MIPs 2015

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Especial

MIPs MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO R E V I S T A

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D I R I G I D A

A O S

Pa rte in teg ra n te do

ANO XXII | Nº 271 | JUNHO DE 2015

P R O F I S S I O N A I S

D E

S A Ú D E

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editorial

PROJEÇÕES PROMISSORAS EXPEDIENTE DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITORA DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flavio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Fabíola Rocha e Cláudia Simplício MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTE DE MARKETING E PROJETOS Lyvia Peixoto

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Kathelen Ramos Revisão Maria Elisa Guedes IMPRESSÃO Abril Gráfica

> www.guiadafarmacia.com.br Suplemento Especial MIPs é uma publicação anual da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.

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O mercado dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) é um grande alvo de crescimento das farmacêuticas no Brasil. Afinal, esses medicamentos movimentaram R$ 19,9 bilhões no acumulado do ano que terminou em março de 2015, alta de 11,8% em relação ao igual período de 2014, segundo dados do IMS Health. As expectativas futuras mostram-se, igualmente, bastante otimistas e, esse setor deve crescer em torno de 10% nos próximos anos. Isso deve ocorrer porque o varejo está em pleno desenvolvimento, com grandes oportunidades de crescimento no e-commerce, gerenciamento de categorias, além de novos lançamentos. Constituído por antigripais, antitérmicos, analgésicos, vitaminas, antiácidos, entre ou-

tros fármacos capazes de tratar males de pouca gravidade, tanto indústria como farmácias não têm poupado esforços para aproveitar todo o potencial desse setor. Veja, neste Suplemento Especial, o desempenho do segmento, os investimentos e as promessas da indústria, de que forma os consumidores sentem-se atraídos para determinar qual o medicamento de que farão uso, além de todas as patologias que podem ser tratadas por MIPs. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe Foto Shutterstock

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sumário

20 22

16

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36

42

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46

08 Cenário

16 Varejo

O mercado dos medicamentos que não exige prescrição médica é um grande alvo de crescimento das farmacêuticas no Brasil, por isso ele se tornou uma aposta do varejo farma

As farmácias e drogarias têm se atentado para esses produtos de venda livre e desenvolvido ações para garantir a atratividade e importância da categoria no ponto de venda

28 Mais Buscados

32 Prescrição Farmacêutica

Algumas classes de medicamentos se destacam entre as mais vendidas, outras, sofrem por sazonalidade. Portanto, é importante estar atento para evitar rupturas diante do crescimento das demandas

De acordo com a nova resolução, o farmacêutico pode realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica

42 Atendimento

46 Planograma

Segundo a legislação atual, todo medicamento novo deve ser vendido sob prescrição e, no momento da renovação, é possível avaliar o enquadramento como MIP

O ideal é sempre manter os MIPs ao alcance do consumidor, o que se torna fundamental para garantir boas vendas com a categoria. Fique atento às regras da boa exposição

E mais 22 Patologias 36 Consumo 50 Serviços

6 Especial MIPs | Junho 2015 |

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cenário

NA MIRA DA INDÚSTRIA E DO VAREJO Crescimento dos MIPs como importantes agentes da saúde pública fazem com que indústria e varejo farma apostem, ainda mais, nesse mercado

O

O mercado dos medicamentos que não exigem prescrição médica é um grande alvo de crescimento das farmacêuticas no Brasil. Afinal, esses medicamentos movimentaram R$ 19,9 bilhões no acumulado do ano que termina em março de 2015, alta de 11,8% em relação ao igual período de 2014, segundo dados do IMS Health.

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Textos Kathlen Ramos Quando os resultados de 2015 são comparados com o acumulado do ano que terminou em março de 2011, a alta atinge 80,8%. Em unidades, neste ano (MAT. – março/2015), já foram 1,161 milhões de unidades comercializadas, contra 781,1 milhões em 2011 (MAT. – março/2011), elevação de 48,72%. Fotos Shutterstock

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cenário

As projeções futuras mostram-se, igualmente, bastante promissoras e, segundo a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Marli Sileci, esse setor deve crescer em torno de 10% nos próximos anos. “Isso deve ocorrer porque o varejo está em pleno desenvolvimento, com grandes oportunidades de crescimento no e-commerce, gerenciamento de categorias, além de novos lançamentos”, avalia a especialista.

Constituído por antigripais, antitérmicos, analgésicos, vitaminas, antiácidos, entre outros fármacos capazes de tratar males de pouca gravidade, tanto indústria como farmácias não têm poupado esforços para aproveitar todo o potencial desse setor. Assim, é possível verificar tanto mais espaço nas gôndolas para esses medicamentos, quanto mais empresas concorrentes, trazendo novas opções ao consumidor, que tem sido beneficiado por essa disputa. No Grupo Cimed, por exemplo, a linha de Medicamento Isento de Prescrição (MIP) representa cerca de 25% do faturamento da empresa, abocanhando a maior representatividade dentro da companhia, e ascende acima de 20% nos últimos cinco anos. “A perspectiva é de que o crescimento se mantenha na casa dos dois dígitos para os próximos anos”, constata a gerente de produtos da linha MIP da companhia, Natiele Barreto. Para alavancar o crescimento dos próximos anos, a empresa prevê estratégias voltadas para o fortalecimento de produtos de grande potencial de mercado na linha, que hoje conta com 30 marcas, além de grandes lançamentos, que têm o objetivo de atender às necessidades dos consumidores e das farmácias. O Aché Laboratórios Farmacêuticos também passou a enxergar esse setor como estratégico, especialmente nos últimos três anos. “Historicamente, somos líderes em medicamentos de prescrição. No entanto, há alguns anos, resolvemos aumentar a competitividade e nos tornarmos líderes nesse mercado também”, afirma o diretor da Unidade de Negócio MIP da empresa, Carlos Cesar Bentim Pires. E os resultados já são visíveis. Até 2012, o laboratório detinha oito produtos dessa classe. E, para 2015, já estão previstos 25 lançamentos que devem acontecer num prazo de cinco anos. “No acumulado de março deste ano, registramos uma alta de 30% com os MIPs, quando comparados ao ano anterior”, acrescenta Pires, salientando que, hoje, estes medicamentos representam entre 10% e 11% do faturamento da empresa, com tendência a crescimento ano a ano. O laboratório Merck Consumer Health, que também atua no mercado de MIPs, esperar crescer acima da média de mercado nos próximos anos, apesar da representatividade no faturamento, que já é bastante alta. “Esses medicamentos representam, aproximadamente, 50% do faturamento da Divisão Consumer Health e têm ganhado mais importância em função de lançamentos e investimentos mais intensos em mídia de massa”, destaca o diretor de marketing da empresa, Daniel Blumen. A companhia faz suas projeções com base na inovação, esforços junto ao con-

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Mercado Farmacêutico – 5 anos Valor – R$ CATEGORIA

MAT. MAR.–13

MAT. MAR.–14

MAT. MAR.–15

Medicamentos 26.666.172.963 31.922.828.634 36.532.133.865 tarjados

MAT. MAR.–11

MAT. MAR.–12

42.411.833.781

48.173.405.215

MIPs

11.046.765.513 12.692.234.956 14.904.054.978

17.871.219.778

19.980.091.760

Total

37.712.938.476 44.615.063.590 51.436.188.844 60.283.053.560 68.153.496.975

Fonte: IMS Health

Volume – unidades CATEGORIA

MAT. MAR.–12

MAT. MAR.–13

MAT. MAR.–14

MAT. MAR.–15

Medicamentos 1.359.923.395 tarjados

MAT. MAR.–11

1.544.721.703

1.714.238.176

1.903.597.992

2.067.840.023

MIPs

781.176.588

866.648.311

959.875.510

1.084.262.199

1.161.796.354

Total

2.141.099.983

2.411.370.014

2.674.113.686

2.987.860.191

3.229.636.377

Fonte: IMS Health

sumidor final e médicos, além de ações no ponto de venda (PDV). Apesar do crescimento se mostrar forte no País, o setor de MIPs ainda deve passar por uma etapa de amadurecimento por aqui, assim como já acontece em outros países, como os Estados Unidos. “O maior desafio para o crescimento é apresentar novas opções disponíveis para lançamento de medicamentos livres de prescrição. Medicamentos que hoje ainda são classificados como de venda sob prescrição no Brasil já possuem anos de comercialização, com venda livre em diversos países”, finaliza Marli.

Os ‘motores’ da alta

São diversos os fatores que levam ao crescimento dos MIPs. Para Marli, o principal deles é um aumento nos investimentos em comunicação e trade por parte da indústria. “Nos últimos quatro anos, os MIPs aumentaram os investimentos em mídia em 41%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Monitor”, constata a especialista. E conforme crescem os investimentos em comunicação, a disseminação de informações sobre esses produtos aumenta, fazendo com que o interesse e a procura dos MIPs avancem espontaneamente. Outro motivo citado pela indústria para justificar o desempenho dos MIPs está no aumento da

renda dos brasileiros nos últimos anos, o que garante acesso a novos bens de consumo ou aumento de frequência dos produtos já consumidos. “O crescimento dos MIPs se deve, principalmente, à ascensão da classe média, o que acarretou no maior acesso da população aos medicamentos”, reforça Natiele. Blumen também vê a ascensão da “nova classe C” como alavanca de crescimento. “Atualmente, parte do nosso target de comunicação para alguns dos nossos medicamentos é, além da classe AB, a classe C – algo que no passado não era cogitado. A classe C tem um papel fundamental no giro da economia do País, e isto não é diferente para os MIPs”, afirma, acrescentando que outro importante fator para o desempenho deste segmento tem sido o desenvolvimento de programas governamentais voltados à saúde. “Esses programas permitem que o consumidor tenha condições para adquirir MIPs”, complementa. Para Pires, boa parte dos resultados são reflexo da cultura da população do País, que tem se interessado, cada vez mais, por ter mais bem-estar e qualidade de vida. “Sem dúvida, o avanço do poder aquisitivo da classe C é um importante mecanismo para o crescimento dos MIPs. No entanto, a opção por ter saúde e mais qualidade de vida pode vir de qualquer classe social, e esse desejo tem se

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cenário alastrado entre todos, independentemente do poder aquisitivo”, analisa o executivo. Além disso, novas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) podem trazer mais uma guinada para esse mercado. “Está aberta uma consulta pública que deve aumentar o número de moléculas, o que resultará no desenvolvimento de novos MIPs”, acrescenta. (Veja seção Atendimento, na página 42). E mais do que ser importantes para os negócios do varejo e da indústria, esses medicamentos também têm um papel importante para a saúde pública do País. “Hoje, entre 30% e 35% dos medicamentos no Brasil são isentos de prescrição. Imagine se todos os medicamentos vendidos precisassem de prescrição médica? De quantos médicos precisaríamos e como seria o trabalho das farmácias para garantir a dispensação de tantos produtos prescritos?”, reflete Pires.

Aumentando a visibilidade

Tornar esses produtos mais atrativos no PDV tem sido um esforço geral, tanto das farmácias (que têm mudado o layout para garantir mais espaço aos MIPs), quanto da indústria, que quer tornar suas marcas lembradas e visíveis ao consumidor. Segundo Marli, as indústrias têm investido mais do que nunca na execução no PDV e ações de merchandising para aumentar a visibilidade dos medicamentos dentro da loja, chamando a atenção do shopper no momento da compra. Tudo isso somado a fortes ações publicitárias. “Os investimentos em mídia digital e TV/rádio ainda estão em pleno crescimento, para que os consumidores possam ser mais bem informados sobre os medicamentos disponíveis e seus benefícios”, aponta. Já as farmácias, por sua vez, exploram novos espaços no PDV para que haja uma melhor exposição das categorias de MIPs. E também começam os primeiros trabalhos para formalizar os conceitos de gerenciamento de categoria, que visam a uma solução completa de compras aos consumidores. “Esse processo é conhecido há bastante tempo no varejo de bens de consumo e vem se consolidando nas principais redes de farmácias”, comenta Marli. No Grupo Cimed, para colocar os MIPs em evidência, a empresa tem realizado diversas ações no PDV para melhorar a exposição e disponibilidade dos produtos nas prateleiras. “Esse é um fator essencial para destacar e aumentar o giro dessa categoria na farmácia”, considera Natiele. A empresa também aposta na utilização de materiais de PDV, como displays de chão, que acabam

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sendo um ponto extra, e melhorando a visualização dos produtos. Já a Merck Consumer Health aposta em comunicação para o consumidor por meio de investimento em mídia de massa, ativações no PDV, além de um grande suporte em propaganda médica – mesmo para os MIPs. “Esse tipo de ação traz ainda mais credibilidade às nossas marcas”, afirma a diretora de vendas da empresa, Vânia Otoboni. Os MIPs representaram 41% do faturamento da Hypermarcas no exercício social de 2014. A empresa atua com mais de 250 marcas. Ela é líder no mercado brasileiro de MIPs e vem mantendo essa posição com marcas fortes, como Tamarine, Estomazil, Benegrip, lançamentos de impacto e relacionamento próximo a seus clientes. O desempenho vem com a capacitação de sua força de vendas e equipes comerciais que oferecem atendimento diferenciado aos seus clientes. Segundo informa a assessoria de imprensa da Hypermarcas, um ponto importante é trabalhar a exposição dos MIPs no varejo, em um trabalho consistente de gerenciamento por categorias, por exemplo, expor os medicamentos fora do balcão, no autosserviço, em área de tráfego entre o balcão de medicamento tarjados e os checkouts (caixas), organizando os MIPs por sintomas, como dor, febre, digestão, etc.

Importância do farmacêutico

O farmacêutico tem um papel essencial no endosso do produto MIP, pois é responsável pela dispensação de medicamentos, na avaliação do executivo da Merck Consumer Health. “Pesquisas recentes indicam que o balconista é o terceiro maior influenciador no processo de compra de um medicamento RX (aquele que necessita de prescrição). No caso de produtos MIPs, é o quinto influenciador, atrás de: indicação médica; recomendação de conhecidos; material PDV; e internet*”, aponta. Dessa forma, a indústria e os grandes varejistas têm estudado novas maneiras de capacitar farmacêuticos e balconistas, tanto no conhecimento técnico dos produtos, quanto na importância de uma boa exposição das gôndolas. Natiele também reforça a importância do profissional farmacêutico. Segundo ela, pesquisas de mercado indicam que grande parte da compra desses medicamentos é decidida no próprio PDV. Assim, vê-se que o farmacêutico pode exercer grande influência pela recomendação. “Esse profissional tem papel fundamental para as vendas de MIP, à medida que pode recomendar *Fonte: pesquisa GFK – A Evolução de Compra de Medicamentos no Ponto de Venda.

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cenário Os 10 MIPs mais vendidos Em valor COLOCAÇÃO

MEDICAMENTO

LABORATÓRIO

1.

Dorflex

Sanofi

2.

Cicatricure

GenommaLab

3.

Neosaldina

Takeda Pharma

4.

Multigrip

Multilab

5.

Expec

Legrand

6.

Sal de Frutas Eno

GSK Consumo

7.

Benegrip

DM Indústria Farmacêutica (Hypermarcas)

8.

Gerovital

EMS Pharma

9.

Aptamil

Danone Baby Nutrition

10.

Buscopan Composto

Boehringer Ingelheim

Fonte: IMS Health. Brasil Pmb – Dec./2014

Em volume COLOCAÇÃO

MEDICAMENTO

LABORATÓRIO

1.

Salonpas

Hisamitsu

2.

Dorflex

Sanofi

3.

Buscopan Composto

Boehringer Ingelheim

4.

Dipimed

Medquímica Indústria Farmacêutica

5.

Asepxia

GenommaLab

6.

Histamin

Neo Química

7.

Hipoglós Nf

P&G

8.

ListerineAntisséptico

Johnson & Johnson

9.

Expec

Legrand

10.

Neosaldina

Takeda Pharma

Fonte: IMS Health. Brasil Pmb – Dec./2014

essa categoria de medicamentos de acordo com a identificação das necessidades do consumidor e definição do objetivo terapêutico, sendo também extremamente importante para a orientação quanto ao uso correto dos MIPs”, analisa Natiele. O Aché também enxerga a importância desses profissionais e, por isso, está estreitando relacionamento com os pontos de venda. “Queremos ir muito além do que apenas ter um espaço nas gôndolas. Assim como médicos, nutricionistas, enfermeiros e profissionais da educação física, acreditamos na extrema importância dos farma-

cêuticos e sempre realizamos treinamentos para que entendam a ação dos nossos produtos e possam garantir um bom atendimento ao consumidor”, afirma Pires. Outro ponto incontestável é que os profissionais da área precisam se atualizar constantemente. “Os farmacêuticos precisam manter-se sempre informados sobre novos medicamentos ou inovações. Devem buscar sempre entender as necessidades do consumidor para que haja uma orientação mais efetiva com relação ao uso correto do medicamento”, acredita Marli.

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varejo

DENTRO DO CORE BUSINESS

Os medicamentos, produtos de maior importância dentro dos negócios de uma farmácia, têm o segmento dos MIPs como destaque nos resultados

O

Os números da indústria demonstram a intensão dos laboratórios farmacêuticos do País em apostar nos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). E com o varejo farmacêutico não tem sido diferente, independentemente do porte do estabelecimento. As lojas têm se atentado para esses produtos de venda livre e desenvolvido ações para garantir a atratividade e importância da categoria no ponto de venda (PDV). A Rede Farmafort, por exemplo, que faz parte da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), acompanha essa tendência. Ao todo, são 21 lojas que

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começaram sua trajetória há 36 anos em Sorocaba e cidades do entorno, localizadas no interior do estado de São Paulo. Segundo o diretor administrativo da rede, Rogério Lopes Junior, os MIPs representam 9% do faturamento. Ele afirma, ainda, que essa categoria de produtos conseguiu retomar o crescimento após a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que esses produtos pudessem voltar ao autosserviço. “Entre agosto de 2009 e julho de 2012, quando as farmácias tiveram de dispor os MIPs atrás do balcão, as vendas dessa categoria caíram cerFoto Shutterstock/Divulgação

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Em linha com o varejo A importância da exposição correta também tem sido uma preocupação da indústria, que desenvolve pesquisas específicas para identificar como comunicar melhor suas marcas com o ponto de venda (PDV). A diretora de vendas da Merck Consumer Health, Vânia Otoboni, conta que, em 2013, a empresa desenvolveu estudos de shopper para entender um ponto crucial: o quanto os consumidores entendiam sobre os diferenciais de Floratil [Medicamento Isento de Prescrição (MIP) indicado para regular a flora intestinal] versus demais concorrentes diretos e correlatos. “Os resultados comprovaram que os shoppers conhecem as diversas subcategorias de medicamentos gastrointestinais e as consomem de formas distintas. A partir disso, desenhamos nossas estratégias de comunicação e planograma no PDV”, conta. Entre os pontos-chave para o sucesso de Floratil nessa migração, ela cita a comunicação no PDV alinhada com a estratégia de marketing e a mídia vigente; materiais na gôndola capazes de enfatizar, de forma clara, o principal benefício do produto; a garantia de espaço e volume ideais nas gôndolas, sempre ao lado de outros produtos gastrointestinais geradores de fluxo; e a necessidade de explorar pontos de sinergia com categorias correlatas. “A interação dos farmacêuticos com novos projetos, como o gerenciamento de categoria, é essencial para facilitar a experiência de compras de MIPs nas farmácias”, finaliza.

Crescimento acima da média na Abrafarma O grande varejo farmacêutico nacional continua crescendo acima dos dois dígitos. É o que revelam dados divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Mesmo diante de um cenário econômico desfavorável, as redes de farmácias faturaram cerca de R$ 8,24 bilhões em vendas totais no primeiro trimestre deste ano − um valor 10,42% superior ao mesmo período do ano anterior. Em 2014, as vendas totais cresceram 12,81% ante 2013, somando R$ 32,38 bilhões. E a classe dos medicamentos, que cresceu 11,9% no período, em valor, foi responsável por 66,95% desses resultados. Quando analisados apenas os MIPs, vê-se que essa classe de medicamentos movimentou R$ 4,9 bilhões, com alta de 22,24%, o maior entre os outros medicamentos, e foram seguidos pelos de prescrição (+10,52%); os genéricos (+6,38%); e os de prescrição controlada (+4,55%). Em relação à representatividade no faturamento, os tarjados ainda abocanham a maior fatia, com 60,85% e os MIPs aparecem em segunda colocação, com 22,67%.

ca de 40%. Passado esse período, crescemos cerca de 30%”, comenta Lopes Junior. E o executivo faz projeções bastante positivas em relação ao futuro dos MIPs, acreditando que as vendas possam triplicar. “Acredito que esses medicamentos podem passar a representar mais de 30% do faturamento, com o investimento em mudanças no layout ”, justifica, acrescentando que quando as lojas passaram pela última grande reforma, em dezembro de 2011, atingiram 50% de crescimento com produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPCs) e ainda não havia sido contemplada a categoria de MIPs.

A Rede Farmafort aposta na adequação de layout para a venda de MIPs

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varejo

Desempenho dos MIPs nas redes associadas à Abrafarma em volume (R$) ABRAFARMA

2013

2014

% CRES.

% PARTIC.

VENDAS TOTAIS EM VOLUME (UNIDADES)

1.976.274.182

2.104.093.433

6,47%

100%

Vendas totais de medicamentos

1.095.010.847

1.144.692.638

4,54%

54,40%

Medicamentos de prescrição

553.259.275

569.725.115

2,98%

49,77%

Medicamentos de prescrição controlada (Port. 344)

118.319.791

107.102.177

-9,48%

9,36%

Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs)

423.431.781

467.865.346

10,49%

40,87%

Medicamentos genéricos

253.153.528

254.442.384

0,51%

22,23%

Vendas totais de não medicamentos

881.263.335

959.400.795

8,87%

45,60%

Fonte: Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)

“No nosso planejamento, de 2015, um dos objetivos é realizar as adequações necessárias de layout nas nossas lojas, justamente para aumentar a participação da categoria”, comenta o diretor administrativo da Rede Farmafort. E, segundo o executivo, entre as mudanças contempladas, uma delas será o aumento da área de exposição dos MIPs (hoje a maioria deles ainda está dentro dos balcões); e outra será a inserção da categoria mais próxima ao balcão do farmacêutico, para que o consumidor consiga solucionar, mais facilmente, suas dúvidas de uso. “O fato de ser isentos de prescrição, não significa que esses medicamentos sejam isentos de rea-

ções adversas, interações ou algum tipo de complicação. E é justamente o farmacêutico, com seu vasto conhecimento, que irá contribuir muito com a saúde dos que o procuram”, argumenta Lopes Junior. Ele acredita, ainda, que esse profissional precisa ser proativo com as necessidades do paciente, sempre com equilíbrio e ética para atingir boas vendas. Para Lopes Junior, nem mesmo a crise econômica pela qual atravessa o País será capaz de reduzir as projeções. Muito pelo contrário. Para ele, esse é um setor que deve crescer diante das dificuldades dos brasileiros. “Existem várias regiões do País com muitos problemas de assistência médica. Assim, as pes-

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Desempenho dos MIPs nas redes associadas à Abrafarma em valor (R$) ABRAFARMA

2013

2014

% CRES.

% PARTIC.

VENDAS TOTAIS EM VALOR (R$)

28.705.814.821

32.381.976.551

12,81%

100%

Vendas totais de medicamentos

19.374.291.577

21.679.897.566

11,9%

66,95%

Medicamentos de prescrição

11.935.627.202

13.191.514.814

10,52%

60,85%

Medicamentos de prescrição controlada (Port. 344)

3.418.504.416

3.574.018.445

4,55%

16,49%

Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs)

4.020.159.959

4.914.364.307

22,24%

22,67%

Medicamentos genéricos

3.509.053.832

3.732.895.812

6,38%

17,22%

Vendas totais de não medicamentos

9.331.523.243

10.702.078.985

14,69%

33,05%

Fonte: Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)

soas tendem a tentar resolver, sozinhas, seus problemas de saúde, procurando produtos dessa categoria”, mostra, reforçando que, dessa forma, cresce, ainda mais, a importância do farmacêutico. Para ele, esses profissionais precisam realizar programas de capacitação para MIPs (muitos Conselhos Regionais de Farmácia já o fazem), a fim de atender a essa crescente demanda da população. Para o executivo da Farmafort, os principais desafios a fim de se potencializarem os resultados com os MIPs estão focados na adequação dos espaços destinados à categoria dentro da loja; e na realização de alianças com os laboratórios fabricantes.

“Essas parcerias ajudam para a realização das mudanças necessárias nos pontos de vendas”, conclui. O presidente da Febrafar, Edison Tamascia, afirma que as taxas de representatividade dos MIPs nas redes associativistas acompanham os números do mercado e que expor produtos na área de autosserviço tem sido a maior estratégia para explorar os pontos de venda. “Criamos expositores e espaços personalizados para a categoria”, avisa, salientando a importância de precificar corretamente, manter os estoques adequados e usar móveis apropriados para a exposição a fim de se manter o crescimento da categoria.

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ALIVIANDO MALES MENORES São diversas as doenças, de baixa gravidade, que podem ser tratadas com MIPs. Confira quais são os ativos mais utilizados

A

A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) são aqueles aprovados pelas autoridades sanitárias para sintomas e males menores. Assim, dor de cabeça, acidez estomacal, febre e tosse são algumas das doenças que podem ser tratadas com o auxílio desses medicamentos. A professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti, mostra, a seguir, alguns desses males e como os MIPs podem ajudar. Acompanhe:

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Dores de cabeça

A dor de cabeça pode ter diversas origens, sendo que algumas delas são decorrentes da hipertensão, problemas oftálmicos, sono insuficiente, estresse, tensão, dengue, rinite, desconforto gástrico e fraturas. Assim, é necessário que o farmacêutico possa saber a origem da dor para que forneça a orientação adequada. MIPs que podem ser utilizados: os fármacos mais utilizados nesses casos são o ácido acetilsalicíliFotos Shutterstock

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co, paracetamol, dipirona e ibuprofeno. De modo geral, esses analgésicos anti-inflamatórios não esteroides têm capacidade de controlar inflamações (com exceção do paracetamol), de reduzir a dor (analgesia) e combater a febre. Observações: a investigação do farmacêutico indicará se é necessário encaminhar o paciente a um atendimento médico (caso a dor de cabeça tenha origem numa crise hipertensiva, por exemplo) ou, em casos leves, se um MIP pode amenizar os sintomas. É importante, ainda, que o farmacêutico identifique quais medicamentos aquele usuário normalmente utiliza para evitar possíveis interações medicamentosas. A utilização do ácido acetilsalicílico requer muito cuidado, considerando que estamos vivendo um surto de dengue e, portanto, não deve ser utilizado, se a possibilidade de dengue não estiver descartada. Outro aspecto importante é a não administração deste medicamento em crianças com catapora.

Febre

Esse é um indicador de que algo não está bem na saúde. Esse sintoma pode indicar a presença de infecção, inflamação ou, ainda, lesão no sistema nervoso. A febre decorre da produção, em quantidade mais acentuada, da enzima denominada de prostaglandina-endoperóxido sintase pelo organismo. Quando desenvolvida em níveis normais, essa enzima auxilia na coagulação sanguínea, na produção do suco gástrico, entre outras atividades. Porém, quando a produção é excessiva, essa substância passa a desequilibrar o funcionamento do hipotálamo e, como consequência, leva a manifestação de febre. MIPs que podem ser utilizados: os analgésicos (ácido acetilsalicílico, paracetamol, dipirona e ibuprofeno) são os mais comumente usados para a febre, já que apresentam também ação antipirética (antitérmica). Os antipiréticos transcorrem, no início do processo, na inibição da enzima responsável pela elevação da temperatura corpórea. Observações: os antitérmicos agem apenas no sintoma (elevação de temperatura corpórea) e não na causa do problema.

Acidez estomacal e azia

A azia é o sintoma relacionado ao refluxo do suco gástrico para o esôfago. Quando isso ocorre, tem-se a sensação de queimação,

que costuma ocorrer pouco depois das refeições ou ao deitar. Normalmente, quando esses sinais aparecem, um dos primeiros aspectos que podem ser observados pelos especialistas da área da saúde é a alimentação dos acometidos. Dietas muito temperadas ou gordurosas, aliadas com bebidas alcoólicas ou cigarro, podem desencadear mal-estar gástrico. MIPs e outros agentes que podem ser utilizados: são muitas as opções simples que podem aliviar a azia, passando desde um chá (camomila, alecrim, chá verde, hortelã, boldo, entre outros) até os pós efervescentes (normalmente associações contendo bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico, ou outros sais). Alguns outros medicamentos também podem ajudar, como aqueles contendo hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio e salicilato de bismuto. Medicamentos contendo extratos compostos de origem vegetal (boldo, cáscara sagrada, ruibarbo, etc.) também podem ser eficazes. Como a acidez é uma produção excessiva de ácido clorídrico pelo estômago, alguns fármacos agem por neutralizar o excesso de acidez e outros agem por promover uma camada protetora sobre a mucosa gástrica. Observações: alguns medicamentos, como o ácido acetilsalicílico, são causas identificadas no desencadeamento de azia. Saliente-se, entretanto, que é necessário o levantamento das características dos pacientes sobre os medicamentos que estejam tomando, doenças presentes, alimentação, etc.

Tosse

A tosse não é doença e, sim, um sintoma, que pode acometer pessoas em todas as idades e reduzir, sensivelmente, a qualidade de vida dos acometidos. Para que se tenha tratamento adequado, antes de tudo, é preciso identificar qual o tipo da tosse: seca ou produtiva. A presença do muco, ou catarro, é o que diferencia uma da outra. Na tosse produtiva, elimina-se catarro e o problema está, de modo geral, associado a um processo de infecção. Já a tosse seca é um tipo associado à irritação e pode ser causada, entre outros, pelo uso de cigarro, poluição, viroses ou refluxos gastresofágicos. MIPs e outros agentes que podem ser utilizados: para casos de tosse produtiva, alguns dos fármacos mais usados são os extraídos de plantas, guaco e eucalipto; além de medicamentos contendo acetilcisateína e cloridrato de bromexina, capazes de diminuir a viscosidade do muco. Para casos de tosse seca, podem ser usados ambroxol, fendizoato de cloperastina, clopropizina, bromidrato de dextrome-

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torfano. Agentes naturais, como o mel, também podem aliviar os sintomas. Observações: uma orientação importante para o tratamento de tosse é a ingestão de água, que favorece a hidratação do muco e, como consequência, que as secreções sejam eliminadas mais rapidamente.

Prisão de ventre

Também conhecida por intestino preso, a prisão de ventre ou obstipação, é um distúrbio que é caracterizado pela dificuldade constante para evacuar. Um quadro de prisão de ventre (que faz com que o indivíduo evacue uma ou duas vezes por semana, com dificuldades), pode ter diversas causas, que passam por dieta com quantidade reduzida de fibras ou pouca ingestão de líquidos, por exemplo. MIPs e outros agentes que podem ser utilizados: a ingestão de farelo de trigo, ameixas pretas, mel e chá de bardana poderão ajudar no alívio aos sintomas. Além disso, existem muitos laxantes à base de drogas de origem vegetal, como sene, Plantago ovata, tamarindo, alcaçuz, Cassia fistula, Coriandrum sativum, etc. Entre os medicamentos, estão o bisacodil, óleo mineral, associação de macrogol + bicarbonato de sódio + cloreto de sódio + cloreto de potássio, lactulose, sorbitol + lauril sulfato de sódio, entre outros. Observações: mais do que indicar ou orientar um paciente com esses problemas, o farmacêutico pode fazer um ótimo trabalho em relação à educação em saúde com os usuários da drogaria. Inicialmente, os acometidos precisam saber sobre a importância da alimentação rica em fibras e prática de atividade física para a melhoria do trânsito do bolo fecal e a ingestão suficiente de água. Lembre-se, ainda, de que para casos específicos de prisão de ventre, é necessário um cuidado muito grande com os idosos, considerando que poderão perder, rapidamente, muito líquido com o uso de laxantes.

Aftas

Caracterizadas como pequenas úlceras rasas que aparecem na cavidade oral (com destaque para gengivas e embaixo da língua), suas causas podem ser diversas.

MIPs e outros agentes que podem ser utilizados: há medicamentos de origem natural, como, por exemplo, extrato fluído de Camomila recutita ou de rosa rubra. Algumas vezes, há necessidade de se usar associações que contenham anestésico local para melhorar a dor. Há, ainda, outras possibilidades, como amlexanox. Alertas aos usuários: algumas medidas poderão auxiliar a recuperação, como, por exemplo, não se alimentar com produtos ácidos ou condimentados e cuidado na escovação dos dentes. Um recurso doméstico que poderá ser utilizado é a colocação de pequenos pedaços de gelo na boca, deixando que se dissolvam, o que pode amenizar a dor e irritação.

Dores de garganta

A dor de garganta poderá variar de uma simples irritação até uma amidalite, doença infecciosa que atinge as amídalas, que pode ser causada por vírus, bactérias ou pela associação dos dois agentes. Na amidalite bacteriana, são comuns os pontos de pus. MIPs que podem ser utilizados: para os casos mais simples, existem dezenas de tipos diferentes de pastilhas para dor de garganta, sendo que os principais fármacos presentes são mentol, ambroxol, benzidamina, lidocaína, benzocaína e alguns anti-inflamatórios. Observações: assim como acontece com outras doenças, o farmacêutico precisa saber qual é a origem da dor de garganta para conseguir orientar, corretamente, os acometidos.

Assaduras

Esse problema é decorrente de inflamação cutânea causada pelo contato da pele com fezes e urina, muito frequente em crianças pequenas e idosos que já apresentam incontinência ou, também, em decorrência de uma higienização inadequada. MIPs que podem ser utilizados: dexapantenol (provitamina B5), óleo de fígado de bacalhau, óleo de amêndoas, retinol (vitamina A), colecalciferol (vitamina D), óxido de zinco, nistatina, cloridrato dedifenidramina, calamina e cânfora.

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Hemorroidas

Caracterizadas por veias ao redor do ânus ou do reto que se inflamam ou dilatam, um dos principais desconfortos é a presença de dor. MIPs que podem ser utilizados: normalmente, são opções os medicamentos que auxiliam no tratamento tópico para o alívio sintomático das hemorroidas. São eles, os anestésicos (lidocaína ou hidrocortisona em diferentes formas farmacêuticas de creme, pomada, gel ou supositório); medicamentos venotônicos (comprimidos à base de plantas, como a hamamélis); castanha-da-índia, a ser ingerida, geralmente, sob a forma de cápsula; medicamentos à base de flavonoides, como diosmina e hespiridina; banhos de assento com ou sem plantas medicinais (hamamélis e camomila); paracetamol para aliviar a dor;

e outros, como policresuleno, cloridrato de cinchocaína, extrato mole de Hamamelis virginiana, extrato mole de Davilla rugosa e mentol.

Congestão nasal

A obstrução nasal pode ser provocada por doenças virais, como a gripe, o resfriado, a sinusite, a rinite alérgica, ou por distúrbios estruturais. Esse problema é um indicativo da reação do organismo para a eliminação do vírus. Normalmente, a sensação de desconforto está acompanhada de coceira, coriza e espirros. MIPs que podem ser utilizados: o uso mais frequente é com solução fisiológica de cloreto de sódio. Mas também há outros medicamentos com fármacos, como mentol e cânfora.

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mais buscados

ENTENDA O VASTO PORTFÓLIO DOS MIPS

A

São diversos os grupos terapêuticos que fazem parte da lista de Medicamentos Isentos de Prescrição. Entenda quando são indicados e conheça os mais procurados pelo consumidor

Analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, vitaminas. A lista dos grupos terapêuticos que compõem os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) é grande e cada um deles tem uma indicação. A resolução que sintetiza esses produtos é a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 138, de 29 de maio de 2003. Essas normas definem que “todos os medicamentos cujos grupos terapêuticos e indicações terapêuticas estão descritos na lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE), respeitadas as restrições textuais e de outras normas legais e regulamentares pertinentes, são de venda sem prescrição médica, à exceção daqueles administrados por via parenteral, que são de venda sob prescrição médica”.

Segundo dados do IMS Health, no acumulado de abril de 2014 a março de 2015, algumas classes de medicamentos se destacaram entre as mais vendidas, seja em volume (unidades) ou valor (R$). Entre elas, os analgésicos; emolientes e protetores dermatológicos; antigripais; expectorantes; e medicamentos para obstipação. Outro levantamento da consultoria também mostra que as classes dos medicamentos sofrem por sazonalidade. Portanto, é importante estar atento para evitar rupturas diante do crescimento das demandas do consumidor em determinadas épocas do ano. No inverno, quando se tornam mais comuns as doenças de trato respiratório, ficam no topo da lista,

Os 10 grupos terapêuticos de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) mais vendidos em volume (unidades) COLOCAÇÃO

GRUPO TERAPÊUTICO

1

N02B – Analgésicos não narcóticos e antipiréticos

2

D02A – Emolientes e protetores dermatológicos

3

A02A – Antiácidos, antiflatulentos e carminativos

4

M02A – Antirreumáticos e analgésicos tópicos

5

R05C – Expectorantes

6

A06A – Medicamentos para obstipação

7

A01A – Estomatológicos

8

A11G – Vitamina C, inclusive associada com minerais

9

R01A – Preparados nasais para uso tópico

10

R05A – Antigripais, excluindo anti-infecciosos

Fonte: IMS Health.Brasil PMB – Mar./2015 (Acumulado de abril de 2014 a março de 2015)

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além dos produtos que apresentam vendas estáveis durante o ano inteiro, os analgésicos e antitérmicos, antitussígenos e antialérgicos. Já no verão, período de festas e férias de fim de ano, fazem parte do ranking de produtos mais vendidos os antiespasmódicos e aqueles indicados para

amenizar casos de azia e má digestão. Afinal, esses meses são bastante marcados pelos abusos alimentares. Acompanhe, a seguir, a lista com os grupos terapêuticos presentes nas classes dos MIPs e os rankings que podem ajudar na composição da categoria a qualquer época do ano:

Sazonalidade: os Medicamentos Isentos de Prescrição mais vendidos no inverno em volume (unidades) COLOCAÇÃO

MEDICAMENTO

LABORATÓRIO

1

Salonpas

Hisamitsu

2

Dorflex

Sanofi

3

Buscopan Composto

Boehringer Ingelheim

4

Dipimed

Medquímica

5

Expec

Legrand

6

Histamin

Neo Química

7

Asepxia

Genomma Lab

8

Listerine Antisséptico

Johnson & Johnson

9

Hipoglós Nf

Procter & Gamble

10

Maxalgina

Natulab

Fonte: IMS Health. Soma dos meses julho, agosto e setembro (inverno) de 2014

Sazonalidade: os Medicamentos Isentos de Prescrição mais vendidos no verão em volume (unidades) COLOCAÇÃO

MEDICAMENTO

LABORATÓRIO

1

Salonpas

Hisamitsu

2

Buscopan Composto

Boehringer Ingelheim

3

Dorflex

Sanofi

4

Asepxia

Genomma Lab

5

Dipimed

Medquímica

6

Hipoglós Nf

Procter & Gamble

7

Neosaldina

Takeda Pharma

8

Sal de Fruta Eno

GSK Consumo

9

Listerine Antisséptico

Johnson & Johnson

10

Histamin

Neo Química

Fonte: IMS Health. Soma dos meses de janeiro, fevereiro e março (verão) de 2014

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mais buscados Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE) GRUPOS TERAPÊUTICOS

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS OBSERVAÇÕES Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE) Antiacneicos tópicos e adstringentes Acne, acne vulgar; rosácea; e espinhas. Restrição: retinoides. Antiácidos, Antieméticos, Eupépticos, Enzimas digestivas

Acidez estomacal, azia; desconforto estomacal; dor de Restrições: metoclopramida, estômago; dispepsia; enjoo; náusea; vômito; epigastralgia; má bromoprida, mebeverina e Inibidor digestão; queimação; pirose; esofagite péptica; distensão abdoda Bomba de Proton (IBP). minal; cinetose; e hérnia de hiato.

Antibacterianos tópicos

Infecções bacterianas da pele.

Permitidos: bacitracina e neomicina.

Antidiarreicos

Diarreia e disenteria.

Restrições: loperamida infantil e opiáceos.

Antiespasmódicos

Cólica; cólica menstrual; dismenorreia; desconforto pré-menstrual; e cólicas (biliar, renal ou intestinal).

Restrição: mebeverina.

Anti-histamínicos

Alergia; coceira; prurido; coriza; rinite alérgica; urticária; picada de Restrições: adrenérgicos, corticoides inseto; ardência; ardor; conjuntivite alérgica; pruridos(senil, nasal (exceto hidrocortisona de uso tópico). ou ocular alérgico); febre do feno; dermatite atópica; e eczemas.

Antisseborreicos

Caspa; dermatite seborreica; seborreia; e oleosidade.

Antissépticos orais e antissépticos bucofaríngeos

Aftas; dor de garganta; e profilaxia das cáries.

Antissépticos, fluidificantes e umectantes Antissépticos nasais; fluidificantes nasais; e umectantes nasais. – nasais Restrições: adrenérgicos (exceto nafazolina com concentração < 0,1%) e corticoides.

Antissépticos oculares

Antissépticos oculares.

Antissépticos da pele e mucosas

Assaduras; dermatites (de fraldas, de contato e amoniacal); intertrigo (mamário/ perianal/ interdigital/ axilar); odores dos – pés; e axilas.

Antissépticos urinários

Disúria ou dor; ardor; e desconforto para urinar.

Antissépticos vaginais tópicos

Higiene íntima e desodorizante.

Aminoácidos, vitaminas e minerais

Suplemento vitamínico e/ou mineral pós-cirúrgico/cicatrizante; suplemento vitamínico e/ou mineral como auxiliar nas anemias carenciais; suplemento vitamínico e/ou mineral em dietas restritivas e inadequadas; suplemento vitamínico e/ou mineral em doenças crônicas/convalescença; suplemento vitamínico e/ ou mineral em idosos; suplemento vitamínico e/ou mineral em períodos de crescimento acelerado; suplemento vitamínico e/ ou mineral na gestação e aleitamento; suplemento vitamínico – e/ou mineral para recém-nascidos, lactentes e crianças em fase de crescimento; suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção do raquitismo; suplemento vitamínico e/ou mineral para a prevenção/tratamento auxiliar na desmineralização óssea pré e pós-menopausa; suplemento vitamínico e minerais antioxidantes; suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção de cegueira noturna/xeroftalmia; e suplemento vitamínico como auxiliar do sistema imunológico.

Anti-inflamatórios

Lombalgia; mialgia; torcicolo; dor articular; artralgia; inflamação da garganta; dor muscular; dor na perna; dor varicosa; contusão; hematomas; entorses; tendinites; cotovelo de tenista; Permitidos: naproxeno, ibuprofeno e lumbago; dor pós-traumática; dor ciática; bursite; distensões; cetoprofeno. Tópicos não esteroidais. flebites superficiais; inflamações varicosas; quadros dolorosos da coluna vertebral; e lesões leves oriundas da prática esportiva.

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GRUPOS TERAPÊUTICOS

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

Antiflebites

Dor nas pernas; dor varicosa; sintomas de varizes; dores das per– nas relacionadas a varizes; e dores após escleroterapia venosa.

OBSERVAÇÕES

Antifiséticos, antiflatulentos e carminativos

Eructação; flatulência; empachamento; estufamento; aerofagia – pós-operatória; gases; e meteorismo.

Antifúngicos e antimicóticos

Micoses de pele; frieira; micoses de unha; pano branco; infecções fúngicas das unhas; onicomicoses; dermatomicoses; pitiríase versicolor; tínea (das mãos, pés, virilha ou corpo); pé de atleta; Permitidos: tópicos. micose de praia; candidíase cutânea; monilíase cutânea; dermatite (seborreica ou perianal); dermatomicoses superficiais; vulvovaginites; balanopostite; candidíase (vaginal e oral).

Anti-hemorroidários

Sintomas de hemorroidas.

Permitidos: tópicos.

Antiparasitários orais e anti-helmínticos

Verminoses.

Permitidos: mebendazol e levamizol.

Antiparasitários tópicos, escabicidas e ectoparasiticidas

Piolhos; sarna; escabiose; carrapatos; pediculose; e lêndeas.

Antitabágicos

Alívio dos sintomas decorrente do abandono do hábito de Restrição: bupropiona. fumar e alívio dos sintomas da síndrome de abstinência.

Analgésicos, antitérmicos e antipiréticos

Dor; dor de dente; dor de cabeça; dor abdominal e pélvica; enxaqueca; sintomas da gripe; sintomas do resfriado; febre; cefaleia; dores reumáticas; nevralgias; lombalgia; mialgia; torcicolo; Permitidos: analgésicos dor articular; artralgia; inflamação da garganta; dor muscular; (exceto narcóticos). contusão; hematomas; entorses; tendinites; cotovelo de tenista; lumbago; dor pós-traumática; dor ciática; bursite; e distensões.

Ceratolíticos

Descamação; esfoliação da pele; calos; e verrugas (plantar ou – vulgar).

Cicatrizantes

Feridas; escaras; fissuras de pele e mucosas; rachaduras.

Colagogos, coleréticos

Distúrbios digestivos; distúrbios hepáticos.

Descongestionantes nasais tópicos

Congestão nasal; obstrução nasal; e nariz entupido.

Restrições: vasoconstritores.

Descongestionantes nasais sistêmicos

Congestão e obstrução nasal; e nariz entupido.

Permitido: fenilefrina.

Hidratante; dermatoses hiperqueratóticas; dermatoses secas; Emolientes e lubrificantes cutâneos e de pele seca e áspera; ictiose vulgar; hiperqueratose palmar e – mucosas plantar; ressecamento da pele; substituto artificial da saliva; e saliva artificial para tratamento da xerostomia. Emolientes, lubrificantes e adstringentes Secura nos olhos; falta de lacrimejamento; e irritação ocular. oculares

Expectorantes, balsâmicos, mucolíticos, e Tosse; tosse seca; tosse produtiva; tosse irritativa; tosse com – sedativos da tosse catarro; e mucofluidificante. Laxantes e catárticos

Prisão de ventre; obstipação intestinal; constipação intestinal; – e intestino preso.

Reidratante oral

Hidratação oral e reidratação oral.

Relaxantes musculares

Torcicolo; contratura muscular; dor muscular; lumbago; e entorses.

Rubefacientes

Vermelhidão e rubor.

Tônicos orais

Estimulante do apetite e astenia.

Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip)

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prescrição farmacêutica

ORIENTAÇÃO RESPONSÁVEL Por lei, farmacêuticos podem prescrever MIPs para os consumidores, no entanto, algumas regras precisam ser seguidas para garantir a segurança dos usuários

P

Por vezes, por conta da ausência ou carência de assistência médica, é comum a população recorrer às farmácias para pedir orientação sobre como seguir diante de algum sintoma. Pela distribuição geográfica desses estabelecimentos, capazes de atingir quaisquer regiões brasileiras, esses canais podem constituir um importante recurso na busca da saúde, fazendo com que o farmacêutico se torne estratégico para o público em geral. E a prescrição que esses profissionais podem conceder a seus consumidores, com medicamentos isentos de receita médica, já é regulamentada pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 586, de

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29 de agosto de 2013, do Conselho Federal de Farmácia (CFF). A norma define a prescrição farmacêutica como “ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde”. “A prescrição deve resultar de uma consulta farmacêutica, pois este ato é uma atribuição clínica desses profissionais e deverá ser realizado com base nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores eviFoto Shutterstock

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Atribuições clínicas do farmacêutico Algumas das atribuições clínicas do farmacêutico, previstas no artigo 7º da Resolução nº585/13, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), são: • Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente; • Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para que o paciente utilize, de forma segura, os medicamentos de que necessita, nas doses, frequência, horários, vias de administração e duração adequados, contribuindo para que o mesmo tenha condições de realizar o tratamento e alcançar os objetivos terapêuticos; • Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e técnicos; • Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção, adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente; • Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com o propósito de prover cuidado ao paciente; • Acessar e conhecer as informações constantes no prontuário do paciente; • Avaliar resultados de exames clínico-laboratoriais do paciente, como instrumento para individualização da farmacoterapia; • Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos, por meio de dados de farmacocinética clínica; determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins de acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde; • Identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas indesejadas e clinicamente significantes; • Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao paciente, família, cuidadores e sociedade; • Avaliar, periodicamente, os resultados das intervenções farmacêuticas realizadas, construindo indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados; • Dar suporte ao paciente, aos cuidadores, à família e à comunidade com vistas ao processo de autocuidado, incluindo o manejo de problemas de saúde autolimitados; • Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua competência profissional; • Avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento e realizar ações para a sua promoção.

dências científicas, em princípios éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes”, afirma o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), Pedro Eduardo Menegasso. Essa resolução determina que o farmacêutico possa realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica. A lista inclui medicamentos industrializados e preparações magistrais (alopáticos ou dinamizados); plantas medicinais; e drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovados pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. E a prescrição farmacêutica deve ser documentada, contemplando as seguintes informações: • Identificação do estabelecimento farmacêutico, consultório ou do serviço de saúde ao qual o farmacêutico está vinculado; • Nome completo e contato do paciente;

• Descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo: 1) Nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização, forma farmacêutica e via de administração; 2) Dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento; e 3) Instruções adicionais, quando necessário. • Descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando houver; • Nome completo do farmacêutico, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Farmácia; • Local e data da prescrição.

Pós-dispensação

O varejo farmacêutico vai muito além de uma simples venda, que envolve a entrega de um produto ao consumidor. Assim, é fundamental que, na hora da prescrição, os profissionais da área se-

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prescrição farmacêutica

Passo a passo da orientação correta ao consumidor A prescrição farmacêutica é um processo constituído das seguintes etapas:

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Identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde;

Definição do objetivo terapêutico;

Seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado com a saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado;

Redação da prescrição;

Orientação ao paciente;

Avaliação dos resultados;

Documentação do processo de prescrição.

Fonte: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP)

jam claros e seguros nas suas orientações, já que elas podem ser decisivas para o sucesso, ou não, de um tratamento. Segundo a professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti, é fundamental que o

farmacêutico entenda que cada cliente seja único e, como tal, seja tratado de maneira diferenciada em relação às suas necessidades. A meta deve ser a de que o usuário não tenha dúvidas sobre os produtos que esteja levando, quer sejam medicamento ou de outra natureza. “O grau de entendimento é muito heterogêneo, o que envolve um discernimento na hora do aten-

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Assistência farmacêutica Como todos os medicamentos, os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) também oferecem riscos à saúde quando utilizados de forma inadequada e sem a orientação do profissional farmacêutico. Inicialmente, os pacientes podem parecer resistentes às orientações sobre MIPs; porém, conforme os farmacêuticos demonstrarem interesse por seus problemas, muitos deles dedicarão mais tempo à aquisição desses medicamentos. No momento em que o paciente adquire um MIP, o farmacêutico deve realizar entrevista e verificar: • Quais medicamentos foram solicitados; • Razão pela qual os medicamentos foram solicitados; • Idade do paciente; • Duração dos sintomas; • Situações que poderiam contraindicar determinados MIPs; • Uso concomitante de outros medicamentos; • Uso prévio de outros medicamentos para o mesmo sintoma apresentado; • Histórico de uso de álcool; • Histórico médico. Após a análise desses dados, o farmacêutico pode chegar a uma das conclusões: 1) O paciente necessita de atendimento médico Isso acontece se o paciente pertencer a um grupo de risco (gestantes, lactantes, recém-nascidos, crianças, idosos...); se o problema relatado não puder ser tratado pelo farmacêutico com a utilização de um MIP; se estiver ocorrendo reação adversa a outro medicamento que o paciente utiliza; ou se os sintomas estiverem associados a outra patologia. 2) O paciente não necessita de atendimento médico Depois de avaliar que não é necessário encaminhar o paciente para um serviço médico, o farmacêutico deverá decidir se a condição do paciente não demanda medicamentos, podendo ser mais bem tratada pelo uso de medidas não farmacológicas; ou se é necessário um tratamento medicamentoso, em que o paciente pode ser beneficiado com o uso de MIPs, seguros e eficazes. Nesse último caso, cabe ao farmacêutico selecionar medicamentos que não necessitem de prescrição. Na dispensação dos MIPs, é essencial que o usuário receba orientações a respeito dos seguintes aspectos: • Administração (como, quando, quanto) e modo de ação do(s) medicamento(s); • Duração do tratamento; • E possíveis reações adversas, contraindicações e interações com outros medicamentos e/ou alimentos. Também compete ao profissional orientar o paciente a recorrer ao farmacêutico e/ou ao médico caso os sintomas persistam. Fonte: trecho extraído do Fascículo II do Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde – Medicamentos Isentos de Prescrição, produzido pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP)

dimento para adequar a linguagem às necessidades de informação de cada um. As pessoas precisam se sentir ‘cuidadas’ na atenção que lhes é dispensada e que ela é importante para aquela farmácia ou drogaria”, comenta. Segundo Menegasso, no ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que contribuam para a promoção da segurança entre os usuá-

rios de medicamentos. “Esses profissionais precisam comunicar, adequadamente, ao paciente, seu responsável ou cuidador, as suas decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de forma completa; e adotarem medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados”, mostra.

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DENTRO DOS LIMITES ÉTICOS Os MIPs constituem a única classe de medicamentos que pode se comunicar com o consumidor final. No entanto, barreiras legais e normas morais trazem um grande desafio para a indústria ao longo dos anos. Entenda a evolução 36 | Especial MIPs | Junho 2015

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Comunicar um novo produto, marcas ou empresas, influenciando os receptores a uma nova atitude ou opinião, é a principal função da propaganda, um dos ‘braços’ mais poderosos do marketing. E essa ferramenta tem sido usada largamente pela indústria farmacêutica ao longo dos anos, com atenção especial para os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), os únicos que podem ter comunicação direta com o consumidor final. Segundo explica o presidente da Woodycom, agência de publicidade que atende a algumas das maiores indústrias

farmacêuticas do País, Woody Gebara, ao longo das décadas, houve uma mudança entre as mensagens levadas ao consumidor. “Entre as décadas de 1950 e 1960, as mensagens eram mais institucionais e tinham o intuito de apresentar a credibilidade de uma determinada indústria. Depois, entre as décadas de 1970 e 1990, o foco passou a ser nas marcas dos medicamentos e, as indústrias eram apontadas somente como ‘selo’ final da peça publicitária”, relembra o especialista, complementando que, a partir da década de 90, chegou a era do consumidor, que se reforçou ainda mais com a internet, poderosa ferramenta para disseminar informações.

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Limites éticos e obrigatórios A resolução RDC No 96, de 17 de dezembro de 2008, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de medicamentos. Acompanhe, a seguir, algumas regras para a propaganda ou publicidade de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs): • Quando direcionada ao público em geral, os termos técnicos da propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de prescrição médica deverão ser escritos de maneira a facilitar a compreensão do público. • A propaganda ou publicidade dos MIPs deve veicular advertência relacionada à substância ativa do medicamento. No caso de não ser contemplada alguma substância ativa ou associação, a ação deve veicular a seguinte advertência: “(nome comercial do medicamento ou, no caso dos medicamentos genéricos, a substância ativa) É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA”. A advertência deve ser contextualizada na peça publicitária, de maneira que seja pronunciada pelo personagem principal, quando veiculada na televisão; proferida pelo mesmo locutor, quando veiculada em rádio; e, quando impressa, deve causar o mesmo impacto visual que as demais informações presentes na peça publicitária, apresentando-se com, no mínimo, 35% do tamanho da maior fonte utilizada. • Fica proibida a veiculação, na televisão, de propaganda ou publicidade de medicamentos nos intervalos dos programas destinados a crianças, bem como em revistas de conteúdo dedicado a este público. • Na propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de prescrição é vedado: I - usar expressões tais como: “Demonstrado em ensaios clínicos”, “Comprovado cientificamente”; II - sugerir que o medicamento é a única alternativa de tratamento e/ou fazer crer que são supérfluos os hábitos de vida saudáveis e/ou a consulta ao médico; III - apresentar nome, imagem e/ou voz de pessoa leiga em medicina ou farmácia, cujas características sejam facilmente reconhecidas pelo público em razão de sua celebridade, afirmando ou sugerindo que utiliza o medicamento ou recomendando o seu uso; IV - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o uso de medicamento a excessos etílicos ou gastronômicos; V - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o uso de medicamento ao desempenho físico, intelectual, emocional, sexual ou à beleza de uma pessoa, exceto quando forem propriedades aprovadas pela Anvisa; VI - apresentar de forma abusiva, enganosa ou assustadora representações visuais das alterações do corpo humano causadas por doenças ou lesões; VII - incluir mensagens, símbolos e imagens de qualquer natureza dirigidas a crianças ou adolescentes.

“Após os anos 90, o objetivo das mensagens passou a ser atender à demanda dos usuários. Assim, ao veicular um antigripal, por exemplo, a ideia era mostrar a praticidade e o efeito imediato, que é o que o consumidor busca nesses tratamentos”, mostra Gebara. Outra mudança que pode ser vista na publicidade dos MIPs é que ela deixou de ser calcada na fórmula “problema e solução”, para mostrar o porquê das promessas. “Hoje, já é possível notar inúmeras propagandas com demonstrações, mostrando porque, com aquela fórmula, será possível se obterem os resultados anunciados”, conta o presidente da Woodycom. Um exemplo desse cenário é a campanha realizada pela Merck Consumer Health, que investiu na comunicação com o consumidor em relação ao Floratil,

MIP dirigido ao tratamento da diarreia e restauração da flora intestinal. “Na campanha, foi possível comunicar que o medicamento trata a diarreia e restaura a flora intestinal, algo que só a dieta não é capaz de fazer”, conta o diretor de marketing da Merck Consumer Health, Daniel Blumen. A evolução em relação às questões éticas que envolvem a divulgação de um medicamento também é bastante marcante. De acordo com Gebara, esse progresso vem graças ao trabalho da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que trouxe normas capazes de garantir mais segurança na comunicação com os usuários. “Hoje, por exemplo, uma celebridade ou outro porta-voz escolhido não pode mais dizer que

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toma um medicamento. E não se pode mais usar palavras impositivas, como ‘tome’ ou ‘use’, evitando uma indução do consumidor”, esclarece o executivo da Woodycom.

As mídias mais importantes

Hoje, são diversas as mídias que a indústria de MIPs pode explorar e, segundo Gebara, o canal de comunicação de maior impacto ainda é a televisão. “A televisão é mágica. É onde uma marca vira celebridade e o desconhecido passa a ser conhecido”, justifica. Somados à TV, outros canais, como revistas de massa, de trade, jornais e outros, são importantes complementos à campanha. “Por vezes, numa peça de TV, não é possível explicar todos os benefícios de

um medicamento em 30 segundos. Assim, os demais canais de comunicação exercem esse papel”, explica o especialista. Outro canal que tem se destacado é a internet, pela possibilidade de interação com o consumidor final. “As mídias sociais, por exemplo, vão além da publicidade convencional. Quando o material ‘cai’ na internet, é possível se comunicar com o público e se tem a oportunidade de uma explicação muito mais completa sobre qualquer produto”, diz Gebara. As ferramentas da internet também permitem que a indústria consiga inovar para transmitir suas informações, usando games, dicas, conhecimentos e prestação de serviços na área de saúde, que podem ir além da função do medicamento. “A internet traz

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consumo

HOJE, SÃO DIVERSAS AS MÍDIAS QUE A INDÚSTRIA DE MIPS PODE EXPLORAR E O CANAL DE COMUNICAÇÃO DE MAIOR IMPACTO AINDA É A TELEVISÃO. A TELEVISÃO É MÁGICA. É ONDE UMA MARCA VIRA CELEBRIDADE E O DESCONHECIDO PASSA A SER CONHECIDO

essa capacidade de interação e fidelização do público”, aponta o presidente da Woodycom.

Novas formas de comunicação

O laboratório Aché é um dos que têm investido maciçamente na internet, para disseminação dos seus medicamentos isentos de receita médica. “As redes sociais são muito importantes para falar com o consumidor final. Já contabilizamos cerca de 1 milhão de consumidores que passaram pelas nossas páginas, que sempre trazem a ideia de prestação de serviços, o que nos agrega valor”, afirma o diretor da Unidade de Negócio MIP do Aché, Carlos Cesar Bentim Pires. Aliás, aliar a indústria ou uma marca à prestação de serviços é uma tendência entre os laboratórios farmacêuticos. A Johnson & Johnson é um exemplo. “Recentemente, desenvolvemos campanhas educativas encabeçadas por Tylenol, com foco na educação para prevenção de doenças, como dengue e chikungunya. As ações contemplam orientações sobre a importância de adotar a medicação correta, aliviar os sintomas gerados pelas doenças, e sempre consultar o médico”, enumera a gerente de shopper & gerenciamento de categoria da empresa, Patricia Gimenes.

E, segundo Gebara, estar presente nos principais canais de comunicação é de grande importância para o crescimento das vendas, especialmente em períodos sazonais. “Quando começa a chegar o inverno, é comum a publicidade em torno dos antigripais. No verão, época em que se come mais por conta das festas de fim de ano, aparecem, com mais frequência, as peças com medicamentos focados nos cuidados gástricos. Assim, é sempre importante que as principais marcas estejam em evidência”, destaca. Muitas peças publicitárias focadas em MIPs apostam em celebridades para transmitir suas mensagens e, de acordo com o especialista da Woodycom, esta tática funciona bastante no Brasil. “Com essas pessoas, a lembrança da marca chega de maneira mais fácil ao consumidor. O brasileiro, por cultura, tem a sensação de que conhece aquela pessoa. Geralmente, são escolhidos personagens com papéis de destaque em novelas ou que tenham um carreira reconhecida”, resume Gebara. A linha Energil, do laboratório EMS, por exemplo, estreou as campanhas publicitárias na década de 80 e é um exemplo dos esforços da indústria em criar identificação com os consumidores. Com garotos-propaganda consagrados, como o ex-jogador de futebol

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Zico e, mais recentemente, durante a Copa do Mundo do Brasil, com Hulk, atacante do clube russo Zennit e da seleção brasileira, a família Energil cresceu e hoje é composta por Energil C, Energil C Amino, Energil Zinco e Energil Life, tendo faturado mais de R$ 25 milhões em 2013, segundo dados do IMS Health. A indústria também tem procurado se identificar com alguns públicos específicos. O Aché Laboratórios Farmacêuticos, por exemplo, viu uma oportunidade de comunicação de Biofenac (indicado, entre outros, para entorses e distensões musculares), entre corredores de rua. “Na cidade de São Paulo, a agenda para criar corridas de fim de semana até o fim do ano já está preenchida, tamanho é o crescimento da população por este esporte. E o mesmo já se percebe em cidades do interior. Nessa estratégia, a nossa é a de criar campanhas de comunicação com esses corredores”, justifica o diretor da Unidade de Negócio MIP da empresa, Carlos Cesar Bentim Pires. Para Flogoral, também do Aché, MIP indicado, dentre outros, para dores de dente ou na garganta, a ideia é trazer um apelo cultural para as campanhas publicitárias, com foco em ‘momentos que podem ser perdidos’ por conta desses problemas. “Com esses sintomas, pode-se perder cinema, teatro, entre outros programas. Por isso, nesse sentido, nosso foco

fica para a área cultural e, por exemplo, somos patrocinadores do show do Capital Inicial, no Citibank Hall, em São Paulo”, justifica o executivo. E as cifras envolvendo as campanhas publicitárias de MIPs mostram-se altas. O laboratório EMS, por exemplo, tem ampliado cada vez mais o aporte em mídia para MIPs. Recentemente, foram investidos R$ 35 milhões na campanha publicitária de Bálsamo Bengué, medicamento voltado para o tratamento de contusões, torcicolos, dores musculares e reumáticas, e R$ 25 milhões na campanha do lançamento na categoria de multivitamínicos e multiminerais, o Energil Life. A Hypermarcas investe constantemente em campanhas de grande alcance com circulação nas principais emissoras de TV e rádio do País, além de ações na web e anúncios impressos. A empresa levou ao ar novas campanhas de Coristina D, Engov, Apracur e Doril Enxaqueca, todas com celebridades bastante conhecidas, como Chay Suede, Giovanna Antonelli e Reinaldo Giannechini. As campanhas para MIPs buscam dialogar diretamente com o consumidor, firmando os medicamentos como eficazes, confiáveis e acessíveis para o tratamento de sintomas, como febres, dores de cabeça, azia, prisão de ventre, entre outros.

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SINAL DE SEGURANÇA Somente após terem sido comercializados cinco anos enquanto medicamentos prescritos é que os MIPs podem ser vendidos sem receita médica

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O Ministério da Saúde (MS) é quem determina quais medicamentos devem ser tarjados, o que significa a necessidade da apresentação de uma receita médica para a venda ao consumidor. Assim, os medicamentos com tarja (vermelha ou preta) são prescritos e usados somente sob orientação médica, já que se destinam a quadros clínicos que exigem maior cuidado e controle. Segundo a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição Médica (Abimip), Marli Sileci, os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) podem ser adquiridos e utilizados sem prescrição médica devido à sua reconhecida segurança, quando consumidos segundo as instruções. “Eles se destinam ao tratamento de sintomas e males menores, já diagnosticados ou conhecidos”, esclarece a especialista. No Brasil, existe uma lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE). Essa lista consta na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 138 de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a resolução, se um medicamento pertence a um grupo terapêutico com uma indicação presente na lista do GITE, ele é considerado isento de prescrição, à exceção daqueles administrados por via parenteral que são de venda sob prescrição médica. “Os níveis de segurança e eficácia exigidos pela Anvisa são os mesmos para os MIPs e os medicamentos tarjados”, reforça Marli. Pela legislação atual, todo medicamento novo deve ser vendido sob prescrição e, no momento da renovação (a cada cinco anos), é possível avaliar o enquadramento como MIP, de acordo com dados de farmacovigilância. “Caso o medicamento novo já seja comercializado no exterior como MIP há mais de cinco anos, a empresa pode requisitar, a qualquer momento desde o início do registro, o enquadramento como isento de prescrição”, acrescenta a especialista da Abimip, revelando que o Brasil, hoje, detém mais de 4 mil marcas sem necessidade de prescrição médica.

Dispensação responsável Algumas situações pedem a suspensão do uso de um Medicamento Isento de Prescrição (MIP) para que seja solicitada ajuda médica. São elas: • Se os sintomas persistirem; • Se os sintomas piorarem ou se o paciente tiver uma recaída; • Se o paciente tiver dores agudas; • Se o paciente tiver tentado um ou mais medicamentos sem sucesso; • Se surgirem efeitos não desejados; • Se o paciente estiver convencido da gravidade dos seus sintomas; • Se o paciente tiver problemas psicológicos, tais como ansiedade, inquietação, depressão, letargia, agitação ou hiperexcitabilidade. Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição Médica (Abimip)

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Automedicação x Autoprescrição A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o uso responsável de medicamentos como “a prática dos cidadãos em tratar seus próprios sintomas e males menores com medicamentos aprovados pelas autoridades sanitárias e disponíveis sem a prescrição ou receita médica devido à sua segurança e eficácia, quando consumidos segundo as instruções”. Além disso, a OMS recomenda que os medicamentos para essa prática sejam acompanhados por uma informação adequada ao consumidor, como bulas e rotulagens. O cidadão exerce o direito de atuar de forma responsável sobre sua saúde, com base em diagnósticos médicos anteriores, educação e informação, aconselhamento do farmacêutico ou outros profissionais de saúde e experiência familiar ou pessoal, anteriores. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição Médica (Abimip), as principais regras para a automedicação responsável são: • Cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou conhecidos. • Escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica, de preferência com a ajuda de um farmacêutico. • Ler sempre as informações da embalagem do produto antes de tomá-lo. • Parar de tomar o medicamento se os sintomas persistirem. Neste caso, o médico deverá ser consultado. Já a autoprescrição diz respeito ao uso de medicamentos tarjados sem a orientação de um médico. A Abimip é favorável ao uso responsável dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e combate, veementemente, a prática da autoprescrição. “A prática do autocuidado vem crescendo no decorrer dos anos devido a fatores socioeconômicos, estilos de vida, acesso aos medicamentos, saúde pública, fatores ambientais, grande disponibilidade de produtos medicinais e fatores demográficos e epidemiológicos”, comenta a vice-presidente executiva da Abimip, Marli Sileci.

Os benefícios da automedicação responsável • Diminuição substancial de custos para o sistema de saúde. • Otimização de recursos governamentais. • Redução de custos aos usuários. • Conforto para os usuários (não há necessidade de ir a um serviço de saúde para tratar de um sintoma já conhecido). • Melhor qualidade de vida (produtos de caráter preventivo, como vitaminas, antioxidantes, etc.). • Direito de atuar sobre a própria saúde. Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição Médica (Abimip)

Revisão das normas

Recentemente, a Anvisa abriu Consulta Pública sobre o enquadramento dos MIPs. Nela, cidadãos, representantes da sociedade civil e do setor regulado, podem contribuir com a proposta. O texto está descrito na Consulta Pública nº 27, que trata do tema. Atualmente, a RDC 138/2003 estabelece lista de grupos e indicações terapêuticas passíveis de venda sem prescri-

ção. No entanto, segundo a agência, a ausência de atualização da lista nos últimos anos impossibilitou que medicamentos que tivessem perfil de segurança e uso compatíveis com a venda sem prescrição fossem incorporados à categoria de venda. Assim, esse é um dos principais motivos para a atualização da norma. A proposta inicial prevê que um medicamento será enquadrado como isento de prescrição se for confirmado que ele é comercializado no mercado há, no mínimo, dez anos. Para isso, a empresa precisará apresentar documentos que comprovem essa alegação. As reações adversas do medicamento devem ter casualidades conhecidas e reversíveis após o uso. Além disso, o potencial de toxicidade precisa ser baixo, bem como o de interação medicamentosa. Os MIPs não devem apresentar possibilidade de dependência. O texto propõe, ainda, que, para enquadramento como isento de prescrição, é necessário que as reações ao medicamento apresentem sinais ou sintomas identificáveis pelo paciente. O período de utilização deverá ser em curto prazo. Para um período maior de tratamento, o médico deverá ser consultado. Pela proposta, as empresas possuidoras do registro de produtos, que sejam reenquadrados como livres de prescrição, deverão submeter uma petição eletrônica em até 180 dias após a atualização, apresentando uma lista de “notificação de alteração de texto e bula” e uma “solicitação de alteração de restrição de prescrição”.

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OS ESFORÇOS NO AUTOSSERVIÇO Manter os MIPs sempre ao alcance do consumidor é fundamental para garantir vendas com a categoria. Conheça as regras da boa exposição

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Algumas farmácias adotam como estratégia a alocação dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apenas atrás do balcão. No entanto, esse comportamento pode trazer reflexos negativos para os negócios e ao poder de compra e decisão dos usuários. “É importante frisar que o autosserviço beneficia o consumidor, que deve ter livre acesso à escolha de MIPs, conforme sua preferência. Além disso, a exposição atrás do balcão dificulta o conhecimento de novas marcas e ações de trade marketing”, pontua a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Marli Sileci. Assim, partindo do pressuposto que o consumidor tenha pleno acesso aos MIPs, o ideal é que eles fiquem expostos em gôndolas. “A maioria das empresas prefere a exposição entre o balcão de medicamentos e o checkout da loja, sempre no autosserviço. O objetivo é entregar a melhor experiência de compra para o shopper, dando-lhe autonomia de escolha”, reforça Marli. A gerente de shopper & gerenciamento de categoria da Johnson & Johnson, Patricia Gimenes, afirma

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que, ao comprar os MIPs, o shopper confia mais nas experiências anteriores, pessoas próximas e nas recomendações de farmacêuticos. Portanto, uma boa exposição pode impulsionar a compra não planejada para abastecer a farmacinha que se possui em casa, no trabalho ou na bolsa. Ainda segundo a especialista da Johnson & Johnson, a atratividade da categoria de MIPs é baseada pelas marcas (ícones/referência), pois estas geram lembranças de compra e possuem uma relação de confiabilidade muito forte. E quando existe mais de uma marca que apresenta o mesmo princípio ativo, o ideal é que estejam próximas, mas é preciso estar atento à formulação. “Nem sempre a composição dos produtos é igual, o que torna a comparação entre eles complexa, dificultando a compra do shopper”, alerta Patricia. E embora não seja indispensável, sempre que possível, vale apostar em uma comunicação adicional no ponto de venda, que possa auxiliar o consumidor em relação ao uso de medicamentos. “O shopper, mesmo sem ter informações aprofundadas sobre os medicamentos, não sente falta de mais explicações, pois recorre ao farmacêutico. Mas se a exposição conFoto Shutterstock

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As subcategorias

Os MIPs constituem uma categoria complexa, já que são diversas marcas, fabricantes, princípios ativos e formas de apresentação. Segundo a diretora de vendas da Merck Consumer Health, Vânia Otoboni, hoje, o maior desafio para as farmácias, ao organizar medicamentos nas gôndolas, é a definição de categorias. “Ao contrário de um supermercado, as farmácias têm um espaço muito reduzido para o número de produtos que comercializam”, justifica. Segundo Patricia, a exposição dos MIPs deve ser orientada conforme os macrossintomas, na seguinte ordem: Dor > Gripe/Resfriado > Problema Digestivo/Intestinal > Vitaminas > Óticos > Antitabagismo > Outros. Depois, dentro de cada macrossintoma, também é importante que os produtos sejam separados entre ‘infantil’ e ‘adulto’. Acompanhe, a seguir, os modelos de exposição específicos para alguns grupos terapêuticos, lembrando que a orientação dos produtos deve facilitar a localização do consumidor e o alcance do produto pelo balconista.

Dor e febre

No caso da categoria dos analgésicos e antitérmicos, sugere-se denominá-la de “Dor e Febre” e, se possível, comunicar o nome desta categoria utilizando testeira, faixa de gôndola e stopper, conforme mo-

Testeira

Compras planejadas A compra dos produtos da categoria de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) mostra-se bem planejada, por isso é rápida, conforme afirma a gerente de shopper & gerenciamento de categoria da Johnson & Johnson, Patricia Gimenes. “A definição da marca é feita previamente e alguns recorrem aos balconistas que encaminham aos farmacêuticos para a orientação adequada. Como a compra é planejada, a preferência é por marcas conhecidas, definidas por experiências anteriores. A troca da marca acontece raramente e os fatores que podem levar a isto é a falta da marca preferida em caso de necessidade ou se o preço compensar muito”, comenta. Uma pesquisa realizada pela Johnson & Johnson apontou que 76% dos shoppers da categoria já sabiam a marca do MIP que iriam comprar antes de entrar na farmácia; 16% não encontraram a marca e, por isso, não compraram; e 4% realizaram a compra impulsionados pelo hábito e com forte ligação com a marca. delo sugerido pela Abimip. “Os produtos agrupados e a comunicação eficiente da categoria fazem com que o shopper navegue de forma intuitiva e o ajuda a economizar tempo, que é um dos bens mais preciosos nos dias atuais”, sugere Marli.

DOR E FEBRE

DOR DE CABEÇA

DOR E FEBRE

DOR E FEBRE

Stopper

DOR DE CABEÇA

DOR DE CABEÇA

templar orientações, como tipo de dor, informações de uso ou lançamentos, podem-se facilitar a experiência ou gerar compras não planejadas”, finaliza a especialista da Johnson & Johnson.

Faixa de gôndola Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip)

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planograma

Planograma Antiácidos e fígado

Repositores hidroeletrolíticos

Fibras e laxantes

Fitoterápicos

Fonte: Merck Consumer Health

Ainda para a categoria Dor e Febre, dentro do bloco de medicamentos para dor, Patricia recomenda separar os produtos em dois grupos: marcas ícones/referência e as demais marcas/laboratórios de A-Z. “As marcas ícones/referências devem ser expostas na parte superior e organizadas de acordo com o share de vendas, sempre do maior para o menor share”, explica. A especialista sugere, ainda, que os grupos sejam subdivididos por microssintomas, na seguinte ordem: Dor e Febre > Dor de Cabeça > Dor Muscular > Cólicas. E, em cada microssintoma, aconselha-se organizar as apresentações conforme o fluxo do balconista, da seguinte forma: líquido > comprimido > pó.

Problemas digestivos/intestinais

Nesse subgrupo, devem-se blocar os produtos pelos microssintomas: Má Digestão > Antiácido > Antiflatulência > Laxante e Regulador, conforme orienta a gerente de shopper & gerenciamento de categoria da Johnson & Johnson. “Dentro do bloco de medicamentos, para problema digestivo/intestinal, devem-se separar os produtos em dois grupos: marcas ícones/ referências e as demais marcas/laboratórios de A-Z”, ensina Patricia.

As marcas ícones/referências devem ser expostas na parte superior e organizadas de acordo com o share de vendas, do maior para o menor share. E dentro de cada grupo, sugere-se uma divisão entre as apresentações (caso existam) em dois grupos, na seguinte ordem: líquido > comprimido e efervescente > não efervescente. Já Vânia, da Merck Consumer Health, sugere o planograma acima para a categoria.

Antigripais

Dentro do bloco gripe/resfriado, vale iniciar a organização pelos microssintomas: Antigripal > Garganta > Xarope > e Congestão Nasal, segundo orientação de Patricia. “Dentro do bloco de medicamentos para gripe/resfriado, o ideal é separar os produtos em dois grupos: marcas ícones/referência e as demais marcas/ laboratórios de A-Z”, reforça. As marcas ícones/referências devem ser expostas na parte superior e organizadas de acordo com o share de vendas, do maior para o menor share. E em cada microssintomas, vale organizar as apresentações conforme o fluxo do balconista, da seguinte forma: líquido > comprimido > pó.

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O porquê do especialista em dor de garganta em sua loja:

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TV a cabo, internet.

Fonte: PMB fev15.2Bula do produto.

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