282 Maio/2016 - Prazos encurtados

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ANO XXIII • Nº 282 MAIO DE 2016

CONCORRÊNCIA Redes paulistas e cariocas focam expansão no Nordeste brasileiro

INOVAÇÃO Contento Comunicação lança lista de genéricos em braile

PRAZOS ENCURTADOS

O Projeto de Lei do senador José Serra (PSDB-SP) prevê 90 dias para registro de medicamentos classificados como urgentes; 120 dias para os classificados na categoria de determinados como prioritários; e 365 dias para os demais. Propósito principal é oferecer melhor preço e maior acesso capa final_282.indd 1

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EDITORIAL

Novo trâmite Em meio às turbulências de um cenário político importante para o País, com a aprovação da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, um Projeto de Lei do Senado, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), chama a atenção. O PLS 727/15 prevê a alteração de prazos da concessão de registro de medicamentos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e torna mais transparente a tramitação dos processos em debate, visando aumentar o acesso da população à saúde. Atualmente, a regra em vigor, baseada na Lei 6.360/76, concede o tempo máximo de 90 dias para a conclusão dos registros, mas, na prática, o prazo é desrespeitado com frequência. Hoje, a Anvisa leva 632 dias para concluir o registro de um medicamento novo, 1.062 dias no caso de genérico e 1.225 para medicamento similar. A proposta do senador é de que novos prazos máximos sejam estipulados, a depender da categoria do produto. O Projeto de Lei prevê 90 dias para registro de medicamentos classificados como urgentes; 120 dias para os classificados na categoria de determinados como prioritários e 365 dias para os demais. Representantes de entidades do setor farmacêutico concordam, mas lembram DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) 4

A proposta do senador é de que novos prazos máximos sejam estipulados, a depender da categoria do produto

Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto

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que é preciso ir além de fixar novas datas no papel. Não adianta criar novos prazos, sem que exista uma estrutura efetiva para cumpri-los. Acompanhe a reportagem de capa e fique por dentro deste assunto. Se forem concedidos os novos prazos, economia e população seriam beneficiados, já que o caminho seria menor e o acesso aconteceria de forma mais rápida. Outro assunto de destaque desta edição é a expansão de redes de atuação prioritária no Sudeste, para o Nordeste. O Grupo DPSP, por exemplo, abriu 23 novas lojas na região e segue com forte expectativa de abertura de novas lojas. Além de inaugurar outras unidades em estados em que já atua, como Paraíba e Alagoas, serão abertas as primeiras lojas em Sergipe, ainda no primeiro semestre deste ano. Para os nordestinos, a novidade é boa. Além de criar novas opções de farmácias, a expansão deve abrir muitas vagas de emprego. Quem não está gostando muito são as redes originalmente nordestinas, que veem a concorrência se acirrando cada vez mais.

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Flávia Corbó, Marcelo de Valécio, Rodrigo Rodrigues, Tatiana Ferrador, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Gabriela Soave, Gustavo Semblano, Jorge Bertolino Filho, Luiz Fernando Sambugaro e Silvia Osso IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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SUMÁRIO #282 MAIO 2016

E MAIS 8 > GUIA ON-LINE 10 > ENTREVISTA 14 > ANTENA LIGADA 20 > ATUALIZANDO 26 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 56 > ATENDIMENTO

ESPECIAL SAÚDE

88 34 > CONCORRÊNCIA As grandes redes de farmácias não se intimidam no meio da crise e seguem firmes e agressivas, principalmente em seus planos de expansão. E os olhos agora se voltam para a região Nordeste, que atrai o maior número de investimentos

42 > DEBATE CAPA

A demora para a aprovação do registro dos medicamentos, por parte da Anvisa, já é uma reclamação antiga. Para tentar solucionar esse problema e acelerar o processo, o senador José Serra apresentou um Projeto de Lei que propõe mais rigidez aos novos prazos máximos

50 > LIDERANÇA Pesquisas indicam que mau comportamento dos chefes prejudica a saúde financeira das empresas e dos empregados. Saber como gerir os funcionários é a maneira correta de ser um bom líder

62 > CORAÇÃO 72 > OLHOS 80 > ALERGIAS RESPIRATÓRIAS 88 > GRAVIDEZ E FERTILIDADE 96 > AMAMENTAÇÃO 100 > PELE 106 > CATEGORIA 116 > TENDÊNCIA 120 > TRATAMENTO 124 > SORTIMENTO 130 > INOVAÇÃO 134 > EVENTO – MILLIPHARMA 138 > EVENTO – FEBRAFAR 142 > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 30 > VAREJO Silvia Osso 32 > OPINIÃO Gabriela Soave 40 > CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano 48 > PONTO DE VENDA Luiz Fernando Sambugaro 146 > CRÔNICA Jorge Bertolino Filho

112 > OPORTUNIDADE A atenção com a saúde das crianças se torna uma preocupação constante de todos os pais. Com isso, há um potencial crescente dos produtos de puericultura e de higiene pessoal 6

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ERRATA Diferente do que foi publicado na nota Novo tratamento, seção Antena Ligada, pág. 16, edição 281 (abril), o site correto da Biogen é: https://br.biogen.com

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Por conta da sua extensão, a pele pede cuidados específicos para cada região. Atualmente, existem tantos tipos de cremes e loções que fica difícil distinguir em qual local eles devem ser usados. Saiba como indicar a melhor opção ao consumidor.

O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS

FIM DE PATENTES PODE INFLAR RECEITA DE FABRICANTES DE #GENÉRICOS EM R$ 615 MILHÕES

PONTO DE VENDA

As doenças, a prevenção e a beleza são os principais motivos que têm levado as mulheres às farmácias e drogarias. Saber atender esse cliente em potencial faz a diferença.

SAÚDE

A circulação do vírus da gripe aumentou no Hemisfério Norte, com altos níveis de atividade em alguns países. E no Brasil não tem sido diferente, por isso a vacinação se torna a arma mais eficaz no combate à doença.

GESTÃO

É importante não se deixar abater pelo momento de pessimismo. As energias devem estar focadas, agora, na maneira de tornar a loja mais eficiente. Conheça alguns passos importantes para fechar uma conta positiva no fim do mês. 8

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MERCADO

A Extrafarma saiu da oitava para a sétima posição entre as redes de maior faturamento. A liderança segue com a Raia Drogasil. O ranking de faturamento conta ainda com a Drogaria Pacheco São Paulo, em segundo lugar. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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ENTREVISTA – BIODERMA

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Avanço dos dermocosméticos no Brasil UMA DAS LÍDERES DO SEGMENTO, A BIODERMA APRESENTA GRANDES CLÁSSICOS DA MARCA E APOSTA NO BOM GERENCIAMENTO POR CATEGORIAS COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA CAPAZ DE ALAVANCAR AS VENDAS

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POR LÍGIA FAVORETTO

Fundada em 1985 pelo farmacêutico e biólogo francês Jean-Noël Thorel, Bioderma é uma das marcas líderes no mercado de dermocosméticos europeu e também uma das principais representantes mundiais do setor, com presença em mais de 80 países. Só no ano passado, o faturamento total da marca alcançou os 262 milhões de euros. Pioneira em usar a biologia a serviço da dermatologia, a Bioderma traz uma visão única: mais do que tratar a pele, é necessário ensiná-la a viver de acordo com sua biologia natural. Guiada por esse conceito, criou uma abordagem científica inovadora, que busca conhecer profundamente os mecanismos biológicos da pele para formular produtos diretamente inspirados por eles. Para os primeiros anos de operação, a empresa pretende consolidar-se como marca dermatológica premium, porém democrática e acessível ao público. Em longo prazo, há também o interesse em retomar a liderança do mercado local, recuperando a relevância do primeiro momento da marca no País. Entre os anos de 2011 e 2012, por exemplo, a linha de proteção solar Photoderm ocupava o quinto maior marketing share do setor. O diretor-geral da Bioderma no Brasil, Maurílio Teixeira, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revela trâmites e posicionamento de seus produtos nas grandes redes. Atualmente, a Bioderma Brasil conta com um centro de distribuição e um fornecedor logístico em termos nacionais. Todos os produtos comercializados no País

são produzidos na fábrica da marca em Aix-en-Provence, na França, que atende a uma demanda mundial de dois Sensibio H 0 vendidos por segundo e dez produtos da linha Photoderm por minuto. Guia da Farmácia • A expectativa para o primeiro ano de operação no Brasil era de R$ 420 milhões. Como ficaram os resultados com um cenário atípico, de crise político-econômica? Maurílio Teixeira • As vendas caíram em outubro do ano passado, algo que é natural para a categoria, por conta de estoque, isto é um fato histórico. Mas caíram também em novembro último, o que é atípico. Esse momento é muito ruim e desafiador, sobretudo para as empresas de muito share, mas eu acredito que, se você é líder, se você é segundo colocado, sua estratégia não é só ganhar share ; acima de tudo, você tem a responsabilidade e a oportunidade de expandir o mercado. Se não tivéssemos tido um começo tão forte quanto tivemos, talvez estivéssemos sofrendo, a marca não estaria consolidada, e, em crise, é mais difícil se consolidar. Sensibio, primeiro e mais forte produto, teve um lançamento muito forte, em três meses, alcançou a liderança. Guia • Por que o Brasil, mesmo diante desta situação, continua sendo uma grande aposta? Teixeira • Entendemos que o mercado brasileiro figura como o segundo maior mercado dermocosmético no mundo, atrás, apenas, dos Estados Unidos. Por isso, a empresa está investindo fortemente na filial Brasil, para conseguirmos nos colocar rapidamente entre as empresas líderes. Guia • O foco de atuação da empresa é visitação médica, mas nota-se uma busca espontânea pelos 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA – BIODERMA

produtos Bioderma, por conta de tutorias nas mídias sociais. Como isso acontece? Teixeira • Conseguimos um mix perfeito, não podíamos imaginar que teríamos 80% de prescrição médica, motor que faria com que a Bioderma girasse para frente e, neste momento de crise, as pessoas tentaram experimentar outros produtos, por exemplo, o fechador de poros, que para nós, era um produto complementar, não seria um produto de giro, mas chegou a três mil unidades/mês, parece pouco, mas existem muitos dermocosméticos conceituados que não chegam a isto, nesse segmento. Sem dúvidas, a mídia espontânea, que é informação de peso, fez com que as pessoas tivessem curiosidade de experimentar. Guia • O ponto de venda está preparado para atender a essa demanda? Teixeira • O ponto de venda se torna cada vez mais importante para a Bioderma e é extremamente complexo. A categoria de dermocosméticos está passando por uma reestruturação, em quase todas as grandes redes. Para se ter visibilidade, hoje, não é apenas uma questão de dinheiro, trata-se de planejamento e Gerenciamento por Categorias (GC) junto a cada loja. Tudo envolve mais espaço e esse espaço está muito disputado, a um nível que não imaginávamos há cinco anos. Antigamente, dermocosmético se comunicava com dermocosmético e existiam três marcas, hoje, se comunica com outras categorias que lutam pelo mesmo espaço, como nutricosméticos e maquiagem, além de uma infinidade de marcas. Guia • Como se comporta o shopper diante disso? Teixeira • O shopper de oral care, por exemplo, gasta no máximo 30 segundos em frente à gôndola, com a categoria de dermocosméticos, o consumidor permanece sete minutos naquele espaço. Então, todo mundo quer aproveitar, se um consumidor se permite passar sete minutos concentrado, navegando naquele universo, ele não está procurando uma coisa específica, está consumindo realmente, está se abrindo para consumir, é esse o consumidor que tem o tíquete médio mais alto da farmácia. Vale lembrar que o consumidor de dermocosmético não sai com menos de R$ 200 gastos da loja. Guia • Qual a solução para o aumento do número de marcas, nesse espaço tão disputado? Teixeira • Drogasil e Raia estão criando móveis de 30 centímetros. Antigamente, o menor móvel da categoria, isto generalizado em todas as redes, era de 60 centímetros. Esse movimento vai ser pelo que a marca gira. Se a linha estiver girando X, vai ter um espaço X, se sua linha realmente traz 12

mais consumidores e mais venda, mais valor, vai ter mais espaço, pode ter uma abertura para 60 cm. Guia • As lojas estão abrindo outros espaços para os dermocosméticos, além do ponto natural. Isso é vantajoso, já que os produtos são, em sua maioria, prescritos e garantem seu giro? Teixeira • Esse movimento de diminuição de tamanho gera uma oportunidade para marcas novas, como a minha, de ter mais visibilidade. Algumas redes têm móvel próprio, algumas fazem móveis customizados, o que imobiliza, pois há um contrato com a marca. Em alguns casos, o espaço adicional não é estratégico. As pontas de gôndolas servem para aproveitar o consumidor que ainda não é da categoria, trabalhar sazonalidade e destacar algum lançamento. É preciso estar muito ciente de qual é o seu objetivo, porque o investimento é muito alto. Não se coloca marca de giro garantido. Se é giro garantido, terá bom desempenho em seu espaço de origem, seria melhor trabalhar o checkout, por exemplo, que é mais barato. Algumas redes estão avançando um pouco mais em GC, sobretudo no que diz respeito a pensar em como o consumidor se comporta, de que forma ele pode ser mais afetado na hora que entrar na loja. O caminho que ele percorre, quem pensar nisso, geralmente, vai conseguir criar uma divisão mais clara de categorias e produtos. Geralmente, quem consome dermocosmético não consome marca massiva. Guia • O consumo de dermocosméticos ainda está concentrado nas classe A e B+? Teixeira • Sim, o consumo ainda é determinado pelo poder aquisitivo. Os produtos são especializados, formulados para cada tipo de pele. Quem tem dinheiro para gastar R$ 60, R$ 70 em um dermocosmético não é a grande massa. O povo brasileiro, especificamente, está muito atrelado ao glamour, ao prestígio, então marcas brasileiras ainda encontram certa resistência. Guia • Por qual razão esse mercado fica cada vez mais dinâmico? Teixeira • O mercado de dermocosméticos é muito dinâmico, ninguém consome o mesmo produto por mais de dois anos, mesmo que ele esteja entregando os benefícios. Exceto alguns hidratantes específicos para pele seca. Anti-idade, protetor solar têm uma aderência de tempo menor, justamente porque o consumidor está experimentando outras coisas. A brasileira vai ao dermatologista três vezes ao ano e mesmo que esteja feliz com seu produto, pede para trocar, por alguma coisa mais nova, mais inovadora, a promessa do algo novo, de algo diferente, faz parte da experiência do consumidor de dermocosméticos.

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ANTENA LIGADA

ALTERNATIVAS PARA A CRISE

APESAR DO CENÁRIO ECONÔMICO DESFAVORÁVEL, AS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS INVESTEM EM EXPANSÃO E AMPLIAM SUAS LINHAS PARA SUPERAR AS DIFICULDADES POR VIVIAN LOURENÇO

ADR DA RAIA DROGASIL INICIA NEGÓCIOS

A rede de farmácias Raia Drogasil anunciou, em março último, o início da negociação com seus American Depositary Receipts (ADR), os recibos de ações transacionados no mercado americano. O programa foi decidido no início de fevereiro deste ano e aprovado pelas autoridades de mercado, tanto brasileiro quanto americano. A cada ação corresponderá uma ADR. O banco depositário no Brasil será o Itaú Unibanco e o banco custodiante nos Estados Unidos será o americano BNY Mellon. No ano, as ações sobem 47,67%. • www.raiadrogasil.com.br

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BIOSSIMILARES GANHAM O MERCADO

Liberado há cerca de um ano para a comercialização no Brasil, o primeiro medicamento biossimilar aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda aguarda a resolução de trâmites burocráticos para chegar ao mercado. A questão agora é definir qual será a metodologia adotada para a composição do preço dessa nova categoria de medicamentos. A expectativa é de que, em breve, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) defina essas regras. Fora do País, esses produtos são cerca de 30% mais baratos que os de referência. Isso abre a possibilidade de mais pessoas terem acesso a tratamentos com os chamados anticorpos monoclonais, grupo mais moderno dos medicamentos biológicos. Eles têm como principal alvo de tratamento as doenças autoimunes, alguns tipos de câncer e mecanismos de rejeição de órgãos transplantados. • http://portal.anvisa.gov.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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ANTENA LIGADA

AMPLIAÇÃO TECNOLÓGICA

O Aché Laboratórios anunciou a aquisição da Nortis Farmacêutica, empresa fabricante de medicamentos de Londrina (PR). Com a incorporação, o Aché passa a ampliar sua plataforma industrial e tecnológica. A unidade adquirida possui cerca de 1.800 m², com capacidade de produção mensal de 1,2 milhão de blísteres e 400 mil frascos. A Nortis Farmacêutica possui uma linha de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) e nutracêuticos. A companhia é responsável por cerca de 50% do segmento de antibióticos cefalosporínicos no Brasil, com 20 milhões de unidades produzidas anualmente. A aquisição da Nortis faz parte dos investimentos industriais previstos pelo Aché em 2016, que devem totalizar R$ 80 milhões no ano, com o aumento esperado de produção de 15%, totalizando 310 milhões de unidades. • www.ache.com.br

LANÇAMENTO DO 3º MÓDULO DA FASE 3 DO TREINA PDV FARMA

Agora no mês de maio, é lançado mais um módulo no Treina PDV Farma, plataforma de cursos da Contento Comunicação para os profissionais do varejo farmacêutico. O 3º módulo da Fase 3 do programa traz o tema Cross-merchandising e aborda informações sobre como encontrar o ponto de convergência entre dois produtos que sejam complementares, que atendam ao mesmo perfil de consumidor ou ainda que sejam consumidos por impulso na farmácia. O objetivo é promover mais conhecimento sobre o cross-merchandising e como fazer uso dessa ferramenta para aumentar o tíquete médio da loja. Basta acessar o site, www.treinapdvfarma.com.br, fazer o cadastro e ter acesso aos cursos rápidos, totalmente gratuitos. Já o programa de capacitação, com os módulos, avaliações e certificados, requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200.

OPERAÇÃO INDEPENDENTE

Desde o início de março deste ano, a Duracell, até então marca de pilhas da P&G, passou a operar de forma independente, como uma nova empresa: a Duracell Company. A marca foi comprada pela Berkshire Hathaway, fundo de investimento de Warren Buffett, que a transformou em uma empresa de energia portátil, com foco em pilhas alcalinas, pilhas recarregáveis e carregadores. Duracell é marca líder mundial em pilhas alcalinas. No Brasil, a empresa também lidera e responde por cerca de 47,2% das vendas em valor (Dados Nielsen set.15) no segmento de alcalinas. • www.duracell.com.br 16

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VACINA CONTRA A DENGUE

A Sanofi anunciou, em abril último, que teve início, nas Filipinas, o primeiro programa de vacinação pública contra a dengue; a ação deverá vacinar um milhão de crianças das escolas públicas no país. No Brasil, se o programa for implantado em crianças de nove a dez anos de idade, haverá uma redução de 22% nos casos de dengue em um período de cinco anos. Caso seja ampliado para vacinação a partir de nove anos até 40 anos de idade, a redução poderá atingir até 81%. A vacina contra a dengue da Sanofi tem registro no México, Brasil e em El Salvador. • www.sanofipasteur.com.br

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INVESTIMENTO E ACRÉSCIMO DA LINHA Mesmo com a economia em crise, a Hi Clean, marca de gel antisséptico, obteve um crescimento de 42% no último ano. Para o diretor comercial da marca, Igor Malatesta, é nesse cenário de incertezas que aparecem as grandes oportunidades. A empresa planeja lançar, nos próximos meses, um produto renovado, com mudança de embalagem que une conceitos de sustentabilidade e inclusão social. O rótulo trará as informações em braile para que os deficientes visuais tenham acesso às informações contidas no produto, além de manter uma embalagem PET, ecológica e inquebrável. • www.hiclean.com.br

NOVO PRESIDENTE

O executivo Wilson Borges é o novo presidente do Grupo Natulab. Com mais de 30 anos de experiência no mercado farmacêutico, ele assume com o desafio de expandir a presença da empresa no mercado nacional. Para isso, seus focos prioritários serão o aumento da efetividade comercial e nível de serviço, a entrada nas principais redes de farmácias do Brasil, fazer investimentos na área de marketing e o lançamento de produtos com diferenciais em seus segmentos. Acompanhe, na próxima edição, uma entrevista exclusiva com o executivo. • www.natulab.com.br

Para onde sua empresa está indo? A Desenvolva Consultoria e Treinamento é uma empresa especializada no varejo farmacêutico. Com consultores especializados, linguagem direcionada e experiência no setor, a Desenvolva oferece projetos de treinamento sob medida, focados no desenvolvimento do fator mais importante para o sucesso das empresas: as pessoas. Entre em contato, invista na equipe, otimize os lucros e dê um novo rumo para o sucesso da sua empresa!

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FOCO NA EXPANSÃO

AÇÃO ITINERANTE PERCORRE O PAÍS

O Movimento Brasil Sem Parasitose (MBSP) é uma ação social e educacional de iniciativa da Federação Brasileira de Gastrenterologia (FBG), com o apoio da FQM – Farmoquímica, alinhada às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) de controle de parasitoses intestinais, cujo objetivo é reduzir a ocorrência das doenças parasitológicas, evitando consequências severas e o óbito. A ação itinerante, por meio de uma unidade móvel, acontece de março a outubro deste ano em 11 cidades brasileiras e consiste em levar à população atendimento médico e informação sobre a importância de hábitos de higiene pessoal e doméstica que evitam a transmissão de parasitas, bem como o correto tratamento para o controle de doenças. • www.fqm.com.br

As Farmácias Pague Menos anunciam mais uma etapa de seu projeto de expansão, com a abertura, ainda no primeiro semestre deste ano, do Centro de Distribuição (CD) da Bahia. Este será o quarto CD da rede, respaldando a meta de chegar a mil pontos de venda em território nacional até 2017. O CD está situado na cidade de Simões Filho, a 29 quilômetros de Salvador; receberá investimentos de R$ 6 milhões e garantirá a geração, em um primeiro momento, de mais de 100 empregos diretos. Com 17,9 mil m² de área total e capacidade de armazenagem de 94,6 mil m³, o complexo foi projetado para absorver exclusivamente a demanda das lojas da Bahia. • www.paguemenos.com.br

ALTERNATIVA CONTRA GRIPE

Até fevereiro de 2016, a circulação do vírus da gripe aumentou no Hemisfério Norte. E no Brasil, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), foram registrados 156 casos de gripe, até 19 de março último, 50% deles eram do tipo A H1N1 e 39% foram provocados pela cepa B. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a doença e suas complicações. Recomenda como principal prioridade a imunização anual contra a gripe das mulheres grávidas e, em seguida, dos bebês e crianças de seis meses a cinco anos de idade, pessoas com mais de 65 anos de idade, indivíduos que sofrem de doenças crônicas (diabetes, insuficiência renal, cardíaca, hepática, imunossuprimidos, etc.) e dos profissionais de saúde. • www.who.int/country/bra/es 18

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ATUALIZANDO

GENÉRICOS EM ALTA INDÚSTRIA OFERECE CADA VEZ MAIS OPÇÕES ECONÔMICAS PARA AMPLIAR O ACESSO DA POPULAÇÃO AOS MEDICAMENTOS. SAIBA QUAIS SÃO AS NOVIDADES E ABASTEÇA O PONTO DE VENDA POR TASSIA ROCHA

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Neo Química traz ao mercado o anti-hipertensivo olmesartana, genérico do Benicar®. O medicamento é indicado para o tratamento da hipertensão, ou seja, quando o paciente, durante estado de repouso, verifica por diversas vezes a pressão arterial sistólica superior a 14 mmHg ou diastólica maior que 90 mmHg. O produto está disponível nas apresentações com 20 mg + 12,5 mg e 40 mg + 25 mg. MS 1.5584.0460 www.neoquimica.com.br 20

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A EMS lança mais uma opção para o tratamento da disfunção erétil. Chega ao mercado a tadalafila disponível nas apresentações de 5 mg com 30 comprimidos e 20 mg com um, dois ou quatro comprimidos revestidos. A disfunção erétil acomete cerca de 150 milhões de homens no mundo, afetando mais da metade entre 40 e 70 anos de idade. A cada minuto, são vendidas nove unidades do medicamento em todo o Brasil, movimentando um mercado de R$ 350 milhões, fato que garante a posição no ranking entre as TOP 10 de classe terapêutica. Contraindicações: medicamento contraindicado para pacientes que estão usando qualquer forma de nitrato orgânico. MS 1.0235.1134 www.ems.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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MARFARIN®

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Mais uma novidade do Laboratório Teuto chega ao mercado, o produto Marfarin® com 30 comprimidos. O princípio ativo é a varfarina, utilizada como droga anticoagulante e está indicada na prevenção de formação de coágulos ou trombos de sangue (tromboembolismo), na prevenção de acidente vascular cerebral, de infarto agudo do miocárdio e recorrência do infarto. O medicamento encontra-se disponível nas apresentações com dez e com 30 comprimidos. MS 1.0370.0649.006-3 www.teuto.com.br

Os pacientes brasileiros que utilizam colírios podem contar com uma ajuda para instilar o produto. Trata-se do EYEDROP®, o primeiro aplicador de soluções oftálmicas desenvolvido no Brasil, que tem o objetivo de preservar a saúde ocular dos pacientes, evitar o desperdício de colírio e estimular a adesão ao tratamento. O projeto foi desenvolvido pelo designer Sidney Rufca, diretor de Negócios & Design da Vanguard Design, em parceria com a Allergan. Anvisa 80143609004 www.allergan.com.br

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NEROLOM®

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As vitaminas são essenciais para o bom funcionamento do organismo, sua carência está relacionada com o cansaço, o atraso no desenvolvimento das crianças e os distúrbios metabólicos, por exemplo. Sendo assim, para combater as deficiências nutritivas, a Kress Farmacêutica possui em sua linha de produtos o nerolom®, um polivitamínico composto pelas vitaminas B1, B6, B12 e PP, além do mineral manganês, que suprem a falta e corrigem as manifestações carenciais de vitaminas. É encontrado em frasco de 500 mL e possui uso adulto e pediátrico. MS 1.0657.0011.002-1 www.kress.com.br

A Medley, uma empresa do Grupo Sanofi, fechou uma parceria com a AstraZeneca – Biofarmacêutica Global, voltada para inovação – para disponibilizar aos pacientes o primeiro genérico do succinato de metoprolol, da AstraZeneca. O succinato de metoprolol é um medicamento que pertence à classe dos betabloqueadores e é indicado para os seguintes tratamentos: hipertensão arterial; insuficiência cardíaca; tratamento de manutenção após infarto do miocárdio; angina; palpitações; e profilaxia da enxaqueca. MS 1.1618.0249.005-4 (25 mg com 30 comprimidos) MS 1.1618.0249.011-9 (50 mg com 30 comprimidos) MS 1.1618.0249.009-7 (100 mg com 30 comprimidos) www.medley.com.br 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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ATUALIZANDO

CICATENOL DERMA EMS

A EMS amplia sua linha de dermocosméticos dentro da sua unidade de Marcas, e lança o Cicatenol Derma, gel hidratante e umectante desenvolvido para a pele com cicatrizes. O produto é o único da categoria com formulação exclusiva BioSkinTrat Complex, desenvolvida pela equipe de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da EMS, que conta com dexpantenol, alantoína e extratos naturais. O resultado é a união de agentes cicatrizantes com um potente hidratante de rápida absorção e toque seco, que agem diretamente na regeneração da pele e suavização de marcas de cicatrizes. O cosmético já está disponível nas principais farmácias e drogarias de todo o Brasil, com apresentação em bisnaga de 30 gramas. MS Produto isento, conforme a RDC que regula o registro cosmético 211/05. Processo 25351.226479/2015-71 www.ems.com.br

LONGIVIT CIFARMA

Levando em conta todos os aspectos fisiológicos (o próprio envelhecimento, doenças) e fatores ambientais (condutas, trabalho e estresse), a Cifarma desenvolveu o Longivit 100, um suplemento vitamínico mineral direcionado para a terceira idade. Além de possuir vitaminas e minerais importantes para o idoso, conhecidos como gerontolescentes, também facilita a suplementação, devido às apresentações em solução oral e comprimidos mastigáveis, que aceleram o processo da ação do suplemento e facilitam a administração. Longivit 100, vitaminas e minerais importantes para a saúde física e mental. Longivit é apresentado em frasco de 240 mL e caixa com 30 comprimidos mastigáveis. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 www.cifarma.com.br

IBUPRIL® TEUTO

O Laboratório Teuto amplia novamente a família Ibupril®. Agora, além das apresentações comprimido 300 mg, comprimido EUNOVA A Eunova, fundada há mais de 50 anos, oferece um portfólio completo revestido 400 mg, cápsula gelatinosa mole 400 mg, comprimido 600 mg para a saúde de homens, mulheres e crianças. Os produtos que e suspensão oral 50 mg/mL, chegam ao País são destinados a toda família e são desenvolvidos chega ao mercado o Ibupril® para fornecer melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar. A suspensão oral de 100 mg/mL. linha Eunova possui sete produtos: Multi vitaminas e suplementos, O medicamento é indicado Mulher, Silver 50+, Ômega-3, Kids, Calcium Kids, Guaraná + para redução da febre Cafeína e Nutri Hair, e trará alguns lançamentos e inovações nos (antitérmico) e para alívio de próximos meses. Todos os produtos são isentos de glúten, lactose dores (analgésico), tais como e proteínas do leite e podem ser encontrados nas farmácias de São dores decorrentes de gripes e Paulo e do Rio de Janeiro. Nos próximos meses, também estarão resfriados, dor de garganta, dor nas drogarias em Minas Gerais, Espírito Santo e no sul do País. de cabeça, dor de dente, dor MS Produtos isentos de registro, conforme a nas costas, cólicas menstruais, RDC 27/10 (Eunova Multi vitaminas, Eunova Nutri Hair, dores musculares e outras. Eunova Calcium Kids e Eunova Kids) O produto, que possui sabor MS 6.6339.0019.001-6 (Eunova Mulher) de tutti-frutti, encontra-se MS 6.6339.0010.001-7 (Eunova Silver 50+) disponível em apresentaMS 6.6339.0022.001-2 (Eunova Guaraná + Cafeína) ção com frasco de 20 mL. MS 6.6339.0016.001-1 (Eunova Luteína) MS 1.0370.0076.039-5 MS 6.6339.0011.001-2 (Eunova Ômega-3) http://www.eunova.de www.teuto.com.br

MULTIVITAMINAS

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COMO A CATEGORIA DE LEITES E PAPINHAS DEVE SER ORGANIZADA? PERGUNTA ENVIADA POR ZEVALDO GAMA, DE MANAUS (AM)

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A definição do onde, do como e do quanto deve ser aplicada a partir de análises quantitativas e qualitativas e executá-las a partir do processo de Gerenciamento por Categorias (GC), a primeira etapa é definir no layout o espaço adequado. Segue um resumo do modelo de como fazer: Premissas básicas: 1. Empresa tem uma estratégia clara (propósito bem delineado). 2. Conhecimento do shopper. 3. Categorias bem definidas e seus papéis. Para definir a distribuição “ótima”, é necessário: 1. Análise da situação atual. 2. Avaliar possíveis melhorias

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– detalhando uma proposta. 3. Implementação da proposta. 4. Monitoramento dos resultados e correção de rotas. Mapeamento da situação atual: levantar como estão posicionadas as categorias, importância e desempenho das mesmas, onde estão as de maior e menor valor, fluxo de clientes, áreas quentes e frias, etc. Recomendação: após avaliar e identificar a situação atual (o que tem na loja, onde estão e como estão as categorias, plano de negócio), propor melhorias: A) Análise qualitativa. B) Papel das categorias: pensar em como facilitar a interação do cliente com as diferen-

tes categorias, a circulação na loja e a própria rotina de operação da loja. C) Estratégia da categoria: para cumprir seus objetivos de vendas, os varejistas estabelecem objetivos em relação às principais categorias – o que esperam: aumentar tráfego, aumentar transação, lucro, etc. A execução dessas estratégias pode ser facilitada com um posicionamento adequado no espaço físico: Métricas: maior detalhamento (processo mais avançado e opcional). Envolve o detalhamento do tamanho físico dos produtos, espaço na prateleira, participação nas vendas, lucro, giro, número de itens, ritmo de inovação, validade, sortiIMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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mento, tempo de prateleira, etc. Implementação: como “minimizar” o impacto ruim da mudança. Devem ser pouco frequentes e tudo de uma vez. Avaliação: avalição do mercado, estabelecimento de objetivos a partir de desempenho passado e expectativas futuras, considerando o ambiente no qual se opera na atualidade, definição de mudanças e medição de resultados. O segundo passo é aplicar cada etapa/processo do gerenciamento para a categoria ou solução definida. Processos: • Definir a categoria (o que entra e não na solução); • Papel;

• Estratégias; • Táticas... Em relação aos produtos mencionados, as indústrias recomendam criar como se fosse o corredor das fases/crescimento que deveria ser considerando o sentido do fluxo da direita para esquerda. Nutrição – onde entram fórmulas infantis – seguida de papinhas e de cereais infantis, cereais matinais família, leites em pó – crescimento/fases + leite em pó, modificadores do leite, aveias e suplementos. Claro que tudo depende do perfil da loja, do tamanho, espaço dedicado, da quantidade e do tamanho dos módulos.

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FÁTIMA MERLIN Fundadora da Connect Shopper, consultora de varejo e shopper marketing, especialista em gerenciamento por categoria, palestrante e autora do livro “Meu cliente não voltou, e agora?”. 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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VAREJO

Alguns segredos da inovação e do sucesso

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O MERCADO EXIGE INOVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO. QUEM SE ADEQUAR A ESSA REALIDADE ALCANÇARÁ O TOPO DO SUCESSO

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 30

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Recentemente lancei, pela Contento Comunicação, um livro cujo título é Liderança para todos. Aos que já leram o livro, aqui vai um complemento que li na Forbes: “A cura para a Apple não é o corte de custos: a cura para a Apple é inovar”. Steve Jobs fez essa declaração quando voltou para a empresa depois de um período de 12 anos fora dela. A empresa estava perto da falência. Depois disso, todos nós sabemos o que aconteceu: ele lançou inovação atrás de inovação, revolucionando computadores, entretenimento, música, varejo, mobile e telecomunicações e formou o império que existe até hoje. Veja, a seguir, uma lista de princípios que levaram Jobs ao sucesso e que podem ser aplicados por qualquer líder. Faça o que você ama. A inovação não acontece sem paixão. Steve Jobs não era apaixonado por computadores; ele amava criar maneiras de fazer as pessoas desenvolverem todo seu potencial e amar o que faziam. Pergunte a si mesmo: “O que faz o meu coração bater mais forte?”. Siga a resposta. Deixe a sua marca no universo. Paixão alimenta, mas é a visão que dirige a energia para o destino certo. Na década de 70, computadores pessoais eram apenas um hobby. Jobs e Steve Wozniak tiveram a visão de colocar o computador nas mãos de todas as pessoas e eles são uma realidade hoje. Jobs disse que a tarefa de um líder é contratar as melhores pessoas e mantê-las alinhadas em busca da visão do negócio. Mantenha o seu time focado na visão. Criatividade é conectar as coisas. Jobs acreditava que um conjunto amplo de ex-

periências leva as pessoas a conclusões que outros não conseguem alcançar. As pessoas associam ideias de campos diferentes e as aplicam no produto e serviço que estão procurando. Hoje, a conectividade é tudo! Diga não a mil coisas. “Inovação vem ao se dizer não a mil coisas”, disse Jobs. Quando ele retornou à Apple, reduziu drasticamente o número de produtos e todos eles passaram a ser um time de ponta. Isso se aplica ao mix das farmácias que, muitas vezes, precisa ser revisto e reduzido. Crie grandes experiências. Ele inovou a experiência do consumidor ao fazer um dos melhores modelos de atendimento ao cliente. Jobs tinha uma visão maior do que deveria oferecer aos seus clientes. Não fique olhando apenas para seus concorrentes e, sim, crie experiências excepcionais para todos os seus consumidores. Domine a mensagem. Jobs era um mestre em contar histórias e ele trabalhava duro nisso. Sua habilidade em fazer apresentações foi sendo refinada ao longo de anos de prática. Você pode ter grandes ideias, mas não consegue convencer outros se não transformá-las em produtos e serviços inovadores. Melhore a história que conta de sua empresa e de seu negócio. Venda sonhos, não produtos. O visionário teve sucesso porque ele vendeu sonhos, não produtos. Quando abriu a primeira Apple Store em 2001, disse que a loja não venderia computadores; ela “enriqueceria vidas”. Poucos ligam para produtos novos, mas todo mundo só se preocupa consigo mesmo e como os produtos tocam a sua vida. Crie serviços e produtos que ajudem as pessoas a alcançar seus sonhos e você conseguirá atingir seus objetivos. Sempre há como melhorar seu negócio; essas inspirações podem ajudá-lo. Experimente! IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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OPINIÃO

Comprar ou ser comprada?

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AS “BIG PHARMAS” CONTINUAM DISPONDO DE MAIORES RECURSOS PARA EFETIVAR O PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

GABRIELA SOAVE Director & Partner do Fesap Group, consultoria de executive search e de estratégia de capital humano 32

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Turbulências políticas e econômicas à parte, o biênio 2015-2016 será lembrado como um período de importantes fusões e aquisições na indústria farmacêutica mundial. Se olharmos um pouco para trás, o volume de aquisição do biênio 2012-2013 foi relativamente ameno em termos de negociações e dólares movimentados. Esse ritmo mais lento pode ser atribuído a diversos fatores, como a incerteza a que o mercado econômico mundial assistia na época, além da considerável alta das ações das organizações farmacêuticas de capital aberto. A partir disso, o fluxo de caixa das empresas mais elevado e a maior facilidade no financiamento de dívidas se tornaram fatores mais agressivos na busca pela variedade de produtos e serviços e por mudanças estratégicas. Chegamos ao grande boom das fusões farmacêuticas, que está diretamente relacionado a aspectos, como os desafios da área de pesquisa e desenvolvimento, as dificuldades encontradas em mercados emergentes e também a questão fiscal dos Estados Unidos e outras potências. Ao longo da última década, as “Big Pharmas” viram seus blockbusters perderem exclusividade. Além disso, a evolução das drogas de biotecnologia cresceu exponencialmente. Com esse cenário, os principais players se viram forçados a olhar para fora de casa, a fim de complementar a lacuna do seu

portfólio, geralmente com foco em terapias para doenças crônicas. De acordo com pesquisas recentes, estima-se um investimento de cerca de US$ 2,5 bilhões para se obter uma nova droga no mercado. Todavia, apoiados nos avanços tecnológicos, como modelagem molecular e sequenciamento de DNA, os pequenos grupos de cientistas conseguem avançar em suas pesquisas nas fases iniciais. Na prática, isso significa que as “Big Pharmas” deixam necessariamente de contar com uma vantagem competitiva. Ainda assim, continuam dispondo de maiores recursos para efetivar o processo de comercialização e distribuição, possibilitando, dessa forma, um acesso mais rápido da população aos seus produtos. Essa mescla de opções, atrelada à busca de eficiência operacional e financeira, fez com que o mercado de capitais assistisse em 2015 à sua maior transação oriunda do setor farmacêutico, com o acordo entre Pfizer e Allergan, no valor divulgado de US$ 160 bilhões. Até meados de dezembro de 2015, o volume de fusões e aquisições no setor atingiu nada menos que US$ 649,4 bilhões. Pelo que temos observado no mercado, os próximos meses tendem a manter-se aquecidos com novas fusões e aquisições. A questão que permeia o cenário executivo agora é: comprar ou ser comprada? IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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CONCORRÊNCIA

Varejo em expansão EM MEIO À CRISE ECONÔMICA, GRANDES REDES DE FARMÁCIAS NÃO SE INTIMIDAM E SEGUEM FIRMES COM AGRESSIVOS PLANOS DE EXPANSÃO. DESTA VEZ, O FOCO É A REGIÃO NORDESTE POR FLÁVIA CORBÓ

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Nordeste brasileiro: terra de praias lindas, sol forte, vento constante e, em breve, de presença maciça de grandes redes de farmácias, caso os planos de expansão de companhias tradicionais do Sudeste se concretizem por lá. Atualmente, a rede Pague Menos reina quase absoluta na região, ao lado da concorrência expressiva do grupo Walmart que possui 65% dos 227 pontos de venda (PDVs) situados no Nordeste. Fundada na capital cearense, a Pague Menos tornou-se a primeira rede do varejo nacional a atuar em todas os estados brasileiros, mas sempre manteve foco

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principal na região de origem. Em 2015, das 102 farmácias inauguradas pela rede, 57 delas estão concentradas no Nordeste. A atuação nos nove estados da região totaliza 55,9% do total de PDVs abertos no ano passado. A tradição da Pague Menos em terras nordestinas é grande, mas pode ser ameaçada com a chegada de outras redes de peso. Aos poucos, empresas varejistas que dominam a região Sudeste passam a concentrar esforços na abertura de novas lojas em áreas antes pouco exploradas. De acordo com a coordenadora de relacionamento corporativo da Academia de Varejo, IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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APRESENTAÇÕES 100mg/mL - 20mL | 50mg/mL - 30mL 400mg com 30 comprimidos revestidos 400mg com 100 comprimidos revestidos Ibupromed®. Ibuprofeno. Indicações: febre e dores leves a moderadas, associadas a gripes e resfriados, dor de garganta, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, cólicas menstruais, dores musculares e outras. Registro: 1.0917.0091. Não use

este medicamento em casos de úlcera, gastrite, doença dos rins ou se você já teve reação alérgica a anti-inflamatórios. sac@medquimica.com

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MAIO/2016

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CONCORRÊNCIA

Renata Nieto, o foco no Nordeste cresceu porque, apesar da recessão, que também afetou resultados do varejo farmacêutico, o desaquecimento tem sido menor por lá. O mercado de farmácias ainda cresce acima da inflação – de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 10,67% em 2015 – por conta do envelhecimento da população e pela oferta de produtos menos sensíveis a variações de demanda, como é o caso dos medicamentos. “Outro fator de importante destaque para o Nordeste está na política de redução da pobreza, cujo projeto mais notório é o Programa Bolsa Família, que permitiu o acesso de milhares de famílias nordestinas à roda do consumo. Além disso, ele transformou a região em um mercado cheio de oportunidades para os varejistas de diversas frentes, inclusive a farmacêutica, que também conta com o Programa Farmácia Popular, do Governo Federal, responsável por subsidiar até 90% do valor dos medicamentos”, explica Renata.

ABERTURA DE LOJAS Redes de atuação prioritária no Sudeste já possuem algumas lojas no Nordeste há anos, mas foi em 2015 que a abertura de novas unidades da região deslanchou. O Grupo DPSP – administrador das redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo –, por exemplo, abriu 23 novas lojas no Nordeste e segue mirando a região em 2016. Além de inaugurar outras unidades em estados em que já atua, como Paraíba e em Alagoas, serão abertas as primeiras lojas em Sergipe, ainda no primeiro semestre do ano. “A expansão para o Nordeste é um projeto que evidencia a força de nossas marcas, leva atendimento personalizado e produtos de alta qualidade para novos consumidores. Atualmente, temos 58 lojas na região, que tem nos recebido muito bem”, diz o diretor de marketing do Grupo DPSP, Roberto Tamaso. Para os nordestinos, a novidade é boa. Além de criar novas opções de farmácias, a expansão deve abrir muitas vagas de emprego. Em média, cada filial inaugurada gera 14 postos de trabalho. Os números podem ser ainda maiores, já que, além de lojas, o Grupo DPSP pretende inaugurar um Centro de Distribuição (CD) ainda no primeiro semestre de 2016, para otimizar o processo de logística na região Nordeste. Movimento semelhante ocorre dentro da Raia Drogasil, maior grupo varejista farmacêutico do Brasil. Presente no Nordeste com a bandeira Drogasil, a rede abriu 28 lojas na região em 2015. A presença da companhia na região foi aumentando aos poucos. A primeira unidade 36

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NOS PRIMEIROS NOVE MESES DO ANO DE 2015, FORAM COMERCIALIZADAS MAIS DE 1,5 BILHÃO DE UNIDADES ENTRE MEDICAMENTOS E NÃO MEDICAMENTOS PARA POUCO MAIS DE 600 MILHÕES DE PESSOAS. COM UM CRESCIMENTO DE 12,31% NAS VENDAS nordestina foi inaugurada em 2012, na Bahia. Desde então, a rede inaugurou lojas em mais cinco estados: Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. “Encerramos o ano de 2015 com 66 lojas no Nordeste, sendo cinco em Alagoas, cinco em Sergipe, sete no Rio Grande do Norte, nove na Paraíba, 18 em Pernambuco e 22 na Bahia”, conta o vice-presidente de relações institucionais da Raia Drogasil, Antonio Carlos de Freitas. E a presença na região só deve crescer, tendo em vista o investimento em infraestrutura logística que está sendo feito. “Acreditando no potencial da região, estamos investindo em um novo CD situado em Jaboatão dos Guararapes (PE) que deverá entrar em funcionamento nos próximos meses”, revela Freitas.

ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS Apesar da forte presença de redes como Pague Menos e Bom Preço, a exemplo do que ocorre Brasil afora, as farmácias independentes e associativistas são maioria dentro do varejo farmacêutico nordestino, o que representa um ponto de atenção às redes que estão traçando planos de expansão por lá. Somente a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) tem 3.589 lojas no Nordeste. Redes formadas por duas ou mais bandeiras tendem a ter alto poder competitivo para conquistar novos territórios, mas isso não elimina o desafio de adaptação a culturas diferentes em um território novo e de fortes características regionais. “Assim, faz-se necessária uma pesquisa de mercado antes de se instalar em uma região nova. Essa pesquisa deve se basear em duas perguntas: qual das marcas é mais lembrada na região em questão e qual estilo de vida tem mais influência local?”, aconselha Renata.

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CONCORRÊNCIA

EXPANSÃO EM ALTA

Rede abriu 23 novas lojas no Nordeste e planeja abrir sua primeira unidade em Sergipe, ainda neste primeiro semestre Com a primeira unidade inaugurada em 2012, a rede já conta com 66 lojas no Nordeste

Entre os fatores que merecem maior atenção, estão a capacitação dos colaboradores, que exige uma atenção profunda na sua formação; e os diferenciais no sortimento. “No Nordeste, por exemplo, a marca deve atuar com um modelo que atenda principalmente às classes B e C. Contudo, ao mirar na crescente classe C da região, vale levar em consideração o reforço no segmento de beleza e estética, uma vez que as mulheres são maioria entre o público que frequenta as unidades das redes”, lembra Renata. O que pode facilitar a vida das redes que estão desembarcando no Nordeste é o fato de que o varejo farmacêutico tem migrado de um modelo regional para o nacional. A tendência torna a adaptabilidade do formato nacional possível. A Drogasil está confiante de que os atributos da marca de 81 anos de atuação serão capazes de render bons frutos, independente da região. Por isso, pretende manter estratégias semelhantes, que já se mostraram certeiras em locais de forte concorrência, como São Paulo. “A rede oferece aos seus clientes uma ampla gama de produtos de cuidados com a saúde e com a beleza. Nossas lojas estão localizadas em pontos privilegiados e, em sua grande maioria, contam com estacionamento próprio. Nossos funcionários são treinados para oferecer o melhor 38

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A expansão deve abrir muitas vagas de emprego, em média, cada filial gera 14 postos de trabalho

nível de serviço aos nossos clientes e sempre oferecer a melhor alternativa de compra disponível”, destaca Freitas. A confiança no crescimento de modelos nacionais de varejo em detrimento de formatos regionais é tanta que também provoca uma movimentação contrária. Enquanto as redes do Sudeste se unem para avançar em direção ao Centro-Oeste, Norte e Nordeste, há quem faça o caminho inverso. É o caso da rede Pague Menos que, somente em 2015, inaugurou 20 novas lojas no Sul e Sudeste.

OBSTÁCULOS ECONÔMICOS Se as diferenças regionais não parecem assustar os principais empresários do varejo farmacêutico econômico, tampouco a crise econômica foi capaz de frear os planos de expansão para o ano de 2016. O otimismo pode ser explicado por alguns números a respeito do desempenho que o setor vem apresentando. Segundo índices da Academia de Varejo, nos primeiros nove meses do ano de 2015, foram comercializadas mais de 1,5 bilhão de unidades entre medicamentos e não medicamentos para pouco mais de 600 milhões de pessoas. Com um crescimento de 12,31% nas vendas, o varejo segue quase alheio à crise, o que permite a manutenção dos planos de expansão.

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CONSULTOR JURÍDICO

De quem é o custo do boleto de cobrança?

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FARMÁCIAS E DROGARIAS NÃO PODEM SER OBRIGADAS AO PAGAMENTO DO CUSTO DE EMISSÃO

GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 40

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Toda e qualquer drogaria ou farmácia adquire produtos farmacêuticos e correlatos de fornecedores e, a rigor, as cobranças de tais transações comerciais se dão por meio de boletos bancários emitidos por instituições financeiras, a pedido de tais fornecedores. No entanto, até fevereiro deste ano, o Poder Judiciário brasileiro entendia que era a própria farmácia ou drogaria que deveria arcar com o custo da emissão do boleto bancário, interpretando o artigo 325 do Código Civil: “Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.” Esse entendimento – com o respeito cabível ao Poder Judiciário – era equivocado, uma vez que cada instituição financeira estabelece o próprio custo de emissão de boletos bancários e quem procura o banco é o fornecedor e não o estabelecimento farmacêutico adquirente das mercadorias.

Se a farmácia ou drogaria não teve a oportunidade de escolher este ou aquele banco para verificar qual teria o menor custo de emissão de boletos bancários, sem dúvida não deveria arcar com o custo. Em março último, houve uma reviravolta nesse entendimento, quando do julgamento do Recurso Especial 1.568.940-RJ, por meio do qual o Superior Tribunal de Justiça reputou abusiva a cobrança do custo de emissão dos boletos bancários aos estabelecimentos farmacêuticos, em vista da expressa vedação contida no inciso II do parágrafo 2º do artigo 1º da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) 3.919/10. Dessa forma, o atual entendimento do Poder Judiciário é o de que as farmácias e drogarias não podem ser obrigadas ao pagamento do custo de emissão dos boletos bancários, sempre sendo interessante, a fim de preservar as relações comerciais com os fornecedores, uma conversa sobre o assunto. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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DEBATE

Em busca de agilidade HÁ ANOS, A DEMORA PARA O TEMPO DE APROVAÇÃO DOS REGISTROS DE MEDICAMENTOS POR PARTE DA ANVISA É MOTIVO DE RECLAMAÇÃO. PARA TENTAR ACERTAR O COMPASSO, O SENADOR JOSÉ SERRA APRESENTOU UM PROJETO DE LEI QUE PROPÕE MAIS RIGIDEZ AOS NOVOS PRAZOS MÁXIMOS POR FLÁVIA CORBÓ

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O primeiro trimestre de 2016 foi agitado para os parlamentares brasileiros e o cenário tende a continuar assim. Decisões que podem definir os rumos políticos do País são tomadas todos os dias. Mas em meio ao burburinho causado pela crise econômica e denúncias de corrupção, deputados e senadores seguem apresentando Projetos de Lei que visam promover mudanças na legislação brasileira. Uma das propostas debatidas mais recentemente foi o Projeto de Lei do Senado (PLS) 727/15, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que altera os prazos de concessão de registro de medicamentos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e torna mais transparente a tramitação dos processos. Atualmente, a regra em vigor, baseada na Lei 6.360/76, concede o tempo

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máximo de 90 dias para a conclusão dos registros, mas, na prática, o prazo é desrespeitado com frequência. Para discutir as mudanças propostas pelo PLS 727/15, parlamentares, representantes de entidades do setor farmacêutico e membros da Anvisa se reuniram em uma audiência pública, no mês de março último. Na ocasião, o próprio presidente do órgão de vigilância, Jarbas Barbosa, assumiu o descumprimento do prazo máximo em alguns processos. “Atualmente, a Anvisa leva 632 dias para concluir o registro de um medicamento novo, 1.062 dias no caso de genérico e 1.225 para medicamento similar.” De acordo com Barbosa, trata-se de um tempo menor que o praticado na Índia e na China e maior que o exigido por agências reguladoras de mercados mais desenvolvidos, como Europa e Estados Unidos. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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DEBATE

Apesar do descumprimento do prazo máximo definido por lei ser uma realidade, o presidente da Anvisa fez questão de ressaltar que foram adotadas medidas para reduzir o tempo de registro de medicamentos e que as iniciativas já surtiram efeito positivo. “As novas drogas para hepatite C, por exemplo, foram aprovadas na Anvisa em um período inferior a quatro meses, para todo o processo, tempo similar ou inferior ao que levou para registro tanto nos Estados Unidos como na Europa.” Barbosa ressaltou ainda que a Agência adotou resolução para agilizar o exame de processos de baixo risco para a saúde pública, que foram separados dos mais complexos, ou seja, aqueles que exigem análises mais detalhadas. Para o presidente do órgão, é essa diferença do tempo requerido entre os diversos tipos de medicamentos que impede o cumprimento dos prazos do que determina a legislação em todos os registros. “É um prazo excessivo para alguns processos e impossível de ser cumprido para outros. Não há lugar no mundo em que um medicamento novo seja registrado antes de 90 dias. A lei caducou, era de outra época”, argumenta.

DO OUTRO LADO Mesmo diante das explicações, o autor do PLS 727/15 segue firme na defesa do encurtamento dos prazos, especialmente para o registro de genéricos. “Os números são assombrosos. Se encurtarmos esses prazos, aumentamos o atendimento e asseguramos a concorrência. Ou seja, preço e acesso. Esse é o propósito essencial do projeto”, declarou Serra, durante audiência pública. A proposta do senador é de que novos prazos máximos sejam estipulados, a depender da categoria do produto. O Projeto de Lei prevê 90 dias para registro de medicamentos classificados como urgentes; 120 dias para os classificados na categoria de determinados como prioritários; e 365 dias para os demais. Representantes de entidades do setor farmacêutico concordam com a necessidade de reduzir o tempo de espera pelo registro de medicamentos, mas lembram que é preciso ir além de fixar novas datas no papel. “Não adianta criar novos prazos, sem que exista uma estrutura efetiva para cumpri-los”, alerta o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. De acordo com o executivo, a Anvisa se preocupou em estabelecer um trabalho de alto nível, mas o 44

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AS CONSEQUÊNCIAS DOS ATRASOS SÃO GRAVES, TANTO PARA PACIENTES QUANTO PARA A ECONOMIA DA SAÚDE. DE UM LADO, PRIVA OS BRASILEIROS DE MELHORES OFERTAS TERAPÊUTICAS E, DO OUTRO, PREJUDICA O MERCADO FARMACÊUTICO tamanho da estrutura da Agência não acompanhou o elevado padrão de exigências. O descompasso acabou por sobrecarregar algumas áreas e promover atrasos. Por isso, o executivo julga o PLS 727/15 interessante, mas não a solução definitiva para o descumprimento dos prazos. “Enquanto não houver vontade política e uma gestão efetiva para resolver, o projeto irá criar mais uma lei que não será cumprida”, reforça. “É preciso conjugar alguns fatores. Criar uma estrutura necessária, com pessoas bem remuneradas, dispostas a cumprir suas tarefas, e estabelecer processos claros e bem definidos. Não adianta existirem pessoas e colocar mais gente para trabalhar, sem haver processos. As pessoas vão ficar batendo cabeça”, opina Mussolini. A estrutura insuficiente gera, além de atrasos nos registros dos medicamentos, problemas de relacionamento com as indústrias. Durante a audiência pública, o presidente da Anvisa afirmou que parte do atraso nos registros é de responsabilidade dos fabricantes, que, muitas vezes, não apresentam a documentação completa ao dar entrada no pedido de registro, exigindo que a Anvisa solicite a complementação de informações. Mussolini rebate, citando, mais uma vez, a necessidade de se estabelecer processos bem definidos, que não deem margem para dúvidas e desentendimentos: “Como não existe uma clareza na legislação vigente, às vezes determinado pedido de registro exige uma complementação que não está na lei. O técnico demanda um teste de bioequivalência que não está previsto na legislação, por exemplo. Cada técnico faz a sua interpretação e exige uma informação a mais que não estava predeterminada. Por isso, digo que se não tivermos um processo claro para todos, dificilmente vamos resolver os problemas.”

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DEBATE

INICIATIVAS EM CURSO

O QUE MUDA Lei 6.360/76: prazo máximo de

90 dias para o registro de qualquer categoria de medicamento. O que a Anvisa consegue cumprir:

632 dias para concluir o registro de um medicamento novo,

1.062 dias no caso de genérico e 1.225 para medicamento similar. O que o PLS 727/15 propõe: 90 dias

para registro de medicamentos classificados

120 dias

como urgentes, para os classificados na categoria de prioritários e

365 dias para os demais. 46

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Ciente da necessidade de aprimorar a estrutura atual, a Anvisa assinou um acordo de cooperação técnica junto ao Movimento Brasil Competitivo (MBC). O objetivo da parceria é realizar ações voltadas para a capacitação profissional dos colaboradores da Agência. O Programa de Formação Aplicada dos Servidores da Anvisa visa desenvolver a capacidade de analisar os impactos das ações regulatórias da Agência nos setores industriais, desenvolve o pensamento crítico sobre os processos de trabalho, assim como as habilidades necessárias para cumprir efetivas ações de melhoria. Diante de iniciativas como essa, o presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Brito, reconhece que, nos últimos dois anos, a Anvisa tem se esforçado para revisar os processos, reforçar a equipe e, com isso, reduzir os prazos para registro de produtos. “As estatísticas mostram que essa redução já começou a ocorrer. No entanto, o passivo era – e ainda é – tão grande que os prazos continuam sendo absolutamente insuportáveis.” As consequências dos atrasos são graves, tanto para pacientes quanto para a economia da saúde. De um lado, priva os brasileiros de melhores ofertas terapêuticas e, do outro, prejudica o mercado farmacêutico. “Quando você atrasa o registro de um produto novo, impede acesso da população a novas tecnologias que poderiam sanar uma série de problemas. Com relação a produtos antigos, como é o caso de genéricos, está se impedindo a concorrência. No fim do dia, as empresas perdem, pois deixam de participar do mercado, mas quem mais se prejudica é a população”, pontua Mussolini. A necessidade de ajustes é clara e, segundo acredita a Interfarma, a Anvisa está no caminho certo. “Hoje, a Agência tem um espírito muito voltado para a revisão dos processos, para a tentativa de combater a burocracia desnecessária e fazer agora o que deveria ter sido feito desde o início: concentrar a atenção naquilo que realmente envolva risco sanitário”, acredita Brito. Como exemplo dos sinais de mudança, o executivo cita a aprovação das novas regras de pós-registro, ocorrida no fim de março último. “Era um tema que ocupava grande parte do tempo e das pessoas da Agência. Esperamos que tudo isso contribua para que a Anvisa, em pouco tempo, possa ter prazos razoáveis.”

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PONTO DE VENDA

Como diminuir o índice de furtos em tempo de crise

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SEM CANSAR DE AFIRMAR, PREVENÇÃO É A MAIOR ARMA NA DEFESA DO SEU PATRIMÔNIO E DA GRIPE QUE NOS RONDA

LUIZ FERNANDO SAMBUGARO Diretor de comunicação da Gunnebo Brasil 48

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Assuntos relacionados à atual crise econômica, política e, por consequência, os sérios reflexos sociais, estão em destaques nos veículos nacionais e uma das maiores preocupações dos brasileiros, hoje, está relacionada ao sistema de saúde pública que, cada vez, está mais claudicante. Com essa prévia, o setor distribuidor de medicamentos, produtos de beleza e afins, precisa redobrar sua atenção, não apenas no ponto de venda, mas, principalmente, no aumento dos furtos internos. Como temos abordado com frequência e consistência, o trabalho de prevenção deveria ser aplicado desde o início. É óbvio que quem fez o trabalho preventivo corretamente tem menor chance de surpresas nos seus índices de furto, independentemente de crise ou não. Confira alguns cuidados adicionais: • Maior atenção quando o volume de clientes no estabelecimento aumenta. • Permanente arrumação das gôndolas e demais expositores, pois isto permite rápida visualização de “buracos” causados por venda ou furto. • Visando ao furto interno: a oferta aos funcionários de vendas a preços diferenciados e desconto em folha de pagamento pode reduzir a tentação de se obter o que se precisa a qualquer meio. • Atenção redobrada aos itens de maior risco, os chamados Produtos de Alto Risco (PAR). • Maior atenção no “trânsito” entre o balcão e o caixa, momento que gera oportunidades de furtos.

A insegurança da equipe, gerada pelos constantes ajustes internos, tais como transferências, redução de cargos, cortes e mais cortes, tende a elevar o furto interno, o que só um processo de comunicação efetivo e preventivo pode minimizar a situação. Uma das principais causas do furto interno são: falta de atenção ao funcionário, destrato, desigualdade de tratamento e não adequação das políticas internas à realidade do momento. Essa é a hora em que a integração entre as áreas operacionais e de Recursos Humanos devem interagir de forma preventiva e ostensivamente. Para quem tem equipamentos de proteção, como as antenas ou câmeras Gunnebo Gateway ou outras quaisquer instaladas nas portas, a verificação diária do funcionamento deve ser regra operacional. Vou além, toda vez que o alarme soar, deve-se tomar uma atitude imediata, como: dirigir-se ao cliente, orientando-o tecnicamente, pois a possibilidade de alguém estar observando qual o procedimento da loja quando dispara o alarme é muito grande e se a atitude for sempre do tipo: pode ir embora, não está funcionando, ou o caixa sabe que o desativador está falhando, ele nem prestará mais atenção ao alarme. Consequência: aumento do furto. Enfim, poderíamos afirmar que, em tempos de crise, nossa atenção deve ser redobrada, caso contrário, teremos um prejuízo maior que é somado à queda do faturamento. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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LIDERANÇA

O exemplo vem de cima

PESQUISAS AO REDOR DO MUNDO INDICAM QUE O COMPORTAMENTO RUIM DOS CHEFES PREJUDICA A SAÚDE FINANCEIRA DAS EMPRESAS E, PRINCIPALMENTE, DOS EMPREGADOS. SAIBA COMO FUGIR DESSA CILADA

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A influência dos chefes no desempenho de uma equipe e na produtividade dos empregados é um dos assuntos mais em voga ao redor do mundo em rodas e eventos que debatem a administração moderna. Tema de seminários, palestras e livros, as formas de liderar atraem todos aqueles que almejam ou se deparam repentinamente com um cargo de líder – seja supervisor, gerente, diretor, presidente ou dono de uma empresa. O que pouco se divulga nesses livros e palestras é que cientistas ao redor do mundo já estudam, desde o início da década, a influência real

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POR RODRIGO RODRIGUES

e física que um chefe ruim tem sobre os empregados e subordinados. Na Suécia, por exemplo, uma pesquisa realizada com 3.122 profissionais, durante dez anos, diz que o trabalhador que tiver um bom chefe ou patrão tem 20% menos chance de ter um infarto ao longo de 365 dias, do que os trabalhadores vítimas de assédio ou dos chefes abusivos. O levantamento sueco também aponta que os trabalhadores expostos a ambientes gerais de trabalho saudável, sem estresse ou assédio moral, têm as chances de ter infarto reduzidas em 39% ao longo de quatro anos. Ou seja, o empregado cujos colegas de trabalho IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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LIDERANÇA

TAL QUAL COMO OS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS, O CHEFE TAMBÉM PRECISA PASSAR POR RECICLAGEM CONSTANTE E AVALIAÇÃO 360 GRAUS PARA NÃO PERDER O NORTE DAS AÇÕES QUE ELE TOMA DIARIAMENTE. É UMA REGRA DE OURO QUE VALE NÃO SÓ PARA O BOLSO, MAS PARA A SAÚDE DOS EMPREGADOS E DA PRÓPRIA EMPRESA são responsáveis e gentis consegue manter um equilíbrio importantíssimo para ter a pressão arterial controlada. Além da Suíça, Finlândia e Inglaterra também fizeram conjuntamente estudos sobre o assunto e constataram que os operários que relatam tratamentos injustos por parte dos chefes têm mais tendência de morrer de distúrbios do coração. Os pesquisadores europeus acompanharam 804 operários dos dois países ao longo de trinta anos e comprovaram que aqueles que relatavam tratamento injusto dos superiores tiveram mais distúrbios do coração, chegando até a falecer, em determinados casos. “O bom chefe não se impõe pelo grito, mas sim pelo exemplo, acessibilidade e capacidade de ouvir. O empregado que executa uma tarefa errada, às vezes, o faz por falta de orientação exata, acompanhamento e processos. Por isso, estar por perto e dar oportunidade dele falar pode encurtar o caminho e evitar todo um clima estressante, que prejudica a saúde de todos ao redor”, avalia o professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), José Lupolli Júnior.

ATUAÇÃO-MODELO O mau comportamento dos chefes no Brasil está por trás também do alto índice de pedidos de demissões registradas no País nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a rotatividade do mercado de trabalho brasileira está entre as mais altas do mundo. O chamado turnover – fim de ciclo, no inglês – está em patamares assustadores em setores, como o de serviços, comércio, agricultura e construção civil. No comércio, 64% das vagas geradas anualmente têm trabalhadores demitidos ou demissionários. O patamar só perde para agricultura (92%) e construção civil (115%), segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2013. Nas projeções do MTE, ao menos 35% das pessoas que deixaram os empregos nos últimos quatro anos saíram por livre e espontânea vontade. Ou seja, deixaram a vaga em busca de novas oportunidades no mercado. 52

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“Óbvio que a relação com o chefe e com os colegas não é o único motivo de um pedido de demissão do empregado. Mas numa situação em que os benefícios, o horário de trabalho ou a jornada não são satisfatórios, essa relação vira a pá de cal que o funcionário precisa para sair. Por isso, os gestores devem ter compromisso em entender e tentar promover mudanças e propor melhoras antes de aceitar uma demissão, porque isso também é oneroso para o caixa da empresa”, diz o consultor e pesquisador da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Neto (Unesp), Eduardo Freitas. Nos cálculos do também consultor de Recursos Humanos (RH) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Eduardo Varella, as despesas de uma empresa com folha de pagamento crescem ao menos 15% a cada 5% de funcionários demissionários. Ou seja, numa situação hipotética em que a empresa tenha 50 funcionários, sendo que anualmente três deles pedem demissão, as despesas aumentam proporcionalmente. “Por cima, é possível considerar que os principais problemas estão nas despesas de rescisão de contrato de trabalho, assim como as despesas de novo recrutamento, de treinamento inicial, adaptação e outras despesas variáveis, como advogados e justiça trabalhista – em caso de empregados que ingressam com ação judicial”, diz Varella. “Um processo de demissão também desencadeia na equipe a perda de produtividade, de eficiência, qualidade, críticas ao modelo de gestão do líder, enfim. Situações difíceis de mensurar monetariamente em certos setores, mas que podem elevar ainda mais a rotatividade de uma empresa”, completa. De acordo com os consultores ouvidos pelo Guia da Farmácia, a alta rotatividade de empregados em uma loja, cargo ou departamento é facilmente identificada pelos contínuos bate-bocas, choros nos cantos e reclamações da equipe que são as primeiras características para identificar um gestor ruim, que compromete o andamento geral do trabalho. Pesquisas organizacionais em grandes empresas também já detectaram que a geração de trabalho inútil e o simulador de atividades estão entre os outros motivos de insatisfação das equipes com o chefe.

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LIDERANÇA

COMO SER UM BOM CHEFE?

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Ouça os empregados.

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2 Seja acessível durante todo o expediente.

Comunique a equipe sempre que houver mudanças repentinas.

Aprenda a dar feedback a cada funcionário individualmente.

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Críticas sem gritos e em particular.

Identifique a habilidade de cada empregado e os limites de cada elemento da equipe.

Respeite escalas, plantões e feriados.

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Delegue tarefas.

Elogie o trabalho quando necessário.

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Estimule a criatividade, o comprometimento e a participação da equipe.

Fontes: Portal RH e Almanaque de Recursos Humanos 2012

“Principalmente entre os mais novos, a chamada ‘geração Y’, trabalhar sob pressão desnecessária é fator determinante para a perda de estímulo no ambiente de trabalho. No comércio, onde os mais novos costumam ocupar os cargos de balconistas e vendedor, é possível ver em estatísticas que a rotatividade é maior, mas muitos se perguntam 54

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por quê? Tal qual como os próprios funcionários, o chefe também precisa passar por reciclagem constante e avaliação 360 graus para não perder o norte das ações que ele toma diariamente. É uma regra de ouro que vale não só para o bolso, mas para a saúde dos empregados e da própria empresa”, avalia Lupolli Júnior.

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ATENDIMENTO

Máxima eficácia OS ANTI-INFLAMATÓRIOS SÃO UTILIZADOS PARA DIMINUIR OS SINTOMAS INDESEJÁVEIS DA REAÇÃO DE DEFESA DO ORGANISMO, ALÉM DE ALIVIAR DOR E FEBRE

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POR FLÁVIA CORBÓ

Quem nunca bateu algum membro e sentiu aquele desconforto agudo ou ainda teve uma febre intensa? Não é por acaso que os anti-inflamatórios têm papel importante na saúde da população. São indicados para os problemas mais corriqueiros, proporcionando alívio rápido para um incômodo momentâneo. Atuam na redução da resposta inflamatória, diminuem a dor de causa inflamatória e baixam a febre. A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 138/03 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

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(Anvisa) prevê indicações de anti-inflamatórios isentos de prescrição para torcicolo, dor articular, inflamação da garganta, dor muscular, dor na perna, contusão e tendinites, permitindo também alguns princípios ativos, como naproxeno, ibuprofeno, cetoprofeno, além dos anti-inflamatórios tópicos não esteroidais, como o diclofenaco tópico.

ALIADO DO ORGANISMO Frequentemente, o organismo precisa se defender de algum desequilíbrio ou dano nos tecidos, causados por agentes externos. Na tentativa de defesa, surgem as IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ATENDIMENTO

inflamações, processo útil e benéfico para que se restabeleça. Esse é um meio natural de reparação, que só deve ser combatido quando as manifestações clínicas agudas (tumor, calor, rubor e dor) são intensas e desconfortáveis, com repercussão sistêmica e caráter subagudo ou crônico, ou, ainda, quando manifestações sintomáticas podem ter resultados incapacitantes, como deformidades e perdas funcionais. Para que o farmacêutico consiga orientar o cliente de maneira precisa, é fundamental conhecer a fundo as características dessa classe medicamentosa. Primeiramente, diferenciar as duas existentes: Anti-Inflamatórios Esteroides (AIEs) e os Não Esteroides (AINEs). De acordo com a farmacêutica e mestranda em Biotecnologia, Nadine Cunha Costa, as diferenças são grandes entre as duas classes, porém, ambas possuem apenas um ponto em comum: a inibição da síntese de eicosanoides, mediadores químicos que funcionam como mensageiros do sistema central e exercem controle sobre diversos sistemas do organismo humano, como a inflamação e a imunidade. Um dos maiores benefícios dos anti-inflamatórios está relacionado ao alívio das dores agudas e crônicas em geral, no tratamento de processos infecciosos junto com antibióticos, nas patologias reumatológicas, em problemas traumatológicos e ortopédicos e em pós-operatórios. Mas seu uso indevido ou não acompanhado pode mascarar e agravar doenças, causando diversos 58

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malefícios à saúde, além das complicações por interações medicamentosas e intoxicação.

POLÊMICA DAS TARJAS VERMELHAS Por orientação de alguns especialistas, a Anvisa colocou em debate, no fim de 2012, a exigência de retenção da receita médica para a compra de medicamentos com tarja vermelha, incluindo especialmente os anti-inflamatórios, que tiveram aumento das vendas quando os antibióticos passaram a ser vendidos com retenção da receita. A Agência já exige prescrição médica para a compra de anti-inflamatório, mas, na prática, a medida acaba não sendo aplicada pela maior parte das farmácias. Contudo, os estudos para implementação de mecanismos mais rigorosos para a venda desses medicamentos não chegaram a uma conclusão e, segundo a Anvisa, não há previsão de quando a medida possa ser adotada. “O maior controle da venda desse tipo de medicamento seria o mais benéfico ao consumidor”, entende a professora e coordenadora do curso de Farmácia das Faculdades Oswaldo Cruz, Marisa Regina de Fátima Veiga Gouveia. Já o professor e coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, Alexsandro Macedo Silva, acredita que o papel do farmacêutico ganhe amplitude nessa questão. “O farmacêutico desempenha papel fundamental. Ele tem habilidade e competência

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UM DOS MAIORES BENEFÍCIOS DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTÁ RELACIONADO AO ALÍVIO DAS DORES AGUDAS E CRÔNICAS EM GERAL, NO TRATAMENTO DE PROCESSOS INFECCIOSOS JUNTO COM ANTIBIÓTICOS, NAS PATOLOGIAS REUMATOLÓGICAS, EM PROBLEMAS TRAUMATOLÓGICOS E ORTOPÉDICOS E EM PÓS-OPERATÓRIOS para fazer a escolha mais correta para cada caso. Além disso, o paciente deve ser acompanhado pelo profissional durante o uso do Medicamento Isento de Prescrição (MIP), de forma que se possa avaliar a evolução do tratamento para tomadas de decisões.” Enquanto isso, no mercado, prevalece a ideia do bom senso no uso do medicamento. “Não entendemos que a Anvisa esteja trabalhando em uma maior restrição para medicamentos com tarja vermelha; o que a Agência vem buscando com a sociedade são medidas para estimular o uso racional dos medicamentos, com foco na exigência da apresentação da receita no ato da dispensação desse tipo de medicamento”, afirma a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Marli Martins Sileci. “Dessa forma, ampliar o leque de produtos isentos de prescrição, baseando-se em critérios de segurança ao paciente e na experiência do uso do medicamento como isento de prescrição em países que possuam agências reguladoras de referência, com tempo mínimo de cinco anos, é uma forma de contribuir e estimular o uso racional de medicamentos”, salienta a executiva. Já o presidente executivo do Sindicato da Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo (Sindusfarma-SP), Nelson Mussolini, acredita que se possa caminhar em duas frentes. “É preciso melhorar o controle da dispensação de medicamentos tarjados e isentar da prescrição

médica obrigatória todos os produtos que, por sua baixa toxicidade, poderiam ser comprados diretamente nas farmácias, aliviando o sistema de saúde público e privado do atendimento de casos de menor gravidade”, avalia. Para tanto, segundo o executivo, as autoridades sanitárias precisam reforçar a fiscalização nos pontos de venda para coibir a automedicação irresponsável. “Paralelamente, os profissionais, as empresas e os órgãos da área da saúde devem orientar a população permanentemente sobre o consumo seguro e responsável dos medicamentos”, conclui Mussolini.

DISPENSAÇÃO CORRETA As farmácias e drogarias têm papel relevante no combate à automedicação. Para isso, é preciso investir na assistência farmacêutica plena, com a presença de um profissional farmacêutico atuante, responsável e habilitado pelos cuidados relacionados aos medicamentos e pelas orientações necessárias ao paciente. “A responsabilidade de zelarmos pela saúde da população deve ser a principal razão para que as pessoas continuem acreditando nos serviços prestados por cada um de nós. A importância dos primeiros cuidados inerentes à atenção básica são fundamentais para uma farmacoterapia eficaz e, por vezes, a ‘primeira porta’ de atendimento é exatamente na farmácia”, reforça a farmacêutica Nadine. Para oferecer um atendimento de qualidade, a dispensação dos anti-inflamatórios deve ser feita a partir da anamnese farmacêutica para identificação da origem do processo inflamatório. Somente depois de avaliado, prossegue-se com a melhor conduta terapêutica com ação específica. “O anti-inflamatório deve ser prescrito baseado na história clínica e em outras doenças e medicamentos que o paciente utilize, a fim de minimizar os eventos adversos. Por exemplo, se o paciente for idoso ou apresentar disfunção renal, poderá ter necessidade de uma diminuição da dose normalmente administrada”, detalha a docente do curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), Patricia Moriel. E mesmo pacientes sem histórico delicado ou aparente condição de risco devem receber uma orientação diferenciada. “O ideal e mais seguro é que o consumidor saiba exatamente se o que está comprando realmente é o que ele está precisando. Mesmo que seja uma cartela com quatro comprimidos”, acredita Nadine. 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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CORAÇÃO

Preocupação que bate no peito NO MUNDO, 17,5 MILHÕES DE PESSOAS MORREM A CADA ANO DE PROBLEMAS CARDIOVASCULARES, 80% DESTAS SÃO VÍTIMAS DE ATAQUES CARDÍACOS E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL. A MAIORIA DOS CASOS (75%) OCORRE EM PAÍSES DE BAIXA RENDA POR VIVIAN LOURENÇO 62

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A

A saúde sempre inspira cuidados e quanto mais a medicina e a farmacologia avançam, mais as pessoas buscam prevenção para as doenças que abreviam o tempo de vida, mesmo assim, o coração parece estar sendo negligenciado. A válvula que bombeia sangue para o funcionamento do corpo é a campeã de mortes entre a população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 17,5 milhões de pessoas morram a cada ano no mundo em decorrência de problemas cardiovasculares, 80% destas pessoas são vítimas de ataques cardíacos e Acidente Vascular Cerebral (AVC). “O espantoso é que 75% dos casos ocorrem em países de baixa renda, isso tem relação com os hábitos alimentares que influenciam diretamente na saúde do coração”, alerta o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Dr. Otavio Gebara. O Brasil também tem um número alarmante. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirma que morrem 950 pessoas diariamente. Em muitos casos, segundo o Dr. Gebara, a morte ocorre por falta de tratamento. Com a chegada do outono, o risco é ainda maior, já que as doenças cardiovasculares, aparentemente, estão relacionadas à vasoconstrição relacionada ao frio, que é responsável por aumentar a viscosidade sanguínea (menos hidratação) e pelo aumento de fatores de coagulação, que ficam prejudicados no frio. As doenças cardiovasculares, como explica a cardiologista do Amato – Instituto de Medicina Avançada, Dra. Marisa Amato, são aquelas que acometem o coração e os vasos sanguíneos. Elas podem ser congênitas ou adquiridas. “A principal delas é a aterosclerose, acúmulo de placas de gorduras nas artérias ao longo dos anos que impede a passagem do sangue”, alerta. Além disso, segundo o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Maurício Jordão, as doenças cardiovasculares se dividem em quatro grandes grupos: • Doença coronariana: manifestada por infarto, angina, insuficiência cardíaca e morte súbita.

• Doença cerebrovascular: sendo o principal exemplo o derrame. • Doença arterial periférica: manifestada pela claudicação intermitente (dor nas pernas ao caminhar) ou úlceras nas extremidades das pernas. • Aterosclerose aórtica: aumentando as chances de aneurisma da aorta torácica e abdominal.

POR QUE ELAS APARECEM? Essas doenças são o resultado da aterosclerose nas artérias, que é o acúmulo de placas de ateroma, popularmente conhecidas como placas de gordura, no interior dos vasos. “Elas são o resultado de agressões contínuas à parede do vaso por diferentes fatores, como a pressão arterial aumentada, níveis de colesterol ou açúcar elevados, elementos químicos do cigarro, além de uma predisposição genética”, explica o Dr. Jordão. Essas placas podem se romper repentinamente levando a uma oclusão aguda da artéria, a principal responsável pelo Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ou crescer lentamente no interior do vaso, resultando em oclusão paulatina, levando, por exemplo, à angina. O surgimento das doenças cardiovasculares ocorre, também, como completa o Dr. Gebara, com mais frequência em pessoas estressadas, que tenham uma má alimentação, que fumam ou que apresentem antecedentes familiares. “A alimentação saudável é um dos pilares da boa saúde e é fundamental no controle e prevenção de diversas doenças cardiovasculares e metabólicas, entre elas a hipercolesterolemia (colesterol alto), a hipertrigliceridemia (triglicérides elevados), o diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Ela pode ser inclusive o fator decisivo entre a necessidade ou não de uso de medicamentos para controle destas e outras patologias”, completa o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula.

GRUPO DE RISCO O grupo de maior risco das doenças cardiovasculares são as pessoas que apresentam fatores de risco não controlados, como: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, obesidade, além de histórico familiar e da idade, que por si só já é um fator de risco. “As causas da aterosclerose podem ser de origem genética, mas o principal motivo para o acúmulo de gordura nas placas é comportamental”, avalia a Dra. Marisa. 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

CORAÇÃO

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA: UMA SÍNDROME COMPLEXA Quando o coração sofre uma agressão, seja por um infarto, uma doença na válvula ou por medicações, como quimioterápicos, ele perde a capacidade de bombear adequadamente sangue para os órgãos. Essa incapacidade é a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). É considerada, de acordo com o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Maurício Jordão, a via final comum de qualquer doença do coração quando não tratada. Estimase que 23 milhões de pessoas sofram dessa condição no mundo. Sua prevalência aumenta consideravelmente com a idade, sendo de oito casos por mil pessoas entre 50 a 59 anos, chegando a 66 por mil após os 80 anos. “A hipertensão e o diabetes mal controlado são causas importantes da ICC. Estima-se que no Brasil existam dois milhões de casos e, aproximadamente, 240 mil casos novos por ano. A faixa etária mais acometida é aquela a partir dos 60 anos”, completa o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Dr. Otavio Gebara. O primeiro passo para o tratamento é focar na causa. O tratamento em si da ICC é feito com medicamentos que melhoram a capacidade de bombear sangue e evitam a progressão da doença. Casos mais avançados necessitam de dispositivos que auxiliem no trabalho do coração, como os ressincronizadores e os corações artificiais. Estes, geralmente, servem de tratamento provisório nos casos onde o transplante é a melhor opção de tratamento.

“A vida sedentária, a alimentação inadequada com o consequente aumento de peso e, principalmente, a associação de hábitos, como o tabagismo e o grande consumo de álcool, aumentam o risco individual de desenvolvimento de doenças cardíacas mesmo sem antecedentes familiares”, destaca o Dr. Gebara. Por isso, incorporar as orientações de vida saudável à rotina pode reduzir em mais de 60% o risco de doença cardiovascular em 20 anos.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO O IAM é a falta de oxigênio no músculo do coração ocasionado pela interrupção do fluxo de sangue pelas 66

artérias do coração. Quando a ruptura abrupta da placa de ateroma ocorre na artéria coronária, há uma súbita interrupção do fluxo de sangue para o coração, levando ao IAM, explica o Dr. Jordão. Essa ruptura repentina tem como os principais gatilhos o estresse, picos de pressão repentinos e o hábito de fumar. A incidência varia de 12 a 27 casos/mil pessoas para homens e de cinco a 16 para mulheres, e após os 65 anos de idade, há um aumento significativo. “A faixa etária que corresponde a 60% dos eventos é de 50 a 55 anos. A prevenção para evitar o infarto é manter níveis adequados de colesterol, atividade física regular, não fumar, manter níveis de glicemia controlados e evitar obesidade”, explica o cardiologista do Centro de Cardiologia do Hospital 9 de Julho, Dr. Alex Matiguin.

DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA A causa é a mesma que leva ao infarto. Ocorre em virtude do estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais, responsáveis por levar o sangue para nutrir as extremidades, como braços e pernas, sendo mais comum o acometimento nos membros inferiores do que nos superiores, explica a Dra. Marisa. “A maior parte das ocorrências se dão em pacientes mais idosos ou com alguma comorbidade. A maioria dos casos está ligada a alguma alteração que justifique o desenvolvimento de lesão nas artérias (diabetes mellitus, tabagismo, colesterol elevado)”, ressalta o Dr. Matiguin. A doença vascular periférica, quando presente, pode ser considerada um sinal da doença vascular coronariana,

COM A CHEGADA DO OUTONO, O RISCO É AINDA MAIOR, JÁ QUE AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES, APARENTEMENTE, ESTÃO RELACIONADAS À VASOCONSTRIÇÃO RELACIONADA AO FRIO, QUE É RESPONSÁVEL POR AUMENTAR A VISCOSIDADE SANGUÍNEA E PELO AUMENTO DE FATORES DE COAGULAÇÃO, QUE FICAM PREJUDICADOS QUANDO A TEMPERATURA CAI

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ESPECIAL SAÚDE

CORAÇÃO

TAXAS E INCIDÊNCIAS Infarto Agudo do Miocárdio (IAM): Responsável por

60%

Éa

1/3

principal causa

das mortes de pessoas acima dos 18 anos de idade (Brasil)

isolada de morte no País

dessas vítimas são homens, com média de idade de 56 anos

12% das vítimas têm entre 20 e 40 anos de idade

Doença vascular periférica:

Prevalência de

Cerca de

10% a 25%

70% a 80%

na população acima de 55 anos de idade

dos pacientes acometidos são assintomáticos

É mais frequente

homens

nos , mas também pode acometer as mulheres

Tem incidência estimada de

2a8

casos/mil pessoas

Acidente Vascular Cerebral (AVC): Atinge em média

12 pessoas para cada mil após os 65 anos de idade

Os AVCs estão entre as

causas de morte e

principais

20%

raça negra,

É uma doença que atinge mais a especialmente na faixa etária mais jovem

dos AVCs ocorrem em indivíduos abaixo dos 65 anos de idade

Estima-se que

80%

dos AVCs sejam isquêmicos

incapacitação física em todo o mundo

Estima-se que

15%

dos casos sejam hemorrágicos

Morte súbita: Atinge cerca de

200 mil pessoas por ano no Brasil

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40 anos

A partir dos de idade, as pessoas que não mantêm hábitos saudáveis e têm antecedentes familiares se incluem na faixa etária de risco

No Brasil, a incidência de morte súbita está em torno de

0,11%

Nos Estados Unidos, estima-se que

15%

da mortalidade geral da população seja por morte súbita

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ESPECIAL SAÚDE

CORAÇÃO

é um marcador de presença da aterosclerose nas artérias do coração. Assim o coração e as artérias carótidas também podem estar comprometidos em pacientes com doença arterial periférica. “A prevenção se dá pelo controle de fatores de risco. E parte do tratamento é o exercício (caminhada, corrida) para estimular a circulação periférica e colateral das pernas”, complementa o Dr. Gebara.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL O AVC, conhecido popularmente por derrame, é causado pela interrupção do fluxo de sangue ao cérebro, levando a um déficit neurológico correspondente à área afetada, por exemplo, a paralisação de um membro ou incapacidade de falar, explica o Dr. Jordão. Sua causa é semelhante à doença vascular periférica, ou seja, a aterosclerose e êmbolos estão entre as principais causas. Atingem em média 12 pessoas para cada mil após os 65 anos de idade. De acordo com a cardiologista do Amato – Instituto de Medicina Avançada, o AVC pode ser Isquêmico ou Hemorrágico: o AVC Isquêmico tem como causa alguma obstrução, como as placas de gordura, ou êmbolos que reduzem subitamente o fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, provocando falta de circulação e diminuição da função neurológica. Já o AVC Hemorrágico ocorre quando um vaso – artéria ou veia – rompe dentro do cérebro, causando extravasamento de sangue e inchaço naquela região onde houve o 70

sangramento. O mais frequente é aquele devido a um pico elevado de pressão alta, ou o que ocorre em pacientes que têm hipertensão arterial por vários anos e não tratam corretamente. “Sua prevenção também é semelhante à doença vascular periférica, focando nos fatores de risco e na busca por potenciais fontes de êmbolos, principalmente tipos específicos de arritmias cardíacas”, ressalta o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo.

MORTE SÚBITA É definida como morte instantânea ou dentro de 24 horas após início dos sinais e sintomas. Ela é a morte que ocorre repentinamente, sem previsão, sem sinais de trauma ou violência, em adultos ou crianças, doentes; ou pessoas sãs, porém, sedentárias ou atletas. Geralmente ocorre nas primeiras horas do dia. Trata-se da interrupção repentina do funcionamento do coração. Segundo o Dr. Matiguin, o agente causador da morte súbita vai desde alterações estruturais na anatomia do coração, arritmia cardíaca, até IAM. “Mais da metade dos pacientes com infarto morrem antes do primeiro atendimento. Por isso a prevenção por meio do controle dos fatores de risco é fundamental”, analisa o Dr. Gebara. A faixa etária varia muito dependendo das alterações que levam à morte súbita. É possível ocorrer em crianças que possuem alguma cardiopatia congênita e em paciente com IAM de grande proporção.

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OLHOS

Perturbações visuais SÃO VÁRIOS OS PROBLEMAS OCULARES QUE ACOMETEM OS BRASILEIROS. GLAUCOMA E CATARATA ESTÃO ENTRE AS QUEIXAS MAIS COMUNS. ESSAS PATOLOGIAS PODEM SER PREVENIDAS AO LONGO DA VIDA POR TASSIA ROCHA

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A saúde dos olhos nem sempre é prioridade entre a população. Algumas alterações graves podem apresentar-se inicialmente assintomáticas, portanto, é importante que visitas regulares sejam feitas ao oftalmologista, mesmo na ausência de sintomas. Especialistas informam que é importante que os pais fiquem atentos desde a infância; já nos primeiros anos de vida, é possível notar se existe algum problema ocular, sobretudo, quando as crianças apresentam baixo aproveitamento na escola. Elas devem passar por avaliação da

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acuidade visual anualmente, principalmente até os sete anos de idade, período em que o processo de desenvolvimento da visão está se completando. Adultos devem ser acompanhados com maior regularidade. Se possível, anualmente, principalmente após os 40 anos de idade, fase em que algumas doenças têm uma maior prevalência. Entre as que mais preocupam e causam cegueira, estão o glaucoma e a catarata.

GLAUCOMA Glaucoma é uma neuropatia óptica crônica que tem como principal fator de risco a pressão intraocular IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

OLHOS

elevada, porém existem casos com pressão intraocular normal. O glaucoma é uma doença silenciosa, na qual a grande maioria dos pacientes não apresenta sintomas e, quando aparecem, geralmente a doença encontra-se muito avançada e à beira da cegueira. “A história familiar é de suma importância. Quando familiares de primeiro grau têm a doença, a chance de morbidade aumenta de dez a 15 vezes. No glaucoma crônico de ângulo aberto, que é a forma mais comum desta patologia, a incidência é mais alta em negros (duas a três vezes), enquanto que o glaucoma de ângulo fechado incide mais comumente em orientais”, informa o médico oftalmologista do Visão Institutos Oftalmológicos, Dr. Bruno Prieto. O glaucoma pode ser detectado após o exame oftalmológico em que o médico mede a pressão intraocular, examina o fundo do olho e, quando necessário, solicita um exame complementar do campo visual. Segundo o oftalmologista especializado em glaucoma do Hospital de Olhos Paulista (H.Olhos), Dr. José Garone Lopes, pessoas com mais de 35 anos de idade são pacientes de risco e a doença é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ou seja, seus danos são irreversíveis. “No Brasil, estima-se que cerca de um milhão de pessoas tenha glaucoma. No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 5,2 milhões de indivíduos perderam a visão em decorrência da doença, o que significa 15% dos casos de cegueira.”

CIRURGIA DE CATARATA O procedimento dura, em média,15 minutos. A recuperação da cirurgia, com pós-operatório mais tranquilo, ocorre se o paciente repousar e evitar: • Movimentos bruscos com a cabeça. • Comprimir ou coçar o olho. • Ambientes quentes e poluídos. • Vapor, poeira e vento. • Xampu e sabão no olho operado. Fonte: Hospital de Olhos Paulista (H.Olhos)

De acordo com o Dr. Lopes, o tratamento do glaucoma é, na maioria dos casos, feito com colírios de uso contínuo. “A doença deve ser tratada para o resto da vida, com medicamentos que ajudam a estabilizar a pressão ocular. Muitas vezes, é necessário o uso de mais de um produto diariamente, exigindo disciplina do paciente”, completa. Se o tratamento com o uso de medicamentos não apresentar resultados satisfatórios, é indicada a cirurgia. O tipo e o estágio de glaucoma determinarão qual será a melhor técnica cirúrgica: métodos convencionais ou a laser. Podem, ainda, ser necessárias mais de uma cirurgia para se obter o resultado adequado.

CATARATA

VALE RESSALTAR • Mesmo sem queixas oculares, é impreterível que consultas periódicas sejam realizadas, para que o oftalmologista consiga detectar o glaucoma em fases iniciais assintomáticas. • Portadores de glaucoma devem usar regularmente o medicamento prescrito. O tratamento não deve ser interrompido ou modificado sem supervisão médica. • O glaucoma não tem cura, por isso, é importante que a doença seja descoberta em suas fases iniciais para que não chegue à cegueira irreversível. Fonte: Hospital de Olhos Paulista (H.Olhos)

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A catarata é a opacificação do cristalino (lente natural do olho), que resulta em uma diminuição progressiva da visão. São quatro tipos: • Catarata congênita: opacidade do cristalino já presente ao nascimento. • Catarata traumática: opacidade do cristalino que se desenvolve após um trauma no olho. • Catarata senil: opacidade do cristalino que se desenvolve com a idade, em consequência de alterações da sua estrutura, relacionadas com o envelhecimento. • Catarata secundária: são consideradas patologias sistêmicas ou oculares. Segundo o oftalmologista especializado em catarata do H.Olhos, Dr. Eduardo Parente Barbosa, o paciente com catarata, normalmente, percebe diminuição da qualidade da visão e mudanças na percepção das cores. Em casos mais avançados, pode ficar cego.

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ESPECIAL SAÚDE

OLHOS

O QUE AS PATOLOGIAS PROVOCAM VISÃO NORMAL

VISÃO COM CATARATA

TOP 10 PRODUTOS 1. Xalatan (Pfizer) 2. Combigan (Allergan) 3. Duo-Travatan (Alcon) 4. Xalacom (Pfizer) 5. Azorga (Alcon) 6. Cosopt (MSD) 7. Travatan BAK Free (Alcon) 8. Lumigan RC (Alcon) 9. Ganfort (Alcon) 10. Azopt (Alcon)

A classe terapêutica de preparações antiglaucoma movimentou 596 milhões de reais no ano móvel de fevereiro de 2016 (acumulado de março de 2015 a fevereiro de 2016), apresentando crescimento de 13% em relação ao ano móvel de fevereiro 2015.

Fonte: IMS Health

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VISÃO COM GLAUCOMA

A catarata pode afetar primeiro um olho e só depois o outro. Os sintomas são: embaçamento da visão, ofuscamento pela luz do sol e farol de carro, dificuldade de enxergar, aumentando de acordo com a quantidade de luz. De acordo com o Dr. Pietro, algumas formas de catarata congênitas são hereditárias com herança genética e podem ser de aparecimento precoce (no recém-nascido) ou tardio (crianças, adolescente e adultos jovens). “Porém, a catarata tem uma prevalência maior em idosos. Quanto maior a faixa etária, mais comum é a doença.”

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acetilcisteína - MS nº.: 1.5423.0108. Indicação: Tratamento de afecções respiratórias caracterizadas por hipersecreção densa e viscosa. carbocisteína - MS nº.: 1.5423.0081. Indicação: Terapia adjuvante como mucolítico e fluidificante das secreções, nas afecções agudas ou crônicas do trato respiratório onde a secreção viscosa e/ou abundante de muco seja fator agravante. cetoconazol - MS nº.: 1.5423.0061. Indicação: Aplicação tópica no tratamento de micoses superficiais incluindo dermatofitoses (Tineacorporis, Tineacruris, Tineamanum e Tinea pedis), candidíase cutânea e pitiríase versicolor. cloridrato de ambroxol - MS nº.: 1.5423.0067. Indicação: Terapêutica secretolítica e expectorante nas afecções broncopulmonares agudas e crônicas, associadas à secreção mucosa anormal e a transtornos do transporte mucoso. cloridrato de bromexina - MS nº.: 1.5423.0176. Indicação: Indicado como secretolítico e expectorante no tratamento de doenças broncopulmonares agudas e crônicas associadas a secreção mucosa anormal e transtornos do transporte mucoso. diclofenaco dietilamônio - MS nº.: 1.5423.0060. Indicação: Alívio da inflamação, dor e edema em inflamações de origem traumática dos tendões, ligamentos, músculos e articulações. dipirona sódica - MS nº.: 1.5423.0080. Indicação: Alívio dos sintomas de dor e febre. ibuprofeno - MS nº.: 1.5423.0133. Indicação: Febre e dores leves e moderadas, associadas a gripes e resfriados, dor de garganta, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, cólicas menstruais, dores musculares e outras. loratadina - MS nº.: 1.5423.0049. Indicação: Alívio dos sintomas associados com rinite alérgica, tais como: coriza, espirros e prurido nasal, ardor e prurido ocular. maleato de dexclorfeniramina MS nº.: 1.5423.0051. Indicação: Alívio sintomático de manifestações alérgicas. nitrato de miconazol - MS nº.: 1.5423.0052. Indicação: Tratamento da Tinea pedis (pé de atleta), Tineacruris, Tineacorporis e onicomicoses causadas pelo Trychophyton, Epidermophyton e Microsporum; candidíase cutânea, Tinea versicolor e cromofitose. paracetamol - MS nº.: 1.5423.0050. Indicação: Em adulto, para o alívio de dores leves a moderadas associadas a gripes e resfriados comuns. Em bebês e crianças, para a redução da febre e alívio de dores leves a moderadas associadas a gripes, resfriados, dor de cabeça, dor de dente, dor de garganta e reações pós-vacinais. MAIO/2016.

CLORIDRATO DE AMBROXOL - NÃO USE ESTE MEDICAMENTO EM CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS DE IDADE. DIPIRONA SÓDICA - NÃO USE ESTES MEDICAMENTOS DURANTE A GRAVIDEZ E EM CRIANÇAS MENORES DE TRÊS MESES DE IDADE. IBUPROFENO - NÃO USE ESTE MEDICAMENTO EM CASOS DE ÚLCERA, GASTRITE, DOENÇA DOS RINS OU SE VOCÊ JÁ TEVE REAÇÃO ALÉRGICA A ANTI-INFLAMATÓRIOS. LORATADINA - ATENÇÃO: ESTE MEDICAMENTO CONTÉM AÇÚCAR, PORTANTO DEVE SER UTILIZADO COM CAUTELA EM PORTADORES DE DIABETES. MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA - DURANTE SEU USO, NÃO DIRIJA VEÍCULOS OU OPERE MÁQUINAS, POIS SUA AGILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS. PARACETAMOL - NÃO USE JUNTO COM OUTROS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM PARACETAMOL, COM ÁLCOOL, OU EM CASO DE DOENÇA GRAVE DO FÍGADO.

ACETILCISTEÍNA, CARBOCISTEÍNA, CETOCONAZOL, CLORIDRATO DE AMBROXOL, CLORIDRATO DE BROMEXINA, DICLOFENACO DIETILAMÔNIO, DIPIRONA SÓDICA, IBUPROFENO, LORATADINA, MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA, NITRATO DE MICONAZOL, PARACETAMOL SÃO MEDICAMENTOS. SEUS USOS PODEM TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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ESPECIAL SAÚDE

OLHOS

USO DO COLÍRIO Oriente os pacientes portadores de glaucoma:

1. Antes de pingar o colírio, é imprescindível que as mãos estejam limpas, livres de qualquer resíduo que possa contaminar o olho ou a embalagem do colírio.

2. Inclinar a cabeça para trás e olhar para cima. Com a ponta dos dedos, puxar suavemente a pálpebra para baixo até formar uma “bolsa”.

3. Pingar a gota suavemente. Ter cuidado para não deixar a ponta do frasco tocar nos olhos, evitando assim possível contaminação.

4. Manter os olhos fechados por aproximadamente 30 segundos para que o colírio seja absorvido totalmente.

5. Instilar somente o número de gotas prescrito pelo oftalmologista.

6. Caso o paciente esteja utilizando algum outro colírio, esperar cinco minutos antes de colocar a próxima gota.

Fonte: Allergan

80%

de todos os casos de comprometimento visual podem ser previnidos ou curados CATARATA É TRATÁVEL

A catarata é o motivo da cegueira em quase metade das pessoas cegas. Isso significa que elas poderiam ter sua visão recuperada com o tratamento da catarata.

48% Fonte: Abbott 78

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O tratamento é essencialmente cirúrgico. Não havendo contraindicação, a cirurgia de catarata é indicada para todos os estágios da doença. Quanto mais cedo ela for descoberta, mais rápida será a recuperação e menores serão as chances de complicação durante o procedimento. Para a oftalmologista e chefe do setor de catarata do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), Dra. Amaryllis Avakian, hábitos alimentares saudáveis, não consumir bebidas alcoólicas, não fumar e usar óculos escuros podem ajudar a reduzir o risco de apresentar a doença. Ela afirma que a catarata atinge quase metade (46,2%) da população mundial com mais de 65 anos de idade. “Estima-se que, no mundo, cerca de 160 milhões de pessoas tenham a doença, considerada a maior causa de cegueira evitável. No Brasil, são dois milhões e surgem cerca de 120 mil novos casos ao ano”, informa.

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ALERGIAS RESPIRATÓRIAS

Ocorrência típica da estação AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA TEMPORADA DE OUTONO-INVERNO, ASSOCIADAS À BAIXA UMIDADE DO AR, FACILITAM A PROLIFERAÇÃO DOS ÁCAROS QUE SÃO POTENTES DESENCADEADORES DE PROBLEMAS

F

POR VIVIAN LOURENÇO

Falta de ar, tosse, chiado no peito, muco, coriza. Difícil conhecer alguém que não tenha pelo menos um destes sintomas. Eles afetam milhões de brasileiros. As estatísticas apontam que cerca de 20 milhões de pessoas têm asma no País, enquanto a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), consequência do tabagismo, é reconhecida como a quarta causa de morte no mundo, atingindo sete milhões de pessoas só no Brasil. Com a chegada das temperaturas mais baixas, a incidência dos problemas respiratórios aumenta, potencializando doenças já existentes e facilitando a chegada de novas patologias. De acordo com o pneumologista e diretor técnico do Hospital Santa Paula,

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Dr. João Geraldo Simões Houly, as alergias respiratórias são uma reação de defesa desproporcional a uma agressão sofrida. Com uma prevalência tão grande e com tantas pessoas afetadas, é necessário entender melhor o panorama de como a população lida com o problema. Com isso, a Boehringer Ingelheim do Brasil encomendou ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) a coleta de dados de uma pesquisa nacional com pessoas de diferentes classes, gêneros e localidades. Intitulada Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro, o principal objetivo era realizar um levantamento sobre o quanto a população conhece as doenças respiratórias, suas percepções sobre sintomas, tratamentos e seu impacto nas atividades de rotina; além de saber mais IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS

sobre o comportamento de quem é portador de patologias respiratórias. A pesquisa, feita com 2.010 pessoas entre maio e junho de 2015, demonstrou que 44% dos brasileiros apresentam sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito, coriza) que, geralmente, são percebidos como manifestações de doenças, como asma, bronquite e a DPOC. Dessa parte da população, 35% disseram ter asma e 37% citaram bronquite crônica.

ASMA A asma é uma doença crônica caracterizada por ataques recorrentes de falta de ar e chiado. Durante a ocorrência da doença, a mucosa dos brônquios edemacia e a musculatura contrai, causando estreitamento das vias aéreas e a redução do fluxo de ar para dentro e fora dos pulmões, como explica o Dr. Houly. Ela é uma doença comum das vias aéreas ou brônquios causada pela inflamação das vias aéreas, completa a pediatra, especialista em alergia e imunologia, no Hospital Samaritano de São Paulo, Dra. Verônica Tavares. A asma é desenvolvida por fatores de riscos, como a ingestão de alérgenos, uso de tabaco e irritantes

químicos. “Ela não pode ser curada, mas uma gestão adequada pode controlar a desordem e habilitar as pessoas a desfrutar de uma boa qualidade de vida”, destaca a pediatra. Segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, em janeiro de 2015, a asma atinge 6,4 milhões de brasileiros acima dos 18 anos de idade. As mulheres são as mais afetadas, cerca de 3,9 milhões ou 39% delas afirmaram ter sido prejudicadas pela doença. “Não há informações recentes sobre casos de asma no mundo, no entanto, a doença está presente em todos os países, independentemente do nível de desenvolvimento. Estima-se que 80% das mortes ocorram em pessoas de baixa renda”, acrescenta o Dr. Houly. De acordo com a pesquisa da Boehringer Ingelheim do Brasil, em relação aos pacientes que disseram ter “asma”, um dado que chamou a atenção foi a alta percepção de controle versus o entendimento sobre as consequências da doença em sua vida. Do total, 91% percebem sua doença como controlada, enquanto 72% reconhecem consequências da asma nas atividades de rotina simples, como trabalhar, por exemplo.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Apesar de ainda não existir uma cura definitiva para essas alergias, as doenças podem, sim, ser controladas com a ajuda de medicamentos. Quando o tema é o tratamento medicamentoso para a asma, de modo geral, o que vem primeiro em mente são as famosas ‘bombinhas’, que são cercadas de vários mitos. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) esclarece que as ‘bombinhas’ nada mais são do que dispositivos/recipientes utilizados para a aplicação de diversos medicamentos para o tratamento da doença, como broncodilatadores ou corticoides inalatórios. O tratamento medicamentoso inicial da asma se dá por meio do uso continuado de agentes anti-inflamatórios, conhecidos como controladores, sendo os corticosteroides inalatórios os principais deles. “Esses medicamentos visam desinflamar os brônquios e estabilizar a doença”, explica o presidente do departamento científico de pneumologia e tisiologia da Associação Paulista de Medicina (APM), Dr. Oliver Augusto Nascimento. Para que o tratamento da rinite alérgica atinja os resultados esperados, é fundamental que sejam consideradas diversas frentes, sendo que uma delas é a medicamentosa. Uma das mais importantes para esses casos é a dos anti-histamínicos (popularmente chamados de antialérgicos) que se prestam ao resgate de crises. “Eles são indicados no tratamento da fase aguda das crises. São importantes porque, se usados de forma precoce, evitam que a crise se agrave e gere consequências”, justifica o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dr. José Carlos Perini. Segundo ele, outra classe de medicamentos importante é a dos corticosteroides tópicos nasais, considerados grandes aliados na prevenção. “São poderosos nessa ação, não são absorvidos pelo organismo e, portanto, não têm efeitos colaterais, como os corticosteroides orais ou injetáveis”, garante o médico.

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ESPECIAL SAÚDE

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS

De acordo com a Iniciativa Global contra a Asma (GINA), os pacientes são sintomáticos se pelo menos uma vez nas últimas quatro semanas apresentarem: sintomas diurnos mais de duas vezes por semana, qualquer despertar noturno, uso de medicamentos de resgate mais de duas vezes por semana ou se a asma estiver limitando suas atividades cotidianas. Os sintomas prolongados são indicadores de que a asma não está controlada e podem, assim, comprometer significativamente a vida diária dos pacientes, conforme mostram os dados apurados.

RINITE A rinite é, nos dias atuais, a doença crônica mais comum do mundo. Por volta de 40% da população tem possibilidade de desenvolver a alergia. É a inflamação da mucosa nasal devido a uma reação alérgica a determinados alérgenos. Essa inflamação pode resultar em sintomas crônicos ou recorrentes como: rinorreia aquosa (corrimento nasal), prurido nasal (coceira), espirros e sintomas oculares, complementa o Dr. Houly. No Brasil, estima-se que a rinite atinja cerca de 30% da população e a asma de 10% a 15%, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Nos Estados Unidos, a alergia é a quinta doença crônica mais prevalente em todas as idades e a terceira mais comum em crianças. Em 1980, somente 10% da população ocidental sofria de alergias. Hoje, o número é três vezes maior.

SINUSITE Ela é a complicação mais comum da rinite alérgica. Trata-se de um processo inflamatório, que pode ser de origem infecciosa ou não, e que, como detalha a Dra. Verônica, acomete os seios da face, causando dor de cabeça, sensação de peso ou pressão facial com movimentos de abaixar e levantar a cabeça, secreção e obstrução nasal, tosse, podendo vir acompanhada de febre. Ela pode ser dividida entre: aguda, quando os sintomas estão presentes por um período inferior a 12 semanas ou crônica, quando o inchaço e a inflamação dos seios nasais estão presentes por mais de 12 semanas. “O diagnóstico se dá pelo acúmulo de secreção da face e a obstrução das vias aéreas superiores. A doença é causada por infecção viral ou bacteriana”, completa o Dr. Houly. 84

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O TRATAMENTO DEVE SER INDIVIDUALIZADO E DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS, E, ATUALMENTE, EXISTE UMA GRANDE QUANTIDADE DE MEDICAMENTOS PARA O CONTROLE ADEQUADO Não existem estatísticas próprias sobre sinusite no Brasil, mas estima-se que no País haja 1,8 milhões de casos ao ano. Esse número é feito com base na estimativa de outros países, como no Canadá, local em que 6% de sua população tem sinusite crônica; e nos Estados Unidos, onde 0,5% dos resfriados evolui para a sinusite, afetando 16% da população norte-americana.

PROBLEMAS DA ESTAÇÃO As mudanças climáticas que ocorrem no outono-inverno (baixa temperatura associada à baixa umidade do ar) facilitam a proliferação dos ácaros que são potentes desencadeadores de alergias. Esse é um dos motivos que os especialistas apontam para o aumento da incidência dessas doenças na estação mais fria.Na ausência de raios ultravioleta, os vírus conseguem sobreviver tempo suficiente para ser transmitidos de uma pessoa a outra. Outro motivo do aumento da incidência, segundo o pneumologista, é o clima seco e frio característico do outono e do inverno. Neste período do ano, as pessoas ficam mais suscetíveis à contaminação por viroses respiratórias. Isso acontece devido à mudança de hábitos das pessoas. “Esta é uma época em que temos maior agrupamento de gente em ambientes fechados”, destaca o Dr. Houly. Outro motivo do aumento dos casos é que o clima seco desta estação pode interferir na saúde ao deixar as vias respiratórias mais desidratadas do que o normal, facilitando a entrada de vírus e bactérias nocivas. Por isso, a hidratação é fundamental.

TRATAMENTOS DISPONÍVEIS Os filhos de pais com doenças respiratórias apresentam risco aumentado para desenvolvê-las,

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ESPECIAL SAÚDE

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS

PARA ENTENDER A PESQUISA PANORAMA DA SAÚDE RESPIRATÓRIA DO BRASILEIRO Asma: uma doença prevalente Cerca de 300 milhões de pessoas no mundo têm asma

e a prevalência aumenta em 50% a cada década.

10% Prevalência no Brasil Cerca de 20 milhões de asmáticos brasileiros.

A asma é a quarta causa de internação pelo SUS com 160 mil hospitalizações em 2011.

Fonte: Boehringer Ingelheim do Brasil e Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope)

principalmente a rinite alérgica, assim como crianças prematuras e aquelas que apresentam infecções respiratórias (gripe/bronquiolite) antes do primeiro ano de vida. “Os principais sintomas que esses pacientes apresentam são febre alta, dor local e diminuição da audição”, observa o Dr. Houly. O tratamento deve ser individualizado e de acordo com a gravidade dos sintomas, e, atualmente, existe uma grande quantidade de medicamentos para o controle adequado, avalia a Dra. Verônica. Os pacientes também podem fazer uso de alguns métodos para amenizar o problema, como o uso de nebulizadores e inaladores, que são dispositivos que auxiliam no tratamento de doenças respiratórias graves, como a asma e a fibrose cística. Também são utilizados em problemas respiratórios eventuais e que não exigem uso contínuo, entre eles gripes, resfriados e pneumonias. A principal vantagem na sua utilização é a administração de medicamentos diretamente nos pulmões, 86

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além da fluidificação das secreções. No inalador, também é possível associar vários medicamentos com efeitos e funções diferentes. Além disso, pode-se aumentar ou diminuir suas doses conforme o paciente e o caso. “Pouco se fala do risco de contaminação por higiene inadequada. Além da solução medicamentosa, a máscara e o copo reservatório são consideráveis fontes de contaminação quando não realizada a limpeza ideal. Aliás, são autênticas portas de entrada para uma doença respiratória”, alerta o Dr. Houly. Uma das bactérias que pode se instalar no inalador é a Pseudômona saeruginosa, responsável por infecções respiratórias e pneumonias. Chega a contaminar 35% dos nebulizadores de portadores de fibrose cística. A ação do nebulizador é transformar o medicamento em pequenas partículas e possibilitar a sua penetração nos pulmões. Se não houver uma higienização correta, fungos e bactérias podem acompanhar a medicação. Então, o que deveria servir de aliado no tratamento pode virar um grande vilão.

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GRAVIDEZ E FERTILIDADE

A espera de um filho SEGUNDO ESTUDO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS, A INFERTILIDADE POR FATOR FEMININO FOI RELATADA EM 37% DOS CASAIS INFÉRTEIS; JÁ O FATOR MASCULINO, EM 8% POR VIVIAN LOURENÇO

T

Tornar-se mãe ou pai ainda é um grande desejo da maioria dos casais. Mesmo com as taxas de natalidade em queda, muitos homens e mulheres, casados ou solteiros, pretendem formar uma família. Conceber um bebê é sinônimo de vida plena e realização para essas pessoas. Contudo, engravidar pode não ser uma tarefa fácil. É necessário que tanto o homem quanto a mulher tenham um organismo saudável e que funcione de forma adequada. A mulher deve ovular e o caminho a ser percorrido pelo óvulo e pelos espermatozoides deve estar completamente livre. A gravidez pressupõe relações

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sexuais adequadas que devem acontecer na época da ovulação, seguida da fecundação e a implantação dos embriões (nidação). A ovulação ocorre quando um folículo ovariano, que se desenvolve em um ciclo menstrual, se rompe e libera o óvulo. A ovulação faz parte de um processo hormonal do organismo das mulheres, do qual fazem parte os hormônios estradiol, folículo estimulante (FSH), luteizante (LH) e progesterona, que recrutam os folículos, os estimulam a crescer, a romper e se, neste momento, ocorrer fertilização, a mulher irá engravidar, como explica a ginecologista e obstetra do Amato – Instituto de Medicina Avançada, Dra. Juliana Amato. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

GRAVIDEZ E FERTILIDADE

O especialista em reprodução humana do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Paulo Bianchi, destaca que as mulheres nascem com um “estoque” finito de óvulos, que será utilizado ao longo de sua vida reprodutiva. “A cada ciclo menstrual, um conjunto de folículos é recrutado, a partir do ‘estoque’, para iniciar seu desenvolvimento. Ao longo desse processo, um folículo desse conjunto recrutado é escolhido para continuar o desenvolvimento (folículo dominante) enquanto que os demais degeneram e são absorvidos”, explica. O primeiro dia do ciclo é o primeiro dia da menstruação. Por volta do 14º dia do ciclo, acontecem picos de alguns hormônios femininos: LH, FSH e estradiol, e após o pico, é liberado o óvulo pelo ovário, completa a coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, Dra. Bárbara Murayama. Tanto o desenvolvimento folicular, quanto a escolha do folículo dominante e a ovulação são controlados por um sistema hormonal que envolve o hipotálamo, a hipófise e os ovários.

INVESTIGAÇÃO DA FERTILIDADE Mulheres com menos de

35 anos de idade: após um ano de tentativas

Mulheres acima de

35 anos de idade: após seis meses de tentativas Mulheres que não têm desejo reprodutivo no momento e estejam próximas aos

CAUSAS DA INFERTILIDADE Nem tudo no caminho para a maternidade é fácil. Por vezes, os casais encontram dificuldades em engravidar, que podem ser por conta da infertilidade, que é a dificuldade para engravidar, e não necessariamente a impossibilidade da ocorrência de gestação natural. Na prática, define-se infertilidade quando o casal está tentando engravidar sem sucesso há pelo menos um ano. A mulher pode ser infértil por diversos motivos, como explicam os especialistas, entre eles, fatores ovulatórios (síndrome dos ovários policísticos, anovulação crônica, menopausa precoce); anatômicas (obstrução tubária, malformações uterinas), endometriose ou quimioterapia. “A infertilidade masculina pode ocorrer por infecções, varicocele, doenças ligadas ao cromossomo y ou doenças da infância”, destaca a Dra. Juliana. Segundo informa a Dra. Bárbara, uma força-tarefa da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade realizou um estudo com 8.500 casais inférteis, utilizando critérios diagnósticos-padrão para determinar as condições médicas que contribuem para a infertilidade. Nos países desenvolvidos, a infertilidade por fator feminino foi relatada em 37% dos casais inférteis; 90

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35 anos de idade: orienta-se investigação da fertilidade para orientação de preservação (congelamento de óvulos), para quando quiser engravidar Em mais de

30% dos casos, há comprometimento da fertilidade do homem e da mulher ao mesmo tempo

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ESPECIAL SAÚDE

GRAVIDEZ E FERTILIDADE

fator de infertilidade masculina, em 8%; e em ambos, fator de infertilidade masculina e feminina, em 35%. Cinco por cento dos casais tinham infertilidade sem explicação e 15% ficaram grávidas durante o estudo. “Algumas causas de infertilidade são facilmente identificáveis, tais como azoospermia (sem espermatozoides no produto ejaculado), amenorreia – ausência de menstruação de longa data por diversas causas, obstrução das tubas bilateral ou endometriose profunda”, complementa a Dra. Bárbara. No entanto, de acordo com a especialista, a situação da infertilidade não é tão clara na maioria dos casais: o esperma pode ser reduzido em número, mas não estar ausente; pode haver alguma irregularidade menstrual com ciclos sem ovulação; a mulher pode ter obstrução tubária parcial; etc. Muitas vezes é difícil fazer o diagnóstico e indicar tratamento. “O homem e a mulher devem ser investigados simultaneamente, pois é muito comum a ocorrência de mais de um fator relacionado à infertilidade conjugal”, alerta o Dr. Bianchi. A consulta médica do casal, com história e exame físico, é a primeira etapa do processo de investigação da infertilidade. Também são usados exames subsidiários

para complementar a investigação, como: dosagens hormonais, histerossalpingografia (raio-x contrastado do útero e das tubas uterinas), ultrassom e espermograma. “De acordo com os resultados dessa avaliação básica, testes mais específicos podem ser necessários para elucidação diagnóstica. Importante salientar que, mesmo com os avanços diagnósticos, em cerca de 10% a 15% dos casos, não é possível estabelecer com clareza a causa da infertilidade do casal”, destaca o especialista em reprodução humana do Hospital Samaritano de São Paulo.

TRATAMENTOS PARA A INFERTILIDADE A escolha do tratamento a ser usado para a infertilidade depende de diversos elementos, mas principalmente da(s) causa(s) da infertilidade (se identificada), do tempo que o casal está tentando engravidar, da idade da mulher e da estimativa do tamanho do seu “estoque” de óvulos. Sempre que possível, de acordo com o Dr. Bianchi, tenta-se corrigir o fator associado à dificuldade. Quando isso não é possível, utilizam-se os tratamentos de reprodução assistida: coito programado (estimulação da ovulação com identificação do período fértil, quando

RELAÇÃO ENTRE FERTILIDADE X IDADE FAIXA DE IDADE

TEMPO DE ESPERA PARA A GRAVIDEZ NATURAL

35 a 38 anos

6 meses

39 a 40 anos

4 meses

40 a 43 anos

3 meses

44 a 45 anos

2 meses

IDADE

TAXA DE FERTILIDADE

Até 25 anos

-

25 a 30 anos

(-) 4%

30 a 34 anos

(-) 15%

35 a 40 anos

(-) 40%

<40 anos

(-) 95%

Queda da Taxa de Fertilidade de acordo com a idade da paciente (valores e estatísticas que se aplicam às mulheres de uma maneira geral, podendo haver grandes variações de mulher para mulher). Fonte: Centro de Reprodução Humana do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO)

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ESPECIAL SAÚDE

GRAVIDEZ E FERTILIDADE

TRANSFORMAÇÕES NO CORPO DA MULHER • Maior sonolência. • Cólicas no baixo ventre são frequentes, assim como a vontade de urinar. • Intensas alterações de humor. • As mamas aumentam de volume e ficam mais sensíveis.

• O útero já está quase do tamanho de um melão, revelando um pouco mais a barriga. • O apetite tem considerável aumento (atenção para o controle de peso). • Alterações na pressão sanguínea (quedas de pressão) causam leves inchaços e podem provocar tonturas.

1º MÊS

3º MÊS

o casal deve ter relações sexuais); inseminação intrauterina (estimulação da ovulação com identificação do período fértil, quando uma amostra dos espermatozoides é colocada dentro do útero); ou fertilização in vitro (estimulação ovariana e retirada dos óvulos por punção antes da ovulação; o encontro entre óvulos e espermatozoides é realizado fora do organismo feminino, no laboratório, e os embriões resultantes são cultivados por alguns dias até ser colocados dentro do útero).

PREPARAÇÃO PARA ENGRAVIDAR Antes de pensar em engravidar, a mulher deve fazer um checkup a fim de avaliar sua saúde geral, exames gerais e ginecológicos são adequados. O casal, de acordo com a coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, idealmente, deve 94

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• O corpo está mais suscetível aos inchaços. Portanto, é aconselhável deitar do lado esquerdo e ter cuidado com comidas salgadas. • Armazenamento de gordura nos seios e nos quadris.

6º MÊS

• Auge da retenção de líquidos. • Podem haver algumas contrações durante o período. • Aparecem dores no púbis e na região lombar. • Pode haver perda do “tampão mucoso”.

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agendar uma consulta médica com ginecologista assim que decidir que quer engravidar, ou quando já souber quando pretende, com prazo de pelo menos três a seis meses. “Nesse período, iremos planejar atualização de vacinas, avaliar a alimentação da mulher e da casa, pensando em preparar para receber o bebê. Também é preciso planejar mudanças de hábito, como atividade física e parar de fumar, se necessário. Esse também é o momento de tirar dúvidas do casal e fazer exames de rotina que estejam faltando”, explica a Dra. Bárbara. Além disso, a especialista destaca que o ideal é que, três meses antes de parar de utilizar o método anticoncepcional, é importante iniciar o uso de ácido fólico, que ajuda na prevenção de malformações do Sistema Nervoso Central (SNC) do bebê.

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AMAMENTAÇÃO

Aleitamento exclusivo

A IMPORTÂNCIA DO LEITE MATERNO PARA O BEBÊ É INDISCUTÍVEL. E CADA VEZ MAIS ESPECIALISTAS MOSTRAM QUE A SAÚDE DA MULHER TAMBÉM SE BENEFICIA COM O ATO POR TASSIA ROCHA 96

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O momento da amamentação é um período muito importante tanto para a mãe, quanto para o bebê. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade, já que é suficiente em calorias e demais nutrientes, inclusive água. Após esse período, o aleitamento deve ser mantido

até os dois anos, em associação aos alimentos recomendados pelo pediatra. As primeiras mamadas são do colostro, que é rico em componentes que garantirão a defesa imunológica da criança nos primeiros tempos de vida. Além disso, as substâncias ali contidas irão contribuir para o bom funcionamento do intestino do bebê. E também é rico em vitamina A, fundamental para o bom desenvolvimento. Depois de um tempo, o leite modifica-se de amarelo-claro para a cor normal, é o chamado leite maduro. Sua composição é rica em lactose, gordura e proteínas em quantidades normais e adequadas para um bom desenvolvimento infantil. Em princípio, o leite produzido por todas as mulheres será adequado aos filhos. O leite materno contém anticorpos, proteínas, açúcares, gordura e água na medida certa para o bebê ser saudável. Protege de várias infecções, como otites, diarreia, pneumonia, além de evitar o desenvolvimento de alergias. Além de todos os benefícios nutricionais, a amamentação também contribui para o desenvolvimento emocional do bebê, já que promove uma forte ligação emocional com a mãe, transmitindo-lhe segurança e carinho, de modo a facilitar, mais tarde, o seu relacionamento interpessoal, ou seja, estimula o vínculo afetivo entre mãe e filho, favorecendo a desenvoltura psico-cognitivo da criança. Ela é prática, ajuda a mãe a perder peso, ajuda o útero a regredir mais rápido após o parto, além de proteger contra o câncer de mama, de ovário e a osteoporose”, informa a pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Milena de Paulis. “O risco de câncer de mama também diminui com aleitamento materno completo, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia. Durante a amamentação, ocorre o desenvolvimento definitivo das mamas. Por isso, nos primeiros dias, podem ficar doloridas, pois estão se preparando para a mamada. É importante ressaltar que a flacidez dos seios ocorre em função da gravidez e não da amamentação, portanto, o fato de não amamentar para evitar o problema não tem fundamento”, explica o ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira.

O CORPO SENTE As lesões nos seios também costumam surgir logo no começo da amamentação, principalmente devido ao excesso de leite, que pode causar distensão e o 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

AMAMENTAÇÃO

O LEITE MATERNO CONTÉM ANTICORPOS, PROTEÍNAS, AÇÚCARES, GORDURA E ÁGUA NA MEDIDA CERTA PARA O BEBÊ SER SAUDÁVEL. PROTEGE DE VÁRIAS INFECÇÕES, COMO OTITES, DIARREIA, PNEUMONIA, ALÉM DE EVITAR O DESENVOLVIMENTO DE ALERGIAS inchaço da região mamilo-areolar. Além disso, a posição incorreta do bebê ao sugar também pode machucar. “Outros fatores, como clima, resíduos de detergente nas roupas, loções aplicadas na região da mama, sabonetes, talco, cosméticos para cabelo, desodorante ou perfume podem influenciar no ressecamento dos seios. O uso incorreto de bombinhas para extrair o leite também ocasiona as rachaduras”, informa o Dr. Oliveira. Para prevenir as lesões ou mesmo tratar e aliviar as rachaduras e dores, alguns cuidados são essenciais: a mãe deve estar sempre atenta à posição do bebê, já que a maneira 98

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correta é deixá-lo de frente para o seio. O mamilo e a aréola precisam estar envolvidos no momento da sucção. O machucado não prejudica a criança. A questão mais importante nesse caso é corrigir o problema e estimular a cicatrização do mamilo para que a amamentação volte a ser prazerosa. A hidratação com cremes ou óleos específicos e a higiene local com produtos antissépticos são necessárias, uma vez que a produção de leite materno costuma ocorrer após o parto e a estimulação correta neste período, geralmente, é suficiente.

MOMENTO CERTO Algumas mães ficam em dúvida em relação aos horários da amamentação, quantas vezes ao dia devem amamentar e, em que momento deve acontecer o desmame. Para o Dr. Oliveira, o ideal é que a mãe ofereça o leite em “livre demanda”, ou seja, toda vez em que o bebê sentir fome. Algumas crianças, com o passar das semanas, vão criando seu próprio horário e é comum quererem mamar a cada duas ou três horas, mas é importante que a mãe não restrinja a amamentação, caso o bebê prefira mamar em um intervalo maior ou menor de tempo. “De qualquer forma, é bom que a mãe fique de olho: se ele quer mamar a cada hora, é provável que esteja ingerindo pouco leite e é bom pedir orientação de um especialista para identificar o problema”, recomenda.

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PELE

Momento de transformação DURANTE A GRAVIDEZ, AS MULHERES ENFRENTAM A EXPECTATIVA DA CHEGADA DO FILHO E TAMBÉM ALGUNS PROBLEMAS ESTÉTICOS, COMO AS TEMIDAS ESTRIAS. ORIENTAR A CONSUMIDORA NESSA FASE, É ESSENCIAL POR TASSIA ROCHA

A

A gravidez provoca profundas alterações anatômicas e funcionais no organismo da mulher, isso em um período relativamente curto, apenas nove meses. Não são apenas mudanças físicas, mas também emocionais. Durante a gestação, a mulher tende a ficar mais emotiva, chora e sorri com a mesma facilidade. Mas a mudança repentina de humor é algo comum, e a família precisa estar preparada para esse momento. Afinal, problemas hormonais e as transformações do corpo preocupam qualquer um.

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Desde o momento da fecundação até o nascimento, as mudanças no corpo da mulher são diversas. Praticamente todos os sistemas do organismo são afetados pelas modificações gravídicas. Mas cada mãe possui um biótipo e, por isso, as transformações físicas variam bastante. Portanto, é bom saber que toda consumidora que pretende ter um filho necessita redobrar a atenção para alguns hábitos. No período gestacional, as mães devem tomar mais cuidado com a pele devido às mudanças no corpo, principalmente por conta do ganho de peso, e, consequentemente, IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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o surgimento de estrias. Elas são rompimentos que ocorrem nas fibras de colágeno e elastina que fornecem elasticidade à pele. Tais fibras permanecem na derme, camada interna da pele e, quando esta se rompe, forma cicatrizes, originando as estrias. Ou seja, quando a pele se estende demais, tende a romper as fibras elásticas. Para conter o rompimento, o organismo cicatriza aquele local e, assim, nasce a estria. Costumam aparecer no último trimestre da gestação, quando o estiramento da pele é maior, e, principalmente, dias antes do parto, em decorrência das alterações hormonais. “As estrias representam uma importante preocupação estética para as mulheres grávidas. Elas podem ocorrer em até 90% das gestantes e costumam acontecer mais por volta de 24ª semana de gravidez. São muitas as razões para que elas surjam durante a gestação e nem todas são completamente claras. Acreditase que elas ocorram pelas mudanças na elasticidade da pele durante o desenvolvimento do feto, sendo que o estiramento cutâneo leva à lesão de proteínas, como o colágeno, que compõem a pele. Comumente, elas aparecem no abdômen, nos seios, nas coxas e nos glúteos. Fatores genéticos e hormonais também podem influenciar o aparecimento de estrias”, informa o gerente médico da Consumer Health da Bayer, Dr. Maurício Souza. Elas podem ser divididas em duas categorias: as vermelhas e as brancas. Quando possuem coloração avermelhada, as lesões costumam ser mais recentes. É mais fácil reverter o quadro, pois, embora o tecido celular tenha apresentado rompimento, ele ainda possui fibras elásticas. No caso das brancas, é mais complicado tratar, sendo necessários procedimentos mais agressivos para a produção de colágeno e elastina. “As temidas estrias, que geralmente aparecem na região do abdômen, coxas e mamas, costumam surgir com

NO PONTO DE VENDA, É POSSÍVEL OFERECER PRODUTOS CONJUNTAMENTE COM OUTROS QUE POSSAM OU DEVAM SER USADOS NO PERÍODO DA GESTAÇÃO, MAS SÃO SUGESTÕES DE COMPRA RELACIONADAS AO PERÍODO

o aumento do peso. Conforme a gestante aumenta de tamanho, a pele estica e pequenas rupturas nas camadas mais profundas da pele ocorrem por conta das alterações nas fibras de elastina e colágeno. Tanto as estrias em gestantes quanto nas não gestantes ocorrem da mesma forma, muitas vezes devido ao aumento de peso”, conta a gerente de produto do Grupo Cimed (Memê Care), Aline Mendonça.

PREVENIR É O MELHOR CAMINHO O mercado disponibiliza várias opções de cremes e óleos para ajudar na prevenção desse problema. “Alguns ingredientes são bem eficientes, como a vitamina E, ureia, colágeno, ácidos glicólico e retinoico, óleos (amêndoa) e manteigas (karité). Os produtos atuam estimulando a produção de colágeno e elastina, além de hidratarem. Na hora de escolher, é preciso ficar de olho na composição”, recomenda a fisioterapeuta dermato-funcional, Ingrid Peres. Estrias na mulher que não esteja grávida podem ser de mais lento desenvolvimento e associadas a fatores, como, por exemplo, o ganho de peso ao longo da vida, sedentarismo e má alimentação. Dependendo da evolução e da gravidade das estrias em uma pessoa que não está gestante, pode ser necessária a avaliação médica para checar se ela está com algum problema de saúde. Ingrid explica que muitas mulheres desenvolvem as estrias durante a primeira gestação. Outras ganham as marquinhas nas gestações seguintes. Quando a mulher já tem estrias, há aumento de chance do aparecimento das marcas. É importante na gestação ter acompanhamento médico para utilização dos produtos, porém não há necessidade de receituário nesta categoria, sendo os itens encontrados nas gôndolas de farmácias e drogarias, comercializados no autoatendimento. Ingrid indica também que a gestante, em primeiro lugar, mantenha uma alimentação equilibrada, para ajudar a evitar as oscilações de peso que provocam estrias. “Turbinar a dieta com vitaminas e minerais é benéfico para a saúde de todo o corpo. Por isso, acrescentar à rotina alimentos, como frutas, legumes, verduras, azeite, e valorizar os que contenham ou estimulem a formação de colágeno, como, por exemplo, a gelatina. Por fim, beber bastante água para ajudar a manter a hidratação e elasticidade da pele”, acrescenta. Hoje, existem inúmeros tratamentos para estrias que podem melhorar a aparência da pele, mas é raro elas desaparecerem por total. “É importante ter em mente 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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PELE

que as estrias que podem permanecer após a gestação são uma espécie de cicatriz, muitas vezes de difícil resolução. Mas a nova mãe não deve se sentir culpada se elas permanecerem, achando que foi descuidada, uma vez que existem causas sobre as quais não é possível ter total controle. Por outro lado, não aumentar muito o peso durante a gravidez, ter uma dieta saudável, manter uma hidratação diária adequada ajudam a manter a pele com bom aspecto durante a gravidez”, explica o Dr. Souza.

FOCO NO ATENDIMENTO No ponto de venda, é possível oferecer produtos conjuntamente com outros que possam ou devam ser usados no período da gestação, mas são sugestões de compra relacionadas ao período. “A gestante deve cuidar não só na pele nesse período, mas deve pensar no corpo todo e buscar produtos que atendam à sua necessidade, tais como creme para prevenção de estrias, suplementação vitamínica-mineral (com acompanhamento médico), entre outros”, recomenda Aline, da Cimed. A farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara, informa que gestantes devem utilizar produtos para hidratação e prevenção de estrias desde os primeiros meses de gravidez para que a probabilidade de que tenham problema seja reduzida, pois uma vez instalado é difícil a reversão do quadro. “Assim, é possível capturar clientes gestantes que vieram em busca de medicamentos para fazer indicação de produtos hidratantes para prevenção de estrias. Além disso, os bicos dos seios das mulheres que estão amamentando costumam rachar pela sucção do bebê. Assim, também existe a possibilidade de mostrar para 104

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esta cliente produtos para hidratação dos mamilos, principalmente antes de o bebê nascer para que ocorra a prevenção deste problema”, explica Tatiana. Ela informa que, uma questão importantíssima é que gestantes não podem utilizar hidratantes que contenham ureia como princípio ativo, assim, produtos com estes ativos não devem ser indicados. “A ureia aumenta a permeabilidade da pele, podendo permitir a entrada de outras substâncias que não seriam convenientes durante a gravidez.” Outro ponto é que, ao fim da gestação, inicia-se uma fase mais intensa de produção de leite e que, por vezes, pode pingar, marcando a roupa. “Para isso, podem ser apresentados os protetores de seios. Além disso, a gestante geralmente está ansiosa com a chegada do bebê e gosta de fazer compras de produtos para seu filho. Dessa forma, itens cosméticos para bebês também podem ser apresentados para as futuras mães que irão adorar visitar a sessão infantil”, completa Tatiana. Atualmente, as marcas investem em materiais de comunicação para ativação em loja, bem como em capacitação e treinamento de funcionários, como balconistas e farmacêuticos. Orientações sobre benefícios e indicação de cada marca podem ser encontradas facilmente por meio destes dois caminhos, facilitando e tornando mais satisfatória a experiência de compra. “A exposição do produto deve permitir ao consumidor visibilidade e acesso direto à linha completa de produtos que a marca possui. Além disso, a comunicação de suporte deve estar sempre presente por meio de materiais de divulgação, que são importantes para auxiliar a consumidora em sua decisão de compra, tornando claro os diferenciais e benefícios de cada marca”, sugere o gerente de produto da linha Bepantol® Baby, André Mendes.

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CATEGORIA

Item indispensável

FRALDAS INFANTIS MANTÊM CRESCIMENTO DA CATEGORIA COM NOVIDADES QUE SE DESTACAM PELA ALTA TECNOLOGIA E MATÉRIA-PRIMA DIFERENCIADAS

O

POR TASSIA ROCHA E TATIANA FERRADOR

Os bebês exigem atenção redobrada das mães nos primeiros meses de vida. Quando o assunto é qual produto usar para determinada necessidade, os pais não medem esforços, querem os melhores do mercado. Esse é um dos motivos que fazem as indústrias do setor de cuidados infantis investirem cada vez mais em novidades e produtos diferenciados, aliando tecnologia e inovação. A fralda é um item que acompanha o cotidiano dos pais e do bebê por quase três anos. Nos

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primeiros meses de vida, são aproximadamente dez trocas diárias, e os pais, especialmente os de primeira viagem, devem estar atentos para identificar a versão e marca que melhor atenderão suas necessidades. O uso das fraldas trouxe conforto para as mães e uma facilidade incrível na higiene do bebê. As fraldas descartáveis revolucionaram pela praticidade que trazem aos pais. O principal objetivo é fazer com que o xixi seja absorvido e fique longe da pele. IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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Segundo dados da Kantar Worldpanel, a categoria de fralda descartável teve um aumento de 24% em volume e 27% em valor (2015 versus 2014). O gasto médio também aumentou em 13%. A penetração de fraldas teve uma aumento de 2,7 pontos percentuais, o que significa que a categoria entrou em mais de 1,5 milhão de lares no ano passado, quando comparado ao ano anterior. As fraldas descartáveis infantis possuem consumidoras geralmente fiéis a atributos (não necessariamente a marcas), que prezam por conforto e qualidade em vez de preço. Sim, ele continua importante, mas, neste caso, não é quem define a compra. As fraldas infantis são geradoras de fluxo e consideradas categoria destino. “No caso do canal

farma, as compras são feitas, na maioria das vezes, para reposição e não para o abastecimento e, normalmente, são realizadas em grandes redes supermercadistas”, explica a gerente da marca Huggies (Kimberly-Clark), Simone Simões. “O shopper sempre tem duas escolhas de marca em mente, sua preferida e uma secundária, e por ser um dos principais produtos para os bebês, quando não encontra a marca desejada, opta pela segunda alternativa em vez de procurar sua preferida em outro ponto de venda (PDV)”, diz a executiva. Porém, a partir do momento em que não encontra nenhuma de suas escolhas, tende a mudar de canal. A confiança é a mola propulsora das vendas de fraldas descartáveis, seguida pelo custo-benefício, onde se destacam o poder de absorção que proporcionam, proteção à pele do bebê e respirabilidade. Como aponta a diretora de marketing de Pampers, Laura Vicentini, a maior preocupação das mães é quanto à segurança e eficácia da fralda contra os vazamentos, especialmente das que prometem 12 horas de sono protegido. “Contudo, os pais podem realizar a troca quando sentirem que a fralda está muito cheia de xixi e/ou, especialmente, quando tiver cocô, para evitar assaduras. Todas as embalagens de Pampers apresentam uma indicação média do peso do bebê versus a recomendação do tamanho da fralda. Além de se guiar pelo peso do bebê, os pais também podem ficar atentos a outros sinais, como se o bebê estiver com uma linha avermelhada em volta da barriga ou das pernas, a fralda pode estar muito pequena – e a fralda pequena ou grande demais podem ser a causa de vazamentos”, acrescenta Laura.

O CANAL FARMA Lidar com a limitação de espaço físico é um dos maiores desafios para a venda de fraldas no canal farma. De acordo com o diretor de consultoria da GS&MD – Gouvêa de Souza, Artur Motta, o importante é que o varejista exponha todo o seu mix para que o shopper visualize facilmente o produto na loja, inclusive com variedade e preços competitivos. “Em termos de layout de loja, é recomendável criar uma área onde estejam agrupados todos os produtos para bebês/infantis, de modo a estimular a venda por impulso e a lembrança de aquisição da categoria”, ressalta. 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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CATEGORIA

PLANOGRAMA Indicação para a linha infantil e baby segundo a recomendação da Johnson & Johnson: Acessório (Puericultura leve)

Pós-banho (colônia, lavanda, etc.)

Banho (sabonete, xampu, condicionador, etc.) Troca de fraldas (talco, lenços umedecidos, etc.) Pós-banho e banho – acima de 5 anos de idade

O executivo lembra, ainda, que por se tratar de uma categoria com bom grau de fidelidade, é fundamental que não ocorra desabastecimento de produtos. “Por pelo menos dois anos, a compra será frequente, por isso investir em ações diferenciadas para atrair o shopper ao PDV, com promoções e sortimento adequado, assim como packs promocionais – do tipo compre a fralda e leve um lenço umedecido – farão com que o cliente volte com frequência à farmácia, não apenas pela conveniência, e sim pela variedade de produtos e estratégias de fidelização”, diz. O gerente de produto da linha Bepantol ® Baby, André Mendes, explica que evitar a ruptura de produto é essencial por dois motivos. Primeiro, por se tratar de um compra planejada, o consumidor chega à loja buscando por uma marca e apresentação que, quando não encontradas, transformam-se em uma experiência de compra ruim. Segundo, pois a experiência ruim com uma marca e loja pode se transformar em conversão de venda para outra loja ou marca concorrente, o que é prejudicial comercialmente. A exposição dos produtos deve garantir uma boa visibilidade das embalagens, facilitando a identificação visual por parte do shopper. Algumas fraldas mais específicas, como para uso em praia e piscina, são boas oportunidades de vendas, pois são compras ocasionais decorrentes da necessidade e o consumidor poucas vezes possui estes modelos em estoque. Simone, da Huggies, indica a exploração de cestões e também ilhas de exposição na loja. “Ambos são fundamentais para garantir o melhor abastecimento da loja, e para potencializar o espaço da categoria, é muito importante explorar o 108

cross-merchandising com produtos correlatos, tais como: lenços umedecidos, creme antiassaduras, xampus, sabonetes líquidos, colônias, hidratantes, hastes flexíveis, entre outros. Nas gôndolas, devem estar dispostas começando pelas linhas super premium, seguidas das premium, valor e econômicas, da esquerda para a direita. Fraldas com diferenciais, como as noturnas ou para piscina, também ficam na parte de cima do expositor. A diretora-geral da Mind Shopper, Alessandra Lima, defende que a exposição está diretamente ligada ao tamanho da loja. “As lojas independentes costumam ser menores, portanto, recomendamos a exposição nas gôndolas das rotinas de banho, pós-banho e dos itens menores de troca de fraldas (creme e lenços), deixando os cestões para as fraldas”, diz. “Os cestões, por sua vez, devem ficar próximo aos demais itens e não isolados da categoria, tampouco devem ficar na entrada da loja, pois, desta forma, o varejista perde a oportunidade de ter o shopper circulando pela loja e comprando mais produtos”, lembra. O planograma deve considerar a hierarquia de decisão de compra do shopper, ou seja, como ele decide a compra, se por marca, embalagem, preço, tamanho, etc. As áreas mais importantes são aquelas que estão ao alcance dos olhos. Vale ressaltar que o planejamento de cada categoria deve ser individualizado de acordo com a estratégia e perfil da loja, perfil do público, entre outros. Diferentes shoppers, diferentes necessidades, diferentes lojas, diferentes planogramas. “No geral, produtos com maiores margens ficam na altura dos olhos e início do fluxo; produtos com alto giro, no fim do fluxo; e produtos de rotina, no meio”, explica a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Não é de hoje que o varejo vem buscando estratégias para atrair e converter mais clientes, aumentar suas transações (tíquete) e rentabilizar o negócio. Toda loja deve pensar seu layout para engajar, converter e reter o shopper, favorecendo o seu gasto dentro da loja. Isso só é possível com uma boa experiência de compra, o que é obtido quando há um processo de compra e decisão facilitado. “Ter uma loja organizada, setorizada, com produtos adequados, bem expostos, sinalizados, preços competitivos, sem ruptura é crucial para maximizar resultados e

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CATEGORIA

CRESCIMENTO DA CATEGORIA Categorias

MAT. R$ 02/2015

MAT. R$ 02/2016

Crescimento %

Fraldas infantis

1.245.396.596

1.525.967.834

23%

Cremes para assaduras

357.936.881

396.616.464

11%

Fonte: IMS Health

reter o cliente”, defende Fátima. “O melhor posicionamento vai depender do tipo de loja, do fluxo e que necessidade queremos suprir, ou seja, qual será a nossa categoria, sempre levando em conta a rotina do bebê”, conclui.

SUBCATEGORIAS ALIADAS Ainda que a finalidade seja a compra de fraldas, quando as mães chegam à farmácia, costumam adquirir outros itens complementares, como lenços umedecidos, pomadas para assaduras, sabonetes líquidos, algodão, entre outros. Assim, posicionar estrategicamente esses produtos de forma a facilitar a experiência de compra – e ainda incentivar a realizada por impulso – aumenta a lucratividade e a frequência de visitas à farmácia. Como explica Alessandra, da Mind Shopper, quando se trata de produtos para bebês, as fraldas respondem pelo maior desembolso, seguidas dos lenços e do creme contra assaduras. “Assim sendo, o ideal é que os itens complementares fiquem na altura dos olhos e em boa localização; já as fraldas ficam no fim do fluxo ou nas prateleiras mais baixas, pois além de ocuparem muito espaço, já são destino dentro da rotina”, diz. Os produtos complementares são adquiridos conforme as necessidades e rotinas do bebê, e por este motivo é recomendado separá-los no PDV em dois grupos: “pós-banho e banho”, e “específicos e troca”. Nas prateleiras, devem estar organizados primeiramente por marca, seguido de preço, começando pela mais cara à mais acessível. O sortimento deve ser adequado ao tamanho da loja e perfil de público, sendo que o foco principal deve ser direcionado às principais marcas da categoria, privilegiando as extensões de cada linha em detrimento de um grande número de marcas. 11 0

“É preferível ter poucas marcas que atuem em vários segmentos (xampu, condicionador, sabonete, colônia, lavanda, etc.), a ter muitas marcas e uma em cada segmento diferente”, explica Fátima. “Comece pelos produtos de menor penetração e maior valor agregado, como pós-banho, e termine a exposição com os geradores de tráfego, como é o caso dos lenços umedecidos, sabonetes e destinados aos cuidados com o cabelo”, diz. Os lenços umedecidos são geradores de tráfego e devem ficar estrategicamente posicionados entre as fraldas descartáveis e itens infantis para banho, já que são utilizados na maioria das trocas. O mais indicado é que sejam separados os grossos dos finos, ou seja, os tipos toalha dos lencinhos. Dentro de cada tipo, agrupar as marcas – da mais cara para a mais barata – no sentido do fluxo e, em cada grupo de marca, organizar as embalagens na seguinte ordem: flow pack, refil, pote e balde. Importantes geradores de tráfego, os sabonetes merecem destaque quando falamos do grupo “pós-banho e banho” e devem estar posicionados na parte inferior da gôndola, também blocados de acordo com marca e preço, da mais cara para a mais barata. Com propriedades cada vez mais específicas e formulações especialmente desenvolvidas para proteger a pele do bebê, os sabonetes antibacterianos em versões líquidas são os mais procurados pelas mães no PDV, segundo levantamento da Unilever. Outros produtos que complementam a linha, como xampu, condicionador, gel para cabelo e creme para pentear, devem ser organizados por marca e blocados de acordo com o preço, seguidos da linha de produto (exemplo: xampu para cabelos cacheados, para lisos, etc.).

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em conta a criança, sua família e o entorno, analisando o conjunto bio-psico-sociocultural”, explica a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. Segundo a consultora, a puericultura tem algumas divisões para efeito de compreensão: leve, que são os produtos ou objetos utilizados apenas pela criança, para facilitar o conforto e desenvolvimento dela nos primeiros anos de vida. Por exemplo: mamadeiras, chupetas, pratos, fraldas, mordedores, IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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entre outros. E a pesada, que tem artigos importantes para o bem-estar da criança, mas que não são de uso único e pessoal. Essa é a diferença entre as duas divisões, como: berços, bebê conforto, carrinho de passeio, assentos de segurança, etc. Por constituir itens que vão da gestação à infância, a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa, destaca que a mulher é o shopper em 95% das compras. Os homens compram só pela lista delas. Essa é uma das maiores seções da farmácia, e precisa estar completa para fazer frente às outras lojas, como supermercados, que têm um mix mais reduzido. “Hoje, o canal farma é um dos mais importantes para puericultura leve, pois possui uma característica de compra por conveniência aos consumidores de produtos infantis. As mães, atualmente, buscam por inovação e sabem que hoje eles estão disponíveis no canal farma, que se tornou uma vitrine”, pontua a gerente de marketing sênior da Lillo do Brasil, Rosana Fiorelli. O potencial de vendas é enorme, como destaca o diretor executivo da Lolly Baby, Márcio Loatti, pois pela diversidade da puericultura em cores, desenhos, formatos e modelos, o consumidor tem dificuldade em realizar comparação de preços entre lojas, sendo um item de alta rentabilidade para as farmácias e drogarias que hoje acabam tendo suas margens em medicamentos apertadas. “Entre 60% e 65% dos nossos produtos para bebês são comercializados nos pontos de venda (PDVs) do canal farma. Para a Lolly, hoje, esse é o principal canal de vendas, pois é um segmento que só cresce no Brasil”, destaca o diretor executivo. Para 2016, a empresa acredita em um aumento de 15% nas vendas de produtos infantis para o canal farma, uma vez que a capacidade de produção geral deve aumentar em 30% a partir do segundo semestre. “Outro fator que pode impulsionar as vendas desse canal neste ano é que a Lolly tem como premissa oferecer produtos de qualidade com preços mais acessíveis. Dessa forma, dado o cenário econômico instaurado em nosso País atualmente, temos a oportunidade de despertar um novo target para nossos produtos em todas as classes (A, B e C)”, completa Loatti.

SORTIMENTO IDEAL O grande diferencial que favorece as farmácias é o sortimento completo e ligado aos tratamentos que os médicos indicam para casos menos comuns. Ou seja,

O BABY CARE CENTER É UM ESPAÇO DENTRO DA LOJA ESPECÍFICO E EXCLUSIVO PARA PRODUTOS DE BEBÊ, PARA OFERECER AO CONSUMIDOR UMA MELHOR EXPERIÊNCIA DE COMPRA o shopper encontra em um só local o tratamento para a saúde e o bem-estar. “O canal farma não trabalha com muitos SKUs (a sigla que representa o termo Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de um produto e é utilizada para manutenção de estoque), por isso, o portfólio de puericultura é mais concentrado em mamadeiras, chupetas e bicos de reposição”, orienta Rosana. Para Regina, a separação das categorias por uso, tamanho e marca deve ser observada para facilitar a escolha e a compra. “Fraldas, produtos de higiene, alimentação, acessórios, etc. devem ser bem entendidos na primeira olhada. A seção que puxa a atenção para o corredor é a de fraldas que, pelo seu tamanho, são vistas a distância.” A categoria pode ser dividida em alguns subgrupos, como orienta Silvia: • Fraldas e complementos: todo tipo de fraldas, lenços umedecidos, pomadas para assaduras,entre outros; • Higiene e cuidados: como sabonetes, xampus, talcos, etc.; • Artigos e acessórios: mamadeiras, chupetas, bicos e acessórios, como prendedor e porta-chupetas, copos, tesouras para cortar as unhas, talheres, pratos, escovas para higienizar mamadeiras, entre outros; • Alimentos: que se compõem de leites e derivados desde as papinhas até todos os tipos de leites, inclusive aqueles para as crianças com problemas de lactose, vitaminados e outros; • Aparelhos: como inalador, vaporizador, esterilizadores e outros destinados às crianças com problemas respiratórios ou outros. O ideal, como completa Loatti, é montar o sortimento por coleção de produtos, com duas a três coleções distintas. “Se a mãe quiser, poderá adquirir chupetas com o mesmo desenho das mamadeiras, chocalhos; 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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OPORTUNIDADE

senão, pode diversificar. Também os acessórios para o bebê (prendedores de chupetas, porta-chupetas, protetores de tomada) e para a mãe (concha de amamentação, tira-leite) são itens que agregam muita venda e de presença fundamental.” Em se tratando de espaço físico, o ideal, para o diretor executivo da Lolly Baby, é que o PDV ofereça uma estrutura que consiga destacar os produtos, de forma que estejam sempre com fácil alcance para o consumidor (em displays, por exemplo). O agrupamento dos produtos deve concentrar as marcas e não o tipo, assim fica mais fácil do consumidor identificar quais pretende comprar, além de garantir uma homogeneidade. “Tudo isso deve ser atrelado às outras ferramentas de comunicação e marketing, como, por exemplo, o treinamento de balconistas e publicidade permitida pelo canal farma”, detalha Loatti.

ESPAÇO DIFERENCIADO O mais novo conceito na categoria de cuidados com o bebê é o Baby Care Center, como explica a marca P&G. É um espaço dentro da loja específico e exclusivo para produtos de bebê, para oferecer ao consumidor uma melhor experiência de compra, com tudo de que ele precisa ao alcance das mãos, com sortimento ideal e organização. Dentro dele, os produtos podem ser divididos por grupos, bem sinalizados e organizados, por tarefas: banho, troca de fraldas, diversão, etc.

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Esse Baby Care Center caracteriza-se por ambientes diferenciados, com peças de merchandising, iluminação, cores, música e aroma. Deve-se buscar, também, a educação do shopper, por meio de dicas práticas na gôndola e folhetos educativos. Destinar uma área restrita à categoria infantil no PDV organiza a loja e garante maior fluxo de consumidores no local, sugerindo a melhor compra para o consumidor. Algumas vantagens, como promoções, ações de merchandising ou itens diferenciados, como kits especiais que dão ainda mais movimento na loja.

SUBCATEGORIAS ESPECIAIS A mesma preocupação que os pais possuem com os itens que os filhos utilizam, eles têm com os itens de Higiene & Beleza (H&B). Escolher corretamente o produto que mais agrada aos bebês e aos pais é um desafio e garantir a qualidade do sortimento que cuida de um público tão frágil é fundamental. A gerente de marketing da Betulla, Juliana Furtado da Silva, destaca que essa categoria infantil ganhou espaço no tíquete médio e, atualmente, é reconhecida e valorizada pelo varejista. “Percebe-se um resultado significativo e crescente. Já que existe a preocupação dos pais com a saúde e o bem-estar das crianças.” As empresas destacam que manter um mix adequado e completo é fundamental para atender às necessidades dos clientes, além de investir na excelência do atendimento, que é também ponto relevante para fidelizar e garantir satisfação dos consumidores, por isso, a importância de contar com profissionais que conheçam os produtos. Entre os itens que o varejista deve oferecer ao shopper, estão categorias, como xampu, condicionador, creme para pentear, gel com glitter, colônias, entre outros. A linha para bebês da Phisalia têm uma participação na empresa de 22%, com isso, ela está focada em cada vez mais conhecer o consumidor que, neste caso, é quem decide a compra, ou seja, as mães, e não o usuário final, as crianças. Por esse motivo, é necessário descobrir as necessidades e os desejos das mães para oferecer a este segmento de mercado a inovação e segurança de que ele necessita. “Em tempos difíceis com desaquecimento do mercado, os olhos do varejo focam cada vez mais em produtos infantis. Os itens de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) crescem a cada ano e possibilitam margens vantajosas e muito significativas”, destaca Juliana.

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TENDÊNCIA

Nutrição infantil SEJA SOB FORMA DE LEITES ESPECIAIS OU PAPINHAS, É FATO QUE O MERCADO DE ALIMENTAÇÃO INFANTIL CRESCE NO PAÍS, PUXADO PELO MAIOR NÚMERO DE PRESCRIÇÕES E MAIOR PREOCUPAÇÃO DOS PAIS COM A ALIMENTAÇÃO DE BEBÊS E CRIANÇAS POR KATHLEN RAMOS E TASSIA ROCHA

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IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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A

A alimentação e nutrição nos primeiros mil dias (da concepção ao segundo ano de vida) da criança é fundamental para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e arteriosclerose, segundo afirma a nutricionista do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto PENSI, do Hospital Infantil Sabará, Priscila Maximino. De acordo com a especialista, já é comprovado que, até o segundo ano de vida, a criança precisa de uma alimentação rica em nutrientes, variada, colorida, de preferência com frutas, cereais, vegetais, carnes, ovos e leite. Nessa alimentação, também se torna fundamental o leite materno, alimento considerado o mais completo para o desenvolvimento do bebê, já que contém substâncias, como vitaminas, proteínas, gorduras e água nas quantidades ideais. “O leite materno é o alimento perfeito para o bebê. Nenhum leite ou fórmula o substitui. Quando a criança tem alguma alergia, a mãe pode fazer adaptações na alimentação e, assim, o bebê poderá continuar mamando o leite humano”, reforça Priscila. Diante da importância da alimentação nos primeiros anos de vida, além das restrições que alguns bebês e crianças podem ter, a indústria passa a oferecer diversas opções de produtos com esse fim no mercado, que vão desde leites especiais a papinhas, fortalecendo a categoria como um todo. “O mercado de alimentos dedicados ao público infantil e, principalmente, o de compostos lácteos, vem crescendo a taxas de dígito duplo nos últimos anos. Esse crescimento reforça a tendência de uma maior preocupação dos pais para com a alimentação e desenvolvimento de seus filhos”, constata o diretor de Trade & Sales da Mead Johnson, Andre Pazos. Já na categoria de leites especiais (sem lactose e sem açúcar), a linha de produtos Olvebra tem mantido o crescimento anual na faixa de 10% ao ano. “Esse crescimento é decorrente de diversos motivos, entre os quais, o diagnóstico médico ser mais rápido e preciso na identificação de doenças”, justifica a nutricionista da empresa Olvebra, Sabrine Waccholz Torma.

POTENCIALIZE AS VENDAS PELA EXPOSIÇÃO A Nestlé orienta para agrupar a categoria de nutrição infantil (formada por papinhas, cereais infantis

TOP CORPORAÇÕES – LEITES INFANTIS 1- Nestlé. 2- Danone. 3- Mead Johnson. 4- Abbott. 5- Josapar. 6- Olvebra. 7- Sanavite.

TOP MARCAS – LEITES INFANTIS 1- Aptamil (Danone). 2- NAN (Nestlé). 3- NINHO ® (Nestlé). 4- Nestogeno (Nestlé). 5- Milnutri (Danone). 6- Enfamil (Mead Johnson). 7- Enfagrow (Mead Johnson). 8- Neocate (Danone). 9- Pregomin (Danone). 10- Neslac (Nestlé). Fonte: IMS Health

e fórmulas Infantis) em uma mesma seção, promovendo o acesso às informações e facilitando o processo de compra. Segundo Pazos, um ponto de atenção é que, em muitas farmácias, as marcas de compostos lácteos ainda são expostas dentro da categoria de fórmulas infantis. “O primeiro passo é criar, de fato, essa categoria no ponto de venda, verticalizando-a na gôndola ao lado da categoria de fórmulas infantis. Onde não houver espaço, a sugestão é horizontalizá-la nas prateleiras abaixo de fórmulas infantis”, ensina. Com relação às marcas, a recomendação é que sejam expostas horizontalmente, seguindo o racional das prateleiras mais altas com as marcas de maior preço (tíquete mais alto) e, nas mais baixas, as marcas de menor preço da categoria. “Isso facilita a organização e arrumação da gôndola, permitindo, inclusive, a rápida identificação de falta de produtos e, portanto, sua reposição”, justifica Pazos, reforçando que em categorias como essa, o shopper, que, em geral, é a mãe, é muito fiel à marca e, na ausência do produto, muda de farmácia para encontrá-lo em outra. E como alguns produtos da categoria de alimentação infantil, como os compostos lácteos, são relativamente novos no mercado, nem sempre a compra é planejada pelo shopper. 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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TENDÊNCIA

CRESCIMENTO DA CATEGORIA CATEGORIA

MAT. R$ 02/2015

MAT. R$ 02/2016

CRESCIMENTO %

Leites infantis

758.517.033

1.000.887.375

32%

Papinhas

27.067.669

23.820.871

-12%

Fonte: IMS Health

Por esse motivo, pontos extras e ações de cross-merchadinsing são importantes para incrementar as vendas. “Essas ações fazem com que o shopper possa entrar em contato com os produtos da categoria”, destaca o executivo. Também é importante que existam materiais de comunicação das marcas ou da categoria, explicando os benefícios dos produtos. Como as mães estão se tornando cada vez mais cuidadosas e criteriosas na alimentação infantil, conceder informações dos produtos que seus filhos irão consumir é fundamental. “O desenvolvimento da categoria de nutrição infantil está fortemente atrelado à comunicação com os pais. Por isso, é fundamental esclarecer todos os aspectos sobre a qualidade dos produtos, os benefícios nutricionais e as diferentes opções para equilibrar as refeições e os nutrientes necessários ao desenvolvimento das crianças”, esclareceu a Nestlé, por meio de comunicado institucional.

ENTENDA A FORMULAÇÃO Como são diversas apresentações entre leites especiais e papinhas, é fundamental que os farmacêuticos consigam entender as diferenças entre os produtos para que possam orientar o consumidor na melhor escolha. “As farmácias devem focar no treinamento dos funcionários, para que estejam sempre prontos para esclarecer as dúvidas dos clientes”, reforça Sabrine. Os compostos lácteos, por exemplo, são produtos indicados para apoiar o desenvolvimento das crianças e devem ser prescritos por profissionais de saúde, como médicos e nutricionistas. “Hoje, no Brasil, a marca comercializada pela Mead Johnson é Enfagrow, um composto lácteo indicado para crianças até cinco anos de idade. Enfagrow contém nutrientes como DHA (sigla em inglês dada a um ácido graxo do tipo ômega-3: o docosahexanoico), colina, ferro, iodo e zinco que contribuem para uma nutrição inteligente”, explica Pazos. Na Nestlé, os compostos lácteos são NINHO® Fases 1+ e NINHO® Fases 3+, que contam com um mix de nutrientes 11 8

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balanceados para atender às necessidades nutricionais de crianças entre um e três anos. A fórmula traz uma combinação de 14 vitaminas e minerais, além de oferecer um perfil adequado de gorduras, incluindo ômega 3 e ômega 6, que contribuem para o crescimento e desenvolvimento cerebral e visual. No caso das papinhas, os produtos da Nestlé são desenvolvidos para atender às necessidades nutricionais de cada faixa etária e são práticos para o consumo fora de casa. Eles são fechados a vácuo ou gás inerte, o que dispensa a adição de conservantes. São mais de 30 variedades, dividas em: Etapa 1 – descobrindo os alimentos, indicada a partir do sexto mês; Etapa 2 – variando o cardápio, a partir do sexto mês; Etapa 3 – com ingredientes em pedaços que estimulam a mastigação, a partir do oitavo mês; e Etapa Júnior – nutrição para o crescimento, a partir de 12 meses. No portfólio de leites infantis, um dos produtos oferecidos no mercado é o NINHO® Forti+, que também apresenta a opção líquida Zero Lactose (versões UHT e em pó) e o Levinho, semidesnatado com 60% menos gorduras. Todos os leites da marca NINHO® ganharam recentemente, junto com a nomenclatura Forti+, uma nova fórmula enriquecida com ferro, zinco e vitaminas A, C e D, além de trazer todos os benefícios do leite. Para crianças que apresentam resistência a alguma das substâncias presentes no leite, o mercado também oferece diversas soluções. “A linha Soymilke é uma alternativa ao leite, para crianças a partir de um ano. É indicada em casos de intolerância à lactose, alergia à proteína do leite de vaca, doença celíaca, diarreias crônicas e problemas digestivos, como refluxo, úlcera e pirose”, mostra Sabrine, da Olvebra. Já a versão Soymilke Natural Sem Adição de Açúcares se constitui como um alimento à base de soja destinado a crianças que não podem ou não querem tomar leite. “Por não conter sacarose adicionada, também pode ser consumido por crianças com problema de ingestão deste açúcar”, finaliza Sabrine.

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A Pharlab comemora o mês dos genéricos com mais 5 lançamentos A Linha de Genéricos Pharlab continua crescendo! Só neste mês de maio são mais cinco lançamentos para as mais variadas especializações, numa cobertura de amplo espectro para inúmeras classes terapêuticas.

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TRATAMENTO

Males do mundo moderno ASSOCIADOS À VIDA COTIDIANA, DISTÚRBIOS COMO ANSIEDADE E ESTRESSE TÊM SIDO CADA VEZ MAIS DIAGNOSTICADOS. A PROCURA POR TRATAMENTO NATURAL IMPULSIONA AS VENDAS DE HOMEOPÁTICOS E FITOTERÁPICOS POR MARCELO DE VALÉCIO E TATIANA FERRADOR

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Se por um lado a tecnologia possibilitou a conectividade 24 horas por dia, sete dias por semana, por outro, ela trouxe consigo uma carga maior de responsabilidades, que quando não cumpridas, ocasionam uma série de patologias, entre elas, o estresse e a ansiedade. Geralmente, a ansiedade é causada por problemas de ordem emocional e familiar, bem como está ligada a um fator externo. “Alguns elementos da vida moderna, como trânsito, pressão no ambiente de trabalho, entre outros, podem exacerbar os quadros. Entretanto, quando ela é acompanhada de sentimentos,

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comportamentos ou sintomas que incapacitam a pessoa ou a prejudicam fortemente em suas atividades do dia a dia, é preciso investigar se não se caracteriza como um distúrbio ou transtorno de ansiedade”, completa o supervisor e assistente do Programa de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP), Dr. Luiz Vicente Figueira de Mello. Quando a ansiedade se torna um distúrbio, logo aparecem os sintomas de nervosismo, medo e insegurança. “Ela se torna patológica quando é desadaptativa, inapropriada, inadequada, exagerada. Nessa IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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forma, desencadeia sintomas físicos, como falta de ar, palpitações, apreensão excessiva, fobias, tonturas ocasionais e, às vezes, insônia, crises de pânico e outros sintomas”, esclarece o Dr. Mello. A ansiedade considerada patológica é denominada transtorno de ansiedade e existem diversas apresentações. Entre elas, o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno de pânico, as fobias específicas (fobia social, agorafobia), transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade induzido por substâncias, mutismo seletivo e os transtornos fóbico-ansiosos não especificados. Os transtornos fóbicos de maneira geral são incluídos nos transtornos de ansiedade. “A gravidade de cada transtorno varia conforme a pessoa acometida e outras variáveis a ser avaliadas caso a caso”, ressalta o Dr. Mello. Além dos sentimentos de insegurança e medo, a ansiedade pode acarretar dor de cabeça, tremor, náusea, insônia, queda de cabelo e falta de apetite. “Um quadro de ansiedade não tratado pode evoluir com exacerbação dos sintomas, bem como com incapacitação do indivíduo para a realização das atividades de vida diária. Em geral, isso acontece em pacientes não tratados ou em situações de maior estresse. Sinais de piora da doença incluem aumento da frequência e intensidade dos sintomas, incapacitação para o trabalho e para a realização de atividades simples do cotidiano”, explica o psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Daniel de Sousa Filho.

CONSEQUÊNCIAS DA ANSIEDADE Em 60% dos casos, a ansiedade pode evoluir para depressão de várias gravidades, acrescenta o Dr. Mello, destacando que a doença pode agravar transtornos clínicos de outra natureza, como a hipertensão. Segundo o Dr. Sousa Filho, os transtornos de ansiedade podem estar associados a outros transtornos, como depressivo, afetivo bipolar, déficit de atenção e hiperatividade e obsessivo-compulsivo. “Transtornos de ansiedade não diagnosticados ou não adequadamente tratados podem estar associados a uma série de outras doenças, como asma, lesões de pele (vitiligo, psoríase), males gastrointestinais (síndrome do cólon irritável), entre outras”, afirma. Pesquisas indicam que o distúrbio de ansiedade atinge perto de 18% das populações norte-americana e europeia. No Brasil, estima-se que aproximadamente 12% da população sofra de ansiedade, de acordo com o IPq, um montante que ultrapassa 24 milhões de pessoas. No entanto, esse número pode ser ainda maior. “De modo

A PROPOSTA DOS FITOTERÁPICOS É MUITO BOA PORQUE SÓ UTILIZA OS MEDICAMENTOS QUE FORAM APROVADOS EM ESTUDOS CLÍNICOS. TODOS OS MEDICAMENTOS SINTÉTICOS E FITOTERÁPICOS PRECISAM PASSAR POR TESTES geral, observa-se no País um subdiagnóstico dos transtornos de ansiedade, uma vez que a população tem pouco acesso a profissionais de saúde mental”, frisa o Dr. Sousa Filho.

CASOS DE ESTRESSE Podendo estar ligado ou não a casos de ansiedade, o estresse acontece quando o excesso de atividades (e a quantidade de problemas) sobrecarrega não apenas o físico, mas também o estado mental da pessoa. “Assim como a ansiedade, pode ser caracterizado como um transtorno quando associado a prejuízos importantes que impactam a qualidade de vida, as relações, o trabalho e o cotidiano das pessoas”, revela o psiquiatra do Hospital Albert Einstein. Sinais agudos de estresse, diz o especialista, estão incluídos na Classificação Internacional das Doenças em sua décima revisão (CID-10) como reações ao estresse grave e a transtornos de adaptação. “Nessas situações, além de lazer e repouso, o indivíduo pode necessitar de psicoterapia, outras modalidades terapêuticas e medicamentos, nos casos mais graves”, afirma o Dr. Sousa Filho, lembrando que as pessoas que apresentam níveis altos de estresse podem desenvolver transtornos de ansiedade e outros transtornos, como os depressivos. “O estresse desencadeia ansiedade e, quando aguda, pode desencadear estresse. São paralelos e muitas vezes coincidentes”, completa o Dr. Mello.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DISPONÍVEL Para tratar todos esses sintomas, é cada vez mais crescente à busca por opções consideradas naturais, alternativas e amenas. Com isso, a homeopatia ganha força 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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TRATAMENTO

FITOTERÁPICOS USADOS PARA TRATAR ESTRESSE E ANSIEDADE • Erva-de-são-joão: é uma das mais eficientes para o tratamento da ansiedade. • Melissa ou erva-cidreira: tem óleos que acalmam. • Camomila: possui efeito calmante. • Passiflora: atua como calmante em crises de ansiedade. • Valeriana: dispõe de propriedades na raiz que ajudam a melhorar o sono.

no varejo farmacêutico e conquista um espaço cada vez mais relevante nas gôndolas das farmácias de todo o País. A população brasileira, assim como a mundial, está aceitando cada vez mais os medicamentos homeopáticos como opção para prevenção e tratamento de suas doenças. São medicamentos sem efeitos colaterais adversos e com grandes resultados. “O mercado de homeopáticos no Brasil tem potencial estimado em 600 milhões a 700 milhões”, analisa o diretor da Boiron no Brasil, Juan Pablo Udry. “No caso da Boiron, por exemplo, o crescimento de vendas foi de 30% no primeiro trimestre de 2015”, diz. O tratamento do estresse e da ansiedade varia de acordo com o transtorno específico e a intensidade. Para os casos mais leves de ansiedade, por exemplo, são indicadas terapias com especialistas, entre elas, a cognitivo-comportamental, que busca alterar padrões de comportamentos e pensamentos que desencadeiam as crises. Já nos casos moderados e mais graves, é recomendada a combinação das terapias com medicamentos, que podem ser alopáticos sintéticos e fitoterápicos. “O tratamento para os transtornos ansiosos depende da gravidade e do subtipo apresentado. Muitas vezes, medicamentosos com antidepressivos e psicoterapia, mais especificamente psicoterapia cognitiva comportamental ou, em alguns transtornos, apenas psicoterapia”, pontua o Dr. Mello, lembrando que os tratamentos levam, em média, de seis meses a dois anos e, se possível, devem ser acompanhados de seis em seis meses mesmo após melhora significativa. As atividades físicas também contribuem para o tratamento da ansiedade. 122

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Além disso, Udry ressalta que tanto a homeopatia como a alopatia têm limitações terapêuticas, e o mais importante é o profissional de saúde estar ciente disto e saber, para cada caso, como orientar, seja pela utilização de um medicamento homeopático, alopático ou fitoterápico. “Há alguns anos, os medicamentos homeopáticos eram mais facilmente encontrados nas farmácias de homeopatia e, por isso, especialmente no Brasil, existe uma cultura muito enraizada de que não seriam medicamentos encontrados nas grandes redes de farmácias. Na verdade, a categoria nas drogarias ainda está subdesenvolvida, porém com grandes oportunidades de melhorias em layout e comunicação para o consumidor, mas ela está cada vez mais presente nestes estabelecimentos para o tratamento de diversas doenças”, conclui Udry. O laboratório Natulab tem apostado em medicamentos para o tratamento dos sintomas e patologias relacionadas principalmente com o estilo de vida do homem moderno, o que inclui ansiedade, insônia e estresse. De acordo com a empresa, entre os fitoterápicos mais vendidos estão os calmantes. “A Natulab possui três produtos destinados ao tratamento da ansiedade e distúrbios do sono, sendo que outros medicamentos estão em desenvolvimento”, revela a empresa. Os fitoterápicos para estresse, depressão e ansiedade são eficazes e seguros. O acompanhamento dos pacientes e a vigilância farmacológica também são indispensáveis, pondera a médica e presidente da Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito), Dra. Maria Fátima de Paula Ramos. “A proposta dos fitoterápicos é muito boa porque só utiliza os medicamentos que foram aprovados em estudos clínicos. Todos os medicamentos sintéticos e fitoterápicos precisam passar por teste”, diz a Dra. Maria Fátima. “O início da ação do fitoterápico depende do tipo de extrato vegetal, com sua respectiva ação e não há um único padrão para todos os extratos existentes”, completa a responsável pelo Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma, Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari. “Não há uma média genérica que se possa afirmar. No entanto, a maioria dos estudos clínicos realizados com fitoterápicos para testar sua eficácia e segurança costuma ter, no mínimo, quatro semanas de tratamento. Isso corrobora o conceito de fitomedicamentos para doenças de menor gravidade, mas com maior tendência para doenças crônicas do que crises agudas.”

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SORTIMENTO

Beleza realçada COM A CORRERIA DO DIA A DIA, AS CONSUMIDORAS OPTAM POR PRODUTOS CORINGAS, QUE TENHAM VÁRIAS FUNCIONALIDADES, E AS MAQUIAGENS NESSE FORMATO CONQUISTAM AS MULHERES QUE BUSCAM BELEZA, PROTEÇÃO E PRATICIDADE EM UM ÚNICO ITEM

E

POR TATIANA FERRADOR E VIVIAN LOURENÇO

Em maior ou menor proporção, a maquiagem está presente na vida da maioria das mulheres brasileiras: seja para disfarçar possíveis marcas ou imperfeições, ou até mesmo para valorizar a beleza natural. E para atender esse público cada vez mais exigente e ávido por novidades, a indústria da beleza aposta em produtos de

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maior valor agregado e tecnologia de ponta para disputar a atenção e a preferência feminina, além de opções multifuncionais. Os números desse mercado apontam que a estratégia tem dado resultado. De acordo com a Nielsen, o segmento de maquiagem cresceu 13,4% em 2014 em comparação ao ano anterior e movimentou cerca de IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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A INDÚSTRIA SE MOVIMENTA COM SOLUÇÕES CADA VEZ MAIS COMPLETAS, ENQUANTO QUE O VAREJISTA BUSCA ATUALIZAÇÃO CONSTANTE SOBRE TODAS AS NOVIDADES PARA UTILIZAR COMO ESTRATÉGIA DE VENDA exige que as mulheres estejam todos os dias com a aparência impecável, e este fato aumenta o ego delas. Como o resultado do uso desses produtos é extremamente positivo, é normal que essas mulheres queiram utilizar cada dia mais itens do gênero. “Uma pesquisa feita no Japão, com concessionárias de automóveis, comprovou que as mulheres vendem mais carros que os homens; não contente com este resultado, a pesquisa foi repetida com mulheres com e sem maquiagem. Os dados comprovaram que as mulheres maquiadas vendiam mais carros. Mulheres que usam maquiagem aqui no Brasil conseguem emprego mais facilmente, quando vão para a entrevista maquiada”, ressalta o diretor-geral da Índice Tókyo, Christiano Mada.

MULTIFUNÇÕES NOTÁVEIS R$ 558,4 mil, ante os R$ 444,8 mil de 2013. A justificativa, mesmo em tempos de crise, estaria no fato de a mulher trocar uma marca mais cara por uma mais barata, mas não deixar de consumir produtos de uso habitual, como batom, base e rímel, por exemplo. Uma ótima oportunidade para o varejista abastecer seus estoques e lucrar com a venda de itens do segmento. Fato esse comprovado por uma pesquisa realizada pela L’Oréal, em 2013, e que apontou que o batom é uma paixão nacional e que aproximadamente nove entre dez brasileiras o utilizam. E com grande regularidade: são seis vezes por semana, praticamente todo dia. Seja no trabalho, no dia a dia ou em eventos sociais, quando se fala em maquiagem, ele lidera a preferência, sem escolher idade, classe social ou região. São vários os fatores que podem justificar o aumento nas vendas. Com a melhoria da economia brasileira nos últimos anos, muitas mulheres, que antes não tinham renda, passaram a trabalhar e ter uma situação financeira que permite o aumento no consumo de produtos de uso pessoal. O próprio mercado de trabalho

Mais do que itens de beleza, a maquiagem agrega benefícios à saúde da pele, já que formulações cada vez mais completas – consideradas premium – vão além apenas da aparência e tratam a região do rosto e pescoço com soluções hipoalergênicas, revitalizantes e regenerativas. O Fator de Proteção Solar (FPS) e os níveis de hidratação, presentes em grande parte das linhas atuais de maquiagem, são grandes atrativos para a compra, já que as mulheres, em busca de praticidade, procuram acumular benefícios em um único produto e aplicação. Com texturas cada vez mais leves e fluidas, diversidade de cores e efeitos, há opções de maquiagem para atender às mais diversas necessidades: peles sensíveis, oleosas, com manchas, ressecadas, com ou sem fragrância, maior ou menor hidratação, entre outros. “Além da ampla variedade de cores, cheiros e texturas, há a preocupação dermatológica de tratar a pele enquanto embeleza”, explica a dermatologista membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Carla Albuquerque. 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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Protetor solar: item indispensável e sua funcionalidade é proteger contra os raios solares Base: cobre as imperfeições da pele, com pigmentos que disfarçam as linhas de expressão

Máscara: alonga e dá volume aos cílios, com isto, valoriza o olhar da mulher Pó facial: pó solto com textura ultrafina que auxilia na fixação da maquiagem

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“Uma boa maquiagem deve possuir uma cosmética agradável, ativos que também tratam e cuidam da pele, componentes com baixo potencial de causar alergia e ser não comedogênica, ou seja, não causar cravos nem espinhas”, complementa. De posse dessas exigências do shopper, a indústria se movimenta com soluções cada vez mais completas em cobertura, textura e proteção, enquanto que o varejista busca atualização constante sobre todas as novidades para utilizar como estratégia de venda e ser mais assertivo na hora de abastecer a loja. Há ainda, segundo a dermatologista, um mito de que o excesso de maquiagem prejudica a pele, ao que ela faz ponderações. “O uso frequente de maquiagem não envelhece a pele, mas pode deixá-la com aspecto opaco, sem viço, cansada, sim”, lembra. “Porém, isso acontece quando a maquiagem não é retirada adequadamente, causando irritações e obstruindo os poros da pele, favorecendo o surgimento de cravos e acne.” Ela ressalta que o uso do demaquilante é fundamental para ter uma pele jovem e saudável. “Além dele, as pessoas podem associar um bom sabonete líquido a uma loção tônica ou adstringente e uma limpeza de pele uma vez ao mês”, conclui.

TENDÊNCIAS DESTACADAS De acordo com dados divulgados pelo Instituto Euromonitor, a categoria de maquiagem segue em terceiro lugar no consumo global, com 7,7% de representatividade no mercado de cosméticos. Entre as subcategorias de destaque, estão os produtos para o cuidado com os lábios e rosto, com 24% cada, seguidos, ainda, dos produtos para unhas (28%). Complementando os números do setor, dados da Mintel apontam que 73% das mulheres brasileiras usam um batom ou gloss e que 32% usam maquiagem regularmente. Em seu relatório Maquiagem Brasil (2014), a Mintel identifica que as consumidoras brasileiras priorizam com mais intensidade os produtos mais práticos e fáceis de usar – o que não se limita apenas à embalagem e sim, a fórmulas que ofereçam economia de tempo ou dinheiro. E mais: preferem embalagens menores por conta da praticidade e por ser mais portáteis e fáceis de carregar. Para a gerente de marketing da Revlon, Fernanda Utrini, o segmento já aponta novas tendências que devem ter destaque nos nécessaires das mulheres. “Quando falamos em cores, os mais desejados são os marcantes vermelhos e rosas ou clássicos nudes – que

são tons para lábios e também para as unhas, que não podem faltar nas prateleiras e certamente nunca faltam no estoque pessoal feminino”, lembra. “Já na categoria de olhos, delineadores e máscaras são itens imprescindíveis e as sombras neutras com tons terrosos predominam nas preferências, seguidas pelos iluminadores e pretos.” Já a marca Koloss destaca as maquiagens com efeito matte, seja em batom ou em produtos para a pele, mas também sem se esquecer dos nudes. “Eles fazem sucesso entre a ala feminina, assim como os batons roxo com as mulheres que gostam um pouco mais de cor.”

VENDA ASSISTIDA A orientação no ponto de venda quanto aos cuidados e uso de maquiagens agrega valor à compra, que passa a ser mais consultiva e atraente ao consumidor. Como ressalta a dermatologista da clínica André Braz, Dra. Luciana de Abreu, há de se ter alguns cuidados básicos ao utilizar uma maquiagem a fim de se evitar problemas, o que pode ser repassado pelo varejista ao consumidor. “Verificar o prazo de validade é imprescindível, assim como não compartilhar pincéis, esponjas, lápis para olhos e máscaras para cílios, evitando a contaminação, principalmente, por bactérias”, finaliza. 2016 MAIO GUIA DA FARMÁCIA

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INOVAÇÃO

Guia da Farmácia lança lista de genéricos em braile PRODUTO OFERECE AUTONOMIA E SEGURANÇA PARA QUE DEFICIENTES VISUAIS POSSAM ADQUIRIR SEUS MEDICAMENTOS

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POR GUSTAVO GODOY E LÍGIA FAVORETTO

Há pouco mais de 21 anos, entrou em vigor a Lei Federal 7.853/89, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, bem como a sua integração social. Essa norma afirma a importância da igualdade de tratamento e do respeito à dignidade da pessoa humana, por vezes esquecida pela sociedade em relação àqueles que possuem alguma restrição auditiva, fonoaudiológica, visual, de locomoção, etc.

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O artigo 2º, parágrafo único, inciso II, alínea “d”, da Lei Federal 7.853/89, determina que o Poder Público de uma forma geral garanta o acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos privados de saúde, bem como o tratamento adequado a elas, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados. Já o inciso II, do artigo 23, da Constituição, diz que a União, o Distrito Federal, os estados e os municípios têm de cuidar da saúde e da proteção das pessoas portadoras de deficiência. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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INOVAÇÃO

Considerando, então, que as pessoas portadoras de deficiência visual (vulgarmente chamadas de “cegas”) necessitam ter atendimento e acesso à informação, da mesma maneira que os não portadores de deficiência visual, aliado à necessidade de implementação de normas que as protejam, diversos estados (Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, entre outros) e municípios (Niterói, entre outros) já estão legislando no sentido de obrigar farmácias e drogarias a disponibilizar listagens de medicamentos genéricos em braile. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem aproximadamente 17 milhões de deficientes visuais no Brasil, formando uma parcela significativa na sociedade, fazendo parte de um contingente carente de inclusão social. Considerado um grande avanço no sentido de integrar deficientes visuais ao convívio com a cultura escrita, o sistema braile consiste de um conjunto de caracteres codificados e impressos em relevo, permitindo a leitura por meio do toque dos dedos das mãos, pelo tato. De olho nessa exigência, a Contento Comunicação, produtora do Guia da Farmácia e da já tradicional e mais completa Lista de Preços de Medicamentos, lança a lista de genéricos em braile. Ao todo são 580 páginas, com nomes do medicamentos de referência, princípios ativos (nome genérico), apresentação dos produtos e laboratórios fabricantes. A empresa objetiva promover melhor desenvolvimento e gestão do varejo farmacêutico, e a experiência adquirida em mais de 22 anos de mercado trouxe a certeza de que, além de oferecer conteúdo para otimização dos negócios, é preciso ser prestadora de serviços, promovendo e garantindo acesso de todos à informação, contribuindo para o acesso

A LISTA DE GENÉRICOS EM BRAILE AFIRMA A IMPORTÂNCIA DA IGUALDADE DE TRATAMENTO E DO RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, POR VEZES ESQUECIDA PELA SOCIEDADE 132

à saúde de forma segura e eficaz, fato que tende a melhorar a qualidade de vida no País. O produto pode ser adquirido na loja Contento: www. lojacontento.com.br, ou pelo telefone: (11) 5082 2200.

SAIBA MAIS Conforme o artigo 42º, parágrafo 1º, da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44, de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o estabelecimento varejista deve manter, à disposição dos usuários, lista atualizada dos medicamentos genéricos comercializados no País. A regulamentação por meio dos estados e município, exigindo esta mesma lista de medicamentos genéricos em braile, vem apenas garantir também aos deficientes visuais o acesso às mesmas informações. E não basta ter a lista no balcão, é preciso que os profissionais de saúde do estabelecimento auxiliem o usuário com deficiência visual para o acesso às informações necessárias sobre os medicamentos de referência e os respectivos genéricos destes. Dessa forma, a lista funciona como uma ferramenta que demonstra transparência e agrega credibilidade à loja.

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EVENTO-MILLIPHARMA

Millipharma farmacêutica chega ao Brasil FILIAL DA EMPRESA ALEMÃ STADA GROUP TRAZ A LINHA EUNOVA, PIONEIRA EM MULTIVITAMINAS, E EXERGA O BRASIL COMO UM MERCADO ESTRATÉGICO PARA A MARCA

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A Millipharma, empresa do grupo STADA – uma das líderes do mercado farmacêutico na Europa –, anuncia o início de suas operações no Brasil. A estratégia para a apresentação da companhia e de sua marca contou com uma série de ações de divulgação e relacionamento com distribuidores, influenciadores e varejistas farmacêuticos, além da presença do embaixador da marca, o rei Pelé.

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O lançamento oficial da empresa aconteceu no dia 7 de abril último, data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde. Para a ocasião, a companhia preparou uma doação de produtos multivitamínicos e de artigos esportivos para a Fundação Cafu e a Associação Desportiva para Deficientes (ADD). “Fico feliz em ser embaixador de uma empresa tão comprometida com a tecnologia e a inovação e que quer investir no Brasil. Eu sei que a Millipharma vai trazer, para o povo brasileiro, IMAGENS: PAULO MATHEUS/DIVULGACAO

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EVENTO-MILLIPHARMA

As vitaminas Eunova fornecem melhor qualidade de vida e bem-estar

SOBRE A MILLIPHARMA A Millipharma é uma divisão do Grupo STADA, um dos líderes do mercado farmacêutico na Europa, com mais de um século de atuação no setor. O grupo alemão tem 50 filiais em mais de 30 países, atuando na Europa Central, leste Europeu, Alemanha, Ásia e Pacífico, possui mais de 16 mil produtos em seu portfólio e gera mais de 10 mil empregos.

Além de boas perspectivas, a empresa está confiante que beneficiará a população local, fornecendo produtos de alta tecnologia e a precisão alemã para uma vida saudável, já que o perfil do consumidor brasileiro é de uma população cada vez mais atenta a atividades físicas, hábitos saudáveis e qualidade de vida. O objetivo da Millipharma é lançar, no próximo ano, mais produtos para a linha Eunova e novas linhas inovadoras em produtos cosmecêuticos e de diagnósticos. Retzlaff, CEO do grupo, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, que será publicada na edição de julho.

PIONEIRISMO EM MULTIVITAMINAS produtos mundialmente conhecidos por sua qualidade, benefícios e precisão”, afirma Pelé. Antes disso, a empresa foi apresentada a um grupo seleto de blogueiros e profissionais do mercado farmacêutico, em um coquetel, no restaurante Rubaiyat Faria Lima, em São Paulo. Na ocasião, os executivos Steffen Retzlaff, Wolfram Heinisch, Lars Nitschke e Chris Flannery puderam apresentar as expectativas e estratégias de negociação. Para iniciar o plano de expansão e consolidação da empresa, os executivos destacaram a importância do mercado interno: o Brasil, atualmente, possui uma das melhores taxas de crescimento geral para a indústria farmacêutica e um grande potencial para ser um dos mercados para a empresa no futuro. 136

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A Eunova, fundada há mais de 50 anos, foi a primeira marca de multivitaminas a ser desenvolvida no mundo, é líder em vendas na Alemanha e oferece um portfólio completo para a saúde de homens, mulheres e crianças. Os produtos que chegaram ao País são destinados a toda a família e foram desenvolvidos para fornecer melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar. A linha Eunova possui sete produtos: multivitaminas e suplementos, Mulher, Silver 50 +, Ómega 3, Clacium Kids, Guaraná +, Cafeína e Nutrihair. Outros lançamentos serão anunciados nos próximos meses. Todos os produtos são isentos de glúten, lactose e proteínas do leite e podem ser encontrados em farmácias e drogarias de São Paulo e do Rio de Janeiro. Logo estarão disponíveis em Minas Gerais, Espírito Santo e no sul do País.

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EVENTO-FEBRAFAR

Conceitos de Gerenciamento por Categorias puderam ser observados

Noite de lançamentos LIVRO “SONHO, LOUCURA OU EMPREENDEDORISMO?”, PRODUZIDO PELA CONTENTO COMUNICAÇÃO, CONTA TRAJETÓRIA DE EDISON TAMASCIA À FRENTE DA MAIOR ENTIDADE ASSOCIATIVISTA DO MERCADO FARMACÊUTICO NO BRASIL

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O 1° Encontro da Febrafar 2016 aconteceu no último dia 11 de abril, despertando grandes emoções nos participantes do jantar de confraternização da entidade. O evento marcou a apresentação da nova marca da Federação para o mercado farmacêutico, que acompanha o momento atual da entidade e de suas ferramentas. A novidade foi introduzida pelo presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, que chamou um grupo de dança para “trazer” a nova marca até o pal-

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co. Ali, os bailarinos interagiram com o vídeo que mostrou a releitura da empresa, a identidade brasileira de sua marca e a construção de uma nova era. A essência da Federação, com suas cores verde e amarelo e a união das redes associadas, permaneceu no novo visual. Agora também inserindo o azul nas cores da entidade e dando um toque de modernidade. A nova era da Febrafar traz também vigor para as ferramentas. Todas elas foram repaginadas para se adequar à identidade visual da Federação. Este novo momento também ganha um produto da entidade, o BIT (Business Intelligence Tool), e o IFEPEC – Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação ContiIMAGENS: ALEXANDRE MACHADO

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EVENTO-FEBRAFAR

O presidente da Febrafar, Edison Tamascia, apresentou a nova identidade visual da empresa

Lígia Favoretto, editora-chefe da Contento Comunicação; Edison Tamascia, presidente da Febrafar; e Flávia Corbó, jornalista da Contento Comunicação, coautora do livro “Sonho, Loucura ou Empreendorismo?”

nuada. Ambos promovem informação para as redes associadas e ao mercado farmacêutico. O BIT, segundo Tamascia, será um grande banco de dados que vai revolucionar as informações do mercado. Já o IFEPEC vem para entender o caminho que o mercado está trilhando.

SONHO, LOUCURA OU EMPREENDEDORISMO? A noite também deu espaço para o lançamento do livro que conta a história da Federação e encerra as comemorações de 15 anos da entidade, Sonho, Loucura ou Empreendedorismo? A narrativa, que se confunde com o próprio enredo de vida de Tamascia, traz a trajetória dos fundadores da Federação, a insistência de José Abud Neto na instalação de uma entidade nacional e todos que contribuíram para o desenvolvimento da Febrafar. O livro tem como objetivo mostrar que, com empenho, conhecimento e ferramentas certas, é possível prosperar. Ao apresentar a obra para o mercado farmacêutico no jantar da Febrafar, Tamascia chamou Neto 140

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para fazer uma homenagem ao patrocinador do projeto e parceiro da entidade, o Grupo Sanofi, na presença do diretor-geral da empresa no Brasil, Pius Hornstein. A produção do livro foi realizada pela Contento Comunicação, detentora do tradicional Guia da Farmácia. A empresa tem como objetivo central produzir e disseminar informação, cultura e entretenimento, contribuindo para o desenvolvimento da livre iniciativa e para a melhoria da educação e da qualidade de vida no País. Com 22 anos de mercado, está apta para atuar frente a um projeto inovador como este. O diretor da empresa, Gustavo Godoy, comenta que foi uma honra e satisfação muito grande ter produzido uma publicação atemporal, que contribuirá para a formação de novos empreendedores no Brasil. A coautoria da obra é da jornalista Flávia Corbó; a edição, da jornalista Lígia Favoretto; o layout e a diagramação, da equipe de designers da Contento: Junior B. Santos, Rodolpho A. Lopes e Flávio Cardamone.

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Colgate Tandy está de cara nova. A marca, que tem gosto de infância e está presente nos lares brasileiros desde 1989, teve sua embalagem reformulada e já está nas farmácias de todo País. Seus três sabores – Morango, Tutti-Frutti e Uva – prometem continuar encantando. Os gostos frutados aliados à proteção do flúor deixam o momento da escovação mais divertido e ainda apresentam proteção eficaz contra a formação da cárie, deixando os dentes fortes e protegidos. ■■www.colgate.com.br

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Crônica

O Fogão – Uma História Real

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Já faz algum tempo! A construção da minha casa estava no fim e o meu dinheiro também. Para piorar a situação, a empresa que eu havia contratado e pago para fazer os móveis planejados da cozinha faliu e eu fiquei no prejuízo. Sem dinheiro para contratar outra cozinha, o jeito era improvisar. Por sorte, já tínha comprado o fogão que iria equipar a cozinha. Um belo fogão de embutir de uma marca renomada. Na data agendada, o fogão foi entregue. Ufa! Ao menos isso estava resolvido. Afinal, eu podia me virar sem os armários, mas nunca sem o fogão. O vendedor da loja me orientou a ligar para o fabricante e agendar a visita de um técnico. Foi o que fiz. No dia marcado, o técnico chegou. Ao entrar na cozinha e dar uma olhada geral, ele disse: – Infelizmente eu não posso instalar o seu fogão. Perplexo diante da afirmativa, eu questionei: – E por que não? – De fato, todas as instalações estão corretas. O problema é que o senhor não colocou os armários. Entenda que os armários devem ficar afastados cerca de dez centímetros do seu fogão para que haja um espaço de ventilação. Portanto, eu preciso ver os armários instalados para constatar que foram construídos corretamente. Eu disse que sabia das exigências e que faria isso quando contratasse novos armários. Mas ele foi taxativo: sem armário, sem fogão. Inconformado com a situação, entrei em contato com o serviço de atendimento ao cliente do fabricante. Evidentemente, aquela situação era inusitada e, portanto, não constava do seu manual de respostas-padrão. A atendente então pediu que eu aguardasse um pouco e disse: – Infelizmente, não há nada que possamos fazer, o senhor terá de providenciar os armários. – Bem, se vocês não vão instalar o fogão, eu mesmo faço isso – respondi. – Vou avisá-lo: se o senhor abrir a caixa sem a presença do nosso técnico, o senhor vai perder a garantia do produto. Faça como quiser, a responsabilidade é sua. Fui até a cozinha e tive uma ideia. Liguei para um conhecido que trabalha como marceneiro. Expliquei

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GUIA DA FARMÁCIA MAIO 2016

a situação e pedi que ele construísse um nicho de madeira para colocar naquele buraco. Dessa forma, o fogão ficaria dentro de uma caixa, protegido do meio externo. Sabendo da minha urgência, no dia seguinte, ele instalou o nicho. Agendei uma nova visita do técnico. No dia marcado, lá estava ele – o mesmo. Desta vez, quando entrou na cozinha e viu o nicho, abriu um sorriso e disse: – Agora, sim, eu posso instalar o seu fogão. – Se isso era suficiente, por que você não me falou no primeiro dia em que esteve aqui? Ele gaguejou, tentou argumentar, mas no fundo ficou claro que não tinha pensado naquela solução. Aliás, nem ele e nem ninguém do fabricante. Graças à minha iniciativa, o problema foi finalmente solucionado, mas a indignação permaneceu. Assim, sempre que estou conversando com meus alunos, uso esse caso como um exemplo de como não se deve tratar o cliente. E é exatamente aqui que começa a segunda parte da história. Um belo dia, em uma aula de pós-graduação, fui surpreendido por uma aluna que me deu um belo pacote e disse que se tratava de um presente da sua empresa. Achei estranho, agradeci e abri o pacote. Era um pequeno jogo de utensílios para churrasco, todos estampados com a marca do fabricante do referido fogão. Então, ela me disse: – Professor, eu trabalho nessa empresa e depois de ter ouvido sua história, contei ao meu chefe. Ele pediu desculpas pelo ocorrido, disse que vai tomar providências para que fatos como esse não voltem a ocorrer e mandou entregar esse presente ao senhor. Eu agradeci e disse que o mais importante era sempre solucionar os problemas dos clientes. Então, ela acrescentou: – Há mais uma coisa, professor. Meu chefe pediu se o senhor poderia parar de contar essa história nas suas aulas. Sabe como é: não é bom para a imagem da empresa. Eu disse que ela poderia levar o presente de volta, mas que eu não deixaria de contar a história. Afinal, reconhecer o erro é a melhor maneira de encontrar o caminho do acerto.

Jorge Bertolino Filho Palestrante e consultor de empresas. Especialista em Gestão de Pessoas, Marketing, Estratégia e Relacionamento com o Cliente. Professor de graduação e pós-graduação nas áreas de Gestão Empresarial. www.jorgebertolino.com.br IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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A Millipharma faz parte do Grupo STADA, uma empresa farmacêutica global, fundada em 1895 na Alemanha e com 120 anos de liderança no mercado OTC europeu. O Brasil é o primeiro país das Américas que junto a STADA promete trazer inovações que vão incentivar novos hábitos nos consumidores brasileiros. Nossa jornada começa com o lançamento da família de multivitaminas EUNOVA, uma das marcas líderes no mercado europeu, que chega ao Brasil promovendo bem-estar e saúde para consumidores de todas as idades.

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Preciso para uma vida melhor.

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