Medical sales/distribution Propriedade: privada

Zambon Empregados: 220 Site: www.zambon.com.br Indústrias: Biotechnology & Pharmaceuticals // Pharmaceuticals Propriedade: privada

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Novartis farma Empregados: 1.311 Site: www.novartis.com.br Indústrias: Biotechnology & Pharmaceuticals // Pharmaceuticals Propriedade: privada

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LABORATÓRIO LEME Empregados: 322 Site: www.lableme.com.br Indústria: Health Care Propriedade: privada

Boehringer Ingelheim Empregados: 756 empregados Site: www.boehringer-ingelheim.com.br Indústrias: Biotechnology & Pharmaceutical Propriedade: privada

H. Strattner Empregados: 262 Site: www.strattner.com.br Indústrias: Health Care // Medical sales/distribution Propriedade: privada

tores. Quando os funcionários tornam-se o principal ativo da empresa, os processos acontecem de forma mais fluída e bons resultados tentem a aparecer naturalmente. Inspirar e engajar os funcionários com os valores e as metas da organização são práticas cruciais para os resultados nos negócios.”

Confira quais os itens mais apreciados pelos colaboradores dentro de uma empresa.

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saída. Não faria sentido uma companhia preocupada com saúde não olhar para dentro da casa”, reflete. Mas além das questões ideológicas, a concorrência também leva às empresas a buscar programas de qualidade de vida para os funcionários. “O setor da indústria farmacêutica é um grupo fechado, com um número pequeno de companhias. A competição por talentos e retenção dos melhores funcionários é muito grande. Existe a necessidade de criar atrativos para trazer e manter gente boa”, destaca Monzu. De acordo com Carla, esta realidade pode e deve ser almejada por toda empresa, mesmo as nacionais e de pequeno porte. “Todas podem se tornar excelentes ambientes de trabalho, construídos a partir da qualidade da relação entre as pessoas, principalmente entre colaboradores e ges46

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LABORATÓRIO sabin Empregados: 1.320 Site: www.sabinonline.com.br Indústria: Health Care Propriedade: privada

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MERCADO

Perspectivas para o profissional do setor farmacêutico

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É HORA DE INVESTIR NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS PARA O SUCESSO

CASSIA VERGINIA Coach, consultora de desenvolvimento, coordenadora do grupo de estudos de Coaching da Associação Brasileira de Recursos Humanos Integrante do Sistema Nacional (ABRH/SP), membro do grupo de excelência em Coaching do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP) e sócia diretora da Questão de Coaching www.questaodecoaching.com.br 48

A economia brasileira enfrenta desafios, mas o setor farmacêutico vem registrando crescimentos na casa de dois digitos percentuais a cada ano. Em oito anos, o Brasil passou da 10ª para a 6ª posição no mercado farmacêutico mundial, e de acordo com o IMS Health, em 2016, a previsão é de que o País ocupará a 4ª colocação, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão. Esse bom desempenho se deve a alguns fatores importantes: • Queda do desemprego e aumento do poder de compra das classes sociais de base; • Diminuição dos preços dos medicamentos, graças ao advento dos genéricos; • Envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida; • Aquisições e fusões no mercado industrial e do varejo. Embora as previsões para 2015 sejam bastante otimistas, os executivos do setor farmacêutico devem redobrar a atenção, pois um cenário de concorrência mais agressiva se desenha para os próximos anos. Pressões de portfólio, com a redução das oportunidades para desenvolvimento de novos genéricos e mudanças regulatórias nos medicamentos similares, e sobre preços, em função do fim do impedimento para a venda de produtos de conveniência nas farmácias e drogarias do País, além do aumento de relevância dos pagadores institucionais, devem afetar as margens da indústria, levando-a a adotar novos comportamentos competitivos.

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Assim sendo, estratégias comerciais e de inovação tecnológica adquirem especial relevância na disputa por diferenciação de produto e geração de valor. Os profissionais do setor devem investir no aprimoramento e desenvolvimento de algumas competências fundamentais para o alcance de sucesso: • Autoconhecimento: assumir a responsabilidade pela sua evolução, adotando uma postura voltada à aprendizagem contínua. • Querer ser amigo de propósitos agressivos: processar mentalmente a complexidade, identificar novas oportunidades de crescimento rentável e estabelecer os objetivos. • Comunicação: saber expressar ideias, saber ouvir, tirar dúvidas e fornecer e receber feedback. • Negociação: dialogar com os demais para chegar ao consenso ou obter a melhor solução para todos. • Flexibilidade: adaptar-se às condições ambientais, econômicas, tecnológicas... favoráveis e desfavoráveis. • Inspirar pessoas: motivar, engajar, fazer com que as pessoas entendam o trabalho como uma fonte de realização pessoal e profissional. • Mover horizontes com criatividade e inovação: lidar com situações inesperadas, arriscar, liberar o potencial criativo, sair do automático e buscar novas alternativas. Há que se destacar que o esforço vale a pena, ao desenvolver as suas competências e da sua equipe, vocês estarão mais bem preparados para enfrentar a competição do mercado. foto: DivulgAção

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CIÊNCIA

Perigo oculto ENTRE OS POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS DOS MEDICAMENTOS, O AUMENTO DA SENSIBILIDADE AOS RAIOS ULTRAVIOLETAS É POUCO COMENTADO, MAS PODE TRAZER CONSEQUÊNCIAS SÉRIAS À PELE E AOS OLHOS POR FLÁVIA CORBÓ

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O uso de medicamentos frequentemente pode provocar algum efeito colateral. A possibilidade é tão comum que todas as possíveis reações são obrigatoriamente descritas nas bulas de cada um deles. Dor de estômago, sono e enjoo são alguns dos efeitos colaterais mais comuns, mas a pele e os olhos também podem sofrer consequências.

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Apesar de pouco comentada, a fotossensibilidade – resposta anormal ou exagerada da pele e dos olhos à luz solar ou a fontes artificiais de radiação ultravioleta – também está entre as possíveis reações do consumo de certas substâncias. A fotossensibilidade induzida por medicamentos é determinada pela capacidade de alguns deles, orais e tópicos, em modificar uma sensibilidade individual à radiação solar ou luz artificial. Certas substâncias fazem com FOTO: SHUTTERSTOCK

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que a pele e os olhos absorvam uma quantidade maior da radiação ultravioleta (UV). Essa reação pode ser classificada como fototóxica ou fotoalérgica. Existem pelo menos 300 medicamentos e produtos químicos que são capazes de induzir a essa reação, muitas vezes após exposição mínima à radiação luminosa. ”São mais de trezentas drogas que podem aumentar a sensibilidade à luz solar. Isso significa que a absorção da radiação UV pela pele e pelos olhos é maior quando essas medicações são tomadas continuamente. Vale lembrar que, no Brasil, a automedicação é a principal causa de atendimentos por intoxicação”, diz o oftalmologista e presidente do Instituto Penido Burnier – Campinas, Dr. Leôncio Queiroz Neto. Entre as principais substâncias capazes de aumentar a fotossensibilidade, estão as pílulas anticoncepcionais; os antiarrítmicos cardíacos; anti-histamínicos que têm como princípio ativo benzofenona e prometazina; antibióticos, como a eritromicina; além de medicamentos indicados no tratamento de diabetes e da psoríase. “Existem algumas medicações sistêmicas, como o quinino ou anti-inflamatórios não hormonais em que a fotossensibilidade pode permanecer por meses sem reação, mas que podem provocar fotoalergia”, complementa o Dr. Queiroz Neto. Os idosos, que geralmente tomam uma quantidade maior de medicamentos, as pessoas com baixa imunidade e as mulheres que tomam pílula anticoncepcional continuamente estão entre os grupos mais afetados. Os contraceptivos orais podem provocar reação fotoalérgica porque contêm um cromóforo, sal capaz de absorver a radiação UV e originar um antígeno.

NORMALMENTE, QUANDO DETECTADO O AUMENTO DA FOTOSSENSIBILIDADE, RECOMENDA-SE A SUSPENSÃO DO TRATAMENTO. ENTRETANTO, SE O MEDICAMENTO FOR ESSENCIAL, DEVE-SE AVALIAR A POSSIBILIDADE DE MANTER A MEDICAÇÃO, ALIADA A MEDIDAS PREVENTIVAS, COMO USO DE PROTETORES SOLARES

DANOS À PELE As reações fototóxicas, que são muito mais comuns, se dão pela libertação de energia por agentes fotossensibilizantes, causando potencialmente danos a curto e longo prazo à pele que rodeia as moléculas fotossensibilizantes. Nesse caso, as alterações da pele são geralmente observadas nos minutos seguintes ou horas após a exposição à radiação UV. Os medicamentos orais, tópicos e injetados podem causar reações fototóxicas. Já as reações fotoalérgicas podem ser causadas especificamente por medicamentos tópicos ou agentes fotossensibilizantes. “As alergias ocorrem quando os raios UV mudam a forma de uma molécula para transformá-la em uma nova substância. Isso faz com que o organismo dê uma resposta imunológica contra ela. Essa resposta ataca o fotoantígeno e desenvolve-se uma erupção cutânea. Isso normalmente ocorre alguns dias após a aplicação da substância que provoca o problema”, explica a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (RJ), Dra. Helena Costa.

OLHOS PREJUDICADOS Nessa região, o aumento da fotossensibilidade pode significar uma maior predisposição à catarata. Geralmente, a doença aparece em pessoas com mais de 65 anos, mas nos pacientes que fazem tratamentos contra catarata, pode surgir antes. A doença que torna o cristalino opaco, geralmente, está relacionada ao envelhecimento e é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior causa tratável de cegueira. “A única forma de tratar a doença é por meio de cirurgia. A boa notícia é que a operação contra catarata, que consiste na retirada da lente interna do olho – o cristalino – e no implante de uma lente intraocular, está cada vez mais segura. Outra doença que tem maior risco de surgir em quem faz tratamento com drogas fotossensibilizantes é a degeneração macular, que afeta a parte central da retina – a mácula –, responsável pela visão de detalhes. “Nesse caso, as perspectivas não são tão boas. A degeneração macular é a maior causa de cegueira definitiva no mundo. Isso porque, se fizermos uma analogia do olho com a máquina fotográfica, a retina corresponde ao filme fotográfico e a medicina ainda não consegue trocar ou restaurar por completo este filme”, explica o Dr. Queiroz Neto.

COMO EVITAR? Normalmente, quando detectado o aumento da fotossensibilidade, recomenda-se a suspensão do tratamento 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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• Antibióticos: ciprofloxacina, levofloxacina, tetraciclina, doxiciclina, minociclina, TMP-SMX. • Anti-histamínicos: difenidramina. • Antidepressivos: amitriptilina, desipramina, doxepina, imipramina, nortriptilina, trazodona. • Medicamentos contra a malária: quinino, chloroquine, hidroxicloroquina. • Quimioterapia medicamentosa: 5-fluorouracilo, vinblastina, dacarbazina. • Agentes modificadores da doença (artrite reumatoide/ lúpus): dapsona, hidroxicloroquina, metotrexato, sulfassalazina. • Cardíaca/medicação da pressão arterial: amiodarona, nifedipina, quinidina, diltiazem, furosemida, hidroclorotiazida. • Medicamentos para diabéticos: clorpropamida, glibenclamida. • Anti-inflamatórios, não medicamentos: naproxeno, piroxicam, ibuprofeno. • Medicamentos para acne: isotretinoína (Accutane). • Contraceptivos orais.

de brasileiros protegesse a pele e os olhos de forma mais adequada. “Caso seja detectado o aumento da sensibilidade aos raios UV, o profissional deve orientar quanto à redução da dose medicamentosa ou ao uso do medicamento em doses noturnas, na tentativa de reduzir os efeitos fotossensibilizantes”, acrescenta a Dra. Helena.

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ou substituição da medicação. Entretanto, se o medicamento for essencial e não houver terapia alternativa, deve-se avaliar a possibilidade de manter a medicação, aliada a medidas preventivas, como uso de protetores solares de amplo espectro com filtros UV químicos e físicos, tal como óxido de zinco e/ou dióxido de titânio. A aplicação de protetor solar deve ser encarada como uma rotina diária, mesmo em dias nublados. O ideal é que seja aplicado trinta minutos antes da exposição ao ar livre. O uso de roupas adequadas para se proteger do sol também é uma excelente saída. No caso dos olhos, a única forma de evitar o problema é usando óculos que tenham 100% de filtro UV. “O filtro nos óculos independe da cor da lente. Até as lentes transparentes dos óculos de grau podem filtrar a radiação UV emitida pelo sol”, lembra o especialista, ressaltando que usar óculos escuros sem filtro solar é pior que a falta deles. “Estudos mostram que aumentam em 60% o risco de desenvolver catarata. Isso porque, no escuro, nossas pupilas se dilatam e uma quantidade maior de radiação penetra nos olhos.” Os profissionais de saúde também têm grande relevância na prevenção de problemas gerados com o aumento da fotossensibilidade. Em primeiro lugar, cabe ao médico ou farmacêutico informar o paciente quanto aos possíveis efeitos colaterais das medições que lhe foram prescritas. Todos os medicamentos fotossensibilizantes contêm essa informação na bula, mas não há nenhuma mensagem de alerta na embalagem, que poderia fazer com que um número maior

QUE CLASSES DE MEDICAMENTOS APRESENTAM ESSE RISCO?

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ENTRE AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS CAPAZES DE AUMENTAR A FOTOSSENSIBILIDADE, ESTÃO AS PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS; OS ANTIARRÍTMICOS CARDÍACOS; ANTI-HISTAMÍNICOS QUE TÊM COMO PRINCÍPIO ATIVO BENZOFENONA E PROMETAZINA; ANTIBIÓTICOS, COMO A ERITROMICINA

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Para auxiliar o consumidor que faz uso de medicamentos fotossensibilizantes, o farmacêutico deve conhecer as diferenças entre os protetores solares disponíveis no mercado. www.guiadafarmacia.com.br

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Empresas competem globalmente por mercados, parceiros de negócios e até por colaboradores. Não basta mais ter um produto de qualidade ou uma campanha de marketing benfeita, é preciso pessoas certas nos lugares certos. O capital humano passou a ser o maior ativo de qualquer organização, e muitas pessoas me perguntam qual o principal diferencial que estas pessoas precisam ter. Bom, pessoas precisam gostar de pessoas, lidar com pessoas e estar prontas para esta nova realidade. Mas como as empresas podem obter as pessoas certas, ter colaboradores proativos, criativos e que gerem resultados? Claro que gostar do que faz, ser remunerado de maneira justa e trabalhar num ambiente amigável faz diferença, e muita! Mas, além disso, é preciso aquele algo a mais, admiração pela organização, interesse pelas pessoas e consciência de suas responsabilidades. A equação parece complexa, mas é simples: pessoas capacitadas e satisfeitas = melhores resultados. Estudos revelam que 80% dos trabalhadores se demitem de seus líderes e não das empresas. Percebe-se, então, a importância do líder na gestão de pessoas, redução do turn-over, influência e satisfação dos colaboradores e, consequentemente, nos resultados organizacionais. Empreendedores, líderes e liderados se perguntam se o líder deve ser coach ou mentor. Eu acredito que os dois. 2015

Sim. Pense: coach, segundo o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), é aquele que desenvolve capacidades e habilidades num processo de mudança por meio do desenvolvimento de competências pessoais, emocionais, comportamentais, etc. Nesse processo, o coach, ou melhor, o líder coach, ajuda seus liderados a se compreenderem melhor, a definir seus objetivos, repensar ou redescobrir seus sonhos, a encontrar seu espaço, a entender e aproveitar seu potencial, habilidades, competências e a superar suas limitações. Já o mentor, orienta, acompanha, ensina desde competências e habilidades para as funções, melhores práticas e outros detalhes da função, das atividades e da organização, até a situações sobre sua carreira, posicionamento, formação. Muitas vezes, apoia em momentos difíceis e serve como exemplo e inspiração. A grande diferença entre mentoring e coaching é que no coaching, o coach ajuda seu coachee a se descobrir, indicando reflexões, exercícios e pesquisas internas e externas para auxiliar no seu processo de autoconhecimento e mudança. Já o mentor, ajuda seu mentorado, indicando possíveis caminhos, ensinando “o caminho das pedras”. Líder, torne-se coach e mentor e transforme as pessoas ao seu redor, ao mesmo tempo em que transforma a si mesmo, sua carreira e a sua vida para melhor. FOTO: DIVULGAÇÃO

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ATUALIDADE

Uma esperança na luta contra o vício APESAR DE SER UTILIZADA NA RECUPERAÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS, HÁ ALGUMAS DÉCADAS, EM VÁRIOS CONTINENTES E APONTAR RESULTADOS EXPRESSIVOS, A TERAPIA À BASE DA IBOGA AINDA NÃO ESTÁ REGULAMENTADA NO BRASIL POR VIV IAN LOURENÇO

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Não importa se a droga é considerada leve, social socialmente aceita ou pesada. Quem possui contato com qualquer dependente químico sabe a quantidade de transtornos que esse status traz, não somente para o viciado, mas também para todos que convivem à sua volta. Tratar esse problema também não é uma das tarefas mais fáceis, já que os programas de reabilitação, utilizados hoje, além de demorados, nem sempre apresentam efeitos positivos; muitos sofrem com a abstinência ou a recaída. Esse é um processo longo e doloroso. A internação, quando utilizada, faz com que o dependente passe por um processo de desintoxicação, período em que há ocorrência de febre, náusea e dores durante meses, além de comprometer as necessidades vitais, como alimentação e sono. Uma alternativa a esse tratamento convencional é a ibogaína, um medicamento obtido da raiz da iboga, planta encontrada em países africanos, principalmente no Gabão, e que pode interromper a dependência de crack e outras formas de vício em 72% dos casos. É isso o que revela a pesquisa brasileira inédita, conduzida pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicada pelo The Journal of Psychopharmacology da Inglaterra, uma das publicações mais relevantes na área de Psicofarmacologia do mundo. Segundo o estudo, o número de usuários de drogas ilícitas, como maconha, opiáceos, cocaína, e crack é estimado em torno de 149 a 271 milhões de pessoas no mundo. Por outro lado, o uso de drogas lícitas, como álcool e tabaco, é estimado em 55% e 30% da população mundial, respectivamente. O consumo de tais drogas tem sido associado a uma morbidade e mortalidade considerável, bem como os problemas sociais, fazendo com que o uso de drogas, abuso e dependência tenham se tornado uma das preocupações mais importantes de saúde pública em psiquiatria.

DADOS APURADOS A raiz da iboga, que dá origem a ibogaína, de acordo com o médico e colaborador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Bruno

Chaves, é usada pelo ser humano no tratamento da dependência desde a pré-história. “Em 1962, aconteceu o primeiro experimento totalmente acidental. Howard Lotsof, usuário de heroína, experimentou a raiz e, após isto, não teve mais vontade de usar a droga, nem sentiu nenhuma crise de abstinência.” Liderado pelo psiquiatra Dartiu Xavier, o estudo, realizado entre janeiro de 2005 e março de 2013, envolveu 75 pacientes dependentes de várias drogas, como cocaína, crack, álcool e outras menos comuns. Desses, 55% dos homens e 100% das mulheres ficaram livres do vício por, pelo menos, um ano. “Foi administrada a eles apenas uma dose e os pacientes foram acompanhados por um período de um ano. Apesar do alto percentual de mulheres livres do vício, isto não quer dizer que elas tenham uma melhor resposta à ibogaína, já que, do universo de 75 pessoas, apenas 8 eram mulheres”, acrescenta o Dr. Chaves. A partir desse estudo, o médico da Unifesp diz que é possível afirmar que uma média de 60% dos pacientes ficaram livres das drogas por um ano, enquanto, nos tratamentos tradicionais, este percentual não ultrapassa 10%. Além de interromper a dependência por um período prolongado, o levantamento também identificou que a intervenção com a substância melhora a qualidade de vida dos usuários de drogas, já que foi verificado que a maioria deles voltou a estudar, a trabalhar e a se relacionar adequadamente na sociedade.

ATUAÇÃO DO MEDICAMENTO O estudo ainda mostrou que a ibogaína atua em duas frentes nos pacientes. Por um lado, aumenta uma substância já conhecida no cérebro (GDNF), que repara as sinapses danificadas e cria novas conexões entre os neurônios, o que recupera, em parte, o dano causado pelas drogas. Concomitantemente a esse mecanismo, ocorre um reequilíbrio dos neurotransmissores e, por consequência, a proporção adequada entre serotonina, dopamina e noradrenalina, responsáveis pelas sensações de prazer. “Quando essas proporções estão desequilibradas, a pessoa tem mais tendência a sintomas de depressão, o que pode levar ao uso de drogas, por exemplo”, acrescenta. Os primeiros efeitos positivos do medicamento podem ser observados já a partir de 12 horas; no máximo, o paciente sente os sintomas até 24 horas. Após esse período, ele já está livre do vício, sem efeitos da abstinência. 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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ATUALIDADE

No Brasil, embora não existam restrições legais à ibogaína, o uso da substância como medicamento não está regulamentado. Os tratamentos podem ser considerados como uma alternativa para os casos mais graves de dependência química. As sessões com ibogaína são feitas a partir de produtos importados, autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O laboratório, de origem canadense, ainda não registrou o medicamento na Agência. A administração dele é em pó ou em cápsulas. É uma revolução no tratamento do vício, já que, com o tratamento convencional, a recaída do paciente é muito rápida, às vezes, no dia seguinte da saída da clínica de reabilitação.” Em nota, a Anvisa esclareceu que o medicamento não tem registro, portanto, não pode ser comercializado no Brasil e nem em sites nacionais. O que se pode fazer é importar para uso pessoal, considerada uma importação normal, mas quando o medicamento chega ao Brasil, a ACESSO À IBOGAÍNA pessoa deve apresentar a prescrição médica com a quantidade prescrita. O mesmo para trazer em bagagem acomApesar de ser utilizada na recuperação de dependentes panhada – em pequena quantidade. químicos há algumas décadas em vários continentes, a terapia à base da iboga continua proibida em alguns países. Além disso, a nota reforça que não há nenhum medicamento registrado no Brasil com o princípio ativo ibogaína. “Até o momento, nenhuma empresa pediu registro para essa planta medicinal como fitoterápico na Anvisa. Assim, não há produtos AÇÃO DA IBOGAÍNA autorizados porque nunca foi solicitada sua autorização. Temos informações da importância da substância na recuperação de dependentes químicos, porém, a Anvisa não analisou a eficácia e segurança desta substância. Isso só é feito a partir da apresentação ADMINISTRAÇÃO de um pedido de registro por uma empresa EFEITOS em pó ou cápsulas. COLATERAIS ou instituição interessada. Vale ressaltar que como náuseas, tremor é legítima a importação de medicamentos TEMPO DE ATUAÇÃO e confusão mental. inexistentes no País, desde que para uso de 12 horas a 24 horas. apenas pessoal e amparado pela prescrição de um médico que, neste caso, se torna o responsável pelo uso do produto. Finalmente, vale destacar que a substância não consdos pacientes ta no rol de substâncias de uso controlado Tempo máximo de estudados estão ou proscrito (proibido) no Brasil.” internação: livres das drogas no Apesar de todos os benefícios oferecidos período de 1 ano. pela ibogaína, o Dr. Chaves acredita que, por causa do conflito de interesses, principalmente das clínicas de reabilitação, a droga demoNENHUM PACIENTE re a chegar ao País. Isso se deve ao fato de APRESENTOU CRISE DE ABSTINÊNCIA. que o paciente não precisaria ficar meses internado e sim, no máximo, 48 horas. “Podem acontecer alguns efeitos colaterais durante o uso, como náuseas, tremor e confusão mental. Apesar disso, não houve registro de efeitos adversos graves nos pacientes pesquisados, como arritmias cardíacas ou mortes.” Porém, o Dr. Chaves alerta que a ibogaína pode sim provocar alterações cardíacas. “Por esse motivo, o tratamento deve ser realizado exclusivamente em ambiente hospitalar, com acompanhamento médico.” Os pacientes foram assistidos por até 3 anos após a primeira sessão de terapia e, neste período, não foi verificada nenhuma sequela física ou psicológica. O Dr. Chaves também ressaltou que uma das principais vantagens do uso da ibogaína contra a dependência química é que, enquanto o paciente que recebe tratamento tradicional fica, em média, nove meses internado, aquele que vivencia a experiência psicodélica passa, no máximo, 48 horas recluso.

60%

48 horas.

MENOR CHANCE DE RECAÍDA.

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MARKETING

Loja atrativa PARA DISPUTAR COM O COMÉRCIO ON-LINE, OS PONTOS DE VENDA PRECISAM SE TORNAR CADA VEZ MAIS ATRATIVOS. INVESTIR EM EXPOSIÇÃO DIFERENCIADA COM A AJUDA DE DISPLAYS PODE SER UMA ALTERNATIVA RENTÁVEL

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POR FLÁVIA CORBÓ

Foi-se o tempo em que o varejista só precisava se preocupar com a concorrência do outro lado da rua. Com o advento da internet, a disputa ultrapassou as barreiras físicas. Sentado no sofá, com o esforço mínimo de alguns cliques, o consumidor pode comprar o mesmo produto que antes exigia deslocamento e tempo para ser adquirido. Diante dessa mudança drástica no comportamento de compra, as lojas físicas se encontram frente ao desafio de se tornarem atraentes o suficiente para fazer o consumidor sair da comodidade do lar.

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Um ambiente convidativo deve ser organizado e ter apelo aos curiosos olhos dos consumidores. No caso das farmácias, o desafio é ainda maior, devido ao tamanho das lojas, que não costumam ser grandes apesar do sortimento variado. Para solucionar a equação, investe-se cada vez mais em display de exposição de produtos. “Considerado uma das mais quentes técnicas de merchandising realizadas, tem como objetivo expor de forma diferenciada o produto, ‘enaltecê-lo’, transmitir uma mensagem diferenciada e inspirar o cliente a desejar, querer e comprar. Chamar FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO/LEANDRO KENDY

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MARKETING

atenção, convidar o cliente a servir-se do produto”, resume a diretora da Connect Shopper, consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Além do apelo visual, os displays auxiliam a exposição dos produtos, oferecendo maior praticidade ao consumidor. Por facilitar o processo de compras, os expositores impactam positivamente as vendas e trazem aumento de lucratividade. Mas os benefícios só podem ser observados quando os displays são bem trabalhados dentro da loja. “Para ter os resultados desejados, é imprescindível que o material seja de qualidade, bem produzido, com fotos, textos, ilustrações. A mensagem a ser divulgada deve ser simples, clara e objetiva. Os displays precisam ser dispostos no espaço adequado, além de serem de fácil montagem e desmontagem”, destaca Fátima. Também é preciso ter o cuidado de mantê-los limpos e bem conservados, pois, caso o contrário, o efeito pode ser inverso.

REALIZAÇÃO EFICAZ O uso mais comum para os expositores no ambiente das farmácias é na organização dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Como a variedade de medicamentos dessa categoria é imensa e há comprimidos disponíveis para o tratamento de enfermidades diversas, a organização e identificação diferenciada são bem-vindas. “Num mar de comprimidos, os clientes têm grande dificuldade de encontrar os produtos. Nesse caso, o display facilita muito a vida do consumidor”, reforça a farmacêutica membro da comissão de Ética do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) e consultora em varejo, Tatiana Ferrara Barros. Em casos específicos, eles ganham outras funções além da organização e destaque de determinado produto. Quando a multinacional 3M entrou no mercado brasileiro de cuidados pessoais, com a marca Nexcare, os curativos plásticos dominavam o mercado e a mente do consumidor. Com produtos de materiais diferenciados que se propunham a entregar outros benefícios, além da proteção de um machucado ou ferida, a marca teve dificuldades de comunicar ao consumidor os diferenciais do produto. Uma das soluções encontradas foi investir em displays informativos e interativos, capazes de fornecer dados e experimentação. “Aí entra nossa criatividade. Criamos um organizador de fitas em que o consumidor consegue ver a diferença entre os produtos, entender o que significa a cor de cada embalagem. Temos também alguns guias para as pessoas sentirem a textura de cada 62

uma delas. Ainda temos um desafio de fazer essa segmentação de produtos na cabeça do consumidor, fazê-lo enxergar que existe uma fita à prova d’água, outra superflexível, para que faça uma escolha adequada”, detalha o vice-presidente de negócios de Consumo da 3M, Francisco Barbeiro.

INDÚSTRIA E VAREJO Para trabalhar a educação do consumidor, a 3M teve de fazer um trabalho muito próximo aos varejistas, para que estes entendessem a importância de uma exposição diferenciada dos produtos da marca. Quando se trata de displays, os materiais cedidos pela indústria são fundamentais, principalmente para os pequenos empresários. “A indústria tem um papel de extrema relevância. Além de ser a detentora do produto e da marca, tem a expertise sobre o produto e a melhor forma de expô-lo”, acredita Fátima. No entanto, deve-se deixar claro que nessa relação o protagonista deve ser o shopper. As ações precisam ser pensadas para estabelecer um vínculo com o consumidor, de forma que criem conexões emocionais e sensoriais e ofereçam uma experiência diferenciada de compra e consumo. Aproveitando que a indústria domina a marca e o varejista, o ponto de venda, o ideal era que ambos combinassem forças para obter o efeito máximo de um plano direcionado ao shopper. Mas para Tatiana, ainda há ajustes a ser feitos nesse relacionamento, principalmente no setor de medicamentos. “Há uma falha muito grande na relação entre a indústria e o varejo. As indústrias deveriam conhecer e entender melhor o varejo farmacêutico. Os materiais desenvolvi-

OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DOS DISPLAYS 1. Capitalizar tendências de venda por impulso; 2. Estimular a pechincha; 3. Atrair tráfego adicional; 4. Ser plataforma ideal para o lançamento de novos produtos; 5. Ajudar a tirar lucro das perdas; 6. Maximizar a produtividade da loja; 7. Servir como auxiliar de compra do consumidor.

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MARKETING

dos pela indústria muitas vezes são inviáveis para utilização no ponto de venda.”

ATENÇÃO NO PONTO DE VENDA Para a palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing de varejo, Silvia Osso, muitas vezes, o display perde a função original quando não usado com cautela. A poluição visual ocasionada pelo excesso de displays ocorre normalmente quando o varejista perde o foco no negócio e passa a vender espaços na loja para a indústria, sem qualquer estratégia, sem levar em consideração a venda de produtos e o melhor ambiente para atender seu cliente. “O varejista também acaba se apoiando demais na indústria, deixando a responsabilidade do merchandising e perdendo a coordenação, harmonia e curadoria tanto de produtos quanto da comunicação da loja e acaba prejudicando o consumidor e, consequentemente, a venda da farmácia”, opina Tatiana. Para evitar o excesso de informação visual dentro das farmácias, Silvia recomenda que sejam utilizados como ferramenta para divulgar e auxiliar lançamentos e grandes campanhas promocionais e por tempo determinado. “Em todos os outros segmentos de varejo, a indústria costuma pagar pelos espaços utilizados ou oferecer benefício, como descontos ou bonificações. Nas farmácias, não costumam fazê-lo. Acho importante que os farmacistas passem a exigir essa opção.”

AÇÕES DE MARKETING Para se obter sucesso e garantir maior efetividade, em qualquer ação é necessário: 1. Conhecer o cliente: além de entender o perfil e comportamento, deve-se, sobretudo, conhecer as necessidades que ele quer que sejam atendidas no canal e suas motivações para ajudar a planejar a melhor ação, linguagem, etc; 2. Usar da criatividade e evitar “poluição”: sem excessos; 3. Simplicidade, objetividade e funcionalidade; 4. Atentar-se ao layout da loja; 5. Estar na direção do fluxo; 6. Ser de fácil acesso e ficar em local amplo de compra; 7. Garantir que seja acessível, visível e disponível.

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Os displays podem ser utilizados para deixar a loja mais organizada e destacar produtos e informações relevantes ao consumidor

Ainda que existam pontos importantes que devem ser considerados antes de aceitar toda e qualquer oferta de exposição, a boa utilização de um display pode trazer resultados vantajosos para todas as partes envolvidas na comercialização de produtos dentro de uma farmácia. “Todos ganham. O varejo com o pagamento da indústria pelo espaço e com o aumento das vendas, a indústria que destaca sua marca, converte mais pessoas e vende mais, e também o consumidor, que pode visualizar os produtos de determinada marca no ponto de venda com mais facilidade, tendo seu processo de compra facilitado. O display ainda pode permitir ao shopper lembrar-se de produtos de que eventualmente não se lembraria”, defende Fátima.

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VAREJO

Você sabe delegar atividades aos seus colaboradores? A MAIORIA DOS GESTORES OU GERENTES EM CARGOS DE LIDERANÇA NA FARMÁCIA NÃO ESTÁ PREPARADA PARA COMANDAR UMA EQUIPE

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SILVIA OS S O Palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing de varejo. É autora dos livros Atender Bem Dá Lucro, Programa Prático de Marketing para Farmácias e Administração de Recursos Humanos para Farmácias E-mail siosso@uol.com.br 66

Proprietários de farmácias ou gerentes reclamam que a mão de obra está ruim e que os funcionários parecem não entender as atividades que são atribuídas à equipe ou ainda que a gerência não consegue dividi-las de forma adequada entre os colaboradores. Faz parte das atribuições do gestor de uma equipe ter talento e jogo de cintura para delegar as orientações e instruções a seus subordinados e manter os profissionais que integram seu grupo motivado e engajado; a pergunta que faço, é: será que todos os gestores ou gerentes em cargos de liderança na farmácia estão preparados para delegar atividades aos seus comandados? A minha resposta é: em sua maioria não. Não é raro nos deparamos com líderes que criaram o hábito de enviar solicitações e instruções por e-mail à sua equipe, mas que se esquecem de checar presencialmente se os mesmos leram e compreenderam o que deve ser realizado. As orientações são enviadas, mas isso não garante que os funcionários da empresa tenham compreendido a orientação ou até mesmo as tenham verificado no computador. Os gestores precisam lembrar que delegar é diferente de ‘largar’ os colaboradores. É preciso saber como as mensagens chegam aos ouvidos da equipe e ser profissional o suficiente para reconhecer que, às vezes, o erro na comunicação vem exatamente da chefia. Esses problemas são evitados quando os líderes conversam mais com seus cola-

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boradores. Mais importante do que falar o que cada um deve fazer, ou delegar atribuições e atividades é verificar se a pessoa que recebeu a ordem a entendeu corretamente, principalmente quando o assunto inclui a entrega de trabalhos dentro de prazos pré-determinados. Qualquer falha pode comprometer todo um projeto e a única maneira de evitar isso é mantendo uma relação de proximidade com os funcionários. Como? Ouvindo a equipe e questionando o volume de trabalho de cada um. Muitas vezes os funcionários costumam dar indícios de que estão sobrecarregados. Por isso, é importante sempre obter feedback da equipe. A chefia também deve observar a forma como realiza os questionamentos para não desestimular o colaborador. Os gestores precisam acompanhar passo a passo as tarefas executadas por sua equipe – isto certamente evitará surpresas desagradáveis. Geralmente, os resultados ruins são um atestado de que as coisas não vão bem com relação à comunicação. O equilíbrio pode ser alcançado se o líder conseguir atuar de forma justa e imparcial – uma tarefa para lá de difícil. Ser justo também significa fazer um exercício de consciência para verificar se está realmente se comunicando bem com a equipe antes de reclamar dos subordinados. Dessa forma o trabalho fluirá mais fácil e deixará os colaboradores mais felizes e a empresa mais rentável; acredite! FOTO: DIVULGAÇÃO

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ESPAÇO PUBLICITÁRIO


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Prevenção refletida em qualidade de vida MAIOR PARTE ENTRE A POPULAÇÃO BRASILEIRA, ELAS CUIDAM MAIS DA SAÚDE, FAZENDO EXAMES PREVENTIVOS A CADA ANO. MESMO ASSIM, É NECESSÁRIO ALERTÁ-LAS SOBRE AS ENFERMIDADES MAIS COMUNS P O R V I VI A N LOU R ENÇ O

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As mulheres estão vivendo mais e melhor, não apenas pelo fato da evolução dos cuidados médicos e da qualidade de vida. Elas, ao contrário dos homens, pensam mais na saúde quando o assunto é prevenção. Ao se cuidarem melhor, fazendo exames periódicos, descobrem mais cedo possíveis doenças, tornando o tratamento mais eficaz. Com a ascensão da mulher no mercado de trabalho, além de ter hábitos de vida mais saudáveis, ela também opta por ter filhos mais tarde. Segundo a pesquisa Estatística do Registro

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Civil, entre 2003 e 2013, a proporção de nascimentos provenientes de mulheres com 20 a 24 anos de idade passou de 30,9% para 25,3%. Já entre as mulheres de 30 a 34 anos, houve aumento de 14,5% para 19,4% no mesmo período, indicando uma tendência de envelhecimento no padrão reprodutivo delas. Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de mulheres com ao menos um filho caiu em todas as faixas etárias. De 20 a 24 anos, baixou de 47,3% para 39,3%; de 25 a 29 anos, caiu de 69,2% para 60,1%; de 30 a 34 anos, passou de 81,9% para 76%. FOTO/ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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O Censo 2010 contou 190.755.799 habitantes no Brasil e, deste total, 51% são mulheres e 49%, homens. Em nosso País, o número de mulheres supera o de homens: 3.941.819. E a região Sudeste é a que possui o maior número de mulheres, principalmente no estado de São Paulo.

DOENÇAS MAIS COMUNS Um dos principais motivos delas estarem vivendo mais e melhor é a prevenção. Apesar disso, é necessário que as mulheres fiquem atentas às principais doenças que possam acometê-las. As alterações de saúde

mais frequentes, segundo os especialistas, são doenças infecciosas, alterações cardiovasculares e o câncer (não necessariamente nesta ordem). Cerca de 40% da população adulta brasileira, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com o IBGE, revela que essas enfermidades atingem principalmente o sexo feminino (44,5%) – são 34,4 milhões de mulheres e 23 milhões de homens (33,4%) portadores de enfermidades crônicas. 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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Especial Mulher PANORAMA

EXAMES RECOMENDADOS POR FAIXA ETÁRIA JOVENS • Ultrassonografia de mamas e pélvico. • Mulheres com vida sexual ativa: prevenção com vacina anti-HPV, exame ginecológico, Papanicolau – colpocitologia oncótica com a retirada de material do colo uterino – e tratamento de qualquer sinal ou sintoma de infecção ginecológica para prevenção de DIP (cauterização de colo uterino, medicação com uso intravaginal e orientação sobre preservativo). • Exame ginecológico com observação do desenvolvimento adequado dos caracteres sexuais e sequência nos sinais de maturidade sexual: telarca, pubarca e menarca. ADULTAS • Exame ginecológico. • Ultrassonografia de mamas e transvaginal. • Papanicolau anual (colpocitologia oncótica do colo uterino). • Perfil hormonal para detecção de distúrbios menstruais e infertilidade. • Após os 40 anos, sem antecedentes familiares, mamografia e com antecedentes familiares, começar o rastreamento mais cedo. MADURAS • Exame ginecológico. • Ultrassonografia de mamas e transvaginal. • Papanicolau anual. • Mamografia. • Exames de sangue gerais (colesterol, glicemia, função tireoide, dosagem de cálcio, etc.). • Densitometria óssea (fêmur – osso longo e coluna vertebral de L1 à L4 – osso compacto). • Queixa de incontinência urinária – Estudo Urodinâmico. Fonte: ginecologista e obstetra do Hospital Santa Catarina, Dr. Miguel Gobbi

Segundo o MS, a hipertensão e diabetes são doenças crônicas de grande magnitude, sendo também as mais graves, por isso que a hipertensão e o diabetes foram alvo de profunda investigação da PNS. A pesquisa revelou que a hipertensão atinge 31,3 milhões de pes70

soas acima de 18 anos, o que corresponde a 21,4% da população. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a doença aparece mais no sexo feminino, com prevalência em 24,2% das mulheres e 18,3% dos homens. Já o diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta. As mulheres (7%), mais uma vez, apresentaram maior proporção da doença do que os homens (5,4%) – 5,4 milhões de mulheres contra 3,6 milhões de homens. Para o doutor em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Dr. Bruno Valdigem, a maioria das mulheres após a menopausa sofre de hipertensão arterial, pelo aumento de peso, em seguida e menos frequentemente, estão as coronariopatias (angina, infarto), pois com o passar dos anos, elas perdem a proteção hormonal que as diferencia dos homens. “Arritmias são comuns, mas geralmente acompanhadas por tabagismo, hipertensão e infarto prévios.” Além disso, a ginecologista do Hospital Albert Einstein, Dra. Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, explica que, segundo o DATASUS, em 2012 (última estatística), as causas cardiovasculares foram as mais frequentes entre as mortes femininas, seguidas por tumores/câncer, causas externas (acidentes, etc.) e depois doenças respiratórias. De acordo com o clínico geral do Hospital Santa Catarina, Dr. José Carlos Aquino de Campos Velho, as mulheres, em geral, são relativamente preservadas de doenças crônicas não transmissíveis até a menopausa, quando, em geral, problemas de saúde começam a surgir por presumida perda do efeito protetor dos hormônios femininos nesta fase da vida. Porém, particularmente em mulheres obesas, sedentárias, com hábitos alimentares pouco saudáveis, agravado por tabagismo e consumo excessivo de álcool (questões relacionadas ao modo de vida moderno), hipertensão arterial, dislipidemias – problemas de colesterol e diabetes – tendem a surgir nesta fase. “Hipotireoidismo também é um problema frequente em mulheres jovens”, alerta o clínico. À medida que as pessoas envelhecem, outros problemas vão surgindo: osteoporose, doenças cardiovasculares (angina, acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio) e o câncer, em particular o de mama,

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Especial Mulher PANORAMA AS MULHERES VIVEM MAIS QUE OS HOMENS Em relação à proporção de pessoas com sintomas de angina no grau 2, o percentual foi maior entre as mulheres.

Em relação a características sociodemográficas, observou-se uma maior proporção de mulheres que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial, relativamente aos homens.

3,0%

5,2%

24,2%

Aproximadamente metade dos homens e mulheres que referiram diagnóstico de depressão usavam medicamentos para depressão.

51,2%

18,3%

No Brasil, as mulheres tiveram maior proporção de diagnóstico médico de problemas crônicos de coluna do que os homens.

52,3%

21,1%

15,5%

As mulheres apresentaram maior proporção de relato de diagnóstico de diabetes que os homens.

7,0%

5,4%

No Brasil, as mulheres apresentaram proporção maior de diagnóstico médico de colesterol alto do que os homens.

15,1%

9,7%

O câncer de mama foi relatado por 39,1% das mulheres nos casos de câncer no primeiro diagnóstico e o de colo de útero por 11,8% .

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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Especial Mulher PANORAMA

torna-se mais frequente. Em fases mais tardias, os quadros demenciais – Mal de Alzheimer – vão tomando relevância, em geral, após os 75 anos de idade. Entre as causas dessas principais enfermidades, o consumo de sal pode contribuir para a pressão alta; sedentarismo, tabagismo e obesidade, para problemas de colesterol, osteoporose e diabetes – em decorrência disso, os problemas cardiovasculares; parece haver contribuição da reposição hormonal, obesidade e do tabagismo na gênese do câncer de mama; problemas tireoidianos podem estar relacionados ao estilo de vida moderno. “Há que se salientar que, para esses problemas, existe contribuição do histórico familiar (particularmente parentes de primeiro grau) e da carga genética de cada um”, alerta o Dr. Campos Velho. Quadros psiquiátricos (depressão, ansiedade) também são frequentes ao longo da vida da mulher, com certa acentuação no climatério (os anos que antecedem e sucedem a menopausa). Os tratamentos dependem do diagnóstico, ou seja, de cada doença em particular. Sempre é importante sublinhar que existem medidas farmacológicas (uso de medicamentos) e não farmacológicas (mudança de hábitos e atitudes). O acompanhamento médico regular também é muito importante. Na questão da prevenção, o clínico geral do Hospital Santa Catarina destaca a alimentação saudável, os exercícios físicos, a cessação do tabagismo, o uso moderado de bebidas alcoólicas – por exemplo, o vinho – como essenciais na prevenção de grande parte das moléstias que afetam as pessoas atualmente, independente de ser homens ou mulheres. “A realização de acompanhamento médico periódico para detecção precoce (muitas vezes com o auxílio de exames complementares) dos problemas, às vezes totalmente assintomáticos, pode facilitar a sua abordagem terapêutica com antecedência e, com isto, tentar prevenir suas complicações.”

FILHOS EM SEGUNDO PLANO Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, o desejo de ter filhos por vezes acaba por ser adiado e, com o passar do tempo, elas estão tendo menos filho. A Dra. Alessandra destaca que, entre os motivos da nova ordem familiar, entram em jogo o lado financeiro, cultural, investimentos na carreira profissional, escolaridade (quanto mais anos de escolaridade, menor o número de filhos e mais tarde as gestações). 74

DOENÇAS MAIS COMUNS QUE AFLIGEM AS MULHERES • JOVENS A- HPV (infecção viral geralmente transmitida por contato sexual sem proteção). B- Irregularidade menstrual e/ou atraso do início da menstruação (menarca). Geralmente por imaturidade do eixo-hipotálamo-hipófise-ovários. C- Anticoncepção. • ADULTAS A- Câncer de colo e mama. B- Infertilidade. C- Endometriose. D- Corrimento vaginal (Doença Inflamatória Pélvica – DIP). E- Dor pélvica – dispareunia (dores na relação). F- Miomas. G- Cistos ovarianos ou similares. H- Anticoncepção. • MADURAS A- Câncer de mama. B- Climatério. C- Câncer de útero (pólipos, espessamento endometrial). D- Sangramento uterino pós-menopausa. E- Perda urinária aos esforços. F- Atrofia vaginal (dores na relação). Fonte: ginecologista e obstetra do Hospital Santa Catarina, Dr. Miguel Gobbi

O coordenador do núcleo de ginecologia, obstetrícia e perinatologia do Hospital Samaritano, Dr. Edilson Ogeda observa que a fertilidade feminina diminui ao longo dos anos. “Com 30 anos, ela tem 30% a menos de chances de engravidar a cada mês; com 35 anos, 40%; e com 40 anos, 45%”. Ou seja, segundo o especialista, quanto mais a demora, mais difícil uma gestação. Segundo o Dr. Ogeda, para a mulher que quer ser mãe, o ideal é antes dos 35 anos, porém esta não é uma regra, já que nem todas poderão ter dificuldades para engravidar, cada caso precisa ser analisado separadamente.

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Especial Mulher CONTRACEPÇÃO

Em busca de proteção CERCA DE 25% DAS JOVENS BRASILEIRAS, ENTRE 15 A 19 ANOS, ENGRAVIDAM SEM PLANEJAMENTO PRÉVIO. A PÍLULA É O MÉTODO CONTRACEPTIVO MAIS USADO E SUA EFICÁCIA CHEGA A 98%

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P O R EG L E LEONA R DI E V I V I A N L OU R ENÇ O

De acordo com o Ministério da Saúde, os casos de gravidez em mulheres com menos de 20 anos diminuíram em todo o Brasil entre 2000 e 2012. No início da década, cerca de 750 mil adolescentes foram mães no País. Em 2012, o número caiu para 536 mil. A maior parte das grávidas precoces, como aponta o relatório anual Situação da População Mundial do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), organismo da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorre entre populações vulneráveis, ou seja, entre pessoas sem acesso à informação. Os casos de gravidez acidental são mais comuns em classes sociais mais baixas. Isso tem ligação direta quanto à oportunidade de orientação e assistência básica à saúde. O acesso à informação cada vez mais facilitado pela internet, a curiosidade em ter relação, a cobrança do

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meio social em que vive, o ser aceita em certa ‘turma’, enfim, são vários fatores que acabam interferindo no pensamento da jovem adolescente e que acabam facilitando que engravide mais frequentemente do que há algum tempo. Esse quadro pode ser mudado com a orientação correta para as jovens. Conversar abertamente sobre a questão e não achar que uma menina de 10 anos não saiba o que é sexo. Ao conversar sobre sexo, as pessoas não estão incentivando a curiosidade e a busca pela relação sexual, trata-se de uma medida preventiva.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Existem, disponíveis no mercado, diversos métodos contraceptivos. Os de barreira, por exemplo, que impedem a entrada do espermatozoide no trato genital feminino por agir como uma verdadeira barreira à progressão do espermatozoide. Por exemplo: a camisinha, o diafragma, a camisinha feminina, entre outros. FOTOS: SHUTTERSTOCK

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CONHEÇA OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS PÍLULA COMBINADA Frequência de uso: diária. Utilização: método que combina dois hormônios (estrogênio e progesterona). De ingestão oral diária, no mesmo horário. Existem vários tipos diferentes em quantidade de comprimidos, dosagens e tipos de hormônios. Importante lembrar: • É preciso disciplina e constância para ingerir o comprimido diariamente no mesmo horário. • Na presença de intolerância gástrica (vômito e diarreia), pode haver interferência na eficácia do método.

amamentação e fora dela, por apresentar mecanismo de ação semelhante às pílulas combinadas. • De baixa dose (minipílula) – age deixando o muco cervical mais espesso, alterando a motilidade da trompa e também inibindo a ovulação, porém com menor frequência. Por isso é pouco usada fora da amamentação, pois tem eficácia reduzida. Importante lembrar: • É preciso disciplina e constância para ingerir o comprimido diariamente no mesmo horário. • Na presença de intolerância gástrica (vômito e diarreia), pode haver interferência na eficácia do método. ANEL CONTRACEPTIVO Frequência de uso: mensal. Utilização: o anel, transparente e flexível, deve ser inserido na vagina pela própria mulher. Age liberando hormônios (estrogênio e progesterona) continuamente. Tem duração de três semanas, com uma semana de intervalo. Importante lembrar: • A eficácia não é alterada em caso de vômito ou diarreia. • Para algumas mulheres, ter de se tocar para a inserção e a remoção do anel pode ser incômodo.

PÍLULA SÓ DE PROGESTERONA Frequência de uso: diária. Utilização: comprimido diário apenas com progesterona, que deve ser tomado todos os dias, sempre no mesmo horário. Com esse tipo de pílula, não há intervalo entre as cartelas. Podem ser: • De média dose (pílula contendo desogestrel) – age inibindo a ovulação exatamente como os métodos combinados. Esse método pode ser usado na

IMPLANTE SUBCUTÂNEO Frequência de uso: 3 anos. Utilização: bastonete de 4 cm de comprimento com apenas etonogestrel (um tipo de progestagênio) em sua composição, que é liberado gradualmente, impedindo a ovulação. Deve ser inserido pelo médico abaixo da pele do braço, com anestesia local. Importante lembrar: • Eficácia garantida, mesmo em caso de vômito ou diarreia. • Precisa de um médico para colocar e retirar. ADESIVO TRANSDÉRMICO Frequência de uso: semanal. Utilização: colocado sobre a pele das costas, dos braços ou das nádegas a cada sete dias, durante

três semanas consecutivas, com uma de intervalo. Age liberando hormônios (estrogênio e progesterona) continuamente. Importante lembrar: • Eficácia garantida, mesmo em caso de vômito ou diarreia. • O adesivo pode se descolar.

DIU e SIU Frequência de uso: Dispositivo Intrauterino (DIU) – até 10 anos (dependendo do modelo); Sistema Intrauterino (SIU) – 5 anos. Utilização: dispositivo com ou sem hormônio, introduzido no útero pelo ginecologista. Importante lembrar: • Eficácia garantida, mesmo em caso de vômito ou diarreia. • Precisa de um médico para colocar e retirar. INJETÁVEL Frequência de uso: mensal ou trimestral. Utilização: libera estrogênio e progesterona (mensal) ou só progesterona (trimestral) gradualmente, impedindo a ovulação. É aplicado no músculo (normalmente nádegas ou braços). Importante lembrar: • Tendência a alterações do ciclo menstrual no caso do método trimestral. • Eficácia garantida, mesmo em caso de vômito ou diarreia.

Fonte: MSD

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Especial Mulher CONTRACEPÇÃO Depois vêm os anticoncepcionais hormonais, que podem ser em forma de pílulas, injeções mensais ou trimestrais. Os Dispositivos Intrauterinos (DIUs) podem ser utilizados por um período de 3 a 10 anos, com base de cobre ou hormonal; há ainda os implantes dérmicos que são de base hormonal e liberam lentamente os seus hormônios e, com isto, impedem a gravidez, e, por último, os métodos ditos definitivos, que são a laqueadura e a vasectomia. Nesses dois últimos, há necessidade de um procedimento cirúrgico para a oclusão da estrutura que na mulher é a Trompa de Falópio e no homem o deferente. De acordo com o médico ginecologista e consultor em saúde da Medley, Dr. Odair Albano, dados internacionais mostram que até 20% das prescrições de anticoncepcionais não são iniciadas e apenas 50% das mulheres mantêm o uso por mais de seis meses. “A principal queixa, que justifica a descontinuidade, continuam sendo os efeitos adversos.” É importante salientar que, apesar dos diferentes métodos, não existe um contraceptivo 100% efetivo. Sempre que há relação sexual, há risco de gravidez, por menor que seja. “É muito importante que a mulher procure orientação para planejamento familiar com médico e que, mesmo utilizando anticoncepcionais hormonais, nunca abandone o uso do preservativo.”

PREFERÊNCIA NACIONAL Entre os métodos contraceptivos, a pílula anticoncepcional é a mais usada pelas mulheres pela facilidade com que é conseguida, pelo baixo preço, pela venda sem necessidade de receituário médico e pela sua ótima eficácia. “Hoje, existem pílulas com baixíssimas concentrações hormonais, com até 10 vezes menos de estrogênio e 164 vezes menos de progestagênio, em diferentes apresentações, com 21, 22, 24 e 28 comprimidos, e ainda com possibilidade de uso estendido e que foram agregando eficácia contraceptiva, segurança e benefícios extracontraceptivos”, detalha o Dr. Albano. De acordo com o ginecologista da Bayer, Dr. José Bento, com a evolução da indústria farmacêutica, a dosagem foi sendo reduzida cada vez mais e, atualmente, as pílulas causam pouquíssimos efeitos colaterais, e com diversas opções no mercado, possibilitam que sua utilização vá além da contracepção. “Atualmente, existem pílulas que além da contracepção, promovem melhorias na pele, reduzem o fluxo sanguíneo, melhoram os sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM)”. Como regra, o anticoncepcional moderno deve oferecer uma boa eficácia contraceptiva, benefícios extra80

É IMPORTANTE SALIENTAR QUE, APESAR DOS DIFERENTES MÉTODOS, NÃO EXISTE UM CONTRACEPTIVO 100% EFETIVO. SEMPRE QUE HÁ RELAÇÃO SEXUAL, HÁ RISCO DE GRAVIDEZ, POR MENOR QUE SEJA contraceptivos (regularização do ciclo menstrual, redução de sintomas pré-menstruais e dos efeitos androgênicos), poucos efeitos adversos (manutenção do peso, sexualidade e baixos riscos metabólicos e tromboembolismo), segurança e boa tolerabilidade. Muitas mulheres também não desejam menstruar todos os meses, com suspensão da pausa e, neste caso, a pílula deve manter a mesma eficácia, segurança e tolerância para ter o seu uso estendido. Os médicos esclarecem que existem estudos indicativos de que a pílula anticoncepcional protege a fertilidade da mulher, uma vez que diminui os riscos de endometriose, cisto no ovário, aparecimento de mioma e pólipo uterino. “Além disso, ela também protege a mulher contra o câncer do ovário e câncer de endométrio”, ressalta o Dr. José Bento. O baixo custo, o acesso fácil e o desconhecimento mais amplo das opções também têm contribuído para essa popularização. A distribuição não é uniforme no mundo, mas oscila entre 24% e 26% da população feminina. Na Europa, o preservativo masculino aparece com 23%; outros métodos não hormonais, 13%; o DIU hormonal, 8%; a esterilização feminina e masculina, 5%; outros métodos hormonais, 5%; e sem método contraceptivo, 25%. “No Brasil, pelas dificuldades de informação e acesso aos outros métodos, o número de mulheres esterilizadas em idade fértil supera o de usuárias de pílula”, alerta o ginecologista da Medley. “A taxa de falha dos contraceptivos hormonais orais é muito baixa, oscila entre < 1% por ano com uso perfeito e < 10% por ano pelo uso típico (erros no uso), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os índices de falha são ainda menores, na média 0,3% e 3% respectivamente”.

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Especial Mulher AMAMENTAÇÃO

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O período da amamentação é muito importante tanto para mãe, quanto para o bebê. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. Após esse período, o aleitamento deve ser mantido até os dois anos de idade, juntamente com os alimentos apropriados, sob orientação do médico pediatra. O leite materno é suficiente em calorias e demais nutrientes, inclusive água. As primeiras mamadas são de colostro, que é rico em componentes que garantirão a defesa imunológica da criança. Além disso, as substâncias ali contidas irão contribuir para o bom funcionamento do intestino do bebê. E também é rico em vitamina A, fundamental para o desenvolvimento do indivíduo.

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Depois de um tempo, o leite modifica-se e sua cor amarela-clara passa a ser branca, considerada a cor normal, é o chamado leite maduro. Sua composição é rica em lactose, gordura e proteínas em quantidades necessárias para a criança. “O leite materno contém os anticorpos, proteínas, açúcares, gordura e água na medida certa para o bebê ser saudável. Protege de várias infecções como otites, diarreia, pneumonia, além de evitar o desenvolvimento de alergias. O ato da amamentação estimula o vínculo afetivo entre mãe e filho, estimulando o desenvolvimento psicocognitivo da criança. Ele é prático, ajuda a mãe a perder peso, ajuda o útero a regredir mais rápido após o parto, além de proteger contra o câncer de mama e de ovário e a osteoporose”, informa a pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Milena de Paulis. FOTO/ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK

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Especial Mulher AMAMENTAÇÃO

ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO Segundo dados da Fiocruz, o ideal é que o leite seja retirado de forma manual: • Primeiro a mãe deve colocar os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola (parte escura da mama); • Firmar os dedos e empurrar para trás em direção ao corpo; • Comprimir suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair; • Desprezar os primeiros jatos ou gotas e iniciar a coleta no frasco. O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer. Na próxima vez em que for retirar o leite, a mãe deve utilizar outro recipiente esterilizado e ao terminar, acrescentar este leite no frasco que está no freezer ou congelador. O leite pode ficar armazenado congelado por até 15 dias.

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Durante o período de aleitamento, é uma prática muito comum suspender a amamentação quando a mãe faz uso de alguma medicação. No entanto, especialistas afirmam que são poucos os medicamentos contraindicados nesse período. “Na maioria das vezes, é possível conciliar o uso de medicações sem interromper a amamentação. Essa última situação será indicada quando existir evidência de que a droga a ser utilizada é nociva para o bebê ou quando não existirem informações a respeito e o medicamento não puder ser substituído por outro compatível com a amamentação”, afirma a Dra. Milena. Ela informa que os recém-nascidos e os lactentes jovens (até 3 meses de vida) são os mais vulneráveis aos efeitos adversos das medicações utilizadas durante a amamentação, devido à imaturidade da função hepática e renal, e também, da absorção gastrointestinal. “A barreira hematoencefálica imatura permite o aumento da passagem de medicamentos lipossolúveis que atuam no sistema nervoso central. Algumas outras condições podem interferir no metabolismo e na excreção das drogas pela criança, determinando maior risco para os lactentes, como ocorre na hipóxia (baixo teor de oxigê84

nio) na acidose metabólica (trata-se de uma acidez excessiva do sangue e fluidos corporais. Essa acidez pode reduzir o pH do sangue, tornando a respiração mais profunda e rápida, uma vez que o corpo está tentando liberar o excesso de ácido no sangue. Além disso, os rins também podem se sobrecarregar, uma vez que precisam excretar uma quantidade maior de ácido na urina), na sepse (conjunto de manifestações oriundas de uma infecção) e em outras doenças.” Deixar de amamentar deve ser sempre uma decisão médica. Apesar da excelência do leite materno, existem ocasiões em que o profissional de saúde deve considerar o risco/benefício da terapia medicamentosa na mãe que amamenta.

INIBIDORES DA LACTAÇÃO Algumas drogas são bem conhecidas por reduzirem a produção de leite. Como o crescimento do lactente está diretamente relacionado à síntese e ingestão do leite materno, o uso de qualquer uma dessas drogas pode representar risco de déficit ponderal, principalmente durante o período pósparto imediato, época mais sensível para a supressão da lactação. Caso o uso de alguma dessas drogas seja inevitável, o profissional de saúde deve retardar ao máximo sua introdução (semanas ou meses) e prescrevêlas pelo menor tempo possível, além de monitorar o ganho ponderal do lactente. As drogas com risco de redução da produção láctea são: • Álcool. • Bromocriptina. • Bupropiona. • Cabergolina. • Ergometrina. • Ergotamina. • Estrogênios, como o etinilestradiol. • Levodopa. • Lisurida. • Modafinila. • Nicotina. • Pseudoefedrina. • Testosterona. Fonte: Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias/Ministério da Saúde, Secretaria da Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – 2ª ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010

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Especial Mulher AMAMENTAÇÃO ORIENTAÇÕES NO PERÍODO DA AMAMENTAÇÃO Os seguintes aspectos práticos podem auxiliar na tomada de decisões quanto ao uso de fármacos pela paciente que está amamentando: • Avaliar a necessidade da terapia medicamentosa. Nesse caso, a consulta entre o pediatra e o obstetra ou clínico é muito útil. A droga prescrita deve ter um benefício reconhecido na condição para a qual está sendo indicada. • Preferir uma droga já estudada e sabidamente segura para a criança, que seja pouco excretada no leite materno. Por exemplo, prescrever acetominofen em vez de aspirina; penicilinas em vez de cloranfenicol. • Preferir drogas que já são liberadas para o uso em recém-nascidos e lactentes. • Preferir a terapia tópica ou local, em vez de oral e parenteral, quando possível e indicado. • Programar o horário de administração da droga à mãe, evitando que o pico do medicamento no sangue e no leite materno coincida com o horário das mamadas. • Optar, quando possível, por preparações contendo apenas um fármaco. Assim, prescrever apenas dipirona em vez da associação dipirona, prometazina e adifenina. • Considerar a possibilidade de dosar a droga na corrente sanguínea do lactente quando houver risco para a criança, como nos tratamentos maternos prolongados,

a exemplo do uso de anticonvulsivantes. • Orientar a mãe para observar a criança com relação aos possíveis efeitos colaterais, tais como alteração do padrão alimentar, hábitos de sono, agitação, tônus muscular e distúrbios gastrintestinais. • Evitar drogas de ação prolongada por causa da maior dificuldade de serem excretadas pelo lactente. Por exemplo, preferir midazolam em vez de diazepam. • Escolher medicamentos pouco excretados para o leite materno. Antidepressivos como sertralina e paroxetina possuem níveis lácteos mais baixos que a fluoxetina. • Retirar o leite com antecedência e estocar em congelador para alimentar o bebê no caso de interrupção temporária da amamentação. • Ficar atenta sobre a ausência de informações sobre o fármaco prescrito para uso durante a amamentação ou os riscos de possíveis efeitos adversos sobre o lactente, principalmente em medicamentos de uso crônico.

Fonte: Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias/Ministério da Saúde, Secretaria da Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – 2ª ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010

Muitos medicamentos são lançados e não se sabe os efeitos sobre o lactente. O medicamento que a mãe faz uso está presente em seu sangue e algumas dessas substâncias poderão estar mais ou menos presentes no leite. Além disso, o medicamento ingerido pela criança poderá ou não ser absorvido por ela. “Esses dados não podem ser pesquisados antes do lançamento do medicamento porque não se pode expor uma criança de forma propositada para esse tipo de pesquisa. Desse modo, as informações são provenientes de relatos de uso dos medicamentos e suas consequências sobre o bebê. Alguns estudos prévios podem ser feitos em animais, porém não se terá a certeza plena”, informa o responsável pelo Centro de Informação sobre Medicamentos ligado ao curso de Farmácia da Unisantos (CIM-Unisantos), prof. Dr. Paulo Angelo Lorandi. O especialista informa que os efeitos esperados serão os mais diversos possíveis. “Por exemplo, alguns depressores do sistema nervoso central usados em epilepsia poderão provocar sonolência e sedação na criança. Por outro lado, medicamentos contraindicados como 86

os antineoplásicos podem trazer uma série consequências como alterações no padrão sanguíneo.” Ele explica que o uso de medicamentos pode ser programado para evitar que a mamada aconteça no pico de concentração de medicamentos no sangue e no leite. “Logo após se tomar um medicamento, espera-se que sua concentração no sangue e, consequentemente no leite, estejam aumentadas, decaindo com o tempo. Alguns medicamentos permanecerão com a concentração alta por mais tempo, enquanto outros estarão com ela mais baixa poucas horas após a administração. O médico, com auxílio do farmacêutico, conhecendo esses dados, poderá propor um regime de tomada de medicamentos compatível com os horários das mamadas do bebê.” As funções renais e hepáticas também são importantes nesse período porque influenciam os níveis séricos das drogas e, consequentemente, as suas concentrações no leite. Dessa forma, as mães que amamentam e têm doenças hepáticas ou renais tendem a apresentar e manter por mais tempo níveis elevados dos medicamentos na circulação sanguínea.

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Especial Mulher MENOPAUSA

Fase marcante CADA ETAPA DA VIDA DA MULHER É CERCADA DE OSCILAÇÕES HORMONAIS. O IMPORTANTE É ACEITÁ-LAS E LANÇAR MÃO DOS RECURSOS TERAPÊUTICOS PARA AMENIZAR POSSÍVEIS DESCONFORTOS

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P O R E G L E LEONA R DI

Levando-se em conta que a expectativa de vida da brasileira aumentou, e atualmente é estimada em 74,8 anos, pode-se entender a importância que a menstruação e o climatério, e seus problemas, representam no seu dia a dia. A menstruação é a perda de sangue pela vagina em um período que dura de 3 a 8 dias. A primeira menstruação ocorre na puberdade, por volta dos 12 anos e, a partir daí, deve surgir todos os meses até à menopausa, que acontece por volta dos 50 anos de idade. Em uma sociedade que cultua a beleza e a juventude, entrar na menopausa, para muitas, é sinônimo de tornar-se velha e sem valor. Essa também é uma fase em que os filhos já estão crescidos e não exigem mais os cuidados maternos de antes, o que pode proporcionar mais tranquilidade às mulheres. É importante, segundo especialistas, aceitar que a vida passa por fases e que todas essas mudanças

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também têm o seu lado positivo. Na menopausa, não é diferente. Por exemplo, a atividade sexual está livre de riscos de gravidez e o sexo pode se tornar ainda mais libertador e prazeroso; a mulher pode dedicar-se mais a si mesma, praticar atividades que sempre teve vontade, podendo realizar seus projetos pessoais. As que chegam à menopausa com boa autoestima passam por esta fase de forma tranquila, inclusive lidando melhor com os sintomas físicos causados pelo desequilíbrio hormonal. Vale lembrar que menopausa é o nome que se dá à última menstruação, um episódio que ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. O climatério é a fase da vida em que acontece a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários. As principais características do climatério são as transformações físicas e emocionais decorrentes do desequilíbrio na produção dos hormônios femininos pelos ovários. Os sintomas começam com sensação de inchaço no FOTO: SHUTTERSTOCK

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Polypodium leucotomos É INDICADO PARA A PREVENÇÃO DA IRRITAÇÃO DA PELE AGRAVADA PELO SOL 1

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Material destinado exclusivamente à classe médica.

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Especial Mulher MENOPAUSA COMO ENFRENTAR A MENOPAUSA É importante que as pacientes de farmácias e drogarias saibam mais sobre o assunto. Veja quais são as informações que devem ser transmitidas a elas: • Embora a menopausa seja um sinal de envelhecimento, não há motivo para desespero: é uma fase da vida e, por isto, inevitável. Aproveitar os aspectos positivos é a melhor saída. • Aquela preocupação com a gravidez não é mais necessária, portanto, as relações sexuais com o parceiro podem se tornar ainda mais prazerosas. • As mulheres podem utilizar esse momento para fazer uma análise da vida: como os filhos já estão grandes e há uma estabilidade financeira maior, aproveita para curtir horas de lazer, sozinha ou ao lado do companheiro. • A menopausa surge e, juntamente com ela, a possibilidade de refletir mais e parar para melhorar a si mesma. Autoconhecimento é a palavra-chave. • Culturalmente, a menopausa é tratada como um período ruim, mas não há necessidade de colocar um peso a mais nesta vivência: analise-a como uma fase diferente e um momento de mudança. Apegue-se à filosofia de que há muito a ser vivido ainda. Fonte: departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

corpo e mamas, dores fortes de cabeça ou enxaquecas, alterações de humor (nervosismo, irritação, tristeza profunda e mesmo depressão) e, do meio para o fim do climatério, é comum a irregularidade nos ciclos e a variação do fluxo menstrual. O que acontece com o corpo feminino em torno da menopausa tem a ver com o desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários. De acordo com o especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Achilles Cruz, a menopausa é definida como a interrupção das menstruações resultante do término da atividade ovariana, com diminuição na produção dos hormônios sexuais. A diminuição na produção estrogênica reflete-se em todos os tecidos-alvos, interferindo negativamente na qualidade de vida, com repercussões sobre o bem-estar emocional, físico e social da mulher. “Observa-se que até 80% das mulheres na pós-menopausa sofrem os sintomas decorrentes do hipoestrogenismo, tais como os sintomas vasomotores (ondas de calor e suores noturnos), os sintomas da atrofia urogenital (incontinência e urgência urinária, dispareunia e prurido vulvar) e os sintomas psicológicos (ansiedade, depressão, irritabilidade e insônia)”, alerta ele. Nas últimas décadas, grande destaque foi dado à Terapia Hormonal (TH) na pós-menopausa como alternativa eficaz no controle dos efeitos da privação estrogênica e melhora da qualidade de vida. O especialista comenta que os benefícios da TH para a mulher na pós-menopausa são bastante conhecidos, melhorando ou revertendo a sintoma90

tologia decorrente da carência estrogênica em curto, médio e longo prazos, como alívio dos sintomas vasomotores, melhora da atrofia urogenital e prevenção da osteoporose. Na terapia hormonal, menores doses são bem toleradas e podem ter melhor perfil benefício/risco que as doses convencionais. Já o médico autor do livro A Mulher e a Osteoporose, Dr. Reginaldo Rena, afirma: “Os estrógenos químicos e os progestagênicos são largamente usados para tratar menopausa e osteoporose, pois a terapia de reposição hormonal ajuda a diminuir a velocidade de perda óssea, mas considero seus riscos maiores que os benefícios, já que temos muitas alternativas naturais para reposição hormonal. O uso do estradiol e progestagênicos por três anos mostra um aumento da massa óssea em 5% na coluna vertebral e 2,5% a 3% na bacia e fêmur, que é perdido se a mulher deixar de usá-los”. O ginecologista e obstetra e diretor clínico da Clínica Mãe, Dr. Alfonso Massaguer, defende que, após sofrer duras críticas, o tratamento hormonal da menopausa, com seus sintomas tão incômodos, foi revolucionado. Assim como nos métodos contraceptivos, uma ampla gama de combinações hormonais, posologias e vias de administração está disponível. Comprimidos, cremes, géis e adesivos estão disponíveis no mercado, formulações intradérmicas, nasais e injetáveis estarão disponíveis em breve. “Estudos científicos esmiuçaram riscos e benefícios do uso de cada grupo de medicações e, atualmente, existem recomendações claras para a indicação ou contraindicação da terapia de reposição hormonal”, avalia.

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Especial Mulher HIGIENE ÍNTIMA

Portfólio feminino INDÚSTRIA DISPONIBILIZA DIVERSAS FORMAS PARA OS CUIDADOS DA MULHER, PREVENINDO DOENÇAS E TRAZENDO MAIS SEGURANÇA E CONFIANÇA P O R K AT H LEN RA M OS

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Atender às demandas da sazonalidade é uma das metas do varejo farmacêutico e, com a chegada do verão, muitas mudanças estratégicas precisam ser feitas nas gôndolas para aproveitar as oportunidades do período. E uma das preocupações da estação está na higiene íntima, que requer cuidados redobrados nas épocas mais quentes do ano e, portanto, geram mais demanda do consumidor. Segundo dados do Grupo Cimed, as vendas da categoria aumentam entre 15% e 20% nesse período. A ginecologista e obstetra pe-

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la Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), Dra. Paula Beatriz Fettback, mostra alguns motivos para o aumento da demanda. “Com o tempo mais quente, a área íntima tende a ficar mais abafada e, por isso, a mulher sente mais necessidade de fazer uma higienização constante, evitando corrimentos e odores desagradáveis”, afirma. A praia e a piscina, atividades típicas do verão, também podem ser o ‘gatilho’ para o desenvolvimento de alguns problemas que geram incômodo, avisa o ginecologista e obstetra dos Hospitais Albert FOTO/ILUSTRAÇÃO: FELIPE MARIANO/SHUTTERSTOCK

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BACTÉRIA DO BEM A região íntima feminina tem uma flora bacteriana muito rica e que se caracteriza pela predominância de uma bactéria chamada bacilo de Döderlein. Sua ação acidifica o pH vaginal e, assim, protege o local contra bactérias patogênicas que podem ser causa de complicações, como irritação ou prurido, por exemplo. Em casos mais sérios, os órgãos genitais internos também podem ser afetados, levando a inflamações do útero, das trompas e dos ovários. Assim, quando não há uma higiene íntima adequada, a mulher pode predispor à entrada de bactérias que levam a essas infecções. Um problema bastante comum, causado pelo aumento da bactéria Gardnerella vaginalis, é a vaginose bacteriana, que se caracteriza pelo desequilíbrio da flora bacteriana vaginal e pode causar corrimento com odor desagradável. Fonte: ginecologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Dr. Jurandir Piassi Passos

Einstein e São Luiz, Dr. José Bento. “Nesta época do ano, é comum que as mulheres fiquem por longos períodos do dia com biquínis e maiôs molhados no corpo, o que favorece o aparecimento de corrimentos e odores desagradáveis”, explica. Para auxiliar nesse processo, hoje, a indústria desenvolveu uma série de linhas específicas que podem agir com eficácia na higienização íntima e, consequentemente, na prevenção de doenças. A mais conhecida delas é o sabonete íntimo, que traz pH compatível com a região íntima, contribuindo para a preservação saudável da flora vaginal.

Com o aprimoramento da categoria, agora, eles ganham fragrâncias diversas, além de versões adaptadas para todas as idades. “Os sabonetes íntimos tendem a preservar o pH da região genital um pouco mais ácido e, com isso, têm uma ação que dificulta as infecções de repetição. Havendo possibilidade de seu uso, são os mais indicados”, descreve o ginecologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Dr. Jurandir Piassi Passos, acrescentando que, no verão, o ideal é que a mulher utilize os sabonetes íntimos de uma a duas vezes ao dia. A gerente de marketing de Dermacyd, Denise Calefe, afirma, ainda, que a proporção de uso do sabonete íntimo está diretamente relacionada ao número de banhos tomados por dia. “Como no verão a sensação de suor incomoda a maioria das mulheres, elas procuram por produtos que as deixam mais frescas e protegidas por mais tempo. A famosa sensação de ‘acabei de sair do banho’ é muito importante, afinal, com rotina atribulada, a maio2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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Especial Mulher HIGIENE ÍNTIMA

AGREGUE VALOR ÀS VENDAS O uso dos produtos indicados para higiene íntima é importante para garantir a saúde da mulher, mas também precisa ser acompanhado de alguns cuidados, especialmente durante o verão. Oriente para alguns deles: • Especialmente durante os dias mais quentes, deve-se procurar manter a região genital com o máximo de ventilação possível e evitar os protetores íntimos diários. Apesar desses produtos deixarem a mulher com a sensação de estar seca, eles abafam a região genital, propiciando a proliferação de bactérias que podem culminar numa infecção local. • O ideal é o uso de roupas leves (como vestidos ou calças mais largas) e peças íntimas de preferência de algodão, pois este tecido absorve a umidade e a deixa evaporar. • Caso exista suor, vale sempre ter dentro da bolsa uma ou duas calcinhas para trocar durante o dia. • O sabonete íntimo pode ser usado diariamente e, caso existam dúvidas na escolha, o ideal é consultar o médico ginecologista. • Vale lembrar, no entanto, que o excesso de limpeza também pode interferir na flora bacteriana normal da pele e ser causa de infecções de repetição. • Outra advertência é que a limpeza com sabonetes íntimos deve ser só externa (nunca intravaginal). A assepsia vaginal interna altera a flora vaginal normal e predispões a mulher a corrimentos crônicos. • Os sabonetes alcalinos, também conhecidos como bactericidas, devem ser evitados, pois podem diminuir a flora vulvo-vaginal normal e permitir infecções por bactérias que resistam a seus componentes e pH. Fontes: ginecologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Dr. Jurandir Piassi Passos e gerente de produto HPC, do Grupo Cimed, Priscilla Florêncio

ria das mulheres não tem tempo para muitos banhos por dia”, analisa. Com foco em manter a segurança e bem-estar da mulher, alguns sabonetes íntimos agem com efeito neutralizante para odores. “Nosso último lançamento foi Dermacyd ® Neutralize, que mantém a proteção e a sensação de bem-estar já oferecida pela linha regular e, ao mesmo tempo, ajuda a neutralizar eventuais odores que podem ser causados por abafamento e suor da região, durante o período de menstruação, após a prática de atividades físicas ou em dias muito quentes, por exemplo”, mostra Denise.

OUTROS ALIADOS A mulher também pode contar com outros produtos para a higiene íntima, a exemplo dos lenços umedecidos, que trazem praticidade e a possibilida94

de de uso no dia a dia, a qualquer hora e lugar. Os produtos chegam com embalagens práticas e muitos deles são hipoalergênicos e podem ser usados, inclusive, durante o ciclo menstrual. Para o controle do odor, a mulher também pode contar com os desodorantes íntimos. As marcas mais tradicionais do mercado garantem que o produto possa ser utilizado diariamente – já que é dermatologicamente testado – e trazem fórmula sem corantes, álcool, antiperspirantes e parabenos. Para finalizar, também estão disponíveis as duchas externas ginecológicas descartáveis, a exemplo do InM. “O produto é indicado para injeção de água ou soluções medicamentosas nas cavidades íntimas e como higienizador íntimo tanto vaginal quanto reto anal”, conforme descreve a assessoria de imprensa da marca. O produto está disponível em uma embalagem semelhante a de preservativos.

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Especial Mulher SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS

Nutrientes essenciais PARA REALIZAR AS ATIVIDADES DO COTIDIANO, CONSUMIDORES APOSTAM EM PRODUTOS QUE GARANTAM SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA. O PONTO DE VENDA PRECISA ESTAR ABASTECIDO PARA ALAVANCAR AS VENDAS NESTA CATEGORIA QUE SÓ CRESCE P O R TA S S I A RO C H A

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Cada vitamina tem um papel importante na construção ou manutenção de estruturas do corpo. As necessidades dessas vitaminas mudam com o estágio da vida. Se a consumidora está em fase de engravidar, é importante ter doses adequadas de ácido fólico. Se está na menopausa, a vitamina D é fundamental. As vitaminas participam em várias reações dentro das células. Nenhum alimento contém tudo o que necessário. A única vitamina produzida no próprio corpo é a vitamina D, fabricada na pele pela exposição ao sol.

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Todas as demais devem vir pela dieta (frutas e vegetais) e quando esta é inadequada, a suplementação é importante. Entre os 30 e 35 anos de idade, os níveis de colágeno da pele e dos ossos tendem a se reduzir devido ao envelhecimento natural do organismo das pessoas, tanto em homens quanto em mulheres. “No entanto, no período da menopausa, que ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos, a redução dos níveis de hormônios colabora para uma perda mais acelerada do colágeno e, portanto, o envelhecimento da pele e a ocorrência de perda óssea FOTO/ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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(osteoporose) ficam mais intensos”, informa a farmacêutica da Consulfarma Assessoria Farmacêutica, Karina Ruiz. Embora o colágeno seja produzido naturalmente pelo organismo desde o nascimento, ao longo da vida, o corpo sofre uma perda gradual deste componente. A alimentação correta com frutas, verduras e carnes, teoricamente, teria a capacidade de suprir o organismo com substrato para a produção de mais colágeno. No entanto, muitas vezes isso não acontece, sendo necessário o consumo de suplemento para alcançar a quantidade ideal diária à formação de colágeno, tanto para homens como para mulheres. “Quanto ao cálcio, o esqueleto humano contém 99% de todo esse mineral presente no organismo. Ele é essencial para nos manter vivos, uma vez que é necessário para ativar a contração muscular, a transmissão de impulsos nervosos e a coagulação do sangue. É também um dos responsáveis pela resistência dos ossos nas várias etapas da vida”, afirma a diretora técnica da divisão de saúde e divisão de medicina física do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – FMUSP), Dra. Pérola Grinberg Plapler.

Segundo a especialista, a osteoporose pode aparecer quando o consumidor não consegue absorver no trato digestivo o cálcio dos alimentos ingeridos. Como ele é necessário para importantes funções, quando não há entrada dele no corpo, pela dieta, passa a ser retirado dos ossos, que funcionam como um estoque de cálcio. Em geral, a osteoporose avança lentamente e só é percebida quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas.

O MELHOR É PREVENIR Muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual é o momento certo para procurar ajuda de especialistas, a partir de que idade elas devem fazer exames de rotina e quando a reposição nutricional deve ter início, por meio dos suplementos vitamínicos. De acordo com a Dra. Pérola, a maioria dos nutricionistas recomenda que a obtenção das vitaminas seja por uma dieta rica e variada. Teoricamente, com a ingestão de frutas, é possível obter toda a vitamina e grande parte de todos os nutrientes essenciais necessários para melhorar a imunidade e ter energia. No entanto, pessoas com restrição alimentar e problemas de má absorção devem fazer a suplementação.

MITOS • Ao consumir suplementos todos os dias, o consumidor pode se intoxicar. Mito. A grande maioria dos suplementos indica que o uso deve ser diário dentro das recomendações especificadas na embalagem. • Se o consumidor tem uma boa alimentação, ele não precisa usar suplementos. Mito. Nem sempre uma boa alimentação significa que ela está balanceada com todas as vitaminas e nutrientes necessários. • Suplementos vitamínicos engordam. Mito. Na ocasião do lançamento dos suplementos vitamínicos em geral, além das vitaminas, eram acrescentados açúcar e estimuladores de apetite em sua composição. Atualmente, os estimuladores foram retirados da formulação e o açúcar, na maioria das marcas, foi substituído por adoçantes. • O suplemento deve ser ingerido somente em jejum. Mito. Pelo contrário, durante e após a alimentação, o mecanismo físico e hormonal do corpo favorece a absorção dos nutrientes (vitaminas). • Só quem faz atividade física pode fazer uso de suplementos vitamínicos. Mito. Quem não faz atividade também pode tomar, sendo que o objetivo do suplemento vitamínico é complementar a alimentação. Fonte: gerente de produto de Nutracom, Josué Vida

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PRINCIPAIS VITAMINAS Vitamina A – Proporciona diversos benefícios ao organismo, já que atua na visão, no crescimento, no desenvolvimento do esqueleto, entre outros. O nutriente também possui função antioxidante e ajuda a prevenir algumas doenças crônicas. O betacaroteno é seu precursor, que se transforma em vitamina A no organismo. Alimentos que contêm vitamina A: óleo de fígado de peixe, peixes de água salgada, fígado, cenoura crua, manga, mamão, beterraba, entre outros. Vitaminas do complexo B (B1, B2, B5, B6, B7 ou H, B12, PP ou B3) – Os benefícios das vitaminas do complexo B são muito diversificados. Elas auxiliam, de forma geral, a regular o funcionamento do organismo, equilibrando o consumo energético. Como estão envolvidas nos processos de crescimento celular e na formação de células sanguíneas, deve-se consumi-las regularmente. Alimentos que contêm vitamina B: banana, carnes, miúdos, como fígado ou rim, vegetais verdes folhosos, cereais e os ovos, batata-doce e abacate. Vitamina C – Tem função antioxidante que ajuda a combater os radicais livres, reduzindo os sinais de envelhecimento, além de contribuir para a proteção da pele, participando do processo de produção de colágeno. Ela é essencial em todos os aspectos, pois age no bom funcionamento da pele (incluindo crescimento, manutenção e reparo, protegendo-a contra os danos causados pelos radicais livres) e auxilia na produção de colágeno da derme, importante no processo de cicatrização de feridas. Alimentos que contêm vitamina C: laranja, tangerina, abacaxi, acerola, goiaba e caju. E em verduras, hortaliças e tubérculos, a exemplo de cenoura, pimentão, tomate, alface, mandioca e batata. Vitamina D – O nutriente é produzido pelo corpo quando a pele está exposta à luz solar (raios ultravioletas), sendo responsável por 80% a 90% da vitamina que o corpo recebe, porém também pode ser encontrado em alguns alimentos de origem animal. Seus benefícios estão relacionados com a saúde dos ossos e dentes. A falta da vitamina D favorece o risco de raquitismo (anormalidades ósseas) em crianças e osteomalácia (falha na produção óssea, resultando em ossos fracos, sensíveis à pressão, fraqueza nos músculos próximos e frequência de fraturas aumentada) em adultos. Em mulheres na pós-menopausa, a menor absorção de cálcio pode levar à osteoporose. Alimentos que contêm vitamina D: óleo de fígado de bacalhau, atum, sardinha, salmão, ostras cruas, ovos e alimentos derivados do leite, como manteiga e queijos gordurosos. Cálcio – O mineral é um dos mais importantes na boa alimentação e o mais abundante no organismo humano. Além de seu papel na formação dos ossos, é essencial também para a coagulação sanguínea, formação dos dentes, transmissão dos impulsos neurais, ativação de enzimas. A exposição solar estimula a produção de vitamina D pelo organismo, que ajuda a fixar o cálcio nos ossos. Alimentos que contêm cálcio: hortaliças de folhas verde-escuras, como couve e brócolis, salmão e sardinhas, moluscos e ostras. Outras fontes bastante conhecidas são os leites e derivados, como iogurtes e queijos. E não se pode esquecer do coco e sua água. Fonte: gerente médica Consumer Care da Bayer HealthCare, Dra. Juliana Machado

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DEVIDO AO CRESCIMENTO DAS CATEGORIAS DE VITAMINAS E SUPLEMENTOS ALIMENTARES E À MUDANÇA DE HÁBITO DOS CONSUMIDORES BRASILEIROS, QUE HOJE BUSCAM UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL E ESTÃO PRATICANDO MAIS ATIVIDADE FÍSICA, ESSA CATEGORIA TEM DE FICAR MAIS VISÍVEL, OU SEJA, O CONSUMIDOR PRECISA TER MAIS ACESSO “As vitaminas podem ser dosadas no sangue sempre que suspeitamos que possam estar deficientes, causando algumas doenças. A mais comumente medida é a vitamina D. Grande parte da população de todas as idades, de todas as partes do mundo e de ambos os sexos tem baixas quantidades de vitamina D, pela baixa exposição ao sol. A probabilidade de ingestão demasiada de qualquer vitamina por meio de alimentos é remota. É mais provável que isso ocorra com a suplementação de vitaminas de forma desorganizada. Por essas razões, é sempre importante ter uma orientação profissional adequada para não exagerar na suplementação.” Homens e mulheres podem ter necessidades diferentes no dia a dia. Algumas doenças, por exemplo, podem afetar mais os homens e outras doenças afetam mais as mulheres. As necessidades também são diferentes conforme a faixa etária e o estilo de vida. Por esse motivo, é importante que cada pessoa observe onde está a sua maior necessidade, para que não haja deficiência de nutrientes necessários ao metabolismo. 102

Vale ressaltar que quando não há a ingestão adequada das necessidades diárias de vitaminas e minerais, pode ser necessário incrementar a dieta com um suplemento alimentar, com indicação médica. A medida tem como objetivo manter o aporte ideal de nutrientes essenciais e, consequentemente, garantir o bom funcionamento do organismo. “Há exames de rotina indicados para diferentes fases da vida. Especificamente para aspectos relacionados à reposição vitamínica, quando o médico identifica alguma alteração clínica que possa ser causada por este déficit, a investigação deve ser feita. Exemplos disso são anemia, dor óssea, fraturas não traumáticas, diminuição da função da tireoide, insuficiência renal. Além disso, a parada da menstruação (menopausa) aumenta o risco de hipovitaminose D e, nesta situação, sua dosagem no sangue deve ser solicitada”, alerta a gerente médica da divisão farma do Laboratório Cristália, Dra. Juliana Bsaibess.

CATEGORIA MERECE DESTAQUE Devido ao crescimento das categorias de vitaminas e suplementos alimentares e à mudança de hábito dos consumidores brasileiros, que hoje buscam uma vida mais saudável e estão praticando mais atividade física, essa categoria tem de ficar mais visível, ou seja, o consumidor precisa ter mais acesso. Também há necessidade de existir um espaço exclusivo para os suplementos alimentares. “É uma categoria em expansão e com um forte potencial de crescimento para os próximos anos. Os farmacêuticos desempenham um importante papel na orientação do consumidor no ponto de venda. Isso depende do objetivo de cada indivíduo, alguns procuram suprir algumas necessidades na alimentação por meio das vitaminas, e outros procuram uma orientação para ganho de massa, perda de gordura e recuperação muscular”, conta o médico nutrólogo e fundador da Integralmédica, Dr. Euclésio Bragança. Ele informa que por ser uma categoria em desenvolvimento, hoje não existe um espaço exclusivo para esses produtos. “Muitas marcas estão surgindo e o canal farma precisa se especializar, pois o comportamento do consumidor de vitaminas e suplementos não é o mesmo do consumidor de medicamento”, alerta.

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Supremus Vit®- Suplemento vitamínico e mineral em comprimidos. Supremus Vit Performance® – suplemento vitamínico e mineral + aminoácidos em comprimidos. Supremus vit Famme Care® – Suplemento vitamínico e mineral + colágeno em comprimidos. Recomendações de uso: tomar 1 comprimido ao dia, preferencialmente antes da principal refeição. Consumir este produto conforme recomendação de ingestão diária constante na embalagem. Gestantes, nutrizes e crianças de até 3 (três) anos, somente devem consumir estes produtos sob orientação de nutricionista ou médico. Produtos dispensados de registro conforme RDC nº 27 de 06 de agosto de 2010.

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Especial Mulher BELEZA A BRASILEIRA É CULTURALMENTE UMA MULHER VAIDOSA. COM MAIOR ACESSO AOS COSMÉTICOS, ELAS ESTÃO CADA VEZ MAIS MERGULHADAS NO UNIVERSO DOS CREMES, ESMALTES, LOÇÕES E MUITO MAIS POR AD RI A N A BRUN O

Cuidados

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Estar bonita, de bem com a vida, realizada nos âmbitos profissional e pessoal são coisas que, com certeza, não saem da lista de desejo da mulher brasileira. Vaidosa por natureza, vem contribuindo para a plena ascensão do setor de higiene e beleza no Brasil, há anos. A cultura do corpo bonito, pele, cabelos e unhas saudáveis ajudam a movimentar a economia. Tanto que o Brasil se consolidou como o terceiro maior mercado mundial de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) “A mulher brasileira é uma das que mais se preocupa com a beleza no mundo. Por isso que, cada vez mais, as indústrias lançam novidades e investem em nosso País. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), a expectativa de crescimento para a indústria cosmética, em 2014, era de 11,8%, o que significa faturamento das empresas do setor na casa de R$ 42,6 bilhões”, diz a gerente de marketing de Bril Cosméticos, Cristiane Ferreira Fortunatti. Para ela, o uso de cosméticos influencia diretamente na autoestima feminina. “Quando a mulher está bem cuidada, com cabelos bem tratados, unhas benfeitas, uma boa maquiagem, automaticamente, ela se sente mais confiante e muito mais feminina”, diz. Corpo e cabelos são as áreas mais valorizadas pelas mulheres, segundo a farmacêutica e diretora da RTK Indústria, Romy Tokarski Gaya. “Ela está sempre atenta aos lançamentos e às novidades e não deixa de se cuidar, procurando soluções caseiras quando não consegue ou não pode adquirir um produto que deseja. O Brasil é um grande mercado consumidor e a mulher é a maior responsável por isso. Com o aumento do poder aquisitivo nos últimos anos, os gastos com a beleza aumentaram. O segmento em que a brasileira mais gasta é o de cabelos e pele bronzeada, o que reflete no corpo como um todo. A brasileira precisa se sentir bonita e valorizada”, comenta.

CATEGORIAS DE PRODUTOS MAIS VALORIZADAS PELA MULHER • Xampu, condicionadores, leave in, máscaras de tratamento. • Sabonetes líquidos. • Sabonetes íntimos. • Tônicos de limpeza. • Espumas faciais e loções demaquilantes. • Cremes anticelulite. • Géis termorredutores. • Géis esfoliantes. • Esmaltes. • Dermocosméticos. • Tinturas e colorações para cabelos. Fonte: farmacêutica e diretora da RTK Indústria, Romy Tokarski Gaya

E pelo jeito, esse cenário tendo a se manter positivo. Para a psicóloga, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano, Cristiane Moraes Pertusi, o momento cultural com pleno e amplo acesso à mídia faz com que se propaguem com maior velocidade os paradigmas e exigências do modelo de beleza esperado. “Os padrões de modelo de corpo e demais estilos de comportamento relacionam-se a uma época em que “estar de acordo” interfere muito na autoestima dos jovens. É na adolescência que a autoestima e autoconfiança necessitam de aprovação externa do meio social e, portanto, o que é ditado pelo modismo tem tanta influência”, diz. Para ela, a busca pela beleza é positiva como estímulo para o autocuidado, porém não pode se transformar em algo torturador ou que impeça que a pessoa se aceite de maneira natural, com suas características pessoais. A beleza natural da brasileira também é observada pelo mundo e falar sobre este assunto já virou parte da cultura do País. “O corpo, o sorriso e a empatia da brasileira são comentados e almejados no mundo inteiro. Por isso, ela capricha na saúde física, cuida da pele, dos cabelos e das unhas. A imagem é sim um importante cartão de visita na concepção das brasileiras, mas hoje, com a 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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RANKING DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS (HPC) MAIS CONSUMIDOS NA FARMÁCIA • • • • • • • • • •

Fralda descartável infantil. Desodorante. Bronzeador. Tintura e rejuvenescedor para cabelos. Pós-xampu. Xampu. Creme para a pele. Sabonete. Fralda descartável para incontinência. Absorvente higiênico.

Fonte: farmacêutica e diretora da RTK Indústria, Romy Tokarski Gaya

maior acessibilidade à informação, elas estão muito dedicadas a cuidar também da beleza de dentro para fora. Priorizam a saúde e assim têm uma imagem saudável e bonita como consequência. A beleza vinda dos cuidados da saúde física é permanente”, comenta a maquiadora oficial da LUMI Cosméticos, Natália Antunes.

BENEFÍCIOS MÚLTIPLOS Não basta ser creme, precisa ter algo a mais, benefícios extras, ativos diferenciados. Com maior acesso aos produtos de beleza, a mulher também está mais exigente, informada e valoriza cosméticos que tenham mais do que uma textura e perfume agradáveis. Ela quer produtos que realmente deem resultado e, assim, os dermocosméticos passaram a ser uma categoria de desejo para mulheres que querem ou sentem a necessidade de se cuidar de forma diferenciada; com produtos mais específicos para o seu tipo de pele. Os dermocosméticos atuam de forma mais precisa na prevenção e tratamento e, por isto, são mais caros que o simples cosmético. Eles têm um público-alvo um pouco mais maduro”, comenta Romy. Ela ainda destaca que, hoje, as mídias sociais influenciam muito na escolha do produto de beleza. “O que os outros estão usando e o que acham de determinado produto influenciam diretamente na 106

escolha. A televisão ainda representa uma importante influência, mas está perdendo espaço. Além disso, a experiência de compra no ponto de venda (PDV) ainda interfere muito. No local, a especialista consegue mudar a escolha da cliente, introduzir novos produtos na rotina de beleza e, principalmente, surpreender a consumidora. A beleza é associa-

A MULHER BRASILEIRA É UMA DAS QUE MAIS SE PREOCUPA COM A BELEZA NO MUNDO. POR ISSO QUE, CADA VEZ MAIS, AS INDÚSTRIAS LANÇAM NOVIDADES E INVESTEM EM NO PAÍS. SEGUNDO DADOS DA ABIHPEC, A EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO PARA A INDÚSTRIA COSMÉTICA, EM 2014, ERA DE 11,8%, O QUE SIGNIFICA FATURAMENTO DAS EMPRESAS DO SETOR NA CASA DE R$ 42,6 BILHÕES

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da ao glamour, à valorização da mulher. Ela precisa se sentir valorizada pela marca”, diz. O custo-benefício e a adição de vitaminas aos produtos, por exemplo, também são elementos valorizados pela mulher ao escolher marcas e produtos. “As brasileiras procuram por itens com matérias-primas que tragam benefícios para sua saúde física. Por exemplo, maquiagem com filtro solar e xampu e condicionadores com complexos vitamínicos. A fixação e a durabilidade dos produtos também são quesitos importantes para a escolha. Praticidade, em muitas regiões do País, também é um fator fundamental, por exemplo, os produtos com diferentes funções e apelos, como os BB e CC Cream, os Duo Base”, diz Natália. Produtos que não agridam o meio ambiente, não testados em animais, sem sal e parabenos também ganham destaque entre as escolhas do público feminino; nestes casos, a mulher estende estas escolhas à compra de produtos para a família. Outro segmento adorado pelas mulheres é o de esmaltes. Segundo Natália, desde meados de 2005, o mercado voltado para unhas se tornou um verdadeiro sucesso no Brasil. “Caiu mesmo no gosto das 108

brasileiras. As diversificadas cores e texturas são as principais razões para tamanho sucesso. A secagem ficou infinitamente mais rápida e a durabilidade aumentou. A tecnologia trouxe, para a indústria, matérias-primas sofisticadas com uma grande variedade de produtos para tratamento das unhas. O uso de vitaminas nas composições e até mesmo a substituição de corantes pelos orgânicos trouxeram mais saúde para esse mercado”, conta a maquiadora da LUMI Cosméticos. A categoria de higiene íntima é outro cuidado específico e valorizado pelas mulheres. Segundo Cristiane, de Bril Cosméticos, observa-se que cada dia mais o mercado vem investindo em novas tecnologias para os sabonetes íntimos. “É um mercado que cresce muito pela preocupação da mulher com esse cuidado. Mas não podemos deixar de falar de hidratação, nós vivemos em um país tropical, com vários tipos de pele e a grande predominância é a pele seca/ressecada, então a hidratação do corpo e dos cabelos sempre esteve presente como necessidade. Sem contar que são as duas coisas mais aparentes em uma mulher, ou seja, a preocupação é redobrada”, comenta.

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Especial Mulher CONSUMO

Elas gostam de conveniência ATENDIMENTO DIFERENCIADO, FACILIDADE AO ENCONTRAR O QUE PRECISA E RAPIDEZ NA SOLUÇÃO DE COMPRAS SÃO ITENS VALORIZADOS PELA CONSUMIDORA QUE VAI À FARMÁCIA

A

P O R A D R I ANA B R U NO

As mulheres estão cada dia mais exigentes, plugadas e ávidas por novos produtos e informações. Valorizam o custo-benefício e querem aquilo que melhor atender a suas necessidades e de toda a família. As mulheres respondem, segundo a GS&MD – Gouvêa de Souza, por pelo menos 65% do público consumidor do canal farma. Elas frequentam esses estabelecimentos não apenas para a compra de medicamentos, mas também por necessidades específicas, consumo imediato, compra de reposição ou abastecimento regular.

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Segundo o gerente de consultoria, da GS&MD, Marcelo Menta, o consumidor-padrão das farmácias tem como características ser mulher, mãe e ter entre 25 e 50 anos. Segundo Menta, as mulheres vão às compras de farmácia duas vezes ao mês, sendo que a média global é de uma vez e meia ao mês. Além disso, o comportamento dessa shopper muda, dependendo da ocasião de compra. “Uma mesma mulher representa dois tipos de clientes em momentos, obviamente, distintos: a mulher comprando medicamentos (para um filho doente, por exemplo). Nesse caso, o tempo médio de permanência é de 10 minutos aproximadamente e busca o equilíbrio enFOTOS: SHUTTERSTOCK/MILTON GALVANI

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tre qualidade e preço. Uma sugestão de tíquete médio é de cerca de R$ 50,00. A outra situação é a mulher comprando itens de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), neste cenário, o tempo médio de permanência é de 45 minutos, gosta de uma visita guiada por um profissional, sugerindo, por exemplo, produtos específicos para o tipo de pele dessa consumidora, e o tíquete médio sobe, em média, quatro vezes em relação à primeira consumidora”, revela Marcelo Menta. A executiva de marketing da Kantar Worlpanel, Carolina Andrade, destaca que o consumidor que frequenta o canal farma geralmente prefere fazer suas compras sozinho (65% deles vão sozinhos), além do que a cesta que mais se destaca no canal farma é a da higiene e beleza. “O canal farma tem um tíquete médio de R$ 26,25 e o consumidor, quando vai às compras no canal, leva para casa em média dois itens”, diz. Para Carolina, o consumidor está cada vez mais diversificando os canais de compra e buscando maior custo-benefício. “Ele reduz a frequência de compra para equilibrar o orçamento e não quer abandonar as categorias que já conquistou”, comenta. Com a diversificação no mix, os investimentos nas seções de higiene pessoal, beleza, perfumaria e dermocosméticos bem como no atendimento especializado, fazem com que as farmácias se destaquem como canal de necessidades específicas. E para a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin, nesse sentido, a missão foi cumprida.

“A cada dia, o varejo vem buscando segmentar suas lojas considerando qual o tipo/missão de compra que atende. Isso ajuda a melhorar as decisões de sortimento, serviços, comunicação, promoções, entre outros”, diz. Segundo Fátima, no geral, as mulheres ainda têm grande presença nas decisões de compra, mais de 80%, em especial, quando tratamos de HPC, dermocosméticos, entre outros. Mas a presença de homens na ida às compras cresce a cada dia, sendo que, nos grandes centros, nas grandes redes, já somam mais de 30%. Em relação às compras, a farmacêutica membro da comissão de Ética do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) e consultora de varejo, Tatiana Ferrara Barros, afirma que, ao menos uma vez por semana, a maioria das mulheres visita a farmácia e tem buscado produtos de abastecimento e não apenas de urgência. “A farmácia, atualmente, se tornou um local em que os produtos para o mês também podem ser comprados, pois têm preço competitivo comparando-se com outros canais como o supermercado. Então, a farmácia é utilizada tanto para compras de emergência como para as do mês. Além disso, para a mulher, a compra realizada na farmácia tem aspectos diferentes da feita em outros canais. Isso porque ela espera mais agilidade no atendimento, quer encontrar facilmente os produtos. Além disso, na parte de perfumaria, para a mulher, é praticamente um momento de diversão andar pelos corredores e olhar os produtos”, diz Tatiana.

MAIS BUSCADOS

DEZ ATRIBUTOS QUE ATRAEM O SHOPPER AO PONTO DE VENDA 1. Localização. 2. Variedade e sortimento. 3. Relação custo-benefício. 4. Organização. 5. Ambiente. 6. Atendimento. 7. Facilidade de estacionamento. 8. Iluminação. 9. Facilidade de pagamento. 10. Programas de fidelização. Fontes: diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin; gerente de consultoria da GS&MD – Gouvêa de Souza, Marcelo Menta

Uma pesquisa Nielsen, realizada com exclusividade para a Beauty Fair, revelou que além dos medicamentos, as farmácias são destaque em categorias, como depilação, coloração, escova de cabelo, cutelaria e esmaltes, assim como as perfumarias. Maquiagem e dermocosméticos são mais procurados nos catálogos. Produtos elétricos, como secador, prancha, depilador, modelador, etc. são mais comprados nas lojas de departamento. E produtos do dia a dia, como xampu e condicionador, são mais acessados nos supermercados. Outro dado revelado aponta que para a maioria dos produtos, os shoppers tendem a comprar sempre a mesma marca ou variar entre duas ou três. Os produtos que aparecem como mais abertos à experimentação são os esmaltes e escovas de cabelo, e aqueles com o maior nível de fidelidade à marca são depilação e coloração. Ainda segundo dados Nielsen, o shopper costuma man2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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Especial Mulher CONSUMO

O QUE DETERMINA A ESCOLHA DE UMA MARCA OU PRODUTO • Conhecimento prévio sobre a marca. • Conhecimento sobre os benefícios do produto. • Análise de produtos concorrentes. • Preço. Fonte: gerente de consultoria da GS&MD – Gouvêa de Souza, Marcelo Menta

ter um estoque entre uma e três unidades dos produtos de beleza, mas geralmente possui em média de 12 itens de maquiagem e 12 esmaltes diferentes em sua casa.

UM CANAL DE COMPRAS PARA CADA NECESSIDADE Porta a porta, varejo, internet. Cada canal responde a uma necessidade diferente, a uma solução ou a um momento de compras específico. Segundo dados do Painel de Domicílios da Nielsen, 97% dos consumidores compram produtos de higiene e beleza em mais de um tipo de canal; 55%; em três; e 16%, em quatro ou mais canais. “A mulher tem múltiplas tarefas, entre trabalhar e cuidar da casa, o tempo fica cada vez mais escasso. Assim, a possibilidade de simplificar as compras é fundamental. O consumidor atual prefere pequenos supermercados em comparação aos hipermercados. O comércio eletrônico se tornou parte da vida das pessoas, principalmente da mulher, por ser uma alternativa muito prática. A venda direta também oferece grande praticidade para a mulher. Entretanto, esses canais não são necessariamente concorrentes. Os consumidores que utilizam diversos tipos de canais de compra geralmente gastam mais”, comenta Tatiana. Ela ainda destaca que a mulher gosta de estudar os produtos. Assim, locais que não permitam que ela avalie com calma as embalagens e os rótulos acabam afastando este público. “A variedade também é importante para permitir a comparação entre produtos. O ambiente é outro fator que influencia a compra, quanto mais ela se sentir confortável, maior a possibilidade de compra e fidelidade”, diz. Fátima, da Conect Shopper, explica que o canal de supermercados (hiper e super), por exemplo, se des11 2

taca fortemente nas compras de reposição e abastecimento principalmente em categorias de higiene e cuidados pessoais básicos, como itens para banho, hidratação, cabelo, oral care. Já o canal farma, uma vez que atende às necessidades específicas, tem como destaque categorias, como fraldas, tintura para cabelo, cremes e loções diferenciados como os dermocosméticos. Ainda sobre o comportamento de compras, Fátima destaca que existem diferentes tipos de shopper, e cada qual com uma orientação distinta quando o assunto é ir às compras e como decidem o que, onde e como comprar. “Temos um grupo expressivo que busca informações, outros que querem preço/promoção, outros agilidade e rapidez, e um grupo expressivo que busca novidades, experimentações. Hoje, de acordo com estatísticas de mercado, as experimentadoras somam mais de 1/3 das shoppers. Tomam suas decisões orientadas às novidades, aos lançamentos, entre outros.” A farmácia está sempre associada à conveniência, lembra Marcelo Menta, da GS&MD. “Portanto, todos os pontos, que caracterizam uma compra por conveniência, devem ser explorados pelos farmacêuticos, seja por meio de posicionamento de produtos no layout, preços atrativos para produtos âncora, promoções e saber explorar as margens de produtos associados ao cross-selling”, diz. A pesquisa realizada pela Nielsen para a Beauty Fair ainda revelou que os shoppers elegeram a perfumaria como canal com a melhor nota, em média, 8,7 (de 0 a 10) à frente da internet, que teve uma média de 7,9. Minimercado foi o local com menor nota (6,3), logo atrás de salão de beleza (com 7,0), enquanto os outros canais (catálogo, super e hipermercados e lojas de departamentos) tiveram notas intermediárias (entre 7,5 e 7,7), bastante próximas entre si, assim como a farmácia. Ainda segundo a pesquisa Nielsen, as farmácias foram associadas principalmente a conveniência, atendimento e novidades, atributos também bastante associados às perfumarias; o porta a porta também está relacionado ao atendimento e à confiabilidade, assim como os salões de beleza; os supermercados estão mais ligados à variedade; as lojas de departamentos a preços baixos e promoções; a Internet aos produtos específicos.

PONTO DE VENDA DEVE SER ATRATIVO Existe uma série de atributos que levam o shopper a escolher determinado canal ou ponto de venda para realizar suas compras. Entre eles, variedade, sorti-

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Especial Mulher CONSUMO

mento, atendimento, ambiente, preço, e reunir tudo em um único local é uma necessidade estratégica para o sucesso da empresa. Quem quiser estar à frente da concorrência multicanal precisa encontrar formas de conquistar esses 65% de compradoras da farmácia. Carolina Andrade, da Kantar Worlpanel, lembra que as lojas devem sempre oferecer um atendimento amigável e devem estar sempre prontas para ajudar, sendo que os colaboradores devem estar muito bem distribuídos para atender e solucionar possíveis eventualidades que consumidores possam enfrentar, como problemas para encontrar ou identificar o preço do produto, além de dúvidas sobre o item ou marca. “Outro ponto é o layout, os produtos com maior giro devem ser distribuídos de maneira que o consumidor consiga identificá-los rapidamente para que possa otimizar seu tempo na procura por outros itens”, orienta. Para atrair, converter e reter o cliente, o varejo tem de cuidar de cada detalhe. Para Fátima, o mais adequado é organizar as atividades levando em conta cada uma das etapas da jornada de compra do cliente. “O primeiro passo da jornada de compra do shopper nada mais é do que permitir que ele tenha o conhecimento do produto e ou canal de compra/loja. Fazer o consumidor querer, desejar comprar o produto ou marca e ainda querer ir até determinada loja. O segundo passo é desenvolver ações para que o mesmo entre na loja, circule facilmente, pela seção onde o produto e marca de interesse estão adequadamente expostos. A começar pela organização da loja e do layout, permitindo uma passagem fluída e livre, sinalização adequada em que se encontra o que se busca, e exposição eficiente, entre outros”, explica.

PONTOS DE CONTATO À ESCOLHA DE UMA MARCA OU PRODUTO A Nielsen destaca que há vários pontos de contato que levam os shoppers a comprar determinados produtos, entre eles: • Aconselhamento profissional. • Propagandas para produtos capilares. • Demonstração de uso de produtos com destaque para esmaltação. • Revendedoras e catálogos para maquiagem.

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Segundo Fátima, quando o shopper estiver na seção ou corredor onde o produto está exposto, o desafio é envolvê-lo e engajá-lo na compra do produto. “Esse terceiro passo da jornada de compras é de extrema importância para caminhar rumo ao aumento das vendas. Mas antes dele efetuar as compras, é necessário envolvê-lo e isso tem a ver com estabelecer vínculos ou conexões emocionais. Esse envolvimento parte de ações, como o uso de imagens, sons, iluminação diferenciada, aromas, ou seja, estímulos sensoriais que permitem estabelecer fortes vínculos ou, ainda, ações que permitam ao shopper provar o produto em si por meio de degustações, amostras grátis, entre outros, o que tem sido amplamente difundido nos mais variados segmentos”, conta Fátima. “Dar ao shopper a certeza de ‘boa compra’ também é sinônimo de sucesso na busca por envolvê-lo. Um exemplo é a garantia de satisfação ou o dinheiro de volta, amplamente utilizada em diversos setores. A última etapa dessa jornada de compra é quando o shopper coloca o produto na cesta de compra, se dirige ao caixa e sai de lá satisfeito com o resultado de todo o processo. Há ainda que se considerar a experiência pós-compra, quando se fará uso ou consumo dos produtos adquiridos. Todo esse processo somente será possível se indústrias e varejistas trabalharem em conjunto”, complementa.

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OLHOS

Problema ocular SÃO VÁRIOS OS FATORES QUE CAUSAM A SÍNDROME DO OLHO SECO. VISÃO EMBAÇADA, DIFICULDADE PARA FICAR EM LUGARES COM AR-CONDICIONADO OU EM FRENTE AO COMPUTADOR SÃO ALGUNS DOS SINTOMAS MAIS COMUNS POR TASSIA R OCHA 11 6

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Muitos consumidores devem se perguntar qual a função das lágrimas e qual a relação com a Síndrome do Olho Seco. Para orientá-los de forma exata, é importante saber que as lágrimas são produzidas pelo olho o tempo todo, a fim de hidratar a superfície ocular e evitar que esta importante área fique seca, além de proteger da ação de agentes externos, como bactérias e partículas de poeira. Dissolvidas na lágrima, existem inúmeras substâncias, como proteínas, enzimas e eletrólitos que auxiliam na nutrição e na defesa da superfície ocular. De acordo com a oftalmologista e gerente médica da Johnson & Johnson Vision Care, Dra. Wania Freire, o olho seco é uma doença multifatorial da superfície ocular, o que resulta em sintomas, como desconforto, distúrbio visual e instabilidade do filme lacrimal com possíveis danos à superfície ocular. “Existem basicamente dois principais tipos de olho seco: evaporativo e hipossecretor, sendo o mais comum o causado pela evaporação excessiva da lágrima.” Olho seco é mais comum na mulher que toma anticoncepcional, antidepressivo e/ou que está na menopausa, devido às alterações hormonais. Além disso, pode ser frequente nos pacientes com doenças reumáticas, que também, de modo geral, acometem mais as mulheres. O médico consultado pela Allergan, graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Dr. Luiz A. Elia, diz que, entre os sintomas mais comuns para a identificação do olho seco, estão: olhos vermelhos, ardência, irritação, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, olhos embaçados ao fim do dia, dificuldade para ficar em lugares com ar-condicionado ou em frente ao computador. Para a prevenção do olho seco, de acordo com oftalmologistas, o ideal é hidratar os olhos várias vezes ao dia, antes que tenham “sede” ou desidratem, assim como devemos fazer com nosso organismo, por meio da ingestão frequente de água. A oftalmologista consultada pela Alcon, professora adjunta da Santa Casa de São Paulo,

COMPOSIÇÃO DA LÁGRIMA O filme lacrimal é composto por três camadas: lipídica, aquosa e mucina. • A camada lipídica é produzida pelas glândulas Meibomianas, Moll e Zeis, tem a função de retardar a evaporação do componente aquoso do filme lacrimal. • A camada aquosa é reproduzida na glândula lacrimal, e sua função é a de transportar enzimas, oxigênio e proteínas, além de eliminar corpos estranhos. • A camada mucina aumenta a aderência da fase aquosa na córnea e permite que o epitélio corneano permaneça umedecido. Fonte: consultora Vision Care da Bausch+Lomb, Viviane Nishida

Dra. Maria Cristina Nishiwaki Dantas, informa que não há como prevenir o olho seco associado à doença reumática. “É mais comum nas mulheres que tomam anticoncepcionais, entretanto, deve-se avaliar o custo-benefício de se suspender o uso de anticoncepcional. Da mesma forma ocorre com os antidepressivos. Acreditava-se que o tratamento hormonal da menopausa diminuiria a possibilidade de olho seco, entretanto, os estudos têm demonstrado o oposto. Os casos mais graves de olho seco também podem estar associados a doenças graves, como Síndrome de Stevens Johnson, penfigoide ocular, artrite reumatoide ou após queimaduras oculares graves, principalmente com soluções alcalinas.” A Dra. Maria Cristina informa que o tratamento deve ser feito de três formas: • Mantendo a pouca quantidade de lágrima que o paciente tem ou evitando a sua rápida evaporação. Podem ser colocados “plugs” nos canais lacrimais, para evitar a drenagem e saída da lágrima. Podem ser colocados umidificadores de ambiente, principalmente para quem trabalha com ar-condicionado que resseca o ambiente. • Estimulando a produção de lágrima com colírios anti-inflamatórios ou com medicações tópicas ou orais e até mesmo orientando ingestão de cápsulas de ômega 3. 2015 FEVEREIRO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

OLHOS

• Repondo a lágrima com colírios lubrificantes ou de lágrima artificial. Os colírios de lágrima artificial ou lubrificantes oculares têm a função principal de reposição da lágrima. “Em geral, apresentam composições derivadas de carboximetilcelulose ou ácido polivinílico que apresentam carga negativa e se aderem à parte proteica natural da córnea e se misturam à camada aquosa da lágrima, tornando o seu efeito mais persistente. Alguns apresentam também o glicerol que protege osmoticamente as células epiteliais. Carregam, em pequenas quantidades, lípides, tais como o óleo de rícino (derivado da mamona) para mimetizar a primeira camada lipídica do filme lacrimal natural”, afirma o oftalmologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Adriano Biondi. Muito importante orientar o consumidor, no momento da compra, sobre os produtos não requererem cuidados especiais, como refrigeração, mas devem-se tomar os devidos cuidados para evitar contaminação após a abertura do frasco. Além de salientar que o shopper faça o uso regular e diário do colírio ao invés de utilizar apenas quando surgirem os sintomas de ressecamento.

O CONSUMIDOR PRECISA SABER Embora sejam muitos os usuários de lentes de contato e produtos de higienização, os consumidores desta categoria precisam receber mais orientação no momento da compra. São muitas dúvidas de como usar cada item, por isso, o profissional de farmácia precisa estar preparado. As lentes de contato são um importante recurso ótico para a correção das diversas ametropias (miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia ou vista cansada). Podem ser produzidas com diversos materiais, o que acaba diferenciando a qualidade de visão e conforto proporcionados. Têm também função terapêutica no tratamento de algumas doenças oculares e pós-procedimentos cirúrgicos. Existem ainda as lentes cosméticas, que mudam a cor dos olhos com naturalidade. Cada consumidor necessita de produtos distintos, por isso, é importante lembrá-los das consultas periódicas ao oftalmologista para que seja receitado o tratamento ideal. Evitar a automedicação, pois quadros brandos de irritação ocular podem indicar processos 11 8

OLHO SECO É MAIS COMUM NA MULHER QUE TOMA ANTICONCEPCIONAL, ANTIDEPRESSIVO E/OU QUE ESTÁ NA MENOPAUSA, DEVIDO ÀS ALTERAÇÕES HORMONAIS. ALÉM DISSO, PODE SER FREQUENTE NOS PACIENTES COM DOENÇAS REUMÁTICAS, QUE TAMBÉM, DE MODO GERAL, ACOMETEM MAIS AS MULHERES inflamatórios mais severos e agressivos. As formulações disponíveis comercialmente são seguras, desde que utilizadas dentro dos padrões recomendados. Por terem uma íntima relação com os olhos, as lentes de contato devem estar sempre limpas e intactas (livres de rasgos, sujeiras, corpos estranhos). Para isso, é importante que se respeite o tempo correto de descarte de cada lente e os cuidados diários com desinfecção e limpeza, caso as lentes sejam guardadas. Os usuários de lentes de contato devem ter uma atenção maior no cuidado com o olho seco. As lentes de contato têm evoluído bastante nos últimos anos em termos de novos materiais e esquemas de descartes mais frequentes que permitem uma melhor interação delas com os olhos. É importante saber a causa e a severidade da doença para definir quando e como as lentes de contato podem ser usadas. Oriente o consumidor a: • Evitar dormir com as lentes de contato. • Usar colírios que sejam compatíveis com o uso de lentes de contato. • Sempre lavar bem as mãos antes de aplicar os colírios e antes de manipular as lentes de contato. • Evitar encostar a ponta do frasco do colírio na superfície ocular. • Ficar atento aos prazos de validade dos colírios e das lentes de contato.

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DOR

Alerta do organismo A SENSAÇÃO DESCONFORTÁVEL PROVOCADA PELA DOR FAZ COM QUE AS PESSOAS BUSQUEM ALTERNATIVAS DE CONTROLE RÁPIDO E EFICAZ. AS DE CABEÇA, COSTAS E MUSCULARES SÃO AS MAIS RECORRENTES ENTRE A POPULAÇÃO BRASILEIRA

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POR FLÁV I A CORBÓ, LÍGIA FAVORETTO E V IVIAN L OURENÇO

Todos os brasileiros já sentiram pelo menos uma vez na vida algum tipo de dor. Há aqueles que convivem com a dor diariamente, os que a sentem mensalmente e aqueles que são submetidos à dor quando expostos a um fator externo. Muitas pessoas acreditam que sentir dor seja algo normal e convivem com ela por muito tempo, tendo sua qualidade de vida prejudicada. É importante lembrar que a dor é um sinal de que algo no organismo não vai bem, sendo assim, é essencial ser investigada. “Dor é uma sensação desagradável, que se associa a uma emoção ruim, aliada a uma imagem simbólica de algo indesejável. São três dimensões”, explica o professor titular da disciplina de Neurocirurgia do Departamento de Neurologia

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da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Dr. Manoel Jacobsen. Ainda assim, a dor é necessária. “Sem dor, o indivíduo não conseguiria sobreviver. A dor serve como um alerta”. O diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Dr. Alexandre Annes, compartilha da mesma opinião, segundo ele, nem sempre a dor é uma inimiga. Sentir e perceber a sensação dolorosa é algo normal e necessário. “Precisamos ter esse tipo de sensação, para percebermos quando algo está ‘fora do equilíbrio’ em nosso corpo e procurarmos algum auxílio. Nessa situação, a dor tem uma função de alertar.” Devem-se levar em consideração diversos aspectos do indivíduo para entender a sua dor. De forma mais didática, dentro de uma visão fisiopatológica, ela pode ser classificada em: inflamatória (relacionada a um FOTOS: SHUTTERSTOCK

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Princípio(s) Ativo(s): cafeína, dipirona sódica e mucato de isometepteno. Indicações: como analgésico e antiespasmódico. Registro MS 1.5584.0380. Janeiro/2015. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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ESPECIAL SAÚDE

DOR

DIFERENÇAS ENTRE FÁRMACOS Ibuprofeno: utilizado para alívio das dores leves a moderadas. Sua ação se inicia de 10 a 30 minutos após a administração e possui duração de seis a oito horas. Ácido acetilsalicílico: proporciona o alívio sintomático de dores de intensidade leve à moderada, e de febre nos resfriados e gripe. Sua ação inicia-se 20 minutos após ser ingerido e tem duração de seis horas. Devido às complicações gastrointestinais frequentes, sua utilização tem sido cada vez menor. É contraindicado em caso de suspeita de dengue ou em uso de outros anticoagulantes, já que ele inibe a agregação plaquetária e pode levar à hemorragia. Interfere diretamente na mucosa gástrica, impedindo a produção da prostaglandina, que protege a mucosa do tubo digestivo. Dipirona sódica: tem ação analgésica para alívio de dores leves a moderadas sendo também indicada para febres. A ação analgésica dura em média seis a oito horas e tem início após 20 a 30 minutos da administração do medicamento. Paracetamol: promove o alívio de dores leves a moderadas, mas não possui ação antiinflamatória significativa. O analgésico tem duração de seis a oito horas. Os pacientes que utilizam de forma exagerada álcool ou que sejam portadores de doenças hepáticas agudas ou crônicas devem ter cautela em sua utilização. Além disso, é comum esse princípio ativo estar presente na fórmula de outros medicamentos, como antigripais, por exemplo. Fonte: reumatologista membro da comissão de dor e reumatologia de parte moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Dr. Roberto Heymann

quadro de inflamação), neuropática (associada a uma alteração no nervo) ou a disfuncional (refere-se a uma doença em que o paciente sente dor sem que apresente alguma lesão tecidual aparente, denotando um problema no funcionamento cerebral). 122

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A DOR EM NÚMEROS Em uma pesquisa realizada pela Mundipharma com 801 pessoas em 11 capitais das cinco regiões brasileiras, descobriu-se que a maior queixa do brasileiro é em relação às dores de cabeça, que afligem pouco mais de 80% dos entrevistados. Na sequência, as dores nas costas e em membros inferiores foram cotadas por quase 50% dos participantes e, logo em seguida, com 40%, aparecem as dores musculares. Condição social e a prática de atividade física também parecem ser fatores importantes. Apenas 20% das pessoas ativas declararam estar sentindo dor, enquanto 31% dos membros da classe D/E se queixaram de alguma dor. Entre os entrevistados, 11% têm dores contínuas, sem que seja possível citar uma causa específica. Mais uma vez, as mulheres largaram na frente. Cerca de 13% delas afirmam sofrerem com dores crônicas, contra 9% dos homens. Apesar delas sentirem mais dores, são eles que reclamam mais que a rotina diária é atrapalhada quando o corpo manifesta algum sinal desconfortável – 80% de homens contra 75% de mulheres. Entre as áreas mais prejudicadas, estão o humor e a disposição, o desempenho e a disposição para o lazer. Muitas vezes, a dor é tamanha que 60% dos entrevistados afirmam que já deixaram de participar de alguma atividade social ou no trabalho.

DOR MENSAL A dor também foi tema de um estudo encomendado pelo laboratório Sanofi ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), mas, desta vez, com foco

DOR CRÔNICA X DOR AGUDA O que muitos pacientes com dores não sabem é que existem diferentes tipos de dor. A dor aguda é recente e serve como sinal de alerta e se torna muito importante para o quadro clínico. Já a dor crônica é aquela que persiste por mais de seis meses; a aguda pode ser controlada e a crônica ainda é um desafio, já que o tratamento é totalmente diferente; ela é física e emocional e afeta por volta de 20% a 30% da população brasileira.

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ESPECIAL SAÚDE

DOR

AS CINCO DORES MAIS COMUNS Dores de cabeça

Dores nas costas

Dores nas pernas ou nos pés

Dores musculares Dores abdominais

81% 46% 43% 40% 26% Fonte: Mundipharma

no sexo feminino. Para isso, foram entrevistadas mil mulheres de 16 a 40 anos, moradoras das cinco regiões brasileiras. De acordo com os dados obtidos, a cólica menstrual é a principal causa de dor entre as mulheres (76%), seguida de perto pela dor de cabeça (75%). Em relação às cólicas, 66% das entrevistas afirmam sentir dores todos os meses, sendo que 15% sentem dores extremamente fortes e 46%, fortes. O quadro, frequentemente, é acompanhado por outros incômodos, como dores de cabeça, dores nas costas e no corpo em geral. Quando se fala especificamente da dor de cabeça, 32% das mulheres afirmam sentir mais de uma vez por semana e 24%, pelo menos uma vez por semana. A intensidade da dor é forte para 40% das entrevistadas. A convivência com a dor é tão próxima que, para 23% das mulheres, ela é um incômodo que faz parte do universo feminino e que se deve aprender a conviver com a mesma. Mais de 40% delas esperam a dor atingir um nível insuportável para tomar um medicamento. Outras esperam sentir a dor por cerca de meia-hora, mesmo que em intensidade moderada ou baixa, para se medicarem. Uma vez medicadas, o efeito mais desejado pelas brasileiras (86%) é o alívio imediato.

COMO TRATAR? Tão importante quanto o diagnóstico correto é lançar mão dos recursos apropriados para controlar a dor. 124

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Toda dor tem tratamento e pode ser atenuada, mas nem todas as dores são curáveis. O importante é que o paciente seja assistido por um profissional que contemple um programa multidisciplinar que se adapte da maneira mais eficiente possível para o seu caso e lhe permita mais qualidade de vida. O que todos os pacientes esperam é o alívio imediato e eficaz, sem reincidência do problema. Isso justifica o grande consumo de analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios, que, em geral, integram a classe dos AINES (anti-inflamatórios não hormonais) e são voltados para o alívio das dores tensionais. Os principais analgésicos isentos de prescrição comercializados no mercado brasileiro são ibuprofeno, paracetamol, ácido acetilsalicílico e dipirona. A atenção farmacêutica prestada em farmácias e drogarias tem grande importância no tratamento, já que, normalmente, a maioria dos pacientes compra os medicamentos por livre escolha. Cabe ao profissional assegurar-se do que o paciente já fez uso, para verificar que não tenha tido nenhum efeito adverso importante. O Conselho Regional de Farmácia, do Estado de São Paulo (CRF-SP), recomenda que o farmacêutico pergunte o motivo da compra, há quanto tempo o paciente sente a dor, se tem outros problemas de saúde, para com isto identificar se é cabível a indicação de um Medicamento Isento de Prescrição (MIP).

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COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES

Inimigos silenciosos SEM APRESENTAR SINTOMAS, COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES ALTERADOS REPRESENTAM RISCOS À SAÚDE E PRECISAM SER MONITORADOS DE PERTO POR FLÁVIA CORBÓ 126

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Ter tempo para fazer uma refeição tranquila, sentado à mesa e com o prato repleto de alimentos frescos é cada vez mais raro hoje em dia. Com diversas tarefas acumuladas, muitas vezes se dá preferência para comidas industrializadas, que são ingeridas enquanto se faz outra atividade em frente ao computador ou à televisão. O tempo de lazer também está comprometido. As atividades físicas acabam ficando em último lugar na lista de prioridades. Esse comportamento típico do homem moderno está causando sérias consequências à saúde. Atualmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. “Quando olhamos os níveis de colesterol em populações primitivas (índios, esquimós, aldeias na África), que têm pouco ou nenhum contato com alimentos industrializados, vemos que nelas os níveis de colesterol são extremamente baixos, assim como é a incidência das doenças cardiovasculares”, revela o endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Dr. Rodrigo Moreira. Alguns dos vilões que se fortalecem diante dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo são o colesterol e os triglicérides. Esses dois tipos de gordura são necessários para a realização de algumas funções no organismo, como produção de hormônios até a constituição das membranas das células, mas os maus hábitos fazem com que eles se tornem vilões perigosos. Em um organismo saudável, as gorduras são carregadas pelo corpo por meio de lipoproteínas, como LDL, HDL, LHL, para que possam cumprir suas funções originais. No entanto, o consumo em excesso de alimentos gordurosos e a falta da prática de exercícios provocam um acúmulo de gordura dentro das lipoproteínas que circulam pelo sangue. O problema se inicia quando elas param de circular e passam a se acumular nas artérias. “Principalmente o colesterol ruim (LDL) que, por ser uma molécula pequena, consegue penetrar na parede das artérias, se acumula e sofre modificações lá dentro. Algumas células inflamatórias engolem essas lipoproteínas e ficam cheias de gorduras, formando uma placa”, explica a diretora do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dra. Viviane Zorzanelli Rocha Giraldez.

Por essa capacidade, o LDL colesterol é o principal responsável pelas doenças cardiovasculares no mundo (principalmente o Infarto Agudo do Miocárdio). De acordo com o Dr. Moreira, as principais artérias acometidas são as coronárias e seus ramos, o que leva à angina pectoris e ao Infarto Agudo do Miocárdio, e as coronárias, o que leva à isquemia cerebral transitória e ao Acidente Vascular Cerebral. Ainda que não tão mencionado, o LDL (triglicérides) em nível alterado também serve como um sinal de perigo. Além de ativar algumas vias inflamatórias que podem acentuar a formação das placas, os triglicérides altos, normalmente, coexistem com vários outros fatores prejudiciais à saúde. “Na maioria das vezes, quem tem essa taxa elevada está com o peso aumentado, diabetes, colesterol bom em nível baixo. Então, é difícil de dizer se os triglicérides são

QUAL O NÍVEL IDEAL DE COLESTEROL? Não existe um nível adequado de colesterol que possa ser aplicado para todas as pessoas. Cada indivíduo tem um “alvo” desejado para o LDL colesterol. Pessoas com história prévia de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), angina, entre outros, devem ter níveis de LDL colesterol muito baixos (abaixo de 70 mg/dL). Já indivíduos jovens e saudáveis podem ter níveis de LDL entre 100 mg/dL e 130 mg/dL. Apenas o médico tem a capacidade de determinar quais os níveis adequados de colesterol para cada indivíduo, levando em conta vários fatores, como: tabagismo, pressão arterial (controlada ou não controlada), níveis de colesterol e até mesmo o histórico familiar. Após definir qual o nível de LDL para o paciente, o médico decidirá qual a estatina e qual dose utilizar. “É importante ressaltar que estamos vivendo um momento em que cada vez mais pacientes são tratados com doses mais elevadas de estatinas, já que quanto maior a dose, maior a redução do LDL e maior a redução dos eventos cardiovasculares”, lembra o endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Dr. Rodrigo Moreira.

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ESPECIAL SAÚDE

COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES

CONHEÇA AS PRINCIPAIS PARTÍCULAS QUE SÃO ENCONTRADAS NO SANGUE: • O LDL colesterol é uma molécula pequena, com uma enorme quantidade de colesterol e pouca quantidade de triglicérides. É a molécula mais perigosa que temos, já que ela se deposita na parede dos vasos e causa a aterosclerose. • O VLVL colesterol é uma molécula grande, que contém muito mais triglicérides do que colesterol. É uma molécula que também causa aterosclerose, mas que é menos importante que o LDL colesterol. • O HDL colesterol é uma molécula pequena, porém chamada de “Colesterol Bom”. Ela tem a função de retirar o colesterol que se acumula na parede dos vasos e levar de volta para o fígado. Níveis elevados desta molécula são protetores. • O Colesterol Total é a junção dessas três partículas (HDL + LDL + VLDL).

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os maiores culpados pelo mau funcionamento do organismo. Sabemos que é ruim o LDL em nível alterado, mas como vem acompanhado de outras doenças, não sabemos se é a real fonte dos problemas”, explica a Dra. Viviane.

DIAGNÓSTICO E SINTOMAS Vale lembrar que fatores genéticos também podem ser responsáveis por níveis altos de colesterol e triglicérides, não somente maus hábitos. Seja qual for a fonte do problema, o grande perigo está na falta de sintomas que estes problemas apresentam, o que dificulta

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COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES

TRATAMENTO POSSÍVEL Um estilo de vida saudável é o principal pilar para o tratamento das dislipidemias (doenças no metabolismo 130

do colesterol). A primeira etapa do tratamento envolve a mudança da alimentação e a prática de exercício físico, uma das terapias mais efetivas para o aumento dos níveis do HDL colesterol (o colesterol bom). A dieta deve ser baseada em uma redução da ingestão das chamadas gorduras saturadas e gorduras trans, estimulando o consumo de gorduras poli-insaturadas, como azeite, amêndoas, castanhas. Essa gordura boa tem mecanismos anti-inflamatórios, antioxidativos e dificulta a formação das placas. Já para a redução dos triglicérides, a perda de peso tem grande benefício. Recomenda-se também a diminuição de ingestão do carboidrato em geral, encontrado nos doces, pão, macarrão, arroz. Além da mudança de estilo de vida, os medicamentos muitas vezes representam uma etapa importante na redução dos níveis do LDL colesterol. As chamadas estatinas promovem uma redução entre 30% e 60% nos níveis do LDL colesterol (dependendo do tipo e da dose utilizada), por meio da inibição de uma enzima chamada HMGCOA, necessária para síntese do colesterol no fígado. Sem a síntese, o fígado aumenta a expressão de receptores para captar mais colesterol da circulação, diminuindo a presença dessas moléculas no sangue. Apesar de atuar diretamente no fígado, a Dra. Viviane garante que as estatinas não causam danos ao órgão. “O medicamento atua no órgão, mas não promove acúmulo de gordura no fígado. É raro ter algum efeito. É lenda. Os problemas mais comuns com o uso desses medicamentos são sintomas musculares, como dor e cansaço.” E além de combaterem o colesterol ruim, as estatinas comprovadamente reduzem o risco de infarto, AVC e morte cardiovascular. Entretanto, elas não devem ser utilizadas para todas as pessoas. A prescrição envolve, primeiro, a identificação do grupo de risco do paciente. Depois de prescrito, o farmacêutico pode auxiliar na adesão ao tratamento, assim como na recomendação de boa alimentação e prática de exercícios. “Alguns pacientes têm muito dificuldade de adesão e isto é muito ruim. O contato mais direto do farmacêutico pode ser muito benéfico”, finaliza.

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o diagnóstico. Somente em alguns casos de hipercolesteremia familiar (colesterol alto de origem genética), pode-se notar acúmulo de gordura na pele. Em geral, a única maneira de identificar a doença é por meio de exames periódicos de sangue. “Na maioria dos pacientes, o aparecimento dos sintomas já está relacionado à presença de aterosclerose, como a angina pectoris ou a isquemia cerebral transitória. Isto é, quando os sintomas aparecem, normalmente, a doença aterosclerótica já se encontra em estágio avançado”, alerta o Dr. Moreira. A situação ainda é agravada pela falta de conhecimento ou consciência da população. Apesar do tema colesterol ser amplamente abordado na mídia, há ainda quem desconheça a gravidade da doença. “É muito difícil prescrevermos uma terapia (dieta + exercício + medicação) para uma pessoa que não sente nada e cujo tratamento visa reduzir um possível risco de doença nos próximos 10 a 20 anos. É muito comum o paciente realizar o tratamento, principalmente o uso da medicação, por um período limitado de tempo e depois simplesmente interromper por conta própria.” A falta de controle do colesterol é uma das principais causas do surgimento de doenças vasculares, como angina, infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, numa menor escala, problemas vasculares periféricos, principalmente quando o paciente é fumante. As consequências dos triglicérides são um pouco menos definidas, mas já é sabido que têm relação com doenças, como pancreatite aguda, que pode ter seu risco aumentado. Para que não chegue a esse nível, é importante que as pessoas façam um check-up anual, principalmente no caso dos hipertensos, fumantes e diabéticos. Entre os pacientes que já tomam medicação contra o colesterol, o monitoramento deve ser feito com mais frequência, pelo menos duas vezes ano. Já aqueles que não apresentam doenças prévias nem propensão genética podem espaçar os exames. A recomendação é a mesma para as mulheres, pois hoje as doenças cardiovasculares também são a principal causa de morte delas. “As últimas recomendações para tratamento da dislipidemia foram modificadas de modo a que mais pacientes do sexo feminino recebam estatinas para a prevenção destas doenças”, conta o Dr. Moreira.

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O verão, de modo geral, combina com o período de férias e calor intenso, incentivando a permanência em praias e piscinas por muito mais tempo. E para aliviar a sensação desagradável de suor, a quantidade de banhos também

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aumenta. A princípio, essa é uma ‘fórmula’ positiva e aguardada por muitos, mas ela requer alguns cuidados, com destaque para os cabelos. “Esses hábitos ressecam o couro cabeludo, aumentam a incidência de pontas duplas e deixam os cabeFOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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los mais armados. Em alguns casos, aumenta-se, também, a queda”, resume o dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Abdo Salomão. A água das piscinas, por exemplo, traz ação bastante nociva aos fios, devido à grande concentração de cloro e outros agentes conservantes. Outro vilão é o vento, que apesar de trazer um refresco para os dias quentes de praia, resseca o couro cabeludo, além de forçar a manutenção dos cabelos presos, favorecendo a queda. Somados a esses prejuízos, o excesso de banhos também pode ressecá-los. E, dependo dos hábitos, o uso da chapinhas e secadores pode de tornar mais frequente, culminando em mais danos. “Juntos, todos esses fatores aumentam a necessidade de cuidados com o cabelo nesta estação do ano”, comenta o médico. Mas, felizmente, existem diversas formas de prevenção aos prejuízos que podem ocorrer com os cabelos no verão. A gerente de produto da categoria de tratamento de Niely, Vanessa Kreischer, lembra que os cuidados já começam pelo uso de xampu e condicionador. “O xampu retira as impurezas dos fios, como poluição, cloro e sal, e o condicionador elimina o efeito estático, alinhando as escamas e ajudando no desembaraço”, explica, acrescentando que os produtos sem enxágue, como cremes para pentear e silicones, são peças-chave nessa empreitada. “Esses produtos podem ser usados diariamente, principalmente em cabelos mais ressecados e danificados”, avisa. Outra dica é a preferência por produtos para tratamento e lavagem dos fios que contenham Fator de Proteção Solar (FPS), especialmente entre aqueles que possuem cabelos mais claros. “Da mesma forma que a pele clara apresenta menos melanina e, portanto, menos proteção, o mesmo ocorre com os cabelos”, esclarece o Dr. Salomão. O ideal, assim, é aplicar produtos sem enxágue com filtro ultravioleta (UV) antes da exposição ao sol, conforme orienta Vanessa. “Sempre após banho de mar ou piscina, é importante enxaguar os cabelos com água doce e reaplicá-los”, avisa. A hidratação periódica dos fios é igualmente importante. “Assim como o corpo pede água e nutrientes, os fios também e, no verão, a atenção deve ser redobrada. Dessa forma, a hidratação deve ser feita, no mínimo, uma vez por semana”, orienta a técnica da Embelleze, Danielle Nascimento. Uma vez com os danos do verão instaurados nos fios, que podem ganhar textura áspera, ressecada, 134

descolorida e sem brilho, há algumas formas de reverter esse quadro. Afinal, a indústria desenvolve fórmulas cada vez mais avançadas que podem auxiliar a sanar esses prejuízos. “A fórmula dos cremes e sprays para pentear de Keraforce, de Seda, têm filtro UV e uma tecnologia condicionante que cuida do cabelo, facilita o penteado e ajuda a deixar o cabelo arrumado e com brilho”, exemplifica o gerente de marketing de Seda e Dove, Diego Guareschi. Vanessa reforça o potencial dos produtos sem enxágue, como cremes para pentear e silicones, não só na prevenção como na reparação dos danos. Ela afirma, ainda, que para potencializar o tratamento dos fios nesta estação, deve-se usar o creme de hidratação após o condicionador. “O ideal é o uso entre uma e duas vezes por semana, ou de acordo com a necessidade de cada cabelo”, aconselha.

MAIS VISIBILIDADE NO PDV Para aproveitar a oportunidade que vem com o aumento da demanda da linha de cuidados para os fios no verão, é fundamental que as farmácias desenvolvam um trabalho especial com a categoria neste período. E o primeiro passo é garantir que a loja tenha um mix completo, contemplando, além de xampus e condicionadores, cremes de tratamento e para pentear, finali-

DICAS PARA QUE AS CLIENTES PREVINAM DANOS • Tentar não aumentar o número de lavagens dos cabelos no verão. • Usar condicionadores livres de enxágue, principalmente após praia e piscina. • Usar produtos com Fator de Proteção Solar (FPS) para couro cabeludo diariamente. • Após praia ou piscina, não dormir sem lavar e cuidar dos cabelos. • Lembrar que condicionadores foram feitos para as pontas e os xampus, para as raízes dos fios. • Usar produtos dermatológicos por via oral para aumentar a oferta de queratina e nutrientes para o cabelo. Fonte: dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Abdo Salomão

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ALGUNS PRINCÍPIOS ATIVOS COM AÇÃO PROTETORA E RESTAURADORA SILICONES: atuam no fio formando um filme protetor que diminui as pontas duplas e auxilia na reparação de pontas partidas. Conferem sensoriais sedosos e macios aos cabelos, além de brilho extremo. PANTENOL: provitamina B5 que atua como condicionador, facilitando a penteabilidade dos fios. Promove hidratação prolongada, pois auxilia na retenção de umidade. CERAMIDAS: aumentam a emoliência e restauram o fio, proporcionando hidratação, brilho e maciez. ÔMEGA 6,7 E 9: recuperam fios ressecados e desidratados. ELASTINA: melhora a elasticidade e tem poder hidratante, tornando os cabelos mais resistentes e menos quebradiços. ALOE VERA: a seiva dessas folhas é rica em minerais e aminoácidos que conferem propriedades hidratante, umectante, emoliente, condicionante, refrescante e calmante. Melhora a textura e reduz o volume dos cabelos. CETOCONAZOL E SULFETO DE SELÊNIO: ajudam em quadros de descamação e oleosidade da raiz. BIOMINERAIS (COMPLEXOS FORMADOS POR MAGNÉSIO, COBRE, ZINCO, FERRO E SILÍCIO): retêm a umidade e promovem maciez. POLIQUARTERNIO 22: é especialmente indicado para cabelos tingidos e tonalizados, por sua ação restauradora nas cutículas dos fios. VITAMINA C: especialmente em fumantes, seu uso oral (500 mg/dia) reduz o estresse oxidativo dos cabelos e da pele. Fonte: dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Abdo Salomão

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O FIM DO EFEITO FRIZZ Outro dano esperado pela ação combinada de água do mar, piscina, sol e vento é o efeito frizz, gerador de inúmeras reclamações entre as mulheres. Para evitar esse problema, segundo explica a gerente de produto da categoria de tratamento de Niely, Vanessa Kreischer, as cutículas precisam ser seladas. “Esse processo é feito com o uso de produtos com alto potencial de hidratação e reposição de proteínas e ácidos graxos, como a queratina líquida e os cremes de tratamento. Deve-se também aliar ao uso desses produtos os silicones, que podem ser aplicados diversas vezes ao dia em pequenas quantidades, ajudando a lubrificar a fibra capilar e a restaurar a cutícula”, afirma, acrescentando que os silicones formam um filme ao redor dos fios, protegendo-os contra a ação dos agentes externos. O dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Abdo Salomão, afirma, ainda, que para ajudar a reduzir o frizz, deve-se aliar o uso de cremes hidratantes e condicionadores livres de enxágue. “A quinoa, que é uma excelente fonte de vitamina E, tem forte ação reestruturante e hidratante, que também pode ajudar”, acrescenta o médico.

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Full Repair Hydrate + Rescue Deep Conditioner John Frieda: é um ótimo tratamento para cabelos ressecados e sensibilizados por agressões externas, pois proporciona condicionamento intenso e reestruturação.

Linha Seda Óleo Hidratação: combina as propriedades de hidratação e nutrição dos óleos de argan e amêndoas em uma fórmula leve, que proporciona maciez e brilho aos fios, sem sensação de cabelos pesados.

Linha Seda Clima Resist: fórmula combinada de dois ingredientes – Acqua-Resistant e filtro UV – que ajudam a proteger os fios dos efeitos causados pelo meio ambiente.

Linha Dove Óleo Nutrição: desenvolvida para cabelos danificados, secos, ásperos e com frizz, fórmula associa óleos naturais e finos (argan, amêndoas e coco), além de um óleo mineral especial, de menor peso molecular.

Linha TRESemmé Oil Radiante: o Óleo Elixir, que faz parte da linha, traz formulação à base dos óleos de macadâmia, babaçu e semente de uva, gerando brilho dos fios, controlando o frizz, dando maciez e acabamento sedoso ao cabelo.

zadores e silicones. Depois disso, a próxima etapa é garantir a visibilidade da categoria no ponto de venda. “Durante o verão, recomendamos deixar produtos, como sprays e cremes para pentear, expostos na gôndola, evitando a disposição destes artigos em lugares confinados. E itens que acabam de ser lançados devem sempre ocupar um lugar de destaque no ponto de venda (PDV)”, sugere Diego, de Seda e Dove. Para facilitar o momento da compra, Diego indica que sempre haja uma separação clara entre os produtos em universo masculino e feminino. Ele também recomenda que os aplicadores de maior lucratividade 138

Linha Reconstrução Profunda, de Niely Gold: conta com produtos que auxiliam na reconstrução da fibra capilar, reduzindo pontas duplas e deixando os cabelos totalmente saudáveis.

Novex Meus Cachos, de Embelleze: conta com um mix de sete azeites multifuncionais (oliva, argan, ojon, monoi, coco, karité e moringa) que atuam como um memorizador de cachos, auxiliando na manutenção dos fios ao longo do dia.

abram o fluxo e que os geradores de tráfego sejam posicionados na parte inferior ao longo da gôndola. “Com esse modelo, a gôndola fica mais organizada e atrativa, proporcionando um momento de compra mais prazeroso e efetivo para o shopper e também mais lucrativo para o varejista”, sinaliza. Para finalizar, sempre que possível, é importante disponibilizar uma demonstradora no PDV. “Essa profissional deve estar treinada e capacitada para esclarecer todas as dúvidas das consumidoras e dar dicas de cuidados e produtos específicos para a estação”, aconselha Vanessa, da Niely.

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dos a um nicho de consumidores dispostos a pagar por produtos de qualidade”, analisa. Segundo estimativas do IMS Health, fornecidas pelo diretor comercial da Nano Labs, Bruno Menin, a categoria movimentou cerca de R$ 70 milhões em 2012 no País. “Empresas especializadas apontam que esse é um mercado com uma perspectiva de crescimento muito elevada para os próximos anos”, aposta. FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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Esses valores refletem os avanços da categoria, que proporciona muitos benefícios, seja pela redução de carências nutricionais ou estímulos às funções da pele capazes de restaurar a beleza do corpo e do rosto. E, entre as diversas versões disponíveis que os nutricosméticos podem trazer, algumas ganham destaque, como aquelas com a finalidade de ajudar na conquista do bronzeado. Afinal, chegar à cor do verão não é tarefa fácil, especialmente para aqueles com pele mais clara. A radiação ultravioleta (UV) leva à formação de radicais livres, causando danos oxidativos que afetam a pele e levam ao aparecimento de rugas, manchas e perda de elasticidade. Assim, sem cuidados, o excesso de sol pode levar ao envelhecimento precoce e, em casos extremos, a doenças graves, como o câncer de pele. Nesse sentido, os nutricosméticos oferecem uma solução bastante atraente e segura. Em forma de cápsulas, esses produtos chegam com a finalidade de complementar a ação dos fotoprotetores tópicos, oferecendo ação antioxidante, combate aos radicais livres, evitando queimaduras solares e contribuindo para a tonalidade bronzeada da pele, sem que a vermelhidão ocorra. Somandos aos nutricosméticos, também existem os nutricomplexos que, em forma de sucos, auxiliam a trazer a cor esperada.

OS PRINCIPAIS ATIVOS O ativo mais utilizado nos nutricosméticos com essa finalidade é o betacaroteno, carotenoide encontrado principalmente nas frutas e vegetais alaranjados. “O betacaroteno tem como função potencializar a formação de melanina, pigmento responsável pela coloração da pele”, afirma Menin. O químico responsável pela Sundown Naturals, Amauri Júnior, explica que o processo de escurecimento da pele é, basicamente, resultado do escurecimento da melanina. “Embora essa seja a ação visível da melanina, como resposta à luz solar, sua principal função é absorver radiação ultravioleta”, acrescenta. Segundo a nutricionista do Centro de Educação Alimentar Sanavita (CEAS), Andrea Tavares Hirga, estudos mostram que a ingestão diária de betacaroteno pode reduzir os danos causados ao DNA pela exposição à radiação UVA e UVB, melhorando, de forma efetiva, rugas e a elasticidade da pele, além de aumentar os níveis de colágeno do tipo I. 142

DE MODO GERAL, COM APENAS UM MÊS DE USO DOS NUTRICOSMÉTICOS (NA PROPORÇÃO DE UMA CÁPSULA POR DIA), JÁ É POSSÍVEL PERCEBER OS PRIMEIROS RESULTADOS. NO ENTANTO, ESSE PRAZO SE DÁ DE ACORDO COM AS INDIVIDUALIDADES DE CADA UM, E TAMBÉM ESTÁ RELACIONADO COM TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO SOL Outro ativo importante para atingir esses objetivos é a vitamina E, que ajuda na proteção da pele contra os efeitos nocivos do sol. “Ela também contribui para a hidratação natural da pele, evitando o descascamento”, complementa Menin. Algumas indústrias apostam, ainda, em agentes exclusivos. É o caso de ECCO NUTRITION, por exemplo, que além do betacaroteno natural e vitamina E, traz as ECCO® Antocianinas, que atuam na proteção contra os danos causados ocasionados pela exposição ao sol, atividade antioxidante e redução da formação de manchas. Esse ativo é desenvolvido a partir das uvas lambrusco e ancellota, cultivadas no norte da Itália. Os nutricosméticos também estão disponíveis na versão pós-sol e, neste caso, sintetizam outros agentes. “O Luminova Pós-Sol possui, além da vitamina E, minerais, como zinco, cromo e selênio. Essas substâncias, além de antioxidantes, atuam no processo de regeneração da pele, mantendo o bronzeado por mais tempo”, conta o especialista da Nano Labs. Os nutricomplexos, no formato de sucos, também trazem o benefício da hidratação, tão importantes nas épocas mais quentes do ano. “O DetoxVerão ajuda na hidratação e, devido à presença do betacaroteno, potencializa o bronzeado e protege a pele da ação dos

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radicais livres. Esse suco conta, também, com nutrientes e fitoquímicos que irão promover uma limpeza no organismo e eliminar todas as toxinas que são prejudiciais”, resume Andrea.

POUCAS CONTRAINDICAÇÕES De modo geral, os nutricosméticos que auxiliam no bronzeamento são indicados para pessoas que desejam uma cor natural, saudável e muito mais bonita e duradoura. “Por ser um suplemento à base de vitaminas e minerais, não possui efeitos colaterais ou contraindicações. Apenas gestantes, nutrizes, crianças de até 3 anos e pessoas em tratamento de saúde (ou que façam uso contínuo de algum medicamento) devem consultar um médico antes de iniciar o consumo”, adverte Andrea. Muitos desses produtos também são isentos de algumas substâncias que, para alguns pacientes, podem ser prejudiciais. “Falando desses dois produtos [Colágeno Verão e DetoxVerão], eles são elaborados com ingredientes naturais, não contêm corantes e conservantes artificiais e não contêm açúcar”, destaca.

RESULTADOS RÁPIDOS E DURADOUROS De modo geral, com apenas um mês de uso desses nutricosméticos (na proporção de uma cápsula por dia), já é possível perceber os primeiros resultados. No entanto, esse prazo se dá de acordo com as individualidades de cada um, e também está relacionado com tempo de exposição ao sol. “Os resultados podem variar conforme o organismo e o tom de pele. Mas normalmente nota-se uma mudança do tom com uma pequena exposição ao sol”, aponta Amauri, da Sundown Naturals. No caso dos nutricomplexos constituídos por sucos, a mudança no tom da pele costuma acontecer entre um ou dois meses de consumo diário. “O ideal é fazer o consumo por duas a quatro semanas antes de se expor ao sol. Dessa forma, poderá garantir um bronzeado mais intenso e duradouro”, ensina Andrea. Vale frisar que a exposição ao sol continua sendo necessária para que os produtos tragam o efeito esperado na coloração da pele. “Com a ausência de sol, o consumo continuará promovendo benefícios, mas os resultados não serão tão perceptíveis. Por serem à base de vitaminas e minerais, os produtos sempre farão bem à saúde da pele. No entanto, para cumprir o objetivo de obter um bronzeado mais bonito, a exposição ao sol é parte essencial”, explica Menin. 144

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DIFERENCIAIS NO PDV Para potencializar as vendas dessas versões de nutricosméticos, a orientação de farmacêuticos e balconistas ao consumidor pode ser um grande diferencial. “Sem dúvida, é possível obter um resultado melhor quando existe a possibilidade de auxiliar o cliente no momento da compra. Isso proporciona o conhecimento e uma maior segurança para a compra e a utilização. Lançamentos devem ser tratados dessa forma, mesmo que sejam de simples entendimento”, opina o diretor comercial da Nano Labs, Bruno Menin. A gerente de marketing da Sundown Naturals, Aline Germano, também acredita na importância da venda consultiva, especialmente nessa categoria, que ainda conta com poucas informações difundidas. “Os nutricosméticos são pouco conhecidos pela população brasileira, e o índice de indicação médica ainda é baixo. Os nutricosméticos normalmente são alimentos ou extratos dos alimentos em cápsulas, a fim de manter o equilíbrio dos nutrientes que a nossa alimentação não permite nos dias atuais. Por suas características funcionais no organismo, esses produtos podem ser utilizados como medicina preventiva, e não corretiva como estamos acostumados”, adverte Aline. As farmácias podem realizar, ainda, algumas ações de marketing para aguçar a curiosidade e lembrança do consumidor. Entre elas, promoções conjuntas com protetores tópicos e até mesmo ações de e-mail marketing, conforme orienta Bruno. “Essas ações têm capacidade de atingir um público específico, já que são enviadas, diretamente, para os consumidores desse tipo de produto”, avalia. Para finalizar, é importante acertar na exposição e, neste caso, o ideal é que esses produtos estejam junto aos cosméticos ou artigos relacionados ao verão, como protetores solares. “Apesar de serem suplementos alimentares, são produtos para quem busca benefícios estéticos. Então, faz muito mais sentido estarem próximos aos produtos de beleza”, conclui Menin.

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“OS NUTRICOSMÉTICOS NORMALMENTE SÃO ALIMENTOS OU EXTRATOS DOS ALIMENTOS EM CÁPSULAS, A FIM DE MANTER O EQUILÍBRIO DOS NUTRIENTES EM QUE A NOSSA ALIMENTAÇÃO NÃO PERMITE NOS DIAS ATUAIS” Diretor comercial da Nano Labs, Bruno Menin

Na hora da venda, também é importante alertar sobre os excessos de uso desses nutricosméticos. “Não existem estudos que demonstrem tempo máximo de utilização, porém o uso em excesso pode causar uma pele amarelada ou alaranjada na palma das mãos”, adverte Amauri. Outro alerta importante é avisar o usuário que a ingestão desses produtos não dispensa ou substitui o uso de filtros solares. “Apesar de o betacaroteno ter um efeito fotoprotetor, não devemos dispensar o uso de um bom filtro solar, principalmente no rosto e áreas mais sensíveis. A escolha do melhor horário para tomar sol também é fundamental“, finaliza Andrea.

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COMPORTAMENTO

Costumes que vêm da infância ALGUNS HÁBITOS, COMO O DA HIGIENE BUCAL, PRECISAM SER INCENTIVADOS DESDE OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA, PARA QUE CONTINUEM NA FASE ADULTA

E

POR KATHLEN R AMOS

Embora os resultados das pesquisas sobre a saúde bucal apresentem estatísticas cada vez mais satisfatórias mundialmente, alguns números ainda são preocupantes. Sabe-se, por exemplo, que, no mundo, entre 60% e 90% das crianças em idade escolar sofrem com cárie e que a dor de dente é a primeira razão para o absenteísmo nas escolas em diversos países*.

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No Brasil, na idade de 12 anos, o índice de cárie é de 56%**. Mas essas pesquisas poderiam apresentar um desfecho diferente se a cultura da escovação fosse propagada nos lares desde a infância. “Incentivar os bons hábitos de higiene bucal desde cedo é muito importante, já que isto refletirá na saúde bucal para o resto da vida”, analisa o dentista pós-graduado em Odontologia Estética e Reabilitação Dental e mestrando em FOTO/ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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remover restos alimentares, que podem causar o mau hálito”, complementa. Além da escovação e do uso do fio dental (que deve ser diário), antes de dormir, é importante complementar a higienização com soluções de bochecho, de preferência incolores e sem álcool, segundo explica o Dr. Victor Rogerio. “Deve-se fazer o bochecho por um minuto, e não se pode ingerir nada, nem água, nos próximos 30 minutos”, orienta.

Gastroenterologia Cirúrgica na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Victor Rogerio. Assim, a recomendação é de que, mesmo antes do nascimento dos dentes do bebê, seja feita a limpeza das gengivas com gaze embebida em água filtrada, pelo menos uma vez ao dia. “A partir do nascimento do primeiro dente, por volta dos quatro meses de idade, recomenda-se o uso de escovas de silicone para bebês”, ensina a dentista de Sorridents, Dra. Ana Carolina Martinez. Conforme as crianças vão crescendo, os cuidados precisam continuar a ser estimulados e uma das melhores formas de incentivo é servir de exemplo. “O adulto deve realizar a higiene bucal na frente das crianças e, posteriormente, ajudá-las na escovação. Outra forma de incentivo é fazer desse momento uma hora de descontração, com brincadeiras, músicas e demonstrações lúdicas”, ensina a Dra. Ana Carolina. Aliás, atenta a esse conceito, a indústria passa a apresentar soluções que podem ajudar nessa empreitada. “A Oral-B lançou o aplicativo Disney Magic Timer, em que as crianças podem interagir com seus personagens Disney preferidos enquanto escovam os dentes pelo tempo adequado (pelo menos dois minutos)”, sugere o gerente de marketing da marca, Luis Siqueira. Além do estímulo, na hora da compra da cesta de higiene bucal para crianças, é importante que, no ponto de venda, farmacêuticos e balconistas alertem para os produtos mais indicados. “Crianças até os seis anos costumam não saber cuspir, não sendo indicada, portanto, a utilização de produtos com flúor, álcool ou qualquer outro componente tóxico ou agressivo na composição”, justifica a especialista de Sorridents. Vale, ainda, ter cuidados na hora da escolha da escova de dente, conforme orienta Luis Siqueira. “É extremamente importante o uso de produtos específicos em cada fase. Afinal, conforme o bebê cresce, a boca também passa por grandes mudanças”, diz. E seja qual for a idade, é recomendado que as escovações sejam feitas sempre após cada refeição e antes de dormir. Conforme explica a Dr. Ana Carolina, o ideal é deixar a escova ligeiramente inclinada em relação à gengiva, fazendo movimentos leves de cima para baixo na arcada superior; de baixo para cima na arcada inferior; e de vai e vem na superfície mastigatória. “Não se deve esquecer-se de escovar a língua para

UMA DAS MELHORES FORMAS DE INCENTIVAR O HÁBITO DA HIGIENE BUCAL EM CRIANÇAS, É FAZER DESSE MOMENTO UMA HORA DE DESCONTRAÇÃO, COM BRINCADEIRAS, MÚSICAS E DEMONSTRAÇÕES LÚDICAS. ATENTA A ESSE CONCEITO, A INDÚSTRIA PASSA A APRESENTAR SERVIÇOS QUE PODEM AJUDAR NESSA EMPREITADA

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*Fonte: Federação Dentária Internacional (FDI) **Fonte: Ministério da Saúde (Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – SB-Brasil 2010)

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ENTENDA A CESTA DE ORAL CARE Ao longo dos anos, os cuidados com a higiene bucal ganharam importância entre os brasileiros que passaram a investir no tão sonhado ‘sorriso perfeito’. Assim, os produtos tradicionais, como as pastas e escovas dentais, ganharam novas funcionalidades; e outros, como fios dentais e antissépticos, se fortaleceram dentro da categoria. Conheça, a seguir, a importância de cada um dos itens que compõem essa cesta na hora da escovação, as tendências e como orientar o shopper na escolha do produto ideal.

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COMPORTAMENTO

hoje, são muitas as versões, dificultando a escolha do shopper. De modo geral, segundo explica a Dra. Ana Carolina, de Sorridents, a preferência deve ficar para aquelas com cerdas macias, para não traumatizar a gengiva. Outras orientações fornecidas pelo portal da Colgate sinalizam, ainda, que o produto deve ter cabeça pequena para poder alcançar todas as áreas da boca. Com relação ao tipo de cabo (flexível ou não), formato da cabeça (retangular, cônica, etc.) e estilo de cerdas (com pontas planas, arredondadas, em diferentes níveis, etc.), deve-se seguir o critério do produto que for mais confortável, sendo que o mais importante é que a escova alcance todos os dentes. E assim, como já acontece nas escovas infantis, os produtos destinados a adultos também passam a ganhar design diferenciado. Curaprox, por exemplo, além de apresentar um número diferenciado de cerdas (são 5.460 ultramacias), oferece as escovas em 36 opções de cores diferentes, além das versões limitadas (Tropical, Ice, Eu te Amo e Brasil). No ponto de venda, após a escolha do consumidor, não se esqueça de lembrar o tempo ideal para a troca do produto, que deve ser feita, em média, a cada três meses.

CREMES OU GÉIS DENTAIS Até que a criança não saiba cuspir, recomenda-se usar creme ou gel dental sem flúor. “As crianças engolem entre 30% a 70% das pastas e o excesso de flúor pode causar manchas permanentes nos dentes, a chamada fluorose”, alerta a Dra. Ana Carolina.

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Na fase adulta, o consumidor pode optar por pastas com funções específicas, que atendem diretamente à sua necessidade, ou produtos que agregam diversos benefícios. Entre os principais deles, estão as antimicrobianas (conhecidas pelo combate à cárie); o controle do tártaro; branqueamento; sensibilidade; entre outros.

FIO OU FITA DENTAL A uso desses produtos age, diretamente, na saúde gengival. “Para não machucar, a introdução deve ser realizada de forma lenta e em movimento de vai e vem. Ao se aproximar da gengiva, deve-se raspar o fio contra o dente, puxando o resto alimentar para fora, de cima para baixo nos dentes superiores e de baixo para cima nos dentes inferiores”, esclarece a Dra. Ana Carolina. No ponto de venda, a farmácia ainda pode orientar entre os sabores dos produtos (são diversas opções) e também para a escolha entre o fio ou fita dental. “Ambos se diferem apenas na espessura. O fio, como o nome diz, é um filamento, já a fita é um pouco mais achatada. As pessoas com dentes mais juntos podem ter mais facilidade no uso da fita, justamente por ser mais ‘chata’, passando mais fácil por espaços mais apertados”, sustenta Luis Siqueira, da Oral-B.

ANTISSÉPTICOS BUCAIS Existem diversos tipos de enxaguantes bucais e, segundo a especialista de Sorridents, eles devem ser utilizados de acordo com a indicação do dentista. Ela lembra, ainda, que o álcool presente em algumas fórmulas pode trazer prejuízos. “Essa substância pode prejudicar os dentes, principalmente os restaurados com resina, levando à porosidade deste material”, avisa. Mas, felizmente, esses produtos passaram por uma grande evolução ao longo dos anos e muitos deles, além de ser isentos de álcool, agregam múltiplos benefícios assim como já acontece em toda a categoria. “Se antes eles só reforçavam a limpeza e deixavam a boca perfumada, agora eles promovem branqueamento do esmalte, ação antitártaro, alívio para dentes sensíveis, combate à irritação das gengivas, etc.”, enumera o gerente de marketing das Indústrias Suavetex, Jonas Lima. Também é tendência o desenvolvimento de embalagens cada vez maiores. “Hoje, existem as com mais de um litro, o que mostra que o produto não é comprado mais só para uso individual e, sim, familiar”, finaliza Lima.

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Para obter uma vantagem competitiva duradoura são necessárias a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias. Nesse sentido, a maioria dos estoques gera algumas vantagens e é importante para: melhorar o serviço do cliente – dando suporte à área de marketing que, ao criar demanda, precisa de material disponível para concretizar vendas; economia de escala – os custos são tipicamente menores quando o produto é fabricado continuamente e em quantidade constantes; proteção de mudanças de preços em tempo de inflação alta – um alto volume de compras minimiza o impacto do aumento de preços pelos fornecedores; proteção contra incertezas na demanda e no tempo de entrega – considera o problema que advém dos sistemas logísticos quando, tanto

o comportamento da demanda dos clientes, quanto o tempo de entrega dos fornecedores não são perfeitamente conhecidos, ou seja, para atender os clientes, são necessários estoques de segurança; e proteção contra contingências – proteger a empresa contra greves, incêndios, inundações, instabilidade política e outras variáveis exógenas que podem criar problemas. O risco diminuiria com a manutenção de estoques. Ideal seria a inexistência de estoques, à medida que fosse possível atender o usuário no momento em que ocorressem as demandas. As primeiras causas que exigem estoques permanentes para atendimento imediato do consumo interno e das vendas são as necessidades de continuidade operacional, incerteza da demanda futura ou

sua variação ao longo do período de planejamento e disponibilidade imediata do material nos fornecedores e cumprimento dos prazos de entrega. Outras razões para existência dos estoques são a impossibilidade de se ter os materiais em mãos, na ocasião em que as demandas ocorrem; o benefício obtido em função das variações dos custos unitários (esta razão torna-se altamente significativa em economias inflacionárias, quando a manutenção de elevados estoques de materiais estratégicos poderá, até determinado limite, beneficiar os detentores). Não podemos esquecer ainda os três custos, a seguir, como os mais importantes na formação dos estoques: custo do pedido, custo de manutenção e custo por falta de estoque.

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Seja voluntário do Programa Adotei um Sorriso. E descubra que não existe recompensa melhor do que a alegria.

Adote um Sorriso. Seja voluntário da Fundação Abrinq. Você que é dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, nutricionista, oftalmologista e apaixonado pelo que faz pode fazer parte da equipe de voluntários da Fundação Abrinq e se dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem em sorrisos. Inscreva-se pelo www.fundabrinq.org.br/adotei Atuando no seu consultório ou dentro de organizações sociais, você vai fazer a diferença.

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SERVIÇOS

3M www.3m.com

D

I

O

DERMACYD www.dermacyd.com.br

IBEVAR www.ibevar.org.br

OMS www.paho.org/bra

ABIHPEC www.abihpec.org.br

DROGARIA ONOFRE www.onofre.com.br

IBGE www.ibge.gov.br

ONU nacoesunidas.org

ABRAFARMA www.abrafarma.com.br ABRAN http://abran.org.br

DROGARIAS PACHECO www.drogariaspacheco.com.br

IBOPE www.ibope.com.br

ORAL-B www.oralb.com/brazil

DROGARIA SÃO PAULO www.drogariasaopaulo.com.br

IMS HEALTH www.imshealth.com

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ALWAYS www.alwaysbrasil.com.br ANVISA http://portal.anvisa.gov.br ASTRAZENECA www.astrazeneca.com.br

B BAUSCH+LOMB www.bausch.com.br BAYER www.bayer.com.br BDF NIVEA www.nivea.com.br BRIL COSMÉTICOS www.brilcosmeticos.com.br

C CBO www.cbo.com.br CEAS www.sanavita.com.br/ceas CEMAFE www.cemafe.com.br CIM-UNISANTOS www.unisantos.br CLÍNICA MÃE www.clinicamae.com.br CONNECT SHOPPER www.connect-shopper.com.br CONSULFARMA ASSESSORIA FARMACÊUTICA www.consulfarma.com

E ECCO NUTRITION www.ecconutrition.com EMBELLEZE www.embelleze.com

F FDI www.fdiworldental.org FIOCRUZ http://portal.fiocruz.br

G GARNIER BÍ-O www.garnier.com.br GREAT PLACE TO WORK www.greatplacetowork.com.br GS&MD – GOUVÊA DE SOUZA www.gsmd.com.br

H HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN www.einstein.br HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ ANÁLIA FRANCO www.saoluiz.com.br HOSPITAL SAMARITANO www.samaritano.org.br HOSPITAL SANTA CATARINA www.hsc.org.br

P

INTEGRALMÉDICA www.integralmedica.com.br

PAGUE MENOS http://loja.paguemenos.com.br

INSTITUTO PENIDO BURNIER www.penidoburnier.com.br

P&G www.pg.com/pt_BR

J JOHNSON & JOHNSON VISION CARE www.jnjvisioncare.com.br

K KANTAR WORLPANEL www.kantarworldpanel.com/br

L LAVOISIER MEDICINA DIAGNÓSTICA www.lavoisier.com.br L’ORÉAL BRASIL www.loreal.com.br LUMI COSMÉTICOS www.lumicosmeticos.com.br

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PROFARMA www.profarma.com.br

R RAIA DROGASIL www.raiadrogasil.com.br RTK INDÚSTRIA http://rtkindustria.com.br

S SANTA CASA DE SÃO PAULO www.santacasasp.org.br SBC www.cardiol.br SBD www.sbd.org.br SBED http://dor.org.br SBEM www.endocrino.org.br

MEDLEY www.medley.com.br

SEDA www.seda.com.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE www.saude.gov.br

SENAC www.senac.br

MUNDIPHARMA www.mundipharma.com.br

SOCIEDADE BRASILEIRA DE LASER EM MEDICINA E CIRURGIA www.sociedadedelaser.com.br

N

CRF-SP crfsp.org.br

NANO LABS http://www.natue.com.br/nano-labs/

CRISTÁLIA www.2cristalia.com.br

NIELSEN www.nielsen.com/br

CURAPROX http://curaprox.com

NIELY www.niely.com.br NUTRACOM www.grupocimed.com.br

SUNDOWN NATURALS www.sundownnaturals.com SYM www.santher.com.br

U UNIFESP www.unifesp.br USP www5.usp.br

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OMCILON -A ORABASE ®

triancinolona acetonida

Há mais de 40 anos , OMCILON®-A ORABASE é referência no tratamento de aftas e estomatites. 1

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Agora OMCILON®-A ORABASE é um produto Aspen Pharma, Pharma, uma empresa do maior grupo farmacêutico do Hemisfério Sul . 3

OMCILON®-A ORABASE (triancinolona acetonida) Apresentação: OMCILON®-A ORABASE é apresentado em bisnaga contendo 10g. Cada grama de OMCILON®-A ORABASE contém 1mg de triancinolona acetonida. Indicações: É um corticosteroide sintético com ação anti-inflamatória atuando no alívio temporário de sintomas associados com lesões inflamatórias orais e lesões ulcerativas resultantes de trauma. Contraindicações: Pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer dos seus componentes. Por conter um corticosteroide, OMCILON®-A ORABASE é contraindicado na presença de infecções fúngicas, virais ou bacterianas da boca ou garganta, por exemplo, tuberculose e lesões causadas por herpes. Precauções/Advertências: Pacientes com tuberculose, úlcera péptica ou Diabetes Mellitus não devem ser tratados com qualquer preparação de corticosteroide sem indicação do médico. As respostas normais de defesa dos tecidos orais são diminuídas quando realizada terapia corticosteroide tópica. Cepas virulentas de microorganismos orais podem ser multiplicadas sem produzir os sintomas de advertência usuais de infecções orais. Caso desenvolva sensibilização ou irritação, a preparação deve ser descontinuada. Se não ocorrer melhora significativa dos tecidos orais em 7 dias, é aconselhável a realização de exames adicional da lesão. A administração prolongada do produto pode conduzir a reações adversas conhecidas de ocorrerem com preparações esteróides sistêmicas; por exemplo, supressão adrenal, alteração do metabolismo de glicose, catabolismo de proteínas, ativações da úlcera péptica e outras. Essas são usualmente reversíveis e desaparecem quando o hormônio é descontinuado. Gravidez e lactação: Não foi estabelecido o uso seguro de OMCILON®-A ORABASE durante a gravidez, quanto a possíveis reações adversas no desenvolvimento do feto; portanto, o produto não deve ser usado em mulheres com potencial de gravidez e particularmente durante o início da gravidez, a não ser que, no julgamento do médico ou dentista, o benefício potencial exceda os possíveis riscos. Idosos: Não existe informação específica comparando o emprego de corticosteroides de uso odontológico em pacientes idosos com pacientes mais jovens. Interações Medicamentosas: Não há nenhuma interação medicamentosa conhecida. Posologia: Aplicar uma pequena quantidade de OMCILON®-A ORABASE, sem esfregar, sobre a lesão até que se desenvolva uma película fina. Para melhor resultado, usar apenas a quantidade suficiente para cobrir a lesão com uma película fina. Não esfregar. A tentativa de espalhar esse produto pode resultar numa sensação granular e arenosa e causar a desagregação do produto. Entretanto, após a aplicação do produto, desenvolve-se uma película lisa e escorregadia. OMCILON®-A ORABASE deve ser aplicado de preferência à noite, antes de dormir. Dependendo da gravidade dos sintomas pode ser necessária a aplicação de 2 a 3 vezes ao dia, de preferência após as refeições. Se não ocorrer melhora em 7 dias, é aconselhável outros exames. Superdose: Desde que não há um antídoto específico e a ocorrência de eventos adversos é improvável, o tratamento consiste na diluição por meio de fluidos. Referências: 1 - Medicamento registrado no M.S. em 22/05/64 e lançado em janeiro de 1972. 2 - Medicamento de Referência (www.anvisa.gov.br). 3 - Site: www.aspenpharma.com. Registro M.S.: 1.0180.0084. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Material destinado exclusivamente a profissionais de saúde habilitados a prescrever medicamentos. Informações adicionais para prescrição, vide bula completa do produto ou mediante solicitação ao SAC: 0800 727 6160 ou sac.brz@bms.com. Produto registrado por Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.; fabricado por Takeda Pharma Ltda; promovido e comercializado por Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.

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